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IIAM-Programa Nacional de Investigação Batata

Tecla Geraldo Linda

AVALIAÇÃO DA ADAPTABILIDADE DE 8 CLONES DE BATATA RENO NAS


CONDIÇÕES AGRO-ECOLÓGICAS NO PLANALTO DE LICHINGA

(Licenciatura em Agro-pecuária)

Universidade Rovuma

Extensão de Niassa

2023
Tecla Geraldo Linda

AVALIAÇÃO DA INTERAÇÃO CLONE AMBIENTE DE OITO CULTIVARES


DE BATATA RENO (solannum tuberesum) EM DIFERENTES LOCAIS
(CHIMBUNILA, SANGA E LICHINGA)
(Licenciatura em Agro-pecuária)

Projecto de pesquisa para Monografia, do


Curso de Licenciatura em Agro-pecuária, á
ser entregue para fins avaliativos.

Docente: Luís Matavela

Universidade Rovuma

Extensão de Niassa

2023
ÍNDICE
I.INTRODUÇÃO..............................................................................................................2

1.1.Generalidades..............................................................................................................2

1.2.Problema......................................................................................................................4

1.3.Justificativa..................................................................................................................5

1.4.Objectivos....................................................................................................................5

1.4.1.Geral.........................................................................................................................5

1.4.2.Específicos................................................................................................................6

1.5.Hipóteses.....................................................................................................................6

II.METODOLOGIA..........................................................................................................7

2.1.Descrição da área de estudo........................................................................................7

2.1.1.Clima........................................................................................................................7

2.1.2.Solos.........................................................................................................................8

2.1.3.Hidrologia.................................................................................................................8

2.2.Métodos.......................................................................................................................8

2.2.1.Desenho experimental..............................................................................................8

2.2.2.Descrição dos tratamentos........................................................................................9

2.2.3.Arranjo espacial do ensaio........................................................................................9

2.2.4. Condução do ensaio...............................................................................................10

2.2.5.Colecção de dados..................................................................................................10

2.4.Análise de dados........................................................................................................13

III.RESULTADOS ESPERADOS..................................................................................14

IV.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................15

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I.INTRODUÇÃO

1.1.Generalidades
A batata reno (Solanum tuberosum L.), é a quinta cultura principal mais produzida no
mundo depois da cana-de-açúcar (Saccharum officinarum), trigo (Triticum aestivum),
arroz (Oryza sativa) e milho (Zea mays) (FAO, 2018). É considerada uma dicotiledónea
da família Solanácea pertencente ao género Solanum, que contém mais de 2000
espécies. Destas, cerca de 160 produzem tubérculos. Entretanto, apenas cerca de 20
espécies de batata são cultivadas. Existem muitas espécies que são silvestres e de grande
importância nos programas de melhoramento (EMBRAPA, 2015).

O maior produtor mundial é a China, cuja produção em conjunto com a da Índia


corresponde a mais de um terço da produção mundial (FAO, 2009). No continente
Africano, o maior produtor é o Egipto, onde o cultivo ocorre principalmente no delta do
Nilo e boa parte da produção é destinada à exportação, principalmente para a Europa.
Na África Subsaariana, o maior produtor é o Malawi, onde o clima húmido e a altitude
favorecem o cultivo, que geralmente é produzido junto com outros cereais, como milho
e feijão, (Tavores et al., 2010).

Em Moçambique a batata reno é produzida em todas regiões (norte, centro e sul),


maioritariamente em pequenas explorações que cobrem uma área de 26 136 ha em todo
território nacional, com destaque para as províncias da Tete com 22 950 ha, Niassa com
1 168 ha, Zambézia com 628 ha, Maputo Província 528 ha, Gaza com 318 ha, Nampula
com 251 ha e Manica com 140 ha respectivamente (MADER, 2020).

A irrigação é um dos factores que também contribui para a baixa produtividade. Por um
lado, devido ao baixo uso, e por outro pelo facto de ser usada de forma inadequada.
Embora haja registo de rendimentos altos em Moçambique, grande parte dos produtores
continuam com níveis de produtividade baixos, e o baixo uso de fertilizantes contribui
para baixos rendimentos, uma vez que apenas 4% dos produtores usam fertilizantes
(IIAM, 2006) e maior parte deles aplicam em culturas de rendimento.

A irrigação adequada no cultivo de batata reno possibilita a obtenção de altas


produtividades e tubérculos com melhor qualidade, aumentando o rendimento
económico da cultura para produtores, para além de diminuir os problemas

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fitossanitários decorrentes da humidade do solo excessiva (GRIMM et al., 2011). Assim
como o uso eficiente da água na irrigação, outra prática que proporciona aumento de
produtividade das culturas e rendimentos agrícolas é a utilização orgânica (Melo et al.,
2009).

De acordo com Pereira et al. (2013), adubos orgânicos contribuem para a melhoria das
propriedades físico-químicas e biológicas do solo, como também contribuem para a
saúde ambiental e sustentabilidade da actividade agrícola. Os benefícios da adubação
orgânica são amplamente conhecidos, destacando-se: aumento no teor de matéria
orgânica do solo; maior disponibilidade de nutrientes para as plantas, maior aeração do
solo, maior diversidade e maior actividade microbiana, aumento da macrofauna,
aumento da capacidade de armazenamento de água no solo e redução na temperatura do
mesmo, maior acúmulo de C e N, favorecimento de modulação de raízes, menor
lixiviação de nutrientes, dentre outras (Pereira et al., 2013; Rong et al. 2016; Argaw,
2017).

O nitrogénio (N) é o segundo nutriente mineral mais exigido pelas hortaliças que
produzem tubérculos, em termos de quantidade, a exemplo da batata reno. Porém, o
excesso da adubação nitrogenada pode ser prejudicial à cultura pelo crescimento
vegetativo desequilibrado. No entanto, (Echer et al., 2009) constataram que as raízes
tuberosas representam a grande fonte de exportação de nutrientes, inclusive a batata-
doce. Para uma produtividade de 6.290 kg ha -1 de massa seca da batata reno, os
macronutrientes mais extraídos foram N (129 kg ha -1) e o K (81 kg ha-1) indicativo de
que boa parte dos nutrientes extraídos está contida nas raízes tuberosas.

Souza (2008) avaliando a produtividade na cultivar de batata Ágata, na safra de inverno


na região sul de Minas Gerais, sob diferentes regimes de irrigação, obteve produtividade
total de tubérculos de 61 ton ha-1 em tratamento irrigado por gotejamento com aplicação
de lâmina total de 285 mm.

Mantovani et al. (2013) aplicaram diferentes frequências e lâminas de irrigação, via


sistema de aspersão convencional, na cultivar da batata Ágata em São Gonçalo do
Sapucaí-MG. Estes autores verificaram que a maior produtividade total foi obtida com
frequência de irrigação de seis dias e lâmina correspondendo a 106% da irrigação total
necessária pela batata.

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Grimm et al. (2011) aplicando diferentes lâminas de irrigação, via aspersão, na batata
Asterix, em Santa Maria RS, verificaram maiores produtividades quando a necessidade
hídrica da cultura foi atendida plenamente com a reposição de 100% da ETc.

O maneio ideal da irrigação é aquele que mantém continuamente condições favoráveis


de humidade no solo, durante todo o ciclo de crescimento das plantas para atender a
demanda de água e evitar a formação de ambiente anaeróbico no espaço do solo
explorado pelas raízes (Bernardo et al., 2008).

Consequentemente, as raízes das plantas de batata ficam submetidas à deficiência de


oxigénio, as folhas não produzem carboidratos e morrem devido a substâncias tóxicas
produzidas no ambiente anaeróbico do solo (Flecha et al., 2004).

A busca e disseminação destas informações, pela utilização de ferramentas operacionais


práticas, para os técnicos da extensão rural e para irrigantes é crucial para proporcionar
melhoria no maneio do uso da água (Faggion et al., 2009), assim como melhorias na
combinação desta técnica com outras práticas agrícolas. Desta maneira, as técnicas de
optimização do uso de água devem estar acessíveis aos agricultores, uma vez que o
maneio da irrigação pode maximizar o lucro da actividade agrícola, economia da água e
conservação do meio ambiente. Sobretudo, pode-se aumentar a competitividade dos
produtos agrícolas, principalmente os orgânicos, os quais apresentam um aumento
crescente na comercialização (Faggion et al., 2009).

1.2.Problema
A produção de batatas Reno (solannum tuberesum) é de extrema importância para a
subsistência e economia da região de Lichinga. No entanto, há uma carência de estudos
que avaliam a adaptabilidade dessa cultivar nessa localidade. Compreender como o
desempenho das cultivares varia em diferentes amanhos na região é crucial para
optimizar a produção e a qualidade dos tubérculos.

A avaliação da adaptabilidade consiste em estudar o comportamento dos clones de


batata no planalto de Lichinga, considerando suas características genéticas e os efeitos
do ambiente local. Isso proporciona informações valiosas sobre a adaptabilidade das
cultivares a diferentes condições de solo, clima e maneio agrícola. A batata Reno
(Solannum tuberesum) é uma cultura amplamente cultivada em diferentes partes do

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mundo devido ao seu alto valor nutricional e potencial económico. No entanto, a
produção de batata pode ser afectada por diversos factores, incluindo a adaptação entre
os clones de batata e o ambiente em que são cultivados. Portanto, o problema deste
estudo é:

Conhecer a adaptabilidade de 8 clones de batata reno nas condições agro-ecológicas


no planalto de Lichinga.

1.3.Justificativa
Entender a adaptabilidade dos clones de batata reno é crucial para maximizar a
produtividade e a qualidade dos cultivos de batata. A capacidade de adaptar e
seleccionar cultivares adequadas para este tipo de ambiente é essencial para os
produtores, contribuindo para a segurança alimentar e a criação de oportunidades
económicas sustentáveis. Isso fornecerá informações valiosas para produtores,
agrónomos e pesquisadores, permitindo a tomada de decisões mais embasadas no que
diz respeito à selecção de variedades e ao planeamento de cultivos.

A falta de estudos nessa área é uma lacuna que precisa ser preenchida, pois as
características do solo, temperatura, precipitação e práticas de maneio diferentes estão
em défice nesta região de Lichinga. Além disso, as características genéticas das
cultivares também podem influenciar sua resposta ao ambiente. Portanto, é fundamental
avaliar a interacção clone-ambiente para melhorar a produtividade e a qualidade das
batatas Reno nessa localidade.

O presente estudo contribuirá para o conhecimento científico e práticos relacionados à


produção de batata Reno, fornecendo dados confiáveis sobre a adaptação e o
desempenho das cultivares nesse ambiente. Os resultados obtidos poderão ser utilizados
para melhorar as práticas de maneio da cultura e a selecção de clones adaptados,
buscando aumentar a produtividade e a rentabilidade das produções.

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1.4.Objectivos

1.4.1.Geral
 Avaliar a adaptabilidade de 8 clones de batata reno nas condições agro-
ecológicas no planalto de Lichinga.

1.4.2.Específicos
 Avaliar o hábito de crescimento e o desenvolvimento das plantas de cada clone;
 Avaliar o número de hastes por planta, estágio de floração, senescência foliar de
o peso de tubérculos comercias e não comerciais, coloração da pele dos
tuberculosos após a colheita, coloração da polpa, profundidade dos brotos, forma
do tubérculo e aparência de cada clone colhido
 Aferir ao conteúdo de matéria seca (peso ar e peso na água);
 Descrever as qualidades gastronómicas e de processamento de diferentes clones.

1.5.Hipóteses
Hipótese nula H0: A adaptabilidade de 8 clones de batata reno não apresenta
diferenças significativas entre se nas condições agro-ecológicas no planalto de Lichinga.

Hipótese alternativa H1:Pelo menos 1 clone de batata reno adapta-se e apresenta


diferenças significativas entre se nas condições agro-ecológicas no planalto de Lichinga.

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II.METODOLOGIA

2.1.Descrição da área de estudo


O presente estudo será realizado na cidade de Lichinga. A cidade de Lichinga tem uma
área de 290 km², com uma população global de 141.724 habitantes, distribuídos em 4
Postos Administrativos e estruturados em 15 bairros comunais. Em termos de limites a
cidade de Lichinga é contornada totalmente pelo distrito de Lichinga, designadamente: a
Norte pela localidade de Lussanhando, a Este pelos Postos Administrativos de Lione e
Meponda, a Sul e a Este pelo Posto Administrativo de Chimbonila. Esta cidade, que é a
capital da província do Niassa, faz entroncamento de estradas e testa da mais extensa
via-férrea do Corredor do Desenvolvimento Norte (CDN) (MAE, 2005).

O distrito de Sanga está localizado na parte norte da província do Niassa a 60km da


capital provincial (Lichinga), confinado a norte com a república da Tanzânia, a sul com
o distrito de lichinga, a leste com os distritos de Muembe e Mavago e a Oeste com o
distrito de Lago (MAE, 2014).

2.1.1.Clima
O clima do Niassa é caracterizado por duas estações bem definidas ao longo do ano:
uma chuvosa e outra seca. O estacão chuvoso vai de Outubro a Março e a estacão seca
de Abril a Setembro. Os meses de Abril e Outubro, contudo, podem ser vistos como de
transição podendo alterar suas características de meses de seca (Abril) ou chuvosa
(Outubro) de ano para outro (MAE, 2005).

No período seco, a temperatura média, na província vária de 15 a 25 graus centígrados e


no período chuvoso, eleva-se a mais de 25 gaus centígrados, raramente superando,
contudo, os 30 graus centígrados. Um estudo realizado em 2015 sobre as percepções de
risco e adaptação a mudanças climáticas de agricultores, que abrangeu Lichinga,
estabeleceu que a precipitação tem diminuído e a temperatura aumentando,
condicionando a produção e gestão de colheitas. Mudanças na precipitação incluem o
início do estacão chuvoso de Outubro até Novembro ou Dezembro e a redução de
estacão chuvosa (MAE, 2005).

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2.1.2.Solos
Os solos predominantes no Niassa são caracteristicamente do soco do Pré-câmbrico,
destacando-se os solos vermelhos, diferenciado na base de textura media (VM) ou
argilosa (VG). Os solos do agrupamento VG são profundos e bem drenados, tendo
como principal limitação o risco potencial de erosão. Já os solos VM ocorrem nos topos
e encostas de declive acentuado, associados aos solos laranja-avermelhados, com
variações de tonalidades. Duma forma geral os solos da província do Niassa são férteis
para a prática de agro-pecuária e produção florestal, sendo que esta possui cerca de
12,3milhoes de há representado 1/3 dos solos aráveis (MAE, 2005).

2.1.3.Hidrologia
Niassa possui 03 bacias Hidrográficas:

 Bacia do Rovuma (rios Lugenda, Lucheringo, Luchimua, Luambala, Luculumezi


e Lualessi)
 Bacia do Zambeze (rios Lunho, Luangua, Luiasse, Machele, Luchemange,
Meliluca, Mandimba, Lussangasse e os lagos Niassa, Amaramba, Chiúta, Chirua
e Michemazi)
 Bacia do Lúrio (Muandá, Luleio, Ruruamuana e Massequesse).
O balanço hídrico da província do Niassa apresenta boa disponibilidade de água para
diversos usos, em particular nas zonas mais baixas do sudoeste da província criam
condições para agricultura superiores as condições medias nacionais. O relevo
acidentado, associado aos índices pluviométricos elevados, possibilita a boa
alimentação da rede hidrográfica e a captação de água pelos solos nos vales (MAE,
2005).

2.2.Métodos

2.2.1.Desenho experimental
O ensaio será conduzido em um Delineamento de Blocos completos Causalizados
(DBCC), com três (3) repetições ou blocos e onze (11) tratamentos. O ensaio será
constituído por 33 unidades experimentais no total.

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RESULTADO E DISCUSSAO

Jkhjjkdnfjdkfnkjnfsdsdjffhjkhdsfkjhfjksdffsdaldsfkjhdfajkdhsfkjhsadjkhasfjkhfjkhfjksd
hfdjkhfjhfdsjdfhdsfkjhsj

A tabela abaixo (1) ilustração a media de numero de tubérculos comercias por planta,
pode verificar que não houve interacao significativa atraves de teste de tukey, a nível de
5% de significância, pode também verificar atraves de medias absolutas que o clone
C3992797,23 teve menor numero de tubérculos comercias com media de 0.60 por
planta e o clone que teve maior numero de tubérculos comercias foi a testemunha com
uma media de 2.67 tubérculos por planta.

Os resultados abaixo podem estar relacionados a factores como solo, temperatura


humidade

Estes resultados vao de acordo com xxxxxxxxx.

clones NTC
C398098,70 0.86 a
C304350,100 0.96 a
C398208.570 0.83 a
C398190.59 1.00 a
C3992797.23 0.60 a
C398098.99 2.10 a
C396033.102 1.36 a
C398190.605 1.73 a
calinga 2.67 a
Media 1.34
CV (%) 17.56
Médias seguidas de mesma letra minúscula nas linhas não diferem entre si a 5% de probabilidade pelo
teste de Tukey.

clones altura (cm)


C398098,70 a
C304350,100 0.96 a
C398208.570 0.83 a
C398190.59 1.00 a
C3992797.23 0.60 a
C398098.99 2.10 a
C396033.102 1.36 a
C398190.605 38.97 a
calinga 35.5 a
Media 1.34

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Esquema

1m

T2 T3 T4 T5 T6 T7 T8 T9
T1

1m

10.8 m
T7 T8 T9 T1 T3 T5 T6 T4
T2 12.8 m

T4 T7 T1 T2 T9 T8 T9 T6
T3

3,6 m

40.4 m

2.2.2.Descrição dos tratamentos


Código dos tratamentos:

T1 - 398098.70

T2 - 304350.100

3,6 m T3 - 398208.570

T4 - 398190.59

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T5 - 3992797.23

T6 - 398098.99

T7 - 396033.102

T8 - 398190.605

T9 - CALINGA

2.2.3.Arranjo espacial do ensaio


Compasso: Entre Linha: 90cm, Na Linha: 30cm, Plantas /covacho: 1

Dimensões do talhão: Nº de linhas: 4, Cumprimento da Linha: 3,6 metros

N.º de covachos/linha: 10 (12, isto é 3,6/0,3), N.º Covachos /talhão: 40 Área do (sub)-
talhão: 3.6x3.6=12.96 m2 No Total de talhões: 33

Dimensões da área útil do (sub) talhão:3,6 x0,9x3.6 =6.48m2, N.º de linhas úteis: 2

Cumprimento da linha útil 3,6 m, Faixa de isolamento: 2 m

Área do Util12,96x33=426.69 m2

Área total do Ensaio = 634.88 m2

No total de tubérculos por talhão: 1320 tubérculos (40 tubérculos) = N.º Covachos

No tubérculos/ por repetição= 120 tubérculos

Historial do campo: Indicar as culturas prévias; último ano que foi plantado batata no
local, quantidade e tipo de fertilizante aplicado, tipo de solo, georreferenciar o local.

2.2.4. Condução do ensaio


Escolha e Preparação do solo

1. Lavoura deve ser entre 15 a 30 cm de profundidade, e de seguida fez-se a


gradagem com tractor agrícola.
2. Adubação de fundo: a razão de 1000Kg de 12-24-12 (NPK)/ha o que
corresponde a 324 g/linha
Sementeira: A semente deve estar a uma profundidade de 7 a 15 cm

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1. Irrigação: irrigar 2 vezes por semana ou quando necessário até a saturação dos
solos. Diminuir a frequência depois dos 75 dias depois da sementeira ou quando
iniciar a senescência
2. Controlo Fitossanitário: Para o controlo de míldio pulverizar todos os talhões
com o fungicida de contacto (Mancozeb (g/lt)) e intercalar com dithane a
intervalos 7 dias. Outras aplicações irão depender das condições climatéricas.
3. Sachas e amontoa
A primeira sacha é feita antes da adubação de cobertura logo depois da
emergência das plantas, a segunda é feita na altura da adubação de cobertura e a
terceira é feita um mês antes da colheita. A amontoa deve ser bem-feita para
evitar que os tubérculos fiquem expostos ao sol.
4. Adubação de cobertura: Efectuar aos30 a 45 dias depois da sementeira, na
altura da amontoa aplicar 300 kg de ureia (46%)/ha o que corresponde 92.2
g/linha
3. Colheita
Recomenda-se colher a batata-reno depois das folhas secarem completamente.

2.2.5.Colecção de dados
1. Número de plantas/talhão: Fazer o registo aos 15 dias depois da emergência
2. Número de caules: Contar o número de caules por planta na altura de amontoa
final
3. Hábito da planta: Este dado é colhido 45 dias depois da sementeira. Avaliar o
tipo de planta baseando-se na altura, tamanho das folhas usando a seguinte
escala:
1 = Erecto,

2 = Intermédio

3 = Prostrado

4. Vigor da planta: avaliar o crescimento e desenvolvimento das plantas ao


45DDS. Use a seguinte escala:
1 = Vigor muito pobre

3 = Pobre

5 = Intermédio
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7 =Vigoroso

9 = Muito vigoroso

5. Estágio da floração: Este dado é colhido depois de 45 DDS(dias depois da


sementeira)
6. Infecção do mildeo: Percentagem (% de) folhas infectadas no talhão(0% a
100%),4 vezes apenas durante o período de crescimento seguindo um intervalo
de 20 dias (20, 40, 60, 80 DDS)
7. Maturação foliar (Senescencia): avaliar a senescência foliar a partir dos75 dias
depois da sementeira usando a seguinte escala:
1 = Imaturo (folhas verdes e florescendo)

3 = Iniciação da maturação (Menos verde, e quase sem floração)

5 = Intermédio (caules tornam-se verdes escuros e plantas começam a acamar-


se)

7 = Aproximação da maturação (caules tornam-se amarelos e plantas acamadas)

9 = Completamente maduros (Caules completamente secos)


Na colheita:

1. Número de plantas colhidas por talhão: Contar o número de plantas por


talhão antes da colheita.
2. Número de tubérculos comerciáveis (ntc): Separar os tubérculos colhidos
por talhão em tubérculos comerciáveis (>35 mm de diâmetro) e dos não
comerciáveis (<35 mm de diâmetro). Contar o número de cada.
3. Peso de tubérculos: pese os tubérculos comerciáveis e não comerciáveis.
 Peso de tubérculos comerciáveis (PTC)
 Peso de tubérculos não comerciáveis (PTNC)
Pós-colheita

1. Conteúdo da matéria seca: Seleccione uma amostra de aproximadamente


igual tamanho de tubérculos maduros (3 a 4 Kg) para tirar gravidade
específica ou conteúdo da matéria seca. Use o método hidrométrico: peso no
ar e peso na água. Este parâmetro deve-se medir dentro de 24 horas:
2. Qualidade pós-colheita dos tubérculos: na colheita seleccionar uma
amostra de tubérculos médios a grandes (3 a 6) tubérculos coloque no
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cartucho para todos os clones incluindo a testemunha e armazene a
temperatura do quarto sob condições de escuro por um período de uma
semana. Depois fazer o teste de qualidade.
3. Medição da quantidade de ferro presente em cada clone/variedade
4. Tempo de pratileira: avaliar a susceptibilidade ao esverdiamento quando os
tubérculos estiverem expostos a luz.
5. Qualidade de cozidura: Obter 2 a 3 tubérculos de tamanho médio por cada
Clone incluindo o controlo a partir dos tubérculos previamente seleccionados
(escrever o número do tubérculo duas vezes na superfície de cada tubérculo
com marcador permanente e ferver os tubérculos. Utilize um painel de 4 a 5
membros para fazer o teste seguindo a seguinte escala.
6. Sabor:
1 = Muito Pobre

2 = Pobre

3 = Intermédio

4 = Bom

5 = Muito bom

7. Textura:
1 = Aguado

2 = Menos aguado

3 = Cerrado

4 = Menos farinhenta

5 = Farinhenta

8. Integridade depois de ferver:


1 = Desintegração total

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2.3.Análise de dados
Os dados do presente estudo serão organizados no Microsoft Excel 2010, em seguida,
importados para o pacote estatístico Rstudio versão 4.0.5 para analise de variância
(ANOVA) e o teste de Tukey para a comparação das medias a 5% de significância, e
para a normalidade dos resíduos recorrendo ao teste de Shapiro-Wilk. Como forma de
analisar a relação dependente entre as variáveis submeter-se-á ao teste de correlação de
Pearson.

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III.RESULTADOS ESPERADOS
Dados os objectivos específicos do Futuro estudo espera-se atingir ou alcançar os
seguintes resultados:

 Conhecer hábito de crescimento e o desenvolvimento das plantas de cada clone;


 Responder todas as variáveis como número de hastes por planta, estágio de
floração, senescência foliar de o peso de tubérculos comercias e não comerciais,
coloração da pele dos tuberculosos após a colheita, coloração da polpa,
profundidade dos brotos, forma do tubérculo e aparência de cada clone colhido;
 Aferir ao conteúdo de matéria seca (peso ar e peso na água);
 Descrever as qualidades gastronómicas e de processamento de diferentes clones.

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IV.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. BERNARDO, S.; SOARES, A. A.; MANTOVANI, E. C. Manual de
Irrigação. 8.ed. Viçosa: Editora UFV, 2008. 625p.
2. ECHER, F. R.; DOMINATO, J. C.; CRESTE, J. E.; SANTOS, D. H.
Fertilização de cobertura com boro e potássio na nutrição e produtividade da
batata-doce. Horticultura Brasileira. v. 27. n. 2, p. 171-175, 2009.

3. EMBRAPA (2015). Sistemas de produção da cultura de batata. 2ª edição.


Novembro de 2015.

4. FAGGION, F.; OLIVEIRA, C. A. S.; CHRISTOFIDIS, D. Uso eficiente da


água: uma contribuição para o desenvolvimento sustentável da agropecuária.
Pesquisa Aplicada e Agrotecnologia, v.2, n.1, Jan./abr., 2009.

5. FAO: FAOSTAT. Crops productions: Potatoes. 2009 disponível em:


<http://faostat.fao.org/site/567/DesktopDefault.aspx?PageID=567#ancor>.

6. FAO. Alimentação e Agricultura Mundial—Livro Estatístico; FAO: Roma,


Itália, 2018.
7. FLECHA, P. A. N.; MINGOTI, R.; DUARTE, S. N.; MIRANDA, J. H.;
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