Você está na página 1de 21

UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS - UFAM

INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS - ICE


DEPARTAMENTO DE FÍSICA
CURSO DE LICENCIATURA EM FÍSICA
DISCIPLINA: LABORATÓRIO DE FÍSICA III

JOÃO VICTOR AZEVEDO GONÇALVES


JOÃO PEDRO G. ALVES
LAYANNI BRITO DE QUEIROZ

RELATÓRIO: LEI DE OHM E RESISTIVIDADE ELÉTRICA

Relatório apresentado para obtenção da segunda


nota parcial na disciplina de Laboratório de
Fı́sica Geral III. Solicitado pelo professor Hen-
rique Duarte da Fonseca Filho.

Manaus-AM
2021
Sumário
1 INTRODUÇÃO 2

2 LEI DE OHM E RESISTIVIDADE ELÉTRICA 3


2.1 OBJETIVO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
2.2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3

3 PARTE EXPERIMENTAL 4
3.1 MATERIAL NECESSÁRIO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
3.2 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES 5
4.1 TRATAMENTO DE DADOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
4.2 RESULTADOS OBTIDOS PELOS SITE TINKERCAD.COM . . . . . . . 13

5 CONCLUSÃO 19

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 20

1
1 INTRODUÇÃO
No segundo experimento de laboratório de Fı́sica III, deu-se ênfase a dois conceitos
importantes: resistência e resistividade elétrica. Em laboratório foram usados materiais
como como fio de constantan, fonte e multı́metro para realização do experimento. Posteri-
ormente, os dados obtidos foram tabelados e postos em um programa gráfico para análise
e comparação. Os mesmos passos foram seguidos para a versão do experimento em um
simulador.

2
2 LEI DE OHM E RESISTIVIDADE ELÉTRICA
2.1 OBJETIVO
Medir, através da relação V /i, a variação da resistência de um condutor linear em
função do comprimento e da área de sua seção transversal.

2.2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA


Quando aplicada a mesma diferença de potencial, nas extremidades de materiais di-
ferentes, mas com as mesmas dimensões, pode-se observar que o valor da resistência não
é igual. Um condutor cuja a função em um circuito seja introduzir uma resistência é
denomindado de resistor. A resistência pode ser obtida da através da equação:
V
R= (1)
i
De acordo com a Eq. 1, a unidade de resistência no SI é o volt por ampère. Assim,

V
1 ohm = 1 Ω = 1 volt por ampère = 1 A
.

Às vezes estamos interessados em conhecer a corrente i em um condutor. Em ou-


tras ocasiões, nosso interesse é mais restrito e queremos estudar o fluxo de cargas através
da seção reta de um condutor em um ponto qualquer de um circuito. Para descrever esse
fluxo, usamos a densidade de corrente J. ⃗
Z
i = J⃗ · dA ⃗ (2)

Se a corrente é uniforme em toda a superfı́cie e paralela a dA,⃗ J⃗ também é uniforme



e paralela a dA. Nesse caso,
i
J= (3)
A
Vale salientar que a resistência é uma propriedade do dispositivo; a resistividade é uma
propriedade do material. Desejando saber a resistividade de um material particular, um
condutor homogêneo e isotrópico de comprimento L e com uma área de secção transversal
A, ao qual aplicou- se uma diferença de potencial ∆V . Dentro do objeto, existe um campo
elétrico uniforme E = VL . Se a densidade da corrente também é uniforme ao longo da
área, então J = Ai . A resistividade é, então
V
E L V A A
ρ= = i = · =R· (4)
J A
L i L
Logo, é perceptı́vel que a resistência de um material está diretamente ligada ao seu
comprimento, resistividade e inversamente proporcional a sua área.
L
R=ρ· (5)
A

3
3 PARTE EXPERIMENTAL
3.1 MATERIAL NECESSÁRIO
ˆ 1 fio de constantan (0, 2mm de diâmetro)

ˆ 2 fios de conexão

ˆ 1 régua

ˆ 2 garras de montagem

ˆ 1 fonte CC variável

ˆ 1 amperı́metro

ˆ 2 isoladores

3.2 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL


Primeiramente, montou-se um circuito abaixo utilizando fio de constantan em dois
isoladores na borda da mesa, distantes 0, 60m um do outro.. Foi montado um circuito,
onde um fio de conexão foi ligado a uma fonte de CC variável e ao fio de constantan,
e outro fio de conexão foi ligado ao fio de constantan e a um multı́metro (na função de
amperı́metro).
Após isso, ajusta-se a corrente da fonte para 0, 10A até 0, 50A, sempre anotando os
respectivos valores de tensão (V ) e suas respectivas incertezas. A partir disso, aumenta-se
a distâncias entre os isoladores 0, 7m até 1, 00m repetindo os procedimentos anteriores.
Agora com os isoladores a uma distância de 1,00m, repete-se os mesmos procedimentos
de ajustar a corrente (A), porém para 2, 3 e 4 pernas de fio de constantan, que significa
os números de fios em paralelo (aumenta a espessura do fio). Os dados obtidos foram
registrados na tabela a seguir:

Tabela 1: Registro de dados

4
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Após a medição e coleta dos dados, fez-se um gráfico V = f (i) para cada distância cuja
voltagem foi medida. Por ser utilizado o mesmo tipo de material para todas as medidas,
sendo este (fio de constantan) um material ôhmico, a resistência é constante, portanto
segue a primeira Lei de Ohm. Foi utilizada a regressão linear em todos os gráficos. A
seguir pode-se observar os gráficos de cada distância:

4.1 TRATAMENTO DE DADOS

Figura 1: Gráfico 01 - Comprimento 0,60m -V = f (i)

5
Figura 2: Gráfico 02 - Comprimento 0,70m - V = f (i)

Figura 3: Gráfico 03 - Comprimento 0,80m - V = f (i)

6
Figura 4: Gráfico 04 - Comprimento 0,90m - V = f (i)

Figura 5: Gráfico 05 - Comprimento 1,00m - V = f (i)

7
Figura 6: Gráfico 06 - Comprimento 2 pernas - V = f (i)

Figura 7: Gráfico 07 - Comprimento 3 pernas - V = f (i)

8
Figura 8: Gráfico 08 - Comprimento 4 pernas - V = f (i)

A resistência foi calculada através de uma regressão linear, onde obtêm-se a equação
da reta y = a + b ∗ x. Com essa equação, é possı́vel conhecer as seguintes informações:
a: onde a reta intercepta o eixo y;
b: coeficiente angular
A inclinação da reta também pode ser encontrada através da equação:
∆y y − yi
tag α = = (6)
∆x x − xi
Como o eixo y, nesse experimento, representa a tensão V e o eixo x representa a
corrente i, a tangente pode, então, ser descrita da seguinte forma:
V
tag α = =R (7)
i
Ou seja, a inclinação b da reta nos dá a resistência diferencial do material.
Em cada gráfico é possı́vel ver a resistência do material variando de acordo com a
distância. Na tabela abaixo está registrado as resistências obtidas juntamente com seus
respectivos erros (R ± ∆R):

9
Tabela 2: Resistências obtidas através dos gráficos V = f (i)

Para as distâncias de 0, 6m a 1, 0m foi feito um gráfico R = f (L), onde o mesmo


apresenta uma regressão linear.

Figura 9: Gráfico 09 - R = f (L)

10
Para as demais distâncias, de 1, 0m a 4pernas, foi feito um outro gráfico, R = f (A).
O gráfico teve um comportamento exponencial, como demonstrado a seguir.

Figura 10: Gráfico 10 - R = f (A)

Dados para a construção do gráfico R = f ( A1 )


Cálculo da área de cada fio:
−3
1m ou 1 perna : A = πr2 = π( 0,2×10
2
)2 = π(10−4 )2 = 3, 14 × 10−8 m2
−3
2 pernas : 2A = 2πr2 = 2π( 0,2×10
2
)2 = 2π(10−4 )2 = 6, 28 × 10−8 m2
−3
3 pernas : 3A = 3πr2 = 3π( 0,2×10
2
)2 = 3π(10−4 )2 = 9, 42 × 10−8 m2
−3
4 pernas : 4A = 4πr2 = 4π( 0,2×10
2
)2 = 4π(10−4 )2 = 12, 56 × 10−8 m2

1
Invertendo o seu valor, A
temos,

1 1 8 −2
A
= 3,14×10 −8 m2 = 0, 32 × 10 m
1 1 8 −2
2A
= 6,28×10 −8 m2 = 0, 16 × 10 m
1 1 8 −2
3A
= 9,42×10 −8 m2 = 0, 11 × 10 m
1 1 8 −2
4A
= 12,56×10 −8 m2 = 0, 08 × 10 m

11
Figura 11: Gráfico 11 - R = f ( A1 )

A resistividade elétrica do fio de constantan vai ser dada pela inclinação da reta do
gráfico R = f (1/A).A inclinação da reta ou coeficiente angular obtido é aproximadamente:
(48, 24 ± 1, 01) × 10−8 Ωm .

12
4.2 RESULTADOS OBTIDOS PELOS SITE TINKERCAD.COM

Tabela 3: Registro de dados

Resistência dos resistores: 0, 10Ω

Tabela 4: Registro de dados

Resistência dos resistores: 0, 50Ω

13
Tabela 5: Registro de dados

Tabela 6: Registro de dados

14
Tabela 7: Registro de dados

Tabela 8: Registro de dados

15
Tabela 9: Registro de dados

Tabela 10: Registro de dados

No experimento, real não obtemos uma reta quando plotamos os dados em um gráfico
(se fazendo necessário o uso da regressão linear), como acontece nos dados relatados
pelo simulador. Isso ocorre por não haver um resistor ôhmico perfeito (apenas boas
aproximações) no experimento, o que significa que ocorre uma variação na resistência
quando se altera a intensidade de corrente.

16
Tabela 11: Registro de dados

Tabela 12: Registro de dados

Pode-se perceber que a resistência elétrica diminui com o aumento do número de


resistores em uma associação paralela, dentro de um circuito. Esse fato ocorre quando
uma corrente tem que se dividir entre dois ou mais elementos de resistência.

17
Tabela 13: Registro de dados

Tabela 14: Registro de dados

Da mesma forma que o item 4, diferentemente da experiência real, os dados cedidos


pelo simulador são descritos por uma reta no gráfico. Isso ocorre pela inexistência de um
condutor ôhmico ideal no mundo fı́sico.

18
5 CONCLUSÃO
Vimos, neste experimento, a determinação da resistência e resistividade elétrica ba-
seados nas mudanças de voltagem quando a corrente sofria alterações. Então, podemos
concluir, que a resistência de um material está relacionada com a sua resistividade pelo seu
comprimento e por sua área (levando em conta a imprecisão de uma atividade empı́rica
real).

19
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FISICA NET.Resistividade elétrica. Disponı́vel em: ¡http://fisica.net/constantes/resistividade-
eletrica-(ro).php¿.
HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl.Fundamentos de fı́sica: Ele-
tromagnetismo. 10ªed. Rio de Janeiro: LTC, 2016.

20

Você também pode gostar