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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA
GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA AMBIENTAL E ENERGIAS RENOVÁVEIS
BELÉM
2019
1
BELÉM
2019
2
CDD 621.3678
3
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como parte dos requisitos necessários para
obtenção do Grau de Bacharel em Engenharia Ambiental e Energias Renováveis. Área de
Concentração: Sensoriamento Remoto.
Banca Examinadora:
AGRADECIMENTOS
Aos meus pais por todo apoio, juntamente à minha família, pela crença em meu potencial e pela
contribuição direta e indireta para os meus estudos e formação profissional.
À professora Milena Andrade pela confiança depositada a mim para o desenvolvimento deste
trabalho, pela orientação realizada com importantes contribuições e por ter me acolhido neste
final da graduação. Além de todos os ensinamentos ofertados ao longo da graduação,
demonstrando enorme profissionalismo.
Ao meu co-orientador Eng. Jailson Soares Filho e todo o grupo de Geociências da TNC que me
auxiliaram no processamento dos dados.
A todos que direta ou indiretamente contribuíram para que este momento fosse possível.
6
RESUMO
ABSTRACT
Mining is among the main activities that cause socio-environmental impacts on the Earth.
Starting with prospecting, technical and financial feasibility studies, moving to extraction and
treatment of minerals of interest and ending with mine closure and recovery of the mined area.
The impacts are directly over watersheds in which the activity is inserted. Thus, the aim of this
study was to map active gold mining areas in two municipalities located in the Microregion of
São Félix do Xingu, in three periods: 2011, 2015 and 2018. In addition to identifying as affected
microbasins along the two municipalities Microregion of São Félix do Xingu and presenting an
extension of affected rivers and a territorial expansion of the mining areas in the municipalities
of São Félix do Xingu microregion, in the three selected groups. The applied methodology
consists at first of a bibliographic survey on the selected municipalities, followed by supervised
Random Forest classification, performed directly in Google Earth Engine. Subsequently, areas
were segmented and reclassified in ENVI 5.4, for a more effective result, refining the polygons
generated by visual analysis in ArcGis 10.2 software. The results display that 1,720 hectares,
3,066 hectares and 4,186 hectares were identified for the years 2011, 2015 and 2018,
respectively. Regarding the mining areas that remained active from 2011 to 2015, they totaled
609 hectares, from 2015 to 2018, the result was 1,491 ha. The decommissioned areas in 2015
and 2018 corresponded to 1,111 ha and 1,575 hectares, respectively. Compared to 2015, 2,457
hectares of new areas appeared and in 2018, new 2,556 hectares of gold mining were found.
The affected length along the watersheds showed a linear growth, highlighting the interval
between the periods 2011-2015, with 58,392 m and 131,851 m affected length. Between 2015
and 2018, there was an increase of 33,903 m, with the period 2018 registering 166,754 m of
rivers affected to mining areas. As a result, there was a disorderly growth of mines in both
municipalities, pointing to a process of progression regarding the issue of environmental
degradation and vegetation cover around rivers near the region. Even though mining activities
are very important for the economic activity of the municipalities, it is essential to analyze the
weight that environmental, political, cultural and social issues have on the balance to discuss
the future of this activity in the region. The development of fast and accurate methods to classify
the mining areas is essential to understand the influence of these activities in the regional
environment. The methodology was used efficiently in this research. However, field
information to detail the level of degradation along rivers as a function of mining areas is
needed.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
LISTA DE MAPAS
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................. 10
2. OBJETIVOS ...................................................................................................... 12
2.2. Objetivo Geral ................................................................................................... 12
2.3. Objetivos Específicos ......................................................................................... 12
3. REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................ 13
3.1. Mineração no Brasil .......................................................................................... 13
3.1.1. Mineração na Amazônia ...................................................................................... 14
3.1.2. Mineração no Sudeste Paraense .......................................................................... 15
3.2. Geotecnologias Aplicadas à Análise Ambiental .............................................. 17
3.2.1. Uso do SIG e Sensoriamento Remoto na Mineração .......................................... 18
3.2.2. Uso do SIG e Sensoriamento Remoto em Bacias e Microbacias Hidrográficas . 19
4. METODOLOGIA.............................................................................................. 20
4.1. Aspectos Físicos das Áreas ................................................................................ 20
4.1.2. São Félix do Xingu .............................................................................................. 25
4.1.3. Tucumã ................................................................................................................ 26
4.2. Materiais Utilizados ........................................................................................... 27
4.3. Métodos Aplicados............................................................................................. 29
4.3.2. Classificação Supervisionada .............................................................................. 29
4.3.3. Identificação das microbacias e do comprimento dos rios afetados .................... 35
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO ...................................................................... 36
5.1. Mapeamento das áreas de mineração .............................................................. 36
5.2. Identificação e apresentação da extensão de rios afetados nas microbacias 41
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................ 44
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................... 45
10
1. INTRODUÇÃO
material inconsolidado que causam alterações na cor da água, turbidez, odor e sabor (ARAÚJO,
2017). O processo de amalgamação é realizado na etapa de recuperação de metais, contidos em
concentrados minerais, têm aderência o mercúrio, quando em contato com o ar, água e outros
minerais (BRAGA; ARAUJO, 2007). Nos garimpos, a queima do amálgama ao ar livre é feita
de forma indiscriminada, liberando grande quantidade de mercúrio para a atmosfera (VIEIRA,
2017).
De acordo com Ribeiro et al. (2012), “os metais pesados referem-se a um grupo de
elementos com densidade específica e, principalmente, características de toxidade
particulares”. Classificado com um metal pesado, o mercúrio é um elemento químico que está
localizado na família IIB da tabela periódica, podendo ser encontrado no estado líquido à
temperatura ambiente. Por ser volátil, pode ser absorvido através das diversas fontes de
exposição e representa um perigo para os seres humanos (CLARKSON et al., 2007).
Sendo assim, entende-se que o impacto do garimpo afeta diretamente as bacias
hidrográficas em que a atividade está inserida. A bacia hidrográfica deve ser protegida por ser
um recurso essencial para a vida humana e atualmente ter sua preservação limitada devido ao
crescimento populacional e a ações de atividades econômicas desenvolvidas sem controles e
fiscalização necessária (SHOKR et al., 2016). Uma das maneiras de identificação dos impactos
da mineração em bacias hidrográficas é com a utilização de dados de sensoriamento para
minimização de custos e tempo em campanhas, concentrando a atividade de campo apenas nos
locais de real necessidade (ESPINOZA, 2015). Desse modo, faz-se necessário identificar
atividades de mineração que possuam potencial de impacto nas bacias hidrográficas de São
Félix do Xingu e Tucumã, ambos no estado do Pará, com auxílio de sensoriamento remoto.
12
2. OBJETIVOS
Mapear áreas de mineração de garimpo ativas nos municípios de São Félix do Xingu e Tucumã
nos anos de 2011, 2015 e 2018 e apresentar o comprimento de rios afetados das microbacias,
fornecendo informações essenciais para a gestão ambiental das atividades de mineração.
c) Apresentar a extensão de rios afetados e a expansão territorial das áreas de garimpo nos
municípios da Microrregião de São Félix do Xingu, nos três períodos escolhidos.
13
3. REFERENCIAL TEÓRICO
1
O ferro-nióbio é o produto final com maior relevância da cadeia do nióbio, consiste numa liga que é obtida por
meio da aluminotermia, destinado à produção de aços microligados e inoxidáveis (PORTO et al., 2001).
2
Free On Board (FOB). Expressão inglesa que significa que o exportador é responsável pela mercadoria até ela
estar dentro do navio, para transporte, no porto indicado pelo comprador (WOLFFENBÜTTEL, 2006).
14
bauxita (22,4%) e manganês (21,6%). A maior redução de produção foi de caulim, que
apresentou decréscimo de 14,7% (ANM, 2018).
localização geográfica e poderem ser geocodificados. Portanto, o uso de um SIG traz um grande
crescimento na disponibilidade dos dados ambientais e um baixo custo para os equipamentos
(SAQUET, 2009).
Segundo Camargos (2017), o uso de SIG e a aplicação de sensoriamento remoto
juntamente com seus métodos de análise espaço-temporal são de grande utilidade no
monitoramento da alteração e expansão da paisagem, além da análise de velocidade de
degradação dos recursos ambientais de uma região. A origem do Sensoriamento Remoto teve
início por volta dos anos 60, com a invenção da câmera fotográfica que foi o primeiro
instrumento utilizado tomada de fotos aéreas, devido ao excelente desenvolvimento da área
espacial, sendo conhecida como a década da corrida espacial (MENESES et al., 2012).
4. METODOLOGIA
4.1. Aspectos Físicos das Áreas
A área foco desta pesquisa está localizada na região sudeste do Estado do Pará (Mapa
1), envolvendo o norte do município de São Félix do Xingu e o município de Tucumã (área
total do município). Está referenciada espacialmente pelos paralelos S 6º e S 7º, e pelos
meridianos W 53º e W 51º, e, em sua maior parte ocupada por Unidades de Conservação – UC
(Área de Proteção Ambiental Triunfo do Xingu, Floresta Nacional de Tapirapé-Aquiri, Floresta
Nacional de Itacaiúnas, Reserva Biológica do Tapirapé) e Terras Indígenas – TI (Terra Indígena
Apyterewa, Terra Indígena Kayapó, Terra Indígena Xikrin do Rio Caeté).
O solo da região de estudo é composto em sua grande parte por: Argissolos Vermelho-
Amarelo Distróficos, Nitossolos Vermelhos Eutróficos, Gleissolos Háplicos TB Eutróficos,
Neossolos Litólicos e Distróficos E Nitossolos Vermelhos Eutróficos. Os argissolos vermelho-
23
amarelos distróficos, ocorrem em áreas de relevos mais acidentados, as principais restrições são
relacionadas à fertilidade (baixa), em alguns casos, e susceptibilidade à erosão (Mapa 4). Os
nitossolos vermelhos eutróficos apresentam alto risco de erosão devido aos relevos acidentados
a que estes solos estão associados, além de apresentarem alta fertilidade. Os gleissolos háplicos
e neossolos litólicos podem ser encontrados em menor significância em ambos os municípios
(EMBRAPA, 2011).
4.1.3. Tucumã
Tucumã está localizado na Mesorregião do Sudeste Paraense e na Microrregião de São
Félix do Xingu, com as coordenadas 06° 44' 52" S 51° 09' 39" O na região sul do estado, sua
sede municipal fica às margens da Rodovia PA-279. Com uma área de 2.512,583 km², sua
população de 38. 508 habitantes (IBGE, 2010).
Oriundo da necessidade do Governo de colonizar um espaço na Gleba Carapanã, o
município de Tucumã surgiu com a implantação do Projeto Carajás em 1977, realizado pela
Construtora Andrade Guiterrez. Na década de 80, os serviços de construção tiveram início, os
primeiros colonos provenientes da região sul do País, pelo menos no primeiro ano de
assentados, possuíam tradição agrícola e recursos próprios para se auto sustentarem. Porém,
com a descoberta do ouro na região, houve uma intensa migração para área, fugindo do controle
por parte da construtora e sendo ocupado por aproximadamente 3 mil famílias.
Consequentemente, a empresa suspendeu os investimentos, o povo se uniu e formou o conselho
de Desenvolvimento Comunitário de Tucumã, que se incumbiu de administrar o núcleo urbano
até a implantação do município em 1º de janeiro de 1989 (IBGE, 2010).
O município de Tucumã é formado por maciços residuais de topo aplainado e conjunto
de cristas e picos intercalados por faixas de terrenos rebaixados. As altitudes oscilam
normalmente entre 500m e 600m, no entanto, existem locais que atingem em média 700m como
a serra dos Carajás (FALESI, 1986). As principais massas d'água do município são o rio Branco,
o rio Fresco e o rio Carapanã; destes, o mais volumoso é o rio Fresco. Todos fazem parte da
sub-bacia do rio Xingu (IBGE, 2017).
Segundo a classificação climática de Köppen o clima do município pertence ao tipo
“Ami”, correspondendo às estações de clima quente e úmido, com altas precipitações
pluviométricas, mas anualmente compensa em uma estação seca (FALESI, 1986). Ao longo do
ano, a temperatura varia de 24ºC a 33ºC, tendo como precipitação pluviométrica de 1.819
mm/ano (INMET, 2019).
27
Mapa 6 - Mapa comparativo dos satélites utilizados na classificação com a mesma escala (1:25.000).
A The Nature Conservancy (TNC) forneceu dados em formato shapefile relativos à base
de cobertura do solo de 2011 elaborada por Balieiro et al. (2015): a máscara de mineração de
2011 e a hidrografia (Mapa 7) de ambos os municípios. A base cartográfica utilizada dos limites
28
municipais, estaduais e massas d’água, foi do IBGE (2017). As bases de geomorfologia, solo e
vegetação estão disponíveis no Banco de Dados de Informações Ambientais do IBGE (2019);
a geologia no depositório da CPRM (2019), as Unidades de Conservação no MMA (2018), e
Terras Indígenas na FUNAI (2019). Os dados de microbacias foram obtidos junto a Agência
Nacional de Águas (ANA, 2019).
Earth Engine (GEE). O GEE é um serviço online que integra um conjunto de dados geoespaciais
com cobertura global, capacidade de armazenamento e processamento altamente elevados
correspondentes ao ambiente de computação da nuvem do Google, e um ambiente de
desenvolvimento integrado suportando a implementação de algoritmos de análise e
processamento de dados geoespaciais nas linguagens JavaScript e Phyton (GORELICK et al.,
2017). A estrutura solicita os dados, executa os cálculos espaciais e exibe as informações em
um navegador (Figura 3).
facilitou a remoção desses ruídos e obtenção de imagens com uma boa qualidade para
interpretação.
Utilizou-se uma abordagem de classificação supervisionada baseada em pixel com o
classificador Random Forest (figura 4). De acordo com Breiman (2001), o Random Forest é
formado por uma coleção de árvores de classificação, estruturado a partir de uma reamostra
aleatória do agrupamento de treinamento original, onde a classificação se dá pela seleção da
classe vencedora em termos de número de votos acumulados.
O processo para a primeira etapa da classificação das imagens para o ano foi iniciado
coletando as amostras das imagens, de acordo com a chave de interpretação classificando-as
em (1) floresta, (2) solo exposto (3) mineração e (4) hidrografia (Tabela 1).
A segunda etapa da classificação consistiu em selecionar e exportar somente a classe de
mineração a partir da ferramenta select by atributes, com o seu respectivo gridcode. Para o
refinamento das áreas, aplicou-se um buffer de segurança de 30m no polígono de mineração,
para evitar a perda mesmo que mínima das áreas. O recorte da imagem de satélite ocorreu por
meio da ferramenta extract by mask, posteriormente foi feita a segmentação e a reclassificação
desse raster para dados mais precisos (Mapa 9) no software ENVI 5.4.
33
Mapa 9 - Exemplo da imagem segmentada e reclassificada após o recorte com buffer das áreas de
mineração.
Mapa 10 – Exemplo da sobreposição do vetor de mineração do ano de 2018 nas imagens LANDSAT-8
e o refinamento de 2015.
35
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
5.1. Mapeamento das áreas de mineração
O mapeamento das áreas de mineração garimpeira ao norte de SFX e no município de
Tucumã, mostra que houve um aumento expressivo no decorrer dos três períodos analisados
(Tabela 2). No ano de 2015 ocorreu um aumento de 1.346 hectares com relação ao período
anteriormente analisado. Já no período de 2018 houve um aumento de aproximadamente 1.120
ha quando comparado a 2015 (Mapa 11).
Este aumento pode indicar um problema, pois além do desmatamento de largas áreas
florestais, existe a exploração de ouro em aluvião. Esta atividade afeta a fauna e a flora por
interferir no leito dos rios, por conta dos combustíveis usados pelos barcos e balsas na
exploração, e pela a utilização do mercúrio na extração de ouro que contamina plantas e
animais, impregnando-se em toda a cadeia alimentar, afetando por fim o próprio homem
(RIBEIRO, 2016).
37
Mapa 11 – Resultado do mapeamento das áreas de mineração dos municípios da área de estudo: 2011
(TNC), 2015 e 2018.
Mapa 12 – Exemplo de áreas que continuaram ativas nos três períodos resultados do cruzamento das
máscaras de mineração.
Estando na categoria das UC’s com menos restrições de uso, a APA TX foi criada por
meio do Decreto Estadual nº 2.612/2006, com área total de 1.679.280,52 ha, com 65% de sua
área na porção territorial do município de São Félix do Xingu e 35% no município de Altamira.
A citada APA sustenta um grande desafio de gestão por se localizar em uma área de grande
concentração populacional, com intensa pressão antrópica e seu território muito degradado e
alterado, além de muitos conflitos fundiários (COSTA, 2013).
área aproximadamente de 44 mil km², sendo o principal afluente do Rio Xingu na altura do
município de São Félix do Xingu.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Dada a importância econômica e ambiental das atividades de mineração na Amazônia,
o desenvolvimento de métodos rápidos e precisos para classificar as áreas de mineração é
essencial para entender a influência dessas atividades no ambiente regional. O uso da
plataforma Google Earth Engine auxilia na quantificação de áreas degradadas para a realização
das atividades garimpeiras em um curto espaço de tempo, oferecendo subsídios para avaliações
e resultados mais detalhados, tornando maior e mais clara a compreensão do que acontece em
pequenos períodos na mesma localidade.
A metodologia utilizada atendeu com eficiência às necessidades da pesquisa, entretanto,
recomenda-se a realização de checagem a campo para o detalhamento das informações sobre o
nível de degradação ao longo dos rios em função das áreas de garimpo.
Houve um aumento expressivo das áreas de mineração ao norte de SFX e no município
de Tucumã de 2011 a 2018, principalmente nos períodos iniciais, onde ocorreu um aumento de
1.346 hectares de 2011 a 2015. Automaticamente, a quantidade de rios afetados cresceu ao
decorrer dos períodos analisados, destacando os rios tributários ao Rio Xingu em SFX e o Rio
Branco afluente do Rio Fresco em Tucumã. Evidenciou-se um crescimento desordenado de
garimpos em ambos os municípios, apontando um processo de progressão no que tange a
questão da degradação ambiental e da cobertura vegetal ao redor dos rios dos municípios.
Logo, mesmo as atividades minerárias sendo de suma importância para a atividade
econômica dos municípios, é imprescindível analisar o peso que questões ambientais, políticas,
culturais e sociais têm na balança para se debater o futuro desta atividade na região.
45
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