Você está na página 1de 17

UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA


CURSO DE ENGENHARIA QUÍMICA
DISCIPLINA: FÍSICA III
PROF. DR. CARLOS ALBERTO CARNEIRO FEITOSA

RELATÓRIOS DE FÍSICA III

Endre Wane Coelho Moraes (2022009786)

São Luís – MA
2023
SUMÁRIO

1. EXPERIMENTO DE ELETROSTÁTICA 1 ............................................................... 3

2. EXPERIMENTO DE ELETROSTÁTICA 2 ............................................................... 4

3. EXPERIMENTO DE ELETROSTÁTICA 3 ............................................................... 8

4. EXPERIMENTO DE CIRCUITO 1 ........................................................................... 9

5. EXPERIMENTO DE CIRCUITO 2 ......................................................................... 10

6. EXPERIMENTO DE CIRCUITO 3 ......................................................................... 11

7. EXPERIMENTO DE CIRCUITO 4 ......................................................................... 14

8. EXPERIMENTO DE CIRCUITO 5 ......................................................................... 16


1. EXPERIMENTO DE ELETROSTÁTICA 1
1) Descreva o funcionamento do eletroscópio utilizado na prática.
Um eletroscópio é um dispositivo utilizado para detectar a presença de
cargas elétricas. Ele é composto por uma haste condutora com duas folhas
metálicas na extremidade. Quando uma carga elétrica é aplicada à haste, as folhas
se afastam devido à repulsão das cargas iguais. Isso indica a presença e o tipo da
carga elétrica.

2) Descreva o funcionamento do voltímetro eletrostático utilizado na prática.


Ao contrário dos voltímetros convencionais, ele opera com base nas forças
eletrostáticas entre cargas elétricas. Seu princípio de funcionamento encontra-se
na Lei de Coulomb, que descreve a força entre duas cargas elétricas. De acordo
com essa lei, a força entre duas cargas é diretamente proporcional ao produto das
cargas e inversamente proporcional ao quadrado da distância entre elas. Quando
aplicamos uma diferença de potencial ao voltímetro, as cargas são induzidas nas
placas do instrumento, criando uma força eletrostática que movimenta uma das
placas. A magnitude do movimento dessa placa é proporcional à diferença de
potencial aplicada.

3) Descreva o procedimento para obter um corpo material carregado eletricamente


por atrito.
Para se obter um corpo carrega por atrito, primeiro se tem que ter dois
materiais com a composição química distintas, assim, atritando (esfregando) um
no outro, um dos materiais acumula elétrons tornando sua superfície carregada
com sinal negativo, enquanto o segundo material adquire sinal positivo em sua
superfície.

4) Descreva o procedimento para verificar se um corpo material está carregado


eletricamente utilizando o eletroscópio.
Após atritar dois materiais de composição química diferente, pega-se um
dois matérias e aproxima próximo ao eletrostático, por indução, vai nota-se
movimento no eletrostático, assim indicando que o material está carregado.

3
5) Descreva o procedimento para verificar se um corpo material está carregado
eletricamente utilizando o voltímetro eletrostático.
Para verificar se o corpo está carregado, faz-se necessário colocar as duas
pontas de prova em locais diferentes do material, se o voltímetro indicar DDP
então ele está carregado eletricamente.

2. EXPERIMENTO DE ELETROSTÁTICA 2
1) A partir dos dados da Tabela 1 faça um gráfico de E × ∆V. Verifique e justifique que
a dependência entre o campo eletrostático e o potencial é linear.

Gráfico 1 - Campo da Placa Condutora em função do Potencial.

4
2) A partir dos dados da Tabela 2 faça um gráfico de 𝐸 × 𝑧. Procure uma curva teórica
que ajuste as medidas.

Gráfico 2. Campo do Disco Condutor em função da Distância.

5
3) A partir dos dados da Tabela 3 faça um gráfico de 𝐸 × 𝑧. Procure uma curva teórica
que ajuste as medidas.

Gráfico 3. Campo da Esfera em função da Distância.

6
4) A partir dos dados da Tabela 4 faça um gráfico de 𝐸 × ∆𝑉. Verifique e justifique a
dependência entre o campo eletrostático e o potencial é linear.

Gráfico 4. Potencial em função do Campo em Placas Paralelas.

7
3. EXPERIMENTO DE ELETROSTÁTICA 3

Tabela 1– Permissividades e constante elétrica do papel, acetato e papel mais


acetato.

Meio Material Papel Acetato Papel + Acetato


Permissividade 3,625 x10-5 4,700 x10-5 1,794 x10-5
(F/m)
K= 𝜀/𝜀0 4,096 x106 5,31 x106 2,027 x106

1) Compare os dados da Tabela 1 com valores encontrados na literatura.


Quando são comparados aos da literatura, nota-se que a os valores estão bem
próximos do esperado, como por exemplo, o papel apresenta uma permissibilidade
de 3,85 x10-5 na literatura, que é bem próximo do calculado no experimento, o mesmo
para o acetato.

2) A partir dos dados da Tabela 1 e da medida da capacitância do CPP com o meio


misto papel e acetato, verifique a conformidade da Equação.
𝐴
𝐶 = 𝜖1 𝜖2
𝜖1 𝑑1 + 𝜖2 𝑑2
𝐶 = 2,658 𝑛𝐹

3) Proponha como modificar essa prática para efetuar a medida da permissividade


elétrica de fluidos.
Como já foi calculado a capacitância, com o auxílio do capacímetro, pode-se aplicar
uma tensão elétrica conhecida ao fluido e medir a capacitância resultante. Isso se
deve ao fato que a capacitância é diretamente proporcional à permissividade elétrica
do fluido.

8
4. EXPERIMENTO DE CIRCUITO 1

1) Compare o valor instrumental com o valor nominal de cada elemento de


resistência. Calcule o desvio percentual (ΔR%) e anote nos respectivos quadros.
Tabela 1
R1 R2 R3 R4 R5 R6 R7
Vn (Ω) 680 68000 39000 10 1000 2700 680
T (%) 5 5 5 5 5 5 5
Vi (KΩ) 0,676 67,6 38,8 0,01 1,009 2,68 0,671
ΔR% 0,588 0,588 0,5128 0 0,9 0,740 1,323

Tabela 2
Req (série) Req (paralelo)
Vn (KΩ) 107,076 0,65811
Vi (KΩ) 107,1 0,658
ΔR% 0,0224 0,0167

2) Compare ΔR% com a tolerância de cada resistor.


Fazendo um comparativo do ΔR% com a tolerância para cada resistor,
percebe-se que o desvio percentual não está alto, visto que não ultrapassou o
limite de tolerância de 5%. Contudo, nota-se também que se os valores dos
resistores, exceto R4, tivessem um acréscimo de 5%, o ΔR% também ficaria
acima de 5%, assim sendo um valor muito alto para o desvio percentual.

3) Discuta os resultados obtidos prático e teóricos das resistências equivalentes


(associação em série e paralelo).
Nota-se que com base nos valores encontrados da associação de
resistores em série e paralelo, independente se for valor prático ou teórico, há
uma soma das resistências dos resistores quando eles estão em série e uma
soma dos inversas das resistências quando estão em paralelo. Assim, o
resistor equivalente da associação em série e paralelo será maior que as
resistências anterior e menor, respectivamente.

9
5. EXPERIMENTO DE CIRCUITO 2
1) Explique a necessidade de inserir o voltímetro em paralelo no circuito.
O voltímetro é utilizado para medir a tensão elétrica de um circuito, desta
forma para não interferir na medida o instrumento deve ter resistência interna
muito alta para que não haja alteração de corrente no circuito, quando
comparada com a resistência do circuito. Portanto, sua necessidade de estar
em paralelo é porque como ele vai ter uma resistência muito maior em
comparação ao resto do circuito, a corrente do circuito dificilmente irá se desviar
do restante do circuito para passar por ele, assim ele não interfere na corrente.

2) Dê sua conclusão através das leituras feitas (tabelas 1 e 2) com relação as


diferenças de potenciais aplicadas pela fonte no circuito (série e paralelo).
Tabela 1 - Circuito 1
𝑉𝐴𝐵 𝑉𝐴𝐶 𝑉𝐶𝐷 𝑉𝐷𝐸 𝑉𝐸𝐵
3V 0,081 V 1,416 V 0,045 V 1,421 V
6V 0,165 V 2,882 V 0,092 V 2,880 V
9V 0,248 V 4,321 V 0,138 V 4,316 V

Tabela 2 - Circuito 2
𝑉𝐴𝐵 𝑉𝐶𝐷 𝑉𝐸𝐹 𝑉𝐺𝐻 𝑉𝐼𝐽
3V 3,017 V 3,008 V 3,017 V 3,017 V
6V 6,033 V 6,031 V 6,032 V 6,033 V
9V 9,03 V 9,02 V 9,00 V 9,03 V

Observando as tabelas 1 e 2 acima, conclui-se que as diferenças de


potenciais aplicadas em cada segmento (Vac, Vcd, Vde ...) no circuito em série
(tabela 1), vai apresentar uma ddp bem diferente uma da outra a depende do
resistor analisado, isso ocorre pois está havendo uma associação em série.
Enquanto em paralelo, como se pode observar na tabela 2, os valores em cada
segmento (Vcd, Vef, Vgh ...) são bem próximos, isso ocorre pois quando estão
associados em paralelo a ddp vai ser igual para todas as ramificações, que é
equivalente aos seguimentos no nosso circuito, que próximo da ddp da fonte.
10
3) Compare a soma das quedas dos potenciais dos resistores (tabela 1) com o
potencial aplicado pela fonte no circuito. Justifique as diferenças encontradas.
Potencial Fonte ∑ Quedas dos Potenciais
3V 2,963 V
6V 6,015 V
9V 9,023 V

Notou-se que a somatória das quedas dos potenciais é bem próxima ao


potencial da fonte. Essas pequenas variações podem ter ocorrido devido à
variação na resistência instrumental (sendo diferente da teórica) dos resistores,
imprecisão mecânica e/ou falha dos operadores.

4) Expresse uma lei matemática para representar a conclusão da 2a questão.


Percebe-se que a lei relacionada a explicação da segunda questão é a
2 ª Lei de Kirchhoff. Esta lei fala que em uma malha do circuito a soma algébrica
das variações de potencial é igual a zero. Logo, ∑ V = 0, isso implica que para
ocorrer essa somatória nula, deve-se ter uma soma das quedas de potenciais
que seja igual, em módulo, ao potencial aplicado pela fonte.
5) Dê uma explicação física que justifique a diferença de potencial (d.d.p.) nos
terminais de cada resistor.
A explicação para a ddp nos terminais de cada resistor está relacionado
a Lei de Ohm, pois cada resistor apresentado uma resistência a passagem de
corrente, dessa forma gerando uma diferença em cada terminal par diferentes
resistores. Essa Lei mostra a relação entre a tensão, a corrente elétrica e a
resistência em um circuito, utilizando a fórmula V = i.R .

6. EXPERIMENTO DE CIRCUITO 3
1) Explique a necessidade de inserir o amperímetro em série no circuito.

11
O amperímetro é um equipamento que deve ser conectado em
série, pois a corrente tem que o atravessar para fazer a aferição da corrente
naquele ponto do circuito, assim para realizar medições de corrente
adequadas, e deve possuir uma resistência elétrica muito pequena. Podemos
dizer que a resistência do amperímetro deve tender a zero para esse
equipamento seja considerado adequado para medir correntes.

2) Compare o valor teórico com o valor instrumental de cada elemento do circuito.


Calcule o desvio percentual (∆I%) e anote nas respectivas tabelas.

Tabela 1 - Circuito 1
𝐼𝐴 𝐼𝐶 𝐼𝐷 𝐼𝐵
𝐼𝑇 (µA) 23,9 23,9 23,9 23,9
𝐼𝑖 (µA) 23,7 23,7 23,8 23,8
ΔI% 0,837 0,837 0,837 0,837

Tabela 2 - Circuito 2
𝐼𝐶 𝐼𝐸 𝐼𝐷 𝐼𝐵 𝐼𝐴
𝐼𝑇 (µA) 152,78 77,6 44,5 274,09 274,09
𝐼𝑖 (µA) 152,7 77,5 44,6 274,0 274,0
ΔI% 0,052363 0,1386 0,2247 0,0328 0,0328

Nota-se uma leve variação entre os valores teóricos e os valores


instrumentais, abaixo de 0,4% no circuito 1 e de 1% no circuito 2. Essas
diferenças nas aferições podem ocorrer devido à erros mecânicos,
arredondamentos nos cálculos das correntes teóricas, variação da resistência
instrumental do resistor (sendo diferente da teórica).

3) Dê sua conclusão através das leituras feitas (tabelas 1 e 2) com relação a


distribuição das correntes nos circuitos em série e paralelo.
Percebe-se que no circuito 1 (em série) as correntes 𝐼A , 𝐼C , 𝐼D e 𝐼B
mantém-se iguais à corrente enviada pela fonte em todo o circuito. Por outro
12
lado, no circuito 2 (em paralelo) ocorre uma divisão da corrente, enviada pela
fonte, em 3 correntes distintas (𝐼C, 𝐼D e 𝐼E), em que o somatório dessas três
correntes tem que ser igual a corrente que entra e saí, respectivamente 𝐼A e 𝐼B;
sendo 𝐼A e 𝐼B iguais, pois são as correntes que saem e entram na fonte,
respectivamente.

4) Através das leituras feitas para a corrente o que você pode observar nas
associações em série e em paralelo? Dê sua conclusão através de uma fórmula
matemática.
Na associação em série a corrente se comporta da seguinte forma através de
todo circuito:
𝐼 = 𝐼1 = 𝐼2 = 𝐼3 = ⋯ = 𝐼n.

Já na associação em paralelo a corrente se comporta da seguinte forma


através de todo circuito:
𝐼 = 𝐼1 + 𝐼2 + 𝐼3 + ⋯ + 𝐼n.

13
7. EXPERIMENTO DE CIRCUITO 4
1) A partir de um nó do circuito experimental, comprove a 1a Lei de Kirchhoff.
A 1ª Lei nos diz que em um nó a soma algébrica das correntes que
chegam é igual à soma algébrica das correntes que saem. Utilizando o nó B,
obtém-se que:
∑ic = ∑is
i1 = i2 + i3

Pela Lei das Malhas, calcula-se as correntes 1, 2 e 3.


Malha BEFA:
- i2. R2 - i1. R6 + ℰ - i1. R1 = 0
- i2. 994 - i1. 1199 + 3 - i1. 1498 = 0
i2. 994 + i1. 2697 = 3
Malha BCDE:
- i3. R3 – i3. R4 – i3. R5 + i2. R2 = 0
- i3. 43199 + i2. 994 = 0

Resolvendo o sistema, sabendo que i1 = i2 + i3:


• i2. 994 + i1. 2697 = 3 (x 16,01743)
- i3. 43199 + i2. 994 = 0

• i2. 15921,33 + i2. 43199 + i3. 43199 = 48,053


- i3. 43199 + i2. 994 = 0

• i2. 60114,33 = 48,053


i2 = 0,000799 = 0,799mA

• 0,000799. 994 + i1. 2697 = 3


i1 = 0,000818 A = 0,818 mA

• i1 = i2 + i3
i3 = 0,019 mA

2) A partir de uma malha do circuito experimental, comprove a 2a Lei de Kirchhoff.


14
A 2a Lei nos fala que em uma malha a soma algébrica das variações do
potencial é igual a zero.
∑V = 0.
Utilizando a malha BEFA e as correntes calculadas na questão anterior, tem-
se:
Malha BEFA:
- i2. R2 - i1. R6 + ℰ - i1. R1 = 0
- i2. 994 - i1. 1199 + 3 - i1. 1498 = 0
i2. 994 + i1. 2697 = 3
994Ω. 0,000799A + 2697Ω. 0,000818A = 3 V

3,00 V = 3 V

15
8. EXPERIMENTO DE CIRCUITO 5
1) Determine, por regressão linear, a reta que ajusta V em função de I.

2) Verifique que a resistência R do resistor é igual ao o coeficiente angular da reta de


ajuste.
Observando o gráfico, nota-se que o coeficiente angular, que vai ser a
resistência do resistor, tem um valor de 0,039087, multiplicando esse valor por
106 , obtém-se o valor em ohm, 39087 ohms. Analisando esse valor, nota-se
que é próximo do valor teórico do resistor colocado no circuito, 39000 ohms.

3) Verifique se a reta de ajuste passa pela origem.


Para verificar se a reta de ajuste passa pela origem, observa-se o
coeficiente angular, 0,0036842, com base nisso, percebe-se que a reta não
passa pela origem, mas se encontra bem próxima dela.

16
17

Você também pode gostar