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AULA 6 – DEMANDA E

PADRÃO DE ENTRADA
SUMÁRIO
• DEMANDA
• INTRODUÇÃO;
• DEFINIÇÕES;
• GRÁFICO TÍPICO DE DEMANDA;
• CÁLCULO DE DEMANDA RESIDENCIAL;
• PARCELAS “a”, “b”, “c”, “d”, “e”, “f” e “g”;
• PRÁTICA;
• PADRÃO DE ENTRADA
INTRODUÇÃO
• Observando o funcionamento de uma instalação elétrica,
constata-se que as cargas instaladas não funcionam ao
mesmo tempo;
• Então a potência solicitada será em função da quantidade
de cargas em operação no determinado período do dia;
• Desta forma, o projeto de instalações elétrica torna-se
incoerente caso considerasse a carga utilizada como sendo
a soma de todas as potências instaladas;
• Além da consideração ser não razoável afetaria na
determinação do dimensionamento dos condutores, e dos
seus respectivos dispositivos de proteção, aumentando o
valor do projeto final.
DEMANDA - DEFINIÇÕES
• Potência instalada - é a soma das potências nominais dos
equipamentos eletroeletrônicos instalados;
• Demanda – é a potência elétrica absorvida em um determinado
instante;
• Demanda média – é a potência elétrica absorvida durante um
intervalo de tempo;
• Demanda máxima – é a maior de todas as demandas ocorridas
em um determinado período de tempo (utilizado na
determinação do padrão de entrada);
• Fator de demanda – é a razão entre a demanda máxima e a
potência instalada.
Dmáx
Fdemanda 
Pinst
GRÁFICO TÍPICOS DE DEMANDA

Curva Típica Industrial/Comercial

80

70

60

50

40

30

20

10

0
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23
CALCULO DE DEMANDA RESIDENCIAL

• O dimensionamento da entrada de serviço e solicitação da


rede da concessionária possui o seguinte cálculo de
potências (método das cargas) – Anexo II – SM04.14-01.001;

a – demanda de iluminação e TUGs


b – demanda de eletrodomésticos e aparelhos de aquecimento
c – demanda de condicionadores de ar
d – demanda de motores elétricos
e – demanda de máquinas de solda
f – demanda de aparelhos de raio x
g - demanda de hidromassagens
PARCELA “a” – ILUMINAÇÃO E TUGs
PARCELA “b”
• A segunda parcela b=b1+b2+b3+b4+b5+b6 representa a soma das
demandas dos aparelhos eletrodomésticos e de aquecimento, cujos
fatores de demanda ( fd ), devem ser aplicados dividindo-se cada grupo
em dois subgrupos de equipamentos, sendo o primeiro formado por
equipamentos com potência até 1 kW e o segundo por equipamentos
com potência superior a 1 kW.
• b1- chuveiros e torneiras elétricas superiores a 1 kW fd conforme
quadro 3;
• b2- aquecedores de água superiores a 1 kW fd. conforme quadro 2;
• b3- fornos, fogões ou fritadeiras elétricas superiores a 1 kW fd.
conforme quadro 3;
• b4- máquinas de lavar/secar ou ferro elétrico superiores a 1 kW fd.
conforme quadro 2;
• b5- aparelhos com potência até 1 kW fd. conforme quadro 2 ;
• b6 - aparelhos não referidos acima com potência superior a 1 kW fd.
conforme quadro 2;
PARCELA “b”
PARCELA “b”
PARCELA “c”
• A terceira parcela (c) representa a demanda dos aparelhos de ar
condicionado tipo janela calculada aplicando-se os fatores de
demanda do Quadro 04, seguinte:
PARCELA “d”
• A parcela (d) representa a demanda dos motores monofásicos
e trifásicos calculada utilizando-se os valores do Quadro 05 e
do Quadro 06 seguintes:
PARCELA “d”
PARCELA “d”
Notas:
Nota I - Fator de potência e rendimento são valores médios, referidos
a 3600 rpm;
Nota II - Para cálculo da demanda os motores devem ser agrupados
em 3 (três) classes:
- Pequenos motores M ≤ 5 Cv;
- Médios motores 5 Cv < M ≤ 10Cv;
- Grandes Motores M ≥ 10 Cv.
Nota III - Aplica-se a tabela para os dois primeiros grupos
separadamente e somam-se as parcelas;
Nota IV - Calcula a demanda dos grandes motores de modo
semelhante às máquinas de solda à transformador e acrescenta-se as
demandas dos grandes motores ao subtotal já calculado.
Parcelas “e” e “f”
• A parcela (e) representa a demanda das máquinas de solda a
transformador, calculada conforme seguinte critério:
• 100% da potência do maior aparelho;
• 70% da potência do segundo maior aparelho;
• 40% da potência do terceiro maior aparelho;
• 30% da potência dos demais aparelhos.

• A parcela (f) representa a demanda dos aparelhos de raios X,


calculada da seguinte forma:
• 100% da potência do maior aparelho;
• 10% da potência do segundo maior aparelho.
PARCELA “g”
• A parcela (g) representa a demanda para bombas e banheiras
de hidromassagem, que deve ser calculada utilizando-se os
fatores de demanda do Quadro 07
OUTRAS INFORMAÇÕES
• A demanda calculada nos moldes acima fornece o valor máximo
provável para a edificação e a partir deste valor deve ser
dimensionada a instalação elétrica da edificação.
• Para simplificação dos cálculos deve ser considerado fator de
potência unitário no cálculo da demanda dos eletrodomésticos.
• Para servir de subsídios à análise de projetos, informamos abaixo
alguns valores elétricos médios para motores em princípio não
atendíveis em baixa tensão, e sim por transformador exclusivo.
PRÁTICA
Quanrtidade Descrição Carga (W)
Unitária Total
15 Lâmpadas incandescentes 60 900
10 Tomadas de uso comum (sem eq.) 100 1.000
2 Aquecedor de água por acumulação 1.500 3.000
1 Freezer 1 porta 250 250
2 Condicionador de ar (10.000 btu) 1.350 2.700
1 Geladeira 250 250
1 Batedeira 100 100
3 TV 100 300
1 Ferro de passar 1.000 1.000
1 Exaustor 100 100
1 Máquina de lavar roupa sem aquecimento 400 400
1 Máquina de secar roupas 3.500 3.500
1 Máquina de lavar louças 1.500 1.500
1 Enceradeira 300 300
1 Equipamento de Som 50 50
1 Aspirador de pó 700 700
3 Chuveiros 4.200 12.600
Total da carga Instalada 28.650
PRÁTICA

Quanrtidade Descrição Carga (W)


Carga de iluminação e TUG
Unitária Total 1900 W. Fd= ?
15 Lâmpadas incandescentes 60 900
10 Tomadas de uso comum (sem eq.) 100 1.000
2 Aquecedor de água por acumulação 1.500 3.000
a=1900x0,81=1539 W
1 Freezer 1 porta 250 250
2 Condicionador de ar (10.000 btu) 1.350 2.700 Carga de eletrodomésticos e aquecimento
1 Geladeira 250 250
1 Batedeira 100 100
b1=3x4200....12600x fd
3 TV 100 300 b1=12600x0,84=10584 W
1 Ferro de passar 1.000 1.000
1 Exaustor 100 100
1 Máquina de lavar roupa sem aquecimento 400 400
b2=2x1500....3000xfd
1 Máquina de secar roupas 3.500 3.500 b2=3000x0,92=2760 W
1 Máquina de lavar louças 1.500 1.500
1 Enceradeira 300 300
1 Equipamento de Som 50 50
b3=0xfd=0
1 Aspirador de pó 700 700
3 Chuveiros 4.200 12.600 b4=1000+400+3500+1500=6400xfd
Total da carga Instalada 28.650 b4=6400x0,76=4864 W
PADRÃO DE
ENTRADA
PADRÃO DE ENTRADA
• Composto pelo poste, ou muro, com isolador de roldana,
bengala, caixa de medição, caixa de inspeção com a
haste de aterramento, atendendo as normas técnicas da
concessionária para o tipo de fornecimento;

• É necessário fazer o cálculo da queda de tensão para


verificar se o condutor não deve ser ajustado, do quadro
de medição até o quadro de distribuição dos circuitos.
DEFINIÇÕES
• Entrada de serviço - Conjunto de componentes elétricos,
compreendidos entre o ponto de derivação da rede de distribuição e
o quadro de distribuição geral.
• Grupo “A” - Grupamento composto de unidades consumidoras com
fornecimento em tensão igual ou superior a 2,3 kV, ou atendidas a
partir de sistema subterrâneo de distribuição em tensão secundária,
caracterizado pela tarifa binômia e subdividido em subgrupos.
• Grupo “B” - Grupamento composto de unidades consumidoras com
fornecimento em tensão inferior a 2,3 kV, caracterizado pela tarifa
monômia e subdividido em subgrupos.
• Poço ou caixa de inspeção - Compartimento enterrado destinado a
facilitar a passagem dos condutores, ligação de clientes, execução de
emendas, aterramento do neutro, execução de testes e inspeções
em geral.
DEFINIÇÕES
• Ponto de entrega - Ponto de conexão do sistema elétrico da
distribuidora com as instalações elétricas da unidade consumidora,
caracterizando-se como o limite de responsabilidade do
fornecimento.
• Quadro de medição - Módulo composto por proteção geral,
barramento e caixas, destinado, à instalação dos equipamentos de
medição de energia elétrica da distribuidora.
• Ramal de ligação - Conjunto de condutores e acessórios instalados
entre o ponto de derivação da rede da distribuidora e o ponto de
entrega.
• Unidade consumidora - Conjunto composto por instalações, ramal
de entrada, equipamentos elétricos, condutores e acessórios,
incluída a subestação, quando do fornecimento em tensão primária,
caracterizado pelo recebimento de energia elétrica em apenas um
ponto de entrega, com medição individualizada, correspondente a
um único consumidor e localizado em uma mesma propriedade ou
em propriedades contíguas.
CRITÉRIOS DE FORNECIMENTO
• Carga instalada e demanda máxima:
• O fornecimento de energia elétrica é em tensão secundária
quando a unidade consumidora tiver carga instalada igual ou
inferior a 75 kW e não possua carga que possa prejudicar o
fornecimento de energia a outros consumidores neste nível de
tensão;

• Carga instalada deve ser calculada com base na declaração


fornecida pelo consumidor e nas potências médias dos
equipamentos padronizados pela concessionária conforme
tabela1 do Anexo I;
TABELA 1 ANEXO I
TENSÃO DE FORNECIMENTO
• A concessionária deve estabelecer e informar ao interessado a
tensão secundária, alternada na frequência de 60 Hz,
padronizada pela ANEEL e disponível para fornecimento às
edificações da localidade.
• As tensões de fornecimento e os tipos de ligação para unidades
consumidoras de baixa tensão na área de concessão da Coelba
foram padronizados conforme tabela 5 do Anexo I:
• Para a determinação do tipo de ligação da unidade consumidora,
deve-se considerar a carga instalada, a demanda máxima, a
potência de motores, máquinas de solda, cargas especiais e a
tensão de fornecimento.
• Não é permitida ligação de unidade consumidora em tensões
diferentes das padronizadas.
TIPO DE FORNECIMENTO
• A escolha do tipo da ligação para a unidade consumidora é
feita a partir da tabela 6, considerando-se a opção mais
conservadora identificada na tabela , analisando-se:
a) Carga instalada (para unidades consumidoras
monofásicas e bifásicas);
b) Demanda máxima (para unidades consumidoras
trifásicas);
c) Maior motor ou máquina de solda trifásica;
d) Maior motor ou máquina de solda bifásica;
e) Maior motor ou máquina de solda monofásica.
Observações:
- Os diâmetros dos eletrodutos são mínimos para a faixa.
- Os condutores devem ter classe de encordoamento 2;
- Os condutores subterrâneos devem ser isolados para 1 kV e possuir camada protetora adicional;
- Não é permitida a utilização de disjuntores monofásicos conjugados;
- As informações relativas às demandas superiores a 75 kVA se destinam às unidades do grupo A medidas
em baixa tensão ou que apesar da carga superior a 75 kW optaram pelo fornecimento no grupo B.
Medição no Muro - Ramal de Ligação Aéreo com Travessia de Rua - Ramal
de Distribuição Subterrâneo
Medição no Muro - Ramal de Ligação Aéreo com Travessia de Rua - Ramal
de Distribuição Aéreo
Edificação Sem Recuo - Fixação em Pontalete - Ramal de Ligação Aéreo com
Travessia de Rua.
Edificação sem Recuo - Fixação em Fachada - Ramal de Ligação Aéreo com Travessia
de Rua
Edificação com Recuo - Medição no Poste - Ramal de Ligação Aéreo com
Travessia de Rua - Ramal de Distribuição Subterrâneo
Edificação com Recuo - Medição no Poste - Ramal de Ligação Aéreo com
Travessia de Rua - Ramal de Distribuição Aéreo.
Instalação na Parede Instalação no Poste
Monofásico Polifásico
FUNCIONAMENTO DO MEDIDOR DE CONSUMO DE
ENERGIA ELÉTRICA
Momento How Stuff Works Vista frontal

• Bobina de tensão Bp – paralelo com a


carga
• Bobina de corrente Bc – série com a
carga
• Medidor de energia do tipo indução,
está baseada na indução de correntes
parasitas em um disco leve de alumínio,
através de uma bobina colocada em série
com a carga alimentada, chamada bobina
de corrente, e sua interação com o
campo magnético, gerado por uma
bobina de tensão ligada em paralelo com
a carga.

Vista superior

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