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Montagem e instalação de chave magnética para partida direta com reversão de

motor trifásico

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ATIVIDADES DE APRENDIZAGEM I

Introdução

As indústrias, a fim de aumentarem o ritmo da produção, procuram acompanhar e dotar


seu maquinário de componentes elétricos para agilizarem o manejo por parte do
operador, aumentando, com isto, a rapidez de manobra das máquinas e, elevando
conseqüentemente a produção. Nos sistemas de comando de motores, as chaves
magnéticas possibilitam o alcance de todas estas vantagens.

Vimos anteriormente, que o comando de um motor trifásico, poderá ser efetuado de um


só ponto através de uma chave manual ou de muitos pontos diferentes, através de
chaves magnéticas.

Nesta Atividade de Aprendizagem, queremos apresentar a você, os componentes


utilizados para se fazer o comando direto com reversão de motor trifásico. Vamos
iniciar nosso estudo, dividindo-o em três partes, a saber:

1 - COMPONENTES DA CHAVE MAGNÉTICA


2 - DISPOSITIVOS DE COMANDO DA CHAVE MAGNÉTICA
3 - DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO DA CHAVE MAGNÉTICA

A seguir, vejamos a utilização e constituição da CHAVE MAGNÉTICA.

A chave magnética é utilizada para proporcionar controle fácil e conveniente, podendo


ser operada no local e a distância. É constituída basicamente pelo:

CONTATOR e RELÉ TÉRMICO DE PROTEÇÃO

CONTATOR

É um dispositivo de manobra mecânico que possibilita a ligação de motores e1étricos


ou outros tipos de cargas que pode ser utilizado individualmente ou acoplado a relés de
proteção. Graças as suas características construtivas e de funcionamento, os contatores
são atualmente muito utilizados nas instalações industriais. As principais características
destes dispositivos são:

 Elevada durabilidade
 Elevado número de manobras
 Comando à distância de grandes correntes

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Para se fazer a reversão do sentido de rotação de um motor trifásico, é necessário se
processar a inversão de duas de suas fases de alimentação. Este trabalho será realizado
por dois contatores comandados alternadamente, cujos acionamentos permitem obter-se
rotações nos sentidos horário e anti-horário. O funcionamento dos dois contatores como
já dissemos, deve ser alternado, pois se ambos forem acionados ao mesmo tempo, se
fechará nos contatos dos contatores um curto-circuito entre as duas fases responsáveis
pela reversão. Portanto, para se processar a reversão deve haver um intervalo onde o
circuito seja desligado, ficando, assim, a operação composta de três estágios:

 Partida em um sentido
 Desligamento
 Partida em sentido inverso

Quando há necessidade de um intervalo de tempo entre a inversão de rotação,


empregamos o sistema denominado “reversão simples”. Caso contrário, empregamos o
sistema de “reversão instantânea”.

Para evitar que os contatores responsáveis pela reversão sejam ligados acidentalmente
ao mesmo tempo utiliza-se um sistema elétrico ou mecânico ao qual, damos o nome de
“INTERTRAVAMENTO DE CONTATORES”.

O intertravamento elétrico é efetuado, inserindo-se um contato auxiliar abridor de um


contator no circuito de comando que alimenta a bobina do outro contator e vice-versa,
fazendo-se desta forma, com que o funcionamento de um dependa do outro (fig. 1).

Fig. 1

A esse tipo de intertravamento, podem também ser adicionados contatos abridores de


botoeiras no circuito de comando, de tal forma que as botoeiras acionadas para
comandar um contato, faça a interrupção instantânea do outro (Fig. 2).

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A normalização, na identificação dos bornes de ligação dos elementos utilizados em
comandos, se faz necessária, tendo em vista, o constante crescimento da automatização
industrial. No entanto, uma comissão internacional "Internacional Electrotecnical
Comission" (IEC) formada por representantes de todos os países industria1izados, vem
desenvolvendo trabalhos para que brevemente haja uma padronização internacional.
Para os equipamentos construídos seguindo a associação de normas alemãs da área de
eletricidade "Verband Deutscher E1ektrotechniker" (VDE), têm-se no momento as
seguintes identificações:

1 - IDENTIFICAÇÃO DOS TERMINAIS

- Bobina para contator com um enrolamento

A identificação é feita pelas letras Maiúsculas “A1” e “A2”.

Fig. 5

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- Bobina para contator, com dois enrolamentos:

A identificação é feita por letras Maiúsculas e índices numéricos

Desta forma a identificação dos contatos auxiliares NA e NF em um contator é feita da


seguinte maneira:

Deve-se salientar que a posição e o numero de contatos auxiliares em um contator varia


em função do seu tipo de construção, mas a forma de identificação é a mesma para
qualquer contator.

2 – IDENTIFICAÇÃO DOS CONTATOS PRINCIPAIS

A identificação é feita por algarismos sendo os ímpares para ligação à rede


(ENTRADA) e os pares para a ligação à carga (SAÍDA) (Fig. 8).

Fig. 8

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3 – IDENTIFICAÇÃO DOS CONTATOS AUXILIARES

Os contatos são identificados por dois dígitos compostos pelo algarismo de origem de
localização e, pelo algarismo seqüencial de função.

Os algarismos de identificação da localização, são contatos ordenados a partir de 1


(um), da seqüência para a direita (Fig. 9).

Fig. 9

Os algarismos de identificação da função são assim identificados (Fig. 10 e 11).

Contato abridor ou normalmente fechado (NF) Fig. 10

Contato fechador ou normalmente aberto (NA) Fig. 11

Como vimos anteriormente, a chave magnética, é constituída, além do contator, por um


relé de proteção. O relé de proteção, utilizado nas chaves magnéticas, atua pelo efeito
térmico provocado pela corrente elétrica em seu elemento bimetálico. Por está razão
este relé de proteção é chamado de relé térmico de sobrecarga. Estes relés podem ter o
seu acionamento direto ou indireto.

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DIRETOS: São os relés em que a corrente de carga circula pelo próprio bimetal que,
em caso de sobrecarga, desarma a chave magnética (Fig. 13).

Fig. 13

INDIRETOS: Nos relés térmicos indiretos, o aquecimento do bimetal é feito por um


elemento resistor que atua sobre o mesmo. Este elemento resistor, para pequenas
correntes, fica ligado em série com a carga, porém se a corrente de carga, for elevada,
utiliza-se um transformador de corrente para alimentar o resistor (Fig. 14 e 15).

Estes relés independem do seu sistema de acionamento, podem ser do tipo “sem
retenção” ou “com retenção”.

Sem retenção: Nos relés térmicos sem retenção, as lâminas bimetálicas, depois de
resfriadas, voltam à posição normal, restabelecendo condições para o funcionamento do
circuito. Neste caso, diz-se que houve rearmamento do relé.

- Relé térmico com um contato auxiliar comutador com ou sem retenção (Fig. 21 e 22).

Comutador Cambiável (Fig. 23 e 24).

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As botoeiras utilizadas para os comandos de reversão podem ser:

Duas com apenas um contato normalmente aberto (NA) (Fig. 25).

E uma, com um contato normalmente fechado (NF) (Fig. 26).

Com retenção: Os relés térmicos com retenção possuem dispositivos que travam as
lâminas bimetálicas na posição desligada após sua atuação. Para se restabelecer as
condições de funcionamento do circuito, é necessário soltar manualmente a trava, o que
se consegue ao pressionar o botão de rearmamento.

Os relês térmicos são dimensionados de modo que a corrente nominal da carga fique
compreendida dentro de sua faixa de regulagem.

Estes relés podem ser acoplados diretamente aos contatores ou sobre bases
(SUPORTES) que se apresentam sob diversas formas, dependendo de cada fabricante.

Também os bornes dos relés térmicos são identificados por símbolos.

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Para os relés térmicos construídos segundo a norma alemã (VDE), a identificação de
terminais ou bornes, é apresentada a seguir:

1 – IDENTIFICAÇÃO DOS BORNES PRINCIPAIS

Os bornes principais do relé térmico estão ligados diretamente aos disparadores


térmicos de sobrecarga e, sua identificação é feita por algarismos, sendo os ímpares
para a ligação da rede através do contator e, os pares, para a alimentação da carga (Fig.
18).

Fig. 18

2 – IDENTIFICAÇÃO DOS BORNES DOS CONTATOS AUXILIARES DO


RELÉ TÉRMICO

- Relé Térmico com um contato auxiliar abridor com ou sem retenção (Fig. 19 e 20).

Ou, duas com dois contatos, um normal aberto (NA) e o outro fechado (NF) (Fig. 27).
E uma, com um contato normalmente fechado (NF) (Fig. 28).

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As botoeiras com apenas um contato normalmente aberto, são utilizadas nos comandos
de reversão simples e, as botoeiras com dois contatos, são utilizadas nos comandos de
reversão instantânea. Nas botoeiras de dois contatos, o contato normalmente aberto,
(NA) tem por função, 1igar um dos contatores responsáveis pela reversão enquanto que
o contato normalmente fechado (NF), realiza o travamento elétrico cortando a
alimentação no outro contator. Os elementos de contato da botoeira são acionados por
botões que variam na sua forma de construção e nas cores, conforme a utilização da
botoeira.

A seguir, apresentamos um código de cores para os botões que identificas as funções


das botoeiras.

CÓDIGO DE CORES PARA BOTÕES

COR DO BOTÃO FUNÇÃO DO COMANDO

- Partida de retrocesso fora das condições normais de


AMARELO opção
- Partida de um movimento para evitar condições de
perigo.

BRANCO OU - Utilizados para qualquer função para a qual as outras


AZUL CLARO cores não têm validade.

VERDE OU PRETO - Partida, ligado, toques.

VERMELHO - Parar ou desligar.


Desligar / Emergência.

As botoeiras possuem também uma identificação dos seus bornes.

Apresentamos a seguir, a identificação dos bornes de botoeiras com um, dois ou mais
contatos em seu bloco. Essa identificação é feita por números, da mesma maneira que
os contatos auxiliares, ou seja, de acordo com sua localização e seqüência de função.

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IDENTIFICAÇÃO DOS BORNES DA BOTOEIRA

1 – Botoeira com um contato normalmente fechado (NF).

2 – Botoeira com um contato normalmente aberto (NA).

3 – Botoeiras com dois contatos: um (NF) e um (NA).

4 – Botoeiras com quatro contatos: dois (NF) e dois (NA).

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Você estudará agora, um outro componente que também é utilizado nos circuitos de
comando das chaves magnéticas: CHAVE AUXILIAR TIPO FIM DE CURSO.

Este tipo de chave é um dispositivo auxiliar de acionamento mecânico, que atua num
circuito de comando, com funções bastante diversificadas como: comandar contatores,
válvulas tipo solenóide, relés, circuitos de sinalização ou, ainda, a parada ou partida de
um motor num porto pré-fixado de um ciclo de operação. Basicamente, a chave auxiliar
tipo fim de curso, é utilizada em três funções:

CONTROLE COMANDO SEGURANÇA

As chaves auxiliares tipo fim de curso, são constituídos basicamente por um corpo,
cabeçote de comando e bloco de contatos.

Vamos à descrição de cada elemento destes:

1 – Corpo

É o componente responsável pela proteção mecânica dos contatos, ligações e ainda


agregar o cabeçote de comando.

2 – Cabeçote de Comando

É o componente responsável pelo comando mecânico (abertura e fechamento) dos


contatos. Vários são os tipos de cabeçote, sendo possível escolher aquele que mais se
adapta a função de comando a ser executada (Fig. 30, 31, 32 e 33).

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3 – Bloco de Contatos

É o componente responsável pela ação elétrica do circuito de comando, quando


acionado pelo cabeçote de comando. As chaves auxiliares tipo fim de curso, admitem
uma variedade muito grande de contatos abridores e fechadores. Os blocos podem
possuir de um a quadro contatos, sendo a sua função, programada conforme a
necessidade (Fig. 34 e 35).

Entre as chaves auxiliares tipo fim de curso, existem umas para trabalhos mais rudes e
outras, para trabalhos mais sensíveis.

As chaves auxiliares tipo fim de curso, podem adquirir várias denominações,


dependendo do fabricante, região e até do vocabulário utilizado por pessoas do ramo.
Veja algumas denominações mais comuns:

 Interruptor fim de curso


 Chave limite
 Microruptor (precisão) ou, somente,
 Fim de Curso.

Quanto as características elétricas, as chaves auxiliares tipo fim de curso, admitem


tensões de trabalho desde 24V e 600V com correntes nominais, normalmente até 10A.

Os bornes dos contatos das chaves auxiliares tipo fim de curso, também são
identificados por códigos numéricos, atendendo a padronização da I.E.C., ou seja,
idêntico aos contatos auxiliares.

Com um contato “NF” Com um contato “NA”

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Com dois contatos “1 NA + 1 NF ” Com um contato comutador “NF/NA”

Com dois contatos comutadores “2 NF + 2 NA ”

Os fusíveis, inseridos no circuito de força, são uti1izados para proteger este circuito
contra os efeitos de curto-circuito. Os tipos de fusíveis mais uti1izados no circuito de
força são o "DIAZED" e o “NH" (Fig.43 e 44).

O fusível Diazed tem sua faixa de aplicação até 63A e, o fusível “NH", possui uma
faixa bem mais ampla, pois é fabricado para correntes até 1.600A.

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Vamos apresentar a você duas tabelas de fusíveis Diazed e de fusíveis “NH”, que
normalmente são fabricados.

“DIAZED”
Corrente Nominal (A)
2 25
4 35
6 50
10 63
16
20

“NH”
Corrente Nominal (A)
6 63 250 700
10 80 315 900
16 100 355 1000
20 125 400 1100
25 160 425 1200
36 200 500 1400
50 224 630 1600

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Os FUSÍVEIS DO CIRCUITO DE FORÇA devem ser do tipo retardado, devido às
sobrecargas de curta duração a que são submetidos, quando da partida dos motores
trifásicos de rotor em curto, o fusível retardado, em função de suas características, é
capaz de suportar estas pequenas sobrecargas de partida, sem que haja rompimento do
elo fusível.

Outro aspecto que devemos salientar é quanto à capacidade do fusível a ser utilizado no
circuito de força. Dois são os aspectos que devem ser considerados:

 A corrente solicitada pela carga e,


 Os valores padrões de fabricação dos fusíveis.

Veja este exemplo: Um motor trifásico solicita da rede, uma corrente nominal de 23A.
Se você observar nas tabelas anteriores, não existem fusíveis com fabricação
padronizada para 23A. Teríamos então, que utilizar um fusível de capacidade
imediatamente superior, ou seja, 25A.

Passemos, agora, a estudar os FUSÍVEIS DO CIRCUITO DE COMANDO. Estes


fusíveis têm por função, proteger os componentes do circuito de comando também
contra os efeitos de curto-circuito. Neste circuito, os fusíveis utilizados são de baixa
capacidade em relação aos de força, pois o valor da corrente que circula no circuito de
comando, é muito pequeno. O valor desta corrente depende, principalmente, da
potência absorvida pelas bobinas dos contatores e de outros componentes utilizados em
circuitos mais complexos tais como: relés, sinalizadores, temporizadores ou outros
componentes que consomem energia elétrica. À medida que aumenta a potência do
circuito de comando, maior será a corrente por ele absorvida, tendo, desta forma, que
dimensionar os fusíveis de comando para este valor de corrente. Pela sua facilidade em
montagem, aspecto físico e comportamento elétrico, geralmente são utilizados fusíveis
tipo Diazed, cujas capacidades de corrente, estão na tabela apresentada anteriormente.

Dependendo do sistema de alimentação do circuito de comando, pode se ter um ou dois


fusíveis como elemento de proteção. Quando o sistema for alimentado por fase e
neutro, o condutor neutro é conectado diretamente aos bornes das bobinas e, o condutor
fase, será protegido por um fusível (Fig. 45).

Fig. 45

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Quando o sistema de alimentação for a duas fases, ambas devem ser protegias por
fusíveis (Fig. 46).

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ATIVIDADES DE APRENDIZAGEM II

O desenho é uma forma artística de expressar uma idéia, um pensamento e até mesmo
um sentimento. Portanto, podemos utilizá-lo para representar tudo aquilo que
queremos. Em eletricidade, também se utiliza, e muito, o desenho para representar os
componentes elétricos e a forma como eles são interligados.

Nesta Atividade de Aprendizagem, veremos como se representam, e como se interligam


esses componentes, bem como, alguns exemplos relacionados ao funcionamento de
circuitos utilizados para reversão com chave magnética.

Vejamos, a seguir, a REPRESENTAÇÃO SIMBÓLICA MULTIFILAR DOS


COMPONENTES:

SÍMBOLOS SIGNIFICADOS

Elemento de comando com


enrolamento único (bobina).

Elemento de comando com dois


enrolamentos (Bobina).

Contatos principais (3NA) contatos


auxiliares (1NA + 1NF).

Relé térmico de sobrecarga com três


elementos térmicos, um contato
(NF) sem retenção.

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Relé térmico de sobrecarga com três
elementos térmicos, com contato
comutador (NF/NA) e retenção.

Relé térmico de sobrecarga com três


elementos térmicos, com dois
contatos (1NF e 1NA) com retenção
e transformador de corrente.

Fusíveis.

Botoeira Abridora (NF).

Botoeira fechadora (NA).

Botoeira dupla (1NA + 1NF).

Chave auxiliar tipo fim de curso


(NF).

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Chave auxiliar tipo fim de curso
(NA).

Chave auxiliar tipo fim de curso


(1NA + 1 NF).

Dispositivo de travamento mecânico


bidirecional na posição travada.

Dispositivo de travamento mecânico


bidirecional na posição livre.

Motor trifásico.

Linha de alimentação trifásica.

Aterramento.

Chave seccionadora tripolar.

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1 - REPRESENTAÇÃO MULTIFILAR DO CIRCUITO ELÉTRICO DA CHAVE
MAGNÉTICA COM REVERSÃO SIMPLES POR BOTOEIRA COM
TRAVAMENTO ELÉTRICO.

Observemos, a seguir, a representação esquemática destes circuitos (Fig. 47 e 48).

Diagrama de comando auxiliar para


Circuito de comando principal para chave reversora com travamento
chave reversora desenho nº1

Fig. 47

Fig. 48

FUNCIONAMENTO

LIGAR: Estando sob tensão os bornes RST e pulsando a botoeira b, a bobina do


contator C1 será alimentada, provocando o fechamento dos contatos principais, do
contato auxiliar de C1 (NF) em série com o contator C1 o motor começa, então, a girar
em um sentido de rotação.

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ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM III

1º Passo – localize os componentes sobre o chassi.

2º Passo – Fixe os Componentes sobre o chassi

3º Passo – Instale os condutores do circuito de comando.

4º Passo – Instale os condutores do circuito de força.

5º Passo – Teste a chave magnética.

6º Passo – Instale a chave magnética e o motor elétrico.

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2 - REPRESENTAÇÃO MULTIFILAR DO CIRCUITO ELÉTRICO DE CHAVE
MAGNÉTICA COM REVERSÃO INSTANTÂNEA POR BOTOEIRA, COM
TRAVAMENTO ELÉTRICO.

Observemos, a seguir, a representação esquemática destes circuitos.

Circuito de Comando principal para Diagrama de comando auxiliar para


chave reversora chave reversora direta desenho nº2

INTERROMPER: Para desligar o circuito, em qualquer um dos sentidos, pulsa-se a


botoeira b0, interrompendo, com isso, o circuito de alimentação da bobina e
consequentemente, a abertura dos contatos no circuito de força, determinando, assim, o
desligamento do motor.

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Nº ORDEM DE EXECUÇÃO FERRAMENTAS, INSTRUMENTOS E
UTENSÍLIOS.
01 Ligue os elementos e o percurso da
instalação
02 Alinhe o moto.
Veja Ref. FO-48-DN
03 Fixe as peças com parafusos e
porcas. Chaves de boca, Chaves de fenda, Arco de
04 Corte, escareie e faça rosca nos serra, Lâmina de serra, Corta tubos,
eletrodutos. Tarraxa, Chave de grifo, Lima mursa,
05 Monte a rede de dutos. Escareador para tubos, Vira-tubos, Alicate
06 Fixe as peças com parafusos para de gasista, Verruma, Canivete, Alicate
madeira. universal, Alicate de corte diagonal,
07 Introduza os condutores nos Alicate de bico, Alicate saca-fusível,
eletrodutos Morsa para tubos, Metro, Nível, Régua,
08 Emende os condutores com Prumo, Escala, Fieira AWG.
dispositivos. Almotolia, Fio pescador, Escada de abrir,
09 Ligue o motor trifásico, chave Lâmpada de prova.
magnética, chave de bóia e chave
de emergência.
Veja Ref. FO-61-DN e FITs 050,
051, 059, 009, 053 e 054.
10 Ligue a estrutura à terra.
11 Teste a instalação.

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EQUIPAMENTO E MATERIAIS:

Duas caixas d’água com instalação hidráulica entre bomba e caixas, base para motor e
bomba, motor trifásico de indução, bomba d’água centrífuga.

Chave magnética trifásica, Chave trifásica de duas direções, Bloco de fusíveis trifásico,
Chaves de bóia, Eletroduto de 1/2”, Fio rígido termoplástico nº. 12 e 14 AWG, Luvas,
Niples, Porcas, Arruelas para tubos de 1/2", Parafusos para fixar caixas, Parafusos com
porca para fixar motor e bomba, Giz, Talco, Parafina, Óleo lubrificante, Lixa, Fita
isolante, Fusíveis de rolha, conectores e braçadeiras.

ALINHAR MOTORES

Introdução

O alinhamento de um motor depende do tipo de acoplamento. Esta folha apresenta duas


técnicas de alinhamento, uma empregada para transmissões por correia e a outra para
acoplamentos diretos por meio de uniões ou luvas.

Materiais

Cordão ou barbante para alinhamento, cunhas e calços de ferro.

Ferramentas

Esquadro, Nível, Fio de prumo, Chaves de boca e Martelo.

Equipamentos

Base de trilhos montada ou base inteiriça com bomba.

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FASES DA OPERAÇÃO

A – ACOPLAMENTO POR MEIO DE CORREIAS

1) Monte o motor na base de trilhos

Ponha o motor sobre a base previamente


preparada e coloque os parafusos de
fixação com as respectivas porcas
encostadas sem apertar.

2) Nivele os trilhos

Apóie o nível na face superior dos


trilhos, tanto no sentido longitudinal
quanto no transversal e, por meio de
calços e cunhas de ferro, nivele o
conjunto de trilhos com o motor.

3) Alinhe o motor

Encoste os parafusos de ajuste nos pés do motor, que se está alinhando. Fixe o barbante
no bordo posterior da polia da máquina e, com a outra extremidade do cordão (Fig. 1)
encostada na polia do motor, verifique o alinhamento. Conforme o caso, aperte ou
desaperte os parafusos de ajuste “a” e “b” (Fig. 1) deslocando o motor até que dois
pontos de cada polia sejam levemente tocados, ao mesmo tempo, pelo barbante.

Nota: Para verificar a exatidão do alinhamento, fixe o cordão na polia do motor e faça o
toque na polia receptora.

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4) Fixe o motor

Aperte firmemente os parafusos de fixação


dos pés do motor e coloque a correia,
começando pela polia menor e finalizando
pela maior.

Nota: Quando se tratar de correias em


“V”, coloque-as antes do alinhamento do
motor.

B – ACOPLAMENTO DIRETO COM UNIÕES OU LUVAS

1) Monte o motor na base

Ponha o motor sobre a base, tendo já fixado os eixos os


flanges da luva. Aproxime o motor da máquina e
complete a montagem da luva, sem apertar os seus
parafusos. Coloque os parafusos e porcas da sapata o
motor sem aperta-los.

2 - Alinhe o motor

Monte os grampos de alinhamento (1) nos eixos;


inicie o alinhamento girando os eixos com a mão
e observando os extremos dos grampos por cima e
pelos lados, até que o afastamento “a”, entre eles,
seja sempre igual em todos os pontos da
circunferência descrita.

3) Dê o aperto final

Com a chave de boca, aperte os parafusos de


fixação das sapatas do motor; torne a verificar
o alinhamento e retire os grampos. Finalmente
complete o aperto dos parafusos da luva

80
TERMINOLOGIA

Alinhar:

O mesmo que colocar em linha. O trabalho de colocar o motor na posição correta, com
relação ao equipamento que o mesmo vai acionar, chama-se “alinhar o motor”.

Acoplamento:

Dispositivo ou aparelho que se destina a criar uma transmissão entre um motor e uma
máquina.

QUESTIONÁRIO

Responda, escrevendo “certo” ou “errado” sobre a linha pontilhada:

1) Ao se alinhar um motor elétrico não é necessário verificar o nivelamento de sua


base (............................).

2) Os dois parafusos do trilho, que ajustam o alinhamento dos motores, para


transmissão por correia, estão no mesmo lado do motor (............................).

3) Nos casos de motores com acoplamentos com luvas ou uniões, emprega-se o


cordão para se fazer o alinhamento dos mesmos (............................).

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LIGAÇÃO DE MOTOR TRIFÁSICO

É a conexão elétrica dos terminais do motor, a fim de proporcionar ao mesmo,


condições de funcionamento.

Pode-se encontrar motor trifásico com


3,6,9 ou 12 terminais.

Os motores de 3 terminais são constituídos


para funcionar apenas em uma tensão, seja
220 ou 380 ou 440 ou 760 volts (Fig. 1).

Obs. Na ligação de motor com 3 terminais à rede se faz, conectando os terminais 1,2 e
3 aos terminais da rede R,S e T em qualquer ordem (fig. 2).

Atualmente, a disposição de bornes que mais se


encontra nos motores trifásicos é de 6 terminais
conforme figura 3.

Com essa disposição, os motores trifásicos


poder ser ligados em duas tensões, geralmente
para 220 volts e 380 volts.

Os motores com 6 terminais (Fig. 3) para funcionar em tensão de 220V, deverá ter seus
terminais conectados em triângulo conforme (Fig. 4).

82
Na ligação do motor para 380 volts, a conexão dos terminais deverá ser feita em estrela
(Y) conforme (Fig. 5).

Os motores que dispõem de 9 terminais


são empregados também duas tensões,
220/440 volts.

São constituídos para ligação em estrela


(Y) e duplo estrela (YY) ou em triângulo
(Δ) Figs. 6 e 7.

Os motores de 12 terminais são constituídos para atender a 4 tensões; 220V (Fig. 8),
380V (Fig. 9), 440V (Fig. 10) e 760V (Fig. 11).

Para tanto, seus terminais são ligados de acordo com a tensão da rede. Essas ligações
serão representadas abaixo e executadas em conformidades com a tensão de
alimentação.

83
CHAVE MAGNÉTICA

È um dispositivo de manobra mecânico, acionado eletromagneticamente. Serve para a


proteção e o controle de motores elétricos, é formado por um conjunto contator relé de
proteção (Fig. 1).

As chaves magnéticas são construídas para proporcionar controle fácil e conveniente,


operando no local ou à distância, e ainda pra proteger o motor, a máquina acionada e o
operador.

As chaves magnéticas são empregadas para proteger os motores contra sobrecargas


demoradas. Uma sobrecarga de corrente, duas ou quatro vezes maior que a normal, mas
de curta duração (1 ou 2 segundos), e que em nada vai prejudicar o motor, não ocasiona
a intervenção do relé térmico, porém este entrará em ação se o excesso se prolongar,
ainda que o valor desse excesso seja relativamente pequeno. Essa proteção não pode ser
conseguida pelo uso do fusível comum.

Fundamentalmente essas chaves são construídas de dois circuitos: um circuito principal


e um circuito auxiliar.

84
Na Fig. 2, o circuito principal é mostrado em linhas grossas e o auxiliar linhas finas
tracejadas.

No circuito principal, partindo-se dos


bornes de entrada L1, L2 e L3, encontram-
se os contatos principais. Estes Contatos
estão normalmente abertos. Fecham-se por
ação da bobina e ligam o motor
diretamente à linha de alimentação. Ainda
nesse circuito, abaixo dos contatos prin-
cipais, vamos encontrar, geralmente, em
duas fases apenas os elementos térmicos.
Esses elementos, em caso de sobrecarga,
farão funcionar o dispositivo de desarme
automático da chave. No circuito auxiliar
estão compreendidos: a bobina, os
contatos de retenção (A), os contatos do
relé de sobrecarga (B) e o circuito externo
da botoeira.

Na figura 3, tem-se o circuito principal


apresentado em linhas grossas tracejadas
e o auxiliar em linhas finas.

A bobina tem por função acionar os con-


tatos principais, que estão montados sobre
uma barra isolante. Suportados pela
mesma barra e funcionando
simultaneamente com os contatos
principais estão os contatos de retenção.

Os contatos de retenção (A) permitem


manter a corrente de alimentação na
bobina, uma vez que se tenha deixado de
pressionar o botão de ligar.

85
Este dispositivo constitui também um sistema de segurança. No caso de falta de tensão,
a chave desarmará e não voltará a funcionar ao ser a tensão restabelecida, sem que
alguém aperte novamente o botão de ligar.

Em virtude de ser a bobina alimentada por corrente alternada, a atração se apresenta


pulsante e caracteriza-se por uma vibração.

Para corrigir esse inconveniente, as


chaves têm embutidas no núcleo da
bobina, uma espira de cobre em curto
circuito. A corrente induzida nessa
espira é suficiente para manter um
fluxo magnético, durante os vazios da
corrente (fig, 4).

Os relés de sobrecarga usados nas chaves magnéticas podem ser de dois tipos: relé
térmico ou magnético, sendo mais comum o primeiro.

O relé térmico é constituído de um elemento aquecedor (fig. 5), colocado em série no


circuito principal. Nas proximidades desse elemento, encontra-se uma lâmina
bimetálica (fig. 6) que, a um aumento de temperatura, sofre um encurvamento e,
atuando sobre um disparo, desliga os contatos do relé, que permanecerá na posição
tracejada (fig. 7), até que seja rearmada manualmente.

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Os térmicos permitem regulagem da corrente de sobrecarga com que devem operar.

As Figs. 8 e 9 mostram dois desses mecanismos de regulagem.

Outros relés, embora não permitam


regulagem, têm a unidade de
aquecimento facilmente substituível,
podendo ser a chave ajustada por
esse processo, para o serviço a que se
destina.

Na botoeira (Figs. 10 e 11) vamos


encontrar dois botões: um para ligar,
normalmente aberto, e outro para
desligar, normalmente fechado.

Quando uma mesma chave é comandada por duas botoeiras, (Fig. 12), retira-se o
fechamento interno de uma delas e liga-se como mostra o esquema a seguir.

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