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RESUMO TEÓRICO
Para a Disciplina
FÍSICA EXPERIMENTAL B
2014
FÍSICA EXPERIMENTAL B
SUMÁRIO
Capítulo Pág
Capítulo 1: Apresentação 01
1.1 – Primeiras Palavras 01
1.2 – Problematizando o Tema 01
Capítulo 2: Técnicas de Laboratório 03
2.1 – Definições Importantes 03
2.2 – Medições de Grandezas Físicas e Avaliação de Incertezas Experimentais 04
2.3 – Tipos de Erro 04
2.4 – Tipos de Medições 06
2.4.1 – Medição Direta 06
2.4.2 – Medição Indireta 07
2.5 – Resultado e Incerteza de uma Medição 07
2.6 – Distribuição Gaussiana 09
2.7 – Avaliação do Tipo A 10
2.7.1 – Média Aritmética 10
2.7.2 – Incerteza Padrão S da Medição 11
2.7.3 – Avaliação do Tipo B 11
2.7.4 – Incerteza Relativa ou Percentual 13
2.8 – Algarismos Significativos 14
2.9 – Arredondamento de Números 15
2.10 – Regra da Propagação da Incerteza 16
2.11 – Comparação entre resultados de medições 18
2.12 – Resumo das Fórmulas 19
2.13 – Resumo de Algumas Definições Básicas 19
2.14 – Algumas Regras Práticas 20
Capítulo 3: Gráficos 21
3.1 – Regras Básicas Para a Construção de Gráficos 21
3.2 – Algumas Definições Utilizadas em Gráficos 22
3.3 – Tipos de Gráficos 23
3.3.1 – Gráfico Linear: Determinação das Escalas 23
3.3.2 ─ Gráfico Monolog ou Dilog 23
3.3.3 – Alguns Tipos de Funções de Ajuste 24
3.3.4 – Função Linear 24
3.3.5 – Critérios Para Traçar a Reta de Ajuste Mais Provável 24
3.3.6 ─ Exemplo de Gráfico Linear 25
3.3. 7 – Funções Exponenciais – Base Neperiana 28
3.3.8 ─ Exemplo 1 de Gráfico Monolog 29
3.3.9 ─ Exemplo 2 de Gráfico Monolog 32
3.3.10 – Funções Exponenciais – Base Decimal 34
3.3.11 ─ Exemplo de Gráfico Dilog 34
Capítulo 4 – Método dos Mínimos Quadrados 36
Capítulo 5 – Conceitos Básicos de Eletricidade 38
5. 1 – Simbologia 38
5.2 – Carga Elétrica 38
5.3 – Lei de Coulomb 38
5.4 – Campo Elétrico 40
5.5 – Diferença de Potencial 41
5.6 – Intensidade e Densidade de Corrente Elétrica 42
5.7 – Corrente Elétrica 42
5.8 – Lei de Ohm 43
5.9 – Lei de Joule 44
5.10 – Potência Elétrica 45
5.11 – Energia Elétrica 45
Capítulo 6 – Formas de Ondas 46
Capítulo 7 – Corrente Alternada 47
7.1 – Sinais Senoidais 47
7.2 – Fase 48
7.3 – Diferença de Fase 48
7.4 – Valor Eficaz ou Valor RMS 49
7.5 – A linha de Alimentação 50
Capítulo 8 – Componentes Básicos de um Circuito 52
8.1 – Circuito Elétrico Simples 53
8.2 – Fontes 53
8.2.1 – Fontes DC 54
8.2.2 – Fontes AC 54
8.3 – Circuitos em Corrente Alternada Alimentados por Gerador de Sinais 55
8.4 – Medindo a Resistência Interna do Gerador de Sinais 55
8.5 – Resistor 56
8.6 – Código de Cores 58
8.7 – Reostatos ou Potenciômetros 58
8.8 – Leis de Kirchoff 59
8.9 – Associação de Resistores 59
8.9.1 – Associação de Resistores em Série 59
8.9.2 – Associação de Resistores em Paralelo 60
8.10 – Capacitor 61
8. 11 – Associação de Capacitores 61
8. 11.1 – Associação de Capacitores em Série 61
8. 11.2 – Associação de Capacitores em Paralelo 62
8.12 – Corrente no Capacitor 62
8.13 – Indutor 63
8.14 – Associação de Indutores 64
8.14.1 – Associação de Indutores em Série 64
8.14.2 – Associação de Indutores em Paralelo 64
8.15 – Auto - Indução 64
8.16 –Indutância Mútua 64
Capítulo 9 – Máxima Transferência de Potência 66
Capítulo 10 – Circuitos Transientes 67
10.1 – Circuito RC – Processo de Carga 67
10.2 – Circuito RC – Processo de Descarga 69
10.3 – Circuito RL – Processo de Carga 71
10.4 – Circuito R L – Processo de Descarga 72
Capítulo 11 – Medidas Elétricas 74
11.1 – Amperímetro 74
11.2 – Voltímetro 75
11.3 – Ohmímetro 75
11.4 – Frequencímetro 75
11.5 – Protoboard – Caixa de Montagens dos Circuitos 76
Capítulo 12 – Circuitos RLC 77
12.1 – Circuitos LC e RLC Sem Fonte de Tensão 77
12.2 – Circuitos RLC em Tensão (e Corrente) Alternada 83
12.3 – Circuitos RLC em Série em Tensão (e Corrente) Alternada 83
12.4 – Um Circuito Resistivo 84
12.5 – Um Circuito Capacitivo 85
12.6 – Um Circuito Indutivo 87
Capítulo 13 – Solução de Circuitos RLC Utilizando Fasores (Números 88
Complexos)
13.1 – Números Complexos 88
13.2 – Fasores 89
13.3 – Solução de Circuitos RLC Utilizando Números Complexos 97
13.4 – Ressonância de um Circuito RLC em Série 99
13.5 – O Fator de Qualidade Q 0 100
13.6 – Ressonância de um Circuito RLC em Paralelo 103
13.7 – Filtros 105
13.7.1 – Função de Transferência e Transmitância 105
13.7.2 – Filtros RC 106
13.7.3 – Filtros RL 111
13.8 – Filtros Ressonantes 113
13.9 – Circuitos Diferenciadores e Integradores 114
13.9.1 – Circuitos RC 115
13.9.2 – Circuito RL 116
13.10 – Circuitos Reais 117
Capítulo 14 – Eletrônica de Semicondutores 118
14.1 – Tipos de Semicondutores 118
14.2 – Semicondutor Tipo n 118
14.3 – Semicondutor Tipo p 119
14.4 – Junções do Tipo pn 119
14.5 – Diodo de Junção pn 120
14.5.1 – Polarização Direta 120
14.5.2 – Polarização Inversa 120
14.5.3 – Curva Característica de um Diodo 121
14.6 – Diodo Zener 121
Capítulo 15 – Transformador 122
Capítulo 16 – Figuras de Lissajus 123
16.1 – Cálculo do Ângulo de Fase 125
17 – Formas de Ondas Complexas – Série de Fourier 126
ANEXO # 1 – Multímetro 128
AN.1.1 – Normas Para a Utilização do Multímetro 128
AN.1.2 – Medidas 128
AN.1.2.1 – Amperímetro 128
AN.1.2.2 – Voltímetro 128
AN.1.2.3 – Ohmímetro 129
ANEXO # 2 – Caixa de Montagens Experimentais 129
Referências Bibliográficas 130
1
CAPÍTULO 1: APRESENTAÇÃO
“Eu frequentemente digo que quando você pode medir aquilo que você está
falando e expressá-lo em números, você conhece alguma coisa sobre aquilo, mas
quando você não pode medir, quando não pode expressá-lo em números, seu
conhecimento é marginal e insatisfatório; pode ser o começo do conhecimento, mas
seus pensamentos quase não avançam nos estágios da ciência, qualquer que seja o
assunto em estudo”
Lord Kelvin
3
Figura 2.1: Diferença entre precisão e exatidão, ilustrado por uma brincadeira de
tiro ao alvo.
Figura 2.4: Régua graduada a cada meio centímetro, utilizada para medir o
comprimento de um objeto.
1 ( xi x )2
P( x ) exp (2.2)
2 2s
Exemplo 2.1 ─ Uma medição foi repetida n vezes, nas mesmas condições,
obtendo-se os seguintes resultados x1, x2, x3, ... , xn. Neste caso, estabeleceu-se
que a melhor estimativa para a medida é dada pela média aritmética <x> dos
valores obtidos.
u ( x ) 0,00845154.... mm
e a altura H do cilindro será representada:
(2.5)
e a incerteza padrão u(x), estimada como o desvio padrão dessa distribuição, é
dada por:
(2.6)
(R ) u ( x)
ux (2.7)
x
14
(%) u ( x)
ux . 100 (2.8)
x
Exemplo 2.6 ─ 1,3333... arredondados à primeira decimal será escrito como 1,3.
Quando o algarismo imediatamente seguinte ao último algarismo a ser
conservado for superior a 5, ou, sendo 5, for seguido de no mínimo um
algarismo diferente de zero, o último algarismo a ser conservado deverá
ser aumentado de uma unidade,
Exemplo 2.7 ─ 1,6666... arredondados à primeira decimal será escrito como 1,7.
Já o número 4,8505 arredondados à primeira decimal será escrito como 4,9.
Quando o algarismo imediatamente seguinte ao último algarismo a ser
conservado for 5 seguido de zeros, dever-se-á arredondar o algarismo a
ser conservado para o algarismo par mais próximo. Consequentemente,
se o último a ser retirado for ímpar, aumentará uma unidade,
Exemplo 2.8 ─ 4,5500... arredondados à primeira decimal será escrito como 4,6.
Quando o algarismo imediatamente seguinte ao último a ser conservado
for 5 seguido de zeros, se o algarismo a ser conservado for par, ele
permanecerá sem modificação.
Exemplo 2.9 ─ 4,8500... arredondados à primeira decimal será escrito como 4,8.
n 2
2 f
u c (y) u 2 ( x i) (2.9)
xi
i 1
17
y a x1 b x2 ...
(a, b, . . . são u c (y) a 2 u 2 (x 1 ) b 2 u 2 (x 2 ) ....
constantes)
y depende linearmente (2.10)
das outras grandezas
2
u c (y) n u (x i )
pi
y i 1 xi
p1 p2 pn
y a x1 . x2 ... x n
2 2 2
u (x 1 ) u (x 2 ) u (x n )
p1 p2 ... pn
xi xi xn
(2.11)
y a ln (x) u (x)
u c (y) a (2.12)
x
y ae x u c (y) a e x u (x) (2.13)
m 145,7 g
2,2298745...
V 65,34 cm3
2 2
uc( ) u 2 (m) u 2 ( V) (2.14)
m V
m 1 m
Como , então: , e
V m V V V2
u ( m) 0,6 g e u (V) 0,03 cm 3
uc( ) 0,009239635...
e o valor da densidade é escrito:
g
u( ) 2,230 0,009
cm3
2.11 ─ COMPARAÇÃO ENTRE RESULTADOS DE MEDIÇÕES
Em um trabalho de Física Experimental é comum comparar o valor de uma
medição experimental de uma grandeza ( X exp ) com o valor esperado ou de
referência para esta mesma grandeza ( X t eo). A concordância (C) entre os dois
valores será dada por
X e xp X te o
C 1 .100 % (2.15)
X te o
2 2
u( D ) u( H)
u( V ) V 2
D H
Exemplo 2.12 ─ Qual incerteza de uma grandeza que depende de uma outra
elevada a uma potência? Por exemplo qual é a incerteza no cálculo do volume de
um cubo V L 3 ?
2
u( L )
u( V ) V 3
L
19
Z a XM YN uc Z u( X ) 2 u( Y ) 2
(M ) (N ) (2.18)
Z X Y
u (X)
Z a ln ( X ) uc Z a (2.19)
X
u c (Z) a e X u( X )
Z a eX (2.20)
A u( A ) B u( B ) (A B) u( A ) 2 u( B ) 2 (2.26)
A u ( A) B u( B ) (A B) u( A ) 2 u( B ) 2 (2.27)
u( A ) 2 u( B ) 2
A u( A ) B u( B ) (A B) (A B) ( ) ( ) (2.28)
A B
A u( A ) A A u( A ) 2 u( B ) 2
( ) ( ) (2.29)
B u( B ) B B A B
u( A )
A u( A ) n An n A n 1 u( A ) An nA n ( ) (2.30)
A
21
CAPÍTULO 3 ─ GRÁFICOS
Escolher o passo de modo que seja fácil fazer a marcação da escala, por
exemplo múltiplos ou submúltiplos de 2 ou 5. Alguns números primos são
péssimos, não usar.
O número de pontos para traçar uma curva depende do tipo de curva, para
curvas suaves (sem estrutura) ou retas, geralmente 5 a 10 pontos podem ser
suficientes.
Linear:
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 i (A)
Fig. (3.1): Exemplo de escala linear
Degrau = 2 A
Não linear:
Degrau = 1m (constante)
23
3.3 ─ TIPOS DE GRÁFICOS
Nesta disciplina serão utilizados três tipos de gráficos:
Linear: Quando os as escalas dos dois eixos são lineares.
MonoLog: Quando uma escala é logarítmica e a outra é linear.
DiLog: Quando as duas escalas são logarítmicas.
c omprimen t o do eixo L
M (3.1)
maior valor da var iável valor da origem V
ESCALA LOGARÍTMICA
O fato de uma das escalas, ou ambas, serem logarítmicas significa: na escala
logarítmica o passo, que é a distância d medida entre dois pontos, em cm do papel,
é proporcional à diferença dos logaritmos desses números. As escalas logarítmicas
se repetem em "décadas" (de 10 em 10), isto acontece devido à propriedade dos
logaritmos:
DETERMINAÇÃO DA ESCALA
Y (x i ) a x b (3.3)
Observações:
a má ximo - a mínimo
a= (3.5)
2
n 1 2 3 4 5 6
m (g) 495,00 473,58 454,38 421,82 386,46 350,68
Δx (cm) 40,00 38,57 37,05 34,41 31,50 28,59
n 7 8 9 10 11 12
m (g) 311,14 287,97 254,36 216,31 185,79 157,25
Δx (cm) 25,36 23,49 20,75 17,63 15,15 12,84
Obs: Não podem ser usados pontos da tabela no cálculo de K, devem-se escolher
dois pontos da reta que estejam bem distantes um do outro (formar o maior
triângulo possível).
18 c mP c mP
Mm 0,051428571 0,05 (3.6)
( 495,00 150,00 ) g g
n 1 2 3 4 5 6
(m–150)0,05 17,25 16,18 15,22 13,59 11,82 10,03
(Δx-12)1,0 28,00 26,57 25,05 22,41 19,50 16,59
n 7 8 9 10 11 12
(m–150)0,05 8,06 6,90 5,22 3,32 1,79 0,36
(Δx-12)1,0 13,36 11,49 8,75 5,63 3,15 0,84
Com o gráfico pronto, pode-se traçar uma reta (a melhor reta visual possível
ou pelo MMQ). Por essa reta pode-se obter o coeficiente angular.
O MMQ dá um coeficiente angular
K u( K )
a u (a) (3.8)
g u( g)
27
Depois de pronto, o gráfico deve ser assim:
b) Se for através da reta visual: Escolher dois pontos da reta que não sejam pontos
da tabela, os quais devem ser marcados com □, calcula-se o coeficiente angular
12,00 c mP
m 0,05 c mP 12,0 g g
a u (a) 13,71428571 (3.9)
( x) 17 ,5 c mP 0,875 c m cm
1,0 c mP
m
mas, K g (3.10)
( x)
logo
cm g g
K u( K ) ( 978,5 0,5 ) x 13419,42875 ( 13131 7 ) 10 3
s2 cm s2
dina
K u( K ) ( 13131 7 ) 10 3 ou ainda
cm
Kg N
K u( K ) ( 13131 7 ) ( 13131 7 )
s2 m
Nesse ponto cada aluno deve cobrir esse exemplo e refazer os passos para
construir o gráfico, calcular o coeficiente angular e a constante elástica.
y (x) D e nx (3.11)
ln y ln D n x (3.12)
Com a mudança de variáveis Y ln y e A ln D
Y A nx
Que é a equação de uma reta.
ln y (ln y 2 - ln y1 )
n= . (3.13)
x (x2 - x1 )
e a distribuição dos pontos no gráfico também será uma reta com coeficiente linear
log y
( n log e )
x
1 log y
n (3.15)
log e x
Ponto 1 2 3 4
v (cm/s) (60,6 0,8) (36,7 0,8) (22,3 0,8) (13,5 0,8)
t(s) (1,0 0,2) (2,0 0,2) (3,0 0,2) (4,0 0,2)
Ponto 5 6 7 8
v (cm/s) (8,2 0,8) (4,9 0,8) (3,1 0,8) (1,8 0,8)
t(s) (5,0 0,2) (6,0 0,2) (7,0 0,2) (8,0 0,2)
Ponto 9 10 11 12
v (cm/s) (1,1 0,8) ( 6,7 0,8 )10-1 ( 4,1 0,8 )10-1 (2,5 0,8)10-1
t(s) (9,0 0,2) (10,0 0,2) (11,0 0,2) (12,0 0,2)
30
a) Construir um gráfico de v versus t, em papel mono-log. Traçar visualmente a
reta.
b
b) Obter o coeficiente angular , indicando os dois pontos utilizados com
m
d) Calcular v 0
18 c mP c mP
Mt 1,5 (3.19)
(12,0 0,0 ) s
b
lo g v lo g v 0 lo ge t (3.20)
m
b
I) O coeficiente angular lo g e pode ser calculado por
m
cm
v0 100,00 .
s
v t 100 e 0, 504011614 t
v t 100 e 0, 50 t (3.22)
Fig.(3.5)-Ex.1
32
3.3.9 ─ EXEMPLO 2 DE GRÁFICO MONOLOG
Numa experiência para determinar a velocidade em função do tempo, de uma
bola que se desloca em um óleo, foram obtidos os pontos mostrados na tabela
abaixo. Sabe-se que a velocidade da bola sofre a ação de uma força de atrito
viscoso que deve diminuir sua velocidade com o tempo. Para determinar a relação
funcional entre a velocidade v e o tempo t pode-se propor uma relação do tipo:
t
t
v v0 e v 0 exp (3.23)
1
log v log v 0 log e t
1
log v log v 0 log e t (3.24)
lo g e lo g ( v 2 ) - lo g ( v 1 ) lo g (1,20) lo g (60,00)
(3.26)
t2 t1 5,50 0,00
5,50 0,00
(log e)
log (1,20) log (60,00)
5,50
( 0,434294482 ) 1,40592203s
- 1,698970004
1,406 s
Depois de pronto, o gráfico deve ser parecido com o da Fig.(3.6)
t
1,406 s t
v v0 e v 0 ex p (3.27)
1,406s
33
Fig.(3.6)-Exemplo 2
34
3.3.10 ─ FUNÇÕES EXPONENCIAIS – BASE DECIMAL
y x Axn (3.27)
onde a e n são constantes. Relações funcionais deste tipo podem ser analisadas
aplicando o logaritmo à eq. (3.27), o que dá
Assumindo que:
Y B nX (3.29)
lo g y lo g y 2 lo g y 1
n (3.30)
lo g x lo g x 2 lo g x 1
I (x) 50 x 2 (3.32)
yi Y( x i ) (4.1)
i 1
é mínima – daí o nome do Método: Mínimos Quadrados.
i N 2
yi (a xi b) 0 (4.4)
a i 1
e
i N 2
yi (a xi b) 0 (4.5)
b i 1
N N N N N
Nb a xi yi e b xi a x i2 xi yi
i 1 i 1 i 1 i 1 i 1
N xi yi xi yi xi xi yi
a (4.6)
2 2 2
N x i xi xi xi
2
yi xi xi yi xi
b y ax (4.7)
2 2
N xi xi
37
onde, x e y são calculados com a eq. (4.5) e x i , y i são as coordenadas dos
pontos Pi. De posse dos valores de a e b pode-se substituí-los na equação de y(x)
proposta. A partir daí, atribuindo valores a x pode-se traçar a reta mais provável,
aquela que melhor descreve a distribuição dos pontos do gráfico.
Ainda através de tratamentos estatísticos dos dados é possível se obter
também os desvios associados de a e b como:
N y
a y (4.8)
2
N ( x i ) ( xi ) 2 ( xi xi )
2
2 2
x i x i
b y (4.9)
2 2 2
N ( x i ) ( x i ) N ( xi xi )
onde
( axi b - yi )2
y (4.10)
(N 2)
xi yi 1 a x i yi 2
a e a (4.11)
2
xi N 1 x 2i
Obs: É importante observar que os coeficientes obtidos pelas eqs. (4.6) até (4.11),
somente são válidos para o caso em que a curva mais provável é uma reta!
Para o caso em que a distribuição dos pontos do gráfico não pode ser
descrita por uma reta deve-se assumir outro tipo de função y(x) para
substituir na eq. (4.3).
5.1 – SIMBOLOGIA
1 q1 . q2 q1 . q2
F r̂ K r̂ (5.1)
4 0 r2 r2
Unidades no SI:
F = N (Newton )
q = C (Coulomb )
r = m (metro )
2
1 9 Nm
K 9,0 x 10
4 0 C2
C2
0 8,85 x 10 12
Nm2
M. m
P G r̂ (5.2)
r2
M
g G r̂ (5.3)
( R h )2
Onde g , ou simplesmente g, é uma constante que depende da massa da
Terra (M) e da posição (h) onde ela está sendo determinada. A Terra gera em torno
de si um Campo de Atração Gravitacional, onde um corpo de massa m, situado a
uma altura h acima da superfície média da Terra no local, com raio médio R, fica
sujeito a uma força peso, dada por
Pmg (5.4)
O Campo Gravitacional pode ser descrito pelo Vetor Aceleração da Gravidade, g .
40
Unidades no SI:
E
N V
C m
Esta força é a mesma da Lei de Coulomb, só que o conceito de campo elétrico
apresenta a força elétrica de uma forma mais conveniente e facilita muito a solução
e a compreensão de problemas eletrostáticos.
A carga ( q ) , pelo fato de estar situada num campo elétrico, possui uma
energia potencial.
Então, a variação da energia potencial dessa carga quando a sua posição
varia entre dois pontos genéricos A e B será igual ao trabalho mecânico, para
movê-la entre esses pontos, realizado contra o campo elétrico presente.
Desprezando os efeitos de atrito e considerando aceleração nula, tem-se, pela
definição de trabalho, que
b
W F co s ds (5.6)
a
onde é o ângulo entre a força F e o sentido do movimento, que é paralelo a ds , o
vetor deslocamento. Assim, pode-se escrever
B
WAB q E co s ds (5.7)
A
WAB
V B VA VA B (5.8)
q
41
A ddp (ou tensão) em um circuito elétrico é medida sempre entre dois pontos
distintos deste circuito.
Esta medida é feita com o aparelho chamado voltímetro, que deve ser
conectado em paralelo nestes dois pontos.
Dois elementos elétricos (componentes ou instrumentos) estarão ligados em
paralelo se tiverem ambos os terminais ligados respectivamente em comum. Ver o
cap. 11 desta apostila.
O termo “tensão em um ponto” refere-se à tensão em um ponto em relação a
um ponto comum, chamado terra (GND), cujo potencial é escolhido como sendo
nulo.
A Fig. 5.2 mostra um Voltímetro ligado em paralelo com um resistor (dois
pontos comuns).
Em esquemas de circuitos elétricos, a tensão (ddp) é representada por uma
flecha cujo sentido indica o ponto de maior potencial. Na Fig. 5.2, o ponto 1 tem
potencial elétrico menor do que o ponto 2.
V2 V1 V1 2 V R
Uma carga elétrica positiva q ao atravessar o resistor, do terminal 2 para o
terminal 1, terá sua energia potencial elétrica diminuida de uma quantidade
U q V . É como se a carga elétrica descesse um degrau de potencial.
Esta energia elétrica é transformada em outra forma de energia, que depende
do componente. Se for uma resistência, dissipará calor por efeito Joule.
Obs: Será adotado o uso de letras maiúsculas para definir parâmetros
elétricos contínuos (os que são constantes em relação ao tempo), ou valores
instantâneos máximos, de zero a pico ou de pico a pico) e, letras minúsculas
quando são parâmetros elétricos alternados (os variáveis com o tempo).
Exemplo: V tensão contínua
V 0 P valor de zero a pico
V P P valor de pico a pico
v ou v (t ) tensão alternada.
42
Coulomb 1C
1 , a corrente elétrica será de 1 Ampère. 1 A
segundo 1s
Em geral, se a taxa for variável com o tempo
dq
i (t) (5.13)
dt
A corrente elétrica é definida como sendo positiva se as cargas elétricas
positivas estiverem se movendo em direção ao ponto de menor potencial, este é o
sentido convencional (histórico) da corrente elétrica!
43
Fig. 5.4
Amperímetro ligado em série com um componente (um ponto comum).
Dois elementos (componentes ou instrumentos) estão ligados em série se
tiverem só um terminal ligado em comum.
Um elemento (ou componente) de um circuito (como R na Fig. 5.4) possui,
geralmente, dois terminais acessíveis.
O movimento de cargas elétricas através dos elementos do circuito está
normalmente associado com a absorção ou geração de energia (Watt).
1
(5.17)
Unidades no SI: m
Seja um condutor metálico de comprimento L e de seção reta A,
transportando uma corrente I, a diferença de potencial V entre os extremos do
condutor, Fig. 5.6, será
L
V E n̂ L I (5.18)
A
A partir da eq. (5.18) pode-se definir a resistência R do condutor, como
L
R (5.19)
A
De acordo com a eq. (5.19), a resistência do fio depende não somente do
material do qual ele é constituído, mas também da área da seção reta e do seu
comprimento. Assim, um fio longo e fino, tem resistência maior que um fio
fabricado com o mesmo material, porém mais grosso e com o mesmo
comprimento. A resistência é medida em ohms, simbolizados pela letra grega .
Resistividade a Coeficiente de Tempe-
Material 20 oC, ( m ) ratura a 20 oC, ( K-1 )
Prata 1,6 x 10 - 8 3,8 x 10 - 3
Cobre 1,7 x 10 - 8 3,9 x 10 - 3
-8
Alumínio 2,8 x 10 3,9 x 10 - 3
Tungstênio 5,5 x 10 - 8 4,5 x 10 - 3
Ferro 10 x 10 - 8 5,0 x 10 - 3
Chumbo 22 x 10 - 8 4,3 x 10 - 3
-8
Mercúrio 96 x 10 0,9 x 10 - 3
Nichrome 100 x 10 - 8 0,4 x 10 - 3
(Ni,Cr,Fe)
Carbono 3500 x 10 - 8 - 0,5 x 10 - 3
Germânio 0,45 - 4,8 x 10 - 2
Silício 640 - 7,5 x 10 - 2
Tabela 5.1: Resistividades e Coeficientes de Temperatura de Alguns Materiais.
A forma usual e mais conhecida, para a lei de Ohm é
V RI (5.20)
Significa: “Um componente condutor obedece à lei de Ohm quando sua
resistência é independente do valor e da polaridade da ddp aplicada”.
Ou, “Um material condutor obedece à lei de Ohm quando sua resistividade é
independente do valor e da direção do campo elétrico aplicado”.
Da eq. (5. 20) pode-se ver que um ohm é equivalente a um volt (V) por
ampère (A).
1V
1 (5.21)
1A
Fig. 5.7
5.9 – LEI DE JOULE
A energia cinética dos elétrons dentro de um condutor, adquirida em função
do campo elétrico que as acelera, é perdida por dissipação na forma de calor devido
45
aos choques inelásticos entre eles e a rede cristalina. Esta perda de energia
provocará um aumento da temperatura do condutor.
De acordo com as leis de conservação da energia, será preciso realizar
trabalho para fazer uma corrente circular por um condutor com resistência.
A energia necessária para circular uma carga dq através de um condutor
submetido a uma diferença de potencial V, é
dW V dq (5.22)
dW
ou: d W V I d t P IV (5.23)
dt
onde P é a potência elétrica absorvida pelo elemento.
Questão: Como devem ficar as formas de onda de potência para cada caso?
As amplitudes de V e I podem variar com o tempo e ainda assim representar
formas de ondas de tensão, de corrente ou de potência contínuas, chamadas
variáveis ou pulsadas, se não houver inversões nas polaridades das tensões ou
sentidos das correntes. Ver Fig. 6.5 e Fig. 6.6.
f (t) f (t nt)
onde n é um no inteiro e T é o período.
Para uma função periódica, só um período já é suficiente para definir sua
forma de onda. Ver Fig. 6.7:
Fig.6.7
A forma de onda mais comum em eletricidade é a senoidal, que será
estudada em corrente alternada.
Fig. 7.1
1
f (7.1)
T
Como há 2 radianos em uma revolução completa e ela ocorre em um
tempo T segundos,
2
2 f (7.2)
T
Se o módulo do vetor for V p , o valor instantâneo em qualquer tempo será:
v ( t ) V p s en t (7.3)
7.2 – FASE
É a parte que representa a fração de um período que se encontra avançada
(ou atrasada) no tempo (ou no ângulo temporal associado, t ) a partir de uma
referência arbitrária.
No caso de uma variação senoidal simples, a origem é considerada
normalmente como a última passagem pelo valor zero da função, na direção do
negativo para o positivo, ver Fig. 7.2. Se a fase de uma onda senoidal é 1/12 do
período, o que corresponde a 30o a partir da origem, a ordenada (que é o valor da
função naquele ponto) é metade do seu valor máximo.
Se outra fase fosse 1/4 do seu período (ou 90o a partir da origem) a
ordenada teria o seu valor máximo positivo; e assim por diante, para qualquer
outro valor que represente uma fração de T (ou de t 2 ). De acordo com esta
definição, o ângulo de fase de uma onda é o ângulo a partir do ponto onde a função
possui o valor zero até o ponto tomado como origem de contagem do tempo.
A equação que representa a Fig. 7.2 é a de uma onda senoidal (de corrente
elétrica) com um ângulo de fase
i ( t ) I p sen ( t ) (7.5)
O valor da corrente no ponto t 0 é i ( t 0 ) I p sen
O ângulo é o ângulo de fase da corrente em relação ao ponto i ( t ) 0 ,
tomado como referência.
v ( t ) V p s en t (7.7)
A corrente resultante apresenta um adiantamento em relação à ddp de um
ângulo , obtido a partir da natureza, características e valores dos parâmetros do
circuito (valores de seus componentes), e ela pode ser
i ( t ) Ip sen ( t ) (7.8)
Fig. 7.4
de fase entre v ( t ) e i ( t ) é 0 o ( 45 o ) 45 o
2
1
T R Ip T
2 2
P R i dt s en t dt (7.9)
T T
0 0
e
2 2 2
RIp t s en 2 t
T
R Ip T R Ip V p2
P (7.10)
T 2 4 0 2T 2 2R
2
Ip R Ip
I r2m s R ou I rms (7.11)
2 2
Vpp Vp
Vrms (7.12)
2 2 2
Notar que
De acordo com as eq. (7.11) e eq. (7.12), o valor efetivo (eficaz, ou rms) de
uma onda senoidal é simplesmente seu valor de pico dividido por raiz quadrada de
dois.
para alguns eletrodomésticos que consomem muito, tais como chuveiro elétrico,
fogão elétrico, lavadoras, etc.
Deve-se lembrar sempre que a corrente deve ser baixa, menor do que 40 A;
caso contrário fios de calibre mais grossos terão que ser usados nas instalações.
Em Campinas há duas ou três fases de 127 V, com uma diferença de fase
entre elas de 120º. A diferença de potencial entre dois fios vivos quaisquer é 220 V.
Na Europa e alguns países da América Latina, por exemplo: Argentina - o vivo
é de 220V e a diferença entre dois vivos (que estão defasados em 120º) é de 381V.
Isto barateia o custo das instalações das redes elétricas onde os fios podem ser
mais finos do que em países com linhas de 110 V, mas encarece as instalações
dentro das casas porque é necessário um melhor isolamento e tomar mais cuidado
com a segurança.
Outra diferença é que a frequência das linhas de transmissão nos países com
220V é de 50Hz e nos países com 110V é de 60Hz.
No Brasil a voltagem de linha depende da cidade e até da casa. Em algumas
cidades uma casa pode estar ligada em 220V e outra próxima em 110V.
Em muitas cidades é 127 V com 60 Hz. Nas viagens é importante perguntar
qual é a tensão de linha local antes de ligar o secador de cabelos ou o barbeador
elétrico.
Antes de comprar um aparelho motorizado na Europa, verificar se este não
tem um motor síncrono, que funciona em sincronismo com a frequência da linha,
que na Europa é 50Hz.
Normalmente nos laboratórios de ensino e de pesquisa existe outra lança
aterrada, bem perto do prédio, ligada a um fio chamado “terra” ou terra de
segurança.
A voltagem do “neutro” em relação ao “terra” depende da corrente (ou seja,
do consumo) e da resistência do fio neutro até o ponto onde ele está aterrado, e
não deve ser maior que uns 5 a 10V (mesmo assim, o fio neutro não deve ser
tocado!). Normalmente não passa corrente pelo fio terra. Na tomada do laboratório
tem um vivo, um neutro e um terra.
A Fig. 7.5 é o esquema de uma tomada com ponto de terra. Por convenção o
neutro deve ficar à direita do vivo e o terra embaixo.
Outra convenção, o fio vivo deve ser preto (cor da morte) o neutro branco e o
terra verde. (Estas convenções não são muito respeitadas no Brasil).
A Fig. 7.8 é o esquema da linha de alimentação até o laboratório, onde cada
fase pode alimentar várias tomadas todas ligadas em paralelo.
8.2 – FONTES
Fontes (ou geradores) são componentes ativos que fornecem energia aos
circuitos elétricos.
Fontes independentes são aquelas para as quais os valores de tensão ou
corrente são dados.
Uma fonte de tensão independente possui uma amplitude de tensão que é
uma função específica do tempo v ( t ) , que é independente de quaisquer ligações
externas!
A corrente i ( t ) fornecida por ela dependerá só das ligações externas, podendo
assumir qualquer valor. Isto significa que, teoricamente, uma fonte de tensão é
capaz de fornecer uma quantidade ilimitada de potência e de energia elétrica para o
resto do circuito.
Uma fonte de tensão real sempre terá uma resistência interna em série
(embora muito pequena) que fará com que a tensão de saída diminua à medida
que a corrente aumente.
Em geral as fontes (DC) usadas nos Laboratórios de Física Experimental,
assim como todas as tomadas de tensão da rede (AC), são consideradas fontes de
tensão.
Uma fonte de corrente independente produz uma corrente especificada
i ( t ) para qualquer ligação externa.
Como a tensão nos seus terminais depende do resto do circuito e pode
assumir qualquer valor, a fonte de corrente também pode fornecer uma quantidade
ilimitada de potência e energia, teoricamente.
Na realidade uma fonte de corrente sempre terá uma resistência interna em
paralelo (embora muito grande) que diminuirá a corrente de saída, à medida que a
tensão exigida for aumentando. Os geradores (ou fontes de tensão) são
representados como na Fig. 8.4.
Exemplos de geradores: pilhas; baterias elétricas; fontes de tensão; tomadas
elétricas; geradores de tensão senoidal ou quadrada, etc...
Na Fig. 8.1, a corrente circula em R do seu terminal ligado ao ponto de
potencial mais alto (1) para o seu terminal de potencial mais baixo (2), cedendo
energia ao componente. R é um receptor, um componente passivo que transforma
a energia elétrica em um outro tipo de energia, dependendo do tipo de componente
que R representa. O receptor R pode ser:
54
8.2.1 – FONTES DC
As fontes de corrente contínua (DC) ou as baterias, que fornecem ao circuito
uma diferença de potencial, denominada força eletromotriz representado
usualmente pela letra grega (fem), são componentes básicos de circuitos.
Uma fonte de tensão ideal é uma fonte que mantém sua diferença de
potencial (ddp) igual para qualquer carga R, ou seja, ela possui resistência interna
nula.
Uma fonte de tensão é representada pelo símbolo da Fig. 8.4.
Da mesma maneira, uma fonte de corrente ideal é uma fonte que produz
uma corrente constante independente da carga, ou seja, possui resistência interna
infinita. Uma fonte de corrente é representada pelo símbolo da Fig. 8.5.
Na prática, no entanto, não existem fontes ideiais. Por exemplo, a Fig. 8.6
ilustra o comportamento de uma fonte de tensão de saída de 10V com resistência
interna r i 10 K (ou seja, 10x103 ohms), que tem as seguintes características
para resistências de carga R c 1 , R c 10 , R c 100 , este circuito
se comporta como fonte de corrente de 1mA.
para resistências de carga R c 1 M , R c 10 M , R c 100 M , este
circuito se comporta como fonte de tensão.
Se R c r i fonte de tensão.
Se R c r i fonte de corrente.
8.2.2 – FONTES AC
Uma fonte de Tensão Alternada – que é também uma fonte de Corrente
Alternada – CA (ou AC) – fornece uma onda senoidal.
A voltagem senoidal ( t ) é caracterizada por sua frequência angular , sua
amplitude de zero a pico p (que é o valor de zero a pico da voltagem), e a fase
inicial o
( t ) p cos ( t o ) (8.1)
p pp
ef (8.2)
2 2 2
vg
I (8.3)
(R g R )
Rc
V RcI V Vg (8.4)
( R g R c )
Rg Vg
V Vg V
2 R g 2
10 R g 10
V Vg V V g ~ 0,91 V g
11 R g 11
8.5 – RESISTOR
O resistor é um componente elétrico que dissipa energia elétrica,
transformando-a em energia térmica, por efeito Joule.
’’A queda de tensão nos terminais de um resistor é diretamente proporcional
à corrente elétrica que por ele passa.’’
Se V R é proporcional a I,
VR R I (8.5)
m
Em alguns casos é conveniente usar o recíproco da resistência, definida como
a condutividade
1
siemens (- siemens é unidade do SI) (8.7)
A resistividade depende de vários fatores: pressão, estrutura cristalina,
conteúdo da mistura e temperatura. Destas, aquela de mais fácil manipulação é a
dependência com a temperatura, cuja expressão aproximada é
0
T T0 (8.8)
0
onde é um coeficiente de proporcionalidade, o coeficiente térmico de
resistividade.
Duas expressões de uso constante
0 1 T T0 (8.9)
e
R R 0 1 T T0 (8.10)
A variação da resistência com a temperatura é útil na construção de termômetros.
1 I
G S IEMENS (8.11)
R V
A
G (8.12)
L
De um modo geral,
v(t )Ri(t ) (6.13)
1
a) Resistores de baixa potência (de W a alguns Watts), cuja resistência
8
pode variar desde décimos a até centenas de milhares de Ohms, com
temperatura normal de trabalho bem abaixo do ponto de fusão do material do
qual ele é feito. São os resistores comuns, usados em eletricidade e
eletrônica, onde o aquecimento é indesejável.
b) Resistores com resistências muito baixas, cuja temperatura de trabalho é
próxima do ponto de fusão do material do qual ele é feito. Nestes resistores,
um aumento de tensão (ou de corrente) aplicada, causa fusão e o
rompimento do componente. São os fusíveis de proteção de sobre-tensão.
c) Resistores de alta potência e alta temperatura de trabalho, são os
aquecedores, usados em chuveiros, fornos elétricos, etc...
A resistência de valor zero Ohm ( R 0 , ou G S ) é denominada curto-
circuito e a resistência infinita ( R , ou G 0 S ) é denominada circuito aberto.
Fig. 8.9
Todos os fios de ligações mostrados nos esquemas (ou usados nas
montagens experimentais) devem ser interpretados como curto-circuitos, sem
nenhuma diferença de potencial entre seus extremos.
X
R 1- 2 R 2 - 3 ( )
2
59
i1 i2 i3 i 4 0 (8.15)
ii) A soma dos aumentos de tensão em um circuito fechado (em uma malha
fechada) é igual à soma das quedas de tensão neste circuito.
Em outras palavras:
“A soma algébrica das d.d.p. em uma malha (um circuito fechado) é zero”.
Convenção de sinais:
- As tensões das fontes são consideradas positivas quando coincidem com o
sentido da corrente. São negativas quando têm sentido oposto ao da
corrente.
Na Fig. 8.13, R1, R2, R3 estão ligados em série com a fonte. Não existe
nenhuma junção (ou nó) no circuito, só existe uma malha, então,
i f i R1 i R2 i R3 i (8.16)
i1 i2 i3 i4 0 (8.17)
Vf V R1 V R2 V R3 (8.18)
60
R1
VR1 V (8.20)
R 1 R 2 R 3 F
R eq R 1 R 2 R 3 (8.21)
que pode substituir o conjunto (R1 , R2 , R3), causando o mesmo efeito térmico.
Observar que: R eq > R i (o resistor equivalente é maior do que qualquer um
daqueles que foram substituídos). Então, ao se colocar um resistor em série em um
circuito, a resistência total aumenta, diminuindo a corrente total.
Nesta situação, este resistor em série é chamado de resistor limitador de
corrente.
Exemplo:
Como ligar uma lâmpada de 6V e 200mA em uma fonte de tensão de 8V?
VR 2V
R 10
I 0,2 A
O resistor R divide a tensão da fonte (de 8V) em 2V (no resistor) e 6V (na
lâmpada) e limita a corrente em 200mA.
As potências envolvidas no circuito são
Na fonte: PF = VF I = 8V . 0,2A = 1,6W
No resistor: PR = VR I = 2V . 0,2A = 0,4W
Na lâmpada: PL = VL I = 6V . 0,2A = 1,2W
Nota-se que:
V F V R1 V R 2 V R 3 (8.22)
Logo
Um circuito resistivo em paralelo é um circuito divisor de corrente.
No exemplo da Fig. 8.15, I T está sendo dividida em
VF VF VF
I1 ; I2 ; I3 (8.24)
R1 R2 R3
8.10 – CAPACITOR
O capacitor é um componente que armazena energia sob a forma de um
campo elétrico.
O exemplo mais simples consiste de duas placas condutoras paralelas,
separadas por um isolante. Sua principal característica é a capacidade de
armazenar cargas elétricas,
positivas em uma placa e negativas na outra, criando
um campo elétrico E entre elas. A queda de tensão entre os terminais de um
capacitor é diretamente proporcional à carga depositada em suas placas
V q ou qC V (8.26)
dv 1
w (t) p (t) dt C v (t) dt C v (t) dv ( t ) C v2 (8.35)
dt 2
8.13 – INDUTOR
O indutor é um componente que armazena energia sob a forma de um campo
magnético.
É um dispositivo formado por uma série de N espiras de um fio condutor,
enroladas em forma de uma bobina.
Uma corrente elétrica i (t), circulando pelas espiras de um indutor produz um
campo magnético B que pode ser avaliado pelo seu fluxo B - fluxo do campo
magnético.
A indutância do indutor L é definida como
N. B
L (8.36)
i
A unidade de Fluxo Magnético no SI é Tesla-metro2 /Ampère
B T. m 2 (8.37)
T. m 2 V. s
1H (8.38)
A A
Quando a corrente varia, o fluxo do campo magnético
que permeia e envolve
o indutor também varia. Esta variação no fluxo de B provoca o aparecimento de
uma tensão v L , induzida nas espiras da bobina (Lei de Faraday).
A tensão induzida v L nos terminais de um indutor é proporcional à taxa de
variação da corrente, se a permeabilidade magnética do núcleo da bobina for
constante.
di di
vL (t) ou vL L (8.39)
dt dt
1
i L( t )
L v (t) dt (8.40)
di ( t )
p(t) v(t) i(t) L i(t) (8.41)
dt
64
Esta é a energia
eletromagnética que o indutor armazena sob a forma de um
campo magnético B
1
w( t ) L i( t )2 (8.43)
2
8.15 – AUTO-INDUÇÃO
Se duas espiras estão próximas uma da outra e uma corrente percorre uma
delas, haverá um fluxo de Campo Magnético B através da outra espira. Se a
corrente na primeira espira variar no tempo, de acordo com a lei de Faraday, o
fluxo do campo magnético variando no tempo através da segunda espira vai induzir
uma força eletromotriz (fem) nela, chamada força eletromotriz induzida L .
Um indutor é formado por N espiras – é uma bobina de N espiras – a variação
da corrente nesse indutor faz aparecer uma força eletromotriz induzida pela lei de
Faraday no indutor que, de acordo com a lei de Lenz (que definiu o sinal na lei de
Faraday), será
d B
L N (8.46)
dt
Isso é a Auto-Indutância, ocorre em um indutor (uma única bobina com N
espiras).
M 21 I 1 N 2 B 21
Se a corrente no primeiro indutor variar no tempo i 1 ( t ) , uma força
eletromotriz induzida pela lei de Faraday aparece no segundo indutor. Esse
processo é chamado Indutância Mútua, para diferenciar do caso em que só um
indutor está presente (fenômeno de auto-indução).
d i1 d B 21
M 21 N2 (8.48)
dt dt
O lado direito da eq. (8.48) é a fem definida pela eq. (8.42) que aparece no
indutor 2 devido à variação da corrente no indutor 1.
d i1
2 M 21 (8.49)
dt
di2
1 M (8.52)
dt
d i1
2 M (8.53)
dt
A indução é realmente mútua e a unidade para M no SI é H (henry).
66
Fig. 9.1
R é variável e r i é constante. A corrente no circuito será
i (9.1)
ri R
A potência em R é
2 2 R
Pu R i (9.2)
r i R 2
Para calcular o máximo de Pu , deriva-se Pu em relação a R
dP u
2
R r i 2 2R r i R
dR ri R 4
A condição de Máximo de Pu ocorre quando a derivada primeira de Pu é
igual a zero e a derivada segunda, no ponto em que a derivada primeira se
anula, é negativa. Verificar!
Esta condição é satisfeita para R = r i.
A condição para a Máxima transferência de Potência é que:
A resistência de carga R seja igual à resistência interna da fonte r i.
Quando isto ocorre diz-se que o circuito está casado em impedância.
O valor da potência útil máxima, que é o máximo valor que a fonte com
resistência interna r i pode fornecer, em função da energia transmitida E, é
E2
P u má x (9.3)
4 ri
Fig. 10.1
Processo de Carga
Em t = 0, coloca-se a chave na posição 1, Fig. 10.1(b), o capacitor
começa a ser carregado, até atingir um valor máximo de carga. Durante a carga,
pela 1ª lei de Kirchhoff, vale a equação
V f VC VR (10.1)
onde: VR é a tensão no resistor dada por V R R i , sendo i a corrente no circuito
Q
VC é a tensão no capacitor, dada pela expressão V C , sendo Q a carga
C
nas placas do capacitor de capacitância C.
A relação entre i e Q é dada por
dQ
i (10.2)
dt
1
C
Vf i dt R i (10.3)
Para t = 0 RI 0 Vf ou
68
Vf
I0 (10.6)
R
então,
t
Vf
RC
i e (10.7)
R
t
Vf
dQ RC
e
dt R
t
Vf t
t
Vf t
e RC
integrando, Q
R e RC d t Q
R
R C
0 0
t
RC
Q C Vf ( 1 e ) (10.10)
O produto R C , tem unidades de tempo e é chamado vida média ou
constante de tempo do circuito RC. No instante t = RC, tem-se
Vf Vf
i e 1 0,367879 36,7879 % de I 0
R R
onde
Vf
I0 .
R
V C V f ( 1 e 1 ) 0,63212 V f 63,212 % de V f
Vf
Em t = 0, a corrente no circuito tem um valor I 0 .
R
t
1 1 dQ dQ Q
C i dt Ri 0 C dQ R dt
0
dt
RC
0
0
t
dQ 1 RC
i CVf e
dt RC
t 1 / 2 R C ln 2 0,6931 R C (10.15)
R C 1,4425 t 1 / 2 (10.16)
Fig. 10.3
Em t 0 liga-se a chave na posição 1, Fig. 10.3(c).
Usando a 1ª lei de Kirchoff:
d i
Vf R i L 0 (10.17)
d t
d i
Vf R i L
d t
L di
d t
Vf R i
i t
di
L Vf R i
dt
i0 0
Vf R i
L
R
n Vf R i i
0
t n
Vf
R
L
t
L
definindo a constante de tempo indutiva como: , vem
R
t t
Vf R i t Vf R i Ri
n e 1e
V f
Vf Vf
e,
t
Vf
i t 1 e
(10.18)
R
t
VR t R i t Vf (10.19)
1 e
di
usando V L L
d t
t
VL t VF e (10.20)
72
carga descarga
d i
L R i 0 (10.21)
d t
d
0 c om i 0
dt
73
d i
L R i 0
d t
d i R
i
d t L
ou
d i R
d t
i L
integrando vem,
i t
d i R
i
L
d t
i0 0
i
ln R t
i0 L
L Vf
então, com e i0 ,
R R
t
Vf
i t e (10.22)
R
t
VR t Vf e (10.23)
t
VL t Vf e (10.24)
74
AMPERÍMETRO
VOLTÍMETRO
3) Efetuar a Medida
11.1 – AMPERÍMETRO
Fig. 11.1
11.2 – VOLTÍMETRO
11.3 – OHMÍMETRO
11.4 – FREQUENCÍMETRO
di( t )
v L (t)L (12.1)
dt
(a) (b)
Fig. 12.1
Pela Fig. 12. 1(b) os sinais da carga do capacitor e da corrente no circuito LC
satisfazem
dq( t )
i(t) (12.2)
dt
di( t ) q(t)
L 0 (12.3)
dt C
d2 q (t) q(t)
L 0 (12.4)
dt 2 C
d 2 x( t )
m k x(t) 0 (12.5)
dt 2
d2 q (t) q(t)
0 (12.6)
dt 2 LC
d2 q (t) 1
q(t) (12.7)
dt 2 LC
que é análoga a
d 2 x( t ) k
x(t) 2 x(t) (12.8)
dt 2 m
k
2 (12.9)
m
x ( t ) A c os ( t ) (12.10)
k
(12.11)
m
d2 q (t)
2 q(t) (12.12)
dt 2
1
com 0 (12.13)
LC
q ( t ) A c os ( t ) (12.14)
A corrente fica
dq( t )
i(t) A sen ( t ) (12.15)
dt
q ( t ) Q 0 cos t (12.16)
onde I máx Q 0 .
79
1 1 q2 (t)
Ue q( t ) v C ( t ) (12.18)
2 2 C
2
1 Q0
Ue co s 2 t (12.19)
2 C
2
Q0
a energia elétrica oscila entre entre 0 e . A energia magnética armazenada no
2C
indutor é
1
Um L i 2 (t) (12.20)
2
onde o sinal negativo significa que a energia armazenada diminui com o tempo,
sendo convertida em energia térmica, por efeito Joule, e portanto perdida, P R I 2 .
dU d L i2 q2 di q dq
( )Li R i2 (12.24)
dt dt 2 2C dt C dt
q (t)
vC ( t ) (12.25)
C
di
vL ( t ) L (12.26)
dt
vR ( t ) R i ( t ) (12.27)
A soma de todas as tensões no circuito, (lei de Kirchhoff) deve ser igual a zero
para a chave na posição 2, e v f ( t ) para a posição 1 ( Vf p para t = 0). Então, para a
posição 2, a soma dos fasores é igual a zero
V Lp V Cp V Rp 0
vL v C vR 0 (12.28)
di q
L Ri0 (12.29)
dt C
usando,
dq di d2 q
i e
dt dt dt2
vem
d2 q q dq
L R 0 (12.30)
2 C dt
dt
R
t
2L
q( t ) Q e c os ( , t ) (12.31)
onde
82
1 R
, ( )2 (12.32)
LC 2L
A eq. (12.24) pode ser descrita como uma função co-senoidal com amplitude
que decresce exponencialmente com o tempo, tal como pode ser visto na Fig. 12.3.
Ou seja, a cada ciclo o sistema “queima” parte de sua própria energia, dissipando
calor por efeito Joule. A frequência ' é menor que a frequência angular natural 0
Fig. 12.3
1
0 (12.33)
LC
e o termo
2L
(12.34)
R
dq
i (12.37)
dt
R
t
2L R , , ,
i( t ) Q e 2 L co s ( t ) s en ( t ) (12.38)
83
R
t
2L R , , ,
vR (t) R Q e 2 L co s ( t ) s en ( t ) (12.39)
i ( t ) I p cos ( t ) (12.40)
v ( t ) V p cos ( t ) (12.41)
A fase de uma senóide sozinha não tem muito sentido físico. É sempre
possível escolher a origem dos tempos de modo que ela seja zero. Mas a diferença
de fase entre duas senóides não depende dessa escolha.
Fig. 12.4
84
i ( t ) I p cos ( t ) (12.42)
vR (t ) Vp
i R (t ) c os t (12.44)
R R
iR ( t ) I p cos t (12.45)
(a) (b)
Fig. 12.5
s en ( t ) s en t co s co s t s en co s t (12.46)
2 2 2
co s ( t ) co s t co s s en t s en s en t (12.47)
2 2 2
q (t ) I p Ip
vC ( t ) s en t co s ( t ) (12.48)
C C C 2
vC ( t ) V p co s ( t ) (12.49)
2
q C ( t) C vC ( t ) C V p co s ( t ) C V p s en t (12.50)
2
Na Fig. 12.6 (b), , v C ( t ) e v f ( t ) estão em fase.
2
86
A corrente i C ( t ) está adiantada de rad em relação a v C ( t ) e a v f ( t ) .
2
(a) (b)
Fig. 12.6:
(a) Circuito capacitivo de uma única malha contendo uma fonte AC.
d q( t ) d s en t
i C t C Vp (12.51)
dt dt
d q( t )
i C t C V p co s t (12.52)
dt
As eqs. (12.42) e (12.52) são iguais. Uma comparação das eqs. (12.50) e
(12.52) mostra que as quantidades variando no tempo v C ( t ) e i C ( t ) não estão
em fase, v C ( t ) está atrasada em relação a i C ( t ) , isto é, à medida que o tempo
passa, v C ( t ) atinge o seu máximo um quarto de ciclo ( rad) depois de i C ( t ) ter
2
atingido o seu respectivo máximo. Ver a Fig. 12.6(b). Ou ainda, que a corrente está
adiantada de rad = 900 em relação à tensão.
2
O ângulo de fase entre v C ( t ) e i C ( t ) nas eqs. (12.50) e (12.52) é de .
2
Substituindo
1
XC (12.53)
C
Vp
iC ( t ) co s t (12.54)
XC
i C ( t ) I p cos t (12.55)
V p I p XC (capacitor) (12.56)
Embora esta relação tenha sido encontrada para o circuito da Fig. 12.6(a), ela
se aplica para qualquer capacitância em qualquer circuito.
diL
v L(t ) L L I p s en t L I p co s( t ) (12.58)
dt 2
(a) (b)
Fig. 12.7
Fig. 12.7: (a) Um indutor é conectado com uma fonte AC.
(b) A diferença de potencial aplicada ao indutor está avançada em um
quarto de ciclo ( rad) em relação à corrente.
2
88
v L (t) X L I p co s ( t ) (12.60)
2
v L (t) V p co s ( t ) (12.61)
2
Tabela 12.1
00
Resistor v( t ) R i( t ) R i em fase Vp I p R
R com v R
90 o
Capacitor q( t ) 1 2 Ip
v(t ) XC V p I p X C
C C C i Adiantada C
de v C por 900
90 o
Indutor di( t ) X L L 2 V p I p X L I p L
v(t )L
L dt i Atrasada
de v L por 900
88
j 1 (13.2)
A eq. (13.1) possui uma parte real e uma parte complexa, isto pode ser visto
usando a fórmula de Euler
e j ( t ) cos ( t ) j s en ( t ) (13.3)
a parte real de v̂ ( t ) fica
v ( t ) Re v̂ ( t ) Re V p e j( t )
V p co s ( t ) (13.4)
A eq. (13.4) é um real puro. De uma forma análoga se pode definir uma
corrente complexa, î ( t ) .
A principal vantagem do uso da notação complexa é que se podem transformar
equações diferenciais, comumente encontradas em circuitos, em equações
algébricas ordinárias. Para efetuar as derivadas devem-se usar as simplificações
d d
( e j t ) j e j t ou j para derivar uma vez em relação ao tempo
dt dt
basta multiplicar por j
d2 d2
( e j t ) 2 e j t ou 2 para a derivada segunda em relação
dt 2 dt 2
d3 j t 3 j t d3
(e ) j e ou j 3 para a derivada terceira em
dt 3 dt 3
relação ao tempo basta multiplicar por ( j ) 3 j 3
e, assim por diante...
13.2 – FASORES
2. O que é um fasor?
Um fasor é um número complexo que representa a magnitude e a fase de
uma senóide.
4.a. Escrever a tensão no domínio do tempo como uma função cossenoidal com
uma fase determinada.
v ( t ) V p cos ( t ) (13.5)
onde V p é a amplitude da onda cossenoidal, é sempre 0
rd
é a frequência angular da onda cossenoidal, medida em
s
é a fase da onda cossenoidal, medida em rd
e j cos j s en (13.6)
cos Re e j (13.7)
v ( t ) V p co s ( t ) Re V p e j ( t ) Re V p e j t e j (13.8)
90
4.d. O fasor V é dado por
V V p e j V p (13.9)
com
t
4.e. Fasores não giram! Isto porque o termo e j t da Eq. (13.8) é considerado à
parte.
4.f. A representação do fasor V adotada na Eq. (13.9) é denominada polar.
Mas é perfeitamente aceitável uma representação usando números complexos
V V p ( cos j s en ) (13.10)
Fig. (13.1)
7. Um exemplo de fasor?
Considerar uma corrente
2
i ( t ) 5 s en ( 100t ) (13.11)
3
reescrever esta mesma corrente como uma função cossenoidal
i ( t ) 5 co s ( 100t ) (13.12)
6
reescrever como a parte real de um número complexo
j ( 100 t )
j ( 100 t )
i( t ) Re 5 e 6 6
5 R e e (13.13)
Para simplificar a notação pode-se deixar de escrever a função Re ....
j ( 100 t ) j
i( t ) 5 e 6 5 e j 100 t e 6 (13.14)
Ignorar e j 100t
91
j
I 5e 6 (13.15)
E finalmente
I 5 (13.16)
6
Ou seja, o fasor possui amplitude (ou magnitude, ou módulo) 5 e fase
.
6
8. Como transformar de uma notação fasorial para uma função temporal?
Considerar um fasor
V V p e j (13.17)
v( t ) Re V p e j t e j (13.18)
Agrupando-se os expoentes
v ( t ) Re V p e j( t ) (13.19)
E finalmente
v ( t ) V p cos ( t ) (13.20)
i ( t ) I p ( cos t ) (13.24)
e
i( t ) Re I p e j t e j (13.25)
agrupando as eqs. (13.21), (13.23) e (13.25)
92
Re V p e j t e j R Re I p e j t e j (13.26)
que pode ser simplificada eliminando-se a função “real” dos dois lados
d i( t )
v( t ) L (13.30)
dt
Considerar que a tensão é dada por
v ( t ) V p cos ( t ) (13.31)
v( t ) Re V p e j t e j (13.32)
A corrente também será dada por uma função cossenoidal que possui uma
fase .
93
i ( t ) I p ( cos t ) (13.33)
e
i( t ) Re I p e j t e j (13.34)
Re V p e j t e j L
d Re I p e j t e j j L Re I jt e j
p e (13.35)
dt
Que pode ser simplificada eliminando-se a função “real” dos dois lados
V p e j t e j j L I p e j t e j (13.36)
Vp e j j L I p e j (13.37)
Em termos fasoriais
V j L I (13.38)
onde V V p
I I p
o o
V p e j j L I p e j L I p e j 90 e j L I p e j ( 90 ) (13.39)
e
o
V p e j L I p e j ( 90 ) (13.40)
12. Capacitores
A equação diferencial básica para um capacitor ideal é
d v( t )
i( t ) C (13.42)
dt
Considerar que a tensão é dada por
v ( t ) V p cos ( t ) (13.43)
94
v( t ) Re V p e j t e j (13.44)
A corrente também será dada por uma função cossenoidal que possui uma
fase
i ( t ) I p ( cos t ) (13.45)
E também
i( t ) Re I p e j t e j (13.46)
Re I p e j t e j C
d Re V p e j t e j
j C Re V p e j t e j (13.47)
dt
Que pode ser simplificada eliminando-se a função “real” dos dois lados
I p e j t e j jC Vp e j t e j (13.48)
I p e j jC Vp e j (13.49)
Em termos fasoriais
I jC V (13.50)
e
1
V I (13.51)
jC
onde V V p
95
I I p
A partir da Eq. (13.50) pode-se escrever
o o
I p e j j C V p e j C V p e j 90 e j C V p e j ( 90 ) (13.52)
e
o
I p e j C V p e j ( 90 ) (13.53)
o 1
V p e j ( 90 ) I p e j (13.54)
C
Conclui-se da Eq. (13.54) que
90o (13.55)
Neste caso as fases da tensão e corrente são diferentes! A tensão está
atrasada de em 90o relação à corrente. A Fig. 13.6 mostra a relação temporal entre
a tensão v ( t ) e a corrente i ( t ) em um capacitor ideal e o diagrama fasorial
correspondente na Fig. 13.7.
13. Impedância
Convém comparar as relações fasoriais obtidas para os elementos resistivos,
indutivos e capacitivos. As equações estão repetidas a seguir para facilitar tal
comparação.
V R I (13.56)
V j L I (13.57)
1
V I (13.58)
jC
Pode-se generalizar, definindo uma impedância Z que é dada pela relação
entre os fasores V e I
V
Z (13.59)
I
96
Fig. 13.8
V 2 V p 2 ( cos 2 j s en 2 ) (13.61)
V T ot al V p 1 ( cos 1 j s en 1) V p 2 ( cos 2 j s en 2 ) (13.62)
v ( t ) V p cos ( t ) (13.63)
^
v ( t ) Vp e j ( t ) (13.64)
^
onde v ( t ) representa um fasor, que é proporcional ao valor de V p .
97
Fig. 13.9
d2 Q dQ Q
L R V p c os t (13.66)
dt 2 dt C
Usando a corrente
dQ
i(t)
dt
, com Q i ( t ) dt
di 1
L
dt
Ri
C i d t V p c os t (13.67)
dy 1
L
dt
Ry
C
y d t V p c os t (13.68)
dy y
dt
jy e y dt
j
Substituindo na eq. (13.68)
1 Vp
j L y R y y Vp e jt y
jC Ip
Dividindo por y
1 Vp
j L R (13.69)
jC Ip
1 Vp
j( L )R (13.70)
C Ip
Usando as definições de reatância capacitiva e reatância indutiva
98
1
XC (13.71)
C
X L L (13.72)
na eq.(13.69), vem
Vp
j( X L X C ) R (13.73)
Ip
e
Vp
Ip (13.74)
j( X L X C ) R
Fig. 13.10
j( X L X C ) R ( X L X C ) 2 R 2 e j Ze j (13.75)
2
1
Z ( X L X C ) 2 R 2 R 2 L (13.76)
C
1
L
XL XC C
tg (13.77)
R R
Vp Vp
Ip e j (13.78)
Ze j Z
então
Vp Vp
y I p e jt e j e jt e j( t ) (13.79)
Z Z
A corrente fica
99
Vp
i ( t ) Re y c os ( t ) (13.80)
Z
com
1
Z R2(L )2 (13.81)
C
Z 0 R2( 0 L
1
0 C
)2 R (13.82)
Porque em 0
1 1
0 L ou ainda, 2f0 L (13.83)
0 C 2f0 C
1 1
0 ou f0 (13.84)
LC 2 LC
A Fig. 13.11 mostra três curvas de ressonância em três circuitos RCL em série
diferindo apenas nos valores de R. Cada pico tem seu máximo de amplitude de
corrente quando
1 (13.85)
0
mas o valor máximo de i ( t ) decresce com o aumento de R, enquanto o pico de
ressonância se alarga com o aumento de R.
A Fig. 13.11 sugere a experiência comum de sintonizar uma estação de
rádio. O que se faz, ao girar o botão, é ajustar a frequência natural 0 de um
circuito interno à frequência do sinal transmitido pela antena da emissora, até
que a eq. (13.85) seja satisfeita.
Numa área metropolitana, onde é muito grande a incidência de sinais com
frequências não muito diferenciadas, torna-se muito importante aumentar a
agudeza da sintonização - o que significa um fator de qualidade Q 0 com um valor
alto.
O sentido físico das curvas de ressonância na Fig. 13.11 pode ser considerado
através da influência da variação da frequência angular sobre as reatâncias
indutiva X L e capacitiva X C , iniciando com pequenos valores de , menores que a
frequência natural 0 . Para pequenos valores de , a reatância indutiva é pequena
XL L (13.86)
1
XC (13.87)
C
Fig. 13.11
Fig. 13.11 - Curvas de ressonância para o circuito RLC. Os valores de L e C são os
mesmos para as 3 curvas e os valores de R são diferentes. As setas horizontais em
cada curva medem sua largura no ponto de meia potência, que determina o fator
de qualidade Q do circuito. Notar que a corrente atinge um máximo, em cada caso,
na ressonância.
1 1 1
XL XC ou, 0L ou, ( 0 L )0 e 0
0 C 0 C LC
Fig. 13.12
P0 V 12 V 22 V 02 V0
P1 P 2 ou ou V1 V 2 0,707V 0
2 R R 2R 2
0 L 1 f0
Q0 (13.88)
R 0 CR f2 f1
V C ( f 0 ) X C ( f 0 ) I p máx
V p má x
I p má x
R
portanto
X C ( f 0)
V C ( f 0 ) V p má x ( f 0 ) Q 0 V p má x (13.92)
R
Então, se Q0 1 V C ( f 0 ) V p má x
Fig. 13.13
Z 0 R
A Reatância é nula – L em série com C é como um curto-circuito
X 0 0
A Corrente é máxima
Vp
I 0 R
I p
0L 0
Q0
R
Fig. 13.14
Um circuito RLC em paralelo prático, é o da Fig. 13.14(b), onde R fica em
série com o conjunto LC em paralelo (também conhecido como Circuito Tanque).
Na realidade, para este circuito, R corresponde à resistência interna da fonte. A
corrente é obtida através da impedância total do circuito. Como L e C estão em
paralelo, a impedância equivalente para os dois será
1 1 1
ZLC j XC j XL
ou,
XL.XC L
ZLC j j (13.93)
X C X L 1 2 L C
L
ZR j (13.94)
1 2 L C
A Corrente
v( ) V p e j ( t )
i( ) (13.95)
Z( ) 2
L
R2
1 2 L C
L
t g
R 1 2LC (13.96)
Para 0: XL 0 e Z 0 (curto-circuito)
Para : XC 0 e Z 0 (curto-circuito)
1 1
0 ou f0 (13.94)
LC 2 LC
Z 0
X 0
A Corrente é mínima
I 0 0
A Potência Transferida ao circuito é mínima
P 0 0
0
Q t a nque 0 R C
t a nque
Observar que
105
1
Q ta nque
Q s é rie
(a) (b)
Fig. 13.15
13.7 – FILTROS
Em eletricidade, assim como em qualquer outro ramo das ciências exatas, um
sistema fica bem definido quando são conhecidas as relações entre as funções de
saída (efeitos) e as de entrada (causas).
Em eletricidade e em eletrônica os circuitos são conhecidos como
amplificadores ou atenuadores, quando as variáveis de saída (normalmente v ou i)
são maiores ou menores do que as de entrada, respectivamente.
É deste modo que os circuitos de filtros devem ser analisados, quando a
frequência do sinal de entrada varia, resultando em amplificação ou atenuação.
Os filtros elétricos são muito utilizados em instalações elétricas e
equipamentos eletrônicos, para rejeitar ruídos e para proteger os circuitos dos
equipamentos, de transientes (os picos de tensão e de corrente) induzidos pela
queda de raios durante as tempestades. Um filtro pode ser representado por um
circuito com dois terminais de entrada e dois terminais de saída. Aos terminais de
entrada se aplica uma voltagem v e e nos terminais de saída mede-se uma
voltagem v s que depende da frequência, ver Fig. 13.16.
Fig. 13.16
v s ( ) v s ( )
H ( ) e j () (13.95)
v e ( ) v e ( )
2
T( ) H ( ) (13.96)
T ( dB ) 10 log H ( ) (13.97)
13.7.2 – FILTROS RC
1
jC 1
H ( )
1 1 j R C
R
jC
1
T( ) (13.98)
1 ( R C ) 2
Bell Laboratories (USA) e primeiro a utilizar estes diagramas nos anos 1930) como
o da Fig. 13.17(b).
Para c a resposta do filtro é praticamente plana e a transmitância é
igual a 0 dB.
Para c a transmitância é
1
T ( c ) 3 d B ( 10lo g ( ) ) 3,0103...
2
E para c a transmitância cai a uma taxa de –20dB/dec (decibéis por
década)
1
( 10lo g 20 lo g ( ) co nst ant e )
( R C ) 2
i ( t ) I p sen t (13.99)
as tensões serão
v R ( t ) R I p s en t (13.100)
e,
1 1
vC (t)
C i dt C Ip sen ( t
2
) (13.101)
v R ( t ) R I p e jt (13.102)
e, v C ( t ) j X C I p e j t (13.103)
e a tensão do gerador é
v e ( t ) v R ( t ) v C ( t ) ( R j X C ) e jt (13.104)
Para v s ( t ) v R ( t )
v s vR R 1 1
ve 2 2 1
R2 XC XC 1
1 2 C2 R2
R2
Para v s ( t ) v C ( t )
v s (t) v C (t) j Xp Ip
v e (t)
v e (t)
R j XC Ip
v s v C XC 1 1
(13.106)
v e (t) 2 R2 2 C2 R2
R2 XC
1
2
XC
vs
A análise de ( ), em função de , fica
ve
vC vR
i) Para 0 1 e 0
ve ve
vR vC
ii) Para 1 e 0
ve ve
Entre os valores de , de0 a Hz, existe um valor especial, que é quando a
frequência, c , satisfaz a equação
2
c C 2 R 2 1 (13.107)
e, neste caso
vs 1 1
ou v s 0,707 v e , esta frequência c corresponde a
ve 2 RC
1
fc (13.108)
2 R C
(a) (b)
Fig. 13.20
v e ( , t ) v R ( , t ) v C ( , t )
VC
i) Para 0 ( )1 VR 0
Ve
vR
ii) Para ( ) 1 vC 0 .
ve
Para altas frequências a ddp aplicada ao circuito se concentra no resistor
enquanto que, no capacitor, ela é praticamente zero.
O circuito RC , quando se considera a tensão de saída no resistor, funciona
como um filtro passa-alta frequência, ou seja, deixa passar a alta frequência sem
atenuá-la.
VR
Em baixas frequências: VR 0 e co s 0 e 90 o
Ve
111
VR
Em altas frequências: VR V e e co s 1 e 0o
Ve
Ve 1
Na frequência de corte: VR e co s e 45 o
2 2
13.7.3 – FILTROS RL
A reatância indutiva X L L também varia com a frequência e possui
como unidades Ohmé uma “resistência”. Os circuitos das Figs. 13.21(a) e
13.21(b) são circuitos divisores de tensão, onde sempre se tem, para qualquer
instante t
v e ( , t ) v R ( , t ) v L ( , t )
vR
i) Para 0 ( ) 1 v L 0.
ve
A ddp aplicada ao circuito se concentra no resistor enquanto que no indutor
ela é zero. O circuito RL , quando se considera a tensão de saída no resistor,
funciona como um filtro passa-baixa frequência. Deixa passar a baixa frequência
sem atenuá-la.
vL
ii) Para ( ) 1 vR 0 .
ve
A ddp aplicada ao circuito se concentra no indutor enquanto que, no resistor,
ela é zero. O circuito RL , quando se considera a tensão de saída no indutor,
funciona como um filtro passa-alta frequência. Deixa passar a alta frequência sem
atenuá-la.
(a) (b)
Fig. 13.21
FREQUÊNCIA DE CORTE
R
fc (13.110)
2 L
Substituindo a expressão de f c em V R ( c ) V L ( c )
V0
VR ( c ) VL ( c ) 0,707 V 0 (13.111)
2
Fig. 13.22
Os diagramas fasoriais para estes filtros são mostrados nas Figs. 13.23(a),
13.23(b) , 13.23(c) e 13.23(d).
As curvas características de defasagem versus frequência para os filtros RC e
RL são mostradas nas Figs. 13.24(a), 13.23(b) , 13.23(c) e 13.23(d).
Para construir estes dois tipos de gráficos é comum se efetuar uma varredura
em toda a faixa de frequência e o gráfico abrange só os valores das tensões de
saída próximos às respectivas frequências de corte.
Figs. 13.23
Figs. 13.24
VL
Em baixas frequências: VL 0 e co s 0 e 90 o
Ve
VL
Em altas frequências: VL Ve e co s 1 e 0o
Ve
Ve 1
Na frequência de corte: VL e co s e 45 o
2 2
(a) (b)
Fig.13.25
13.9.1 – CIRCUITOS RC
Uma onda quadrada aplicada em um circuito de filtro RC passa-alta resulta
em uma saída V R ( t ) também quadrada, se e somente se, a frequência
fundamental do sinal de entrada for maior que a frequência de meia potência (ou
de corte) do filtro. Com esta condição satisfeita, todas as frequências formadoras
do sinal quadrado são transmitidas para a saída. Assim a forma de onda da tensão
de saída será, também, quadrada.
É igualmente importante que as relações de fase entre os harmônicos
permaneçam também constantes, ao passarem pelo circuito, se o objetivo é que a
forma de onda deve ser preservada.
Se a frequência fundamental for menor do que a frequência de corte a
composição harmônica das ondas será alterada, mudando a forma de onda de saída
do circuito. Para este caso, se o sinal de entrada for quadrado, a saída (de um filtro
passa-alta) será uma série de pulsos alternados, positivos e negativos.
A Figs. 13.26 mostra uma onda quadrada de período T, V e ( t ) , considerá-la
aplicada a um circuito RC em série.
Fig. 13.26
A tensão de saída em R, V R ( t ) representa um filtro passa-alta.
Fig. 13.27
116
Fig. 13.28
13.9.2 – CIRCUITOS RL
Uma onda quadrada aplicada em um circuito de filtro RL passa-alta, resulta
em uma saída v L ( t ) também quadrada, se e somente se, a frequência
fundamental do sinal de entrada for maior que a frequência de meia potência (ou
maior que a frequência de corte) do filtro. Com esta condição satisfeita, todas as
frequências formadoras do sinal quadrado são transmitidas para a saída. Assim a
forma de onda da tensão de saída será, também, quadrada.
É igualmente importante que as relações de fase entre os harmônicos
permaneçam também constantes, ao passarem pelo circuito, se o objetivo é que a
forma de onda deve ser preservada.
Se a frequência fundamental for menor do que a frequência de corte a
composição harmônica das ondas será alterada, mudando a forma de onda de saída
do circuito. Para este caso, se o sinal de entrada for quadrado, a saída (de um filtro
passa-alta) será uma série de pulsos alternados, positivos e negativos.
(a) (b)
Fig. 13.29
Considerar agora a mesma onda quadrada de período T, v e ( t ) , aplicada a
um circuito RL em série.
117
Fig. 13.30
L L 1 L
1 ou ou ainda se T for satisfeita.
R R R
L
Quando T e uma onda quadrada for aplicada em um filtro RL passa-
R
baixa, a tensão de saída, V R ( t ) , será igual à integral da tensão de entrada,
v e ( t ) , ver a Fig. 13.31.
Fig. 13.31
(a) (b)
Fig. 13.32
(a) (b)
Fig. 13.33
A resistência do capacitor, normalmente muito pequena, R C R L , pode
ser desprezada. O diagrama fasorial apresenta o ângulo de fase L entre i L e
v L C i R L R L , menor do que 90 º, ver Fig. 13.33(b).
A corrente no indutor i L , pode ser decomposta em
i L é a corrente total que agora circula por R causando uma queda de tensão
vR R iT e v e v R v L C também em f 0 .
118
14 – ELETRÔNICA DE SEMICONDUTORES
Por outro lado, ao se adicionar uma impureza com somente três elétrons de
valência, tal como (Al , B , Ga , In ), somente três das ligações covalentes podem
ser preenchidas, a ausência de um elétron na quarta ligação representa uma
lacuna. Tais impurezas, provocam a criação de portadores positivos. Este processo
cria lacunas que podem aceitar elétrons. Estas são as impurezas receptoras ou do
tipo p. Um íon receptor é indicado por um sinal -, pois, após um átomo receber um
elétron, torna-se um íon negativo.
A quantidade de impurezas utilizada normalmente é muito pequena. Por
exemplo, ao adicionar impurezas na proporção de uma parte para 10 8 do material
semicondutor, a condutividade do Ge é multiplicada por um fator de 12 (a 30 0 C).
elétrico. Isto significa que o diodo pn é um bom condutor de p para n, mas um mal
condutor de n para p.
15 – TRANSFORMADOR
V e > V s elevadores
V e = V s isoladores
V e < V s abaixadores
Em nosso Lab. de Fís. Exp. será usado um transformador que abaixa a tensão
da rede, de um valor 2 2 0 V r m s para 2 4 V r m s .
V S 1 12 V r m s e V S 2 12 V r m s
Fig. 15.1
Fig. 16.1
X
x s en t (16.3)
X0
Y
y s en ( t ) (16.4)
Y0
( y x c os ) 2 ( sen 1 x2 )2
y 2 x 2 cos 2 2 x y cos s en 2 x 2 s en 2
chegando finalmente a:
y 2 x 2 2 x y cos s en 2
X Y
substituindo, na equação acima, x por x e y por y
X0 Y0
Y X 2 XY
( )2 ( ) 2 co s s en 2 (16.8)
Y0 X0 X 0 Y0
Y0
se 0 Y X equação da reta no 1o (ou 3º ) quadrante
X0
Y0
se Y X equação da reta no 2 o (ou 4º ) quadrante
X0
Y X
se ( )2 ( )2 1 equação da elipse com um eixo
2 Y0 X0
sobre o eixo x ou então, se X 0 Y 0 é a equação do círculo
v h Vp s en t
e a tensão na vertical
v v b s en ( t )
a
então, sen , ou para facilitar as medições
b
2a
arc sen (16.9)
2b
(a) (b)
Fig. 16.2
126
2a
A relação pode ser determinada diretamente das dimensões da figura
2b
obtida na tela do osciloscópio, contando divisões e subdivisões.
Observar que a figura precisa estar centrada em relação aos eixos vertical
e horizontal da tela do osciloscópio, Figs. 16.2 (a) e (b). Para a Fig. 16.2 (a) fica
2a
arc sen ( ) (16.10)
2b
Se a figura mostrada na tela for parecida com a Fig. 16.2 (b), deve-se
calcular usando
2a
180 o arc sen ( ) (16.11)
2b
Fig. 17.1
2Vp 1 1 1
s en t s en 3 t s en 4 t ..... (17.2)
2 s en 2 t 3 4
ANEXO # 1 – MULTÍMETRO
AN.1.1 – NORMAS PARA A UTILIZAÇÃO DO MULTÍMETRO
I - Selecionar o Modo de Operação:
Amperímetro - Ligação em Série, é necessário “abrir” o circuito no ponto a ser
medido.
Voltímetro - Ligação em Paralelo.
Ohmímetro - Ligação em Paralelo, sobre o componente ou a parte do circuito
que se deseja conhecer a resistência, com o circuito aberto!
AN.1.2 – MEDIDAS
AN.1.2.1 – AMPERÍMETRO
O amperímetro mede corrente elétrica, em um ponto do circuito, deve ser ligado em
série com o componente, neste ponto.
Para realizar a medida de corrente elétrica em um ponto, é preciso “cortar”o circuito
neste ponto e conectar o amperímetro em série (observando as polaridades, se for circuito
em DC, ou observando a indicação do ponto de terra, para os circuitos em AC).
Se, em um circuito, for necessário medir a corrente em vários pontos distintos, é
aconselhável colocar nestes pontos de medidas as chamadas “pontes” (“jump”ou curto-
circuito) que, com sua retirada, facilita a inserção do amperímetro.
AN.1.2.2 – VOLTÍMETRO
O voltímetro mede tensão elétrica (ddp) entre dois pontos de um circuito. Deve ser
ligado em paralelo nos dois pontos. Para medir a tensão, ligam-se os terminais do voltímetro
em paralelo com os dois pontos (observando as polaridades se o circuito for de CC, ou
observando a indicação do ponto de terra, para os circuitos em AC).
Fig. AN1.2
Quando se tratar de potencial, ou tensão, em um ponto de um circuito, o outro ponto,
tomado como referência deve ser o terra ( neutro ou comum ).
Desconhecendo-se a ordem de grandeza da intensidade de corrente a ser medida,
deve-se selecionar, inicialmente, a escala menos sensível do aparelho (que corresponde à de
maior fundo de escala).
129
AN.1.2.3 – OHMÍMETRO
O Ohmímetro é utilizado para medir resistência elétrica de resistores.
O Ohmímetro possui uma fonte de tensão DC interna ( bateria ), que é aplicada à
resistência a ser medida.
Nunca realizar medidas de resistências em um circuito, com ele em
funcionamento, ou ligado, pois as tensões presentes nos componentes podem danificar
(queimar!) o Ohmímetro. Mesmo com a fonte desligada, é preciso “abrir” o circuito soltando
uma das pernas do resistor. O componente, do qual se deseja determinar a resistência, deve
ter pelo menos um terminal desconectado do circuito ao qual está acoplado, ou será medida
uma resistência equivalente de todo o circuito.