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Rocelito Andrade é Engenheiro Eletricista e Mestre em Ciências dos Materiais pela UFRGS. É
professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia e possui mais de 30 anos de
experiência no ramo da eletricidade e da eletrônica.
Avaliação: As atividades avaliativas são feitas ao término de cada módulo do curso. Para ser
aprovado, o estudante necessita obter a nota mínima 6 (seis) em todas as atividades
avaliativas.
Recuperação: Cada atividade avaliativa possui 3 (três) tentativas permitidas. Finalizadas as três
tentativas, sem atingir a nota mínima de 6 (seis), o estudante terá direito a uma oportunidade
extra.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 9
2.2.3 Infravermelho 15
2.2.6 Raios X 18
8.4 Magnetron 40
9 MATERIAL COMPLEMENTAR 52
10 EXERCÍCIOS 53
11 FIM DA APOSTILA 56
12 BIBLIOGRAFIA 57
ÍNDICE DE FIGURAS
1 INTRODUÇÃO
Ou
Pensar com clareza é condição indispensável para analisar de forma adequada o que está
acontecendo com o equipamento defeituoso. Para além dos instrumentos de medida elétrica,
os conceitos da eletricidade e da eletrônica são as principais ferramentas de trabalho. Para ser
um bom e responsável profissional, é necessário ter um conjunto de conceitos coerentemente
articulados entre si. Sem os conceitos, o profissional corre o risco de trabalhar apenas com
subjetividades, palpites e aparências.
Bons estudos!
Antes de abordarmos o tema micro-ondas, precisamos relembrar o que é uma onda. Observe
na Figura 1 o que representa “comprimento de onda”. Este conceito será muito importante para
o conserto de fornos de micro-ondas.
Figura 2 - Visualização de uma onda mecânica em uma corda fixa em uma extremidade.
À distância entre duas cristas da onda, ou entre dois vales da onda, damos o nome de
comprimento de onda.
Figura 3 - Crista, amplitude, vale, comprimento de onda e direção de propagação de uma onda.
Conforme mostrado na Figura 4, uma onda mecânica também pode ser observada pelas
oscilações na água quando um objeto atinge sua superfície.
Mas nem toda onda mecânica é visível. Um alto-falante em funcionamento gera ondas
mecânicas no ar (som) que podem ser percebidas por nossos ouvidos, mas não são vistas por
nossos olhos.
É importante destacar que as ondas mecânicas ocorrem apenas em meios materiais como o
ar e a água, pois a onda mecânica necessita de um meio material para se propagar. Isso significa
que uma onda mecânica nunca se propaga no vácuo.
Ondas eletromagnéticas são oscilações conjuntas dos campos elétricos e magnéticos. Estas
oscilações dos campos elétricos e magnéticos (ondas) se propagam tanto em meios materiais
como no vácuo. Elas são ondas tridimensionais que viajam na velocidade da luz, transportando
energia. As ondas eletromagnéticas são classificadas conforme a frequência de variação dos seus
campos eletromagnéticos.
Figura 6 - Esquemático das ondas eletromagnéticas sendo emitidas por antenas de celular.
As ondas eletromagnéticas estão por toda a parte. Até mesmo a luz que enxergamos se trata
de uma onda eletromagnética. Você mesmo, neste instante, está irradiando ondas
eletromagnéticas, cuja frequência se encontra no infravermelho, devido ao calor de seu corpo.
Figura 7 - Imagem do rosto de um ser humano feito por uma câmera de infravermelho.
controles remotos, nas lâmpadas ultravioletas utilizadas como germicidas, ou nos raios-x das
radiografias.
Figura 9 - Espectro eletromagnético mostrando os diversos comprimentos de uma onda e sua classificação.
2.2.3 Infravermelho
Já mais ao centro do espectro, o infravermelho localiza-se ao lado da luz visível. Assim, apesar
de não poder ser visto a olho nu, o infravermelho pode ser observado através de equipamentos
especiais. A onda eletromagnética do espectro infravermelho também é conhecida como onda
de calor. Alguns dispositivos de segurança equipados com visão noturna são capazes de captá-la.
O infravermelho é a onda emitida quando usamos um controle remoto (manutenção de controles
remotos será vista no tópico 15 do curso Reparador de Eletrodomésticos).
Figura 10 - A visão térmica é útil na ausência da luz visível. Ela detecta raios infravermelhos que emanam dos
corpos aquecidos.
Figura 11 - Figura - Apenas uma pequena fração do espectro eletromagnético pode ser percebida pelo olho
humano.
O espectro visível diz respeito às ondas eletromagnéticas cujas frequências são localizadas
entre o infravermelho e o ultravioleta (400 a 800 THZ). A luz visível, tal como o nome indica, é a
única onda eletromagnética que pode ser vista pelo olho humano, ou seja, é aquela que pode ser
percebida pelo olho e interpretada pelo cérebro humano.
Curiosidade: Diferentes animais têm diferentes percepções da luz. É o caso das abelhas, que
veem a luz ultravioleta (UV), uma frequência que é invisível para os humanos.
Do outro lado da luz visível, localizam-se os raios ultravioleta. Apesar de não serem visíveis
aos seres humanos, os seus efeitos podem ser sentidos. É o que acontece quando nos expomos
ao sol. A radiação ultravioleta pode provocar danos à pele humana, como queimaduras e danos
às moléculas de DNA das células epiteliais.
Essa frequência de onda eletromagnética é bastante utilizada por peritos criminais para a
detecção de materiais biológicos, como sangue e saliva; sua capacidade de ionização também
permite usá-la para a esterilização de utensílios cirúrgicos, seringas, recipientes, etc.
2.2.6 Raios X
Os raios gama são produzidos por reações nucleares em elementos radioativos, nas quais os
níveis de energia do núcleo dos átomos sofrem variações. Essas ondas são extremamente
energéticas e apresentam alto poder de penetração. Os raios gama são usados para estudos
astronômicos e para a indução de reações nucleares.
Curiosidade: Todas as ondas eletromagnéticas viajam no espaço com a mesma velocidade que no
vácuo; essa velocidade é chamada velocidade da luz, que equivale a 300.000 Km/s (sete voltas na
terra em um segundo!).
As micro-ondas estão presentes em nosso dia a dia, como, por exemplo, nas antenas
emissoras e receptoras dos sinais de televisão, rádio e celular, redes sem fio tipo Wi-Fi, nos
dispositivos bluetooth, radares, sistemas de prevenção de colisões, abridores de portas de
garagem, nas comunicações via satélite e, além de tudo isso, as micro-ondas também são
utilizadas para cozinhar alimentos.
No caso específico dos fornos de micro-ondas, a frequência da onda utilizada é de 2,45 GHZ,
ou seja, um comprimento de onda de 12cm.
O magnetron, que acabaria por revolucionar as cozinhas de todo o mundo, levou cerca de
cinquenta anos para ser desenvolvido da forma que conhecemos hoje.
Uma forma inicial de magnetron foi inventada por um engenheiro da Siemens em 1910.
Outra forma de magnetron foi desenvolvida nos laboratórios de pesquisa da General Electric em
1920. Um avanço importante foi o magnetron de múltiplas cavidades, proposto pela primeira vez
em 1934 nos laboratórios da Bell Telephone nos Estados Unidos. No entanto, o primeiro exemplo
verdadeiramente bem-sucedido foi desenvolvido na URSS em 1936.
Figura 17 - Inicialmente micro-ondas foram usadas na guerra para detectar sinais de aeronaves inimigas.
O magnetron permanece em uso em alguns sistemas de radar nos dias de hoje, mas se tornou
muito mais comum como fonte de baixo custo para fornos de micro-ondas. Nesta forma, mais de
um bilhão de magnetrons estão em uso nos dias atuais.
A ideia de usar as micro-ondas para aquecer alimentos ocorreu por acaso. O engenheiro
eletrônico Percy Spencer trabalhava em uma empresa fabricando magnetrons para aparelhos de
radar e notou que uma barra de chocolate que estava no bolso de sua calça derreteu enquanto
trabalhava próximo a um magnetron em operação. Logo o engenheiro entendeu o que estava
acontecendo e teve a ideia de patentear o primeiro forno de micro-ondas da história em 1945.
Os fornos de micro-ondas atuais usam uma versão moderna do magnetron de cavidade, que
é usado desde a década de 1940 em aparelhos de radar. De fato, os primeiros fornos de micro-
ondas comercializados na década de 1950 levavam a marca Radarange, uma fabricante de
radares. Eles pesavam 340kg, eram refrigerados à água, tinham 1,68 metros de altura e custavam
cerca de US$20.000 (valor corrigido para 2020).
O forno de micro-ondas NÃO funciona à base de radiação nuclear, pois as micro-ondas não
são radioativas. Tecnicamente, as micro-ondas são chamadas de radiação não ionizante, pois seus
efeitos são estritamente térmicos e, portanto, não alteram a estrutura molecular do material que
está sendo irradiado. Somente as radiações ionizantes, como a ultravioleta, os raios X e os raios
gama podem, ao irradiar sobre tecido vivo, provocar, por exemplo, nas células, mutações que as
tornem cancerosas.
Para evitar vazamentos de micro-ondas, esses aparelhos são blindados, isto é, as radiações,
produzidas internamente, não atravessam suas paredes. É colocada uma grade de metal junto ao
vidro da porta: os espaços entre as malhas dessa grade são menores que o comprimento de
ondas das micro-ondas, impedindo sua passagem. Além disso, as portas possuem um mecanismo
de segurança que impede a sua abertura durante o funcionamento.
De acordo com a literatura, ninguém sabe ainda ao certo qual o nível de exposição a micro-
ondas considerado seguro. Alguns laboratórios consideram que a exposição à radiação, mesmo
em baixo nível, pode ter efeitos cumulativos aos olhos, podendo provocar catarata.
Para garantir a segurança na operação dos fornos de micro-ondas, eles são projetados com
intertravamentos de segurança com redundância tripla, proporcionando efetivamente uma
segurança de que o magnetron não pode ser energizado com a porta aberta.
• O forno deve ser instalado em local bem ventilado, fora do alcance dos raios solares ou
fontes de irradiação de calor (fogão a gás, por exemplo) e de umidade (torneiras, por exemplo).
• O forno deve ser instalado respeitando as distâncias mínimas exigidas pelo fabricante, de
modo que as saídas de ar laterais e traseiras não sejam obstruídas, o que reduziria o rendimento
e provocaria o superaquecimento do aparelho.
• Alimentos com pouca umidade, como amendoim e pão, não devem ficar muito tempo
dentro do forno, pois poderão inflamar-se. Se isso acontecer, retire o plugue da tomada e
mantenha a porta do forno fechada até que a chama se apague.
• Não coloque qualquer objeto entre a porta e o batente do forno, nem permita que
resíduos de alimentos ou outros detritos acumulem-se nas superfícies das travas de segurança
para não prejudicar a vedação do forno.
• Não utilize recipientes metálicos, nem com detalhes em metal, pois o metal reflete as
micro-ondas, podendo causar faiscamentos, incêndios ou danificar a cavidade do forno.
• O forno de micro-ondas deve estar devidamente aterrado conforme os padrões ABNT NBR
5410.
Embora as ondas eletromagnéticas sejam capazes de ultrapassar o vidro, elas não conseguem
penetrar o painel de metal perfurado existente nas tampas do micro-ondas.
Estes painéis furados têm a função de deixar a luz passar, mas não permitem a passagem das
micro-ondas, pois o comprimento de onda do micro-ondas é de cerca de 12cm; logo, grande
demais para transpor os orifícios.
A água apresenta esse comportamento devido à disposição dos átomos que constituem sua
molécula. O modelo mostrado a seguir retrata a polarização da molécula de água e sua
representação simplificada.
Se a água for colocada na presença de um campo elétrico intenso, suas moléculas tendem a
girar e se alinhar com o campo. O esquema a seguir mostra a orientação das moléculas de água
quando na presença de um campo elétrico.
Quando gira, devido à presença do campo elétrico, a molécula de água atrita com outras e
converte parte de sua energia potencial eletrostática em energia térmica, ou seja, na presença de
um campo elétrico, as moléculas de água passam a apresentar um “grau de agitação” maior. Em
outras palavras, a temperatura da água aumenta.
Isso explica por que apenas os alimentos contendo água, açúcares ou gorduras — ou outras
moléculas polares — se aquecem no interior do forno; as moléculas polares absorvem a energia
das micro-ondas e a convertem em energia térmica. Porcelana, vidro comum e plásticos não
contêm moléculas de água na sua estrutura e, por isso, mesmo com o forno em funcionamento,
não se aquecem pelo processo descrito. Já os recipientes metálicos não devem ser usados porque
podem refletir as micro-ondas.
Na maioria dos alimentos, há água suficiente para permitir que o micro-ondas faça seu
trabalho. Até as sementes de pipoca contêm umidade para que a absorção da energia do micro-
ondas faça com que a água dentro da semente se transforme em vapor, aumentando a pressão
interna até que ela exploda.
Assista a este vídeo que contém uma simulação do campo elétrico dentro de um
forno de micro-ondas durante os primeiros 8s de operação.
O magnetron produz micro-ondas funcionando com uma alta tensão contínua de 4.000 V
entre anodo e catodo. O magnetron funciona com 0 V no anodo (carcaça aterrada) e – 4.000 V no
filamento-catodo.
Quando o ponto de cima do trafo é positivo (+), o diodo D conduz e carrega o capacitor C com
2.000 V.
Quando o ponto de cima fica negativo (-), o diodo D não conduz, e a tensão do capacitor C
(2.000 V) se soma ao do trafo, resultando em – 4.000 V aplicados no filamento-catodo do
magnetron.
Figura 25 - Vista em corte de um Magnetron de cavidade ressonante: oscilador de alta potência e alta frequência.
Figura 29 - Magnetron: válvula diodo, envolvida por dois ímãs permanentes, que possui uma antena metálica para
a irradiação das ondas na parte de cima.
cada pequena cavidade ressonante do anodo. Como estas cavidades são interligadas, o sinal de
2.450 MHz se torna intenso e sai pela antena do magnetron em forma de micro-ondas.
Figura 30 - Magnetron com a seção removida para exibir as cavidades: à esquerda, antena que emite micro-ondas.
O ímã que produz um campo paralelo ao eixo longo do dispositivo não é mostrado.
Figura 31 - Magnetron com uma seção diferente removida: o cátodo central é visível; antena conduzindo micro-
ondas no topo; ímã não é mostrado.
O secundário do transformador tem dois enrolamentos: o menor deles gera apenas 3VCA e
destina-se a alimentar o filamento da válvula magnetron. O enrolamento maior gera 2.000V que,
após retificado pelo diodo e filtrado pelo capacitor, destina-se ao anodo do magnetron.
É importante também saber que nem todos os fornos de micro-ondas são de mesma
potência. As principais potências disponíveis comercialmente são entre 600 e 1500W.
Existem alguns modelos mais recentes que utilizam a tecnologia inverter. A tecnologia
inverter faz com que o micro-ondas emita a potência exata indicada para cada alimento, em vez
de regular a potência necessária através de ciclos de liga e desliga.
Os modelos inverter usam modulação por largura de pulso (PWM) para fornecer
aquecimento efetivamente contínuo. Esta tecnologia propicia que os alimentos sejam aquecidos
de maneira mais uniforme em um determinado nível de potência e possam ser aquecidos mais
rapidamente, sem serem danificados pelo aquecimento desigual.
Figura 33 - Esquema elétrico genérico de fornos de micro-ondas (em azul: circuito de baixa tensão, em vermelho:
circuito de alta tensão).
Baixa tensão:
• Janela de vidro com grade metálica para permitir a visualização, ao mesmo tempo em que
bloqueia as micro-ondas.
Agora iremos listar todos os componentes de um forno de micro-ondas típico, sua função e
seu preço médio (valor atualizado 2020).
O capacitor de alta tensão é feito de papel impregnado em óleo, tendo o corpo metálico.
Tem valor entre 0,8 e 1 µF e isolação de 2.000 a 2.200 V. Dentro da carcaça do capacitor, há um
resistor (normalmente de 10MΩ) para descarregá-lo quando o forno é desligado. Este resistor,
quando existir, permite a descarga completa do capacitor entre dois a três minutos após sua
desenergização. Preço médio de um capacitor de alta tensão: R$ 30,00.
Chave primária: Chave fim de curso do tipo normalmente aberta (NA), com dois terminais,
que apenas dá continuidade quando a porta do forno estiver fechada. Esta chave está
diretamente ligada no circuito de alimentação do primário do transformador de alta tensão (em
série). Ou seja, apenas se a chave estiver acionada (porta fechada) será possível energizar o
primário do transformador de alta tensão.
Chave secundária: Chave fim de curso do tipo normalmente aberta (NA), com dois terminais,
que apenas dá continuidade quando a porta do forno estiver fechada. Esta chave é ligada na
placa de controle. Ou seja, quando a porta está aberta, o painel de controle terá sua “função
ligar” desabilitada. Quando a porta fecha, as teclas “LIGA” voltam a funcionar. A chave secundária
também é responsável pelo controle da lâmpada do gabinete do forno. Preço médio das chaves
de segurança primária e secundária da porta: R$ 15,00.
A chave de segurança monitora da porta trata-se de uma chave fim de curso com três
terminais e com dois contatos. Um do tipo Normalmente Fechada (NF) e outra Normalmente
Aberta (NA). O contato NF desta chave vai ligado em paralelo com o primário do transformador
de alta tensão. Ou seja, enquanto a porta do forno estiver aberta, o primário do transformador
está curto-circuitado pela chave monitora.
Trata-se de uma proteção adicional: caso a chave primária NA apresente algum defeito, a
chave monitora irá curto-circuitar o primário do transformador, fazendo o fusível geral de
proteção de baixa tensão queimar.
8.4 Magnetron
Espécie de válvula diodo adaptada para gerar micro-ondas. Componente responsável pelo
aquecimento dos alimentos. Filamento alimentado por 3V. Catodo alimentado por 4.000VDC.
Alguns magnetrons têm isoladores cerâmicos de óxido de berílio, que são perigosos se
esmagados e inalados ou ingeridos de outra forma. A exposição única ou crônica pode levar à
beriliose, uma condição pulmonar incurável. Além disso, o berílio é cancerígeno; portanto,
isoladores de cerâmica quebrados ou magnetrons não devem ser manipulados diretamente. O
preço médio dos magnetrons varia entre R$ 70,00 e R$ 150,00.
Figura 39 - Magnetron
• Buzzer (sirene).
A membrana é formada por duas lâminas de poliéster separadas por um plástico (nylon) que
funciona como espaçador. Em cada lâmina de poliéster, há contatos de grafite. Apertando uma
tecla, os grafites das lâminas encostam e acionam a função escolhida. A membrana é autoadesiva,
sendo colada no painel do forno. A tira de plástico com os terminais de ligação é encaixada na
placa de controle. Preço médio do teclado: R$ 30,00.
Observação: Nem todas as placas de controle possuem este transformador. Existem alguns
modelos que possuem uma fonte chaveada integrada.
Caso o termostato se apresente aberto no teste de continuidade, ele deverá ser substituído
por um novo. Nunca elimine esta peça: fazendo isso, você poderá ser responsável por um
incêndio.
O buzzer é responsável pelo som característico que comunica ao usuário o final do processo
de aquecimento/descongelamento. Trata-se de um pequeno alto-falante de cristal. Preço médio
do buzzer para micro-ondas: R$ 8,00.
Trata-se de um fusível cerâmico comum, normalmente nos valores de 10A ou 15A para
tensões de rede de 127V, ou 20A para redes de 220V. Preço médio de um fusível geral de baixa
tensão: R$ 10,00.
Observação: A placa de controle pode possuir outro fusível de baixa tensão em função do
modelo.
O fusível de alta tensão se diferencia do fusível de baixa tensão pela presença de uma mola
interna. O fusível de alta tensão é instalado dentro de um encapsulamento protetor plástico
(cartucho). Preço médio de um fusível de alta tensão: R$ 10,00.
São lâmpadas incandescentes de 127 ou 220 Volts entre 15 e 25W que suportam altas
temperaturas. A lâmpada do gabinete do forno é acionada por um relê da placa de controle do
forno. Preço médio da lâmpada do gabinete do forno: R$ 15,00.
Trata-se de um motor síncrono que é alimentado pela tensão da rede, seja 127V ou 220V,
com potência típica de 4W.
O motor do prato giratório é acionado por um relê da placa de controle do forno e possui
uma elevada resistência elétrica entre seus terminais (alguns quilo-ohms). Preço médio do motor
do prato giratório: R$ 22,00.
Esta placa é um filtro seletivo, que faz a cobertura da câmara de cozimento. Preço médio da
placa de mica do guia de onda: R$ 5,00.
O diodo de alta tensão tem o corpo maior que os diodos comuns, sendo especial para A.T.
(2.000 V). Dentro do encapsulamento de epóxi, na verdade existem cinco ou seis diodos em série.
Esta é a maneira utilizada para fazer o componente resistir à alta tensão presente no secundário
do transformador de AT. Preço médio do diodo de alta tensão: R$ 10,00.
9 MATERIAL COMPLEMENTAR
Agora assista aos vídeos abaixo para complementar as aprendizagens dessa apostila.
10 EXERCÍCIOS
1. ( ) Chave primária: Chave fim de curso do tipo normalmente aberta (NA), com dois
terminais, que apenas dá continuidade quando a porta do forno estiver fechada. Esta chave está
diretamente ligada no circuito de alimentação do primário do transformador de alta tensão (em
série). Ou seja, apenas se a chave estiver acionada (porta fechada) será possível energizar o
primário do transformador de alta tensão.
3. ( ) Chave secundária: Chave fim de curso do tipo normalmente aberta (NA), com dois
terminais, que apenas dá continuidade quando a porta do forno estiver fechada. Esta chave é
ligada na placa de controle. Ou seja, quando a porta está aberta, o painel de controle terá sua
“função ligar” desabilitada. Quando a porta fecha, as teclas “LIGA” voltam a funcionar. A chave
secundária também é responsável pelo controle da lâmpada do gabinete do forno.
4. ( ) A chave de segurança monitora da porta trata-se de uma chave fim de curso com três
terminais e com dois contatos. Um do tipo Normalmente Fechado (NF) e outro Normalmente
Aberto (NA). O contato NF desta chave vai ligado em paralelo com o primário do transformador
de alta tensão. Ou seja, enquanto a porta do forno estiver aberta, o primário do transformador
está curto-circuitado pela chave monitora. O contato NA da chave monitora, similar à chave
primária, dá continuidade para alimentar o primário do transformador de alta tensão somente
quando a porta do forno estiver fechada (trata-se de uma redundância de segurança).
7. ( ) A membrana é formada por duas lâminas de poliéster separadas por um plástico (nylon)
que funciona como espaçador. Em cada lâmina de poliéster, há contatos de grafite. Apertando
uma tecla, os grafites das lâminas encostam e acionam a função escolhida. A membrana é
autoadesiva, sendo colada no painel do forno. A tira de plástico com os terminais de ligação é
encaixada na placa de controle.
10. ( ) O fusível de alta tensão se diferencia do fusível de baixa tensão pela presença
de uma mola interna. O fusível de alta tensão é instalado dentro de um encapsulamento protetor
plástico (cartucho).
12. ( ) Assim como você não pode iniciar o reparo sem as ferramentas e instrumentos
adequados para o trabalho, você não pode iniciar os trabalhos sem os conhecimentos técnicos e
de segurança. O conhecimento técnico é na verdade a sua principal ferramenta de trabalho.
13. ( ) Durante o conserto, é provável que o reparador tenha que plugar o micro-ondas
na tomada repetidas vezes. Após cada desconexão da tomada, você deve efetuar a descarga do
capacitor de alta tensão.
1. V
2. F
3. V
4. V
5. V
6. V
7. V
8. V
9. V
10. V
11. V
12. V
13. V
11 FIM DA APOSTILA
Parabéns, estudante!
Se você já fez todos os exercícios desta apostila, vá até o Moodle e assista ao vídeo desta
aula.
Quando se sentir seguro, responda o questionário deste TÓPICO no Moodle de forma a ficar
apto para seguir para o próximo tópico do curso.
Aplique o que você aprendeu neste curso, preserve sua segurança e a segurança dos seus
clientes, trabalhe com prevenção e tenha tolerância zero com atos e condições inseguras.
Os efeitos de um acidente no local de trabalho podem durar toda uma vida. Se você for
ferido, a qualidade da sua vida poderá ser seriamente afetada. Se você for morto, sua família
nunca mais será a mesma. E se você causar ferimentos ou a morte de outra pessoa, terá de
carregar esse peso nas costas para o resto de sua vida. A melhor maneira de ajudar a prevenir
um acidente no local de trabalho é fazer da segurança a maior prioridade.
TODO DIA!
12 BIBLIOGRAFIA
BOYLESTAD, Robert L. Introdução à Análise de Circuitos. São Paulo: Prentice Hall, 2006.
BOYLESTAD, Robert; NASHELSKI, Louis. Dispositivos Eletrônicos e Teoria de Circuitos. 3 ed. Rio
de Janeiro: Prentice Hall, 1984.
CAPUANO, F. G.; MARINO, M. A. M. Laboratório de Eletricidade e Eletrônica. 24. ed. São Paulo:
Érica, 1990.
CREDER, Hélio. Instalações Elétricas. Rio de Janeiro: Livro Técnico S/A, 1981.
JOHNSON, David E. (Org.). Fundamentos de Análise de Circuitos Elétricos. 4. ed. São Paulo: LTC,
2001.
LOUIS E. Frenzel Jr. Mc, 2015 - Eletrônica Moderna. Fundamentos, dispositivos, circuitos e
sistemas. Graw Hill, 1ª Edição.
STOUT, Melville B... Curso Básico de Medidas Elétricas. Vol. 1”, LTC, Rio de janeiro, 1974. U.S.
NAVY. Curso Completo de Eletricidade Básica. Curitiba: Hemus, 2002.
Sites consultados:
https://www.coladaweb.com/curiosidades/forno-de-micro-ondas-como-funciona