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São Paulo
2008
MARCOS ROGÉRIO CÂNDIDO
Área de concentração:
Sistemas de Potência
São Paulo
2008
Este exemplar foi revisado e alterado em relação à versão original, sob responsabilidade única do
autor e com a anuência de seu orientador.
FICHA CATALOGRÁFICA
Aos professores Dr. Luiz Cera Zanetta Jr. e Dr. Carlos Eduardo de Morais Pereira,
pela dedicação, orientação e paciência ao longo do desenvolvimento dessa tese.
Ao amigo Jefferson Monteiro de Paula, pela dedicação no processo de elaboração e
simulação do algoritmo.
Aos diretores e gerentes da Votorantim Metais e Votorantim Química pelo incentivo
constante para a conclusão deste trabalho, cabe destacar os srs. Luis Carlos
Mendes de Brito - Gerente de Operações da Votorantim Química - e José Milton
Júnior - Gerente da Laminação à Quente da Siderúrgica Barra Mansa.
As demais pessoas que contribuíram, acreditando e incentivando nos momentos
mais difíceis.
“Nunca deixe que lhe digam
que não vale a pena acreditar no
sonho que se tem”
(Trecho da música “Mais uma vez”
de Renato Russo e Flávio Venturini)
RESUMO
A new method for the detection and classification of the disturbances that affect the
electric power quality in industrial electric systems with electric arc furnaces was
developed in this work. During the fusion process of the electric arc furnaces, may
occur several events that affect the electric system to which it is inserted may occur,
having as characteristic: waveform of the signal of current highly unbalanced and
with great distortion due to the harmonic, scintillation effects; as well as sag and swell
in the voltage signals.The method proposed was applied to real signals, allowing the
detection and classification of the multiple disturbances in the waveform of the
voltage signal originating from the operation of the electric arc furnace. For this
purpose, a technique based on Wavelet Transform will be used and applied to the
not-stationary signals of an industrial installation with three electric arc furnaces.
1 INTRODUÇÃO.....................................................................................16
1.1 OBJETIVO GERAL.................................................................................... 16
1.2 MOTIVAÇÃO ............................................................................................. 17
1.3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ...................................................................... 18
1.4 ESTRUTURA DA TESE ............................................................................ 20
REFERÊNCIAS ....................................................................................107
Capítulo 1
Introdução
1.2 MOTIVAÇÃO
Uma das cargas mais complexas que um sistema elétrico pode alimentar é o
Forno Elétrico a Arco (FEA). Devido à própria natureza do arco elétrico, o forno a
arco apresenta-se ao sistema de potência como uma carga que incorpora aspectos
severos e desfavoráveis em termos de comportamento elétrico, porém é um dos
principais equipamentos responsáveis pela fabricação do aço líquido a ser
processado no lingotamento contínuo da aciaria de uma usina siderúrgica.
Nos sistemas de potência, a operação das cargas elétricas especiais, tais
como os fornos elétricos a arco, acarreta em geral uma série de influências
indesejáveis, perturbando outros consumidores, além do próprio consumidor gerador
dos distúrbios.
De um modo geral, os sinais de tensão presentes em sistemas elétricos com
fornos a arco apresentam como característica ruídos múltiplos de curta duração, cuja
identificação do instante de sua ocorrência, através de ferramentas computacionais
normalmente disponíveis, tem-se mostrado pouco eficiente.
Os distúrbios gerados durante o processo de fabricação do aço são de
interesse das concessionárias de energia elétrica responsáveis pelo fornecimento e
distribuição aos demais consumidores, motivando dessa forma o aprofundamento
dos estudos com foco no desenvolvimento de novas ferramentas para a análise de
tais fenômenos que afetam diretamente a Qualidade de Energia (QE), constituindo-
se, portanto em assunto atual e de grande importância.
A qualidade da energia, em geral, é afetada por distúrbios do tipo:
afundamento (“sag”), elevação (“swell”), cintilação (“flicker”), etc. Esses distúrbios
acontecem em um espaço de tempo muito curto (milesegundos), dificultando sua
detecção, classificação e correção através de técnicas tradicionais. A Transformada
Wavelet (TW) apresenta como característica uma pequena onda com energia
concentrada no tempo, servindo de ferramenta para a realização de análise de
fenômenos transitórios, não estacionários ou variantes em um curto intervalo de
tempo, característicos dos fornos elétricos a arco.
O método ora proposto neste trabalho foi avaliado em sinais de tensão
teóricos e em sinais reais medidos em um forno elétrico a arco instalado em um
sistema industrial, tais sinais apresentam distúrbios múltiplos, dificultando a análise
Introdução 18
Capítulo 2
Análise do Forno Elétrico a Arco como uma Carga
Especial
vazamento sem escória, conversão de fornos de fusão para fornos panela (refino
secundário), automação do processo sendo que o destaque consiste no aumento de
potência específica (vide Apêndice A).
A Figura 2.1 mostra uma instalação industrial com três fornos a arco, onde
FEA1 e FEA2 são fornos de fusão de sucata, enquanto o Forno Panela faz o refino
que é parte do processo de fabricação do aço. A prática de utilização dos fornos
panela, liberando o forno a arco para a operação como apenas elemento fusor, tem
sido utilizada em grande escala pelas inúmeras vantagens que proporciona como:
aumento de produtividade, redução dos custos operacionais, e melhoria da
qualidade do aço. Inicialmente, há o carregamento dos fornos FEA1 e FEA2 com
sucata e materiais ferrosos. A sucata é transportada desde o local de
armazenamento (pátio) até o forno através de dispositivos específicos para esta
finalidade.
O ciclo típico de operação de um forno a arco conhecido como corrida
apresenta as seguintes etapas:
CONCESSIONÁRIO
LOCAL
LINHA-01 LINHA-02
S1 S2
LE1 LE2
D1 D2
S3 S4
138kV
S6 S5 S45 Q3 Q4 Q5 Q6
L3 L1 L2
S08 S010
CARGAS 9,6 MVAr 16,8 MVAr
9x1x300mm
2
9x1x300mm
2
9x1x300mm 2
L= 380m L= 200m L= 250m
FEA1 FP FEA2
Tensão 01_Forno 01
Va Vb Vc
V
800
Forno ligado Fase da fusão do aço
600
400
200
0 t
-200
-400
-600
-800
2.2.1 Generalidades
pu
PU
1.8
TENSÃO NO ELETRODO
1.2
IGNIÇÃO DO ARCO
0.0
IGNIÇÃO DO ARCO
-1.2
^ t
-1.8
0 5 10 15 20 25 30 35 m seg
Figura 2.4 - Corrente e tensão teórica durante o processo de estabelecimento do arco elétrico em um
sistema de 60 Hz.
Análise do Forno Elétrico a Arco como uma Carga Especial 28
AUTOMAÇÃO DO PROCESSO
SISTEMA DE CONTROLE DOS ELETRODOS
PU
2.4
PU TENSÃO NO ELETRODO
1.8 1.8
TENSÃO NO ELETRODO
0.0 0.0
t
-1.8 -1.8
0 5 10 15 20 25 m seg
t
-2.4
0 5 10 15 20 25 m seg
a) b)
PU
1.8
TENSÃO NO ELETRODO
CORRENTE DE ARCO
0.6
0.0
c)
-0,6
IGNIÇÃO DO ARCO
CORRENTE DE ARCO
-1.2
t
-1.8
0 5 10 15 20 25 m seg
Figura 2.6 - Curvas de corrente e tensão de um forno a arco com transformador para dois “tap’s”
distintos e dois fatores de potência.
a - transformador com tensão secundária correspondente a 1,60 pu de pico com a corrente de
arco nula durante aproximadamente 2,00 ms.
b - transformador com tensão secundária correspondente a 2,20 pu de pico com a corrente de
arco nula durante aproximadamente 0,75 ms.
c - transformador com tensão secundária correspondente a 1,60 pu de pico com fator de potência
a corrente de arco com reignição instantânea.
ELETRODO
ARCO
D
O
SUCATA
ELETRODO
-
CATODO
PLASMA DO ARCO
ANODO
+
SUCATA
Pode-se notar na Figura 2.7, a distância (D) entre os eletrodos e o ângulo (θ)
da direção do arco em relação ao nível médio superior da sucata.
a b c
Figura 2.8 - Tipos de arco elétrico: a - arco longo, b - arco curto, c - arco médio.
La = Va − 50 (1)
Va - Tensão do arco em V.
Análise do Forno Elétrico a Arco como uma Carga Especial 33
até mesmo da tensão de arco (1), em função da corrente, parametrizada por tensão
de tap do transformador.
L arco
A3
L1 V3
A2
L2
V2
L3
A1
V1
ELETRODOS I arco
EM CURTO
CIRCUITO O IA1 IA2 IA3
Rth X th Ia
VU Ra
Onde se tem:
V - Tensão da fonte (entre fase e neutro)
Xth - Reatância equivalente (de Thèvenin)
Rth - Resistência equivalente (de Thèvenin)
Ra - Resistência equivalente do arco
Análise do Forno Elétrico a Arco como uma Carga Especial 35
Na Figura 2.10, para uma dada condição operativa, a corrente é dada por:
V
Ia = (3)
X th2 + (Rth + Ra )2
V
Icc = (4)
X th2 + Rth2
Icc
a= (5)
Ia
1,0
0,95
0,9
0,85
0,8
0,75
0,7
0,6
0,5 FAIXA DE TRABALHO
0,4 PARA FORNO GRANDE
0,3
0,2
0,1 a
1 2 3 4
V Tensões do arco
500
0
Va
Vb
Vc
-500
0 0.002 0.004 0.006 0.008 0.01 0.012 0.014 0.016
t(ms)
KA Correntes do arco
10
0
Ia
-5 Ib
Ic
-10
0 0.002 0.004 0.006 0.008 0.01 0.012 0.014 0.016
t(ms)
Potências instantâneas do arco
10
0
P3f(MW
P3φ (MW))
Q3f(MVAr)
Q3φ (MVAr)
-5
0 0.002 0.004 0.006 0.008 0.01 0.012 0.014 0.016
t(ms)
Figura 2.12 - Tensões, correntes e potências ativa e reativa instantâneas com arco puramente
resistivo.
controlado, este comportamento pode ser repetitivo, o que não é o caso do plasma
que se estabelece em um forno elétrico a arco, sujeito as diversas modificações de
pressão, temperatura e de componentes do meio físico, de forma aleatória,
resultando em ciclogramas com aspectos bem variáveis e difíceis de serem
modelados.
A Figura 2.13 apresenta o comportamento de alguns ciclogramas obtidos
como resultado de medições efetuadas no FEA1.
600
400
200
Tensão (V)
0
-50 -40 -30 -20 -10 0 10 20 30 40 50
-200
-400
-600
-800
Corrente (kA)
Figura 2.13 - Ciclogramas obtidos das medições de campo para alguns ciclos.
V
250.0
187.5
125.0
62.5
0.0
-62.5
-125.0
-187.5
-250.0
-20 -15 -10 -5 0 5 10 15 *10 3 20
I (A)
Figura 2.15 - Característica não linear do arco conforme Ozgun e Abur (1999).
Análise do Forno Elétrico a Arco como uma Carga Especial 40
V
300
200
100
-100
-200
-300
0.08 0.09 0.10 0.11 0.12 0.13 0.14 [s ] 0.15
t
I (A)
20
*10 3
15
10
-5
-10
-15
-20
0.08 0.09 0.10 0.11 0.12 0.13 0.14 [s ] 0.15
t
Como existe uma falta de experiência operativa dos fornos elétricos a arco
no Brasil, pois algumas empresas ainda apresentam procedimentos operacionais
artesanais e conhecimento superficial do processo, a otimização das condições
operativas de um forno elétrico normalmente é obtida em análises e observações
experimentais de várias corridas sucessivas, as quais são ajustadas às diversas
variáveis, evidenciando a necessidade de um conhecimento mais aprofundado do
controle de algumas variáveis específicas, tais como:
P= Pa + Pj (7)
P - Potência ativa
Pa = Potência de arco
Pj = Potência de perdas
700,00
Va FP%
120,00
20,00 Iop
100,00
0,00 0,00
36,2
0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 IA kA
Figura 2.18 - Curva de carga para o FEA1 com circuito equilibrado com o reator L3
Análise do Forno Elétrico a Arco como uma Carga Especial 45
Na Figura 2.18, pode ser visto ainda que, se a potência for diminuída apenas
através da redução da corrente com a tensão secundária do transformador
inalterada, a tensão do arco aumentará, implicando na redução da eficiência da
etapa do processo de fusão, que depende da quantidade de calor transferida do
arco para a sucata. No entanto, a eficiência global do forno diminui e o desgaste do
refratário aumenta devido ao calor por radiação.
O decréscimo de potência do ponto máximo da curva, apenas pela redução
da tensão do transformador, leva o ponto operativo à direita do valor máximo da
curva, reduzindo eficiência e arcos mais curtos.
Em resumo, pode-se dizer que do ponto de vista elétrico, deve-se manter o
ponto de operação à esquerda do ponto máximo da potência de arco, mas não muito
à esquerda. Procura-se ainda selecionar um ponto no qual o fator de potência esteja
próximo de 0,8 a 0,7 para fornos de médio e grande porte.
Destaca-se que o desgaste do refratário, nas paredes e no teto do forno,
representa um considerável desperdício e, portanto, uma redução relativa deste
desgaste otimiza o custo total de operação por tonelada de aço produzido,
justificando a operação ligeiramente à esquerda do ponto onde ocorre a potência
máxima.
Analogamente ao procedimento anterior, porém curto-circuitando o reator L3
(ou seja, com XL3 = 0 Ω), obtém-se uma corrente de operação de 40,5 kA.
Observa-se que com XL3 = 0, haverá um aumento na corrente de operação da
ordem de 11%. O aumento na corrente de operação reduz o tempo necessário para
cada fase do processo siderúrgico, consequentemente, haverá redução no consumo
total e custo da energia elétrica.
Análise do Forno Elétrico a Arco como uma Carga Especial 46
700,00 Va FP%
120,00
600,00
100,00
Va [V]
500,00
80,00 S [MVA]
Q [MVAr]
400,00
P [MW]
60,00
PJ [MW]
300,00
Pa [MW]
40,00 FP%
200,00
Iop
100,00 20,00
0,00 0,00 IA kA
40,5
0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0
Figura 2.19 - Curva de carga para o FEA1 com circuito equilibrado sem o reator.
Figura 2.20 - Curva de carga do forno em função da indutância do reator, de fase fusão e corrente
mínima de 38 kA.
utilizá-lo para aplicações específicas pelo lado da medição e utilizá-lo para se efetuar
procedimentos matemáticos visando atender os objetivos da determinação dos
valores de interesse das grandezas em análise.
O sistema de medição utilizado, de acordo com a teoria da amostragem em
um período de tempo de 16,66 mseg (60 Hz) efetua a coleta de 64 amostras, ou
seja, fixa o valor do sinal em análise durante 260 μseg. Assim sendo, os diversos
registros (formas de onda) em função do tempo (valores instantâneos) referentes
aos sinais de tensão e de corrente, que foram coletados perfazendo 45 (quarenta e
cinco) ciclos seqüenciais estão mostrados nas Figuras 2.21 a 2.24.
Va Vb Vc
V
800
600
400
200
t
-200
-400
-600
-800
Va Vb Vc
V
800
600
400
200
t
-200
-400
-600
-800
600
400
200
t
-200
-400
-600
-800
Va Vb Vc
V
800
600
400
200
0 t
-200
-400
-600
-800
Ia Ib Ic
kA
120
100
80
60
40
20
0 t
-20
-40
-60
-80
-100
tensão.
400
300
Va (V)
200
100
0
0 5 10 15 20 25 30
harmônica
40
30
Ia (kA)
20
10
0
0 5 10 15 20 25 30
harmônica
∞
v (t ) = V0 + 2 ∑ Vh cos(hωt + ϕ h )
h≠0 (8)
∞
i (t ) = I0 + 2 ∑ Ih cos(hωt + φ h )
h≠0 (9)
Onde:
∞ ∞
V= ∑ Vh2 I= ∑ Ih2
h =0 h =0 (10)
S = 3VI (13)
S1 = 3V1I1 (15)
Sh = 3VhIh (17)
Análise do Forno Elétrico a Arco como uma Carga Especial 54
∞ V 2 +V 2 +V 2 ∞ I2 + I2 + I2
V = ∑ ah bh
3
ch I= ∑ ah bh
3
ch
h =0 h =0 (18)
∞
P= ∑ VhaIha cos(φha ) + VhbIhb cos(φhb ) + VhcIhc cos(φhc )
h =0 (19)
∞
Q= ∑ VhaIha sin(φha ) + VhbIhb sin(φhb ) + VhcIhc sin(φhc )
h =0 (20)
S = P 2 + Q2 (21)
D = St 2 − S 2
(22)
St 2 = P 2 + Q 2 + D 2 (23)
p3φ = v a ia + v b i b + v c ic
(24)
1
q3φ = ⎡⎣(v a − v b ) ic + (v b − v c ) ia + (v c − v a ) i b ⎤⎦
3 (25)
Tensões do arco
400
200
0
Va
-200 Vb
Vc
-400
0 0.002 0.004 0.006 0.008 0.01 0.012 0.014 0.016
t(ms)
x 103 Correntes do arco
20
10
0
Ia
-10 Ib
Ic
-20
0 0.002 0.004 0.006 0.008 0.01 0.012 0.014 0.016
t(ms)
Potências instantâneas do arco
10
5
pP3φ(MW)
3φ (MW)
PP (MW)
0
qQ3φ(MVAr)
3φ (MVAr)
Q
Q (MVAr)
-5
0 0.002 0.004 0.006 0.008 0.01 0.012 0.014 0.016
t(ms)
S = 8,621 MVA
S = 8,300 + j0,638
S = 8,343 MVA
d) Potência de distorção.
D = 2,174 MVA
p3φ = 8,300 MW
q3φ = 0,934 MVar
Análise do Forno Elétrico a Arco como uma Carga Especial 58
S (MVA) 5
0
0 5 10 15 20 25 30
harmônica
Potência ativa harmônica
10
5
P (MW)
0
-5
0 5 10 15 20 25 30
harmônica
Potência reativa harmônica
1
0.5
Q (MVAr)
0
-0.5
0 5 10 15 20 25 30
harmônica
Tensões do arco
1000
500
0
Va
-500 Vb
Vc
-1000
0 0.002 0.004 0.006 0.008 0.01 0.012 0.014 0.016
t(ms)
Correntes do arco
100
50
0
Ia
-50 Ib
Ic
-100
0 0.002 0.004 0.006 0.008 0.01 0.012 0.014 0.016
t(ms)
Potências instantâneas do arco
60
40
Potências
20 pP3f(MW
3φ (MW)
)
PP(MW)
0 qQ3f(MVAr)
3φ (MVAr)
QQ(MVAr)
-20
0 0.002 0.004 0.006 0.008 0.01 0.012 0.014 0.016
t(ms)
S = 36,566 MVA
d) Potência de distorção.
D = 14,653 MVA
p3φ = 29,309 MW
q3φ = 13,846 MVAr
Análise do Forno Elétrico a Arco como uma Carga Especial 61
30
S (MVA)
20
10
0
0 5 10 15 20 25 30
harmônica
Potência ativa harmônica
40
20
P (MW)
-20
0 5 10 15 20 25 30
harmônica
Potência reativa harmônica
15
10
Q (MVAr)
-5
0 5 10 15 20 25 30
harmônica
Figura 2.30 - Potências ativa, reativa e aparente das componentes harmônicas de tensão e corrente.
Un
FDUn = .100 (26)
U1
∞
∑ Un2
n =2
FDU = .100 (27)
U12
onde:
Capítulo 3
Algoritmo para Determinação e Classificação de
Distúrbios Múltiplos em Sistemas Elétricos
^
¨
FREQUENCIA ESCALA
AMPLITUDE TEMPO
Para que uma função possa ser definida como uma Wavelet-mãe, a mesma
deve ter as seguintes características:
∞
∫−∞ψ ( t ) dt = 0 (1)
∞
∫−∞ ψ ( t )
2
dt < ∞ (2)
FIM
−1 ⎛t −b⎞ (4)
ψ a,b (t ) =| a | 2 .ψ ⎜ ⎟
⎝ a ⎠
m
− t − nb 0 a0m
ψ (t ) = a 0 ψ(
2
m,n
) (5)
a0m
−
1
⎛ x − nb0 a0m ⎞
TWD(m, n ) = a0m 2
∑ f ( n )ψ ⎜
⎜ a0m
⎟⎟ (6)
x ⎝ ⎠
∞
x ( t ) dt
2
E =∫ (7)
−∞
Figura 3.6 - Identificação da fase do sinal de referência através da aplicação do método dos mínimos
quadrados.
Figura 3.7 - Determinação da amplitude do sinal de referência através do cálculo do valor eficaz do
sinal real.
Algoritmo para Determinação e Classificação de Distúrbios Múltiplos em Sistemas Elétricos 76
Sinal de referência
Sinal real
½ ciclo
Níveis de detalhamento
Energia (J)
Níveis de detalhamento
Figura 3.13 - Energia dos 12 níveis de detalhamento dos sinais real e de referência.
Esinal − Ereferência
ΔE % = x100 (8)
Esinal
Algoritmo para Determinação e Classificação de Distúrbios Múltiplos em Sistemas Elétricos 82
Onde:
Esinal - energia do sinal real de cada nível de detalhamento Wavelet;
Ereferência - energia do sinal de referência de cada nível de detalhamento Wavelet.
Diferença percentual de energia
Níveis de detalhamento
Figura 3.14 - Diferença percentual de energia entre os diversos níveis de detalhamento (real x
referência).
Figura 3.15 - Afundamento teórico e identificação do instante de ocorrência: início (t = 28,65 ms) e
término (t = 64,07 ms).
Início
Término
Níveis de detalhamento
Figura 3.16 - Espectro da diferença de energia para o início e término do afundamento teórico.
Algoritmo para Determinação e Classificação de Distúrbios Múltiplos em Sistemas Elétricos 84
Figura 3.17 - Elevação teórica e identificação do instante de ocorrência: início (t = 28,65 ms) e
término (t = 64,07 ms).
Algoritmo para Determinação e Classificação de Distúrbios Múltiplos em Sistemas Elétricos 85
Término
Início
Níveis de detalhamento
Níveis de detalhamento
Níveis de detalhamento
Figura 3.26 - Sinal ideal com distúrbios múltiplos e localização dos instantes de ocorrência:
1) t = 9,63ms, 2) t = 17,7ms, 3) Entre t = 37,24ms e t = 54,17ms,
4) t = 66,41ms, 5) t = 74,74ms, 6) Entre t = 103,39mS e t = 120,31ms.
Figura 3.27 - Classificação de diversas falhas através da diferença percentual de energia para os
diversos níveis de detalhamento Wavelet: (a) e (b) “spike”; (c) e (d) elevação; (e) e (f) “notching”; (g) e
(h) afundamento.
Algoritmo para Determinação e Classificação de Distúrbios Múltiplos em Sistemas Elétricos 92
Níveis de detalhamento
Figura 3.28 - Distribuição da diferença percentual de energia para todos os distúrbios teóricos.
Figura 3.29 - Registro do sinal de tensão obtido do forno a arco e o sinal de referência ideal.
Figura 3.30 - Forma de onda em análise e a identificação do instante de ocorrência dos distúrbios
múltiplos (período: 8 a 24 ms). 1) t = 9,1 ms (fim), 2) t = 11,7 ms, 3) t = 12,5 ms, 4) t = 13,55 ms,
5) t = 15,11 ms, 6) t = 15,89 ms, 7) t = 16,93 ms (início),
8) t = 18,49 ms (início),9) t = 22,51 ms.
Figura 3.31 - Forma de onda em análise e a identificação do instante de ocorrência dos distúrbios
múltiplos (período: 32 a 48 ms). 1) t = 33,19 ms (fim), 2) t = 38,67 ms (início), 3) t = 39,52 ms,
4) t = 40,34ms, 5) t = 41,00 ms (início), 6) t = 42,83 ms,
7) t = 44,18 ms (início), 8) t = 46,48 ms.
Algoritmo para Determinação e Classificação de Distúrbios Múltiplos em Sistemas Elétricos 96
Figura 3.32 - Forma de onda em análise e a identificação do instante de ocorrência dos distúrbios
múltiplos (período: 48 a 64 ms). 1) t = 48,29 ms (fim), 2) t = 49,03 ms, 3) t = 49,98 ms,
4) t= 51,89ms (início), 5) t= 54,55 ms , 6) t = 55,85 ms,
7) t = 57,76 ms, 8) t = 60,69 ms (inicio).
Figura 3.33 - Distribuição de energia ao longo dos níveis de detalhamento Wavelet para os distúrbios
(período de 8 a 24 ms): (a), (e) e (g) - elevação; (b) e (f) “spike”; (c) e (d) “notching”; (h) afundamento;
(i) elevação.
Algoritmo para Determinação e Classificação de Distúrbios Múltiplos em Sistemas Elétricos 98
Figura 3.34 - Distribuição de energia ao longo dos níveis de detalhamento Wavelet para os distúrbios
(período de 32 a 48 ms): (a), (e) - elevação; (b) e (g) afundamento; (c), (d) e (h) “notching”; (h) “spike”.
Algoritmo para Determinação e Classificação de Distúrbios Múltiplos em Sistemas Elétricos 99
Figura 3.35 - Distribuição de energia ao longo dos níveis de detalhamento Wavelet para os distúrbios
(período de 48 a 64 ms): (a),(d) e (h) - afundamento; (b),(e) e (g) “notching”; (c)e (g) “spike”.
Níveis de detalhamento
Figura 3.36 - Distribuição da diferença percentual de energia total nos diversos níveis de resolução
Wavelet.
afundamento
Figura 3.37 - Forma de onda em análise com elevação e afundamento, com incremento positivo e
negativo na amplitude, e diversos distúrbios. 1) t = 33,58ms (início - elevação), 2) t = 86,76ms
(término - elevação),
3) t = 118,91 ms (início - afundamento), 4) t = 166,92 ms (término - afundamento).
Algoritmo para Determinação e Classificação de Distúrbios Múltiplos em Sistemas Elétricos 102
Figura 3.38 - Distribuição de energia ao longo dos níveis de detalhamento Wavelet para os distúrbios:
(a) e (b) - elevação; (c) e (d) afundamento.
Capítulo 4
Conclusões e Sugestões para Futuros Trabalhos
Referências
CARPINELLI, G.; MANNO, M. DI; VERDE, P.; TIRONI, E.; ZANINELLI, D. AC and
DC arc furnaces: A comparison on some power quality aspects. in Proc. IEEE
Power Eng. Soc. Summer Power Meeting, vol. 1, 1999, pp. 499–506.
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Iron and Steel Engineer, October 1963;
Douglas J. Solving problems of power quality, EPRI jornal, vol.18,no.8, pp. 6-15,
Dec.1993.
Referências 109
HE, H.; STARZYK J. A.A Self-Organizing Learning Array System for Power
Quality Classification Based on Wavelet Transform. IEEE Trans. Power Delivery,
vol. 21, No 1, pp. 286–295, Jan. 2006.
HSU, HWEI P., Análise de Fourier, Livros Técnicos e Científicos Editora Ltda, 1973.
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- IEEE “Recommended Practices and Requirements for Harmonic Control in
Electrical Power Systems”, april 12, 1993.
MONTANARI, G. C.; LOGGINI, M.; CAVALLINI, A.; PITTI, L.; ZANINELLI, D.. Arc-
furnace model for the study of flicker compensation in electrical networks.
IEEE Trans. Power Delivery, vol. 9, pp. 2026–2033, Oct. 1994.
Referências 112
MONTANARI, G. C.; PITTI, L.; ZANINELLI, D.; TIRONI, E.; ZANINELLI, D. The
Effects of Series Inductors for Flicker Reduction in Electric Power Systems
Supplying Arc Furnaces. IEEE Trans. Power Delivery, vol. 9, pp. 1496-1503, 1993.
MISITI, M. Y.; OPPENHEIM, G.; POGGI, J. Wavelet toolbox for use with MATLAB
- user’s guide. USA; The Mathworks, Inc., Version 1, 1996-1997.
OZGUN, O.; ABUR, A. Development of an Arc Furnace Model for Power Quality
Studies. IEEE Trans. Power Delivery, vol. 9, pp. 507-511, 1999.
Siderúrgica Barra Mansa EAF Power Study - Optimization - AMI GE, 2007
DIXON, G.F.L.; KENDALL, P.G. Supply to Arc Furnaces: Measurement and
prediction of Supply-Voltage Fluctuation. Proc. IEE 119 (4), 456-465, April 1972.
TANG, L.; MUELLER, D., HALL, D.; SAMOTYJ, M.; RANDOLPH, J. Analysis of dc
arc furnace operation and flicker caused by 187 Hz voltage distor-tion. IEEE
Trans. Power Delivery, vol. 9, pp. 1098–1107, Apr. 1994.
VARADAN, S.; MAKRAM, E. B.; GIRGIS, A. A. A new time Domain voltage source
model for an arc furnance using EMTP, IEEE Trans. Power Delivery, vol. 11, pp.
1685-1691, Jul. 1996.
Fornos a Arco 114
Apêndice A
Fornos a Arco
Nos últimos 20 anos, o uso do forno elétrico a arco (FEA) para a produção
do aço cresceu consideravelmente. Houve muitas razões para este crescimento,
sendo que todas estão diretamente relacionadas ao custo do produto primário e aos
avanços na tecnologia. Tomando por base um custo médio da energia elétrica como
sendo entre 68 a 72 U$/Mwh o custo específico por tonelada da capacidade anual
instalada varia geralmente na escala de U$140 a 200 por tonelada para uma
operação baseada em FEA. Para um autoforno similar, baseado na operação, o
custo específico será de aproximadamente U$1000 por tonelada. Como
conseqüência, as operações baseadas no FEA moveram-se gradualmente para as
áreas onde a produção era anteriormente realizada pelo processo da redução do
minério. A primeira destas áreas era a de produtos longos - barras reforçadas e
barras comerciais. E, posteriormente, pelos avanços na área “estrutural pesada” e
chapas; mais recentemente na área de produtos lisos com os avanços da “laje
moldada fina” (INTERNATIONAL IRON AND STEEL INSTITUTE, 1998).
Atualmente, aproximadamente 40% do aço produzido na América do Norte
são feitos utilizando-se os FEA’s. Com os produtores de FEA’s atentos aos avanços
das fábricas integradas, diversas modificações vêm sendo feitas: tal como níveis
residuais no aço (essencialmente os elementos contidos no aço que não são
removidos durante o derretimento ou refino) e em gases dissolvidos no aço
(nitrogênio, hidrogênio, oxigênio).
Os primeiros fornos a arco instalados no Brasil datam da década de 40 e
considerável crescimento no número de instalações foi notado nos anos 70. Nos
últimos 10 anos, os investimentos nesta área se concentram na modernização dos
equipamentos existentes, visando maior produtividade e qualidade, tanto dos
produtos finais como das condições ambientais. A Tabela A.1 mostra os principais
fornos elétricos a arco instalados no Brasil.
Fornos a Arco 115
A B
Figura A.5 - Fluxo indicativo de usina integrada a coque (esquerda) e de uma usina semi-integrada
(direita).
600
550 2003
kWh/ton
2004
2005
500
2006
450
400
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
500
400
kWh/ton
300
200
100
0
2003 2004 2005 2006
Figura A.7 - Produção x consumo anual na aciaria elétrica da Siderúrgica Barra Mansa.
220
200
180 2003
kWh/ton
2004
160
2005
2006
140
120
100
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
Figura A.8 - Produção x consumo na laminação a quente de aço longo na Siderúrgica Barra Mansa.
Fornos a Arco 126
160
140
120
kWh/ton
100
80
60
40
20
0
2003 2004 2005 2006
Figura A.9 - Produção x consumo anual na laminação a quente de aço longo na Siderúrgica Barra
Mansa.
Como pode ser visto na Figura A.10, os equipamentos que mais consomem
na produção, refino e laminação de aço são os fornos elétricos a arco (FEA),
responsáveis por cerca de 60% do consumo total. Vale ressaltar que FEA’s são os
equipamentos de produção de aço que possuem a melhor relação entre o consumo
e a produção conforme mostrado no item A.2.1.
20.000,00
18.000,00
16.000,00
14.000,00
FEA
12.000,00
MWh
Forno Panela
10.000,00
Lingotamento
8.000,00
Laminador
6.000,00
4.000,00
2.000,00
0,00
2003 2004 2005 2006
Figura A.10 - Consumo médio anual das principais áreas na produção, refino e laminação de aço na
Siderúrgica Barra Mansa.
Fornos a Arco 127
Medidas já implantadas:
- Cortinas de ar.
Apêndice B
Análise do Forno Elétrico a Arco em Regime
Permanente
Figura B.1 - Diagrama unifilar para a operação do forno em regime permanente a 60 Hz.
Análise da Potência em Sistemas Trifásicos com Tensões e Correntes Distorcidas 130
100
RSS = ⋅ cos (80,2) = 0,00533 pu (1)
3192
100
Xss = ⋅ sen (80,2) = 0,03087 pu (2)
3192
Entre essas duas barras existem três transformadores que estão conectados
através de cabos em 23 kV com comprimento da ordem de 30 metros. Esses cabos
apresentam as seguintes características:
Rcabo= 0,0010 pu
Xcabo = 0,0020 pu
Análise da Potência em Sistemas Trifásicos com Tensões e Correntes Distorcidas 131
RC23 = 0,00190 pu
XC23 = 0,00335 pu
RL3 = 0,00204 pu
XL3 = 0,20793 pu
RT047 = 0,01775 pu
XT047 = 0,4059 pu
Análise da Potência em Sistemas Trifásicos com Tensões e Correntes Distorcidas 133
RCR = 0,00001 pu
XCR = 1,17402 pu
BF B5
Icc
Z th
VU
Logo,
1
Icc ( pu ) = = 0, 51721 pu (4)
Zth
Ou ainda,
Análise da Potência em Sistemas Trifásicos com Tensões e Correntes Distorcidas 134
SB 100
Ibase = = = 99,89 kA (5)
3 ⋅ UB 3 ⋅ 578
1000 1000
30
InT = = 29,96 kA (7)
3 ⋅ 0, 578
Dados do Sistema Elétrico 135
Apêndice C
Dados do Sistema Elétrico
80 min = 36 MVA
40 min = 19 MVA
30 min = 0 MVA
- As impedâncias relacionadas (Z% 65ºC) estão na base de 30 MVA, no “tap”
correspondente, considerando sempre a tensão do lado primário em 23 kV.
- Os “tap’s” de 1 a 8 estão presentes no transformador com conexão delta e os
“tap’s” de 9 a 16 na conexão estrela.
Tabela C.3 - Resultados de medição dos sinais de tensão e corrente obtidos no FEA1 para o primeiro ciclo
Tabela C.3 - Resultados de medição dos sinais de tensão e corrente obtidos no FEA1 para o primeiro ciclo
(continuação)
uA(t) uB(t) uC(t)
Npontos V V V
36 -331,97 372,74 -343,62
37 -390,21 390,21 -305,76
38 -451,36 407,68 -270,82
39 -454,27 486,30 -250,43
40 -535,81 259,17 -267,90
41 -532,90 285,38 -209,66
42 -509,60 331,97 -177,63
43 -512,51 323,23 -133,95
44 -515,42 218,40 -90,27
45 -483,39 160,16 -43,68
46 -512,51 163,07 37,86
47 -503,78 163,07 122,30
48 -506,69 177,63 230,05
49 -483,39 200,93 372,74
50 -375,65 203,84 439,71
51 -366,91 168,90 468,83
52 -369,82 125,22 483,39
53 -358,18 90,27 489,22
54 -346,53 37,86 489,22
55 -317,41 -26,21 474,66
56 -334,88 -69,89 468,83
57 -337,79 -87,36 480,48
58 -297,02 -122,30 457,18
59 -314,50 -323,23 401,86
60 -305,76 -352,35 407,68
61 -212,58 -340,70 381,47
62 -206,75 -384,38 346,53
63 -218,40 -480,48 302,85
64 -203,84 -506,69 279,55
Dados do Sistema Elétrico 139
abela C.4 - Resultados de medição dos sinais de tensão e corrente obtidos no FEA1 para o segundo ciclo
uA(t) uB(t) uC(t)
Npontos V V V
1 23,30 -282,46 442,62
2 302,85 -262,08 457,18
3 404,77 -241,70 442,62
4 445,54 -262,08 396,03
5 396,03 -308,67 346,53
6 416,42 -305,76 314,50
7 471,74 -346,53 297,02
8 503,78 -218,40 264,99
9 515,42 -244,61 218,40
10 527,07 -232,96 163,07
11 532,90 -221,31 81,54
12 518,34 -227,14 -14,56
13 512,51 -206,75 -116,48
14 518,34 -232,96 -267,90
15 439,71 -209,66 -346,53
16 430,98 -209,66 -410,59
17 311,58 -209,66 -474,66
18 378,56 -174,72 -509,60
19 349,44 -122,30 -515,42
20 346,53 -107,74 -535,81
21 320,32 -87,36 -544,54
22 334,88 -37,86 -541,63
23 297,02 -32,03 -562,02
24 264,99 -14,56 -556,19
25 238,78 32,03 -544,54
26 250,43 40,77 -535,81
27 215,49 78,62 -509,60
28 221,31 311,58 -413,50
29 227,14 291,20 -430,98
30 128,13 317,41 -407,68
31 81,54 390,21 -387,30
32 43,68 410,59 -364,00
33 0,00 401,86 -384,38
34 -270,82 329,06 -413,50
35 -358,18 259,17 -398,94
Dados do Sistema Elétrico 140
Tabela C.4 - Resultados de medição dos sinais de tensão e corrente obtidos no FEA1 para o segundo ciclo
(continuação)
uA(t) uB(t) uC(t)
Npontos V V V
36 -404,77 291,20 -352,35
37 -436,80 227,14 -340,70
38 -495,04 294,11 -288,29
39 -497,95 262,08 -250,43
40 -541,63 247,52 -232,96
41 -524,16 241,70 -189,28
42 -524,16 262,08 -145,60
43 -524,16 235,87 -110,66
44 -445,54 247,52 -49,50
45 -532,90 212,58 14,56
46 -529,98 241,70 148,51
47 -471,74 198,02 215,49
48 -355,26 221,31 314,50
49 -463,01 122,30 369,82
50 -436,80 119,39 422,24
51 -398,94 116,48 460,10
52 -361,09 96,10 477,57
53 -340,70 84,45 477,57
54 -331,97 -11,65 474,66
55 -308,67 -46,59 454,27
56 -299,94 -75,71 442,62
57 -264,99 -96,10 439,71
58 -259,17 -145,60 413,50
59 -264,99 -334,88 413,50
60 -212,58 -299,94 404,77
61 -224,22 -323,23 393,12
62 -168,90 -355,26 366,91
63 -142,69 -390,21 355,26
64 -78,62 -343,62 349,44
Dados do Sistema Elétrico 141
Tabela C.5 - Resultados de medição dos sinais de tensão e corrente obtidos no FEA1 para o terceiro ciclo
uA(t) uB(t) uC(t)
Npontos V V V
1 61,15 -331,97 381,47
2 259,17 -256,26 396,03
3 361,09 -299,94 355,26
4 329,06 -314,50 311,58
5 352,35 -320,32 282,46
6 396,03 -308,67 253,34
7 436,80 -323,23 227,14
8 471,74 -285,38 192,19
9 425,15 -273,73 160,16
10 460,10 -267,90 110,66
11 460,10 -250,43 52,42
12 454,27 -250,43 -14,56
13 483,39 -230,05 -87,36
14 489,22 -238,78 -209,66
15 512,51 -174,72 -288,29
16 433,89 -165,98 -378,56
17 451,36 -142,69 -430,98
18 445,54 -131,04 -457,18
19 430,98 -113,57 -483,39
20 416,42 -87,36 -489,22
21 407,68 -46,59 -495,04
22 369,82 -20,38 -489,22
23 361,09 2,91 -492,13
24 288,29 14,56 -486,30
25 215,49 29,12 -486,30
26 203,84 87,36 -460,10
27 250,43 320,32 -387,30
28 273,73 334,88 -384,38
29 244,61 439,71 -358,18
30 203,84 398,94 -343,62
31 171,81 477,57 -329,06
32 69,89 492,13 -314,50
33 17,47 480,48 -331,97
34 -142,69 264,99 -387,30
35 -384,38 276,64 -337,79
Dados do Sistema Elétrico 142
Tabela C.5 - Resultados de medição dos sinais de tensão e corrente obtidos no FEA1 para o terceiro ciclo
(continuação)
Npontos uA(t) uB(t) uC(t)
V V V
36 -364,00 299,94 -299,94
37 -410,59 302,85 -291,20
38 -465,92 331,97 -238,78
39 -460,10 326,14 -206,75
40 -492,13 331,97 -165,98
41 -477,57 352,35 -131,04
42 -497,95 404,77 -90,27
43 -541,63 259,17 -55,33
44 -553,28 235,87 -2,91
45 -547,46 224,22 69,89
46 -524,16 180,54 174,72
47 -500,86 186,37 302,85
48 -471,74 174,72 375,65
49 -474,66 148,51 430,98
50 -419,33 139,78 474,66
51 -387,30 119,39 497,95
52 -361,09 99,01 509,60
53 -329,06 116,48 553,28
54 -253,34 61,15 564,93
55 -253,34 -17,47 541,63
56 -232,96 -46,59 532,90
57 -203,84 -180,54 468,83
58 -224,22 -331,97 428,06
59 -244,61 -430,98 384,38
60 -221,31 -358,18 401,86
61 -189,28 -387,30 378,56
62 -90,27 -387,30 358,18
63 -125,22 -396,03 346,53
64 5,82 -384,38 337,79
Dados do Sistema Elétrico 143
Tabela C.6 - Resultados de medição dos sinais de tensão e corrente obtidos no FEA1 para o quarto ciclo
uA(t) uB(t) uC(t)
Npontos V V V
1 75,71 -334,88 343,62
2 361,09 -256,26 352,35
3 457,18 -267,90 334,88
4 509,60 -250,43 308,67
5 570,75 -270,82 276,64
6 608,61 -259,17 253,34
7 628,99 -247,52 232,96
8 646,46 -256,26 215,49
9 663,94 -215,49 174,72
10 646,46 -174,72 157,25
11 643,55 -180,54 113,57
12 637,73 -154,34 69,89
13 626,08 -122,30 26,21
14 628,99 -122,30 -40,77
15 599,87 -128,13 -125,22
16 567,84 -139,78 -224,22
17 535,81 -116,48 -334,88
18 460,10 -139,78 -407,68
19 465,92 -110,66 -448,45
20 390,21 -90,27 -480,48
21 378,56 0,00 -474,66
22 372,74 40,77 -506,69
23 247,52 75,71 -503,78
24 253,34 241,70 -463,01
25 244,61 320,32 -454,27
26 200,93 238,78 -471,74
27 128,13 273,73 -439,71
28 116,48 317,41 -407,68
29 113,57 337,79 -390,21
30 34,94 349,44 -361,09
31 -14,56 337,79 -387,30
32 -238,78 317,41 -393,12
33 -323,23 323,23 -384,38
34 -396,03 285,38 -396,03
35 -503,78 241,70 -366,91
Dados do Sistema Elétrico 144
Tabela C.6 - Resultados de medição dos sinais de tensão e corrente obtidos no FEA1 para o quarto ciclo
(continuação)
uA(t) uB(t) uC(t)
Npontos V V V
36 -451,36 253,34 -352,35
37 -521,25 291,20 -334,88
38 -553,28 264,99 -297,02
39 -500,86 311,58 -253,34
40 -518,34 267,90 -238,78
41 -553,28 221,31 -203,84
42 -538,72 262,08 -145,60
43 -562,02 218,40 -104,83
44 -564,93 230,05 -29,12
45 -532,90 200,93 32,03
46 -544,54 244,61 125,22
47 -541,63 148,51 247,52
48 -503,78 154,34 329,06
49 -503,78 154,34 396,03
50 -500,86 107,74 451,36
51 -396,03 99,01 500,86
52 -349,44 61,15 509,60
53 -387,30 43,68 527,07
54 -326,14 32,03 527,07
55 -285,38 0,00 518,34
56 -294,11 -43,68 503,78
57 -302,85 -224,22 436,80
58 -267,90 -349,44 407,68
59 -264,99 -442,62 372,74
60 -276,64 -486,30 361,09
61 -232,96 -413,50 366,91
62 -192,19 -442,62 349,44
63 -139,78 -425,15 349,44
64 -14,56 -393,12 375,65
Dados do Sistema Elétrico 145
Tabela C.7 - Resultados de medição dos sinais de tensão e corrente obtidos no FEA1 para o quinto ciclo
uA(t) uB(t) uC(t)
Npontos V V V
1 14,56 -366,91 352,35
2 215,49 -334,88 349,44
3 305,76 -366,91 334,88
4 378,56 -326,14 314,50
5 430,98 -378,56 282,46
6 460,10 -355,26 267,90
7 506,69 -352,35 218,40
8 457,18 -366,91 186,37
9 483,39 -366,91 157,25
10 521,25 -334,88 142,69
11 550,37 -186,37 116,48
12 550,37 -192,19 61,15
13 567,84 -206,75 -14,56
14 538,72 -256,26 -90,27
15 562,02 -157,25 -206,75
16 524,16 -264,99 -331,97
17 497,95 -317,41 -506,69
18 238,78 -259,17 -521,25
19 297,02 -212,58 -521,25
20 372,74 -250,43 -495,04
21 378,56 -66,98 -497,95
22 331,97 -84,45 -515,42
23 317,41 -17,47 -497,95
24 189,28 81,54 -465,92
25 273,73 270,82 -422,24
26 297,02 381,47 -384,38
27 329,06 465,92 -358,18
28 259,17 372,74 -384,38
29 244,61 401,86 -346,53
30 230,05 419,33 -334,88
31 157,25 465,92 -305,76
32 84,45 503,78 -299,94
33 -49,50 445,54 -343,62
34 -259,17 349,44 -366,91
35 -384,38 346,53 -343,62
Dados do Sistema Elétrico 146
Tabela C.7 - Resultados de medição dos sinais de tensão e corrente obtidos no FEA1 para o quinto ciclo
(continuação)
uA(t) uB(t) uC(t)
Npontos V V V
36 -430,98 390,21 -308,67
37 -457,18 451,36 -250,43
38 -448,45 407,68 -235,87
39 -477,57 375,65 -221,31
40 -538,72 320,32 -215,49
41 -591,14 241,70 -171,81
42 -495,04 273,73 -113,57
43 -492,13 302,85 -46,59
44 -509,60 192,19 -14,56
45 -544,54 215,49 58,24
46 -567,84 250,43 154,34
47 -527,07 294,11 337,79
48 -334,88 264,99 401,86
49 -416,42 230,05 433,89
50 -448,45 177,63 454,27
51 -398,94 160,16 483,39
52 -358,18 110,66 497,95
53 -334,88 34,94 512,51
54 -276,64 5,82 524,16
55 -259,17 -14,56 541,63
56 -224,22 -110,66 500,86
57 -227,14 -250,43 445,54
58 -235,87 -329,06 410,59
59 -250,43 -413,50 366,91
60 -273,73 -454,27 355,26
61 -221,31 -396,03 372,74
62 -180,54 -413,50 329,06
63 -177,63 -451,36 311,58
64 -101,92 -457,18 305,76
Efeito Flicker em Fornos a Arco 147
Apêndice D
Efeito “Flicker” em Fornos a Arco
D.1 INTRODUÇÃO
Figura D.2 - Forma de onda típica quando ocorre flutuação de tensão (F=50 Hz).
Figura D.3 - Variação da Tensão em função da freqüência para lâmpadas incandescentes situadas na
faixa de 40 a 100 W para tensões desde 125 até 225 V.
O efeito “flicker” provocado por fornos à arco pode ser verificado pelo
método de cálculo de Ufg (“gauge-point”). Inicialmente calcula-se a queda de tensão
dada pela expressão a seguir:
= (1)
Efeito Flicker em Fornos a Arco 151
onde:
SCCF - potência de curto circuito nos terminais dos eletrodos do forno, ou pode ser
estimada alternativamente como sendo duas vezes a potência nominal do
transformador do forno);
Scc - potência de curto circuito trifásica (normalmente deve-se utilizar o valor
mínimo);
ΔUc - queda de tensão para o forno em curto;
kS - fator de severidade, é uma característica do forno ligada ao regime de operação.
Normalmente situa-se entre 0,09 a 0,15 (um valor usual para ks é 0,12).
Como limite típico de Ufg, tem-se:
Ufg ≤ 0,25% para tensões nominais iguais ou inferiores a 138 kV;
Ufg ≤ 0,20% para tensões nominais superiores a 138 kV.
A norma IEC 61000-4-15 (2003) indica os critérios e forma para a medição
do efeito do “flicker” em sistemas elétricos.