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GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA
Rio de Janeiro
Agosto/2016
“A formação do engenheiro que vai viver
e trabalhar no século XXI obrigatoriamente
deve atentar para custos, prazos, qualidade,
segurança, cuidados com as repercussões
sociais e ambientais dos projetos e soluções.
Isto quer dizer que o profissional não pode
mais encontrar soluções puramente técnicas. O
problema em foco faz parte de uma sociedade
e o que vai acontecer nessa sociedade, em
consequência da solução, tem que fazer parte
das suas preocupações.”
SUMÁRIO
1.3 RESISTORES........................................................................................................07
2.3 CONDUTORES.....................................................................................................15
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................................49
1. LEI DE OHM E POTÊNCIA
condutor
fonte
carga
chave
6
1.2 RESISTÊNCIA ELÉTRICA
dpg
1.3 RESISTORES
a) Fixos – possuem um único valor (constante para condições normais). Podem ser de
carbono ou fio enrolado:
i. Carbono (grafite) – baixo custo;
7
ii. De fio enrolado – níquel-cromo em espiral sobre uma haste de cerâmica.
Normalmente este conjunto é coberto por material cerâmico ou esmalte.
A resistência real de um resistor pode variar (Tolerância) – ±5%, ±10%, ±20% etc.
Braço Elemento
deslizante Resistivo
A C
A B C
B
V = R x I; I = V/R e R = V/I
8
Exercício 1.1: Calcule I quando V = 120 V e R = 30 Ω.
Resposta: I = 4 A
Resposta: R = 20 Ω
Resposta: V = 70 V
Exercício 1.4: Uma lâmpada elétrica consome 1 A operando num circuito de 120 V.
Qual a resistência do filamento da lâmpada?
Resposta: 120 Ω
9
A unidade utilizada para energia é o watt (W), que designa joule por segundo (J/s)
P=VxI
Como V = R x I
P = V x I = (R x I) x I ====== P = R x I2
E como I = V/R
Exercício 1.5: A corrente através de um resistor de 100 Ω a ser usado num circuito é
de 0,2 A. Qual a potência deste resistor?
Resposta: P = 4 W
Resposta: P = 4,8 kW
Resposta: P = 10 W
10
Observação: A potência nos resistores também podem ser medidas em HP ou CV, através
das seguintes relações:
1 HP = 746 W
1 CV = 736 W
A energia elétrica consumida por um resistor é dada pelo produto da potência pelo
tempo durante o qual esta potência foi utilizada:
J=Wxs
E=Pxt
kWh = kW x h
Exercício 1.8: Que quantidade de energia é liberada em 2 horas por um gerador que
fornece 10 kW?
Resposta: E = 20 kWh
11
2. CIRCUITOS SÉRIE DE CORRENTE CONTÍNUA
RT = R1 + R 2 + R3
Resposta: 225 Ω
VT
VT = V1 + V2 + V3
12
Exercício 2.2: Qual o valor da tensão da fonte do circuito abaixo?
Resposta: VT = 90 V
Exercício 2.3: Um resistor de 45Ω e uma campainha de 60Ω estão ligados em série
conforme abaixo. Qual o valor da tensão para produzir uma corrente de 0,3 A?
Resposta: VT = 31,5 V
13
Exercício 2.4: Uma bateria de 95 V está ligada em série com três resistores de 20Ω,
50Ω e 120 Ω, conforme circuito abaixo. Calcule a tensão nos terminais de cada resistência.
Resposta: V(20 Ω) = 10 V
V(50 Ω) = 25 V
V(120 Ω) = 60 V
VT = 10 + 25 + 60 = 95V
Tensões e correntes são grandezas vetoriais. Isto significa que para trabalharmos com
tais grandezas devemos considerar seus valores nominais e seus sentidos.
A B
95V 85V
0V 60V
D C
Observação: Sempre que uma corrente atravessa um resistor num determinado
sentido, ocorre uma queda de tensão em sentido oposto.
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No circuito anterior: VT = RT x I
Vn = Rn x I, então:
V1 = 20 x 0,5 = 10V
V2 = 50 x 0,5 = 25V
A corrente sai da fonte pelo maior potencial (95V) passando pelos pontos A, B, C e
D e retornando ao menor potencial da fonte (0V). Consequentemente, esta corrente
atravessa as resistências do circuito causando queda de tensão em cada uma destas
resistências.
Do ponto A (95V), a corrente segue para o resistor de 20Ω onde ocorre uma queda
de 10V. Assim, o ponto B passa a ter um potencial de 85V. De B para C ocorre uma queda
de 25V, tornando o ponto C com o potencial de 60V (85 – 25 = 60). Do ponto C para o
ponto D ocorre outra queda de 60V, tornando o ponto D com 0V de potencial, isto é, o
mesmo potencial do negativo da fonte, como não poderia deixar de ser.
2.3 CONDUTORES
b) Isolantes === são aqueles materiais de alta resistividade que dificultam fortemente
a passagem da corrente elétrica. Ex: Borracha, cerâmica, ar, água etc.;
c) Maus condutores ou maus isolantes === são aqueles que não se classificam em
nenhum dos tipos anteriores. Ex: álcool, madeira etc.
Alguns gases, sob certas condições, também podem ser usados como condutores: neon,
vapor de mercúrio, vapor de sódio etc.
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2.3.1. Circular mils
Cmil = CM = d2 (mil)
Resposta: 16 CM
2.3.2. Resistividade ( ρ )
R = ρ x ℓ/A
ℓ
onde:
ρ = resistividade do material em CM x Ω / m
16
TABELA PARA FIOS DE COBRE
17
Exercício 2.6: Qual a resistência de 152,5 m de fio de cobre n° 20 ?
Resposta: 5,09 Ω
RT = R0 + R0 ( α x ∆T )
Onde:
R0 = resistência à 20 °C (Ω);
∆T = variação da temperatura ( °C )
Resposta: 15 Ω
A fórmula para a potência também pode ser aplicada para valores totais:
P T = I x VT
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Também pode ser aplicada para valores individuais em cada parte do circuito:
PT = P1 + P2 + P3 + ... + Pn
Exercício 2.8: No circuito abaixo calcule a potência total dissipada por R1 e R2.
Resposta: PT = 240 W
Exercício 2.9: Calcule a potencia dissipada por cada um dos resistores do exemplo
anterior e verifique que o somatório delas é igual a potencia total (PT).
Resposta: PR1 = 80 W
PR2 = 160 W
19
2.5 CIRCUITO DIVISOR DE TENSÃO (QUEDA DE TENSÃO POR PARTES
PROPORCIONAIS)
R1
V1
I V2 R2
V1 = R1 x I = R1 x (VT / RT)
V1 = VT x R1 / (R1 + R2)
Consequentemente:
V2 = VT x R2 / (R1 + R2)
Exercício 2.10: Calcule a tensão em cada resistor do circuito abaixo pelo método das
partes proporcionais.
R2
R3
Resposta: V(R1) = 20 V
V(R2) = 30 V
V(R3) = 50 V
20
3. CIRCUITOS PARALELOS DE CORRENTE CONTÍNUA
Circuito paralelo é aquele onde dois ou mais elementos estão ligados à mesma fonte.
Estes elementos estão submetidos à mesma tensão.
IT
I1 I2 I3
R1 V1 R2 V2 R3 V3
I1 = V1 / R1 = VT / R1
I2 = V2 / R2 = VT / R2
I3 = V3 / R3 = VT / R3
Exercício 3.1: Duas lâmpadas que retiram do circuito 2 A cada, mais uma terceira
lâmpada que retira 1 A, estão ligadas em paralelo a uma fonte de 110 V. Calcule a corrente
total do circuito.
Resposta: 5 A
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Exercício 3.2: Um circuito paralelo é formado por uma cafeteira elétrica, um
torrador de pão e uma panela de frituras ligadas à tomada de 120 V. Sabendo-se que as
resistências dos aparelhos são, respectivamente, 15Ω, 15Ω e 12Ω, qual a corrente de cada
aparelho?
Resposta: 8 A, 8 A e 10 A respectivamente.
IT
I1 I2 I3
R1 R2 R3
RT = VT / IT
1 / RT = 1 / R1 + 1 / R2 + ... + 1 / Rn
22
Exercício 3.3: Que resistência deve ser acrescentada em paralelo a um resistor de 4
Ω para produzir uma resistência equivalente de 3 Ω ?
Req=3Ω
Resposta: 12 Ω
I=0
V=?
V=0
I=?
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Visualização no circuito:
Curto-
circuito
Circuito
aberto
IT
I1 I2
I1 = VT / R1 = IT x RT / R1 = IT x ( R1 x R2 / R1 + R2 )
R1
I1 = (IT x R2) / R1 + R2
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Analogamente:
I2 = (IT x R1) / R1 + R2
Exercício 3.4: Calcule o valor das correntes nos resistores do circuito abaixo:
IT=18A
I1 I2
Resposta: I1 = 12 A
I2 = 6 A
A Potência Total de um circuito paralelo pode ser dada pelo somatório das potências
individuais em cada resistor.
PT = P1 + P2 + P3 + ...
Esta Potência Total também pode ser dada pelo produto da tensão total pela corrente
total do circuito, isto é:
PT = VT x IT = (VT)2 / RT = RT x (IT)2
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Exercício 3.5: Calcule a potência dissipada em cada ramo e a potência total do
circuito.
I1 I2
Resposta: P1 = 40 W
P2 = 80 W
PT = 120 W
26
4. LEIS DE KIRCHHOFF
Definição:
- +
I2=2A
I1
A
I3=3A
Resposta: I1 = 5 A
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Exercício 4.2: Calcule o valor da corrente I1 no trecho de circuito abaixo:
I2=2A
I1
A
I3=3A
Resposta: I1 = - 5 A
Obs: O valor negativo encontrado para I1 indica que o sentido real desta corrente é o
oposto daquele arbitrado no circuito.
Definição:
28
Por simples convenção:
+ -
5V
e1
Resposta: e1 = 7 Volts
2V 3V
5V
e1
10 V
V
Resposta: e1 = - 20 Volts
Obs: O valor negativo encontrado para e1 indica que o sentido real desta tensão é o
oposto daquele arbitrado no circuito.
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5. CONCEITOS BÁSICOS DE CIRCUITOS EM CORRENTE ALTERNADA
(CA)
São grandezas que possuem duas dimensões, denominadas de parte real e parte
imaginária, e tem representação em um par de eixos cartesianos denominado de Plano de
Argand-Gauss.
Imag.
Z
b
Ɵ° Re
Cartesiana ou retangular: Z = a + jb
Polar: Z = Z Ɵ°
jƟ
Exponencial: Z= Z e
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Z2 = 2 + j5 Z2* = 2 – j5
Regras Práticas:
a) Para somar ou subtrair dois números complexos, eles devem estar na forma
cartesiana:
Z1 – a + jb e Z2 = c + jd
Z1 + Z2 = (a+c) + j (b+d)
Z1 - Z2 = (a-c) + j (b-d)
b) Para multiplicar ou dividir dois números complexos, eles devem estar na forma
polar:
Z1 = A Ɵ° e Z2 = B Ɣ°
Z1 x Z2 = A.B Ɵ° + Ɣ°
Z1 / Z2 = A/B Ɵ° - Ɣ°
Exercícios:
31
b) 2 142° + 3 22° = 1,2 + 2,35j
d) 2 204° + 2 24° = 0
32
5.2.1 Representação de Funções Senoidais no tempo
i(t)
I Máx
t
Ɵ
onde:
Ɵ = defasagem inicial
T = período da senoide
33
5.3 VALOR MÁXIMO, MÉDIO E EFICAZ
É o maior valor que uma onda senoidal pode atingir. É o valor de pico desta onda.
i(t)
e(t) CIRCUITO
P(t) = W / ∆ t
t2
W(t2) – W(t1) = 1 / (t2 – t1) ∫ P(t) dt
t1
P(t)
P Méd
34
Numa onda periódica:
T
P Méd = 1 / T ∫ P(t) dt
0
Valor Eficaz é um valor constante de corrente (CC) que produz a mesma potência
média que i (t).
t2
P Méd = 1 / T ∫ R.i2(t) dt
t1
P Méd = R x I2 RMS
T
RxI 2
RMS =1/T ∫ R.i2(t) dt
0
T
I2
RMS =1/T ∫ i2(t) dt
0
T
I RMS = 1/T ∫ i2(t) dt
0
I Máx
I RMS
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L – Indutância – Componente reativo. . É medida em Henry (H).
XL = j w L = j 2 Π f L (ohms)
XC = 1 / j w c = 1 / j 2 Π f C
XC = - j / 2 Π f C (ohms)
37
Assim:
Im
XL
Re
XC
Observações:
38
Im
XL
Z
Ɵ°
R Re
Z
XL
Ɵ°
R
Se um determinado circuito for predominantemente capacitivo, teremos a seguinte
configuração:
Im
Ɵ° Re
Z
XC
39
Assim, o Triângulo de Impedâncias Capacitivo será:
Ɵ° XC
I(t) CARGA
e(t)
Im
JX
Z
Ɵ°
R Re
Z=R+jX = ǀZǀ Ɵ°
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Onde: R = ǀ Z ǀ cos Ɵ°
X = ǀ Z ǀ sen Ɵ°
E = Z I
A Potência Ativa consumida por uma carga pode ser definida como:
Existe uma relação entre a Potência Ativa, a Reativa e outra chamada de Potência
Aparente (ou Complexa).
Um triângulo de Impedância pode ser assim representado:
Z
JX
Ɵ°
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Se multiplicarmos cada lado do triângulo pelo quadrado da corrente eficaz (I2RMS),
obteremos um triângulo semelhante.
Z I2RMS
J X I2RMS
Ɵ°
R I2RMS
As grandezas acima representam:
S (VA)
J Q (VAR)
Ɵ°
P (W)
S= P2 + Q2
S= E2RMS I2RMS
S = ERMS IRMS
É chamada de Potência Aparente porque não expressa a potência real consumida (P) nem a
reativa gerada (Q). É medida em VA.
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5.7 FATOR DE POTÊNCIA E SUA CORREÇÃO
P = E I cos Ɵ°
I = P / E cos Ɵ° FP = cos Ɵ°
I = P / E (FP)
Portanto, para uma dada potência “P” consumida e uma tensão “E” aplicada, quanto
menor o FP maior será a corrente “I” na carga. Correntes maiores que o necessário são
indesejáveis, devido a queda de tensão (RI) e as perdas de potência (RI2), resultantes nas
linhas de transmissão e outros equipamentos de distribuição de energia.
Observações:
3. Representação:
S (VA)
Q (VAR)
Ɵ°
P (W)
43
FP adiantado – Carga Capacitiva
P (W)
Ɵ°
Q (VAR)
S (VA)
Exercícios 5.1 Calcular o FP da instalação a seguir e corrigi-lo para 0,92 caso necessário.
e(t)
A B
Total
Solução:
44
45
46
Exercício 5.2 Calcular o FP da instalação a seguir e corrigi-lo para 0,96 caso
necessário.
e(t)
A B C
47
48
REFERÊNCIAS
AIUB, Jose Eduardo; FILONI, Ênio. Eletrônica Eletricidade- Corrente Contínua. São
Paulo: Érica, 2009.
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