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Volume 3
Electrónica Básica
Volume 3
FORMAÇÃO PROFISSIONAL – NÍVEL 2 - ELECTRÓNICA BÁSICA – VOLUME 3
ÍNDICE GERAL
Secção Página
FICHA TÉCNICA
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Revisão Alexis Bedoya, Carlos Freire, Ivan Bié, António Lourenço Cuamba.
Local Inhambane
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SECÇÃO 3.2
PREPARAR TODAS AS FERRAMENTAS E INSTRUMENTOS NECESSÁRIOS PARA
EXECUTAR O TRABALHO DE ELECTRÓNICA BÁSICA
4 MULTÍMETRO 38
SECÇÃO 3.3
EXECUTAR TRABALHOS COM COMPONENTES ELECTRÓNICOS DE ACORDO COM
DIAGRAMAS E INSTRUÇÕES
NOTAS
Formação Profissional
Electricista Instalador - Nível 2
Secção 3.1
NOTAS
Legenda:
A: Chave
B: Pilha
C: Bateria
D: Fusível
E: Circuito integrado
F: Altifalante
G: Terra ou Massa
No desenho abaixo a resistência é oferecida pelos átomos do cobre, porém este material,
devido à sua baixa resistência, é chamado de condutor. Os materiais de resistência média
são conhecidos como semicondutores e os materiais de alta resistência são isolantes.
Através dela é possível saber o valor da corrente que circula por uma resistência:
Formula Unidades
I=
U
A = V
R
R=
U
= V
I A
Por exemplo, se uma resistência de R =10 é ligado numa fonte de tensão de U = 6V , a
corrente que passará por ele será:
U 6V
I = = = 0,6 A
R 10
É o caminho completo para a circulação de corrente eléctrica. Abaixo vemos um circuito
simples formado por uma bateria ligada num LED e uma resistência:
Corrente contínua (CC ou DC) – Mantém sempre o mesmo valor e o sentido, sendo
representada por uma linha recta. É produzida por tensão contínua de pilhas, baterias e
fontes de alimentação.
Frequência – É a quantidade de vezes que a C.A. muda de valor e de sentido por segundo. É
medida em HERTZ (Hz). A frequência da rede eléctrica em Moçambique é de 50 Hz.
Para saber a potência eléctrica de um aparelho electrónico basta multiplicar a tensão que
ele funciona pela corrente eléctrica que passa pelo mesmo:
Formula Unidades
P =U I W = V A
U=
P
V = W
I A
Para calcular a corrente:
Formula Unidades
I=
P
A = W
U V
Por exemplo, se uma resistência de R = 10 é ligado numa fonte de tensão de U = 6V , a
potência da resistência:
U 6V
I= = = 0,6 A
R 10
P = U I = 6V 0,6 A = 3,6W
Por exemplo: Um ferro de solda de 60 W gasta mais energia eléctrica que um de 30 W. Logo
o ferro de 60 W aquece bem mais que o de 30 W.
2.2. Resistência
Ele é utilizado de diversas maneiras, podendo operar como limitador de corrente, associado
para gerar um divisor de tensão.
As resistências são feitas de materiais de maus condutores tais como grafite, níquel-cromo e
filme metálico e têm como função reduzir a corrente eléctrica e a tensão em vários pontos
do circuito. Quanto maior for o valor óhmico da resistência no circuito, maior será a queda
de tensão.
Exemplo: Uma resistência apresenta o seguinte código de cores: 1º anel = castanho, 2º anel
= preto, 3º anel = laranja e 4º anel = Ouro. Qual o valor da resistência e qual sua tolerância?
Associação em série – É aquela na qual todas as resistências estão no mesmo fio, um após o
outro. Neste circuito a corrente é a mesma em todos as resistências e a tensão se divide
entre eles. A resistência equivalente é a soma dos valores:
Rt = R1 + R2 + R3 + + RN
Onde N é a quantidade de resistências em serie.
A associação é a ligação feita entre várias resistências para se obter um determinado valor
de resistência para o circuito. Podem ser ligados em série, paralelo ou misto.
Se as duas resistências forem diferentes, divide-se o produto dos dois pela soma dos dois:
R1 R2
Rt =
R1 + R2
Potenciómetros – São resistências cuja resistência pode ser alterada girando um eixo que
move um cursor de metal sobre uma pista de grafite. Alguns deles não têm eixo, sendo
chamados de trimpot. Ao lado vemos estes componentes.
Varistor - É uma resistência especial que diminui a sua resistência quando a tensão nos seus
terminais aumenta. É usado na entrada de força de alguns aparelhos, protegendo-os de um
aumento de tensão da rede eléctrica. Quando a tensão nos terminais ultrapassa o limite do
componente, ele entra e desliga o aparelho.
Procedimento
Leitura do ohmímetro
Para usar o ohmímetro, deve-se ajustar o ponteiro sobre o zero através do potenciómetro
na escala que for usada (X1, X10, X100, X1K e X10K). Se o ponteiro não alcançar o zero, é
porque as pilhas ou baterias estão fracas. Na leitura acrescentamos os zeros da escala que
estiver a chave.:
2.3. Condensador
O condensador é formado por duas placas condutoras separadas por um isolante chamado
dieléctrico. As placas servem para armazenar cargas eléctricas e o dieléctrico dá o nome ao
condensador (cerâmica, poliéster, etc.). Em electrónica há dois tipos de condensadores fixos:
polarizados (electrolíticos) e não polarizados.
Para descarregar o condensador, basta ligar um terminal no outro e a corrente que passa
chama-se corrente de descarga.
O FARAD (símbolo “F”) é a unidade de medida da capacitância. Esta unidade (F) é muito
grande e na prática são utilizados seus submúltiplos:
➢ MILIFARAD (μF): 1 μF = 10–3 F
➢ MICROFARAD (μF): 1 μF = 10–6 F
➢ NANOFARAD (nF); 1 μF = 10–9 F
➢ PICOFARAD (pF); 1 μF = 10–12 F
➢ FEMTOFARAD (fF): 1 μF = 10–15 F
➢ Microfarad (μF) – É a maior unidade, sendo usada nos condensadores de alto valor
(electrolíticos).
➢ Nanofarad (nF ) – É mil vezes menor que o μF, sendo usada nos condensadores
comuns de valor médio.
➢ Picofarad (pF) – É um milhão de vezes menor que o μF, sendo usada nos
condensadores comuns de baixo valor.
Este tipo de condensador é fácil de identificar o valor, pois ele já vem indicado directo no
corpo em μF, assim como sua tensão de trabalho em Volts. Às vezes pode vir no corpo dele
dois números separados por uma barra. O primeiro é a capacitância e o segundo é a tensão.
Veja alguns abaixo:
a) De poliéster:
Os condensadores comuns (poliéster, cerâmicos, styroflex, etc.) normalmente usam uma
regra para indicação do seu valor através do número indicado no seu corpo:
➢ Número menor que 1 = μF ;
➢ Número maior de 1 = pF ;
➢ Número maior que 1 seguido da letra N = nF.
b) De cerâmica:
Alguns têm três números no corpo, sendo que o último é a quantidade de zeros a se juntar
aos dois primeiros. Quando o 3º número for o “9”, ele significa vírgula.
Um Condensador possui cinco faixas de cores na seguinte ordem : castanha, preto, laranja,
branco e azul. Quais suas especificações ?
1º algarismo = marrom = 1
2º algarismo = preto =0
multiplicador = laranja = 1K
tolerância = branco = 10%
isolação = azul = 630 V.
a) Condensador electrolítico
Procedimento:
2) Aumente a escala até achar que o ponteiro reflexiona e volta. Quanto maior o
condensador, menor é a escala necessária.
Este teste é apenas da carga e descarga do condensador:
b) Condensador comum
Procedimento:
Em X10K, medir nos dois sentidos. No máximo o ponteiro dará um pequeno pulso se o
condensador tiver valor médio, se tiver valor baixo ponteiro não moverá. O melhor
método de testar o condensador é medi-lo com o capacímetro ou trocá-lo.
Procedimento
2) Escolha uma escala mais próxima acima do seu valor (independente dele ser comum
ou electrolítico) e coloca nos terminais do capacímetro (ou nas ponteiras do mesmo se
ele tiver).
A leitura deverá ser próxima do valor indicado no corpo. Se a leitura for menor, o
condensador deve ser trocado. Veja este teste abaixo:
3 AVALIAÇÃO FORMATIVA
4. Um rádio do Paraguai veio com a seguinte indicação: 15 W PMPO. Ele funciona com 4
pilhas (6 V) e com o volume no máximo a corrente chega a 0,5 A. Qual a verdadeira
potência consumida por ele?___
3,3nF = ______pF ;
0,1μF = ______nF;
0,22μF = ______nF;
8200pF = ______ nF
NOTAS
NOTAS
Formação Profissional
Electricista Instalador - Nível 2
Secção 3.2
29
Manutenção Industrial - Formação Profissional INEFP – Manuais – Electricista Instalador
FORMAÇÃO PROFISSIONAL – NÍVEL 2 - ELECTRÓNICA BÁSICA – VOLUME 3
NOTAS
Para poder trabalhar ou realizar trabalhos em electrónica não se pode contar simplesmente
com as nossas mãos. É necessário ter a disposição uma certa quantidade de ferramentas
imprescindíveis ao trabalho que se pretende realizar.
Então, existem as ferramentas obrigatórias, que são aquelas necessárias para realizar os
mínimos trabalhos de reparação ou implantação de um circuito electrónico, como por
exemplo: chave de fenda, lupa, chave estrela, alicate de corte, alicate descarnador,
multímetro, lâmpada de prova ou busca-pólos de 12 e 24 V CC.
Para além das ferramentas acima descritas, também existem as ferramentas que não são
obrigatórias, mas que podem ajudar bastante em qualquer actividade de electrónica.
a) Lupa - é um instrumento óptico que tem uma lente com capacidade de ampliar
imagens. É utilizada para observar com mais detalhe pequenos objectos ou
superfícies.
c) Pinça - serve para prender, segurar com firmeza e, em muitos casos, apontar ou
buscar parafusos ou porcas em lugares onde não é de fácil acesso com as mãos
ou com o alicate de pontas curvas.
2.2. Alicates
Alicates são ferramentas articuladas que servem fundamentalmente para multiplicar a força
aplicada quando se pretende realizar um determinado trabalho. Existem vários tipos de
alicates:
a) Alicate de pontas chatas - serve para prender, segurar com firmeza peças,
parafusos ou porcas.
b) Alicate de pontas redondas - serve para prender, segurar com firmeza peças,
parafusos ou porcas.
c) Alicate de corte - Como o próprio nome diz, sua função é cortar. Serve para
cortar condutores de secção reduzida.
Chaves de parafuso são ferramentas do tipo chaves com várias dimensões. Sua principal
função é de ser introduzida na fenda de um parafuso (tipo fenda) para girá-lo, apertando-o
ou afrouxando-o.
Para além da fenda, existem diversos outros padrões de cabeças de parafuso estrela
(Philips), Torx e Posidriv.
É uma ferramenta que exige muito cuidado. Trata-se de uma ponta de cavilha de cobre que
é aquecida a uma temperatura de algumas centenas de graus por meio de uma fonte
externa de calor. O ferro de soldar mais simples é apenas constituído por um cabo isolado,
uma haste e uma ponta de cobre.
Para a maior parte das soldaduras em interiores utilizam-se quase exclusivamente o ferro de
soldar eléctrico. Neste, o aquecimento da ponta é realizado electricamente por meio de uma
resistência que o envolve. A ponta está deste modo em aquecimento permanente e, como a
resistência é leve e pouco volumosa, o ferro de soldar eléctrico associa a uma elevada
eficiência uma grande comodidade de trabalho.
3 AVALIAÇÃO FORMATIVA
2. O que se usa para apoiar as peças que se encontram em lugares onde as mãos não
cabem?
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Coluna A Coluna B
2. Chaves de fenda
b) ( ) Para soldar
3. Pincel, lupa, pinça
5. Ferro de soldar
d) ( ) Para apertar
6. Pinça e alicate de pontas curvas
4 MULTÍMETRO
Como o multímetro pode medir varias grandezas eléctricas, o aparelho deve ser regulado e
ajustado para medir exactamente a grandeza que queremos medir. Se um procedimento
errado for feito, então o aparelho vai se danificar.
➢ O digital (de visor de cristal liquido) – que é melhor para medir tensões, correntes e
testar resistências.
O multímetro quer os analógicos assim como os digitais, são dotados de duas pontas de
prova de acesso ao exterior do aparelho, através das quais é possível medir as grandezas.
Esta função pode ser usada para medir a tensão de uma pilha ou e uma bateria de
acumuladores ou em qualquer ponto de um circuito electrónico, como por exemplo nos
terminais de um díodo ou transístor.
Processo de execução:
1) Escolher a escala mais próxima acima da tensão a ser medida (DCV 2,5 – 10 – 50 –
250 – 1000). Por exemplo, para medir a tensão de uma pilha (9 V) usamos a escala de
DCV 10:
2) Colocar uma das pontas preta no terminal comum ou negativo do multímetro "-" e a
outra ponta deve ser colocada no terminal negativo do circuito ou no ponto de
menor tensão (pólo negativo das pilhas e baterias).
3) Colocar uma das pontas vermelha no ponto positivo do multímetro "+" e a outra
ponta no terminal positivo do circuito:
Processo de execução:
1) Ligue uma das pontas pretas no borne marcado "-" do multímetro e uma das pontas
vermelhas no borne "+";
2) Ajuste a chave selectora de função e escala para a posição "DCA". Seleccione uma das
escalas de corrente contínua, que seja adequada à leitura que deseja efectuar. Em
caso de dúvida utilize a mais elevada (“250 mA”) e vá, progressivamente, decrescendo
de escala até obter uma leitura mais exacta.
3) Desligue o circuito que pretende testar, interrompa o condutor no qual quer medir a
corrente e ligue o multímetro em série com o circuito.
5) Quando o ponteiro do multímetro está a deflectir para o lado esquerdo, isto significa
que o circuito está com a polaridade invertida em relação às pontas de prova. Inverta a
posição das mesmas em relação ao circuito.
Processo de execução:
1) Conecte uma das pontas preta no borne marcado "-" do multímetro e uma das pontas
vermelha no borne "+";
2) Seleccione uma das escalas de resistência, que seja adequada à leitura que deseja
efectuar. Curto-circuito as pontas de prova e ajuste o botão "OHMS ADJ" para que se
leia na escala de OHMS (verde) o valor zero.
3) Quando for medir uma resistência, que esteja ligado em um circuito, solte um dos seus
terminais, para que a medição não seja influenciada pelos outros componentes.
Processo de execução
1) Ligue uma das pontas pretas no borne marcado "COM" do multímetro e uma das
pontas vermelhas no borne "VΩHz".
2) Seleccione uma das escalas de tensão contínua, que seja adequada à leitura que deseja
efectuar. Em caso de dúvida utilize a mais elevada (“1.000 V DC”) e vá,
progressivamente, decrescendo de escala até obter uma leitura mais exacta.
4) Leia o valor da tensão exibido no visor, caso esteja precedido do sinal menos (“-“), será
indicação que as pontas de prova estão com a polaridade invertida em relação ao
circuito.
Processo de execução
1) Ligue uma das pontas pretas no borne marcado "COM" do multímetro e uma das
pontas vermelhas no borne "VΩHz";
2) Gire a chave selectora para a função de resistência e escolha uma das escalas, que seja
adequada à leitura que deseja efectuar.
Quando for medir uma resistência que esteja ligada em um circuito, solte
um dos seus terminais, para que a medição não seja influenciada pelos
demais componentes do circuito.
6) Na escala de 200 MOhm para obter o valor final da leitura, deverá ser subtraído 1
MOhm do valor exibido no visor.
NOTAS
NOTAS
Formação Profissional
Electricista Instalador - Nível 2
Secção 3.3
NOTAS
Os díodos são dispositivos que permitem que a corrente flua num sentido, mas não no
outro. Os díodos possuem dois terminais, denominados ânodo e cátodo.
Os encapsulamentos dos díodos normalmente contém uma marca, que está mais próxima a
um terminal do que ao outro. Tem uma faixa ao redor do encapsulamento cilíndrico, como
mostrado na figura:
➢ Multímetros digitais
➢ Multímetros Analógicos
➢ Ohmímetro.
O LED (Ligth Emission Diode - Díodo Emissor de Luz) é um componente utilizado para
sinalização. Sua junção P-N, é acrescida de certas ligas, como por exemplo o arseniato de
gálio, que tem a propriedade de emitir luz, quando directamente polarizado.
O LED substitui as tradicionais lâmpadas piloto, com as vantagens de não aquecer, possuir
vida útil muito maior, apresentar baixo consumo, etc.
Para testar o LED deve-se liga-lo a uma fonte de tensão CC, não esquecendo de ligar em
série com o mesmo uma resistência que limite a corrente em 20 mA.
O cátodo dos LEDs sempre vem marcado com uma pequena parte plana ao longo da
circunferência do encapsulamento do mesmo, ou pelo terminal mais curto ou até com
alguma outra marca que o diferencia do outro terminal.
Os LEDs normalmente devem ser usados com uma resistência em série ou alimentados por
uma fonte de corrente constante.
Para a maioria das aplicações, uma saída de luz adequada é obtida com uma corrente de
funcionamento entre 5 e 25 mA (LEDs vermelhos) e entre 10 e 40 mA (LEDs verdes ou
amarelos). Além da corrente de operação, os LEDs necessitam de tensões mínimas para
acenderem. Assim, os vermelhos necessitam de 1,6 V, os verdes de 2,1 V e os amarelos e
laranja de 1,8 V.
Os díodos LED podem ser testados como um díodo comum, usando um multímetro na escala
de resistência. Em um sentido o teste deve indicar baixa resistência (terminal positivo do
multímetro no ânodo do LED e negativo no cátodo), em outro, alta resistência (terminal
negativo do multímetro no ânodo do LED e positivo no cátodo).
A aplicação do díodo LED em tensões contínuas exige a fixação da sua corrente directa
nominal (IF). A limitação da corrente pode ser feita através de uma resistência.
A figura a seguir apresenta um circuito rectificador de onda completa que utiliza o díodo LED
como indicador de fornecimento.
Díodo zener é um díodo idealizado para operar polarizado inversamente, actuando como
regulador de tensão.
Existem díodos zener de diversos valores de tensão e eles normalmente necessitam de uma
resistência em série para estabelecer uma corrente adequada de polarização, entre um valor
mínimo e máximo de corrente.
O díodo Zener – É o único que pode conduzir corrente no sentido inverso, ou seja, com a
tensão do cátodo maior que a do ânodo. Para ele conduzir nesta condição, a tensão aplicada
nele deve ser igual ou maior que a indicada no seu corpo. Observe abaixo como ele estabiliza
a tensão indicada no seu corpo dentro de certos limites:
O díodo Zener pode ser usado nos circuitos como estabilizador de tensão e em alguns casos
como circuito de protecção. Conforme observado há uma resistência ligada em série com ele
para limitar a corrente a um valor adequado ao funcionamento.
A alimentação de todos circuitos electrónicos é feita por meio de tensão contínua, porém a
tensão na rede é alternada, os circuitos que convertem tensão alternada em contínua
chamam-se conversores ou rectificadores. Sua função é converter tensão sinodal em
pulsante, que em seguida é filtrada e eventualmente aplicada em um regulador de tensão
(exemplo regulador zener). O dispositivo utilizado para obter tensão contínua é o díodo
semicondutor apresentado no EC 1.
Relação de transformação:
US NS
=
UP NP
Onde:
U S - é tensão no secundário do transformador;
U P - é tensão no primário do transformador;
N S - é número de espiras no secundário do transformador;
N P - é número de espiras no primário do transformador.
O circuito rectificador de meia onda é composto por um único díodo acoplado na saída de
um transformador. Graças a essa configuração, após a passagem pelo díodo, observam-se
somente semi-ciclos positivos, pois durante o semi-ciclo negativo a tensão na carga é nula.
Quando a tensão de entrada (Ve) for positiva, o díodo conduzirá e a tensão na carga será
igual à tensão de entrada descontando 0,7 V.
No semi-ciclo negativo (Ve< 0), o díodo estará cortado e toda a tensão estará aplicada entre
seus terminais. A figura apresenta situações do circuito e formas de onda.
É constituído por quatro díodos no lugar de dois, o que faz com que se elimine o uso da
tomada central do transformador.
Durante o semi-ciclo positivo da tensão U2, o díodo D3 recebe um potencial positivo em seu
ânodo, e o D2 um potencial negativo no cátodo. Dessa forma, D2 e D3 conduzem, D1 e D4
ficam inversamente polarizados e a resistência de carga R recebe todo o semi-ciclo positivo
da tensão U2.
Durante o semi-ciclo negativo da tensão U2, o díodo D4 recebe um potencial positivo em seu
ânodo, e o díodo D1 um potencial negativo no cátodo, devido à inversão da polaridade de
U2. Os díodos D1 e D4 conduzem e os díodos D2 e D3 ficam inversamente polarizados.
3.1. Soldagem
A soldagem é uma prática simples, que tem como objectivo unir duas peças de maneira
mecânica (para mantê-las juntas) e ainda electrónica, com o intuito de poder conduzir os
electrões entre os componentes e o circuito.
É uma habilidade indispensável, tanto para amadores como os usuários mais avançados que
devem domina-la e para isto, devem praticar muito.
3.2 Solda
Existem muitos tipos de solda no mercado, a maioria delas são feitas com um composto de
chumbo, estanho e resina (também conhecido como fluxo).
A proibição do chumbo é devido a contaminação que ele pode causar ao meio ambiente
quando uma placa de circuito e descartada sem os devidos cuidados. Se ingerido, o chumbo
é tóxico ao ser humano, por isto, sempre lave as mãos após manusear a solda.
Eles são a ferramenta básica para as soldas em electrónica. Em sua grande maioria são
eléctricos e há desde os simples, que podem ser comprados segundo sua potência (30, 40 e
60 W são os mais comuns), como os mais modernos com controlo de temperatura, ponteiras
intercambiáveis e outras calibrações (estes são chamados de estações de solda).
O ferro de solda ou soldador é formado por um tubo de ferro galvanizado contendo uma
resistência de níquel-cromo e uma ponta metálica em seu interior. Ao passar corrente
eléctrica pela resistência, esta aquece a ponta até chegar numa temperatura apropriada
para derreter a solda.
Abaixo temos vários modelos de ponteiras que podem ser trocadas em alguns modelos de
estação de solda. Cada uma tem sua aplicação específica. A mais comum é a ponteira em
forma de lápis (2ª da esquerda para direita). Evite de lixar as ponteiras de soldar.
Este ferro é indicado para soldas mais pesadas, ou seja, componentes grandes com terminais
mais grossos.
Procedimentos:
4) Aplique solda na trilha até ela cobrir toda a ilha e o terminal do componente;
5) Retire o ferro rapidamente. A operação da soldagem deve ser feita rapidamente para
não danificar as trilhas da placa
3.6 Acessórios
É importante também ter uma esponja vegetal ou lã de bronze específica para limpeza das
ponteiras de solda, assim como um suporte para que ele não fique solto no pela bancada.
➢ A esponja vegetal que deve ser humedecida para limpar a ponta do ferro.
➢ Os suportes servem para colocar o ferro aquecido.
➢ A pasta de solda é usada quando se soldar numa superfície onde é difícil a aderência
da solda.
Alicate de corte para electrónica: Para cortar as "pernas" dos componentes que ficam
sobrando após a soldagem.
Esta ferramenta é usada para retirar a solda do circuito. É formada por um tubo de metal ou
plástico com um embolo impulsionado através de uma mola.
1) Encoste a ponta do ferro na solda que vai ser retirada. O recomendável aqui é colocar
um pouco mais de solda no terminal do componente. Isto facilita a des-soldagem.
4) Aperte o botão, o pistão volta para a posição inicial e o bico aspira a solda para dentro
do sugador.
5) Retire o ferro e sugador ao mesmo tempo. Agora o componente está com o terminal
solto. Se ficar ainda um pouco de solda segurando o terminal, coloque mais e repita a
operação.
O ferro chega a altas temperaturas (até 600 ºC), então sempre segure ele pela base plástica
ou senão se pode queimar. Proteja a mesa e afaste outros objectos que possam estar
perto. Tome cuidado !!!
Após manusear solda, não deixe de lavar as mãos pois ela contém chumbo que é prejudicial
a saúde.
NOTAS
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