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TREINAMENTO NR10

ESCOLA DE ELETRICISTA

MÓDULO I

SEGURANÇA COM ELETRICIDADE


DINÂMICA DE APRESENTAÇÃO

• Nome

• Experiências

• Expectativas para o curso


ACORDO DE
CONVIVÊNCIA
▪ Desconecte para conectar.
▪ Esteja com a cabeça onde os seus
pés estão.
▪ Participe e se envolva.
▪ Intervalos.
▪ Sairmos melhores do que entramos.

Aproveitem o dia!
PROGRAMAÇÃO

➢ Módulo I - Segurança com eletricidade (16h)

➢ Módulo II - Segurança no trabalho (16h)

➢ Módulo III - Primeiros Socorros (8h)


Segurança com Eletricidade
1°dia
Introdução a segurança com eletricidade

Riscos Elétricos 1°dia


(choque elétrico, arco elétrico e campo elétrico magnético)

1°dia
Medidas de controle do risco elétrico

Normas técnicas brasileiras NBR da ABNT 2°dia


(NBR 5410, NBR 14039)

2°dia
Rotinas de trabalho

2°dia
Documentação de instalações elétricas;
Duvidas até aqui?
AGORA, VAMOS
COMEÇAR?
Revisar Conceitos de Eletricidade Básica

◼Game on-line (quiz)


Click nesse LINK
Ou acessar
https://kahoot.it e use o PIN:02338344
INTRODUÇÃO À SEGURANÇA COM
ELETRICIDADE
➢ As atividades do setor elétrico possuem diversos perigos
que não são visíveis;

➢ Para evitar acidentes, situações de risco merecem


cuidados;

➢ Por falta de conhecimento, atenção ou desinformação,


muitas pessoas têm sido vítimas de acidentes, algumas
vezes fatais;
SISTEMA ELÉTRICO

◼ Com o objetivo de uniformizar o entendimento é importante informar que o


SEP trabalha com vários níveis de tensão, classificadas em alta e baixa
tensão.

◼ Conforme definição dada pela NR 10, considera-se:


➢ “BAIXA TENSÃO”, a tensão superior a 50 volts em corrente alternada, e igual ou
inferior a 1000 volts, entre fases ou entre fase e terra
Ou a tensão superior a 120 volts em corrente contínua ou 1500 volts, entre fases ou
entre fase e terra

➢ “ALTA TENSÃO”, a tensão superior a 1000 volts em corrente alternada ou 1500


volts em corrente contínua, entre fases ou entre fase e terra.
NR10 - OBJETIVO

➢garantir a segurança e a saúde de todos que


interajam com eletricidade para intervir com
segurança em instalações elétricas, através de
uma abordagem Preventiva.

Forma direta Forma indireta


OBJETIVO

▪ A NR 10 estabelece os requisitos e condições


mínimas objetivando a implementação de
medidas de controle e sistemas preventivos, de
forma a garantir a segurança e a saúde dos
trabalhadores que, direta ou indiretamente,
interajam em instalações elétricas e serviços com
eletricidade.

▪ Permite ainda o conhecimento dos riscos do


trabalho com eletricidade.

▪ Busca cumprir a legislação vigente.


Introdução a segurança com eletricidade

10.1 – OBJETIVO E CAMPO DE APLICAÇÃO

10.1.2 ... observando-se as normas técnicas oficiais estabelecidas pelos


órgãos competentes e, na ausência ou omissão destas, as normas
internacionais cabíveis.
CAMPO DE APLICAÇÃO

▪ Esta NR se aplica às fases de geração, transmissão,


distribuição e consumo, incluindo as etapas de projeto,
construção, montagem, operação, manutenção das instalações
elétricas e quaisquer trabalhos realizados nas suas proximidades.

▪ Quando falamos em setor elétrico, nos referimos, normalmente,


ao Sistema SEP – Sistema Elétrico de Potência e SEC - Sistema
Elétrico de Consumo.
1. Organização do Sistema Elétrico
CAMPO DE APLICAÇÃO
Organização do Sistema Elétrico

CAMPO DE APLICAÇÃO
SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊCIA

(AT)

SISTEMA ELETRICO DE CONSUMO

(BT)
(AT)
(MT/AT)
Organização do Sistema Elétrico
CAMPO DE APLICAÇÃO

(AT)

SEP

(AT)

(MT)

SEC

(BT) SEC
Geração
Hídrica : No Brasil representa a maior parcela da energia gerada.
Geração
Hídrica : Corumbá (GO)
Geração

Hídrica : Mascarenhas de Moraes (MG)


Geração
Térmica
Fontes Geração

Alternativas
Energia nuclear Energia eólica Energia solar
Geração

HIDRELÉTRICA
81,8%

"fonte: ANEEL/ABSOLAR, 2019"


Transmissão

TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA

✓ Como vimos, a geração de energia elétrica no Brasil é predominantemente hídrica.

✓ Entretanto a maioria das usinas hidrelétricas fica muito distante dos grandes
centros de consumo.

✓ Desta forma, torna-se necessário transportar esta energia por longas


distâncias, com o mínimo de perdas, através de linhas de transmissão de
alta tensão.

✓O emprego de alta tensão reduz as perdas de energia por aquecimento dos


condutores, além de aumentar a capacidade de transmissão de energia dos
mesmos.
Transmissão

CAMPO DE APLICAÇÃO

Destinada a transportar a energia elétrica desde a fase de geração até a fase de distribuição.
Percorre o longo caminho entre as usinas e os centros de consumo. (AT)

(AT)
Distribuição de Energia Elétrica

CAMPO DE APLICAÇÃO

A fase de distribuição compreende os potenciais


após a transmissão.

Começa nas subestações de distribuição e vai até a


entrega de energia elétrica aos clientes.
Distribuição de Energia Elétrica

A distribuição de energia elétrica


possui diversas etapas de trabalho,
conforme descrição abaixo:

▪ Recebimento e medição de energia


elétrica nas subestações;
▪ Rebaixamento ao potencial de
distribuição da energia elétrica;
▪ Construção de redes de distribuição.
Distribuição de Energia Elétrica

CAMPO DE APLICAÇÃO

❖ Na fase de Distribuição de Média Tensão


(MT)(13,8 / 23,1 kV / 34,5 kV)

❖ Na fase de distribuição de baixa tensão


(BT) (127/220 V e 220/380 V)
Distribuição de Energia Elétrica

NÍVEIS DE TENSÃO

13,8 KV
(MT)
NBR 14039 – Instalações
Elétricas de Média Tensão 7,6 KV
– 1 a 36,2 KV
23,1 KV

110/220 Volts
NBR 5410 – Instalações 220/380 Volts
Elétricas de Baixa Tensão
– 50 V a 1 KV 380/440 Volts
(BT)
600 Volts
Tensões da distribuição
13800, 23100
e 33000 V

(AT)

(BT)
220 V ou 127 v

380 V ou 220 V
Sistema Elétrico de Potência - SEP

▪ Baseado na NR-10, SEP é o conjunto e equipamentos destinados à


geração, transmissão e distribuição de energia elétrica até a medição.

Sistema Elétrico de Consumo - SEC

▪ Atividades ou operações em instalações e equipamentos elétricos energizados


em baixa tensão, ou seja, SEC é aquele instalado após o medidor de
consumo do usuário final.
Sistema Elétrico de Potência - SEP

Sistema Elétrico de Potência - SEP

Sistema Elétrico de Consumo - SEC


CONSUMO
CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA
➢ Uma vez gerada, transmitida e distribuída em níveis
adequados de tensão, a energia elétrica está pronta para ser
utilizada, transformando-se em outras formas de energia,
tais como:
➢ Energia mecânica, em motores elétricos;

➢ Energia térmica, em fornos elétricos;

➢Energia eletroquímica, no tratamento superficial de metais,


galvanização, oxidação e pinturas eletrostáticas;

➢Energia luminosa em lâmpadas incandescentes, fluorescentes,


vapores de sódio e mercúrio, etc.
Duvidas até aqui?
Clique para editar o texto mestre

9:50h
RISCOS DE ORIGEM ELÉTRICA
RISCOS DE ORIGEM ELÉTRICA

❖ Há diferentes tipos de riscos devido aos efeitos da eletricidade


no ser humano e no meio ambiente.

❖ Os principais são o choque elétrico, o arco elétrico e a exposição


aos campos eletromagnéticos.

❖ É importante lembrar que o fato da linha estar desenergizada


não elimina o risco elétrico, já que a energização acidental pode
ocorrer, principalmente devido à:
RISCOS DE ORIGEM ELÉTRICA

A ENERGIZAÇÃO ACIDENTAL PODE OCORRER POR:

➢ Erros de manobra,

➢ contato acidental com outros circuitos energizados,

➢ tensões induzidas por linhas adjacentes ou que cruzam a rede,

➢ descargas atmosféricas mesmo que distantes dos locais de


trabalho,

➢ fontes de alimentação de terceiros,

➢ entre outras.
CHOQUE ELÉTRICO
➢ É o principal causador de acidentes no setor e geralmente originado por
contato do trabalhador com partes energizadas.

➢ Constitui-se em estímulo rápido e acidental sobre o sistema nervoso


devido à passagem de corrente elétrica, acima de determinados valores,
pelo corpo humano.

➢ O risco de choque elétrico está presente em praticamente todas as


atividades executadas no setor elétrico, tais como:

Inspeção; Construção;

Medição de sistema elétrico potência (SEP);

Poda de árvores em suas proximidades.

Manutenção; Montagem;
CHOQUE ELÉTRICO
➢Tomadas (crianças)

➢Pipa, Papagaio

➢Antena de TV

Em casa ➢Poda de arvores em contato com a rede

por vezes ➢Tratores com pulverizadores

pode ➢Queda de cabo


ocorrer: ➢Aparelhos eletrodomésticos c/ defeito

➢Troca de lâmpada ou chuveiro ou resistências diversas

➢Etc.
CHOQUE ELÉTRICO

➢Define-se como uma perturbação de natureza e efeitos diversos, que se


manifesta no corpo humano quando por ele circula uma "corrente elétrica".
corrente
➢O choque elétrico acontece porque o corpo humano se comporta como um d.d.p elétrica
condutor elétrico, possibilitando a passagem da corrente elétrica e oferecendo
uma "resistência" através dele.

➢Portanto, compreender os efeitos da Corrente Elétrica no corpo humano ajuda a


prevenir e combater os riscos do choque elétrico.
CHOQUE ELÉTRICO
POR CONTATO DIRETO OU INDIRETO
CHOQUE ELÉTRICO

Danos causados pelo choque elétrico


➢Vão desde sensação de
“formigamento” pela superfície da
pele, até uma violenta contração
muscular que pode provocar a morte.

➢Em termos de riscos fatais podemos


avaliar o choque elétrico de duas
formas:
o Corrente Elétrica de baixa
intensidade, proveniente de
choques com baixa tensão,
o Corrente Elétrica de alta
intensidade, proveniente de
choques com alta tensão.
TIPOS DE CHOQUE

Choque Dinâmico:

➢Este choque se dá devido a tocar


acidentalmente na parte viva de condutor
energizado, causado por:

➢Defeito;
➢Fissura;
➢Rachadura na isolação,

Exemplo:
Instalar equipamentos com carcaça metálica
sem o fio terra (GRAVÍSSIMO E INFELIZMENTE
MUITO COMUM).
TIPOS DE CHOQUE

Choque Dinâmico:

As consequências do Choque Dinâmico:

➢Aumento da temperatura dos órgãos devido ao aquecimento


produzido pela corrente de choque;

➢Enrijecimento dos músculos;

➢Comprometimento do coração devido ao ritmo dos batimentos


cardíacos e à possibilidade de fibrilação ventricular;

➢Deslocamento dos músculos e órgãos internos da sua devida posição


TIPOS DE CHOQUE

Choque Dinâmico:

➢Comprometimento dos rins, cérebro, genitais através de sintomas


imediatos ou posteriores.

➢Muitos órgãos aparentemente sadios só vão apresentar sintomas


devidos aos efeitos da corrente de choque muitos dias, ou meses
depois, apresentando sequelas, que muitas vezes não são
relacionadas ao choque devido ao espaço de tempo decorrido desde o
acidente.
TIPOS DE CHOQUE – Choque Dinâmico
Choques dinâmicos podem ser causados pela tensão de toque ou tensão de passo.

Tensão de Passo Tensão de Toque

É a tensão elétrica entre os dois pés de um


indivíduo no solo próximo de um local com É a tensão elétrica existente entre os
vazamento de corrente elétrica para a terra, membros superiores e inferiores de um
provocado por queda de condutores indivíduo, quando o mesmo toca em
energizados no solo, ou descargas equipamento com defeito na isolação ou
atmosféricas em corpos aterrados. na parte nua de um condutor energizado
TIPOS DE CHOQUE
Choque Estático:

➢É o choque obtido pela energia


acumulada no campo elétrico
presente nos mais diferentes
materiais e equipamentos com os
quais o homem convive.
TIPOS DE CHOQUE

Descargas Atmosféricas ou Raios:

➢ São gigantescas descargas elétricas entre nuvens,


ou entre nuvens e a terra, que podem produzir
choques elétricos como que produzido por enormes
capacitores, portanto com altíssima corrente.

➢Os raios podem incidir diretamente ou cair


próximo, gerando tensões de passo e de toque
perigosas
TIPOS DE CHOQUE
Descargas Atmosféricas ou Raios:

Consequências das Descargas Atmosféricas ou Raios:

➢Esse fenômeno é um grande causador de acidentes, devido aos valores


elevados, conforme mostrado abaixo:

❖Corrente - 2.000 a 200.000 A;

❖Tensão - 100 a 1.000 kV;

❖Duração - 70 a 200 µs;

❖Potência liberada – 1.000 a 8.000 milhões de kW

“As descargas atmosféricas e os raios são um grande risco para o eletricista


de rede de distribuição.”
TIPOS DE CHOQUE

Descargas Atmosféricas ou Raios:

Cuidados com edificações:

➢A proteção de casas e edificações se faz


com o para-raios tipo “Franklin” ou “Haste”,
que oferece uma proteção que corresponde
ao "volume" de um cone.

➢Tudo que estiver dentro do espaço


abrangido por este cone estará protegido. O
para-raios tipo haste é instalado, obedecendo
a norma brasileira NBR 5419.
TIPOS DE CHOQUE
Descargas Atmosféricas ou Raios:

Exemplo de Proteção do Para-raios


TIPOS DE CHOQUE
Descargas Atmosféricas ou Raios:
Cuidados com cercas elétricas:

➢As cercas podem conduzir os raios, e portanto


devem ser isoladas das edificações através de
aterramentos.

➢Em locais de circulação de pessoas e animais,


devem ser seccionadas e aterradas em intervalos
regulares.

➢O aterramento sempre deverá ser feito


utilizando-se hastes próprias para o mesmo.
EFEITOS GERAIS DO CHOQUE ELÉTRICO
Efeitos Internos

Tetanização dos músculos


➢Paralisia dos músculos. Os mesmos não
obedecem o comando do cérebro.

Inibição dos Centros Nervosos, inclusive


dos que comandam a respiração
produzindo parada respiratória:

➢A parada respiratória pode ocorrer direta


ou indiretamente devido ao choque
elétrico.
EFEITOS GERAIS DO CHOQUE ELÉTRICO
Efeitos Internos

Alteração no ritmo cardíaco, podendo


produzir fibrilação ventricular e uma
consequente parada cardíaca:

➢A fibrilação ocorrerá com uma corrente I da


ordem de 75 a 300 mA, circulando por uma
grande área do corpo, por tempo superior a
um ¼ de segundo.
EFEITOS GERAIS DO CHOQUE ELÉTRICO
Efeitos Externos

Queimaduras profundas,
produzindo necrose do tecido:

A Energia Elétrica é transformada


em energia calorífica, com uma
temperatura que pode chegar a
mais de 1000º C.
EFEITOS GERAIS DO CHOQUE ELÉTRICO
Alterações no sangue provocadas por efeitos térmicos e
eletrolíticos da corrente elétrica:

O corpo humano é constituído de 70% de matéria liquida e possui vários


tipos de sais minerais. O choque em CC provoca a eletrólise no sangue e no
plasma líquido de todo o corpo.

Este efeito pode ocasionar:

Mudança da concentração de sais minerais, produzindo desequilíbrio, gerando mau


funcionamento de outros elementos;

Aglutinação de sais, produzindo bolinhas que provocam coágulos no sangue, que


aumentam ou se aglutinam com outros, provocando trombose nas artérias, veias,
vasos, etc. com a consequente morte da pessoa.
EFEITOS GERAIS DO CHOQUE ELÉTRICO
Danos ao Cérebro
Muitos acidentes ocorrem com choque elétrico na parte superior da cabeça e a corrente circulando através do cérebro. Isso pode produzir
efeitos diversos, com sequelas graves, inclusive a morte.

Por exemplo, pessoas que utilizam correntes no pescoço.


Ao baixar para ligar ou desligar um estabilizador de voltagem com carcaça metálica no chão e sem o fio terra instalado.

Os efeitos de um choque elétrico com estas características são:


Inibição do cérebro; dessincronização nos seus comandos; edema; Isquemia; aquecimento e Dilatação.

No caso da isquemia as sequelas podem ser:


Perda da memória; perda do raciocínio; perda da fala; comprometimento nos movimentos e perda da visão.

O choque na cabeça ou pescoço, inevitavelmente atingirá o bulbo,


produzindo consequências no centro cárdio-respiratório
EFEITOS GERAIS DO CHOQUE ELÉTRICO

Curiosidades

Órgãos aparentemente sadios podem apresentar sequelas


muitos dias ou meses após o choque elétrico:

Muitas vezes estes eventos não são relacionados com o


choque, devido ao espaço de tempo decorrido desde o
acidente.
EFEITOS ESPECIFICOS DO CHOQUE ELÉTRICO

Choque Moderado:

▪Formigamento local;

▪Queimadura local;

▪Descoloração da pele.
EFEITOS ESPECIFICOS DO CHOQUE ELÉTRICO

Choque Grave:

▪Dormência ou paralisação temporária de partes do


corpo;

▪Dor moderada a dor aguda e espasmos musculares que


podem provocar perda de controle;

▪Perda da consciência e respiração dificultada;

▪Tetanização, para I (corrente) acima de 6mA para


mulheres e 9mA para homens.
EFEITOS ESPECIFICOS DO CHOQUE ELÉTRICO

Choque Fatal:

▪Queimaduras de 2º e 3º graus,
externas e internas;

▪Pode destruir nervos e órgãos


internos e estraçalhar os dentes
da vítima;

▪Pode provocar contrações


musculares fortes e com isso
arrebentar ossos e tecidos
musculares.
FATORES QUE DETERMINAM A GRAVIDADE DO CHOQUE ELÉTRICO

Percurso da Corrente Elétrica

Uma corrente de intensidade elevada que circule de uma perna à outra, pode resultar
só em queimaduras locais, sem outras lesões mais sérias.

No entanto, se a mesma intensidade de corrente circular de um braço a outro da


vítima, poderá levar a uma parada cardíaca ou paralização dos músculos do coração.

As figuras abaixo, fornecem a porcentagem da I que passará pelo coração em relação


à corrente que está atravessando o corpo em cada condição.
FATORES QUE DETERMINAM A GRAVIDADE DO CHOQUE ELÉTRICO

Neutro PEQUENO PERCURSO

Fase Ligação de dois pontos com


diferença de potencial elétrico por
intermédio de dois dedos de uma
mesma mão.

Neste tipo de caminho,


denominado pequeno percurso,
não há risco de vida; poderá no
entanto, sofrer queimaduras ou
perda dos dedos.

Isolado
FATORES QUE DETERMINAM A GRAVIDADE DO CHOQUE ELÉTRICO

Fase
GRANDE PERCURSO
Neutro
A corrente entra por uma das mãos e
sai pela outra, percorre o tórax, e
atinge a região dos centros nervosos
que controlam a respiração, os
músculos do tórax e o coração. É um
dos percursos mais perigosos.

Dependendo do valor da corrente


produzirá asfixia e fibrilação
ventricular, ocasionando uma parada
cardíaca.
Material Isolante

Terra
CARACTERÍSTICAS DA CORRENTE

Intensidade da Corrente

Quanto maior for a


intensidade da corrente
elétrica que percorrer o
corpo humano, pior será
o efeito sobre o mesmo.
CARACTERÍSTICAS DA CORRENTE

Frequência:

▪As correntes elétricas de alta


frequência são menos perigosas
ao organismo humano do que as
de baixa frequência.

Tempo de Duração:

▪ Quanto maior for o tempo de


exposição à corrente elétrica,
maior será seu efeito danoso
no organismo.
CARACTERÍSTICAS DA CORRENTE
Natureza da corrente elétrica CA

➢O corpo humano é mais sensível à corrente


alternada de frequência industrial (50/60 Hz) do
que à corrente contínua.

➢O limiar (início) de sensação da CC é da ordem


de 5 mA, enquanto que na CA é de 1 mA.

➢A corrente elétrica passa a ser perigosa para o CC


homem a partir de 9 mA, em se tratando de CA, e
45 mA para CC.
EFEITOS DO CHOQUE ELÉTRICO

*A tabela a seguir mostra alguns possíveis efeitos


que a corrente elétrica pode provocar no corpo
humano.

*É importante lembrar que o tempo de exposição


ao choque elétrico agrava consideravelmente os
efeitos descritos na tabela.

Nota: A intensidade da corrente e o tempo de exposição, são fatores determinantes.


EFEITOS DO CHOQUE ELÉTRICO
Nota: A intensidade da corrente e o tempo de exposição, são fatores determinantes.
INTENSIDADE DA CORRENTE ESTADO
PERTURBAÇÕES POSSÍVEIS
ALTERNADA (50 / 60 HZ) POSSÍVEL SALVAMENTO RESULTADO FINAL
DURANTE O CHOQUE
QUE PERCORRE O CORPO
1 ____
NORMAL.
miliampère NENHUMA. NORMAL.

SENSAÇÃO CADA VEZ MAIS


1a9 DESAGRADÁVEL, À MEDIDA QUE
NORMAL. DESNECESSÁRIO. NORMAL.
miliampère .
A INTENSIDADE AUMENTA.
CONTRAÇÃO MUSCULARES.

SENSAÇÃO DOLOROSA.

9 a 20 CONTRAÇÕES VIOLENTAS.
MORTE RESPIRAÇÃO RESTABELECIMENTO.
ASFIXIA. ANOXIA.
miliampères APARENTE. ARTIFICIAL.
ANOXEMIA.
PERTURBAÇÕES CIRCULATÓRIA.

SENSAÇÃO INSUPORTÁVEL.
CONTRAÇÕES VIOLENTAS.
MUITAS VEZES NÃO HÁ
20 a 100 ASFIXIA. MORTE TEMPO DE SALVAR E A
RESPIRAÇÃO
miliampères ANOXIA.
ANOXEMIA. APARENTE. ARTIFICIAL. MORTE OCORRE EM
FIBRILAÇÃO VENTRICULAR. POUCOS MINUTOS.
ASFIXIA IMEDIATA. MORTE
Acima de 100 FIBRILAÇÃO VENTRICULAR.
POSTERIOR MORTE.
miliampères ALTERAÇÕES MUSCULARES. MUITO DIFÍCIL.
QUEIMADURAS. OU IMEDIATA.

ASFIXIA IMEDIATA. MORTE


Vários POSTERIOR PRATICAMENTE MORTE.
Ampères QUEIMADURAS GRAVES. OU IMEDIATA.
IMPOSSÍVEL.
Acidentes mais comuns
Contato com um condutor nú energizado

Muitos acidentes ocorrem devido à falta de proteção de condutores nus


energizados, ou mesmo à falta de cuidado das pessoas ao trabalharem
em instalações elétricas das quais foi removida tal proteção.

❑ Guindastes, caminhões basculantes;

❑ Banco de capacitores;

❑ Instalação e manutenção de antenas;

❑ Construção civil;

❑ Serviços de pintura.
ARCO VOLTAICO
Constitui-se em outro risco de origem
elétrica. O arco voltaico caracteriza-se
pelo fluxo de corrente elétrica através
de um meio “isolante”, como o ar, por
exemplo.

Geralmente é produzido quando da


conexão e desconexão de dispositivos
elétricos e em caso de curto-circuito.

A temperatura pode subir


consideravelmente, causando
queimaduras de 3º grau, podendo levar
à inúmeras consequências, inclusive a
morte.
ARCO VOLTAICO
▪Sempre que um circuito, pelo qual circula corrente elétrica é interrompido,
forma-se um arco elétrico (ou arco voltaico) entre os contatos fixos e os móveis.
Este arco ocorre devido a tendência dos elétrons em movimento, prosseguirem
em movimento, mantendo fechado eletricamente o circuito, pois os mesmos são
impulsionados pela força eletromotriz da fonte.

▪O arco elétrico é uma ocorrência de curtíssima duração.

▪Os arcos elétricos são extremamente quentes. Sua temperatura pode alcançar
20.000ºC

▪Os arcos elétricos são eventos de múltipla energia. Forte explosão e energia
acústica acompanham a intensa energia térmica

Sequência de fotografias da abertura de um contato elétrico


CONSEQÜÊNCIA DE ARCOS ELÉTRICOS

▪No caso da ocorrência de centelha


ou arco, a temperatura deste é tão
alta que destrói os tecidos do corpo.

▪Ao trabalhar em altura e no caso de


receber um arco, ou choque elétrico,
ou devido a um toque acidental na
instalação elétrica o trabalhador é
arremessado para trás, vindo a cair
no solo.
CONSEQÜÊNCIA DE ARCOS ELÉTRICOS
▪A quantidade de energia liberada durante um
arco elétrico depende da corrente de curto-
circuito e da atuação dos dispositivos de sobre
Corrente;

▪A severidade da lesão para as pessoas na área


onde ocorre a falha depende da energia
liberada durante a falha, da distância que
separa as pessoas do local e do tipo de roupa
utilizada pelas pessoas exposta ao arco;

▪Para a extinção do arco elétrico a CPFL utiliza


o equipamento LOAD BUSTER (LB ou DAC
(Dispositivo de Abertura com Carga), para
abertura de chave com carga, ainda protetor
facial e vestimenta anti-chama.
QUEIMADURAS
▪Conforme a intensidade do choque ou do arco, as queimaduras resultantes
poderão ser:

1º Grau
▪ Quando atingem a camada mais superficial da pele, causando ferimentos
leves, vermelhidão e ardor.

2º Grau
▪ Comprometendo a superfície e a camada intermediária da pele (epiderme e
derme), e provocando bolhas e dor intensa.

3º Grau
▪ Quando ocorre lesão da epiderme, derme e de tecidos profundos (músculos,
nervos, vasos etc.). A pele fica carbonizada ou esbranquiçada e há ausência
de dor.
QUEIMADURAS

3º Grau
QUEIMADURAS
CAMPO ELETROMAGNÉTICO
CAMPOS ELETROMAGNÉTICOS
▪É gerado quando da passagem da
corrente elétrica nos meios
condutores.

▪O campo eletromagnético está


presente em inúmeras atividades
humanas, tais como:

➢ Trabalhos com linhas energizadas,


➢ Utilização de telefonia celular,
➢ Fornos de micro-ondas.
➢ Solda elétrica,
CAMPOS ELETROMAGNÉTICOS

▪Os trabalhadores que interagem com


Sistemas Elétricos de Potência estão
expostos ao campo eletromagnético...

▪ Quando da execução de serviços em


linhas de transmissão aérea

▪ Trabalhos em Subestações de
distribuição de energia elétrica, nas
quais empregam-se elevados níveis
de tensão e corrente.
CAMPOS ELETROMAGNÉTICOS

▪Os efeitos possíveis no


organismo humano
decorrente da exposição ao
campo eletromagnético são
de natureza elétrica e
magnética, onde seu corpo
sofre uma indução.
CAMPOS ELETROMAGNÉTICOS

Cuidados especiais devem ser


tomados por trabalhadores ou
pessoas que possuem em seu corpo

aparelhos eletrônicos, tais como


marca passo, aparelhos auditivos,
dentre outros...

pois seu funcionamento pode ser


comprometido na presença de
campos magnéticos mais intensos.
Duvidas até
aqui?
6. Medidas de Controle de Risco Elétrico

Desenergização
➢A desenergização é um conjunto de
ações coordenadas, sequenciadas e
controladas, destinadas a garantir a
efetiva ausência de tensão no
circuito, trecho ou ponto de trabalho,
durante todo o tempo de intervenção
e sob controle dos trabalhadores
envolvidos.

➢Somente serão consideradas


desenergizadas as instalações
elétricas liberadas para trabalho,
mediante os procedimentos
apropriados e obedecida a sequência
a seguir:
Medidas de Controle de Risco Elétrico
Medidas de controle de risco elétrico - Desenergização

➢Seccionamento

➢Impedimento de reenergização

➢Constatação da ausência de tensão

➢Instalação de aterramento temporário com


equipotencialização dos condutores dos circuitos

➢Proteção dos elementos energizados existentes na


zona controlada

➢Instalação da sinalização de impedimento de


reenergização.
Medidas de Controle de Risco Elétrico

Seccionamento

É o ato de promover a
descontinuidade elétrica total,
entre um circuito e outro, mediante
o acionamento de dispositivo
apropriado

chave seccionadora, disjuntor


interruptor,

acionado por meios manuais ou


automáticos, ou ainda através de
ferramental apropriado e
procedimentos específicos.
Medidas de Controle de Risco Elétrico

Impedimento de
Reenergização

É o estabelecimento de
condições que impedem, de
modo reconhecidamente
garantido a reenergização do
circuito ou equipamento
desenergizado, assegurando ao
trabalhador o controle do
seccionamento.
Medidas de Controle de Risco Elétrico

Constatação da Ausência
de Tensão

➢É a verificação da efetiva ausência


de tensão nos condutores do circuito
elétrico.

➢Deve ser feita com detectores


testados antes e após a verificação
da ausência de tensão, sendo
realizada por contato ou por
aproximação e de acordo com
procedimentos específicos.
Medidas de Controle de Risco Elétrico
Instalação de Aterramento Temporário com
Equipotencialização dos Condutores dos Circuitos

➢Constatada a inexistência de tensão,


um condutor do conjunto de
aterramento temporário deverá ser
ligado a uma haste conectada à terra.

➢Na sequência, deverão ser conectadas


as garras de aterramento aos
condutores fase, previamente
desligados.

➢OBS.: Trabalhar entre dois pontos


devidamente aterrados.
Medidas de Controle de Risco Elétrico
PROTEÇÃO DOS ELEMENTOS ENERGIZADOS EXISTENTES
NA ZONA CONTROLADA

➢Define-se zona controlada como, área em


torno da parte condutora energizada,
segregada, acessível, de dimensões
estabelecidas de acordo com nível de tensão..

➢cuja aproximação só é permitida a


profissionais autorizados, como disposto no
anexo II da Norma Regulamentadora Nº10..

➢ Podendo ser feito com anteparos, dupla


isolação invólucros, etc.
Medidas de Controle de Risco Elétrico
INSTALAÇÃO DE SINALIZAÇÃO DE IMPEDIMENTO DE
REENERGIZAÇÃO

Deverá ser adotada


sinalização adequada de
segurança,

Destinada à advertência
e a identificação da
razão de desenergização
e informações do
responsável.
Duvidas até aqui?
VAMOS PRATICAR?
PALAVRAS CRUZADAS

DÚVIDAS?
RETORNAMOS
Medidas de Controle de Risco Elétrico
Aterramento

➢Aterramento funcional

➢Aterramento de proteção

➢Aterramento temporário:

Aterramento de Média Tensão

Aterramento de Baixa Tensão


Medidas de Controle de Risco Elétrico

Aterramento Funcional

É a conexão efetiva à terra,


de um dos condutores do
sistema de alimentação,
(habitualmente o neutro),

Com a finalidade de garantir o


uso confiável das instalações.
Medidas de Controle de Risco Elétrico
ATERRAMENTO Funcional (TN/TT/IT);
de proteção e temporário

Nos esquemas de aterramento é


utilizada a seguinte simbologia:
Primeira letra – Situação da
alimentação em relação à terra:
T= um ponto diretamente
aterrado;
I= isolação de todas as partes
vivas em relação à terra ou
aterramento de um ponto
através de impedância.
Medidas de Controle de Risco Elétrico
ATERRAMENTO Funcional (TN/TT/IT);
de proteção e temporário

Segunda letra – Situação das


massas da instalação em
relação à terra:
T= massas diretamente
aterradas,
independentemente do
aterramento eventual de um
ponto da alimentação;
N= massas ligadas ao ponto
da alimentação aterrado (em
corrente alternada, o ponto
aterrado é normalmente o
ponto neutro).
Medidas de Controle de Risco Elétrico
ATERRAMENTO Funcional (TN/TT/IT);
de proteção e temporário

https://www.youtube.com/watch?v=XM8Tx-NnXhk
Medidas de Controle de Risco Elétrico

Aterramento de Proteção
▪ Destinado a interligar eletricamente
massas, elementos condutores estranhos
à instalação, terminal (ou barra) de
aterramento e/ou pontos de alimentação
ligados à terra.

▪ Possui contato elétrico (ligação


equipotencial) com os outros aterramentos
existentes no circuito elétrico.
Medidas de Controle de Risco Elétrico

Aterramento temporário

▪ Ligação elétrica efetiva à terra,


destinada a garantir a
equipotencialidade do circuito.

▪ Deve ser mantida continuamente


durante a intervenção na
instalação elétrica.
Medidas de Controle de Risco Elétrico

Aterramento temporário
Também tem o objetivo de promover proteção aos
trabalhadores contra descargas atmosféricas que possam
interagir ao longo do circuito em intervenção.

Procedimento
Deverá ser adotado a montante (antes) e a jusante (depois) do
ponto de intervenção do circuito e derivações se houver, salvo
quando a intervenção ocorrer no final do trecho. Deve ser
retirado ao final dos serviços.
Medidas de Controle de Risco Elétrico

Aterramento de
Baixa Tensão – BT
Equipamento de segurança
utilizado para proteção nos
trabalhos em redes de baixa
tensão desenergizadas;

Consiste no aterramento e
curto circuito da rede de
baixa tensão numa eventual
energização acidental.
Medidas de Controle de Risco Elétrico

Aterramento de Baixa
Tensão – MT
Características Gerais Mínimas

Capacidade para conduzir a máxima ICC (corrente de curto


circuito) pelo tempo necessário à atuação do sistema de
proteção, além de conduzir as correntes induzidas de estado
permanente;

Manter por ocasião da ICC à terra uma queda de tensão, através


do conjunto de aterramento, não prejudicial ao homem em
paralelo com o mesmo;
Medidas de Controle de Risco Elétrico

Equipotencialização
Em um equipamento, significa que as partes que
compõem a massa do equipamento devem constituir
um conjunto equipotencial, conectado a um condutor
de proteção externo;
Compõem a massa do equipamento todas as partes
condutivas que podem ser tocadas, que não são
normalmente vivas, mas que podem se tornar vivas
em caso de falta.

Em uma instalação elétrica, significa uma ligação


equipotencial, através do curto-circuito dos
condutores ao aterramento temporário;
Seu objetivo é evitar diferenças de potencial perigosas
entre massas e entre os chamados elementos
condutivos estranhos a instalação.
Medidas de Controle de Risco Elétrico
Proteções

Medida prioritária:

Interrupção do fornecimento de energia!


Medidas de Controle de Risco Elétrico
PROTEÇÃO CONTRA CONTATO DIRETO

A proteção deve ser assegurada por:

 Obstáculos e Anteparos
 Barreiras ou invólucros;
 Bloqueios e impedimentos.
 Colocação fora de alcance,
 Isolação das partes vivas;
 Isolação dupla ou reforçada;
 Separação elétrica.
Medidas de Controle de Risco Elétrico

PROTEÇÃO CONTRA CONTATO DIRETO

Obstáculos e anteparos:
Devem impedir:

Uma aproximação física não intencional com as partes


energizadas

Contatos não intencionais com partes energizadas


durante atuações sobre o equipamento, estando o
equipamento em serviço normal.

*Partes vivas são confinadas em compartimentos onde


só é permitido acesso a pessoas autorizadas
Medidas de Controle de Risco Elétrico

PROTEÇÃO CONTRA CONTATO DIRETO

Barreiras ou invólucros:
São dispositivos que impedem qualquer
contato com partes energizadas das
instalações elétricas.

São componentes com função de impedir


que pessoas ou animais toquem de forma
acidental as partes energizadas.
Duvidas até aqui?
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14:50h
Medidas de Controle de Risco Elétrico

PROTEÇÃO CONTRA CONTATO DIRETO

Bloqueios e impedimentos
Dispositivos de bloqueio são aqueles que impedem o
acionamento ou religamento de dispositivos de
manobra (chaves, interruptores).

Bloqueio é a ação destinada a manter, por meios


mecânicos um dispositivo de manobra fixo numa
determinada posição, de forma a impedir uma ação
não autorizada, em geral utilizam cadeados.

É importante que tais dispositivos possibilitem mais


de um bloqueio, ou seja, a inserção de mais de um
cadeado, por exemplo, para trabalhos simultâneos de
mais de uma equipe de manutenção.
Medidas de Controle de Risco Elétrico

PROTEÇÃO CONTRA CONTATO DIRETO

Colocação fora de alcance


Consiste em instalar os condutores
energizados a uma altura/distância fora de
alcance das pessoas e animais.

Neste item estaremos tratando das distâncias


mínimas a serem obedecidas nos locais
destinados a operação e/ou manutenção,
quando for assegurada a proteção parcial por
meio de obstáculos.
Medidas de Controle de Risco Elétrico
LINHA DE TRANSMISSÃO DE 230 kV

Zona controlada

Rr 1,80 m

Zona de risco

Zona livre
Medidas de Controle de Risco Elétrico
PROTEÇÃO CONTRA CONTATO DIRETO

Superfícies Isolantes

Mufla MT

Mufla
BT
PE = Ponto da instalação energizado.
SI = Superfície isolante construída com material resistente e
dotada de todos dispositivos de segurança.
Medidas de Controle de Risco Elétrico

PROTEÇÃO CONTRA CONTATO DIRETO

Isolação das partes vivas:


 São elementos construídos com
materiais dielétricos (não condutores
de eletricidade) que têm por objetivo
isolar condutores ou outras partes da
estrutura que estão energizadas.

 Desta forma os serviços podem ser


executados com efetivo controle dos
riscos.
Duvidas até aqui?
Bom descanso!
PROGRAMAÇÃO – 2° Dia

➢ Módulo I - Segurança com eletricidade (16h)

➢ Módulo II - Segurança no trabalho (16h)

➢ Módulo III - Primeiros Socorros (8h)


ACORDO DE
CONVIVÊNCIA

▪ Desconecte para conectar.


▪ Esteja com a cabeça onde os seus
pés estão.
▪ Participe e se envolva.
▪ Intervalos.
▪ Sairmos melhores do que entramos.

Aproveitem o dia!
Recapitulando conteúdo de dia anterior

Introdução a segurança com eletricidade


O que veremos hoje!
Riscos Elétricos
(choque elétrico, arco elétrico e campo elétrico magnético)

Medidas de controle do risco elétrico

Normas técnicas brasileiras NBR da ABNT


(NBR 5410, NBR 14039)

Rotinas de trabalho
O que já foi visto!
Documentação de instalações elétricas;
AGORA, VAMOS
COMEÇAR?
Medidas de Controle de Risco Elétrico

PROTEÇÃO CONTRA CONTATO DIRETO

Isolação dupla ou reforçada:


 Este tipo de proteção é
normalmente aplicado a
equipamentos portáteis, tais
como furadeiras elétricas
manuais, os quais por serem
empregados nos mais variados
locais e condições de trabalho,
requerem outro sistema de
proteção, que permita uma
confiabilidade maior.
Medidas de Controle de Risco Elétrico

SECCIONAMENTO AUTOMÁTICO DA ALIMENTAÇÃO


Um dispositivo de
proteção deve seccionar
(DESLIGAR)
automaticamente a
alimentação do circuito
por ele protegido,
sempre que uma falta
entre a parte viva e a
massa der origem a uma
tensão perigosa.
Medidas de Controle de Risco Elétrico

SECCIONAMENTO AUTOMÁTICO DA ALIMENTAÇÃO


O seccionamento automático é de suma importância
para:

 Proteção de pessoas e animais contra contatos


diretos e indiretos;
 Proteção do sistema - ocorrência de altas
temperaturas e arcos elétricos;
 Quando as correntes ultrapassarem os valores
estabelecidos para o circuito;
 Proteção contra correntes de curto-circuito;
 Proteção contra sobre tensões.
Medidas de Controle de Risco Elétrico

PROTEÇÃO CONTRA CONTATO INDIRETO

Os dispositivos à corrente
diferencial-residual (DR)
constituem-se no meio mais
eficaz de proteção das
pessoas e animais contra
choques elétricos.

Não dispensam o uso de


disjuntores e fusíveis.
Medidas de Controle de Risco Elétrico

Interruptor Diferencial Residual - DR


Medidas de Controle de Risco Elétrico
Interruptor Diferencial Residual - DR
Funcionamento:
A corrente que entra no circuito deve ser
igual à corrente que sai (lei de Kirchoff).
Caso ocorra um desbalanceamento entre
essas correntes, uma corrente é induzida
no transformador toroidal, abrindo o
circuito e fazendo o DR atuar.

Simbologia
Medidas de Controle de Risco Elétrico
Interruptor Diferencial Residual - DR
Os Dispositivos DR ou Disjuntores DR (Módulos DR)

Dispositivo que provoca a abertura dos próprios contatos quando


ocorrer uma corrente de fuga à terra.

Módulos DR
Dispositivo destinado a ser associado a um disjuntor
termomagnético, adicionando a este a proteção diferencial residual.
Esta associação permite a atuação do disjuntor quando ocorrer uma
sobrecarga, curto circuito ou corrente de fuga à terra. Recomendado
para instalações onde a corrente de curto circuito for elevada.
Medidas de Controle de Risco Elétrico
Interruptor Diferencial Residual - DR

Os dispositivos DR, módulos DR ou disjuntores DR


de corrente nominal residual (I∆n) até 30mA são
destinados fundamentalmente à proteção de
pessoas.

DRs de correntes nominais residuais (I∆n) de


100mA, 300mA, 500mA, 1000mA destinam-se à
proteção dos equipamentos.
Medidas de Controle de Risco Elétrico
DRs e a NBR 5410
A norma exige DRs em:

• Tomadas instaladas em locais molhados ou sujeitos a lavagem;


• Tomadas instaladas em áreas externas;
• Tomadas internas que alimentam equipamentos na área externa.

Nessas aplicações a NBR 5410 obriga o uso de DRs de alta


sensibilidade (If >= 30 mA).
Medidas de Controle de Risco Elétrico
Extra baixa tensão
SELV e PELV

 Define-se como:
 SELV (do inglês “separated extra-low voltage”):
Sistema de extra baixa tensão que é eletricamente separada da terra de outros sistemas e de tal modo que a ocorrência de uma
única falta não resulta em risco de choque elétrico.

 PELV (do inglês “protected extra-low voltage”):


 Sistema de extra baixa tensão que não é eletricamente separado da terra mas que preenche, de modo equivalente, todos os
requisitos de um SELV.

 Os circuitos SELV não têm qualquer ponto aterrado nem massas aterradas. Os circuitos PELV podem ser aterrados ou ter massas
aterradas.
Medidas de Controle de Risco Elétrico
Extra baixa tensão
Tensões dos sistemas SELV e PELV

 A tensão nominal do sistema SELV ou PELV não pode exceder 50 volts em


corrente alternada ou 120 V em corrente contínua, mas dependendo das
condições pode ser ainda menor:

 a) a tensão nominal do sistema SELV ou PELV não pode ser superior a 25 V,


valor eficaz, em corrente alternada, ou a 60 V em corrente contínua

 b) a tensão nominal do sistema SELV ou PELV não pode ser superior a 12 V,


valor eficaz, em corrente alternada, ou a 30 V em corrente contínua
Medidas de Controle de Risco Elétrico
Extra baixa tensão
Fontes SELV ou PELV

 Transformador de separação de segurança

 Fonte de corrente que garanta um grau de segurança equivalente ao do


transformador de separação de segurança especificado.

 Fonte eletroquímica (por exemplo, pilhas ou acumuladores)

 dispositivos eletrônicos, conforme as normas aplicáveis, nos quais tenham


sido tomadas providências para assegurar que, mesmo em caso de falta
interna, a tensão nos terminais de saída não possa ser superior aos limites
indicados.
Medidas de Controle de Risco Elétrico
Extra baixa tensão
Plugues e tomadas SELV/PELV

 a) não deve ser possível inserir o plugue SELV ou PELV em


tomadas de outras tensões;

 b) a tomada SELV ou PELV deve impedir a introdução de plugues


referentes a outras tensões;

 c) as tomadas do sistema SELV não devem possuir contato para


condutor de proteção.
Medidas de Controle de Risco Elétrico
Exemplo
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10h
5. Normas Técnicas Brasileiras – NBR
NBR 5410:

 a) Estabelece as condições que devem satisfazer


as instalações elétricas de baixa tensão, a fim
de garantir a segurança de pessoas e animais, o
funcionamento adequado da instalação e a
conservação dos bens;

 aplica-se principalmente às instalações elétricas


de edificações, qualquer que seja seu uso
(residencial, comercial, público, industrial, de
serviços, agropecuário, hortigranjeiro, etc.),
incluindo as pré-fabricadas.
Normas Técnicas Brasileiras – NBR
NBR 5410:
Esta Norma aplica-se também às instalações elétricas:

 Em áreas descobertas das propriedades, externas às edificações;


 De reboques de acampamento (trailers), locais de acampamento
(campings), marinas e instalações análogas; e
 De canteiros de obra, feiras, exposições e outras instalações
temporárias.
Normas Técnicas Brasileiras – NBR
NBR 5410:
ABRANGÊNCIA:
Aos circuitos elétricos alimentados sob tensão nominal igual ou
inferior a 1000 V em CA, com frequências inferiores a 400 Hz, ou a
1500 V em CC;

Aos circuitos elétricos, externos aos equipamentos, funcionando sob


uma tensão superior a 1000 V, mas alimentados através de uma
instalação de tensão igual ou inferior a 1000 V em CA. (por exemplo,
circuitos de lâmpadas a descarga, precipitadores eletrostáticos etc.);
Normas Técnicas Brasileiras – NBR
NBR 5410:
ABRANGÊNCIA:
A toda fiação e a toda linha elétrica que não
sejam cobertas pelas normas relativas aos
equipamentos de utilização;

Às linhas elétricas fixas de sinal (com exceção


dos circuitos internos dos equipamentos).
Normas Técnicas Brasileiras – NBR
NBR 14039:
Estabelece um sistema para o projeto e execução de instalações elétricas de
média tensão, com tensão nominal de 1,0 kV a 36,2 kV, à frequência
industrial, de modo a garantir segurança e continuidade de serviço.

APLICAÇÃO:
A partir de instalações alimentadas pela concessionária, o que corresponde
ao ponto de entrega, também se aplica as instalações alimentadas por fonte
própria de energia em média tensão.

As instalações de geração, distribuição e utilização de energia elétrica.

ABRANGÊNCIA:
9. ROTINAS DE TRABALHO - PROCEDIMENTOS.
INSTALAÇÕES DESENERGIZADAS:
Atribuições do Operador do COI:

✓ Antes de liberar a rede ou equipamento, contatar com o Responsável em Campo e


verificar o número da Permissão para Intervenção;

✓ Antes de liberar a rede ou equipamento para o Responsável em Campo, verificar e


comandar a sequência para liberação da rede ou equipamento;

✓ A sequência de procedimentos para liberação da rede ou equipamento, para


intervenção, deve ser precedida de todos os passos necessários para a
desenergização.
9. ROTINAS DE TRABALHO - PROCEDIMENTOS.
INSTALAÇÕES DESENERGIZADAS:

Atribuições do Responsável em Campo:

Informar ao COI (CENTRO DE OPERAÇOES INTERGRADAS) que a Equipe está


posicionada no local de trabalho;

Atender aos comandos do Operador do COI;

Atender às condições da Permissão para Intervenção;


9. ROTINAS DE TRABALHO - PROCEDIMENTOS.

Liberação para serviços

Receber a rede ou equipamento do COI para realizar a intervenção;

Executar os serviços que foram programados de acordo com as condições da


Permissão para Intervenção;

Ao concluir os serviços, verificar a conformidade dos mesmos;

Verificar a sequência de segurança para devolução da rede ao Operador do COI;


ROTINAS DE TRABALHO - PROCEDIMENTOS
INSTALAÇÕES DESENERGIZADAS:
Sequência de segurança para devolução da rede ao Operador do COI:

 Verificar se todas as ferramentas, utensílios e equipamentos foram retirados e também se todos os trabalhadores
não envolvidos na reenergização foram retirados da zona controlada;

 Seguir os passos da desenergização na ordem inversa;

 Após verificada a sequência de segurança para a devolução, contatar com o Operador do COI para devolver; a
rede ou equipamento ao COI.

 Ao concluir os serviços, verificar a conformidade dos mesmos;

 Verificar a sequência de segurança para devolução da rede ao Operador do COI;


ROTINAS DE TRABALHO - PROCEDIMENTOS
SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA:
Conceitos Básicos:

A sinalização de segurança consiste num procedimento padronizado destinado a


orientar, alertar, avisar e advertir as pessoas quanto aos riscos ou condições de
perigo existentes, proibições de ingresso ou acesso e cuidados e identificação dos
circuitos ou parte dele.

É de fundamental importância a existência de procedimentos de sinalização


padronizados, documentados e que sejam conhecidos por todos os trabalhadores
(próprios e prestadores de serviços).

Os materiais de sinalização constituem-se de cone, bandeirola, fita, sinalizador,


placa, grade, etc.
RETORNAMOS
ROTINAS DE TRABALHO - PROCEDIMENTOS

INSPEÇÕES DE SEGURANÇA:

Definição:
É a inspeção que visa descobrir erros corrigíveis, detectar causas de acidentes
de trabalho que podem ser evitadas, com a consequente adoção de medidas
preventivas e/ou corretivas.

A inspeção de segurança é tipicamente preventiva e deve antecipar-se aos


possíveis acidentes.

Aspectos Legais:
“A inspeção deverá ser promovida em todas as empresas, estabelecimentos e
locais de trabalho sujeitos à legislação do trabalho, estendendo-se aos
profissionais liberais e instituições sem fins lucrativos que mantiverem
trabalhadores como seus empregados”.
ROTINAS DE TRABALHO - PROCEDIMENTOS
INSPEÇÕES DE SEGURANÇA:
Objetivos:

✓ Possibilitar a determinação dos meios preventivos, antes da ocorrência dos acidentes;

✓ Ajudar a fixar nos operários a mentalidade prevencionista;

✓ Encorajar os próprios operários a agirem como inspetores de segurança;

✓ Melhorar o entrelaçamento entre o serviço de segurança e os demais setores da empresa;

✓ Divulgar e consolidar nos empregados o interesse da empresa pela segurança;

✓ Despertar nos empregados a necessária confiança na administração e angariar a colaboração de todos para a prevenção de acidentes.
ROTINAS DE TRABALHO - PROCEDIMENTOS
INSPEÇÕES DE SEGURANÇA:
Periodicidade:

Somente inspeções sistemáticas diminuem os riscos reduzindo os acidentes e lesões;

Riscos não descobertos ou novos riscos podem estar presentes;

Só através da vigilância contínua, educação e treinamentos cuidadosos podem-se descobrir


práticas inseguras no trabalho, para depois serem corrigidas de forma satisfatória;

Etapas nas inspeções de segurança:

Observação;
Registro;
Encaminhamento;
Acompanhamento;
ROTINAS DE TRABALHO - PROCEDIMENTOS
INSPEÇÕES DE LUVAS E MANGAS ISOLANTES:
É recomendada a seguinte sequência para inspeções e testes elétricos:

✓ Lavagem e exame preliminar;

✓ Ensaios elétricos;

✓ Secagem; inspeção final;

✓ Marcação;

✓ Empoamento, emparelhamento e empacotamento p/ armazenagem e transporte.


ROTINAS DE TRABALHO - PROCEDIMENTOS
INSPEÇÕES DE LUVAS E MANGAS ISOLANTES:
É recomendada a seguinte sequência para inspeções e testes
elétricos:

✓ Devem ser inspecionadas visualmente, verificando possíveis


defeitos causados pelo uso;

✓ Se defeituosas ou com suspeita de defeitos, não usá-las, mas


inspecioná-las minuciosamente em toda a superfície e enviá-las
para ensaio elétrico;

✓ Nos trabalhos de campo, recomenda-se insuflar as luvas e mangas


com ar antes do uso cotidiano.
ROTINAS DE TRABALHO - PROCEDIMENTOS
INSPEÇÕES DE LUVAS E MANGAS ISOLANTES:
Ensaios Elétricos:

✓ As luvas e mangas isolantes enviadas para serviço devem ter sido previamente retestadas elétricamente;

✓ O intervalo de tempo entre a data de expedição e o reteste não deve ser superior a 6 meses para isolantes flexíveis e 12 meses
isolantes rígidos.

Registro e Identificação:

✓ Deve-se manter registro das luvas e mangas isolantes, que especifiquem a tensão de teste para cada classe e a data do último
teste ou reteste.

✓ A luvas e mangas isolantes que apresentarem cortes, saliências, rachaduras, marcas de queimaduras, protuberâncias ou perda
de sua elasticidade normal, devem ser rejeitadas.
10 - DOCUMENTAÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

PRONTUÁRIO DAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS:

✓ É um conjunto de informações e procedimentos nas áreas da


eletricidade, da segurança e do atendimento a emergências.

Além do esquema unifilar, deverá conter, no mínimo...

 Documentação das inspeções e medições do sistema de proteção


contra descargas atmosféricas e de aterramento;
 Certificação dos equipamentos e materiais elétricos em áreas
classificadas e relatório técnico das inspeções com as devidas
recomendações.
DOCUMENTAÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

PRONTUÁRIO DAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS:


Quanto aos profissionais:
 Conjunto dos procedimentos e instruções técnicas e administrativas com a descrição das medidas de controle existentes;

 Especificação dos equipamentos de proteção individual e coletiva;

 Especificação do ferramental a ser utilizado;

 Documentação comprobatória da qualificação, habilitação, capacitação e autorização dos trabalhadores;

 Evidências dos treinamentos realizados. Quanto à organização e manutenção do prontuário, com as devidas atualizações, é de
responsabilidade do empregador ou de profissional por este designado, porém, deve permanecer a disposição dos trabalhadores
envolvidos nas instalações e serviços de eletricidade.
Vamos verificar o que aprendemos...

Avaliação de conhecimento 50 min.

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