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INTRODUÇÃO
1.1. Objetivo
2. JUSTIFICATIVA
A área em questão foi objeto de extração ilegal do mineral ouro. Essa atividade
acarretou sérias consequências ambientais ao local como exposição completa do solo,
ausência de camada orgânica, ausência de cobertura vegetal, ausência de animais,
alterações tanto na estrutura físicas de químicas do solo, ainda há a alteração topográfica
local, com a presença de inúmeras cavas abertas.
Os impactos ambientais da garimpagem na área podem ser divididos em físicos
e biológicos e topográficos. Os impactos físicos locais podem ser caracterizados pela
destruição da capa vegetal e do solo assim como pelo assoreamento do rio, uma vez que
toda a mata ciliar foi removida, ficando o mesmo exposto aos intemperismos
recorrentes do garimpo localizado em suas margem. O revolvimento do solo promove
intensa erosão das margens (barrancos) de rios, carreando sólidos em suspensão para o
sistema de drenagem. Os impactos biológicos estão relacionados à qualidade das águas
por intermédio do assoreamento, pela descarga de derivados do petróleo, tais como óleo
diesel e graxa. E alteração da topografia local com presenças de cavas e material
inorgânico espalhado pelo perímetro.
4. ETAPAS DA RECUPERAÇÃO
A área qual este estudo busca aplicar este método de recuperação possui 12
hectares a serem recuperados, desta forma, poderiam ser instalados aproximadamente
48 açudes nestas dimensões de 30m x 60m, com aproximadamente 50 touceiras por
açude, seguindo o distanciamento de 4 metros entre plantas, isto corresponderia a
aproximadamente 1.500 touceiras de açaí na área total.
Todavia este não deve ser o único espaçamento do qual se disporá mão, uma vez
que o arranjo poderá ser ajustado de forma a melhor aproveitar o espaço da área a ser
recuperada, ajustando assim dimensões de largura e comprimento dos açudes.
Para prosseguirmos com as medidas que serão adotadas na área desse PRAD, é
necessário a compreensão do termo que será descrito adiante, serapilheira. Entende-se
por serapilheira as quantidades significativas de nutrientes que podem retornar ao solo,
sendo constituída de resíduos formado pelo acúmulo de matéria orgânica morta, de
origem vegetal e animal, como, folhas, galhos, arbustos, fezes de animais, caules e
cascas de frutos em diferentes estágios de decomposição. A característica da
composição da camada vai depender da fitofisionomia do bioma, macrofauna e
mesofauna presentes, variáveis ambientais, como clima, temperatura, precipitação
pluviométrica, umidade, topografia e latitude entre outros. A formação e a
decomposição da camada de serapilheira sobre solos degradados são essenciais para
reativação da ciclagem de nutrientes entre a planta e o solo, possibilitando a formação
de um novo horizonte pedológico, com condições mais adequadas para o
restabelecimento da vegetação.
Na margem do rio essa prática facilitará e induzirá os solos inférteis a torna-se
produtivos. E conduzirá o surgimento de espécies nativas na área, uma vez que essa
camada de matéria orgânica também apresenta sementes que terão sua germinação
impulsionadas com a transposição da serapilheira. A serapilheira também permitirá que
a água da chuva penetre lentamente no solo, sem causar erosão, sendo assim absorvida,
contribuindo para a formação dos lençóis freáticos. Essa prática facilitará o processo de
recuperação da mata ciliar do rio, que no momento encontra-se bastante comprometida.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Barbosa, JM. Recuperação de áreas degradadas de mata ciliar a partir de sementes. São
Paulo, 1992. Revista do Instituto Florestal, São Paulo, p. 702-705.