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Autores:
Goiânia
3 de junho de 2022
CÁLCULO 1C - NL 2020/1
Sumário
Lista de Figuras 4
Lista de Tabelas 5
1. Funções: domínio e diferentes representações | Aula 2 6
1.1. Funções 6
1.2. Domínio 7
1.3. Contradomínio e imagem de uma função 8
1.4. O Plano Cartesiano - Quadrantes 11
1.5. Gráfico de uma função 11
2. Funções definidas por partes | Aula 3 15
2.1. Definição 15
3. Composição de funções | Aula 4 16
3.1. Função composta 16
4. Função afim | Aula 5 19
5. Função quadrática: definição e gráfico | Aula 6 26
5.1. Definição 26
5.2. Gráfico 27
5.3. Análise da função quadrática 29
6. Gráficos de funções definidas por partes | Aula 7 32
7. Limites: definição e propriedades | Aula 8 37
7.1. Introdução 37
7.2. O limite de uma função 37
7.3. Propriedades dos limites 39
7.4. Limite de função linear 39
8. Limites de Polinômios, Limites Laterais, Continuidade | Aula 9 41
9. Limites de funções racionais | Aula 10 44
9.1. Divisão de polinômios 44
9.2. Funções racionais 44
10. Limites Infinitos | Aula 11 48
11. Limites no infinito | Aula 12 51
11.1. Introdução 51
11.2. Regra de potência inversa 52
11.3. Exemplos 52
12. LISTA EXERCÍCIOS 1 54
13. Derivada: definição, velocidade instantânea e reta tangente | Aula 13 60
14. Derivabilidade e continuidade. Derivada como função e a derivada de potências
| Aula 14 64
14.1. Derivação e continuidade 64
14.2. Derivada como função 65
14.3. Derivada de potências 66
15. Significado do sinal da derivada | Aula 15 68
16. Regras de derivação | Aula 16 72
16.1. Multiplicação por uma constante 72
16.2. Regra da soma 72
2
CÁLCULO 1C - NL 2020/1 3
Lista de Figuras
Lista de Tabelas
Na figura (a) acima temos uma representação de uma função. Note que cada elemento
do conjunto A é associado (através das setas azuis) a um único elemento do conjunto B.
Por outro lado, na figura (b) existe um elemento do conjunto A que está associado a dois
elementos distintos do conjunto B ao mesmo tempo, o que contraria a Definição 1 e mostra
que o diagrama da figura (b) não representa uma função.
Exemplo 1. Um exemplo clássico de função é a função "elevador". Considere um prédio
de seis andares. Defina o conjunto A como o conjunto dos botões do elevador, isto é,
A={0,1,2,3,4,5,6}, onde o 0 representa o botão que leva ao térreo, 1 representa o botão que
leva ao 1o andar e assim por diante. Agora, defina o conjunto B como sendo o conjunto dos
andares do prédio, isto é, B={0,1,2,3,4,5,6}, onde 0 representa o andar térreo e cada número
de 1 a 6 representa o respectivo andar com aquele número. Podemos definir uma função
f : A → B chamada função "elevador"que associa cada botão do elevador ao andar que o
elevador nos leva quando apertamos aquele botão. A tabela a seguir representa a função
"elevador":
x f(x)
0 0
1 1
2 2
3 3
4 4
5 5
6 6
Note que não existe nenhum botão do elevador que não esteja associado a nenhum andar.
Além disso, cada botão do elevador está associado a algum andar pela regra "ir até o
andar com o mesmo número do botão", e essa associação é tal que cada botão do elevador
se associa a um único andar do prédio.
CÁLCULO 1C - NL 2020/1 7
Outros exemplos de funções que podemos definir a partir de situações cotidianas são:
• O volume do áudio de um televisor em função do número que aparece na barra de
volume quando apertamos o botão de ajuste de volume no controle remoto;
• A quantidade de imposto de renda devido em função da renda obtida por uma
pessoa durante uma ano;
• A concentração de um medicamento na corrente sanguínea de uma pessoa em função
do tempo que passou desde que ela tomou aquele medicamento;
• O consumo de um automóvel em função da proporção gasolina/etanol utilizada para
abastecê-lo.
1.2. Domínio.
Definição 2. O domínio de uma função real f , denotado por D(f ) ou Df , é o maior
subconjunto de R (o conjunto dos números reais) para o qual f está bem definida.
Em outras palavras a definição acima nos diz que o domínio de uma função real f (isto é,
uma função que assume valores no conjunto dos números reais) é o maior conjunto possível
dentro de R para o qual a regra que define a função está bem definida, ou seja, o maior
conjunto formado por elementos x ∈ R para os quais é possível calcularmos a imagem f (x).
√
Exemplo 2. Considere a função real dada pela regra f (x) = x. Como sabemos, no
contexto dos números reais, só é possível calcularmos raízes quadradas de números maiores
ou iguais a zero. Portanto, neste caso temos:
√
f (x) = x ⇒ Df = {x ∈ R|x ≥ 0}
= R+
= [0, +∞)
√
Exemplo 3. Considere a função real definida pela regra f (x) = x − 1. Novamente,
seguindo o exemplo anterior, só podemos calcular raízes quadradas de números maiores ou
iguais a zero. Portanto, a expressão dentro do radical deve ser maior ou igual a zero, e assim
temos:
√
f (x) = x − 1
x−1 ≥ 0
x ≥ 1
⇒ Df = {x ∈ R|x ≥ 1}
= [1, +∞)
Exemplo 4. Considere a função real definida pela regra f (x) = x1 . Sabemos que não existe
divisão por zero. Portanto, temos o seguinte:
1
f (x) = ⇒ Df = {x ∈ R|x 6= 0}
x
= R∗
= R\{0}
= (−∞, 0) ∪ (0, +∞)
8 CÁLCULO 1C - NL 2020/1
⇒ Df = {x ∈ R|x 6= 1}
= R\{1}
= (−∞, 1) ∪ (1, +∞)
√
x
Exemplo 6. Agora considere a função real f (x) = x−2 . Note que neste caso temos duas
restrições: 1) a expressão dentro do radical que aparece no numerador deverá ser maior ou
igual a zero; 2) a expressão do denominado deverá ser diferente de zero. O domínio de f
será o subconjunto de R que contém os números reais que satisfazem estas duas condições
ao mesmo tempo: √
x f1 (x)
f (x) = =
x−2 f2 (x)
(1)
√
f1 (x) = x ⇒ Df1 = {x ∈ R|x ≥ 0}
= R+
= [0, +∞)
(2)
1
f2 (x) = ⇒ Df2 = {x ∈ R|x 6= 2}
x−2
= R\{2}
Df = Df1 ∩ Df2
= {x ∈ R|x ≥ 0 e x 6= 2}
= [0, 2) ∪ (2, +∞)
x f(x)
-2 -1
-1 0
0 1
1 2
2 3
Tabela 1. Alguns valores da função
Domínio de f : R
Contradomínio de f : R
Imagem de f : Im(f )=R.
Exemplo 8. Definindo uma função f : R → R pela regra f (x) = x2 temos o seguinte:
x f(x)
-2 4
-1 1
0 0
1 1
2 4
Tabela 2. Alguns valores da função
Domínio de f : R
Contradomínio de f : R
Imagem de f : Im(f )=R+ .
Observação 1. Note que o Exemplo 8 acima mostra que em uma função pode ocorrer
de dois elementos distintos do domínio A se associarem a um mesmo elemento pertencente
ao contradomínio B. Isto não contraria a definição de função. O que não pode acontecer
em uma função é um único elemento do domínio se associar a mais de uma elemento do
contradomínio.
Considere o seguinte diagrama representando uma função f : A → B:
Função f : A → B
x2 − 1 (x − 1)(x + 1)
Veja que: = = x + 1.
x−1 x−1
Temos:
• Domínio: Df = R\{1} e Dg = R;
• Contradomínio: CDf = R e CDg = R;
• Imagem: Imf = R\{2} e Img = R.
Imf ⊂ CDf e Img = CDg .
CÁLCULO 1C - NL 2020/1 11
Exemplo 11. Considere a função real dada pela regra f (x) = 2x − 1. A tabela a seguir
nos dá alguns valores de f (x) em função do valor de x:
x f(x)
-1 -3
0 -1
1 1
x f(x)
-4 6∃
0 0
4 2
9 3
16 4
Definição. Função é uma regra que associa cada elemento de um conjunto dado A a
um único elemento de um outro conjunto B.
Sabendo que o gráfico de uma função f é o conjunto dos pontos do plano cartesiano com
coordenadas (x, f (x)) onde x ∈ Df , a definição de função nos ajuda a entender de que forma
podemos identificar se uma relação é ou não uma função através de seu gráfico.
Em geral, uma curva no plano cartesiano representa uma função real se todos os pontos
(x, y) desta curva são tais que y = f (x) para algum x ∈ Df e, além disso, o elemento y
associado a x por f é único. De um maneira mais prática, dada uma curva no plano
cartesiano, diremos que esta curva representa uma função se ocorrer o seguinte:
Para toda reta vertical r paralela ao eixo OY , esta mesma reta r intercepta a curva em
questão no máximo uma vez.
Exemplo 13. Considere a curva dada na figura a seguir. Note que a reta vertical x = 2
intercepta a curva em mais de um ponto. Se a curva fosse uma função, então o elemento
x = 2 teria duas imagens (a saber f (2) = y1 e f (2) = y2 ) distintas, o que contraria a
definição de função, já que cada elemento do domínio de uma função só pode ser associado
a um único elemento no contradomínio.
Exemplo 14. Considere a curva dada na figura a seguir. Note que a reta vertical x = 3
intercepta a curva em um único ponto (na figura, a bolinha branca indica que o ponto em
questão não faz parte da curva!). Portanto, a curva da figura representa sim uma função,
14 CÁLCULO 1C - NL 2020/1
pois se tomarmos qualquer outra reta vertical paralela ao eixo OY esta reta interceptará a
curva e no máximo um ponto.
Observação 2. Dada uma curva no plano cartesiano que represente uma função, se acon-
tecer de existir uma reta vertical x = x0 que não intercepta a curva em nenhum ponto, isto
número real x0 não faz parte do domínio da função. Um exemplo disso é a
significa que o √
função f (x) = x, dada no Exemplo 12. Como o domínio de f contém apenas os números
maiores ou iguais a zero, se tomarmos qualquer reta vertical x = x0 com x0 < 0, esta reta
não interceptará o gráfico de f .
CÁLCULO 1C - NL 2020/1 15
Exemplos:
x2 , se x ≥ 0
1. f (x) =
−x, se x < 0
x = 4 ⇒ f (4) = (4)2 = 16, pois x ≥ 0.
x = −3 ⇒ f (−3) = −(−3) = 3, pois x < 0.
x + 3 , se x ≤ −2
2. h(x) = 0 , se −2 < x ≤ 2
−5x + 8 , se x > 2
Observação 3. Para fazer sentido a expressão f (g(x)), devemos ter a imagem de g contida
no domínio de f , isto é, Img ⊂ Df . De fato, caso contrário existiria algum u = g(x) ∈ Img
tal que u ∈
/ Df , não sendo possível assim definir o valor f (u) = f (g(x)).
Exemplo 15. Considere as funções
f (u) = u2 + 3u + 1 e g(x) = x + 1.
Então,
f (g(x)) = f (x + 1)
= (x + 1)2 + 3(x + 1) + 1
= x2 + 2x + 1 + 3x + 3 + 1
= x2 + 5x + 5.
Observação 4. A composição de funções não é comutativa, ou seja, em geral temos que
f (g(x)) 6= g(f (x)).
No exemplo 15 temos
g(f (x)) = g(x2 + 3x + 1)
= (x2 + 3x + 1) + 1
= x2 + 3x + 2.
Observação 5. Ainda referente ao Exemplo 15, é possível que ocorra f (g(x)) = g(f (x))?
f (g(x)) = g(f (x))
2
x + 5x + 5 = x2 + 3x + 2
2x = −3
3
x = −
2
CÁLCULO 1C - NL 2020/1 17
Exemplo 16. (Problema de Custo) Pedro, proprietário de uma empresa de móveis, sabe
que se r poltronas forem produzidas por hora o custo de produção será dado por
1
C(r) = r3 − 50r + .
r+1
Suponha que a produção satisfaz
r(w) = 4 + 0, 3w,
onde w é o salário por hora dos trabalhadores.
a) Expresse o custo C como uma função de w.
b) Quanto Pedro deve pagar pela produção quando os trabalhadores ganham 20, 00?
Solução:
a)
C(r(w)) = C(4 + 0, 3w)
1
= (4 + 0, 3w)3 − 50(4 + 0, 3w) + .
(4 + 0, 3w) + 1
b)
1
C(r(20)) = (4 + 0, 3 · 20)3 − 50(4 + 0, 3 · 20) +
(4 + 0, 3 · 20) + 1
= 500, 09.
b)
6, 8 = C(p(t))
6, 8 = 6 + 0, 05t2
0, 8 = 0, 05t2
80 = 5t2
6 = t2
⇒ t = 4 ou t = −4.
Exemplo 18. Se
5
f (x) = + 4(x − 2)3 ,
x−2
determine g(u) e h(x) tal que g(h(x)) = f (x).
Solução: Basta definir
5
g(u) = + 4u3 e h(x) = x − 2.
u
CÁLCULO 1C - NL 2020/1 19
−3
Tomando x = −1 > 2 ⇒ f (−1) = 1 > 0.
−3
• Temos f (x) < 0 ⇒ 2x + 3 < 0 ⇒ 2x < −3 ⇒ x < 2 .
−3
Tomando x = −2 < 2 ⇒ f (−2) = −1 < 0.
−3
• Temos f (x) = 0 ⇒ 2x + 3 = 0 ⇒ 2x = −3 ⇒ x = 2 .
2) f (x) = −2x + 4
• f (x) > 0 ⇒ −2x + 4 > 0 ⇒ −2x > −4 ⇒ 2x < 4 ⇒ x < 2
20 CÁLCULO 1C - NL 2020/1
Considerando f uma função afim, temos que ela é crescente se a > 0, e ela é decrescente
se a < 0.
De fato, considerando a > 0 temos:
x1 < x2 ⇒ ax1 < ax2 ⇒ ax1 + b < ax2 + b ⇒ f (x1 ) < f (x2 ),
logo f é crescente.
x f (x)
−2 −1
−1 1
0 3
1 5
2 7
b)f (x) = −x + 5, a = −1 < 0
x f (x)
−2 7
−1 6
0 5
1 4
2 3
Taxa de Variação
• f (x) = ax + b
CÁLCULO 1C - NL 2020/1 21
f (x + 1)= a(x + 1) + b
= ax + a + b
•
= ax + b + a
= f (x) + a
Note que ao acrescentar 1 unidade no domínio, acrescentamos a unidades na
imagem.
f (x + 2) = a(x + 2) + b
= ax + 2a + b
•
= ax + b + 2a
= f (x) + 2a
Note que ao acrescentar 2 unidades no domínio, acrescentamos 2a unidades na
imagem.
f (x + 3) = a(x + 3) + b
= ax + 3a + b
•
= ax + b + 3a
= f (x) + 3a
Note que ao acrescentar 3 unidades no domínio, acrescentamos 3a unidades na
imagem.
De modo geral, sendo f (x) = ax + b, temos:
x1 7−→ f (x1 )
x2 − x1 f (x2 ) − f (x1 )
x2 7−→ f (x2 )
Exemplos:
• f (x) = 3x + 2
x = 1 ⇒ f (1) = 5
x = 2 ⇒ f (2) = 8
x = 5 ⇒ f (5) = 17
8−5 3 17 − 8 9 17 − 5 12
Note que = = 3, = = 3, = = 3.
2−1 1 5−2 3 5−1 4
Isso quer dizer que a cada unidade que aumentamos no domínio, aumentamos
a = 3 unidades na imagem.
• f (x) = −2x + 4
x = 2 ⇒ f (2) = 0
x = 7 ⇒ f (7) = −10
−10 − 0 −10
= = −2.
7−2 5
Isso quer dizer que a cada unidade que aumentamos no domínio, subtraímos 2 (ou
adicionamos a = −2) unidades na imagem.
Exemplo: f (x) = 2x − 4
22 CÁLCULO 1C - NL 2020/1
AB f (x3 ) − f (x2 )
Considerando os triângulos ACD e ABE, vimos que = = a e que
BE x3 − x2
AC f (x3 ) − f (x1 )
= = a. Logo os dois triângulos possuem 2 lados proporcionais e o ângulo
CD x3 − x1
entre eles é congruente, portanto os triângulos são semelhantes, daí α = β, como queríamos.
Portanto o gráfico de f é:
24 CÁLCULO 1C - NL 2020/1
Então, sabendo que o gráfico de qualquer função afim é uma reta, não precisamos marcar
vários pontos, é suficiente determinarmos 2 pontos e ligá-los por uma reta.
Exemplos:
• f (x) = 2x + 4
x = 0 ⇒ f (0) = 2(0) + 4 = 4 ⇒ (0, 4)
f (x) = 0 ⇒ 0 = 2x + 4 ⇒ 2x = −4 ⇒ x = −2 ⇒ (−2, 0)
• f (x) = −3x + 6
x = 0 ⇒ f (0) = −3(0) + 6 = 6 ⇒ (0, 6)
f (x) = 0 ⇒ 0 = −3x + 6 ⇒ 3x = 6 ⇒ x = 2 ⇒ (2, 0)
CÁLCULO 1C - NL 2020/1 25
• f (x) = 5x
x = 0 ⇒ f (0) = 5(0) = 0 ⇒ (0, 0)
x = 1 ⇒ f (1) = 5(1) ⇒ f (1) = 5 ⇒ (1, 5)
• f (x) = 7
x = 0 ⇒ f (0) = 7 ⇒ (0, 7)
x = 1 ⇒ f (1) = 7 ⇒ (0, 7)
Retas Paralelas
Considerando as funções afins f (x) = ax + b e g(x) = cx + d, temos que seus gráficos são
retas paralelas se suas taxas de variações são iguais, ou seja, se a = c.
26 CÁLCULO 1C - NL 2020/1
Exemplo: f (x) = 2x − 5 e g(x) = 2x + 3: como as taxas são iguais, seus gráficos são
paralelos.
Retas Perpendiculares
Considerando as funções afins f (x) = ax + b e g(x) = cx + d, temos que seus gráficos são
retas perpendiculares se o produto das taxas de variações é -1, ou seja, se ac = −1.
f (x) = ax2 + bx + c.
(x, 0),
f (x) = 0.
ax2 + bx + c = 0.
5.2. Gráfico.
f (x) = −x2 + 3x − 2.
Note que
Logo,
√ √
−b + ∆ −3 + 1 −b − ∆ −3 − 1
x1 = = = 1 e x2 = = = 2.
2a 2(−1) 2a 2(−1)
Interseção com o eixo-x: zeros - (x, 0) - correspondendo aos pontos (1, 0) e (2, 0);
Interseção com o eixo-y: ponto (0, c) - correspondendo aos ponto (0, −2).
Pontos do gráfico:
x f(x)
1 0
2 0
0 -2
28 CÁLCULO 1C - NL 2020/1
f (x) = x2 − 2x + 1.
Note que
∆ = (−2)2 − 4(1)(1) = 0.
√
−b ± ∆ −b ± 0 −b
x1 = = = = 1.
2a 2a 2a
⇒ f (x) = (x − 1)2 , Df = R.
Podemos, ainda, determinar outro ponto do gráfico (qualquer): para x = 2, temos f (x) = 1.
Pontos do gráfico:
x f(x)
0 1
1 0
2 1
CÁLCULO 1C - NL 2020/1 29
f (x) = ax2 + bx + c
5.3.1. Coeficientes.
• a = 0 ⇒ função afim
• a > 0 ⇒ concavidade para cima
• a < 0 ⇒ concavidade para baixo
5.3.3. Vértice.
−b −∆
• V = (xv , yv ), em que xv = e yv = .
2a 4a
Exemplo 21.
f (x) = −x2 + 3x − 2
(1) Coeficientes: a = −1 (concavidade para baixo), b = 3, c = −2
(2) Os zeros foram determinados no Exemplo 19 e ∆ = 1.
(3) Vértice:
−b −3 3 −∆ −1 1
xv = = = e yv = = =
2a 2(−1) 2 4a 4(−1) 4
3 1
⇒ V = (xv , yv ) = ,
2 4
(4) Gráfico:
30 CÁLCULO 1C - NL 2020/1
Exemplo 22.
f (x) = x2 + 1
(1) Coeficientes: a = 1 (concavidade para cima), b = 0, c = 1
(2) Zeros: ∆ = 0 ⇒ Não há raiz real ⇒ f (x) = x2 + 1 não se decompõe
(3) (0, 1) é a interseção com o eixo-y
(4) Vértice:
−b −∆
xv = = 0, e yv = =1
2a 4a
⇒ V = (xv , yv ) = (0, 1).
(5) Determinemos dois pontos (quaisquer): x = 1 ⇒ f (x) = 2 e x = −1 ⇒ f (x) = 2.
(6) Gráfico:
−0 ± 2CR
(2) Zeros: ∆ = 4C 2 R2 ⇒ x = = ±R ⇒ (R, 0) e (−R, 0) são os zeros
−2C
(3) Interseção com o eixo-y: (0, CR2 )
(4) Vértice:
−b −∆
xv = = 0 e yv = = CR2
2a 4a
⇒ V = (xv , yv ) = (0, CR2 ).
(5) Gráfico:
32 CÁLCULO 1C - NL 2020/1
E a função
imposto de renda definida por:
0 , se r ≤ 22.847, 76
7,5
(r − 22.847, 76) 100 , se 22.847, 76 < r ≤ 33.919, 80
15
IR(r) = 830, 40 + (r − 33.919, 80) 100 , se 33.919, 80 < r ≤ 45.012, 60
22,5
2.494, 32 + (r − 45.012, 60) , se 45.012, 60 < r ≤ 55.976, 16
100
4.961, 22 + (r − 55.976, 16) 27,5 , se r > 55976, 16
100
Note que se r ≤ 22.847, 76, então temos uma função constante igual a 0, pois IR(r) = 0.
7,5 7,5
Se 22.847, 76 < r ≤ 33.919, 80, então IR(r) = (r − 22.847, 76) 100 = 100 r − 1.713, 58, que
é uma função afim.
Usando o mesmo raciocínio, mostramos que as outras funções, definidas em seus respec-
tivos intervalos, também são afins, portanto a função imposto de renda é afim por partes.
Temos que o gráfico de funções afins são retas, e para construí-las é suficiente determi-
narmos dois de seus pontos.
Para a construção do gráfico da função imposto de renda consideraremos os seguintes
valores:
r IR(r)
0 0, 00
22.847, 76 0, 00
33.919, 80 830, 40
45.012, 60 2.494, 23
55.979, 16 4.961, 12
60.000, 00 6.067, 68
Agora, como os gráficos das funções são retas, basta ligar os potos para obtermos o gráfico
da função imposto de renda, sendo ele dado por:
x + 2 , se x < 0
Exemplo: Construir o gráfico da função f (x) = .
1 − x , se x ≥ 0
Considerando x < 0, temos que a função é dada por f (x) = x + 2. Observando que se
trata de uma função afim, basta obtermos 2 pontos para determinarmos o gráfico da função,
que é uma reta.
Temos que x = 0 ⇒ f (x) = 2 e f (x) = 0 ⇒ x = −2, e os pontos obtidos são (0,2) e (-2,0).
Note que o ponto (0,2) não faz parte desse gráfico, pois a função é definida para x < 0.
34 CÁLCULO 1C - NL 2020/1
Usando o mesmo raciocínio, agora considerando x ≥ 0, temos que a função é dada por
f (x) = 1 − x, obtendo os pontos (0,1) e (1,0).
Função Módulo
| · | : R → [0, +∞)
Temos que |x| é a distância de x à origem.
Exemplos:
• |5| = 5;
• | − 2|
= 2;
x , se x ≥ 0
• |x| = ;
−x , se x < 0
• | − 7| = −(−7) = 7.
Exemplo: Vamos agora construir o gráfico da seguinte função definida por partes:
x−3 , se x ≤ −2
f (x) =
x2 − 9 , se x > −2
No entanto, note que a função g(x) = x2 − 9 está definida somente para x > −2, portanto
o gráfico a ser considerado é da forma:
Agora considerando x ≤ −2, temos que a função é dada por h(x) = x − 3, e observando
que se trata de uma função afim, iremos tomar 2 pontos para determinarmos seu gráfico.
Temos que x = −2 ⇒ h(−2) = −5 e x = −3 ⇒ h(−3) = −6. Marcando os pontos
(−2, −5) e (−3, −6) no plano obtemos:
36 CÁLCULO 1C - NL 2020/1
Daí basta ligar os pontos para obtermos o gráfico da função h e, finalmente, ver que o
gráfico de f é dado por:
CÁLCULO 1C - NL 2020/1 37
Figura 4. Gráfico de f
Exemplo 25.
2
f (x) = .
(x − 2)2
O limite de f (x) para x tendendo a 2 não existe. Pois, se x → 2 então f (x) → +∞.
Exemplo 26. (
5, se x > 2;
g(x) =
2, se x ≤ 2.
O limite de g(x) para x tendendo a 2 não existe. Pois, se x → 2 para x > 2 então g(x) → 5,
e se x → 2 para x ≤ 2 então g(x) → 2.
CÁLCULO 1C - NL 2020/1 39
7.3. Propriedades dos limites. Se limx→c f (x) e limx→c g(x) existem, então:
(1)
lim [f (x) ± g(x)] = [ lim f (x)] ± [ lim g(x)];
x→c x→c x→c
(2)
lim [k · f (x)] = k · [ lim f (x)], para todo k ∈ R;
x→c x→c
(3)
lim [f (x) · g(x)] = [ lim f (x)] · [ lim g(x)];
x→c x→c x→c
(4)
f (x) limx→c f (x)
lim = se lim g(x) 6= 0;
x→c g(x) limx→c g(x) x→c
(5)
lim [f (x)]p = [ lim f (x)]p se [ lim f (x)]p existe.
x→c x→c x→c
Portanto,
lim (mx + b) = mc + b.
x→c
40 CÁLCULO 1C - NL 2020/1
Exemplo 28.
lim (2x − 3) = 2·1−3
x→1
= 2−3
= −1.
Note que não podemos determinar f (2), pois a função não está definida para x = 2, mas
podemos determinar valores de f (x) para x próximo de 2. Observe:
x f (x) x f (x)
2, 1 4, 41 1, 9 3, 61
2, 01 4, 0401 1, 99 3, 9601
2, 001 4, 004001 1, 999 3, 996001
2, 0001 4, 00040001 1, 9999 3, 99960001
Note que quando x tente a 2 pela direita, ou seja, quando aproximamos o valor de x com
valores maiores que 2, a imagem f (x) se aproxima de 4 pela direita, e quando x tente a
2 pela esquerda, ou seja, quando aproximamos o valor de x com valores menores que 2, a
imagem f (x) se aproxima de 4 pela esquerda. Logo podemos escrever os limites laterais à
direita e à esquerda, respectivamente, como:
Como os limites laterais existem e são iguais, temos que lim f (x) = 4.
x→2
Propriedades:
• lim [f (x) ± g(x)] = lim f (x) ± lim g(x);
x→a x→a x→a
• lim [f (x) · g(x)] = lim f (x) · lim g(x);
x→a x→a x→a
• lim [k · f (x)] = k · lim f (x), k ∈ R.
x→a x→a
Continuidade
42 CÁLCULO 1C - NL 2020/1
Exemplos:
• A função f (x) = x2 é contínua no ponto x = 3?
Como os limites laterais são diferentes, temos que lim f (x) não existe.
x→0
Exemplos de fixação:
• lim 2x2 + 3 = 2 · 22 + 3 = 11.
x→2
2
x +x x(x + 1)
• lim = lim = lim (x + 1) = 0 + 1 = 1.
x→0 x x→0 x x→0
x + 1, x < 1
• f (x) = , f (x) é contínua em x = 1?
3 − x, x ≥ 1
Temos que f (1) = 3 − 1 = 2 e estudando os limites laterais para x tendendo a 1,
obtemos:
Como os limites laterais existem e são iguais, temos que lim f (x) = 2.
x→1
DIVIDENDO DIVISOR
QUOCIENTE
RESTO
x3 − x2 + 2x + 9 x−2
- x3 − 2x2 x2 + x + 4
0 + x2 + 2x + 9
- x2 − x
4x + 9
- 4x − 8
17
Se Q(x) 6= 0, então
P (x) P (c)
lim = .
x→c Q(x) Q(c)
Exemplo 32.
3x2 − 8
lim
x→1 x − 2
(1) lim (3x2 − 8) = 3 · 12 − 8 = −5
x→1
3x2 − 8 −5
(3) lim = =1
x→1 x − 2 −1
Exemplo 33.
x−1
lim
x→2 x − 2
CÁLCULO 1C - NL 2020/1 45
(1) lim (x − 1) = 1
x→2
3x2 − 8
⇒ lim não existe!
x→1 x − 2
Exemplo 34.
x2 − 1
lim
x→1 x2 − 3x + 2
(1) lim (x2 − 1) = 0
x→1
(3) Para x 6= 1,
x2 − 1 (x − 1)(x + 1) x+1
2
= = .
x − 3x + 2 (x − 1)(x − 2) x−2
(4)
x2 − 1 x+1 2
lim 2
= lim = = −2.
x→1 x − 3x + 2 x→1 x − 2 −1
Exemplo 35. √
x−1
lim
√
x→1 x−1
(1) lim ( x − 1) = 0
x→1
(2) lim (x − 1) = 0
x→1
(4) √
x−1 1 1 1
lim = lim √ = √ = .
x→1 x−1 x→1 x+1 lim ( x + 1) 2
x→1
Exemplo 36.
x3 + 1
lim
x→−1 x2 + 4x + 3
(1) lim (x3 + 1) = 0
x→−1
x3 + 1 x+1
- x3 + x2 x2 − x + 1
−x2 + 1
- −x2 − x
x+1
0
⇒ x3 + 1 = (x + 1)(x2 − x + 1);
x2 + 4x + 3 x + 1
- x2 + x x+3
3x + 3
0
⇒ x2 + 4x + 3 = (x + 1)(x + 3);
(4)
x3 + 1 (x + 1)(x2 − x + 1) x2 − x + 1 3
lim = lim = lim = .
x→−1 x2 + 4x + 3 x→−1 (x + 1)(x + 3) x→−1 x+3 2
Exemplo 37. √
√
3
x− 32
lim
x→2 x−2
Note que, para x 6= 2,
√ √
3 √ √
3
√
3
x − 2 = ( 3 x − 2)( 3 x + 2x + 4).
Então,
√ √ √ √
3
x− 32 3
x− 32 1 1
lim = lim √ √ √ √ √ = lim √ √ √ = √ .
x→2 x−2 x→2 ( 3 x − 3 2)( 3 x + 3 2x + 3 4) x→2 3 x + 3 2x + 3 4 3
4
Exemplo 38.
1
x − 21
lim
x→2 x−2
Para x 6= 2,
1
x− 21 x−2
x−2 1 1
= 2x = · = .
x−2 x−2 2x x−2 2x
Então,
1
x− 12 1 1
lim = lim = .
x→2 x−2 x→2 2x 4
Exemplo 39. √
√
x− 7
lim
x→7 x−7
Para x 6= 7, √ √ √
√
x− 7 x+ 7 x−7 1
·√ √ = √ √ =√ √ .
x−7 x+ 7 (x − 7) x + 7 x+ 7
CÁLCULO 1C - NL 2020/1 47
Então, √ √ √ √
x− 7 1 1 7 7
lim = lim √ √ = √ ·√ = .
x→7 x−7 x→7 x+ 7 2 7 7 14
48 CÁLCULO 1C - NL 2020/1
Exemplos:
1. lim 2x
x→2
1
x x2
x2
1 1 1
0, 1 10−2 102
0, 01 10−4 104
0, 001 10−6 106
−1 1 1
−0, 1 10−2 102
−0, 01 10−4 104
−0, 001 10−6 106
Note que quando x tende a 0, tanto pela direita quanto pela esquerda, o valor de
1 1
2
cresce ilimitadamente. Neste caso denotamos lim 2 = +∞.
x x→0 x
Contudo vale lembrar que esse limite não existe, pois ∞ não é um número.
CÁLCULO 1C - NL 2020/1 49
1
3. lim
x→0 x
1
Sendo p(x) = . Note que Dp = R \ {0}, logo não podemos afirmar que lim p(x) =
x x→0
1
p(0), pois 0 ∈
/ Dp e é uma indeterminação.
0
Mas observe a tabela e o gráfico:
1
x
x
1 1
0, 1 102
0, 01 104
0, 001 106
10−n 10n
−1 1
−0, 1 −102
−0, 01 −104
−0, 001 −106
−10−n −10n
Daí temos que lim+ = +∞ e lim− = −∞, lembrando que o limite não existe,
x→0 x→0
mas quando tendemos x para 0 pela direita os valores se tornam arbitrariamente
grandes e tendendo x para 0 pela esquerda os valores se tornam arbitrariamente
grandes em módulo.
Então quando lim f (x) = ±∞ temos que o limite não existe, mas isso significa que os
x→x0
valores de f (x) se tornam arbitrariamente grandes, em módulo, tomando x suficientemente
próximo a x0 .
2x
Exemplo: lim
x→3 x−3
f (x)
Note que temos o caso lim , o limite infinito ocorre quando f (x0 ) 6= 0 e g(x0 ) = 0.
g(x)
x→x0
Nesse caso é necessário analisar os sinais para determinar se o limite é +∞ ou −∞.
2x
A reta x = 3 é a assíntota vertical da curva y = .
x−3
CÁLCULO 1C - NL 2020/1 51
A A
lim =0 e lim = 0.
x→+∞ xk x→−∞ xk
Vejam as tabelas:
x 1/x x 1/x
1 1 -1 -1
2 1/2 -2 -1/2
3 1/3 -3 -1/3
.. .. .. ..
. . . .
10 1/10=0,1 -10 -1/10=0,1
.. .. .. ..
. . . .
1000 1/1000=0,001 -1000 -1/1000=0,001
.. .. .. ..
. . . .
1 1
x → +∞ →0 x → −∞ →0
x x
11.3. Exemplos.
Exemplo 40.
1 1
lim =0 e lim = 0.
x→+∞ x x→−∞ x
Exemplo 41. Calcule
x2
lim .
x→+∞ 1 + x + 2x2
x2 x2
lim = lim
x→+∞ 1 + x + 2x2 x→+∞ 1 1
x2 x2 + x +2
1
= lim 0 0
x→+∞
1 1
x2 + x + 2
7
1
= .
2
Assim,
x2 1
lim = .
x→−∞ 1 + x + 2x2 2
Exemplo 42. Calcule
2x2 + 3x + 1
lim .
x→+∞ 3x2 − 5x + 2
CÁLCULO 1C - NL 2020/1 53
2 3 1
x 2+ + x2
2x2 + 3x + 1 x
lim = lim
x→+∞ 3x2 − 5x + 2 x→+∞ 5 2
x2 3 − x + x2
0 0
2 + x3 + x1
7
= lim 2
x→+∞ 0 0
3 − x5 + x2
7
2
3
= .
2
Assim,
2x2 + 3x + 1
lim .
x→−∞ 3x2 − 5x + 2
54 CÁLCULO 1C - NL 2020/1
Questão 2.
Calcule o valor da função nos pontos indicados.
Questão 3.
Esboce o gráfico das funções.
(1) f (x) = 2x + 4 2x, se x ≤ 1,
(18) f (x) =
(2) f (x) = 2x − 4 1, se x > 1,
(3) f (x) = −2x − 4
x + 1, se x ≤ 0,
(4) f (x) = 12 x + 32 (19) g(x) =
1 − x2 , se x > 0,
(5) f (x) = 3x
(6) f (x) = −5x x2 − 4
(20) h(x) = , se x < 2,
(7) f (x) = 7
4,x − 2
(8) f (x) = x2 se x ≥ 2,
(9) f (x) = (x − 2)2 (
1
(10) f (x) = (x + 2)2 (21) g(x) =
, se x 6= 0,
x
(11) f (x) = x2 − 9 0, se x = 0,
(12) f (x) = x2 + 9
(13) f (x) = −x2 2x + 4, se x ≤ 3/2,
(22) f (x) =
(14) f (x) = x2 − 2x + 15 1 − x2 , se x > 3/2,
(15) f (x) = −x2 − 2x + 8 (
x, se x < 1,
(16) f (x) = −x(x − 3) (23) g(x) = 1
(17) f (x) = (x − 2)(x − 1) , se x ≥ 1,
x
CÁLCULO 1C - NL 2020/1 55
Questão 4.
Determine os domínios das funções abaixo.
Questão 5.
Calcule os limites abaixo. Justifique sua resposta.
(1) lim 3 − 4t x2 − 1
t→3/4 (9) lim
x→1 x + 1
(2) lim 3 − u2 x+7
u→−2 (10) lim √ √
x→7 x+ 7
(3) lim 2x2 − 4x + 5
x→3
x4 − 16
3
(4) lim z + 8 (11) lim
x→−4 x2 + 4
z→−2
(5) lim y 3 − 2y 2 + 3y − 4 x3 + 8
y→−1
(12) lim
x→−2 x + 2
Questão 6.
Calcule os seguintes limites.
x2 − 9
s
(1) lim y2 − 9
x→3 x − 3 (8) lim
y→−3 2y 2 + 7y + 3
y3 + 8
(2) lim 1 1
y→−2 y + 2 −
(9) lim x 2
x2 + 3x − 10 x→2 x − 2
(3) lim
x→2 x2 − 4 (x + h)3 − x3
2 (10) lim
x −9 h→0 h
(4) lim
x+3
x→−3
r
3
3 x + 1
(11) lim
u4 − 16 x→−1 x+1
(5) lim
u→2 u2 − 4 10 − x
√ (12) lim
h+5−2 x→10 1 1
(6) lim −
h→−1 h+1 x 10
y 3 + y 2 − 23y + 12 x+1
(7) lim (13) lim
x→−1 x3 + x2 + x + 1
y→4 3y 3 − 17y 2 + 16y + 16
56 CÁLCULO 1C - NL 2020/1
Questão 7.
Calcule os limites abaixo. Justifique.
2x + 1 x2 − 2x + 3
(2) lim (8) lim
x+3
x→+∞ x→−∞ 3x2 + x + 1
2x + 1 r
2
(3) lim (9) lim 3 5 +
x→−∞ x + 3
x→+∞ x
x √
(4) lim 2 (10) lim x − x2 + 1
x→+∞ x + 3x + 1 x→+∞
(5) lim x4 − 3x + 2 2x + 3
x→∞ (11) lim
x→−∞ x+1
2+x
(6) lim
x→+∞ 3 + x2
Questão 8.
Calcule, se existirem, os seguintes limites.
1 4
(1) lim (8) lim
u→−2+ u+2 v→−3− 3+v
t+2 7
(2) lim+ 2−4
(9) lim −
t→2 t t→42t − 8
−t + 2 t+2
(3) lim− (10) lim− 2
t→2 (t − 2)2 t→2 t − 4
x2 − 3 2x3 − 5x2
(4) lim+ (11) lim−
x→0 x3 + x2 x→1 x2 − 1
√ √
3 + x2 3 + x2
(5) lim+ (12) lim
x→0 x x→0− x
1 1
x−1
(6) lim − 2 (13) lim+ √
x→0 x x x→1 2x − x2 − 1
2 3
x−2
(7) lim − (14) lim− √
t→−4− t2 + 3t − 4 t − 4 x→2 2 − 4x − x2
Questão 9.
Verifique se a função é contínua no ponto dado.
√
(1) f (x) = x2 + 3x em p = 0.
2y 3 − y 2 + 10y + 8
(2) g(y) = em p = 0.
3y 3 − 17y 2 + 16y + 16
2x, se x ≤ 1,
(3) f (x) = em p = 1.
1, se x > 1,
x + 1, se x ≤ 0,
(4) g(x) = em p = 0.
1 − x2 , se x > 0,
x2 − 4
(5) h(x) = , se x < 2, em p = 2.
4,x − 2 se x ≥ 2,
CÁLCULO 1C - NL 2020/1 57
√ √
(6) f (x) = |x2 − 2| em p1 = 2 e p2 = − 2.
|x − 3|
, se x 6= 3,
(7) g(x) = em p = 3.
1,x − 3 se x = 3,
2x + 4, se x ≤ 3/2,
(8) f (x) = em p = 3/2.
1 − x3 , se x > 3/2,
(
x, se x < 1,
(9) g(x) = 1 em p = 1.
, se x ≥ 1,
x
Questão 10.
POLUIÇÃO DO AR Estima-se que daqui a t anos a população de um certo bairro será
p mil habitantes, onde
7
p(t) = 20 −
t+2
um estudo ambiental mostra que a concentração média de monóxido de carbono no ar será
c partes por milhão quando a população for p mil habitantes, onde
p
c(p) = 0, 4 p2 + p + 21.
Qual será o nível de poluição c a longo prazo (para t → ∞) .
Questão 11.
COLÔNIA DE BACTÉRIAS A população (em milhares) de uma colônia de bactérias
t minutos após a introdução de uma toxina é dada pela função
2
t +7 para 0 6 t < 5
f (t) =
−8t + 72 para t 1 5.
a) Em que instante a colônia deixa de existir?
b) Explique por que a população deve ser 10.000 em algum instante no intervalo 1 < t < 7.
Questão 12.
Uma fábrica pode produzir estantes a um custo de R$ 80, 00 a unidade. Os analistas da
empresa estimam que, se as estantes forem vendidas por x reais a unidade, aproximadamente
150 − x unidades serão vendidas por mês.
(1) Expresse o lucro mensal do fabricante em função do preço de venda x estantes.
(2) Desenhe o gráfico associado.
(3) Estime o preço ótimo de venda.
Questão 13.
Um fabricante pode vender determinado produto por R$ 80, 00 a unidade. O custo total é
composto por um custo fixo de R$ 4.500, 00 e um custo de produção de R$ 50, 00 a unidade.
(1) Quantas unidades o fabricante precisa vender para não ter prejuízo?
(2) Qual é o lucro ou prejuízo do fabricante se vender 200 unidades?
(3) Quantas unidades o fabricante precisa vender para ter um lucro de R$ 900, 00?
Questão 14.
O valor de mercado de qualquer modelo de calculadora tende a diminuir com o tempo por
causa do lançamento de modelos mais modernos. Suponha que, daqui a x meses, o preço
unitário de certo modelo seja P (x) reais, em que
58 CÁLCULO 1C - NL 2020/1
30
P (x) = 40 +
x+1
(1) Qual será o preço daqui a cinco meses?
(2) Qual será a queda no preço durante o quinto mês?
(3) Daqui a quanto tempo a calculadora custará R$ 43,00?
(4) O que acontece com o preço a longo prazo (ou seja, para grandes valores de x)?
Questão 15.
Estudos mostram que, daqui a t anos, a população de certo país será p = 0, 2t + 1.500
milhares de pessoas e a renda bruta do país será E milhões de dólares, em que
p
E(t) = 9t2 + 0, 5t + 179
(1) Expresse a renda per capita do país P = Ep em função do tempo t. (Cuidado para
não errar nas unidades.)
(2) O que acontecerá com a renda per capita a longo prazo (ou seja, para t → ∞)?
Questão 16.
O gerente de uma empresa observa que, t meses após começar a fabricação de um novo
produto, serão fabricadas P milhares de unidades, em que
6t2 + 5t
E(t) =
(t + 1)2
(1) Qual a produção após 2 meses?
(2) O que acontecerá com a produção a longo prazo. (ou seja, para t → ∞)?
Questão 17.
Sérgio, um planejador urbano, modela a população P (t) de certo bairro daqui a t anos
(em milhares de moradores) por meio da função
40t 50
P (t) = 2 − + 70
t + 10 t + 1
(1) Qual é a população atual do bairro?
(2) Qual é variação da população durante o terceiro ano? A população está aumentando
ou diminuindo durante esse período?
(3) O que acontece com a população a longo prazo (isto é, quando t → ∞)?
Questão 18.
Duas espécies coexistem no mesmo ecossistema. A Espécie I tem uma população P (t) e a
Espécie II tem uma população Q(t), ambas em milhares de indivíduos, em que t é o tempo
em anos e P e Q são modeladas pelas funções
30 64
P (t) = Q(t) =
3+t 32 − t
para todos os instantes de tempo t ≥ 0 para os quais as populações respectivas são não
negativas.
(1) Qual é a população inicial de cada espécie?
(2) O que acontece com P (t) quando t aumenta? O que acontece com Q(t)?
(3) A longo prazo, o que ocorre com a população da Espécie I? O que ocorre com a
população da Espécie II quando t se aproxima de 32?
CÁLCULO 1C - NL 2020/1 59
Questão 19.
x = 0 ⇒ y = 2; x = 1 ⇒ y = 5; x = 2 ⇒ y = 8.
4−2 2 1−0 1
• = =2 • =
5 − (−2) 7 5−0 5
0−2 −2
• = = −1
2−0 2
CÁLCULO 1C - NL 2020/1 61
5 − (−2) 7 12 − 2 10 12 − 12 0 10 − 12 −2
= ; = = 5; = = 0; = = −1
2 − (−4) 6 7−5 2 9−7 2 11 − 9 2
Derivada
Definição: Dizemos que uma função f (x) é derivável no ponto x0 ∈ Df se o seguinte limite
existir:
f (x0 + h) − f (x0 )
f 0 (x0 ) = lim .
h→0 h
Se esse for o caso, a expressão f 0 (x0 ) é denominada derivada da função f no ponto x0 .
df df
Notações: f 0 (x0 ) = (x0 ) =
dx dx x=x0
Exemplos:
1) Considere que uma partícula se desloque através do tempo e sua posição é dada pela
função s(t) = t2 . Qual a velocidade instantânea da partícula no instante t = 3?
Temos que a velocidade instantânea é o limite da velocidade média, quando con-
sideramos um intervalo de tempo tendendo a 0, o que é obtido pela derivada da
função posição, no instante desejado. Portanto, temos:
a)f (x) = x2 , x = 5
lim (2 + h) = 2
h→0
c)f (x) = 5x + 3, x − 1
x2 , x ≥ 1
d) f (x) = , x=1
2x − 1, x < 1
Neste caso devemos analisar os limites laterais, pois observe que quando h →
0+ ⇒ 1 + h > 1 ⇒ f (x) = x2 e quando h → 0− ⇒ 1 + h < 1 ⇒ f (x) = 2x − 1. Daí
temos:
f (1 + h) − f (1)
Como os limites laterais existem e são iguais, segue que f 0 (1) = lim =
h→0 h
2.
CÁLCULO 1C - NL 2020/1 63
f (0 + h) − f (0) |h|
lim = lim , mas temos que h → 0+ ⇒ h > 0 ⇒ |h| = h e
h→0 h h→0 h
−
h → 0 ⇒ h < 0 ⇒ |h| = −h, ou seja,
|h| h |h| −h
lim = lim = lim 1 = 1; lim = lim = lim −1 = −1.
h→0+ h h→0+ h h→0 h→0− h h→0− h h→0
Note que os limites laterais existem, mas não são iguais, portanto f 0 (0) não existe,
ou seja, a função f (x) = |x| não é derivável em x = 0.
64 CÁLCULO 1C - NL 2020/1
(f (x) − f (p))
f (x) − f (p) = · (x − p).
(x − p)
Então,
" #
(f (x) − f (p))
lim (f (x) − f (p)) = lim · (x − p)
x→p x→p (x − p)
0
" : f (p)
#
(f (x)−
f (p)) :0
= lim · lim −
(x p)
x→p
(x − p) x→p
= 0.
Portanto,
f (x) = |x|.
Lembre-se:
(
x, se x ≥ 0;
−x, se x < 0.
CÁLCULO 1C - NL 2020/1 65
(c) y = f (x)
(d) y = f 0 (x)
Exemplo 45.
√
Exemplo 46. Determine a equação da reta tangente ao gráfico da função f (x) = 3
x para
x = 8.
Solução:
y − f (p) = f 0 (p)(x − p).
1
f (x) = x 3 ⇒ f 0 (x) = 1
3 2;
√
3 x
√
3 1
⇒y− 8 = √3
(x − 8)
3 82
1
y−2 = (x − 8)
3·4
1
⇒y = (x − 8) + 2.
12
68 CÁLCULO 1C - NL 2020/1
Inclinações de retas
Considerando a reta y = ax + b, temos os seguintes casos:
• a=0
◦ y=2 ◦ y = −3
• a>0
◦ y =x+1 ◦ y = 2x
• a<0
◦ y = −x + 1 ◦ y = −2x
2) f (x) = x3 − 12x + 1
Analisar onde f 0 (x) = 0 é uma maneira simples para determinarmos onde f 0 (x) > 0 e
f 0 (x) < 0, observe:
Note que f 0 é uma função quadrática de concavidade voltada para cima, que intercepta
o eixo x quando x = −2 e x = 2, ou seja, para x < −2 ou x > 2 temos f 0 (x) > 0 e para
−2 < x < 2 temos f 0 (x) < 0.
De fato, tomando x = −3: f 0 (−3) = 3(−3)2 − 12 = 27 − 12 = 15 > 0; sendo x = 3:
f 0 (3) = 3(3)2 − 12 = 27 − 12 = 15 > 0; e sendo x = 0: f 0 (0) = 3(0)2 − 12 = 12 < 0.
Graficamente temos:
Note que 12x > 0 ⇔ x > 0 e 12x < 0 ⇔ x < 0 e que x2 − x − 2 = (x − 2)(x + 1) > 0 se
x < −1 ou x > 2 e x2 − x − 2 = (x − 2)(x + 1) < 0 se −1 < x < 2. Daí obtemos:
Portanto f 0 (x) > 0 se −1 < x < 0 ou x > 2 e f 0 (x) < 0 se x < −1 ou 0 < x < 2, ou seja,
f é crescente se −1 < x < 0 ou x > 2 e f é decrescente se x < −1 ou 0 < x < 2. Observe o
gráfico de f :
72 CÁLCULO 1C - NL 2020/1
Exemplo 47.
f (x) = 3x4 ⇒ f 0 (x) = 3 · (x4 )0 = 3 · (4x3 ) = 12x3 .
Exemplo 48.
−7 1 1 1 7 3
f (x) = √ ⇒ f 0 (x) = −7 · (x− 2 )0 = −7 · (− x− 2 −1 ) = x− 2 .
x 2 2
16.2. Regra da soma.
Regra 16.2 (Soma). Se f e g são funções deriváveis, então s(x) = f (x) + g(x) é derivável
e
s0 (x) = f 0 (x) + g 0 (x).
Exemplo 49.
f (x) = x−2 + 7 ⇒ f 0 (x) = (x−2 )0 + (7)0 = −2x−3 .
Exemplo 50.
f (x) = 2x5 − 3x−7 ⇒ f 0 (x) = 10x4 + 21x−8 .
Exemplo 51.
f (x) = 5x3 − 4x2 + 12x − 8 ⇒ f 0 (x) = 15x2 − 8x + 12.
Exemplo 52. Estimasse que a x meses a população de um município será
P (x) = x2 + 20x + 8000.
(1) Qual será a taxa de variação da população com tempo após 15 meses?
(2) Qual será a variação da população durante o 16o mês?
Solução:
P 0 (x) = 2x + 20.
(1) P 0 (15) = 2 · 15 + 20 = 50.
CÁLCULO 1C - NL 2020/1 73
(2)
V = P (16) − P (15)
= (162 + 20 · 16 + 8000) − (152 + 20 · 15 + 8000)
= 51.
16.3. Regra do produto.
Regra 16.3 (Produto). Se f e g são funções deriváveis, então p(x) = f (x)·g(x) é derivável
e
p0 (x) = f 0 (x) · g(x) + f (x) · g 0 (x).
Exemplo 53.
f (x) = x2 x3 ⇒ f 0 (x) = (x2 )0 (x3 ) + (x2 )(x3 )0
= (2x)(x3 ) + (x2 )(3x2 )0
= 2x4 + 3x4
= 5x4 .
Exemplo 54.
f (x) = (x − 1)(3x − 2) ⇒ f 0 (x) = (x − 1)0 (3x − 2) + (x − 1)(3x − 2)0
= (1)(3x − 2) + (x − 1)(3)
= 3x − 2 + 3x − 3
= 6x − 5.
2
Exemplo 55. Dada a curva y = (2x + 1)(2x − x − 1):
(1) Calcular y 0 .
(2) Obter a equação da reta tangente à curva no ponto x = 1.
(3) Determine todos os pontos da curva nos quais a reta tangente é horizontal.
Solução:
(1)
y0 = (2x + 1)0 (2x2 − x − 1) + (2x + 1)(2x2 − x − 1)0
= (2)(2x2 − x − 1) + (2x + 1)(4x − 1)
= 4x2 − 2x − 2 + 8x2 − 2x + 4x − 1
= 12x2 − 3.
Exemplo 56. Um fabricante observa que, t meses após o lançamento de um novo produto
no mercado, x(t) = t2 + 3t centenas de unidades podem ser produzidas e vendidas por um
3
preço unitário p(t) = −2t 2 + 30 reais.
(1) Expresse a receita R(t) com a venda do produto em função do tempo.
(2) A que taxa a receita está variando em relação ao tempo, 4 meses após o lançamento
do produto? A receita está aumentando ou diminuindo nessa ocasião?
Solução:
3
(1) R(t) = x(t) · p(t) = (t2 + 3t)(−2t 2 + 30).
(2)
3 3
R0 (t) = (t2 + 3t)0 (−2t 2 + 30) + (t2 + 3t)(−2t 2 + 30)0
3 1
= (2t + 3)(−2t 2 + 30) + (t2 + 3t)(−3t 2 )
⇒ R0 (4) = −14.
Após o 4o mês, a receita está variando a uma taxa de 14 centenas de reais (R$1400,00).
Como R0 (4) = −14 < 0, a receita está diminuindo.
CÁLCULO 1C - NL 2020/1 75
f (a + h) − f (a)
f 0 (a) = lim .
h→0 h
Significado da derivada:
• Inclinação da reta tangente ao gráfico no ponto calculado;
• Taxa de variação instantânea;
• Velocidade instantânea.
Derivada de potências:
Vimos que se f (x) = xn , então f 0 (x) = n · xn−1 .
Propriedades:
• (kf (x))0 = kf 0 (x), k ∈ R;
• (f (x) + g(x))0 = f 0 (x) + g 0 (x);
• (f (x) · g(x))0 = f 0 (x) · g(x) + f (x) · g 0 (x).
Exemplos:
∗ f (x) = 5x3 ⇒ f 0 (x) = (5x3 )0 = 5(x3 )0 = 5(3x3−1 ) = 5(3x2 ) = 15x2 ;
∗ f (x) = 4x5 ⇒ f 0 (x) = 20x4 ;
∗ h(x) = x2 + x3 ⇒ h0 (x) = (x2 )0 + (x3 )0 ⇒ h0 (x) = 2x + 3x2 ;
∗ h(x) = 7x2 − 2x + 5 ⇒ h0 (x) = 14x − 2;
∗ h(x) = (x2 + 1)(x3 + 2) ⇒ h0 (x) = 2x(x3 + 2) + (x2 + 1)3x2 .
g 0 (x)
f 0 (x) = − .
(g(x))2
76 CÁLCULO 1C - NL 2020/1
1
De fato, temos que a derivada é dada dessa forma, pois considerando f (x) = , temos
g(x)
que
f (x + h) − f (x)
f 0 (x) = lim
h→0 h
1 1
−
g(x + h) g(x)
= lim
h→0 h
g(x) − g(x + h)
g(x + h)g(x)
= lim
h→0 h
g(x) − g(x + h) 1
= lim ·
h→0 g(x + h)g(x) h
g(x) − g(x + h)
= lim
h→0 (g(x + h)g(x))h
−(g(x + h) − g(x)) 1
= lim ·
h→0 h g(x + h)g(x)
g(x + h) − g(x) 1
= − lim · lim
h→0 h h→0 g(x + h)g(x)
1
= −g 0 (x) ·
(g(x))2
0
−g (x)
= .
(g(x))2
Exemplos:
f (x)
Agora, sejam f e g funções deriváveis, com g(x) 6= 0, então h(x) = é derivável e
g(x)
f (x)
De fato, temos que a derivada é dada dessa forma, pois considerando h(x) = , temos
g(x)
que
0
f (x)
h0 (x) =
g(x)
0
1
= f (x) ·
g(x)
0
0 1 1
= f (x) · + f (x) ·
g(x) g(x)
0 0
f (x) g (x)
= + f (x) · −
g(x) (g(x))2
0 0
f (x) f (x)g (x)
= −
g(x) (g(x))2
f (x)g(x) − f (x)g 0 (x)
0
=
(g(x))2
Exemplos:
• y = (2x + 1)(2x2 − x − 1)
y0 = (2x + 1)0 (2x2 − x − 1) + (2x + 1)(2x2 − x − 1)0
= ((2x)0 + (1)0 )(2x2 − x − 1) + (2x + 1)(2(x2 )0 − (x)0 − (1)0 )
= ((2) + (0))(2x2 − x − 1) + (2x + 1)(2(2x) − (1) − (0))
= 2(2x2 − x − 1) + (2x + 1)(4x − 1)
= 4x2 − 2x − 2 + 8x2 − 2x + 4x − 1
= 12x2 − 3
t+1
• p(t) =
t2 + t + 4
(t + 1)0 (t2 + t + 4) − (t + 1)(t2 + t + 4)0
p0 (t) =
(t2 + t + 4)2
2
1(t + t + 4) − (t + 1)(2t + 1)
=
(t2 + t + 4)2
t + t + 4 − (2t2 + t + 2t + 1)
2
=
(t2 + t + 4)2
2
−t − 2t + 3
=
(t2 + t + 4)2
78 CÁLCULO 1C - NL 2020/1
x+1
•y=
x−2
(x + 1)0 (x − 2) − (x + 1)(x − 2)0
y0 =
(x − 2)2
1(x − 2) − (x + 1)1
=
(x − 2)2
x−2−x−1
=
(x − 2)2
−3
=
(x − 2)2
x2 − 3x + 2
• f (x) =
2x2 + 5x − 1
df dy
f 0 (x) = = .
dx dx
Teorema 4. Se y = f (u) é uma função derivável e u = g(x) é derivável em x, então a
função composta y = f (g(x)) é derivável em x e sua derivada é dada por
dy dy du
= · ,
dx du dx
ou ainda,
dy
= f 0 (g(x)) · g 0 (x).
dx
20.2. Exemplos.
Exemplo 57.
dy dy du
= ·
dx du dx
= 2u · 3
= 2(3x + 1) · 3
= (6x + 2) · 3
= 18x + 6.
d
[f (g(x))] = f 0 (g(x)) · g 0 (x)
dx
= 10u9 · 3
= 30(3x + 1)9 .
g 0 (x) = 6x.
Logo,
[f (g(x))]0 = f 0 (g(x)) · g 0 (x)
1
= · (6x)
9x4
2
= .
3x3
Exemplo 61. Seja
p
y= x2 + 3x + 2.
1
Defina f (u) = u 2 e g(x) = x2 + 3x + 2. Então,
1 1 −1
f 0 (u) = u2
2
1
= √ ;
2 u
1
f 0 (g(x)) = √ ;
2 x2 + 3x + 2
g 0 (x) = 2x + 3.
CÁLCULO 1C - NL 2020/1 81
Logo,
[f (g(x))]0 = f 0 (g(x)) · g 0 (x)
2x + 3
= √ .
2 x2 + 3x + 2
82 CÁLCULO 1C - NL 2020/1
f :A→B
1) Essa não é uma função, pois y ∈ A está associado a dois elementos diferentes
pertencentes a B, sendo eles 2, 3 ∈ B.
B, pois 5 ∈
/ Im(f ).
Definição de função inversa: Dada uma função f : A → B, dizemos que f possui in-
versa ou é invertível quando existe a função f −1 : B → A, de modo que f −1 ◦ f = idA e
f ◦ f −1 = idB , sendo idX a função identidade no conjunto X.
• x = n ⇒ f (n) = 2n = 2| · 2{z· · · 2}
n fatores
0
• x = 0 ⇒ f (0) = 2 = 1;
3
−3 1 1
• x = −3 ⇒ f (−3) = 2 = = .
2 8
• (a · b)x = ax · bx ;
a x ax
• = .
b bx
CÁLCULO 1C - NL 2020/1 85
Exemplos:
1) 32 · 33 = 32+3 = 35 = 243;
510
2) = 510−8 = 52 = 25;
58
5
3) (22 ) = 22·5 = 210 = 1024;
4) (4 · 5)2 = 42 · 52 = 16 · 25 = 400;
3
2 23 8
5) = 3 = .
5 5 125
Temos que a função logarítmica é a inversa da função exponencial, pois sendo f (x) = ax
e f −1 (y) = loga (y) temos:
f −1 (y) = x ⇔ f (x) = y
loga (y) = x ⇔ ax = y
Exemplos:
• log10 (2 · 7) = log10 (2) + log10 (7) ≈ 0, 30 + 85 ≈ 1, 15;
8
• log5 = log5 (8) − log5 (3) ≈ 1, 29 − 0, 68 ≈ 0, 61;
3
• log2 (34 ) = 4 · log2 (3) ≈ 4 · 1, 58 ≈ 6, 32
Então,
24.2. Regra da cadeia para funções exponenciais. Se u(x) é uma função derivável de
x e f (x) = eu(x) , então
f 0 (x) = u0 (x)eu(x) .
Então,
2
f 0 (x) = (x2 + 1)0 ex +1
2
= 2xex +1
.
Então,
1
f 0 (x) = .
x
f (x) = x ln x.
Então,
3
g(t) = (t + ln t) 2 .
Então,
3 3
g 0 (t) = (t + ln t) 2 −1 · (t + ln t)0
2
3 1 1
= (t + ln t) 2 · (1 + ).
2 t
Então,
√ √
x2 )0 (x4 ) − (ln x2 )(x4 )0
3 3
0 (ln
f (x) =
(x4 )2
( 2 ln x)0 (x4 ) − ( 23 ln x)(4x3 )
3
=
(x4 )2
3
( 2x )(x4 ) − 6x3 ln x
=
(x4 )2
3 3 3
2 x − 6x ln x
=
(x4 )2
3 3
x ( 2 − 6 ln x)
=
x8
3
2 − 6 ln x
= .
x5
24.4. Regra da cadeia para funções logarítmicas. Se u(x) > 0 é uma função derivável
de x e f (x) = ln u(x), então
u0 (x)
f 0 (x) = .
u(x)
√
Exemplo 69. Escreva a equação da reta tangente à curva f (x) = x−ln x no ponto x = 1.
Solução: A equação da reta tangente é dada por
y − f (1) = f 0 (1)(x − 1)
y = f (1) + f 0 (1)(x − 1).
Temos:
1
f 0 (x) = 1−
2x
1
⇒ f (1) = ;
2
√
f 0 (1) = 1 − ln 1
= 1.
Então,
1
y = 1 + (x − 1)
2
1 1
⇒ y = x+ .
2 2
26. Exemplos
Em cada item, determine e avalie os pontos críticos da função e determine os intervalos
de crescimento e decrescimento da função.
Temos que f 0 (x) = 6x2 + 6x − 12. Para determinar seus pontos críticos, devemos ter:
f 0 (x) = 0 ⇔ 6x2 + 6x − 12 = 0
⇔ x2 + x − 2 = 0
⇔ x = 1 ou x = 2.
Logo os pontos críticos são x = 1 e x = −2. Marcando os pontos críticos em uma reta e
escolhendo outros valores temos:
x2
2) f (x) =
x−2
2x(x − 2) − x2 (1) x2 − 4x
Temos que f 0 (x) = ⇒ f 0
(x) = . Vamos determinar os pontos
(x − 2)2 (x − 2)2
críticos de f .
Primeiro, observe que x = 2 não é ponto crítico de f , pois apesar de a derivada de f não
existe nesse ponto, ele não pertence ao domínio de f . Para os outros pontos devemos ter:
x2 − 4x
f 0 (x) = 0 ⇔ =0
(x − 2)2
⇔ x2 − 4x = 0
⇔ x(x − 4) = 0
⇔ x = 0 ou x = 4.
Logo, os pontos críticos são x = 0 e x = 4. Marcando os pontos críticos em uma reta e
escolhendo outros valores, temos:
Logo x = 0 é um ponto de máximo local, x = 2 não está definido, pois não pertence ao
domínio da função e x = 4 é um ponto de mínimo local.
E como f 0 (x) > 0 para x ∈ (−∞, 0) ∪ (4, +∞), e f 0 (x) < 0 para x ∈ (0, 2) ∪ (2, 4), temos
que f é crescente para x ∈ (−∞, 0) ∪ (4, +∞) e decrescente para x ∈ (0, 2) ∪ (2, 4), como
podemos observar no gráfico de f .
94 CÁLCULO 1C - NL 2020/1
2
3) f (x) = e−x
2
Temos que f 0 (x) = −2xe−x , para determinar seus pontos críticos devemos ter:
2
f 0 (x) = 0 ⇔ −2xe−x = 0
2
⇔ −2x = 0, pois e−x 6= 0, ∀x ∈ R
⇔ x = 0.
Logo o ponto crítico é x = 0. Marcando ele em uma reta e escolhendo outros valores
temos:
4) f (x) = x ln(x)
1
Temos que f 0 (x) = (1) ln(x) + x ⇒ f 0 (x) = ln(x) + 1, para determinar seus pontos
x
críticos devemos ter
f 0 (x) = 0 ⇔ ln(x) + 1 = 0
⇔ ln(x) = −1
⇔ x = e−1 .
Observando que a função f é definida para todo x ∈ (0, +∞), temos que x = e−1 é ponto
crítico. Marcando ele em uma reta e escolhendo outros valores temos:
Procedimento:
(1) Encontre os pontos x em que f 00 (x) = 0 ou que f 00 (x) não existe (marque esses
pontos no eixo x).
(2) Tome c ∈ Ix ,
(a) Se f 00 (x) > 0: concavidade para cima;
(b) Se f 00 (x) < 0: concavidade para baixo.
Exemplo 72. Seja
f (x) = 2x6 − 5x4 + 7x + 3.
(1)
f 0 (x) = 12x5 − 20x3 + 7;
Procedimento:
(1) Encontre todo c tal que f 00 (c) = 0 ou que f 00 (c) não existe não existe.
(2) Tome x1 , x2 ∈ Ic ,
(a) Para x1 < c < x2 se f 00 (x1 ) > 0 e f 00 (x2 ) < 0: (c, f (c)) é ponto de inflexão;
(b) Para x1 < c < x2 se f 00 (x1 ) < 0 e f 00 (x2 ) > 0: (c, f (c)) é ponto de inflexão.
Exemplo 73. Seja
f (x) = 3x5 − 5x4 − 1.
(1)
f 0 (x) = 15x4 − 20x3 ;
x2
f 00 (x) = (x2 − 1)e− 2 .
98 CÁLCULO 1C - NL 2020/1
29. Exemplos
Trace a curva da função y = f (x) em cada caso:
Exemplo 75. f (x) = x2 − 3x − 4.
Seguindo os passos temos:
(1) Determinar Df :
Df = R;
• Eixo y (x = 0)
y = (0)2 − 3(0) − 4
y = −4
Logo temos que x = 0 ⇒ y = −4, portanto a interseção com o eixo y é o ponto
(0, −4).
• Pontos críticos:
f 0 (x) = 0 ⇔ 2x − 3 = 0
2x = 3
3
x=
2
2
3 3 3 9 9 25
Daí, f = −3 − 4 = − − 4 = − . Logo o ponto crítico é
2 2 2 4 2 4
3 25
,− .
2 4
• Intervalos de crescimento
e decrescimento:
3
Note que x ∈ , +∞ ⇒ f (x) > 0, por exemplo, x = 2 ⇒ f 0 (2) = 2(2) − 3 =
0
2
3
1 > 0, e x ∈ −∞, ⇒ f 0 (x) < 0, por exemplo, x = 0 ⇒ f 0 (0) = 2(0) − 3 =
2
−3 < 0.
3
Logo temos que f é crescente para x ∈ , +∞ e decrescente para
2
3
x ∈ −∞, , e temos que o ponto crítico é de mínimo. Marcando ele no plano
2
temos:
• Intervalos de concavidade:
Note que f 00 (x) > 0 para todo x ∈ R, pois f 00 (x) = 2 > 0, logo a concavidade da
f é para cima.
• Pontos de inflexão:
Note que não temos pontos de inflexão, pois f 00 (x) 6= 0 para todo x ∈ R pois
f 00 (x) = 2 6= 0, logo f não possui pontos de inflexão.
x
Exemplo 76. f (x) = .
(x + 1)2
Seguindo os passos temos:
(1) Determinar Df :
Df = {x ∈ R : x 6= −1};
• Eixo y (x = 0)
0
y =
(0 + 1)2
y = 0
• Vertical:
x x
lim f (x) = lim = −∞, lim f (x) = lim = −∞
x→−1− x→−1− (x − 1)2 x→−1+ x→−1+ (x − 1)2
Logo a assíntota vertical é x = −1.
2(3) − 4 2
Note que f 00 (x) > 0 se x ∈ (2, +∞), por exemplo, x = 3 ⇒ = >0e
(3 + 1)4 256
2(−2) − 4 −8
f 00 (x) < 0 se x ∈ (−∞, −1) ∪ (−1, 2), por exemplo, x = −2 ⇒ = 4 =
((−2) + 1)4 1
2(0) − 4 −4
−8 < 0 e x = 0 ⇒ = 4 = −4 < 0.
((0) + 1)4 1
Logo a concavidade da f em (−∞, −1) ∪ (−1, 2) é para baixo e em (2, +∞) ela
é de concavidade para cima.
5000
x = 100m y= = 50m.
100
Exemplo 78. (Maximização do lucro) Um fabricante produz camisetas de propaganda a
um custo unitário de R$ 2,00. As camisetas vêm sendo vendidas por R$ 5,00; por esse preço
são vendidas 4000 camisetas por mês. O fabricante pretende aumentar o preço e calcula
que, para cada R$ 1,00 de aumento no preço, menos 400 camisetas serão vendidas por mês.
Qual deve ser o preço de venda das camisetas para que o lucro do fabricante seja o maior
possível?
Solução:
• Preço de venda: x;
• Aumento do preço: a;
• Número de camisetas vendidas: n;
• Lucro por camiseta: l;
• Lucro total: P (x).
Note que,
n = 4000 − 400(x − 5),
logo,
6800
P 0 (x) = 0 ⇒ −800x + 6800 = 0 ⇒ 800x = 6800 ⇒ x= ⇒ x = 8, 5.
800
Observe que
P 00 (x) = −800 < 0,
Exemplo 79. (Minimização do custo de uma obra) Pretende-se estender um cabo de usina
de energia elétrica, situada à margem de um rio com 900 m de largura, até uma fábrica do
outro lado do rio, 3000 m rio abaixo. O custo para estender o cabo no fundo do rio é R$
5,00 o metro e para estender o cabo em terra é R$ 4,00 o metro. Qual é o percurso mais
econômico para o cabo?
Solução:
CÁLCULO 1C - NL 2020/1 107
C = 4x + 5y.
Note que,
p
y 2 = (3000 − x)2 + 9002 ⇒ y= (3000 − x)2 + 9002 .
Logo,
p 5(3000 − x)
C(x) = 4x + 5 (3000 − x)2 + 9002 ⇒ C 0 (x) = 4 − p .
(3000 − x)2 + 9002
108 CÁLCULO 1C - NL 2020/1
0 = C 0 (x)
5(x − 3000)
0 = 4− p
(3000 − x)2 + 9002
5(x − 3000)
4 = p
(3000 − x)2 + 9002
p
4 (3000 − x)2 + 9002 = 5(x − 3000)
p
(4 (3000 − x)2 + 9002 )2 = [5(x − 3000)]2
16[(3000 − x)2 + 9002 ] = [5(x − 3000)]2
16(3000 − x)2 + 16 · 9002 = 25(3000 − x)2
16 · 9002 = 9(3000 − x)2
16 · 9002
= (3000 − x)2
9
4 · 900
± = (3000 − x)
3
±1200 = 3000 − x
x = 3000 ± 1200
⇒ x = 1800.
CÁLCULO 1C - NL 2020/1 109
Tomando x ∈ [a, b] podemos definir uma nova função, A(x), como sendo o valor da área
abaixo da curva de a até x.
(1) f (x) = 5
(2) f (x) = 3x
CÁLCULO 1C - NL 2020/1 113
(2) f (x) = x2
x3 3x2
Temos que F (x) = é uma antiderivada, pois F 0 (x) = = x2 = f (x).
3 3
x3
Outra antiderivada é G(x) = + 8, pois G0 (x) = f (x).
3
Propriedade: Se F (x) e G(x) são antiderivadas da mesma função f (x), então
F (x) = G(x) + k, k ∈ R
114 CÁLCULO 1C - NL 2020/1
Teorema 5 (Fundamental do Cálculo). Se f é uma função contínua num intervalo [a, b],
então a função F , que acabamos de definir, é derivável em todos os pontos x internos a esse
intervalo e
F 0 (x) = f (x).
Portanto dada uma função contínua y = f (x) no intervalo [a, b], temos pelo Teorema
Fundamental do Cálculo uma nova função A(x), denominada função área, que calcula a
área abaixo de f (x) e temos que A0 (x) = f (x).
Seja F (x) outra antiderivada da função f , daí pela propriedade temos que
A(x) = F (x) + k.
A(a) = F (a) + k
0 = F (a) + k
k = −F (a).
E para x = b temos:
A(b) = F (b) + k
A(b) = F (b) − F (a).
Z b
A(x) = f (x)dx
a
é uma primitiva de f , precisamente aquela que seR anula para x = a e determina a área do
gráfico abaixo de f entre a e b, onde o símbolo é utilizado para significar que estamos
obtendo a área como soma das áreas f (x)dx de todos os retângulos infinitesimais.
Quando definimos a integral num intervalo [a, b] a maneira de determinar a área repre-
sentada por essa integral é usando o Teorema Fundamental do Cálculo, donde obtemos:
Z b
F (b) − F (a) = f (x)dx
a
Z 2
(1) xdx
1
x2
Temos que F (x) = é uma primitiva de f , logo
2
2
22 12
Z
4 1 3
xdx = F (2) − F (1) = − = − = .
1 2 2 2 2 2
Z 3
(2) ex dx
0
Temos que F (x) = ex é uma primitiva de f , logo
Z 3
ex dx = F (3) − F (0) = e3 − 1.
0
116 CÁLCULO 1C - NL 2020/1
Z 1
(3) 3xdx
−1
3x2
Temos que F (x) = é uma primitiva, logo
2
Z 1
3(1)2 3(−1)2 3 3
3x = F (1) − F (−1) = − = − = 0.
−1 2 2 2 2
Z 4
(4) x3 dx
0
x4
Temos que F (x) = é uma primitiva, logo
4
Z 4
(4)4 (0)4
x3 = F (4) − F (0) = − = 64.
0 4 4
CÁLCULO 1C - NL 2020/1 117
Exemplo 84.
Z 3 Z 1 Z 1 Z 1
[x2 + 2x + 1]dx = x2 dx + 2xdx + 1dx
1 0 0 0
Z 1 Z 1 Z 1
= x2 dx + 2 xdx + dx
0 0 0
1 1 1
x3 x2
= + 2 + x
3 2
0
! 0 0
1 0
= − + (12 − 02 ) + (1 − 0)
3 3
1
= +1+1
3
7
=
6
Exemplo 85.
Z 1 Z 1 Z 1
[x3 + 3ex ]dx = x3 dx + 3ex dx
0 0 0
Z 1 Z 1
3
= x dx + 3 ex dx
0 0
1 1
x4
= + 3ex
4
0 0
1
= + 3(e1 − e0 )
4
1
= + 3(e − 1)
4
11
= 3e −
4
118 CÁLCULO 1C - NL 2020/1
Exemplo 86.
" #
Z 2 Z 2
1 1
+ dx = [x−1 + x−3 ]dx
1 x x3 1
Z 1 Z 1
= x3 dx + 3 ex dx
0 0
2 2
x−2
= log(x) +
−2
1 1
!
1 1 1
= [log(2) − log(1)] − − 2
2 22 1
!
1 1
= log(2) − −1
2 4
3
= log(2) +
8
Exemplo 87.
" #
Z 4 √
Z 4 Z 4
1
5x + x dx = 5 xdx + x 2 dx
1 1 1
4 4
x2 2 2
= 5 + x3
2 3
1
! 1 !
42
12
2 √ 3 √ 3
= − + 4 − 1
2 2 3
Exemplo 88.
Z 1 √
2
x5 e(x + x)
dx = 0
1
Exemplo 89.
Z 2 Z 1 Z 2
xdx = xdx + xdx
0 0 1
2 1 2
x2 x2 x2
= +
2 2 2
0 0 1
!
2
2 1 1
= + 2−
2 2 2
2 = 2
Exemplo 90.
(
x − 3, x 6= −2;
f (x) =
x2 − 3, x > −2.
CÁLCULO 1C - NL 2020/1 119
Z 3 Z −2 Z 3
f (x)dx = (x − 3)dx + (x2 − 3)dx
−3 −3 −2
= (Exercício)
R1
Exemplo 91. Se 2x ≤ g(x) ≤ 3x2 em [0,1] calcule 0
g(x)dx.
Solução: Podemos calcular,
1 Z 2
1
1 = x2 ≤ g(x)dx ≤ x3 = 1
0
0 0
Z 1
⇒ g(x)dx = 1
0
Z 1 Z 1
2
x dx < 2dx
0 0
Z 1
x2 dx < 2
0
120 CÁLCULO 1C - NL 2020/1
Exemplo 93.
! !
Z 1 Z 1
t+1 t 1
dt = + 3 dt
−3 t3 −3 t3 t
!
Z 1
1 1
= + 3 dt
−3 t2 t
!
Z 1
= t−2 + t−3 dt
−3
Z 1 Z 1
−2
= t dt + t−3 dt
−3 −3
−1 −1
t−1 t−2
= +
−1 −3
−3 −3
= (Exercício)
Exemplo 94.
! !
Z 9 √ 4
Z 9 √ 4
t − √ dt = t − √ dt
1 t 1 t
!
Z 1
1 1
= t 2 − 4t− 2 dt
−3
Z 1 Z 1
1 1
= t 2 dt − 4 t− 2 dt
−3 −3
9 9
2 3 1
= t 2 − 4 · 2t 2
3
1 1
= (Exercício)
Exemplo 95.
!
Z ln 2 Z ln 2 Z ln 2
−t
e −et
dt = et dt − e−t dt
0 0 0
ln 2 ln 2
t −t
= e +e
0 0
−1
= (eln 2 − e0 ) + (eln 2 − e−0 )
= (2 − 1) + (2−1 − 1)
1
= −
2
CÁLCULO 1C - NL 2020/1 121
Integral Definida: Quando definimos a integral num intervalo [a, b] a maneira de deter-
minar a área representada por essa integral é usando o Teorema Fundamental do Cálculo,
donde obtemos:
Z b
F (b) − F (a) = f (x)dx
a
Ou seja, a integral de f , de a até b, é igual a diferença F (b) − F (a) entre os valores de
uma primitiva qualquer de f , nos pontos b e a, respectivamente.
1. Usaremos a substituição u = 2x + 1;
2. Derivando em relação a x obtemos:
du du
=2⇒ = dx
dx 2
Logo
Z Z Z
du 1
(2x + 1)10 dx = u10
= u10 du;
2 2
3. Resolvendo a integral com respeito a u:
1 u11 u11
Z
1 10
u du = +c = +c
2 2 11 22
4. Voltando para a variável x:
Como u = 2x + 1 temos que
u11 (2x + 1)11
Z
(2x + 1)10 dx = +c= +c
22 22
122 CÁLCULO 1C - NL 2020/1
(2x + 1)11
Z
De fato (2x + 1)10 dx = + c, pois
22
0
(2x + 1)11 11(2x + 1)10 2
+c = + 0 = (2x + 1)10 .
22 22
Z
2
(2) xex dx
du du
Fazendo u = x2 e derivando em relação a x temos que = 2x ⇒ = xdx.
dx 2
Logo
2
eu ex
Z Z Z
2 du 1 1 u
xex dx = eu = eu du = (e + c) = +c= +c
2 2 2 2 2
De fato, pois
2
!0 2
ex ex 2x 2
+c = + 0 = xex
2 2
Z
ln(x)
(3) dx
x
du 1 dx
Fazendo u = ln(x) e derivando em relação a x temos que = ⇒ du = .
dx x x
Logo
u2 ln(x)2
Z Z
ln(x)
dx = udu = +c= +c
x 2 2
De fato, pois
0
ln(x)2
2 ln(x) ln(x)
+c = +c= .
2 2x x
Z
x
(4) dx
x2 +1
du du
Fazendo u = x2 + 1 e derivando em relação a x temos que = 2x ⇒ = xdx.
dx 2
Logo
ln(x2 + 1)
Z Z Z
x 1 du 1 1 1
2
dx = du = du = (ln(u) + c) = +c
x +1 u 2 2 u 2 2
De fato, pois
0
ln(x2 + 1)
2x x
+c = +0= 2
2 2(x2 + 1) x +1
PodemosZ usar esse raciocínio para determinarmos integrais definidas, por exemplo, con-
2
x
siderando 2
dx temos:
1 x +1
CÁLCULO 1C - NL 2020/1 123
ln(x2 + 1)
Z
x
Primeira Maneira: Vimos que dx = + c, logo
x2 + 1 2
Z 2
x TFC 1
ln(x2 + 1) 21
2
dx =
1 x +1 2
1
ln(22 + 1) − ln(12 + 1)
=
2
1
= [ln(5) − ln(2)] .
2
Z 2
x
Segunda Maneira: Considerando 2+1
dx e fazendo u = x2 + 1, temos que x = 1 ⇒
1 x
u = 12 + 1 = 2 e x = 2 ⇒ u = 22 + 1 = 5, logo
Z 2
1 51
Z
x TFC 1 1
ln(u) 52 = [ln(5) − ln(2)] .
2
dx = du =
1 x 2 2 u 2 2
124 CÁLCULO 1C - NL 2020/1
Z b
A= (f (x) − g(x))dx
a
x3 = x2 ⇒ x3 − x2 = 0 ⇒ x2 (x − 1) = 0 ⇒ x = 0 ou x = 1.
Z 1
A = (x2 − x3 )dx
0
1 1
x3 x4
= −
3 4
0 0
1 1
= −
3 4
1
= .
12
Exemplo 98. Determine a área da região R delimitada pela reta y = 4x e pela curva
y = x3 + 3x2 .
Solução:
CÁLCULO 1C - NL 2020/1 125
x3 + 3x2 = 4x
3 2
x + 3x − 4x = 0
2
x(x + 3x − 4) = 0
⇒ x = 0 ou x2 + 3x − 4 = 0
x2 + 3x − 4 = 0 ⇒ x1 = −4 ou x2 = 1
A = A1 + A2
Z 0 Z 1
3 2
A1 = (x + 3x − 4x)dx, A2 = [4x − (x3 + 3x2 )]dx.
−4 0
Z 0
A1 = (x3 + 3x2 − 4x)dx
−4
0 0 0
x4 3x3 4x2
= + −
4 3 2
−4 −4 −4
! ! !
4 3
0 (−4) 3·0 3 · (−4)4 4 · 02 4 · (−4)2
= − + − − −
4 4 3 3 2 2
= 32.
126 CÁLCULO 1C - NL 2020/1
Z 1
A2 = [4x − (x3 + 3x2 )]dx
0
1 1 1
4x2 x4 3x3
= − −
2 4 3
0 0 0
14
= 2 · 12 − − 13
4
3
= .
4
3 131
A = A1 + A2 = 32 + = .
4 4
CÁLCULO 1C - NL 2020/1 127
Z π
Questão 52. 2 sen(x)
(7) dx
Z0 π cos(x)
Resolva as integrais definidas:
(8) x.sen(x)dx
Z0 1
2x
Z 2 (9) dx
1 + x2
(1) (4 − x2 )dx 0
Z−2
1
Questão 53.
(2) (x2 − x3 )dx Calcule a área entre as curvas. Esboce a re-
Z0 gião.
1
2
(3) (x − x2 )dx (1) y = x
√e y = x 2
0√
3
(2) y = x e y = x
4 √ (3) y = x3 e y = x2
Z
(4) xdx
Z1 2 Questão 54.
1 Demonstre como encontramos a formula da
(5) 3
dx
1 x área de um círculo de raio R. Lembre-se de
Z √2 √
que a circunferência é dada implicitamente
(6) ex 2 dx
1
por x2 + y 2 = R2 .
130 CÁLCULO 1C - NL 2020/1
Referências
[1] ÁVILA, G. S. S. Cálculo: Funções de uma Variável. 7 ed. V. 1. Rio de Janeiro: LTC, 1994.
[2] FLEMMING, D. M.; GONÇALVES, M. B. Cálculo A: Funções, Limite, Derivação e Integração. São
Paulo: Makron Books do Brasil, 2006.
[3] GUIDORIZZI, H. L. Um Curso de Cálculo. V. 1. Rio de Janeiro: LTC, 2006.
[4] HOFFMANN, L. D.; et al. Cálculo: um curso moderno e suas aplicações, tradução de Ronaldo Sérgio
de Biasi, 11 ed. Rio de Janeiro: LTC, 2015.
[5] HOFFMANN, L. D.; BRADLEY, G. L. Cálculo, um Curso Moderno com Aplicações. 9 ed. Rio de
Janeiro: LTC, 2008.
[6] LEITHOLD, L. O Cálculo com Geometria Analítica. 3 ed. V. 1. São Paulo: Harbra, 1994.
[7] ROGÉRIO, M. U.; SILVA, H. C.; BADAN, A. A. F. A. Cálculo Diferencial e Integral: Funções de uma
Variável. Goiânia: UFG, 1994.
[8] STEWART, J. Cálculo. 5 ed. V. 1. São Paulo: Cengage Learning, 2006.
[9] SWOKOWSKI, E. W. Cálculo com Geometria Analítica. V. 1. São Paulo: McGraw-Hill do Bra-sil, 1983.
[10] SIMMONS, G. F. Cálculo com Geometria Analítica. V. 1. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1987.