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SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE

FOLHA
ELÉTRICA RESIDENCIAL E PREDIAL
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ELÉTRICA RESIDENCIAL
E PREDIAL
NÍVEL BÁSICO

MÓDULO I

Rua Jequitibás, 255 Eldorado - Contagem


Contagem, MG - (31) 2567-2070 (31) 99429-2317
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Curiosidade não combina com eletricidade


A qualificação profissional é o primeiro passo para uma instalação elétrica bem

sucedida, pois não basta ter um bom projeto elétrico e utilizar materiais

certificados se o profissional responsável pela instalação for qualificado e,

principalmente, não conhecer as normas de segurança.

Atualmente, todo profissional que trabalha direta ou indiretamente com

eletricidade é obrigado a ter o curso NR-10 de segurança em instalações e

serviços em eletricidade, cuja validade é de 2 anos.

A instalação elétrica é uma das etapas mais delicadas da obra e, caso seja mal

feita, pode trazer riscos que vão desde o consumo exagerado de energia até

curtos-circuitos no sistema elétrico ocasionados pela fuga de corrente.

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Sumário
1. MONTAGEM DE PAINEL ................................................................................................. 4
2. O QUE É ELETRICIDADE? ............................................................................................. 5
2.1. Grandezas elétricas ................................................................................................. 6
2.1.1. Múltiplos de grandezas elétricas ................................................................. 6
2.1.2. Exemplos de múltiplos de grandezas elétricas........................................ 7
2.2. Resistividade elétrica .............................................................................................. 7
2.3. Tensão alternada ...................................................................................................... 8
2.4. Lei de ohm e Potência elétrica.............................................................................. 9

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1. MONTAGEM DE PAINEL
Na montagem do painel, são necessários alguns materiais e ferramentas.
Então primeiro deve-se adquiri-los para depois desenvolver as práticas do curso.
Ferramentas básicas: alicate de corte, chave de fenda, chave Philips,
equipamento de proteção individual – EPI.

MATERIAIS PARA O PAINEL:


 1 Base para fixação (placa de gesso ou de MDF);
 5 Metros de eletroduto corrugado ¾;
 3 Plafon;
 3 Caixas octogonal 3x3;
 1 Painel elétrico com 6 posições;
 2 Caixas 3x4;
 1 Caixa 4x4;
 1 Disjuntor DIN bifásico de 10A;
 2 Disjuntores DIN monofásicos 10A;
 6 Metros de fio 2,5mm² - 2m azul, 2m verde, 2m preto.

As cores dos fios são muito importantes, pois são a representação do


neutro, fase, retorno e terra. Pode adquirir a cor branca, mas não é obrigatório.
O fio neutro é representado pela cor azul, o fio fase é representado pela cor
vermelha ou preta, o fio de retorno é branco e o fio terra é verde.

MATERIAIS PARA A PRÁTICA:


 2 Lâmpadas;
 1 Dimmer;
 1 Tomada;
 1 Interruptor simples;
 2 Interruptores Three way;
 1 Interruptor Four Way;
 1 campainha do tipo cigarra;
 1 Interruptor campainha;
 1 Sensor de presença;
 1 Relé fotoelétrico.

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2. O QUE É ELETRICIDADE?
Eletricidade é o conjunto de fenômenos naturais que envolvem a existência
de cargas elétricas estacionárias ou em movimento e está vinculada ao estado
dos átomos da matéria. Baseada no movimento de cargas elétricas, a
eletricidade é um fenômeno natural que resulta da existência de cargas elétricas
nos átomos que constituem a matéria. No núcleo de cada átomo se encontram
cargas elétricas positivas fixas (prótons) e em torno desse núcleo há cargas
elétricas negativas móveis (elétrons), Figura 01.

Figura 01 – Representação de um átomo em equilíbrio.

O átomo se encontra em equilíbrio elétrico, ou seja, o balanço de sua carga


total é zero, pois há cargas positivas e negativas em igual número. Se forem
extraídos alguns elétrons o equilíbrio é quebrado e o átomo fica ionizado, ou
seja, com excesso de cargas positivas. Algumas substâncias como o vidro, a
ebonite e o âmbar apresentam a propriedade de se ionizar quando são
friccionadas.
Charles Du Fay fez várias descobertas no campo da eletricidade e foi um
dos primeiros a observar os efeitos em corpos eletrizados por meio de fricção de
materiais, verificando que dois corpos eletrizados próximos exercem forças entre
si de atração, se as cargas forem de sinal contrário e de repulsão caso tenham
o mesmo sinal, Figura 02.

Figura 02 – Princípio de Du Fay.

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Após as descobertas de Du Fay, o homem aprendeu novos métodos para


criar diferenças de potencial (ddp) artificialmente visando ser capaz de produzir
corrente elétrica e poder utilizar seus efeitos, criando aparelhos denominados
geradores elétricos.

2.1. Grandezas elétricas


Grandeza é tudo aquilo que pode ser medido e possui pelo menos uma das
seguintes características: Um símbolo, uma unidade, um instrumento de medida
e uma relação matemática com outras grandezas. As grandezas elétricas são
grandezas que provocam ou são provocadas por feitos elétricos ou que
contribuam ou interferem nesses efeitos. As principais grandezas elétricas são:

a) Corrente Elétrica – É o movimento ordenado de elétrons dentro de um


material condutor. Sua unidade de medida é o Ampere abreviado pela letra
“A”. O instrumento de medida é o Amperímetro.
b) Tensão elétrica – É a força que movimenta os elétrons também conhecida
como a diferença de potencial elétrico entre dois pontos (ddp) ou Força
Eletromotriz (FEM). Sua unidade de medida é o VOLT abreviado pela letra
“V”. O instrumento de medida é o Voltímetro:
c) Resistência elétrica – É a oposição oferecida pelo material condutor à
passagem de corrente elétrica. Sua unidade de medida é o Ohm abreviado
pela letra grega ômega “Ω”. O instrumento de medida é o Ohmímetro.
d) Potência elétrica – É a energia consumida por unidade de tempo ou
rapidez com que se gasta a energia elétrica. Sua unidade de medida é o
Watt abreviado pela letra “W”. O instrumento de medida é o Wattímetro.
e) Energia elétrica – É a capacidade de um sistema de realizar trabalho. Sua
unidade de medida é o Watt-hora abreviado pelas letras “Wh”.

2.1.1. Múltiplos de grandezas elétricas

Quando as unidades de medida das grandezas utilizadas são valores muito


grandes ou muito pequenos é necessária a utilização de múltiplos de sua
unidade de medida.

Múltiplos e submúltiplos de Grandezas


10n Prefixo Símbolo Equivalente Decimal
109 Giga G 1.000.000.000
106 Mega M 1.000.000
103 Quilo k 1.000
100 - - 1
10-3 Mili m 0,001
10-6 Micro µ 0,000 001
10-9 Nano n 0,000 000 001

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2.1.2. Exemplos de múltiplos de grandezas elétricas

a) Múltiplos e submúltiplos do Ampere:


QuiloAmpere (kA) – Um QuiloAmpere vale 1.000 Amperes. Para
converter para Ampere basta multiplicar o valor em kA por 1.000. O
resultado da multiplicação é em Ampere.
Ex. Converter 2,5kA para A: 2,5 ∗ 1.000 = 2.500𝐴

Para converter Ampere para QuiloAmpere basta dividir o valor em A por


1000. O resultado da multiplicação é em QuiloAmpere.

MiliAmpere (mA) – Um miliAmpere é igual a 0.001 Amperes. Para


converter miliAmpere para Ampere basta dividir o valor em mA por
1.000. O resultado da divisão é em Ampere.

Ex. Converter 2.00mA para A: 2.000/1.000 = 2𝐴

Para converter Ampere para QuiloAmpere basta dividir o valor em A por


1000. O resultado da multiplicação é em QuiloAmpere.

Ex. Converter 2.000 A para A: 2.000/1000 = 2𝑘𝐴

2.2. Resistividade elétrica


Resistividade, representada pela letra grega Rô (ρ), é a resistência
específica de um material, ou seja, é a resistência oferecida por determinado
material com um metro de comprimento, com 1mm2 de seção transversal, à
temperatura de 20ºC e varia dependendo do tipo de material utilizado.
A resistência de um material, Equação 01, depende das características
físicas (temperatura, comprimento e área de seção transversal) e da
resistividade do material. A Figura 03 representa um condutor de comprimento L
e seção transversal S.

Figura 03 – Condutor de comprimento L e seção transversal S.

(𝜌∗𝐿)
𝑅= (01)
𝑆

Onde: R = Resistência elétrica, em Ohms;

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ρ = Resistividade Específica, em Ωmm2/m;


L = Comprimento, em metros;
S = Seção transversal do material, em mm2.

Observando a fórmula podemos notar que:


● Quanto maior o comprimento do material, maior a resistência do
material.
● Quanto maior a seção transversal, menor a resistência do material.
● Quanto maior a resistividade, maior a resistência do material.

A tabela mostra a resistência específica (ρ) de alguns tipos de materiais.


Resistividade Resistividade
Material Material
(Ωmm2/m) (Ωmm2/m)
Prata 0,016 Tungstênio 0,055
Cobre 0,017 Constatam 0,5
Ouro 0,023 Níquel-cromo 1,0
Alumínio 0,028

2.3. Tensão alternada


No Brasil existem, para unidades residenciais e comerciais, a distribuição
em apenas duas tensões nominais sendo 127V entre fase e neutro (também
chamada tensão de fase, utilizando apenas uma fase e o neutro) e o 220V entre
fases (também chamada tensão de linha, medida entre uma fase com referência
à outra fase), padronizados em 60Hz de frequência.
Historicamente a tensão de 127V é conhecida equivocadamente como
110V e, essa expressão fortemente impregnada no vocabulário do povo está
relacionada com o fato de que, essa tensão realmente existiu no Brasil, porem
em 1986 foram tomadas medidas para padronizar os valores de tensão
oferecidos pelas concessionárias de energia, com prazo de que até 1999 todas
instalações fora do padrão deviam ser substituídas, abandonando-se assim a
tensão de 110V.
A tensão alternada com forma senoidal é a mais importante das formas de
onda C.A., que merece um estudo mais aprofundado, tendo em vista que toda a
distribuição de energia elétrica para os consumidores a partir das usinas
geradoras é feita através deste tipo de forma de onda, ou seja, todos os
aparelhos conectados a rede elétrica, seja residencial ou industrial, estão sendo
alimentados por ela.

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Figura 05 – Tensão senoidal.

A tabela mostra algumas das características de uma onda senoidal.

Características da tensão alternada Senoidal


Características Significado Unidade Equações
Período (T) Tempo gasto para realizar um ciclo Segundo (s) 𝑇 = 1/𝐹

Frequência (F) Quantidade de ciclos por segundo Hertz (Hz) 𝐹 = 1/𝑇

Valor de Pico (Vp) Valor do zero ao pico Maximo Volts (V) 𝑉𝑝 = 𝑉𝑅𝑀𝑆 ∗ √2

Valor de pico-a-pico (Vpp) Valor do pico negativo ao positivo Volts (Vpp) 𝑉𝑝𝑝 = 2 ∗ 𝑉𝑚𝑎𝑥

Valor eficaz (VRMS) Valor indicado por um multímetro CA Volts (V) 𝑉𝑅𝑀𝑆 = 𝑉𝑚𝑎𝑥/√2

Valor Médio (Vmed) Valor indicado por um multímetro CC Volts (Vcc) 𝑉𝑚𝑒𝑑 = 0 (𝑧𝑒𝑟𝑜)

● Valor Eficaz (VRMS) da corrente alternada: É definido como valor que


efetivamente realiza trabalho. Esse é o valor através do qual a potência
produzida com grandezas AC é igual à potência produzida com valores
DC.

2.4. Lei de ohm e Potência elétrica


A lei de ohm estabelece uma relação entre as grandezas elétricas de um
circuito (tensão, corrente e resistência). Ela estabelece que a corrente elétrica (I)
que circula em um circuito é diretamente proporcional à tensão aplicada (V) e
inversamente proporcional a resistência (R) do circuito. Assim obtemos a
equação 02.

𝑉
𝐼= (02)
𝑅
Onde: I = Corrente - unidade Ampere (A),
V = Tensão - unidade Volt (V) e
R = Resistência - unidade Ohm (Ω).

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Da mesma forma, podemos estabelecer uma relação matemática entre


grandezas elétricas para expressar a potência de um circuito elétrico, expressa
pela equação 03.
𝑃 =𝑉∗𝐼 (03)
Onde: I = Corrente - unidade Ampere (A);
V = Tensão - unidade Volt (V);
P = Potência - unidade Watt (W).

Para facilitar os cálculos podemos utilizar uma regra pratica da Figura 06,
para facilitar o desenvolvimento das variações matemáticas das formulas.

Figura 06 – Regra pratica lei de ohm (esquerda) e potência (direita).

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