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TÉCNICO INTEGRADO EM ELETROTÉCNICA (MATUTINO)

ALUNA: ÁGATA CRISTINY DOS S. L. PRAZERES


MATRÍCULA: 20221720043

PROFESSOR: MANOEL ALVES FILHO

RELATÓRIO DE ELETRICIDADE BÁSICA II


CIRCUITOS RL EM SÉRIE

João Pessoa - PB
23 de maio de 2023
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 2
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 4
PROCEDIMENTO TEÓRICO 5
RESULTADOS 5
CONCLUSÃO 7
BIBLIOGRAFIA 7

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1. INTRODUÇÃO

● Indutância
A capacidade que um condutor possui de induzir tensão em si mesmo quando a
corrente varia é sua auto-indutância, ou simplesmente indutância. O símbolo da
indutância é a letra L, e a sua unidade é o henry (H). Um henry é a quantidade de
indutância que permite a indução de um volt quando a corrente varia em razão de
um ampère por segundo. A fórmula para indutância é:

Vl
L=
Δ i/ Δ t

● Reatância indutiva
A reatância indutiva XL é a oposição à corrente ca devida à indutância do circuito. A
unidade da reatância é ohm (Ω). A sua fórmula é: XL = 2𝝅𝑓L ou XL = 6,28𝑓L.

Em um circuito constituído apenas por indutância (Figura 1), pode-se aplicar a lei de
Ohm para se calcular a corrente e tensão substituindo XL por R.

Figura 1 - Circuito contendo apenas XL.

Fonte: Gussow, 2009.

● Indutores
Indutores são componentes utilizados para induzir uma tensão em algum material
próximo a eles. Se eles forem dispostos suficientemente afastados uns dos outros
de modo que não interajam eletromagneticamente entre si, os seus valores podem
ser associados exatamente como se associam os resistores. Se certo número de
indutores for conectado em série, a indutância total L, será a soma das indutâncias
individuais:
LT = L1 + L2 + L3

Se duas bobinas forem conectadas em série forem colocadas muito próximas entre
si, de tal forma que as suas linhas de campo magnético se interligam, a sua
indutância mútua produzirá um efeito no circuito. este caso, a indução total será:

2
LT = L1 + L2 ± 2 LM

onde LM é a indutância mútua entre bobinas. O sinal positivo (+) na Equação é


usado se as bobinas forem dispostas em série aditiva, enquanto o sinal negativo (-)
é usado quando as bobinas são dispostas em série subtrativa. A série aditiva indica
que a corrente comum produz o mesmo sentido de campo magnético para as duas
bobinas. A conexão em série subtrativa produz campos opostos.

● Circuito RL em série
Quando uma bobina tem uma resistência em série (Figura 2a), a corrente rms I é
limitada tanto por XL quanto por R. O valor de I é o mesmo em XL e em R, uma vez
que as duas estão em série. A queda de tensão em R é VR = IR, e a queda de
tensão em Xl é VL = IXL. A corrente I através de Xl deve estar 90° atrasada em
relação a VL, pois este é o ângulo de fase entre a corrente através da indutância e a
sua tensão auto-induzida (Figura 2b). A corrente I em R e a sua queda de tensão IR
estão em fase, portanto o ângulo de fase é de 0°.

Figura 2 - R e XL em série.

Fonte: Gussow, 2009.

Para associar duas duas formas de onda de fase, somamos os fasores


equivalentes. O método consiste em posicionar a extremidade da base de um fasor
à ponta da seta do outro, utilizando o ângulo para indicar a sua fase relativa. A soma
dos fasores produz um fasor resultante que começa da base de um fasor e vai até a
extremidade da seta do outro. Como os fasores V R e VL formam a geometria de um
triângulo retângulo, o teorema de Pitágoras afirma que a hipotenusa é igual à raiz
quadrada da soma dos quadrados dos catetos. Portanto, a resultante fica

V T =√ ❑

onde a tensão total VT é o fasor soma das duas tensões VR e VL que estão 90° fora
de fase. Todas as tensões devem ser expressas nas mesmas unidades de medida -
valores rms, de pico, ou instantâneos.

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2. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Materiais:
● Osciloscópio digital;
● Medidor LCR;
● Multímetro;
● Fonte de tensão CA ajustável;
● Módulo trifásico de carga resistiva;
● Módulo trifásico de carga indutiva;
● 5 cabos auxiliares;
● 2 cabos BNC com pontas jacaré.

Processo:
Iniciamos o procedimento conectando o multímetro à a fonte de tensão CA
ajustável, que foi regulada até atingir 10V. Ainda com auxílio do multímetro, fizemos
a medição das três cargas resistivas (950R, 1950R, 3770R). Por ser a mais próxima
dos cálculos teóricos anteriormente feitos, utilizamos a carga de 950R durante o
restante da prática. Já com o auxílio do medidor LCR, aferimos a indutância da
carga indutiva 3H.

Em seguida, utilizando os cabos auxiliares, realizamos a ligação, em série, entre os


dois módulos trifásicos e a fonte de tensão ajustável. Com mais dois cabos
auxiliares e os cabos BNC com garra jacaré, conectamos a carga resistiva ao canal
1 do osciloscópio, enquanto o canal 2 foi ligado à carga indutiva.

No osciloscópio, pudemos observar os diferentes tipos de Delay (Figura 3), além


dos valores de período, frequência, tensões eficazes, pico e pico-a-pico de ambos
os canais.

Figura 3 - Tipos de Delay.

Fonte: Instrutherm, 2023.

Por fim, novamente com o multímetro, verificamos as tensões eficazes das duas
cargas.

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3. PROCEDIMENTO TEÓRICO

Logo após o procedimento experimental e com base nos valores medidos no


mesmo, realizamos o cálculo da tensão total usando o teorema de Pitágoras
anteriormente apresentado na introdução. Logo:

V T =√ ❑

V T = √❑
V T =√ ❑
V T ≈ 9 , 66 V

4. RESULTADOS

Tabela 1 - Valores medidos nas cargas.

Resistiva Indutiva

Resistência 976Ω -

Indutância - 2.507H

Reatância indutiva - 945Ω

Frequência 60Hz 60Hz

Período 16.70ms 16.70ms

Vrms 10.5V 3.25V

Vp 15.1V 4.9V

Vpp 30.2V 9.80V


Fonte: Autor, 2023.

Tabela 2 - Valores calculados e medidos na fonte.

Teórico Experimental

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Frequência 60Hz 60Hz

Período 16.66ms 16.70ms

Vp 13.85V 14.42V

Vpp 27.71V 28.84V

Vrms 9.8V 10.2V


Fonte: Autor, 2023.

Tabela 3 - Valores e ângulos dos Delay’s.

Período Ângulo

FFR 8.1ms 175°

FRF 24.7ms 533°

FRR 16.6ms 360°

LFF 83.3ms 1800°

LFR 91.7ms 1980°

LRF 74.8ms 1615°

LRR 97.2ms 2100°


Fonte: Autor, 2023.

5. CONCLUSÃO

Os circuitos RL em série são um filtro de primeira ordem, sendo compostos por um


resistor e um indutor, eles são, na verdade, bem simples. Com a montagem

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utilizando os módulos resistivos e indutivos, vimos o quão eficiente foi nossa
atividade para a compreensão deste tipo de circuito.

O mesmo se dá para o uso do osciloscópio e do multímetro, que nos possibilitaram


um melhor entendimento do funcionamento do circuito, uma vez que, de forma
rápida e prática, proporcionam a visualização dos valores das tensões, frequências,
períodos e Delay’s dos módulos e fonte.

Podemos observar, também, que os valores teóricos e experimentais não possuem


uma grande discrepância, mostrando que, assim como na teoria, fomos capazes de
absorver as fórmulas e uso dos instrumentos na prática.

Valendo ressaltar que, com o conhecimento obtido através do uso de tais fórmulas,
conseguimos resolver circuitos de forma mais rápida e eficiente.

6. BIBLIOGRAFIA

GUSSOW, Milton. Eletricidade Básica.2 ed. [S. I]: Bookman, 2009.

MANUAL DE INSTRUÇÕES OSCILOSCÓPIO DIGITAL MODELO OD-285, São


Paulo, Instrutherm Instrumentos de Medição Ltda, São Paulo, 2014. Disponível
em: <https://www.instrutherm.com.br/media/hexaattachment/products/attachments/
OD-285_para_site_.pdf>. Acesso em: 21 de maio de 2023

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