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O objectivo
Geral
Falar dos efeitos da recuperação de áreas degradadas na qualidade do solo, com foco
nos parâmetros de fertilidade, compactação e erosão.
Especifico
O conceito de degradação tem sido geralmente associado aos efeitos ambientais considerados
negativos ou adversos e que decorrem, principalmente, de atividades ou intervenções
humanas (TAVARES, 2008). O conceito tem variado conforme a actividade em que esses
efeitos são gerados, bem como em função do campo do conhecimento humano em que são
identificados e avaliados e de acordo com o uso atribuído ao solo, a definição de degradação
pode então variar.
De acordo com NOFFS et al., (2000), área degradada pode ser conceituada como um
ambiente modificado por uma obra de engenharia ou submetido a processos erosivos intensos
que alteraram suas características originais, além do limite de recuperação natural dos solos,
exigindo assim, a intervenção do homem para sua recuperação.
Para COSTA et al. (2018) o elevado índice de degradação de um solo está relacionado ao
grau de intensificação de variadas atividades agrícolas, além da exploração pelo monocultivo,
como falta de cobertura no solo e entre outras práticas podem causar erosão, perda da
fertilidade e compactação.
Dependendo do campo de actuação, o conceito de área degradada tem variado de acordo com
o uso atribuído ao solo, e com a área do conhecimento pela qual está sendo analisada. Assim,
surgem alguns conceitos nas mais variadas áreas do conhecimento.
Neste sentido, pode-se considerar área degradada aquela em que um evento natural diminui a
capacidade de produção e reprodução de um ecossistema, ocorrendo também pela acção do
homem no ambiente, que leve ao declínio de suas funções de equilíbrio actuais e futura.
De acordo com DIAS e GRIFFITH (2000), a recuperação de área degradada pode ser
entendida como um conjunto de acções idealizadas e executadas por especialistas das
diferentes áreas do conhecimento, visando proporcionar o restabelecimento de condições de
equilíbrio e sustentabilidade, existentes nos sistemas naturais.
Para o processo de revegetação, recomenda-se que no início sejam utilizadas plantas rústicas
que tolerem as restrições químicas, físicas e biológicas do solo, além de contribuírem com o
incremento de matéria orgânica, que permitirá a estruturação do substrato, ciclagem de
nutrientes e preparo do meio para a implantação de espécies mais exigentes (SANTANA et
al., 2020)
Fertilidade do Solo
A acumulação de matéria orgânica e nitrogênio (N) ao longo do tempo, com uma mínima
fixação de fósforo (P) por óxidos de ferro presentes no solo, são factores importantes no
controle da produtividade vegetativa em longo prazo nas regiões úmidas; considerando que
deficiência de água e condições sódicas e salinas, são importante em ambientes áridos e
semiáridos.
Compactação do Solo
Erosão do Solo
Para melhorar a saúde deste ambiente utilizando espécies vegetais e o uso da adubação com
capoeira picada, pode reflectir em maiores benefícios às propriedades físico-químicas do solo
e ao crescimento das plantas, quando comparada ao método de adubação química
convencional
Segundo PEREIRA (2008), para que isso ocorra é necessário estabelecer a vegetação que
permite maior infiltração, menor escoamento superficial e protecção contra erosão laminar. O
mesmo autor afirma que a escolha adequada das espécies e respectivas quantidades é factor
decisivo no estabelecimento da vegetação e protecção contra os processos erosivos. Uma das
recomendações para projecto de revegetação é o uso de espécies nativas.
Para PEREIRA (2008) a definição de quais espécies utilizar, a quantidade e qual o sistema a
ser empregado é factor primordial para o sucesso de restabelecimento vegetal da área
degradada. Além disso, a seleção dependerá muito da condição edáfica da área a ser
restaurada, assim como das condições das áreas vizinhas
1. Protecção da Cobertura Vegetal: Uma das principais estratégias para controlar a
erosão do solo é promover a cobertura vegetal. Plantas com sistemas radiculares
desenvolvidos ajudam a ancorar o solo, reduzindo o impacto da água da chuva e do
vento. A recuperação de áreas degradadas inclui o plantio de vegetação adequada,
como árvores, arbustos e gramíneas, que ajudam a proteger o solo contra a erosão.
4. Controle da Erosão Hídrica: A erosão hídrica ocorre quando a água da chuva remove
partículas de solo, criando sulcos e ravinas. Para controlar esse tipo de erosão, são
adoptadas medidas para direccionar e armazenar a água da chuva, como a construção
de barragens e bacias de contenção, que retêm a água e permitem que ela infiltre
gradualmente no solo, reduzindo o escoamento superficial e a erosão.
5. Controle da Erosão Eólica: A erosão eólica é causada pelo vento que transporta
partículas de solo de um lugar para outro. Para controlar esse tipo de erosão, são
adoptadas práticas para estabilizar o solo, como o plantio de quebra-ventos (barreiras
vegetais) e a implementação de cobertura morta ou de culturas de cobertura que
protegem o solo da acção do vento.
Conclusão