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Universidade Federal do Amazonas - (UFAM)

Instituto de Ciências Exatas - (ICE)


Laboratório de Física III - (IEF816)
Professor Teonis Silva de Paiva

Resistores Lineares e Não-Lineares

Aluno: Edson Darlan M. Ferreira - 21950129


Aluno: Luís Felipe Reis de Souza - 21951677

Manaus, 08 de fevereiro de 2022


Sumário
1 Introdução 5

2 Fundamentação Teórica 5

3 Objetivos 6

4 Parte Experimental 6
4.1 Material Necessário: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
4.2 Procedimento Experimental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7

5 Resultados e Discussões 8

6 Conclusão 11
Lista de Figuras
1 Associação de resistores. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
2 Montagem do experimento. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
3 Elemento resistivo: Resistor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
4 Elemento resistivo: Lâmpada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
5 Elemento resistivo: Diodo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
Lista de Tabelas
1 Medidas experimentais da voltagem e da corrente. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
1 Introdução
Neste relatório pretende-se mostrar o comportamento experimental dos resistores li-
neares e não lineares a partir de um circuito em série afim de aplicar as leis que regem o sistema
proposto, como por exemplo a lei de Ohm. Ao analisar um circuito em série, vale lembrar que, de-
pendendo de quantos resistores estejam ligados, poder-se-á associá-los como um único resistor,
chamado de resistor equivalente.
Um resistor é um pequeno dispositivo elétrico que tem a finalidade de transformar
energia elétrica em energia térmica por meio do efeito Joule 1 . Eles tem o objetivo de oferecer uma
oposição à passagem de corrente elétrica e dependendo do material a resistividade do resistor
pode varia com alguns fatores, como a temperatura. A resistência elétrica ou também chamada
de impedância, causam uma queda de tensão ou diferença de potencial mas não podem causar
quedas de corrente elétrica. Isso significa que a corrente que entra no resistor é igual a que sai
[1, 2].

2 Fundamentação Teórica
A lei de Ohm 2 , Georg Ohm publicou um trabalho intitulado: “Medidas Matemáticas de
Correntes Elétricas”, referente a correntes estacionárias e que combina as três quantidades básicas
consideradas em um circuito elétrico,
• A força eletromotriz total E
dq
• A intensidade da corrente I , ou seja, a taxa com que as cargar elétricas fluem no tempo .
dt
• A resistência total do circuito, que compreende a resistência interna do gerador elétrico

Ohm demonstrou que, em um circuito, a corrente é diretamente proporcional à força eletromotriz


E
total do circuito e inversamente proporcional à resistência total, ou seja, I = ou ainda E = R I .
R
Podemos deduzir uma relação bastante importante para um circuito onde apresentam
apenas resistores em série. Quando estão ligados a corrente I deve ser a mesma através de todos
os resistores como indica a figura 1. Aplicando a lei de Ohm onde V é a diferença de potencial i a
corrente e R a resistência teremos para cada resistor os seguinte valores [1, 2],

V1 = I R 1 ,V2 = I R 2 ,V3 = I R 3 , (1)


A diferença de potencial nos terminais dos resistores não precisa ser a mesma, exceto
no caso especial em que todas as resistências sejam iguais. A diferencia de potencial (ddp) total
V é igual a soma das diferenças de ddp através de cada elemento, então,

V = V1 + V2 + V3 = I (R 1 + R 2 + R 3 )
1
O físico inglês James Prescott Joule tornou-se famoso por suas experiências envolvendo a "transformação de tra-
balho em calor". Seu nome está associado à possibilidade de conversão de trabalho mecânico e de eletricidade em
calor. Seu nome foi dado à unidade de energia do Sistema Internacional.
2
Georg Simon Ohm (1787-1854) foi um físico e matemático alemão que definiu o novo conceito de resistência
elétrica. Sua formulação matemática é conhecida como "Lei de Ohm".

5
Figura 1: Associação de resistores.
http://ensinoadistancia.pro.br/ead/Eletromagnetismo/Resistores/Resistores.html

logo,
V
= R1 + R2 + R3
I
V
A razão é por definição a resistência equivalente R eq . Portanto,
I
R eq = R 1 + R 2 + R 3 (2)
O comportamento de I em função de V depende das características do componente
V
elétrico. Quando a razão entre é constante para qualquer valor de V , o elemento é chamado de
I
resistor linear.
Quando os resistores forem não lineares as componentes são bastante interessantes
pois possuem certos comportamentos que mudam, dependendo da situação. Estes componentes
tem como principal característica variar a resistência elétrica de acordo com a mudança de ten-
são, temperatura, grau de iluminação, entre outras grandezas físicas.Cada componente não linear
exerce determinada função, como a resistência aparente dada por

V
Ra = (3)
I
e uma resistência diferencial, dada por

dV
Rd = (4)
dI
que variam com a corrente.

3 Objetivos
Traçar e analisar a curva de tensão como função da corrente, V = f (i ), elementos re-
sistivos.

4 Parte Experimental
4.1 Material Necessário:

6
• 1 Resistor • 1 Fonte de corrente contínua variável

• 1 Lâmpada incandescente • 1 Amperímetro

• 1 Didodo • Protoboard

4.2 Procedimento Experimental


Foi montado um circuito em série colocando inicialmente o resistor, como mostra a fi-
gura 2 e foi usado as saídas positivas e negativas da fonte que está ligado no multímetro na função
amperímetro, e no protoboard, ou seja, dessa forma configura-se um sistema em série, é impor-
tante lembrar que, nesse instrumento, o ponteiro não ultrapassou a escala. Em seguida, foi ligado
os instrumentos nas escalas mais baixas e só depois que procuramos a escala apropriada para o
resistor a escala foi de 200m A, para lâmpada 10A e para o diodo 10A.

Figura 2: Montagem do experimento.


https://edoc.ufam.edu.br/bitstream/123456789/4106/3/Lab_fisIII.pdf

Foi iniciado com o valor de 1.0V , na escala de 200m A, para medir a corrente do resistor
e assim, variamos a tensão no intervalo de [1.0, 6.0]V e anotamos os valores da corrente I . Em
seguida, foi desligado a fonte e trocado o resistor pela lâmpada onde foi utilizado a escala de 10A,
onde, semelhantemente seguimos o mesmo procedimento da anterior, tal que, variamos a tensão
no intervalo de [0.5, 3.0]V e, anotamos os valores correspondentes de corrente I . E por fim, mais
uma vez, foi desligado a fonte e trocado a lâmpada pelo diodo e iniciamos, na escala de 10A, com
a tensão de entrada de 0.3V e, aumentando de 0.1V em 0.1V até que atingisse 1.0V , foi então,
anotado os valores correspondentes de I .
A tabela1 mostra os resultados das medidas da tensão e corrente dos instrumentos
(resistor, lâmpada, diodo).

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Resistor Lâmpada Diodo
Voltagem (V) Corrente (A) Voltagem (V) Corrente (A) Voltagem (V) Corrente (A)
1,0 0,0089 0,5 0,12 0,3 0,22
2,0 0,0177 1,0 0,16 0,4 1,09
3,0 0,0267 1,5 0,21 0,5 1,78
4,0 0,0360 2,0 0,25 0,6 2,32
5,0 0,0463 2,5 0,29 0,7 3,16
6,0 0,0563 3,0 0,32 0,8 3,95
0,9 4,18
1,0 5,12

Tabela 1: Medidas experimentais da voltagem e da corrente.


Fonte: Autoria própria.

5 Resultados e Discussões

Figura 3: Elemento resistivo: Resistor


Fonte: Autoria própria.

8
Figura 4: Elemento resistivo: Lâmpada
Fonte: Autoria própria.

Figura 5: Elemento resistivo: Diodo


Fonte: Autoria própria.

Para o elemento resistivo, o resistor, foi calculado, a partir da figura 3, a resistência


aparente usando a equação 3, para os três primeiros pontos consecutivos e a resistência diferencial
usando a equação 4. A resistência aparente fica da seguinte forma,

V1 1
R a1 = = = 112, 36Ω
I 1 0, 0089
V2 2
R a2 = = = 112, 99Ω
I 2 0, 0177
V3 3
R a3 = = = 112, 36Ω
I 3 0, 0267

9
e a diferencial fica,

∆V V3 − V1 3−1
Rd = = = = 112, 36Ω
∆I I3 − I1 0, 0267 − 0, 0089

Para o elemento resistivo, a lâmpada, foi calculado, a partir da figura 4, a resistência


aparente usando a equação 3, para os três primeiros pontos consecutivos e a resistência diferencial
usando a equação 4. A resistência aparente fica da seguinte forma,

V1 0, 5
R a1 = = = 4, 16Ω
I 1 0, 12
V2 1
R a2 = = = 6, 25Ω
I 2 0, 16
V3 1, 5
R a3 = = = 7, 14Ω
I 3 0, 21

e a diferencial fica,

∆V V3 − V1 1, 5 − 0, 5
Rd = = = = 11, 11Ω
∆I I3 − I1 0, 21 − 0, 12

E por fim, para o elemento resistivo, o diodo, foi calculado, a partir da figura 5, a re-
sistência aparente usando a equação 3, para os três primeiros pontos consecutivos e a resistência
diferencial usando a equação 4. A resistência aparente fica da seguinte forma,

V3 0, 5
R a3 = = = 0, 28Ω
I 3 1, 78
V4 0, 6
R a4 = = = 0, 26Ω
I 4 2, 32
V5 0, 7
R a5 = = = 0, 22Ω
I 5 3, 16

e a diferencial fica,

∆V V5 − V3 0, 7 − 0, 5
Rd = = = = 0, 14Ω
∆I I5 − I3 3, 16 − 1, 78

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6 Conclusão
De acordo com os resultados, mostrou-se que a resistência aparente é igual a resistên-
cia diferencial quando o elemento resistivo é o resistor.Desta forma, tem-se que o resistor segue a
lei de ohm, cuja razão entre as voltagens e correntes em cada ponto no gráfico se mantém cons-
tante. Para os elementos resistivos, a lâmpada e o diodo, verifica-se que, as resistências aparente e
diferencial tanto da lâmpada quanto do diodo são diferentes, portanto, podemos afirmar que são
resistores não lineares, visto que as resistências calculadas não se mantiveram constantes.
Referências
[1] David Halliday, Robert Resnick, and Kenneth S Krane. Física. Vol. 3 . Grupo Gen-LTC, 2000.

[2] ZEMANSKY SEARS and FREEDMAN YOUNG. Física 3 e física 4.

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