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PROGRAMA DE ATUALIZAÇÃO
PARA MECÂNICOS DE
EQUIPAMENTOS DE PROCESSO
Manutenção e
Reparo de Bombas
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PETROBRAS ABASTECIMENTO
A LA N K ARDEC P INTO
GERENTE EXECUTIVO DE ABASTECIMENTO – REFINO
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PETROBRAS
Diretoria de Abastecimento
PROGRAMA DE ATUALIZAÇÃO
PARA MECÂNICOS DE
EQUIPAMENTOS DE PROCESSOS
Alinhamento de Máquinas
Compressores
Mancais e Rolamentos
Purgadores
Redutores Industriais
Selagem de Bombas
Turbinas a Vapor
Válvulas Industriais
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e
t
o
Sumário n
A
e
e
s
n
e
P
Lista de figuras 7
Lista de tabelas 13
Apresentação 15
Introdução 17
PETROBRAS ABASTECIMENTO
5
Manutenção e Reparo de Bombas
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Bombas 67
Recebimento da bomba 71
Pense e
Preservação 73
Anote
Instalação e teste de partida 75
Classificação de bombas 83
PETROBRAS ABASTECIMENTO
6 Manutenção e Reparo de Bombas
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Lista de figuras n
A
e
e
s
n
e
P
PETROBRAS ABASTECIMENTO
7
Manutenção e Reparo de Bombas
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PETROBRAS ABASTECIMENTO
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Pense e Anote
PETROBRAS ABASTECIMENTO
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PETROBRAS ABASTECIMENTO
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e
t
o
n
FIGURA 123 – Carta de seleção de tamanhos 211 A
FIGURA 124 – Curvas da bomba 40-315 212 e
e
FIGURA 125 – Diagrama para determinação de problemas de vazão ou de baixa s
n
pressão de descarga em bombas centrífugas 215 e
P
FIGURA 126 – Pressão de vapor e NPSH 218
FIGURA 127 – Medida da tensão dos flanges 224
FIGURA 128 – Válvula de fluxo mínimo 228
FIGURA 129 – Folga mínima externa do impelidor com a voluta
e com o difusor 228
FIGURA 130 – Rolamento de contato angular 230
FIGURA 131 – Concentricidades, excentricidades e perpendicularidades do
espessura da pá 248
FIGURA 139 – Ganho de AMT e de NPSH 249
FIGURA 140 – Ganho de vazão e de rendimento 249
FIGURA 141 – Anel pescador de óleo 250
FIGURA 142 – Métodos de aquecimento do rolamento 252
FIGURA 143 – Tipos de montagem de rolamentos de contato angulares aos pares e
com as designações usadas 252
FIGURA 144 – Folga do mancal de deslizamento 253
FIGURA 145 – Posição da redução excêntrica e das curvas na
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Lista de tabelas n
A
e
e
s
n
e
P
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Pense e Anote
Apresentação
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Introdução
Pense e Anote
das refinarias, usam-se oleodutos. Além das distâncias, há por vezes que
vencer montanhas para entregar derivados nas bases de provimento das
distribuidoras. A energia usada para realizar essa tarefa vem das bombas
de transferência, máquinas enormes que fornecem altas vazões e pressões.
Para dosar o inibidor de corrosão no sistema de topo (linhas, conden-
sadores, válvulas de controle e segurança) de uma coluna de destilação
atmosférica, bombas dosadoras são fundamentais. Elas provêm a energia
para elevar o fluido até o ponto de aplicação. Pela própria natureza da tarefa,
o controle de vazão é fundamental e, praticamente, quem o faz já é a pró-
pria bomba, máquina de pequeníssimo porte com baixíssima vazão e (a
pressão da descarga pode ser alta) pressão.
Enfim, para todos esses e outros serviços, usam-se intensa e extensiva-
mente as bombas. Para que elas estejam disponíveis, existem os mecâni-
cos de manutenção.
A atividade de mecânica faz parte de uma atividade mais ampla e roti-
neira das unidades industriais: a manutenção. Até há bem pouco tempo,
o conceito predominante era de que a missão da manutenção consistia
em restabelecer as condições normais dos equipamentos/sistemas, corri-
gindo seus defeitos ou falhas. Hoje, a missão da manutenção é apresen-
tada dentro de uma idéia mais ampla:
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e
t
o
n
A
e
e
s
n
e Garantir a disponibilidade da função dos
P
equipamentos e instalações de modo a
atender ao processo de produção com
confiabilidade, segurança, preservação do
meio ambiente e custo adequados.
PETROBRAS ABASTECIMENTO
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n
Unidades e suas A
e
e
conversões, propriedades s
n
e
P
dos líquidos e tabelas
Comprimento l
O metro com seus múltiplos e submúltiplos é a principal unidade utiliza-
da na medição de comprimento.
Em mecânica, usamos muito o milímetro (mm), que é a milésima par-
te do metro, o centésimo de milímetro (0,01mm) e o mícron (m), que
é a milionésima parte do milímetro.
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Pense e TABELA 1
PROBLEMA 1
1ft = 0,3048m
Logo
PROBLEMA 2
Da Tabela 1
1mil = 2,54 centésimos de mm
PETROBRAS ABASTECIMENTO
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e
t
o
Para converter mils para centésimos de milímetro, basta multiplicar
n
A
por 2,54.
e
e
s
Massa m n
e
P
O quilograma (kg), seu submúltiplo, o grama (g) (atenção, a palavra é do
gênero masculino), e o múltiplo, a tonelada, são as unidades de massa
mais usadas em mecânica.
Em unidades inglesas temos: a libra massa (lbm); a onça avdp (oz); a
tonelada curta (short ton) e a longa (long ton).
TABELA 2
CONVERSÃO DE UNIDADES
DE MASSA MAIS USUAIS NA ÁREA DE MECÂNICA
Tempo t
As principais unidades de tempo usadas em mecânica são: segundo (s),
minuto (min), hora (h), dia (d) e ano.
A conversão entre essas unidades é dada por:
TABELA 3
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Temperatura T
As unidades de temperatura mais usadas são:
Graus Celsius (oC) no sistema métrico.
Pense e Graus Fahrenheit (oF) no sistema inglês.
Anote Temos também as escalas absolutas: graus Kelvin (K) e graus Rankine (R).
K = 273 + oC R = oF + 460
PROBLEMA 3
o o
A temperatura de 302 F = 150 C.
PROBLEMA 4
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Pense e Anote
Área A
É a medida da superfície ocupada por uma figura. É sempre um produto
de duas dimensões: base x altura (b x h) ou de raio x raio (r 2 ), ou ainda de
diâmetro x diâmetro (D 2 ).
FIGURA 2
a h h
a b b
A = a2 A=bxh A=bxh
h D
b1 b
b1 + b 2 bx h D2
A= xh A= A = r2 =
2 2 4
PROBLEMA 5
CONVERSÃO DE ÁREAS
m2 cm2 mm2 ft2 in2
1m 2 = 1 10.000 1.000.000 10,764 1550
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PROBLEMA 6
Volume V
É a medida do espaço ocupado por um corpo. É sempre um produto de
três dimensões.
FIGURA 3
a h
h
B b B r
a a
a
A = a3 V=Bxh=axbxh V = B x h = x r2 x h
Cone Esfera
h
r
B r
V= Bxh =
x r2 x h V= 4 r
3
3 3 3
PROBLEMA 7
Qual o volume de um cone com uma base de 3cm de raio e altura de 5cm?
2 2
V = .r .h = 3,14 . 3 . 5 = 47,1cm3
3 3
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t
o
PROBLEMA 8 n
A
Qual o volume de uma esfera de 5cm de raio?
e
e
s
V=
4
. .r 3 = 4 x 3,14 x 53 = 130,8cm3 n
3 3 e
P
PROBLEMA 9
Qual o volume em litros de um tanque de óleo com 1.000 galões de capa-
cidade?
Se o equipamento for de origem americana, verificando na tabela, temos
que:
1 galão USA = 3,785 litros.
Capacidade do tanque em litros = 1.000 x 3,785 = 3.785 litros.
Velocidade linear v
Velocidade é a distância percorrida na unidade de tempo.
V= D
t
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TABELA 6
CONVERSÃO
CONVERSÃO DE VELOCIDADES
m/s mm/s km/h in/s ft/s milha/h
1m/s 1 1.000 3,6 39,37 3,28 2,237
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e
t
o
Velocidade angular w n
A
Velocidade angular é o ângulo percorrido na unidade de tempo.
e
FIGURA 5
e
s
VELOCIDADE ANGULAR n
e
P
N
A
w = 2 N rd/min
Para passar de rd/min para rd/s, basta dividir por 60. Temos então:
W = 2 N = N rd/s
Velocidade angular 60 30 com N em rpm.
PROBLEMA 10
W=
. N = 1200 = 3,14 x 40 = 125,6rd/s
30 30
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Vazão volumétrica Q
Vazão volumétrica é o volume de líquido que passa numa determinada
seção do tubo na unidade de tempo.
Pense e
Anote Vol
Q=
t
FIGURA 6
V = velocidade média
2
Q=VxA= VD
4
PROBLEMA 11
2 3 2 2
Q = V..D 314 m = V x 3,14 x 0,254 m
4 h 4
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Pense e Anote
Conforme calculado, o líquido estaria deslocando-se a 6.200m/h ou a
1,72m/s.
TABELA 7
bbl = barril.
PROBLEMA 12
Aceleração a
É a variação da velocidade no intervalo de tempo.
a = v2 – v1
t2 – t1
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PROBLEMA 13
ACELERAÇÃO CENTRÍFUGA
ac
N
N .300
w= = = 31,4rd/s
30 30
Força F
Força é o produto da massa pela aceleração:
F=mxa
Peso = m x g
m = massa
g = aceleração da gravidade
Usando m ➜ kg e g ➜ m/s2, o valor da força (peso) será expresso em N
(Newton).
Se utilizarmos um sistema de unidades no qual esta equação seja divi-
dida por uma constante igual a 9,81, teremos:
Peso = m x g
9,81
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( )
Como w = 30 rd/s ➜ 30 .r
FORÇA CENTRÍFUGA
Fc
Fc
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e
t
o
No caso da peça mostrada na Figura 8, devido ao fato de a massa ser
n
A
articulada, ao aumentarmos a rotação, aumentamos também o raio de
e
giro. Ambos os efeitos contribuem para o aumento da força centrífuga. e
A conversão de unidades de força pode ser tirada da Tabela 8: s
n
TABELA 8 e
P
CONVERSÃO DE UNIDADES DE FORÇA
kgf Ton força N dina lbf
1kgf = 1 0,001 9,806 980.665 2,2
PROBLEMA 15
Da Tabela 8:
Trabalho ou energia T
FIGURA 9
Trabalho é realizado quando
uma força atua sobre uma mas-
TRABALHO REALIZADO
sa para fazê-la percorrer deter-
minada distância. A quantidade
de trabalho é definida como
F
sendo o produto dessa força 1 2
por essa distância percorrida. d
Para realizar esse trabalho, foi T=Fxd
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Pense e T=Fxd
Anote
F → kgf e d→m ➜ T → kgf.m
F→N e d→ m ➜ T → N. m = J (Joule)
British Thermal Unit e cal (caloria) são unidades de calor equivalentes à energia.
Torque Tq
Torque é o produto de uma força pela distância a um eixo de rotação.
FIGURA 10 Como podemos no-
tar, o torque e o traba-
TORQUE
lho são o produto de
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Pense e Anote
F → kgf e d→m ➜ Tq → kgf.m
F → lbf e d → ft ➜ Tq → lbf.ft
PROBLEMA 16
Que a força em kgf devemos aplicar a uma chave com 0,50m de compri-
mento para dar um torque recomendado de 100 lbf.ft?
Vamos calcular primeiro qual o torque em kgf.m. Da tabela acima, temos:
F = 13,8 = 27,6kgf
0,50
Potência Pot
Potência é o trabalho realizado na unidade de tempo.
Pot = T
t
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PROBLEMA 17
␥. Q. H
Pot =
274.
Pot = Potência em hp
␥ = Peso específico em gf/cm3 (igual à densidade)
P = Potência em hp
Q = Vazão em m3/h
H = Altura manométrica total em metros
= Rendimento (Ex. 70% → usar 0,70)
Massa específica
É a relação entre a massa de uma substância e seu volume, ou seja, é a
massa de cada unidade de volume.
= massa
volume
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e
t
o
PROBLEMA 18 n
A
Qual seria a massa específica de um cubo de 2cm de aresta, sabendo que
e
sua massa é de 40 gramas? e
s
FIGURA 11
n
MASSA ESPECÍFICA DO CUBO e
P
Volume = a3 = 23 = 8cm3
massa = 40g
massa 40g
massa específica = = 3
= 5gcm3
volume 8cm
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TABELA 12
Peso específico ␥
É a relação entre o peso de uma substância e seu volume.
␥= peso
volume
PROBLEMA 19
PESO ESPECÍFICO
Volume = 5 x 5 x 5 = 125cm 3
Peso = 125gf
Peso específico = peso = 125gf = 1gf/cm3
5cm
volume 125cm
5c m
5cm
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e
t
o
O peso específico varia com a temperatura, uma vez que o volume
n
A
é modificado. Por exemplo, 1cm 3 de água a 80oC pesa 0,971gf. A 200 oC,
e
o peso do cm3 de água cai para 0,865gf. e
Podemos afirmar então que o peso específico da água a 80 oC é de s
n
0,971gf/cm3 e a 200oC é de 0,865gf/cm 3. e
P
O peso específico é usado tanto para sólidos como para líquidos. Na
temperatura de 20oC, temos os seguintes pesos específicos:
TABELA 13
PESOS ESPECÍFICOS
Peso específico Peso específico
Produto (gf/cm3) Produto (gf/cm3)
Água 1 GLP 0,5
Analisando a Tabela 13, acima, vemos que o aço-carbono pesa 7,8 ve-
zes mais do que o mesmo volume de água.
Como peso específico é uma relação entre peso e volume, podem ser
usadas outras unidades diferentes de gf/cm3 para sua definição, como kgf/
m3 ou lbf/in3.
A conversão entre as unidades mais usadas para pesos específicos pode
ser obtida por:
TABELA 14
PROBLEMA 20
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Densidade
Densidade de um líquido ou de um sólido é a relação entre a massa espe-
cífica deste material e a da água. Para gases, o padrão de comparação
Pense e adotado é o ar.
Anote
d = massa específica do produto
massa específica da água
Pressão
Pressão, por definição, é a força dividida pela área em que esta atua.
P= F
A
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Pense e Anote
FIGURA 13
PENETRAÇÃO DO PREGO
1 2
Prego → P = F = 10 = 1.000kgf/cm2
A 0,01
F 10
Saca-pino → P = = = 50kgf/cm2
A 0,2
Vemos que a pressão exercida pelo prego na madeira foi 20 vezes maior
do que a do saca-pino. Por esse motivo, o prego penetrou, enquanto o
saca-pino só deformou a madeira.
Uma aplicação bastante usada de pressão é o macaco hidráulico.
FIGURA 14
MACACO HIDRÁULICO
Peso = 2.000kg
diâmetro do diâmetro do
cilindro = 2cm cilindro = 25cm Óleo
Manômetro
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PROBLEMA 21
D2 3,14 x 22
Área cil. 1 = = = 3,14cm2
4 4
2 2
Área cil. 2 = 4D = 3,14 4x 25 = 490,6cm2
P = F = 2.000kgf2 = 4,08kgf/cm2
A 490,6cm
F kgf
P= І F = P x A = 4,08 2
x 3,14cm 2 = 12,81kgf
A cm
V = A1 x h1 = A2 x h2
➜
h1 A1 490,6
= = = 156,2
h2 A2 3,14
PETROBRAS ABASTECIMENTO
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e
t
o
A pressão atmosférica n
A
Vejamos agora o significado da pressão atmosférica. O ar que envolve nosso
e
planeta tem um peso. A coluna de ar correspondente a 1cm2 da superfície e
da Terra medida ao nível do mar pesa 1,033kgf. Logo, a pressão exercida s
n
por esta coluna será de 1,033kgf/cm2. Este valor é denominado pressão e
P
atmosférica. Quando subimos numa montanha, a coluna de ar fica redu-
zida, o que reduz a pressão atmosférica local. Por exemplo, a 3.000m de
altura, a coluna de ar pesa 0,710kgf, então, a pressão atmosférica nessa
altitude será de 0,71kg/cm2.
FIGURA 15
PRESSÃO ATMOSFÉRICA
Pressão x Altitude
2
Peso =
1,033kgf Coluna
de ar Pressão – kgf/cm
1cm 2
Terra
Altitude – metros
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da também de vácuo.
Para obter a pressão zero absoluto teríamos de retirar toda a coluna
de ar existente sobre o corpo.
FIGURA 16
Pressão manométrica
Pressão ou relativa
P1
P man = 1,5kg/cm2
1atm +
Pressão
atm. local =
1kgf/cm2 P abs = 2,5kg/cm2 P man = – 0,4kg/cm 2 –
P2
P atm 1,033kg/cm2
(nível
do mar)
P abs = 0,6 kg/cm2
+
0 abs
Pressão absoluta
P abs = P atm + P man
P2abs = P2man + Patm ➜ 0,6 = P2man + 1,0 ➜ P 2man = 0,6 – 1,0 = – 0,4kg/cm 2
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e
t
o
Para não confundir a pressão manométrica com a absoluta, é comum n
adicionar uma letra após a unidade. Usa-se M ou m para pressão mano- A
e
métrica, e A ou a para pressão absoluta. Exemplo: e
s
n
Pressão absoluta 3,2kgf/cm2 A e
P
4,26kgf/cm2 a
Pressão relativa 8,0kgf/cm2 M
12,9kgf/cm 2 m
Vejamos qual seria a pressão exercida na base por uma coluna de líquido.
É fácil notar que o peso do líquido será o responsável pela força exercida.
FIGURA 17
Volume = A x H
H
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temos:
Pressão = ␥ x H
P =␥H
H H H H
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Pense e Anote
PROBLEMA 22
␥ (água) = 1gf/cm3
P = ␥ . H = 1 x 10 = 1kgf/cm2M
10 10
Para cada 10 metros de altura de coluna de água fria equivale uma pres-
são de 1kgf/cm2. Se calcularmos a pressão para uma coluna de 25 metros
de água, acharemos 2,5kgf/cm2.
PROBLEMA 23
Qual seria a pressão no fundo de um vaso com uma coluna de 20m de ga-
solina com densidade de 0,74?
Lembrando que densidade é igual ao peso específico em gf/cm3, temos que:
␥xH 0,74 x 20
P= = = 1,48kgf/cm2M
10 10
PROBLEMA 24
COLUNA DE HG
Hg
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␥xH
P=
10
І
10 P 10 x 1,033
Pense e Anote H= = = 0,760m = 760mm Hg
␥ 13,6
PROBLEMA 25
PETROBRAS ABASTECIMENTO
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e
t
o
Da Tabela 15 temos que:
n
A
1m H2O = 0,1kgf/cm2 50cm H2O = 0,50m H2O = 50 x 0,1kgf /cm 2 = 0,5kgf/cm2
e
e
s
n
e
P
PROBLEMA 26
2
100psig = 7,031kgf/cm M
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PROBLEMA 27
Qual seria a coluna de água que teríamos num tubo mergulhado em um re-
servatório de água ao nível do mar se retirássemos todo o ar do tubo fa-
Pense e zendo um vácuo perfeito?
Anote FIGURA 21
COM AR NO TUBO
3
Pman = 0 Pressão
atmosférica
1,033kg/cm2 A
1 2
SEM AR NO TUBO
Pman =
–1,033kg/cm2 Vácuo
3
Pressão
atmosférica
H máx. = ? 1,033kg/cm2A
1 2
PETROBRAS ABASTECIMENTO
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e
t
o
Se, por hipótese, conseguíssemos fazer um vácuo absoluto, ou seja, re-
n
A
tirar todo o ar do interior do tubo, a pressão absoluta seria igual a zero, ou,
e
o que é a mesma coisa, a pressão manométrica seria = –1,033kgf/cm2. e
Neste caso, a coluna seria: s
n
e
P
P= ␥xH І 1,033 = 1 x P І H = 10,33m
10 10
Esta seria a coluna máxima que poderia ser conseguida para água.
Se, no lugar de água, tivéssemos gasolina (g gasolina = 0,75gf/cm3), a co-
luna máxima seria:
Por isso, o máximo que se consegue aspirar com uma bomba centrífu-
Viscosidade ou
A viscosidade pode ser definida como a resistência do fluido ao escoamento.
PETROBRAS ABASTECIMENTO
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DIFERENÇAS DE VISCOSIDADES
Óleo Água
1cP = 0,01poise
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Pense e Anote
A viscosidade cinemática () é a relação entre a viscosidade dinâmica
() e a massa específica ( ).
=
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Pense e Anote
(cSt) = (cP)3 = (cP)
(g/cm ) densidade
PROBLEMA 28
(cSt) = (cP) =
900
= 1.000
densidade 0,9
Pressão de vapor
Para cada temperatura de um líquido, existirá uma pressão na qual tere-
mos um equilíbrio entre as fases vapor e líquida. Então, dizemos que o
líquido se encontra saturado. À pressão exercida nas paredes do recipi-
ente pela fase vapor denominamos pressão do vapor deste líquido para
esta temperatura.
Suponhamos um vaso com um líquido volátil, como GLP ou gasolina.
FIGURA 23
PRESSÃO DE VAPOR
Manômetro
Fase vapor
Termômetro
Fase líquida
Pv = Pman + Patm
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t
o
n
A
FIGURA 24
Vapor
T1
Temperatura (oC)
Temperatura ( oC)
PROBLEMA 29
Rendimento
Rendimento de uma máquina é a relação entre as energias recebidas e
cedidas por essa máquina. No caso de uma bomba, a energia é recebida
através do eixo de acionamento. A energia é cedida ao líquido pelo impe-
lidor, sob a forma de pressão e de velocidade.
Energia cedida
=
Energia recebida
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e
t
o
PROBLEMA 30 n
A
Qual seria o rendimento de uma bomba cujo motor entrega 40hp no eixo e a
e
bomba cede ao líquido 20hp? e
s
n
= Energia recebida = 40 = 0,50 ou 50%
e
P
Energia cedida 20
Equação da continuidade
Considerando um fluido como incompressível, pelo esquema da Figura
26, podemos afirmar que, desde que não tenhamos nenhuma saída ou
entrada de líquido entre as seções 1 e 2, a vazão Q 1 na seção 1 é igual à
vazão Q2 na seção 2.
FIGURA 26
1 2
Q1 Q2
Q1 = Q2 = V 1 x A 1 = V 2 x A 2
v1 x A1 = v2 x A2
( )
2
A D2
v1 = v 2 x 2 a v1 = v2 x
A1 D1
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onde:
v1 = Velocidade média de escoamento na seção 1.
v2 = Velocidade média de escoamento na seção 2.
Pense e D1 = Diâmetro interno da tubulação na seção 1.
Anote D2 = Diâmetro interno da tubulação na seção 2.
PROBLEMA 31
A2 82,1
v1 = v2 x =3x = 1,32m/s
A1 186,4
Teorema de Bernouille
Um fluido escoando numa tubulação possui três formas de energia:
Energia potencial ou de altura.
Energia de pressão.
Energia de velocidade ou cinética.
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Pense e Anote
A energia de velocidade, também chamada de energia cinética, é a
decorrente da velocidade de escoamento. Um exemplo de uso da energia
cinética são os geradores eólicos (movidos pelo vento).
FIGURA 27
TEOREMA DE BERNOUILLE
Seção 2
V2
Seção 1 Z2
V1
Z1 Linha de referência
P1 V2 P2 V2
E1 = + 1 + Z1 E2 = + 2 + Z2
␥ 2g ␥ 2g
P1 V2 P V2
+ 1 + Z1 = 2 + 2 + Z 2 = constante Teorema de Bernouille
␥ 2g ␥ 2g
P
= Energia de pressão
␥
V2
= Energia de velocidade
2g
Z = Energia potencial
PETROBRAS ABASTECIMENTO
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E1 = E2 + perdas de carga
Pense e Anote
P1 V2 P V2
+ 1 + Z 1 = 2 + 2 + Z 2 + perdas
␥ 2g ␥ 2g
P2
P1
V2
Z2
Z1 V1
Linha de referência
P2 – P1 V 2 – V 12
Energia cedida pela bomba = E2 – E1 = + 2 + Z 2 – Z1
␥ 2g
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e
t
o
Tabela de tubos n
A
TABELA 18
e
DADOS SOBRE TUBOS e
s
n
Diâm. Diâm. Padrões Espessura Diâm. Área Peso e
Nominal ext. (mm) (mm) int. (mm) int. cm2 kgf/m
P
½” 21 Std 40 40S 2,77 15,8 1,96 0,42
XS 80 80S 3,73 13,8 1,51 1,62
– 160 – 4,75 11,8 1,10 1,94
XXS – – 7,47 6,4 0,32 2,55
¾” 27 Std 40 40S 2,87 20,9 3,44 1,68
XS 80 80S 3,91 18,8 2,79 2,19
– 160 – 5,54 15,6 1,91 2,88
XXS – – 7,82 11,0 0,95 3,63
1" 33 Std 40 40S 2,87 26,6 5,57 2,50
XS 80 80S 3,91 24,3 4,64 3,23
– 160 – 6,35 20,7 3,37 4,23
XXS – – 9,09 15,2 1,82 5,44
2" 60 Std 40 40S 3,91 52,5 21,7 5,44
XS 80 80S 5,54 49,2 19,0 7,47
– 160 – 8,71 42,9 14,4 11,08
XXS – – 11,07 38,2 11,4 13,44
3" 89 Std 40 40S 5,48 77,9 47,7 11,28
XS 80 80S 7,62 73,6 42,6 15,25
– 160 – 11,1 66,7 34,9 21,31
XXS – – 15,2 58,4 26,8 27,65
4" 114 Std 40 40S 6,02 102,3 82,1 16,06
XS 80 80S 8,56 97,2 74,2 22,29
– 160 – 13,5 87,3 59,9 33,49
XXS – – 17,1 80,1 50,3 40,98
6" 168 Std 40 40S 7,11 154 186,4 28,23
XS 80 80S 10,97 146,3 168,2 42,51
– 160 – 18,2 131,8 136,4 67,41
XXS – – 21,9 124,4 121,5 79,10
8" 219 Std 40 40S 8,18 202,2 321,1 42,48
XS 80 80S 12,7 193,7 294,6 64,56
XXS – – 22,2 174,6 239,4 107,8
– 160 – 23,0 173,1 235,5 111,1
10 " 273 Std 40 40S 9,27 254,5 509,1 60,23
XS 60 80S 12,7 247,6 481,9 81,45
– 80 – 15,1 242,9 463,2 95,72
– 160 – 28,6 215,9 365,8 172,1
12 " 324 Std – 40S 9,52 304,8 729,6 73,74
– 40 – 10,3 303,2 722,0 79,65
XS – 80S 12,7 298,4 655,5 97,34
– 80 – 17,4 288,9 699,4 131,7
14 " 356 Std 30 – 9,52 336,5 889,7 81,2
– 40 – 11,1 333,4 872,9 94,29
XS – – 12,7 330,2 856,2 107,3
– 80 – 19,0 317,5 791,7 157,9
PETROBRAS ABASTECIMENTO
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Letras gregas
Relação das letras gregas maiúsculas e minúsculas.
Pense e TABELA 19
LETRAS GREGAS
Anote
〈 ␣ Alfa 〉  Beta ⌫ ␥ Gama ⌬ ␦ Delta ⌭ Épsilon ⌮ Zeta
Prefixos
TABELA 20
PREFIXOS
Múltiplo Prefixo Símbolo Nome Múltiplo Prefixo Símbolo Nome
10 18 exa E quintilhão 10 -1 8 atto a quintilionésimo
10 15 peta P quadrilhão 10 -1 5 femto f quadrilionésimo
10 12 tera T trilhão 10 -1 2 pico p trilionésimo
10 9 giga G bilhão 10 -9 nano n bilionésimo
10 6 mega M milhão 10 -6 micro milionésimo
10 3 quilo k mil 10 -3 mili m milésimo
10 2 hecto H cem 10 -2 centi c centésimo
10 deca da dez 10 -1 deci d décimo
Exemplos:
PETROBRAS ABASTECIMENTO
62
62 Manutenção e Reparo de Bombas
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e
t
o
n
Resumo A
e
e
ÁREA DE FIGURAS GEOMÉTRICAS s
n
Quadrado A = a2 Lado ao quadrado e
Retângulo A=b.h Base x Altura P
Paralelogramo A=b.h Base x Altura
Trapézio h . (b 1 + b 2) Base média x Altura
A=
2
Triângulo (b . h) Base x Altura sobre 2
A=
2
Círculo 2
A = . r2 = . D Pi x Raio ao quadrado
4
VELOCIDADE LINEAR
VELOCIDADE ANGULAR
N
w = 2 N = rd/s Pi x rpm sobre 30
60 30
VAZÃO
v. .r 2
Q = Vol
t =vxA= 30 Volume sobre tempo
ACELERAÇÃO
FORÇA
PETROBRAS ABASTECIMENTO
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Resumo
Pense e
TRABALHO
Anote
T=Fxd Força x Distância
TORQUE
POTÊNCIA
MASSA ESPECÍFICA
Massa
= Massa sobre o volume
Volume
PESO ESPECÍFICO
Massa
␥ = Peso sobre o volume
Volume
DENSIDADE
Massa específica do produto Relação entre massa específica
d= do líquido e da água
Massa específica da água
PRESSÃO
RENDIMENTO
PETROBRAS ABASTECIMENTO
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Pense e Anote
Resumo
EQU AÇÃO D
EQUAÇÃO DA CO NTINUID
A CONTINUID ADE
NTINUIDADE
V1 = V2 x AA2 ou Velocidade
da seção 2 xdaRelação
seção 1entre
igualasà áreas
velocidade
2e1
1 ou multiplicada pelas relações entre os
( )
2 quadrados dos diâmetros 2 e 1
D2
V1 = V2 x
D1
TEOREMA DE BERNOUILLE
PETROBRAS ABASTECIMENTO
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e
t
o
n
Bombas A
e
e
s
n
e
P
➜ Turbinas a vapor.
➜ Motores de combustão interna.
PETROBRAS ABASTECIMENTO
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Manutenção e Reparo de Bombas
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7/30/2019 Apostila Petrobras Bombas[1]
ferentes para cada uma delas. É comum também ter a bomba principal
acionada por motor elétrico e a reserva por turbina a vapor, ou o contrá-
rio. A vantagem em ter o motor como reserva é a sua elevada aceleração,
que faz com que a bomba entre em operação rapidamente, caso tenha-
mos uma falha do equipamento principal. Já a desvantagem é que, ao usar
a turbina a vapor como principal, aumentamos o custo operacional devi-
do ao fato de seu rendimento ser menor. O sistema de partida automáti-
co do motor elétrico é mais simples do que o da turbina. De modo geral,
o fornecimento do vapor é mais confiável do que a energia elétrica. A es-
colha do tipo de acionador principal deverá levar em conta esses fatores.
PETROBRAS ABASTECIMENTO
68
68 Manutenção e Reparo de Bombas
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Pense e Anote
Com o intuito de aumentar a flexibilidade operacional, o que permite
variar significativamente a vazão, algumas instalações adotam diversas
bombas operando em paralelo; nesses casos, fica uma delas como reser-
va. Caso venha a falhar mais de uma bomba simultaneamente, o sistema
ainda continuará sendo atendido, só que com uma vazão menor.
PETROBRAS ABASTECIMENTO
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Manutenção e Reparo de Bombas
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t
o
n
Recebimento A
e
da bomba e
s
n
e
P
PETROBRAS ABASTECIMENTO
71
Manutenção e Reparo de Bombas
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Resumo
PETROBRAS ABASTECIMENTO
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72 Manutenção e Reparo de Bombas
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e
t
o
n
Preservação A
e
e
s
n
e
P
gumas voltas. O copo nivelador deve ser retirado e guardado num local
seguro até pouco antes da partida da bomba. Na sua furação, colocar um
plugue roscado.
Evitar que o peso da parte rotativa recaia sempre sobre o mesmo ponto
do rolamento, ocasionando a corrosão localizada e o desgaste (brinnelling).
Para evitar que isso ocorra, girar periodicamente o eixo da bomba e do aci-
onador (de 15 em 15 dias é um bom prazo) no sentido indicado pela pla-
queta de rotação, de 1 volta + 1/4 de volta. Para essa operação de giro, se
não for possível fazê-lo com a mão, usar uma chave de cinta no acoplamen-
to ou no eixo. Não utilizar chave de grifo para não danificar nem o eixo,
PETROBRAS ABASTECIMENTO
73
Manutenção e Reparo de Bombas
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Resumo
PETROBRAS ABASTECIMENTO
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e
t
o
n
Instalação e A
e
teste de partida e
s
n
e
P
Bases de apoio
do motor que Base de apoio da
podem ser usadas bomba que pode
para nivelamento ser usada para
nivelamento
25mm
mínimo
Parafuso de Parafuso de
nivelamento nivelamento Chumbador
Chumbador Forma de
com placa com placa
madeira para
conter o graute
Graute Base de concreto
PETROBRAS ABASTECIMENTO
75
Manutenção e Reparo de Bombas
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CHUMBADOR E LUVA
Ponto de solda
PETROBRAS ABASTECIMENTO
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e
t
o
desbaste tem por objetivo remover o cimento liso que sobrenadou na n
base de concreto de modo a deixá-lo áspero e irregular, o que irá faci- A
e
litar a aderência e aumentar a área de contato com o graute. e
4. Limpar bem a base de concreto de detritos e poeiras. Soprar, com ar s
n
isento de óleo, já que o ar comprimido de compressores de campo cos- e
P
tuma ter óleo. Evitar a presença de óleo e graxa, pois estas substâncias
impedem a aderência do graute.
5. Colocar a base da bomba sobre a de concreto de modo que a parte infe-
rior da base metálica fique no mínimo 25mm acima da base de concre-
to. As bases das bombas adquiridas pela Petrobras são fornecidas com
parafusos “macaquinhos” para efeito de nivelamento. Colocar sobre o
concreto, na direção dos parafusos de nivelamento, um pedaço de cha-
pa com cerca de 12,7mm (1/2") de espessura. Verificar no projeto se a
altura da base está correta e se a elevação dos flanges encontra-se de
acordo com o desenho de tubulação. Ajustar, se necessário.
6. Nivelar a base através dos macaquinhos no sentido transversal e lon-
gitudinal na região do motor, e depois na região da bomba, usando
um nível de bolha apoiado em superfícies usinadas da base.
FIGURA 31
Furos para
colocação de graute
A norma API 686 recomenda o limite de 0,2mm por metro, tanto para
o nivelamento transversal quanto para o longitudinal. É recomendável rea-
lizar uma aferição do nível que será utilizado. Para tal, fazer uma leitura com
o nível e depois girá-lo 180º, repetindo a leitura. As duas têm de ser iguais.
Após nivelar a base, colocar os calços de latão ou aço inoxidável sobre os
apoios, apertar as porcas dos chumbadores e tornar a verificar o nível. O
torque de aperto deve seguir o recomendado pelo fabricante. Na falta da
recomendação, usar os valores da Tabela do API, transcrita a seguir:
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TABELA 21
7/ 8 9 21 7 22,1 2 8 2983 30 4 M2 4 36 3 37
Base metálica
Graute
Chanfros
Concreto
10. Verter o graute. As bases costumam ter furos nas chapas para este fim
(ver Figura 31). O ideal é que exista um suspiro ( vent) do lado oposto
do furo de colocação do graute para permitir a saída do ar. Se a bomba
e o acionador prejudicarem o acesso para a colocação do graute, eles
devem ser retirados da base. Durante a fase de grauteamento, todas
as tubulações devem estar desconectadas. Existem cimentos apropri-
ados para graute. Não é aconselhável o uso de vibrador. Utilizar para
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Pense e Anote
esse fim um pedaço de madeira para ir socando o graute. Não deve
ser exercida muita força para evitar a deformação da chapa superior
da base metálica. Devem ser preenchidos todos os vazios da base.
11. Após a cura do graute, verificar, com auxílio de um pequeno marte-
lo, batendo na chapa superior da base, se ficou alguma região va-
são introduzida pela linha. Lembrar que alguns tipos de aço usados
em tubulações, se aquecidos, podem necessitar de tratamento tér-
mico posterior. Portanto, consulte antes o responsável pela monta-
gem da tubulação. Se, depois de tudo, não for possível enquadrar os
valores, cortar a tubulação e refazer a solda da linha.
16. Verificar se o sentido de giro do acionador está coerente com a bom-
ba antes de acoplá-la. No caso de motor elétrico, se não estiver cor-
reto, peça para inverter as fases de alimentação elétrica.
17. Alinhar a bomba com o acionador. O alinhamento que vem do fabri-
cante é apenas um pré-alinhamento.
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o
Após a partida da bomba, devem ser verificados e acompanhados: n
a A
Vibração da bomba e do acionador. É interessante fazer espectros das
e
vibrações dos mancais da bomba e do acionador para servir como e
referência futura. s
n
b Barulhos anormais. e
c P
Temperatura dos mancais (pode levar até 3 horas para estabilizar). A
norma API 610 limita em 82ºC a temperatura dos mancais ou 40ºC
de acréscimo em relação à temperatura ambiente.
d Vazamentos pela selagem.
e Se os manômetros da sucção e da descarga estão estáveis. Manôme-
tros oscilando muito demonstram problemas de cavitação ou recircu-
lação, o que pode ser verificado e confirmado pelo ruído característico.
f Havendo possibilidade, medir a corrente do motor elétrico, observan-
do se o valor está dentro do esperado.
Resumo
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n
Classificação A
e
de bombas e
s
n
e
P
Classificação de bombas
Radial
Centrífuga
Bombas dinâmicas
ou turbobombas Fluxo axial Tipo Francis
Fluxo misto
PERIFÉRICA OU REGENERATIVA
Pistão
Alternativa Êmbolo
Diafragma
Bombas
volumétricas ou
de deslocamento Engrenagens
positivo Parafusos
Lóbulos
Rotativa Palhetas
Peristática
Cavidades progressivas
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n
Bomba dinâmica A
e
e
ou turbobomba s
n
e
P
BOMBA CENTRÍFUGA
Pode ser do tipo radial ou tipo Francis. A bomba centrífuga radial ou cen-
trífuga pura é a que possui as pás do impelidor com a curvatura em um
só plano. Nesse tipo de bomba, o fluxo sai do impelidor perpendicular-
mente ao eixo. O impelidor cede energia ao líquido por meio da força
centrífuga. A bomba centrífuga tipo Francis possui as pás do impelidor com
curvatura em dois planos. Nesse tipo, a energia é cedida ao líquido pela for-
ça centrífuga e de arrasto. O líquido sai do impelidor perpendicular ao eixo.
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FIGURA 33
FIGURA 34
P1 P3
A
P2
Corte A–A
Corte B–B
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n
A
FIGURA 35
1 Estágio
Apoiada na OH2
linha de centro
1 Estágio
Impelidor
montado
no eixo do
acionador
Acoplamento
entre
multiplicador
e acionador
Continua
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FIGURA 35
Continuação
Partida BB2
radialmente
Carcaça BB5
dupla
(tipo barril)
Continua
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Pense e Anote
FIGURA 35
Continuação
Impelidor em VS5
balanço
Voluta VS7
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Estes modelos são subdivididos em vários tipos. Cada tipo recebe uma
designação iniciada pelas letras acima, seguida de um número.
De modo a facilitar essa identificação, a Figura 35 mostra um quadro
com um croqui para cada tipo.
A bomba centrífuga é o tipo mais usado, principalmente devido a sua
versatilidade. Ela faz parte de um conjunto mais geral denominado turbo-
bombas, que, além da centrífuga, inclui a bomba axial e a de fluxo misto.
Normalmente, são englobadas com o nome genérico de bombas centrí-
fugas, embora a bomba axial nada tenha de centrífuga.
Uma das vantagens da bomba centrífuga é poder trabalhar com gran-
des variações de vazão sem alterar a rotação, o que as bombas de deslo-
camento positivo geralmente não permitem.
Para garantir o funcionamento adequado de uma bomba, proporcio-
nando uma campanha longa, ela deve ser bem especificada, bem selecio-
nada, bem fabricada, bem montada, bem operada e bem mantida. Alguns
enganos cometidos em qualquer dessas etapas podem ser contornados;
outros, dificilmente o serão, e teremos uma bomba com campanhas sem-
pre inferiores às esperadas.
Resumo
OH ( overhung) – em balanço
BB ( between bearing) – entre mancais
VS (vertically suspende) – verticalmente suspensas
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Princípio de funcionamento n
da bomba centrífuga A
e
Se colocássemos gotículas de líquido sobre um disco, ao girá-lo com uma e
rotação N, as gotículas seriam expelidas para a periferia pelo efeito da força s
n
centrífuga. e
FIGURA 36
P
DISCO GIRANDO COM GOTAS DE LÍQUIDO
Fc Fc
Fc Fc
Fc Fc
N
7 7
1. Tubulação de sucção
1 2 5 2. Flange de sucção
6
5 3. Olhal do impelidor
4 4. Entrada das pás
3 6 5. Saída do impelidor
8 3
4 6. Voluta (dupla)
7. Cone de saída da carcaça
6
8. Lingüeta
6
6
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terior do impelidor, ele cria uma região de menor pressão, que é preen-
chida pelo líquido que está imediatamente antes, na região 2. Esta será
preenchida pelo líquido que está em 1, e assim sucessivamente. O impe-
lidor, ao girar, estabelece um fluxo contínuo de líquido da linha de sucção
para a descarga.
Se não tivéssemos escorvado a bomba, em vez de líquido, teríamos no seu
interior ar ou gases e, nessa situação, o vazio criado pelo impelidor, ao girar,
não seria suficiente para que o líquido presente na tubulação de sucção fluisse
para o impelidor, inviabilizando assim o bombeamento do fluido.
Na Figura 38, é mostrada a variação da pressão e da velocidade no in-
terior da bomba centrífuga para uma determinada vazão.
FIGURA 38
1 2
6
5
1. Tubulação de sucção 4
2. Flange de sucção
3. Olhal do impelidor 3
4. Entrada das pás
5. Saída do impelidor
6. Voluta (no caso dupla) 5
6
7. Cone de saída da carcaça
Velocidade
Pressão
Região
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o
Devido ao atrito e aos choques nas paredes da tubulação e aos aciden-
n
A
tes, tais como curvas, válvulas, reduções, filtros etc., a pressão vai caindo
e
conforme o fluido se desloca pela linha de sucção da bomba (1). Na jun- e
ção do flange da tubulação com a sucção da bomba (2), podemos ter uma s
n
pequena perda localizada devido à não-coincidência perfeita entre os diâ- e
P
metros internos dos flanges da tubulação e o da bomba, que normalmen-
te é fundido. A pressão continua caindo lentamente até o olhal do impe-
lidor (3). Logo após o olhal, região 4, temos uma redução da área de esco-
amento devido ao cubo do impelidor, o que provoca um aumento de
velocidade de escoamento e, conseqüentemente, uma queda de pressão,
conforme vimos quando falamos no Teorema de Bernouille (Parte 1). Nessa
região, o fluxo fica mais turbulento pela influência da vazão que retorna
pelo anel de desgaste dianteiro e pelos furos de balanceamento do impe-
lidor. Pelos motivos expostos, a região 4, logo após o olhal e antes de
chegar às pás do impelidor (o líquido ainda não recebeu energia dele), é
que apresenta a pressão mais baixa no interior da bomba.
FIGURA 39
1 2
6
5
4 1. Tubulação de sucção
2. Flange de sucção
3 3. Olhal do impelidor
4. Entrada das pás
5. Saída do impelidor
5 6. Voluta (no caso dupla)
6
7. Cone de saída da carcaça
Velocidade
Pressão
Região
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DIFUSOR
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Pense e Anote
Resumo
Aplicações típicas
Bomba centrífuga é um tipo de bomba bastante versátil, daí seu grande
emprego na indústria. Suporta desde serviços leves, como o bombeamen-
to de água residencial, feito com bombas pequenas com 1/8hp, até bom-
bas com consumo de potências bastante altas, que podem chegar a mi-
lhares de hp. Este tipo de bomba é usado praticamente em todas as in-
dústrias, caso das unidades de uma refinaria, na exploração de petróleo,
no transporte de líquidos (oleodutos), nas indústrias químicas, no abaste-
cimento de água das cidades, em irrigação de lavouras, em termoelétri-
cas, na indústria de papel e celulose, nas aciarias e nas demais indústrias.
Uma das grandes vantagens da bomba centrífuga é sua capacidade de variar
a vazão. As bombas pequenas podem operar de 10% a 120% da vazão de
projeto. Nas bombas maiores, essa faixa de vazão costuma ser mais reduzi-
da, como veremos mais adiante. Em boa parte dos processos que necessi-
tam um controle de vazão, é utilizada uma válvula de controle na linha de
descarga da bomba centrífuga. Conforme sua abertura seja aumentada ou re-
duzida, a perda de carga será alterada, modificando, como conseqüência, a
vazão da bomba. Podemos usar também a rotação para variar a vazão.
Existem bombas centrífugas projetadas para poucos m3/h de vazão, en-
quanto outras são para milhares de m3/h. As bombas de baixa vazão costu-
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Anti-rotacional
Caixa de selagem
Ventilador para
Junta da carcaça/ refrigeração
caixa de selagem Eixo
Caixa de
mancais Aletas para
Anel salpicador resfriamento
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e
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o
ROTOR OU CONJUNTO ROTATIVO n
Pela definição da norma API, rotor é o conjunto de todas as peças giran- A
e
tes, exceto os selos e rolamentos. O rotor é composto por eixo, impelidor, e
porcas de fixação, luvas do eixo e defletores. É prática comum chamar o s
n
impelidor de rotor, inclusive alguns fabricantes de bombas utilizam inde- e
P
vidamente esse nome.
IMPELIDOR
CARCAÇA
CAIXA DE SELAGEM
Também chamada de tampa da carcaça e de caixa de gaxetas. Juntamente
com a carcaça, envolve o impelidor contendo o líquido. É através desta peça
que o eixo sai para o exterior da bomba. Possui uma câmara que serve para
instalar a selagem da bomba. Sua recuperação é semelhante à da carcaça.
EIXO
tituído.
PORCA DO IMPELIDOR
LUVA DO EIXO
Serve para proteger o eixo. Em vez de trocá-lo, que é uma peça cara, troca-
se a luva, que é mais barata. Nos selos tipo cartucho, a luva permite que
o selo seja todo montado externamente, antes de ser colocado na caixa
de selagem.
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MANCAIS
CAIXA DE MANCAIS
SELAGEM DA BOMBA
Sua função é a de evitar que o líquido vaze para o exterior pela região onde
o eixo sai da carcaça. As bombas antigas usavam tanto gaxetas como se-
los mecânicos. Atualmente, devido às restrições de poluição ambiental,
as gaxetas são utilizadas somente para produtos que não ocasionam pro-
blemas ao meio ambiente, caso venham a vazar. As gaxetas estão sendo
utilizadas praticamente para água. Mesmo assim, o selo mecânico vem
ganhando terreno nestas aplicações. Recentemente, surgiram no merca-
do gaxetas injetáveis, que estão sendo empregadas com sucesso.
SOBREPOSTA
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t
o
zem para o exterior. As bombas mais antigas usavam retentores com lábios n
A
de borracha ou labirintos. O retentor realizava sua função quando novo, mas,
e
após alguns meses de funcionamento, os lábios endureciam, podiam surgir e
trincas ou acabavam por riscar o eixo, perdendo sua capacidade de vedação. s
n
Por isso, a norma API 610 passou a recomendar o uso de selos mais sofisti- e
P
cados que permanecem aptos a realizar sua função por tempo mais prolon-
gado. Existe uma grande variedade desses selos, alguns vedam por meio de
anel “O” e labirintos, enquanto outros são semelhantes a um selo mecânico,
com uma face fixa e outra giratória provendo a vedação principal. Esses selos
usam molas ou magnetismo para manter as sedes em contato.
DEFLETOR
DEFLETOR
ANEL PESCADOR
Sua função é carregar o óleo do reservatório para o eixo, fluindo daí para
o mancal. O anel pescador é acionado pela rotação do eixo.
ANEL SALPICADOR
É um anel fixado no eixo e que gira com ele, tendo por função salpicar o
óleo lubrificante, lançando-o nas canaletas que levam aos rolamentos.
ANÉIS DE DESGASTE
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BUCHA DA SOBREPOSTA
Pense e ACOPLAMENTO
VENTILADOR
ANTI-ROTACIONAL
Sua função é de orientar o líquido para o impelidor, evitando que ele en-
tre girando.
Impelidores
Abaixo são mostradas as partes de um impelidor.
FIGURA 42
PARTES DO IMPELIDOR
Cubo
Pá Furo de balanceamento
PETROBRAS ABASTECIMENTO
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Pense e Anote
FIGURA 43
CLASSIFICAÇÃO
CLASSIFICAÇÃO DO
DO IMPELIDOR
IMPELIDOR QUANTO
QUANTO AO
AO PROJETO –
VELOCIDADE ESPECÍFICA
Velocidade específica – Ns
(unidades métricas – rpm, m 3/s, m)
D2
Eixo de
D1
Pás radiais Tipo Francis Fluxo misto Axial rotação
D2 D2 D2 D2
>4 = 1,5 a 2 < 1,5 =1
D1 D1 D1 D1
AMT ft m m
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PROBLEMA 1
Q 900 m3 450m3 1h m3
Q’ = = = = = = 0,125
2 2 h h 3.600s 5
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FIGURA 44
PETROBRAS ABASTECIMENTO
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Resumo
Carcaças
As carcaças das bombas centrífugas podem ser classificadas sob diversas
formas.
Quanto aos tipos:
Voluta
Dupla voluta
Difusor
Concêntrica ou circular
Mista (raramente utilizada)
PETROBRAS ABASTECIMENTO
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FIGURA 47
TIPOS DE CARCAÇAS e
e
s
n
e
P
Difusor Concêntrica
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FIGURA 48
Anote
BB5
BB1
FIGURA 49
BB2
Partida verticalmente
Introdutor de NPSH
BB4
Carcaça
Impelidor
Difusor
PETROBRAS ABASTECIMENTO
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1066 Manutenção e Reparo de Bombas
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Pense e Anote
As carcaças podem ser simples (exemplos: OH1; BB1; VS2) ou duplas
(exemplos: BB5, VS5, VS6) (ver Figura 35).
Resumo
As carcaças podem ser do tipo de simples voluta, dupla voluta, difusor,
concêntrica e mista.
Podem ser partidas axialmente ou radialmente.
PETROBRAS ABASTECIMENTO
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Manutenção e Reparo de Bombas
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AMT x vazão
AMT ou H – metros
Vazão – m 3/h
Modelo 3 x 2 x 8 Dia = 200mm 3.550rpm
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1088 Manutenção e Reparo de Bombas
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e
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A energia por unidade de peso de um líquido escoando (ou altura ma- n
nométrica) em um determinado ponto da tubulação é composta pela soma A
e
da energia de três parcelas: da energia de pressão, da energia cinética (ou e
de velocidade) e da energia potencial (de altura) em relação a um plano ho- s
n
rizontal. A expressão dessas energias, em metros, é dada por: e
P
ENERGIA DE VELOCIDADE – EV
V– Velocidade de escoamento (m/s) EV = V2
2g
g – Aceleração da gravidade 9,81m/s2 (no nível do mar)
FIGURA 51
LEVANTAMENTO DA AMT
FI Medidor
de vazão
Pd
Ps Vd
hd
hs
L.C.
Vs
PETROBRAS ABASTECIMENTO
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10 x PS VS2
AMS (m) = + + hs
␥ 2g
EQUAÇÃO 2
10 x P V2
AMD (m) = ␥
D + 2gD + h d
A energia cedida pela bomba (AMT) para a vazão em questão será igual
à diferença entre as energias na descarga e na sucção.
EQUAÇÃO 3
␥ 2g
Vs
Vd –– Velocidade
Velocidade média
média de
de escoamento
escoamento na
na linha
linha de
de sucção
descargaememm/s
m/s
␥ – Peso específico do líquido bombeado em gf/cm (numericamente
3
igual à densidade)
g – Aceleração da gravidade local em m/s2. Ao nível do mar g = 9,8m/s 2
hs – Altura do manômetro de sucção em relação a um plano de
referência em metros
hd – Altura do manômetro de descarga em relação a um plano de
referência em metros
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e
t
o
n
A
e
e
s
n
1. As velocidades devem ser calculadas na mesma seção da tubulação em e
P
que foi medida a pressão (ver Obs. 3).
2. Os valores de hs ou hd, altura dos manômetros, devem ter seus sinais
invertidos nas fórmulas se estiverem abaixo da linha de centro da
bomba.
3. Embora falemos em energia nos flanges da bomba para definir a AMT,
as pressões e as velocidades são usualmente medidas um pouco antes
do flange de sucção e um pouco depois do flange de descarga da
bomba. As perdas de carga entre esses pontos de medição e os flanges
da bomba são consideradas desprezíveis. Lembramos que manômetros
muito próximos a acidentes de tubulação, tais como curvas, válvulas,
ou a própria bomba, tendem a fornecer leituras falsas devido ao
turbilhonamento
estejam afastadosprovocado
pelo menosno5 líquido.
diâmetrosO ideal é que os manômetros
dos acidentes da tubulação.
4. Os termos hd e hs são correspondentes à correção da pressão para a
linha de centro da bomba.
EQUAÇÃO 4
V= Q Vs =
2,78 x Q 3,54 x Q
= Vd =
2,78 x Q 3,54 x Q
=
A As Ds Ad Dd
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10 X (Pd – Ps)
AMT =
␥
zão para um mesmo diâmetro de linha. Se, num trecho de linha hori-
zontal, para uma determinada vazão, temos em seu início uma pressão
de 8kgf/cm2 e no final uma pressão de 7kgf/cm 2, dizemos que a perda
de carga no trecho foi de 1kgf/cm 2, ou, o que é equivalente, de 10m de
coluna de água. A perda de carga irá variar com a vazão. Quanto maior a
vazão, maior a perda.
A AMT pode ser considerada como uma coluna de líquido que a bom-
ba fornece para a vazão em questão. Daí a AMT ser também chamada de
MCL (Metros de Coluna de Líquido). A bomba, cuja curva está representa-
da na Figura 50, na vazão de 70m 3/h, forneceria uma coluna de 86 metros
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1122 Manutenção e Reparo de Bombas
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7/30/2019 Apostila Petrobras Bombas[1]
Pense e Anote
do líquido bombeado. Essa coluna de líquido é somada à coluna já exis-
tente na sucção, que pode ser positiva, nula ou negativa (bombas traba-
lhando com a sucção sob vácuo).
FIGURA 52
H Reservatório 2
Bomba
Reservatório 1
H
Reservatório 2
Reservatório 1 Bomba
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50, trabalhando com qualquer dos fluidos citados, para uma vazão de
90m3/h, forneceria 80 metros de AMT ou de MCL. Essa curva caracteriza
a bomba, daí seu nome de curva característica. A exceção de seguir esta
curva fica por conta dos líquidos com viscosidade alta que, por terem
um atrito muito elevado, necessitam de fatores de correções, os quais
Pense e Anote
modificam a curva.
A altura da coluna de líquido que a bomba fornece é igual para os flui-
dos citados, mas esta coluna representa uma pressão diferente para cada
um deles em função da modificação do peso específico (ou densidade).
FIGURA 53
P= ␥xH
10
P – kgf/cm2 H = 80m
g – gf/cm3
H–m PI PI
PI PI
A bomba da curva da Figura 50, com 90m3/h de vazão, teria AMT = 80m,
que seria igual para os quatro fluidos: água, GLP, gasolina e ar. Desprezan-
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e
t
o
Quanto maior o desgaste da bomba, mais a curva de AMT x vazão fica n
afastada da curva prevista. Assim, se o sistema tiver um medidor de va- A
e
zão e com o uso de manômetros aferidos, um na sucção e outro na des- e
carga, podemos fazer uma avaliação do seu estado. Não há necessidade s
n
de levantar toda a curva, basta um ponto. Quando não temos instrumen- e
P
to para indicar a vazão, ou ele não é confiável, é usual medir a pressão na
condição de vazão nula ( shutoff), ou seja, com a válvula de descarga fe-
chada. Nesse tipo de teste, temos de tomar cuidado para evitar que o lí-
quido no interior da bomba venha a aquecer e acabe vaporizando. Por-
tanto, esse teste deve ser bem rápido. No caso de produtos com condi-
ções próximas da vaporização, não é aconselhável esse tipo de teste.
FIGURA 54
AMT ou H – metros
AMT x vazão
Em boas
condições
Com desgaste
Vazão – m 3/h
Modelo 3 x 2 x 8 Dia = 200mm 3.550rpm
PROBLEMA 2
EQUAÇÃO
EQUAÇÃO 5
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Pela Figura 50, entrando com a vazão de 70m 3/h, encontramos 86m
para AMT, valor bem próximo dos 85,3m verificados.
Logo, a bomba pode ser considerada em bom estado.
Pense e
Anote PROBLEMA 3
Estimar a vazão de uma bomba cuja curva característica de AMT está repre-
sentada na Figura 50. Considerar que ela se encontra em bom estado e bom-
beando um líquido com as pressões de 2,5kgf/cm 2 na sucção e de 8,9kgf/cm2
na descarga. A densidade do líquido é de 0,8 e sua viscosidade é baixa.
Sabemos que a densidade é igual ao peso específico quando expresso em
gf/cm3 (␥ = 0,8 gf/cm3).
EQUAÇÃO 5
Resumo
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e
t
o
Podemos calcular a AMT, de forma simplificada, pela fórmula: n
A
e
10 X (Pd – Ps) e
AMT =
␥ s
n
e
P
AMT em metros
Pd e Ps – Pressão de descarga e de sucção em kgf/cm2
␥ – Peso específico em gf/cm3 ou densidade
Uma bomba em boas condições terá seu ponto de trabalho sobre sua
curva de AMT x vazão. Portanto, a AMT é um excelente método para ava-
liar se uma bomba está desgastada.
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FIGURA 55
Líquido
Linha de
equilíbrio Vapor
FI
Temperatura ( oC)
Na Figura 38, vimos que existe uma perda de carga (queda de pressão)
entre o flange da bomba e a entrada das pás do impelidor. Imediatamen-
te antes das pás, temos a região de menor pressão. Então, caso ocorra
vaporização por problema de pressão no interior da bomba, este é um
dos locais mais prováveis.
Para cada vazão, a bomba irá requerer uma energia mínima por unida-
de de peso do líquido bombeado no flange de sucção (pressão e velocida-
de) para evitar que a pressão interna do líquido caia abaixo da pressão de
vapor, provocando a vaporização no seu interior. Essa energia no flange
de sucção recebe o nome de NPSH requerido pela bomba. Os fabricantes,
por meio de cálculos e de testes de bancada, fornecem a curva do NPSH
requerido versus vazão, cujo formato é mostrado na Figura 56.
O NPSH requerido é sempre determinado para água fria, expresso em
metros de coluna d’água, e crescente com a vazão. Cabe notar que sua curva
não se estende até a vazão nula, parando antes. Abaixo dessa vazão, passa
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1188 Manutenção e Reparo de Bombas
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Pense e Anote
a predominar um outro fenômeno, chamado de recirculação interna, que
será visto mais adiante. Portanto, não podemos extrapolar o valor do NPSH
para vazões inferiores à fornecida pela curva do fabricante (Q1). Na reali-
dade, nessa região, os valores de NPSH requeridos aumentam significati-
vamente. Esses valores não são plotados pelos fabricantes por serem in-
Q1 Vazão Q1 Vazão
significa
líquida. Oo termo
valor da altura
“ net manométrica
= líquida” de sucção
corresponde positiva
à diferença entre a
energia disponível e a da pressão de vapor. O termo “positiva”
indica que essa diferença tem de ser positiva, senão o líquido
vaporizará. O termo “líquida” é o mesmo que usamos para
cargas quando falamos em peso bruto e peso líquido.
O NPSH é equivalente a uma AMT head ou carga.
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com
EQUAÇÃO 4
2,78 x Q 3,54 x Q
Vs = =
A Ds
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e
t
o
n
A
FIGURA 57
hs Linha
de centro
Vs
VS2
2g
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FIGURA 58
Perdas
Q1 Vazão
Ps
hs
Ps + Patm – Pvap V2
NPSH disp = + S + hs
␥ 2g
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e
t
o
n
A
FIGURA 58A
Pabs
Pvap
Regiões
Pabs
Pvap
a b
Regiões
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superar a pressão de vapor, ponto “b”. A partir deste ponto, o vapor retor-
nará à fase líquida.
No bombeamento com vaporização, quase sempre a vaporização é par-
cial, ou seja, só uma parte do líquido é vaporizada. Vários pontos da re-
gião 4 não terão a pressão inferior à pressão de vapor. Se a vaporização
fosse total, a bomba ficaria completamente cheia de vapor, perderia a
escorva e deixaria de bombear totalmente.
Vejamos agora, de acordo com a Figura 59, montada a partir das Figu-
ras 38 e 58A, como representaríamos na figura o NPSH disponível e o NPSH
requerido.
Nesta figura, reproduzimos as energias de pressão absoluta (pressão
manométrica + atmosfética local) e de velocidade, já explicadas na Figura
38, e a energia total (energia de pressão + energia de velocidade) no flange
de sucção (região 2), para uma determinada vazão. As energias estão repre-
sentadas por colunas de líquido.
NPSH requerido, para uma determinada vazão, por definição, é a ener-
gia mínima total (pressão + velocidade) por unidade de peso que temos
de ter no flange de sucção da bomba para que não ocorra vaporização no
seu interior. Dispondo desta energia mínima, nenhum ponto no interior
da bomba estará com pressão abaixo da pressão de vapor. Como o ponto
de menor pressão é o 4 (antes das pás), o NPSH requerido será a diferença
entre a energia total na sucção (pressão + velocidade) e o valor da pressão
nesse ponto. Podemos dizer também que o NPSH requerido para uma va-
zão é a soma da perda de carga entre o flange de sucção e o ponto 4 (⌬P da
Figura 59) com a energia de velocidade no flange de sucção (v2/2g).
Para uma mesma vazão, se aumentarmos ou reduzirmos a pressão de
sucção da bomba, a curva da pressão total subirá ou descerá paralelamente
à indicada na figura, não alterando o valor do NPSH requerido, uma vez
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1244 Manutenção e Reparo de Bombas
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Pense e Anote
mos vaporização. Do lado direito, o NPSH disponível é menor do que o
requerido, permitindo então que a pressão na região 4 fique abaixo da pres-
são de vapor, o que levará à vaporização de parte do produto bombeado.
FIGURA 59
7
10 x Pabs
Energia de pressão =
␥
1 2 3 V2
Energia de velocidade =
5 2g
4 Energia em m
Pabs – pman + Patm em kgf/cm 2
␥ – Peso específico em gf/cm3 ou densidade
V – Velocidade média em m/s
2
6 g – no
Aceleração
nível do da
margravidade = 9,8 m/s
2g NPSH
req
Pabs Velocidade
⌬P
Pvap
v2
Vsuc 2g Vdesc
Regiões
Bomba com cavitação
NPSH disp < NPSH req
Pressão absoluta
e velocidade em Energia total
coluna de líquido = Epres + Evel
NPSH
disp Pdesc
v2 Pressão ab s
NPSH absoluta
2g req
Velocidade
Pabs
Pvap ⌬P
v2
2g
Vsuc Vdesc
Regiões
O líquido só irá vaporizar se a linha de pressão
absoluta cair abaixo da pressão de vapor
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PROBLEMA 4
Dados:
1,02kgf/cm2
Pv = 0,3barA x = 0,306kgf/cm2 A
bar
Da Tabela 18, com as dimensões de tubos, temos para 4"sch 40 ( área = 82cm2).
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e
t
o
Cálculo da velocidade de escoamento n
A
EQUAÇÃO
EQUAÇÃO 4 e
e
s
n
2,78 x Q 2,78 x 60 e
Vs = = = 2,03m/s P
A 82
EQUAÇÃO
EQUAÇÃO 6
2
= 10 x (– 0,5 + 1,033 – 0,306) + 2,03 + 0,30
0,98 2 x 9,81
10 x 0,227 4,12
NPSHdisp = + + 0,30 = 2,27 + 0,21 + 0,30 = 2,78 ~ 2,8 m
1 19,62
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FIGURA 60
Vazão
Q2 Q1
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e
t
o
n
A
FIGURA 61
Pt 8
NPSH req
EQUAÇÃO
EQUAÇÃO 6
V2
NPSH disp = 10 x (Ps + Patm – Pvap) + S + hs
␥ 2g
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NPSH (m)
NPSH requerido
Característica da bomba
Vazão
Q Qmax
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Pense e Anote
lado, se a quantidade vaporizada for muito elevada, as bolhas formadas
ocuparão o espaço que deveria ser do líquido, prejudicando sua passagem
pelo impelidor, reduzindo o desempenho da bomba e fazendo com que a
vazão e a pressão de descarga sejam prejudicadas ou até inviabilizadas.
As bolhas de vapor formadas são impulsionadas pelo impelidor e tam-
bém arrastadas pelo líquido, atingindo regiões com maior pressão (ver
Figura 59). Ao atingir essas regiões, as bolhas entrarão em colapso, re-
tornando à fase líquida. A pressão interna da bolha de vapor é a própria
pressão de vapor. Quando a pressão externa for superior, ela retornará à
fase líquida.
O ruído e a vibração que ouvimos não são decorrentes da vaporiza-
ção do líquido, mas sim do retorno do vapor à fase líquida. Esse retorno
é denominado de implosão das bolhas (implosão é o oposto de explo-
são). Essa mudança súbita de fase gera ondas de choques que se trans-
formam em vibração.
FIGURA 63
Pv Pv
Pv Pv
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Manutenção e Reparo de Bombas
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A região de implosão das bolhas costuma ser logo após o início das
pás. Nessa região, o líquido já está recebendo energia do impelidor e,
portanto, aumentando a pressão. Quando essa pressão ultrapassa a pres-
são de vapor, temos o colapso das bolhas. Na região da implosão, é que
ocorre o arrancamento do material.
Quando um líquido vaporiza, temos um aumento considerável de vo-
lume, e quando ele condensa, temos o inverso, uma redução considerá-
vel do volume. A seguir, mostramos uma tabela com o volume específico
da água saturada e do vapor em equilíbrio para diversas temperaturas.
TABELA 23
PETROBRAS ABASTECIMENTO
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1322 Manutenção e Reparo de Bombas
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e
t
o
Pela Tabela 23, vemos que cada grama de água vaporizada na tempera- n
tura de 200ºC terá seu volume aumentado em 110 vezes. Já na temperatu- A
e
ra de 40ºC, o aumento será bem maior, chegando a 19.398 vezes. Por isso, e
quanto mais frio o líquido, maior a severidade do problema de cavitação. s
n
Os produtos de petróleo apresentam um aumento de volume bem inferior e
P
ao da água ao vaporizarem. Por isso, a cavitação é menos intensa compara-
tivamente, o que não quer dizer que não resultem em danos consideráveis.
A vaporização é uma transformação que necessita de calor para sua
realização. No caso da vaporização no interior da bomba, esse calor é re-
tirado do próprio líquido, fazendo com que ocorra um resfriamento nas
proximidades do ponto em que houve a vaporização. A perda de tempera-
tura reduz a pressão de vapor Pv, o que aumenta o NPSH disponível (ver
Figura 55 e equação 6).
Se não houvesse esse resfriamento, a intensidade da cavitação seria
maior. O resfriamento causado pela passagem de um líquido para vapor
fica evidente quando abrimos para a atmosfera um vent de uma linha
contendo GLP. Nesse caso, a temperatura cai tanto que condensa a umi-
dade do ar atmosférico, formando gelo.
A cavitação gera vibração, forte ruído, oscilação dos manômetros de
sucção e de descarga, perda de desempenho (vazão e pressão), além do
desgaste da bomba, principalmente do impelidor, pelo arrancamento de
partículas metálicas.
Agora que entendemos o que ocorre no interior da bomba, podemos
dizer que cavitação é o fenômeno de formação de bolhas de vapor por
insuficiência de energia na sucção da bomba (NPSHdisp< NPSHreq), cres-
cimento dessas bolhas e seu retorno à fase líquida (implosão), trazendo
todos os inconvenientes já citados. Chamamos essa cavitação de clássica
para não confundir com outras cavitações que podem ocorrer na bomba,
como a decorrente da recirculação interna, que será vista a seguir.
FIGURA 64
PETROBRAS ABASTECIMENTO
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Manutenção e Reparo de Bombas
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Pense e
Anote Resumo
Temos dois NPSHs (Net Positive Suction Head) que são expressos em metros ou em
pés. Um é o NPSH requerido: a energia mínima que a bomba necessita ter em seu
flange de sucção para cada vazão. O outro é o NPSH disponível: a energia que o
sistema disponibiliza no flange de sucção da bomba para cada vazão.
Para que não haja cavitação, temos que ter NPSHdisp > NPSHreq.
Cavitação é o fenômeno que ocorre quando temos a vaporização do líquido bombeado,
o crescimento das bolhas e a sua implosão.
O ruído e a vibração não são provenientes da vaporização, mas da implosão das bolhas.
A cavitação causa um ruído acentuado, desgaste no impelidor, vibração, oscilação das
pressões, perda de vazão e de pressão.
O desgaste no impelidor é na parte visível da sucção, logo no início das pás.
Esses mesmos fenômenos acontecem quando temos recirculação interna e entrada de
gases na bomba.
A principal solução para a cavitação é aumentar a pressão de sucção, ou seja, aumentar
o NPSH disponível.
O NPSH disponível pode ser calculado por:
EQUAÇÃO 6
␥ 2g
EQUAÇÃO
EQUAÇÃO 4
2,78 x Q 3,54 x Q
Vs = =
A D2
NPSHdisp em m
Ps – Pressão de sucção kgf/cm2
␥ – Peso específico em gf/cm 3 ou densidade
Patm – Pressão atmosférica em kgf/cm2
Pvap – Pressão de vapor do líquido na temperatura de bombeamento em kgf/cm2A
Vs – Velocidade de escoamento na sucção em m/s
hs – Altura do manômetro em relação à linha de centro da bomba em m
Q – Vazão em m3/h
A – Área interna da tubulação em cm2
D – Diâmetro interno da tubulação de sucção
PETROBRAS ABASTECIMENTO
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1344 Manutenção e Reparo de Bombas
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e
t
o
Recirculação interna n
No item anterior, vimos que a cavitação, devido à formação e à implosão A
e
das bolhas, faz com que a bomba trabalhe com um ruído semelhante ao e
de bombear pedras, forte vibração, oscilação dos ponteiros dos manôme- s
n
tros e perda de vazão e de pressão. Na realidade existem três fenômenos e
P
que podem levar a esses sintomas: a cavitação clássica, a recirculação in-
terna e a entrada de gases na sucção da bomba. Vamos entender como
cada um deles ocorre.
Já vimos o que é a cavitação clássica. Vamos entender agora o que vem
a ser recirculação interna.
Há algumas décadas, um fabricante de bombas preparou uma experiên-
cia nos Estados Unidos. Colocou uma bomba centrífuga numa bancada de
teste e convidou diversos interessados e especialistas em bombas, inclu-
sive concorrentes, para assistirem ao experimento.
Para facilitar a observação, as tubulações de sucção e de descarga foram
feitas de um material transparente chamado “plexiglass”. Na linha de suc-
ção, afastado alguns metros do flange, foi colocado um pequeno tubo que
permitia injetar o corante azul de metileno (ver esquema na Figura 65).
A bomba foi colocada em operação com a válvula de descarga total-
mente aberta. Era então injetado um pouco de corante, e podiam ser vis-
tos os veios coloridos de azul passar pela tubulação de sucção, entrar na
bomba e sair pela descarga, conforme era esperado.
A vazão foi sendo reduzida em etapas, por meio do fechamento gradativo
da válvula de descarga da bomba. Em cada uma destas etapas, era realizada
uma pequena injeção de corante. Quando foi atingida uma determinada va-
zão, as pessoas que estavam assistindo ficaram perplexas. As linhas azuis do
corante iam até o interior da bomba e voltavam vários metros na sucção,
tornavam a entrar na bomba e a voltar diversas vezes. Os presentes ao expe-
rimento estavam, naquele momento, tendo a oportunidade de ver o que
passou a ser conhecido como recirculação interna na sucção da bomba.
FIGURA 65
PETROBRAS ABASTECIMENTO
13 5
Manutenção e Reparo de Bombas
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Esse fenômeno é bem conhecido hoje em dia, mas ainda não é perfei-
tamente equacionado e só começou a aparecer com muita freqüência a
partir da década de 1970. Os projetistas das unidades, para economizar
Pense e em tubulações e fundações, começaram a projetar os vasos e as torres em
Anote cotas mais baixas. Com isso, passaram a especificar bombas com NPSH
N Q
NSS =
NPSHreq
Em unidades americanas
N → rpm Q → gpm NPSHreq → ft
Em unidades métricas
N → rpm Q → m3/h ou m3/s NPSHreq → m
PETROBRAS ABASTECIMENTO
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1366 Manutenção e Reparo de Bombas
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Pense e Anote
Valem as mesmas observações usadas na velocidade específica da bom-
ba, ou seja, os valores de Q e NPSHreq são os do BEP – Ponto de Máxi-
ma Eficiência com o impelidor de diâmetro máximo. Bombas de dupla
sucção devem ter sua vazão dividida por dois.
Existe um trabalho que mostra que as bombas projetadas com veloci-
Pá do impelidor
Ângulo de Underfilled
incidência no BEP Overfilled
Vórtices
Ângulo de
incidência com Rotação
baixa vazão D1 D2
Fluxo de recirculação
na sucção
PETROBRAS ABASTECIMENTO
13 7
Manutenção e Reparo de Bombas
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Pressão
Pressão de
descarga
Pressão de sucção
Vazão
PETROBRAS ABASTECIMENTO
13
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e
t
o
Nas bombas que trabalham próximo da linha de equilíbrio de fases, n
um pequeno acréscimo de temperatura pode levar à vaporização (ver Fi- A
e
gura 55). As bombas de água de alimentação de caldeira estão nesse caso. e
Por isso, costumam possuir uma válvula de fluxo mínimo (Figura 128), s
n
ou ter uma linha dotada de orifício de restrição que interliga a descarga e
P
com o desaerador, garantindo assim uma vazão mínima para a bomba.
Essa vazão mínima que evita a vaporização pelo aquecimento do líquido
no interior da bomba recebe o nome de vazão mínima térmica.
Recentemente, com o aumento da preocupação com a recirculação
interna, as folhas de dados das bombas passaram a exigir do fabricante o
fornecimento da vazão mínima de recirculação interna ou vazão mínima
de operação estável, que costuma ser superior à vazão mínima térmica.
A norma API 610 define a vazão mínima estável em função da vibra-
ção. É a menor vazão que a bomba pode operar sem ultrapassar o limite
de vibração estipulado pela norma, que para bombas horizontais é de
3,9mm/s RMS (Figura 68).
Isto não quer dizer que toda bomba que trabalhe com vibração aci-
ma desse nível esteja com problemas de recirculação interna, uma vez
que desalinhamento e desbalanceamento, entre outros, também podem
contribuir para a vibração da bomba. Nesse caso, a norma API está se
referindo às vibrações de origem hidráulica, como é o caso da recircula-
ção interna. Teoricamente, a menor vibração de origem hidráulica ocor-
re com a bomba trabalhando próxima da sua vazão de projeto (BEP –
Ponto de Máxima Eficiência) . Quanto mais afastada a vazão do BEP,
seja para cima ou para baixo, mais desfavorável o ângulo de entrada do
líquido no impelidor, provocando choques que tendem a aumentar a
vibração (Figura 68).
FIGURA 68
Vibração 3
Յ 3,9mm/s RMS
Յ 3,0mm/s RMS
4
70% BEP BEP 120% BEP Vazão
PETROBRAS ABASTECIMENTO
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e
t
o
Dependendo da severidade da cavitação ou da recirculação interna, os n
A
danos não ficam limitados apenas ao impelidor e podem atingir a carcaça
e
ou o difusor. e
A região da carcaça próxima à lingüeta é de alta velocidade; logo, de s
n
baixa pressão, podendo, portanto, vir a cavitar. e
FIGURA 69A
P
DETERMINAÇÃO DA VAZÃO MÍNIMA DE RECIRCULAÇÃO
Ns = N Q
AMT 0,75
N – rpm
Q – m3/s
AMT – m
Aumentando NSS
Bombas de
Faixa de refrigeração primária
transição
Impelidores com
olhais grandes e
alta velocidade
específica de sucção
Geração nuclear: bombas de
condensado booster, água de
alimentação e aquecimento-drenagem
PETROBRAS ABASTECIMENTO
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Manutenção e Reparo de Bombas
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Resumo
Pense e
Anote
Recirculação interna é um fenômeno que ocorre quando a
bomba está trabalhando com baixa vazão. Temos dois tipos:
a recirculação interna na sucção e na descarga. A recirculação
na descarga ocorre numa vazão mais baixa do que a da sucção.
Os sintomas são semelhantes ao da cavitação: ruído, vibração,
oscilação das pressões, desgaste do impelidor.
O desgaste no impelidor ocorre na área da sucção no lado
invisível da pá e necessita de um pequeno espelho para ser
visto quando está na fase inicial. Na área da descarga,
onadesgaste é nadelas.
parte visível lateral das pás, na junção com os discos,
Entrada de gases
A entrada de ar ou gases misturados com o líquido no interior da bomba, a
partir de um certo percentual, gera os mesmos fenômenos ocasionados pela
PETROBRAS ABASTECIMENTO
14
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Pense e Anote
espaço ocupado pelos gases. Outros autores afirmam que os danos são
semelhantes aos causados pela cavitação.
Os gases podem já vir dissolvidos no líquido ou penetrar na tubulação
de sucção pelas juntas dos flanges quando a pressão de sucção é negativa.
Outros pontos de entrada de ar são na selagem por gaxetas e na tomada
Ar + líquido
Linha de sucção
Vórtice Nível do líquido
Submergência
PETROBRAS ABASTECIMENTO
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Pense e Anote
CURVA DO SISTEMA
PETROBRAS ABASTECIMENTO
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e
t
o
A curva do sistema nos informa para cada vazão o quanto de AMT ( head n
ou carga) o sistema exigirá. Na vazão nula, só seria necessário vencer a A
e
cota H e o ⌬P, já que a perda de carga seria nula. A Figura 71 mostra a e
curva de um sistema com as perdas de carga de 7, 20 e 40 metros corres- s
n
pondentes às vazões de 60, 80 e 100m3/h, respectivamente. e
P
Foi visto que a bomba terá de trabalhar sobre sua curva de AMT x va-
zão. O sistema também exige que a bomba trabalhe sobre sua curva. Se
colocarmos essas duas curvas num mesmo gráfico, o ponto de encontro
delas é o único que satisfará à bomba e ao sistema simultaneamente.
Portanto, esse será o ponto de trabalho.
FIGURA 72
PONTO DE TRABALHO
AMT (m)
Curva do sistema
m 3/h
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uma válvula.
É um método pouco usado em bombas centrífugas por desperdiçar a
energia gasta bombeando o líquido que estaria sendo recirculado. É mais
utilizado em situações em que queremos garantir uma vazão mínima da
bomba, seja para evitar o aquecimento com vaporização do líquido bom-
beado, seja devido a problemas de recirculação interna ou, ainda, para
evitar esforço axial elevado.
As bombas de deslocamento positivo utilizam bastante esse método.
FIGURA 73
PETROBRAS ABASTECIMENTO
14
1466 Manutenção e Reparo de Bombas
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e
t
o
Modificando a abertura da válvula, podemos obter qualquer vazão na n
A
faixa de trabalho da bomba.
e
FIGURA 74 e
s
VARIAÇÃO DO PONTO DE TRABALHO POR VÁLVULA DE CONTROLE n
e
P
Ponto de trabalho x abertura de válvula
AMT (m)
Curva da bomba 50 % 70 % 100%
aberta
Vazão m3/h
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AMT (m)
Curva do sistema
N1 ou D1
N2 ou D2
N3 ou D3
m 3/h
N – Rotação
D – Diâmetro impelidor
N1 > N2 > N3
D1 > D2 > D3
PETROBRAS ABASTECIMENTO
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Pense e Anote
AMT
Sem orifício
AMT2
Com orifício
AMT1
Perda de
carga devido
ao orifício
Curva do sistema
Q1 Q2 Q
PETROBRAS ABASTECIMENTO
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O controle por pré-rotação é realizado por pás guias móveis que ficam
situadas na frente do impelidor. As pás do impelidor se mantêm fixas. É
um sistema semelhante aos usados em compressores, sendo utilizado ape-
nas em bombas de fluxo misto ou axial de elevadas vazões.
Esses sistemas de controle, ajuste de pás do impelidor e controle de
Pense e Anote
pré-rotação, não são normalmente empregados em bombas de refinarias.
AMT (m)
Sistema
PETROBRAS ABASTECIMENTO
15
1500 Manutenção e Reparo de Bombas
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e
t
o
Controlando por cavitação n
Esse método é empregado em pequenas bombas de condensado. Ele usa A
e
o fato de a cavitação reduzir a vazão da bomba para controlar o nível da e
bota do condensador. s
n
FIGURA 78 e
P
CONTROLE DE CAPACIDADE POR CAVITAÇÃO
AM T
Pontos de operação Pontos de operação
com cavitação sem cavitação
Curva do sistema
NPSHdisp
NPSHreq
NPSH completa
cavitação
Condensador
Válvula
aberta
Bota
h
PETROBRAS ABASTECIMENTO
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Para usar esse sistema, o material da bomba tem que ser apropriado
para suportar a cavitação, e a energia cedida em cada estágio da bomba
deve ser baixa, ou seja, inferior a 50m, para não potencializar os danos. A
grande vantagem desse sistema é a sua simplicidade, não exigindo todo
o aparato de uma malha de controle de instrumentação.
Resumo
Curvas características de
bombas centrífugas
As curvas características de uma bomba recebem esse nome por serem as
curvas que caracterizam seu desempenho.
PETROBRAS ABASTECIMENTO
15
1522 Manutenção e Reparo de Bombas
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e
t
o
As curvas características são: n
Altura manométrica total (AMT) x vazão A
e
Potência x vazão e
Rendimento () x vazão s
n
NPSH requerido x vazão e
P
A curva de potência muda com o produto bombeado em função do peso
específico. As outras curvas características independem do fluido, desde
que a viscosidade do mesmo seja baixa.
As curvas características são fornecidas pelos fabricantes das bombas.
Quando a bomba é importante para o funcionamento da unidade, para
ter certeza do seu desempenho, é comum pagar ao fabricante para le-
vantar as curvas de cada bomba na bancada de teste. A exceção fica por
conta da curva de NPSH requerido, que só é solicitada quando a diferen-
ça é pequena em relação ao NPSH disponível (normalmente quando in-
ferior a 1metro).
AMT x vazão
AMT ou H – metros
Vazão m3/h
Modelo 3 x 2 x 8 dia 200mm 3.550rpm
PETROBRAS ABASTECIMENTO
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Rendimento x vazão
Rendimento %
BEP
Vazão m 3/h
PETROBRAS ABASTECIMENTO
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Pense e Anote
Tal ponto é o ponto de máxima eficiência, usualmente chamado de BEP
– Ponto de Máxima Eficiência (best efficiency point ) da bomba. A va-
zão do BEP é a vazão para a qual a bomba foi projetada. O rendimento
é máximo porque o líquido entra no impelidor com o ângulo mais fa-
vorável em relação às pás, praticamente sem choques (ver Figura 66).
Potência x vazão
Potência em hp
Vazão m 3/h
Nos catálogos gerais dos fabricantes, a curva fornecida é para água fria e
necessita ser corrigida se o líquido tiver peso específico diferente. Nos catá-
logos próprios da bomba, a curva mostrada geralmente já está corrigida.
Pela Figura 81, para a vazão de 90m 3/h, temos que a potência consu-
mida pela bomba é de 38hp.
PETROBRAS ABASTECIMENTO
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A potência consumida por uma bomba pode ser obtida pela fórmula:
EQUAÇÃO 7
EQUAÇÃO
Pense e Anote
␥.H.Q
Pot =
274
Pot – Potência em hp
␥ – Peso específico em gf/cm3 ou densidade
H – AMT em metros
Q – Vazão em m3/h
– Rendimento
PROBLEMA 5
Calcular a potência consumida por uma bomba que possui as curvas carac-
terísticas de AMT e de rendimento, segundo as Figuras 79 e 80, bombean-
do água fria ( ␥=1,0gf/cm3) na vazão de 90m3/h.
AMT = H = 80m
= 70% = 0,70
␥ .H.Q 1 x 80 x 90
Pot = = = 37,54hp
274 274 x 0,70
PETROBRAS ABASTECIMENTO
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e
t
o
Caso tenhamos a curva de potência, mostrada na Figura 81, a potência n
poderia ser lida diretamente a partir da vazão. A
e
Se nossa bomba estivesse trabalhando com GLP ( ␥ = 0,5gf/cm3) nessa e
mesma vazão, a única variável da fórmula que mudaria em relação à água s
n
seria o peso específico (já vimos que a AMT ou H não dependem do flui- e
P
do). Portanto, a potência seria:
Para GLP
␥ .H.Q 0,5 x 80 x 90
Pot = = = 18,77hp
274 274 x 0,70
PETROBRAS ABASTECIMENTO
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NPSH x vazão
Vazão m 3/h
PETROBRAS ABASTECIMENTO
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e
t
o
n
A
FIGURA 83
4”sch 40
EQUAÇÃO 4
Pressão de vapor:
Figura 25
Álcool etílico a 55ºC (curva 2)
Pvap = 0,35barA
PETROBRAS ABASTECIMENTO
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1 bar = 1,02kgf/cm2
Pense e
Anote
2
Pvap = 0,35barA x 1,02kgf/cm = 0,357kgf/cm2 A ~ 0,36kgf/cm2 A
bar
Resumo
PETROBRAS ABASTECIMENTO
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Pense e Anote
EQU
EQUAÇÃO 7
EQUAÇÃO
A potência consumida por uma bomba pode ser obtida pela fórmula:
␥ .H.Q
Pot = 274
Pot – Potência em hp
␥ – Peso específico em gf/cm3 ou densidade
H – AMT em metros
Q – Vazão em m3/h
– Rendimento
Fluxo radial
Fluxo radial tipo Francis Fluxo misto Fluxo axial
Ns = 13 Ns = 33 Ns = 100 Ns = 200 Fluxo axial
PETROBRAS ABASTECIMENTO
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Q2 D
= 2
Q1 D1
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e
t
o
A AMT varia com o quadrado do diâmetro do impelidor. n
A
e
( )
2
AMT2 D2 e
AMT1
=
D1 s
n
e
P
A potência varia com o cubo do diâmetro do impelidor.
( )
3
Pot 2 D2
=
Pot 1 D1
EQUAÇÃO
AÇÃO 88
EQUAÇÃO
( ) ( )
2 3
Q2 D AMT2 D2 Pot 2 D2
= 2 = =
Q1 D1 AMT1 D1 Pot 1 D1
PETROBRAS ABASTECIMENTO
16 3
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PROBLEMA 7
Dados Para
D1 – 200mm D2 – 180mm
Q1 – 100m 3/h Q2 – T2
AMT 1 – 80m AMT 2 – ?
Pot 1 – 46hp Pot2 – ?
AMT
() ( )
AMT2 = D2 2 AMT2 = 180 2
➜
AMT1 D1 80 200
Potência
3 3
() ( )
Pot 2 = D2 ➜ Pot 2 = 180
Pot 1 D1 46 200
PETROBRAS ABASTECIMENTO
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1644 Manutenção e Reparo de Bombas
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e
t
o
n
A
FIGURA 86
Sistema
Diâmetro 200mm
Diâmetro 180mm
Vazão
Resumo
EQUAÇÃO 8
()
2
Q2 D AMT2 D2
= 2 =
Q1 D1 AMT1 D1
3
Pot2 D2
()
Pot1 = D1
PETROBRAS ABASTECIMENTO
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Q2 N
Pense e Q1
= 2
N1
Anote
A AMT varia com o quadrado da rotação.
()
2
AMT2 N2
=
AMT1 N1
3
Pot N
()
Pot 21 = N21
()
2
NPSHreq2 N2
=
NPSHreq1 N1
EQUAÇÃO 9
EQUAÇÃO
()
2
Q2 N AMT2 N2
= 2 =
Q1 N1 AMT1 N1
() ()
3 2
Pot 2 N2 NPSHreq2 N2
= =
Pot 1 N1 NPSHreq1 N1
Conhecendo a curva atual, para saber a curva para uma nova rotação,
basta escolher alguns pontos da curva conhecida e aplicar as equações
acima, seja a curva de AMT, de potência, ou de NPSH requerido.
A aplicação da variação de rotação como meio de controle em bom-
bas acionadas por motor elétrico está crescendo bastante com o barate-
amento dos dispositivos que permitem o controle da velocidade nesses
acionadores.
Os pontos obtidos com a variação da rotação são denominados pon-
tos homólogos. Na Figura 87, mostramos a mudança desses pontos de
A , B e C para A , B e C ao passarem da rotação rpm1 para uma rotação
1 1 1 2 2 2
PETROBRAS ABASTECIMENTO
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Pense e Anote
mais alta, rpm2. Os rendimentos dos pontos homólogos são iguais, ou
seja, o rendimento de A1 é igual ao de A2, o de B1 é igual ao de B2, e assim
sucessivamente.
FIGURA 87
Pontos homólogos
AM T
Pot A1 – A2
A2 1 x Q 2 x Q B1 – B2
C1 – C 2
A1 B2 Pot2 x Q
Índice 1 – rpm1
B1 Pot1 x Q Índice 2 – rpm2
C
2
AMT2 x Q
rpm2 > rpm1
C1
AMT1 x Q
Q (m 3/h)
PROBLEMA 8
AMT ou H – metros
Vazão m 3/h
Modelo 3 x 2 x 8 dia 200mm 3.550rpm
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Temos:
Q2 N Q2 3.000
= 2 І = І Q2 = 110 x 3.000 = 93,0
Q1 N1 100 3.550 3.550
() ( )
2 2
AMT2 N2 AMT2
= І = 3.000 І AMT2 = 72 x 0,8452 = 51,4
AMT1 N1 72 3.550
N1 = 3.550rpm N2 = 3.000rpm
Ponto Q1 AM T1 Q2 AM T 2
1 0 90 0, 0 64,3
2 60 87 50,7 62,1
3 80 83 67,6 59,3
4 110 74 93,0 52,4
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t
o
n
A
FIGURA 89
Pt4’
m 3/h
Resumo
() () ()
2 3 2
Q2 N AMT2 N2 Pot 2 N2 NPSHreq2 N2
= 2 = = =
Q1 N1 AMT1 N1 Pot 1 N1 NPSHreq1 N1
PETROBRAS ABASTECIMENTO
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Esforços radiais
As bombas que possuem voluta simples, quando trabalham na sua vazão
de projeto (BEP), possuem ao longo de toda a voluta aproximadamente a
mesma pressão (ver Figura 90). Com isso, as forças radiais que atuam na
largura do impelidor se cancelam e a resultante radial é praticamente nula.
À medida que reduzimos ou aumentamos a vazão, a pressão ao longo do
impelidor já não será constante e, quanto mais nos afastamos do ponto
de projeto, maior a resultante da força radial. Quanto maior essa força,
mais o eixo irá fletir, facilitando a ocorrência de roçamentos internos e de
vibrações.
FIGURA 90
Força radial
Vazão
Vazão de projeto
Vazão de projeto Vazão diferente
da de projeto
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e
t
o
n
A
FIGURA 91
Dupla
voluta
Fr Vazão
Esforços axiais
A Figura 92, correspondente a um impelidor em balanço, mostra as áreas
e as pressões que nelas atuam, resultando em forças axiais.
FIGURA 92
Fa
P =P =P =P
Pvol Pvol 1 2 no3 BEP4
Somente
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Cancela
Pvol Pvol
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d12
A1 = F1 = Ps x A1 Fa
4 Pvol Pvol
F4
(D2 – d12) A2 F2 A4
A2 = F2 = Pvol x A 2 F3 A3
4 Ps
2 2 A1
A3 = (d3 – d 2 ) F3 = Ps x A3 D d1
Ps F1
d2 d3 D
4
(D2 – d32)
A4 = F4 = Pvol x A4 F3 A3
4 Ps
A2 F2 F4 A4
Fa = F1 + F2 – F3 – F4 Pvol Pvol
PETROBRAS ABASTECIMENTO
17
1722 Manutenção e Reparo de Bombas
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Pense e Anote
O cálculo da força axial é complexo por não sabermos exatamente qual
a pressão reinante em cada ponto dos discos do impelidor (pressão da
voluta), conforme comentado anteriormente. Mesmo a pressão na parte
interna do anel de desgaste traseiro não é igual à de sucção, é ligeiramen-
te superior.
Pás traseiras
do impelidor
Pvol
Pvol
Psuc
Redução de pressão
devido às pás traseiras
PETROBRAS ABASTECIMENTO
17 3
Manutenção e Reparo de Bombas
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F F F F F F
Essa solução implica interligar o fluxo que sai do meio da bomba com
a outra extremidade, tornando mais complexa a fundição da carcaça.
TAMBOR DE BALANCEAMENTO
FIGURA 96
Câmara de
balanceamento
(pressão primária
Para sucção da sucção)
Bucha do
tambor
F F F F F1
Tambor de
Pressão da descarga balanceamento
PETROBRAS ABASTECIMENTO
17
1744 Manutenção e Reparo de Bombas
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e
t
o
Com esse método, os impelidores são mantidos em série, sendo colo- n
cado um tambor de balanceamento após o último impelidor com uma A
e
bucha externa com folga bem justa. Temos sempre um vazamento da des- e
carga para a câmara de balanceamento por essa folga. Como a câmara de s
n
balanceamento é ligada por uma linha à sucção da bomba, a pressão rei- e
P
nante nela fica próxima da de sucção. Assim, o tambor de balanceamento
terá, de um lado, a pressão de descarga e, do outro, a pressão de sucção,
gerando uma força axial, Ft, que é oposta às geradas pelos impelidores,
reduzindo, dessa forma, o esforço a axial.
DISCO DE BALANCEAMENTO
Essa solução é semelhante à do tambor, só que, neste caso, é utilizado
um disco com esse propósito.
O líquido, sob a pressão de descarga, após o último impelidor, passa
através de uma pequena folga axial, indo para uma câmara de balancea-
mento. Dessa câmara, sai uma linha para a sucção da bomba com um
orifício de restrição. Por meio desse arranjo, a câmara de balanceamento
mantém com uma pressão intermediária entre a pressão de sucção e a de
descarga. O disco de balanceamento fica submetido, de um lado, à pres-
são de descarga e, do outro, à pressão da câmara de balanceamento. Essa
diferença de pressões nos lados do disco gera uma força axial que se opõe
à soma das forças geradas pelos impelidores, reduzindo significativamen-
te o esforço axial.
FIGURA 97
Orifício de restrição
Recirculação Câmara de
para sucção balanceamento
(pressão
intermediária)
Folga
axial
Pressão de
descarga
F imp F disco
Disco de balanceamento
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Manutenção e Reparo de Bombas
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Orifício de restrição
Para sucção
Bucha
Câmara de
balanceamento
Disco e tambor de
balanceamento
F imp F imp
F disco / tambor
Câmara
intermediária
PETROBRAS ABASTECIMENTO
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1766 Manutenção e Reparo de Bombas
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e
t
o
Quando o impelidor da bomba é de dupla sucção e está instalado entre n
os mancais, bombas BB, o empuxo axial tenderá a compensar-se, ficando a A
e
resultante praticamente nula. Se esse impelidor for instalado em balanço, e
teremos o empuxo axial devido à não-compensação da área do eixo. s
n
e
P
Resumo
PETROBRAS ABASTECIMENTO
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FIGURA 99
AMT – m
a a a
Curva do sistema
b b b
c c c
1 Bomba 2 Bombas 3 Bombas
Vazão m3/h
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1788 Manutenção e Reparo de Bombas
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Pense e Anote
O ponto de trabalho, como sempre, será na intercessão da curva da
bomba com a do sistema. Na Figura 100, a curva do sistema interceptará a
curva para uma bomba na vazão de 28m3/h. Portanto, quando tivermos
apenas uma bomba operando, a vazão será esta. Se duas bombas estive-
rem operando, o ponto de operação será de 52m3/h, cada bomba contribu-
3 3
indo com 26m /h. Com três bombas em paralelo, a vazão seria de 66m /h,
ou seja, cada uma contribuindo com 22m3/h.
A vazão com duas bombas em operação só seria o dobro se a curva
do sistema fosse uma reta paralela ao eixo da vazão, o que na prática
não ocorre devido à perda de carga crescente que as tubulações apre-
sentam com o aumento de vazão. Quanto mais vertical a curva do sis-
tema, ou seja, com maior perda de carga na linha, menor o aumento
de vazão ao acrescentar bombas em paralelo, conforme pode ser visto
na Figura 101.
FIGURA 101
AMT – m
Curva do sistema 2
Curva do sistema 1
Vazão m3/h
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A
Bomba A
B
Bomba B
C
Bomba A + B
D
Bomba A + B + sistema
A+ B Pt 3
Pt C
Pt 1
A
PtD Pt 2 B
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e
t
o
Supondo que a curva do sistema seja a mostrada na Figura 102D, a n
bomba A, operando isoladamente, trabalharia no ponto Pt1 com a vazão A
e
de 36m3/h. A bomba B, também operando isoladamente, no ponto Pt2 e
com 33m3/h. As duas, operando em paralelo, no ponto Pt3 com 54m3/h. s
n
Nessa condição, a bomba A estaria contribuindo com 30m3/h (ponto C)e e
3 P
a bomba B com 24m /h (ponto D). A pressão de descarga (AMT) da opera-
ção em paralelo é superior à pressão de cada bomba individualmente. Pela
Figura 102, se a vazão das duas bombas operando em paralelo caísse para
menos de 23m3/h, apenas a bomba A teria vazão.
BOMB
BOMBAS AS COM CURVAS DIFERENTES
Pela Figura 102D podemos ver que a divisão de vazão é desigual e, de-
pendendo da vazão total, uma das bombas pode ficar trabalhando com
PETROBRAS ABASTECIMENTO
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Manutenção e Reparo de Bombas
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7/30/2019 Apostila Petrobras Bombas[1]
(bomba B mostrada), vai operar com vazão baixa ou até não bombear
nada, trabalhando no shutoff . No caso mostrado, abaixo de 40m 3/h de
vazão, somente a bomba A irá contribuir no bombeamento. A bomba
B ficaria trabalhando no shutoff .
A curva ideal de bombas para trabalho em paralelo é a que tem um
caimento razoável e seja ascendente.
FIGURA 103
CURVA ASCENDENTE/DESCENDENTE
A AMT – m
Vazão m3/h
CURVAS PLANAS
B AMT – m
Vazão m3/h
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e
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n
A
FIGURA 104
Vazão m3/h
Placa
de orifício
Resumo
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Pelo esquema da Figura 105, vemos que a vazão que passa pela bomba
A é a mesma que passa pela bomba B. A primeira bomba, A, fornece uma
AMT para uma determinada vazão. A segunda bomba, B, acrescentará nes-
sa mesma vazão sua AMT. Para elaborar a curva das bombas operando em
série, basta somar as AMTs de cada bomba para a vazão em questão.
É raro ter mais de duas bombas operando em série, mas, se ocorrer, basta
somar suas AMTs.
FIGURA 106
AMT (m)
a
2 Bombas
b
1 Bomba
a b c
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Pense e Anote
FIGURA 107
a1 a2
a3
m3 /h
b1 b2
b3
m 3/h
b1
b2
a1
a2 b3
a3
m3 /h
A curva das bombas iguais operando em série, Figura 106, foi obtida
dobrando os valores de AMT “a”, “b” e “c” correspondentes às vazões
de 10, 25 e 40m3/h. A curva das bombas diferentes, Figura 107, foi obtida
somando a AMT da bomba A (a1) com a AMT da bomba B (b1) para a vazão
de 10m3/h. Usando o mesmo processo para outras vazões, no caso foram
zero, 25 e 40m3/h, obtivemos outros pontos. Basta unir esses pontos e
teremos a curva correspondente da operação em série.
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2 Bombas
1 Bomba
Sistema
Vazão Vazão
m³/h m³/h
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e
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n
A
Resumo e
e
s
n
Para obtenção da curva de duas bombas operando em série, e
P
basta somarmos as AMTs correspondentes a cada vazão
das bombas.
É comum a colocação de bombas em série quando temos baixo
NPSH disponível. A primeira bomba normalmente é escolhida
com baixa rotação, o que reduz o NPSH requerido. Como a
segunda bomba terá na sucção a pressão de descarga da
primeira, não deverá ter problema de NPSH.
Q (m³/h)
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bas diferentes e elaborou uma carta (Figura 110) para determinar os fato-
res de correção para vazão, AMT e rendimento das bombas que trabalham
com líquidos viscosos. Essa carta é seguida por todos para corrigir o efeito
da viscosidade no desempenho das bombas centrífugas radiais. Ela não é
válida para bombas de fluxo misto e axial.
Embora a carta tenha sido elaborada para corrigir a curva da bomba
como um todo, podemos usá-la para um ponto de trabalho apenas.
Para determinar os fatores de correção, entrar com a vazão em m 3/h
pelo eixo inferior do gráfico. Se o impelidor for de dupla sucção, dividir a
vazão por 2. Subir verticalmente até o valor da AMT por estágio (havendo
mais de um estágio, dividir a AMT total pelo número deles). Deslocar ho-
rizontalmente até encontrar o valor da viscosidade. Subir verticalmente e
ler os valores de correção: Ch, CQ e CH.
São quatro curvas para CH.
Máxima Eficiência.
➜ 1,0Qoo seria para 100% da vazão do BEP – Ponto de
Máxima Eficiência.
➜ 1,2Qoo seria para 120% da vazão do BEP – Ponto de
Máxima Eficiência.
Quando não dispomos da curva original para saber a vazão no BEP, ado-
tamos a curva média, que é a de 1,0Qoo.
PETROBRAS ABASTECIMENTO
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e
t
o
Para obter os valores corrigidos, aplicamos as fórmulas: n
A
e
e
s
Qvisc = Qag x CQ AMTvisc = AMTag x CH visc = ag x C n
e
P
Qvisc x AMTvisc x ␥
Potvisc =
274 x visc
Q – Vazão (m3/h)
AMT – Altura manométrica total (m)
– Rendimento
Pot – Potência (hp)
visc – Viscoso
ag – Água
CQ – Fator de correção para vazão
C – Fator de correção para rendimento
CH – Fator de correção para AMT. São quatro fatores: 0,60; 0,80;
1,00; e 1,2 do BEP.
␥ – Peso específico em gf/cm3 (o valor numérico é igual ao da
densidade)
PROBLEMA 9
Calcular a vazão, a AMT, o rendimento e a potência de uma bomba que bom-
beará um óleo com densidade 0,86 e com viscosidade de 72cSt, sabendo
que, para água, esta bomba forneceria 130m3/h, AMT = 58m e um rendimento
de 0,66 (66%). A vazão de maior rendimento da bomba é de 170m 3/h.
Dados
Água Qag – 130 m3/h AMTag – 58m ag – 0,66
3
Óleo Qoo – 170 m /h dens óleo – 0,86 visc – 72cSt
Adotaremos 0,8Qoo.
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Resumo
Quando a bomba trabalha com líquidos viscosos, a AMT, a
eficiência e a vazão sofrem uma redução. O Hydraulic Institute
publicou uma tabela na qual, em função da vazão, da AMT e da
viscosidade, podemos obter os fatores de correção para as
variáveis citadas.
As curvas dos fatores de redução da AMT são mostradas para
4 vazões distintas, correspondentes a 60; 80; 100; e 120% da
vazão de projeto (BEP – Ponto de Máxima Eficiência) da bomba.
Os novos valores para os produtos viscosos são obtidos
multiplicando-se os valores para desempenho da bomba para
água pelos fatores de correção obtidos.
Qvisc = Qag x CQ AMTvisc = AMTag x CH visc = ag x C
PETROBRAS ABASTECIMENTO
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Pense e Anote
FIGURA 110
Ch
0,6Qoo
0,8Qoo
1,0Qoo
1,2Qoo
Cq
Cn
1 1 2
mm²/s = cSt
4 9
1 6 1 1 9 6 1 1
6 2 3 5 1 2 6 2
,2 6 0 4 5 0 8 6 1 5 1 7 2
1 ,5 2 ,5 2 0 0 8
5 1 1 4 7 0 3
3 4 3 0 1
,8 ,2 3 5 7 5 9
,4 6 0 7
,2 6 0
0
AMT (m)
200
150
100
80
60
40 4
2
0
30
25
20
15
10 3
0
8 1 8 3
0
,5 2 2 3 4 6 1 1 2 8 1
6 ,5 ,5 0 5
2
0 5 0 4 5
0
6
0 0 1
0 2 1 2
2
0 0 6 0
0
4 0
Engler°
Lubrificação
A lubrificação adequada é fundamental para proporcionar campanhas lon-
gas para as bombas.
O objetivo da lubrificação de uma bomba, como a de qualquer outro equi-
pamento, é o de reduzir o atrito e o desgaste. Para tal, é necessário man-
ter um filme de lubrificante separando as superfícies metálicas que pos-
sam entrar em contato.
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FIGURA 111
Pense e Anote F
Contato metálico
Filme lubrificante
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e
t
o
n
A
FIGURA 112
Óleo Óleo
Eixo Eixo
F F
Pressão de óleo
Distribuição da pressão
MANCAL DE DESLIZAMENTO
se, teremos contato metal com metal. Para evitar danos no eixo, a maio-
ria desses mancais utiliza uma cobertura de metal bastante macio, cha-
mada metal patente. Devido ao formato que o óleo assume no interior
do mancal, é usual falar em cunha de óleo.
MANCAIS DE ROLAMENTO
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e
t
o
Os principais produtos utilizados na lubrificação das bombas são: n
Graxa. A
e
Óleo lubrificante. e
• Por nível. s
n
• Forçada (ou pressurizada). e
• P
Por névoa de óleo.
• Próprio produto bombeado, fazendo as vezes do lubrificante.
Óleo lubrificante
É o principal produto utilizado na lubrificação de bombas centrífugas ho-
rizontais. Existem três tipos principais de lubrificação com óleo.
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FIGURA 113A
Nível Nível
de óleo Dreno Submergência Dreno de óleo
FIGURA 113B
Canaleta coletora
de óleo
B E
F F
G
G
Secção B-B B
Vista superior da caixa de mancais
PETROBRAS ABASTECIMENTO
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Pense e Anote
(geralmente duplo), um resfriador e uma válvula de segurança. Alguns sis-
temas adotam apenas uma bomba de óleo lubrificante, acionada pelo eixo
da bomba principal. Nesse caso, necessitam de um anel pescador nos man-
cais para garantir a lubrificação durante a partida e a parada da bomba.
Os sistemas mais sofisticados podem ter uma lubrificação segundo o API
FIGURA 114
FIGURA 115
Reclassificador
Distribuidor Tubing 1/4”
Coletor
transparente
Vent
Tubing 3/8”
Ladrão Coletor
Dreno de cléo ecológico
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e
t
o
Nas bombas tipo API anteriores à 8a edição, a névoa entra pelo centro n
da caixa de mancais e sai pelo centro. Nas novas, quando especificado que A
e
serão lubrificadas por névoa, o fabricante já fornece entradas independentes e
para cada mancal, obrigando toda névoa injetada a passar pelos rolamen- s
n
tos (Figura 115). e
P
O reclassificador mais usado é o tipo névoa (ver Figura 116). Somente
este modelo é montado no distribuidor. Os outros são montados próxi-
mo ao ponto a ser lubrificado. O reclassificador do tipo névoa possui a
numeração 501, 502, 503, 504 e 505. Quanto maior o número, maior a
vazão de névoa. O tipo spray forma uma névoa mais densa e é usado
quando temos rolamentos de rolos. O tipo condensado forma gotículas
maiores de óleo e é utilizado para engrenagens.
O reclassificador direcional é empregado principalmente em bombas
BB, sendo roscado na caixa de mancal e com seu furo apontado para o
centro da esfera do rolamento (ver Figura 117). Ele possui uma marca ex-
terna para orientar a posição do furo durante a montagem.
FIGURA 116
TIPOS DE RECLASSIFICADORES
Spray Névoa
Condensado Direcional
Furo
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FIGURA 117
Coletor
ecológico
NÉVOA DE PURGA
Reclassificador
Distribuidor
Válvula
de dreno
Controle
de nível
Óleo
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t
o
Lubrificação pelo próprio fluido n
Muito usada em bombas verticais, nas quais o próprio fluido bombeado A
e
lubrifica os mancais guias. Nas bombas com acoplamento magnético e nas e
bombas canned, ambas sem selagem, também é usual o líquido bombe- s
n
ado ser utilizado na lubrificação dos mancais. Nessas bombas, o mancal e
P
costuma ser de carbeto de tungstênio ou carbeto de silício.
FIGURA 119
Bomba Canned
Estator do motor
Mancal Radial Vendação
dos cabos
Luva
de eixo
Impelidor
Mancal
de escora
Ímãs
Mancais
Caixa de mancais
convencional
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ÀS TOLERÂNCIAS INCORRETAS
Diâmetro do eixo, diâmetro da caixa, raios de concordância etc.
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Pense e Anote
cuo ou com processos de transferência de massa é conseguida a separa-
ção. Após 350ppm, nas temperaturas usuais da caixa de mancal, é que a
água consegue ser detectada visualmente no óleo, porque fica emulsio-
nada. A principal fonte de água no óleo é a umidade do ar.
300 3 0,03
300 ppm = = = = 0,03%
1.000.000 10.000 100
de quase 50% na vida útil. Depois dos 1.000ppm, a queda passa a ser bem
lenta. Nos percentuais mais baixos de água, um pequeno aumento na con-
centração de água causa redução considerável.
A temperatura de trabalho do óleo é um fator importante para sua vida
e, como conseqüência, a do mancal. Quanto maior a temperatura, maior
a oxidação, degradando rapidamente o óleo. Os óleos usados em lubrifi-
cação possuem aditivos antioxidantes que são consumidos mais rapida-
mente à medida que o trabalho é executado em temperaturas altas. Na
Figura 121, a SKF mostra que um óleo trabalhando na temperatura de 30ºC
dura 30 anos. O mesmo óleo a 100ºC dura apenas 3 meses.
PETROBRAS ABASTECIMENTO
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Manutenção e Reparo de Bombas
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FIGURA 120
FIGURA 121
Vida do óleo
Vida em anos
Temperatura (° C)
PETROBRAS ABASTECIMENTO
20
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e
t
o
n
A
Resumo e
e
s
n
Os mancais das bombas são lubrificados por: graxa, óleo e
P
lubrificante ou pelo próprio produto bombeado.
A principal graxa utilizada nos rolamentos é à base de sabão de
lítio e de consistência 2. As caixas de mancais para graxa devem
ser preenchidas apenas com 2/3 do seu volume.
Os óleos lubrificantes usados nas bombas são normalmente do
tipo turbina com viscosidade ISO 68 como, por exemplo, o
Marbrax 68.
A lubrificação por óleo pode ser por:
Acoplamento
A função básica do acoplamento é a de transmitir o torque do acionador
para a bomba.
Os acoplamentos flexíveis possuem como funções complementares:
absorver desalinhamentos e amortecer vibrações que poderiam ser
transmitidas de uma máquina para outra. Os acoplamentos rígidos não
possuem essas funções.
PETROBRAS ABASTECIMENTO
20 5
Manutenção e Reparo de Bombas
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FIGURA 122
TIPOS DE ACOPLAMENTOS
G FLUTUANTE
GRADES COM EIXO H ENGRENAGENS I TIPO PNEU
DE LÂMINAS FLEXÍVEIS
PETROBRAS ABASTECIMENTO
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2066 Manutenção e Reparo de Bombas
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e
t
o
Existe uma grande diversidade de acoplamentos. Os principais tipos n
empregados são: A
e
Rígido. e
De lâminas ou discos flexíveis. s
n
De engrenagens. e
P
De garras com elastômero.
Tipo pneu.
De pinos amortecedores.
De correntes.
PETROBRAS ABASTECIMENTO
20 7
Manutenção e Reparo de Bombas
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Dados:
Potência – 60hp
Rotação – 3.550rpm
Diâmetro eixo bomba – 60mm
Diâmetro eixo motor – 70mm
TABELA 26
DADOS DO ACOPLAMENTO
PETROBRAS ABASTECIMENTO
20
2088 Manutenção e Reparo de Bombas
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e
t
o
Cálculo do torque:
n
A
e
Pot Pot 66 66 e
Torque = = = =
Rot rpm/1.000 3.550/1000 3,55
= 18,6 hp/1.000rpm s
n
e
P
Resumo
PETROBRAS ABASTECIMENTO
20 9
Manutenção e Reparo de Bombas
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Seleção de bombas
As bombas são escolhidas, principalmente, em função das suas caracte-
rísticas. Exemplificando, se o NPSH disponível pelo sistema for muito
Pense e baixo, podemos especificar uma bomba de dupla sucção ou uma com
Anote indutor de NPSH, que possuem NPSH requerido mais baixo. Se, ainda
assim, essas bombas não atenderem, podemos optar por uma bomba
vertical com o comprimento adequado, de modo que teremos uma co-
luna de líquido sobre o impelidor, aumentando o NPSH disponível. Al-
gumas partes da especificação provêm de normas, como no caso do API
610 que, entre outras coisas, recomenda carcaça partida radialmente para
os seguintes casos:
Temperatura do produto maior ou igual a 200ºC.
Líquidos inflamáveis ou perigosos com densidade menor do que 0,7
na temperatura de bombeamento.
Líquidos inflamáveis ou perigosos com pressão de descarga acima de
100bar.
PROBLEMA 11
PETROBRAS ABASTECIMENTO
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2100 Manutenção e Reparo de Bombas
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Pense e Anote
Com a vazão de 50m 3/h e com a AMT = 200m, entramos na Figura
123 para bombas com 3.550rpm e determinamos a bomba 40-315.
FIGURA 123
H (m)
n = 3500
40 - 315 50 - 315
50 65
32 - 250 40 - 250 250 250 80 - 250
40 80 - 200
50 - 200
32 - 200 200
100
65 - 200 200
32 - 160 40 - 160 50
160 65
160 100
80 - 160 160
32 - 125
40 - 125 50 - 125
65
125
Q (m³/h)
1cv = 0,986hp
PETROBRAS ABASTECIMENTO
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e
t
o
A pequena diferença de potência encontrada pelos dois métodos é n
A
devido à imprecisão do gráfico.
e
Como o NPSH disponível é de 10m e o requerido é de 7m e, portanto, e
o NPSHdisp > NPSHreq, a bomba selecionada atende. s
n
Se o NPSH não atender, podemos tentar uma bomba de tamanho e
P
imediatamente acima ou uma outra com menor rotação, o que logicamente
levaria a uma bomba maior.
Resumo
PETROBRAS ABASTECIMENTO
21 3
Manutenção e Reparo de Bombas
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7/30/2019 Apostila Petrobras Bombas[1]
estes que são visíveis. Na abertura da bomba, as peças devem ser exami-
nadas para identificar o motivo da falha. Outros tipos de situações neces-
sitam de uma investigação para determinar sua causa.
Pense e Não devemos apenas substituir as peças danificadas, mas tentar en-
Anote tender que motivo levou à falha e tomar as providências para evitar sua
repetição.
A seguir, analisaremos os problemas mais freqüentes que ocorrem na
operação de bombas centrífugas e que necessitam de investigação. Vamos
dividi-los em cinco categorias principais:
Bombas que não estão atendendo em vazão ou pressão de descarga.
Bombas que apresentam vibração ou ruído.
Bombas que estão exigindo potência acima da esperada.
Bombas que apresentam aquecimento excessivo nos mancais.
Bombas com vazamentos.
Pequenos desvios em relação aos pontos das curvas são aceitáveis, seja
pela imprecisão do método de medição no campo, seja pela diferença de
desempenho de um impelidor para outro que, por serem peças fundidas,
sempre apresentam pequenas variações na forma.
No diagrama de bloco a seguir, Figura 125, procuramos fazer essa aná-
lise partindo das verificações mais fáceis de serem executadas para as mais
trabalhosas. Partimos do pressuposto de que a bomba operava satisfato-
riamente antes, ou seja, não é um problema de projeto ou da seleção da
bomba para a aplicação na qual está sendo utilizada.
PETROBRAS ABASTECIMENTO
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2144 Manutenção e Reparo de Bombas
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e
t
o
n
A
FIGURA 125
INÍCIO
Bomba opera N
Bomba está N Verificar abrindo
vent da carcaça
cavitando? escorvada? (cuidado se a
bomba tiver vácuo
na sucção)
S S
N N
Vazão > projeto? Rotação correta? Corrigir rotação
S S
Viscosidade e N
Solicitar correção
Corrigir a vazão densidade para operação
normais?
S S
Pressão de N
Ponto AMT x Q N
Desgaste interno
sucção normal? igual da curva?
Verificar motivo
do aumento da
perda de carga Bomba em
na sucção bom estado
PETROBRAS ABASTECIMENTO
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Manutenção e Reparo de Bombas
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A BOMB
BOMBA A ESTÁ CA VIT
CAVIT ANDO?
VITANDO?
Começamos com esta pergunta por ser a mais fácil de responder. A cavita-
ção é facilmente identificável pelo ruído característico, parecido com o de
Pense e “batida de pedras” na carcaça, pela alta vibração e pela oscilação das pres-
Anote sões de sucção e da descarga.
PETROBRAS ABASTECIMENTO
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2166 Manutenção e Reparo de Bombas
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Pense e Anote
Os meios de tirar uma bomba da condição de cavitação, por ordem de
facilidade, são:
1. Verificar a possibilidade de aumentar o nível do líquido no vaso de suc-
ção. Alguns sistemas possuem controle de nível nesse vaso, bastando,
nesse caso, alterar o valor de controle (set point).
PETROBRAS ABASTECIMENTO
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Manutenção e Reparo de Bombas
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FIGURA 126
Pense e Anote
Pvap
Altura
da coluna
do líquido Ps
h
␥ 2g
PETROBRAS ABASTECIMENTO
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2188 Manutenção e Reparo de Bombas
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e
t
o
A rotação pode ser medida por meio de tacômetros com fita de refle-
n
A
xão ou por meio de aparelhos de vibração que possuam filtros de freqüên-
e
cias. Podem também ser usados freqüencímetros de lâminas (tacômetros e
de Frahm), muito empregadas nas turbinas mais antigas. s
n
Baixa rotação só ocorre em turbinas a vapor, motores de combustão e
P
interna, ou com motores elétricos que possam ter sua rotação modifica-
da. Motores elétricos comuns trabalham sempre na rotação especificada,
ou próximo a ela, devido a um pequeno aumento da carga. Se não tive-
rem potência suficiente para trabalhar na rotação especificada, irão atuar
o sistema de proteção por alta corrente elétrica ou queimarão.
PETROBRAS ABASTECIMENTO
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Manutenção e Reparo de Bombas
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narias tem medidor de vazão. Caso ele não exista, analisar se é possível
calcular a vazão pela variação do nível de um vaso ou tanque na sucção
ou na descarga. Existe a possibilidade de obter a vazão por meio de medi-
Pense e dores externos adaptados à linha.
Anote A AMT pode ser calculada simplificadamente com um manômetro na
bombeado.
Comparamos o ponto de AMT levantado com o da curva da bomba para
a mesma vazão. Se o desvio for pequeno, a bomba está boa. O problema
então deve ser do sistema ou do líquido bombeado. Anteriormente, pelo
roteiro, já verificamos o NPSH, a escorva, a rotação e as condições do pro-
duto (a densidade e a viscosidade), estando todos dentro dos valores con-
siderados normais.
Caso o ponto levantado esteja fora da curva da bomba, o problema é
da bomba. Na maioria das vezes, ela necessita ser aberta para verificar
internamente qual é o problema.
PETROBRAS ABASTECIMENTO
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2200 Manutenção e Reparo de Bombas
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e
t
o
VERIFICAR SE A POTÊNCIA ESTÁ SOBRE A CURVA n
A
Essa verificação é feita para complementar o diagnóstico.
e
Quando a bomba é acionada por motor elétrico, podemos avaliar gros- e
seiramente a sua potência, medindo a sua corrente e comparando-a com s
n
a da plaqueta, usando uma proporcionalidade. Se a corrente estiver aci- e
P
ma de 80% da nominal do motor, o erro será pequeno. Caso queiramos
saber a potência do motor elétrico com mais precisão, teremos de obter,
além da corrente, a voltagem real, o fator de potência e o rendimento do
motor. Os setores de elétrica possuem aparelhos que permitem esses le-
vantamentos. O rendimento do motor tem de ser tirado de uma tabela
ou de uma curva do fabricante.
A potência fornecida por um motor elétrico é dada por:
Pot – Potência em hp
V – Voltagem em V
I – Corrente em A
FP – Fator de potência
– Rendimento do motor. Ex.: 90% – usar 0,90
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Pense e Anote
Desalinhamento entre a bomba e o acionador
É uma das principais causas da vibração, juntamente com o desbalancea-
mento. Para diagnosticar se o problema é de desalinhamento, levantar as
freqüências da vibração. O desalinhamento pode causar vibração nas fre-
qüências de 1N, 2N, 3N, 4N e 6N. As mais usuais são 1 e 2N, onde N é a
N – rotação da máquina.
Não foi realizado teste com acoplamento de engrenagens metálico.
Desbalanceamento dinâmico
É uma das principais causas de vibração em equipamentos mecânicos.
No desbalanceamento, a freqüência radial é de 1N porque a força centrí-
fuga, responsável pela vibração, ocorre na freqüência de rotação. Quan-
do essa vibração é muito alta, provoca também vibração axial, podendo
PETROBRAS ABASTECIMENTO
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Manutenção e Reparo de Bombas
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e
t
o
Geralmente o problema maior costuma ser na tubulação de sucção n
A
por esta possuir um diâmetro maior do que o de descarga. A tensão
e
ocasionada pelas tubulações em bombas que trabalham com produtos e
quentes é mais crítica do que a de serviço frio devido à dilatação das s
n
linhas ao se aquecerem. e
P
Chumbadores soltos
Os chumbadores soltos costumam ocorrer em bombas que ficam muito
tempo submetidas a vibrações altas. Nesse caso, o chumbador pode se
soltar da base. Se ocorrer, deve ser removido e reinstalado com auxílio
de massa epóxi, que é apropriada para melhorar sua fixação. A vibração
deve ser diagnosticada e corrigida para evitar a repetição do problema
com o chumbador.
PETROBRAS ABASTECIMENTO
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Manutenção e Reparo de Bombas
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Roçamento interno
O roçamento interno ocorre geralmente nas partes de menor folga, como
anéis de desgaste e buchas. Pode ser ocasionado por má qualidade da
centralização das peças (guias), tensões exageradas nos flanges, vibrações
excessivas, uso de folgas inadequadas, ou por objetos estranhos no inte-
rior da bomba. As freqüências da vibração costumam ser diversas devido
ao efeito da excitação das velocidades críticas. Nem sempre o ruído cau-
sado pelo roçamento é audível. Os roçamentos severos provocam desba-
lanceamento, o que somado com o aumento das folgas, que reduzem o
efeito de sustentação, fazem com que a vibração cresça bastante. Como o
roçamento causa aquecimento localizado, uma termografia da bomba pode
indicar o local do roçamento se o mesmo for severo e próximo da carcaça.
Cavitação clássica
Ocorre quando temos o NPSH disponível inferior ao requerido. O ru-
ído é característico (como se estivesse bombeando pedras). Costuma
gerar vibrações altas juntamente com o ruído e oscilações nas pres-
sões. A vibração aparece numa ampla faixa de freqüências. É usual
excitar as freqüências naturais e diversas outras freqüências. Alguns
autores afirmam que o espectro mostra uma ampla faixa próxima de
2.000Hz. Muitas vezes a cavitação clássica é confundida com recircu-
lação interna, também uma forma de cavitação. Os manômetros, tanto
de sucção quanto de descarga, ficam oscilando. Ver o item seguinte
sobre fluxo mínimo.
PETROBRAS ABASTECIMENTO
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2266 Manutenção e Reparo de Bombas
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e
t
o
Fluxo abaixo do mínimo estável n
A
(recirculação interna)
e
Ocorre quando estamos trabalhando com vazões baixas. e
O fenômeno é muito parecido com a cavitação e com a entrada de gases. s
n
Um dos modos de distinguir qual dos problemas está ocorrendo é alterar e
P
a vazão em pelo menos 10%.
PETROBRAS ABASTECIMENTO
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Manutenção e Reparo de Bombas
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FIGURA 128
R3
R3
R2 R2
PETROBRAS ABASTECIMENTO
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2288 Manutenção e Reparo de Bombas
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Pense e Anote
PROBLEMA 12
Dados:
R3 = 160mm
R2 = 300/2 = 150mm
PETROBRAS ABASTECIMENTO
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Manutenção e Reparo de Bombas
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Pitch
Diâmetro (PD)
f (Hz) = n fR (1 – BD cos )
2 PD
PETROBRAS ABASTECIMENTO
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2300 Manutenção e Reparo de Bombas
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e
t
o
Defeito na pista interna
n
A
e
n BD e
f (Hz) =
2
fR (1 +
PD
cos ) s
n
e
P
Defeito na esfera
f (Hz) =
n
f 1–
2 R [( BD
PD
cos )
)]
2
obstrução pode ser difícil. Caso tenha dúvidas, passe um arame por dentro
de cada canal, ou examine-os com o auxílio de uma lanterna. Neste caso, a
verificação do balanceamento na balanceadora não resolverá o problema,
uma vez que só irá aparecer quando estiver com líquido.
PETROBRAS ABASTECIMENTO
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Manutenção e Reparo de Bombas
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Roçamento severo
O atrito provocado pelo roçamento consome uma potência adicional.
Quando ocorre roçamento, as vibrações ficam instáveis.
Aumento da viscosidade
Com o aumento da viscosidade, o rendimento da bomba cai, aumentando a
potência consumida para fornecimento de uma mesma vazão.
QxHx ␥
Pot =
274 x
Desgaste interno
O desgaste do impelidor ou da carcaça reduz o rendimento da bomba, ele-
vando a potência consumida.
Aumento da rotação
Só pode ocorrer no caso de acionadores de velocidade variável.
A potência varia com o cubo da rotação. Portanto, uma variação de 5%
na rotação aumenta em quase 16% a potência (1,053= 1,16). Nesse caso,
a vazão também deveria ter sido alterada com a rotação.
PETROBRAS ABASTECIMENTO
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2322 Manutenção e Reparo de Bombas
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e
t
o
Bombas que apresentam aquecimento n
no mancal A
e
As principais causas de aquecimento dos mancais são: e
✔Rolamentos danificados. s
n
✔Contaminantes no óleo, principalmente água. e
✔ P
Desalinhamento entre os mancais da bomba, ou entre o eixo da bom-
ba e do acionador.
✔Forças hidráulicas radiais, ou axiais elevadas.
✔Nível alto de óleo nos rolamentos.
✔Quantidade de óleo insuficiente chegando aos mancais.
✔Óleo com viscosidade inadequada.
✔Graxa em excesso na caixa de mancais.
✔Carga demasiadamente baixa no rolamento.
✔Bomba operando com alta vibração.
✔Tolerâncias do eixo ou da caixa fora do recomendado.
✔Linha de sucção não adequada no caso de bombas de dupla sucção,
que irão gerar esforços axiais elevados (ver Figura 154).
ção dá origem a lamas, gomas e vernizes. Quanto mais oxidado, mais escu-
ro o óleo. Quanto mais frio o óleo, maior a sua vida. Ver Figuras 120 e 121.
A norma API 610 limita a temperatura do óleo lubrificante nos man-
cais, com anel pescador ou com anel salpicador, em 82ºC ou 40ºC acima
da temperatura ambiente. Se a temperatura ambiente for de 30ºC, a tem-
peratura máxima do óleo será de 70ºC.
Quando o rolamento trabalha sem carga ou com carga baixa, as esfe-
ras tendem a deslizar em vez de rolar. Isso provoca o rompimento do fil-
me de óleo, levando a esfera a ter contato com a pista, o que aquece e
encurta a vida do rolamento.
PETROBRAS ABASTECIMENTO
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Manutenção e Reparo de Bombas
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2344 Manutenção e Reparo de Bombas
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Pense e Anote
Dados práticos
Apresentamos a seguir algumas recomendações relativas à manutenção
das bombas.
Folgas e de
Na montagem excentricidades permitidas
uma bomba horizontal em balanço (OH1 e OH2), sem-
pre que possível, monte a caixa de selagem na caixa de mancais com o
eixo na posição vertical. Vale o mesmo para a montagem da carcaça. Mon-
tando na posição horizontal, as folgas das guias ficarão sempre do mes-
mo lado, facilitando um possível roçamento.
TABELA 29
TOLERÂNCIAS RECOMENDADAS
Local Ajuste
Acoplamento/eixo H7 / j6
Impelidor/eixo H7 /g6
Luva do eixo (selo)/eixo H7 / g6
Luva espaçadora/eixo H7 / g6
Rolamento/eixo – / k6
Alojamento rolamento/rolamento H6 / –
Guia da carcaça/caixa de selagem H7 / f7
Guia caixa selagem/caixa de mancais H7 / f7
Anéis de desgaste do impelidor/carcaça H6 / –
PETROBRAS ABASTECIMENTO
23 5
Manutenção e Reparo de Bombas
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TABELA 30
PROBLEMA 13
temos
Máx. + 18 e Mín. + 2
PETROBRAS ABASTECIMENTO
23
2366 Manutenção e Reparo de Bombas
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e
t
o
PROBLEMA 14 n
A
Que valor devemos adotar para diâmetro interno da luva se o eixo possui
e
75mm diâmetro? e
s
n
Pela Tabela 29 – ajuste recomendado entre “luva do eixo/eixo” é de H7/g6 e
P
Da Tabela 30, para H7:
PETROBRAS ABASTECIMENTO
23 7
Manutenção e Reparo de Bombas
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PROBLEMA 15
2. Para o eixo das bombas verticais, da VS-1 até a VS-7, o API recomenda
que a excentricidade máxima seja de 40m por metro de comprimen-
to do eixo até o máximo de 80m de LTI.
A face do acoplamento das bombas verticalmente suspensas deve ficar
perpendicular ao eixo com 0,1m /mm de diâmetro da face, ou com 13m,
valendo o que for maior.
Para acionadores verticais a norma API recomenda:
FIGURA 131
CONCENTRICIDADES, EXCENTRICIDADES E
PERPENDICULARIDADES DO ACIONADOR VERTICAL
1 2
3
4 5
PETROBRAS ABASTECIMENTO
23
2388 Manutenção e Reparo de Bombas
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e
t
o
3. Para todas as bombas na caixa de selagem n
A
FIGURA 132
e
CONCENTRICIDADE E PERPENDICULARIDADE e
DA CAIXA DE SELAGEM s
n
e
P
Perpendicularidade da face
LTI < 0,125mm
PETROBRAS ABASTECIMENTO
23 9
Manutenção e Reparo de Bombas
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1 = 0,07mm 3 = 0,05mm
2 = 0,07mm 4 = 0,05mm
Passeio 8
radial
6
Passeio
7 axial
5
5 = 0,03mm 7 = 0,01 a 0,10mm
6 = 0,03mm 8 = 0,07mm
PETROBRAS ABASTECIMENTO
24
2400 Manutenção e Reparo de Bombas
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Pense e Anote
FIGURA 134
Pista externa
do rolamento
Eixo
ra < r rg < r
h r h r
ra rg
mín. r mín. r t
mín. mín.
b
Teste hidrostático
Quando a carcaça ou a caixa de selagem necessitarem de teste hidrostáti-
co para confirmar sua resistência, ele deve ser realizado com 1,5 vez a
pressão de projeto. A pressão de trabalho não é considerada para esses
casos. Verificar se a classe de pressão do flange de sucção pode ser subme-
tida a essa pressão de teste. A pressão de projeto da carcaça pode ser ob-
tida na folha de dados da bomba.
Balanceamento
O API 610 – 9a edição recomenda balancear os componentes (impelidor,
tambor de balanceamento, indutor de NPSH e partes rotativas maiores)
com grau 2.5 da ISO 1940-1 ou com desbalanceamento residual de 7gmm,
o que for maior.
10.000 x G x M
desbalanceamento (g) =
N xR
G – Grau de balanceamento
M – Massa da peça em kg
N – Rotação em rpm
R – Raio de correção da massa em mm
PETROBRAS ABASTECIMENTO
24 1
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PROBLEMA 16
M – 10kg
Pense e Anote
G – 2,5 pelo API
N – 1.800rpm
D – 200mm
R – D = 200 = 100mm
2 2
BALANCEAMENTO EM 1 OU 2 PLANOS
B B B
D D D B
D
D Ն 6 Balancear em 1 plano
B
D
Ͻ 6 Balancear em 2 planos
B
PETROBRAS ABASTECIMENTO
24
2422 Manutenção e Reparo de Bombas
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e
t
o
n
A
e
e
s
n
No balanceamento dos conjuntos e
P
rotativos, usar:
GRAU G-2.5
Bombas abaixo de 3.800rpm ou acima de 3.800rpm
e com peças montadas com folga.
GRAU G-1.0
Bombas acima de 3.800rpm e com peças montadas
com interferência.
Guias
A caixa de selagem é montada guiada na carcaça. Com o passar do tempo,
ocorre um envelhecimento dos materiais fundidos, ocasionando um rela-
xamento de tensões, o que gera deformações nas guias. É comum ver so-
licitações para recuperação dos diâmetros dessas guias, onde normalmente
são colocados 3 ou 4 pingos de solda, que são usinados para “recuperar”
a folga recomendada. Na maioria das vezes, essa correção é desnecessá-
ria, sendo resultado de medições não consistentes devido às deformações.
PETROBRAS ABASTECIMENTO
24 3
Manutenção e Reparo de Bombas
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FIGURA 136
PARAFUSO QUEBRA-JUNTA
Pense e
Anote Carcaça Caixa de
selagem
Parafuso
quebra-junta
NÃO ADEQUADO
CORRETO CORRETO
Anéis de desgaste
Usar preferencialmente nos anéis de desgaste as folgas recomendadas
pelos fabricantes. Na falta delas, a norma API 610 – 9a edição, recomenda
como folga mínima entre partes girantes os seguintes valores:
PETROBRAS ABASTECIMENTO
24
2444 Manutenção e Reparo de Bombas
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e
t
o
n
A
TABELA 32
como o AISI 304 e AISI 316) são materiais que apresentam alta tendên-
cia de agarramento.
3. Essas folgas mostradas não são válidas para tambores de balanceamento
ou componentes que trabalhem como mancais internos lubrificados
pelo produto, caso das buchas das bombas verticais.
Para materiais não metálicos (por exemplo, PEEK), com baixa ou ne-
nhuma tendência de agarramento, os fornecedores poderão propor folgas
inferiores às citadas na Tabela 32. Nesse tipo de aplicação, normalmente,
um dos anéis é não metálico e o outro de AISI 410/420 endurecido, ou de
PETROBRAS ABASTECIMENTO
24 5
Manutenção e Reparo de Bombas
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AISI 316 revestido de material duro. De modo geral, a folga com esse
material costuma ser de 50% da folga mínima recomendada pelo API.
Galling é a tendência que alguns materiais apresentam de agarramen-
Pense e to (trancamento, travamento) ao serem movimentados com contato en-
Anote tre suas superfícies. Os materiais diferentes e os de alta dureza possuem
PROBLEMA 17
PETROBRAS ABASTECIMENTO
24
2466 Manutenção e Reparo de Bombas
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Pense e Anote
Como o material AISI 316 sem revestimento tem tendência ao agarra-
mento, acrescentar 0,12mm. Como a temperatura de bombeamento é
maior que 260ºC, acrescentar 0,12mm.
Impelidor
Para reduzir estoques, é usual adquirir os impelidores no seu diâmetro
máximo. Nesse caso, pode ser necessário adequar seu diâmetro na hora da
substituição. Na Figura 137, são mostradas algumas recomendações bási-
cas sobre o corte do impelidor. Nas bombas com difusor, o corte do impe-
lidor deve ser realizado somente nas pás, deixando intactas suas laterais
(Figura 137 C). Assim, o líquido que sai do impelidor fica guiado até a entra-
da da voluta. Nas bombas com carcaça em voluta, não há ganho com esse
tipo de corte; portanto, ele deve ser total tanto nos discos como nas pás (Fi-
gura 137 A e B). Alguns fabricantes utilizam o corte oblíquo do impelidor em
bombas com difusor ou de dupla sucção. Nesse caso, para efeito de cálculos,
usar o diâmetro médio do corte do diâmetro D (ver Figura 137 D e E). Quan-
do o fabricante envia o rotor com esse tipo de corte, ele deve ser mantido
porque leva a uma maior estabilidade da curva da bomba. Com a utilização
de uma ponta montada, podemos desbastar o impelidor e ganhar em al-
gumas características interessantes no funcionamento da bomba.
FIGURA 137
D2 D1 D2 D1
D2 D1
A B C
D2 D1 D2
D1
D D D1 + D2
D=
2
Redução oblíqua das pás Redução oblíqua das pás
D E
PETROBRAS ABASTECIMENTO
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Manutenção e Reparo de Bombas
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Pense e Anote
Melhoria de desempenho da bomba
Por meio do esmerilhamento do impelidor, tornando-o mais liso, afinan-
do suas paredes ou modificando o perfil da lingüeta da voluta, é possível
obter ganhos de rendimento, de vazão e da AMT.
FIGURA 138
Esmerilhar
Largura
Largura nova original de saída
Estreitamento
máximo
Deixar no
mínimo 2mm
Com estreitamento
o
t
n
e
m
i
d
Sem estreitamento
n
e
r
e
d
a
e
h
u
o
Ponto de maior
T eficiência (BEP)
M
A
Vazão
PETROBRAS ABASTECIMENTO
24
2488 Manutenção e Reparo de Bombas
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e
t
o
Para aumentar a AMT (pressão de descarga) em até 5%, podemos alar- n
gar a passagem de saída do impelidor por meio da redução da espessura A
e
das pás. Manter uma espessura mínima para evitar que a pá venha a que- e
brar. Junto com o aumento de AMT, a vazão e o rendimento da bomba s
n
aumentarão e o BEP será deslocado um pouco para a direita, conforme e
P
pode ser visto na Figura 138.
FIGURA 139
Arredondar
e aumentar
a área de
entrada do
impelidor
Aguçar e
dar bom
acabamento
à entrada
das palhetas
FIGURA 140
PETROBRAS ABASTECIMENTO
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Manutenção e Reparo de Bombas
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Anel pescador
É importante que seja fabricado com material que não solte limalhas, uma
vez que pode roçar lateralmente.
Pense e Se estiver ovalizado, pode não girar com o eixo e prejudicar a lubrificação.
Anote Se o nível de óleo estiver muito alto, pode impedir a rotação do anel e,
Mancais de rolamentos
Durante a montagem, se necessário, use um martelo macio (de bronze
ou de uretano) para bater no eixo. Como a área de apoio de uma esfera é
mínima, qualquer força exercida gerará uma pressão elevada (Pressão =
Força/Área) e, como não temos lubrificação, marcará a pista do rolamen-
to, abreviando sua vida consideravelmente.
PETROBRAS ABASTECIMENTO
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2500 Manutenção e Reparo de Bombas
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e
t
o
n
A
e
e
s
n
O consultor Heinz Bloch costuma avaliar a qualidade da e
P
manutenção de uma unidade examinando as mossas nos
acoplamentos e nas pontas de eixo. Quanto maior a
quantidade de mossas, pior a qualidade.
PETROBRAS ABASTECIMENTO
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Manutenção e Reparo de Bombas
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FIGURA 142
FIGURA 143
PETROBRAS ABASTECIMENTO
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Pense e Anote
de modo que, ao encostar um rolamento no outro, somente as pistas
externas se tocam, ficando uma folga pequena entre as pistas internas.
Esta folga só é eliminada com o aperto da porca do rolamento. Nessa
condição, a folga das esferas nas pistas assume o valor ideal para supor-
tar a carga axial e radial.
Mancais de deslizamento
As folgas dos mancais de deslizamento são fornecidas nos catálogos dos
fabricantes, ou como folgas radiais ou como diametrais. As folgas diame-
trais são o dobro das radiais. O melhor método de medição de folga nes-
se tipo de mancal é o com uso de Plastigage. Trata-se de um filamento
plástico que, ao ser deformado, adquire uma largura proporcional à folga.
Depois de deformado, basta comparar sua espessura com uma escala na
própria embalagem para saber a folga.
Nunca devemos passar lixa em mancais de deslizamento. A areia pene-
tra no metal patente e funciona como uma ferramenta de usinagem para
o eixo. Se necessitar remover alguma parte riscada ou danificada, utilize
uma rasquete.
FIGURA 144
Folga Folga
radial diametral
mm In
Folga diametral normal dos mancais = 0,07 + 0,001x D(mm) 0,003 + 0,001 x D (in)
PETROBRAS ABASTECIMENTO
25 3
Manutenção e Reparo de Bombas
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EXEMPLO
Tubulação de sucção
A tubulação de sucção deve ser projetada para evitar pontos altos que
possam acumular gases no seu interior, o que prejudica o fluxo do líqui-
do. A bolha acumulada também pode soltar-se repentinamente, causan-
do problemas no bombeamento. Por esse motivo, a tubulação de sucção
deve sempre ser ascendente ou descendente.
Pelo mesmo motivo citado, as reduções devem ser excêntricas. A posi-
ção do lado plano vai depender da orientação da tubulação de sucção. Caso
a mesma venha reta, ou da parte de baixo da bomba, o lado plano deve
ficar para cima. Caso a tubulação venha de cima, o lado plano deve ficar
na parte inferior.
FIGURA 145
A B C
Plana no topo
Nas bombas com impelidor de dupla sucção, caso tenhamos uma cur-
va próxima à bomba, ela deve ser perpendicular ao eixo, conforme pode
ser verificado nas Figuras 145A e 145B. Se for paralela, teremos fluxo pre-
ferencial para um dos lados do impelidor devido à força centrífuga na curva
(ver Figura 145C), gerando um elevado empuxo axial, o que leva à falha
prematura do mancal.
PETROBRAS ABASTECIMENTO
25
2544 Manutenção e Reparo de Bombas
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e
t
o
n
Bombas de A
e
e
deslocamento positivo s
n
e
P
ou volumétricas
desprezível.
Ocorrendo uma restrição grande na descarga, a pressão pode chegar a
valores muito altos, já que a bomba volumétrica continuará a fornecer sua
vazão. Por esse motivo, essas bombas devem possuir uma válvula de alí-
vio na descarga, evitando que a pressão ultrapasse a de projeto da bom-
ba. Essa válvula de alívio pode fazer parte do projeto da bomba, sendo
interna, ou pode ser colocada na linha de descarga, externamente à bom-
ba. Neste caso, por razões de segurança, deve ser instalada antes de qual-
quer outra válvula na descarga. Ela pode aliviar para a sucção da bomba
ou para um vaso (o que é melhor).
PETROBRAS ABASTECIMENTO
257
257
Manutenção e Reparo de Bombas
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TABELA 147
Bomba
volumétrica
PETROBRAS ABASTECIMENTO
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e
t
o
do pistão, temos de levar em conta no cálculo do NPSH disponível a parce- n
A
la de energia correspondente à aceleração do líquido, subtraindo-a.
e
Como muitas bombas de deslocamento positivo trabalham com pres- e
sões negativas na sucção, devemos ter cuidado com a entrada de ar pelas s
n
juntas da tubulação de sucção, o que leva a uma perda de desempenho. e
P
Bombas alternativas
As bombas alternativas fornecem a energia ao líquido por meio do deslo-
camento linear de um pistão, de um êmbolo ou de um diafragma.
Essas bombas são ditas de simples efeito quando bombeiam apenas num
dos sentidos do curso, e de duplo efeito quando bombeiam nos dois sentidos.
9 6 10 5 4 3 2
2. Carter
1. Eixo de manivela
3. Biela
4. Cruzela
5. Haste
6. Camisa
7. Cilindro
8. Pistão
9. Válvula
10 . Anel de vedação
8 7
PETROBRAS ABASTECIMENTO
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259
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FIGURA 149
Válvula
corrediça
FIGURA 150
Exaustão
Válvula
Câmara de distribuidora
entrada de vapor de vapor
Entrada Exaustão
de vapor de vapor
Pistão
Sentido do
movimento de êmbolo
Exaustão
Válvula
distribuidora
de vapor
Exaustão Entrada
de vapor de vapor
Sentido do
movimento de êmbolo
Pistão
PETROBRAS ABASTECIMENTO
260 Manutenção e Reparo de Bombas
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Pense e Anote
A bomba alternativa acionada a vapor possui dois cilindros em linha.
Um é o cilindro de vapor, que é o acionador. O outro é o cilindro do pro-
duto que será bombeado. Esses cilindros possuem seus pistões interliga-
dos por hastes, movendo-os solidários.
O cilindro de vapor possui uma válvula corrediça de distribuição de
Bombas de diafragma
As bombas de diafragma disponíveis podem ter diversas configurações.
Vejamos o funcionamento da bomba de diafragma, lado esquerdo da
Figura 151.
Temos dois ciclos: admissão e descarga. Inicialmente, o ar comprimi-
do é admitido na parte inferior do pistão, fazendo com que ele suba, le-
vando junto o diafragma. O vácuo então formado na câmara abre a válvu-
la de sucção e fecha a de descarga do produto. À medida que o diafragma
vai subindo, o líquido vai enchendo a câmara da bomba. Ao atingir o pon-
to superior, termina o ciclo de admissão e começa o de descarga.
PETROBRAS ABASTECIMENTO
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261
Manutenção e Reparo de Bombas
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Bomba de diafragma
A B
Pistão
Válvula de
descarga
Câmara
Válvula de
sucção
Duplo diafragma
PETROBRAS ABASTECIMENTO
262 Manutenção e Reparo de Bombas
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FIGURA 153
Vazão Vazão
Teórico Teórico
Bomba de engrenagens
As bombas de engrenagem podem ser de dois tipos: engrenagens inter-
nas e externas. As de engrenagens internas podem ser com crescente ou
sem crescente.
FIGURA 154
3 3
2 1 1 2
Engrenagens externas
PETROBRAS ABASTECIMENTO
264 Manutenção e Reparo de Bombas
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e
t
o
BOMBA DE ENGRENAGENS EXTERNAS
n
A
Acompanhar o funcionamento pela Figura 154.
e
Ao girar, as engrenagens aprisionam o líquido que está na entrada da e
bomba, região 1, entre dois dentes consecutivos e a carcaça, levando-o s
n
para a região 2. Esse volume de líquido bloqueado vai sendo levado pelo e
P
giro das engrenagens até chegar à região 3, onde é liberado, seja qual for
a pressão reinante na descarga. A engrenagem continuará girando e che-
gará à região 4, onde os dentes se engrenam, impedindo o retorno do lí-
quido para a sucção. As duas engrenagens, cada uma girando num senti-
do, bombeiam simultaneamente.
PETROBRAS ABASTECIMENTO
265
265
Manutenção e Reparo de Bombas
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interna.
FIGURA 155
Entrada Saída
Eixo motriz
Mancal
externo
Selagem
Fusos temperados
Pistão de balanço
Tampa do balanço
Camisa dos rotores
Câmara de empuxo
ligada à descarga
FIGURA 156
Fuso
conduzido Saída Selagem
Mancal Engrenagens
de sincronismo
Fuso
motor
Entrada
PETROBRAS ABASTECIMENTO
266 Manutenção e Reparo de Bombas
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Pense e Anote
Bombas de palhetas
A bomba de palhetas, Figura 157, possui um rotor que gira excentricamen-
te com a carcaça. Nesse rotor, ficam alojadas diversas palhetas que, pela
força centrífuga ou por meio de molas, são expelidas, mantendo contato
com a carcaça. Na região de sucção, a carcaça possui um rebaixo para per-
BOMBAS DE PALHETAS
PETROBRAS ABASTECIMENTO
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267
Manutenção e Reparo de Bombas
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FIGURA 158
Estator
Caixa de mancais
Bomba de lóbulos
As bombas de lóbulos possuem dois rotores que giram em sentido con-
trário dentro da carcaça. Pelo seu formato, ao girarem, aprisionam na
sucção um volume de líquido entre seus lóbulos e a carcaça, volume esse
que é deslocado e liberado na descarga. Os rotores estão sempre em con-
tato na parte central, fazendo a vedação. Existem bombas de um, dois,
três e cinco lóbulos.
FIGURA 159
PETROBRAS ABASTECIMENTO
268 Manutenção e Reparo de Bombas
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e
t
o
Bomba peristáltica n
A
Essa bomba é formada por um tubo flexível, montado sob a forma de U. Um
e
ou mais roletes giratórios ou excêntricos passam espremendo o tubo, deslo- e
cando o líquido da sucção para a descarga. É uma bomba bastante simples e s
n
que não precisa de selagem. A única parte que entra em contato com o líqui- e
P
do é o tubo flexível. Seu principal desgaste ocorre no tubo flexível.
FIGURA 160
BOMBA PERISTÁLTICA
Tubo em U
flexível
Excêntrico
giratório
PETROBRAS ABASTECIMENTO
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269
Manutenção e Reparo de Bombas
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FIGURA 162
Dispositivo
Prato da de retorno
válvula com mola
Saída
Bucha
Mola
BLOCO DO CILINDRO
CILINDRO
Peça que gira junto com o eixo e possui diversos furos em que se alojarão
os pistões axiais. É conectado ao eixo através de estrias.
PISTÕES
PLACA OSCILANTE
PLACA OSCILANTE
Ela pode oscilar em torno do eixo sobre uma junta esférica. Os pistões são
articulados com essa placa.
EIXO
PETROBRAS ABASTECIMENTO
270 Manutenção e Reparo de Bombas
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e
t
o
PRATO D
PRAT DAA VÁLVUL
VULA
VÁLVUL
VULA n
Peça estática, na qual se localizam as conexões de entrada e saída do pro- A
e
duto. Junta esférica, sapata da placa, mancal tipo bucha, mola e a caixa e
também fazem parte da bomba. s
n
e
P
Princípio de funcionamento
O eixo, a placa oscilante e o bloco do cilindro, juntamente com os pis-
tões, giram solidários. A placa oscilante permanece com uma determina-
da inclinação ajustada e é livre girar no seu plano.
À medida que o bloco de cilindros gira com o eixo, os pistões fazem
um movimento alternativo nos seus furos.
As portas de entrada e de saída do líquido são arranjadas de tal modo
que os pistões passam na entrada quando estão sendo recolhidos e pas-
sam na saída quando estão sendo empurrados.
O volume deslocado depende do diâmetro, do número de pistões e do
seu curso. O curso depende do ângulo de ajuste da placa oscilante.
A variação do curso do pistão é possível pela mudança do ângulo da placa
oscilante. Isso é feito por meio de um dispositivo de posicionamento angu-
lar da placa. O ângulo pode ser modificado manualmente por meio de um
parafuso de ajuste ou de uma linha-piloto (linha pressurizada). Batentes são
providos para as posições de curso máximo e mínimo.
Bomba de palheta externa Bomba de pás flexíveis Bomba com came e pistão
PETROBRAS ABASTECIMENTO
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271
Manutenção e Reparo de Bombas
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PETROBRAS ABASTECIMENTO
272 Manutenção e Reparo de Bombas
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e
t
o
n
Bombas A
e
e
centrífugas s
n
e
P
especiais
A lém das bombas centrífugas já citadas, existem algumas com ca-
racterísticas específicas. Entre estas temos:
FIGURA 164
Auto-escovante
Submersa
Vortex
PETROBRAS ABASTECIMENTO
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Manutenção e Reparo de Bombas
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Bomba auto-escorvante
Essa bomba possui na frente de seu impelidor uma câmara com uma vál-
vula de retenção. Quando a bomba é desligada, o líquido fica retido nessa
Pense e câmara. Na próxima partida, não será necessário escorvá-la.
Anote
Bomba submersa
É uma bomba centrífuga tipo c anned. A maioria das vezes esse tipo de
bomba é montado com mangueiras flexíveis. É muito usada para esgota-
mentos de poços e de valas.
PETROBRAS ABASTECIMENTO
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Referências bibliográficas
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SENAI/RJ
PRODUZIDO PELA DIRETORIA DE EDUCAÇÃO
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