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Guia de dimensionamento de cabos

isolados para Média Tensão


De acordo com a norma ABNT NBR 14039:2021
Sumário
1. INTRODUÇÃO 4
2. TENSÕES DE ISOLAMENTO DOS CABOS 4
3. SELEÇÃO DA TENSÃO DE ISOLAMENTO DO CABO 5
3.1. DEFINIÇÕES 5
3.2. SELEÇÃO DE UO E U 5
3.2.1. Categorias do Sistema 5
3.2.2. Valores mínimos de (Uo) em função da (Um) e da categoria do sistema 6
3.2.3. Tensão suportável de Impulso atmosférico do cabo (Up) 6
4. CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO DE CONDUTORES ELÉTRICOS 6
4.1. SEÇÃO MÍNIMA DOS CONDUTORES 7
4.1.1. Condutores de Fase 7
4.1.2. Condutor Neutro 7
4.1.3. Condutor de Proteção (PE) – Condutor Terra 7
4.2. CAPACIDADE DE CONDUÇÃO DE CORRENTE EM REGIME PERMANENTE 8
4.2.1. Métodos de Instalação/referência da norma ABNT NBR 14039:2021 8
4.2.2. Capacidades de condução de corrente (A) - 90°C no condutor – Ar Livre 9
4.2.3. Capacidades de condução de corrente (A) - 90°C no condutor – Enterrado 10
4.2.4. Capacidades de condução de corrente (A) - 105°C no condutor – Ar Livre 11
4.2.5. Capacidades de condução de corrente (A) - 105°C no condutor – Enterrado 12
4.2.6. Fatores de correção da capacidade de corrente 13
4.2.7. Variações das condições de instalação num percurso (6.2.5.7 da NBR 14039) 19
4.3. SOBRECARGA 19
4.4. CORRENTE DE CURTO-CIRCUITO 20
4.4.1. Condutor 20
4.4.2. Blindagem metálica 21
4.4.3. Condutor de proteção (PE) 23
4.5. QUEDA DE TENSÃO – REGULAÇÃO DE TENSÃO 25
4.5.1. Limites Permitidos 25
4.5.2. Considerações gerais 25
4.5.3. Cálculo da queda de tensão 26
4.5.4. Resumo indicativo de uso 29
5. RESISTÊNCIA ELÉTRICA DO CONDUTOR 30
6. INDUTÂNCIA E REATÂNCIA INDUTIVA 32
7. CAPACITÂNCIA, CORRENTE CAPACITIVA E PERDAS DIELÉTRICAS 32
7.1. CAPACITÂNCIA E REATÂNCIA CAPACITIVA 33
7.2. CORRENTE DE PERDA ATIVA 34
7.3. PERDA DIELÉTRICA 34
8. IMPEDÂNCIAS INDUTIVAS 35
8.1. IMPEDÂNCIAS DE SEQUÊNCIA POSITIVA E NEGATIVA 35

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8.1.1. Blindagens aterradas em um só ponto (sem circulação de corrente) 35
8.1.2. Blindagens aterradas em dois ou mais pontos (com circulação de corrente) 35

8.1.3. Cálculo simplificado e aproximado para Rca e -XL 36


8.2. IMPEDÂNCIAS DE SEQUÊNCIA ZERO 38
9. TABELAS DE PARAMETROS ELÉTRICOS 39
10. BLINDAGEM 58
10.1. FUNÇÕES DA BLINDAGEM 58
10.1.1. Camada semicondutora do condutor 58
10.1.2. Blindagem da Isolação 58
10.2. UTILIZAÇÃO DA BLINDAGEM DA ISOLAÇÃO 58
10.3. ATERRAMENTO DA BLINDAGEM DA ISOLAÇÃO 58
10.4. MATERIAIS DA BLINDAGEM 59
10.5. EMENDAS E TERMINAIS 59
10.6. TENSÃO INDUZIDA NA BLINDAGEM DA ISOLAÇÃO ATERRADA EM UM SÓ PONTO 59
10.6.1. Três cabos em qualquer configuração geométrica 59
10.6.2. Três cabos na configuração trifólio ou trifólio aberto (equilateral) 59
10.6.3. Três cabos em configuração plana 60
10.6.4. Fórmulas simplificas para cálculo das tensões induzidas nas blindagens metálicas 61
10.6.5. Limites para as tensões induzidas na blindagem metálica em regime normal de operação do sistema 61
10.6.6. Tensões induzidas na blindagem metálica sob curto-circuito 62
11. UTILIZAÇÃO DE MAIS DE UM CABO POR FASE EM PARALELO 62
12. INSTALAÇÃO DOS CABOS 65
12.1. RAIO MÍNIMO DE CURVATURA 65
12.2. INSTALAÇÃO EM ELETRODUTOS 66
12.2.1. Taxa de ocupação do eletroduto 66
12.2.2. Acomodação dos cabos no eletroduto 66
12.2.3. Eletrodutos já existentes 67
12.3. FORÇAS MÁXIMAS DE PUXAMENTO 67

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1. INTRODUÇÃO
O dimensionamento dos cabos de média tensão deve ser feito conforme a norma ABNT NBR 14039:2021, de forma geral, complementada
pela norma ABNT NBR 13570:2021 para instalações elétricas em locais de afluência de público. Ao serem publicadas outras versões destas
normas, essas novas versões devem ser consultadas pelo projetista, tendo a prevalência sobre eventuais dados diferentes conti dos neste Guia.
Apesar da norma ABNT NBR 14039:2021 estabelecer os limites de tensão de 1kV a 36,2kV a escolha do nível de tensão dos cabos de média
tensão pode atingir até 42kV e deve ser feito através da NBR 6251: 2018 conforme capítulo 3 - SELEÇÃO DA TENSÃO DE ISOLAMENTO DO CABO,
deste guia.
O objetivo deste Guia é a escolha correta do cabo e da seção do condutor a ser utilizada e não o dimensionamento completo da instalação.

Tabela 1.1. Cabos Prysmian mais comuns para aplicações em média tensão

Temp. Máx. de
Tensão de Temp. Máx. de Temp. Máx. de
Norma Cobertura Operação do
Linha de Produto Isolamento Isolação Sobrecarga curto-circuito
ABNT (Capa externa) Condutor

[Uo/U] [°C] [°C] [°C]

NBR 3,6/6 kV a EPR


Eprotenax PVC (ST2) 90 130 250
7286 20/35kV (espessura plena)

NBR Epro Compact 3,6/6 kV a EPR 105 (espessura


PVC (ST2) 105 140 250
7286 105 20/35kV coordenada)

EPR 105 livre de


NBR 3,6/6 kV a
Ecoplus Compact chumbo (espessura PVC (ST2) 105 0 250
7286 20/35kV
coordenada)

NBR 3,6/6 kV a XLPE


Voltalene PVC (ST2) 90 130 250
7287 20/35kV (espessura plena)

NBR 3,6/6 kV a EPR


Afumex SHF1 90 130 250
16132 20/35kV (espessura plena)

NBR 3,6/6 kV a HEPR


Afumex Compact SHF1 90 130 250
16132 20/35kV (espessura coordenada)

NBR 3,6/6 kV a XLPE


Voltalene Grid PE (ST7) 90 130 250
7287 20/35kV (espessura plena)

Notas:

- Dependendo da classe de tensão e seção, todos os cabos podem ser fabricados com 1 (singelo) ou 3 (tripolar) condutores.
- NBR 7286 - Cabo isolado com EPR, HEPR ou EPR 105

- NBR 7287 – Cabo isolado com XLPE ou TR-XLPE


- NBR 16132 – Cabo com baixa emissão de fumaça e halogênios
- Os requisitos destes cabos são complementados pelas especificações da norma de padronização ABNT NBR 6251:2018.

- SHF1 - Composto poliolefínico termoplástico não halogenado.

2. TENSÕES DE ISOLAMENTO DOS CABOS


As tensões de isolamento dos cabos, em “quilovolts” (kV), cobertos por este Guia são:

Uo/U (Um) 1,8/3 (3,6) 3,6/6 (7,2) 6/10 (12) 8,7/15 (17,5) 12/20 (24) 15/25 (30) 20/35 (42)

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3. SELEÇÃO DA TENSÃO DE ISOLAMENTO DO CABO
A tensão de isolamento do cabo deve ser escolhida em função das características do sistema.
O critério apresentado a seguir, extraído do anexo A da norma ABNT NBR 6251:2018, permite a escolha apropriada do valor da tensão de
isolamento Uo/U do cabo, em função das características do sistema. Entende-se que a espessura de isolação do cabo é determinada pelos valores
Uo, U e Um ou pelo valor Up de crista, que é o valor da tensão suportável de impulso atmosférico do cabo. Estas tensões devem ser baseadas,
inteiramente, nas características e nos requisitos do sistema e a espessura da isolação deve ser escolhida com severidade.

3.1. DEFINIÇÕES
a) Tensão de isolamento do cabo (U ou Uo/U): Valor de U ou dos valores Uo/U pelos quais os cabos são designados, onde:
Uo é o valor eficaz da tensão entre condutor e terra ou blindagem da isolação ou qualquer proteção metálica sobre esta;
U é o valor eficaz da tensão entre condutores.
Nota: A designação completa do cabo por suas tensões de isolamento inclui a tensão máxima de operação do sistema, conforme as normas
IEC 60502-1 e IEC 60502-2, da seguinte forma: Uo/U(Um). Entretanto, a tensão Um normalmente é omitida, como tem sido a prática até o presente no
Brasil.

b) Tensão máxima de operação do sistema (Um): Máxima tensão de linha que pode ser mantida em condições normais de operação,
em qualquer tempo e em qualquer ponto do sistema.

Nota 1: No caso de corrente alternada, a tensão é dada em valor eficaz.


Nota 2: Não é necessariamente igual à tensão máxima de operação dos equipamentos ligados ao sistema.

c) Tensão nominal do sistema: Tensão de linha pela qual o sistema é designado.

Nota 1: No caso de corrente alternada, a tensão é dada em valor eficaz.


Nota 2: Não é necessariamente igual à tensão nominal dos equipamentos ligados ao sistema.

3.2. SELEÇÃO DE UO E U

3.2.1. Categorias do Sistema


A seleção de Uo depende do tipo de sistema e do sistema de aterramento. Para este objetivo, os sistemas são divididos em três categorias
dadas a seguir.
Categoria A
Esta categoria abrange os sistemas em que qualquer condutor fase que venha a ter contato com a terra ou com um condutor terra, é
desligado do sistema dentro de 1 minuto.

Categoria B
Esta categoria abrange os sistemas que sob condição de falta, são previstos para continuar operando por um tempo limitado, com uma
fase ligada à terra. Este período não deve exceder 1 h. Entretanto, para cabos previstos neste Guia, um período maior pode ser tolerado, desde
que não exceda 8 h em qualquer ocasião. A duração total das faltas em 12 meses consecutivos não deve exceder 125 h.

Categoria C
Esta categoria compreende todo sistema que não se enquadra nas categorias A ou B.
Nota: Deve ser entendido que em um sistema, onde uma falta para terra não é automática e prontamente eliminada, as solicitações elétricas extras
na isolação dos cabos durante a falta reduzem sua vida útil em certo grau. Se houver previsão de o sistema operar com frequência, com falta permanente
para a terra, é recomendável classificá-lo na categoria seguinte.

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3.2.2. Valores mínimos de (Uo) em função da (Um) e da categoria do sistema
Para as três categorias, a tensão de isolamento Uo não deve ser inferior ao valor estabelecido na coluna apropriada da tabela 3.1.

3.2.3. Tensão suportável de Impulso atmosférico do cabo (Up)


Os máximos valores de Up, para os quais os cabos são assegurados, são dados na tabela 3.2, em função da tensão e isolamento Uo.

Tabela 3.1. Valores mínimos para (Uo) em função da categoria e da tensão máxima
de operação do sistema

Tensão máxima de operação Tensão de isolamento do cabo (Uo)


do sistema (Um) kV
kV Categorias A e B Categoria C
1,2 0,6 0,6
3,6 1,8 3,6
7,2 3,6 6,0
12,0 6,0 8,7
17,5 8,7 12,0
24,0 12,0 15,0
30,0 15,0 20,0
42,0 20,0 -

Tabela 3.2. Tensão suportável de impulso atmosférico do cabo

Tensão de isolamento (Uo) Tensão de ensaio de impulso (Up)


kV eficaz kV de crista
3,6 60
6,0 75
8,7 110
12,0 125
15,0 150
20,0 200

4. CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO DE CONDUTORES ELÉTRICOS

Com o objetivo de garantir uma vida satisfatória e confiável aos cabos elétricos para média tensão, normalmente
submetidos a períodos prolongados em serviço normal, estão indicados os critérios mais relevantes para determinação de
seção do condutor, respetiva blindagem metálica e dos condutores neutro e de proteção.

No dimensionamento da seção a ser adotada, no mínimo, todos os seguintes critérios devem ser atendidos.

a) Seção mínima dos condutores.


b) Capacidade de condução de corrente em regime permanente.
c) Sobrecarga.
d) Corrente de curto-circuito.
e) Queda de tensão.

Nota 1: A seção a ser adotada deve ser a maior dentre as obtidas em cada um dos critérios.

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Nota 2: Diferentemente dos circuitos de baixa tensão, raramente nos circuitos de média tensão a queda de tensão estabelece a seção a ser utilizada,
sendo os aspectos térmicos mais prevalecentes. Pode ser sempre verificada, porém apenas será determinante em alguns poucos casos.

Para verificar o nível da queda de tensão, consultar em 4.5 ou, mais especificamente, o quadro resumo em 4.5.4.
Nota 3: Dependendo das condições de dimensionamento, se houver mais de um cabo por fase, verifique as considerações abordadas no capítulo
11 - UTILIZAÇÃO DE MAIS DE UM CABO POR FASE EM PARALELO, deste Guia sobre a posição física que os cabos devem seguir.

4.1. SEÇÃO MÍNIMA DOS CONDUTORES

4.1.1. Condutores de Fase


A seção mínima dos condutores de fase depende da tensão de isolamento do cabo (U0/U) e do tipo de construção. A norma construtiva
do cabo deve ser consultada.

4.1.2. Condutor Neutro


A seção mínima do condutor neutro deve estar conforme indicada na tabela 3 da norma ABNT NBR 6251:2018 (ver resumo na tabela 4.1
a seguir).

4.1.3. Condutor de Proteção (PE) – Condutor Terra


A seção mínima do condutor de proteção (PE) deve estar conforme tabela 3 da norma ABNT NBR 6251:2018 e tabela 44 da norma ABNT
NBR 14039:2021 (ver resumo na tabela 4.1 a seguir).

Nota: Verificar critério de cálculo da seção do condutor de proteção em “Capacidade de Condução da Corrente de Curto-Circuito”.

Tabela 4.1. Seção mínima do condutor Neutro e Proteção (PE) em função do condutor Fase

Seção do condutor fase Seção mínima do condutor neutro Seção mínima do condutor de proteção (PE)
(mm2) (mm2) (mm2)
10 10 10

16 16 16

25 25 16

35 25* 16*

50 25* 25*

70 35 35

95 50 50

120 70 70

150 70 95

185 95 95

240 120 120

300 150 150

400 185 240

*35mm2, no caso de condutor de alumínio

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4.2. CAPACIDADE DE CONDUÇÃO DE CORRENTE EM REGIME PERMANENTE

As capacidades de condução de corrente tabeladas a seguir, conforme a norma ABNT NBR 14039:2021, foram calculadas para circuitos
operando em regime permanente, fator de carga 100%, corrente alternada com frequência de 60 Hz, para cabos unipolares e tripolares, condutor
de cobre ou alumínio e tensões até 20/35kV.
Fator de carga inferior a 100% influência de forma relevante apenas na capacidade de condução de corrente de instalações subt errâneas,
aumentando seu valor. O cálculo pode ser feito conforme a norma IEC 60853-1.
Embora existam diferenças entre as capacidades de condução de corrente de cabos:
- com diferentes classes de tensão;
- unipolares justapostos (na horizontal ou em trifólio) e tripolar;
- com blindagem metálica aterrada em mais de um ponto ou aterrada em um só ponto ou com sistema especial de aterramento tipo
“single-point bonding” ou “cross bonding”, essas diferenças são pequenas para os cabos aqui abordados, sendo que apenas um único valor (o
menor) foi tabelado para cada uma das três situações mencionadas.
As capacidades de condução de corrente em caneletas (métodos C e D descritos abaixo) foram calculadas para as condições de instalação
mostradas nas figuras constantes nas tabelas. A alteração de uma ou mais daquelas condições, por exemplo: dimensões da canaleta (perímetro),
quantidade de cabos etc., implica numa variação da temperatura no interior da canaleta diferente da utilizada no cálculo do valor tabelado.
Sendo assim, caso seja necessário o cálculo de fatores de correção para esse tipo de instalação, consultar a norma IEC 60287-2-1, item 4.2.6.2.
Os valores que constam nas tabelas são aproximados com precisão razoável, para os tipos mais comuns de instalação. Valores nã o
tabelados ou que não possam ser corrigidos pelos fatores de correção dados ou ainda quando for necessária maior precisão, devem ser calculados
utilizando a série de normas IEC 60287.

4.2.1. Métodos de Instalação/referência da norma ABNT NBR 14039:2021


Os métodos de referência são os métodos de instalação para os quais a capacidade de condução de corrente foi determinada por cálculo.

A1 - cabos unipolares justapostos (na horizontal ou em trifólio) e cabos tripolares ao ar livre, abrigados do sol.
A2 - cabos unipolares justapostos (na horizontal ou em trifólio) e cabos tripolares ao ar livre, expostos ao sol.
B1 - cabos unipolares espaçados ao ar livre, abrigados do sol.
B2 - cabos unipolares espaçados ao ar livre, expostos ao sol.
C- cabos unipolares justapostos (na horizontal ou em trifólio) e cabos tripolares em canaletas fechadas no solo.
D- cabos unipolares espaçados em canaletas fechadas no solo.
E- cabos unipolares justapostos (na horizontal ou em trifólio) ou cabos tripolares em eletroduto ao ar livre, abrigado do sol.
F1 - cabos unipolares justapostos (na horizontal ou em trifólio) e cabos tripolares em eletrodutos enterrados no solo.
F2 - cabos unipolares justapostos (na horizontal ou em trifólio) e cabos tripolares em banco de dutos enterrados no solo.
G1 - cabos unipolares em eletrodutos enterrados e espaçados – um cabo por duto ou eletroduto não condutor.
G2 - cabos unipolares em banco de dutos enterrados – um cabo por duto ou eletroduto não condutor.
H- cabos unipolares justapostos (na horizontal ou em trifólio) e cabos tripolares diretamente enterrados.
I- cabos unipolares espaçados diretamente enterrados.

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4.2.2. Capacidades de condução de corrente (A) - 90°C no condutor – Ar Livre

Tabela 4.2. Capacidade de Condução de Corrente – 90°C – Ar Livre

Temperatura no condutor 90°C - Temperatura Ambiente 30°C


Eprotenax, Voltalene, Voltalene Grid, Afumex e Afumex Compact

Bandeja perfurada, suportes horizontais, eletrocalha


Canaleta fechada no solo Eletroduto ao ar livre
aramada, tela ou leito ao ar livre
Método de referência da NBR 14039
A1 e A2 B1 e B2 C D E
3 cabos unipolares 3 cabos unipolares justapostos (na
3 cabos unipolares 3 cabos unipolares 3 cabos unipolares ou 1
justapostos (na horizontal ou horizontal ou em trifólio) ou 1 cabo
espaçados espaçados cabo tripolar no eletroduto
em trifólio) ou 1 cabo tripolar tripolar
Seção
Nominal

sem sol com sol sem sol com sol


(mm2) sem sol (1) sem sol
(A1) (A2) (B1) (B2)
Condutor de Cobre
10 86 70 104 94 78 93 69
16 113 92 136 123 101 123 90
25 148 120 179 162 131 164 117
35 180 147 219 197 159 202 142
50 218 177 264 238 190 246 170
70 272 220 329 296 236 309 211
95 332 269 400 360 286 379 255
120 384 311 461 413 328 439 294
150 437 352 514 460 369 492 330
185 498 403 583 522 419 561 375
240 588 474 678 605 488 656 438
300 670 540 767 683 551 745 494
400 760 618 844 750 602 823 550
500 856 694 943 837 669 922 615
630 958 776 1048 929 736 1028 683
Condutor de Alumínio
10 66 54 80 72 60 72 53
16 87 71 106 96 78 96 70
25 115 94 139 126 102 127 91
35 140 114 170 154 124 157 110
50 169 137 206 186 148 192 132
70 212 171 257 231 184 241 164
95 258 209 313 281 222 296 198
120 300 242 362 325 255 345 229
150 340 275 407 364 288 389 259
185 391 316 465 416 328 447 296
240 463 374 545 486 385 527 349
300 532 428 621 553 438 603 397
400 621 500 703 625 496 685 453
500 716 577 799 709 574 781 517
630 822 665 905 802 633 888 587
(1) - Cabos não expostos ao sol, apenas a superfície externa da canaleta (tampa) foi considerada exposta ao sol.

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4.2.3. Capacidades de condução de corrente (A) - 90°C no condutor – Enterrado

Tabela 4.3. Capacidade de Condução de Corrente – 90°C – Enterrado

Temperatura no condutor 90°C - Temperatura Ambiente 20°C


Resistividade Térmica do solo: 2,5 K.m/W - Resistividade Térmica do concreto: 1,2 K.m/W
Eprotenax, Voltalene, Voltalene Grid, Afumex e Afumex Compact

Diretamente enterrado ou em eletroduto enterrado Banco de duto(s) em concreto


Método de referência da NBR 14039
F1 G1 H I F2 G2
3 cabos unipolares
3 cabos unipolares em 3 cabos unipolares em
3 cabos unipolares ou justapostos (na 3 cabos unipolares ou
eletrodutos não 3 cabos unipolares eletrodutos não
1 cabo tripolar no horizontal ou em 1 cabo tripolar no
condutores espaçados (1 espaçados condutores espaçados
eletroduto trifólio) ou 1 cabo eletroduto
por eletroduto) (1 por eletroduto)
tripolar
Seção
Nominal

(mm2)

Condutor de Cobre
10 59 66 64 68 63 73
16 75 84 82 87 81 93
25 97 107 105 110 104 119
35 116 127 125 131 124 142
50 137 149 147 154 147 167
70 167 180 178 187 179 202
95 200 213 211 221 214 239
120 227 239 238 249 243 269
150 251 256 262 270 269 292
185 282 283 293 300 301 324
240 324 319 334 340 345 366
300 361 349 370 375 383 403
400 394 360 401 395 417 424
500 434 389 440 429 458 461
630 475 416 478 464 500 497
Condutor de Alumínio
10 45 51 50 52 49 56
16 58 65 64 67 63 72
25 75 83 82 86 81 93
35 90 99 97 102 96 110
50 106 117 114 120 114 130
70 130 142 139 146 139 158
95 156 168 165 173 166 188
120 178 190 186 196 189 213
150 198 207 206 215 211 233
185 223 231 232 241 238 261
240 259 263 267 275 275 298
300 290 291 298 306 308 331
400 325 311 331 333 344 359
500 366 341 370 368 386 396
630 409 372 412 405 431 436

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4.2.4. Capacidades de condução de corrente (A) - 105°C no condutor – Ar Livre

Tabela 4.4. Capacidade de Condução de Corrente – 105°C – Ar Livre

Temperatura no condutor 105°C - Temperatura Ambiente 30°C


Epro Compact 105 e Ecoplus Compact

Bandeja perfurada, suportes horizontais, eletrocalha


Canaleta fechada no solo Eletroduto ao ar livre
aramada, tela ou leito ao ar livre
Método de referência da NBR 14039
A1 e A2 B1 e B2 C D E
3 cabos unipolares 3 cabos unipolares justapostos (na
3 cabos unipolares 3 cabos unipolares 3 cabos unipolares ou 1
justapostos (na horizontal ou horizontal ou em trifólio) ou 1 cabo
espaçados espaçados cabo tripolar no eletroduto
em trifólio) ou 1 cabo tripolar tripolar
Seção
Nominal

sem sol com sol sem sol com sol


(mm2) sem sol (1) sem sol
(A1) (A2) (B1) (B2)
Condutor de Cobre
10 96 83 115 107 86 106 77
16 126 109 151 141 112 140 100
25 165 142 199 184 146 186 130
35 201 173 243 225 177 229 157
50 243 210 294 272 212 278 189
70 303 261 366 339 262 349 234
95 370 319 446 412 317 428 284
120 428 369 514 474 364 495 327
150 487 419 575 530 410 555 369
185 556 480 653 601 465 633 419
240 656 565 760 699 542 741 490
300 748 646 862 791 612 842 554
400 857 738 953 874 674 934 619
500 967 832 1067 978 749 1049 694
630 1086 933 1191 1089 828 1173 773
Condutor de Alumínio
10 74 64 89 82 66 81 59
16 97 84 117 109 87 109 77
25 128 110 155 143 113 144 101
35 156 134 189 175 137 178 122
50 189 163 229 212 164 217 147
70 235 203 286 264 204 272 182
95 287 248 348 322 246 334 220
120 333 287 403 372 283 388 254
150 379 326 454 418 319 438 288
185 435 376 519 478 364 504 330
240 516 445 609 560 427 593 389
300 593 511 695 638 484 679 444
400 692 597 789 724 559 773 508
500 800 691 899 823 638 883 580
630 923 795 1021 934 726 1006 661
(1) - Cabos não expostos ao sol, apenas a superfície externa da canaleta (tampa) foi considerada exposta ao sol.

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4.2.5. Capacidades de condução de corrente (A) - 105°C no condutor – Enterrado

Tabela 4.5. Capacidade de Condução de Corrente – 105°C – Enterrado

Temperatura no condutor 105°C - Temperatura Ambiente 20°C


Resistividade Térmica do solo: 2,5 K.m/W - Resistividade Térmica do concreto: 1,2 K.m/W
Epro Compact 105 e Ecoplus Compact

Diretamente enterrado ou em eletroduto enterrado Banco de duto(s) em concreto


Método de referência da NBR 14039
F1 G1 H I F2 G2
3 cabos unipolares
3 cabos unipolares em 3 cabos unipolares em
3 cabos unipolares ou justapostos (na 3 cabos unipolares ou
eletrodutos não 3 cabos unipolares eletrodutos não
1 cabo tripolar no horizontal ou em 1 cabo tripolar no
condutores espaçados (1 espaçados condutores espaçados
eletroduto trifólio) ou 1 cabo eletroduto
por eletroduto) (1 por eletroduto)
tripolar
Seção
Nominal

(mm2)

Condutor de Cobre
10 64 71 69 73 68 79
16 82 90 89 93 88 101
25 105 115 113 119 112 129
35 126 137 134 142 135 153
50 149 161 158 166 159 181
70 181 195 192 201 194 219
95 217 231 228 239 232 259
120 247 260 257 269 264 292
150 273 279 283 293 292 318
185 307 309 317 326 328 353
240 353 349 362 370 376 400
300 394 383 402 408 418 441
400 431 397 437 432 457 466
500 477 430 480 471 503 508
630 523 462 523 510 550 550
Condutor de Alumínio
10 49 55 53 56 53 61
16 63 70 69 72 68 78
25 81 90 88 93 87 100
35 97 107 104 110 104 119
50 115 126 123 130 123 141
70 141 153 149 157 151 171
95 169 182 177 187 180 203
120 192 206 201 212 205 230
150 215 225 2233 233 230 253
185 242 251 250 261 259 283
240 281 287 288 298 299 324
300 316 318 322 332 336 360
400 355 341 359 362 375 392
500 399 375 402 402 422 435
630 448 410 448 444 471 479

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4.2.6. Fatores de correção da capacidade de corrente
Nota: Os fatores de correção dados são valores aproximados. O resultado da capacidade de condução de corrente dos cabos pode variar quando
comparados ao valor real calculado conforme a série de normas IEC 60287.

4.2.6.1. Temperatura ambiente

Tabela 4.6. Fatores de correção para temperatura ambiente diferente de 30°C para circuito ao ar livre ou em canaleta fechada no solo e de 20°C para
circuito enterrado no solo.

AR LIVRE OU CANALETA FECHADA NO SOLO ENTERRADO NO SOLO


 ambiente = 30°C  ambiente = 20°C

 condutor = 90°C  condutor = 105°C  condutor = 90°C  condutor = 105°C


Temperatura
Ambiente
(°C) Eprotenax, Voltalene,
Epro Compact 105 e Eprotenax, Voltalene,
Voltalene Grid, Afumex e Epro Compact 105 e
Ecoplus Compact (2) Voltalene Grid, Afumex e
Afumex Compact (1) Ecoplus Compact
Afumex Compact

sem sol com sol sem sol com sol


10 1,15 1,15 1,13 1,13 1,07 1,06
15 1,12 1,12 1,10 1,10 1,04 1,03
20 1,08 1,08 1,06 1,06 1,00 1,00
25 1,04 1,04 1,03 1,03 0,96 0,97
30 1,00 1,00 1,00 1,00 0,93 0,94
35 0,96 0,92 0,97 0,94 0,89 0,91
40 0,91 0,83 0,93 0,88 0,85 0,87
45 0,87 0,73 0,89 0,82 0,80 0,84
50 0,82 0,62 0,86 0,75 0,76 0,80
55 0,76 0,49 0,82 0,68 0,71 0,77
60 0,71 0,31 0,77 0,6 0,65 0,73
65 0,65 - 0,73 0,51 0,60 0,69
70 0,58 - 0,68 0,4 0,53 0,64
75 0,50 - 0,63 0,25 0,46 0,59
80 0,41 - 0,58 - 0,38 0,54
(1) - Não utilizar estes cabos em temperatura ambiente > 60°C quando expostos ao sol.
(2) - Não utilizar estes cabos em temperatura ambiente > 75°C quando expostos ao sol.

Nota: Os fatores para circuitos ao ar livre abrigados do sol ou em canaleta fechada no solo ou enterrados no solo podem ser calculados por:

𝜃𝑐𝑜𝑛𝑑𝑢𝑡𝑜𝑟 − 𝜃2
𝐾=√ [4.1]
𝜃𝑐𝑜𝑛𝑑𝑢𝑡𝑜𝑟 − 𝜃1

sendo:

condutor = temperatura máxima no condutor (90oC ou 105oC, conforme isolação do condutor)


1 = temperatura ambiente = 30°C (ar livre ou canaleta) ou 20°C (enterrado)
2 = temperatura ambiente de projeto.

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4.2.6.2. Resistividade térmica do solo

Tabela 4.7. Fatores de correção para resistividade térmica do solo diferente de 2,5 K.m/W, a serem multiplicados pela capacidade de condução de
corrente dos métodos de referência F1, F2, G1, G2, H ou I, ou seja, cabos diretamente enterrados no solo ou contidos em eletr odutos diretamente
enterrados no solo ou em banco de dutos de concreto.

Resistividade térmica (K.m/W) 1 1,5 2 3 4


F1 1,24 1,14 1,06 0,93 0,83
F2 1,14 1,09 1,04 0,94 0,85
G1 1,31 1,18 1,08 0,93 0,82
Fator de correção
G2 1,15 1,09 1,04 0,94 0,85
H 1,45 1,23 1,09 0,91 0,80
I 1,44 1,23 1,09 0,91 0,80

4.2.6.3. Profundidade em linhas enterradas no solo

Tabela 4.8. Fatores de correção para profundidades de enterramento diferentes de 0,9 m a serem multiplicados pela capacidade de condução de
corrente dos métodos de referência F1, F2, G1, G2, H ou I.

Profundidade (m) 0,7 1,2 1,5 2,0


F1 1,02 0,97 0,94 0,91
F2 1,02 0,96 0,94 0,91
G1 1,02 0,96 0,93 0,90
Fator de correção
G2 1,03 0,95 0,92 0,88
H 1,01 0,97 0,94 0,92
I 1,02 0,96 0,93 0,90

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4.2.6.4. Agrupamento de cabos/circuitos

Tabela 4.9. Fatores de correção para grupos de cabos unipolares dispostos em trifólio ao ar livre, a serem multiplicados pela capacidade de condução
de corrente do método de referência A1.

Fator de
Grupo Esquema ilustrativo Espaçamento1) 2)
correção

e > De 1,00
2 grupos formados por cabos
unipolares em trifólio, na horizontal
e < De 0,93
e > 1,5·De 1,00
3 grupos formados por cabos
unipolares em trifólio, na horizontal
e < 1,5·De 0,92
e > 3,5·De 1,00
2,5·De < e < 3,5·De 0,99
2·De < e < 2,5·De 0,98
2 grupos formados por cabos 1,5·De < e < 2·De 0,97
unipolares em trifólio, na vertical
De < e < 1,5·De 0,96
0,5·De < e < De 0,94
e < 0,5·De 0,88
e > 3,5·De 1,00
2,5·De < e < 3,5·De 0,99
2·De < e < 2,5·De 0,98
2 conjuntos de grupos com 2 1,5·De < e < 2·De 0,97
trifólios na vertical
De < e < 1,5·De 0,96
0,5·De < e < De 0,94
e < 0,5·De 0,88
e > 3,5·De 1,00
2,5·De < e < 3,5·De 0,99
2·De < e < 2,5·De 0,98
3 conjuntos de grupos com 2 1,5·De < e < 2·De 0,97
trifólios na vertical
De < e < 1,5·De 0,96
0,5·De < e < De 0,94
e < 0,5·De 0,88
1) e = espaçamento; De = diâmetro do cabo unipolar que forma o trifólio
2) O afastamento mínimo de qualquer superfície deve ser de 0,5·De

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Tabela 4.10. Fatores de correção para grupos de cabos tripolares ao ar livre, a serem multiplicados pela capacidade de condução de corrente do
método de referência A1.

Grupo Esquema ilustrativo3) Espaçamento1) 2) Fator de


correção
e > 0,5·De 1,00
2 cabos tripolares na horizontal
e < 0,5·De 0,89
e > 0,75·De 1,00
3 cabos tripolares na horizontal
e < 0,75·De 0,84
e > 2·De 1,00
1,5·De < e < 2·De 0,99
2 cabos tripolares na vertical De < e < 1,5·De 0,97
0,5·De < e < De 0,94
e < 0,5·De 0,90

e > 3,5·De 1,00


3·De < e < 3,5·De 0,99
2,5·De < e < 3·De 0,98
2·De < e < 2,5·De 0,97
3 cabos tripolares na vertical
1,5·De < e < 2·De 0,96
De < e < 1,5·De 0,94
0,5·De < e < De 0,91
e < 0,5·De 0,85
e > 2·De 1,00
1,5·De < e < 2·De 0,99
2 conjuntos de grupos com 2 cabos
tripolares na vertical De < e < 1,5·De 0,97
0,5·De < e < De 0,94
e < 0,5·De 0,90
e > 3,5·De 1,00
3·De < e < 3,5·De 0,99
2,5·De < e < 3·De 0,98
2 conjuntos de grupos com 3 cabos 2·De < e < 2,5·De 0,97
tripolares na vertical 1,5·De < e < 2·De 0,96
De < e < 1,5·De 0,94
0,5·De < e < De 0,91
e < 0,5·De 0,85
e > 3,5·De 1,00
3·De < e < 3,5·De 0,99
2,5·De < e < 3·De 0,98
3 conjuntos de grupos com 3 cabos 2·De < e < 2,5·De 0,97
tripolares na vertical 1,5·De < e < 2·De 0,96
De < e < 1,5·De 0,94
0,5·De < e < De 0,91
e < 0,5·De 0,85
1) e = espaçamento; De = diâmetro do cabo tripolar
2) O afastamento mínimo de qualquer superfície deve ser de 0,5·D
e
3) Os espaçamentos verticais e horizontais são mínimos para o uso do fator

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Tabela 4.11. Fatores de correção para grupos de cabos unipolares ao ar livre, a serem a serem multiplicados pela capacidade de condução de
corrente do método de referência B1. Número de

Número
1
13 de band
Número de ternas
2
2
Número de
Número
Bandejas de bandejas Fatores
Fatores de correção
1 de co
Instalação em bandejas 1 1 1 0,97
10,96 2 0,97
ação em bandejas
perfuradas sem tampa
Instalação em bandejas
perfuradas sem tampa
2 2 0,97 0,94
0,970,93
0,94
radas sem tampa 3
3 3 0,96 0,93
0,960,92
0,93
6 6 0,94 0,91
0,940,90 6 0,91

talação vertical
Instalação
Instalação vertical
vertical 0,94 0,91
0,94
0,89
0,91

Tabela 4.12. Fatores de correção de agrupamento de eletrodutos diretamente enterrados, cada eletroduto com três cabos unipolares ou um cabo
tripolar, a serem multiplicados pela capacidade de condução de corrente do método de referência F1.

Espaçamento entre os centros dos eletrodutos


Seção
Número de dutos Condutor [mm]
[mm2]
Encostados 200 400 600 800

10 a 150 0,84 0,88 0,91 0,93


2 0,80
185 a 1000 0,80 0,85 0,88 0,90
10 a 150 0,74 0,80 0,84 0,87
3 0,68
185 a 1000 0,69 0,75 0,80 0,83
10 a 150 0,69 0,76 0,81 0,84
4 0,62
185 a 1000 0,64 0,71 0,76 0,80

Nota: Exemplo de dutos para este método.

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Tabela 4.13. Fatores de correção para cabos unipolares (três cabos por duto) e cabos tripolares (um cabo por duto) em banco d e dutos a serem
multiplicados pela capacidade de condução de corrente do método de referência F2.

Seção
Condutor
(mm2)

10 a 150 0,84 0,73 0,65


185 a 1000 0,81 0,69 0,61

Nota: Dimensões diferentes do banco de dutos ou da distância entre dutos afetarão o fator de correção.

Tabela 4.14. Fatores de correção de agrupamento de eletrodutos diretamente enterrados e espaçados, cada eletroduto com um cabo u nipolar, a
serem multiplicados pela capacidade de condução de corrente do método de referência G1.

Seção Espaçamento entre centros dos eletrodutos (mm)


Número de Dutos Condutor
mm2 200 400 600 800
10 a 50 1,06 1,10 1,12 1,14
70 a 150 1,00 1,01 1,02 1,02
3
185 a 400 0,97 0,93 0,92 0,92
500 a 1000 0,97 0,92 0,89 0,88
10 a 50 0,92 1,00 1,05 1,09
70 a 150 0,86 0,91 0,95 0,97
6
185 a 400 0,82 0,83 0,85 0,86
500 a 1000 0,82 0,81 0,81 0,82
10 a 50 0,85 0,95 1,02 1,07
70 a 150 0,79 0,87 0,91 0,95
9
185 a 400 0,75 0,79 0,82 0,84
500 a 1000 0,74 0,76 0,78 0,80
10 a 50 0,81 0,93 1,00 1,05
70 a 150 0,75 0,84 0,90 0,93
12
185 a 400 0,71 0,77 0,80 0,83
500 a 1000 0,70 0,74 0,77 0,78

Nota 1: Dependendo da instalação e da seção do condutor, o uso destes fatores de correção pode resultar em uma capacidade de condução de
corrente até 15% menor do que o valor real, calculado conforme IEC 60287-1-1 e IEC 60287-2-1.

Nota 2: Exemplo de dutos para este método.

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Tabela 4.15. Fatores de correção para cabos unipolares em banco de dutos a serem multiplicados pela capacidade de condução de corrente do
método de referência G2.

Seção
Condutor
(mm2)

10 a 120 0,99 0,78 0,67


150 a 300 0,95 0,71 0,61
400 a 1000 0,94 0,67 0,57
Nota 1: Dimensões diferentes do banco de dutos ou da distância entre dutos afetarão o fator de correção.

Tabela 4.16. Fatores de correção para cabos unipolares justapostos (horizontal ou trifólio) ou cabos tripolares diretamente enterrados e encostados,
a serem multiplicados pela capacidade de condução de corrente do método de referência H.

Número de cabos
6 cabos unipolares justapostos (na horizontal 9 cabos unipolares justapostos (na horizontal 12 cabos unipolares justapostos (na horizontal
ou em trifólio) ou 2 cabos tripolares ou em trifólio) ou 3 cabos tripolares ou em trifólio) ou 4 cabos tripolares
0,76 0,65 0,58

Exemplo de cabos encostados para este Método:

Tabela 4.17. Fatores de correção de agrupamento de cabos unipolares espaçados diretamente enterrados, a serem multiplicados p ela capacidade de
condução de corrente do método de referência I.

Seção Número de cabos


Espaçamento entre
Condutor
centros de cabos 3 6 9 12
(mm2)
2·De Todas 1,00 0,78 0,68 0,61
10 a 120 1,06 0,90 0,82 0,78
200 mm 150 a 300 0,97 0,81 0,74 0,70
400 a 1000 0,92 0,76 0,68 0,64

Nota:
De = diâmetro externo do cabo

4.2.7. Variações das condições de instalação num percurso (6.2.5.7 da NBR 14039)
Quando os cabos são instalados num percurso ao longo do qual as condições de resfriamento (dissipação de calor) variam, as capacidades
de condução de corrente devem ser determinadas para a parte do percurso que apresenta as condições mais desfavoráveis.

4.3. SOBRECARGA
Como regra geral os cabos não devem operar com correntes acima das máximas capacidades de condução de corrente em regime
permanente. Quando alguma sobrecarga ocorre no circuito ele deve ser interrompido pelo dispositivo de proteção, em um tempo relativamente
curto, evitando deterioração da isolação e, consequentemente, da instalação. Os tempos para operação nas temperaturas de sobrecarga
indicados por algumas normas internacionais, inclusive as brasileiras, são bem pequenos quando comparados à vida útil esperada para o cabo.
Na tabela 4.18 estão indicadas as temperaturas recomendadas para operação nos regimes permanente e sobrecarga, sendo que os tempos
máximos de operação para o regime de sobrecarga não podem superar 100h durante 12 meses consecutivos, nem 500h durante a vida do cabo.

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Tabela 4.18. Temperatura Máxima no Condutor

Temperatura Máxima no Condutor (°C)


Isolação Regime Permanente Regime Sobrecarga
EPR, HEPR, XLPE e TR-XLPE 90 130
EPR 105 105 140

Os cabos quando submetidos a essas temperaturas de sobrecarga – com sobrecorrente cerca de 25% superior à máxima capacidade em
regime permanente - têm sua vida útil reduzida em certo grau em relação à vida prevista em regime permanente.
Se é previsto que determinado circuito venha a operar com certa frequência com sobrecorrente (mesmo que com valor até 25% sup erior
à máxima capacidade de corrente) e por tempo indefinido é aconselhável a utilização de seção superior àquela obtida com o critério da máxima
capacidade de corrente em regime permanente.

4.4. CORRENTE DE CURTO-CIRCUITO

4.4.1. Condutor
As fórmulas simplificadas abaixo podem ser utilizadas nas seguintes situações:
a) Determinação da máxima corrente de curto-circuito permitida no condutor, num certo tempo;
b) Determinação da seção do condutor necessária para suportar uma particular condição de curto-circuito;
c) Determinação do tempo máximo que um cabo pode funcionar com uma particular corrente de curto-circuito, sem danificar a isolação.

Baseiam-se na energia térmica armazenada no condutor e no limite máximo de temperatura admitido pela isolação. O intervalo de tempo
da passagem da corrente de curto-circuito é relativamente pequeno, de forma que o calor desenvolvido no condutor fica, todo ele, contido no
mesmo – regime adiabático.
Nota: Se necessário maior precisão, p.ex. para curto-circuito com duração > 2 s, utilizar o critério descrito na IEC 60949 para regime não adiabático.

Geralmente, a temperatura no condutor no instante inicial de um curto-circuito não é precisamente conhecida, pois depende da carga do
cabo e das condições ambientais. Por motivos de segurança, sugere-se adotar a máxima temperatura admissível no condutor em regime
permanente como sendo a temperatura no instante inicial do curto-circuito.

𝐼 2 𝑇2 + 
( ) ∙ 𝑡 = 𝛽 ∙ 𝑙𝑜𝑔 [4.2]
𝑆 𝑇1 + 𝜆
Sendo,
S = seção do condutor (mm²)
I = valor eficaz da corrente de falta presumida (A)
t = tempo de atuação da proteção - seccionamento (s) – máximo de 5 s
T1 = temperatura no condutor no instante inicial do curto-circuito (°C)
T2 = temperatura no condutor no instante final do curto-circuito (°C)

 = parâmetro função de propriedades do metal do condutor


 = temperatura do condutor (deduzida) para resistência ôhmica nula (°C abaixo de zero)

Material do Condutor   (C)


Cobre 115.679 234
Alumínio 48.686 228

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𝑇 +
Simplificando, na fórmula [4.1] fazendo 𝑘 = √𝛽 ∙ 𝑙𝑜𝑔 2 e rearranjando, resulta:
𝑇 +𝜆 1

𝑘∙𝑆 𝐼. √𝑡 𝑘∙𝑆 2
𝐼= 𝑆= 𝑡=( ) [4.3]

√𝑡 𝑘 𝐼

Tabela 4.19. Valores de K - Condutor

Cabos Prysmian
Eprotenax, Voltalene, Afumex, Afumex
Epro Compact 105, Ecoplus Compact
Material do Condutor Compact, Voltalene Grid
T1 T2 T1 T2

90 oC 250 oC 105 oC 250 oC

Cobre 142 (99*) 134 (87*)

Alumínio 93 87

(*) Condutor de cobre e conexões (emendas e terminais) soldadas com liga de estanho: a temperatura final fica limitada a cerca de 160°C

para preservar a solda.

4.4.2. Blindagem metálica

As fórmulas simplificadas abaixo podem ser utilizadas nas seguintes situações:

a) Determinação da máxima corrente de curto-circuito permitida na blindagem, num certo tempo;


b) Determinação da seção de blindagem necessária para suportar uma particular condição de curto-circuito;
c) Determinação do tempo máximo que a blindagem de um cabo pode funcionar com uma particular corrente de curto-circuito, sem
danificar os materiais em contato com ela (camada SMC, capa interna, cobertura)

Baseiam-se na energia térmica armazenada na blindagem e no limite máximo de temperatura admitido pelos materiais em contato com
ela – normalmente os limitantes são capas internas e/ou cobertura. O intervalo de tempo da passagem da corrente de curto-circuito é
relativamente pequeno, de forma que o calor desenvolvido na blindagem fica, todo ele, contido na mesma – regime adiabático.
Nota: Se necessário maior precisão, p.ex. para curto circuito com duração > 2 s, utilizar o critério descrito na IEC 60949 para regime não adiabático.

Geralmente, a temperatura na blindagem no instante inicial de um curto-circuito não é precisamente conhecida, pois depende da carga
do cabo, espessura da isolação e das condições ambientais. Por motivos de segurança, sugere-se adotar 5°C a menos da máxima temperatura
admissível no condutor em regime permanente, como sendo a temperatura no instante inicial do curto-circuito.

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𝐼 2 𝑇2 + 
( ) ∙ 𝑡 = 𝛽 ∙ 𝑙𝑜𝑔 [4.4]
𝑆 𝑇1 + 𝜆

Sendo,
S = seção da blindagem (mm2)
I = valor eficaz da corrente de falta presumida (A)
t = tempo de atuação da proteção - seccionamento (s) – máximo de 5 s
T1 = temperatura na blindagem no instante inicial do curto-circuito (°C)
T2 = temperatura na blindagem no instante final do curto-circuito (°C)

 = parâmetro função de propriedades do metal da blindagem


 = temperatura da blindagem (deduzida) para resistência ôhmica nula (°C abaixo de zero)

Nota: A grande maioria dos cabos de MT possui blindagem metálica constituída por fios de cobre. Outros materiais não magnéticos com o também
formas de aplicação diversas são utilizadas, dependendo da aplicação do cabo. Por exemplo, no caso de bloqueio radial à penetração de água, solventes
etc. pode-se utilizar capa extrudada de chumbo ou fita de alumínio com a face externa aderida a uma capa polimérica. A tabela abaixo, além do cobre,
inclui também o alumínio e o chumbo.

Material da Blindagem   (C)


Cobre 115.679 234
Alumínio 48.686 228
Chumbo 3.778 237

𝑇 +
Simplificando, na fórmula acima fazendo 𝑘 = √𝛽 ∙ 𝑙𝑜𝑔 2 e rearranjando, resulta:
𝑇 +𝜆 1

𝑘∙𝑆 𝐼. √𝑡 𝑘∙𝑆 2
𝐼= 𝑆= 𝑡=( ) [4.5]
√𝑡 𝑘 𝐼

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Tabela 4.20. Valores de K - Blindagem

Cabos Prysmian
Epro Compact 105,
Eprotenax, Voltalene Afumex, Afumex Compact Voltalene Grid
Ecoplus Compact
Material do Material da Cobertura
Condutor PE (ST7)
PVC (ST2) PVC (ST2) PE (SHF1)

T1 T2 T1 T2 T1 T2 T1 T2

85 oC 200 oC 100 oC 200 oC 85 oC 180 oC 85 oC 180 oC

Cobre 124 (103*) 115 (91*) 114(103*) 114(103*)

Alumínio 81 75 75 75

Chumbo 22 21 21 21

(*) Blindagem de cobre e conexões soldadas com liga de estanho: a temperatura final fica limitada a cerca de 160°C para preservar a solda.

A seção da blindagem metálica pode ser obtida em catálogo/datasheet que contém dados construtivos do cabo ou calculada conforme
indicado na tabela 4.21.

Tabela 4.21. Seção da Blindagem metálica

Tipo de Blindagem Fórmula para cálculo de S

1. Fios aplicados helicoidalmente em forma de coroa ou em forma de trança ou 𝜋 2


longitudinalmente com corrugação individual de cada fio. 𝑛∙ ∙𝑑
4
2. Fita plana aplicada helicoidalmente sem remonte.
𝑛∙𝑒∙𝑙
3. Fita plana aplica helicoidalmente com remonte.
Fórmula válida para cabos novos, onde a resistência elétrica de contato nos remontes é 100
pequena. Cabos após anos de utilização essa resistência pode aproximar-se de infinito, 𝜋 ∙ 𝑒 ∙ 𝑑𝑚∙ ∙ √
onde a fórmula do item 2 acima é mais adequada. 2(100 − 𝑅)
4. Capa tubular
𝜋 ∙ 𝑒 ∙ 𝑑𝑚

Símbolos:
S = seção da blindagem (mm2)
n = número de fios ou fitas
d = diâmetro dos fios (mm)
e = espessura da fita ou capa tubular (mm)
l = largura da fita (mm)
dm = diâmetro médio da blindagem (mm)
R = remonte da fita (%)

4.4.3. Condutor de proteção (PE)


A seção do condutor de proteção deve ser dimensionada para suportar a corrente de falta presumida. Se o valor resultante dess e
dimensionamento for menor que o valor dado como mínimo (ver tabela 4.1 no item 4.1.3) a seção mínima deve ser utilizada. Por outro lado,
caso seja maior, essa seção dimensionada deverá ser utilizada.

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O dimensionamento é feito com as mesmas expressões indicadas acima para o condutor ou blindagem do cabo, sendo, no caso, S a seção
do condutor de proteção em mm².
Os valores de k são fornecidos nas tabelas seguintes para várias formas possíveis e usuais de condutor de proteção tais como:
- Veias de cabos multipolares;
- Cabos unipolares ou condutores nus num conduto comum aos condutores vivos;
- Cabos unipolares ou condutores nus independentes;
- Proteções metálicas ou blindagens de cabos.

Tabela 4.22. Valores de K – Condutor de proteção isolado/coberto não incorporado a cabo multipolar

Isolação / Cobertura
Material do condutor
PVC
de proteção EPR ou XLPE Halogen Free
≤300 mm2 >300 mm2

Cobre 143 133 176 (*) 143

Alumínio 95 88 116 95

Aço 52 49 64 52
(*)Conexão soldada: k = 143
Temperatura inicial: 30 oC
- PVC até 300 mm2: 160 oC - PVC > 300 mm2: 140 oC
Temperatura final:
- EPR e XLPE: 250 oC - LSHF/A: 160 oC

Tabela 4.23. Valores de K – Condutor de proteção nu em contato com a cobertura de cabo

Cobertura do Cabo
Material do condutor de proteção
PVC ou Polietileno SHF1

Cobre 159 (*) 151 (*)

Alumínio 105 100

Aço 58 55
(*)Conexão soldada: k = 143
Temperatura inicial: 30 oC

Temperatura final: - PVC e Polietileno: 200 oC - SHF1: 180 °C

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Tabela 4.24. Valores de K – Condutor de proteção isolado/coberto incorporado a cabo multipolar

Isolação / Cobertura
Material do
condutor de PVC
proteção EPR ou XLPE Halogen Free
≤ 300 mm2 > 300 mm2

Cobre 115 103 143 (*) 115


Alumínio 76 68 94 76
(*)Conexão soldada: k = 100
Temperatura inicial: - PVC e Halogen Free: 70 oC - EPR e XLPE: 90 oC
Temperatura final: - PVC até 300 mm2: 160 oC - PVC > 300 mm2: 140 oC
- EPR e XLPE: 250 oC - Halogen Free: 160 oC

Tabela 4.25. Valores de K – Condutores de proteção nus onde não haja risco de dano em qualquer material vizinho pelas temperaturas indicadas

Material do condutor

Temp. Cobre Alumínio Aço


Condições Inicial Temp. Temp. Temp.
[oC] Fator k Máx. Fator k Máx. Fator k Máx.
[oC] [oC] [oC]

Visível e em áreas restritas 30 228 (*) 500 125 300 82 500

Condições normais 30 159 (*) 200 105 200 58 200

Risco de incêndio 30 138 150 91 150 50 150

(*) k = 143 para conexões soldadas

4.5. QUEDA DE TENSÃO – REGULAÇÃO DE TENSÃO

4.5.1. Limites Permitidos


De acordo com a norma ABNT NBR 14039:2021 item 6.2.7.1 a queda de tensão entre a origem de uma instalação e qualquer ponto de
utilização deve ser menor ou igual a 5% com relação à tensão nominal.

4.5.2. Considerações gerais


Deve ser lembrado que, diferentemente dos circuitos de baixa tensão, raramente nos circuitos de média tensão a queda de tensão
estabelece a seção a ser utilizada, sendo os aspectos térmicos mais determinantes.
Mesmo nas menores tensões previstas neste Guia e com as menores seções permitidas, situações onde a queda percentual é mais
significativa, normalmente apenas circuitos com algumas centenas de metros atingirão o limite estabelecido em 4.5.1.
Uma explicação de como ocorre a queda de tensão e a regulação de tensão em circuitos de corrente alternada (CA), bem como o critério
de cálculo, ver em 4.5.3.
Se for necessário verificar o nível de queda de tensão em determinado circuito consultar o resumo em 4.5.4.
Os parâmetros necessários para cálculo da queda de tensão em regime CA são:
- Resistência elétrica do condutor (R)
- Reatância indutiva da linha (XL)
- Capacitância (C) (ou a reatância capacitiva)

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Estes valores encontram-se tabelados em Parâmetros Elétricos no capítulo 9.
Nota: No caso de corrente contínua (CC) o único parâmetro necessário é a resistência do condutor à CC (Rcc) na temperatura de operação - ver
capítulo 5 - RESISTÊNCIA ELÉTRICA DO CONDUTOR. A queda de tensão será: ∆𝑉 = 2 ∙ 𝑅𝑐𝑐 ∙ 𝐼𝑐 ∙ 𝑙 (ver simbologia em 4.5.3).

4.5.3. Cálculo da queda de tensão


Nos casos corriqueiros de frequente utilização um circuito alimentador de média tensão trifásico simétrico e equilibrado pode ser
representado (por fase) conforme a figura 4.1, onde as correntes IF e IC são as correntes na fonte e na carga e VF e VC são as tensões ao neutro
na mesma fase, na fonte e na carga.
Não existindo ramos de derivação, a corrente é a mesma nas duas extremidades do alimentador, sendo
IF = IC, como também é a mesma ao longo do alimentador.
A tensão na fonte é VF = VC + IC * Z, onde Z é a impedância total do alimentador, ou seja, a impedância do cabo.

Figura 4.1

A queda de tensão no circuito alimentador é V = (VF - VC) e percentualmente com relação à tensão na fonte é:

(𝑉𝐹 − 𝑉𝐶 ) 𝑉𝐶
∆𝑉(%) = × 100 = (1 − ) × 100 [4.6]
𝑉𝐹 𝑉𝐹

O efeito da variação do fator de potência da carga sobre a queda de tensão (regulação de tensão) do circuito será considerado a seguir.
Nos diagramas fasoriais da figura 4.2 foram mantidas as mesmas amplitudes de tensão e de corrente na carga e mostram que se requer
uma tensão mais elevada da fonte para manter a mesma tensão desejada na carga quando a corrente estiver atrasada com relação à tensão, do
que quando esta tensão e esta corrente estiverem em fase. Uma tensão ainda menor da fonte se faz necessária para manter a mesma tensão na
carga quando a corrente estiver adiantada com relação à tensão.
A queda de tensão na impedância em série (impedância do cabo) é a mesma em todos os casos, mas devido aos diferentes valores do fator
de potência, esta queda de tensão é acrescentada à tensão da carga em ângulos diferentes, em cada caso.
A queda de tensão no circuito (regulação de tensão) é maior para fator de potência atrasado e menor, ou mesmo negativa, para fator de
potência adiantado.
As amplitudes das quedas de tensão IC x R e IC x XL estão exageradas com relação a VC no traçado dos diagramas, com o objetivo de tornar
mais clara a ilustração do fato.

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Figura 4.2

Para uma melhor compreensão o diagrama A) da figura acima, por exemplo, foi ampliado e alguns detalhes foram incorporados.

Figura 4.3

Inspecionando a figura 4.3 e conhecendo a tensão fase-terra na carga VC, a corrente e o fator de potência, a tensão fase-terra na fonte é:

𝑉𝐹 = √(𝑉𝐶 ∙ 𝑐𝑜𝑠𝜑 + 𝑅 ∙ 𝐼𝐶 ∙ 𝑙)2 + (𝑉𝐶 ∙ 𝑠𝑒𝑛𝜑 + 𝑋𝐿 ∙ 𝐼𝐶 ∙ 𝑙)2 [4.7]

Sendo:
VF = tensão fase-terra na fonte, [V]
VC = tensão fase-terra na carga, [V]
R = resistência elétrica do condutor à corrente alternada na temperatura de operação, incluindo os efeitos pelicular (skin), de proximidade
e de circulação de corrente nas blindagens, caso elas estejam multiaterradas, [ /km].

XL = reatância indutiva da linha, incluindo o efeito de circulação de corrente nas blindagens, caso elas estejam multiaterradas, [/km].
IC = corrente na carga, [A]

l = comprimento do circuito, [km]


cos  = fator de potência da carga
 = ângulo de defasagem entre a tensão e corrente na carga, (°)

A queda de tensão entre fases no circuito trifásico é:

∆𝑉 = √3 · (𝑉𝐹 − 𝑉𝑐 ) em [V] [4.8]

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Nota: Caso seja necessário determinar a tensão na carga conhecendo a tensão na fonte utilizar a expressão [4.9]. A queda de tensão será sempre
a mesma, conforme relação acima na fórmula [4.8].

𝑉𝐶 = √𝑉𝐹2 − (𝑋𝐿 ∙ 𝐼𝐶 ∙ 𝑙 ∙ cos  − 𝑅 ∙ 𝐼𝐶 ∙ 𝑙 ∙ 𝑠𝑒𝑛)2 − (𝑅 ∙ 𝐼𝑐∙ ∙ 𝑙 ∙ cos  + 𝑋𝐿 ∙ 𝐼𝐶 ∙ 𝑙 ∙ 𝑠𝑒𝑛) [4.9]

Observando a figura 4.3, se o ângulo (ângulo de defasagem entre a tensão na fonte e a tensão na carga) for pequeno e puder ser
desprezado, fato que ocorre na maioria dos casos, então o segmento OC pode ser confundido com o segmento OD e a queda de tensão (VF – VC)
pode ser considerada como tendo módulo AD que é igual a:

𝑹 ∙ 𝑰𝒄∙ ∙ 𝒍 ∙ 𝒄𝒐𝒔 + 𝑿𝑳 ∙ 𝑰𝑪 ∙ 𝒍 ∙ 𝒔𝒆𝒏 e pode-se escrever para sistemas trifásicos:

∆𝑉 = √3 ∙ 𝐼𝑐 ∙ 𝑙 ∙ (𝑅 ∙ 𝑐𝑜𝑠𝜑 + 𝑋𝐿 ∙ 𝑠𝑒𝑛𝜑) em [V] [4.10]

Essa expressão mais simplificada e aproximada é a mais utilizada para o cálculo da queda de tensão em circuitos trifásicos com cabos
isolados, mesmo na média tensão. No caso de sistemas monofásicos substituir √3 por 2.
Em circuitos muito longos (acima de 15km) com tensão elevada (acima de 20 kV) caso, por exemplo, de cabo submarino em circuito muito
extenso, para que a queda de tensão seja apurada com maior precisão, a capacitância do cabo deve também ser considerada, uma vez que a
corrente capacitiva já não é tão desprezível.


Pode-se simular essa situação conforme o circuito abaixo, denominado “ nominal”, onde a capacitância total do cabo no comprimento
do circuito é dividida em duas partes iguais e colocadas uma junto à fonte e a outra junto à carga.

Figura 4.4

A corrente ICC na capacitância concentrada junto à carga é:

𝑉𝐶 ∙𝜔∙𝐶∙𝑙
𝐼𝐶𝐶 = × 10−6 em [A] [4.11]
2

Sendo:
VC = tensão fase-terra na carga, [V]

𝜔 = 2 ∙ 𝜋 ∙ 𝑓 , [rad/s]
f = 60, [Hz]

C = capacitância do cabo, [F/km]

𝑙 = comprimento do circuito, [km]


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A corrente IL no ramo em série é:

𝐼𝐿 = √(𝐼𝐶 ∙ 𝑐𝑜𝑠𝜑)2 + (𝐼𝐶 ∙ 𝑠𝑒𝑛𝜑 − 𝐼𝐶𝐶 )2 [4.12]

Sendo:
IC = corrente na carga, [A]

Fazendo:

𝐼𝐶
𝑐𝑜𝑠𝜑′ = 𝑐𝑜𝑠𝜑 ×
𝐼𝐿
𝑠𝑒𝑛𝜑′ = 𝑠𝑒𝑛(𝑎𝑟𝑐𝑐𝑜𝑠𝜑′ )

As expressões [4.7], [4.8], [4.9] e [4.10] continuam válidas, porém o cos  deve ser substituido do por cos’ e o sen por sen’.

4.5.4. Resumo indicativo de uso

A seguir sugestões de como e quando utilizar os critérios de cálculo apresentados acima.

a) Circuitos com comprimento até 15 km


Utilizar a expressão [4.10] que é mais simples e aproximada, a mais utilizada e que na maioria dos casos apresenta pouca diferença.
Caso seja necessária maior precisão ou exista dúvida com relação ao valor encontrado com o uso do item anterior, utilizar as expressões
[4.7] e [4.8].
Para ambos os casos, utilizar [4.6] para o valor porcentual.

b) Circuitos com comprimento maior que 15 km

Antes de tudo lembrar que o cos  e sen devem ser substituídos por cos’ e sen’, qualquer que seja a fórmula a utilizar.
Nesses casos muito raros e específicos, sugere-se a utilização das expressões [4.7] e [4.8] embora a [4.10] também funcione, mas não é
tão precisa.
Utilizar [4.6] para o valor porcentual.

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5. RESISTÊNCIA ELÉTRICA DO CONDUTOR

𝑅𝑐𝑎 = {R o ∙ [1 + α20 ∙ (θ − 20)]} ∙ (1 + 𝑦𝑠 + 𝑦𝑝 ) + ∆𝑅𝑐𝑎


[5.1]

Rcc
Sendo:
Rca = resistência do condutor à corrente alternada na temperatura θ (Ω/km);
Rcc = resistência do condutor à corrente contínua na temperatura θ (Ω /km);
R0 = resistência do condutor à corrente contínua a 20°C (Ω /km);
Nota: valor conforme a norma ABNT NBR NM 280:2011, reproduzido na tabela 5.1.

20 = coeficiente de temperatura a 20°C [°C-1]


20 = 0,00393 °C-1 para o cobre
20 = 0,00403 °C-1 para o alumínio
 = temperatura do condutor [°C]
Nota: normalmente se busca o valor da Rcc para a máxima temperatura de operação em regime contínuo do cabo.

 = 90°C para cabos Eprotenax, Voltalene, Voltalene Grid, Afumex e Afumex Compact
 = 105°C para Epro Compact 105 e Ecoplus Compact

ys = fator de efeito pelicular (skin);


yp = fator de efeito proximidade;
Rca = acréscimo de resistência no condutor devido circulação de corrente nas blindagens (/km), calculado conforme capítulo 8 -
IMPEDÂNCIAS INDUTIVAS, primeiro termo da fórmula 8.3 ou, através do método aproximado e simplificado na fórmula em 8.1.3.

Nota: esse valor não existe (é zero) se não houver circulação de corrente nas blindagens, no caso, por exemplo, de:

aterramento das blindagens em um só ponto ou “cross bonding” ou “single-point bonding”.

- Efeito pelicular:

xs4 8∙π∙f
ys = [5.2] xs2 = ∙ 10−4 [5.3]
192 + 0,8 ∙ xs4 𝑅𝑐𝑐

f = 60 Hz
- Efeito proximidade:
Para 3 condutores carregados

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xp4 dc 2 dc 2 1,18
𝑦𝑝 = ∙ ( ) ∙ 0,312 ∙ ( ) + [5.4]
192 + 0,8 ∙ xp4 s s xp4
+ 0,27
[ 192 + 0,8 ∙ xp4 ]

dc = diâmetro do condutor [mm]


s = distância entre eixos de condutores adjacentes [mm]

8∙π∙f
x𝑝2 = ∙ 10−4 ∙ k p [5.5]
𝑅𝑐𝑐
f = 60 Hz
kp = 1 para condutores de cobre
kp = 0,8 para condutores de alumínio

Tabela 5.1. Resistência do Condutor à Corrente Contínua a 20 °C em (/km)

Seção Classe 2 de encordoamento


nominal Condutor compactado ou não
[mm2]
Cobre não revestido Alumínio
10 1,83 3,08
16 1,15 1,91
25 0,727 1,20
35 0,524 0,868
50 0,387 0,641
70 0,268 0,443
95 0,193 0,320
120 0,153 0,253
150 0,124 0,206
185 0,0991 0,164
240 0,0754 0,125
300 0,0601 0,100
400 0,0470 0,0778
500 0,0366 0,0605
630 0,0283 0,0469

Nota: cobre revestido (estanhado), utilizar o valor da norma ABNT NBR NM


280:2011.

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6. INDUTÂNCIA E REATÂNCIA INDUTIVA
Num sistema trifásico composto por três cabos unipolares ou um cabo tripolar, a indutância média de um condutor é dada por:

𝜇𝑜 1 𝐺𝑀𝐷 6
𝐿= ( + 𝑙𝑛 ) × 10 [𝑚𝐻⁄𝑘𝑚] [6.1]
2𝜋 4 𝑟𝑐
Sendo:

GMD = distância média geométrica dos cabos, [m] 𝐺𝑀𝐷 = 3√𝑑𝐴𝐵 ∙ 𝑑𝐵𝐶 ∙ 𝑑𝐴𝐶
dAB, dBC, dAC = distância interaxial entre os cabos, [m]
rc = raio do condutor, [m]
o = permeabilidade do vácuo, 4·10-7 [H/m]

A reatância indutiva é dada por:

𝜔𝜇𝑜 1 𝐺𝑀𝐷
𝑋L = ( + 𝑙𝑛 ) × 10
−3
[/𝑘𝑚] [6.2]
2𝜋 4 𝑟𝑐

Sendo:

ω = 2.π.f, sendo f a frequência em [Hz]

Caso as blindagens sejam aterradas em mais de um ponto e exista corrente circulante nas mesmas, então a reatância indutiva sofre certa
redução devido a essa corrente, devendo ser corrigida da seguinte forma:
XL - XL
Sendo:
−XL = redução da reatância indutiva devido circulação de corrente nas blindagens (/km), calculado conforme capítulo 8 - IMPEDÂNCIAS
INDUTIVAS, último termo da fórmula 8.3 ou, através do método aproximado e simplificado na fórmula em 8.1.3.

Nota: esse valor não existe (é zero) se não houver circulação de corrente nas blindagens, no caso, por exemplo, de: aterramento das blindagens
em um só ponto ou “cross bonding” ou “single-point bonding”.

7. CAPACITÂNCIA, CORRENTE CAPACITIVA E PERDAS DIELÉTRICAS

A capacitância de um cabo isolado e blindado - cabo tripolar com blindagem individual ou cabo unipolar blindado – é a mesma de um
capacitor cilíndrico e depende:
- das dimensões do cabo (comprimento e diâmetros sob e sobre a isolação);
- da constante dielétrica relativa e (permissividade) da isolação.

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7.1. CAPACITÂNCIA E REATÂNCIA CAPACITIVA
A capacitância em relação à blindagem, ou seja, em relação à terra, estando a blindagem aterrada, é:
𝜀
𝐶= [µ𝐹/𝑘𝑚]
𝐷𝑖 [7.1]
18. 𝑙𝑛
dSMCi

Figura 7.1

Sendo:

 = constante dielétrica relativa (permissividade) da isolação;


De = diâmetro externo da cobertura do cabo (mm);
Di = diâmetro sobre a isolação (mm);
dSMCi = diâmetro sobre a semicondutora interna (mm);
dC = diâmetro do condutor (mm)

E a reatância capacitiva:

106
𝑋𝑐 = [Ω ∗ 𝑘𝑚] [7.2]
𝜔. 𝐶
Sendo:

ω = 2.π.f

Nota: Os valores de reatância capacitiva para os cabos que constam neste guia podem ser vistos nas tabelas de parâmetros elétricos do capítulo 9.

Nos cabos, similar aos capacitores, originam-se perdas dielétricas quando operam em sistemas CA (corrente alternada), devido ao fato de
não serem capacitores ideais.

A corrente total (I) que flui através do dielétrico está defasada do ângulo δ (angulo de perdas) da corrente reativa (Ir) defasada de 90° da
tensão (U0), correspondente a um capacitor ideal isento de perdas.
No diagrama vetorial abaixo estão representadas as correntes capacitivas que ocorrem na isolação de um cabo quando em operaçã o.

O ângulo de perdas δ normalmente é muito pequeno (< 1°) para os materiais utilizados como isolante nos cabos de MT, ocasionando
correntes de perdas ativas (IP) muito reduzidas. Assim, a corrente total (I) é praticamente igual a (Ir).

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𝐼𝑟 = 𝑈0 ∙ 𝜔 ∙ 𝐶 ∙ 10−3 [𝐴/𝑘𝑚] [7.3]

Sendo:
U0 = tensão fase terra na isolação, [kV]

7.2. CORRENTE DE PERDA ATIVA


A corrente de perda ativa (aquela que aquece o cabo), segundo a figura 7.2 é:

𝐼𝑝 = 𝐼𝑟 ∙ 𝑡𝑎𝑛 𝛿 [𝐴/𝑘𝑚] [7.4]

Sendo:
tan  = fator de perdas do dielétrico

7.3. PERDA DIELÉTRICA


A perda dielétrica de um só cabo (ou veia) num sistema trifásico será:

𝑊𝑑 = 𝑈0 ∙ 𝐼𝑝 ∙ 10−3 = 𝑈0 ∙ 𝐼𝑟 ∙ 𝑡𝑎𝑛 𝛿 ∙ 10−3 [7.5]

Portanto,

𝑊𝑑 = 𝑈02 ∙ 𝜔 ∙ 𝐶 ∙ 𝑡𝑎𝑛 𝛿 ∙ 10−3 [W / m] [7.6]

Essa perda, função direta do quadrado da tensão fase-terra, é relativamente pequena na MT, quando comparada às demais perdas de
potência ativa geradas num cabo em operação. No cálculo da máxima capacidade de condução de corrente, essa perda somente costuma ser
considerada para tensões U0 acima de 60kV.

Figura 7.2

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Na tabela abaixo encontram-se valores típicos de permissividade relativa  e tan , fator de perdas, para os materiais mais utilizados
como isolação em cabos MT a 50/60 Hz e nas temperaturas de operação.

Isolação (até 35kV)


 tan 

EPR, HEPR, EPR 105 3 0,020

XLPE, TR-XLPE 2,5 0,004

8. IMPEDÂNCIAS INDUTIVAS
Os cabos de potência de média tensão possuem normalmente blindagem metálica como por exemplo: fios de cobre, fitas de cobre ou
alumínio, capa metálica de chumbo etc. Devido a circulação de corrente alternada nos condutores, os circuitos das blindagens ficam sujeitos a
uma tensão induzida no caso de estarem aterrados em um só ponto, ou a uma corrente induzida circulante caso estejam aterrados em dois ou
mais pontos. Essas duas situações devem ser analisadas separadamente quando do cálculo das impedâncias.
Método de cálculo das impedâncias de sequência positiva, negativa e zero (homopolar) bastante utilizado é o das médias geométricas
(distâncias e raios). Neste método os circuitos trifásicos são transformados em monofásicos, de forma a permitir uma análise rápida.
Esse método é aqui utilizado e está baseado nas fórmulas indicadas na publicação IEC TR 60909-2 (Short-circuit currents in three-phase a.c
systems – Part 2: Data of electrical equipment for short-circuit calculations).
Devido ao fato de os cabos tripolares constantes deste Guia possuírem construção com blindagem metálica individual sobre cada veia, os
mesmos assemelham-se a cabos unipolares, sob o ponto de vista elétrico, e como tal são tratados.
Em todos os sistemas que não há circulação de corrente pelas blindagens o método de determinação dos componentes das impedânc ias
é inteiramente análogo àquele dos cabos de baixa tensão, como se as blindagens não existissem. Isso também é valido quando são utilizados
sistemas especiais de aterramento das blindagens tipo “single point bonding” ou ”cross bonding”. Caso contrário, deve-se levar em conta o
efeito das correntes nas blindagens.

8.1. IMPEDÂNCIAS DE SEQUÊNCIA POSITIVA E NEGATIVA

8.1.1. Blindagens aterradas em um só ponto (sem circulação de corrente)

𝜔𝜇𝑜 1 𝐺𝑀𝐷
𝑍1′ = 𝑅𝑐𝑎 + 𝑗 ( + 𝑙𝑛 )
2𝜋 4 𝑟𝑐
[8.1]

XL

Tanto a parte real, Rca, quanto a imaginaria, XL, podem ser vistos nas tabelas de parâmetros elétricos do capítulo 9 em /km, para todos
os cabos constantes deste Guia, em algumas situações de instalação. Os valores de Rca estão na máxima temperatura de operação em regime
contínuo recomendada para cada tipo de cabo: 90°C ou 105°C.

8.1.2. Blindagens aterradas em dois ou mais pontos (com circulação de corrente)

Neste caso, a corrente circulante nas blindagens provoca um aumento aparente da resistência do condutor devido ao fluxo enlaç ado por
este, enquanto a mesma corrente provoca um decréscimo da reatância indutiva devido ao fluxo proveniente dessa corrente investir contra o
fluxo gerado pelas correntes dos condutores (próprio efeito de blindagem).

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𝜔𝜇𝑜 𝐺𝑀𝐷 2
( 𝑙𝑛 )
′ 2𝜋 𝑟𝑏
𝑍1 = 𝑍1 + [8.2]
𝜔𝜇 𝐺𝑀𝐷
𝑅𝑏 + 𝑗 𝑜 𝑙𝑛
2𝜋 𝑟𝑏

Rearranjando a equação [8.2] e substituindo Z’1 pela equação [8.1], resulta:

𝜔𝜇𝑜 𝐺𝑀𝐷 2 𝜔𝜇𝑜 𝐺𝑀𝐷 3


(𝑙𝑛 ) ∙ 𝑅𝑏 ( )
2𝜋 𝑟𝑏 𝜔𝜇𝑜 1 𝐺𝑀𝐷 2𝜋 𝑙𝑛 𝑟𝑏
𝑍1 = 𝑅𝑐𝑎 + + 𝑗 ( + 𝑙𝑛 ) − 𝑗
𝜔𝜇 𝐺𝑀𝐷 2 2𝜋 4 𝑟𝑐 𝜔𝜇 𝐺𝑀𝐷 2
𝑅𝑏2 + ( 2𝜋𝑜 𝑙𝑛 𝑟 ) 𝑅𝑏2 + ( 2𝜋𝑜 𝑙𝑛 𝑟 )
𝑏 𝑏
[8.3]

−XL
Rca XL

8.1.3. Cálculo simplificado e aproximado para Rca e -XL

Valores aproximados aceitáveis de Rca e -XL podem simplificadamente ser determinados conforme indicado na tabela abaixo, para
qualquer seção de blindagem constituída por fios de cobre até 50mm².
Correção de Rca e XL para blindagens aterradas em dois ou mais pontos.
Condutor: cobre ou alumínio.
Blindagem: constituída por fios de cobre.

23,28 . 𝐾 2 . 𝑆 Somar ao valor de Rca visto nas tabelas de parâmetros elétricos


do capítulo 9.
𝛥𝑅𝑐𝑎 =
542 + 𝐾 2 . 𝑆 2
𝐾3. 𝑆 2 Subtrair do valor de XL visto nas tabelas de parâmetros elétricos
do capítulo 9.
−𝛥𝑋𝐿 =
542 + 𝐾 2 . 𝑆 2

Sendo:

Rca e -XL em Ω/km


S = seção da blindagem de fios de cobre em mm² ( ≤ 50mm²)
Scond = seção do condutor em mm².

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Valor de K

Scond ≤ 120 mm²


0,24293
0,05435 0,06368 0,08111 0,13338

Scond > 120 mm²


0,19972

Exemplo Prático:
Em um sistema em que o cabo Voltalene 20/35kV com seção de condutor 300mm² de Cobre e esteja operando com seção de blindagem
16mm² com aterramento em dois ou mais pontos em um sistema de Trifólio.
1- Cálculo de Rca:

23,28 . 𝐾 2 . 𝑆
𝛥𝑅𝑐𝑎 =
542 + 𝐾 2 . 𝑆 2
, sendo k=0,06368, S=16mm²

Portanto, Rca = 0,002781498 /km

2- Cálculo de -XL :

𝐾3. 𝑆 2
−𝛥𝑋𝐿 =
542 + 𝐾 2 . 𝑆 2

, sendo k=0,06368, S=16mm²

Portanto, -XL = 0,000121735 /km

3- De acordo com a tabela de parâmetros elétricos do capítulo 9 os valores de Rca e XL temos:

Somar Rca (0,002781498) em Rca (0,0794) e subtrair -XL (0,000121735) em XL. (0,1317). Portanto, temos:

Rca = 0,0821 Ω/km

XL = 0,1315 Ω/km

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8.2. IMPEDÂNCIAS DE SEQUÊNCIA ZERO

Quando a corrente de sequência zero circula pelo condutor de qualquer fase e retorna pelo solo ou pelas blindagens, ou ainda por ambos
ela encontra no condutor a resistência em corrente alternada do mesmo e no retorno encontra as resistências do solo ou blindagens ou ambas.
Encontra também as reatâncias indutivas próprias e mútuas do sistema.
O cálculo da impedância de sequência zero é complexo, pois além do solo e das blindagens depende também de qualquer outro caminho
existente com relativa baixa impedância para retorno da corrente de sequência zero, são exemplos como, armação e capa metálica existentes
no cabo, condutores de aterramento inclusos no cabo ou fora dele, estruturas metálicas, tubo/cano metálico e outros possíveis caminhos de
retorno afetam a impedância. Dependendo o caso, valores mais confiáveis serão obtidos através de medição nos cabos após instalados.
Devido ao grande número de variáveis envolvidas na determinação das impedâncias de sequência zero, seguem expressões para o cálculo
delas em três situações mais comuns envolvendo apenas os três cabos unipolares do sistema e o solo.
a) Retorno da corrente de sequência zero apenas pelo solo

𝜔𝜇𝑜 𝜔𝜇𝑜 1 𝛿
𝑍0𝑠 = 𝑅𝑐𝑎 + 3 +𝑗 ( + 3𝑙𝑛 3 ) [8.4]
8 2𝜋 4 √𝑟𝑐 ∙ 𝐺𝑀𝐷 2

b) Retorno da corrente de sequência zero apenas pela blindagem

𝜔𝜇𝑜 1 𝑟𝑏
𝑍0𝑏 = 𝑅𝑐𝑎 + 𝑅𝑏 + 𝑗 ( + 𝑙𝑛 ) [8.5]
2𝜋 4 𝑟𝑐

c) Retorno da corrente de sequência zero pelo solo e pela blindagem

2
3𝜔𝜇𝑜 3𝜔𝜇𝑜 𝛿
( +𝑗 ∙ 𝑙𝑛 3 )
8 2𝜋 √𝑟𝑏 ∙ 𝐺𝑀𝐷 2
𝑍0𝑠𝑏 = 𝑍0𝑠 −
3𝜔𝜇𝑜 3𝜔𝜇𝑜 𝛿 [8.6]
𝑅𝑏 + +𝑗 ∙ 𝑙𝑛 3
8 2𝜋 √𝑟𝑏 ∙ 𝐺𝑀𝐷 2

, sendo Z0s = expressão [8.4]

Símbolos:

𝑅𝑐𝑎 = resistência elétrica do condutor à corrente alternada na temperatura de operação, incluindo os efeitos pelicular (“skin”) e de
proximidade, (/m).

 =2 f, sendo f a frequência em (Hz)


o = permeabilidade do vácuo, 4 ·10 , (H/m)
-7

 = profundidade do condutor fictício de retorno de terra, (mm)

1851
𝛿= 𝜇𝑜
(equação constante na IEC 60909-3 - teoria de Carson)
√𝜔 𝜌

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 = resistividade elétrica do solo, (m)

(varia de 10 a 1000 – valor usual é 100 m)


GMD = distância média geométrica dos cabos, (m)

𝐺𝑀𝐷 = 3√𝑑𝐴𝐵 ∙ 𝑑𝐵𝐶 ∙ 𝑑𝐴𝐶 , dAB, dBC, dAC = distância interaxial entre os cabos, (m)

rc = raio do condutor, (m)

rb = raio médio da blindagem, (m)

𝑟𝑏 = 0,5 ∙ (𝑟𝑎𝑖𝑜 𝑒𝑥𝑡𝑒𝑟𝑛𝑜 + 𝑟𝑎𝑖𝑜 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑛𝑜)


Rca = acréscimo de resistência no condutor devido circulação de corrente nas blindagens, (/m)
−XL = decréscimo na reatância indutiva devido a circulação de corrente nas blindagens, (/m)

XL = reatância indutiva do circuito, (/m)

Rb = resistência elétrica da blindagem na temperatura de operação, (/m)

(a) aqui os efeitos pelicular (“skin”) e de proximidade são desprezíveis.


(b) normalmente utiliza-se como temperatura de operação:
- cabos até 15/25kV: 5°C a menos que a temperatura do condutor;
- cabos de 20/35kV: 10°C a menos que a temperatura do condutor.

9. TABELAS DE PARAMETROS ELÉTRICOS


A seguir estão tabelados os parâmetros elétricos necessários para a análise de circuitos, dos cabos elétricos isolados para m édia tensão
que fazem parte deste Guia.

Sendo:
XC = Reatância capacitiva entre condutor e terra (condutor - blindagem metálica);
Rca = Resistência elétrica do condutor à corrente alternada na máxima temperatura de operação, incluindo os efeitos pelicular e de
proximidade;
XL = Reatância indutiva na formação indicada;
Rca e XL = são, respectivamente, os componentes real e imaginário das impedâncias de sequência positiva e negativa, ou seja, Z +/- = Rca
+ jXL

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Tabela 9.1. Parâmetros Elétricos – 90°C - Tensão 3,6/6 kV

Condutor de Cobre ou Alumínio


Cabos Eprotenax, Voltalene, Voltalene Grid e Afumex
Frequência: 60 Hz
Tensão 3,6/6 kV
Unipolar Tripolar

Xc

Seção
nominal
(mm²) s=D s = 2D Trifólio

Rca Rca Rca Rca Rca


EPR XLPE XL XL XL XL XL
Cobre Alumínio Cobre Alumínio Cobre Alumínio Cobre Alumínio Cobre Alumínio

(Ω.km) (Ω/km)

10 13.485 16.182 2,333 3,949 0,195 2,333 3,949 0,247 2,333 3,949 0,178 2,333 3,949 0,381 2,334 3,949 0,164

16 11.739 14.087 1,466 2,449 0,182 1,466 2,449 0,234 1,466 2,449 0,165 1,466 2,449 0,363 1,466 2,449 0,152

25 10.178 12.213 0,927 1,539 0,171 0,927 1,539 0,223 0,927 1,539 0,153 0,927 1,539 0,345 0,927 1,539 0,141

35 9.170 11.004 0,668 1,113 0,163 0,668 1,113 0,216 0,668 1,113 0,146 0,668 1,113 0,334 0,668 1,113 0,134

50 8.130 9.756 0,494 0,822 0,156 0,494 0,822 0,208 0,494 0,822 0,138 0,494 0,822 0,321 0,494 0,822 0,127

70 7.249 8.699 0,342 0,568 0,149 0,342 0,568 0,202 0,342 0,568 0,132 0,342 0,568 0,309 0,342 0,568 0,121

95 6.366 7.639 0,247 0,411 0,143 0,247 0,411 0,195 0,247 0,411 0,125 0,247 0,411 0,296 0,247 0,411 0,115

120 5.816 6.980 0,196 0,325 0,139 0,196 0,325 0,191 0,196 0,325 0,121 0,196 0,325 0,287 0,197 0,325 0,111

150 5.386 6.463 0,160 0,265 0,136 0,159 0,265 0,188 0,160 0,265 0,118 0,159 0,265 0,280 0,160 0,265 0,108

185 4.936 5.924 0,129 0,211 0,132 0,128 0,211 0,184 0,129 0,211 0,115 0,127 0,211 0,272 0,129 0,211 0,105

240 4.408 5.290 0,099 0,162 0,128 0,098 0,161 0,181 0,099 0,162 0,111 0,097 0,161 0,261 0,100 0,162 0,102

300 3.983 4.780 0,081 0,130 0,125 0,079 0,129 0,177 0,081 0,130 0,108 0,078 0,129 0,252 0,082 0,130 0,099

400 3.619 4.343 0,065 0,102 0,122 0,063 0,101 0,175 0,065 0,102 0,105 0,062 0,101 0,244 0,067 0,103 0,096

500 3.408 4.090 0,053 0,081 0,120 0,050 0,080 0,172 0,053 0,081 0,103 0,049 0,079 0,234 0,055 0,081 0,094

630 3.023 3.627 0,044 0,064 0,117 0,040 0,063 0,169 0,044 0,064 0,100 0,039 0,062 0,223 0,046 0,065 0,092

Nota 1: Os valores tabelados de Rca e XL referem-se a circuitos onde as blindagens são aterradas em apenas um ponto, sendo válidos para qualquer
seção de blindagem.
Caso as blindagens sejam aterradas em dois ou mais pontos, situação mais comum nos sistemas de média tensão, esses valores devem ser corrigidos
para que levem em conta a circulação de corrente nas blindagens bem como a seção da blindagem. Para tanto, proceder conforme indicado em 8.1.3.
Nota 2: No capítulo 5 - RESISTENCIA ELÉTRICA DO CONDUTOR encontram-se tabelados os valores de resistência elétrica dos condutores à corrente
contínua a 20°C e como corrigi-los para uma outra temperatura.

Nota 3: Valores válidos para todos os tipos de instalação, exceto quando instalados em eletroduto ferromagnético.

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Tabela 9.2 Parâmetros Elétricos – 90°C - Tensão 6/10 kV

Condutor de Cobre ou Alumínio


Cabos Eprotenax, Voltalene, Voltalene Grid e Afumex
Frequência: 60 Hz
Tensão 6/10 kV
Unipolar Tripolar

Xc

Seção
nominal
(mm²) s=D s = 2D Trifólio

Rca Rca Rca Rca Rca


EPR XLPE XL XL XL XL XL
Cobre Alumínio Cobre Alumínio Cobre Alumínio Cobre Alumínio Cobre Alumínio

(Ω.km) (Ω/km)

16 12.810 15.372 1,466 2,449 0,186 1,466 2,449 0,238 1,466 2,449 0,169 1,466 2,449 0,363 1,466 2,449 0,156

25 11.150 13.380 0,927 1,539 0,174 0,927 1,539 0,227 0,927 1,539 0,157 0,927 1,539 0,345 0,927 1,539 0,145

35 10.073 12.088 0,668 1,113 0,167 0,668 1,113 0,219 0,668 1,113 0,149 0,668 1,113 0,334 0,668 1,113 0,138

50 8.957 10.748 0,494 0,822 0,159 0,494 0,822 0,211 0,494 0,822 0,142 0,494 0,822 0,321 0,494 0,822 0,130

70 8.007 9.609 0,342 0,568 0,152 0,342 0,568 0,205 0,342 0,568 0,135 0,342 0,568 0,309 0,342 0,568 0,124

95 7.051 8.461 0,247 0,411 0,146 0,247 0,411 0,198 0,247 0,411 0,128 0,247 0,411 0,296 0,247 0,411 0,118

120 6.453 7.744 0,196 0,325 0,141 0,196 0,325 0,194 0,196 0,325 0,124 0,196 0,325 0,287 0,197 0,325 0,114

150 5.983 7.180 0,160 0,265 0,138 0,159 0,265 0,190 0,160 0,265 0,121 0,159 0,265 0,280 0,160 0,265 0,111

185 5.492 6.591 0,128 0,211 0,134 0,128 0,211 0,187 0,128 0,211 0,117 0,127 0,211 0,272 0,129 0,211 0,108

240 4.914 5.896 0,099 0,162 0,130 0,098 0,161 0,183 0,099 0,162 0,113 0,097 0,161 0,261 0,100 0,162 0,104

300 4.446 5.335 0,080 0,130 0,127 0,079 0,129 0,179 0,080 0,130 0,110 0,078 0,129 0,252 0,082 0,130 0,101

400 4.045 4.854 0,065 0,102 0,124 0,063 0,101 0,176 0,065 0,102 0,107 0,062 0,101 0,244 0,066 0,103 0,098

500 3.599 4.319 0,053 0,081 0,121 0,050 0,080 0,173 0,053 0,081 0,103 0,049 0,079 0,234 0,055 0,081 0,095

630 3.194 3.833 0,044 0,064 0,118 0,040 0,063 0,170 0,044 0,064 0,100 0,039 0,062 0,223 0,046 0,065 0,093

Nota 1: Os valores tabelados de Rca e XL referem-se a circuitos onde as blindagens são aterradas em apenas um ponto, sendo válidos para qualquer
seção de blindagem.
Caso as blindagens sejam aterradas em dois ou mais pontos, situação mais comum nos sistemas de média tensão, esses valores devem ser corrigidos
para que levem em conta a circulação de corrente nas blindagens bem como a seção da blindagem. Para tanto, proceder conforme indicado em 8.1.3.
Nota 2: No capítulo 5 - RESISTENCIA ELÉTRICA DO CONDUTOR encontram-se tabelados os valores de resistência elétrica dos condutores à corrente
contínua a 20°C e como corrigi-los para uma outra temperatura.
Nota 3: Valores válidos para todos os tipos de instalação, exceto quando instalados em eletroduto ferromagnético.

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Tabela 9.3 Parâmetros Elétricos – 90°C- Tensão 8,7/15 kV

Condutor de Cobre ou Alumínio


Cabos Eprotenax, Voltalene, Voltalene Grid e Afumex
Frequência: 60 Hz
Tensão 8,7/15 kV
Unipolar Tripolar

Xc

Seção
nominal
(mm²) s=D s = 2D Trifólio

Rca Rca Rca Rca Rca


EPR XLPE XL XL XL XL XL
Cobre Alumínio Cobre Alumínio Cobre Alumínio Cobre Alumínio Cobre Alumínio

(Ω.km) (Ω/km)

25 13.553 16.263 0,927 1,539 0,183 0,927 1,539 0,236 0,927 1,539 0,166 0,927 1,539 0,345 0,927 1,539 0,155

35 12.322 14.786 0,668 1,113 0,175 0,668 1,113 0,228 0,668 1,113 0,158 0,668 1,113 0,334 0,668 1,113 0,147

50 11.032 13.238 0,494 0,822 0,167 0,494 0,822 0,219 0,494 0,822 0,150 0,494 0,822 0,321 0,494 0,822 0,139

70 9.923 11.907 0,342 0,568 0,160 0,342 0,568 0,212 0,342 0,568 0,142 0,342 0,568 0,309 0,342 0,568 0,132

95 8.794 10.553 0,247 0,411 0,153 0,247 0,411 0,205 0,247 0,411 0,135 0,247 0,411 0,296 0,247 0,411 0,125

120 8.083 9.700 0,196 0,325 0,148 0,196 0,325 0,200 0,196 0,325 0,130 0,196 0,325 0,287 0,197 0,325 0,121

150 7.520 9.024 0,160 0,265 0,144 0,159 0,265 0,197 0,160 0,265 0,127 0,159 0,265 0,280 0,160 0,265 0,118

185 6.928 8.314 0,128 0,211 0,140 0,128 0,211 0,193 0,128 0,211 0,123 0,127 0,211 0,272 0,129 0,211 0,114

240 6.226 7.471 0,099 0,162 0,136 0,098 0,161 0,188 0,099 0,162 0,118 0,097 0,161 0,261 0,100 0,162 0,110

300 5.654 6.785 0,080 0,130 0,132 0,079 0,129 0,184 0,080 0,130 0,115 0,078 0,129 0,252 0,081 0,130 0,106

400 5.160 6.193 0,065 0,102 0,129 0,063 0,101 0,181 0,065 0,102 0,111 0,062 0,101 0,244 0,066 0,102 0,103

500 4.608 5.530 0,053 0,081 0,125 0,050 0,079 0,177 0,053 0,081 0,108 0,049 0,079 0,234 0,054 0,081 0,100

630 4.103 4.924 0,044 0,064 0,122 0,040 0,063 0,174 0,044 0,064 0,104 0,039 0,062 0,223 0,045 0,065 0,097

Nota 1: Os valores tabelados de Rca e XL referem-se a circuitos onde as blindagens são aterradas em apenas um ponto, sendo válidos para qualquer
seção de blindagem.
Caso as blindagens sejam aterradas em dois ou mais pontos, situação mais comum nos sistemas de média tensão, esses valores devem ser corrigidos
para que levem em conta a circulação de corrente nas blindagens bem como a seção da blindagem. Para tanto, proceder conforme indicado em 8.1.3.

Nota 2: No capítulo 5 - RESISTENCIA ELÉTRICA DO CONDUTOR encontram-se tabelados os valores de resistência elétrica dos condutores à corrente
contínua a 20°C e como corrigi-los para uma outra temperatura.
Nota 3: Valores válidos para todos os tipos de instalação, exceto quando instalados em eletroduto ferromagnético.

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Tabela 9.4 Parâmetros Elétricos – 90°C- Tensão 12/20 kV

Condutor de Cobre ou Alumínio


Cabos Eprotenax, Voltalene, Voltalene Grid e Afumex
Frequência: 60 Hz
Tensão 12/20 kV
Unipolar Tripolar

Xc

Seção
nominal
(mm²) s=D s = 2D Trifólio

Rca Rca Rca Rca Rca


EPR XLPE XL XL XL XL XL
Cobre Alumínio Cobre Alumínio Cobre Alumínio Cobre Alumínio Cobre Alumínio

(Ω.km) (Ω/km)

35 14.122 16.946 0,668 1,113 0,182 0,668 1,113 0,235 0,668 1,113 0,165 0,668 1,113 0,334 0,668 1,113 0,155

50 12.709 15.250 0,494 0,822 0,174 0,494 0,822 0,226 0,494 0,822 0,156 0,494 0,822 0,321 0,494 0,822 0,146

70 11.484 13.781 0,342 0,568 0,166 0,342 0,568 0,218 0,342 0,568 0,149 0,342 0,568 0,309 0,342 0,568 0,139

95 10.229 12.275 0,247 0,411 0,158 0,247 0,411 0,211 0,247 0,411 0,141 0,247 0,411 0,296 0,247 0,411 0,132

120 9.433 11.319 0,196 0,325 0,153 0,196 0,325 0,206 0,196 0,325 0,136 0,196 0,325 0,287 0,196 0,325 0,127

150 8.799 10.559 0,160 0,265 0,150 0,159 0,265 0,202 0,160 0,265 0,132 0,159 0,265 0,280 0,160 0,265 0,123

185 8.130 9.756 0,128 0,211 0,145 0,128 0,211 0,198 0,128 0,211 0,128 0,127 0,211 0,272 0,129 0,211 0,119

240 7.331 8.798 0,099 0,162 0,140 0,098 0,161 0,193 0,099 0,162 0,123 0,097 0,161 0,261 0,099 0,162 0,114

300 6.678 8.013 0,080 0,130 0,136 0,079 0,129 0,189 0,080 0,130 0,119 0,078 0,129 0,252 0,081 0,130 0,111

400 6.111 7.333 0,064 0,102 0,133 0,062 0,101 0,185 0,064 0,102 0,115 0,062 0,101 0,244 0,065 0,102 0,107

500 5.473 6.568 0,052 0,080 0,129 0,050 0,079 0,181 0,052 0,080 0,111 0,049 0,079 0,234 0,053 0,081 0,104

630 4.888 5.865 0,043 0,064 0,125 0,040 0,063 0,177 0,043 0,064 0,108 0,039 0,062 0,223 0,045 0,064 0,100

Nota 1: Os valores tabelados de Rca e XL referem-se a circuitos onde as blindagens são aterradas em apenas um ponto, sendo válidos para qualquer
seção de blindagem.
Caso as blindagens sejam aterradas em dois ou mais pontos, situação mais comum nos sistemas de média tensão, esses valores devem ser corrigidos
para que levem em conta a circulação de corrente nas blindagens bem como a seção da blindagem. Para tanto, proceder conforme indicado em 8.1.3.

Nota 2: No capítulo 5 - RESISTENCIA ELÉTRICA DO CONDUTOR encontram-se tabelados os valores de resistência elétrica dos condutores à corrente
contínua a 20°C e como corrigi-los para uma outra temperatura.

Nota 3: Valores válidos para todos os tipos de instalação, exceto quando instalados em eletroduto ferromagnético.

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Tabela 9.5 Parâmetros Elétricos – 90°C- Tensão 15/25 kV

Condutor de Cobre ou Alumínio


Cabos Eprotenax, Voltalene, Voltalene Grid e Afumex
Frequência: 60 Hz
Tensão 15/25 kV
Unipolar Tripolar

Xc

Seção
nominal
(mm²) s=D s = 2D Trifólio

Rca Rca Rca Rca Rca


EPR XLPE XL XL XL XL XL
Cobre Alumínio Cobre Alumínio Cobre Alumínio Cobre Alumínio Cobre Alumínio

(Ω.km) (Ω/km)

50 14.654 17.585 0,494 0,822 0,181 0,494 0,822 0,234 0,494 0,822 0,164 0,494 0,822 0,321 0,494 0,822 0,155

70 13.309 15.971 0,342 0,568 0,174 0,342 0,568 0,226 0,342 0,568 0,156 0,342 0,568 0,309 0,342 0,568 0,147

95 11.920 14.304 0,247 0,411 0,165 0,247 0,411 0,218 0,247 0,411 0,148 0,247 0,411 0,296 0,247 0,411 0,139

120 11.032 13.238 0,196 0,325 0,160 0,196 0,325 0,212 0,196 0,325 0,143 0,196 0,325 0,287 0,196 0,325 0,134

150 10.322 12.386 0,159 0,265 0,156 0,159 0,265 0,208 0,159 0,265 0,138 0,159 0,265 0,280 0,160 0,265 0,130

185 9.568 11.481 0,128 0,211 0,151 0,127 0,211 0,204 0,128 0,211 0,134 0,127 0,211 0,272 0,128 0,211 0,126

240 8.663 10.395 0,098 0,161 0,146 0,098 0,161 0,198 0,098 0,161 0,129 0,097 0,161 0,261 0,099 0,162 0,120

300 7.917 9.501 0,080 0,130 0,142 0,079 0,129 0,194 0,080 0,130 0,124 0,078 0,129 0,252 0,080 0,130 0,116

400 7.267 8.721 0,064 0,102 0,138 0,062 0,101 0,190 0,064 0,102 0,120 0,062 0,101 0,244 0,065 0,102 0,112

500 6.532 7.839 0,052 0,080 0,133 0,050 0,079 0,186 0,052 0,080 0,116 0,049 0,079 0,234 0,053 0,081 0,108

630 5.853 7.023 0,043 0,064 0,129 0,040 0,062 0,182 0,043 0,064 0,112 0,039 0,062 0,223 0,044 0,064 0,104

Nota 1: Os valores tabelados de Rca e XL referem-se a circuitos onde as blindagens são aterradas em apenas um ponto, sendo válidos para qualquer
seção de blindagem.
Caso as blindagens sejam aterradas em dois ou mais pontos, situação mais comum nos sistemas de média tensão, esses valores devem ser corrigidos
para que levem em conta a circulação de corrente nas blindagens bem como a seção da blindagem. Para tanto, proceder conforme indicado em 8.1.3.
Nota 2: No capítulo 5 - RESISTENCIA ELÉTRICA DO CONDUTOR encontram-se tabelados os valores de resistência elétrica dos condutores à corrente
contínua a 20°C e como corrigi-los para uma outra temperatura.

Nota 3: Valores válidos para todos os tipos de instalação, exceto quando instalados em eletroduto ferromagnético.

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Tabela 9.6 Parâmetros Elétricos – 90°C- Tensão 20/35 kV

Condutor de Cobre ou Alumínio


Cabos Eprotenax, Voltalene, Voltalene Grid e Afumex
Frequência: 60 Hz
Tensão 20/35 kV
Unipolar Tripolar

Xc

Seção
nominal
(mm²) s=D s = 2D Trifólio

Rca Rca Rca Rca Rca


EPR XLPE XL XL XL XL XL
Cobre Alumínio Cobre Alumínio Cobre Alumínio Cobre Alumínio Cobre Alumínio

(Ω.km) (Ω/km)

50 17.247 20.697 0,494 0,822 0,192 0,494 0,822 0,244 0,494 0,822 0,175 0,494 0,822 0,321 0,494 0,822 0,166

70 15.763 18.915 0,342 0,568 0,184 0,342 0,568 0,236 0,342 0,568 0,166 0,342 0,568 0,309 0,342 0,568 0,158

95 14.214 17.056 0,247 0,411 0,175 0,247 0,411 0,227 0,247 0,411 0,157 0,247 0,411 0,296 0,247 0,411 0,149

120 13.215 15.858 0,196 0,325 0,169 0,196 0,325 0,222 0,196 0,325 0,152 0,196 0,325 0,287 0,196 0,325 0,143

150 12.412 14.895 0,159 0,265 0,165 0,159 0,265 0,217 0,159 0,265 0,147 0,159 0,265 0,280 0,159 0,265 0,139

185 11.554 13.864 0,128 0,211 0,160 0,127 0,211 0,212 0,128 0,211 0,142 0,127 0,211 0,272 0,128 0,211 0,134

240 10.516 12.619 0,098 0,161 0,154 0,098 0,161 0,206 0,098 0,161 0,137 0,097 0,161 0,261 0,099 0,161 0,129

300 9.654 11.585 0,079 0,130 0,149 0,078 0,129 0,201 0,079 0,130 0,132 0,078 0,129 0,252 0,080 0,130 0,124

400 8.897 10.676 0,064 0,102 0,145 0,062 0,101 0,197 0,064 0,102 0,127 0,062 0,101 0,244 0,064 0,102 0,120

500 8.035 9.642 0,051 0,080 0,140 0,050 0,079 0,192 0,051 0,080 0,123 0,049 0,079 0,234 0,052 0,080 0,115

630 7.231 8.678 0,042 0,064 0,135 0,040 0,062 0,188 0,042 0,064 0,118 0,039 0,062 0,223 0,043 0,064 0,111

Nota 1: Os valores tabelados de Rca e XL referem-se a circuitos onde as blindagens são aterradas em apenas um ponto, sendo válidos para qualquer
seção de blindagem.
Caso as blindagens sejam aterradas em dois ou mais pontos, situação mais comum nos sistemas de média tensão, esses valores devem ser corrigidos
para que levem em conta a circulação de corrente nas blindagens bem como a seção da blindagem. Para tanto, proceder conforme indicado em 8.1.3.
Nota 2: No capítulo 5 - RESISTENCIA ELÉTRICA DO CONDUTOR encontram-se tabelados os valores de resistência elétrica dos condutores à corrente
contínua a 20°C e como corrigi-los para uma outra temperatura.

Nota 3: Valores válidos para todos os tipos de instalação, exceto quando instalados em eletroduto ferromagnético.

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Tabela 9.7 Parâmetros Elétricos – 105°C- Tensão 3,6/6 kV

Condutor de Cobre ou Alumínio


Cabos Epro Compact 105 e Ecoplus Compact
Frequência: 60 Hz
Tensão 3,6/6 kV
Unipolar Tripolar

Xc

Seção nominal
(mm²)
s=D s = 2D Trifólio

Rca Rca Rca Rca Rca


EPR XL XL XL XL XL
Cobre Alumínio Cobre Alumínio Cobre Alumínio Cobre Alumínio Cobre Alumínio

(Ω.km) (Ω/km)

10 11.892 2,441 4,135 0,190 2,441 4,135 0,242 2,441 4,135 0,172 2,441 4,135 0,381 2,441 4,135 0,158

16 10.291 1,534 2,564 0,177 1,534 2,564 0,229 1,534 2,564 0,160 1,534 2,564 0,363 1,534 2,564 0,146

25 8.873 0,970 1,611 0,166 0,970 1,611 0,218 0,970 1,611 0,149 0,970 1,611 0,345 0,970 1,611 0,136

35 7.964 0,699 1,165 0,159 0,699 1,165 0,211 0,699 1,165 0,141 0,699 1,165 0,334 0,699 1,165 0,129

50 7.032 0,517 0,861 0,152 0,517 0,861 0,204 0,517 0,861 0,134 0,517 0,861 0,321 0,517 0,861 0,122

70 6.248 0,358 0,595 0,145 0,358 0,595 0,198 0,358 0,595 0,128 0,358 0,595 0,309 0,358 0,595 0,117

95 5.467 0,258 0,430 0,139 0,258 0,430 0,192 0,258 0,430 0,122 0,258 0,430 0,296 0,259 0,430 0,111

120 4.983 0,205 0,340 0,135 0,205 0,340 0,188 0,205 0,340 0,118 0,205 0,340 0,287 0,206 0,340 0,108

150 4.605 0,167 0,277 0,132 0,166 0,277 0,185 0,167 0,277 0,115 0,166 0,277 0,280 0,168 0,277 0,105

185 4.213 0,134 0,221 0,129 0,133 0,221 0,182 0,134 0,221 0,112 0,133 0,221 0,272 0,135 0,221 0,102

240 4.150 0,104 0,169 0,127 0,102 0,169 0,179 0,104 0,169 0,110 0,102 0,169 0,261 0,105 0,169 0,101

300 3.746 0,084 0,136 0,124 0,082 0,135 0,176 0,084 0,136 0,107 0,082 0,135 0,252 0,085 0,136 0,098

400 3.402 0,068 0,107 0,121 0,065 0,106 0,174 0,068 0,107 0,104 0,065 0,106 0,244 0,069 0,107 0,095

500 3.020 0,055 0,084 0,118 0,052 0,083 0,171 0,055 0,084 0,101 0,051 0,083 0,234 0,057 0,085 0,093

630 2.675 0,046 0,067 0,116 0,042 0,065 0,168 0,046 0,067 0,098 0,041 0,065 0,223 0,048 0,068 0,090

Nota 1: Os valores tabelados de Rca e XL referem-se a circuitos onde as blindagens são aterradas em apenas um ponto, sendo válidos para qualquer
seção de blindagem.
Caso as blindagens sejam aterradas em dois ou mais pontos, situação mais comum nos sistemas de média tensão, esses valores devem ser corrigidos
para que levem em conta a circulação de corrente nas blindagens bem como a seção da blindagem. Para tanto, proceder conforme indicado em 8.1.3.
Nota 2: No capítulo 5 - RESISTENCIA ELÉTRICA DO CONDUTOR encontram-se tabelados os valores de resistência elétrica dos condutores à corrente
contínua a 20°C e como corrigi-los para uma outra temperatura.

Nota 3: Valores válidos para todos os tipos de instalação, exceto quando instalados em eletroduto ferromagnético.

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Tabela 9.8 Parâmetros Elétricos – 105°C- Tensão 6/10 kV

Condutor de Cobre ou Alumínio


Cabos Epro Compact 105 e Ecoplus Compact
Frequência: 60 Hz
Tensão 6/10 kV
Unipolar Tripolar

Xc

Seção nominal
(mm²)
s=D s = 2D Trifólio

Rca Rca Rca Rca Rca


EPR XL XL XL XL XL
Cobre Alumínio Cobre Alumínio Cobre Alumínio Cobre Alumínio Cobre Alumínio

(Ω.km) (Ω/km)

16 10.291 1,534 2,564 0,177 1,534 2,564 0,229 1,534 2,564 0,160 1,534 2,564 0,363 1,534 2,564 0,146

25 8.873 0,970 1,611 0,166 0,970 1,611 0,218 0,970 1,611 0,149 0,970 1,611 0,345 0,970 1,611 0,136

35 7.964 0,699 1,165 0,159 0,699 1,165 0,211 0,699 1,165 0,141 0,699 1,165 0,334 0,699 1,165 0,129

50 7.032 0,517 0,861 0,152 0,517 0,861 0,204 0,517 0,861 0,134 0,517 0,861 0,321 0,517 0,861 0,122

70 6.248 0,358 0,595 0,145 0,358 0,595 0,198 0,358 0,595 0,128 0,358 0,595 0,309 0,358 0,595 0,117

95 5.467 0,258 0,430 0,139 0,258 0,430 0,192 0,258 0,430 0,122 0,258 0,430 0,296 0,259 0,430 0,111

120 4.983 0,205 0,340 0,135 0,205 0,340 0,188 0,205 0,340 0,118 0,205 0,340 0,287 0,206 0,340 0,108

150 4.605 0,167 0,277 0,132 0,166 0,277 0,185 0,167 0,277 0,115 0,166 0,277 0,280 0,168 0,277 0,105

185 4.213 0,134 0,221 0,129 0,133 0,221 0,182 0,134 0,221 0,112 0,133 0,221 0,272 0,135 0,221 0,102

240 4.150 0,104 0,169 0,127 0,102 0,169 0,179 0,104 0,169 0,110 0,102 0,169 0,261 0,105 0,169 0,101

300 3.746 0,084 0,136 0,124 0,082 0,135 0,176 0,084 0,136 0,107 0,082 0,135 0,252 0,085 0,136 0,098

400 3.402 0,068 0,107 0,121 0,065 0,106 0,174 0,068 0,107 0,104 0,065 0,106 0,244 0,069 0,107 0,095

500 3.020 0,055 0,084 0,118 0,052 0,083 0,171 0,055 0,084 0,101 0,051 0,083 0,234 0,057 0,085 0,093

630 2.675 0,046 0,067 0,116 0,042 0,065 0,168 0,046 0,067 0,098 0,041 0,065 0,223 0,048 0,068 0,090

Nota 1: Os valores tabelados de Rca e XL referem-se a circuitos onde as blindagens são aterradas em apenas um ponto, sendo válidos para qualquer
seção de blindagem.
Caso as blindagens sejam aterradas em dois ou mais pontos, situação mais comum nos sistemas de média tensão, esses valores devem ser corrigidos
para que levem em conta a circulação de corrente nas blindagens bem como a seção da blindagem. Para tanto, proceder conforme indicado em 8.1.3.
Nota 2: No capítulo 5 - RESISTENCIA ELÉTRICA DO CONDUTOR encontram-se tabelados os valores de resistência elétrica dos condutores à corrente
contínua a 20°C e como corrigi-los para uma outra temperatura.
Nota 3: Valores válidos para todos os tipos de instalação, exceto quando instalados em eletroduto ferromagnético.

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Tabela 9.9 Parâmetros Elétricos – 105°C- Tensão 8,7/15 kV

Condutor de Cobre ou Alumínio


Cabos Epro Compact 105 e Ecoplus Compact
Frequência: 60 Hz
Tensão 8,7/15 kV
Unipolar Tripolar

Xc

Seção nominal
(mm²)
s=D s = 2D Trifólio

Rca Rca Rca Rca Rca


EPR XL XL XL XL XL
Cobre Alumínio Cobre Alumínio Cobre Alumínio Cobre Alumínio Cobre Alumínio

(Ω.km) (Ω/km)

16 13.066 1,534 2,564 0,187 1,534 2,564 0,239 1,534 2,564 0,169 1,534 2,564 0,363 1,534 2,564 0,157

25 10.178 0,970 1,611 0,171 0,970 1,611 0,223 0,970 1,611 0,153 0,970 1,611 0,345 0,970 1,611 0,141

35 9.170 0,699 1,165 0,163 0,699 1,165 0,216 0,699 1,165 0,146 0,699 1,165 0,334 0,699 1,165 0,134

50 8.130 0,517 0,861 0,156 0,517 0,861 0,208 0,517 0,861 0,138 0,517 0,861 0,321 0,517 0,861 0,127

70 7.249 0,358 0,595 0,149 0,358 0,595 0,202 0,358 0,595 0,132 0,358 0,595 0,309 0,358 0,595 0,121

95 6.366 0,258 0,430 0,143 0,258 0,430 0,195 0,258 0,430 0,125 0,258 0,430 0,296 0,259 0,430 0,115

120 5.816 0,205 0,340 0,139 0,205 0,340 0,191 0,205 0,340 0,121 0,205 0,340 0,287 0,206 0,340 0,111

150 5.386 0,167 0,277 0,136 0,166 0,277 0,188 0,167 0,277 0,118 0,166 0,277 0,280 0,168 0,277 0,108

185 4.936 0,134 0,221 0,132 0,133 0,221 0,184 0,134 0,221 0,115 0,133 0,221 0,272 0,135 0,221 0,105

240 5.038 0,103 0,169 0,131 0,102 0,169 0,183 0,103 0,169 0,113 0,102 0,169 0,261 0,104 0,169 0,104

300 4.560 0,084 0,136 0,127 0,082 0,135 0,180 0,084 0,136 0,110 0,082 0,135 0,252 0,085 0,136 0,101

400 4.150 0,067 0,107 0,125 0,065 0,106 0,177 0,067 0,107 0,107 0,065 0,106 0,244 0,069 0,107 0,099

500 3.693 0,055 0,084 0,121 0,052 0,083 0,174 0,055 0,084 0,104 0,051 0,083 0,234 0,057 0,085 0,096

630 3.279 0,045 0,067 0,118 0,042 0,065 0,170 0,045 0,067 0,101 0,041 0,065 0,223 0,047 0,068 0,093

Nota 1: Os valores tabelados de Rca e XL referem-se a circuitos onde as blindagens são aterradas em apenas um ponto, sendo válidos para qualquer
seção de blindagem.
Caso as blindagens sejam aterradas em dois ou mais pontos, situação mais comum nos sistemas de média tensão, esses valores devem ser corrigidos
para que levem em conta a circulação de corrente nas blindagens bem como a seção da blindagem. Para tanto, proceder conforme indicado em 8.1.3.
Nota 2: No capítulo 5 - RESISTENCIA ELÉTRICA DO CONDUTOR encontram-se tabelados os valores de resistência elétrica dos condutores à corrente
contínua a 20°C e como corrigi-los para uma outra temperatura.
Nota 3: Valores válidos para todos os tipos de instalação, exceto quando instalados em eletroduto ferromagnético.

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Tabela 9.10 Parâmetros Elétricos – 105°C- Tensão 12/20 kV

Condutor de Cobre ou Alumínio


Cabos Epro Compact 105 e Ecoplus Compact
Frequência: 60 Hz
Tensão 12/20 kV
Unipolar Tripolar

Xc

Seção nominal
(mm²)
s=D s = 2D Trifólio

Rca Rca Rca Rca Rca


EPR XL XL XL XL XL
Cobre Alumínio Cobre Alumínio Cobre Alumínio Cobre Alumínio Cobre Alumínio

(Ω.km) (Ω/km)

16 16.895 1,534 2,564 0,201 1,534 2,564 0,254 1,534 2,564 0,184 1,534 2,564 0,363 1,534 2,564 0,173

25 13.953 0,970 1,611 0,185 0,970 1,611 0,237 0,970 1,611 0,167 0,970 1,611 0,345 0,970 1,611 0,156

35 11.339 0,699 1,165 0,172 0,699 1,165 0,224 0,699 1,165 0,154 0,699 1,165 0,334 0,699 1,165 0,143

50 10.122 0,517 0,861 0,163 0,517 0,861 0,216 0,517 0,861 0,146 0,517 0,861 0,321 0,517 0,861 0,135

70 9.081 0,358 0,595 0,156 0,358 0,595 0,209 0,358 0,595 0,139 0,358 0,595 0,309 0,358 0,595 0,129

95 8.025 0,258 0,430 0,149 0,258 0,430 0,202 0,258 0,430 0,132 0,258 0,430 0,296 0,259 0,430 0,122

120 7.363 0,205 0,340 0,145 0,205 0,340 0,197 0,205 0,340 0,128 0,205 0,340 0,287 0,206 0,340 0,118

150 6.840 0,167 0,277 0,141 0,166 0,277 0,194 0,167 0,277 0,124 0,166 0,277 0,280 0,167 0,277 0,115

185 6.292 0,134 0,221 0,138 0,133 0,221 0,190 0,134 0,221 0,120 0,133 0,221 0,272 0,135 0,221 0,111

240 6.226 0,103 0,169 0,136 0,102 0,169 0,188 0,103 0,169 0,118 0,102 0,169 0,261 0,104 0,169 0,110

300 5.654 0,084 0,136 0,132 0,082 0,135 0,184 0,084 0,136 0,115 0,082 0,135 0,252 0,084 0,136 0,106

400 5.160 0,067 0,107 0,129 0,065 0,106 0,181 0,067 0,107 0,111 0,065 0,106 0,244 0,068 0,107 0,103

500 4.608 0,055 0,084 0,125 0,052 0,083 0,177 0,055 0,084 0,108 0,051 0,083 0,234 0,056 0,085 0,100

630 4.103 0,045 0,067 0,122 0,042 0,065 0,174 0,045 0,067 0,104 0,041 0,065 0,223 0,047 0,067 0,097

Nota 1: Os valores tabelados de Rca e XL referem-se a circuitos onde as blindagens são aterradas em apenas um ponto, sendo válidos para qualquer
seção de blindagem.
Caso as blindagens sejam aterradas em dois ou mais pontos, situação mais comum nos sistemas de média tensão, esses valores devem ser corrigidos
para que levem em conta a circulação de corrente nas blindagens bem como a seção da blindagem. Para tanto, proceder conforme indicado em 8.1.3.
Nota 2: No capítulo 5 - RESISTENCIA ELÉTRICA DO CONDUTOR encontram-se tabelados os valores de resistência elétrica dos condutores à corrente
contínua a 20°C e como corrigi-los para uma outra temperatura.
Nota 3: Valores válidos para todos os tipos de instalação, exceto quando instalados em eletroduto ferromagnético.

Guia de dimensionamento de cabos para Média Tensão_V2_2022 49 | 69


Tabela 9.11 Parâmetros Elétricos – 105°C- Tensão 15/25 kV

Condutor de Cobre ou Alumínio


Cabos Epro Compact 105 e Ecoplus Compact
Frequência: 60 Hz
Tensão 15/25 kV
Unipolar Tripolar

Xc

Seção nominal
(mm²)
s=D s = 2D Trifólio

Rca Rca Rca Rca Rca


EPR XL XL XL XL XL
Cobre Alumínio Cobre Alumínio Cobre Alumínio Cobre Alumínio Cobre Alumínio

(Ω.km) (Ω/km)

35 15.271 0,699 1,165 0,187 0,699 1,165 0,239 0,699 1,165 0,170 0,699 1,165 0,334 0,699 1,165 0,160

50 12.709 0,517 0,861 0,174 0,517 0,861 0,226 0,517 0,861 0,156 0,517 0,861 0,321 0,517 0,861 0,146

70 11.484 0,358 0,595 0,166 0,358 0,595 0,218 0,358 0,595 0,149 0,358 0,595 0,309 0,358 0,595 0,139

95 10.229 0,258 0,430 0,158 0,258 0,430 0,211 0,258 0,430 0,141 0,258 0,430 0,296 0,258 0,430 0,132

120 9.433 0,205 0,340 0,153 0,205 0,340 0,206 0,205 0,340 0,136 0,205 0,340 0,287 0,205 0,340 0,127

150 8.799 0,167 0,277 0,150 0,166 0,277 0,202 0,167 0,277 0,132 0,166 0,277 0,280 0,167 0,277 0,123

185 8.130 0,134 0,221 0,145 0,133 0,221 0,198 0,134 0,221 0,128 0,133 0,221 0,272 0,134 0,221 0,119

240 6.788 0,103 0,169 0,138 0,102 0,169 0,190 0,103 0,169 0,121 0,102 0,169 0,261 0,104 0,169 0,112

300 6.174 0,083 0,136 0,134 0,082 0,135 0,187 0,083 0,136 0,117 0,082 0,135 0,252 0,084 0,136 0,108

400 5.643 0,067 0,107 0,131 0,065 0,106 0,183 0,067 0,107 0,113 0,065 0,106 0,244 0,068 0,107 0,105

500 5.047 0,054 0,084 0,127 0,052 0,083 0,179 0,054 0,084 0,110 0,051 0,083 0,234 0,056 0,084 0,102

630 4.500 0,045 0,067 0,124 0,042 0,065 0,176 0,045 0,067 0,106 0,041 0,065 0,223 0,046 0,067 0,098

Nota 1: Os valores tabelados de Rca e XL referem-se a circuitos onde as blindagens são aterradas em apenas um ponto, sendo válidos para qualquer
seção de blindagem.
Caso as blindagens sejam aterradas em dois ou mais pontos, situação mais comum nos sistemas de média tensão, esses valores devem ser corrigidos
para que levem em conta a circulação de corrente nas blindagens bem como a seção da blindagem. Para tanto, proceder conforme indicado em 8.1.3.

Nota 2: No capítulo 5 - RESISTENCIA ELÉTRICA DO CONDUTOR encontram-se tabelados os valores de resistência elétrica dos condutores à corrente
contínua a 20°C e como corrigi-los para uma outra temperatura.

Nota 3: Valores válidos para todos os tipos de instalação, exceto quando instalados em eletroduto ferromagnético.

Guia de dimensionamento de cabos para Média Tensão_V2_2022 50 | 69


Tabela 9.12 Parâmetros Elétricos – 105°C- Tensão 20/35 kV

Condutor de Cobre ou Alumínio


Cabos Epro Compact 105 e Ecoplus Compact
Frequência: 60 Hz
Tensão 20/35 kV
Unipolar Tripolar

Xc

Seção nominal
(mm²)
s=D s = 2D Trifólio

Rca Rca Rca Rca Rca


EPR XL XL XL XL XL
Cobre Alumínio Cobre Alumínio Cobre Alumínio Cobre Alumínio Cobre Alumínio

(Ω.km) (Ω/km)

50 16.513 0,517 0,861 0,189 0,517 0,861 0,241 0,517 0,861 0,172 0,517 0,861 0,321 0,517 0,861 0,163

70 14.212 0,358 0,595 0,177 0,358 0,595 0,229 0,358 0,595 0,160 0,358 0,595 0,309 0,358 0,595 0,151

95 12.761 0,258 0,430 0,169 0,258 0,430 0,221 0,258 0,430 0,151 0,258 0,430 0,296 0,258 0,430 0,143

120 11.831 0,205 0,340 0,163 0,205 0,340 0,216 0,205 0,340 0,146 0,205 0,340 0,287 0,205 0,340 0,137

150 11.085 0,167 0,277 0,159 0,166 0,277 0,211 0,167 0,277 0,142 0,166 0,277 0,280 0,167 0,277 0,133

185 9.247 0,134 0,221 0,150 0,133 0,221 0,202 0,134 0,221 0,133 0,133 0,221 0,272 0,134 0,221 0,124

240 8.365 0,103 0,169 0,145 0,102 0,169 0,197 0,103 0,169 0,127 0,102 0,169 0,261 0,103 0,169 0,119

300 7.640 0,083 0,136 0,140 0,082 0,135 0,193 0,083 0,136 0,123 0,082 0,135 0,252 0,084 0,136 0,115

400 7.008 0,067 0,106 0,137 0,065 0,106 0,189 0,067 0,106 0,119 0,065 0,106 0,244 0,067 0,107 0,111

500 6.294 0,054 0,084 0,132 0,052 0,083 0,185 0,054 0,084 0,115 0,051 0,083 0,234 0,055 0,084 0,107

630 5.635 0,044 0,067 0,128 0,042 0,065 0,181 0,044 0,067 0,111 0,041 0,065 0,223 0,046 0,067 0,104

Nota 1: Os valores tabelados de Rca e XL referem-se a circuitos onde as blindagens são aterradas em apenas um ponto, sendo válidos para qualquer
seção de blindagem.
Caso as blindagens sejam aterradas em dois ou mais pontos, situação mais comum nos sistemas de média tensão, esses valores devem ser corrigidos
para que levem em conta a circulação de corrente nas blindagens bem como a seção da blindagem. Para tanto, proceder conforme indicado em 8.1.3.
Nota 2: No capítulo 5 - RESISTENCIA ELÉTRICA DO CONDUTOR encontram-se tabelados os valores de resistência elétrica dos condutores à corrente
contínua a 20°C e como corrigi-los para uma outra temperatura.

Nota 3: Valores válidos para todos os tipos de instalação, exceto quando instalados em eletroduto ferromagnético.

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Tabela 9.13 Parâmetros Elétricos – 90°C- Tensão 3,6/6 kV

Condutor de Cobre ou Alumínio


Cabo Afumex Compact
Frequência: 60 Hz
Tensão 3,6/6 kV
Unipolar Tripolar

Xc

Seção nominal
(mm²)
s=D s = 2D Trifólio

Rca Rca Rca Rca Rca


EPR XL XL XL XL XL
Cobre Alumínio Cobre Alumínio Cobre Alumínio Cobre Alumínio Cobre Alumínio

(Ω.km) (Ω/km)

10 11.892 2,333 3,949 0,190 2,333 3,949 0,242 2,333 3,949 0,172 2,333 3,949 0,381 2,334 3,949 0,158

16 10.291 1,466 2,449 0,177 1,466 2,449 0,229 1,466 2,449 0,160 1,466 2,449 0,363 1,466 2,449 0,146

25 8.873 0,927 1,539 0,166 0,927 1,539 0,218 0,927 1,539 0,149 0,927 1,539 0,345 0,927 1,539 0,136

35 7.964 0,668 1,113 0,159 0,668 1,113 0,211 0,668 1,113 0,141 0,668 1,113 0,334 0,668 1,113 0,129

50 7.032 0,494 0,822 0,152 0,494 0,822 0,204 0,494 0,822 0,134 0,494 0,822 0,321 0,494 0,822 0,122

70 6.248 0,342 0,568 0,145 0,342 0,568 0,198 0,342 0,568 0,128 0,342 0,568 0,309 0,343 0,568 0,117

95 5.467 0,247 0,411 0,139 0,247 0,411 0,192 0,247 0,411 0,122 0,247 0,411 0,296 0,248 0,411 0,111

120 4.983 0,196 0,325 0,135 0,196 0,325 0,188 0,196 0,325 0,118 0,196 0,325 0,287 0,197 0,325 0,108

150 4.605 0,160 0,265 0,132 0,159 0,265 0,185 0,160 0,265 0,115 0,159 0,265 0,280 0,161 0,265 0,105

185 4.213 0,129 0,211 0,129 0,128 0,211 0,182 0,129 0,211 0,112 0,127 0,211 0,272 0,129 0,212 0,102

240 4.150 0,099 0,162 0,127 0,098 0,161 0,179 0,099 0,162 0,110 0,097 0,161 0,261 0,100 0,162 0,101

300 3.746 0,081 0,130 0,124 0,079 0,129 0,176 0,081 0,130 0,107 0,078 0,129 0,252 0,082 0,130 0,098

400 3.402 0,065 0,102 0,121 0,063 0,101 0,174 0,065 0,102 0,104 0,062 0,101 0,244 0,067 0,103 0,095

500 3.020 0,053 0,081 0,118 0,050 0,080 0,171 0,053 0,081 0,101 0,049 0,079 0,234 0,055 0,081 0,093

630 2.675 0,044 0,065 0,116 0,040 0,063 0,168 0,044 0,065 0,098 0,039 0,062 0,223 0,046 0,065 0,090

Nota 1: Os valores tabelados de Rca e XL referem-se a circuitos onde as blindagens são aterradas em apenas um ponto, sendo válidos para qualquer
seção de blindagem.
Caso as blindagens sejam aterradas em dois ou mais pontos, situação mais comum nos sistemas de média tensão, esses valores devem ser corrigidos
para que levem em conta a circulação de corrente nas blindagens bem como a seção da blindagem. Para tanto, proceder conforme indicado em 8.1.3.
Nota 2: No capítulo 5 - RESISTENCIA ELÉTRICA DO CONDUTOR encontram-se tabelados os valores de resistência elétrica dos condutores à corrente
contínua a 20°C e como corrigi-los para uma outra temperatura.

Nota 3: Valores válidos para todos os tipos de instalação, exceto quando instalados em eletroduto ferromagnético.

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Tabela 9.14 Parâmetros Elétricos – 90°C- Tensão 6/10 kV

Condutor de Cobre ou Alumínio


Cabo Afumex Compact
Frequência: 60 Hz
Tensão 6/10 kV
Unipolar Tripolar

Xc

Seção nominal
(mm²)
s=D s = 2D Trifólio

Rca Rca Rca Rca Rca


EPR XL XL XL XL XL
Cobre Alumínio Cobre Alumínio Cobre Alumínio Cobre Alumínio Cobre Alumínio

(Ω.km) (Ω/km)

16 10.291 1,466 2,449 0,177 1,466 2,449 0,229 1,466 2,449 0,160 1,466 2,449 0,363 1,466 2,449 0,146

25 8.873 0,927 1,539 0,166 0,927 1,539 0,218 0,927 1,539 0,149 0,927 1,539 0,345 0,927 1,539 0,136

35 7.964 0,668 1,113 0,159 0,668 1,113 0,211 0,668 1,113 0,141 0,668 1,113 0,334 0,668 1,113 0,129

50 7.032 0,494 0,822 0,152 0,494 0,822 0,204 0,494 0,822 0,134 0,494 0,822 0,321 0,494 0,822 0,122

70 6.248 0,342 0,568 0,145 0,342 0,568 0,198 0,342 0,568 0,128 0,342 0,568 0,309 0,343 0,568 0,117

95 5.467 0,247 0,411 0,139 0,247 0,411 0,192 0,247 0,411 0,122 0,247 0,411 0,296 0,248 0,411 0,111

120 4.983 0,196 0,325 0,135 0,196 0,325 0,188 0,196 0,325 0,118 0,196 0,325 0,287 0,197 0,325 0,108

150 4.605 0,160 0,265 0,132 0,159 0,265 0,185 0,160 0,265 0,115 0,159 0,265 0,280 0,161 0,265 0,105

185 4.213 0,129 0,211 0,129 0,128 0,211 0,182 0,129 0,211 0,112 0,127 0,211 0,272 0,129 0,212 0,102

240 4.150 0,099 0,162 0,127 0,098 0,161 0,179 0,099 0,162 0,110 0,097 0,161 0,261 0,100 0,162 0,101

300 3.746 0,081 0,130 0,124 0,079 0,129 0,176 0,081 0,130 0,107 0,078 0,129 0,252 0,082 0,130 0,098

400 3.402 0,065 0,102 0,121 0,063 0,101 0,174 0,065 0,102 0,104 0,062 0,101 0,244 0,067 0,103 0,095

500 3.020 0,053 0,081 0,118 0,050 0,080 0,171 0,053 0,081 0,101 0,049 0,079 0,234 0,055 0,081 0,093

630 2.675 0,044 0,065 0,116 0,040 0,063 0,168 0,044 0,065 0,098 0,039 0,062 0,223 0,046 0,065 0,090

Nota 1: Os valores tabelados de Rca e XL referem-se a circuitos onde as blindagens são aterradas em apenas um ponto, sendo válidos para qualquer
seção de blindagem.
Caso as blindagens sejam aterradas em dois ou mais pontos, situação mais comum nos sistemas de média tensão, esses valores devem ser corrigidos
para que levem em conta a circulação de corrente nas blindagens bem como a seção da blindagem. Para tanto, proceder conforme indicado em 8.1.3.
Nota 2: No capítulo 5 - RESISTENCIA ELÉTRICA DO CONDUTOR encontram-se tabelados os valores de resistência elétrica dos condutores à corrente
contínua a 20°C e como corrigi-los para uma outra temperatura.
Nota 3: Valores válidos para todos os tipos de instalação, exceto quando instalados em eletroduto ferromagnético.

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Tabela 9.15 Parâmetros Elétricos – 90°C- Tensão 8,7/15 kV

Condutor de Cobre ou Alumínio


Cabo Afumex Compact
Frequência: 60 Hz
Tensão 8,7/15 kV
Unipolar Tripolar

Xc

Seção nominal
(mm²)
s=D s = 2D Trifólio

Rca Rca Rca Rca Rca


EPR XL XL XL XL XL
Cobre Alumínio Cobre Alumínio Cobre Alumínio Cobre Alumínio Cobre Alumínio

(Ω.km) (Ω/km)

16 13.066 1,466 2,449 0,187 1,466 2,449 0,239 1,466 2,449 0,169 1,466 2,449 0,363 1,466 2,449 0,157

25 10.178 0,927 1,539 0,171 0,927 1,539 0,223 0,927 1,539 0,153 0,927 1,539 0,345 0,927 1,539 0,141

35 9.170 0,668 1,113 0,163 0,668 1,113 0,216 0,668 1,113 0,146 0,668 1,113 0,334 0,668 1,113 0,134

50 8.130 0,494 0,822 0,156 0,494 0,822 0,208 0,494 0,822 0,138 0,494 0,822 0,321 0,494 0,822 0,127

70 7.249 0,342 0,568 0,149 0,342 0,568 0,202 0,342 0,568 0,132 0,342 0,568 0,309 0,342 0,568 0,121

95 6.366 0,247 0,411 0,143 0,247 0,411 0,195 0,247 0,411 0,125 0,247 0,411 0,296 0,247 0,411 0,115

120 5.816 0,196 0,325 0,139 0,196 0,325 0,191 0,196 0,325 0,121 0,196 0,325 0,287 0,197 0,325 0,111

150 5.386 0,160 0,265 0,136 0,159 0,265 0,188 0,160 0,265 0,118 0,159 0,265 0,280 0,160 0,265 0,108

185 4.936 0,129 0,211 0,132 0,128 0,211 0,184 0,129 0,211 0,115 0,127 0,211 0,272 0,129 0,211 0,105

240 5.038 0,099 0,162 0,131 0,098 0,161 0,183 0,099 0,162 0,113 0,097 0,161 0,261 0,100 0,162 0,104

300 4.560 0,080 0,130 0,127 0,079 0,129 0,180 0,080 0,130 0,110 0,078 0,129 0,252 0,082 0,130 0,101

400 4.150 0,065 0,102 0,125 0,063 0,101 0,177 0,065 0,102 0,107 0,062 0,101 0,244 0,066 0,103 0,099

500 3.693 0,053 0,081 0,121 0,050 0,079 0,174 0,053 0,081 0,104 0,049 0,079 0,234 0,055 0,081 0,096

630 3.279 0,044 0,064 0,118 0,040 0,063 0,170 0,044 0,064 0,101 0,039 0,062 0,223 0,046 0,065 0,093

Nota 1: Os valores tabelados de Rca e XL referem-se a circuitos onde as blindagens são aterradas em apenas um ponto, sendo válidos para qualquer
seção de blindagem.
Caso as blindagens sejam aterradas em dois ou mais pontos, situação mais comum nos sistemas de média tensão, esses valores devem ser corrigidos
para que levem em conta a circulação de corrente nas blindagens bem como a seção da blindagem. Para tanto, proceder conforme indicado em 8.1.3.
Nota 2: No capítulo 5 - RESISTENCIA ELÉTRICA DO CONDUTOR encontram-se tabelados os valores de resistência elétrica dos condutores à corrente
contínua a 20°C e como corrigi-los para uma outra temperatura.
Nota 3: Valores válidos para todos os tipos de instalação, exceto quando instalados em eletroduto ferromagnético.

Guia de dimensionamento de cabos para Média Tensão_V2_2022 54 | 69


Tabela 9.16 Parâmetros Elétricos – 90°C- Tensão 12/20 kV

Condutor de Cobre ou Alumínio


Cabo Afumex Compact
Frequência: 60 Hz
Tensão 12/20 kV
Unipolar Tripolar

Xc

Seção nominal
(mm²)
s=D s = 2D Trifólio

Rca Rca Rca Rca Rca


EPR XL XL XL XL XL
Cobre Alumínio Cobre Alumínio Cobre Alumínio Cobre Alumínio Cobre Alumínio

(Ω.km) (Ω/km)

16 16.895 1,466 2,449 0,201 1,466 2,449 0,254 1,466 2,449 0,184 1,466 2,449 0,363 1,466 2,449 0,173

25 13.953 0,927 1,539 0,185 0,927 1,539 0,237 0,927 1,539 0,167 0,927 1,539 0,345 0,927 1,539 0,156

35 11.339 0,668 1,113 0,172 0,668 1,113 0,224 0,668 1,113 0,154 0,668 1,113 0,334 0,668 1,113 0,143

50 10.122 0,494 0,822 0,163 0,494 0,822 0,216 0,494 0,822 0,146 0,494 0,822 0,321 0,494 0,822 0,135

70 9.081 0,342 0,568 0,156 0,342 0,568 0,209 0,342 0,568 0,139 0,342 0,568 0,309 0,342 0,568 0,129

95 8.025 0,247 0,411 0,149 0,247 0,411 0,202 0,247 0,411 0,132 0,247 0,411 0,296 0,247 0,411 0,122

120 7.363 0,196 0,325 0,145 0,196 0,325 0,197 0,196 0,325 0,128 0,196 0,325 0,287 0,197 0,325 0,118

150 6.840 0,160 0,265 0,141 0,159 0,265 0,194 0,160 0,265 0,124 0,159 0,265 0,280 0,160 0,265 0,115

185 6.292 0,128 0,211 0,138 0,128 0,211 0,190 0,128 0,211 0,120 0,127 0,211 0,272 0,129 0,211 0,111

240 6.226 0,099 0,162 0,136 0,098 0,161 0,188 0,099 0,162 0,118 0,097 0,161 0,261 0,100 0,162 0,110

300 5.654 0,080 0,130 0,132 0,079 0,129 0,184 0,080 0,130 0,115 0,078 0,129 0,252 0,081 0,130 0,106

400 5.160 0,065 0,102 0,129 0,063 0,101 0,181 0,065 0,102 0,111 0,062 0,101 0,244 0,066 0,102 0,103

500 4.608 0,053 0,081 0,125 0,050 0,079 0,177 0,053 0,081 0,108 0,049 0,079 0,234 0,054 0,081 0,100

630 4.103 0,044 0,064 0,122 0,040 0,063 0,174 0,044 0,064 0,104 0,039 0,062 0,223 0,045 0,065 0,097

Nota 1: Os valores tabelados de Rca e XL referem-se a circuitos onde as blindagens são aterradas em apenas um ponto, sendo válidos para qualquer
seção de blindagem.
Caso as blindagens sejam aterradas em dois ou mais pontos, situação mais comum nos sistemas de média tensão, esses valores devem ser corrigidos
para que levem em conta a circulação de corrente nas blindagens bem como a seção da blindagem. Para tanto, proceder conforme indicado em 8.1.3.
Nota 2: No capítulo 5 - RESISTENCIA ELÉTRICA DO CONDUTOR encontram-se tabelados os valores de resistência elétrica dos condutores à corrente
contínua a 20°C e como corrigi-los para uma outra temperatura.
Nota 3: Valores válidos para todos os tipos de instalação, exceto quando instalados em eletroduto ferromagnético.

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Tabela 9.17 Parâmetros Elétricos – 90°C- Tensão 15/25 kV

Condutor de Cobre ou Alumínio


Cabo Afumex Compact
Frequência: 60 Hz
Tensão 15/25 kV
Unipolar Tripolar

Xc

Seção nominal
(mm²)
s=D s = 2D Trifólio

Rca Rca Rca Rca Rca


EPR XL XL XL XL XL
Cobre Alumínio Cobre Alumínio Cobre Alumínio Cobre Alumínio Cobre Alumínio

(Ω.km) (Ω/km)

35 15.271 0,668 1,113 0,187 0,668 1,113 0,239 0,668 1,113 0,170 0,668 1,113 0,334 0,668 1,113 0,160

50 12.709 0,494 0,822 0,174 0,494 0,822 0,226 0,494 0,822 0,156 0,494 0,822 0,321 0,494 0,822 0,146

70 11.484 0,342 0,568 0,166 0,342 0,568 0,218 0,342 0,568 0,149 0,342 0,568 0,309 0,342 0,568 0,139

95 10.229 0,247 0,411 0,158 0,247 0,411 0,211 0,247 0,411 0,141 0,247 0,411 0,296 0,247 0,411 0,132

120 9.433 0,196 0,325 0,153 0,196 0,325 0,206 0,196 0,325 0,136 0,196 0,325 0,287 0,196 0,325 0,127

150 8.799 0,160 0,265 0,150 0,159 0,265 0,202 0,160 0,265 0,132 0,159 0,265 0,280 0,160 0,265 0,123

185 8.130 0,128 0,211 0,145 0,128 0,211 0,198 0,128 0,211 0,128 0,127 0,211 0,272 0,129 0,211 0,119

240 6.788 0,099 0,162 0,138 0,098 0,161 0,190 0,099 0,162 0,121 0,097 0,161 0,261 0,099 0,162 0,112

300 6.174 0,080 0,130 0,134 0,079 0,129 0,187 0,080 0,130 0,117 0,078 0,129 0,252 0,081 0,130 0,108

400 5.643 0,064 0,102 0,131 0,062 0,101 0,183 0,064 0,102 0,113 0,062 0,101 0,244 0,065 0,102 0,105

500 5.047 0,052 0,081 0,127 0,050 0,079 0,179 0,052 0,081 0,110 0,049 0,079 0,234 0,054 0,081 0,102

630 4.500 0,043 0,064 0,124 0,040 0,063 0,176 0,043 0,064 0,106 0,039 0,062 0,223 0,045 0,065 0,098

Nota 1: Os valores tabelados de Rca e XL referem-se a circuitos onde as blindagens são aterradas em apenas um ponto, sendo válidos para qualquer
seção de blindagem.
Caso as blindagens sejam aterradas em dois ou mais pontos, situação mais comum nos sistemas de média tensão, esses valores devem ser corrigidos
para que levem em conta a circulação de corrente nas blindagens bem como a seção da blindagem. Para tanto, proceder conforme indicado em 8.1.3.

Nota 2: No capítulo 5 - RESISTENCIA ELÉTRICA DO CONDUTOR encontram-se tabelados os valores de resistência elétrica dos condutores à corrente
contínua a 20°C e como corrigi-los para uma outra temperatura.

Nota 3: Valores válidos para todos os tipos de instalação, exceto quando instalados em eletroduto ferromagnético.

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Tabela 9.18 Parâmetros Elétricos – 90°C- Tensão 20/35 kV

Condutor de Cobre ou Alumínio


Cabo Afumex Compact
Frequência: 60 Hz
Tensão 20/35 kV
Unipolar Tripolar

Xc

Seção nominal
(mm²)
s=D s = 2D Trifólio

Rca Rca Rca Rca Rca


EPR XL XL XL XL XL
Cobre Alumínio Cobre Alumínio Cobre Alumínio Cobre Alumínio Cobre Alumínio

(Ω.km) (Ω/km)

50 16.513 0,494 0,822 0,189 0,494 0,822 0,241 0,494 0,822 0,172 0,494 0,822 0,321 0,494 0,822 0,163

70 14.212 0,342 0,568 0,177 0,342 0,568 0,229 0,342 0,568 0,160 0,342 0,568 0,309 0,342 0,568 0,151

95 12.761 0,247 0,411 0,169 0,247 0,411 0,221 0,247 0,411 0,151 0,247 0,411 0,296 0,247 0,411 0,143

120 11.831 0,196 0,325 0,163 0,196 0,325 0,216 0,196 0,325 0,146 0,196 0,325 0,287 0,196 0,325 0,137

150 11.085 0,159 0,265 0,159 0,159 0,265 0,211 0,159 0,265 0,142 0,159 0,265 0,280 0,160 0,265 0,133

185 9.247 0,128 0,211 0,150 0,127 0,211 0,202 0,128 0,211 0,133 0,127 0,211 0,272 0,128 0,211 0,124

240 8.365 0,099 0,161 0,145 0,098 0,161 0,197 0,099 0,161 0,127 0,097 0,161 0,261 0,099 0,162 0,119

300 7.640 0,080 0,130 0,140 0,079 0,129 0,193 0,080 0,130 0,123 0,078 0,129 0,252 0,080 0,130 0,115

400 7.008 0,064 0,102 0,137 0,062 0,101 0,189 0,064 0,102 0,119 0,062 0,101 0,244 0,065 0,102 0,111

500 6.294 0,052 0,080 0,132 0,050 0,079 0,185 0,052 0,080 0,115 0,049 0,079 0,234 0,053 0,081 0,107

630 5.635 0,043 0,064 0,128 0,040 0,062 0,181 0,043 0,064 0,111 0,039 0,062 0,223 0,044 0,064 0,104

Nota 1: Os valores tabelados de Rca e XL referem-se a circuitos onde as blindagens são aterradas em apenas um ponto, sendo válidos para qualquer
seção de blindagem.
Caso as blindagens sejam aterradas em dois ou mais pontos, situação mais comum nos sistemas de média tensão, esses valores devem ser corrigidos
para que levem em conta a circulação de corrente nas blindagens bem como a seção da blindagem. Para tanto, proceder conforme indicado em 8.1.3.
Nota 2: No capítulo 5 - RESISTENCIA ELÉTRICA DO CONDUTOR encontram-se tabelados os valores de resistência elétrica dos condutores à corrente
contínua a 20°C e como corrigi-los para uma outra temperatura.

Nota 3: Valores válidos para todos os tipos de instalação, exceto quando instalados em eletroduto ferromagnético.

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10. BLINDAGEM
Blindar um cabo elétrico de potência é a forma de confinar o campo elétrico à isolação do condutor. Isso é realizado utilizando-se uma
camada semicondutora sobre o condutor em conjunto com a blindagem da isolação a qual é constituída por uma camada semicondutora e outra
condutora não magnética.

10.1. FUNÇÕES DA BLINDAGEM

10.1.1. Camada semicondutora do condutor


A camada semicondutora do condutor – blindagem do condutor - é empregada com a finalidade de torná-lo o mais que possível um cilindro
perfeito, do ponto de vista elétrico, preenchendo os vazios entre os fios constituinte do condutor e entre o condutor e a isolação, evitando o
excessivo e disforme campo elétrico que se formaria nesses locais. Para ser eficiente essa camada semicondutora deve aderir e/ou estar sempre
em íntimo contato com a isolação, em qualquer condição.

10.1.2. Blindagem da Isolação


A blindagem da isolação tem inúmeras funções:
a) confinar o campo elétrico dentro do cabo;
b) permitir distribuição radial simétrica do campo elétrico na isolação, eliminando as componentes tangencial e longitudinal do mesmo,
minimizando a possibilidade de descargas superficiais;
c) proteger o cabo conectado a linhas aéreas e/ou sujeito a altos potenciais induzidos;
d) reduzir o risco de choque caso a blindagem esteja aterrada, do contrário o risco de choque pode aumentar;
e) conduzir as correntes de sequência zero no caso de curto-circuito.

10.2. UTILIZAÇÃO DA BLINDAGEM DA ISOLAÇÃO


A utilização da blindagem envolve considerações de instalação e operação do cabo. Não existem regras definitivas válidas sempre. Deve-
se levar em conta que:
a) regra geral, cabos isolados de potência para média tensão (MT) devem ser blindados;
b) utiliza-se cabo de MT não blindado onde o aterramento da blindagem não pode ser feito adequadamente e/ou o espaço existente não
é suficiente para montar os terminais (cone defletor, saias etc.). São aplicações especiais, normalmente ligações de pequena distância
por exemplo: motores, geradores em usinas, locomotivas, navios, by-pass em linhas aéreas, algumas ligações temporárias;
c) onde não existe cobertura metálica ou blindagem sobre a isolação o campo elétrico estará parcialmente na isolação e parcialmente
fora dela e se for suficientemente intenso poderá gerar descargas superficiais convertendo o oxigênio do ar atmosférico em ozônio, o
qual ataca e destrói vários materiais normalmente utilizados como isolação e cobertura;
d) danos em cabos não blindados também podem ocorrer quando a superfície do cabo estiver úmida ou com fulig em ou qualquer outro
material condutor e o campo elétrico externo estiver parcialmente confinado nessa camada condutora, de forma que a corrente
espúria que irá circular encontre um ponto onde será descarregada para a terra. Dependendo da intensidade dessa corrente nos
pontos de descarga pode ocorrer a queima de isolação e/ou cobertura;
e) instalações com cabos não blindados expostas ou não, principalmente se existirem vários circuitos, haverá um grande risco de choque
e estes cabos devem ser manuseados sob carga apenas por pessoal devidamente treinado e com equipamentos adequados.

10.3. ATERRAMENTO DA BLINDAGEM DA ISOLAÇÃO


a) a blindagem da isolação deve ser aterrada sempre em pelo menos um ponto e, preferencialmente, em dois ou mais pontos. É
recomendado que a blindagem seja aterrada em ambas as extremidades (nos terminais) e também em cada emenda. A blindagem
deve sempre ser “terminada” através de cone defletor;
b) a blindagem da isolação deve operar no potencial de terra, ou o mais próximo possível dele, durante todo o tempo. Multiaterrar as
blindagens é aconselhável a fim de aumentar a confiabilidade e segurança do circuito. Blindagens mal aterradas, descontinuas ou com
as terminações não adequadas podem apresentar mais riscos do que cabos não blindados;
c) em sistemas de corrente alternada, CA, aterrar as blindagens em mais de um ponto implica em corrente induzida circulante nas
mesmas com valores perfeitamente compatíveis com as construções utilizadas. Esse fato faz com que a ampacidade do cabo diminua
um pouco (mais uma fonte de calor). Por outro lado, o aterramento das blindagens em um só ponto não diminui a ampacidade do
cabo, mas na(s) ponta(s) em aberto aparecerá uma tensão induzida (ver em 10.6) que dependendo do comprimento do circuito,
disposição dos cabos bem como da corrente de fase poderá ser extremamente desaconselhável ao próprio cabo como às pessoas,
principalmente sob curto-circuito. Na alta tensão, AT (embora na MT o princípio seja o mesmo, porém quase não é utilizado por vários
motivos) onde muitas vezes deve-se explorar ao máximo a ampacidade de determinado circuito, utilizam-se sistemas especiais de

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aterramento que no fundo buscam anular a corrente circulante nas blindagens/capas metálicas e, ao mesmo tempo, proteger o cab o
e as pessoas das tensões induzidas – por exemplo, o cross bonding e single point bonding.

10.4. MATERIAIS DA BLINDAGEM


Dois tipos distintos de materiais são empregados na construção das blindagens dos cabos.
a) as blindagens não metálicas – semicondutoras – podem consistir de fitas semicondutoras ou camadas extrudadas de material
semicondutor. Nos cabos MT a blindagem semicondutora da isolação quando aplicada por extrusão deve poder ser removida a frio.
b) a parte metálica da blindagem da isolação deve ser não magnética e consistir de fita, trança, camada concêntrica de fios ou uma capa.

10.5. EMENDAS E TERMINAIS


Para prevenir corrente de fuga excessiva e descargas indesejáveis e prejudiciais, as partes não metálicas e metálicas da blindagem da
isolação, inclusive resíduos semicondutores sobre a superfície da isolação, devem ser completamente removidos quando da mo ntagem de
emendas e terminais.

10.6. TENSÃO INDUZIDA NA BLINDAGEM DA ISOLAÇÃO ATERRADA EM UM SÓ PONTO


O aterramento das blindagens metálicas da isolação de um circuito em CA em um só ponto implica no aparecimento de tensão induzida
na(s) ponta(s) não aterrada(s).
O valor dessa tensão pode ser calculado, para operação normal do sistema - correntes balanceadas defasadas de 120° - conforme indicado
abaixo.

10.6.1. Três cabos em qualquer configuração geométrica

1 2
2 𝑆12 √3 2 . 𝑆13
𝐸1 = 𝑗. 𝜔. 𝐼. 2. 10−7 . (− . 𝑙𝑛 . + 𝑗. . 𝑙𝑛 ) [V/m]
2 𝑑 𝑆13 2 𝑑
1 4 . 𝑆12 . 𝑆23 √3 𝑆
𝐸2 = 𝑗. 𝜔. 𝐼. 2. 10−7 . ( . 𝑙𝑛 + 𝑗. . 𝑙𝑛 23 ) [V/m]
[10.1]
2 𝑑2 2 𝑆12

−7 2 𝑆 223
1 √3 2.𝑆
𝐸3 = 𝑗. 𝜔. 𝐼. 2. 10 . (− . 𝑙𝑛 . − 𝑗. . 𝑙𝑛 13) [V/m]
2 𝑑 𝑆13 2 𝑑

Onde,
d = diâmetro médio da blindagem metálica (m)
S12 = distância axial entre fases 1 e 2 (m)
S23 = distância axial entre fases 2 e 3 (m)
S13 = distância axial entre fases 1 e 3 (m)
I = corrente no condutor (Ampères, valor eficaz)
 = frequência angular do sistema

10.6.2. Três cabos na configuração trifólio ou trifólio aberto (equilateral)


Para cabos nessas configurações (S12 = S23 = S13 = S) e as equações acima reduzem a:

1 √3 2. 𝑆
𝐸1 = 𝑗. 𝜔. 𝐼. 2. 10−7 . (− + 𝑗 ) 𝑙𝑛 [V/m]
[10.2]
2 2 𝑑

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2. 𝑆
𝐸2 = 𝑗. 𝜔. 𝐼. 2. 10−7 . 𝑙𝑛 [V/m]
𝑑
1 √3 2. 𝑆
𝐸3 = 𝑗. 𝜔. 𝐼. 2. 10−7 . (− − 𝑗 ) 𝑙𝑛 [V/m]
2 2 𝑑

As expressões entre parênteses indicam que as fases 1 e 3 têm uma defasagem de 120° em relação à fase 2. Os módulos das tensões são
iguais nas três fases.

10.6.3. Três cabos em configuração plana


Para cabos na formação plana (S12 = S23 = 0,5 . S13) e as equações acima reduzem a:

1 𝑆 √3 4. 𝑆
𝐸1 = 𝑗. 𝜔. 𝐼. 2. 10−7 . (− 𝑙𝑛 + 𝑗 𝑙𝑛 ) [V/m]
2 𝑑 2 𝑑
2. 𝑆
𝐸2 = 𝑗. 𝜔. 𝐼. 2. 10−7 . 𝑙𝑛 [V/m]
𝑑 [10.3]

1 𝑆 √3 4. 𝑆
𝐸3 = 𝑗. 𝜔. 𝐼. 2. 10−7 . (− 𝑙𝑛 − 𝑗 𝑙𝑛 ) [V/m]
2 𝑑 2 𝑑

Nesse caso as tensões induzidas são maiores nos cabos externos do que no central.

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10.6.4. Fórmulas simplificas para cálculo das tensões induzidas nas blindagens metálicas
Para as configurações mais normalmente utilizadas o módulo das tensões induzidas pode ser calculado como segue.

Configuração dos Cabos Tensão Induzida na Blindagem [V/m]

Equilateral (trifólio aberto ou fechado)

Fases 1, 2 e 3:

𝐸1 = 𝐸2 = 𝐸3 = 𝐼. 𝑋𝑏

Plano Fases 1 e 3:

𝐼. √3. (𝑋𝑏 + 𝐴)2 + (𝑋𝑏 − 𝐴)2


𝐸1 = 𝐸3 =
2

Fase 2:

𝐸2 = 𝐼. 𝑋𝑏

Retangular Fases 1 e 3:

𝐴 2 𝐴 2
𝐼. √3. (𝑋𝑏 + ) + (𝑋𝑏 − )
2 2
𝐸1 = 𝐸3 =
2

Fase 2:

𝐸2 = 𝐼. 𝑋𝑏

Sendo:
I = corrente no condutor [A], valor eficaz.
2. 𝑆
𝑋𝑏 = 𝜔. 2. 10−7 . 𝑙𝑛 [/m]
𝑑

d = diâmetro médio da blindagem metálica [m]


S = distância axial entre fases adjacentes, conforme indicado nos desenhos [m]

 = frequência angular do sistema


A = 𝜔. 2. 10−7. ln(2) [/m]

10.6.5. Limites para as tensões induzidas na blindagem metálica em regime normal de operação
do sistema
Não existem limites internacionais bem definidos para as tensões induzidas nas blindagens para aterramentos especiais.
No Brasil a norma ABNT NBR 14039:2021, tabela 22, admite 25/50V – áreas internas/áreas externas – como tensões máximas de contato
em metais expostos (caso das pontas não aterradas das blindagens).

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Em alguns países admite-se 80 - 100V para cabos enterrados e blindagens com as pontas “em aberto” devidamente protegidas, evitando
o contato das mãos com as blindagens ou equipamento metálico em contato com elas.
Durante operações de manutenção com os cabos em serviço os trabalhadores devem estar eletricamente isolados e o contato deve ser
com apenas um cabo/blindagem por vez.

10.6.6. Tensões induzidas na blindagem metálica sob curto-circuito


No caso de curto-circuito as tensões induzidas nas blindagens atingem valores muito maiores daqueles em operação normal.
Se um curto-circuito trifásico simétrico ocorre o formulário apresentado acima para operação normal ainda é válido. No entanto, o valor
elevado da corrente causa tensões induzidas muito grandes nas extremidades “em aberto” das blindagens. Por exemplo: se a corrente de curto-
circuito for de 30 a 50 vezes maior que a corrente nominal a tensão induzida pode atingir valores entre 3 a 4kV.
A situação pode ser ainda pior sob curto-circuito assimétrico como fase-fase ou fase-terra. Nesses casos o formulário acima não é válido.

11. UTILIZAÇÃO DE MAIS DE UM CABO POR FASE EM PARALELO


No dimensionamento térmico de cabos isolados unipolares para a transmissão de potência em corrente alternada, um aspecto importante
que deve ser analisado diz respeito ao arranjo físico dos cabos no caso de mais de um cabo por fase. A corrente de fase pode não se repartir
igualmente entre os condutores dos cabos, chegando a valores muito desiguais se estiverem em posições desfavoráveis.
No caso de cabos blindados, como os de média e alta tensão, caso as blindagens estejam aterradas em mais de um ponto (multiat erradas)
as correntes induzidas circulantes nas mesmas também ficarão bastante diferentes, aumentando ainda mais as perdas de potência e,
consequentemente, diminuindo a ampacidade dos cabos.
Essa desigualdade de correntes deve-se ao fato de que uma grande parte da impedância dos cabos - quanto maior for a seção do condutor
– provem de suas reatâncias própria e mútuas. Assim, o distanciamento e a posição de cada cabo em relação aos demais têm efeito relevante
sobre a repartição de correntes.
Normalmente os cabos são dimensionados para transportarem a corrente nominal do sistema, às vezes com uma certa folga. Mas se o
desequilíbrio for grande pode ocorrer que alguns operem com correntes muito acima da máxima admissível (e outros bem abaixo), pondo em
risco sua vida útil, como também de todo o sistema, dependendo das condições de instalação.
Quando vários cabos forem conectados em paralelo por fase, eles devem ser do mesmo tipo, mesma seção e de comprimentos iguais.
A impedância é composta pela resistência e reatância indutiva (própria e mútua). Para todos os condutores de uma mesma fase as
resistências são praticamente iguais, uma vez que o material do condutor e a seção normalmente são iguais como também o comprimento. As
reatâncias próprias também são iguais, pois só dependem da construção dos cabos. A reatância mútua, no entanto, depende da posição relativa
dos cabos e das distancias entre eles. Na determinação da reatância mútua de cada elemento, condutor ou blindagem, são consideradas as
influências de todos os demais elementos.

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Por exemplo, sistema trifásico com três condutores por fase.

Figura 11.3

Sendo:
Rca = resistência
XP = reatância indutiva própria
XM1, XM2, XM3 = reatâncias indutivas mútuas
iA = iA1 + iA2 + iA3
iblA1, iblA2, iblA3 = correntes nas blindagens
Se XM1 = XM2 = XM3, então iA1 = iA2 = iA3

Para que as correntes nos condutores de mesma fase sejam iguais ou próximas, as reatâncias (indutâncias) mútuas devem ser iguais ou
parecidas.
Uma forma de se conseguir isso é agrupando os cabos, com o número de grupos igual ao número de cabos por fase e cada grupo deve conter
um cabo de cada fase
Quando se utilizam cabos multipolares, pelo fato dos condutores do cabo já estarem agrupados, basta fazer com que cada cabo contenha
um condutor de cada fase, para que a diferença de correntes entre os condutores de mesma fase fique dentro do aceitável, sem qualquer prejuízo
ao cabo nem ao sistema.
Com os cabos unipolares existem mais opções. Pode-se agrupá-los de forma semelhante aos tripolares, quer dizer em trifólio ou em plano
de forma contígua, ou não.
A utilização de cabos unipolares permite instalá-los separados uns dos outros, termicamente mais desacoplados, aumentando sua
capacidade de condução de corrente. Para que isso possa ser feito sem que haja desequilíbrios significativos nas correntes dos cabos, nem
aumento considerável das perdas nas blindagens caso elas estejam multiaterradas, seguem algumas recomendações de disposições.
Genericamente pode-se dizer que existe igual repartição de correntes entre os cabos de uma mesma fase, qualquer que seja o número deles,
se os mesmos resultarem dispostos em posição simétrica com relação a um ponto central fictício da disposição geométrica do arranjo dos cabos.

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Exemplos:
a) Todos os cabos do sistema estiverem localizados nos vértices de um polígono regular, cujo número de lados é igual ao número t otal
de condutores;

Figura 11.2 - Dois cabos por fase

b) Todos os cabos estiverem localizados nos vértices de três polígonos regulares concêntricos (um para cada fase) de raios de
circunferências envolventes diferentes. O número de lados é o mesmo para os três polígonos, sendo igual ao número de cabos por
fase. Para dois cabos por fase o polígono degenera-se, resultando em disposição muito conhecida. e utilizada.

Figura 11.3 - Três cabos por fase Figura 11.4 - Dois cabos por fase

As sugestões de a) e b) por razões de ordem prática não são utilizadas (exceto aquela com dois cabos por fase do item b), embora as do item
a) sejam mais factíveis – em banco de dutos, por exemplo.
Alguns exemplos de arranjo de sistemas trifásicos contendo vários cabos unipolares por fase (fases 1, 2, 3). A disposição em trifólio, com as
três fases em cada um, é sempre aceitável.

Figura 11.5

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12. INSTALAÇÃO DOS CABOS
A instalação dos cabos deve seguir as prescrições estabelecidas nos itens 6.2.10 e 6.2.11 da norma ABNT NBR 14039:2021.

12.1. RAIO MÍNIMO DE CURVATURA


Os raios mínimos de curvatura para instalação fixa aqui recomendados estão conforme a norma ABNT NBR 9511:2019.
Todos os cabos constantes deste Guia possuem construção com blindagem metálica constituída por coroa de fios de cobre e não são
armados.
A norma ABNT NBR 9511:2019 estabelece que o raio mínimo de curvatura, exceto para cabos que contenham capa metálica de alumínio,
é de 12 X  ext, seja o cabo blindado com fios ou fita, não armado ou armado e de qualquer diâmetro externo ( ext) .
Nota 1: O raio mínimo de curvatura indicado refere-se às curvaturas para instalação permanente dos cabos.
Nota 2: Se durante a instalação os cabos estiverem sujeitos a tensionamento em percursos compreendendo curvaturas (passagem em condut os,
equipamentos de auxílio ao puxamento etc.) são recomendados raios de curvatura superiores.
Nota 3: O raio de curvatura indicado refere-se à superfície interna do cabo e não ao seu eixo.

ext

Rmc = 12 x ext
[12.1]

Figura 12.4

Sendo:
Rmc = Raio mínimo de curvatura

Tabela 12.1. Exemplos de instalação considerando o raio de curvatura.

Curva de 90° Curva de 180° Curva de 360°

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12.2. INSTALAÇÃO EM ELETRODUTOS

12.2.1. Taxa de ocupação do eletroduto


Para que os cabos possam ser inseridos e retirados facilmente do eletroduto a norma ABNT NBR 14039:2021 indica que a taxa máxima de
ocupação do mesmo, esteja enterrado ou não enterrado, em relação à área da seção transversal do(s) cabo(s) não seja superior a:
- 40% no caso de um cabo, ou:

[12.2]
D = 1,581 . d
- 30% no caso de dois ou mais cabos, ou:

[12.3]
D = 1,826 . d . √número de cabos

Sendo
D = diâmetro interno do duto
d = diâmetro externo do cabo

12.2.2. Acomodação dos cabos no eletroduto


Vários fatores mecânicos influenciam na acomodação dos cabos no interior do eletroduto: taxa de ocupação, peso dos cabos, espaçamento
entre cabo(s) e eletroduto, coeficiente de atrito, tração e forma de puxamento dos cabos, relação entre diâmetro interno do duto (D) e diâmetro
do cabo (d) de forma a evitar travamento com provável esmagamento durante o puxamento (“jamming”).
A configuração dos cabos no eletroduto é definida pela relação D/d entre o diâmetro interno do eletroduto (D) e o diâmetro externo de
um dos cabos no eletroduto (d).
A figura abaixo mostra algumas configurações.

Um Cabo Dois Cabo Três Cabos Três Cabos

Triangular “Cradled”

Figura 12.2

A configuração “cradled” ocorre quando a relação D/d é ≥ 2,5 e os cabos são puxados simultaneamente em paralelo de bobinas individuais.
A configuração triangular ocorre quando a relação D/d é < 2,5 e os cabos são puxados simultaneamente em paralelo de bobinas individuais,
ou estão pré-reunidos em formato triplexado, ou são amarrados numa configuração triangular.
Quando três cabos são simultaneamente puxados, dependendo da relação D/d, pode ocorrer que os três se acomodem lado a lado no
eletroduto, causando um travamento do puxamento com consequente esmagamento e danos aos cabos, fato conhecido como “jamming” ou
“sandwich”. Isso usualmente ocorre no puxamento com curvas e/ou quando há troca de posição dos cabos durante o lançamento.
No projeto de novas linhas de eletrodutos as taxas de ocupação indicadas acima devem ser utilizadas, as quais garantem eletrodutos com
diâmetros suficientemente grandes para permitir a instalação, no futuro, de cabos com maiores seções do que aqueles inicialmente requeridos.
Utilizando-se as taxas de ocupação indicadas acima, recomendadas pela norma ABNT NBR 14039:2021, no caso de três cabos no
eletroduto, eles se acomodarão na configuração “cradled”, sendo também impossível ocorrer o “jamming”.

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12.2.3. Eletrodutos já existentes
Quando novos cabos devem ser instalados em eletrodutos já existentes, cujos diâmetros não permitem praticar as taxas de ocupaç ão
indicadas, usualmente torna-se necessário determinar a máxima seção que pode ser instalada sem prejuízo para o cabo. Excepcionalmente
nesses casos para instalações de um só cabo por eletroduto pode ser admitida uma taxa de ocupação de até 60%, para dois cabos até 35% e para
três cabos até 50%.

No caso de três cabos por eletroduto, com as taxas de ocupação maiores, a relação D/d deve ser verificada:

Relação D/d Observação


>3,1 o ‘jamming” é impossível (valor improvável de ser encontrado, uma vez que as taxas de ocupação são elevadas);
é provável que ocorra “jamming”. Nesse caso utilizar cabos triplexados ou amarrá-los na configuração triangular e
De 2,7 a 3,1
mantê-los assim durante a instalação.
De 2,4 a 2,7 é possível que ocorra “jamming”;
é impossível, porém o espaçamento entre cabo e duto “e” deve ser verificado (ver figura 12.2, configuração
triangular). Espaçamento entre 12 e 20mm é usual e pode ser calculado pela fórmula 12.4:

2
𝐷 (𝐷 − 𝑑) 𝑑 [12.4]
𝑒= − 1,366𝑑 + √1 − ( )
2 2 𝐷−𝑑
<2,4
Sendo:
e = espaçamento entre cabo e eletroduto na configuração triangular (ver figura 12.2) em [mm]
d = diâmetro externo do cabo em [mm]
D = diâmetro interno do eletroduto em [mm]

12.3. FORÇAS MÁXIMAS DE PUXAMENTO

A força de puxamento utilizada na instalação de cabos (bandeja, eletroduto, vala etc.), deve sempre ser mantida no nível mais baixo
possível para evitar danos nos cabos. Isso pode ser conseguido quando seguidas as recomendações da norma ABNT NBR 14039:2021 em 6.2.10
e 6.2.11, evitando, por exemplo, trechos com longos comprimentos e várias curvas, número excessivo de mudanças de elevação, dimensões
inadequadas de eletrodutos etc.
As forças máximas de puxamento indicadas abaixo não devem ser excedidas quando os cabos são puxados conforme o método indicado:

c) Através do condutor (olhal de puxamento) – Valor máximo calculado conforme a fórmula:

𝐹𝑚𝑎𝑥 = 𝑇𝐶𝑚𝑎𝑥 𝑥 𝑆𝐶 𝑥 𝑁 [12.5]

Onde,
𝐹𝑚𝑎𝑥 = força máxima a ser aplicada, N
𝑇𝐶𝑚𝑎𝑥 = tensão máxima de puxamento no condutor (valor constante)
40 N/mm2, para cobre
30 N/mm2, para alumínio
SC = Seção do condutor, mm2
N = número de condutores do cabo ou no caso de cabos unipolares, o número de cabos que serão puxados simultaneamente.

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d) Através da cobertura (camisa de puxamento)
Recomenda-se não exceder a força de 5.000N ou 500kgf

Figura 12.3 - Camisas de puxamento

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