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RODRIGO BLOEMER
BLUMENAU
2016
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RODRIGO BLOEMER
BLUMENAU
2016
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AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus por ter permitido que tudo isso acontecesse, não
apenas no meio acadêmico, mas também no âmbito profissional e familiar. Aos meus pais
pelo apoio e incentivo dedicados ao logo da minha vida. A universidade por ter
proporcionado um ambiente adequado ao aprendizado. Aos professores que contribuíram
diretamente na minha formação acadêmica. Aos amigos que de forma mútua
proporcionaram a troca de experiências e conhecimentos.
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RESUMO
ABSTRACT
This work is to study and implementation of an converter AC/AC single phase for
use in a system for resistance spot welding. The goal of the converter is to control the
power applied to the welding system, by varying the rms voltage, a load and a
transformer. The converter consists of a trigger control circuit, signal isolation circuit and
power circuit. The power circuit is formed by the association in antiparallel thyristors.
For the thyristor trigger control circuit is used the CI TCA785. After the simulation, the
circuits have been implemented and the results are shown by waveforms.
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
ABREVIATURAS
ABREVIAÇÃO SIGNIFICADO
SIMBOLOGIA
IO Corrente na carga A
δ Ângulo de condução da corrente ˚
β Ângulo de extinção da corrente ˚
VCC Tensão em corrente contínua V
VCA Tensão em corrente alternada V
DM Diodo de roda livre
P Potência ativa W
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .............................................................................................. 16
3 O TIRISTOR .................................................................................................. 23
REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 57
1 INTRODUÇÃO
Com base neste princípio, ter o controle da corrente elétrica é fundamental para o
sucesso desta técnica de soldagem, visto que é o parâmetro de maior influência na geração
de calor necessário ao processo.
1.1 OBJETIVOS
𝑄 = 𝐼 2 𝑅𝑡 [8]
Onde:
Q = Energia térmica gerada (J);
I = Corrente elétrica (A);
R= Resistencia elétrica de soldagem em (Ω);
t= tempo de aplicação da corrente elétrica (s);
𝑡
𝑄 = ∫0 𝐼²𝑅𝑑𝑡 [8]
Onde:
Q = Energia térmica gerada (J);
I = Corrente elétrica (A);
R= Resistencia elétrica de soldagem em (Ω);
t= tempo de aplicação da corrente elétrica (s);
2.1.1 O Transformador
Para que a solda por resistência ocorre de maneira mais eficiente, é necessário que
a resistência dos materiais a serem soldados sejam maior que a dos eletrodos, caso
contrário, a maior parcela de potência seria dissipada nos eletrodos e não nas peças a ser
soldada. Isto ocorre porque a resistência do sistema de solda está em série com a
resistência imposta pelas peças a serem soldadas.
Os eletrodos utilizados no processo de soldagem por resistência, como
característica básica, devem apresentar alta condutividade elétrica e características
mecânicas para suportar alta temperatura e pressão que é aplicada ao processo durante a
soldagem. Com base na IACS (International Annealed Copper Standard), norma
internacional que relaciona a condutividade elétrico das ligas de cobre em percentual, a
condutividade dos eletrodos para soldagem por resistência elétrica é na ordem de 48%
(IACS), o que corresponde a uma condutividade de 28 MS/m (mega siemens/metro), que
é o inverso da resistividade dada em Ω.m (ohm x metro).
A liga de cobre mais utilizada para a construção dos eletrodos é o cobre-berílio.
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Figura 4 - Maquina de solda por resistência com controle manual de potência. Fonte [4].
Este método de controle da corrente elétrica, não permite um ajuste fino, visto que
tem poucas opões de derivações no secundário do transformador.
Outra forma, e a mais usual do controle de potência, é com o uso dos componentes
semicondutores. A topologia que tem maior destaque está ilustrada na figura 5, onde são
utilizados os retificadores controlados de silício SCR (Silicon Controlled Rectifier). Por
meio deles é possível controlar a tensão aplicada no transformador de forma eletrônica,
permitindo um controle mais fino da potência aplicada. Outra vantagem é a possibilidade
de padronizar e automatizar o processo de soldagem, onde conhecendo a espessura dos
materiais a serem soldados é possível determinar a potência necessária, eliminando
desperdícios por tentativa e erro no ajuste da máquina.
3 O TIRISTOR
3ªFase: Ao sair do lado N, um elétron deixa atrás de si, um íon ao qual estava
associado. Desta forma inicia-se o processo de difusão com os portadores que estão
próximo a junção. Em ambos os lados da junção formará uma região de íons descobertos,
denominada de região de depleção, ilustrada pela figura 09.
pela carga que está em série com o componente. Esta condição é denominada condução
direta. A queda de tensão que se deve à resistência ôhmica nas quatro camadas P e N é
tipicamente 1,5 V para os SCR de baixa potência.
Quando a tensão de catodo é positiva em relação ao anodo, as junções J1 e J3
ficam reversamente polarizadas, impedindo a entrada em condução, mesmo com
aplicação de tensão na porta, assim o SCR não conduz, comportando se como um diodo
em polarização reversa, esta condição é denominada de bloqueio reverso. Na condição de
bloqueio reverso, também ocorre a passagem de uma pequena corrente do catodo para o
anodo, que é denominada corrente de fuga reversa IR (reverse current). [8]
A figura 10 ilustra a curva ideal de um SCR, demonstrando as condições de
operação.
Onde:
IL (latching current): Corrente de anodo necessária para que o SCR entre em
condução durante a aplicação da corrente de porta IGK;
IH (holding current): É a mínima corrente de anodo necessária para manter o SCR
em condução, após a retirada da corrente de porta.
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Conforme a tensão entre anodo e catodo aumenta, pode ocorrer o disparo do SCR
devido a uma elevada taxa de crescimento da tensão.
Quando diretamente polarizado, o SCR sem aplicação de corrente na porta, a
junção J2 está reversamente polarizada, originando uma distribuição de cargas nas
proximidades da junção. Podemos atribuir a esta distribuição de cargas um efeito
capacitivo. A relação entre tensão e corrente em um capacitor é:
𝑑𝑣
𝑖 = 𝐶 𝑑𝑡 [10]
Para que o SCR deixe de conduzir é necessário que a corrente de anodo seja
praticamente extinta, permitindo que se restabeleça a barreira da junção J2.
4 CONTROLE DE FASE
O controle de fase é uma técnica que permite variar o fluxo de potência entregue
a carga que está por intermédio do SCR conectado à rede elétrica. Ao variar o instante
em que o SCR entra em condução ocorre a alteração do valor eficaz da tensão, com a
variação da tensão é possível controlar a potência entregue à carga.
Figura 13 - Circuito de controle de fase com carga resistiva e formas de onda. Fonte [8]
1
1 𝑠𝑒𝑛2𝛼 2
𝑉𝑜 = 𝑉𝑠 [𝜋 (𝜋 − 𝛼 + )] [8]
2
𝑉𝑜
𝐼𝑜 = [8]
𝑅
𝑃𝑜 𝑉𝑜 1 𝑠𝑒𝑛2𝛼 1/2
𝐹𝑃 = 𝑉𝐴 = = [𝜋 (𝜋 − 𝛼 + )] [8]
𝑉𝑠 2
1
𝐼𝑎𝑣 = 2𝜋𝑅 (cos 𝛼 + 1) [13]
𝑉𝑠 1 𝑠𝑒𝑛2 1/2
𝐼𝑒𝑓 = [𝜋 (𝜋 − 𝛼 + ] [13]
√2𝑅 2
longos, com duração até π, desta forma quando a corrente no SCR 1 for menor que a
corrente de manutenção, o SCR 2 entrará e condução, devido a presença do pulso de
disparo longo, de α até π.
𝛿 =𝛽−𝛼 [8]
2 1/2
𝑅 𝛼
𝑉𝑠 1𝛽 ( )( −𝑡)
𝐼𝑒𝑓 = [ ∫ {𝑠𝑒𝑛(𝜔𝑡 − 𝜃) − 𝑠𝑒𝑛(𝛼 − 𝜃)𝑒 𝐿 𝜔 } 𝑑(𝜔𝑡) ] [8]
𝑍 𝜋 𝛼
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Os níveis de tensão em um circuito com SCR podem ser muito altos, exigindo um
isolamento entre o circuito de acionamento e o dispositivo.
Com a necessidade de isolar o sinal de disparo do sistema de potência, é comum o
emprego de isolação galvânica, obtido através de um transformador de pulso.
O transformador de pulso tem como principal característica resposta rápida,
permitindo o envio de pulso de curta duração.
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O núcleo dos transformadores de pulso são normalmente de ferrite, pois este material
apresenta menores perdas por histerese e efeito Foucault.
Um circuito de isolação com transformador de pulso é exibido na figura 16. Quando
um pulso é aplicado na base do transistor Q1, o faz saturar permitindo que a tensão Vcc
seja aplicada no primário do transformador, induzindo uma tensão do secundário que é
aplicada entre os terminais de porta e catodo do SCR. Quando o pulso é removido da base
do transistor, o mesmo entra na condição de corte, induzindo uma tensão de polaridade
oposta no primário permitindo que o diodo Dm conduza. A corrente em Dm, devido à
energia armazenada no transformador, cai até zero. Durante este processo, uma tensão
reversa é induzida no secundário, garantido a extinção do sinal de disparo.
Os pulsos de disparos do SCR, são gerados por circuitos de comando que tem por
finalidade enviar corrente elétrica com formato e magnitude adequados no instante
correto, garantindo o funcionamento do sistema. As funções básicas do circuito de
geração dos pulsos são:
-Geração de rampa dente de serra: A geração de sinal dente de serra, é obtida por meio
de uma rampa capacitiva, cujo comprimento se estende da passagem por zero da rede até
a próxima passagem por zero.
Da figura 19, a senoide V5 representa a tensão de rede, onde a passagem por zero é
a referência para o sincronismo. A partir desta referência inicia o carregamento do
capacitor conectado ao pino 10, cuja forma de onda é representada por V10. Este
capacitor é carregado a cada semiciclo.
A forma de onda V11 representa a tensão de controle, que é efetuado através de um
potenciômetro conectado ao pino 11. Quando o capacitor em sua rampa ascendente atinge
o valor de V11, ocorre o envio dos pulsos de saída nos pinos 15 e 14 cuja formas de onda
são representadas respectivamente por V15 e V14.
A largura dos pulsos de V14 e V15, são ajustados através de um capacitor conectado
ao pino 12. Quando o pino 12 é conectado à referência do circuito, a largura dos pulsos
de V14 e V15, se estendem até o próximo semiciclo.
As formas de onda de V2 e V4 são complementares às saídas V15 e V14
respectivamente, porém com sinal lógico invertido. Quando V15 vai a nível alto, V2 vai
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a nível baixo, de forma análoga V14 com V4. O aterramento do pino 13 resulta em um
sinal de nível baixo até o próximo semiciclo, semelhante ao que ocorre com pino 12 para
as saídas V14 e V15.
No pino 3 cuja forma de onda está representada por V3, é obtido um sinal de nível
alto cuja largura do pulso é de α+180º.
A forma de onda V7 representa uma lógica NOR das formas de onda V14 e V15, ou
seja, quando V14 e V15 estiver em nível baixo, V7 estará em nível alto.
Figura 23 - Forma de onda da tensão na carga com α = 90º. Fonte [Próprio Autor]
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9 IMPLEMENTAÇÃO
Com base nas informações obtidas na simulação efetuada no software Proteus, foi
iniciada a montagem do circuito de controle de disparos, onde utilizou-se o TCA 785. A
figura 24, demonstra o circuito montado.
Figura 28 - Forma de onda da rampa capacitiva com a tensão de controle. Fonte [Próprio Autor]
Figura 29 - Forma de onda da tensão de sincronismo com o pulso de disparo do semiciclo positivo. Fonte
[Próprio Autor]
Figura 30 - Forma de onda da tensão de sincronismo com o pulso de disparo do semiciclo negativo. Fonte
[Próprio Autor]
Figura 31 - Formas de onda da tensão e corrente para carga resistiva. Fonte [Próprio Autor]
que deve ser suficiente para garantir o disparo do próximo semiciclo quando da extinção
da corrente do semiciclo anterior. A ocorrência de um pico de tensão do final de cada
semiciclo, se dá pelo fato do armazeamento de carga no transformado.
Figura 32 - Formas de onda da tensão e corrente com carga indutiva sem snubber. Fonte [Próprio Autor]
Figura 33 - Formas de onda da tensão e corrente em carga indutiva com snubber. Fonte [Próprio Autor]
Figura 34 - Defasagem entre tensão e corrente com carga indutiva. Fonte [Próprio Autor]
Figura 35 – Formas de onda da tensão e corrente no primário com o secundário em curto. Fonte [Próprio
Autor]
10 CONCLUSÃO
implementação do conversor CA/CA trouxe vários desafios, onde a superação foi obtida
no aprofundamento dos estudos conceituais.
REFERÊNCIAS
9. WAINER, E.; BRANDI, S.D.; MELLO, F.D.H. Soldagem Processos e Metalurgia. 4ª ed. São
Paulo: Editora Edgard Blucher, 1992.
10. ALMEIDA, J.L.A. Eletrônica Industrial. 1ª ed. São Paulo: Livros Érica Editora, 1985
14. Akagi, H.; Watanabe, E.H.; Aredes M. Instantaneous Power Theory and Applications to
Power Conditioning. New Jersey: John Wiley & Sons, Inc., 2007.
16. LANDER, C.W. Eletrônica Industrial Teoria e Aplicações. São Paulo: McGraw-Hill, 1988.
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