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em
SISTEMAS IMAGEADORES RADAR
e
IMAGENS RADAR
Extraída do Projeto Final de Taciana Achcar Malheiros Vannucci,, “Redução de Speckel em Imagens de
Radar”, apresentado como dissertação de graduação do Curso de Engenharia Cartográfica UFPR 1999.
Orientadores: Hideo Araki e Jorge Antônio Silva Centeno.
FUNDAMENTOS
Sensoriamento remoto pode ser definido como a medição das propriedades dos
objetos sobre a superfície da Terra, usando dados adquiridos a partir de aeronaves e
satélites (SCHOWENGERDT, 1997). Trata-se de medições feitas a distância, isto é,
sem contato direto com o objeto.
Dentre as aplicações do sensoriamento remoto pode-se destacar: avaliação
ambiental e monitoramento (incluindo o crescimento urbano), detecção de mudanças
globais e monitoramento (camada de ozônio, desflorestamento e aquecimento global),
agricultura (condições das culturas, predição de safras e erosão do solo), exploração de
recursos não renováveis (minerais, petróleo, gás natural), recursos naturais renováveis
(solos, florestas, oceanos), meteorologia (dinâmica atmosférica, predição do tempo),
mapeamento (topográfico e uso da terra) e mídia (ilustrações e análises).
Existem dois tipos de sistemas de sensoriamento remoto, os ativos e os passivos.
Os passivos formam imagens a partir da radiação eletromagnética naturalmente refletida
ou emitida pelos objetos, isto é, dependem de uma fonte externa de energia. Os sensores
ativos possuem sua própria fonte de energia, formando imagem a partir do registro da
radiação eletromagnética emitida por esta fonte e refletida pelos objetos. Um exemplo
de sensor ativo é o RADAR. (CHUVIECO, 1990).
O termo RADAR deriva do inglês – “RAdio Detection And Ranging”, detecção
e posicionamento usando faixas de rádio. Existem diferentes tipos de radares, desde os
de aproximação em aeroportos, vigilância do espaço aéreo, radares meteorológicos e
também os radares utilizados em Sensoriamento Remoto. Neste caso utilizam-se
geralmente os radares imageadores de abertura real (RAR) e os radares de abertura
sintética (SAR).
Os sistemas de RADAR utilizam comprimentos de onda na faixa das
microondas, em torno de (0,8 cm 100cm).
Pode-se citar três razões para a utilização de sistemas imageadores por RADAR:
a) devido ao maior comprimento de onda da faixa de microondas este tipo de
energia é capaz de atravessar as nuvens;
b) por possuírem fonte própria de energia, não necessitam do Sol como fonte de
iluminação;
c) comparativamente às outras faixas do espectro eletromagnético, as
microondas penetram mais na vegetação, além de eventualmente poderem
adentrar no solo.
Geração da Imagem
A plataforma (avião/satélite) que transporta o RADAR desloca-se a uma
velocidade V em relação ao solo, a uma altura H, apontando a antena lateralmente com
um ângulo em relação ao nadir . Conforme mostra a figura a seguir:
onde:
H - altura
V - velocidade
- ângulo de incidência
azimute – direção de deslocamento da plataforma
range – direção perpendicular ao azimute
Pulso Transmitido
Esta variação é conhecida como largura de banda do pulso (Bp = f máx – fmín) e
determina a resolução na direção perpendicular do vôo (range).
Os radares emitem de 1000 à 2000 pulsos por segundo, com gravação coerente
dos ecos. De modo geral a antena emite o sinal do transmissor (pulsos) e capta os sinais
de retorno enviando-os ao receptor, de onde seguem para um conversor Analógico-
Digital, para posterior gravação em fitas magnéticas de alta densidade (HDDR),
processamento em tempo real para formação da imagem, ou ainda para transmissão para
uma antena receptora em terra (downlink). (CHUVIECO – 1990).
Geometria do Imageamento
SAR :
Abertura Sintética
Retroespalhamento
Sombras:
Para existir a sombra a inclinação deve ser maior que o ângulo de depressão.
Muito raramente pode ocorrer igualdade entre os dois ângulos, fato denominado de
rampa iluminada.
Através da figura abaixo pode-se analisar que, todas as rampas que possuem
faces voltadas para o RADAR são encurtadas, o ápice do encurtamento acontece em
"near range".
Encurtamento de Rampa
Rugosidade:
(1) (2)
O item (1) mostra a reflexão especular (A) em uma superfície lisa e a reflexão difusa (B) em
uma superfície rugosa, o item (2) apresenta uma reflexão especular para uma superfície lisa
(estrada asfaltada).
DISTORÇÃO RADIOMÉTRICA:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS