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Capítulo - ÁGUA ENERGIZADA NA AGRICULTURA

RESUMO

Este capítulo levantará, a partir de uma revisão de literatura, aspectos


relacionados aos efeitos do tratamento da força magnética, infravermelho longo
e ionização, na água utilizada na agricultura, pecuária de corte e leiteira e
avicultura. Tais tecnologias são inovadoras e ainda não há compreensão total
sobre os seus efeitos. Dessa forma, este capítulo é focado nas abordagens
mais recentes, publicadas principalmente na última década, que permitam uma
melhor compreensão desses mecanismos e de suas ações no campo. Para a
elaboração deste capítulo foram adotadas cinco bases de dados e uma
biblioteca virtual a fim de coletar publicações científicas: Google Scholar,
SCOPUS, Web of Science, SpringerLink, Sciencedirect e o Portal de Periódicos
CAPES. Essas bases foram escolhidas tendo-se em vista a sua relevância e
importância na área do objeto desta pesquisa. Empregou-se como palavras-
chave para a busca: campo magnético, infravermelho longo, ionização da
água, agricultura e água de irrigação. Várias pesquisas foram levantadas, as
quais enfatizam os efeitos dessas tecnologias alternativas no desenvolvimento
de plantas ou animais com melhores qualidades morfológicas, fisiológicas e
desempenho produtivo, além de melhor eficiência no uso da água.
Nesse seguimento, foram levantados, ao todo, 62 trabalhos científicos
que versam sobre a aplicação das tecnologias força magnética, infravermelho
longo e ionização em água utilizada na agricultura, pecuária e avicultura.
Dentre eles, a maioria foi publicada por pesquisadores do Brasil (27,6%), de
países da Europa (15,5%), da Índia, EUA e China (8,6% cada) e do Egito
(6,9%) (Figura 1).

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Nota: O termo ‘Outros’ representa uma unidade de pesquisa publicada por pesquisadores dos
seguintes países: Arábia Saudita, África, Canadá, Cuba, Colômbia, Lituânia, Emirados Árabes
Unidos e Turquia. Os países da Europa são: Espanha, Itália, Polônia, Finlândia, Alemanha,
Inglaterra, Ucrânia, Lituânia e Rússia.

Figura 1. Locais de origem (países e regiões) dos pesquisadores principais


que publicaram os estudos levantados neste capítulo.

As tecnologias inovadoras foram embasadas a partir da análise de 19


artigos de revisão de literatura e de 43 trabalhos que continham resultados
originais de pesquisa. Desses últimos, a maior parte (83,7%) demonstrou
efeitos positivos ou resultados superiores nas plantas e nos animais após
submissão à aplicação daquelas tecnologias em comparação à água
convencional ou não tratada (Figura 2). Além disso, nenhum trabalho indicou
efeitos inferiores ou realizou questionamentos acerca das tecnologias.

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Nota: O termo ‘Benefícios/indiferenças’ indica que em um mesmo trabalho observou-se
benefícios superiores para alguns atributos e para outros não se verificou diferença estatística.

Figura 2. Resultados referentes aos efeitos na água, nas plantas e nos animais
após submissão das tecnologias inovadoras demonstrados nos estudos
levantados neste capítulo.

Verificou-se que as tecnologias citadas possuem potencial para a


aplicação em diversas áreas da agricultura, pecuária e avicultura. Dentre os
trabalhos apresentados neste capítulo, 43,5% apresentam resultados
relacionados à horticultura e fruticultura, 26,1% às sementes em geral, 17,4% à
pecuária leiteira e de corte e 13% à avicultura (Figura 3).

Figura 3. Áreas de pesquisa abordadas nos estudos levantados neste capítulo.

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A tecnologia mais estudada nos trabalhos levantados foi a de
magnetismo da água, tendo sido apresentados apenas dois estudos com
ionização e dois com infravermelho longo. Entende-se que todas são
tecnologias promissoras e novas nesse campo específico de estudo, o que
justifica um número menor de pesquisas apresentadas.

1- Água na agricultura e tecnologias inovadoras de tratamento


A água é um elemento essencial para o desenvolvimento e produção
agrícola, desempenhando papel primordial na fisiologia e nutrição das plantas,
assim como no seu crescimento e desenvolvimento vegetativo (PUTTI,
GABRIEL FILHO, KLAR, CREMASCO et al., 2013; PUTTI, 2014). Na produção
animal a água é utilizada para saciar e higienizar os animais, além de ser
utilizada para produzir os alimentos que eles consomem. Segundo a
Organização das Nações Unidas (ONU), o consumo de água potável na
agricultura representa aproximadamente 70% do consumo mundial, sendo que
no Brasil esse índice chega a 72%, valor oito vezes superior à taxa utilizada
para o abastecimento urbano (SILVA, MATTHIENSEN, BRITO, LIMA et al.,
2018). Os grandes desafios relacionados a esse precioso elemento na
produção agropecuária dizem respeito à sua quantidade e qualidade, e tem
sido alvo prioritário das políticas de controle racional de água. Em decorrência
da crise hídrica, do aumento da competição de outros setores pelo uso da
água, além de outras preocupações ambientais, o aporte de água agrícola por
unidade de área precisa ser reduzido (SURENDRAN, RAMESH, JAYAKUMAR,
MARIMUTHU et al., 2016), sendo esse tema uma pauta obrigatória para a
discussão no setor.
Dados do Atlas Irrigação, lançado pela Agência Nacional de Águas e
Saneamento Básico (ANA) em 2021 indicam que, unicamente no Brasil, a área
irrigada chega a 8,2 milhões de hectares, dos quais, 64,5% são de água de
mananciais e 35,5% de área fertirrigadas com água de reuso (ANA, 2021). A
área irrigada no país deve aumentar em mais 4,2 milhões de hectares até
2040, atingindo 12,4 milhões de hectares, representando 51% acima da área
atual. Presume-se que o consumo de água pela agricultura irrigada foi superior
a 941 mil litros por segundo em 2019, correspondente a 29,7 trilhões de litros
ao ano.

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É importante que se busquem alternativas de otimização do uso e
aproveitamento deste recurso para que se possa obter um melhor
desenvolvimento e aproveitamento das culturas e, de preferência, com maior
economia da água utilizada (FLORES, 2019). Esforços agrícolas modernos
buscam a otimização da ‘produtividade da água’, que é o indicador que
quantifica o quanto de um alimento é produzido por unidade de volume de água
utilizado na sua produção (MAHESHWARI e GREWAL, 2009; PERES,
BOSCHI, SOUZA e MENDONÇA, 2016). Nesse tocante, a utilização de água
tratada com magnetismo e infravermelho longo na irrigação é uma proposta
para tal otimização, uma vez que representam procedimentos geralmente de
baixo custo de instalação e que não exigem nenhum outro processo de energia
(RASHIDI, YADOLLAHPOUR, SHIRALI e RAJASHEKAR, 2016; SURENDRAN,
RAMESH, JAYAKUMAR, MARIMUTHU et al., 2016).
A tecnologia da água magnetizada tem sido amplamente estudada e
adotada no campo da agricultura em muitos países (AL-SHROUF, 2014),
objetivando a economia no abastecimento de água, o que ajudará a lidar com a
sua escassez no futuro. Khoshravesh, Mostafazadeh-Fard, Mousavi e Kiani
(2011) realizaram pesquisas em regiões áridas e semiáridas na Província de
Gorgan (Irã) e constataram que o magnetismo melhora a retenção de água no
solo e a absorção de água pela planta e, consequentemente, podem ser
reduzidos o número e o intervalo de irrigação. Outros países como Austrália,
Bulgária, China, Inglaterra, Japão, Polônia, Portugal, Rússia, Turquia e Estados
Unidos, também têm estudado essas tecnologias aplicadas na agricultura,
cujas pesquisas vêm demonstrando melhorias no desenvolvimento das plantas
e qualidade dos cultivados (RASHIDI, YADOLLAHPOUR, SHIRALI e
RAJASHEKAR, 2016).
Além dos efeitos diretos nas plantas, essa tecnologia também pode
auxiliar na redução de problemas operacionais no setor agrícola, como os
ocorridos nos sistemas de irrigação por gotejamento. Sabe-se que esse tipo de
irrigação proporciona economia de água e insumos. Todavia, problemas
relacionados com o entupimento de mangueiras e a precipitação de sais
inviabilizam o seu uso em algumas regiões, principalmente onde as águas
provêm de rochas calcárias (FERNANDES, SILVA e FRAGA JÚNIOR, 2017).
Latva, Inkinen, Ramo, Kaunisto et al. (2016) estudaram a influência do campo

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magnético na concentração de cálcio nas tubulações de água e verificaram, em
sistema piloto de laboratório, que o campo magnético diminuiu o acúmulo de
cálcio em 15% nas tubulações estudadas. Dessa forma, essa aplicação pode
tornar a irrigação uma prática viável, com menos problemas operacionais,
propiciando mais lucro e sustentabilidade em regiões acometidas por esse
problema.
Alguns autores defendem que o uso da água para irrigação pode ser
reduzido devido a um aumento no rendimento graças ao tratamento magnético
e outras tecnologias. Generoso, Martinez, Rocha e Hamakawa (2017)
observaram que ao utilizar essa tecnologia na irrigação foram relatadas
alterações no pH do solo, na condutividade elétrica, na disponibilidade de
fósforo (P) e de potássio (K) extraídos pela cultura, além do aumento na
concentração de íons disponíveis na solução do solo, gerando benefícios para
o cultivo.

2- Emprego da água submetida ao magnetismo, ionização e


infravermelho longo agricultura
A composição da água é formada por um átomo de oxigênio e dois
átomos de hidrogênio. A ordenação dessas moléculas é em formato angular de
aproximadamente 104,5°. A desigualdade entre as cargas de hidrogênio e
oxigênio resultam em interações muito fortes entre as moléculas, o que pode
resultar em aglomerados na forma de tetraedro, os quais recebem o nome de
clusters (Figura 4). Esses aglomerados tornam a água pesada para a sua
utilização na irrigação das culturas, podendo levar a uma deficiência no
desenvolvimento das plantas, por não permitir o aproveitamento correto dos
nutrientes e minerais por suas estruturas (ELIAS, 2015; AGUILERA e MARTÍN,
2016).

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Fonte: Ludwig (2001)

Nota: À esquerda, o alinhamento de uma molécula de água e à direita um possível arranjo da


rede para conter um soluto. Trata-se de alterações ou rearranjo de formas mais fracas de
associações intermoleculares ou clusters.

Figura 4. Arranjos da molécula de água.

As tecnologias campo magnético, infravermelho longo e ionização


podem atuar no enfraquecimento ou na ruptura das ligações de hidrogênio,
proporcionando rearranjos de clusters, de forma a deixá-los menores e mais
organizados, favorecendo a sua permeação nos tecidos vegetais, beneficiando
de forma total o aproveitamento dos nutrientes e minerais contidos na água
(BONTEMPO, 2015; ELIAS, 2015; ZHANG, HAN, LI, WANG et al., 2020; LIU,
QIN, YUAN, GAO et al., 2021).
Alguns estudos mostram que quando a água é exposta a essas
tecnologias, algumas das suas propriedades são alteradas, incluindo a óptica,
o eletromagnetismo, a termodinâmica e a mecânica; além de ocasionar
mudanças na constante dielétrica, viscosidade, força de tensão superficial,
congelamento e pontos de ebulição e condutividade elétrica em comparação
com a água sem tratamento. Por isso, a água magnetizada possui extensas
aplicações na indústria, agricultura e medicina (MAHESHWARI e GREWAL,
2009; SELIM e EL-NADY, 2011; DA SILVA e DOBRÁNSZKI, 2014; DA SILVA e
DOBRÁNSZKI, 2016; LIU, QIN, YUAN, GAO et al., 2021).
As alterações induzidas no pH, na condutividade elétrica e nos sólidos
totais dissolvidos, assim como nos níveis de salinidade em água de irrigação
tratadas magneticamente, resultam em atividade biológica acentuada nas
plantas e, consequentemente, influenciam o seu crescimento. O campo
magnético de alto gradiente pode ativar mais rapidamente enzimas e
hormônios durante o processo de crescimento, podendo melhorar a

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mobilização e o transporte de nutrientes para as mesmas (MAHESHWARI e
GREWAL, 2009; SURENDRAN, SANDEEP, MAMMEN e JOSEPH, 2013).
Costa (2006) constatou um maior desenvolvimento do sistema radicular das
amostras de roseiras que receberam a irrigação com condicionamento
magnético em comparação ao grupo controle (Figura 5). Surendran, Sandeep e
Joseph (2016) observaram maior umidade do solo quando foi utilizada a
irrigação com água magnetizada (força de 1800 a 2000 Gauss) em
comparação com o controle.

Fonte: Costa (2006)

Figura 5. Sistema radicular da roseira. Raiz A: roseiras irrigadas com solução


condicionada magneticamente. Raiz B: roseiras do grupo controle.

Várias hipóteses científicas são apresentadas sobre os efeitos biológicos


do campo magnético na água e nas plantas (GIUDICE, FLEISCHMANN,
PREPARATA e TALPO, 2002; HOLYSZ, SZCZES e CHIBOWSKI, 2007;
POINAPEN, BROWN e BEEHARRY, 2013; PANG, 2014; SHEYKINA e IEEE,
2016; DA SILVA e DOBRÁNSZKI, 2016):

● Modificação da permeabilidade da membrana e fluxo iônico.


● Orientação de partículas ferromagnéticas.
● Efeitos nos processos enzimáticos.
● Modificação das vias metabólicas dos processos relacionados
com crescimento, divisão celular e diferenciação de plantas.

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● O campo magnético aplicado à água de irrigação melhora as
características de crescimento da planta e funcionalidade da raiz.
● Influência marcante na composição química das plantas.
● Influência na disponibilidade de nutrientes do solo.

Especificamente sobre a ação do infravermelho em plantas, muitas


pesquisas indicam que a luz vermelha de baixa intensidade atua nas células
por meio de um fotorreceptor primário, representado pelo citocromo c oxidase,
que é a enzima terminal da cadeia transportadora de elétrons. Essa cadeia
respiratória ocorre nas membranas internas das mitocôndrias, que são as
"usinas de energia" da célula, as quais quebram moléculas de ‘combustível’ e
capturam a energia gerada na respiração celular. Quando a enzima citocromo c
oxidase é estimulada por uma luz de baixa intensidade o transporte de elétrons
na cadeia respiratória é acelerado, levando a um aumento da produção de uma
molécula universal que transporta energia, denominada de ATP (HAMBLIN e
DEMIDOVA, 2006; TAFUR e MILLS, 2008). Ademais, a luz vermelha é
importante para o desenvolvimento do aparelho fotossintético das plantas e
pode aumentar a acumulação de amido inibindo a translocação de produtos da
fotossíntese para fora das folhas (SCHUERGER, BROWN e STRYJEWSKI,
1997). Isso se torna ainda mais importante quando aplicado às mitocôndrias
das células de tecidos não fotossintéticos, como as raízes, que não recebem
luz solar direta e podem usufruir do benefício gerado pelo infravermelho
quando aplicado à água de irrigação.
No Brasil também há estudos (PUTTI, GABRIEL FILHO, KLAR, DA
SILVA JUNIOR et al., 2015; FERNANDES, SILVA e FRAGA JÚNIOR, 2017)
que comprovam a eficácia dessas tecnologias, em que culturas irrigadas com
água submetida ao magnetismo e infravermelho longo, comparadas à irrigação
com água convencional, apresentam benefícios e maior produtividade. A esses
resultados soma-se, além da viabilidade econômica, o fato dessas tecnologias
serem ecologicamente corretas, pois dispensam o uso de quaisquer
agrotóxicos ou aditivos químicos. Assim, em consonância com o advento da
sustentabilidade ambiental e de forma inovadora, magnetismo e infravermelho
longo podem contribuir para a conservação de água e energia, minimizando os

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impactos ao meio ambiente. Os estudos em diferentes áreas do setor agrícola,
assim como em diferentes culturas, serão abordados nos tópicos a seguir.

2.1 - Horticultura e fruticultura


No cultivo da alface, que representa uma das mais importantes culturas
folhosas no Brasil, cuja área ocupada pode ultrapassar a 86,8 mil hectares
cultivados por mais de 670 mil produtores (PESSOA e JUNIOR, 2021), obteve-
se maior produção quando foi irrigado com água submetida ao magnetismo e
infravermelho longo. Putti, Gabriel Filho, Klar, Da Silva Junior et al. (2015)
fizeram o experimento em dois ciclos da cultura e concluíram que a produção
foi 63% maior na cultura irrigada com a água tratada por magnetismo e
infravermelho longo, quando comparada com as irrigadas com água
convencional.
Estudos realizados na China indicam que a irrigação com água
magnetizada em berinjelas possui o potencial de melhorar a qualidade do solo,
alterar a estrutura da comunidade das bactérias benéficas e melhorar o
crescimento, produção e qualidade dos frutos. Além disso, os autores
constataram aumentos dos conteúdos de nutrientes, incremento em 24% na
diversidade bacteriana presente no solo e aumento de 29% no tamanho,
largura e peso fresco dos frutos (CUI, LIU, JING, ZHANG et al., 2020).
Alguns estudos com morangos e tomates submetidos à aplicação de
campos magnéticos, têm mostrado que há um aumento no número de flores,
precocidade e de produtividade (EŞITKEN e TURAN, 2004; DANILOV, BAS,
ELTEZ e RIZAKULYEVA, 1993). Na cultura do tomate, que representa no
Brasil (dados de 2019) área plantada de aproximadamente 55 mil ha e
produtividade de 718,4 t ha-1 (FAOSTAT, 2021c), quando foi aplicado um
campo magnético de 1200 Gauss na água de irrigação, observou-se
aceleração da porcentagem da germinação (incremento de 36%), estimulação
da altura da planta (incremento de 97%), e aumento de 12% no diâmetro do
caule e de 5% no número de folhas verdadeiras. Os resultados deste estudo
comprovaram uma estimulação significativa do crescimento na fase de
germinação e desenvolvimento de mudas, como consequência do tratamento
magnético da água de irrigação (AGUILERA e MARTÍN, 2016).

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Para a cultura do café, que representa no Brasil (dados de 2019) área
plantada de aproximadamente dois milhões de ha e produtividade de 16,5 t ha -1
(FAOSTAT, 2021a), a tecnologia de magnetização da água para irrigação gera
novas possibilidades para o aumento da produção e para a redução do
consumo de água na agricultura. Nesse tocante, após estudos em quatro
safras consecutivas de café, Fernandes, Silva e Fraga Júnior (2017)
concluíram que a utilização da água magnetizada promoveu significativos
aumentos na produtividade do cafeeiro, cujos valores eram 46% maiores
quando a cultura foi irrigada totalmente com água tratada magneticamente.
Pesquisa realizada por Surendran, Sandeep e Joseph (2016) que
avaliaram o tratamento magnético (com dois ímãs permanentes com a força de
1800–2000 Gauss) da água de irrigação (normal, salina e dura) sobre os
parâmetros de crescimento e produtividade de feijão-caupi e berinjela, revelou
que o tratamento magnético dos tipos de água de irrigação propiciou melhoria
no crescimento nos parâmetros de produtividade do feijão. Em relação à
berinjela, o magnetismo da água normal e salina causou incremento no
rendimento de 25,8 e 17,0%, respectivamente, quando comparado ao controle.
Os efeitos da irrigação com água magnetizada no cultivo do feijão-caupi
em vasos também foram estudados por Sadeghipour (2016), que revelou que
essa técnica aumentou a produção de sementes e o crescimento da planta, e
melhorou a eficiência do uso da água em 38% em comparação com irrigação
com água convencional.
No cultivo de pimentões, que representa no Brasil área plantada de mais
de 35 mil ha e produção de 110 mil toneladas em 2019 (FAOSTAT, 2021b),
Borges (2012) observou influência da água energizada no crescimento das
plantas, na produtividade de frutos e nas características pós-colheita do
pimentão híbrido amarelo. Em estudo realizado por Lorenzoni, Rezende, Vidal,
Nalin et al. (2019), que utilizaram um campo magnético de 1000 Gauss na
água de irrigação de sementes de pimentão, observaram que a germinação
das sementes irrigadas com água tratada magneticamente ocorreu antes das
sementes irrigadas com água sem tratamento e que houve maior número de
sementes germinadas com a aplicação de água submetida ao tratamento
magnético.

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2.2 Pecuária de corte e de leite
No contexto da pecuária, a atenção com a qualidade da água deve ser
trabalhada em todos os pontos da cadeia produtiva das diferentes espécies e
nas diversas frentes do sistema de produção, em que aquelas tecnologias
inovadoras podem ser empregadas em benefício dos animais e dos
pecuaristas.
A qualidade da água contribuirá para o bem-estar dos animais e
impactará os resultados de produção e a qualidade dos subprodutos. Nesse
ramo, a água é utilizada para saciar e higienizar os animais, além de ser
utilizada para produzir os alimentos que eles consomem. Dessa forma, o livre
acesso à água de qualidade é condição básica e essencial para as boas
práticas de produção e para o bem-estar animal. Na pecuária leiteira a água
contaminada pode veicular bactérias causadoras de mastite em vacas e
também bactérias que contaminam o leite (SILVA, MATTHIENSEN, BRITO,
LIMA et al., 2018).
A água potável magnetizada melhora a digestibilidade dos nutrientes e
economiza o consumo de água pelos animais, otimizando os parâmetros de
fermentação ruminal (EBRAHIM e AZAB, 2017). Estudo conduzido por Yacout,
Hassan, Khalel, Shwerab et al. (2015) indicou que a água potável magnetizada
causou aumento significativo na produção de leite em cabras. Esses autores
salientam que o uso dessa tecnologia (campo magnético de aproximadamente
1200 e 3600 Gauss) pode ser uma forma eficaz para reduzir a produção de
metano, o que contribui para a mitigação do impacto ambiental promovido pela
pecuária.
Neto, Nogueira, Da Graça Pinheiro, Engracia Filho et al. (2013) após
submeterem vacas da raça Jérsey à ingestão de água expostas ao campo
magnético, observaram aumento do pH do sangue desses animais,
provocando redução da produção de bicarbonato e, consequentemente, menor
excreção de amônio, o que resultou em aumento do nitrogênio uréico no leite.
Segundo os autores, uma maior retenção de nitrogênio é desejável e deve ser
considerada na nutrição animal por favorecer a redução de custos e do impacto
ambiental da atividade pecuária.
Um estudo distribuiu aleatoriamente ovelhas prenhas da raça ‘Awassi’
em três grupos, de acordo com o tratamento de água para ingestão: controle

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(água convencional, 1° grupo), água tratada com campo magnético de 500 (2°
grupo) e de 1000 Gauss (3° grupo). Todas as ovelhas foram alimentadas com a
mesma ração durante o período experimental. Os resultados indicaram que o
aumento da intensidade magnética da água de zero (água convencional) a
1000 Gauss elevou de forma significativa (P<0,05) a produção de leite antes do
desmame (SHAMSALDAIN e AL RAWEE, 2020).
O efeito da água magnetizada, igualmente, foi demonstrado por
Ghoneim, Shamiah, El-Ragalaty, Hegazy et al. (2020) na produção e
composição do leite de vacas bubalinas. Esse estudo revelou que os animais
que beberam água magnetizada com ímã permanente (1200 Gauss)
produziram significativamente (P<0,01) mais leite que o grupo que consumiu
água convencional. Além disso, observaram-se maiores teores de proteína,
lactose, sólidos não gordurosos e cinzas no leite das vacas que ingeriram água
magnetizada.

2.3 Avicultura
No setor de aves, a água e a otimização de seu consumo também é foco
de pesquisas, já que os frangos normalmente consomem água em uma taxa de
1,5 a 2 vezes a mais do que consomem ração. Assim, o acesso à água de
qualidade pode manter o bom desempenho do rebanho (BELL, WEAVER,
NORTH, 2002), uma vez que impurezas e contaminantes presentes na água do
bebedouro exercem uma influência prejudicial no desempenho e imunidade
das aves. Nos últimos anos, o tratamento magnético e a ionização da água
vêm sendo amplamente utilizados em granjas avícolas para atingir vários
objetivos, incluindo o aumento da produção e manutenção da saúde das aves
(EL-SABROUT e HANAFY, 2017; EL SABRY, CHARAL, MCMILLIN e
LAVERGNE, 2018).
Pesquisadores estudaram o efeito do uso de água magnetizada em
características produtivas de galinhas ‘Lohmann Brown’ durante o período de
produção de ovos (um mês) e observaram, nas condições do experimento, que
a água magnetizada melhorou a qualidade da casca do ovo, aumentando a sua
espessura e o seu peso. No entanto, não se observou diferença estatística
significativa (P<0,05) entre os resultados de rendimento de ovos entre os

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grupos de galinhas tratadas com água magnetizada e o tratado com água
convencional de torneira (EL-SABROUT e HANAFY, 2017).
Os benefícios da aplicação dessa tecnologia em pintos semirrústicos
(5148 animais), divididos em dois grupos (experimental e controle), também
foram analisados por Zaldívar, Quintero e Virellesa (2020) quando ofereceram
água potável tratada (magnetizador HP com velocidade de 0,6 a 2,5 m/s) ao
grupo experimental, e água sem tratamento ao grupo controle. Os resultados
mostraram que os animais que receberam água tratada submetida ao campo
magnético apresentaram aumento significativo do peso corporal, incluindo o
peso dos órgãos (fígado, baço e coração) e o comprimento do desenvolvimento
esquelético (tíbia, fêmur e tarso), e também melhoraram os valores de
viabilidade. Nesse estudo foi demonstrada a ação benéfica do uso da água
tratada com campo magnético sobre os indicadores produtivos em aves
semirrústicas, recomendando-se essa aplicação para aumentar o desempenho
de produção das aves para consumo humano.
Em outro estudo, realizado por Al-Mufarrej, Al-Batshan, Shalaby e
Shafey (2005), em que água tratada com magnetismo (aproximadamente 500
Gauss) foi oferecida a aves de corte, concluiu-se que houve redução do
consumo de água pelos animais, mesmo assim, não houve influência
significativa no desempenho, na composição da carcaça e no sistema
imunológico de frangos de corte. Porém, a água tratada magneticamente
reduziu a diferença no desempenho entre os sexos de frangos de corte a um
nível não significativo.

2.4 Sementes em geral


Aplicações de energias, como o campo magnético, em sementes pode
ser uma ferramenta promissora para melhorar a produção agrícola, uma vez
que não requer custo adicional com energia. Segundo Zúñiga, Benavides,
Salazar, Jiménez et al. (2016), essa tecnologia tem revelado efeito significativo
na germinação de sementes e está relacionada com aumento da absorção de
água pelas plantas, o que pode ser justificado pelo aumento das espécies
reativas de oxigênio (ROS) que agem como um sinal que proporcionam a uma
melhor germinação de sementes (SHINE, GURUPRASAD e ANAND, 2011).

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Em sálvia e calêndula, que são plantas com propriedades medicinais, a
taxa de germinação e a porcentagem de emergência das sementes no
tratamento controle (água convencional) foram inferiores às dos tratamentos
com água magnetizada, concluindo-se que os campos magnéticos
estacionários podem ser usados para melhorar a germinação das sementes
dessas culturas (FLOREZ, MARTINEZ e CARBONELL, 2012).
Na cultura da soja, avaliou-se a aplicação também desta tecnologia
(campo magnético estático de 200 mT) por 1 hora em sementes antes do
plantio, tendo sido observado um impacto positivo no crescimento da planta, no
processo de fotossíntese, metabolismo de nitrogênio e da produção, inclusive
quando estas sementes estavam sob estresse hídrico (BAGHEL, KATARIA e
GURUPRASAD, 2018).
Sementes de sorgo tratadas com água submetidas ao magnetismo e
infravermelho longo mostraram maiores taxas de germinação e maior índice de
velocidade de emergência quando comparadas com o controle, apresentando
diferença estatística entre os tratamentos. As sementes tratadas com a água
de torneira submetidas àquelas tecnologias apresentaram redução de 5,5% no
tempo médio de germinação em relação ao controle. Além disso, a aplicação
do magnetismo e do infravermelho longo na água de irrigação reduziu a
evaporação da água do solo. A evapotranspiração, que indica um melhor
aproveitamento de água, apresentou o menor valor quando foi utilizada a água
submetida a essas tecnologias (FLORES, 2019).
A resposta das características de qualidade e eficiência no uso da água
de girassol cv. Akmar aos métodos de irrigação com água convencional e
tratada pela tecnologia de magnetização em quatro níveis (0, 1000, 2000 e
3000 Gauss) foi analisada por Yahya e Abdul-Razaq (2017). Os resultados
indicaram efeito positivo do uso de água de irrigação magnetizada em todas as
características medidas, especialmente quanto a eficiência do uso da água que
obteve aumentos entre 45,1 e 56%; ao teor de nitrogênio nas folhas que
aumentou até 19,6 % e ao teor de óleo de semente que aumentou de 5,0 a
5,6%.
A irrigação com água ativada por magnetização e ionização sobre os
parâmetros de crescimento e de eficiência do uso da água do trigo de inverno
foram avaliados por Zhao, Mu, Wang e Wang (2021), tendo sido observados

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efeitos positivos desses tratamentos. O trigo absorveu cerca de 12,2% mais
água ativada do que a água subterrânea pura (controle), e a biomassa das
plantas cultivadas com água ativada era cerca de 8% maior do que a controle.
O rendimento de grãos das plantas irrigadas com 120 mm foi 10,1 e 13,9%
maior para água magnetizada e ionizada do que para água subterrânea pura,
respectivamente.
Da mesma forma, efeitos positivos do tratamento com água alcalina (pH
8,6) ionizada foram observados em massa verde de Allium ursinum, iguaria
bastante procurada devido à sua composição bioquímica e que podem ser
facilmente acometidos por doenças pós-colheita, por Malinauskaitė e
Šaluchaitė (2018). Quando a água alcalina ionizada foi usada durante a
germinação, ocorreu redução de incidências gerais de doenças nas sementes
de A. ursinum.

Considerações finais
Os resultados indicaram o efeito benéfico da água de irrigação tratada
pelas tecnologias de magnetismo, infravermelho longo e ionização sobre o
crescimento, produtividade e qualidade das lavouras e da pecuária. As
tecnologias podem ser empregadas em todas as regiões, inclusive aquelas que
são desprovidas de água de qualidade (como água dura ou salina), propiciando
o cultivo de hortaliças e de frutas.
Apesar dos estudos destinados à utilização da água magnetizada na
agricultura irrigada, faz-se necessário que outras pesquisas sejam
desenvolvidas, principalmente no que se refere a propor maior rentabilidade
aos produtores agrícolas, diminuindo os custos com a plantação, aumentando
a produtividade e a eficiência em absorção dos nutrientes necessários para o
desenvolvimento da cultura (BROETTO; MINHONI; OLIVEIRA, 2018).

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