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EFOMM

2024

AULA 05
Cálculo I
Prof. Victor So
Prof. Victor So

Sumário
Apresentação 4

1. Noções de Limite 5

1.1. Definição Formal de Limite 6


1.1.1. Propriedades 8

1.2. Limites Laterais 10


1.2.1. Teorema 11

1.3. Limites Infinitos 12


1.3.1. Propriedades 14

1.4. Limites no Infinito 15


1.4.1. Propriedades 16
1.4.2. Teorema 16

1.5. Limites com Indeterminações 17


1.5.1. Simplificação 17
1.5.2. Racionalização 18
1.5.3. Limites de Funções Racionais 19

1.6. Limite Fundamental 20


1.6.1. Teorema do Confronto 20
1.6.2. Limite Fundamental Trigonométrico 21
1.6.3. Limite Fundamental Exponencial 23

1.7. Assíntotas 24
1.7.1. Assíntota vertical 25
1.7.2. Assíntota horizontal 26
1.7.3. Assíntota Oblíqua 27

2. Continuidade 28

3. Derivadas 31

3.1. Definição 31

3.2. Derivadas das funções elementares 33

3.3. Interpretação geométrica da derivada 33

3.4. Interpretação cinemática da derivada 34

3.5. Regras de derivação 35

3.6. Determinação de máximos e mínimos 36


3.6.1. Primeira derivada da função polinomial 36
3.6.2. Segunda derivada da função polinomial 37

AULA 05 – CÁLCULO I 2
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3.7. Esboço do Gráfico 39

3.8. Derivação implícita 42

4. Regras de L’Hospital 44

5. Questões Nível 1 46
Limites 46
Derivadas 50

Gabarito 53
Limites 53
Derivadas 54

Resolução 54
Limites 54
Derivadas 69

6. Questões Nível 2 82
Limites 82
Derivadas 94

Gabarito 114
Limites 114
Derivadas 115

Resolução 117
Limites 117
Derivadas 146

7. Questões Nível 3 198


Limites 198
Derivadas 201

Gabarito 205
Limites 205
Derivadas 206

Resolução 206
Limites 206
Derivadas 214

AULA 05 – CÁLCULO I 3
Prof. Victor So

Apresentação
Olá.
Vamos iniciar o estudo do Cálculo, matéria muito temida pelos estudantes. Inicialmente,
saiba que o foco do curso não é tornar você um especialista em Cálculo, mas sim que você consiga
resolver todas as questões que podem cair sobre esse tema. Sobre o Cálculo que poderá ser
cobrado na prova, você verá que a única coisa que você precisa saber é entender como aplicar os
conceitos básicos de limites, derivadas e integrais.
Não será necessário que você saiba demonstrar as propriedades sobre Cálculo. Você
estudará Cálculo a rigor na graduação com todas as belíssimas demonstrações matemáticas. Mas
para esse curso, aprenderemos apenas o que realmente cai na prova. Não perderemos tempo
vendo teoremas que não serão usados nas questões, mas veremos como resolver cada tipo de
problema que poderá ser cobrado na prova.
Sem mais delongas, vamos à aula.

AULA 05 – CÁLCULO I 4
Prof. Victor So

1. Noções de Limite
O primeiro tema do Cálculo que iremos abordar é o conceito de limite. Inicialmente
daremos uma noção intuitiva sobre ele.
2𝑥 2 −11𝑥+12
Seja 𝑓: ℝ → ℝ tal que 𝑓 (𝑥) = . Perceba que devido ao denominador, a função
𝑥−4
não está definida para 𝑥 = 4. Porém, podemos estudar o comportamento da função para valores
de 𝑥 próximos a 4. Veja que para 𝑥 ≠ 4, temos:
2𝑥 2 − 11𝑥 + 12 (2𝑥 − 3)(𝑥 − 4)
𝑓 (𝑥 ) = = = 2𝑥 − 3
𝑥−4 𝑥−4
Vamos estudar o que ocorre com 𝑓 quando tomamos valores de 𝑥 menores do que 4 e
próximos a ele:

𝒙 1 2 3 3,5 3,75 3,9 3,99 3,999

𝒇(𝒙) −1 1 3 4 4,5 4,8 4,98 4,998

Agora, vamos tomar valores de 𝑥 maiores do que 4 e nos aproximar desse valor:

𝒙 7 6 5 4,5 4,25 4,1 4,01 4,001

𝒇(𝒙) 11 9 7 6 5,5 5,2 5,02 5,002

Perceba que para ambos os casos, quanto mais próximo de 𝑥 = 4 estivermos, a função 𝑓
tende a se aproximar de 5. Essa é a ideia de limite. Para o limite, não nos interessa o ponto 𝑥 = 4,
mas sim o comportamento da função quando ela se aproxima desse valor. A notação que usamos
para o limite é
lim 𝑓 (𝑥) = 𝐿
𝑥→𝑎

No exemplo dado seria:


2𝑥 2 − 11𝑥 + 12
lim ( )=5
𝑥→4 𝑥−4
A notação “𝑥 → 4” mostra que 𝑥 tende a 4 e “lim” significa o limite de alguma função dada.
2𝑥 2 −11𝑥+12
No caso acima, temos que quando 𝑥 tende a 4, o limite da função 𝑓 (𝑥) = tende a 5.
𝑥−4
Veja o comportamento da função pelo gráfico abaixo.

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Podemos ver que 𝑓 converge para 5 quando 𝑥 → 4. Note que a função não está definida
no ponto 𝑥 = 4 (indicado pela bola aberta).

1.1. Definição Formal de Limite


Agora que temos uma noção de limite, vamos estudar a sua definição formal. Essa
definição pode não cair na prova, mas é importante que saibamos interpretar o seu significado.
Vejamos.
Dada a função 𝑓(𝑥) definida para 𝑥 ∈ 𝐼 − {𝑎}, onde 𝐼 é um intervalo aberto que contém o
número real 𝑎. Chamamos de 𝐿 o limite de 𝑓(𝑥) quando 𝑥 tende a 𝑎 e escrevemos lim 𝑓(𝑥) = 𝐿,
𝑥→𝑎
se para todo 𝜀 > 0, existir 𝛿 > 0 tal que se 0 < |𝑥 − 𝑎| < 𝛿, então |𝑓 (𝑥) − 𝐿| < 𝜀.
Vamos entender o texto acima. 𝜀 significa “épsilon” e 𝛿 significa “delta”. Usaremos a
função 𝑓 (𝑥) = 2𝑥 − 3 como exemplo e o seu gráfico para visualizarmos do que se trata.

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Lembrando que |𝑥 − 𝑎| indica a distância de 𝑥 até 𝑎, observando a figura acima, podemos


ver que 𝜀 é a variável que indica o quão próximo de 𝐿 = 5 a função 𝑓 (𝑥) está e que 𝛿 é a variável
que indica o quão próximo 𝑥 está de 𝑎 = 4. Assim, podemos tornar 𝑓(𝑥) tão próximo de 5 quanto
desejarmos e essa proximidade é indicada por 𝜀, bastando para isso que encontremos um 𝛿
positivo que manterá 𝑓 (𝑥) nessa proximidade. Note que
0 < |𝑥 − 𝑎| < 𝛿 ⇔ 𝑎 − 𝛿 < 𝑥 < 𝑎 + 𝛿
|𝑓 (𝑥) − 𝐿| < 𝜀 ⇔ 𝐿 − 𝜀 < 𝑓 (𝑥) < 𝐿 + 𝜀
Na prática, para encontrarmos o limite de uma função quando 𝑥 tende a 𝑎, verificamos
qual o valor de convergência da função. Vejamos um exemplo.
Exemplo 1: 𝑓 (𝑥) = 𝑥 3 , lim 𝑓(𝑥) = 8.
𝑥→2

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Nessa função, quando 𝑥 se aproxima de 2, a função 𝑓 (𝑥) = 𝑥 3 converge para 8.


Aparentemente, para calcularmos esse limite, substituímos 𝑥 = 2 e encontramos 𝑓 (2) = 23 = 8.
Um ponto a se notar é que nem sempre lim 𝑓 (𝑥) = 𝑓 (𝑎). Veja o exemplo a seguir.
𝑥→𝑎
2𝑥 + 1, 𝑥 ≠ 1
Exemplo 2: 𝑓 (𝑥) = {
0, 𝑥 = 1

Nesse caso, temos que lim 𝑓 (𝑥) = lim(2𝑥 + 1) = 3 ≠ 𝑓(1).


𝑥→1 𝑥→1

1.1.1. Propriedades
Vamos estudar algumas propriedades dos limites.
• P1) Unicidade do limite: se lim 𝑓(𝑥) = 𝐿1 e lim 𝑓(𝑥) = 𝐿2 , então 𝐿1 = 𝐿2 .
𝑥→𝑎 𝑥→𝑎

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• P2) Limite de uma função constante: se 𝑓 (𝑥) = 𝑐 definida dos reais nos reais, então
lim 𝑐 = 𝑐.
𝑥→𝑎
• P3) se 𝑘 ∈ ℝ e lim 𝑓(𝑥) = 𝐿 (𝑓: ℝ → ℝ), então lim [𝑘 ∙ 𝑓 (𝑥)] = 𝑘 ∙ lim 𝑓 (𝑥) = 𝑘 ∙
𝑥→𝑎 𝑥→𝑎 𝑥→𝑎
𝐿.
• P4) se lim 𝑓(𝑥) = 𝐿 e lim 𝑔(𝑥) = 𝑀, então lim (𝑓 ± 𝑔)(𝑥) = 𝐿 ± 𝑀.
𝑥→𝑎 𝑥→𝑎 𝑥→𝑎
• P5) se lim 𝑓(𝑥) = 𝐿 e lim 𝑔(𝑥) = 𝑀, então lim (𝑓 ∙ 𝑔)(𝑥) = 𝐿 ∙ 𝑀.
𝑥→𝑎 𝑥→𝑎 𝑥→𝑎
• P6) se lim 𝑓(𝑥) = 𝐿, então lim (𝑓)𝑛 (𝑥) = 𝐿𝑛 , 𝑛 ∈ ℕ∗ .
𝑥→𝑎 𝑥→𝑎
𝑓 𝐿
• P7) se lim 𝑓(𝑥) = 𝐿 e lim 𝑔(𝑥) = 𝑀 ≠ 0, então lim ( ) (𝑥) = .
𝑥→𝑎 𝑥→𝑎 𝑥→𝑎 𝑔 𝑀
• P8) se lim 𝑓(𝑥) = 𝐿, então lim √𝑓 (𝑥) = √𝐿 com 𝐿 ≥ 0 e 𝑛 ∈ ℕ∗ ou 𝐿 < 0 e 𝑛
𝑛 𝑛
𝑥→𝑎 𝑥→𝑎
ímpar.
• P9) o limite de uma função polinomial 𝑓 (𝑥) = 𝑎𝑛 𝑥 𝑛 + 𝑎𝑛−1 𝑥 𝑛−1 + ⋯ + 𝑎0 , com
𝑎𝑖 ∈ ℝ, para 𝑥 tendendo a 𝑎 é igual ao valor numérico de 𝑓(𝑥) para 𝑥 = 𝑎.

Essas propriedades podem ser provadas usando-se a definição formal de limites. Vamos
ver algumas aplicações delas.
1) Calcule os seguintes limites:
3𝑥 3 +2𝑥−1
a) lim ( )
𝑥→1 𝑥 2 +𝑥−1

2𝑥 2 −5𝑥+3
b) lim √
𝑥→−1 𝑥 5 +𝑥 2 +2

Solução:
3𝑥 3 +2𝑥−1 lim (3𝑥 3 +2𝑥−1) 3⋅12 +2⋅1−1
a) lim ( ) = 𝑥→1 = =4
𝑥→1 𝑥 2 +𝑥−1 lim (𝑥 2 +𝑥−1) 12 +1−1
𝑥→1

2𝑥 2 −5𝑥+3 2𝑥 2 −5𝑥+3 lim (2𝑥 2 −5𝑥+3) 2⋅(−1)2 −5⋅(−1)+3 10


b) lim √ = √ lim ( ) = √𝑥→−1 =√ =√ = √5
𝑥→−1 𝑥 5 +𝑥 2 +2 𝑥→−1 𝑥 5 +𝑥 2 +2 lim (𝑥 5 +𝑥 2 +2) (−1)5 +(−1)2 +2 2
𝑥→−1

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1.2. Limites Laterais


Existem casos de funções que não possuem limite em determinado ponto. Vejamos um
exemplo.
2𝑥 + 1, 𝑥 > 1
Seja 𝑓 (𝑥) = { .
2𝑥, 𝑥 ≤ 1

Vamos estudar o comportamento de 𝑓 quando 𝑥 → 1. Usaremos a notação 𝑥 → 1−


quando nos aproximamos de 1 pela esquerda (valores menores do que 1) e 𝑥 → 1+ quando nos
aproximamos de 1 pela direita (valores maiores do que 1).
Para 𝑥 → 1− , temos que 𝑥 é menor do que 1, logo devemos usar 𝑓 (𝑥) = 2𝑥:

𝒙 0 0,5 0,75 0,9 0,99 0,999

𝒇(𝒙) = 𝟐𝒙 0 1 1,5 1,8 1,98 1,998

Nesse caso, lim− 𝑓(𝑥) = 2. Esse limite é chamado de limite lateral à esquerda de 1.
𝑥→1
+
Para 𝑥 → 1 , temos que 𝑥 é maior do que 1, assim, 𝑓(𝑥) = 2𝑥 + 1:

𝒙 2 1,5 1,25 1,1 1,01 1,001

𝒇(𝒙) = 𝟐𝒙 + 𝟏 5 4 3,5 3,2 3,02 3,002

Nesse caso, lim+ 𝑓(𝑥) = 3. Esse limite é chamado de limite lateral à direita de 1.
𝑥→1

Perceba que os limites laterais da função, quando 𝑥 → 1− e 𝑥 → 1+ , resultaram em valores


distintos. Quando isso ocorre, podemos afirmar que não existe o limite da função para 𝑥 → 1. Isso
é explicado pelo seguinte teorema.

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1.2.1. Teorema
Dada a função 𝑓(𝑥) definida para 𝑥 ∈ 𝐼 − {𝑎}, onde 𝐼 é um intervalo aberto que contém o número
real 𝑎. Temos que lim 𝑓(𝑥) = 𝐿 se, e somente se, existirem lim− 𝑓(𝑥) e lim+ 𝑓(𝑥) e ambos forem iguais
𝑥→𝑎 𝑥→𝑎 𝑥→𝑎
a 𝐿.
lim 𝑓(𝑥) = 𝐿 ⇔ lim− 𝑓(𝑥) = lim+ 𝑓(𝑥) = 𝐿
𝑥→𝑎 𝑥→𝑎 𝑥→𝑎

Por esse teorema, podemos ver que caso lim− 𝑓(𝑥) = 𝐿1 e lim+ 𝑓(𝑥) = 𝐿2 , com 𝐿1 ≠ 𝐿2 ,
𝑥→𝑎 𝑥→𝑎
dizemos que não existe o limite de 𝑓(𝑥) quando 𝑥 tende a 𝑎. Exemplo:

Vamos ver um exemplo de aplicação.


𝑎𝑥 + 2, 𝑥 ≥ 1
2) Seja 𝑓 (𝑥) = { , determine o valor de 𝑎 sabendo que o lim 𝑓 (𝑥) existe.
𝑥2, 𝑥 < 1 𝑥→1

Solução:
A questão afirma que o limite quando 𝑥 → 1 existe, logo os limites laterais associados a
𝑥 → 1 devem iguais:
lim 𝑓 (𝑥) = lim+ 𝑓(𝑥)
𝑥→1− 𝑥→1

Para 𝑥 → 1 , devemos usar a função definida para 𝑥 menor do que 1:
lim 𝑓 (𝑥) = lim− 𝑥 2 = 1
𝑥→1− 𝑥→1
+
Para 𝑥 → 1 , devemos usar a função definida para 𝑥 maior do que 1:
lim 𝑓 (𝑥) = lim+ 𝑎𝑥 + 2 = 𝑎 + 2
𝑥→1+ 𝑥→1

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Igualando-se os limites:
1=𝑎+2
∴ 𝑎 = −1

1.3. Limites Infinitos


1
Seja 𝑓 uma função definida por 𝑓(𝑥) = (𝑥−2)2 para todo 𝑥 real e 𝑥 ≠ 2. Vamos estudar o
comportamento de 𝑓 para valores de 𝑥 próximos de 2.
Quando 𝑥 → 2− :

𝒙 1 1,5 1,75 1,9 1,99 1,999

𝒇(𝒙) 1 4 16 100 10000 1000000

Quando 𝑥 → 2+ :

𝒙 3 2,5 2,25 2,1 2,01 2,001

𝒇(𝒙) 1 4 16 100 10000 1000000

Observe que tomando-se valores de 𝑥 suficientemente próximos de 2, podemos


fazer 𝑓 (𝑥) assumir valores tão grandes quanto quisermos. Assim, temos que
1
lim = +∞
𝑥→2 (𝑥 − 2)2

Ou seja, o limite dessa função quando 𝑥 tende a 2 resulta no infinito!

O símbolo ∞ significa infinito e ele não representa um número real. Podemos entender ele como
uma ideia de um número tão grande quanto se possa imaginar.

Veja o gráfico dessa função:

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Esse é um exemplo de limite infinito. Vamos ver duas definições de limites infinitos:
Dada a função 𝑓(𝑥) definida para 𝑥 ∈ 𝐼 − {𝑎}, onde 𝐼 é um intervalo aberto que contém o
número real 𝑎.
1) Dizemos que lim 𝑓 (𝑥) = +∞ se, para todo 𝑀 > 0, existe 𝛿 > 0 tal que 0 < |𝑥 − 𝑎| <
𝑥→𝑎
𝛿, então 𝑓 (𝑥) > 𝑀.
2) Dizemos que lim 𝑓 (𝑥) = −∞ se, para todo 𝑀 > 0, existe 𝛿 > 0 tal que 0 < |𝑥 − 𝑎| <
𝑥→𝑎
𝛿, então 𝑓 (𝑥) < −𝑀.
Vamos entender a definição 1. Ela diz que lim 𝑓 (𝑥) = +∞ se para qualquer valor de 𝑀
𝑥→𝑎
positivo que escolhermos, sempre haverá um valor de 𝛿 positivo que fará com que 𝑓(𝑥) seja maior
que 𝑀, ou seja, 𝑓(𝑥) sempre será maior que 𝑀 nas proximidades de 𝑎. A definição 2 diz que
lim 𝑓 (𝑥) = −∞ quando a função 𝑓 (𝑥) for sempre menor que −𝑀 nas proximidades de 𝑎.
𝑥→𝑎

Vejamos um outro exemplo.


1
Seja 𝑓 (𝑥) = definida para todo 𝑥 real e 𝑥 ≠ 0.
𝑥

Perceba que aproximando-se o valor de 𝑥 a 0, temos que 𝑓 cresce ou decresce


ilimitadamente. Quando 𝑥 de aproxima de 0 à esquerda, 𝑥 assumirá valores negativos, logo:
1
lim− 𝑓 (𝑥) = lim− ( ) = −∞
𝑥→0 𝑥→0 𝑥
Quando 𝑥 de aproxima de 0 à direita, 𝑥 assume valores positivos, logo:
1
lim+ 𝑓 (𝑥) = lim+ ( ) = +∞
𝑥→0 𝑥→0 𝑥
Podemos ver que os limites laterais não são iguais, portanto, concluímos que não existe
lim 𝑓(𝑥).
𝑥→0

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1.3.1. Propriedades
Vamos enunciar as propriedades para os limites infinitos.
P1) Se lim 𝑓 (𝑥) = 𝑐 ≠ 0 e lim 𝑔(𝑥) = 0, então:
𝑥→𝑎 𝑥→𝑎
𝑓(𝑥) 𝑓(𝑥)
• > 0 quando 𝑥 está próximo de 𝑎, então lim = +∞
𝑔(𝑥) 𝑥→𝑎 𝑔(𝑥)
𝑓(𝑥) 𝑓(𝑥)
• < 0 quando 𝑥 está próximo de 𝑎, então lim = −∞
𝑔(𝑥) 𝑥→𝑎 𝑔(𝑥)

P2) Se lim 𝑓(𝑥) = ±∞ e lim 𝑔(𝑥) = ±∞, então lim (𝑓 + 𝑔)(𝑥) = ±∞.
𝑥→𝑎 𝑥→𝑎 𝑥→𝑎

P3) Se lim 𝑓(𝑥) = ±∞ e lim 𝑔(𝑥) = 𝑏 ≠ 0, então:


𝑥→𝑎 𝑥→𝑎

• 𝑏 > 0 ⇒ lim (𝑓 ⋅ 𝑔)(𝑥) = ±∞


𝑥→𝑎
• 𝑏 < 0 ⇒ lim (𝑓 ⋅ 𝑔)(𝑥) = ∓∞
𝑥→𝑎

P4) Se lim 𝑓(𝑥) = +∞ e lim 𝑔(𝑥) = ±∞, então lim (𝑓 ⋅ 𝑔)(𝑥) = ±∞.
𝑥→𝑎 𝑥→𝑎 𝑥→𝑎

P5) Se lim 𝑓(𝑥) = −∞ e lim 𝑔(𝑥) = −∞, então lim (𝑓 ⋅ 𝑔)(𝑥) = +∞.
𝑥→𝑎 𝑥→𝑎 𝑥→𝑎
1
P6) Se lim 𝑓(𝑥) = +∞, então lim = 0.
𝑥→𝑎 𝑥→𝑎 𝑓(𝑥)

P7) Se 𝑛 ∈ ℕ∗ , então:
1
• lim+ = +∞
𝑥→0 𝑥 𝑛
1 +∞, 𝑛 𝑝𝑎𝑟
• lim ={
𝑥→0− 𝑥 𝑛 −∞, 𝑛 í𝑚𝑝𝑎𝑟

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1.4. Limites no Infinito


Algumas funções podem convergir para um determinado valor quando fazemos 𝑥 assumir
valores muito grandes. Vamos estudar o limite dessas funções quando 𝑥 → ±∞.
1
Seja 𝑓: ℝ → ℝ tal que 𝑓 (𝑥) = 1 − . Atribuindo valores crescentes à 𝑥, temos:
𝑥

𝒙 1 10 100 1000 10000

𝒇(𝒙) 0 0,9 0,99 0,999 0,9999

Perceba que à medida que 𝑥 cresce, 𝑓(𝑥) tende a se aproximar de 1, ou seja,


1
lim 𝑓 (𝑥) = lim (1 − ) = 1
𝑥→+∞ 𝑥→+∞ 𝑥
Atribuindo valores decrescentes à 𝑥, temos:

𝒙 −1 −10 −100 −1000 −10000

𝒇(𝒙) 2 1,1 1,01 1,001 1,0001

Note que à medida que 𝑥 decresce, 𝑓 (𝑥) também tende a se aproximar de 1, logo:
1
lim 𝑓 (𝑥) = lim (1 − ) = 1
𝑥→−∞ 𝑥→−∞ 𝑥
Podemos ver que 𝑓 converge para 1 quando 𝑥 se distância da origem conforme o gráfico
abaixo:

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1.4.1. Propriedades
As propriedades vistas anteriormente permanecem inalteradas quando substituímos 𝑥 →
𝑎 por 𝑥 → ±∞. Vamos enunciar duas propriedades para o limite no infinito.
P1) Se 𝑛 ∈ ℕ∗ , então:
• lim 𝑥 𝑛 = +∞
𝑥→+∞
+∞, 𝑠𝑒 𝑛 𝑝𝑎𝑟
• lim 𝑥 𝑛 = {
𝑥→−∞ −∞, 𝑠𝑒 𝑛 í𝑚𝑝𝑎𝑟
1
P2) Se 𝑛 ∈ ℕ∗ , então lim =0
𝑥→±∞ 𝑥 𝑛

Vejamos um exemplo:
9√3 1 1
lim ( ) = lim (9√3 ⋅ ) = lim 9√3 ⋅ lim =0
𝑥→−∞ 𝑥 10 𝑥→−∞ 𝑥 10 𝑥→−∞ 𝑥→−∞ 𝑥 10

1.4.2. Teorema
Sejam 𝑓 e 𝑔 funções polinomiais tais que
𝑓(𝑥) = 𝑎𝑛 𝑥 𝑛 + ⋯ + 𝑎2 𝑥 2 + 𝑎1 𝑥 + 𝑎0
𝑔(𝑥) = 𝑏𝑚 𝑥 𝑚 + ⋯ + 𝑏2 𝑥 2 + 𝑏1 𝑥 + 𝑏0
Com 𝑎𝑛 ≠ 0 e 𝑏𝑚 ≠ 0, então
𝑓 (𝑥 ) 𝑎𝑛 𝑥 𝑛
lim = lim ( )
𝑥→±∞ 𝑔(𝑥 ) 𝑥→±∞ 𝑏𝑚 𝑥 𝑚

Demonstração:
𝑓 (𝑥 ) 𝑎𝑛 𝑥 𝑛 + ⋯ + 𝑎2 𝑥 2 + 𝑎1 𝑥 + 𝑎0
lim = lim
𝑥→±∞ 𝑔(𝑥 ) 𝑥→±∞ 𝑏𝑚 𝑥 𝑚 + ⋯ + 𝑏2 𝑥 2 + 𝑏1 𝑥 + 𝑏0

𝑎2 𝑥 2 𝑎 𝑥 𝑎
𝑎𝑛 𝑥 𝑛 (1 + ⋯ + + 1 + 0 )
𝑎𝑛 𝑥 𝑛 𝑎𝑛 𝑥 𝑛 𝑎𝑛 𝑥 𝑛
= lim
𝑥→±∞ 𝑏 𝑥2 𝑏𝑥 𝑏0
𝑏𝑚 𝑥 𝑚 (1 + ⋯ + 2 𝑚 + 1 𝑚 + )
𝑏𝑚 𝑥 𝑏𝑚 𝑥 𝑏𝑚 𝑥 𝑚
𝑎2 𝑥 2 𝑎1 𝑥 𝑎0
𝑎𝑛 𝑥 𝑛 (1 + ⋯ +𝑛 + 𝑛 + ) 𝑎𝑛 𝑥 𝑛
𝑎𝑛 𝑥 𝑎𝑛 𝑥 𝑎𝑛 𝑥 𝑛
= lim ⋅ lim = lim ⋅1
𝑥→±∞ 𝑏𝑚 𝑥 𝑚 𝑥→±∞ 𝑏2 𝑥 2 𝑏1 𝑥 𝑏0 𝑥→±∞ 𝑏𝑚 𝑥 𝑚
(1 + ⋯ + + + )
𝑏𝑚 𝑥 𝑚 𝑏𝑚 𝑥 𝑚 𝑏𝑚 𝑥 𝑚
𝑓 (𝑥 ) 𝑎𝑛 𝑥 𝑛
∴ lim = lim
𝑥→±∞ 𝑔(𝑥 ) 𝑥→±∞ 𝑏𝑚 𝑥 𝑚

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O teorema diz que quando calculamos o limite de funções racionais para 𝑥 → ±∞,
podemos apenas considerar a maior potência no numerador e a maior potência no denominador.
Vamos ver um exemplo.
6𝑥 8 − 5𝑥 3 + 2𝑥 2 − 90
lim ( )
𝑥→+∞ 3𝑥 8 + 4𝑥 4 − 2𝑥 2 + 10

Aplicando o teorema, temos que


6𝑥 8 − 5𝑥 3 + 2𝑥 2 − 90 6𝑥 8 6
lim ( 8 ) = lim ( ) = lim ( )=2
𝑥→+∞ 3𝑥 + 4𝑥 4 − 2𝑥 2 + 10 𝑥→+∞ 3𝑥 8 𝑥→+∞ 3

1.5. Limites com Indeterminações


Para resolvermos limites que têm indeterminações, podemos usar algumas técnicas. Os
tipos de indeterminações que existem são da forma:
0 ±∞
, , 0 ⋅ (±∞), ±∞ ∓ ∞, 00 , (±∞)0 , 1±∞
0 ±∞
Vamos estudar os métodos para calcular esses tipos de limites.

1.5.1. Simplificação
Esse método se baseia em cancelar os termos que geram a indeterminação. Para isso,
tentamos usar artifícios algébricos. Podemos usar a fatoração e cancelar algum fator comum. Veja
alguns exemplos.
𝑥2 − 1
1. lim
𝑥→1 𝑥 − 1

Nesse caso, temos uma indeterminação do tipo


0
0
Mas observe que podemos fatorar o numerar fazendo 𝑥 2 − 1 = (𝑥 − 1)(𝑥 + 1). Desse
modo:
𝑥2 − 1 (𝑥 + 1)(𝑥 − 1)
lim = lim = lim(𝑥 + 1) = 2
𝑥→1 𝑥 − 1 𝑥→1 (𝑥 − 1) 𝑥→1

𝑥 2 + 9𝑥 + 18
2. lim
𝑥→−3 𝑥+3
Note que o numerador pode ser fatorado:

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𝑥 2 + 9𝑥 + 18 = (𝑥 + 3)(𝑥 + 6)
Assim, temos:
𝑥 2 + 9𝑥 + 18 (𝑥 + 3)(𝑥 + 6)
lim = lim = lim (𝑥 + 6) = 3
𝑥→−3 𝑥+3 𝑥→−3 (𝑥 + 3) 𝑥→−3

(𝑥 + 1)2 − 1
3. lim
𝑥→−2 𝑥+2
Devido ao denominador, teremos a divisão de um número por 0 e isso gera
indeterminação.
Vamos desenvolver o numerador e ver o que acontece:
(𝑥 + 1)2 − 1 𝑥 2 + 2𝑥 + 1 − 1 𝑥 2 + 2𝑥 𝑥 (𝑥 + 2)
lim = lim = lim = lim = lim 𝑥 = −2
𝑥→−2 𝑥+2 𝑥→−2 𝑥+2 𝑥→−2 𝑥 + 2 𝑥→−2 (𝑥 + 2) 𝑥→−2

1.5.2. Racionalização
Por vezes, encontraremos limites envolvendo radicais e que geram indeterminações. Um
método para resolver esse problema é usar a racionalização. Vejamos um exemplo.
2 − √4 − 𝑡
1. lim
𝑡→0 𝑡
Perceba que quando fazemos 𝑡 → 0, teremos
2 − √4 − 𝑡 2 − √4 0
lim = =
𝑡→0 𝑡 0 0
Quando encontramos a presença de radicais no numerador, podemos racionalizá-lo. Veja:
2
2 − √4 − 𝑡 2 − √4 − 𝑡 2 + √4 − 𝑡 4 − (√4 − 𝑡) 𝑡 1
= ⋅ = = =
𝑡 𝑡 2 + √4 − 𝑡 𝑡(2 + √4 − 𝑡) 𝑡(2 + √4 − 𝑡) 2 + √4 − 𝑡
2 − √4 − 𝑡 1
⇒ =
𝑡 2 + √4 − 𝑡
Portanto, o limite é dado por:
2 − √4 − 𝑡 1 1 1
lim = lim = =
𝑡→0 𝑡 𝑡→0 2 + √4 − 𝑡 2 + √4 4

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1.5.3. Limites de Funções Racionais


Para calcularmos o limite de funções racionais quando 𝑥 → ±∞, devemos simplificar o
numerador e o denominador da função. Para isso, identificamos a maior potência de 𝒙 no
denominador e dividimos o numerador e o denominador por essa potência. Vamos ver alguns
exemplos.
10𝑥 3 + 3𝑥 2 − 9𝑥 + 1
1. lim
𝑥→+∞ 2𝑥 3 − 5𝑥 2 + 7𝑥 − 1

Note que a maior potência no denominador é o termo 𝑥 3 . Vamos dividir o numerador e o


denominador por essa potência:
1
10𝑥 3 + 3𝑥 2 − 9𝑥 + 1 10𝑥 3 + 3𝑥 2 − 9𝑥 + 1 𝑥 3
lim = lim ⋅ ( )
𝑥→+∞ 2𝑥 3 − 5𝑥 2 + 7𝑥 − 1 𝑥→+∞ 2𝑥 3 − 5𝑥 2 + 7𝑥 − 1 1
( 𝑥3 )
3 9 1
10 + − 2 + 3
= lim (
𝑥 𝑥 𝑥 ) = 10 + 0 − 0 + 0 = 5
𝑥→+∞ 5 7 1 2−0+0−0
2− + 2− 3
𝑥 𝑥 𝑥

5𝑥 5 − 10𝑥 3
2. lim
𝑥→−∞ 4𝑥 4 + 2𝑥 2

Nesse caso, temos a maior potência de 𝑥 no denominador o número 𝑥 4 , logo:


1 10
5𝑥 5 − 10𝑥 3 5𝑥 5 − 10𝑥 3 4 5𝑥 − lim 5𝑥 − 0
lim = lim 𝑥
⋅ ( ) = lim ( 𝑥 )= 𝑥→−∞
= −∞
𝑥→−∞ 4𝑥 4 + 2𝑥 2 𝑥→−∞ 4𝑥 4 + 2𝑥 2 1 𝑥→−∞ 2 4+0
4 +
( 𝑥4 ) 𝑥2

7𝑥 3 − 4𝑥 2 − 10
3. lim
𝑥→+∞ 7𝑥 4 + 10𝑥
Veja que a maior potência no denominador é 𝑥 4 , logo:
1 7 4 10
7𝑥 3 − 4𝑥 2 − 10 7𝑥 3 − 4𝑥 2 − 10 − −
lim = lim ⋅ ( 𝑥 ) = lim (𝑥 𝑥 2 𝑥 4 )
4
𝑥→+∞ 7𝑥 4 + 10𝑥 𝑥→+∞ 7𝑥 4 + 10𝑥 1 𝑥→+∞ 10
4 7+ 3
( 𝑥 ) 𝑥
0−0−0
= =0
7+0

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1.6. Limite Fundamental


Vamos estudar alguns limites fundamentais. Mas antes disso, estudaremos um teorema
muito útil para o cálculo de limites.

1.6.1. Teorema do Confronto


Alguns limites não podem ser calculados de forma direta, mas sim de forma indireta. Para
o cálculo desses limites, usamos o Teorema do Confronto (também conhecido como Teorema do
Sanduíche). Esse teorema diz que se uma função possui valores limitados entre duas outras
funções, e o limite dessas funções tende a 𝐿, então o limite da função também será 𝐿.
Veja um exemplo gráfico de função 𝑓 limitada:

Perceba que 𝑔(𝑥) ≤ 𝑓 (𝑥) ≤ ℎ(𝑥), ∀𝑥.


Vamos enunciar o teorema:

Se lim 𝑔(𝑥) = lim ℎ(𝑥) = 𝐿 e 𝑔(𝑥) ≤ 𝑓(𝑥) ≤ ℎ(𝑥) para todo 𝑥 ∈ 𝐼 − {𝑎}, onde 𝐼 é um intervalo
𝑥→𝑎 𝑥→𝑎
aberto que contém 𝑎, então lim 𝑓(𝑥) = 𝐿.
𝑥→𝑎

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1.6.2. Limite Fundamental Trigonométrico


sen 𝑥
lim =1
𝑥→0 𝑥

Demonstração:
Para a demonstração desse resultado, usaremos a seguinte figura que contém uma
circunferência de raio 1.

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Podemos inferir pela figura que a área do setor circular 𝑂𝐴𝐵 é maior que a área do Δ𝑂𝐴𝐵
e menor que a área do Δ𝑂𝐴𝑇, assim, temos:
SΔOAB ≤ 𝑆𝑂𝐴𝐵
̂ ≤ 𝑆ΔOAT

Como a circunferência possui raio 1, temos que 𝐵𝐻 = sen 𝑥 e 𝐴𝑇 = tg 𝑥.


A área do triângulo 𝑂𝐴𝐵 é:
𝑂𝐴 ⋅ 𝐵𝐻 1 ⋅ sen 𝑥 sen 𝑥
SΔOAB = = =
2 2 2
A área do triângulo 𝑂𝐴𝑇 é:
𝑂𝐴 ⋅ 𝐴𝑇 1 ⋅ tg 𝑥 tg 𝑥
𝑆ΔOAT = = =
2 2 2
A área do setor circular é:
𝑥 𝑥
𝑆𝑂𝐴𝐵
̂ = ⋅ 𝜋 (1)2 =
2𝜋 2
Substituindo as áreas na desigualdade, obtemos:
sen 𝑥 𝑥 tg 𝑥 sen 𝑥
≤ ≤ ⇒ sen 𝑥 ≤ 𝑥 ≤
2 2 2 cos 𝑥
𝜋
Invertendo a desigualdade e multiplicando por sen 𝑥 > 0, ∀𝑥 ∈ (0, ):
2
cos 𝑥 1 1 sen 𝑥
≤ ≤ ⇒ cos 𝑥 ≤ ≤1
sen 𝑥 𝑥 sen 𝑥 𝑥
Aplicando o limite para 𝑥 → 0+ e usando o Teorema do Confronto:
sen 𝑥
lim+ cos 𝑥 ≤ lim+ ≤ lim+ 1
𝑥→0 𝑥→0 𝑥 𝑥→0
sen 𝑥
1 ≤ lim+ ≤1
𝑥→0 𝑥
sen 𝑥
∴ lim+ =1
𝑥→0 𝑥
Lembrando que a função seno é ímpar, fazendo uma mudança de variável 𝑥 = −𝑦, quando
𝑥 → 0 temos 𝑦 → 0+ , logo:

sen 𝑥 sen(−𝑦) − sen 𝑦 sen 𝑦


lim− = lim+ = lim+ = lim+ =1
𝑥→0 𝑥 𝑦→0 (−𝑦) 𝑦→0 −𝑦 𝑦→0 𝑦
Como ambos os limites laterais existem e são iguais, concluímos:
sen 𝑥
lim =1
𝑥→0 𝑥

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Algumas vezes pode ser muito útil substituir a variável do limite para calcularmos o seu valor.
Vejamos um exemplo:
𝒔𝒆𝒏(𝟐𝒙)
𝐥𝐢𝐦
𝒙→𝟎 𝒙
Podemos calcular esse limite usando a relação:
𝑠𝑒𝑛(2𝑥) = 2 sen 𝑥 cos 𝑥
E obter:
𝑠𝑒𝑛(2𝑥) 2 sen 𝑥 cos 𝑥 sen 𝑥
lim = lim = 2 lim lim cos 𝑥 = 2 ⋅ 1 ⋅ 1 = 2
𝑥→0 𝑥 𝑥→0 𝑥 𝑥→0 𝑥 𝑥→0

Ou também podemos fazer uma mudança de variável 2𝑥 = 𝑦. Assim, temos que 𝑥 → 0 implica
𝑦 → 0 e 𝑥 = 𝑦/2. Substituindo:
𝑠𝑒𝑛(2𝑥) 𝑠𝑒𝑛(𝑦) 𝑠𝑒𝑛(𝑦)
lim = 𝑙𝑖𝑚 𝑦 = 2 𝑙𝑖𝑚 =2
𝑥→0 𝑥 𝑦→0
(2 ) 𝑦→0 𝑦

1.6.3. Limite Fundamental Exponencial


1 𝑥
lim (1 + ) = 𝑒
𝑥→±∞ 𝑥

Esse é um dos limites fundamentais mais usados nas questões! A demonstração desse
resultado é extensa e envolve Binômio de Newton.
1
Desse resultado, podemos provar que lim(1 + 𝑥)𝑥 = 𝑒.
𝑥→0
1 1
Vamos calcular o limite de lim(1 + 𝑥)𝑥 . Fazendo uma mudança de variável 𝑥 = , temos
𝑥→0 𝑦
que 𝑥 → 0+ implica 𝑦 → +∞ e 𝑥 → 0− implica 𝑦 → −∞, logo:
1 1 𝑦
lim (1 + 𝑥 )𝑥 = 𝑙𝑖𝑚 (1 + ) = 𝑒
𝑥→0+ 𝑦→+∞ 𝑦
1 1 𝑦
lim (1 + 𝑥 )𝑥 = 𝑙𝑖𝑚 (1 + ) = 𝑒
𝑥→0− 𝑦→−∞ 𝑦
Como os limites laterais são iguais, concluímos:

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1
lim(1 + 𝑥)𝑥 = 𝑒
𝑥→0

Outro limite fundamental importante é:

𝑎𝑥 − 1
Se 𝑎 > 0, então lim = ln 𝑎
𝑥→0 𝑥

Demonstração:
Veja que para 𝑎 = 1, temos ln 𝑎 = ln 1 = 0 e
𝑎𝑥 − 1 1𝑥 − 1
lim = lim = lim 0 = 0
𝑥→0 𝑥 𝑥→0 𝑥 𝑥→0

Supondo que 𝑎 ≠ 1 e 𝑎 > 0 e fazendo uma mudança de variável 𝑎 𝑥 − 1 = 𝑡, temos:


𝑡 = 𝑎𝑥 − 1 ⇒ 𝑎𝑥 = 𝑡 + 1
Aplicando o logaritmo natural na igualdade:
ln(𝑡 + 1)
ln 𝑎 𝑥 = ln(𝑡 + 1) ⇒ 𝑥 ln 𝑎 = ln(𝑡 + 1) ⇒ 𝑥 =
ln 𝑎
Note que 𝑥 → 0 implica 𝑡 → 0, logo:
𝑎𝑥 − 1 t ln 𝑎 1 ln 𝑎 ln 𝑎
lim = lim = lim = ln 𝑎 ⋅ lim 1 = 1 =
𝑥→0 𝑥 𝑡→0 ln(𝑡 + 1) 𝑡→0 ln(𝑡 + 1) 𝑡→0 ln 𝑒
ln(𝑡 + 1) 𝑡 ln [lim(𝑡 + 1) 𝑡 ]
ln 𝑎 𝑡 t→0
𝑥
𝑎 −1
∴ lim = ln 𝑎
𝑥→0 𝑥
Vamos ver um exemplo de aplicação.
𝟑 𝒙
𝐥𝐢𝐦 (𝟏 + )
𝒙→∞ 𝒙
Observe que não podemos aplicar diretamente o limite fundamental, porém podemos
𝑥
fazer uma mudança de variável. Fazendo 𝑦 = , se 𝑥 → ∞, então 𝑦 → ∞, logo:
3
𝑥 3
3 3 3𝑦 1 𝑥
lim (1 + ) = lim (1 + ) = lim [(1 + ) ] = 𝑒 3
𝑥→∞ 𝑥 𝑦→∞ 3𝑦 𝑥→∞ 𝑥

1.7. Assíntotas
Algumas funções tendem a se aproximar de uma reta quando nos afastamos da origem.
Essa reta é chamada de assíntota da função. Podemos ter três tipos de assíntotas: vertical,
horizontal e oblíqua.

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1.7.1. Assíntota vertical


Uma função 𝑓 possui uma assíntota vertical se uma das seguintes possibilidades
ocorrerem:
• lim 𝑓 (𝑥) = +∞
𝑥→𝑎
• lim 𝑓 (𝑥) = −∞
𝑥→𝑎
• lim 𝑓(𝑥) = +∞
𝑥→𝑎+
• lim 𝑓(𝑥) = −∞
𝑥→𝑎+
• lim 𝑓(𝑥) = +∞
𝑥→𝑎−
• lim 𝑓(𝑥) = −∞
𝑥→𝑎−

Nesses casos, a assíntota vertical é a reta


𝑥=𝑎
Vejamos um exemplo. Seja a função 𝑓 definida por
3
𝑓 (𝑥 ) =
(𝑥 + 1)2
Vamos calcular o limite de 𝑓 quando 𝑥 → −1:
3
lim 𝑓 (𝑥) = lim = +∞
𝑥→−1 𝑥→−1 (𝑥 + 1)2

Como o limite acima resultou em +∞ quando 𝑥 → −1, temos que existe assíntota vertical
e ela é a reta 𝑥 = −1 conforme ilustra a figura abaixo:

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1.7.2. Assíntota horizontal


Uma função 𝑓 possui uma assíntota horizontal se uma das seguintes possibilidades
ocorrerem:
• lim 𝑓 (𝑥) = 𝐿
𝑥→+∞
• lim 𝑓 (𝑥) = 𝐿
𝑥→−∞

Nesse caso, a assíntota horizontal é a reta


𝑦=𝐿
Vejamos um exemplo. Seja a função 𝑓 definida por
3𝑥
𝑓 (𝑥 ) =
𝑥+1
Vamos calcular o limite de 𝑓 quando 𝑥 → ±∞:
1
3𝑥 3𝑥 3
lim 𝑓 (𝑥) = lim ( ) = lim ( ⋅ ( 𝑥 )) = lim ( )=3
𝑥→+∞ 𝑥→+∞ 𝑥 + 1 𝑥→+∞ 𝑥 + 1 1 𝑥→+∞ 1
1+
𝑥 𝑥

3𝑥 3
lim 𝑓 (𝑥) = lim ( ) = lim ( )=3
𝑥→−∞ 𝑥→−∞ 𝑥 + 1 𝑥→−∞ 1
1+
𝑥
Ambos os limites resultaram em um mesmo valor e, portanto, temos uma única assíntota
horizontal dada por
𝑦=3
Veja o gráfico da função na figura a seguir:

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1.7.3. Assíntota Oblíqua


Dizemos que a reta de equação 𝑟(𝑥) = 𝑚𝑥 + 𝑛 é a assíntota oblíqua de 𝑓 se pelo menos
um dos limites abaixo existe:

lim (𝑓(𝑥) − 𝑟(𝑥)) = 0


𝑥→+∞

Ou

lim (𝑓(𝑥) − 𝑟(𝑥)) = 0


𝑥→−∞

Na prática, como saber se determinada função possui assíntota oblíqua? E caso positivo,
como podemos determinar os coeficientes 𝑚 e 𝑛 da reta?
Para isso, precisamos verificar se é possível calcular os limites
lim (𝑓(𝑥) − 𝑟(𝑥)) = 0
𝑥→±∞

Se existirem os limites acima, teremos:


𝑓 (𝑥 ) 𝑛
lim (𝑓(𝑥) − 𝑟(𝑥)) = lim (𝑓 (𝑥) − (𝑚𝑥 + 𝑛)) = lim 𝑥 ⋅ ( − (𝑚 + ))
𝑥→±∞ 𝑥→±∞ 𝑥→±∞ 𝑥 𝑥
Note que para o limite acima existir e ser nulo, devemos ter
𝑓 (𝑥 ) 𝑛
lim ( − (𝑚 + )) = 0
𝑥→±∞ 𝑥 𝑥
𝑛
Para 𝑥 → ±∞, temos que → 0, logo:
𝑥

𝑓 (𝑥 )
𝑚 = lim
𝑥→±∞ 𝑥

Com esse valor de 𝑚, podemos determinar 𝑛 da seguinte maneira:


lim (𝑓 (𝑥) − (𝑚𝑥 + 𝑛)) = lim ((𝑓(𝑥) − 𝑚𝑥) − 𝑛) = 0
𝑥→±∞ 𝑥→±∞

𝑛 = lim (𝑓 (𝑥) − 𝑚𝑥)


𝑥→±∞

Vamos ver um exemplo de aplicação. Seja a função 𝑓 definida por


3𝑥 2 + 𝑥
𝑓 (𝑥 ) =
𝑥+2
Inicialmente, iremos calcular o valor de 𝑚:
3𝑥 2 + 𝑥 2 2
1
𝑓 (𝑥 ) 3𝑥 + 𝑥 3𝑥 + 𝑥 𝑥2 )
𝑚 = lim = lim 𝑥 + 2 = lim 2 = lim ⋅ (
𝑥→+∞ 𝑥 𝑥→+∞ 𝑥 𝑥→+∞ 𝑥 + 2𝑥 𝑥→+∞ 𝑥 2 + 2𝑥 1
( 𝑥2 )

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1
3+
= lim ( 𝑥) = 3
𝑥→+∞ 2
1+
𝑥
O próximo passo é verificar se existe 𝑛:
3𝑥 2 + 𝑥 3𝑥 2 + 𝑥 − 3𝑥 2 − 6𝑥
𝑛 = lim (𝑓 (𝑥) − 𝑚𝑥) = lim ( − 3𝑥) = lim ( )
𝑥→+∞ 𝑥→+∞ 𝑥+2 𝑥→+∞ 𝑥+2
1
−5𝑥 −5𝑥 −5
= lim ( ) = lim ( ⋅ ( 𝑥 )) = lim ( ) = −5
𝑥→+∞ 𝑥 + 2 𝑥→+∞ 𝑥 + 2 1 𝑥→+∞ 2
1+
𝑥 𝑥
Portanto, existe assíntota oblíqua e ela é dada por
𝑟(𝑥) = 𝑚𝑥 + 𝑛 = 3𝑥 − 5
Note que se fizéssemos 𝑥 → −∞, encontraríamos a mesma reta. Veja abaixo o gráfico
dessa função.

2. Continuidade
Dada uma função definida em um intervalo aberto 𝐼 e 𝑎 um elemento de 𝐼, dizemos que 𝑓
é contínua em 𝑎, quando lim 𝑓(𝑥) = 𝑓(𝑎). Dessa definição, temos que 𝑓 é contínua em um ponto
𝑥→𝑎
𝑎 se satisfaz as seguintes condições:
I. ∃𝑓(𝑎)
II. ∃ lim 𝑓 (𝑥)
𝑥→𝑎

III. lim 𝑓(𝑥) = 𝑓 (𝑎)


𝑥→𝑎

Usando essa definição, temos que a função 𝒇 é contínua em um intervalo quando ela é
contínua em cada ponto do intervalo. Se a função for contínua em cada ponto do seu domínio,
dizemos que ela é uma função contínua.

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Vamos ver alguns exemplos de funções contínuas e descontínuas usando gráficos.


1) 𝑓 (𝑥) = −𝑥 + 3

Note que essa função é contínua em todo seu domínio, pois ∀𝑎 ∈ ℝ:


lim 𝑓 (𝑥) = lim (−𝑥 + 3) = −𝑎 + 3 = 𝑓(𝑎)
𝑥→𝑎 𝑥→𝑎

−𝑥 + 1, 𝑥 ≤ 1
2) 𝑓 (𝑥) = {
𝑥 + 2, 𝑥 > 1

Nesse caso, a função 𝑓 é descontínua no ponto 𝑥 = 1, pois:


lim 𝑓 (𝑥) = lim−(−𝑥 + 1) = 0
𝑥→1− 𝑥→1

lim 𝑓 (𝑥) = lim+(𝑥 + 2) = 3


𝑥→1+ 𝑥→1

Como os limites laterais são diferentes, temos que não existe lim 𝑓(𝑥), ou seja, a função é
𝑥→1
descontínua em 1.

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2𝑥, 𝑥 ≠ 2
3) 𝑓 (𝑥) = {
2, 𝑥 = 2

Veja que a função é descontínua no ponto 2, pois


lim 𝑓 (𝑥) = lim 2𝑥 = 4 ≠ 2 = 𝑓 (2)
𝑥→2 𝑥→2

Com exceção desse ponto, a função é contínua em todo ℝ − {2}.


Agora que sabemos o que é continuidade de uma função. Vamos enunciar algumas de suas
propriedades.
𝑓
P1) Se 𝑓 e 𝑔 são funções contínuas em 𝑎, então as funções 𝑓 + 𝑔, 𝑓 − 𝑔, 𝑓 ⋅ 𝑔 e são
𝑔
𝑓
também contínuas em 𝑎. No caso de , temos como requisito 𝑔(𝑎) ≠ 0.
𝑔

P2) Se lim 𝑔(𝑥) = 𝑏 e se 𝑓 é contínua em 𝑏, então lim 𝑓(𝑔(𝑥)) = 𝑓 (lim 𝑔(𝑥)).


𝑥→𝑎 𝑥→𝑎 𝑥→𝑎

Vamos ver um exemplo de questão envolvendo continuidade.

(EFOMM/2018)

Os valores de 𝑨, sabendo-se que a função abaixo é contínua para todos os valores de 𝒙, será
𝑨𝟐 𝒙 − 𝑨, 𝒙≥𝟑
𝒇(𝒙) = {
𝟒, 𝒙<𝟑
𝟏
a) 𝟏 ou − 𝟐

b) 𝟏 ou −𝟐

c) 𝟐 ou 𝟒
𝟑
d) 𝟐 ou 𝟒

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𝟒
e) −𝟏 ou 𝟑

Comentários
Se a função é contínua para todos os reais, então ela deve ser contínua para:
1. 𝑥 < 3. Isso é fato, pois é uma função constante 𝑓 (𝑥) = 4 e, portanto, contínua.
2. 𝑥 > 3. Isso é fato, pois para esses valores a função é 𝑓(𝑥) = 𝐴²𝑥 − 𝐴, que é contínua.
3. 𝑥 = 3. Esse caso é especial, pois temos duas expressões antes e depois do 𝑥 = 3. Portanto,
para que a função seja contínua, os limites laterais precisam existir e precisam ser iguais à
função naquele ponto:
𝑓 (3) = 3𝐴2 − 𝐴
Assim, queremos que:
lim 𝑓 (𝑥) = lim+ 𝑓 (𝑥) ⇒ lim− 4 = lim+ 𝐴2 ⋅ 𝑥 − 𝐴
𝑥→3− 𝑥→3 𝑥→3 𝑥→3
2 2
⇒ 4 = 3𝐴 − 𝐴 ⇒ 3𝐴 − 𝐴 − 4 = 0
1 ± √49
⇒ Δ = 1 − 4 ⋅ 3 ⋅ −4 = 49 ⇒ 𝐴 =
2⋅3
4
⇒𝐴= 𝑜𝑢 𝐴 = −1
3
Gabarito: “e”.

3. Derivadas

3.1. Definição
Dada 𝑓 uma função definida em um intervalo aberto 𝐼 e 𝑥0 um elemento de 𝐼. Denota-se
derivada de 𝑓 no ponto 𝑥0 o limite:
𝑓 (𝑥) − 𝑓 (𝑥0 )
lim
𝑥→𝑥0 𝑥 − 𝑥0
se este limite existe e for finito.
Quando esse limite existe, dizemos que 𝑓 é derivável no ponto 𝑥0 . 𝑓 será derivável em um
intervalo aberto 𝐼 quando existir 𝑓 ′ (𝑥0 ) para todo 𝑥0 ∈ 𝐼.
Comumente, indicamos a derivada de 𝑓 no ponto 𝑥0 com as seguintes notações:
𝑑𝑓
𝑓 ′ (𝑥0 ) 𝑜𝑢 [ ] 𝑜𝑢 𝐷𝑓 (𝑥0 )
𝑑𝑥 𝑥=𝑥0
Chamamos a diferença Δ𝑥 = 𝑥 − 𝑥0 de acréscimo ou incremento da variável 𝒙
relativamente ao ponto 𝑥0 . Da mesma forma, chamamos de acréscimo ou incremento da função
f relativamente ao ponto 𝑥0 .

AULA 05 – CÁLCULO I 31
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Δ𝑦
Denotamos por razão incremental de 𝒇 relativamente ao ponto 𝑥0 o quociente =
Δ𝑥
𝑓(𝑥)−𝑓(𝑥0 )
.
𝑥−𝑥0

É comum indicar a derivada de 𝑓 no ponto 𝑥0 das seguintes maneiras:


𝑓(𝑥) − 𝑓 (𝑥0 ) Δ𝑦 𝑓 (𝑥0 + Δ𝑥 ) − 𝑓(𝑥0 )
𝑓 ′ (𝑥0 ) = lim 𝑜𝑢 𝑓 ′ (𝑥0 ) = lim 𝑜𝑢 𝑓 ′ (𝑥0 ) = lim
𝑥→𝑥0 𝑥 − 𝑥0 Δ𝑥→0 Δ𝑥 Δ𝑥→0 Δ𝑥

Podemos afirmar que se 𝑓: 𝐼 → ℝ é derivável em 𝑥0 ∈ 𝐼, então 𝑓 é contínua em 𝑥0 . Assim, se 𝑓


não é contínua em 𝑥0 , então 𝑓 não será derivável nesse mesmo ponto.

Vamos ver alguns exemplos de derivadas.


1) 𝑓 (𝑥) = 5𝑥 − 3.
Calcularemos a derivada de 𝑓 no ponto 𝑥 = 3. Usando a definição:
𝑓 (𝑥 ) − 𝑓 (3) (5𝑥 − 3) − (5 ⋅ 3 − 3) 5𝑥 − 15 5(𝑥 − 3)
𝑓 ′ (3) = lim = lim = lim = lim =5
𝑥→3 𝑥−3 𝑥→3 𝑥−3 𝑥→3 𝑥 − 3 𝑥→3 𝑥 − 3

Veja que esse limite existe e é igual a 5, logo 𝑓 é derivável no ponto 𝑥 = 3.

2) 𝑓 (𝑥) = 𝑥 2
Vamos derivar 𝑓 no ponto 𝑥 = 1 usando uma outra definição:
𝑓 (1 + Δ𝑥 ) − 𝑓(1) 𝑓 (1 + Δ𝑥 ) − 𝑓(1) (1 + Δ𝑥 )2 − (1)2
𝑓 ′ (1) = lim = lim = lim
Δ𝑥→0 Δ𝑥 Δ𝑥→0 Δ𝑥 Δ𝑥→0 Δ𝑥
2
1 + 2Δ𝑥 + Δ𝑥 − 1 Δ𝑥 (2 + Δ𝑥 )
= lim = lim = lim (2 + Δ𝑥) = 2
Δ𝑥→0 Δ𝑥 Δ𝑥→0 Δ𝑥 Δ𝑥→0

Algumas vezes essa forma de calcular derivadas pode ser bem trabalhoso, mas podemos
memorizar algumas derivadas de funções elementares e aplicar diretamente na questão sem
precisar fazer o cálculo usando a definição. Vamos estudar quais são essas derivadas.

AULA 05 – CÁLCULO I 32
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3.2. Derivadas das funções elementares


Algumas derivadas elementares:

Função Derivada da Função

𝒇(𝒙) = 𝒄𝒕𝒆 𝒇′ (𝒙) = 𝟎

𝒇(𝒙) = 𝒙𝒏 𝒇′ (𝒙) = 𝒏 ⋅ 𝒙𝒏−𝟏

𝒇(𝒙) = 𝒔𝒆𝒏𝒙 𝒇′ (𝒙) = 𝒄𝒐𝒔𝒙

𝒇(𝒙) = 𝒄𝒐𝒔𝒙 𝒇′ (𝒙) = −𝒔𝒆𝒏𝒙

𝒇(𝒙) = 𝒕𝒈𝒙 𝒇′ (𝒙) = 𝐬𝐞𝐜 𝟐 𝒙

𝒇(𝒙) = 𝒂𝒙 𝒇′ (𝒙) = 𝒂𝒙 𝐥𝐧 𝒂

𝒇(𝒙) = 𝒆𝒙 (𝒆 é 𝒐 𝒏ú𝒎𝒆𝒓𝒐 𝒅𝒆 𝑬𝒖𝒍𝒆𝒓) 𝒇′ (𝒙) = 𝒆𝒙

𝒇(𝒙) = 𝒍𝒐𝒈𝒂 𝒙 𝟏
𝒇′ (𝒙) =
𝒙 ⋅ 𝐥𝐧 𝒂

𝒇(𝒙) = 𝐥𝐧 𝒙 𝟏
𝒇′ (𝒙) =
𝒙

3.3. Interpretação geométrica da derivada


Dada 𝑓 uma função definida em um intervalo aberto 𝐼 e 𝑥0 um elemento de 𝐼. Vamos
admitir que 𝑓 é derivável no intervalo aberto 𝐼, isto é, existe 𝑓′(𝑥0 ) para todo 𝑥0 ∈ 𝐼.
Podemos representar graficamente por:

AULA 05 – CÁLCULO I 33
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Δ𝑦
Note que a reta secante em roxo possui coeficiente angular 𝑡𝑔𝜃 = . Logo, 𝑡𝑔𝜃 é a razão
Δ𝑥
incremental de 𝑓 em relação ao ponto 𝑥0 .
Desde que 𝑓 é contínua em 𝐼, à medida que vamos caminhando com 𝑂 as retas secantes
se aproximam cada vez mais da reta tangente à curva no ponto P. No limite teremos que:
Δ𝑦 𝑑𝑦
lim =[ ] = 𝑡𝑔𝛼
Δ𝑥→0 Δ𝑥 𝑑𝑥 𝑥=𝑥0
𝑑𝑦
Chamamos [ ] de variação instantânea relativamente ao ponto 𝑥0 .
𝑑𝑥 𝑥=𝑥0

3.4. Interpretação cinemática da derivada


Na Física, aprendemos que 𝑠 = 𝑠(𝑡 ) representa o espaço percorrido por um corpo a partir
de um determinado ponto e que a velocidade média de um corpo é dada por
Δs
𝑣𝑚 =
Δt
Onde Δ𝑠 é a distância percorrida pelo corpo durante um tempo Δ𝑡.
Vamos escrever Δ𝑠 = 𝑠(𝑡 + Δ𝑡 ) − 𝑠(𝑡 ). Esse será o espaço percorrido por um corpo desde
o instante 𝑡 até o instante 𝑡 + Δ𝑡. Assim, temos que sua velocidade média é:
𝑠(𝑡 + 𝛥𝑡 ) − 𝑠(𝑡 )
𝑣𝑚 =
𝛥𝑡
Ao aplicarmos o limite de Δ𝑡 → 0, obteremos a velocidade instantânea do corpo no
instante 𝑡, logo:

AULA 05 – CÁLCULO I 34
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𝑠(𝑡 + 𝛥𝑡 ) − 𝑠(𝑡 ) Δ𝑠
𝑣 (𝑡 ) = lim = lim
Δ𝑡→0 𝛥𝑡 Δ𝑡→0 𝛥𝑡

Essa é a definição da derivada do espaço em relação ao tempo. Assim, podemos afirmar


que derivando-se a equação do espaço em relação ao tempo, obtemos a velocidade instantânea
do corpo.
𝑑𝑠
𝑣=
𝑑𝑡
Usando o mesmo raciocínio, podemos calcular a aceleração instantânea de um corpo, dado
que a aceleração é a variação da velocidade em um Δ𝑡, logo:
𝑣 (𝑡 + 𝛥𝑡 ) − 𝑣 (𝑡 ) Δ𝑣
𝑎(𝑡 ) = lim = lim
Δ𝑡→0 𝛥𝑡 Δ𝑡→0 𝛥𝑡
𝑑𝑣
𝑎=
𝑑𝑡
A aceleração escalar instantânea pode ser obtida derivando-se a equação da velocidade
em relação ao tempo.

3.5. Regras de derivação


Algumas regras de derivação importantes. Vamos considerar duas funções 𝑢(𝑥) e 𝑣(𝑥)
deriváveis em um intervalo aberto. Temos as seguintes regras:
• Derivada da soma: se 𝑓 (𝑥) = 𝑢(𝑥) + 𝑣(𝑥), então:
𝑓 ′ (𝑥) = 𝑢′ (𝑥) + 𝑣′(𝑥)
• Derivada do produto: se 𝑓 (𝑥) = 𝑢(𝑥) ∙ 𝑣 (𝑥), então:
𝑓 ′ (𝑥 ) = 𝑢 ′ (𝑥 ) ∙ 𝑣 (𝑥 ) + 𝑢 (𝑥 ) ∙ 𝑣 ′ (𝑥 )
• Derivada da função multiplicada por uma constante: se 𝑓 (𝑥) = 𝑘 ∙ 𝑢(𝑥), então:
𝑓 ′ (𝑥 ) = 𝑘 ∙ 𝑢 ′ (𝑥 )
𝑢(𝑥)
• Derivada do quociente: se 𝑓 (𝑥) = , com 𝑣(𝑥) ≠ 0 em 𝐼, então:
𝑣(𝑥)

𝑢′ (𝑥) ∙ 𝑣 (𝑥) − 𝑢(𝑥) ∙ 𝑣′(𝑥)


𝑓 ′ (𝑥 ) =
[𝑣 (𝑥)]2
• Derivada de uma função composta (regra da cadeia):
𝐹 (𝑥) = 𝑓(𝑔(𝑥)) ⇒ 𝐹 ′ (𝑥) = 𝑓 ′ (𝑔(𝑥)) ∙ 𝑔′(𝑥)

• Derivada inversa:

AULA 05 – CÁLCULO I 35
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1
𝑦 = 𝑓 (𝑥) 𝑒 𝑥 = 𝑓 −1 (𝑦) ⇒ (𝑓 −1 )′ (𝑦) =
𝑓 ′ (𝑥 )
Exemplo 1: 𝐹 (𝑥) = cos (2𝑥). Definindo as funções que estabelece a composição das
funções, temos:
𝑓 (𝑥) = 2𝑥 e 𝑔(𝑥) = cos(𝑥), logo:
𝑓 ′ (𝑥) = 2 e 𝑔′ (𝑥) = −𝑠𝑒𝑛(𝑥)
Se 𝐹 (𝑥) = 𝑔(𝑓 (𝑥)) = cos(𝑓(𝑥)) = cos(2𝑥), então:
𝐹 ′ (𝑥) = 𝑔′ (𝑓(𝑥)) ∙ 𝑓 ′ (𝑥)
𝐹 ′ (𝑥) = −𝑠𝑒𝑛(𝑓(𝑥)) ∙ 2
𝐹 ′ (𝑥) = −𝑠𝑒𝑛(2𝑥) ∙ 2

Exemplo 2: 𝐹 (𝑥) = cos 3 𝑥. Definindo as funções que estabelece a composição das funções,
temos:
𝑓 (𝑥) = cos(𝑥) e 𝑔(𝑥) = [𝑥]3
Então:
𝑓 ′ (𝑥) = −𝑠𝑒𝑛(𝑥) e 𝑔′ (𝑥) = 3 ∙ 𝑥 2
Se 𝐹 (𝑥) = 𝑔(𝑓(𝑥)) = 𝑔(cos(𝑥)) = cos3 𝑥, então:
𝐹 ′ (𝑥) = 𝑔′ (𝑓(𝑥)) ∙ 𝑓 ′ (𝑥) = 3 ∙ [𝑓 (𝑥)]2 ∙ (−𝑠𝑒𝑛(𝑥))
𝐹 ′ (𝑥) = 3 ∙ cos2 𝑥 ∙ (−𝑠𝑒𝑛(𝑥))
𝐹 ′ (𝑥) = −3 ∙ cos2 (𝑥) ∙ 𝑠𝑒𝑛(𝑥)

3.6. Determinação de máximos e mínimos

3.6.1. Primeira derivada da função polinomial


A primeira derivada de uma função nos permite encontrar os pontos críticos da função.
Mas o que são os pontos críticos? Um ponto crítico pode ser:
• Ponto de máximo (local ou absoluto);
• Ponto de mínimo (local ou absoluto);
• Ponto de inflexão (quando ocorre a troca de curvatura na função).
Para saber a classificação do ponto crítico, podemos encontrar a segunda derivada da
função e analisar o ponto crítico. Porém, vamos analisar os resultados da primeira derivada.

AULA 05 – CÁLCULO I 36
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Teorema
Seja 𝑓 uma função derivável no ponto 𝑥 = 𝑥0 , então:
• 𝑓 ′ (𝑥0 ) > 0 implica que 𝑓 é estritamente crescente em 𝑥 = 𝑥0 .
• 𝑓′(𝑥0 ) < 0 implica que 𝑓 é estritamente decrescente em 𝑥 = 𝑥0 .
• 𝑓 ′ (𝑥0 ) = 0 implica que 𝑥 = 𝑥0 é um ponto crítico de 𝑃.

Vejamos um exemplo. Seja 𝑃 definido por:


𝑃(𝑥) = 𝑥 3 − 2𝑥 2 − 5𝑥 + 6
A primeira derivada de 𝑃 é:
𝑃′ (𝑥) = 3𝑥 2 − 4𝑥 − 5
E suas raízes são:
2 ± √19
𝑃 ′ (𝑥 ) = 0 ⇒ 𝑥 =
3
Como 𝑃′ é uma função quadrática, temos que ela representa uma parábola:
2−√19 2+√19
Note que 𝑃′ (𝑥) < 0 para <𝑥< e
3 3
2−√19 2+√19
𝑃′ (𝑥) > 0 para 𝑥 < ou 𝑥 > . Podemos afirmar
3 3
2−√19
que 𝑃 é estritamente crescente no intervalo 𝑥 < ou
3
2+√19 2−√19
𝑥> e estritamente decrescente no intervalo <
3 3
2+√19 2−√19 2+√19
𝑥< . Os pontos 𝑥 = e 𝑥= são pontos
3 3 3
críticos da função. Agora, vamos proceder à análise da
segunda derivada.

3.6.2. Segunda derivada da função polinomial


A segunda derivada nos permite saber a classificação do ponto crítico. Para o caso do
polinômio, temos:
𝑃(𝑥) = 𝑎0 + 𝑎1 𝑥 + 𝑎2 𝑥 2 + 𝑎3 𝑥 3 + ⋯ + 𝑎𝑛−1 𝑥 𝑛−1 + 𝑎𝑛 𝑥 𝑛

AULA 05 – CÁLCULO I 37
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A primeira derivada é:
𝑃′ (𝑥) = 𝑎1 + 2𝑎2 𝑥 + 3𝑎3 𝑥 2 + ⋯ + (𝑛 − 1)𝑎𝑛−1 𝑥 𝑛−2 + 𝑛𝑎𝑛 𝑥 𝑛−1
A segunda derivada é:
𝑃′′ (𝑥) = 2𝑎2 + 6𝑎3 𝑥 + ⋯ + (𝑛 − 1)(𝑛 − 2)𝑎𝑛−1 𝑥 𝑛−3 + 𝑛(𝑛 − 1)𝑎𝑛 𝑥 𝑛−2

Teorema
Dada uma função 𝑓 contínua e derivável até 𝑓′′ em um dado intervalo 𝐼. Se 𝑓 ′ (𝑥0 ) = 0,
então:
• 𝑥0 é ponto de máximo local quando: 𝑓 ′′ (𝑥0 ) < 0.
• 𝑥0 é ponto de mínimo local quando: 𝑓 ′′ (𝑥0 ) > 0.
Se 𝑓 admite 𝑓′′′ (derivada até a terceira ordem), então:
• 𝑥0 é ponto de inflexão se: 𝑓 ′′ (𝑥0 ) = 0 𝑒 𝑓 ′′′ (𝑥0 ) ≠ 0.

Para encontrarmos um candidato a ponto de inflexão, basta resolver a equação 𝑓 ′′ (𝑥) = 0. Se 𝛼 for a raiz
encontrada dessa equação, então ela será ponto de inflexão se 𝑓′′′(𝛼) ≠ 0.

Um ponto de máximo local implica que a função possui concavidade para baixo nesse
ponto e um ponto de mínimo local implica que a função possui concavidade para cima.
Tomemos o seguinte exemplo e analisemos a segunda derivada.
𝑃(𝑥) = 𝑥 3 − 2𝑥 2 − 5𝑥 + 6
𝑃′ (𝑥) = 3𝑥 2 − 4𝑥 − 5
𝑃′′ (𝑥) = 6𝑥 − 4
Usando a segunda derivada, vamos substituir as raízes da primeira derivada e analisar o
sinal do número resultante:
2 + √19 2 + √19
𝑃′′ ( )=6⋅( ) − 4 = 2√19 > 0 (𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑚í𝑛𝑖𝑚𝑜 𝑙𝑜𝑐𝑎𝑙)
3 3
2 − √19 2 − √19
𝑃′′ ( ) =6⋅( ) − 4 = −2√19 < 0 (𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑜 𝑙𝑜𝑐𝑎𝑙)
3 3
Podemos também analisar as raízes de 𝑃′′:
2
𝑃′′ (𝑥) = 0 ⇒ 6𝑥 − 4 = 0 ⇒ 𝑥 =
3

AULA 05 – CÁLCULO I 38
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Assim, 𝑥 = 2/3 pode ser um ponto de inflexão. Para saber isso, devemos analisar a terceira
derivada:
𝑃′′′ (𝑥) = 6 ≠ 0, ∀𝑥 ∈ ℝ
Como a terceira derivada é diferente de zero para qualquer 𝑥 e 𝑃′′ (2/3) = 0, temos que
𝑥 = 2/3 é ponto de inflexão da função.

3.7. Esboço do Gráfico


Já conhecemos o gráfico das funções afim e quadrática. Essas funções são também funções
polinomiais. Vamos aprender a esboçar o gráfico de uma função polinomial de grau 𝑛 ≥ 3.
Sabemos que uma função polinomial de grau 1 é uma reta:

Uma função polinomial de grau 2 é uma parábola:

AULA 05 – CÁLCULO I 39
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Aprendemos como analisar o comportamento de uma função. Vamos ver, na prática, como
esboçamos o gráfico da função polinomial.
Esboçar o gráfico do seguinte polinômio:
𝑃(𝑥) = 𝑥 3 − 2𝑥 2 − 5𝑥 + 6
Inicialmente, devemos analisar o que ocorre com a função quando fazemos lim 𝑃(𝑥) e
𝑥→∞
lim 𝑃(𝑥). Para saber isso, basta analisar o termo de maior grau do polinômio. No caso, temos
𝑥→−∞
3
𝑥 , esse termo tende ao infinito quando 𝑥 tende ao infinito e tende ao menos infinito quando 𝑥
tende ao menos infinito. Assim, sabemos o comportamento da função nas extremidades:
lim 𝑃(𝑥) = +∞
𝑥→∞

lim 𝑃(𝑥) = −∞
𝑥→−∞

Agora, vamos analisar as derivadas. Dos resultados anteriores, temos:


𝑃′ (𝑥) = 3𝑥 2 − 4𝑥 − 5
2 − √19 2 + √19
𝑃′ (𝑥) > 0, 𝑥 < ou 𝑥 > → 𝑒𝑠𝑡𝑟𝑖𝑡𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑐𝑟𝑒𝑠𝑐𝑒𝑛𝑡𝑒
3 3
2 − √19 2 + √19
⇒ 𝑃′ (𝑥) < 0, <𝑥< → 𝑒𝑠𝑡𝑟𝑖𝑡𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒𝑐𝑟𝑒𝑠𝑐𝑒𝑛𝑡𝑒
3 3
′( )
2 ± √19
{ 𝑃 𝑥 = 0, 𝑥 = → 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜𝑠 𝑐𝑟í𝑡𝑖𝑐𝑜𝑠
3
2 + √19
𝑃′′ ( ) = 2√19 > 0 (𝑐𝑜𝑛𝑐𝑎𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑐𝑖𝑚𝑎)
3
𝑃′′ (𝑥) = 6𝑥 − 4 ⇒ 𝑃′′ (2 − √19) = −2√19 < 0 (𝑐𝑜𝑛𝑐𝑎𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑏𝑎𝑖𝑥𝑜)
3
′′
2 ′′′
2 2
{ 𝑃 ( ) = 0 𝑒 𝑃 ( ) ≠ 0, 𝑥 = → 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑖𝑛𝑓𝑙𝑒𝑥ã𝑜
3 3 3
Com esses resultados, vamos esboçar o gráfico. Podemos iniciar com os pontos críticos:
2 + √19 2
𝑃( )= (28 − 19√19) ≅ −4,1
3 27
2 − √19 2
𝑃( )= (28 + 19√19) ≅ 8,2
3 27
2 56
𝑃( ) = ≅ 2,1
3 27

AULA 05 – CÁLCULO I 40
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2−√19 2+√19
Sabemos que a função é estritamente crescente para 𝑥 < ou 𝑥 > e
3 3
2−√19 2+√19
estritamente decrescente para <𝑥< . Também sabemos que a função possui
3 3
2−√19 2+√19
concavidade para baixo no ponto 𝑥 = e concavidade para cima no ponto 𝑥 = . Logo,
3 3
basta esboçar a curva no gráfico de acordo com seu comportamento:

AULA 05 – CÁLCULO I 41
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3.8. Derivação implícita


Vimos até agora como derivar uma função quando 𝑦 é expressa de forma explícita como
uma função de 𝑥, da forma 𝑦 = 𝑓(𝑥). Em alguns casos, poderemos encontrar 𝑦 escrito de forma
implícita, ou seja, definida por uma relação entre 𝑥 e 𝑦 como no exemplo abaixo:
𝑥 2 + 3𝑥𝑦 + 𝑦 2 = 1
Para derivar essa equação, podemos fazer uso da derivação implícita. Derivamos ambos os
lados da equação em relação a 𝑥, obtemos:
𝑑 2 𝑑
[𝑥 + 3𝑥𝑦 + 𝑦 2 ] = [1]
𝑑𝑥 𝑑𝑥
Usando as regras de derivação:
1) Derivada da soma:

AULA 05 – CÁLCULO I 42
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𝑑 2 𝑑 𝑑 2 𝑑
[𝑥 ] + [3𝑥𝑦] + [𝑦 ] = [1 ]
𝑑𝑥 𝑑𝑥 𝑑𝑥 𝑑𝑥
𝑑 𝑑 2
2𝑥 + [3𝑥𝑦] + [𝑦 ] = 0
𝑑𝑥 𝑑𝑥
2) Derivada do produto:
𝑑 𝑑 𝑑𝑥 𝑑𝑦 𝑑𝑦
[3𝑥𝑦] = 3 [𝑥𝑦] = 3 ( 𝑦 + 𝑥 ) = 3 (𝑦 + 𝑥 )
𝑑𝑥 𝑑𝑥 𝑑𝑥 𝑑𝑥 𝑑𝑥
3) Regra da cadeia:
𝑑 2 𝑑 2 𝑑𝑦 𝑑𝑦
[𝑦 ] = [𝑦 ] ⋅ = 2𝑦
𝑑𝑥 𝑑𝑦 𝑑𝑥 𝑑𝑥
Logo, a derivação implícita em relação a 𝑥 resulta:
𝑑 2 𝑑 𝑑 2 𝑑
[𝑥 ] + [3𝑥𝑦] + [𝑦 ] = [1 ]
𝑑𝑥 𝑑𝑥 𝑑𝑥 𝑑𝑥
𝑑𝑦 𝑑𝑦
2𝑥 + 3𝑦 + 3𝑥 + 2𝑦 =0
𝑑𝑥 𝑑𝑥
𝑑𝑦
2𝑥 + 3𝑦 + (3𝑥 + 2𝑦) = 0
𝑑𝑥
𝑑𝑦 2𝑥 + 3𝑦
=−
𝑑𝑥 3𝑥 + 2𝑦
Se 𝑦 = 𝑓(𝑥), então:
𝑑𝑦
𝑦 = 𝑓 (𝑥 ) ⇔ = 𝑦 ′ = 𝑓 ′ (𝑥 )
𝑑𝑥
2𝑥 + 3𝑓(𝑥)
𝑓 ′ (𝑥 ) = −
3𝑥 + 2𝑓(𝑥)
Vamos ver alguns exemplos.
1. 𝑥 2 + 𝑦 2 = 1
𝑑 2 𝑑
[𝑥 + 𝑦 2 ] = [1]
𝑑𝑥 𝑑𝑥
𝑑 2 𝑑 2
[𝑥 ] + [𝑦 ] = 0
𝑑𝑥 𝑑𝑥
𝑑 2 𝑑𝑦
2𝑥 + [𝑦 ] =0
𝑑𝑦 𝑑𝑥
2𝑥 + 2𝑦𝑦 ′ = 0
𝑥
𝑦′ = −
𝑦

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2. 𝑥𝑦 2 + 𝑦 + 𝑥 = 1
𝑑 𝑑
[𝑥𝑦 2 + 𝑦 + 𝑥] = [1]
𝑑𝑥 𝑑𝑥
𝑑 𝑑𝑦 𝑑𝑥
[𝑥𝑦 2 ] + + =0
𝑑𝑥 𝑑𝑥 𝑑𝑥
𝑑 𝑑𝑦
[𝑥𝑦 2 ] + +1=0
𝑑𝑥 𝑑𝑥
Regra do Produto:
𝑑 𝑑𝑥 2 𝑑 2 𝑑 2
[𝑥𝑦 2 ] = 𝑦 +𝑥 [𝑦 ] = 𝑦 2 + 𝑥 [𝑦 ]
𝑑𝑥 𝑑𝑥 𝑑𝑥 𝑑𝑥
Regra da cadeia:
𝑑 2 𝑑 2 𝑑𝑦 𝑑𝑦
[𝑦 ] = [𝑦 ] ⋅ = 2𝑦
𝑑𝑥 𝑑𝑦 𝑑𝑥 𝑑𝑥
𝑑 𝑑𝑦
⇒ [𝑥𝑦 2 ] = 𝑦 2 + 2𝑥𝑦
𝑑𝑥 𝑑𝑥
𝑑 𝑑𝑦 𝑑𝑦 𝑑𝑦
[𝑥𝑦 2 ] + + 1 = 0 ⇒ 𝑦 2 + 2𝑥𝑦 + +1=0
𝑑𝑥 𝑑𝑥 𝑑𝑥 𝑑𝑥
Isolando 𝑑𝑦/𝑑𝑥:
𝑑𝑦 𝑑𝑦
2𝑥𝑦 + = −1 − 𝑦 2
𝑑𝑥 𝑑𝑥
𝑑𝑦
(2𝑥𝑦 + 1) = −1 − 𝑦 2
𝑑𝑥
𝑑𝑦 −1 − 𝑦 2
=
𝑑𝑥 2𝑥𝑦 + 1
Para 𝑦 = 𝑓(𝑥), temos
2
𝑑𝑦 −1 − (𝑓(𝑥))
= 𝑓 ′ (𝑥 ) ⇒ 𝑓 ′ (𝑥 ) =
𝑑𝑥 2𝑥𝑓 (𝑥) + 1

4. Regras de L’Hospital
Estudamos no capítulo de limites métodos para resolver problemas envolvendo
indeterminações. Porém, podemos nos deparar com problemas que não podem ser resolvidos
𝑥
usando os artifícios aprendidos até aqui como, por exemplo, lim 𝑥 . Para isso, podemos usar as
𝑥→∞ 𝑒
0 ±∞
regras de L’Hospital. São duas, uma para indeterminação da forma e outra para . Vamos
0 ±∞
enunciar essas regras conjuntamente.

Teorema

AULA 05 – CÁLCULO I 44
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Sejam 𝑓 e 𝑔 duas funções contínuas num intervalo 𝐼, deriváveis no interior de 𝐼, tais que 𝑔`(𝑥) ≠
𝑓(𝑥) 0 ±∞ 𝑓′(𝑥)
0 para todo 𝑥 no interior de 𝐼. Se lim 𝑔(𝑥) tem uma forma indeterminada do tipo 0 ou ±∞ e existe lim 𝑔′(𝑥),
𝑥→𝑎 𝑥→𝑎
finito ou infinito, então
𝑓(𝑥) 𝑓′(𝑥)
lim = lim
𝑥→𝑎 𝑔(𝑥) 𝑥→𝑎 𝑔′(𝑥)

Esse teorema é válido também para o cálculo de limites laterais e se 𝑎 = ±∞.


O teorema diz que, se satisfeitas as condições de indeterminação, podemos calcular o limite
através da derivada do numerador e do denominador. Vejamos alguns exemplos.
sen 𝑥
1. lim
𝑥→0 𝑥

Note que esse limite é indeterminado, do tipo 0/0. Não conseguimos usar os artifícios de
manipulação algébrica para calcular esse limite, mas ele satisfaz as condições da regra de
L’Hospital. Vamos aplicá-la.
sen 𝑥 (sen 𝑥)′ cos 𝑥
lim = lim = lim =1
𝑥→0 𝑥 𝑥→0 (𝑥 )′ 𝑥→0 1

Esse é o limite fundamental trigonométrico. Veja que é muito mais simples de calcular o
limite dessa forma. A maioria das questões envolvendo limites indeterminados podem ser
resolvidas usando essa regra.

𝑒𝑥
2. lim 2
𝑥→+∞ 𝑥
+∞
Agora temos uma indeterminação da forma . Vamos aplicar L’Hospital:
+∞
𝑒𝑥 (𝑒 𝑥 )′
𝑒𝑥
lim = lim = lim
𝑥→+∞ 𝑥 2 𝑥→+∞ (𝑥 2 )′ 𝑥→+∞ 2𝑥
+∞
Obtemos uma outra indeterminação da forma . Podemos aplicar novamente L’Hospital:
+∞
𝑒𝑥 (𝑒 𝑥 )′ 𝑒𝑥
lim = lim = lim = +∞
𝑥→+∞ 2𝑥 𝑥→+∞ (2𝑥)′ 𝑥→+∞ 2

3. lim+ 𝑥 ⋅ ln 𝑥
𝑥→0

Veja que lim+ 𝑥 = 0 e lim+ ln 𝑥 = −∞. Nesse caso, temos uma indeterminação do tipo 0 ⋅
𝑥→0 𝑥→0
(−∞) e ele não satisfaz as condições para aplicar L’Hospital. Porém, podemos fazer uma
manipulação algébrica de forma a satisfazer as condições. Observe:
ln 𝑥
lim+ 𝑥 ⋅ ln 𝑥 = lim+
𝑥→0 𝑥→0 1
𝑥

AULA 05 – CÁLCULO I 45
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−∞
Agora obtemos uma indeterminação do tipo . Podemos aplicar L’Hospital:
+∞
1
ln 𝑥 (ln 𝑥)′
lim = lim+ = lim+ 𝑥 = lim+(−𝑥) = 0
𝑥→0+ 1 𝑥→0 1 𝑥→0 1 𝑥→0
( )′ − 2
𝑥 𝑥 𝑥

4. lim+ 𝑥 𝑥
𝑥→0

Nesse caso, temos uma indeterminação da forma 00 . Vamos fazer uma manipulação
algébrica para possibilitar o uso de L’Hospital.
𝑥
𝑥 𝑥 = 𝑒 ln 𝑥 = 𝑒 𝑥⋅ln 𝑥
Sabemos que lim+ 𝑥 ⋅ ln 𝑥 = 0, logo:
𝑥→0

lim 𝑥 𝑥 = lim+ 𝑒 𝑥⋅ln 𝑥 = 𝑒 0 = 1


𝑥→0+ 𝑥→0

5. Questões Nível 1

Limites
1.

Calcule os seguintes limites:


a) 𝐥𝐢𝐦(𝟒𝒙𝟐 − 𝟓𝒙 + 𝟔)
𝒙→𝟐
𝒙𝟐 −𝟐𝒙+𝟑
b) 𝐥𝐢𝐦
𝒙→𝟏 𝟐𝒙−𝟑
𝒙𝟐 −𝒙+𝟏
c) 𝐥𝐢𝐦
𝒙→−𝟏 𝟑𝒙−𝟐
𝒔𝒆𝒏𝒙−𝒔𝒆𝒏𝒂
d) 𝐥𝐢𝐦
𝒙→𝒂 𝒙−𝒂
𝒙+𝟏 𝒙
e) 𝐥𝐢𝐦 ( )
𝒙→+∞ 𝒙−𝟏

2.

Calcule:
𝒙𝟐 +𝒙−𝟏𝟐
a) 𝐥𝐢𝐦
𝒙→𝟑 𝒙−𝟑
𝒙+𝟐
b) 𝐥𝐢𝐦
𝒙→−𝟐 𝒙𝟐 −𝟒

AULA 05 – CÁLCULO I 46
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𝒙𝟑 −𝒙
c) 𝐥𝐢𝐦 𝒙𝟐 +𝒙
𝒙→𝟎
𝒙−𝟏
d) 𝐥𝐢𝐦
𝒙→𝟏 √𝒙−𝟏

3.

Determine o valor dos números reais 𝒂 e 𝒃 abaixo:


√𝒂𝒙 + 𝒃 − 𝟐 𝟏
𝐥𝐢𝐦 =
𝒙→𝟎 𝒙 𝟒

4.

Calcule o valor do seguinte limite, caso exista.


𝟐𝒙𝟑 − 𝟏𝟐𝟖
𝐥𝐢𝐦
𝒙→𝟒 √𝒙 − 𝟐

5.

Determine o valor de 𝒌 para que o seguinte limite exista:


𝟒𝒙𝟐 + 𝒌𝒙 + 𝟕𝒌 − 𝟔
𝐥𝐢𝐦
𝒙→𝟑 𝟐𝒙𝟐 − 𝟓𝒙 − 𝟑

6.
Calcule:
𝟗𝒙+𝟏
a) 𝐥𝐢𝐦 (𝒙−𝟐)𝟐
𝒙→𝟐
𝟓𝒙−𝟏
b) 𝐥𝐢𝐦+
𝒙→𝟏 𝒙−𝟏
𝟐𝒙+𝟏
c) 𝐥𝐢𝐦−
𝒙→−𝟑 𝒙+𝟑

7.

Calcule:
a) 𝐥𝐢𝐦 (𝟑𝒙𝟓 − 𝟐𝒙𝟐 + 𝟏)
𝒙→+∞

b) 𝐥𝐢𝐦 (−𝒙𝟑 + 𝟖𝒙𝟐 − 𝟓𝒙 + 𝟏)


𝒙→−∞

c) 𝐥𝐢𝐦 (𝟐 − 𝒙𝟐 + 𝒙𝟒 − 𝒙𝟖 )
𝒙→−∞

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8.

Calcule:
𝟐𝒙−𝟓
a) 𝐥𝐢𝐦
𝒙→+∞ 𝟗𝒙+𝟏
𝟓𝒙𝟐 −𝟗𝒙+𝟏
b) 𝐥𝐢𝐦
𝒙→+∞ 𝟐𝟓𝒙−𝟐
𝟐𝟕𝒙+𝟔
c) 𝐥𝐢𝐦
𝒙→−∞ 𝟑𝒙𝟐 −𝟏𝟎𝒙+𝟐

9.

Calcule:
a) 𝐥𝐢𝐦 (√𝒙 + 𝟏 − √𝒙 − 𝟏)
𝒙→+∞

b) 𝐥𝐢𝐦 (√𝒙𝟐 + 𝟓𝒙 + 𝟐𝟎 − 𝒙)
𝒙→−∞
𝟑
√𝟓−𝒙𝟑 +𝒙
c) 𝐥𝐢𝐦
𝒙→+∞ 𝟏𝟎

10.

Encontre a assíntota das seguintes funções:


𝟑𝒙𝟐 +𝒙+𝟐
a) 𝒇(𝒙) = 𝒙+𝟐
𝒙𝟐
b) 𝒇(𝒙) = 𝒙−𝟏

11.

Determine a assíntota das seguintes funções:


𝟐
a) 𝒇(𝒙) = 𝟓 −
𝒙𝟐
𝐬𝐞𝐧 𝒙
b) 𝒇(𝒙) = 𝒙

12.

Determine a equação da assíntota das funções abaixo, caso exista.


𝟑
a) 𝒇(𝒙) = (𝒙 + 𝟐)𝟐
𝟏
b) 𝒇(𝒙) = (𝒙 − 𝟏)−𝟑

AULA 05 – CÁLCULO I 48
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13.

Encontre o valor de 𝒌 para que a função abaixo seja contínua.


𝟐𝒙𝟐 + 𝒌, 𝒙 ≥ −𝟏
𝒇(𝒙) = {
−𝒙𝟑 , 𝒙 < −𝟏

14.

Sabendo que a função 𝒇 é contínua no ponto 𝒙 = 𝟎, determine o valor de 𝒂.


𝐬𝐞𝐧 𝒙
, 𝒙≠𝟎
a) 𝒇(𝒙) = { 𝒙
𝒂, 𝒙 = 𝟎
(√𝒙 + 𝟑 − √𝟑, 𝒙 > 𝟎
b) 𝒇(𝒙) = {
𝟐𝒙𝟐 − 𝒙 + 𝒂, 𝒙 ≤ 𝟎

15.

Seja 𝒇 uma função real definida por


−𝒙 + 𝟒, 𝒙 ≤ 𝟏
𝒇(𝒙) = {𝒂𝒙 + 𝒃, 𝟏 < 𝒙 < 𝟐
𝟐𝒙𝟐 , 𝒙 ≥ 𝟐
com 𝒂, 𝒃 ∈ ℝ. Sabendo que os limites 𝐥𝐢𝐦 𝒇(𝒙) e 𝐥𝐢𝐦 𝒇(𝒙) existem, calcule o valor de 𝒂 + 𝒃.
𝒙→𝟏 𝒙→𝟐

16.

Calcule o valor dos seguintes limites:


𝟔𝒙𝟒 −𝟓𝒙𝟐 −𝟏
a) 𝐥𝐢𝐦
𝒙→𝟏 𝟗𝒙𝟑 +𝒙−𝟏𝟎
𝒙𝟑 −𝟕𝒙𝟐 +𝟏𝟎𝒙
b) 𝐥𝐢𝐦
𝒙→𝟐 𝒙𝟐 +𝒙−𝟔
𝒙𝟑 −𝒙𝟐 −𝟏𝟎𝒙−𝟖
c) 𝐥𝐢𝐦
𝒙→−𝟐 𝟓𝒙𝟑 +𝟏𝟐𝒙𝟐 −𝟐𝒙−𝟏𝟐
𝟏
√𝒙+𝟏𝟎+𝟑𝒙𝟑
d) 𝐥𝐢𝐦 𝟒𝒙𝟐 +𝟑𝒙−𝟏
𝒙→−𝟏

17.

Calcule:
𝐭𝐠 𝟑𝒙
a) 𝐥𝐢𝐦𝝅 𝐭𝐠 𝟓𝒙
𝒙→
𝟐

AULA 05 – CÁLCULO I 49
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𝒔𝒆𝒏𝒙
b) 𝐥𝐢𝐦
𝒙→𝟎 𝒙
𝟏
c) 𝐥𝐢𝐦 𝒙 𝒔𝒆𝒏 (𝒙)
𝒙→𝟎
𝐬𝐞𝐧 𝒙−𝒙
d) 𝐥𝐢𝐦
𝒙→𝟎 𝒙𝟑
𝟐 𝐬𝐞𝐧 𝒙−𝐬𝐞𝐧 𝟐𝒙
e) 𝐥𝐢𝐦
𝒙→𝟎 𝐬𝐞𝐧 𝒙−𝒙 𝐜𝐨𝐬 𝒙

18.

Calcule:
𝟏−𝐥𝐧 𝒙
a) 𝐥𝐢𝐦 𝒙
𝒙→𝒆 𝒆−𝟏

𝒆𝒙
b) 𝐥𝐢𝐦 𝒙𝟐
𝒙→∞

c) 𝐥𝐢𝐦 𝒙𝒆𝒙
𝒙→−∞
𝟏
d) 𝐥𝐢𝐦 𝒙𝒙
𝒙→∞
𝟏 𝒙
e) 𝐥𝐢𝐦 (𝟏 + 𝒙)
𝒙→∞

Derivadas
19.

Determine a equação da reta tangente à curva 𝒚 = 𝒙𝟐 − 𝟐𝒙 no seu ponto de abscissa 𝒙 = −𝟐.

20.
𝟑
Um ponto material se move sobre uma reta com velocidade descrita por 𝒗 = √𝟐𝒕 (SI), no instante
de tempo 𝒕. Determine a aceleração do ponto no instante 𝒕 = 𝟑 𝒔.

21.
𝝅
Encontre a reta tangente ao gráfico de 𝒇(𝒙) = 𝒔𝒆𝒏(𝒙), para 𝒙 = 𝟑.

22.

Um ponto material movendo sobre uma linha reta de acordo com a equação horária 𝒔(𝒕) =
𝝅 𝝅
𝟐𝐜𝐨𝐬 (𝟑𝒕) (SI). Determine a velocidade no instante 𝒕 = 𝟑 𝒔 e a aceleração no instante 𝒕 = 𝟑 𝒔.

AULA 05 – CÁLCULO I 50
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23.

Utilizando as regras de derivação, calcule a derivada de cada uma das funções:

a) 𝒇(𝒙) = 𝒔𝒆𝒏𝒏 (𝒙), 𝒏 ∈ ℕ∗

b) 𝒇(𝒙) = 𝒔𝒆𝒏𝟒 𝟒𝒙

c) 𝒇(𝒙) = 𝒔𝒆𝒏(𝐜𝐨𝐬(𝒙))

d) 𝒇(𝒙) = 𝐥𝐨𝐠 𝟐 𝒙

e) a derivada da inversa da função 𝒇(𝒙) = 𝒙𝟑 + 𝒙, no ponto 𝒙𝟏 = 𝟏.

24.

Calcule os pontos de máximos, de mínimos e de inflexão da função 𝒇(𝒙) = 𝟐𝒙𝟑 − 𝟖𝒙.

25.

Derive as funções abaixo:

a) 𝒇(𝒙) = 𝟑𝒙𝟑 − 𝟖𝒙 + 𝟓
𝟑 𝟒
b) 𝒇(𝒙) = √𝒙 + 𝟖 √𝒙 − 𝟐 √𝒙
𝟏
c) 𝒇(𝒙) = 𝐜𝐨𝐬 𝒙
𝟒 𝟔 𝟖
d) 𝒇(𝒙) = 𝒙 − 𝒙𝟑 + 𝒙𝟓
𝟗 𝟏 𝟏
e) 𝒇(𝒙) = + 𝟖𝒙𝟒 − 𝟑𝒙𝟏𝟎
√ 𝒙𝟑

26.

Derive as funções abaixo:


𝒙+𝟏 𝒙−𝟏
a) 𝒇(𝒙) = 𝒙−𝟏 + 𝒙+𝟏

b) 𝒇(𝒙) = 𝒙𝟑 ⋅ 𝒔𝒆𝒏𝒙

c) 𝒇(𝒙) = (𝒆𝒙 + 𝟏) 𝐭𝐠 𝒙

27.

Derive as funções abaixo:


𝐬𝐞𝐧 𝒙
a) 𝒇(𝒙) = 𝒙

AULA 05 – CÁLCULO I 51
Prof. Victor So

𝒆𝒙
b) 𝒇(𝒙) = 𝒙−𝟏
𝟐𝒙
c) 𝒇(𝒙) = 𝟒−𝐭𝐠 𝒙

28.

Derive as funções abaixo:

a) 𝒇(𝒙) = (𝟐𝒙𝟐 − 𝟓𝒙 + 𝟒)𝟖

b) 𝒇(𝒙) = 𝐭𝐠 𝟑 𝒙

c) 𝒇(𝒙) = (𝐬𝐞𝐧 𝒙 − 𝐜𝐨𝐬 𝒙)−𝟐

d) 𝒇(𝒙) = √𝒙𝟐 + 𝟏

29.

Derive as funções abaixo:

a) 𝒇(𝒙) = 𝒆𝐬𝐞𝐧 𝒙
𝟓 +𝟑𝒙𝟑 +𝒙
b) 𝒇(𝒙) = 𝒆𝒙

c) 𝒇(𝒙) = 𝐬𝐞𝐧(𝟑𝒙)

d) 𝒇(𝒙) = 𝐭𝐠(𝒆𝒙 )
𝟏+𝒙
e) 𝒇(𝒙) = 𝐥𝐧 √𝟏−𝒙

30.

Para as funções abaixo, determine os intervalos em que a função é crescente e os intervalos em que
é decrescente.

a) 𝒇(𝒙) = −𝟒𝒙𝟓 − 𝟓𝒙𝟒 + 𝟒𝟎𝒙𝟑 − 𝟔

b) 𝒇(𝒙) = (𝒙 + 𝟏)(𝒙 − 𝟐)𝟐

31.

Encontre a reta tangente às seguintes funções:


𝟏𝟔
a) 𝒇(𝒙) = − 𝟒√𝒙 no ponto 𝒙 = 𝟒.
𝒙

b) 𝒇(𝒙) = 𝟕𝒙𝟒 + 𝟖𝒙−𝟔 + 𝟐𝒙 no ponto 𝒙 = −𝟏.

AULA 05 – CÁLCULO I 52
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32.

Determine as coordenadas dos pontos extremos das funções abaixo.

a) 𝒇(𝒙) = 𝟑𝒙𝟒 − 𝟒𝒙𝟑 + 𝟓


𝐥𝐧 𝒙
b) 𝒇(𝒙) = 𝒙𝟐
𝟏−𝟐𝒙𝟑
c) 𝒇(𝒙) = 𝒙𝟐

33.

Esboce o gráfico da função

𝒇(𝒙) = 𝟑𝒙𝟒 + 𝟒𝒙𝟑 + 𝟔𝒙𝟐 − 𝟒

34.

Esboce o gráfico da função

𝒇(𝒙) = 𝒙𝟐 𝒆𝒙

Gabarito

Limites
1. a) 12 b) −2 c) −3/5 d) 𝑐𝑜𝑠 𝑎 e) 𝑒 2
2. a) 7; b) -1/4; c) -1; d) 2
3. a=1; b=4
4. 384
5. “𝒌 = −𝟑”
6. a) +∞; b) +∞; c) +∞.
7. a) +∞; b) +∞; c) −∞.
𝟐
8. a) ; b) +∞; c) 0
𝟗
𝟓
9. a) 𝟎; b) ; c) 0
𝟐
10. a) 𝒚 = 𝟑𝒙 − 𝟓; b) 𝒚 = 𝒙 + 𝟏
11. a) 𝒚 = 𝟓; b) 𝒚 = 𝟎
12. a) não existe; b) 𝒚 = 𝟎.
13. 𝒌 = −𝟏

AULA 05 – CÁLCULO I 53
Prof. Victor So

14. a) 𝒂 = 𝟏; b) 𝒂 = 𝟎
15. 𝒂 + 𝒃 = 𝟑
𝟏 𝟔 𝟑 𝟕
16. a) ; b) − ; c) ; d) −
𝟐 𝟓 𝟓 𝟑𝟎
𝟓 𝟏
17. a) − ; b) 𝟏; c) 𝟎; d) − ; e) 𝟑
𝟑 𝟔
18. a) -1; b) +∞; c) 𝟎; d) 𝟏; e) 𝒆

Derivadas
19. 𝑦 = −6𝑥 − 4
20. 0,20 𝑚/𝑠 2
𝑥 3√3−𝜋
21. 𝑦 = +
2 6
22. 0 e 18 𝑚/𝑠 2
1 1
23. a) 𝑛 ∙ 𝑠𝑒𝑛𝑛−1 (𝑥) ∙ cos 𝑥 b) 16 ∙ 𝑠𝑒𝑛3 (4𝑥) ∙ cos 4𝑥 c) −𝑠𝑒𝑛(𝑥) ∙ cos(𝑐𝑜𝑠(𝑥)) d) e)
𝑥∙ln 2 4
4 4 4 4
24. máximos locais: 𝑥 = −√ e 𝑓 (−√ ); mínimos locais 𝑥 = +√ e 𝑓 (+√ ); ponto de
3 3 3 3

inflexão (0,0).
𝟏 𝟖 𝟏 𝐬𝐢𝐧 𝒙 𝟒 𝟏𝟖 𝟒𝟎 𝟑 𝟏 𝟏𝟎
25. a) 𝟗𝒙𝟐 − 𝟖; b) + 𝟑 + 𝟒 c) ; d) − + − ; e) 𝟑 − +
𝟐√𝒙 𝟑 √𝒙 𝟐 𝟐 √𝒙𝟑 𝐜𝐨𝐬 𝟐 𝒙 𝒙𝟐 𝒙𝟒 𝒙𝟔 √𝒙 𝟒 𝟐𝒙𝟓 𝟑𝒙𝟏𝟏
𝟖𝒙
26. a) − 𝟐 ; b) 𝟑𝒙𝟐 𝒔𝒆𝒏𝒙 + 𝒙 𝐜𝐨𝐬 𝒙; c) 𝒆𝒙 𝒕𝒈𝒙 + (𝒆𝒙 + 𝟏) 𝐬𝐞𝐜 𝟐 𝒙
𝟑
(𝒙𝟐 −𝟏)
𝒔𝒆𝒏𝒙 𝐜𝐨𝐬 𝒙 𝒆𝒙 𝒆𝒙 𝟐(𝟒−𝒕𝒈𝒙)+𝟐𝒙 𝐬𝐞𝐜 𝟐 𝒙
27. a) − + ; b) − (𝒙−𝟏)𝟐; c)
𝒙𝟐 𝒙 𝒙−𝟏 (𝟒−𝒕𝒈𝒙)𝟐
𝟐(𝐜𝐨𝐬 𝒙+𝒔𝒆𝒏𝒙) 𝒙
28. a) 𝟖(𝟒𝒙 − 𝟓)(𝟐𝒙𝟐 − 𝟓𝒙 + 𝟒)𝟕 ; b) 𝟑𝒕𝒈𝟐 𝒙 ⋅ 𝐬𝐞𝐜 𝟐 𝒙; c) (𝐜𝐨𝐬 ; d)
𝒙−𝒔𝒆𝒏𝒙)𝟑 √𝒙𝟐 +𝟏
𝒙𝟓 +𝟑𝒙𝟑 +𝒙 𝟏
29. a) 𝒆𝒔𝒆𝒏𝒙 𝐜𝐨𝐬 𝒙 ; b) 𝒆 ⋅ (𝟓𝒙𝟒 + 𝟗𝒙𝟐 + 𝟏); c) 𝟑 𝐜𝐨𝐬(𝟑𝒙); d) 𝒆 ⋅ 𝐬𝐞𝐜 𝒆 ; e) 𝒙 𝟐 ( 𝒙)
𝟏−𝒙𝟐
30. a) (−𝟑, 𝟐) crescente e (−∞, −𝟑) ∪ (𝟐, ∞) decrescente; b) (𝟎, 𝟐) decrescente e (−∞, 𝟎) ∪
(𝟐, ∞) crescente
31. a) 𝒚 = −𝟐𝒙 + 𝟒; b) 𝒚 = 𝟐𝟐𝒙 + 𝟑𝟓
32. a) 𝒙 = 𝟏; b) 𝒙 = √𝒆; c) 𝒙 = −𝟏
33. esboço
34. esboço

Resolução

Limites
1.
Calcule os seguintes limites:

AULA 05 – CÁLCULO I 54
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a) 𝐥𝐢𝐦(𝟒𝒙𝟐 − 𝟓𝒙 + 𝟔)
𝒙→𝟐
𝒙𝟐 −𝟐𝒙+𝟑
b) 𝐥𝐢𝐦
𝒙→𝟏 𝟐𝒙−𝟑
𝒙𝟐 −𝒙+𝟏
c) 𝐥𝐢𝐦
𝒙→−𝟏 𝟑𝒙−𝟐
𝒔𝒆𝒏𝒙−𝒔𝒆𝒏𝒂
d) 𝐥𝐢𝐦
𝒙→𝒂 𝒙−𝒂
𝒙+𝟏 𝒙
e) 𝐥𝐢𝐦 (𝒙−𝟏)
𝒙→+∞

Comentários:
a) utilizando a propriedade do limite para função polinomial (𝑓 (𝑥) = 4𝑥 2 − 5𝑥 + 6),
temos que o limite será dado pelo 𝑓(2), então:
lim 𝑓 (𝑥) = 𝑓(2) = 4 ∙ 22 − 5 ∙ 2 + 6 = 12
𝑥→2

b) utilizando a propriedade do limite do quociente de duas funções (𝑓 (𝑥) = 𝑥 2 − 2𝑥 + 3


e 𝑔(𝑥) = 2𝑥 − 3), temos:
lim 𝑥 2 − 2𝑥 + 3 𝑓 (1)
𝑥 2 − 2𝑥 + 3 𝑥→1 2
lim = = = = −2
𝑥→1 2𝑥 − 3 lim 2𝑥 − 3 𝑔(1) −1
𝑥→1

c) semelhante ao item b), temos o quociente de duas funções 𝑓 (𝑥) = 𝑥 2 − 𝑥 + 1 e 𝑔(𝑥) =


3𝑥 − 2. Assim, teremos:
lim 𝑥 2 − 𝑥 + 1 𝑓 (−1)
𝑥 2 − 𝑥 + 1 𝑥→−1 3 3
lim = = = =−
𝑥→−1 3𝑥 − 2 lim 3𝑥 − 2 𝑔(−1) −5 5
𝑥→−1

d) utilizando a transformação trigonométrica de soma em produtos, temos que:


𝑥−𝑎 𝑥+𝑎
𝑠𝑒𝑛𝑥 − 𝑠𝑒𝑛𝑎 = 2 ∙ 𝑠𝑒𝑛 ( ) ∙ cos ( )
2 2
Assim, podemos reescrever o limite da seguinte forma:
𝑥−𝑎 𝑥+𝑎 𝑥−𝑎
𝑠𝑒𝑛𝑥 − 𝑠𝑒𝑛𝑎 [2 ∙ 𝑠𝑒𝑛 ( ) ∙ cos ( )] 𝑠𝑒𝑛 ( ) 𝑥+𝑎
lim = lim 2 2 = lim 2 ∙ cos ( )
𝑥→𝑎 𝑥−𝑎 𝑥→𝑎 𝑥−𝑎 𝑥→𝑎 𝑥 − 𝑎 2
2
𝑠𝑒𝑛(𝑡)
Lembrando do limite trigonométrico fundamental lim = 1, podemos utilizar a
𝑡→𝑏 𝑡
propriedade do limite do produto de duas funções:
𝑥−𝑎 𝑥−𝑎
𝑠𝑒𝑛 ( ) 𝑥 + 𝑎 𝑠𝑒𝑛 ( ) 𝑥+𝑎
lim 2 ∙ cos ( ) = lim 2 ∙ lim cos ( ) = 1 ∙ cos 𝑎 = cos 𝑎
𝑥→𝑎 𝑥 − 𝑎 2 𝑥→𝑎 𝑥 − 𝑎 𝑥→𝑎 2
2 2
e) vamos manipular algebricamente a função da qual queremos conhecer o limite quando
𝑥 tende ao mais infinito até chegarmos em algo que remete ao limite exponencial fundamental:

AULA 05 – CÁLCULO I 55
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𝑥+1 𝑥 1 𝑥
𝑥+1 𝑥 lim (1 + ) 𝑒 𝑒
𝑥 𝑥→+∞ 𝑥
lim ( ) = lim ( ) = 𝑥 = −1 = = 𝑒2
𝑥→+∞ 𝑥 − 1 𝑥→+∞ 𝑥 − 1 1 1 −𝑥 1
𝑥 lim (1 − ) ( lim (1 + ) ) 𝑒
𝑥→+∞ 𝑥 𝑥→+∞ −𝑥
Gabarito: a) 𝟏𝟐 b) −𝟐 c) −𝟑/𝟓 d) 𝒄𝒐𝒔 𝒂 e) 𝒆𝟐
2.

Calcule:
𝒙𝟐 +𝒙−𝟏𝟐
a) 𝐥𝐢𝐦
𝒙→𝟑 𝒙−𝟑
𝒙+𝟐
b) 𝐥𝐢𝐦
𝒙→−𝟐 𝒙𝟐 −𝟒
𝒙𝟑 −𝒙
c) 𝐥𝐢𝐦 𝒙𝟐 +𝒙
𝒙→𝟎
𝒙−𝟏
d) 𝐥𝐢𝐦
𝒙→𝟏 √𝒙−𝟏

Comentários
Para resolver essas questões, iremos fatorar o numerador e o denominador para tentar
eliminar termos que vão para 0 no denominador. Esse “corte” pode ser feito porque essas
expressões nunca chegam a 0, embora muito se aproximem de 0.
a) Fatorando o numerador buscando o fator 𝑥 − 3 para cancelar com o denominador.
𝑥 2 + 𝑥 − 12 = 0 ⇒ 𝑥 2 − 3𝑥 + 4𝑥 − 12 = 0 ⇒ 𝑥 (𝑥 − 3) + 4(𝑥 − 3) = 0
⇒ (𝑥 − 3)(𝑥 + 4) = 0
Assim, o limite fica:
𝑥 2 + 𝑥 − 12 (𝑥 − 3)(𝑥 + 4)
lim = lim = lim(𝑥 + 4) = 7
𝑥→3 𝑥−3 𝑥→3 𝑥−3 𝑥→3

b) Para este caso, vamos escrever o denominador como produto da soma pela diferença:
𝑥+2 𝑥+2 1 1
lim = lim = lim = −
𝑥→−2 𝑥 2 − 4 𝑥→−2 (𝑥 − 2)(𝑥 + 2) 𝑥→−2 𝑥 − 2 4
c) Fatorando numerador e denominador e cortando o fator 𝑥:
𝑥3 − 𝑥 𝑥(𝑥 2 − 1) 𝑥2 − 1
lim = lim = lim = −1
𝑥→0 𝑥 2 + 𝑥 𝑥→0 𝑥(𝑥 + 1) 𝑥→0 𝑥 + 1

d) Fatorando o numerador como produto de soma pela diferença de √𝑥 e 1:


𝑥−1 (√𝑥 − 1)(√𝑥 + 1)
lim = lim = lim √𝑥 + 1 = 2
𝑥→1 √𝑥 −1 𝑥→1 √𝑥 − 1 𝑥→1

Gabarito: a) 7; b) -1/4; c) -1; d) 2


3.

AULA 05 – CÁLCULO I 56
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Determine o valor dos números reais 𝒂 e 𝒃 abaixo:


√𝒂𝒙 + 𝒃 − 𝟐 𝟏
𝐥𝐢𝐦 =
𝒙→𝟎 𝒙 𝟒
Comentários
Para que esse limite exista, é preciso que o numerador também tenda a 0, já que o
denominador tende a 0. Desse modo, aplicando a Regra de L’Hospital:

𝒂
(√𝒂𝒙 + 𝒃 − 𝟐) 𝟐√𝒂𝒙 + 𝒃 𝒂 𝒂 𝟏 𝒂 𝟏
𝐥𝐢𝐦 = 𝐥𝐢𝐦 = 𝐥𝐢𝐦 = = ⇒ =
𝒙→𝟎 (𝒙)′ 𝒙→𝟎 𝟏 𝒙→𝟎 𝟐√𝒂𝒙 + 𝒃 𝟐√𝒃 𝟒 √𝒃 𝟐
Como foi dito, queremos que o numerador do limite também tenda a 0:
𝐥𝐢𝐦 √𝒂𝒙 + 𝒃 − 𝟐 = 𝟎 ⇒ √𝒃 − 𝟐 = 𝟎 ⇒ √𝒃 = 𝟐 ⇒ 𝒃 = 𝟒
𝒙→𝟎

√𝒃
⇒𝒂= =𝟏
𝟐
Gabarito: a=1; b=4
4.

Calcule o valor do seguinte limite, caso exista.


𝟐𝒙𝟑 − 𝟏𝟐𝟖
𝐥𝐢𝐦
𝒙→𝟒 √𝒙 − 𝟐
Comentários
Fatorando o numerador:
𝟐𝒙𝟑 − 𝟏𝟐𝟖 𝟐(𝒙𝟑 − 𝟒𝟑 ) 𝟐(𝒙 − 𝟒)(𝒙𝟐 + 𝟒𝒙 + 𝟏𝟔)
𝑳 = 𝐥𝐢𝐦 = 𝐥𝐢𝐦 = 𝐥𝐢𝐦
𝒙→𝟒 √𝒙 − 𝟐 𝒙→𝟒 √𝒙 − 𝟐 𝒙→𝟒 √𝒙 − 𝟐
Agora, multiplicando em cima e embaixo por √𝒙 + 𝟐:
𝟐(𝒙 − 𝟒)(𝒙𝟐 + 𝟒𝒙 + 𝟏𝟔)(√𝒙 + 𝟐) 𝟐(𝒙 − 𝟒)(𝒙𝟐 + 𝟒𝒙 + 𝟏𝟔)(√𝒙 + 𝟐)
𝑳 = 𝐥𝐢𝐦 = 𝐥𝐢𝐦
𝒙→𝟒 (√𝒙 − 𝟐)(√𝒙 + 𝟐) 𝒙→𝟒 𝒙−𝟒

Cortando os termos 𝒙 − 𝟒:
𝑳 = 𝐥𝐢𝐦 𝟐(𝒙𝟐 + 𝟒𝒙 + 𝟏𝟔)(√𝒙 + 𝟐) = 𝟐 ⋅ 𝟒𝟖 ⋅ 𝟒 = 𝟑𝟖𝟒
𝒙→𝟒

Gabarito: 384
5.

Determine o valor de 𝒌 para que o seguinte limite exista:


𝟒𝒙𝟐 + 𝒌𝒙 + 𝟕𝒌 − 𝟔
𝐥𝐢𝐦
𝒙→𝟑 𝟐𝒙𝟐 − 𝟓𝒙 − 𝟑
Comentários

AULA 05 – CÁLCULO I 57
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Vemos que denominador está tendendo a 0 quando 𝑥 → 3. Para que esse limite exista, é
necessário que o numerador também tenda a 0 também, a fim de que a Regra de L’Hospital possa
ser usada e o limite venha a existir. Portanto:
lim 4𝑥 2 + 𝑘𝑥 + 7𝑘 − 6 = 0 ⇒ 4 ⋅ 32 + 3𝑘 + 7𝑘 − 6 = 0
𝑥→3

⇒ 36 + 10𝑘 − 6 = 0 ⇒ 10𝑘 = −30 ⇒ 𝑘 = −3


Gabarito: “𝒌 = −𝟑”
6.

Calcule:
𝟗𝒙+𝟏
a) 𝐥𝐢𝐦 (𝒙−𝟐)𝟐
𝒙→𝟐
𝟓𝒙−𝟏
b) 𝐥𝐢𝐦+
𝒙→𝟏 𝒙−𝟏
𝟐𝒙+𝟏
c) 𝐥𝐢𝐦−
𝒙→−𝟑 𝒙+𝟑

Comentários
a) Para esse exemplo, o numerador está tendendo a 9 ⋅ 2 + 1 = 19 e o denominador tende
à 0 positivo (pois a expressão está elevada ao quadrado). Assim, obviamente, o limite
diverge para o infinito:
9𝑥 + 1
lim = +∞
𝑥→2 (𝑥 − 2)2

b) Neste exemplo o numerador tente a 5 ⋅ 1 − 1 = 4, enquanto o denominador tente à 0


positivo (pois 𝑥 → 1+ , isto é, pela direita de 1). Do mesmo modo que o anterior, o limite
diverge para o infinito:
5𝑥 − 1
lim+ = +∞
𝑥→1 𝑥 − 1

c) Neste exemplo o numerador tende a 2 ⋅ (−3) + 1 = −5 e o denominador tende a 0


negativo (pois 𝑥 → −3− , isto é, pela esquerda 𝑥 < −3). Assim, a razão entre o numerador
negativo e o denominador tendendo a um 0 pela esquerda, teremos uma razão positiva
tendendo a infinito:
2𝑥 + 1
lim − = +∞
𝑥→−3 𝑥+3
Gabarito: a) +∞; b) +∞; c) +∞.
7.

Calcule:
a) 𝐥𝐢𝐦 (𝟑𝒙𝟓 − 𝟐𝒙𝟐 + 𝟏)
𝒙→+∞

b) 𝐥𝐢𝐦 (−𝒙𝟑 + 𝟖𝒙𝟐 − 𝟓𝒙 + 𝟏)


𝒙→−∞

AULA 05 – CÁLCULO I 58
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c) 𝐥𝐢𝐦 (𝟐 − 𝒙𝟐 + 𝒙𝟒 − 𝒙𝟖 )
𝒙→−∞

Comentários
Vamos calcular os limites abaixo colocando a maior potência de 𝑥 em evidência, assim
como 𝑥 → ±∞, quando ele estiver no denominador de uma expressão com numerador definido
(número), esses termos tenderão a zero.
a)
2 1
lim (3𝑥 5 − 2𝑥 2 + 1) = lim 𝑥 5 (3 − + ) = lim 3𝑥 5 = +∞
𝑥→+∞ 𝑥→+∞ 𝑥3 𝑥5 𝑥→+∞

b)
8 5 1
lim (−𝑥 3 + 8𝑥 2 − 5𝑥 + 1) = lim 𝑥 3 (−1 + − 2 + 3 ) = lim −𝑥 3 = +∞
𝑥→−∞ 𝑥→−∞ 𝑥 𝑥 𝑥 𝑥→−∞

c)
2 1 1
lim (2 − 𝑥 2 + 𝑥 4 − 𝑥 8 ) = lim 𝑥 8 ( 8 − 6 + 4 − 1) = lim −𝑥 8 = −∞
𝑥→−∞ 𝑥→−∞ 𝑥 𝑥 𝑥 𝑥→−∞

Gabarito: a) +∞; b) +∞; c) −∞.


8.

Calcule:
𝟐𝒙−𝟓
a) 𝐥𝐢𝐦
𝒙→+∞ 𝟗𝒙+𝟏
𝟓𝒙𝟐 −𝟗𝒙+𝟏
b) 𝐥𝐢𝐦
𝒙→+∞ 𝟐𝟓𝒙−𝟐
𝟐𝟕𝒙+𝟔
c) 𝐥𝐢𝐦
𝒙→−∞ 𝟑𝒙𝟐 −𝟏𝟎𝒙+𝟐

Comentários
a)
5 5
2𝑥 − 5 𝑥 (2 − ) (2 − ) 2
lim = lim 𝑥 = lim 𝑥 =
𝑥→+∞ 9𝑥 + 1 1 1
(9 + ) 9
𝑥→+∞ 𝑥→+∞
𝑥 (9 + )
𝑥 𝑥
b)
9 1 9 1
5𝑥 2 − 9𝑥 + 1 𝑥 2 (5 − + 2 ) (5 − + 2 )
𝑥 𝑥 = lim 𝑥 𝑥 = +∞
lim = lim
𝑥→+∞ 25𝑥 − 2 𝑥→+∞ 25 2 𝑥→+∞ 25 2
𝑥2 ( − 2) ( − 2)
𝑥 𝑥 𝑥 𝑥
Pois o denominador tende a 0 e o numerador tende a 5.
c)

AULA 05 – CÁLCULO I 59
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27 6 27 6
27𝑥 + 6 𝑥2 ( + 2) ( + 2)
𝑥 𝑥 𝑥 𝑥
lim = lim = lim =0
2
𝑥→−∞ 3𝑥 − 10𝑥 + 2 𝑥→−∞ 2 10 2 𝑥→−∞ 10 2
𝑥 (3 − + 2) (3 − + 2)
𝑥 𝑥 𝑥 𝑥
Pois o numerador tende a 0 e o denominador tende a 3.
𝟐
Gabarito: a) ; b) +∞; c) 0
𝟗

9.

Calcule:
a) 𝐥𝐢𝐦 (√𝒙 + 𝟏 − √𝒙 − 𝟏)
𝒙→+∞

b) 𝐥𝐢𝐦 (√𝒙𝟐 + 𝟓𝒙 + 𝟐𝟎 − 𝒙)
𝒙→−∞
𝟑
√𝟓−𝒙𝟑 +𝒙
c) 𝐥𝐢𝐦
𝒙→+∞ 𝟏𝟎

Comentários
a)
√𝑥 + 1 + √𝑥 − 1
𝐿 = lim (√𝑥 + 1 − √𝑥 − 1) = lim (√𝑥 + 1 − √𝑥 − 1) ⋅
𝑥→+∞ 𝑥→+∞ √𝑥 + 1 + √𝑥 − 1
(𝑥 + 1 − (𝑥 − 1)) 2
𝐿 = lim ⇒ 𝐿 = lim =0
√𝑥 + 1 + √𝑥 − 1
𝑥→+∞ 𝑥→+∞ √𝑥 + 1 + √𝑥 − 1

Pois o numerador tende a 2 e o numerador tende ao infinito. Portanto o limite tende a 0.


b)
√𝑥 2 + 5𝑥 + 20 + 𝑥
𝐿 = lim (√𝑥 2 + 5𝑥 + 20 − 𝑥) = lim (√ 𝑥 2 + 5𝑥 + 20 − 𝑥) ⋅
𝑥→−∞ 𝑥→−∞ √𝑥 2 + 5𝑥 + 20 + 𝑥
20
(𝑥 2 + 5𝑥 + 20 − 𝑥 2 ) (5𝑥 + 20) 𝑥 (5 + )
⇒ 𝐿 = lim = lim = lim 𝑥
𝑥→−∞ √𝑥 2 + 5𝑥 + 20 + 𝑥 𝑥→−∞ √𝑥 2 + 5𝑥 + 20 + 𝑥 𝑥→−∞ 5 20
𝑥 (√1 + + 2 + 1)
𝑥 𝑥
20
(5 +
) 5
⇒ 𝐿 = lim 𝑥 =
𝑥→−∞ 5 20 2
(√1 + + 2 + 1)
𝑥 𝑥
c)
Usando a fatoração:
𝑎3 + 𝑏3 = (𝑎 + 𝑏) ⋅ (𝑎2 − 𝑎𝑏 + 𝑏2 )
3
Para 𝑎 = √5 − 𝑥 3 e 𝑏 = 𝑥:

AULA 05 – CÁLCULO I 60
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3 3 3 3
√5 − 𝑥 3 + 𝑥 √5 − 𝑥 3 + 𝑥 √(5 − 𝑥 3 )2 − 𝑥 √5 − 𝑥 3 + 𝑥 2
𝐿 = lim = lim ⋅3 3
𝑥→+∞ 10 𝑥→+∞ 10 √(5 − 𝑥 3 )2 − 𝑥 √5 − 𝑥 3 + 𝑥 2
5 − 𝑥3 + 𝑥3 5
⇒ 𝐿 = lim 3 3
= lim 3 3
𝑥→+∞ 10√(5 − 𝑥 3 )2 − 𝑥 √5 − 𝑥 3 + 𝑥 2 𝑥→+∞ 10√(5 − 𝑥 3 )2 − 𝑥 √5 − 𝑥 3 + 𝑥 2
5
⇒ 𝐿 = lim =0
𝑥→+∞ 2
3 5 3 5
10𝑥 2 ( √( 3 − 1) − √ 3 − 1 + 1)
𝑥 𝑥
Pois no limite acima, o denominador tende a infinito e o numerador tende a 5.

𝟓
Gabarito: a) 𝟎; b) ; c) 0
𝟐

10.

Encontre a assíntota das seguintes funções:


𝟑𝒙𝟐 +𝒙+𝟐
a) 𝒇(𝒙) = 𝒙+𝟐
𝒙𝟐
b) 𝒇(𝒙) = 𝒙−𝟏

Comentários
Suponha uma assíntota geral 𝑦 = 𝑎𝑥 + 𝑏. Se ela é assíntota então de uma função 𝑓 então:
𝑓(𝑥)
lim 𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥 + 𝑏 ⇒ lim =𝑎
𝑥→∞ 𝑥→∞ 𝑥

lim (𝑓(𝑥) − 𝑎𝑥 ) = 𝑏
𝑥→∞

a)
1 2 1 2
𝑓(𝑥) 3𝑥 2 + 𝑥 + 2 𝑥 2 (3 + + 2 ) (3 + + 2 )
𝑥 𝑥 = lim 𝑥 𝑥 =3
lim = lim = lim
𝑥→∞ 𝑥 𝑥→∞ 𝑥(𝑥 + 2) 𝑥→∞ 2 𝑥→∞ 2
𝑥 2 (1 + ) (1 + )
𝑥 𝑥
⇒𝑎=3
2
3𝑥 2 + 𝑥 + 2 3𝑥 2 + 𝑥 + 2 − 3𝑥 2 − 6𝑥 −5𝑥 + 2 𝑥 (−5 + )
𝑏 = lim − 3𝑥 = lim = lim = lim 𝑥
𝑥→∞ 𝑥+2 𝑥→∞ 𝑥+2 𝑥→∞ 𝑥+2 𝑥→∞ 2
𝑥 (1 + )
𝑥
2
(−5 + )
⇒ 𝑏 = lim 𝑥 = −5
𝑥→∞ 2
(1 + )
𝑥
A assíntota é:

AULA 05 – CÁLCULO I 61
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𝑦 = 𝑎𝑥 + 𝑏 = 3𝑥 − 5
b)
𝑓(𝑥) 𝑥2 𝑥 𝑥 1
𝑎 = lim = lim = lim = lim = lim =1
𝑥→∞ 𝑥 𝑥→∞ 𝑥 (𝑥 − 1) 𝑥→∞ (𝑥 − 1) 𝑥→∞ 1 𝑥→∞ 1
𝑥 (1 − ) (1 − )
𝑥 𝑥
2 2 2
𝑥 𝑥 −𝑥 +𝑥 𝑥
𝑏 = lim 𝑓(𝑥) − 𝑥 = lim − 𝑥 = lim = lim =1
𝑥→∞ 𝑥→∞ (𝑥 − 1) 𝑥→∞ (𝑥 − 1) 𝑥→∞ (𝑥 − 1)

Assim, a assíntota é:
⇒𝑦 =𝑥+1
Gabarito: a) 𝒚 = 𝟑𝒙 − 𝟓; b) 𝒚 = 𝒙 + 𝟏
11.

Determine a assíntota das seguintes funções:


𝟐
a) 𝒇(𝒙) = 𝟓 − 𝒙𝟐
𝐬𝐞𝐧 𝒙
b) 𝒇(𝒙) = 𝒙

Comentários
a)
2
𝑓 (𝑥 ) 5− 2
𝑎 = lim = lim 𝑥 =0
𝑥→∞ 𝑥 𝑥→∞ 𝑥
𝑏 = lim 𝑓 (𝑥) − 0𝑥 = 5
𝑥→∞

Assim, a assíntota é:
𝑦 = 𝑎𝑥 + 𝑏 ⇒ 𝑦 = 5
b)
𝑠𝑒𝑛𝑥
𝑠𝑒𝑛𝑥
𝑎 = lim 𝑥 = lim 2 = 0
𝑥→∞ 𝑥 𝑥→∞ 𝑥
𝑠𝑒𝑛𝑥
𝑏 = lim 𝑓 (𝑥) − 0𝑥 = lim =0
𝑥→∞ 𝑥→∞ 𝑥

Portanto, a assíntota é:
𝑦=0
Gabarito: a) 𝒚 = 𝟓; b) 𝒚 = 𝟎
12.

Determine a equação da assíntota das funções abaixo, caso exista.

AULA 05 – CÁLCULO I 62
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𝟑
a) 𝒇(𝒙) = (𝒙 + 𝟐)𝟐
𝟏
b) 𝒇(𝒙) = (𝒙 − 𝟏)−𝟑
Comentários
a)
3
𝑓 (𝑥 ) (𝑥 + 2)2
𝑎 = lim = lim
𝑥→∞ 𝑥 𝑥→∞ 𝑥
Aplicando L’Hospital:
3 ′ 1
[( 𝑥 + 2)2 ] 3
(𝑥 + 2)2
𝑎 = lim = lim 2 = +∞
𝑥→∞ 𝑥′ 𝑥→∞ 1
Portanto, não existe reta assíntota.

b)
1
𝑓 (𝑥 ) ( 𝑥 − 1)− 3 1
𝑎 = lim = 𝑎 = lim = lim 1 = 0
𝑥→∞ 𝑥 𝑥→∞ 𝑥 𝑥→∞
𝑥 (𝑥 − 1)3
1
𝑏 = lim 𝑓 (𝑥) − 0𝑥 = lim 1 = 0
𝑥→∞ 𝑥→∞
(𝑥 − 1)3
Portanto, a assíntota é:
𝑦=0
Gabarito: a) não existe; b) 𝒚 = 𝟎.
13.

Encontre o valor de 𝒌 para que a função abaixo seja contínua.


𝟐𝒙𝟐 + 𝒌, 𝒙 ≥ −𝟏
𝒇(𝒙) = {
−𝒙𝟑 , 𝒙 < −𝟏
Comentários
Para que a função acima seja contínua, é preciso que os limites laterais para 𝑥 → −1
existam e sejam iguais. Calculando o limite à esquerda:
lim 𝑓 (𝑥) = lim− −𝑥 3 = 1
𝑥→−1− 𝑥→−1

Esse limite deverá ser igual ao limite lateral à direita:


lim 𝑓(𝑥) = lim+(2𝑥 2 + 𝑘 ) = 2 + 𝑘
𝑥→−1+ 𝑥→−1

AULA 05 – CÁLCULO I 63
Prof. Victor So

⇒ 𝑘 + 2 = 1 ⇒ 𝑘 = −1
Portanto, para que a função seja contínua, 𝑘 = −1.
Gabarito: 𝒌 = −𝟏
14.

Sabendo que a função 𝒇 é contínua no ponto 𝒙 = 𝟎, determine o valor de 𝒂.


𝐬𝐞𝐧 𝒙
, 𝒙≠𝟎
a) 𝒇(𝒙) = { 𝒙
𝒂, 𝒙 = 𝟎
(√𝒙 + 𝟑 − √𝟑, 𝒙 > 𝟎
b) 𝒇(𝒙) = {
𝟐𝒙𝟐 − 𝒙 + 𝒂, 𝒙 ≤ 𝟎
Comentários

a) Se 𝑓 é contínua em 𝑥 = 0, então:
lim 𝑓 (𝑥) = 𝑓(0) = 𝑎
𝑥→0
𝑠𝑒𝑛𝑥
⇒ lim
=𝑎⇒𝑎=1
𝑥→0 𝑥

b) Se 𝑓 é contínua em 𝑥 = 0, então os limites laterais existem e são iguais. Calculando o limite


à direita:
lim 𝑓 (𝑥) = lim+(√𝑥 + 3 − √3) = 0
𝑥→0+ 𝑥→0

Calculando o limite à esquerda, que deve ser igual a 0:


lim (2𝑥 2 − 𝑥 + 𝑎) = 0 ⇒ 𝑎 = 0
𝑥→0−

Gabarito: a) 𝒂 = 𝟏; b) 𝒂 = 𝟎
15.

Seja 𝒇 uma função real definida por


−𝒙 + 𝟒, 𝒙 ≤ 𝟏
𝒇(𝒙) = {𝒂𝒙 + 𝒃, 𝟏 < 𝒙 < 𝟐
𝟐𝒙𝟐 , 𝒙 ≥ 𝟐
com 𝒂, 𝒃 ∈ ℝ. Sabendo que os limites 𝐥𝐢𝐦 𝒇(𝒙) e 𝐥𝐢𝐦 𝒇(𝒙) existem, calcule o valor de 𝒂 + 𝒃.
𝒙→𝟏 𝒙→𝟐

Comentários
Se o limite lim 𝑓 (𝑥) existe, então seus limites laterais existem e são iguais:
𝑥→1

lim 𝑓 (𝑥) = lim−(−𝑥 + 4) = 3


𝑥→1− 𝑥→1

⇒ lim+ 𝑓(𝑥) = 3 ⇒ lim+(𝑎𝑥 + 𝑏) = 3 ⇒ 𝑎 + 𝑏 = 3


𝑥→1 𝑥→1

AULA 05 – CÁLCULO I 64
Prof. Victor So

Gabarito: 𝒂 + 𝒃 = 𝟑
16.

Calcule o valor dos seguintes limites:


𝟔𝒙𝟒 −𝟓𝒙𝟐 −𝟏
a) 𝐥𝐢𝐦
𝒙→𝟏 𝟗𝒙𝟑 +𝒙−𝟏𝟎
𝒙𝟑 −𝟕𝒙𝟐 +𝟏𝟎𝒙
b) 𝐥𝐢𝐦
𝒙→𝟐 𝒙𝟐 +𝒙−𝟔
𝒙𝟑 −𝒙𝟐 −𝟏𝟎𝒙−𝟖
c) 𝐥𝐢𝐦
𝒙→−𝟐 𝟓𝒙𝟑 +𝟏𝟐𝒙𝟐 −𝟐𝒙−𝟏𝟐
𝟏
√𝒙+𝟏𝟎+𝟑𝒙𝟑
d) 𝐥𝐢𝐦 𝟒𝒙𝟐 +𝟑𝒙−𝟏
𝒙→−𝟏

Comentários

Nota: na resolução, consideramos (𝑓(𝑥)) a derivada da função 𝑓 na variável 𝑥.
a) Nesse exemplo, o numerador tende a 0, assim como o denominador, nos dando uma
indeterminação. Portanto, podemos aplicar a regra de L’Hospital, supondo que esse limite
existe:
6𝑥 4 − 5𝑥 2 − 1 (6𝑥 4 − 5𝑥 2 − 1)′ 24𝑥 3 − 10𝑥 24 − 10 14 1
lim = lim = lim = = =
𝑥→1 9𝑥 3 + 𝑥 − 10 𝑥→1 (9𝑥 3 + 𝑥 − 10)′ 𝑥→1 27𝑥 2 + 1 27 + 1 28 2
1
Portanto, esse limite realmente existe e é
2

b) Numerador tende a 0 e denominador também. Aplicando L’Hospital:


𝑥 3 − 7𝑥 2 + 10𝑥 (𝑥 3 − 7𝑥 2 + 10𝑥)′ 3𝑥 2 − 14𝑥 + 10 6
lim = lim = lim = −
𝑥→2 𝑥2 + 𝑥 − 6 𝑥→2 (𝑥 2 + 𝑥 − 6)′ 𝑥→2 2𝑥 + 1 5
c) Denominador e numerador tendem a 0. Aplicando L’Hospital:
𝑥 3 − 𝑥 2 − 10𝑥 − 8 (𝑥 3 − 𝑥 2 − 10𝑥 − 8)′ 3𝑥 2 − 2𝑥 − 10
𝐿 = lim = lim = lim
𝑥→−2 5𝑥 3 + 12𝑥 2 − 2𝑥 − 12 𝑥→−2 (5𝑥 3 + 12𝑥 2 − 2𝑥 − 12)′ 𝑥→−2 15𝑥 2 + 24𝑥 − 2

6 3
⇒𝐿= =
10 5
d) Numerador e denominador tendem a 0. Aplicando L’Hospital:
1 ′ 2
1
(√𝑥 + 10 + 3𝑥 3 )1 −1 + 𝑥 −3
√𝑥 + 10 + 3𝑥 3 √ ( 𝑥 + 10 )
𝐿 = lim = lim = lim 2
𝑥→−1 4𝑥 2 + 3𝑥 − 1 𝑥→−1 (4𝑥 2 + 3𝑥 − 1)′ 𝑥→−1 8𝑥 + 3
1 1 1
⋅ +3
2 3 √(−1)2 1 + 1 7
7
⇒𝐿= =6 = 6 =−
−8 + 3 −5 −5 30
𝟏 𝟔 𝟑 𝟕
Gabarito: a) ; b) − ; c) ; d) −
𝟐 𝟓 𝟓 𝟑𝟎

AULA 05 – CÁLCULO I 65
Prof. Victor So

17.

Calcule:
𝐭𝐠 𝟑𝒙
a) 𝐥𝐢𝐦𝝅 𝐭𝐠 𝟓𝒙
𝒙→
𝟐
𝒔𝒆𝒏𝒙
b) 𝐥𝐢𝐦
𝒙→𝟎 𝒙
𝟏
c) 𝐥𝐢𝐦 𝒙 𝒔𝒆𝒏 (𝒙)
𝒙→𝟎
𝐬𝐞𝐧 𝒙−𝒙
d) 𝐥𝐢𝐦
𝒙→𝟎 𝒙𝟑
𝟐 𝐬𝐞𝐧 𝒙−𝐬𝐞𝐧 𝟐𝒙
e) 𝐥𝐢𝐦
𝒙→𝟎 𝐬𝐞𝐧 𝒙−𝒙 𝐜𝐨𝐬 𝒙

Comentários
a) Numerador tende a −∞ e denominador tende a +∞. Aplicando L’Hospital:
tg 3𝑥 (tg 3𝑥 )′ 3 ⋅ sec 2 3𝑥 3 ⋅ cos2 5𝑥
𝐿 = lim𝜋 = lim𝜋 = lim𝜋 2
= lim 2
=
𝑥→ (tg 5𝑥 )′
𝜋
𝑥→ tg 5𝑥 𝑥→ 5 ⋅ sec 5𝑥 𝑥→ 5 ⋅ cos 3𝑥
2 2 2 2

Ainda assim, a indeterminação continua, pois o numerador e denominador tendem a 0.


Aplicando novamente L’Hospital:
−3 ⋅ 5 ⋅ 2 cos 5𝑥 ⋅ sin 5𝑥 −15 ⋅ sin 10𝑥 sin 10𝑥
𝐿 = lim𝜋 = lim𝜋 = lim𝜋
𝑥→ −5 ⋅ 3 ⋅ 2 cos 3𝑥 sin 3𝑥 𝑥→ −15 ⋅ sin 6𝑥 𝑥→ sin 6𝑥
2 2 2

Ainda há indeterminação. Aplicando, L’Hospital novamente:


10 cos 10𝑥 −10 5
𝐿 = lim𝜋 = =−
𝑥→
2
6 cos 6𝑥 −6 3
b) Numerador e denominador tendem a 0. Aplicando L’Hospital:
𝑠𝑒𝑛𝑥 (𝑠𝑒𝑛𝑥)′ cos 𝑥
L = lim = lim = lim =1
𝑥→0 𝑥 𝑥→0 𝑥′ 𝑥→0 1

c)
1
1 𝑠𝑒𝑛 ( )
𝐿 = lim 𝑥 𝑠𝑒𝑛 ( ) = lim 𝑥 < lim 1
𝑥→0 𝑥 𝑥→0 1 𝑥→0 1
𝑥 𝑥
Escrito dessa maneira, vemos que o denominador tende a ∞ enquanto o numerador é
limitado (seno de algum número é sempre menor, em módulo, que 1). Portanto, como o
numerador é limitado e o denominador tende a infinito, o limite acima tende a 0:
1
lim 𝑥 𝑠𝑒𝑛 ( ) = 0
𝑥→0 𝑥
d) Numerador e denominador tendem a 0, portanto, usando L’Hospital:

AULA 05 – CÁLCULO I 66
Prof. Victor So

sen 𝑥 − 𝑥 cos 𝑥 − 1
L = lim 3
= lim
𝑥→0 𝑥 𝑥→0 3𝑥 2
Ainda há indeterminação acima. Aplicando L’Hospital novamente:
cos 𝑥 − 1 −𝑠𝑒𝑛𝑥 1
𝐿 = lim = lim = −
𝑥→0 3𝑥 2 𝑥→0 6𝑥 6
e) Numerador e denominador tendendo a 0. Aplicando L’Hospital:
2 sen 𝑥 − sen 2𝑥 2 cos 𝑥 − 2 cos 2𝑥 2 cos 𝑥 − 2 cos 2𝑥
𝐿 = lim = lim = lim
𝑥→0 sen 𝑥 − 𝑥 cos 𝑥 𝑥→0 cos 𝑥 − cos 𝑥 + 𝑥 𝑠𝑒𝑛𝑥 𝑥→0 𝑥 𝑠𝑒𝑛𝑥
Perceba que, ainda sim, há indeterminação acima. Aplicando L’Hospital novamente:
2 cos 𝑥 − 2 cos 2𝑥 −2 sen 𝑥 + 4 sen 2𝑥
𝐿 = lim = lim
𝑥→0 𝑥 𝑠𝑒𝑛𝑥 𝑥→0 𝑠𝑒𝑛𝑥 + 𝑥 cos 𝑥
Aplicando novamente:
−2 sen 𝑥 + 4 sen 2𝑥 −2 cos 𝑥 + 8 cos 2𝑥 −2 + 8
𝐿 = lim = lim = =3
𝑥→0 𝑠𝑒𝑛𝑥 + 𝑥 cos 𝑥 𝑥→0 cos 𝑥 + cos 𝑥 − 𝑥𝑠𝑒𝑛𝑥 2
𝟓 𝟏
Gabarito: a) − ; b) 𝟏; c) 𝟎; d) − ; e) 𝟑
𝟑 𝟔

18.

Calcule:
𝟏−𝐥𝐧 𝒙
a) 𝐥𝐢𝐦 𝒙
𝒙→𝒆 𝒆−𝟏

𝒆𝒙
b) 𝐥𝐢𝐦 𝒙𝟐
𝒙→∞

c) 𝐥𝐢𝐦 𝒙𝒆𝒙
𝒙→−∞
𝟏
d) 𝐥𝐢𝐦 𝒙𝒙
𝒙→∞
𝟏 𝒙
e) 𝐥𝐢𝐦 (𝟏 + 𝒙)
𝒙→∞

Comentários
a) Aplicando L’Hospital, pois há indeterminação:
1
1 − ln 𝑥 −
lim 𝑥 = lim 𝑥 = −1
𝑥→𝑒 −1 𝑥→𝑒 1
𝑒 𝑒
b) Há indeterminação, portanto, aplicando L’Hospital duas vezes:
𝑒𝑥 𝑒𝑥 𝑒𝑥
lim
= lim = lim = +∞
𝑥→∞ 𝑥 2 𝑥→∞ 2𝑥 𝑥→∞ 2

c) Escrevendo o limite como:

AULA 05 – CÁLCULO I 67
Prof. Victor So

𝑥
lim 𝑥𝑒 𝑥 = lim
𝑥→−∞ 𝑥→−∞ 𝑒 −𝑥

Como 𝑥 → −∞, o denominador tende a infinito, enquanto o numerador tende a −∞.


Dessa maneira, aplicando L’Hospital:
𝑥 1
lim = lim =0
𝑥→−∞ 𝑒 −𝑥 𝑥→−∞ −𝑒 −𝑥

d) Reescrevendo o limite como:


1 1 1
lim 𝑥 𝑥 = lim 𝑒 ln 𝑥 𝑥 = lim 𝑒 𝑥 ln 𝑥
𝑥→∞ 𝑥→∞ 𝑥→∞

Se esse limite existe, podemos passar o limite para dentro:


1 1
lim ln 𝑥
lim 𝑒 𝑥 ln 𝑥 = 𝑒 𝑥→∞ 𝑥
𝑥→∞

Onde, aplicando L’Hospital, podemos achar:


1
ln 𝑥
lim = lim 𝑥 = 0
𝑥→∞ 𝑥 𝑥→∞ 1

Portanto, o limite que queremos é:


1 1
lim ln 𝑥
lim 𝑥 𝑥 = 𝑒 𝑥→∞ 𝑥 = 𝑒0 = 1
𝑥→∞

e) Reescrevendo o limite:
1 𝑥 1 𝑥
ln(1+ )
1
𝐿 = lim (1 + ) = lim 𝑒 𝑥 = lim 𝑒 𝑥⋅ln(1+𝑥)
𝑥→∞ 𝑥 𝑥→∞ 𝑥→∞

Se esse limite existe, então podemos escrever:


1 1
lim 𝑥⋅ln(1+ )
𝐿 = lim 𝑒 𝑥⋅ln(1+𝑥) =𝑒 𝑥→∞ 𝑥
𝑥→∞

Calculando o limite abaixo por meio de L’Hospital:


1 1 ′ 𝑥 1
1 ln (1 + ) (ln (1 + )) ⋅− 2
lim 𝑥 ⋅ ln (1 + ) = lim 𝑥 = lim 𝑥 = lim 𝑥 + 1 𝑥 = lim 𝑥
1 ′ 1
𝑥→∞ 𝑥 𝑥→∞ 𝑥→∞ 1 𝑥→∞
− 2
𝑥→∞ 𝑥 + 1
𝑥 ( ) 𝑥
𝑥
1 𝑥 1
⇒ lim 𝑥 ⋅ ln (1 + ) = lim = lim =1
𝑥→∞ 𝑥 𝑥→∞ 1 𝑥→∞ 1
𝑥 (1 + ) (1 + )
𝑥 𝑥
Portanto, voltando ao limite que queremos:
1
lim 𝑥⋅ln(1+ )
𝐿=𝑒 𝑥→∞ 𝑥 = 𝑒1 = 𝑒
Gabarito: a) -1; b) +∞; c) 𝟎; d) 𝟏; e) 𝒆

AULA 05 – CÁLCULO I 68
Prof. Victor So

Derivadas
19.

Determine a equação da reta tangente à curva 𝒚 = 𝒙𝟐 − 𝟐𝒙 no seu ponto de abscissa 𝒙 = −𝟐.


Comentários:
De acordo com a interpretação geométrica da derivada, sabemos que a derivada é a reta
tangente no ponto e que o coeficiente angular dessa reta é o valor da derivada nesse ponto. Logo,
temos que:
𝑦 = 𝑥 2 − 2𝑥 ⇒ 𝑦 ′ = 2𝑥 − 2
Para 𝑥 = −2, temos que:
𝑦 ′ = 2(−2) − 2 = −6
Da geometria analítica, a equação da reta pode ser dada por:
𝑦 − 𝑦0 = 𝑚(𝑥 − 𝑥0 )
Quando 𝑥 = −2 temos 𝑦 = 8, então:
𝑦 − 8 = −6(𝑥 − (−2))
∴ 𝑦 = −6𝑥 − 4
Gabarito: 𝒚 = −𝟔𝒙 − 𝟒
20.
𝟑
Um ponto material se move sobre uma reta com velocidade descrita por 𝒗 = √𝟐𝒕 (SI), no instante
de tempo 𝒕. Determine a aceleração do ponto no instante 𝒕 = 𝟑 𝒔.
Comentários:
𝑑𝑣
Sabemos da cinemática que 𝑎 = . Portanto, basta derivarmos a função da velocidade em
𝑑𝑡
relação ao tempo e aplicarmos ao ponto de interesse:
3 1 1
(2𝑡 )3−1 ∙ (2)
𝑣 = √2𝑡 = (2𝑡 )1/3 ⇒ 𝑣′ =
3
Note que não podemos esquecer da regra da cadeia, já que estamos derivando 2𝑡 e não
apenas 𝑡.
2 2
𝑎 (𝑡 ) = 𝑣 ′ (𝑡 ) = (2𝑡 )−3
3
2
𝑎 (3) = (2 ∙ 3)−2/3
3
𝑎(3) = 0,20 𝑚/𝑠 2
Gabarito: 𝟎, 𝟐𝟎 𝒎/𝒔𝟐
21.

AULA 05 – CÁLCULO I 69
Prof. Victor So

𝝅
Encontre a reta tangente ao gráfico de 𝒇(𝒙) = 𝒔𝒆𝒏(𝒙), para 𝒙 = 𝟑.

Comentários:
Calculando a derivada da função 𝑓 temos que:
𝑓(𝑥) = 𝑠𝑒𝑛(𝑥) ⇒ 𝑓 ′ (𝑥) = cos 𝑥
𝜋 𝜋 √3 𝜋 𝜋 1
Para 𝑥 = temos 𝑦 = 𝑓 ( ) = e 𝑓 ′ ( ) = cos ( ) = . Portanto, a equação da reta é
3 3 2 3 3 2
dada por:
𝑦 − 𝑦0 = 𝑚(𝑥 − 𝑥0 )
√3 1 𝜋
𝑦− = (𝑥 − )
2 2 3
𝑥 3√3 − 𝜋
𝑦= +
2 6
𝒙 𝟑√𝟑−𝝅
Gabarito: 𝒚 = +
𝟐 𝟔

22.

Um ponto material movendo sobre uma linha reta de acordo com a equação horária 𝒔(𝒕) =
𝝅 𝝅
𝟐𝐜𝐨𝐬 (𝟑𝒕) (SI). Determine a velocidade no instante 𝒕 = 𝟑 𝒔 e a aceleração no instante 𝒕 = 𝟑 𝒔.

Comentários:
De acordo com a cinemática, sabemos que:
𝑑𝑠 𝑑𝑣
𝑣=𝑒𝑎=
𝑑𝑡 𝑑𝑡
Portanto, devemos calcular as funções derivadas da equação horária do móvel:
𝑑𝑠
= 2 ∙ (−𝑠𝑒𝑛(3𝑡 )) ∙ 3
𝑣=
𝑑𝑡
Note que devemos usar a regra da cadeia, já que se trata de uma composição de funções.
𝑣 (𝑡 ) = −6 ∙ 𝑠𝑒𝑛(3𝑡 )
𝜋
Para 𝑡 = 𝑠, temos que:
3
𝜋 𝜋
𝑣 ( ) = −6 ∙ 𝑠𝑒𝑛 (3 ∙ ) = −6 ∙ 𝑠𝑒𝑛(𝜋) = −6 ∙ 0 = 0
3 3
A equação horária da aceleração é dada por:
𝑑𝑣
𝑎= = −6 ∙ (cos(3𝑡 )) ∙ 3
𝑑𝑡
𝑎(𝑡 ) = −18 ∙ cos(3𝑡 )
𝜋
Para 𝑡 = 𝑠, temos:
3

AULA 05 – CÁLCULO I 70
Prof. Victor So

𝜋 𝜋
𝑎 ( ) = −18 ∙ cos (3 ∙ ) = −18 ∙ cos(𝜋) = −18 ∙ (−1) = 18 𝑚/𝑠 2
3 3
𝟐
Gabarito: 0 e 𝟏𝟖 𝒎/𝒔
23.

Utilizando as regras de derivação, calcule a derivada de cada uma das funções:

a) 𝒇(𝒙) = 𝒔𝒆𝒏𝒏 (𝒙), 𝒏 ∈ ℕ∗

b) 𝒇(𝒙) = 𝒔𝒆𝒏𝟒 𝟒𝒙

c) 𝒇(𝒙) = 𝒔𝒆𝒏(𝐜𝐨𝐬(𝒙))

d) 𝒇(𝒙) = 𝐥𝐨𝐠 𝟐 𝒙

e) a derivada da inversa da função 𝒇(𝒙) = 𝒙𝟑 + 𝒙, no ponto 𝒙𝟏 = 𝟏.


Comentários:
a) Utilizando as regras de derivação, temos que:
𝑔(𝑥) = 𝑠𝑒𝑛(𝑥) e ℎ(𝑥) = 𝑥 𝑛
𝑔′ (𝑥) = cos 𝑥 𝑒 ℎ(𝑥) = 𝑛 ∙ 𝑥 𝑛−1
Note que 𝑓 (𝑥) = ℎ(𝑔(𝑥)). Pela regra da cadeia, temos:
𝑓 ′ (𝑥) = ℎ′ (𝑔(𝑥)) ∙ 𝑔′ (𝑥) = 𝑛 ∙ 𝑠𝑒𝑛𝑛−1 (𝑥) ∙ cos 𝑥
A partir de agora utilizaremos a regra da cadeia direto, tendo em mente que derivamos a
função como se não houvesse composição e multiplica pela derivada da função que está dentro
da composição e assim sucessivamente.
b) 𝑓 (𝑥) = 𝑠𝑒𝑛4 4𝑥 ⇒ 𝑓 ′ (𝑥) = 4 ∙ 𝑠𝑒𝑛3 4𝑥 ∙ cos 4𝑥 ∙ 4 = 16 ∙ 𝑠𝑒𝑛3 (4𝑥) ∙ cos 4𝑥
c) 𝑓 (𝑥) = 𝑠𝑒𝑛(cos 𝑥) ⇒ 𝑓 ′ (𝑥) = cos(cos(𝑥)) ∙ (−𝑠𝑒𝑛(𝑥)) = −𝑠𝑒𝑛(𝑥) ∙ cos(𝑐𝑜𝑠(𝑥))
1
d) 𝑓 (𝑥) = log 2 𝑥 ⇒ 𝑓 ′ (𝑥) =
𝑥∙ln 2
3 𝑑𝑦 2 𝑑𝑥 1
e) 𝑦 = 𝑥 + 𝑥 ⇒ = 3𝑥 + 1 ⇒ =
𝑑𝑥 𝑑𝑦 3𝑥 2 +1
Para 𝑥1 = 1, temos que:
𝑑𝑥 1 1
[ ] = =
𝑑𝑦 𝑥=𝑥 3 ∙ 12 + 1 4
1
𝒏−𝟏 ( 𝟏
Gabarito: a) 𝒏 ∙ 𝒔𝒆𝒏 𝒙) ∙ 𝐜𝐨𝐬 𝒙 b) 𝟏𝟔 ∙ 𝒔𝒆𝒏𝟑 (𝟒𝒙) ∙ 𝐜𝐨𝐬 𝟒𝒙 c) −𝒔𝒆𝒏(𝒙) ∙ 𝐜𝐨𝐬(𝐜𝐨𝐬(𝒙)) d)
𝒙∙𝐥𝐧 𝟐
𝟏
e)
𝟒

24.

Calcule os pontos de máximos, de mínimos e de inflexão da função 𝒇(𝒙) = 𝟐𝒙𝟑 − 𝟖𝒙.


Comentários:
Para os máximos, temos que:
𝑓 ′ (𝑥) = 0 𝑒 𝑓 ′′ (𝑥) < 0

AULA 05 – CÁLCULO I 71
Prof. Victor So

4
𝑓 ′ (𝑥) = 6𝑥 2 − 8 = 0 ⇒ 𝑥1,2 = ±√
3
𝑓 ′′ (𝑥) = 12𝑥
4 4 4
Para 𝑥 = −√ temos que 𝑓 ′′ (−√ ) < 0. Portanto, em 𝑥 = −√ temos um máximo local.
3 3 3

4 4 4
Para 𝑥 = +√ temos que 𝑓 ′′ (+√ ) > 0. Portanto, em 𝑥 = +√ temos um mínimo local.
3 3 3

Para acharmos o ponto de inflexão, devemos ter que:


𝑓 ′′ (𝑥) = 0 𝑒 𝑓 ′′′ (𝑥) ≠ 0
𝑓 ′′ (𝑥) = 0 ⇒ 12𝑥 = 0 ⇒ 𝑥 = 0
𝑓 ′′′ (𝑥) = 12 ≠ 0

𝟒 𝟒 𝟒 𝟒
Gabarito: máximos locais: 𝒙 = −√ e 𝒇 (−√ ); mínimos locais 𝒙 = +√ e 𝒇 (+√ ); ponto de
𝟑 𝟑 𝟑 𝟑

inflexão (𝟎, 𝟎).


25.
Derive as funções abaixo:

AULA 05 – CÁLCULO I 72
Prof. Victor So

a) 𝒇(𝒙) = 𝟑𝒙𝟑 − 𝟖𝒙 + 𝟓
𝟑 𝟒
b) 𝒇(𝒙) = √𝒙 + 𝟖 √𝒙 − 𝟐 √𝒙
𝟏
c) 𝒇(𝒙) = 𝐜𝐨𝐬 𝒙
𝟒 𝟔 𝟖
d) 𝒇(𝒙) = 𝒙 − 𝒙𝟑 + 𝒙𝟓
𝟗 𝟏 𝟏
e) 𝒇(𝒙) = + 𝟖𝒙𝟒 − 𝟑𝒙𝟏𝟎
√ 𝒙𝟑

Comentários
a)
𝑓 ′ (𝑥) = 9𝑥 2 − 8
b)
1 1−1 1 1 1 1 1 8 1
𝑓 ′ (𝑥 ) = 𝑥 2 + 8 ⋅ 𝑥 3−1 + 2 ⋅ ⋅ 𝑥 4−1 = + 3 + 4
2 3 4 2√𝑥 3√𝑥 2 2√𝑥 3
c)

′(
(1)′ cos 𝑥 − 1 ⋅ (cos 𝑥 )′ sin 𝑥
𝑓 𝑥) = =
cos 2 𝑥 cos 2 𝑥
d)
𝑓 ′ (𝑥) = 4 ⋅ −1 ⋅ 𝑥 −1−1 − 6 ⋅ (−3)𝑥 −3−1 + 8 ⋅ (−5)𝑥 −5−1
4 18 40
⇒ 𝑓 ′ (𝑥 ) = − + −
𝑥2 𝑥4 𝑥6
e)
1 1 4 10 −10−1
𝑓 ′ (𝑥) = 9 ⋅ 𝑥 −3−1 − 𝑥 −4−1 + 𝑥
3 8 3
3 1 10
𝑓 ′ (𝑥 ) = 3 − 5 + 11
√𝑥 4 2𝑥 3𝑥
𝟏 𝟖 𝟏 𝐬𝐢𝐧 𝒙 𝟒 𝟏𝟖 𝟒𝟎 𝟑 𝟏 𝟏𝟎
Gabarito: a) 𝟗𝒙𝟐 − 𝟖; b) + 𝟑 + 𝟒 c) ; d) − + − ; e) 𝟑 − +
𝟐√𝒙 𝟑 √𝒙𝟐 𝟐 √𝒙𝟑 𝐜𝐨𝐬 𝟐 𝒙 𝒙𝟐 𝒙𝟒 𝒙𝟔 √𝒙𝟒 𝟐𝒙𝟓 𝟑𝒙𝟏𝟏

26.

Derive as funções abaixo:


𝒙+𝟏 𝒙−𝟏
a) 𝒇(𝒙) = 𝒙−𝟏 + 𝒙+𝟏

b) 𝒇(𝒙) = 𝒙𝟑 ⋅ 𝒔𝒆𝒏𝒙

c) 𝒇(𝒙) = (𝒆𝒙 + 𝟏) 𝐭𝐠 𝒙
Comentários
a)

AULA 05 – CÁLCULO I 73
Prof. Victor So

(𝑥 + 1)′ (𝑥 − 1) − (𝑥 + 1)(𝑥 − 1)′ (𝑥 − 1)′ (𝑥 + 1) − (𝑥 − 1)(𝑥 + 1)′


𝑓 ′ (𝑥 ) = +
(𝑥 − 1)2 (𝑥 + 1)2
𝑥−1−𝑥−1 𝑥+1−𝑥+1 1 1 8𝑥
⇒ 𝑓 ′ (𝑥 ) = + = 2 ( − ) = −
(𝑥 − 1)2 (𝑥 + 1)2 (𝑥 + 1)2 ( 𝑥 − 1)2 (𝑥 2 − 1 )2
b)
𝑓 ′ (𝑥) = (𝑥 3 )′ ⋅ 𝑠𝑒𝑛𝑥 + 𝑥 3 (𝑠𝑒𝑛𝑥)′ = 3𝑥 2 𝑠𝑒𝑛𝑥 + 𝑥 3 cos 𝑥
c)
𝑓 ′ (𝑥) = (𝑒 𝑥 + 1)′ 𝑡𝑔𝑥 + (𝑒 𝑥 + 1)(𝑡𝑔 𝑥)′ = 𝑒 𝑥 𝑡𝑔𝑥 + (𝑒 𝑥 + 1) sec 2 𝑥

𝟖𝒙
Gabarito: a) − 𝟐 ; b) 𝟑𝒙𝟐 𝒔𝒆𝒏𝒙 + 𝒙𝟑 𝐜𝐨𝐬 𝒙; c) 𝒆𝒙 𝒕𝒈𝒙 + (𝒆𝒙 + 𝟏) 𝐬𝐞𝐜 𝟐 𝒙
(𝒙𝟐 −𝟏)

27.
Derive as funções abaixo:
𝐬𝐞𝐧 𝒙
a) 𝒇(𝒙) = 𝒙
𝒆𝒙
b) 𝒇(𝒙) = 𝒙−𝟏
𝟐𝒙
c) 𝒇(𝒙) = 𝟒−𝐭𝐠 𝒙

Comentários
a)
𝑠𝑒𝑛𝑥 cos 𝑥
𝑓 ′ (𝑥) = (𝑥 −1 )′ 𝑠𝑒𝑛𝑥 + 𝑥 −1 ⋅ (𝑠𝑒𝑛𝑥)′ = − +
𝑥2 𝑥
b)
′( 𝑥 )′ (
𝑒𝑥 𝑒𝑥
𝑓 𝑥 ) = (𝑒 𝑥−1 )−1
+𝑒 𝑥−1 𝑥 [(
= − )−1 ]′ (𝑥 − 1)′
𝑥 − 1 ( 𝑥 − 1)2
′( )
𝑒𝑥 𝑒𝑥
⇒𝑓 𝑥 = −
𝑥 − 1 (𝑥 − 1)2
c)

′(
(2𝑥)′ (4 − 𝑡𝑔𝑥) − 2𝑥 (4 − 𝑡𝑔𝑥)′ 2(4 − 𝑡𝑔𝑥) + 2𝑥 sec 2 𝑥
𝑓 𝑥) = =
(4 − 𝑡𝑔𝑥)2 (4 − 𝑡𝑔𝑥)2

𝒔𝒆𝒏𝒙 𝐜𝐨𝐬 𝒙 𝒆𝒙 𝒆𝒙 𝟐(𝟒−𝒕𝒈𝒙)+𝟐𝒙 𝐬𝐞𝐜 𝟐 𝒙


Gabarito: a) − + ; b) − (𝒙−𝟏)𝟐; c)
𝒙𝟐 𝒙 𝒙−𝟏 (𝟒−𝒕𝒈𝒙)𝟐

28.
Derive as funções abaixo:

AULA 05 – CÁLCULO I 74
Prof. Victor So

a) 𝒇(𝒙) = (𝟐𝒙𝟐 − 𝟓𝒙 + 𝟒)𝟖

b) 𝒇(𝒙) = 𝐭𝐠 𝟑 𝒙

c) 𝒇(𝒙) = (𝐬𝐞𝐧 𝒙 − 𝐜𝐨𝐬 𝒙)−𝟐

d) 𝒇(𝒙) = √𝒙𝟐 + 𝟏
Comentários
Usaremos a regra da cadeira em cada uma das alternativas abaixo:
a)
𝑓 ′ (𝑥) = 8 ⋅ (2𝑥 2 − 5𝑥 + 4)8−1 ⋅ (2𝑥 2 − 5𝑥 + 4)′ = 8(4𝑥 − 5)(2𝑥 2 − 5𝑥 + 4)7
b)
𝑓 ′ (𝑥) = 3𝑡𝑔2 𝑥 ⋅ (𝑡𝑔𝑥)′ = 3𝑡𝑔2 𝑥 ⋅ sec 2 𝑥
c)
𝑓 ′ (𝑥) = −2(𝑠𝑒𝑛𝑥 − cos 𝑥 )−2−1 ⋅ (𝑠𝑒𝑛𝑥 − cos 𝑥 )′ = −2(𝑠𝑒𝑛𝑥 − cos 𝑥 )−3 ⋅ (cos 𝑥 + 𝑠𝑒𝑛𝑥)
2(cos 𝑥 + 𝑠𝑒𝑛𝑥)
⇒ 𝑓 ′ (𝑥 ) =
(cos 𝑥 − 𝑠𝑒𝑛𝑥)3
d)
1 ′ 1 2 1 2𝑥
𝑓 𝑥 ) = [( 𝑥 2 + 1 ) 2 ] =
′( (𝑥 + 1)2−1 ⋅ (𝑥 2 + 1)′ =
2 2√𝑥 2 + 1
𝑥
⇒ 𝑓 ′ (𝑥 ) =
√𝑥 2 + 1

𝟐(𝐜𝐨𝐬 𝒙+𝒔𝒆𝒏𝒙) 𝒙
Gabarito: a) 𝟖(𝟒𝒙 − 𝟓)(𝟐𝒙𝟐 − 𝟓𝒙 + 𝟒)𝟕 ; b) 𝟑𝒕𝒈𝟐 𝒙 ⋅ 𝐬𝐞𝐜 𝟐 𝒙; c) (𝐜𝐨𝐬 ; d)
𝒙−𝒔𝒆𝒏𝒙)𝟑 √𝒙𝟐 +𝟏

29.

Derive as funções abaixo:

a) 𝒇(𝒙) = 𝒆𝐬𝐞𝐧 𝒙
𝟓 +𝟑𝒙𝟑 +𝒙
b) 𝒇(𝒙) = 𝒆𝒙

c) 𝒇(𝒙) = 𝐬𝐞𝐧(𝟑𝒙)

d) 𝒇(𝒙) = 𝐭𝐠(𝒆𝒙 )
𝟏+𝒙
e) 𝒇(𝒙) = 𝐥𝐧 √𝟏−𝒙

Comentários
Usaremos a regra da cadeia em cada uma das alternativas abaixo.

AULA 05 – CÁLCULO I 75
Prof. Victor So

a)
𝑓 ′ (𝑥) = 𝑒 𝑠𝑒𝑛𝑥 ⋅ (𝑠𝑒𝑛𝑥)′ = 𝑒 𝑠𝑒𝑛𝑥 cos 𝑥
b)
5 +3𝑥 3 +𝑥 5 +3𝑥 3 +𝑥
𝑓 ′ (𝑥 ) = 𝑒 𝑥 ⋅ (𝑥 5 + 3𝑥 3 + 𝑥)′ = 𝑒 𝑥 ⋅ (5𝑥 4 + 9𝑥 2 + 1)
c)
𝑓 ′ (𝑥) = cos(3𝑥) ⋅ (3𝑥)′ = 3 cos(3𝑥)
d)
𝑓 ′ (𝑥) = sec 2 (𝑒 𝑥 ) ⋅ (𝑒 𝑥 )′ = 𝑒 𝑥 ⋅ sec 2 (𝑒 𝑥 )
e)
′ 1
′( )
11+𝑥 1 − 𝑥 1 1 + 𝑥 2−1 1 + 𝑥 ′
𝑓 𝑥 = ⋅ (√ ) =√ ⋅[ ( ) ⋅( )]
1 + 𝑥 1−𝑥 1+𝑥 2 1−𝑥 1−𝑥

1−𝑥
Calculando separadamente:
1 + 𝑥 ′ (1 + 𝑥)′ (1 − 𝑥) − (1 + 𝑥)(1 − 𝑥)′ 1 − 𝑥 + 1 + 𝑥 2
( ) = = =
1−𝑥 (1 − 𝑥 )2 (1 − 𝑥 ) 2 (1 − 𝑥 ) 2
Assim:
1
′( )
1 − 𝑥 1 1 + 𝑥 −2 2 1−𝑥 1 1−𝑥 2
𝑓 𝑥 =√ ⋅[ ( ) ⋅ 2
]=√ ⋅[ √ ⋅ ]
1+𝑥 2 1−𝑥 (1 − 𝑥 ) 1 + 𝑥 2 1 + 𝑥 (1 − 𝑥 ) 2

2 (1 − 𝑥 ) 1
⇒ 𝑓 ′ (𝑥 ) = =
2(1 + 𝑥)(1 − 𝑥)2 1 − 𝑥 2
𝟓 +𝟑𝒙𝟑 +𝒙 𝟏
Gabarito: a) 𝒆𝒔𝒆𝒏𝒙 𝐜𝐨𝐬 𝒙 ; b) 𝒆𝒙 ⋅ (𝟓𝒙𝟒 + 𝟗𝒙𝟐 + 𝟏); c) 𝟑 𝐜𝐨𝐬(𝟑𝒙); d) 𝒆𝒙 ⋅ 𝐬𝐞𝐜 𝟐 (𝒆𝒙 ); e)
𝟏−𝒙𝟐

30.

Para as funções abaixo, determine os intervalos em que a função é crescente e os intervalos em que
é decrescente.

a) 𝒇(𝒙) = −𝟒𝒙𝟓 − 𝟓𝒙𝟒 + 𝟒𝟎𝒙𝟑 − 𝟔

b) 𝒇(𝒙) = (𝒙 + 𝟏)(𝒙 − 𝟐)𝟐


Comentários
Para analisar se uma função é crescente ou decrescente precisamos analisar sua função
derivada:
a)
𝑓 ′ (𝑥) = −20𝑥 4 − 20𝑥 3 + 120𝑥 2 = −20𝑥 2 (𝑥 2 + 𝑥 − 6)

AULA 05 – CÁLCULO I 76
Prof. Victor So

As raízes da derivada são 0, −3 𝑒 2. Portanto, analisando a função derivada acima, o termo


2
−20𝑥 é sempre negativo, para todo 𝑥. Assim, sobre a derivada:
𝑓 ′ (𝑥) > 0 ⟺ 𝑥 2 + 𝑥 − 6 < 0 ⟺ −3 < 𝑥 < 2 ⇒ 𝑓 é crescente

𝑓 ′ (𝑥) < 0 ⟺ 𝑥 2 + 𝑥 − 6 > 0 ⟺ 𝑥 < −3 ou 𝑥 > 2 ⇒ 𝑓 é decrescente


b)
𝑓 ′ (𝑥) = (𝑥 + 1)′ (𝑥 − 2)2 + (𝑥 + 1)[(𝑥 − 2)2 ]′ = (𝑥 − 2)2 + 2(𝑥 + 1)(𝑥 − 2)
⇒ 𝑓 ′ (𝑥) = (𝑥 − 2)[(𝑥 − 2) + 2(𝑥 + 1)] = 3𝑥 (𝑥 − 2)
Portanto, analisando o sinal dessa derivada:
𝑓 ′ (𝑥) > 0 ⟺ 𝑥 < 0 ou 𝑥 > 2 ⇒ 𝑓 é crescente

𝑓 ′ (𝑥) < 0 ⟺ 0 < 𝑥 < 2 ⇒ 𝑓 é decrescente


Gabarito: a) (−𝟑, 𝟐) crescente e (−∞, −𝟑) ∪ (𝟐, ∞) decrescente; b) (𝟎, 𝟐) decrescente e
(−∞, 𝟎) ∪ (𝟐, ∞) crescente
31.

Encontre a reta tangente às seguintes funções:


𝟏𝟔
a) 𝒇(𝒙) = − 𝟒√𝒙 no ponto 𝒙 = 𝟒.
𝒙

b) 𝒇(𝒙) = 𝟕𝒙𝟒 + 𝟖𝒙−𝟔 + 𝟐𝒙 no ponto 𝒙 = −𝟏.


Comentários
A reta tangente a uma curva passando pelo ponto possui coeficiente angular igual à
derivada da função naquele ponto. Vamos usar esse fato abaixo:
a)
𝑦 = 𝑎𝑥 + 𝑏
𝑎 = 𝑓 ′ (4)
1 1 16 2
𝑓 ′ (𝑥) = 16 ⋅ −𝑥 −1−1 − 4 ⋅ 𝑥 (2−1) = − 2 −
2 𝑥 √𝑥
16 2
⇒ 𝑎 = 𝑓 ′ (4) = − − = −1 − 1 = −2
16 √4
Como (4, 𝑓 (4)) pertence a essa reta, aplicando em sua equação:
16
𝑓 (4) = − 4√4 = 4 − 8 = −4
4
𝑦 = −2𝑥 + 𝑏 ⇒ −4 = −2 ⋅ 4 + 𝑏 ⇒ 𝑏 = 4
⇒ 𝑦 = −2𝑥 + 4 é a reta tangente
b)

AULA 05 – CÁLCULO I 77
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𝑦 = 𝑎𝑥 + 𝑏
𝑎 = 𝑓 ′ (−1)
48
𝑓 ′ (𝑥) = 28𝑥 3 − 8 ⋅ 6𝑥 −7 + 2 = 28𝑥 3 −
+2
𝑥7
⇒ 𝑎 = 𝑓 ′ (−1) = −28 + 48 + 2 = 22
Como (−1, 𝑓 (−1)) pertence a essa reta, aplicando em sua equação:
𝑓 (−1) = 7 + 8 − 2 = 13
𝑦 = 22𝑥 + 𝑏 ⇒ 13 = 22 ⋅ −1 + 𝑏 ⇒ 𝑏 = 35
⇒ 𝑦 = 22𝑥 + 35 é a reta tangente
Gabarito: a) 𝒚 = −𝟐𝒙 + 𝟒; b) 𝒚 = 𝟐𝟐𝒙 + 𝟑𝟓
32.

Determine as coordenadas dos pontos extremos das funções abaixo.

a) 𝒇(𝒙) = 𝟑𝒙𝟒 − 𝟒𝒙𝟑 + 𝟓


𝐥𝐧 𝒙
b) 𝒇(𝒙) = 𝒙𝟐
𝟏−𝟐𝒙𝟑
c) 𝒇(𝒙) = 𝒙𝟐

Comentários
A fim de calcular pontos extremos, precisamos analisar quais valores de 𝑥 anulam a
derivada das funções em cada alternativa:
a)
𝑓 ′ (𝑥) = 12𝑥 3 − 12𝑥 2 = 0 ⇒ 12𝑥 2 (𝑥 − 1) = 0
Portanto, como 𝑥 = 0 e 𝑥 = 1 são as raízes, eles são candidatos a ponto extremo. Para ver
se algum deles é ponto de inflexão (anulam a 2ª derivada):
𝑓 ′′ (𝑥) = 36𝑥 2 − 24𝑥 = 0 ⇒ 12𝑥 (3𝑥 − 2) = 0
Portanto, veja que 𝑥 = 0 é ponto de inflexão (mudança de concavidade) e, portanto, não
é ponto extremo. Apenas 𝑥 = 1 é extremo.
b)
(ln 𝑥 )′ 1 − 2 ln 𝑥 1
𝑓 ′ (𝑥 ) = + ln 𝑥 ⋅ ( 𝑥 −2 )′
= 0 ⇒ = 0 ⇒ 1 = 2 ln 𝑥 ⇒ ln 𝑥 =
𝑥2 𝑥3 2
⇒ 𝑥 = √𝑒
Portanto, como 𝑥 = √𝑒 é raiz, é candidato a ponto extremo. Para ver se é ponto de inflexão
(anula a 2ª derivada):

AULA 05 – CÁLCULO I 78
Prof. Victor So

2 3(1 − 2 ln 𝑥 )
𝑓 ′′ (𝑥) = (1 − 2 ln 𝑥 )′ 𝑥 −3 + (1 − 2 ln 𝑥 ) ⋅ (𝑥 −3 )′ = − −
𝑥4 𝑥4
Portanto, veja que 𝑥 = √𝑒 não anula a segunda derivada (teste acima). Portanto é ponto
extremo.
c)

′( 3 )′ −2 3) −2 )′
2(1 − 2𝑥 3 )
𝑓 𝑥) = (1 − 2𝑥 𝑥 + (1 − 2𝑥 ⋅ (𝑥 = −6 − =0
𝑥3
2 2
⇒6=− + 4 ⇒ − = 2 ⇒ 𝑥 3 = −1 ⇒ 𝑥 3 + 1 = 0 ⇒ (𝑥 + 1)(𝑥 2 − 𝑥 + 1) = 0
𝑥3 𝑥3
⇒ 𝑥 = −1
Portanto, como 𝑥 = −1 é a raiz real, é candidato a ponto extremo. Para ver se é ponto de
inflexão (anula a 2ª derivada):

′′ ( 3 )′ −3
12𝑥 2 6(1 − 2𝑥 3 )
3 )( −3 )′
𝑓 𝑥) = −2(1 − 2𝑥 𝑥 − 2(1 − 2𝑥 𝑥 = 3 +
𝑥 𝑥4
Portanto, veja que 𝑥 = −1 não anula a segunda derivada (teste acima). Portanto é ponto
extremo.
Gabarito: a) 𝒙 = 𝟏; b) 𝒙 = √𝒆; c) 𝒙 = −𝟏
33.

Esboce o gráfico da função

𝒇(𝒙) = 𝟑𝒙𝟒 + 𝟒𝒙𝟑 + 𝟔𝒙𝟐 − 𝟒


Comentários
Para esboçar o gráfico desta função, precisamos saber da sua continuidade, seus máximos
e mínimos locais, sua concavidade e seus limites quando 𝑥 → ±∞.

1. A função é contínua em todo domínio real, pois é um polinômio.


2. Calculando seus pontos extremos:
𝑓 ′ (𝑥) = 12𝑥 3 + 12𝑥 2 + 12𝑥 = 0 ⇒ 12𝑥 (𝑥 2 + 𝑥 + 1) = 0
Assim, veja que apenas 𝑥 = 0 é raiz real dessa derivada. Desse modo, é o único candidato
a ponto extremo. Vamos analisar a segunda derivada nesse ponto para ver qual a concavidade da
𝑓 no mesmo:
𝑓 ′′ (𝑥) = 36𝑥 2 + 24𝑥 + 12 ⇒ 𝑓 ′′ (0) = 12 > 0
𝑓 ′′ (𝑥) = 12(3𝑥 2 + 2𝑥 + 1) > 0 ∀ 𝑥 ∈ ℝ
Portanto, 𝑓 (0) = −4 é o mínimo global nessa função. Veja também que a concavidade
nunca muda de valor, sendo sempre para cima.

AULA 05 – CÁLCULO I 79
Prof. Victor So

3. Finalmente, analisando os limites da função quando 𝑥 → ±∞:


4 6 4
lim 3𝑥 4 + 4𝑥 3 + 6𝑥 2 − 4 = lim 𝑥 4 (3 + + 2 − 4 ) = lim 3𝑥 4 = +∞
𝑥→−∞ 𝑥→−∞ 𝑥 𝑥 𝑥 𝑥→−∞
4 6 4
lim 3𝑥 4 + 4𝑥 3 + 6𝑥 2 − 4 = lim 𝑥 4 (3 + + 2 − 4 ) = lim 3𝑥 4 = +∞
𝑥→∞ 𝑥→∞ 𝑥 𝑥 𝑥 𝑥→∞

Assim, com esses dados, é possível esboçar o gráfico de 𝑓, lembrando que se pede um
esboço, então não necessariamente precisamos saber onde estão as raízes exatamente. O que se
pode fazer é marcar alguns pontos conhecidos (substituindo 𝑥 na função e calculando 𝑓(𝑥)).
Assim, obtemos:

Gabarito: esboço
34.

Esboce o gráfico da função

𝒇(𝒙) = 𝒙𝟐 𝒆𝒙
Comentários
Para esboçar o gráfico desta função, precisamos saber da sua continuidade, seus máximos
e mínimos locais, sua concavidade e seus limites quando 𝑥 → ±∞. Primeiramente, é claro que a
única raiz dessa função é 𝑥 = 0.

AULA 05 – CÁLCULO I 80
Prof. Victor So

1. A função é contínua em todo domínio real, pois é a multiplicação de duas funções


contínuas.
2. Calculando seus pontos extremos:
𝑓 ′ (𝑥) = 2𝑥𝑒 𝑥 + 𝑥 2 𝑒 𝑥 = 0 ⇒ 𝑒 𝑥 ⋅ 𝑥 (𝑥 + 2) = 0
Veja que, como 𝑒 𝑥 nunca se anula, as raízes da equação acima são 𝑥 = 0 e 𝑥 = −2. Vamos
calcular a segunda derivada nesses pontos e observar se são máximos ou mínimos, locais ou
globais.
𝑓 ′′ (𝑥) = 2𝑒 𝑥 + 2𝑥𝑒 𝑥 + 2𝑥𝑒 𝑥 + 𝑥 2 𝑒 𝑥 = 𝑒 𝑥 (𝑥 2 + 4𝑥 + 2) = 0
⇒ 𝑓 ′′ (0) = 2𝑒 0 = 2 > 0 ⇒ ponto de mínimo local
2
𝑓 ′′ (−2) = −2𝑒 −2 = − < 0 ⇒ ponto de máximo local
𝑒2
Assim, 𝑓 (0) = 0 é mínimo local e 𝑓(−2) = 4/𝑒 2 é ponto de máximo local. Agora,
calculando os limites da função 𝑥 → ±∞.

2 𝑥
𝑥2
𝐿 = lim 𝑥 𝑒 = lim −𝑥
𝑥→−∞ 𝑥→−∞ 𝑒

Aplicando L’Hospital duas vezes:


2𝑥 2
𝐿 = lim = lim =0
𝑥→−∞ −𝑒 −𝑥 𝑥→−∞ 𝑒 −𝑥

Calculando o outro limite:


𝑀 = lim 𝑥 2 𝑒 𝑥 = +∞
𝑥→∞

Dessa maneira, podemos esboçar o gráfico de 𝑓(𝑥) = 𝑥 2 𝑒 𝑥 , aplicando alguns pontos dessa
1
função para facilitar o esboço (1, 𝑒), (−1, ), como segue abaixo:
𝑒

AULA 05 – CÁLCULO I 81
Prof. Victor So

Gabarito: esboço

6. Questões Nível 2

Limites
35. (EFOMM/2021)
𝟓𝒙 −𝟒𝒙
O valor do limite 𝐥𝐢𝐦 𝟑𝒙 −𝟐𝒙 é dado por:
𝒙→𝟎
𝟓 𝟑
a) 𝐥𝐧 𝟒 − 𝐥𝐧 𝟐
𝟓
b) 𝐥𝐧 𝟑 − 𝐥𝐧 𝟐
𝟓
c) 𝐥𝐨𝐠 𝟑 𝟒
𝟐
𝟓
d) 𝟑

e) 1

36. (EFOMM/2021)

AULA 05 – CÁLCULO I 82
Prof. Victor So

O valor do limite 𝐥𝐢𝐦(𝒆−𝒙 + 𝟐 𝐜𝐨𝐬(𝟑𝒙)) é dado por:


𝒙→∞

a) −𝟐

b) 𝟎

c) 𝟐

d) ∞

e) ∄

37. (EFOMM/2020)

Sejam os números reais 𝒂 e 𝒃 tais que


𝟑
√𝒂𝒙 + 𝒃 − 𝟐 𝟕
𝐥𝐢𝐦 =
𝒙→𝟎 𝒙 𝟏𝟐
O valor do produto 𝒂 ⋅ 𝒃 é

a) 52

b) 56

c) 63

d) 70

e) 84

38. (EFOMM/2020)

Seja 𝒇 uma função real definida por


𝒙𝟐 ; 𝒔𝒆 𝒙 ≤ −𝟐
𝒇(𝒙) = {𝒂𝒙 + 𝒃; 𝒔𝒆 − 𝟐 < 𝒙 < 𝟐
𝟐𝒙 − 𝟔; 𝒔𝒆 𝟐 ≤ 𝒙
com 𝒂, 𝒃 ∈ ℝ. Sabendo que os limites 𝐥𝐢𝐦 𝒇(𝒙) e 𝐥𝐢𝐦 𝒇(𝒙) existem, assinale a opção que
𝒙→+𝟐 𝒙→−𝟐
apresenta |𝒂 + 𝒃|.
𝟏
a) 𝟔
𝟏
b) 𝟓
𝟏
c) 𝟒
𝟏
d) 𝟑
𝟏
e) 𝟐

AULA 05 – CÁLCULO I 83
Prof. Victor So

39. (EFOMM/2019)

Determine o valor do seguinte limite:


𝒙−𝟏
𝐥𝐢𝐦 ( )
𝒙→𝟏 𝒙𝟐 − 𝟏
a) 𝟏.

b) +∞.

c) −∞.

d) 𝟎, 𝟓

e) zero.

40. (EFOMM/2018)

Os valores de 𝑨, sabendo-se que a função abaixo é contínua para todos os valores de 𝒙, será
𝑨𝟐 𝒙 − 𝑨, 𝒙≥𝟑
𝒇(𝒙) = {
𝟒, 𝒙<𝟑
𝟏
a) 𝟏 ou − 𝟐

b) 𝟏 ou −𝟐

c) 𝟐 ou 𝟒
𝟑
d) 𝟐 ou 𝟒
𝟒
e) −𝟏 ou 𝟑

41. (EFOMM/2017)
𝟏+𝒙
Sobre a função 𝒇(𝒙) = , analise as afirmativas:
𝒙𝟐

I. 𝒇(𝒙) é contínua em todo 𝒙 ∈ ℝ


II. 𝐥𝐢𝐦 𝒇(𝒙) = 𝐥𝐢𝐦 𝒇(𝒙)
𝒙→−∞ 𝒙→+∞

III. 𝐥𝐢𝐦 𝒇(𝒙) = +∞


𝒙→𝟎

Então pode-se dizer que

a) todas as afirmativas são verdadeiras.


b) todas as afirmativas são falsas.

AULA 05 – CÁLCULO I 84
Prof. Victor So

c) somente as afirmativas I e II são verdadeiras.

d) comente as afirmativas I e III são verdadeiras.

e) somente as afirmativas II e III são verdadeiras.

42. (EFOMM/2017)
𝟓𝒙𝟑 −𝟏𝟎𝒙𝟐
Para que a função seja 𝒇(𝒙) = { 𝒙−𝟐 , 𝒙 ≠ 𝟐 contínua, para todo valor de 𝒙, qual será o valor
𝒌, 𝒙 = 𝟐
de 𝒌?

a) 𝟐

b) 𝟏𝟎

c) 𝟐𝟎

d) 𝟒𝟎

e) 𝟓𝟎

43. (EFOMM/2016)
𝟐−√𝟒−𝒕
O valor de 𝐥𝐢𝐦 é:
𝒕→𝟎 𝒕

a) 𝟏
𝟏
b) 𝟒
𝟏
c) 𝟑
𝟏
d) 𝟐

e) 𝟐

44. (EFOMM/2015)
𝒙+𝟏 𝒙
Sabendo-se que 𝒂 = 𝐥𝐢𝐦 (𝒙−𝟏) , pode-se afirmar que o ângulo 𝜽, em radianos, tal que 𝒕𝒈𝜽 =
𝒙→+∞
𝑰𝒏 𝒂 − 𝟏, é
𝝅
a) − 𝟒
𝝅
b) − 𝟐
𝟑𝝅
c) 𝟒

AULA 05 – CÁLCULO I 85
Prof. Victor So

𝝅
d) 𝟒
𝝅
e) 𝟐

45. (EFOMM/2013)
𝟏 𝟏
O valor do 𝐥𝐢𝐦+ (𝒙 − 𝒙𝟐 +𝒙) é:
𝒙→𝟎

a) −𝟐.

b) −𝟏.

c) 𝟎.

d) 𝟏.

e) 𝟐.

46. (EFOMM/2013)

O gráfico de 𝒇(𝒙) = (𝒙 − 𝟑)𝟐 ⋅ 𝒆𝒙 , 𝒙 ∈ ℝ tem uma assíntota horizontal 𝒓. Se o gráfico de 𝒇


𝟐𝒂
intercepta 𝒓 no ponto 𝑷 = (𝒂, 𝒃), então 𝒂𝟐 + 𝒃 ⋅ 𝒆𝒔𝒆𝒏 − 𝟒𝒂 é igual a:
a) −𝟑.

b) −𝟐.

c) 𝟑.

d) 𝟐.
𝟏
e) 𝟐.

47. (EFOMM/2010)

Seja 𝒇 uma função de domínio 𝑫(𝒇) = 𝑹 − {𝒂}. Sabe-se que o limite de 𝒇(𝒙), quando 𝒙 tende a 𝒂,
é 𝑳 e escreve-se 𝐥𝐢𝐦 𝒇(𝒙) = 𝑳, se para todo 𝜺 > 𝟎, existir 𝜹 > 𝟎, tal que, se 𝟎 < |𝒙 − 𝒂| < 𝜹 então
𝒙→𝒂
|𝒇(𝒙) − 𝑳| < 𝜺.

Nessas condições, analise as afirmativas abaixo.


𝒙𝟐 −𝟑𝒙+𝟐
I- Seja 𝒇(𝒙) = { 𝒔𝒆 𝒙 ≠ 𝟏, logo, 𝐥𝐢𝐦 𝒇(𝒙) = 𝟎.
𝒙−𝟏
𝒙→𝟏
𝟑 𝒔𝒆 𝒙 = 𝟏
𝒙𝟐 − 𝟒 𝒔𝒆 𝒙 < 𝟏
II- Na função 𝒇(𝒙) = { −𝟏 𝒔𝒆 𝒙 = 𝟏 , tem-se 𝐥𝐢𝐦 𝒇(𝒙) = −𝟑.
𝒙→𝟏
𝟑 − 𝒙 𝒔𝒆 𝒙 > 𝟏

AULA 05 – CÁLCULO I 86
Prof. Victor So

III- Sejam 𝒇 e 𝒈 funções quaisquer, pode-se afirmar que 𝐥𝐢𝐦(𝒇 ⋅ 𝒈)𝒏 (𝒙) = (𝑳𝑴)𝒏 , 𝒏 ∈ 𝑵∗ , se
𝒙→𝒂
𝐥𝐢𝐦 𝒇(𝒙) = 𝑳 e 𝐥𝐢𝐦 𝒈(𝒙) = 𝑴.
𝒙→𝒂 𝒙→𝒂

Assinale a opção correta.

a) Apenas a afirmativa I é verdadeira.

b) Apenas as afirmativas II e III são verdadeiras.

c) Apenas as afirmativas I e II são verdadeiras.

d) Apenas a afirmativa III é verdadeira.

e) As afirmativas I, II e III são verdadeiras.

48. (EFOMM/2009)

A equação 𝟐−𝒙 + 𝐜𝐨𝐬(𝝅 − 𝒙) = 𝟎 tem quantas raízes no intervalo [𝟎, 𝟐𝝅]?

a) Zero.

b) Uma.

c) Duas.

d) Três.

e) Quatro.

49. (EFOMM/2006)
√𝒙−𝟏
O valor limite 𝐥𝐢𝐦 { 𝒙−𝟏 }, é
𝒙→𝟏
𝟏
a) − 𝟒
𝟏
b) − 𝟐

c) 𝟎
𝟏
d) 𝟒
𝟏
e) 𝟐

50. (EFOMM/2006)
𝟏 𝟏
( )−( )
𝒙 𝟐
O valor do limite 𝐥𝐢𝐦 é
𝒙→𝟐 𝒙𝟐 −𝟒
𝟏
a) − 𝟖

AULA 05 – CÁLCULO I 87
Prof. Victor So

𝟏
b) − 𝟏𝟔

c) 𝟎
𝟏
d) 𝟏𝟔
𝟏
e) 𝟖

51. (EFOMM/2005)
𝟑𝒙𝟑 −𝟓𝒙𝟐 +𝒙+𝟏
Determine 𝐥𝐢𝐦
𝒙→𝟏 𝟐𝒙𝟑 −𝟑𝒙𝟐 +𝟏

a) 𝟏

b) ∞

c) 𝒆
𝟑
d) 𝟒
𝟒
e) 𝟑

52. (Escola Naval/2018)


𝟑
(𝒙+ √𝟏−𝒙𝟑 )
Determine o valor do limite 𝐥𝐢𝐦 e assinale a opção correta.
𝒙→−∞ 𝟐

a) −∞

b) +∞

c) 𝟏

d) 𝟎, 𝟓

e) 𝒛𝒆𝒓𝒐

53. (Escola Naval/2017)

Sejam 𝒈 e 𝒇 funções reais, determine a área da região limitada pelo eixo 𝒚, por 𝒈(𝒙) = −|𝒙 − 𝟑| +
𝟑
𝟒 e pela assíntota de 𝒇(𝒙) = √𝒙𝟑 − 𝒙𝟐 e assinale a opção correta.
𝟏𝟑
a) 𝟒
𝟒𝟎
b) 𝟗

c) 𝟕

AULA 05 – CÁLCULO I 88
Prof. Victor So

𝟖𝟏
d) 𝟏𝟔

e) 𝟗

54. (Escola Naval/2017)


𝟑
√(𝒙+𝟑)𝟐 − 𝟑√𝟗 |𝒙𝟐 −𝟐|−|𝒙−𝟐| 𝟏
Se 𝑨 = 𝐥𝐢𝐦 , 𝑩 = 𝐥𝐢𝐦 e 𝑪 = 𝐥𝐢𝐦(𝒙 − 𝟏)𝟗 𝒔𝒆𝒏 ((𝒙−𝟏)𝟑 ) , então o valor de
𝐱→𝟎 𝒙 𝒙→𝟎 𝒙 𝒙→𝟏
𝑨𝟑𝑩 − 𝑪 é igual a
𝟖
a) 𝟑𝟒
𝟐 𝟏
b) 𝟑 −𝟑
√𝟑𝟒
𝟔𝟒
c) 𝟑𝟖
𝟔𝟒
d) −𝟏
𝟑𝟖
𝟖 𝟏
e) 𝟑𝟒 − 𝟑

55. (Escola Naval/2016)


𝒙
𝒙𝟐 +𝟓𝒙+𝟒
Sendo 𝒌 = 𝐥𝐢𝐦 ( ) , então 𝓵𝒏(𝟐𝒌) + 𝒍𝒐𝒈𝟓 é igual a:
𝐱→+∞ 𝒙𝟐 −𝟑𝒙+𝟕
𝟏
a) (𝟏 − 𝓵𝒏𝟏𝟎) 𝓵𝒏𝟐 + 𝟗
𝟏
b) (𝟏 + 𝓵𝒏𝟏𝟎) 𝓵𝒏𝟐 + 𝟕
𝟏
c) (𝟏 − 𝓵𝒏𝟏𝟎) 𝓵𝒏𝟐 − 𝟗
𝟏
d) (𝟏 + 𝓵𝒏𝟏𝟎) 𝓵𝒏𝟐 + 𝟗
𝟏
e) (𝟏 + 𝓵𝒏𝟏𝟎) 𝓵𝒏 𝟐 − 𝟕

56. (Escola Naval/2016)

Considere 𝒂 o menor arco no sentido trigonométrico positivo, para o qual a função real 𝒇, definida
por
𝒕𝒈 𝒙√𝟏 + 𝐜𝐨𝐬 𝒙
𝒇(𝒙) = { , 𝒔𝒆 𝒙 ≠ 𝟎
𝒔𝒆𝒏 𝟐𝒙
𝐜𝐨𝐬 𝒂 , 𝒔𝒆 𝒙 = 𝟎
seja contínua em 𝒙 = 𝟎. Sendo assim, pode-se dizer que 𝒂 vale:
𝟑𝝅
a) 𝟒

AULA 05 – CÁLCULO I 89
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𝝅
b) 𝟏𝟐
𝟓𝝅
c) 𝟒
𝝅
d) 𝟖
𝝅
e) 𝟒

57. (Escola Naval/2015)


𝒕𝒈𝒙−𝒙 𝒙−𝒔𝒆𝒏𝒙
Calculando 𝐥𝐢𝐦 {𝒙−𝒔𝒆𝒏𝒙 + }
𝒙→𝟎 𝒕𝒈𝟑 𝒙
𝟕
a) 𝟑
𝟏𝟑
b) 𝟔
𝟓
c)
𝟐
𝟏𝟑
d) 𝟑
𝟕
e) 𝟔

58. (Escola Naval/2015)


√𝟏+𝒙−(𝟏−𝟐𝒂𝒙)
No limite 𝐥𝐢𝐦 , o valor de 𝒂 pode ser determinado para que tal limite exista. Nesse caso,
𝒙→𝟎 𝒙𝟐
o valor do limite é
𝟏
a) − 𝟒
𝟏
b) 𝟒
𝟏
c) 𝟖
𝟏
d) − 𝟖

e) 𝟎

59. (Escola Naval/2014)


𝟐𝒙−𝒂
A função real de variável real 𝒇(𝒙) = 𝒃𝒙𝟐 +𝒄𝒙+𝟐, onde 𝒂, 𝒃, 𝒄 são constantes reais, possui as seguintes
propriedades:

I. o gráfico de 𝒇 passa pelo ponto (𝟏, 𝟎) e


II. a reta 𝒚 = 𝟏 é uma assíntota para o gráfico de 𝒇.

AULA 05 – CÁLCULO I 90
Prof. Victor So

O valor de 𝒂 + 𝒃 + 𝒄 é

a) −𝟐

b) −𝟏

c) 𝟒

d) 𝟑

e) 𝟐

60. (Escola Naval/2014)


√𝟏+𝒔𝒆𝒏𝒙−√𝟏−𝒔𝒆𝒏𝒙
O valor de 𝐥𝐢𝐦 é
𝒙→𝟎 𝟐𝒙

a) −∞
𝟏
b) 𝟐

c) 𝟎

d) 𝟏

e) 𝟐

61. (Escola Naval/2014)


𝒙+𝒂 𝒙
Sabendo que 𝒂 é uma constante real e que 𝐥𝐢𝐦 (𝒙−𝒂) = 𝒆 então o valor da constante 𝒂 é
𝐱→+∞
𝟒
a) 𝟑
𝟑
b) 𝟐
𝟏
c) 𝟐
𝟏
d) 𝟑
𝟑
e) 𝟒

62. (Escola Naval/2013)


𝟏
𝟏 + 𝒆𝒙 𝒔𝒆 𝒙 < 𝟎
Sabendo que a função real 𝒇(𝒙) = {𝒙𝟐 +𝒙−𝒂 é contínua em 𝒙 = 𝟎, 𝒙 ∈ ℝ, qual é o valor de
𝒔𝒆 𝒙 ≥ 𝟎
𝒙+𝟐
𝒂 𝒇𝟐 (𝟎)
𝒃
, onde 𝒃 = 𝟒
?

a) 𝟖

AULA 05 – CÁLCULO I 91
Prof. Victor So

b) 𝟐

c) 1
𝟏
d) − 𝟒

e) −𝟖

63. (Escola Naval/2013)


𝒔𝒆𝒏𝟐𝒙−𝒄𝒐𝒔𝟐𝒙−𝟏
O limite 𝐥𝐢𝐦𝛑 é igual a
𝐱→ 𝐜𝐨𝐬 𝒙−𝒔𝒆𝒏𝒙
𝟒

a) √𝟐

b) −√𝟐
√𝟐
c) 𝟐
√𝟐
d) − 𝟐

e) 𝟎

64. (Escola Naval/2012)

Os números reais 𝒂, 𝒃, 𝒄, 𝒅, 𝒇, 𝒈, 𝒉 constituem, nesta ordem, uma progressão aritmética. Se 𝒆𝒅𝒆𝒕𝑨 =


𝒚
𝟐 𝟗
𝟏 𝒂 𝒂𝟐 𝟏 𝒏
𝐥𝐢𝐦 (𝟏 + 𝒚) , onde 𝑨 é a matriz (𝟏 𝒃 𝒃𝟐 ) e 𝒉 = ∑+∞ 𝒏=𝟑 𝟒) , então o valor de (𝒃 − 𝟐𝒈) vale
(
𝒚→+∞ 𝟐
𝟏 𝒅 𝒅
𝟏
a) − 𝟑
𝟐𝟏
b) − 𝟏𝟔
𝟒𝟗
c) − 𝟒𝟖
𝟏𝟓
d) 𝟏𝟔
𝟑𝟏
e) 𝟒𝟖

65. (EN/2021)
𝒙𝟐 +𝟔𝒙+𝟗+𝐜𝐨𝐬 𝒙
O valor de 𝐥𝐢𝐦 é:
𝐱→+∞ 𝒙𝟐 +𝒙+𝟗

a) 0
𝟓
b) 𝟗

AULA 05 – CÁLCULO I 92
Prof. Victor So

c) 1

d) 3

e) −∞

66. (EN/2021)

Sejam 𝒇 e 𝒈 duas funções reais de modo que, para todo 𝒙, (𝒇(𝒙))𝟖 + (𝒈(𝒙))𝟖 = 𝟒. Assinale a opção
que apresenta o valor do limite 𝐥𝐢𝐦 𝒇(𝒙)√𝒙
𝒙→𝟎

a) Indefinido

b) ∞

c) −∞
d) 𝟎

e) 1

67. (EN/2022)
𝒙+𝟏 𝒙
Assinale a opção que apresenta o valor de 𝐥𝐢𝐦 (𝒙−𝟏) .
𝒙→+∞

a) 𝟏

b) 𝒆−𝟏

c) 𝒆

d) 𝒆𝟐

e) 𝟎

68. (EN/2023)
𝒇(𝒙)
Seja 𝒇 uma função definida no conjunto dos números reais. Supondo que 𝐥𝐢𝐦 = 𝑳, é correto
𝒙→𝟎 𝒙
𝒇(𝒙𝟐 −𝟏)
afirmar que o valor do 𝐥𝐢𝐦 é igual a:
𝒙→𝟏 𝒙−𝟏

a) −𝟐𝑳

b) −𝑳

c) 𝟎

d) 𝑳
e) 𝟐𝑳

AULA 05 – CÁLCULO I 93
Prof. Victor So

69. (EFOMM/2022)
𝟒
O valor do limite 𝐥𝐢𝐦(𝟏 − 𝟐𝒙)𝒙 é
𝒙→𝟎

a) 𝒆−𝟖

b) 𝒆−𝟒

c) 𝒆𝟐

d) 𝒆𝟒

e) 𝒆𝟖

70. (EFOMM/2023)

Assinale a alternativa que contém o valor do limite abaixo.


|𝟐𝒙 − 𝟏| − |𝟐𝒙 + 𝟏|
𝐥𝐢𝐦
𝒙→𝟎 𝒙
a) −𝟒

b) −𝟐

c) 𝟎

d) 𝟐

e) 𝟒

Derivadas
71. (EFOMM/2020)

Seja a função 𝒇: [𝒕; +∞] → ℝ, definida por 𝒇(𝒙) = 𝒙𝟑 − 𝟑𝒙𝟐 + 𝟏. O menor valor de 𝒕, para que a
função seja injetiva, é

a) −𝟏

b) 0

c) 1

d) 2

e) 3

AULA 05 – CÁLCULO I 94
Prof. Victor So

72. (EFOMM/2020)

Sejam as funções reais 𝒇 e 𝒈 definidas por

𝒇(𝒙) = 𝒙𝟒 − 𝟏𝟎𝒙𝟑 + 𝟑𝟐𝒙𝟐 − 𝟑𝟖𝒙 + 𝟏𝟓 𝐞

𝒈(𝒙) = −𝒙𝟑 + 𝟖𝒙𝟐 − 𝟏𝟖𝒙 + 𝟏𝟔.


O menor valor de |𝒇(𝒙) − 𝒈(𝒙)| no intervalo [𝟏; 𝟑] é

a) 1

b) 2

c) 4

d) 5

e) 7

73. (EFOMM/2019)

Considere a função real 𝒇(𝒙) = 𝟏 + 𝐜𝐨𝐬 (𝟐√𝒙). Calcule a derivada de 𝒇(𝒙) em relação à 𝒙, ou seja:
𝒅𝒇(𝒙)
.
𝒅𝒙
𝒅𝒇(𝒙) 𝒔𝒆𝒏(𝟐√𝒙)
a) =
𝒅𝒙 √𝒙
𝒅𝒇(𝒙) −𝐜𝐨𝐬 (𝟐√𝒙)
b) =
𝒅𝒙 𝟐 √𝒙
𝒅𝒇(𝒙) −𝒔𝒆𝒏(𝟐𝒙𝟎,𝟓 )
c) =
𝒅𝒙 √𝒙
𝒅𝒇(𝒙) 𝐜𝐨𝐬 (𝟐𝒙𝟎,𝟓 )
d) =
𝒅𝒙 √𝒙
𝒅𝒇(𝒙)
e) = 𝟏 − 𝟐√𝒙 𝒔𝒆𝒏(𝟐√𝒙)
𝒅𝒙

74. (EFOMM/2019)
Considere a função real 𝒇(𝒙) = 𝒔𝒆𝒏(𝟐𝒙𝟐 ) + 𝐜𝐨𝐬(𝟐√𝒙). Calcule a derivada de 𝒇(𝒙) em relação a 𝒙,
𝒅𝒇(𝒙)
ou seja: .
𝒅𝒙
𝒅𝒇(𝒙) 𝒔𝒆𝒏(𝟐√𝒙)
a) = 𝟒𝒙 𝐜𝐨𝐬(𝟐𝒙𝟐 ) −
𝒅𝒙 √𝒙
𝒅𝒇(𝒙) 𝐜𝐨𝐬 (𝟐√𝒙)
b) = 𝟒𝒙 𝐜𝐨𝐬(𝟐𝐱 𝟐 ) +
𝒅𝒙 𝟐 √𝒙
𝒅𝒇(𝒙) 𝒔𝒆𝒏(𝟐√𝒙)
c) = 𝟐𝒙𝟐 𝒔𝒆𝒏(𝟐𝒙𝟐 ) −
𝒅𝒙 √𝒙
𝒅𝒇(𝒙) 𝒔𝒆𝒏(√𝒙)
d) = 𝒔𝒆𝒏(𝟒𝒙𝟐 ) −
𝒅𝒙 √𝒙

AULA 05 – CÁLCULO I 95
Prof. Victor So

𝒅𝒇(𝒙)
e) = 𝐜𝐨𝐬(𝟐𝒙𝟐 ) − 𝒔𝒆𝒏(𝟐√𝒙)
𝒅𝒙

75. (EFOMM/2018)
𝟏 𝟏
A equação da reta tangente ao gráfico 𝒇(𝒙) = 𝒙 no ponto (𝟓, 𝟓) será

a) 𝟐𝟓𝒚 + 𝒙 − 𝟏𝟎 = 𝟎.

b) 𝟏𝟎𝒚 − 𝒙 + 𝟕 = 𝟎

c) 𝟕𝒚 + 𝟐𝒙 − 𝟐 = 𝟎.

d) 𝟏𝟎𝒚 + 𝒙 − 𝟏𝟎 = 𝟎.

e) 𝟓𝒚 + 𝒙 − 𝟏𝟎 = 𝟎.

76. (EFOMM/2018)

Seja 𝑪 = {𝒂𝟏 , 𝒂𝟐 , 𝒂𝟑 … 𝒂𝒏 } com 𝒂𝟏 ≥ 𝒂𝟐 ≥ 𝒂𝟑 ≥ ⋯ ≥ 𝒂𝒏 , o conjunto das 𝒏 raízes da equação:


𝟏 𝒅 𝟑 𝟓
⋅ (𝒙 − 𝟒) + = −𝟒(𝒙 + 𝟏) + 𝟒𝒙
𝟑 𝒅𝒙 (𝒙 − 𝟐)−𝟏
Determine o valor de 𝒂𝒏𝟏 + 𝒂𝒏𝟐 + ⋯ + 𝒂𝒏𝒏

a) −𝟓

b) 𝟕

c) 𝟐𝟓

d) 𝟑𝟔

e) 𝟑𝟕

77. (EFOMM/2017)

A equação da reta tangente ao gráfico da função 𝒇(𝒙) = 𝟓𝒔𝒆𝒏𝒙 no ponto 𝒙 = 𝟎 é:

a) 𝒚 = (𝐥𝐧 𝟓)𝒙 + 𝟏

b) 𝒚 = (− 𝐥𝐧 𝟓)𝒙 − 𝟏

c) 𝒚 = 𝟓𝒙 + 𝟏

d) 𝒚 = 𝒙 + 𝟏

e) 𝒚 = −𝒙 + 𝟏

AULA 05 – CÁLCULO I 96
Prof. Victor So

78. (Escola Naval/2019)


𝒇(𝒙)−𝒇(𝒃) 𝒇(𝒃+𝒑)−𝒇(𝒃−𝒑)
Seja 𝒇 uma função real. Supondo que 𝐥𝐢𝐦 = 𝑴, calcule 𝐥𝐢𝐦 e assinale a opção
𝒙→𝒃 𝒙−𝒃 𝒑→𝟎 𝒑

correta.

a) 𝑴

b) −𝑴

c) 𝟐𝑴

d) −𝟐𝑴

e) 𝟎

79. (Escola Naval/2019)


Sejam 𝒑(𝒙), 𝒒(𝒙) e 𝒓(𝒙) polinômios reais. Considere que 𝒑(𝒙) cumpre os seguintes requisitos:

I- O polinômio 𝒒(𝒙) = 𝟑𝒙𝟑 − 𝟐𝟏𝒙 + 𝟏𝟖 divide 𝒑(𝒙);

II- 𝒑(𝟎) = 𝟏𝟔𝟐;

III- 𝟏 é a raiz de 𝒑′(𝒙);

IV- 𝒑′ (𝟎) = −𝟒𝟕𝟕;


𝒑(𝒙)
V- 𝒓(𝒙) = 𝒒(𝒙).

Sabendo que o 𝒈𝒓(𝒒(𝒙)) > 𝒈𝒓(𝒓(𝒙)) e 𝒑′(𝒙) indica a primeira derivada de 𝒑(𝒙), assinale a opção
que apresenta o polinômio 𝒓(𝒙).

a) 𝒓(𝒙) = −𝟗𝒙 + 𝟗

b) 𝒓(𝒙) = 𝟕𝒙𝟐 − 𝟏𝟔𝒙 + 𝟗

c) 𝒓(𝒙) = −𝟓𝒙𝟐 + 𝟏𝟔𝒙 + 𝟗

d) 𝒓(𝒙) = 𝟑𝒙𝟐 + 𝟏𝟒𝒙 + 𝟗

e) 𝒓(𝒙) = −𝟏𝟔𝒙 + 𝟗

80. (Escola Naval/2019)

Sabendo que 𝒇 é uma função definida por 𝒇(𝒙) = 𝒙𝒙 e que 𝑫 é o domínio de 𝒇, é correto afirmar
que:
𝟏
a) 𝒇 possui um máximo global em 𝒙 = 𝒆 em 𝑫.
𝟐
𝟏
b) 𝒇 possui um mínimo local em 𝒙 = 𝒆𝟐 em 𝑫.

AULA 05 – CÁLCULO I 97
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𝟏
c) 𝒇 possui um máximo local em 𝒙 = 𝒆 em 𝑫.
𝟏
d) 𝒇 possui um mínimo global em 𝒙 = 𝒆 em 𝑫.

e) 𝒇 não possui máximo ou mínimo em 𝑫.

81. (Escola Naval/2019)

Seja a curva determinada pelo lugar geométrico dos centros das circunferências do ℝ𝟐 , que
tangenciam a reta 𝒙 = 𝟐 e passam pelo ponto (𝟔, 𝟒). Sendo assim, a reta tangente a essa curva pelo
ponto (𝟔, 𝟖) possui equação:

a) 𝒚 − 𝟖 = 𝟎

b) 𝒙 + 𝒚 − 𝟔 = 𝟎

c) 𝒙 + 𝒚 − 𝟏𝟒 = 𝟎

d) 𝒙 − 𝒚 + 𝟐 = 𝟎

e) 𝒙 − 𝒚 + 𝟒 = 𝟎

82. (Escola Naval/2018)

Seja a função real 𝒇: [𝟐, 𝟒] → ℝ, definida por 𝒇(𝒙) = 𝟎, 𝟓𝒙𝟐 − 𝟒𝒙 + 𝟏𝟎 e o retângulo 𝑨𝑩𝑶𝑪, com
𝑨(𝒕, 𝒇(𝒕)), 𝑩(𝟎, 𝒇(𝒕)), 𝑶(𝟎, 𝟎) e 𝑪(𝒕, 𝟎), onde 𝒕 ∈ [𝟐, 𝟒]. Assinale a opção que corresponde ao
menor valor da área do retângulo 𝑨𝑩𝑶𝑪.

a) 𝟖
𝟏𝟓
b) 𝟐
𝟐𝟎𝟎
c) 𝟐𝟕
𝟓𝟎
d) 𝟗
𝟐𝟎
e) 𝟑

83. (Escola Naval/2018)

Seja 𝒇: ℝ → ℝ. Assinale a opção que representa 𝒇(𝒙) que torna a inclusão 𝒇(𝑨) ∩ 𝒇(𝑩) ⊂ 𝒇(𝑨 ∩ 𝑩)
verdadeira para todo conjunto 𝑨 e 𝑩, tais que 𝑨, 𝑩 ⊂ ℝ.

a) 𝒇(𝒙) = 𝒆𝒙 𝐜𝐨𝐬(𝒙)
b) 𝒇(𝒙) = 𝒆𝒙 𝒔𝒆𝒏(𝒙)

AULA 05 – CÁLCULO I 98
Prof. Victor So

c) 𝒇(𝒙) = 𝟏𝟕𝒆𝒙

d) 𝒇(𝒙) = (𝒙𝟑 )𝒆𝒙

e) 𝒇(𝒙) = (𝒙𝟐 − 𝟐𝒙 + 𝟏)𝒆𝒙

84. (Escola Naval/2018)

Quantas raízes reais possui a equação 𝟐 𝐜𝐨𝐬(𝒙 − 𝟏) = 𝟐𝒙𝟒 − 𝟖𝒙𝟑 + 𝟗𝒙𝟐 − 𝟐𝒙 + 𝟏?

a) 𝟎

b) 𝟏

c) 𝟐

d) 𝟑

e) Infinitas.

85. (Escola Naval/2018)


𝒅𝒇(𝒙)
Seja 𝒇 uma função real, tal que > 𝟎, ∀𝒙 ∈ ℝ, ou seja, a função possui derivada positiva em toda
𝒅𝒙
a reta. Portanto, pode-se afirmar que 𝒇 é uma função:

a) crescente.

b) decrescente.

c) simétrica em torno de zero.


d) estritamente positiva.

e) convexa.

86. (Escola Naval/2017)

Seja 𝒇(𝒙) = 𝒙 + 𝓵𝐧 (𝒙), 𝒙 > 𝟎. Sabendo que 𝒇 admite função inversa 𝒈, calcule 𝒈"(𝟏) e assinale a
opção correta.
𝟏
a) 𝟐
𝟏
b) 𝟒
𝟏
c) 𝟔
𝟏
d) 𝟖

AULA 05 – CÁLCULO I 99
Prof. Victor So

𝟏
e) 𝟏𝟎

87. (Escola Naval/2017)

A figura abaixo mostra o esboço do gráfico que representa a função real 𝒇 ∀𝒙 ∈ ]𝒂, 𝒃[

Assinale a opção que melhor representa o esboço do gráfico de 𝒇′ , ∀𝒙 ∈ ]𝒂, 𝒃[

a)

b)

AULA 05 – CÁLCULO I 100


Prof. Victor So

c)

d)

e)

AULA 05 – CÁLCULO I 101


Prof. Victor So

88. (Escola Naval/2017)

Sejam 𝑨, 𝑩, 𝑪, 𝑫 e 𝑿 pontos de ℝ𝟑 . Considere o tetraedro 𝑨𝑩𝑪𝑫 e a função real 𝒇, dada por 𝒇(𝒙) =
𝒙𝟑 −𝟏 → →
⃗⃗⃗⃗⃗ + 𝑨𝑫) pertença ao plano
. Sabendo que o número real 𝒎 é o valor para que 𝑿 = 𝑨 + 𝒎 (𝑨𝑩 − 𝑨𝑪
𝒙−𝟒 𝟑 𝟐
𝑩𝑪𝑫, calcule 𝒇′(−𝒎) e assinale a opção correta.
𝟏
a) 𝟐
𝟏
b) 𝟑
𝟏
c) 𝟒
𝟏
d) 𝟓
𝟏
e) 𝟔

89. (Escola Naval/2017)

Uma partícula se desloca da direita para a esquerda ao longo de uma parábola 𝒚 = √−𝒙, de modo
que a sua coordenada 𝒙 (medida em metros) diminua a uma velocidade de 8m/s. É correto afirmar
que a taxa de variação de ângulo de inclinação 𝜽, em rad/s, da reta que liga a partícula à origem,
quando 𝒙 = −𝟒, vale
𝟑
a) 𝟐
𝟐
b) 𝟓
𝟑
c) 𝟒
𝟏
d) 𝟓
𝟒
e) 𝟑

AULA 05 – CÁLCULO I 102


Prof. Victor So

90. (Escola Naval/2016)

Seja 𝒇 a função da variável real 𝒙, definida por 𝒇(𝒙) = 𝟐𝒙𝟑 − 𝟑𝒙𝟐 − 𝟑𝒙 + 𝟒. O máximo relativo de
𝒇 vale:
𝟒+√𝟑
a) 𝟐
𝟒−√𝟑
b) 𝟐
𝟑√𝟑−𝟒
c) 𝟐
𝟒+𝟑√𝟑
d) 𝟐
𝟑√𝟑
e) 𝟒 + 𝟐

91. (Escola Naval/2016)

Assinale a opção que apresenta o intervalo onde a função 𝒇, de variável real, definida por 𝒇(𝒙) =
𝒙𝒆𝟐𝒙 , é côncava para cima

a) [−𝟐, −𝟏[

b)] − 𝟏, +∞[

c) [−𝟏, +∞[

d) ] − ∞, −𝟏[
𝟏
e) ] − 𝟐 , +∞[

92. (Escola Naval/2016)

A curva plana 𝑪 é representada pelo gráfico da função real 𝒇(𝒙) = 𝒙𝐜𝐨𝐬 𝒙 e tem uma reta tangente
no ponto de abscissa 𝒙 = 𝝅. Essa reta tangente, o eixo 𝒚 e o arco de curva 𝒙𝟐 + 𝒚𝟐 − 𝟐𝝅𝒙 = 𝟎
situado abaixo do eixo 𝒙, determinaram uma região 𝑹, cuja área vale

a) 𝝅(𝝅 + 𝟏)
𝝅𝟐 𝟒
b) (𝝅 − 𝝅)
𝟐
𝝅𝟐 𝟒
c) (𝝅 + 𝝅)
𝟐
𝝅𝟐 𝟒
d) (𝝅 + 𝝅𝟐 )
𝟐

e) 𝝅(𝝅 + 𝟐)

AULA 05 – CÁLCULO I 103


Prof. Victor So

93. (Escola Naval/2016)

Um cilindro circular reto tem área total 𝑨, raio da base 𝑹 e altura 𝒉. Se o volume máximo desse
cilindro é expresso por um número real 𝒎 e a função 𝒇 da variável real 𝒙 é definida por 𝒇(𝒙) =
𝟏
(𝟐𝝅𝒙𝟐 )𝟑 + 𝟏, pode-se dizer que 𝒇(𝒎) vale:
𝟏
a) 𝟑 𝑨

b) 𝑨 + 𝟑
𝟏
c) 𝟑 (𝑨 + 𝟑)
𝟏
d) 𝟑 (𝑨 − 𝟑)
√𝟐
e) 𝑨 +𝟏
𝟑

94. (Escola Naval/2015)

Um gerador de corrente direta tem uma força eletromotriz de 𝑬 volts e uma resistência interna de
𝒓 𝒐𝒉𝒎𝒔. 𝑬 e 𝒓 são constantes. Se 𝑹 𝒐𝒉𝒎𝒔 é a resistência externa, a resistência total é
𝑬𝟐 𝑹
(𝒓 + 𝑹) 𝒐𝒉𝒎𝒔 e, se 𝑷 é a potência, então 𝑷 = . Sendo assim, qual é a resistência externa que
(𝒓+𝑹)𝟐
consumirá o máximo de potência?

a) 𝟐𝝅

b) 𝒓 + 𝟏
𝒓
c) 𝟐

d) 𝒓

e) 𝒓(𝒓 + 𝟑)

95. (Escola Naval/2015)

As curvas representantes dos gráficos de duas funções de variável real 𝒚 = 𝒇(𝒙) e 𝒚 = 𝒈(𝒙)
interceptam-se em um ponto 𝑷𝟎 (𝒙𝟎 , 𝒚𝟎 ), sendo 𝒙𝟎 ∈ 𝑫(𝒇) ∩ 𝑫(𝒈). É possível definir o ângulo
formado por essas duas curvas no ponto 𝑷𝟎 como sendo o menor ângulo formado pelas retas
tangentes àquelas curvas no ponto 𝑷𝟎 . Se 𝒇(𝒙) = 𝒙𝟐 − 𝟏, 𝒈(𝒙) = 𝟏 − 𝒙𝟐 e 𝜽 é o ângulo entre as
curvas na interseção de abscissa positiva, então, pode-se dizer que o valor da expressão
𝟏
𝟓𝝅 𝟕𝝅 𝟐
[(√𝟔 − √𝟐)𝒔𝒆𝒏 ( 𝟏𝟐 ) + 𝒄𝒐𝒔𝟐𝜽 − 𝐜𝐨𝐬 𝐬𝐞𝐜 ( 𝟔 )] é

AULA 05 – CÁLCULO I 104


Prof. Victor So

√𝟖𝟐
a) 𝟓
√𝟐
b) 𝟑 𝟓
𝟔𝟖
c) 𝟐𝟓
𝟕
d) 𝟐𝟓
√𝟏𝟕
e) 𝟐 𝟓

96. (Escola Naval/2015)

O ângulo que a reta normal à curva C, definida por 𝒇(𝒙) = 𝒙𝒙−𝟏 , no ponto 𝒑(𝟐, 𝟐), faz com a reta
𝒓: 𝟑𝒙 + 𝟐𝒚 − 𝟓 = 𝟎 é
𝟏
a) 𝜽 = 𝐚𝐫𝐜𝐜𝐨𝐬 ((𝟓 + 𝟒 𝐥𝐧 𝟐) (𝟏𝟑(𝟐 + 𝟒 𝐥𝐧 𝟐 + 𝟒 𝐥𝐧𝟐 𝟐)−𝟐 ))

𝟏
b) 𝜽 = 𝐚𝐫𝐜𝐜𝐨𝐬 ((𝟓 + 𝟒 𝐥𝐧 𝟐) (𝟏𝟑(𝟐 − 𝟒 𝐥𝐧 𝟐 + 𝟒 𝐥𝐧𝟐 𝟐)−𝟐 ))

𝟏
c) 𝜽 = 𝐚𝐫𝐜𝐜𝐨𝐬 ((𝟓 + 𝟒 𝐥𝐧 𝟐) (𝟏𝟑(𝟐 + 𝟒 𝐥𝐧 𝟐 − 𝟒 𝐥𝐧𝟐 𝟐)−𝟐 ))

𝟏

𝟐 𝟐
d) 𝜽 = 𝐚𝐫𝐜𝐜𝐨𝐬 ((𝟓 + 𝟒 𝐥𝐧 𝟐) (𝟏𝟑(𝟐 + 𝟒 𝐥𝐧 𝟐 + 𝟒 𝐥𝐧 𝟐)) )

𝟏

𝟐
e) 𝜽 = 𝐚𝐫𝐜𝐜𝐨𝐬 ((𝟓 + 𝟒 𝐥𝐧 𝟐) (𝟏𝟑(𝟐 + 𝟒 𝐥𝐧 𝟐 + 𝟒 𝐥𝐧𝟐 𝟐)))

97. (Escola naval/2014)


𝓵𝒏𝒙+𝟏
O gráfico que melhor representa a função real de variável real 𝒇(𝒙) = |𝓵𝒏𝒙−𝟏| é

a)

b)

AULA 05 – CÁLCULO I 105


Prof. Victor So

c)

d)

e)

98. (Escola Naval/2014)

A concentração de um certo remédio no sangue, 𝒕 horas após sua administração, é dada pela
𝟏𝟎𝒕
fórmula 𝒚(𝒕) = (𝒕+𝟏)𝟐, 𝒕 ≥ 𝟎. Em qual dos intervalos abaixo a função 𝒚(𝒕) é crescente?

a) 𝒕 ≥ 𝟎

b) 𝒕 > 𝟏𝟎
c) 𝒕 > 𝟏

AULA 05 – CÁLCULO I 106


Prof. Victor So

d) 𝟎 ≤ 𝒕 < 𝟏
𝟏
e)𝟐 < 𝒕 < 𝟏𝟎

99. (Escola Naval/2014)

Considere a função real de variável real 𝒇(𝒙) = 𝒙𝟐 𝒆𝒙 . A que intervalo pertence à abscissa do ponto
de máximo local de 𝒇 em ] − ∞, +∞[ ?

a) [−𝟑, −𝟏]

b) [−𝟏, 𝟏[
𝟏
c) ]𝟎, 𝟐]

d) ]𝟏, 𝟐]
e) ]𝟐, 𝟒]

100. (Escola Naval/2014)


𝟒
√𝟏𝟔+𝒉−𝟐
Se o limite 𝐥𝐢𝐦 ( ) representa a derivada de uma função real de variável real 𝒚 = 𝒇(𝒙) em
𝒉→𝟎 𝒉
𝒙 = 𝒂, então a equação da reta tangente ao gráfico de 𝒚 = 𝒇(𝒙) no ponto (𝒂, 𝒇(𝒂)) é

a) 𝟑𝟐𝒚 − 𝒙 = 𝟒𝟖

b) 𝒚 − 𝟐𝒙 = −𝟑𝟎

c) 𝟑𝟐𝒚 − 𝒙 = 𝟑𝟎𝟒𝟖

d) 𝒚 − 𝟑𝟐𝒙 = 𝟏𝟐

e) 𝒚 − 𝟐𝒙 = 𝟎

101. (Escola Naval/2012)

Considere a função real de variável real definida por 𝒇(𝒙) = 𝟑𝒙𝟒 − 𝟒𝒙𝟑 + 𝟓. É verdade afirmar que

a) 𝒇 tem um ponto de mínimo em ] − ∞, 𝟎[.


𝟏 𝟏
b) 𝒇 tem um ponto de inflexão em ] − 𝟐 , 𝟐 [.

c) 𝒇 tem um ponto de máximo em [𝟎, +∞[.

d) 𝒇 é crescente em [𝟎, 𝟏].


e) 𝒇 é decrescente em [-1,2].

AULA 05 – CÁLCULO I 107


Prof. Victor So

102. (Escola Naval/2012)

Um ponto 𝑷(𝒙, 𝒚) move-se ao longo da curva plana de equação 𝒙𝟐 + 𝟒𝒚𝟐 = 𝟏, com 𝒚 > 𝟎. Se a
𝒅𝒙
abscissa 𝑿 está variando a uma velocidade 𝒅𝒕 = 𝒔𝒆𝒏𝟒𝒕, pode-se afirmar que a aceleração da
ordenada 𝒚 tem por expressão
(𝟏+𝒙𝟐 )𝒔𝒆𝒏𝟐 𝟒𝒕+𝟒𝒙𝟑 𝒄𝒐𝒔𝟒𝒕
a) 𝟖𝒚𝟑

𝒙𝟐 𝒔𝒆𝒏𝟒𝒕+𝟒𝒙𝒄𝒐𝒔𝟐 𝟒𝒕
b) 𝟏𝟔𝒚𝟑

−𝒔𝒆𝒏𝟐 𝟒𝒕−𝟏𝟔𝒙𝒚𝟐 𝒄𝒐𝒔𝟒𝒕


c) 𝟏𝟔𝒚𝟑

𝒙𝟐 𝒔𝒆𝒏𝟒𝒕−𝟒𝒙𝒄𝒐𝒔𝟐 𝟒𝒕
d) 𝟖𝒚𝟑

−𝒔𝒆𝒏𝟐 𝟒𝒕+𝟏𝟔𝒙𝒚𝟐 𝒄𝒐𝒔𝟒𝒕


e) 𝟏𝟔𝒚𝟑

103. (Escola Naval/2012)

Considere 𝒇 e 𝒇′, funções reais de variável real, deriváveis, onde 𝒇(𝟏) = 𝒇′ (𝟏) = 𝟏. Qual o valor da
derivada da função 𝒉(𝒙) = √𝒇(𝟏 + 𝒔𝒆𝒏𝟐𝒙) para 𝒙 = 𝟎 ?

a) −𝟏
𝟏
b) − 𝟐

c) 𝟎
𝟏
d) − 𝟑

e) 𝟏

104. (Escola Naval/2012)


𝟏
A figura que melhor representa o gráfico da função 𝒙 = |𝒚| 𝒆𝒚 é

a)

AULA 05 – CÁLCULO I 108


Prof. Victor So

b)

c)

d)

e)

105. (EN/2021)
𝟐𝒙𝟐 −𝟐𝒙+𝟏
Seja a função 𝒇 definida por 𝒇(𝒙) = 𝟐𝒙𝟐
, assinale o ponto de inflexão do gráfico da função.
𝟑 𝟓
a) (𝟐 ; 𝟗)
𝟏
b) (𝟏; 𝟐)
𝟏
c) (𝟐 ; 𝟏)
𝟐 𝟓
d) (𝟑 ; 𝟖)
𝟓
e) (−𝟏; 𝟐)

AULA 05 – CÁLCULO I 109


Prof. Victor So

106. (EN/2021)

Em uma pista plana quadrangular com 10m de lado, um corredor se encontra no vértice A e se
locomove com velocidade constante 4v em direção ao vértice B, outro corredor se encontra no
vértice D e se locomove com velocidade constante 3v em direção ao vértice A. Sabendo que os
corredores começaram a se locomover no mesmo instante de tempo, a menor distância, em metros,
registrada entre eles é igual a:

a) 𝟔

b) 𝟓√𝟐

c) 𝟕

d) 𝟖
e) 𝟖, 𝟓

107. (EN/2022)
𝟏
Seja a função 𝒇 definida por 𝒇(𝒙) = 𝐥𝐧(𝒙𝟐 ) − 𝒙 + 𝒌, com 𝒙 ∈ ℝ∗− e 𝒌 ∈ ℝ. Sabendo que 𝒇 tem
apenas um zero real, o valor de 𝒌 é:

a) 𝟐 − 𝐥𝐧(𝟐)

b) 𝐥𝐧(𝟐) − 𝟐

c) 𝟐 − 𝐥𝐧(𝟒)

d) 𝐥𝐧(𝟒) − 𝟐

e) 𝐥𝐧(𝟒) − 𝟒
108. (EN/2022)

AULA 05 – CÁLCULO I 110


Prof. Victor So

Seja 𝒇 uma função real e 𝒇′ e 𝒇′′ as derivadas de ordem um e dois, respectivamente. A figura abaixo
mostra parte dos gráficos de 𝒇, 𝒇′ e 𝒇′′ indicados pelas letras 𝒂, 𝒃 e 𝒄. Dessa forma, assinale a opção
que apresenta uma correspondência correta.

a) 𝒂 = 𝒇 e 𝒃 = 𝒇′′

b) 𝒄 = 𝒇′′ e 𝒂 = 𝒇′

c) 𝒄 = 𝒇′ e 𝒃 = 𝒇

d) 𝒂 = 𝒇′ e 𝒃 = 𝒇′′

e) 𝒂 = 𝒇 e 𝒄 = 𝒇′

109. (EN/2022)

Considere um triângulo ABC de modo que C esteja na origem do sistema cartesiano, A esteja no eixo
das abscissas com coordenada (x, 0), com x > 0, B esteja no primeiro quadrante e 𝜽 seja a medida
do ângulo 𝑨𝑪 ̂ 𝑩. Considere também que os comprimentos dos segmentos CB e AB sejam,
𝟏
respectivamente, 3 cm e 5 cm, e que 𝜽 varie a uma taxa constante de 𝟐 rad/s. Desse modo, assinale
𝝅
a opção que apresenta a velocidade do ponto A quando 𝜽 = 𝟐 rad.
𝟏
a) − 𝟐 𝒄𝒎/𝒔
𝟑
b) 𝟒 𝒄𝒎/𝒔
𝟏
c) 𝟐 𝒄𝒎/𝒔
𝟑
d) − 𝟐 𝒄𝒎/𝒔

AULA 05 – CÁLCULO I 111


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𝟒
e) − 𝟑 𝒄𝒎/𝒔

110. (EN/2023)

Considere dois navios e um submarino da Marinha do Brasil em um exercício de Operações Navais.


Os navios serão chamados de P31 e P32 e o submarino de S40. Supondo que, às 12h, S40 verifica
que, em seu sonar, P31 está 100km a oeste de P32 e que P31 está navegando para o sul a 35km/h e
P32 está indo para norte a 25km/h. O comandante do S40 determina ao operador de sonar que
verifique e lhe dê a resposta de quão rápido estará variando a distância entre P31 e P32, às 16h.
Assinale a opção que apresenta a resposta correta do operador de sonar ao comandante do S40,
aproximadamente.

a) 52,3 km/h

b) 55,4 km/h

c) 56,8 km/h

d) 59,3 km/h

e) 59,9 km/h

111. (EN/2023)

Um barco catamarã foi construído de forma que a parte central do casco possuo seção transversal
𝟏
modelada pela função 𝒇, definida por 𝒇(𝒙) = 𝟑 𝒙𝟒 − 𝟏, 𝟐𝒙𝟐 , com 𝒙 em metros, conforme
apresentado na figura abaixo.

A linha do convés encontra-se a 0,5 m do ponto alto P (distância vertical). Considerando apenas a
figura plana, a distância, em metros, do convés ao ponto mais baixo dó casco é igual a:

a) 1,08
b) 1,34

AULA 05 – CÁLCULO I 112


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c) 1,58

d) 1,84

e) 2,08

112. (EN/2023)
𝟐
Sejam as funções 𝒇 e 𝒈 tais que 𝒇(𝒙) = 𝟓𝒙𝟒 − 𝟐𝒙𝟑 + 𝟐𝒙, 𝒈′ (𝒙) = 𝒙+𝟑 e 𝒈(𝟏) = 𝟎. O valor de
(𝒇𝒐𝒈)′(𝟏) é igual a:

a) 𝐥𝐧(𝟏𝟔)

b) 𝟓𝐥𝐧 (𝟒)

c) 0
d) 1
𝟏
e) 𝟐

113. (EFOMM/2022)

Seja a função real 𝒇 definida por 𝒇(𝒙) = 𝒙𝟑 + 𝒙 + 𝟐. Assinale a alternativa que indica o valor da
derivada da função inversa de 𝒇 em 𝒙 = 𝟎, isto é, (𝒇−𝟏 )′ (𝟎).

a) −𝟏

b) 𝟎

c) 𝟏

d) 𝟐

e) 𝟑

114. (EFOMM/2022)

Sejam as funções 𝒇 e 𝒈 com derivadas 𝒇′ e 𝒈′. Sabendo-se que


𝟏
𝒇(𝒙𝟐 ) = 𝒇(𝒈(𝒙))𝟐

onde 𝒇(𝟒) = 𝟏, 𝒈(𝟐) = 𝟒 e 𝒇′ (𝟒) não nulo. O valor de 𝒈′ (𝟐) é

a) 0

b) 1
c) 2

AULA 05 – CÁLCULO I 113


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d) 4

e) 8

115. (EFOMM/2022)

Seja a pirâmide quadrangular regular ABCDE com aresta da base 𝟒√𝟐 e aresta lateral 𝟖. Considere
o prisma quadrangular regular interior à pirâmide. O prisma possui base inferior sobre a base da
pirâmide e os vértices da base superior estão sobre as arestas laterais da pirâmide, como sugere a
figura abaixo. O volume máximo do prisma é igual a

𝟓𝟏𝟐√𝟑
a) 𝟐𝟕
𝟏𝟐𝟖√𝟑
b) 𝟗
𝟐𝟓𝟔√𝟑
c) 𝟗
𝟔𝟒√𝟑
d) 𝟑
𝟐𝟓𝟔√𝟑
e) 𝟐𝟕

Gabarito

Limites
35. C
36. E

AULA 05 – CÁLCULO I 114


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37. B
38. E
39. D
40. E
41. E
42. C
43. B
44. D
45. D
46. A
47. D
48. D
49. E
50. B
51. E
52. E
53. B
54. A
55. A
56. E
57. B
58. D
59. C
60. B
61. C
62. E
63. B
64. C
65. C
66. D
67. D
68. E
69. A
70. A

Derivadas
71. D
72. A
73. C
74. A

AULA 05 – CÁLCULO I 115


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75. A
76. E
77. A
78. B
79. C
80. D
81. D
82. C
83. C
84. D
85. A
86. D
87. E
88. C
89. B
90. D
91. B
92. D
93. C
94. D
95. E
96. D
97. D
98. D
99. A
100. A
101. B
102. C
103. E
104. A
105. A
106. D
107. D
108. D
109. D
110. B
111. C
112. D
113. X
114. E
115. A

AULA 05 – CÁLCULO I 116


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Resolução

Limites
35. (EFOMM/2021)
𝟓𝒙 −𝟒𝒙
O valor do limite 𝐥𝐢𝐦 𝟑𝒙 −𝟐𝒙 é dado por:
𝒙→𝟎
𝟓 𝟑
a) 𝐥𝐧 𝟒 − 𝐥𝐧 𝟐
𝟓
b) 𝐥𝐧 − 𝐥𝐧 𝟐
𝟑
𝟓
c) 𝐥𝐨𝐠 𝟑 𝟒
𝟐
𝟓
d) 𝟑

e) 1
Comentários
Perceba que o limite é uma indeterminação do tipo 0/0, logo podemos aplicar a regra de
L`Hospital.
Lembrando que
(𝑎 𝑥 )` = 𝑎 𝑥 ln 𝑎
Temos:
5
5𝑥 − 4𝑥 (5 𝑥 − 4 𝑥 )` 5𝑥 ln 5 − 4𝑥 ln 4 ln 5 − ln 4 ln (4)
lim = lim 𝑥 = lim 𝑥 = =
𝑥→0 3𝑥 − 2𝑥 𝑥→0 (3 − 2𝑥 )` 𝑥→0 3 ln 3 − 2𝑥 ln 2 ln 3 − ln 2 ln (3)
2
𝑥 𝑥
5 −4 5
∴ lim 𝑥 𝑥
= log 3
𝑥→0 3 − 2 24

Gabarito: C
36. (EFOMM/2021)
O valor do limite 𝐥𝐢𝐦(𝒆−𝒙 + 𝟐 𝐜𝐨𝐬(𝟑𝒙)) é dado por:
𝒙→∞

a) −𝟐

b) 𝟎

c) 𝟐

d) ∞

e) ∄

AULA 05 – CÁLCULO I 117


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Comentários
Temos:
1
lim (𝑒 −𝑥 + 2 cos(3𝑥)) = lim (𝑒 −𝑥 ) + 2 lim (cos(3𝑥)) = lim ( ) + 2 lim (cos(3𝑥))
𝑥→∞ 𝑥→∞ 𝑥→∞ 𝑥→∞ 𝑒 𝑥 𝑥→∞

= 0 + 2 lim (cos(3𝑥)) = 2 lim (cos(3𝑥))


𝑥→∞ 𝑥→∞

Note que cos(3𝑥) é uma função periódica e quando aplicamos o limite ao infinito ela fica
indeterminada e, portanto, não existe esse limite quando 𝑥 → ∞.
Gabarito: E
37. (EFOMM/2020)

Sejam os números reais 𝒂 e 𝒃 tais que


𝟑
√𝒂𝒙 + 𝒃 − 𝟐 𝟕
𝐥𝐢𝐦 =
𝒙→𝟎 𝒙 𝟏𝟐
O valor do produto 𝒂 ⋅ 𝒃 é

a) 52

b) 56

c) 63

d) 70

e) 84
Comentários
Se o limite acima existe, então os limites do numerador e do denominador existem.
Observe que, para 𝑥 tentendo a 0, o denominador tende a 0. Portanto, se o limite do numerador
fosse qualquer número diferente de zero, o limite total tenderia ao infinito. Portanto, é necessário
que o limite do numerador seja 0:
3 3
lim √𝑎𝑥 + 𝑏 − 2 = 0 ⇒ √𝑏 − 2 = 0 ⇒ 𝑏 = 23 = 8
𝑥→0

Assim, o limite na verdade é:


𝟑
√𝒂𝒙 + 𝟖 − 𝟐 𝟕
𝐥𝐢𝐦 =
𝒙→𝟎 𝒙 𝟏𝟐
Aplicando a regra de L’Hospital:
𝟑 𝟑 ′ 𝟑
√𝒂𝒙 + 𝟖 − 𝟐 ( √𝒂𝒙 + 𝟖 − 𝟐) 𝒂 √(𝒂𝒙 + 𝟖)−𝟐 𝟕
𝐥𝐢𝐦 = 𝐥𝐢𝐦 = 𝐥𝐢𝐦 ⋅ =
𝒙→𝟎 𝒙 𝒙→𝟎 𝒙′ 𝒙→𝟎 𝟑 𝟏 𝟏𝟐

𝒂 𝟑 𝟏 𝟕 𝒂 𝟕
⇒ ⋅√ 𝟐= ⇒ = ⇒𝒂=𝟕
𝟑 𝟖 𝟏𝟐 𝟏𝟐 𝟏𝟐

AULA 05 – CÁLCULO I 118


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Logo:

𝒂𝒃 = 𝟕 ⋅ 𝟖 = 𝟓𝟔
Gabarito: B
38. (EFOMM/2020)
Seja 𝒇 uma função real definida por
𝒙𝟐 ; 𝒔𝒆 𝒙 ≤ −𝟐
𝒇(𝒙) = {𝒂𝒙 + 𝒃; 𝒔𝒆 − 𝟐 < 𝒙 < 𝟐
𝟐𝒙 − 𝟔; 𝒔𝒆 𝟐 ≤ 𝒙
com 𝒂, 𝒃 ∈ ℝ. Sabendo que os limites 𝐥𝐢𝐦 𝒇(𝒙) e 𝐥𝐢𝐦 𝒇(𝒙) existem, assinale a opção que
𝒙→+𝟐 𝒙→−𝟐
apresenta |𝒂 + 𝒃|.
𝟏
a) 𝟔
𝟏
b) 𝟓
𝟏
c) 𝟒
𝟏
d) 𝟑
𝟏
e) 𝟐

Comentários
Se os limites acima existem é porque os limites laterais associados existem e são iguais.
Para 𝑥 → +2, temos os seguintes limites laterais:
lim 𝑓(𝑥) = lim+ 𝑓(𝑥) ⇒ lim− 𝑎𝑥 + 𝑏 = lim+ 2𝑥 − 6
𝑥→2− 𝑥→2 𝑥→2 𝑥→2

⇒ 2𝑎 + 𝑏 = 4 − 6 = −2 ⇒ 2𝑎 + 𝑏 = −2
Para 𝑥 → −2 temos os seguintes limites laterais:
lim 𝑓 (𝑥) = lim + 𝑓 (𝑥) ⇒ lim − 𝑥² = lim + 𝑎𝑥 + 𝑏
𝑥→−2− 𝑥→−2 𝑥→−2 𝑥→−2

⇒ 4 = −2𝑎 + 𝑏
Assim, somando as equações emolduradas:
2𝑏 = 2 ⇒ 𝑏 = 1
3
⇒ 2𝑎 = −2 − 1 = −3 ⇒ 𝑎 = −
2
3 1
⇒ |𝑎 + 𝑏| = |− + 1| =
2 2
Gabarito: E
39. (EFOMM/2019)

AULA 05 – CÁLCULO I 119


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Determine o valor do seguinte limite:


𝒙−𝟏
𝐥𝐢𝐦 ( )
𝒙→𝟏 𝒙𝟐 − 𝟏
a) 𝟏.

b) +∞.

c) −∞.

d) 𝟎, 𝟓

e) zero.
Comentários
Reescrevendo a expressão:
𝑥−1 𝑥−1 1
( ) = =
𝑥2 − 1 (𝑥 − 1)(𝑥 + 1) 𝑥 + 1
𝒙−𝟏 𝟏 𝟏
⇒ 𝐥𝐢𝐦 ( 𝟐 ) = 𝐥𝐢𝐦 =
𝒙→𝟏 𝒙 − 𝟏 𝒙→𝟏 𝒙 + 𝟏 𝟐
Gabarito: D
40. (EFOMM/2018)

Os valores de 𝑨, sabendo-se que a função abaixo é contínua para todos os valores de 𝒙, será
𝑨𝟐 𝒙 − 𝑨, 𝒙≥𝟑
𝒇(𝒙) = {
𝟒, 𝒙<𝟑
𝟏
a) 𝟏 ou − 𝟐

b) 𝟏 ou −𝟐

c) 𝟐 ou 𝟒
𝟑
d) 𝟐 ou 𝟒
𝟒
e) −𝟏 ou 𝟑

Comentários
Se a função é contínua para todos os reais, então ela deve ser contínua para:
1. 𝑥 < 3. Isso é fato, pois é uma função constante 𝑓 (𝑥) = 4 e, portanto, contínua.
2. 𝑥 > 3. Isso é fato, pois para esses valores a função é 𝑓 (𝑥) = 𝐴²𝑥 − 𝐴, que é contínua.
3. 𝑥 = 3. Esse caso é especial, pois temos duas expressões antes e depois do 𝑥 = 3.
Portanto, para que a função seja contínua, os limites laterais precisam existir e precisam
ser iguais à função naquele ponto:
𝑓 (3) = 3𝐴2 − 𝐴

AULA 05 – CÁLCULO I 120


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Assim, queremos que:


lim− 𝑓 (𝑥) = lim+ 𝑓 (𝑥) ⇒ lim− 4 = lim+ 𝐴2 ⋅ 𝑥 − 𝐴
𝑥→3 𝑥→3 𝑥→3 𝑥→3
2 2
⇒ 4 = 3𝐴 − 𝐴 ⇒ 3𝐴 − 𝐴 − 4 = 0
1 ± √49
⇒ Δ = 1 − 4 ⋅ 3 ⋅ −4 = 49 ⇒ 𝐴 =
2⋅3
4
⇒𝐴= 𝑜𝑢 𝐴 = −1
3
Gabarito: E
41. (EFOMM/2017)
𝟏+𝒙
Sobre a função 𝒇(𝒙) = , analise as afirmativas:
𝒙𝟐

I. 𝒇(𝒙) é contínua em todo 𝒙 ∈ ℝ


II. 𝐥𝐢𝐦 𝒇(𝒙) = 𝐥𝐢𝐦 𝒇(𝒙)
𝒙→−∞ 𝒙→+∞

III. 𝐥𝐢𝐦 𝒇(𝒙) = +∞


𝒙→𝟎

Então pode-se dizer que

a) todas as afirmativas são verdadeiras.

b) todas as afirmativas são falsas.

c) somente as afirmativas I e II são verdadeiras.

d) comente as afirmativas I e III são verdadeiras.

e) somente as afirmativas II e III são verdadeiras.


Comentários
Analisando as afirmativas:
I. A função não é definida em 𝑥 = 0 e, portanto, não é contínua nesse ponto. Falsa.
II. Calculando os limites laterais:
1+𝑥 1 1
lim 𝑓(𝑥) = lim = lim + =0
𝑥→−∞ 𝑥→−∞ 𝑥 2 𝑥→−∞ 𝑥 2 𝑥
1+𝑥 1 1
lim 𝑓(𝑥) = lim = lim 2 + = 0
𝑥→+∞ 𝑥→+∞ 𝑥² 𝑥→+∞ 𝑥 𝑥
Portanto, ambos convergem para 0. Verdadeira.
III. Calculando o limite pedido, ele somente será infinito positivo se os seus limites laterais
também forem infinito positivo.
1+𝑥
lim 𝑓(𝑥) = lim
𝑥→0 𝑥→0 𝑥²

AULA 05 – CÁLCULO I 121


Prof. Victor So

Veja que não importa se nos aproximamos de 0 pela direita ou pela esquerda (x>0 ou x<0,
respectivamente), o numerador sempre vai tender a 1 e o denominador vai tender a 0 positivo
(pois está elevado ao quadrado). Portanto, o limite será realmente +∞. Verdadeira.
Assim, 𝐼𝐼 𝑒 𝐼𝐼𝐼 são verdadeiras, apenas.
Gabarito: E
42. (EFOMM/2017)
𝟓𝒙𝟑 −𝟏𝟎𝒙𝟐
Para que a função seja 𝒇(𝒙) = { 𝒙−𝟐 , 𝒙 ≠ 𝟐 contínua, para todo valor de 𝒙, qual será o valor
𝒌, 𝒙 = 𝟐
de 𝒌?

a) 𝟐

b) 𝟏𝟎

c) 𝟐𝟎

d) 𝟒𝟎

e) 𝟓𝟎
Comentários
Veja que a função é contínua para qualquer valor de 𝑥 ≠ 2, pois para esses valores 𝑓 é uma
função racional definida em todo o ℝ − {2}. Assim, basta analisarmos a continuidade da função
para 𝑥 = 2.
Uma função é contínua em um ponto 𝑥 = 𝑝 do seu domínio se, e somente se:
lim 𝑓(𝑥) = 𝑓(𝑝)
𝑥→𝑝

Para 𝑝 = 2, queremos que:


lim 𝑓 (𝑥) = 𝑓(2) = 𝑘
𝑥→2

Analisando a 𝑓(𝑥):
5𝑥 3 − 10𝑥² 5𝑥²(𝑥 − 2)
𝑓 (𝑥 ) = = = 5𝑥²
𝑥−2 𝑥−2
Portanto:
lim 𝑓 (𝑥) = lim 5𝑥² = 5 ⋅ 22 ⇒ lim 𝑓 (𝑥) = 20 = 𝑘
𝑥→2 𝑥→2 𝑥→2

Gabarito: C
43. (EFOMM/2016)
𝟐−√𝟒−𝒕
O valor de 𝐥𝐢𝐦 é:
𝒕→𝟎 𝒕

a) 𝟏

AULA 05 – CÁLCULO I 122


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𝟏
b) 𝟒
𝟏
c) 𝟑
𝟏
d) 𝟐

e) 𝟐
Comentários
Pelas alternativas, vemos que esse limite existe e converge para algum valor. Então vamos
manipular a expressão para achar o limite:
2
2 − √4 − 𝑡 2 − √4 − 𝑡 2 + √4 − 𝑡 4 − (√4 − 𝑡) 𝑡 1
= ⋅ = = =
𝑡 𝑡 2 + √4 − 𝑡 𝑡(2 + √4 − 𝑡) 𝑡(2 + √4 − 𝑡) 2 + √4 − 𝑡
2 − √4 − 𝑡 1
⇒ =
𝑡 2 + √4 − 𝑡
Veja que não há indeterminação na expressão da direita, pois quando t vai para 0, o
numerador continua em 1 e o denominador vai para 4. Assim:
2 − √4 − 𝑡 1 1
⇒ lim = lim =
𝑡→0 𝑡 𝑡→0 2 + √4 − 𝑡 4
Gabarito: B
44. (EFOMM/2015)
𝒙+𝟏 𝒙
Sabendo-se que 𝒂 = 𝐥𝐢𝐦 (𝒙−𝟏) , pode-se afirmar que o ângulo 𝜽, em radianos, tal que 𝒕𝒈𝜽 =
𝒙→+∞
𝑰𝒏 𝒂 − 𝟏, é
𝝅
a) − 𝟒
𝝅
b) − 𝟐
𝟑𝝅
c) 𝟒
𝝅
d) 𝟒
𝝅
e) 𝟐

Comentários
Analisando o limite dado:
𝑥
𝑥 𝑥 𝑥
𝑥+1 𝑥−1+2 2 1
lim ( ) = lim ( ) = lim (1 + ) = lim (1 + )
𝑥→+∞ 𝑥 − 1 𝑥→+∞ 𝑥−1 𝑥→+∞ 𝑥−1 𝑥→+∞ 𝑥−1
( )
2
Veja que:

AULA 05 – CÁLCULO I 123


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𝑥+1 2
lim ( ) = lim (1 + )=1
𝑥→+∞ 𝑥 − 1 𝑥→+∞ 𝑥−1
Se 𝑎 existe e é finito, então o limite dado converge. Dividindo ambos os lados pelo limite
mostrado, temos:
𝑥+1 𝑥
𝑎 lim ( ) 𝑎 𝑥 + 1 𝑥−1
𝑥→+∞ 𝑥 − 1
= ⇒ = lim ( )
𝑥+1 1 𝑥+1 1 1 𝑥→+∞ 𝑥 − 1
lim ( ) lim ( )
𝑥→+∞ 𝑥 − 1 𝑥→+∞ 𝑥 − 1

A propriedade usada acima (divisão dos limites é o limite da divisão) só pode ser usada se
os limites convergirem (e o denominador não converge para zero), e estamos usando essa
hipótese, já que na maioria das questões nós nos asseguramos disso.

𝑥 + 1 𝑥−1 𝑥 + 1 𝑥−1 𝑥 + 1 𝑥−1


⇒ 𝑎 = lim ( ) √
⇒ √𝑎 = lim ( ) √
= lim ( )
𝑥→+∞ 𝑥 − 1 𝑥→+∞ 𝑥 − 1 𝑥→+∞ 𝑥−1
𝑥−1 𝑥−1
𝑥+1 2 2 2
⇒ √𝑎 = lim ( ) = lim (1 + )
𝑥→+∞ 𝑥 − 1 𝑥→+∞ 𝑥−1
𝑥−1
Chamando 𝑢 = ⇒ 𝑥 → ∞ ⇒ 𝑢 → ∞. Portanto, nosso limite fica:
2

1 𝑢
√𝑎 = lim (1 + ) = 𝑒
𝑢→+∞ 𝑢
O limite acima é um limite fundamental que o aluno deve ter conhecimento. Assim:
√𝑎 = 𝑒 ⇒ 𝑎 = 𝑒 2 ⇒ ln 𝑎 = 2
𝜋
⇒ 𝑡𝑔 𝜃 = ln 𝑎 − 1 = 2 − 1 = 1 ⇒ 𝜃 =
4
Gabarito: D
45. (EFOMM/2013)
𝟏 𝟏
O valor do 𝐥𝐢𝐦+ (𝒙 − 𝒙𝟐 +𝒙) é:
𝒙→𝟎

a) −𝟐.

b) −𝟏.

c) 𝟎.

d) 𝟏.

e) 𝟐.
Comentários
Calculando

AULA 05 – CÁLCULO I 124


Prof. Victor So

1 1 𝑥+1 1 𝑥+1−1
lim+ ( − 2 ) = lim+ ( − ) = lim+ ( )
𝑥→0 𝑥 𝑥 +𝑥 𝑥→0 𝑥 (𝑥 + 1) 𝑥 (𝑥 + 1) 𝑥→0 𝑥 (𝑥 + 1)
1 1 𝑥 1
⇒ lim+ ( − 2 ) = lim+ ( ) = lim+ ( )=1
𝑥→0 𝑥 𝑥 +𝑥 𝑥→0 𝑥 (𝑥 + 1) 𝑥→0 𝑥+1
Gabarito: D
46. (EFOMM/2013)

O gráfico de 𝒇(𝒙) = (𝒙 − 𝟑)𝟐 ⋅ 𝒆𝒙 , 𝒙 ∈ ℝ tem uma assíntota horizontal 𝒓. Se o gráfico de 𝒇


𝟐𝒂
intercepta 𝒓 no ponto 𝑷 = (𝒂, 𝒃), então 𝒂𝟐 + 𝒃 ⋅ 𝒆𝒔𝒆𝒏 − 𝟒𝒂 é igual a:
a) −𝟑.

b) −𝟐.

c) 𝟑.
d) 𝟐.
𝟏
e) 𝟐.

Comentários
Se a função tem assíntota horizontal, então a função deve convergir, pra 𝑥 → ∞ ou 𝑥 →
−∞.
Analisando para 𝑥 → ∞:
lim 𝑓(𝑥) = lim (𝑥 − 3)2 ⋅ 𝑒 𝑥 = ∞
𝑥→∞ 𝑥→∞

Claramente a função acima diverge para valores tão grande quanto queiramos. Agora
analisando para 𝑥 → −∞:
(𝑥 − 3)2
lim 𝑓 (𝑥) = lim
𝑥→−∞ 𝑥→−∞ 𝑒 −𝑥
Veja que o limite acima é uma indeterminação, pois o numerador tende ao infinito, bem
como o denominador. Aplicando L’Hospital duas vezes:
(𝑥 − 3)2 2(𝑥 − 3) 2
lim = lim = lim =0
𝑥→−∞ 𝑒 −𝑥 𝑥→−∞ −𝑒 −𝑥 𝑥→−∞ 𝑒 −𝑥

Assim, vemos que a função tende a 0 para 𝑥 tendendo ao menos infinito. Portanto, a reta
assíntota horizontal é 𝑦 = 0. Então a função intersecta 𝑦 = 0:
𝑓 (𝑥 ) = 0 ⇒ (𝑥 − 3)2 ⋅ 𝑒 𝑥 = 0 ⇒ 𝑥 = 3
Portanto o ponto de interseção é:
𝑃 = (𝑎, 𝑏) = (3,0)
2𝑎
⇒ 𝑎2 + 𝑏 ⋅ 𝑒 𝑠𝑒𝑛 − 4𝑎 = 9 − 12 = −3

AULA 05 – CÁLCULO I 125


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Gabarito: A
47. (EFOMM/2010)
Seja 𝒇 uma função de domínio 𝑫(𝒇) = ℝ − {𝒂}. Sabe-se que o limite de 𝒇(𝒙), quando 𝒙 tende a 𝒂,
é 𝑳 e escreve-se 𝐥𝐢𝐦 𝒇(𝒙) = 𝑳, se para todo 𝜺 > 𝟎, existir 𝜹 > 𝟎, tal que, se 𝟎 < |𝒙 − 𝒂| < 𝜹 então
𝒙→𝒂
|𝒇(𝒙) − 𝑳| < 𝜺.

Nessas condições, analise as afirmativas abaixo.


𝒙𝟐 −𝟑𝒙+𝟐
I- Seja 𝒇(𝒙) = { 𝒔𝒆 𝒙 ≠ 𝟏, logo, 𝐥𝐢𝐦 𝒇(𝒙) = 𝟎.
𝒙−𝟏
𝒙→𝟏
𝟑 𝒔𝒆 𝒙 = 𝟏
𝒙𝟐 − 𝟒 𝒔𝒆 𝒙 < 𝟏
II- Na função 𝒇(𝒙) = { −𝟏 𝒔𝒆 𝒙 = 𝟏 , tem-se 𝐥𝐢𝐦 𝒇(𝒙) = −𝟑.
𝒙→𝟏
𝟑 − 𝒙 𝒔𝒆 𝒙 > 𝟏
III- Sejam 𝒇 e 𝒈 funções quaisquer, pode-se afirmar que 𝐥𝐢𝐦(𝒇 ⋅ 𝒈)𝒏 (𝒙) = (𝑳𝑴)𝒏 , 𝒏 ∈ 𝑵∗ , se
𝒙→𝒂
𝐥𝐢𝐦 𝒇(𝒙) = 𝑳 e 𝐥𝐢𝐦 𝒈(𝒙) = 𝑴.
𝒙→𝒂 𝒙→𝒂

Assinale a opção correta.

a) Apenas a afirmativa I é verdadeira.

b) Apenas as afirmativas II e III são verdadeiras.

c) Apenas as afirmativas I e II são verdadeiras.

d) Apenas a afirmativa III é verdadeira.

e) As afirmativas I, II e III são verdadeiras.


Comentários
Analisando cada afirmativa:
I. Falso. Veja que, calculando um dos limites laterais:
𝑥 2 − 3𝑥 + 2 (𝑥 − 1)(𝑥 − 2)
lim+ 𝑓(𝑥) = lim+ = lim+ = lim+ 𝑥 − 2 = −1
𝑥→1 𝑥→1 𝑥−1 𝑥→1 𝑥−1 𝑥→1

O limite lateral à direita é -1, que é o mesmo à esquerda e é diferente de 0.


II. Falso também, pois os limites laterais são distintos:
lim− 𝑓(𝑥) = lim− 𝑥 2 − 4 = −3
𝑥→1 𝑥→1

lim 𝑓 (𝑥) = lim+ 3 − 𝑥 = 2


𝑥→1+ 𝑥→1

III. Sabemos que, da propriedade de produto dos limites que, se lim 𝑓(𝑥) = 𝐿 e
𝑥→𝑎
lim 𝑔(𝑥) = 𝑀, então:
𝑥→𝑎

lim 𝑓 (𝑥)𝑔(𝑥) = 𝐿𝑀
𝑥→𝑎

AULA 05 – CÁLCULO I 126


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Assim, vemos que o limite do produto existe. Se agora usarmos o mesmo princípio, com
dois limites iguais a lim 𝑓(𝑥)𝑔(𝑥) = 𝐿𝑀 e
𝑥→𝑎

lim 𝑓(𝑥)𝑔(𝑥) ⋅ 𝑓 (𝑥)𝑔(𝑥) = (𝐿𝑀)2


𝑥→𝑎

Ainda:
lim [𝑓 (𝑥)𝑔(𝑥)]2 ⋅ 𝑓 (𝑥)𝑔(𝑥) = (𝐿𝑀)2 ⋅ 𝐿𝑀 = (𝐿𝑀)3
𝑥→𝑎

Podemos fazer isso indefinidamente, para qualquer expoente natural 𝑛, por indução:
lim [𝑓(𝑥)𝑔(𝑥)]𝑛−1 ⋅ 𝑓 (𝑥)𝑔(𝑥) = (𝐿𝑀)𝑛−1 ⋅ 𝐿𝑀
𝑥→𝑎

⇒ lim (𝑓 ⋅ 𝑔)𝑛 (𝑥) = (𝐿𝑀)𝑛


𝑥→𝑎

Gabarito: D
48. (EFOMM/2009)
A equação 𝟐−𝒙 + 𝐜𝐨𝐬(𝝅 − 𝒙) = 𝟎 tem quantas raízes no intervalo [𝟎, 𝟐𝝅]?

a) Zero.

b) Uma.

c) Duas.

d) Três.

e) Quatro.
Comentários
Queremos as raízes da equação 2−𝑥 + cos(𝜋 − 𝑥) = 0 ⇒ 2−𝑥 = − cos(𝜋 − 𝑥). Assim,
para saber quantas soluções existem, basta construirmos os gráficos de 2−𝑥 e − cos(𝜋 − 𝑥) e
vermos quantas vezes se cruzam no intervalo dado.
Traçando os gráficos das funções acima no intervalo de [0, 2𝜋], sabendo que a função 2−𝑥
tende a 0 para 𝑥 tendendo a infinito, e diverge para 𝑥 tendendo a menos infinito. Além disso, a
função − cos(𝜋 − 𝑥) é periódica no intervalo dado:

AULA 05 – CÁLCULO I 127


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Veja que ambas as funções para 𝑥 = 0 passam pelo ponto (0,1), pois:
20 = 1
−cos(𝜋 − 0) = −(−1) = 1
Assim, essa é uma raiz. As demais são vistas na construção dos gráficos das funções entre
o intervalo dado. Vemos então que temos 3 interseções ao todo, totalizando 3 raízes da equação
dada no intervalo de [0,2𝜋].
Gabarito: D
49. (EFOMM/2006)
√𝒙−𝟏
O valor limite 𝐥𝐢𝐦 { 𝒙−𝟏 }, é
𝒙→𝟏
𝟏
a) − 𝟒
𝟏
b) − 𝟐

c) 𝟎
𝟏
d) 𝟒
𝟏
e) 𝟐

Comentários
Calculando o limite:
√𝑥 − 1 √𝑥 − 1 1 1
lim { } = lim = lim =
𝑥→1 𝑥−1 𝑥→1 (√𝑥 − 1)(√𝑥 + 1) 𝑥→1 √𝑥 + 1 2
Gabarito: E
50. (EFOMM/2006)

AULA 05 – CÁLCULO I 128


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𝟏 𝟏
( )−( )
𝒙 𝟐
O valor do limite 𝐥𝐢𝐦 é
𝒙→𝟐 𝒙𝟐 −𝟒
𝟏
a) − 𝟖
𝟏
b) − 𝟏𝟔

c) 𝟎
𝟏
d) 𝟏𝟔
𝟏
e) 𝟖

Comentários
1 1 2 𝑥
( )−( ) ( )−( )
lim 𝑥 2 2 = lim 2𝑥 2𝑥 = lim − 1 ⋅ ( 𝑥 − 2 ) = lim − 1 ⋅ ( 𝑥−2
)
𝑥→2 𝑥 − 4 𝑥→2 𝑥2 − 4 𝑥→2 2𝑥 𝑥 2 − 4 𝑥→2 2𝑥 (𝑥 − 2)(𝑥 + 2)
1 1
( )−( ) 1 1
⇒ lim 𝑥 2 2 = lim − =−
𝑥→2 𝑥 − 4 𝑥→2 2𝑥 (𝑥 + 2) 16
Gabarito: B
51. (EFOMM/2005)
𝟑𝒙𝟑 −𝟓𝒙𝟐 +𝒙+𝟏
Determine 𝐥𝐢𝐦
𝒙→𝟏 𝟐𝒙𝟑 −𝟑𝒙𝟐 +𝟏

a) 𝟏

b) ∞

c) 𝒆
𝟑
d) 𝟒
𝟒
e) 𝟑

Comentários
Veja que 𝑥 = 1 é raiz tanto do numerador quanto do denominador. Portanto, vamos
fatorar essas expressões para podermos simplificar o cálculo do limite:
3𝑥 3 − 5𝑥 2 + 𝑥 + 1 3𝑥 2 (𝑥 − 1) − 2𝑥 (𝑥 − 1) − (𝑥 − 1) 3𝑥 2 − 2𝑥 − 1
lim = lim = lim
𝑥→1 2𝑥 3 − 3𝑥 2 + 1 𝑥→1 2𝑥 2 (𝑥 − 1) − (𝑥 − 1)(𝑥 + 1) 𝑥→1 2𝑥 2 − 𝑥 − 1

Ainda assim, 1 é raiz do denominador e do numerador:


3𝑥 2 − 2𝑥 − 1 3𝑥 (𝑥 − 1) + (𝑥 − 1) 3𝑥 + 1 4
lim = lim = lim =
𝑥→1 2𝑥 2 − 𝑥 − 1 𝑥→1 2𝑥 (𝑥 − 1) + (𝑥 − 1) 𝑥→1 2𝑥 + 1 3
Gabarito: E
52. (Escola Naval/2018)

AULA 05 – CÁLCULO I 129


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𝟑
(𝒙+ √𝟏−𝒙𝟑 )
Determine o valor do limite 𝐥𝐢𝐦 e assinale a opção correta.
𝒙→−∞ 𝟐

a) −∞

b) +∞

c) 𝟏

d) 𝟎, 𝟓

e) 𝒛𝒆𝒓𝒐
Comentários
Vamos escrever o limite de outra maneira, para facilitar o cálculo, pensando na fatoração:
(𝑎3 + 𝑏3 ) = (𝑎 + 𝑏)(𝑎2 − 𝑎𝑏 + 𝑏2 )
Chamando o limite que queremos calcular de 𝐿:
2 3 3 3 2 3
(𝑥 + √1 − 𝑥 3 ) (𝑥 − 𝑥 √1 − 𝑥 + √(1 − 𝑥 ) )
3 3
(𝑥 + √1 − 𝑥 3 )
L = lim = lim [ ⋅ ]
𝑥→−∞ 2 𝑥→−∞ 2 3 3
(𝑥 2 − 𝑥 √1 − 𝑥 3 + √(1 − 𝑥 3 )2 )
3 3
𝑥 3 + (√1 − 𝑥 3 ) 𝑥3 + 1 − 𝑥3
⇒ 𝐿 = lim [ 3 3
] = lim 3 3
𝑥→−∞ 𝑥→−∞
2 (𝑥 2 − 𝑥 √1 − 𝑥 3 + √(1 − 𝑥 3 )2 ) 2 (𝑥 2 − 𝑥 √1 − 𝑥 3 + √(1 − 𝑥 3 )2 )
1
⇒ 𝐿 = lim 3 3
𝑥→−∞
2 (𝑥 2 − 𝑥 √1 − 𝑥 3 + √(1 − 𝑥 3 )2 )
Veja que, agora o denominador diverge para mais infinito quando 𝑥 → −∞:
2
3 3
3 1 3 1
2 (𝑥 − 𝑥 √1 − 𝑥 3 + √(1 − 𝑥 3 )2 ) = 2𝑥 2 (1 + √1 −
2 √
+ ( 3 − 1) )
𝑥3 𝑥

Portanto:
1 1
𝐿 = lim = =0
𝑥→−∞ 3 3
2 (𝑥 2 − 𝑥 √1 − 𝑥 3 + √(1 − 𝑥 3 )2 ) ∞

Gabarito: E
53. (Escola Naval/2017)

Sejam 𝒈 e 𝒇 funções reais, determine a área da região limitada pelo eixo 𝒚, por 𝒈(𝒙) = −|𝒙 − 𝟑| +
𝟑
𝟒 e pela assíntota de 𝒇(𝒙) = √𝒙𝟑 − 𝒙𝟐 e assinale a opção correta.
𝟏𝟑
a) 𝟒
𝟒𝟎
b) 𝟗

AULA 05 – CÁLCULO I 130


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c) 𝟕
𝟖𝟏
d) 𝟏𝟔

e) 𝟗
Comentários
Escrevendo melhor a função 𝑔:
−𝑥 + 7, 𝑥 ≥ 3
𝑔 (𝑥 ) = {
𝑥 + 1, 𝑥 < 3
Calculando a assíntota 𝑟 de 𝑓(𝑥), tal que 𝑟: 𝑦 = 𝑎𝑥 + 𝑏. Pela definição da reta assíntota a
uma função, podemos calcular o seu coeficiente angular 𝑎:
3
𝑓 (𝑥 ) √𝑥 3 − 𝑥 2 3 𝑥3 𝑥2 3 1
𝑎 = lim = lim = lim √ 3 − 3 = lim √1 − = 1
𝑥→+∞ 𝑥 𝑥→+∞ 𝑥 𝑥→+∞ 𝑥 𝑥 𝑥→+∞ 𝑥
Perceba que, para 𝑥 → −∞, o resultado seria o mesmo, pois 1/𝑥 tenderia para 0 da mesma
forma. Assim, o coeficiente angular da reta assíntota é 1. Para calcular o coeficiente linear 𝑏:
lim (𝑓 (𝑥) − 𝑎𝑥) = 𝑏
𝑥→+∞
3
⇒ 𝑏 = lim ( √𝑥 3 − 𝑥 2 − 𝑥)
𝑥→+∞
3 3)
Lembrando da fatoração: (𝑎 − 𝑏 = (𝑎 − 𝑏)(𝑎2 + 𝑎𝑏 + 𝑏2 ):
3 3
3 3
(√(𝑥 3 − 𝑥 2 )2 + 𝑥 √𝑥 3 − 𝑥 2 + 𝑥 2 )
𝑏 = lim ( √𝑥 3 − 𝑥 2 − 𝑥) = lim [ √𝑥 3 − 𝑥 2 − 𝑥 ⋅ 3 3
]
𝑥→+∞ 𝑥→+∞
(√(𝑥 3 − 𝑥 2 )2 + 𝑥 √𝑥 3 − 𝑥 2 + 𝑥 2 )
3 3
(√𝑥 3 − 𝑥 2 ) − 𝑥 3 𝑥3 − 𝑥2 − 𝑥3
𝑏 = lim 3
= lim 3
𝑥→+∞ 3√(𝑥 3 − 𝑥 2 )2 + 𝑥 √𝑥 3 − 𝑥 2 + 𝑥 2 𝑥→+∞ 3√(𝑥 3 − 𝑥 2 )2 + 𝑥 √𝑥 3 − 𝑥 2 + 𝑥 2
−𝑥² −𝑥²
𝑏 = lim 3
= lim
𝑥→+∞ 3√(𝑥 3 − 𝑥 2 )2 + 𝑥 √𝑥 3 − 𝑥 2 + 𝑥 2 𝑥→+∞ 3
√ 1 2 3√ 1
𝑥2 ( (1 − ) + 1 − + 1)
𝑥 𝑥
1 1
⇒ 𝑏 = − lim =−
𝑥→+∞ 3 1 2 3√ 1 3

( (1 − ) + 1 − + 1)
𝑥 𝑥
1
⇒ 𝑟: 𝑦 = 𝑥 −
3
Traçando o gráfico dessas funções 𝑔(𝑥) e a reta assíntota:

AULA 05 – CÁLCULO I 131


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Como as retas 𝐷𝐴 e 𝐸𝐹 são paralelas e possuem coeficiente angular 1, então significa que
o ângulo que fazem com a horizontal é 45°. Assim, fica fácil encontrar a medida de 𝐴𝐹, já que este
segmento é perpendicular à 𝐸𝐹:
𝐴𝐹 √2
= 𝑠𝑒𝑛 45° =
𝐷𝐸 2
1 4 4 √2 2√2
𝐷𝐸 = 1 + = ⇒ 𝐴𝐹 = ⋅ =
3 3 3 2 3
É fácil ver que:
𝐴𝐷 = 3√2
Logo, a área desejada é:
2
2√2
( )
𝐴𝐹 2 2√2 3 4 36 4 40
Á𝑟𝑒𝑎 = 𝐴𝐷 ⋅ 𝐴𝐹 + = 3√2 ⋅ + =4+ = + =
2 3 2 9 9 9 9
Gabarito: B
54. (Escola Naval/2017)
𝟑
√(𝒙+𝟑)𝟐 − 𝟑√𝟗 |𝒙𝟐 −𝟐|−|𝒙−𝟐| 𝟏
Se 𝑨 = 𝐥𝐢𝐦 , 𝑩 = 𝐥𝐢𝐦 e 𝑪 = 𝐥𝐢𝐦(𝒙 − 𝟏)𝟗 𝒔𝒆𝒏 ((𝒙−𝟏)𝟑 ) , então o valor de
𝐱→𝟎 𝒙 𝒙→𝟎 𝒙 𝒙→𝟏
𝑨𝟑𝑩 − 𝑪 é igual a
𝟖
a) 𝟑𝟒

AULA 05 – CÁLCULO I 132


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𝟐 𝟏
b) 𝟑 −𝟑
√𝟑𝟒
𝟔𝟒
c) 𝟑𝟖
𝟔𝟒
d) 𝟑𝟖 − 𝟏
𝟖 𝟏
e) 𝟑𝟒 − 𝟑

Comentários
Para calcular o 𝐴, lembremos da fatoração 𝑎3 − 𝑏3 = (𝑎 − 𝑏)(𝑎2 + 𝑎𝑏 + 𝑏2 ). Se 𝑎 =
3 3
√(𝑥 + 3)2 e 𝑏 = √9:
3 3 3 3 3 3 3
√(𝑥 + 3)2 − √9 √(𝑥 + 3)2 − √9 √(𝑥 + 3)4 + √9(𝑥 + 3)2 + √92
𝐴 = lim = lim ⋅3 3
x→0 𝑥 x→0 𝑥 3
√(𝑥 + 3)4 + √9(𝑥 + 3)2 + √92
(𝑥 + 3)2 − 9 𝑥 (𝑥 + 6)
⇒ 𝐴 = lim 3 3 3
= lim 3 3 3
x→0 x→0
𝑥 (√(𝑥 + 3)4 + √9(𝑥 + 3)2 + √92 ) 𝑥 (√(𝑥 + 3)4 + √9(𝑥 + 3)2 + √92 )
𝑥+6 6 2
⇒ 𝐴 = lim 3 3 3
= 3 = 3
x→0
( √(𝑥 + 3)4 + √9(𝑥 + 3)2 + √92 ) 3√81 √81

2
⇒ 𝐴= 3
√34
Calculando 𝐵:
|𝑥 2 − 2| − |𝑥 − 2| |𝑥 2 − 2| − |𝑥 − 2| (|𝑥 2 − 2| + |𝑥 − 2|)
𝐵 = lim = lim ⋅
𝑥→0 𝑥 𝑥→0 𝑥 (|𝑥 2 − 2| + |𝑥 − 2|)
(𝑥 2 − 2)2 − (𝑥 − 2)2 𝑥 4 − 4𝑥 2 + 4 − 𝑥 2 + 4𝑥 − 4
𝐵 = lim = lim
𝑥→0 𝑥 (|𝑥 2 − 2| + |𝑥 − 2|) 𝑥→0 𝑥 (|𝑥 2 − 2| + |𝑥 − 2|)
3
𝑥 (𝑥 − 5𝑥 + 4)
= lim
𝑥→0 𝑥 (|𝑥 2 − 2| + |𝑥 − 2|)

𝑥 3 − 5𝑥 + 4 4
⇒ 𝐵 = lim 2
= =1
𝑥→0 |𝑥 − 2| + |𝑥 − 2| 4
Agora, calculando 𝐶:
1
𝐶 = lim(𝑥 − 1)9 𝑠𝑒𝑛 ((𝑥−1)3 )
𝑥→1

Veja que:
1
−1 ≤ 𝑠𝑒𝑛 ( )≤1
(𝑥 − 1)3
1
⇒ −(𝑥 − 1)9 ≤ (𝑥 − 1)9 𝑠𝑒𝑛 ( ) ≤ ( 𝑥 − 1)9
(𝑥 − 1)3

AULA 05 – CÁLCULO I 133


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Tomando o limite em todos os termos da desigualdade para 𝑥 → 1:


1
lim −(𝑥 − 1)9 ≤ lim(𝑥 − 1)9 𝑠𝑒𝑛 ( 3
) ≤ lim(𝑥 − 1)9
𝑥→1 𝑥→1 (𝑥 − 1) 𝑥→1

1
⇒ 0 ≤ lim(𝑥 − 1)9 𝑠𝑒𝑛 ( )≤0⇒0≤𝐶≤0
𝑥→1 (𝑥 − 1)3
Portanto, 𝐶 = 0 , pelo teorema do confronto, uma vez que a função 𝑠𝑒𝑛 é limitada.
Logo:
3⋅1
3𝐵
2 8
𝐴 − 𝐶 = (3 ) −0=
√34 34
Gabarito: A
55. (Escola Naval/2016)
𝒙
𝒙𝟐 +𝟓𝒙+𝟒
Sendo 𝒌 = 𝐥𝐢𝐦 (𝒙𝟐 −𝟑𝒙+𝟕) , então 𝓵𝒏(𝟐𝒌) + 𝒍𝒐𝒈𝟓 é igual a:
𝐱→+∞
𝟏
a) (𝟏 − 𝓵𝒏𝟏𝟎) 𝓵𝒏𝟐 + 𝟗
𝟏
b) (𝟏 + 𝓵𝒏𝟏𝟎) 𝓵𝒏𝟐 + 𝟕
𝟏
c) (𝟏 − 𝓵𝒏𝟏𝟎) 𝓵𝒏𝟐 − 𝟗
𝟏
d) (𝟏 + 𝓵𝒏𝟏𝟎) 𝓵𝒏𝟐 + 𝟗
𝟏
e) (𝟏 + 𝓵𝒏𝟏𝟎) 𝓵𝒏 𝟐 − 𝟕

Comentários
Calculando k:
𝑥 𝑥
𝑥 2 + 5𝑥 + 4 8𝑥 − 3
𝑘 = lim ( 2 ) = lim (1 + 2 )
x→+∞ 𝑥 − 3𝑥 + 7 x→+∞ 𝑥 − 3𝑥 + 7
𝑥(8𝑥−3)
𝑥 2 −3𝑥+7 𝑥 2 −3𝑥+7
8𝑥 − 3 8𝑥−3
⇒ 𝑘 = lim [(1 + ) ]
x→+∞ 𝑥 2 − 3𝑥 + 7

𝑥 2 −3𝑥+7
Fazendo 𝑢 = , temos o limite fundamental:
8𝑥−3
𝑥(8𝑥−3)
lim
1 𝑢 𝑥→+∞𝑥2 −3𝑥+7 lim
𝑥(8𝑥−3)
𝑘 = lim [(1 + ) ] = 𝑒 𝑥→+∞𝑥2 −3𝑥+7
u→+∞ 𝑢
Onde:

AULA 05 – CÁLCULO I 134


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3 3
𝑥(8𝑥 − 3) 𝑥 2 (8 − ) (8 − )
lim 2 = lim 𝑥 = lim 𝑥 =8
𝑥→+∞ 𝑥 − 3𝑥 + 7 𝑥→+∞ 2 3 7 𝑥→+∞ 3 7
𝑥 (1 − + 2 ) (1 − + 2 )
𝑥 𝑥 𝑥 𝑥

⇒ 𝑘 = 𝑒8

ln 5 ln 10 − ln 2 1
⇒ ln 2𝑘 + log 5 = ln 2𝑒 8 + = ln 2 + ln 𝑒 8 + = ln 2 (1 − )+9
ln 10 ln 10 ln 10

Gabarito: A
56. (Escola Naval/2016)
Considere 𝒂 o menor arco no sentido trigonométrico positivo, para o qual a função real 𝒇, definida
por
𝒕𝒈 𝒙√𝟏 + 𝐜𝐨𝐬 𝒙
𝒇(𝒙) = { , 𝒔𝒆 𝒙 ≠ 𝟎
𝒔𝒆𝒏 𝟐𝒙
𝐜𝐨𝐬 𝒂 , 𝒔𝒆 𝒙 = 𝟎
seja contínua em 𝒙 = 𝟎. Sendo assim, pode-se dizer que 𝒂 vale:
𝟑𝝅
a) 𝟒
𝝅
b) 𝟏𝟐
𝟓𝝅
c) 𝟒
𝝅
d) 𝟖
𝝅
e) 𝟒

Comentários
Para que a função seja contínua em 𝑥 = 0:
lim 𝑓 (𝑥) = 𝑓(0) = cos 𝑎
𝑥→0

𝑡𝑔 𝑥 √1 + cos 𝑥 𝑡𝑔 𝑥 √1 + cos 𝑥 𝑠𝑒𝑛𝑥 √1 + cos 𝑥


lim 𝑓 (𝑥) = lim = lim = lim ⋅
𝑥→0 𝑥→0 𝑠𝑒𝑛 2𝑥 𝑥→0 2 𝑠𝑒𝑛𝑥 𝑐𝑜𝑠𝑥 𝑥→0 𝑐𝑜𝑠𝑥 2 𝑠𝑒𝑛𝑥 𝑐𝑜𝑠𝑥

√1 + cos 𝑥 √2
⇒ lim 𝑓 (𝑥) = lim =
𝑥→0 𝑥→0 2 𝑐𝑜𝑠 2 𝑥 2
√2 𝜋
⇒ cos 𝑎 = ⇒ 𝑎=
2 4
Gabarito: E
57. (Escola Naval/2015)

AULA 05 – CÁLCULO I 135


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𝒕𝒈𝒙−𝒙 𝒙−𝒔𝒆𝒏𝒙
Calculando 𝐥𝐢𝐦 {𝒙−𝒔𝒆𝒏𝒙 + }
𝒙→𝟎 𝒕𝒈𝟑 𝒙
𝟕
a) 𝟑
𝟏𝟑
b) 𝟔
𝟓
c) 𝟐
𝟏𝟑
d) 𝟑
𝟕
e) 𝟔

Comentários
Considerando que esse limite existe, podemos separar o limite da soma como a soma dos
limites:
𝑡𝑔𝑥 − 𝑥 𝑥 − 𝑠𝑒𝑛𝑥 𝑡𝑔𝑥 − 𝑥 𝑥 − 𝑠𝑒𝑛𝑥
lim { + } = lim { } + lim { }
𝑥→0 𝑥 − 𝑠𝑒𝑛𝑥 𝑡𝑔3 𝑥 𝑥→0 𝑥 − 𝑠𝑒𝑛𝑥 𝑥→0 𝑡𝑔3 𝑥
Vamos calculá-los separadamente. Em ambos os limites da soma acima são
indeterminações do tipo 0/0. Assim, aplicando a Regra de L’Hospital no primeiro limite:
𝑡𝑔𝑥 − 𝑥 (𝑡𝑔𝑥 − 𝑥)′ 𝑠𝑒𝑐 2 𝑥 − 1 𝑠𝑒𝑐 2 𝑥 ⋅ (1 − 𝑐𝑜𝑠 2 𝑥)
lim = lim = lim = lim
𝑥→0 𝑥 − 𝑠𝑒𝑛𝑥 𝑥→0 (𝑥 − 𝑠𝑒𝑛𝑥 )′ 𝑥→0 1 − cos 𝑥 𝑥→0 1 − cos 𝑥
𝑡𝑔𝑥 − 𝑥 𝑠𝑒𝑐 2 𝑥 ⋅ (1 − 𝑐𝑜𝑠𝑥)(1 + cos 𝑥)
⇒ lim = lim = lim 𝑠𝑒𝑐 2 𝑥 ⋅ (1 + cos 𝑥) = 2
𝑥→0 𝑥 − 𝑠𝑒𝑛𝑥 𝑥→0 1 − cos 𝑥 𝑥→0

Para o segundo limite, aplicando L’Hospital:


𝑥 − 𝑠𝑒𝑛𝑥 (𝑥 − 𝑠𝑒𝑛𝑥)′ 1 − cos 𝑥 1 − cos 𝑥 1 + cos 𝑥
lim 3
= lim 3 ′
= lim 2 2
= lim 2 2

𝑥→0 𝑡𝑔 𝑥 𝑥→0 (𝑡𝑔 𝑥) 𝑥→0 3𝑡𝑔 𝑥 ⋅ 𝑠𝑒𝑐 𝑥 𝑥→0 3𝑡𝑔 𝑥 ⋅ 𝑠𝑒𝑐 𝑥 1 + cos 𝑥

𝑥 − 𝑠𝑒𝑛𝑥 1 − cos2 𝑥 𝑠𝑒𝑛2 𝑥


⇒ lim = lim = lim
𝑥→0 𝑡𝑔3 𝑥 𝑥→0 3𝑡𝑔2 𝑥 ⋅ 𝑠𝑒𝑐 2 𝑥 ⋅ (1 + cos 𝑥 ) 𝑥→0 𝑠𝑒𝑛2 𝑥
3⋅ ⋅ 𝑠𝑒𝑐 2 𝑥 ⋅ (1 + cos 𝑥 )
𝑐𝑜𝑠 2 𝑥
𝑐𝑜𝑠²𝑥 1
⇒ lim =
𝑥→0 3𝑠𝑒𝑐 2 𝑥 ⋅ (1 + cos 𝑥 ) 6
Portanto, o limite inicial é a soma desses limites:
𝑡𝑔𝑥 − 𝑥 𝑥 − 𝑠𝑒𝑛𝑥 𝑡𝑔𝑥 − 𝑥 𝑥 − 𝑠𝑒𝑛𝑥 1 13
lim { + } = lim { } + lim { } = 2 + =
𝑥→0 𝑥 − 𝑠𝑒𝑛𝑥 𝑡𝑔3 𝑥 𝑥→0 𝑥 − 𝑠𝑒𝑛𝑥 𝑥→0 𝑡𝑔3 𝑥 6 6
Gabarito: B
58. (Escola Naval/2015)
√𝟏+𝒙−(𝟏−𝟐𝒂𝒙)
No limite 𝐥𝐢𝐦 , o valor de 𝒂 pode ser determinado para que tal limite exista. Nesse caso,
𝒙→𝟎 𝒙𝟐
o valor do limite é

AULA 05 – CÁLCULO I 136


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𝟏
a) − 𝟒
𝟏
b) 𝟒
𝟏
c) 𝟖
𝟏
d) − 𝟖

e) 𝟎
Comentários
Calculando o limite:
√1 + 𝑥 − (1 − 2𝑎𝑥) √1 + 𝑥 − (1 − 2𝑎𝑥 ) √1 + 𝑥 + (1 − 2𝑎𝑥)
A = lim = lim ⋅
𝑥→0 𝑥2 𝑥→0 𝑥2 √1 + 𝑥 + (1 − 2𝑎𝑥)
2
(√1 + 𝑥) − (1 − 2𝑎𝑥 )2 1 + 𝑥 − 1 + 4𝑎𝑥 − 4𝑎2 𝑥 2
⇒ 𝐴 = lim = lim
𝑥→0 𝑥 2 [√1 + 𝑥 + (1 − 2𝑎𝑥 )] 𝑥→0 𝑥 2 [√1 + 𝑥 + (1 − 2𝑎𝑥 )]
1
𝑥 (1 + 4𝑎) − 4𝑎²𝑥² (1 + 4𝑎) − 4𝑎²
⇒ 𝐴 = lim 2 = lim 𝑥
𝑥→0 𝑥 [√1 + 𝑥 + (1 − 2𝑎𝑥 )] 𝑥→0 [√1 + 𝑥 + (1 − 2𝑎𝑥 )]

1
Perceba que, se anularmos o termo que multiplica no numerador, o limite acima vai
𝑥
passar a existir, uma vez que esse é o único termo que tenderia ao infinito na expressão. Assim,
queremos que:
1
1 + 4𝑎 = 0 ⇒ 4𝑎 = −1 ⇒ 𝑎 = −
4
Para esse valor de 𝑎, o limite se tornaria:
1 1 2 1
(1 + 4𝑎) − 4𝑎2 −4 (− ) −
𝐴 = lim 𝑥 = lim 4 = lim 4
𝑥→0 [√1 + 𝑥 + (1 − 2𝑎𝑥 )] 𝑥→0 1 𝑥→0 𝑥
[√1 + 𝑥 + (1 − 2 (− ) 𝑥)] [√1 + 𝑥 + (1 + )]
4 2
1
1
⇒𝐴=−4 =−
2 8
Gabarito: D
59. (Escola Naval/2014)
𝟐𝒙−𝒂
A função real de variável real 𝒇(𝒙) = 𝒃𝒙𝟐 +𝒄𝒙+𝟐, onde 𝒂, 𝒃, 𝒄 são constantes reais, possui as seguintes
propriedades:

I. o gráfico de 𝒇 passa pelo ponto (𝟏, 𝟎) e


II. a reta 𝒚 = 𝟏 é uma assíntota para o gráfico de 𝒇.

AULA 05 – CÁLCULO I 137


Prof. Victor So

O valor de 𝒂 + 𝒃 + 𝒄 é

a) −𝟐

b) −𝟏

c) 𝟒

d) 𝟑

e) 𝟐
Comentários
Se 𝑓 passa por (1,0), então esse ponto satisfazem a equação de 𝑓:
2−𝑎
𝑓 (1) = 0 ⇒ =0⇒ 𝑎=2
𝑏+𝑐+2
Agora, se 𝑦 = 1 é assíntota horizontal de 𝑓, então:
2𝑥 − 2
lim 𝑓 (𝑥) = 1 ⇒ lim =1
𝑥→+∞ 𝑥→+∞ 𝑏𝑥 2 + 𝑐𝑥 + 2
2 2 2 2
𝑥2 ( − 2) ( − 2)
𝑥 𝑥 𝑥 𝑥
⇒ lim = 1 ⇒ lim =1
𝑥→+∞ 2 𝑐 2 𝑥→+∞ 𝑐 2
𝑥 (𝑏 + + 2 ) (𝑏 + + 2 )
𝑥 𝑥 𝑥 𝑥
Entretanto, se 𝑏 ≠ 0 o limite acima vai para 0, e não para 1. Portanto, 𝑏 = 0 . Assim,
calculando 𝑐 para que o limite acima seja 1:
2 2
2𝑥 − 2 𝑥 (2 − ) (2 − )
lim = 1 ⇒ lim 𝑥 = 1 ⇒ lim 𝑥 =1⇒2=1⇒ 𝑐=2
𝑥→+∞ 𝑐𝑥 + 2 𝑥→+∞ 2 𝑥→+∞ 2 𝑐
𝑥 (𝑐 + ) (𝑐 + )
𝑥 𝑥
Assim, 𝑎 + 𝑏 + 𝑐 = 2 + 0 + 2 = 4
Gabarito: C
60. (Escola Naval/2014)
√𝟏+𝒔𝒆𝒏𝒙−√𝟏−𝒔𝒆𝒏𝒙
O valor de 𝐥𝐢𝐦 é
𝒙→𝟎 𝟐𝒙

a) −∞
𝟏
b) 𝟐

c) 𝟎

d) 𝟏

e) 𝟐
Comentários

AULA 05 – CÁLCULO I 138


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Manipulando a expressão do limite:


√1 + 𝑠𝑒𝑛𝑥 − √1 − 𝑠𝑒𝑛𝑥 √1 + 𝑠𝑒𝑛𝑥 − √1 − 𝑠𝑒𝑛𝑥 √1 + 𝑠𝑒𝑛𝑥 + √1 − 𝑠𝑒𝑛𝑥
𝐴 = lim = lim ⋅
𝑥→0 2𝑥 𝑥→0 2𝑥 √1 + 𝑠𝑒𝑛𝑥 + √1 − 𝑠𝑒𝑛𝑥
1 + 𝑠𝑒𝑛𝑥 − (1 − 𝑠𝑒𝑛𝑥) 𝑠𝑒𝑛𝑥
⇒ 𝐴 = lim = lim
𝑥→0 2𝑥(√1 + 𝑠𝑒𝑛𝑥 + √1 − 𝑠𝑒𝑛𝑥) 𝑥→0 𝑥 (√1 + 𝑠𝑒𝑛𝑥 + √1 − 𝑠𝑒𝑛𝑥)
𝑠𝑒𝑛𝑥
Como a expressão → 1 quando 𝑥 → 0 (limite fundamental) e o denominador vai para
𝑥
2:
𝑠𝑒𝑛𝑥 1
𝐴 = lim =
𝑥→0 𝑥 (√1 + 𝑠𝑒𝑛𝑥 + √1 − 𝑠𝑒𝑛𝑥) 2
Gabarito: B
61. (Escola Naval/2014)
𝒙+𝒂 𝒙
Sabendo que 𝒂 é uma constante real e que 𝐥𝐢𝐦 (𝒙−𝒂) = 𝒆 então o valor da constante 𝒂 é
𝐱→+∞
𝟒
a) 𝟑
𝟑
b) 𝟐
𝟏
c) 𝟐
𝟏
d) 𝟑
𝟑
e) 𝟒

Comentários
É dado que:
𝑥+𝑎 𝑥 𝑥 − 𝑎 + 2𝑎 𝑥 2𝑎 𝑥
lim ( ) = 𝑒 ⇒ lim ( ) = 𝑒 ⇒ lim (1 + ) =𝑒
x→+∞ 𝑥 − 𝑎 x→+∞ 𝑥−𝑎 x→+∞ 𝑥−𝑎
2𝑎𝑥
𝑥−𝑎 (𝑥−𝑎)
2𝑎 2𝑎
⇒ lim [(1 + ) ] =𝑒
x→+∞ 𝑥−𝑎
Entretanto, sabemos que:
𝑥−𝑎
2𝑎 2𝑎
lim (1 + ) =𝑒
x→+∞ 𝑥−𝑎
2𝑎𝑥
𝑥−𝑎 (𝑥−𝑎)
2𝑎 2𝑎 ( lim
2𝑎𝑥
)
⇒ lim [(1 + ) ] =𝑒 𝑥→+∞ 𝑥−𝑎 = 𝑒1
x→+∞ 𝑥−𝑎

AULA 05 – CÁLCULO I 139


Prof. Victor So

2𝑎𝑥 2𝑎 1
⇒ lim = 1 ⇒ lim 𝑎 = 1 ⇒ 2𝑎 = 1 ⇒ 𝑎 =
𝑥→+∞ 𝑥 − 𝑎 𝑥→+∞ 1 − 2
𝑥
Gabarito: C
62. (Escola Naval/2013)
𝟏
𝟏 + 𝒆𝒙 𝒔𝒆 𝒙 < 𝟎
Sabendo que a função real 𝒇(𝒙) = {𝒙𝟐 +𝒙−𝒂 é contínua em 𝒙 = 𝟎, 𝒙 ∈ ℝ, qual é o valor de
𝒔𝒆 𝒙 ≥ 𝟎
𝒙+𝟐
𝒂 𝒇𝟐 (𝟎)
, onde 𝒃 = ?
𝒃 𝟒

a) 𝟖

b) 𝟐

c) 1
𝟏
d) − 𝟒

e) −𝟖
Comentários
Se a função é contínua em 𝑥 = 0, então, pela definição de continuidade:
02 + 0 − 𝑎 𝑎
lim− 𝑓 (𝑥) = 𝑓 (0) = =−
𝑥→0 0+2 2
1
⇒ lim− 1 + 𝑒 𝑥 = 1
𝑥→0

O limite acima é 1, pois quando 𝑥 → 0− ele se aproxima pela esquerda e, portanto, é


1 1
negativo. Assim, o valor de → −∞, que faz com que 𝑒 𝑥 → 𝑒 −∞ = 0.
𝑥

Assim, queremos que, para que a função seja contínua:


𝑎
1 = − ⇒ 𝑎 = −2
2
𝑎 2
𝑓 2 (0) (− 2) 𝑎2 4 1
𝑏= = = = =
4 4 16 16 4
𝑎 2
⇒ = − = −8
𝑏 1
4
Gabarito: E
63. (Escola Naval/2013)
𝒔𝒆𝒏𝟐𝒙−𝒄𝒐𝒔𝟐𝒙−𝟏
O limite 𝐥𝐢𝐦𝛑 é igual a
𝐱→ 𝐜𝐨𝐬 𝒙−𝒔𝒆𝒏𝒙
𝟒

AULA 05 – CÁLCULO I 140


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a) √𝟐

b) −√𝟐
√𝟐
c) 𝟐
√𝟐
d) − 𝟐

e) 𝟎
Comentários
𝑠𝑒𝑛2𝑥 − 𝑐𝑜𝑠2𝑥 − 1
limπ
x→
4
cos 𝑥 − 𝑠𝑒𝑛𝑥
Sabendo que:
𝑠𝑒𝑛2𝑥 = 2 𝑠𝑒𝑛𝑥 𝑐𝑜𝑠𝑥
cos 2𝑥 = 2𝑐𝑜𝑠 2 𝑥 − 1
Substituindo no limite acima:
𝑠𝑒𝑛2𝑥 − 𝑐𝑜𝑠2𝑥 − 1 2 𝑠𝑒𝑛𝑥 𝑐𝑜𝑠𝑥 − (2𝑐𝑜𝑠 2 𝑥 − 1) − 1 2 𝑠𝑒𝑛𝑥 𝑐𝑜𝑠𝑥 − 2𝑐𝑜𝑠 2 𝑥
limπ = limπ = limπ
x→
4
cos 𝑥 − 𝑠𝑒𝑛𝑥 x→
4
cos 𝑥 − 𝑠𝑒𝑛𝑥 x→
4
cos 𝑥 − 𝑠𝑒𝑛𝑥
2 cos 𝑥 (𝑠𝑒𝑛𝑥 − 𝑐𝑜𝑠𝑥) −2 cos 𝑥 (𝑐𝑜𝑠𝑥 − 𝑠𝑒𝑛𝑥)
= limπ = limπ = limπ −2 cos 𝑥 = −√2
x→
4
cos 𝑥 − 𝑠𝑒𝑛𝑥 x→
4
cos 𝑥 − 𝑠𝑒𝑛𝑥 x→
4

Gabarito: B
64. (Escola Naval/2012)
Os números reais 𝒂, 𝒃, 𝒄, 𝒅, 𝒇, 𝒈, 𝒉 constituem, nesta ordem, uma progressão aritmética. Se 𝒆𝒅𝒆𝒕𝑨 =
𝒚
𝟐 𝟗
𝟏 𝒂 𝒂𝟐 𝟏 𝒏
𝐥𝐢𝐦 (𝟏 + 𝒚) , onde 𝑨 é a matriz (𝟏 𝒃 𝒃𝟐 ) e 𝒉 = ∑+∞ 𝒏=𝟑 𝟒) , então o valor de (𝒃 − 𝟐𝒈) vale
(
𝒚→+∞ 𝟐
𝟏 𝒅 𝒅
𝟏
a) − 𝟑
𝟐𝟏
b) − 𝟏𝟔
𝟒𝟗
c) − 𝟒𝟖
𝟏𝟓
d) 𝟏𝟔
𝟑𝟏
e) 𝟒𝟖

Comentários
É dado que:

AULA 05 – CÁLCULO I 141


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𝑦
2 9
𝑒 𝑑𝑒𝑡𝐴 = lim (1 + )
𝑦→+∞ 𝑦
Calculando o limite da direita:
2
𝑦 𝑦 9
2 9 2 2
lim (1 + ) = lim [(1 + ) ]
𝑦→+∞ 𝑦 𝑦→+∞ 𝑦
Mas do limite fundamental (pensando em 𝑥 = 𝑦/2):
𝑦
2 2
lim (1 + ) = 𝑒
𝑦→+∞ 𝑦
Assim, o limite acima fica:
2
𝑦 9
2 2 2 2 2
lim [(1 + ) ] = lim [𝑒]9 = 𝑒 9 = 𝑒 𝑑𝑒𝑡𝐴 ⇒ 𝑑𝑒𝑡𝐴 =
𝑦→+∞ 𝑦 𝑦→+∞ 9
Sabemos que a matriz a é a matriz de Vandermonde, e seu determinante é conhecido:
1 𝑎 𝑎2 2
𝑑𝑒𝑡𝐴 = |1 𝑏 𝑏2 | = (𝑏 − 𝑎)(𝑑 − 𝑎)(𝑑 − 𝑏) =
9
1 𝑑 𝑑2
Se 𝑎, 𝑏, 𝑐, 𝑑, 𝑓, 𝑔 𝑒 ℎ estão em progressão aritmética, então 𝑏 = 𝑎 + 𝑟, 𝑑 = 𝑎 + 3𝑟. Daí a
expressão do determinante fica:
2 2 1 1
(𝑏 − 𝑎)(𝑑 − 𝑎)(𝑑 − 𝑏) = 𝑟 ⋅ 3𝑟 ⋅ 2𝑟 = ⇒ 6𝑟 3 = ⇒ 𝑟 3 = ⇒ 𝑟=
9 9 27 3
Vamos calcular o valor de ℎ:
+∞
1 𝑛 1 1 1
ℎ = ∑( ) = 3 + 4 + 5 +⋯
4 4 4 4
𝑛=3
1 1 1
Que é um somatório de PG infinita, como razão 𝑞 = < 1 e termo inicial = . Essa
4 43 64
soma é:
1 1
𝑎1 1
ℎ = 𝑆𝑃𝐺 = = 64 = 64 =
1−𝑞 1−1 3 48
4 4
Mas ℎ é o 7º termo da PA:
6 1 95
ℎ = 𝑎 + 6𝑟 = 𝑎 + ⇒𝑎= −2=−
3 48 48
95 9 49
⇒ 𝑏 − 2𝑔 = 𝑎 + 𝑟 − 2(𝑎 + 5𝑟) = −𝑎 − 9𝑟 = − =−
48 3 48

AULA 05 – CÁLCULO I 142


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Gabarito: C
65. (EN/2021)
𝒙𝟐 +𝟔𝒙+𝟗+𝐜𝐨𝐬 𝒙
O valor de 𝐥𝐢𝐦 é:
𝐱→+∞ 𝒙𝟐 +𝒙+𝟗

a) 0
𝟓
b) 𝟗

c) 1

d) 3

e) −∞
Comentários
Calculando o limite:
6 9 cos 𝑥
𝑥 2 + 6𝑥 + 9 + cos 𝑥 1+ + 2+ 2
𝑥 𝑥 𝑥
lim = lim
x→+∞ 2
𝑥 +𝑥+9 x→+∞ 1 9
1+ + 2
𝑥 𝑥
6 9 cos 𝑥
( lim 1 + + 2 + 2 ) 1
𝑥 𝑥 𝑥
= 𝑥→+∞ = =1
1 9 1
( lim 1 + + 2 )
𝑥→+∞ 𝑥 𝑥
cos 𝑥
Note que lim = 0, pois a função cosseno é uma função limitada.
𝑥→+∞ 𝑥 2

Gabarito: C
66. (EN/2021)

Sejam 𝒇 e 𝒈 duas funções reais de modo que, para todo 𝒙, (𝒇(𝒙))𝟖 + (𝒈(𝒙))𝟖 = 𝟒. Assinale a opção
que apresenta o valor do limite 𝐥𝐢𝐦 𝒇(𝒙)√𝒙
𝒙→𝟎

a) Indefinido

b) ∞

c) −∞

d) 𝟎

e) 1
Comentários
Pelo enunciado, temos:
[𝑓 (𝑥)]8 + [𝑔(𝑥)]8 = 4

AULA 05 – CÁLCULO I 143


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Então, desejamos calcular:


lim 𝑓 (𝑥) ⋅ √𝑥
𝑥→0

Note que lim √𝑥 = 0, e pela equação [𝑓(𝑥)]8 + [𝑔(𝑥)]8 = 4 podemos perceber que 𝑓 (𝑥)
𝑥→0
é limitada, ou seja, [𝑓 (𝑥)]8 ≤ 4, pois, se as funções são reais, [𝑔(𝑥)]8 ≥ 0.
Se 𝑓(𝑥) é limitada, ao fazer lim 𝑓 (𝑥) ⋅ √𝑥, então o resultado deve ser igual a 0.
𝑥→0

Gabarito: D
67. (EN/2022)
𝒙+𝟏 𝒙
Assinale a opção que apresenta o valor de 𝐥𝐢𝐦 (𝒙−𝟏) .
𝒙→+∞

a) 𝟏

b) 𝒆−𝟏

c) 𝒆

d) 𝒆𝟐

e) 𝟎
Comentários
Lembrando que o limite fundamental é:
1 𝑛
lim (1 + ) = 𝑒
𝑛→∞ 𝑛
Calculando o limite:
𝑥
𝑥 𝑥 𝑥
𝑥+1 𝑥−1+2 2 1
lim ( ) = lim ( ) = lim (1 + ) = lim (1 + )
𝑥→+∞ 𝑥−1 𝑥→+∞ 𝑥−1 𝑥→+∞ 𝑥−1 𝑥→+∞ 𝑥−1
2
𝑥−1
Fazendo = 𝑛, temos 𝑥 = 2𝑛 + 1. Para 𝑥 → ∞, temos 𝑛 → ∞, logo:
2
𝑥
1 1 2𝑛+1 1 1 1 2𝑛
lim (1 + ) = lim (1 + ) = lim [(1 + ) (1 + ) ]
𝑥→+∞ 𝑥−1 𝑛→+∞ 𝑛 𝑛→+∞ 𝑛 𝑛
2
2
1 1 𝑛
= lim (1 + ) lim [(1 + ) ] = 1 ⋅ 𝑒 2 = 𝑒 2
𝑛→+∞ 𝑛 𝑛→+∞ 𝑛
Gabarito: D
68. (EN/2023)

AULA 05 – CÁLCULO I 144


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𝒇(𝒙)
Seja 𝒇 uma função definida no conjunto dos números reais. Supondo que 𝐥𝐢𝐦 = 𝑳, é correto
𝒙→𝟎 𝒙
𝒇(𝒙𝟐 −𝟏)
afirmar que o valor do 𝐥𝐢𝐦 é igual a:
𝒙→𝟏 𝒙−𝟏

a) −𝟐𝑳

b) −𝑳

c) 𝟎

d) 𝑳

e) 𝟐𝑳
Comentários
Manipulando o limite pedido:
𝑓(𝑥 2 − 1) 𝑓(𝑥 2 − 1)(𝑥 + 1) 𝑓(𝑥 2 − 1)
lim = lim = lim 2 lim(𝑥 + 1)
𝑥→1 𝑥−1 𝑥→1 𝑥2 − 1 𝑥→1 𝑥 − 1 𝑥→1

Fazendo 𝑥 2 − 1 = 𝑦, temos que 𝑥 → 1 implica 𝑦 → 0, logo:


𝑓(𝑥 2 − 1) 𝑓(𝑦)
lim lim ( 𝑥 + 1 ) = lim lim(𝑥 + 1) = 2𝐿
𝑥→1 𝑥 2 − 1 𝑥→1 𝑦→0 𝑦 𝑥→1

Gabarito: E
69. (EFOMM/2022)
𝟒
O valor do limite 𝐥𝐢𝐦(𝟏 − 𝟐𝒙)𝒙 é
𝒙→𝟎

a) 𝒆−𝟖

b) 𝒆−𝟒

c) 𝒆𝟐

d) 𝒆𝟒

e) 𝒆𝟖
Comentários
Fazendo uma mudança de variável:
1 1 1
−2𝑥 = ⇔𝑦=− ⇔𝑥=−
𝑦 2𝑥 2𝑦
Para 𝑥 → 0, temos 𝑦 → −∞, logo o limite torna-se:
−8
1 −8𝑦 1 𝑦
lim (1 + ) = lim [(1 + ) ] = 𝑒 −8
𝑦→−∞ 𝑦 𝑦→−∞ 𝑦
Gabarito: A

AULA 05 – CÁLCULO I 145


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70. (EFOMM/2023)

Assinale a alternativa que contém o valor do limite abaixo.


|𝟐𝒙 − 𝟏| − |𝟐𝒙 + 𝟏|
𝐥𝐢𝐦
𝒙→𝟎 𝒙
a) −𝟒

b) −𝟐

c) 𝟎

d) 𝟐

e) 𝟒
Comentários
1 1
Para − < 𝑥 < , temos:
2 2
|2𝑥 − 1| − |2𝑥 + 1| = −2𝑥 + 1 − (2𝑥 + 1) = −4𝑥
O limite é:
|𝟐𝒙 − 𝟏| − |𝟐𝒙 + 𝟏| −𝟒𝒙
𝐥𝐢𝐦 = 𝐥𝐢𝐦 = −𝟒
𝒙→𝟎 𝒙 𝒙→𝟎 𝒙

Gabarito: A

Derivadas
71. (EFOMM/2020)

Seja a função 𝒇: [𝒕; +∞] → ℝ, definida por 𝒇(𝒙) = 𝒙𝟑 − 𝟑𝒙𝟐 + 𝟏. O menor valor de 𝒕, para que a
função seja injetiva, é

a) −𝟏

b) 0

c) 1

d) 2

e) 3
Comentários
Como a função dada é crescente para 𝑥 → ∞, ela então será injetiva para valores de 𝑥
maiores ou iguais ao seu maior ponto de mínimo. Pois a partir desse ponto de mínimo para

AULA 05 – CÁLCULO I 146


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esquerda, os valores de imagem começarão a se repetir para diferentes pontos no domínio,


perdendo a propriedade de injetividade.
Assim, estamos interessados em calcular o maior ponto de mínimo dessa função cúbica.
Sabemos que pontos de máximo ou mínimo anulam a derivada da função. Portanto:
𝑓 ′ (𝑥) = 0 ⇒ 3𝑥 2 − 6𝑥 = 3𝑥 (𝑥 − 2) = 0 ⇒ 𝑥 = 0 𝑜𝑢 𝑥 = 2
Obviamente, o ponto de mínimo deve ser maior que o máximo, pois caso contrário, a
função não divergiria para o infinito com 𝑥 → ∞. Portanto:
𝑥𝑚𝑖𝑛 = 2 ⇒ 𝑡 = 2
Gabarito: D
72. (EFOMM/2020)

Sejam as funções reais 𝒇 e 𝒈 definidas por

𝒇(𝒙) = 𝒙𝟒 − 𝟏𝟎𝒙𝟑 + 𝟑𝟐𝒙𝟐 − 𝟑𝟖𝒙 + 𝟏𝟓 𝐞


𝒈(𝒙) = −𝒙𝟑 + 𝟖𝒙𝟐 − 𝟏𝟖𝒙 + 𝟏𝟔.
O menor valor de |𝒇(𝒙) − 𝒈(𝒙)| no intervalo [𝟏; 𝟑] é

a) 1

b) 2

c) 4

d) 5

e) 7
Comentários
Queremos analisar o menor valor de ℎ(𝑥) = |𝑓 (𝑥) − 𝑔(𝑥)| no intervalo [1,3]. Faremos isso
procurando pontos máximos ou mínimos da função ℎ(𝑥) nesse intervalo e depois os
compararemos com os extremos desse intervalo.
ℎ(𝑥) = |𝑓 (𝑥) − 𝑔(𝑥)| = |𝑥 4 − 9𝑥 3 + 24𝑥 2 − 20𝑥 − 1|
Supondo que a função dentro do módulo seja negativa para algum intervalo contido em
[1,3]. Assim:
ℎ(𝑥) = −𝑥 4 + 9𝑥 3 − 24𝑥 2 + 20𝑥 + 1
⇒ ℎ′ (𝑥) = −4𝑥 3 + 27𝑥 2 − 48𝑥 + 20 = 0
⇒ ℎ′ (𝑥) = −4𝑥 3 + 32 + 27𝑥 2 − 48𝑥 − 12 = 0
⇒ ℎ′ (𝑥) = −4(𝑥 3 − 8) + 27𝑥 2 − 54𝑥 + 6𝑥 − 12 = 0
⇒ −4(𝑥 − 2)(𝑥 2 + 2𝑥 + 4) + 27𝑥 (𝑥 − 2) + 6(𝑥 − 2) = 0
⇒ (𝑥 − 2)(−4𝑥 2 − 8𝑥 − 16 + 27𝑥 + 6) = 0

AULA 05 – CÁLCULO I 147


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⇒ (𝑥 − 2)(4𝑥 2 − 19𝑥 + 10) = 0


Assim, 𝑥 = 2 é raíz da derivada de ℎ(𝑥). As outras raízes não pertencem ao intervalo
desejado. Calculando o valor da função para 𝑥 = 2:
ℎ ( 2) = 1
Agora, comparando esse valor com o dos extremos:
ℎ ( 1) = 5
ℎ ( 3) = 7
Portanto, o menor valor é, de fato, para 𝑥 = 2, ℎ(2) = 1.
Gabarito: A
73. (EFOMM/2019)
Considere a função real 𝒇(𝒙) = 𝟏 + 𝐜𝐨𝐬 (𝟐√𝒙). Calcule a derivada de 𝒇(𝒙) em relação à 𝒙, ou seja:
𝒅𝒇(𝒙)
.
𝒅𝒙
𝒅𝒇(𝒙) 𝒔𝒆𝒏(𝟐√𝒙)
a) =
𝒅𝒙 √𝒙
𝒅𝒇(𝒙) −𝐜𝐨𝐬 (𝟐√𝒙)
b) =
𝒅𝒙 𝟐 √𝒙
𝒅𝒇(𝒙) −𝒔𝒆𝒏(𝟐𝒙𝟎,𝟓 )
c) =
𝒅𝒙 √𝒙
𝒅𝒇(𝒙) 𝐜𝐨𝐬 (𝟐𝒙𝟎,𝟓 )
d) =
𝒅𝒙 √𝒙
𝒅𝒇(𝒙)
e) = 𝟏 − 𝟐√𝒙 𝒔𝒆𝒏(𝟐√𝒙)
𝒅𝒙

Comentários
Calculando a derivada da função pela regra da cadeia:
𝑑𝑓 (𝑥) ′ 1 1
𝑓 ′ (𝑥 ) = = − sen(2√𝑥) ⋅ (2√𝑥) = − sen(2√𝑥) ⋅ 2 ⋅ 𝑥 2−1
𝑑𝑥 2
𝑑𝑓(𝑥) − sen(2√𝑥) − sen(2𝑥 0,5 )
= =
𝑑𝑥 √𝑥 √𝑥
Gabarito: C
74. (EFOMM/2019)
Considere a função real 𝒇(𝒙) = 𝒔𝒆𝒏(𝟐𝒙𝟐 ) + 𝐜𝐨𝐬(𝟐√𝒙). Calcule a derivada de 𝒇(𝒙) em relação a 𝒙,
𝒅𝒇(𝒙)
ou seja: .
𝒅𝒙
𝒅𝒇(𝒙) 𝒔𝒆𝒏(𝟐√𝒙)
a) = 𝟒𝒙 𝐜𝐨𝐬(𝟐𝒙𝟐 ) −
𝒅𝒙 √𝒙
𝒅𝒇(𝒙) 𝐜𝐨𝐬 (𝟐√𝒙)
b) = 𝟒𝒙 𝐜𝐨𝐬(𝟐𝐱 𝟐 ) +
𝒅𝒙 𝟐 √𝒙

AULA 05 – CÁLCULO I 148


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𝒅𝒇(𝒙) 𝒔𝒆𝒏(𝟐√𝒙)
c) = 𝟐𝒙𝟐 𝒔𝒆𝒏(𝟐𝒙𝟐 ) −
𝒅𝒙 √𝒙
𝒅𝒇(𝒙) 𝒔𝒆𝒏(√𝒙)
d) = 𝒔𝒆𝒏(𝟒𝒙𝟐 ) −
𝒅𝒙 √𝒙
𝒅𝒇(𝒙)
e) = 𝐜𝐨𝐬(𝟐𝒙𝟐 ) − 𝒔𝒆𝒏(𝟐√𝒙)
𝒅𝒙

Comentários
Vamos calcular a derivada pedida usando a regra da cadeia, chamando 𝑢 = 2𝑥² e 𝑣 = 2√𝑥:
𝑑𝑢 𝑑𝑣 1

= 4𝑥 𝑒 =
𝑑𝑥 𝑑𝑥 √𝑥
𝑑𝑓(𝑥) 𝑑(sen 𝑢) 𝑑𝑢 𝑑 (cos 𝑣 ) 𝑑𝑣 𝑑𝑢 𝑑𝑣
= ⋅ + ⋅ = cos 𝑢 ⋅ − sen 𝑣 ⋅
𝑑𝑥 𝑑𝑢 𝑑𝑥 𝑑𝑣 𝑑𝑥 𝑑𝑥 𝑑𝑥
𝑑𝑓 (𝑥) sen(2√𝑥)
⇒ = 4𝑥 cos(2𝑥 2 ) −
𝑑𝑥 √𝑥
Gabarito: A
75. (EFOMM/2018)
𝟏 𝟏
A equação da reta tangente ao gráfico 𝒇(𝒙) = 𝒙 no ponto (𝟓, 𝟓) será

a) 𝟐𝟓𝒚 + 𝒙 − 𝟏𝟎 = 𝟎.

b) 𝟏𝟎𝒚 − 𝒙 + 𝟕 = 𝟎

c) 𝟕𝒚 + 𝟐𝒙 − 𝟐 = 𝟎.

d) 𝟏𝟎𝒚 + 𝒙 − 𝟏𝟎 = 𝟎.

e) 𝟓𝒚 + 𝒙 − 𝟏𝟎 = 𝟎.
Comentários
O valor da derivada de uma função num ponto é igual ao coeficiente angular 𝑎 da reta
1
tangente 𝑡: 𝑦 = 𝑎𝑥 + 𝑏 ao gráfico dessa função naquele ponto. Portanto, como o ponto é (5, ),
5
1
de abcissa 𝑥 = 5 𝑒 𝑦 = 𝑓(5) = :
5

𝑎 = 𝑓′(5)
1
𝑓 (𝑥 ) = = 𝑥 −1 ⇒ 𝑓 ′ (𝑥) = −1 ⋅ 𝑥 −1−1
𝑥
1 1 1
⇒ 𝑓 ′ (𝑥 ) = − 2 ⇒ 𝑓 ′ (5) = − 2 = −
𝑥 5 25
1
⇒𝑎=−
25

AULA 05 – CÁLCULO I 149


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𝑥
Portanto, a reta tangente é da forma 𝑡: 𝑦 = − + 𝑏. Como essa reta passa pelo ponto de
25
tangência, podemos substituir suas coordenadas na equação da reta:
1 1 5 2
(5, ) ∈ 𝑡 ⇒ = − +𝑏 ⇒
5 5 25 5
Portanto a equação da reta tangente desejada é:
𝑥 2
𝑡: 𝑦 = − + ⇒ 25𝑦 = −𝑥 + 10 ⇒ 𝑡: 25𝑦 + 𝑥 − 10 = 0
25 5
Gabarito: A
76. (EFOMM/2018)

Seja 𝑪 = {𝒂𝟏 , 𝒂𝟐 , 𝒂𝟑 … 𝒂𝒏 } com 𝒂𝟏 ≥ 𝒂𝟐 ≥ 𝒂𝟑 ≥ ⋯ ≥ 𝒂𝒏 , o conjunto das 𝒏 raízes da equação:


𝟏 𝒅 𝟑 𝟓
⋅ (𝒙 − 𝟒) + = −𝟒(𝒙 + 𝟏) + 𝟒𝒙
𝟑 𝒅𝒙 (𝒙 − 𝟐)−𝟏
Determine o valor de 𝒂𝒏𝟏 + 𝒂𝒏𝟐 + ⋯ + 𝒂𝒏𝒏

a) −𝟓

b) 𝟕

c) 𝟐𝟓

d) 𝟑𝟔

e) 𝟑𝟕
Comentários
Vamos reescrever a equação calculando a derivada:
𝟏 𝒅 𝟑 𝟓 𝟏
⋅ (𝒙 − 𝟒) + = −𝟒(𝒙 + 𝟏) + 𝟒𝒙 ⇒ (𝟑𝒙𝟐 ) + 𝟓(𝒙 − 𝟐) = −𝟒𝒙 − 𝟒 + 𝟒𝒙
𝟑 𝒅𝒙 (𝒙 − 𝟐)−𝟏 𝟑
⇒ 𝒙𝟐 + 𝟓𝒙 − 𝟏𝟎 = −𝟒 ⇒ 𝒙𝟐 + 𝟓𝒙 − 𝟔 = 𝟎 ⇒ (𝒙 − 𝟏)(𝒙 + 𝟔) = 𝟎
Portanto, a equação dada tem duas raízes 𝒙 = 𝟏 𝒆 𝒙 = −𝟔. Portanto, 𝒏 = 𝟐 e 𝒂𝟏 = 𝟏 e 𝒂𝟐 =
−𝟔. Logo:

𝒂𝟐𝟏 + 𝒂𝟐𝟐 = 𝟏 + 𝟑𝟔 = 𝟑𝟕
Gabarito: E
77. (EFOMM/2017)

A equação da reta tangente ao gráfico da função 𝒇(𝒙) = 𝟓𝒔𝒆𝒏𝒙 no ponto 𝒙 = 𝟎 é:

a) 𝒚 = (𝐥𝐧 𝟓)𝒙 + 𝟏
b) 𝒚 = (− 𝐥𝐧 𝟓)𝒙 − 𝟏

AULA 05 – CÁLCULO I 150


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c) 𝒚 = 𝟓𝒙 + 𝟏

d) 𝒚 = 𝒙 + 𝟏

e) 𝒚 = −𝒙 + 𝟏
Comentários
O valor da derivada de uma função num ponto (𝑥0 , 𝑦0 ) é igual ao coeficiente angular 𝑎 da
reta tangente 𝑡: 𝑦 = 𝑎𝑥 + 𝑏 ao gráfico dessa função naquele ponto. Para 𝑥 = 0:
𝑓 (0) = 5sen 0 = 50 = 1 ⇒ (𝑥0 , 𝑦0 ) = (0,1)
Portanto:
𝑎 = 𝑓 ′ (0)
𝑑 (5sen 𝑥 ) 𝑑 (5𝑢 ) 𝑑𝑢 𝑑 (sen 𝑥 )
𝑓 ′ (𝑥 ) = = ⋅ = 5𝑢 ⋅ ln 5 ⋅ = 5𝑢 ⋅ ln 5 ⋅ cos 𝑥
𝑑𝑥 𝑑𝑢 𝑑𝑥 𝑑𝑥
⇒ 𝑓 ′ (𝑥) = 5𝑠𝑒𝑛 𝑥 ⋅ ln 5 ⋅ cos 𝑥 ⇒ 𝑓 ′ (0) = ln 5 = 𝑎
Assim, a reta tangente é da forma 𝑡: 𝑦 = ln 5 ⋅ 𝑥 + 𝑏. Mas essa reta passa pelo ponto de
tangência (𝑥0 , 𝑦0 ) = (0,1), logo essas coordenadas satisfazem a equação da reta:
1 = ln 5 ⋅ 0 + 𝑏 ⇒ 𝑏 = 1
⇒ 𝑟𝑒𝑡𝑎 𝑡𝑎𝑛𝑔𝑒𝑛𝑡𝑒 é 𝑡: 𝑦 = (ln 5)𝑥 + 1
Gabarito: A
78. (Escola Naval/2019)

Sejam 𝒑(𝒙), 𝒒(𝒙) e 𝒓(𝒙) polinômios reais. Considere que 𝒑(𝒙) cumpre os seguintes requisitos:

I- O polinômio 𝒒(𝒙) = 𝟑𝒙𝟑 − 𝟐𝟏𝒙 + 𝟏𝟖 divide 𝒑(𝒙);

II- 𝒑(𝟎) = 𝟏𝟔𝟐;

III- 𝟏 é a raiz de 𝒑′(𝒙);

IV- 𝒑′ (𝟎) = −𝟒𝟕𝟕;


𝒑(𝒙)
V- = 𝒒(𝒙).
𝒓(𝒙)

Sabendo que o 𝒈𝒓(𝒒(𝒙)) > 𝒈𝒓(𝒓(𝒙)) e 𝒑′(𝒙) indica a primeira derivada de 𝒑(𝒙), assinale a opção
que apresenta o polinômio 𝒓(𝒙).

a) 𝒓(𝒙) = −𝟗𝒙 + 𝟗

b) 𝒓(𝒙) = 𝟕𝒙𝟐 − 𝟏𝟔𝒙 + 𝟗

c) 𝒓(𝒙) = −𝟓𝒙𝟐 + 𝟏𝟔𝒙 + 𝟗


d) 𝒓(𝒙) = 𝟑𝒙𝟐 + 𝟏𝟒𝒙 + 𝟗

AULA 05 – CÁLCULO I 151


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e) 𝒓(𝒙) = −𝟏𝟔𝒙 + 𝟗
Comentários
Veja que, como o grau de 𝑞(𝑥) (3) é maior que o grau de 𝑟(𝑥), então vamos considerar
que 𝑟(𝑥) é, pelo menos, do segundo grau:
𝑟(𝑥) = 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐
Vamos trabalhar com a equação:
𝑝 (𝑥 )
= 𝑞 (𝑥 ) ⇒ 𝑝 (𝑥 ) = 𝑞 (𝑥 ) ⋅ 𝑟 (𝑥 )
𝑟 (𝑥 )
Como 𝑝(0) = 162, e 𝑞(0) = 18 e 𝑟(0) = 𝑐:
𝑝(0) = 𝑞(0) ⋅ 𝑟(0) ⇒ 162 = 18 ⋅ 𝑐 ⇒ 𝑐 = 9
Calculando a derivada de 𝑝(𝑥):
𝑝 (𝑥 ) = 𝑞 (𝑥 ) ⋅ 𝑟 (𝑥 ) ⇒ 𝑝 ′ (𝑥 ) = 𝑞 ′ (𝑥 ) ⋅ 𝑟 (𝑥 ) + 𝑞 ( 𝑥 ) ⋅ 𝑟 ′ (𝑥 )
⇒ 𝑝′ (𝑥) = (9𝑥 2 − 21)(𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 9) + (3𝑥 3 − 21𝑥 + 18)(2𝑎𝑥 + 𝑏)
1 é raiz de 𝑝′(𝑥):
𝑝′ (1) = 0 ⇒ 0 = (9 − 21)(𝑎 + 𝑏 + 9) + (3 − 21 + 18)(2𝑎𝑥 + 𝑏)
⇒ 𝑎+𝑏+9=0
𝑝′ (0) = −477 ⇒ −477 = −21 ⋅ 9 + 18 ⋅ 𝑏
⇒ 18𝑏 = −288 ⇒ 𝑏 = −16
𝑎 + 𝑏 + 9 = 0 ⇒ 𝑎 − 16 + 9 = 0 ⇒ 𝑎 = 7
⇒ 𝑟(𝑥) = 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 = 7𝑥 2 − 16𝑥 + 9
Gabarito: B
79. (Escola Naval/2019)
𝒇(𝒙)−𝒇(𝒃) 𝒇(𝒃+𝒑)−𝒇(𝒃−𝒑)
Seja 𝒇 uma função real. Supondo que 𝐥𝐢𝐦 = 𝑴, calcule 𝐥𝐢𝐦 e assinale a opção
𝒙→𝒃 𝒙−𝒃 𝒑→𝟎 𝒑

correta.

a) 𝑴

b) −𝑴

c) 𝟐𝑴

d) −𝟐𝑴

e) 𝟎
Comentários

AULA 05 – CÁLCULO I 152


Prof. Victor So

O primeiro limite equivale à derivada de 𝑓 no ponto 𝑥 = 𝑏. Vamos manipular o segundo


para chegar em alguma expressão equivalente à derivada de 𝑓 em 𝑏.
Da primeira expressão, temos:
𝑓 (𝑥) − 𝑓(𝑏)
lim =𝑀
𝑥→𝑏 𝑥−𝑏
Fazendo 𝑥 − 𝑏 = 𝑝:
𝑥→𝑏⇒𝑝→0
Assim, o limite fica:
𝑓 (𝑏 + 𝑝) − 𝑓(𝑏)
lim =𝑀
𝑝→0 𝑝
Essa também é uma expressão da derivada de 𝑓 no ponto 𝑥 = 𝑏. Agora olhando para o
outro limite, vamos adicionar e subtrair no numerador 𝑓(𝑏):
𝑓 (𝑏 + 𝑝 ) − 𝑓 (𝑏 − 𝑝 ) 𝑓 (𝑏 + 𝑝 ) − 𝑓 (𝑏 ) + 𝑓 (𝑏 ) − 𝑓 (𝑏 − 𝑝 )
lim = lim
𝑝→0 𝑝 𝑝→0 𝑝
𝑓 (𝑏 + 𝑝 ) − 𝑓 (𝑏 − 𝑝 ) 𝑓 (𝑏 + 𝑝) − 𝑓(𝑏) 𝑓(𝑏) − 𝑓(𝑏 − 𝑝)
⇒ lim = lim + lim
𝑝→0 𝑝 ⏟
𝑝→0 𝑝 𝑝→0 𝑝
𝑀
𝑓 (𝑏 + 𝑝 ) − 𝑓 (𝑏 − 𝑝 ) 𝑓(𝑏) − 𝑓(𝑏 − 𝑝)
⇒ lim = 𝑀 + lim
𝑝→0 𝑝 𝑝→0 𝑝
Agora, vamos manipular o limite da parte direita acima:
𝑓 (𝑏) − 𝑓(𝑏 − 𝑝) 𝑓 (𝑏 − 𝑝) − 𝑓(𝑏)
lim = lim
𝑝→0 𝑝 𝑝→0 −𝑝
Mudando a variável: ℎ = −𝑝 ⇒ 𝑝 → 0 ⇒ ℎ → 0:
𝑓 (𝑏 − 𝑝 ) − 𝑓 (𝑏 ) 𝑓 (𝑏 + ℎ ) − 𝑓 (𝑏 )
lim = lim = 𝑓 ′ (𝑏 ) = 𝑀
𝑝→0 −𝑝 ℎ→0 ℎ
𝑓 (𝑏) − 𝑓(𝑏 − 𝑝)
⇒ lim =𝑀
𝑝→0 𝑝
Portanto:
𝑓 ( 𝑏 + 𝑝 ) − 𝑓 (𝑏 − 𝑝 ) 𝑓(𝑏) − 𝑓(𝑏 − 𝑝)
lim = 𝑀 + lim = 2𝑀
𝑝→0 𝑝 ⏟
𝑝→0 𝑝
𝑀

Gabarito: C
80. (Escola Naval/2019)
Sabendo que 𝒇 é uma função definida por 𝒇(𝒙) = 𝒙𝒙 e que 𝑫 é o domínio de 𝒇, é correto afirmar
que:

AULA 05 – CÁLCULO I 153


Prof. Victor So

𝟏
a) 𝒇 possui um máximo global em 𝒙 = 𝒆 em 𝑫.
𝟐
𝟏
b) 𝒇 possui um mínimo local em 𝒙 = 𝒆𝟐 em 𝑫.
𝟏
c) 𝒇 possui um máximo local em 𝒙 = 𝒆 em 𝑫.
𝟏
d) 𝒇 possui um mínimo global em 𝒙 = 𝒆 em 𝑫.

e) 𝒇 não possui máximo ou mínimo em 𝑫.


Comentários
Para analisarmos extremos da função (máximos e mínimos), precisamos analisar sua
derivada:
𝑥
𝑓 (𝑥) = 𝑥 𝑥 = (𝑒 ln 𝑥 ) = 𝑒 𝑥 ln 𝑥
Veja que, dessa maneira, o domínio da função precisa ser o domínio da função ln 𝑥, isto é:
𝐷 = ℝ∗+ .
Chamando 𝑢 = 𝑥 ln 𝑥:
𝑑𝑢 1
= (𝑥)′ ln 𝑥 + 𝑥 ⋅ (ln 𝑥 )′ = ln 𝑥 + 𝑥 ⋅ = ln 𝑥 + 1
𝑑𝑥 𝑥
𝑢
𝑓 (𝑥 ) = 𝑒
′(
𝑑𝑓 (𝑥) 𝑑 (𝑒 𝑢 ) 𝑑𝑢
⇒ 𝑓 𝑥) = = ⋅ = 𝑒 𝑢 ⋅ (ln 𝑥 + 1)
𝑑𝑥 𝑑𝑢 𝑑𝑥
⇒ 𝑓 ′ (𝑥) = 𝑒 𝑥 ln 𝑥 (ln 𝑥 + 1) = 𝑥 𝑥 (ln 𝑥 + 1)
Veja que, para termos um ponto extremo:
1
𝑓 ′ (𝑥) = 0 ⇒ ln 𝑥 + 1 = 0 ⇒ ln 𝑥 = −1 ⇒ 𝑥 =
𝑒
Veja que esse ponto é único nos reais, portanto é extremo global.
Para analisarmos se esse ponto extremo é máximo ou mínimo, basta calcular a segunda
1
derivada nesse ponto 𝑥 = :
𝑒
′(
𝑑𝑓 𝑥) 1
𝑓 ′′ (𝑥) = = (𝑥 𝑥 )′ ⋅ (ln 𝑥 + 1) + 𝑥 𝑥 (ln 𝑥 + 1)′ = 𝑥 𝑥 (ln 𝑥 + 1)2 + 𝑥 𝑥 ⋅
𝑑𝑥 𝑥
′′ ( ) 𝑥( 2 𝑥−1
⇒ 𝑓 𝑥 = 𝑥 ln 𝑥 + 1) + 𝑥
1
′′ ( −1 )
1 𝑒−1
⇒𝑓 𝑒 =( ) >0
𝑒
Portanto, a concavidade da função nesse ponto é para cima, o que indica que 𝑥 = 1/𝑒 é
ponto de mínimo global.
Gabarito: D

AULA 05 – CÁLCULO I 154


Prof. Victor So

81. (Escola Naval/2019)

Seja a curva determinada pelo lugar geométrico dos centros das circunferências do ℝ𝟐 , que
tangenciam a reta 𝒙 = 𝟐 e passam pelo ponto (𝟔, 𝟒). Sendo assim, a reta tangente a essa curva pelo
ponto (𝟔, 𝟖) possui equação:

a) 𝒚 − 𝟖 = 𝟎

b) 𝒙 + 𝒚 − 𝟔 = 𝟎

c) 𝒙 + 𝒚 − 𝟏𝟒 = 𝟎

d) 𝒙 − 𝒚 + 𝟐 = 𝟎

e) 𝒙 − 𝒚 + 𝟒 = 𝟎
Comentários
Seja a circunferência 𝜂 de centro (𝑥0 , 𝑦0 ) que satisfaz as condições do problema, e seu raio
é 𝑅. Então sua equação é:
(𝑥 − 𝑥0 )2 + (𝑦 − 𝑦0 )2 = 𝑅²
Como o ponto (6,4) passa por ela:
(6 − 𝑥0 )2 + (4 − 𝑦0 )2 = 𝑅2
Para 𝑥 = 2 só deve existir uma solução em 𝑦. Portanto, a equação do segundo grau em 𝑦
possui Δ = 0:
(2 − 𝑥0 )2 + (𝑦 − 𝑦0 )2 = 𝑅2 ⇒ 𝑦 2 − 2𝑦0 𝑦 + (𝑦02 + (2 − 𝑥0 )2 − 𝑅2 ) = 0
Δ = 0 ⇒ 4𝑦02 − 4(𝑦02 + (2 − 𝑥0 )2 − 𝑅2 ) = 0
⇒ (2 − 𝑥0 )2 = 𝑅2 = (6 − 𝑥0 )2 + (4 − 𝑦0 )2
⇒ 𝑥02 − 4𝑥0 + 4 = 36 − 12𝑥0 + 𝑥02 + (4 − 𝑦0 )2
⇒ (𝑦0 − 4)2 = 8(𝑥0 − 4)
Portanto, vemos que os centros (𝑥0 , 𝑦0 ) satisfazem a equação da parábola acima. A
parábola é:
𝑦 2 − 8𝑦 + 16 = 8𝑥 − 32
Como queremos a reta tangente no ponto (6,8), vamos achar a inclinação dessa reta
tangente nesse ponto, por meio da derivação implícita da equação acima, em função de 𝑥:
4
2𝑦𝑦 ′ − 8𝑦 ′ = 8 ⇒ 𝑦 ′ (𝑦 − 4) = 4 ⇒ 𝑦 ′ =
𝑦−4
Assim, a derivada no ponto (6,8), que é a inclinação desejada, é:
4
𝑦 ′ (6,8) = =1
8−4
Portanto, a reta é da forma 𝑦 = 𝑥 + 𝑏. Como passa por (6,8):

AULA 05 – CÁLCULO I 155


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8=6+𝑏 ⇒𝑏 =2
⇒𝑦=𝑥+2⇒ 𝑥−𝑦+2=0
Gabarito: “d”
82. (Escola Naval/2018)

Seja a função real 𝒇: [𝟐, 𝟒] → ℝ, definida por 𝒇(𝒙) = 𝟎, 𝟓𝒙𝟐 − 𝟒𝒙 + 𝟏𝟎 e o retângulo 𝑨𝑩𝑶𝑪, com
𝑨(𝒕, 𝒇(𝒕)), 𝑩(𝟎, 𝒇(𝒕)), 𝑶(𝟎, 𝟎) e 𝑪(𝒕, 𝟎), onde 𝒕 ∈ [𝟐, 𝟒]. Assinale a opção que corresponde ao
menor valor da área do retângulo 𝑨𝑩𝑶𝑪.

a) 𝟖
𝟏𝟓
b) 𝟐
𝟐𝟎𝟎
c) 𝟐𝟕
𝟓𝟎
d)
𝟗
𝟐𝟎
e) 𝟑

Comentários
Veja que os pontos formam um retângulo de base 𝑡 (positivo, pois o domínio de 𝑓 é entre
2 e 4) e altura 𝑓(𝑡):

A área desse retângulo é dada por


𝑡2 𝑡3
𝐴 ( 𝑡 ) = 𝑡 ⋅ 𝑓 (𝑡 ) = 𝑡 ( − 4𝑡 + 10) = − 4𝑡 2 + 10𝑡
2 2
4
Primeiramente, veja que 𝑓 (𝑡 ) = 0,5𝑥 2 − 4𝑥 + 10 = 0 possui Δ = 16 − ⋅ 10 = −4 < 0,
2
ou seja, não possui raízes reais. Assim, a função não assume valores negativos, nem sua área.
Para achar o mínimo dessa função, vamos calcular o ponto de derivada nula e ver se está
no domínio de 𝑓:

AULA 05 – CÁLCULO I 156


Prof. Victor So

′(
3𝑡 2 3
𝐴 𝑡) = − 8𝑡 + 10 = 0 ⇒ Δ = 64 − 4 ⋅ ⋅ 10 = 64 − 60 = 4
2 2
8±2 8−2
⇒𝑡= = 𝑡1 = =2
3 3
2⋅
2
8 + 2 10
𝑡2 = =
3 3
Ambas estão no domínio de 𝑓. Resta saber qual delas é o mínimo. O mínimo será aquele
ponto em que a concavidade seja para cima, isto é, com a segunda derivada no ponto positiva.
Analisando a segunda derivada de 𝐴(𝑡):
𝐴′′ (𝑡 ) = 3𝑡 − 8 ⇒ 𝐴′′ (2) = 6 − 8 < 0 ⇒ 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑜
10
𝐴′′ () = 10 − 8 = 2 > 0 ⇒ 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑚í𝑛𝑖𝑚𝑜
3
Assim, a área mínima é:
10 2
10 10 ) ( 10 200
𝐴( ) = ⋅( 3 −4⋅ + 10) =
3 3 2 3 27

Gabarito: C
83. (Escola Naval/2018)

Seja 𝒇: ℝ → ℝ. Assinale a opção que representa 𝒇(𝒙) que torna a inclusão 𝒇(𝑨) ∩ 𝒇(𝑩) ⊂ 𝒇(𝑨 ∩ 𝑩)
verdadeira para todo conjunto 𝑨 e 𝑩, tais que 𝑨, 𝑩 ⊂ ℝ.

a) 𝒇(𝒙) = 𝒆𝒙 𝐜𝐨𝐬(𝒙)

b) 𝒇(𝒙) = 𝒆𝒙 𝒔𝒆𝒏(𝒙)

c) 𝒇(𝒙) = 𝟏𝟕𝒆𝒙

d) 𝒇(𝒙) = (𝒙𝟑 )𝒆𝒙

e) 𝒇(𝒙) = (𝒙𝟐 − 𝟐𝒙 + 𝟏)𝒆𝒙


Comentários
Para que a condição do enunciado seja satisfeita, a função apenas precisa ser injetora. Veja:
𝑓 é injetora:
𝑦0 ∈ 𝑓 (𝐴) ∩ 𝑓 (𝐵) ⇒ 𝑦0 ∈ 𝑓 (𝐴) 𝑒 𝑦0 ∈ 𝑓 (𝐵)
⇒ ∃ 𝑥1 ∈ 𝐴 | 𝑓(𝑥1 ) = 𝑦0 𝑒 ∃ 𝑥2 ∈ 𝐵 |𝑓 (𝑥2 ) = 𝑦0
Entretanto, como 𝑓 é injetora:
𝑓 (𝑥1 ) = 𝑓 (𝑥2 ) ⇒ 𝑥1 = 𝑥2 = 𝑥0

AULA 05 – CÁLCULO I 157


Prof. Victor So

𝑥0 ∈ 𝐴 𝑒 𝑥0 ∈ 𝐵 ⇒ 𝑥0 ∈ 𝐴 ∩ 𝐵
Assim,
⇒ 𝑦0 = 𝑓 (𝑥0 ) ⇒ 𝑦0 ∈ 𝑓 (𝐴 ∩ 𝐵)
⇒ 𝑓 (𝐴 ) ∩ 𝑓 (𝐵 ) ⊂ 𝑓 (𝐴 ∩ 𝐵 )
Logo, basta buscarmos a função injetora dentre as alternativas (não possui máximo ou
mínimo), isto é, aquela que não tem raízes para sua derivada. Note que a função exponencial da
letra 𝑐) é injetora, e é a que deve ser marcada.
Gabarito: C
84. (Escola Naval/2018)

Quantas raízes reais possui a equação 𝟐 𝐜𝐨𝐬(𝒙 − 𝟏) = 𝟐𝒙𝟒 − 𝟖𝒙𝟑 + 𝟗𝒙𝟐 − 𝟐𝒙 + 𝟏?

a) 𝟎
b) 𝟏

c) 𝟐

d) 𝟑

e) Infinitas.
Comentários
Esse tipo de questão é resolvido por meio de análise gráfica das funções dadas, contando
o número de interseções dos gráficos das funções. Primeiramente, vamos calcular os pontos de
máximo e mínimo da função polinomial de quarto grau à direita:
𝑝(𝑥) = 2𝑥 4 − 8𝑥 3 + 9𝑥 2 − 2𝑥 + 1
𝑝′ (𝑥) = 8𝑥 3 − 24𝑥 2 + 18𝑥 − 2
Nos pontos de máximo e mínimo, a derivada da função é nula:
𝑝′ (𝑥) = 0 ⇒ 2(4𝑥 3 − 12𝑥 2 + 9𝑥 − 1) = 0
⇒ 4𝑥 3 − 12𝑥 2 + 9𝑥 − 1 = 0
Por inspeção, 𝑥 = 1 é raiz da equação acima. Fatorando esta, buscando o monômio 𝑥 − 1:
4𝑥 2 (𝑥 − 1) − 8𝑥 (𝑥 − 1) + (𝑥 − 1) = 0
⇒ (𝑥 − 1)(4𝑥 2 − 8𝑥 + 1) = 0
⇒ (𝑥 − 1)(4𝑥 2 − 8𝑥 + 4 − 3) = 0
⇒ (𝑥 − 1)[4(𝑥 − 1)2 − 3] = 0
Portanto as outras raízes da derivada de 𝑝 são tais que:
3 √3
4 (𝑥 − 1)2 − 3 = 0 ⇒ ( 𝑥 − 1)2 = ⇒𝑥 =1±
4 2

AULA 05 – CÁLCULO I 158


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Assim,
√3 √3
𝑝′ (𝑥) = 4(𝑥 − 1) (𝑥 − 1 − ) (𝑥 − 1 + )
2 2
Fazendo o estudo do sinal de 𝑝′ (𝑥):
√3 √3
𝑝 ′ (𝑥 ) < 0 ⇒ 𝑥 < 1 − 𝑜𝑢 1 < 𝑥 < 1 +
2 2
√3 √3
𝑝 ′ (𝑥 ) > 0 ⇒ 1 − < 𝑥 < 1 𝑜𝑢 𝑥 > 1 +
2 2
Portanto:
√3
𝑥 =1− é 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑚í𝑛𝑖𝑚𝑜 𝑙𝑜𝑐𝑎𝑙
2
𝑥 = 1 é 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑜 𝑙𝑜𝑐𝑎𝑙
√3
𝑥 =1+ é 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑚í𝑛𝑖𝑚𝑜 𝑙𝑜𝑐𝑎𝑙
2
Calculando o valor de 𝑝(𝑥) para esses pontos, mas dando uma arrumada na expressão
para facilitar as contas:
𝑝(𝑥) = 2𝑥 4 − 8𝑥 3 + 9𝑥 2 − 2𝑥 + 1 = 2𝑥 2 (𝑥 2 − 4𝑥 + 4) + (𝑥 2 − 2𝑥 + 1)
⇒ 𝑝(𝑥) = 2𝑥 2 (𝑥 − 2)2 + (𝑥 − 1)²
⇒ 𝑝 (1) = 2
√3 7
⇒ 𝑝 (1 − )=
2 8
√3 7
⇒ 𝑝 (1 + )=
2 8
As contas das substituições acima ficam a cargo do leitor. Assim, vemos que o valor mínimo
7
da função 𝑝(𝑥) é e seu valor máximo local em 𝑥 = 1 é 2. Assim, a função não possui raízes reais.
8

Agora, analisando a função do lado esquerdo da igualdade: 𝑓 (𝑥) = 2 cos(𝑥 − 1), uma
função periódica, de amplitude 2 cuja imagem é [−2,2]. Perceba que seu período é 2𝜋 e que
𝑓 (1) = 2 cos(0) = 2. Portanto, o ponto (1,2) é um ponto de interseção de 𝑝 e 𝑓, pois pertence
aos dois gráficos. Assim, fazendo o esboço do gráfico dessas funções com os valores até então
encontrados:

AULA 05 – CÁLCULO I 159


Prof. Victor So

Em verde, temos 𝑓(𝑥) = 2 cos(𝑥 − 1) e em vermelho, a função 𝑝(𝑥) = 2𝑥 2 (𝑥 − 2)2 +


(𝑥 − 1)2 . Assim, por meio das informações descritas acima, pode-se esboçar o gráfico e saber
quantas interseções vai haver entre os dois gráficos. Nesse caso, encontramos 3 interseções e,
portanto, três soluções reais para a equação.
Gabarito: D
85. (Escola Naval/2018)
𝒅𝒇(𝒙)
Seja 𝒇 uma função real, tal que > 𝟎, ∀𝒙 ∈ ℝ, ou seja, a função possui derivada positiva em toda
𝒅𝒙
a reta. Portanto, pode-se afirmar que 𝒇 é uma função:

a) crescente.

b) decrescente.

c) simétrica em torno de zero.

d) estritamente positiva.

e) convexa.
Comentários
Essa propriedade caracteriza a função como crescente em todo intervalo real. Veja:

AULA 05 – CÁLCULO I 160


Prof. Victor So

𝑑𝑓 (𝑥) 𝑓 (𝑥) − 𝑓 (𝑥0 )


> 0 ⇒ lim >0
𝑑𝑥 x→x0 𝑥 − 𝑥0
Se 𝑥 > 𝑥0 ⇒ 𝑥 − 𝑥0 > 0, então do limite acima ser positivo, temos:
⇒ 𝑓(𝑥) − 𝑓 (𝑥0 ) > 0 ⇒ 𝑓(𝑥) > 𝑓(𝑥0 )
⇒ 𝑥 > 𝑥0 ⇒ 𝑓(𝑥) > 𝑓(𝑥0 )
Se 𝑥 < 𝑥0 ⇒ 𝑥 − 𝑥0 < 0, então do limite acima ser positivo, temos:
⇒ 𝑓(𝑥) − 𝑓 (𝑥0 ) < 0 ⇒ 𝑓(𝑥) < 𝑓(𝑥0 )
⇒ 𝑥 < 𝑥0 ⇒ 𝑓(𝑥) < 𝑓 (𝑥0 )
Ora, as inequações emolduradas acima caracterizam uma função crescente.
Gabarito: A
86. (Escola Naval/2017)

Seja 𝒇(𝒙) = 𝒙 + 𝓵𝐧 (𝒙), 𝒙 > 𝟎. Sabendo que 𝒇 admite função inversa 𝒈, calcule 𝒈"(𝟏) e assinale a
opção correta.
𝟏
a) 𝟐
𝟏
b) 𝟒
𝟏
c) 𝟔
𝟏
d) 𝟖
𝟏
e) 𝟏𝟎

Comentários
Se 𝑔(𝑥) = 𝑓 −1 (𝑥), então:
𝑔(𝑓(𝑥)) = 𝑥
Derivando em ambos os lados em relação a 𝑥 e aplicando a regra da cadeia:
1
𝑔′ (𝑓(𝑥)) ⋅ 𝑓 ′ (𝑥) = 1 ⇒ 𝑔′ (𝑓(𝑥)) = (∗)
𝑓 ′ (𝑥 )
Derivando novamente a expressão à esquerda acima:
2
𝑔′′ (𝑓(𝑥)) ⋅ (𝑓 ′ (𝑥)) + 𝑔′ (𝑓(𝑥)) ⋅ 𝑓 ′′ (𝑥) = 0

′′
𝑔′ (𝑓(𝑥)) ⋅ 𝑓 ′′ (𝑥)
⇒ 𝑔 (𝑓(𝑥)) = −
[𝑓 ′ (𝑥)]2
Queremos 𝑔′′(1). Portanto, olhando para expressão acima, queremos que 𝑓 (𝑥) = 1:
𝑓(𝑥) = 1 ⇒ 𝑥 + ln 𝑥 = 1 ⇒ 𝑥 = 1

AULA 05 – CÁLCULO I 161


Prof. Victor So

Assim:
𝑔′ (𝑓(1)) ⋅ 𝑓 ′′ (1)
𝑔′′ (1) = 𝑔′′ (𝑓(1)) = −
[𝑓 ′ (1)]2
Vamos calcular 𝑓 ′ (𝑥) 𝑒 𝑓′′(𝑥):
1 1
𝑓 (𝑥) = 𝑥 + ln 𝑥 ⇒ 𝑓 ′ (𝑥) = 1 + ⇒ 𝑓 ′′ (𝑥) = − 2
𝑥 𝑥
Portanto:
1
𝑓 ′ (1) = 1 + =2
1
1
𝑓 ′′ (1) = − = −1
12
Aplicando em (∗):
1 1
𝑔′ (𝑓(1)) = =
𝑓 ′ (1) 2
Assim, por fim:
1
𝑔 ′
(𝑓 ( 1 ) ) ⋅ 𝑓 ′′ ( )
1 ⋅ −1 1
𝑔′′ (1) = 𝑔′′ (𝑓(1)) = − = − 2 =
𝑓 ′ (1) 22 8
1
⇒ 𝑔′′ (1) =
8
Gabarito: D
87. (Escola Naval/2017)

A figura abaixo mostra o esboço do gráfico que representa a função real 𝒇 ∀𝒙 ∈ ]𝒂, 𝒃[

Assinale a opção que melhor representa o esboço do gráfico de 𝒇′ , ∀𝒙 ∈ ]𝒂, 𝒃[

AULA 05 – CÁLCULO I 162


Prof. Victor So

a)

b)

c)

d)

AULA 05 – CÁLCULO I 163


Prof. Victor So

e)

Comentários
Para marcar a alternativa correta, precisamos analisar o gráfico de 𝑓 com respeito a sua
derivada e derivada segunda:
1. Veja que entre 𝑎 𝑒 𝑏 há três extremos locais (máximos ou mínimos locais), que são pontos
onde a derivada da função é nula. Portanto, no gráfico de 𝑓′ teremos três raízes entre 𝑎 𝑒 𝑏,
o que nos faz anular as alternativas c) e d).
2. Veja ainda que a função segue essa ordem de 𝑎 para 𝑏: crescente, decrescente, crescente
e decrescente. Isso significa que a derivada deve seguir a ordem: positiva, negativa,
positiva negativa. Isso nos faz descartar a alternativa b).
3. Para discernirmos qual dentre as alternativas a) e e) está correta, olhemos para o mínimo
local da função 𝑓: na figura é possível ver que esse mínimo ocorre para um valor de 𝑥 < 0.
Isto significa que a função derivada possui uma raiz 𝑥 < 0 mas muito próximo de zero. Na
alternativa a) essa raiz é positiva, como se pode ver, enquanto na alternativa e) ela é
negativa (embora esteja difícil a visualização aqui, na prova estava mais claro). Portanto, a
alternativa correta é a letra e).
Gabarito: E

AULA 05 – CÁLCULO I 164


Prof. Victor So

88. (Escola Naval/2017)

Sejam 𝑨, 𝑩, 𝑪, 𝑫 e 𝑿 pontos de ℝ𝟑 . Considere o tetraedro 𝑨𝑩𝑪𝑫 e a função real 𝒇, dada por 𝒇(𝒙) =
𝒙𝟑 −𝟏 → →
. Sabendo que o número real 𝒎 é o valor para que 𝑿 = 𝑨 + 𝒎 (𝑨𝑩 − ⃗⃗⃗⃗⃗
𝑨𝑪 + 𝑨𝑫) pertença ao plano
𝒙−𝟒 𝟑 𝟐
𝑩𝑪𝑫, calcule 𝒇′(−𝒎) e assinale a opção correta.
𝟏
a) 𝟐
𝟏
b) 𝟑
𝟏
c) 𝟒
𝟏
d) 𝟓
𝟏
e) 𝟔

Comentários
Se 𝑋 pertence ao plano 𝐵𝐶𝐷, então ele é da forma:
⃗⃗⃗⃗⃗ + 𝜂𝐵𝐷
𝑋 = 𝐵 + 𝜇𝐵𝐶 ⃗⃗⃗⃗⃗⃗ = 𝐵 + 𝜇(𝐶 − 𝐵) + 𝜂 (𝐷 − 𝐵)
⇒ 𝑋 = (1 − 𝜇 − 𝜂 )𝐵 + 𝜇𝐶 + 𝜂𝐷
É dado que:
→ → 𝐵−𝐴 𝐷−𝐴
𝑋 = 𝐴 + 𝑚 (𝐴𝐵 − 𝐴𝐶 ⃗⃗⃗⃗⃗ + 𝐴𝐷) ⇒ 𝑋 = 𝐴 + 𝑚 ( − (𝐶 − 𝐴 ) + )
3 2 3 2
𝑚 𝑚 𝑚 𝑚
⇒ 𝑋 = (1 − + 𝑚 − ) 𝐴 + ( ) 𝐵 + (−𝑚)𝐶 + ( ) 𝐷
3 2 3 2
Como queremos que só dependa de 𝐵, 𝐶 𝑒 𝐷, o coeficiente do ponto 𝐴 deve ser nulo:
𝑚 𝑚 𝑚 𝑚 𝑚
1 − + 𝑚 − = 0 ⇒ 1 = − ( − ) = − ⇒ 𝑚 = −6
3 2 2 3 6
Veja que satisfaz os coeficientes em 𝜇 𝑒 𝜂:
𝜇 = −𝑚 ⇒ 𝜇 = 6
𝑚
𝜂 = = −3
2
𝑚
⇒ = 1 − 𝜂 − 𝜇 ⇒ −2 = 1 − (−3) − 6 = −2 ⇒ 𝑂𝐾!
3
Assim, 𝑚 = −6. Queremos 𝑓 ′ (−𝑚) = 𝑓 ′ (6).
𝑥3 − 1 ′
(𝑥 3 − 1)′ ⋅ (𝑥 − 4) − (𝑥 3 − 1)(𝑥 − 4)′ 3𝑥 2 (𝑥 − 4) − (𝑥 3 − 1)
𝑓 (𝑥 ) = ⇒ 𝑓 (𝑥 ) = =
𝑥−4 (𝑥 − 4)2 (𝑥 − 4)2

′(
2𝑥 3 − 12𝑥 2 + 1 2𝑥 2 (𝑥 − 6) + 1
𝑓 𝑥) = =
(𝑥 − 4 )2 (𝑥 − 4)2

AULA 05 – CÁLCULO I 165


Prof. Victor So

1 1
⇒ 𝑓 ′ (6 ) = =
2² 4
Gabarito: C
89. (Escola Naval/2017)

Uma partícula se desloca da direita para a esquerda ao longo de uma parábola 𝒚 = √−𝒙, de modo
que a sua coordenada 𝒙 (medida em metros) diminua a uma velocidade de 8m/s. É correto afirmar
que a taxa de variação de ângulo de inclinação 𝜽, em rad/s, da reta que liga a partícula à origem,
quando 𝒙 = −𝟒, vale
𝟑
a) 𝟐
𝟐
b) 𝟓
𝟑
c) 𝟒
𝟏
d) 𝟓
𝟒
e) 𝟑

Comentários
Fazendo o desenho da curva que a partícula descreve, e escrevendo o ângulo da reta que
a liga à origem, temos:

Se queremos a taxa de variação de 𝜃 no tempo, isto é 𝑑𝜃/𝑑𝑡, vamos escrever


primeiramente uma expressão envolvendo 𝜃:

𝑦 √−𝑥 −1 1
𝑡𝑔 𝜃 = − =− = −√ ⇒ 𝑡𝑔 𝜃 = −(−𝑥 −1 )2
𝑥 𝑥 𝑥
Derivando em relação ao tempo, em ambos os lados e, usando a regra da cadeia:

AULA 05 – CÁLCULO I 166


Prof. Victor So

1
𝑑 (𝑡𝑔 𝜃) 𝑑 (−(−𝑥 −1 )2 )
=
𝑑𝑡 𝑑𝑡
𝑑 (𝑡𝑔 𝜃) 𝑑 (𝑡𝑔 𝜃) 𝑑𝜃 𝑑𝜃
= ⋅ = 𝑠𝑒𝑐 2 𝜃 ⋅
𝑑𝑡 𝑑𝜃 𝑑𝑡 𝑑𝑡
1 1
𝑑 (−(−𝑥 −1 )2 ) 𝑑 (−(−𝑥 −1 )2 ) 𝑑𝑥
= ⋅
𝑑𝑡 𝑑𝑥 𝑑𝑡
𝑑𝑥
O enunciado afirma que 𝑥 decresce a uma taxa de 8m/s, portanto = −8:
𝑑𝑡
1
1 1 1 2
𝑑 (−(−𝑥 −1 )2 ) 𝑑 (−(−𝑥 −1 )2 ) 𝑑 ((− ) )
𝑥
⇒ = −8 ⋅ =8⋅
𝑑𝑡 𝑑𝑥 𝑑𝑥
1
1
𝑑 (−(−𝑥 −1 )2 ) 1 1 −2 1 4√−𝑥
⇒ = 8 ⋅ ⋅ (− ) ⋅ 2 =
𝑑𝑡 2 𝑥 𝑥 𝑥2
Assim:
1
𝑑 (𝑡𝑔 𝜃) 𝑑 (−(−𝑥 −1 )2 ) 𝑑𝜃 4√−𝑥
= ⇒ 𝑠𝑒𝑐 2 𝜃 ⋅ =
𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑥2
𝑑𝜃 4√−𝑥 1
⇒ = ⋅
𝑑𝑡 𝑥2 𝑠𝑒𝑐 2 𝜃
2 1
Para 𝑥 = −4 ⇒ 𝑦 = √−(−4) = 2 ⇒ 𝑡𝑔𝜃 = − = −
4 2
1 5
⇒ 𝑠𝑒𝑐 2 𝜃 = 1 + 𝑡𝑔2 𝜃 = 1 + =
4 4
𝑑𝜃 4√−(−4) 1 8 4 2
⇒( ) = ⋅ = ⋅ =
𝑑𝑡 𝑥=−4 (−4)2 5 16 5 5
4
Gabarito: B
90. (Escola Naval/2016)

Seja 𝒇 a função da variável real 𝒙, definida por 𝒇(𝒙) = 𝟐𝒙𝟑 − 𝟑𝒙𝟐 − 𝟑𝒙 + 𝟒. O máximo relativo de
𝒇 vale:
𝟒+√𝟑
a) 𝟐
𝟒−√𝟑
b) 𝟐
𝟑√𝟑−𝟒
c) 𝟐

AULA 05 – CÁLCULO I 167


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𝟒+𝟑√𝟑
d) 𝟐
𝟑√𝟑
e) 𝟒 + 𝟐

Comentários
O máximo relativo da função dada é o máximo local que ela possui. Assim, a abcissa desse
ponto é tal que a derivada da função nele é nula:
𝑓 ′ (𝑥) = 6𝑥 2 − 6𝑥 − 3
𝑓 ′(𝑥) = 0 ⇒ 6𝑥 2 − 6𝑥 − 3 = 0 ⇒ 2𝑥 2 − 2𝑥 − 1 = 0
⇒ Δ = 4 − 4 ⋅ 2 ⋅ (−1) = 12
2 ± √12 1 ± √3
⇒𝑥= =
2⋅2 2
O ponto máximo é tal que a concavidade é para baixo, isto é 𝑓 ′′ (𝑥) < 0 nesse ponto:
𝑓 ′′ (𝑥) = 12𝑥 − 6
1 + √3 1 + √3
⇒ 𝑓′′ ( ) = 12 ( ) − 6 = 6 + 6√3 − 6 = 6√3 > 0 ⇒ 𝑀í𝑛𝑖𝑚𝑜 𝑙𝑜𝑐𝑎𝑙
2 2
1 − √3 1 − √3
⇒ 𝑓′′ ( ) = 12 ( ) − 6 = 6 − 6√3 − 6 = −6√3 < 0 ⇒ 𝑀á𝑥𝑖𝑚𝑜 𝑙𝑜𝑐𝑎𝑙
2 2
Assim, queremos o máximo local dessa função, que é:
1 − √3
𝑓( )
2
Arrumando 𝑓 de uma maneira inteligente:
1 1 1 1
𝑓(𝑥) = 2𝑥 2 (𝑥 − ) − 2𝑥 (𝑥 − ) − 4 (𝑥 − ) + 2 = (𝑥 − ) (2𝑥 2 − 2𝑥 − 4) + 2
2 2 2 2
1 1 1 9 1 1 2 9
𝑓 (𝑥) = (𝑥 − ) (2𝑥 (𝑥 − ) − (𝑥 − ) − ) + 2 = (𝑥 − ) [2 (𝑥 − ) − ] + 2
2 2 2 2 2 2 2
2
1 − √3 √3 √3 9 √3 3 9 3√3 4 + 3√3
⇒ 𝑓( )=− ⋅ [2 ⋅ (− ) − ] + 2 = − ⋅[ − ]+2= +2=
2 2 2 2 2 2 2 2 2

Gabarito: D
91. (Escola Naval/2016)

Assinale a opção que apresenta o intervalo onde a função 𝒇, de variável real, definida por 𝒇(𝒙) =
𝒙𝒆𝟐𝒙 , é côncava para cima

AULA 05 – CÁLCULO I 168


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a) [−𝟐, −𝟏[

b)] − 𝟏, +∞[

c) [−𝟏, +∞[

d) ] − ∞, −𝟏[
𝟏
e) ] − 𝟐 , +∞[

Comentários
A concavidade de uma função pode ser analisada pela segunda derivada dela. Uma função
é côncava para cima quando sua derivada segunda é positiva. Portanto, vamos achar para quais
valores de 𝑥 𝑓 ′′ (𝑥) > 0:
𝑓 (𝑥) = 𝑥𝑒 2𝑥 ⇒ 𝑓 ′ (𝑥) = (𝑥)′ 𝑒 2𝑥 + 𝑥 (𝑒 2𝑥 )′ = 𝑒 2𝑥 + 𝑥 ⋅ 2𝑒 2𝑥 = 𝑒 2𝑥 (1 + 2𝑥)

⇒ 𝑓 ′′ (𝑥) = (𝑒 2𝑥 (1 + 2𝑥)) = (𝑒 2𝑥 )′ (1 + 2𝑥) + 𝑒 2𝑥 (1 + 2𝑥)′ = 2𝑒 2𝑥 (1 + 2𝑥) + 𝑒 2𝑥 ⋅ 2
⇒ 𝑓 ′′ (𝑥) = 4𝑒 2𝑥 (1 + 𝑥)
Veja que:
𝑓 ′′ (𝑥) > 0 ⇒ 4𝑒 2𝑥 (1 + 𝑥) > 0
Como 4𝑒 2𝑥 > 0 ∀ 𝑥 ∈ ℝ:
⇒ 1 + 𝑥 > 0 ⇒ 𝑥 > −1
Portanto, a função é côncava para cima para todo 𝑥 ∈ ] − 1, +∞[
Gabarito: B
92. (Escola Naval/2016)

A curva plana 𝑪 é representada pelo gráfico da função real 𝒇(𝒙) = 𝒙𝐜𝐨𝐬 𝒙 e tem uma reta tangente
no ponto de abscissa 𝒙 = 𝝅. Essa reta tangente, o eixo 𝒚 e o arco de curva 𝒙𝟐 + 𝒚𝟐 − 𝟐𝝅𝒙 = 𝟎
situado abaixo do eixo 𝒙, determinaram uma região 𝑹, cuja área vale

a) 𝝅(𝝅 + 𝟏)
𝝅𝟐 𝟒
b) (𝝅 − )
𝟐 𝝅
𝝅𝟐 𝟒
c) (𝝅 + 𝝅)
𝟐
𝝅𝟐 𝟒
d) (𝝅 + 𝝅𝟐 )
𝟐

e) 𝝅(𝝅 + 𝟐)
Comentários
Vamos calcular a reta tangente 𝑡: 𝑦 = 𝑎𝑥 + 𝑏 ao gráfico de 𝑓 no ponto de abcissa 𝑥 = 𝜋.
Sabemos que o coeficiente angular dessa reta é igual à derivada da função em 𝑥 = 𝜋:

AULA 05 – CÁLCULO I 169


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𝑓 ′ (𝜋 ) = 𝑎
cos 𝑥
𝑓 (𝑥) = 𝑥 cos 𝑥 ⇒ 𝑓(𝑥) = (𝑒 ln 𝑥 ) = 𝑒 cos 𝑥⋅ln 𝑥
cos 𝑥
⇒ 𝑓 ′ (𝑥) = 𝑒 cos 𝑥⋅ln 𝑥 ⋅ (cos 𝑥 ⋅ ln 𝑥 )′ = 𝑒 cos 𝑥⋅ln 𝑥 ⋅ (−𝑠𝑒𝑛 𝑥 ln 𝑥 + )
𝑥
cos 𝑥
⇒ 𝑓 ′ (𝑥) = 𝑥 cos 𝑥 (−𝑠𝑒𝑛 𝑥 ln 𝑥 + )
𝑥
cos 𝜋 1 1 1
⇒ 𝑓 ′ (𝜋) = 𝜋 cos 𝜋 (−𝑠𝑒𝑛 𝜋 ln 𝜋 + ) = (− ) = − 2 = 𝑎
𝜋 𝜋 𝜋 𝜋
𝑥
⇒ 𝑡: 𝑦 = − 2 + 𝑏
𝜋
Para achar 𝑏, basta usarmos o fato da reta passar pelo ponto de tangência (𝜋, 𝑓 (𝜋)) =
1
(𝜋, ):
𝜋

1 𝜋 2
=− 2+𝑏 ⇒ 𝑏 =
𝜋 𝜋 𝜋
2𝜋 − 𝑥
⇒ 𝑡: 𝑦 =
𝜋2
Agora, identificando a curva abaixo do eixo 𝑥 (𝑦 < 0)
𝑥 2 + 𝑦 2 − 2𝜋𝑥 = 0 ⇒ (𝑥 2 − 2𝜋𝑥 + 𝜋 2 ) + 𝑦 2 = 𝜋 2
⇒ (𝑥 − 𝜋 )2 + 𝑦 2 = 𝜋 2
A equação acima é de uma circunferência centrada em (𝜋, 0) de raio 𝜋. Se considerarmos
apenas os valores de 𝑦 < 0, teremos uma semicircunferência. Assim, traçando a reta 𝑡 e essa
semicircunferência no plano cartesiano:

AULA 05 – CÁLCULO I 170


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Assim, a área desejada é a área do triângulo retângulo 𝐴𝐵𝐶 acima mais a área do
semicírculo de raio 𝜋:
2
𝐴𝐵 ⋅ 𝐵𝐶 𝜋(𝜋 2 ) (2𝜋 ⋅ 𝜋) 𝜋 3 𝜋3 𝜋2 4
𝐴= + = + =2+ = (𝜋 + 2 )
2 2 2 2 2 2 𝜋
Gabarito: D
93. (Escola Naval/2016)

Um cilindro circular reto tem área total 𝑨, raio da base 𝑹 e altura 𝒉. Se o volume máximo desse
cilindro é expresso por um número real 𝒎 e a função 𝒇 da variável real 𝒙 é definida por 𝒇(𝒙) =
𝟏
(𝟐𝝅𝒙𝟐 )𝟑 + 𝟏, pode-se dizer que 𝒇(𝒎) vale:
𝟏
a) 𝟑 𝑨

b) 𝑨 + 𝟑
𝟏
c) 𝟑 (𝑨 + 𝟑)
𝟏
d) 𝟑 (𝑨 − 𝟑)
√𝟐
e) 𝑨 +𝟏
𝟑

Comentários

AULA 05 – CÁLCULO I 171


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Se 𝐴 é a área total, então ele é a soma das áreas das bases circulares mais a área lateral do
cilindro:
⇒ 𝐴 = 2 ⋅ 𝜋𝑅2 + 2𝜋𝑅 ⋅ ℎ
Queremos analisar o volume desse cilindro, considerando que 𝐴 é constante:
𝑉 = 𝜋𝑅2 ℎ
Mas: 𝐴 = 2 ⋅ 𝜋𝑅2 + 2𝜋𝑅 ⋅ ℎ ⇒ 𝐴𝑅 = 2𝜋𝑅3 + 2𝜋𝑅2 ℎ

2
𝑅 (𝐴 − 2𝜋𝑅2 )
⇒ 𝜋𝑅 ℎ =
2
Portanto, o volume fica:
𝑅 (𝐴 − 2𝜋𝑅2 )
𝑉=
2
′( )
O volume é máximo quando 𝑉 𝑅 = 0:

𝐴 − 6𝜋𝑅² 𝐴
𝑉 ′ (𝑅) = = 0 ⇒ 𝐴 = 6𝜋𝑅2 ⇒ 𝑅 = √
2 6𝜋
Assim, o volume máximo é dado por:

𝐴 √ 𝐴 (𝐴 − 2𝜋 ⋅ 𝐴 ) 𝐴 𝐴
6𝜋 6𝜋
𝑚 = 𝑉 (√ ) = = √
6𝜋 2 3 6𝜋

Assim:
1 1
3 3 3
1 𝐴 3 𝐴 𝐴 1
𝑓 (𝑚 ) = (2𝜋𝑚2 )3 + 1 = (2𝜋 ⋅ ) + 1 = ( ) + 1 = + 1 = (𝐴 + 3)
9 ⋅ 6𝜋 27 3 3
Gabarito: C
94. (Escola Naval/2015)

Um gerador de corrente direta tem uma força eletromotriz de 𝑬 volts e uma resistência interna de
𝒓 𝒐𝒉𝒎𝒔. 𝑬 e 𝒓 são constantes. Se 𝑹 𝒐𝒉𝒎𝒔 é a resistência externa, a resistência total é
𝑬𝟐 𝑹
(𝒓 + 𝑹) 𝒐𝒉𝒎𝒔 e, se 𝑷 é a potência, então 𝑷 = . Sendo assim, qual é a resistência externa que
(𝒓+𝑹)𝟐
consumirá o máximo de potência?

a) 𝟐𝝅

b) 𝒓 + 𝟏
𝒓
c) 𝟐

d) 𝒓

AULA 05 – CÁLCULO I 172


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e) 𝒓(𝒓 + 𝟑)
Comentários
É dado que 𝐸 𝑒 𝑟 são constantes. A única variável é a resistência externa 𝑅. A função da
potência em função de 𝑅 é dada:
𝐸2 𝑅
𝑃 (𝑅 ) =
(𝑟 + 𝑅 )2
Queremos a resistência que consome o valor máximo de 𝑃, isto é, o valor de 𝑅 que anula
a derivada de 𝑃:
𝑃 ′ (𝑅 ) = 0

′(
(𝐸 2 𝑅)′ ⋅ (𝑟 + 𝑅)2 − 𝐸 2 𝑅 ⋅ [(𝑟 + 𝑅)2 ]′ 𝐸 2 (𝑟 + 𝑅)2 − 2(𝑟 + 𝑅)𝐸 2 𝑅
𝑃 𝑅) = =
(𝑟 + 𝑅 )4 (𝑟 + 𝑅 )4

′(
𝐸 2 (𝑟 + 𝑅) − 2𝐸²𝑅 𝐸²(𝑟 − 𝑅)
⇒ 𝑃 𝑅) = =
(𝑟 + 𝑅 )3 (𝑟 + 𝑅 ) 3
Assim, veja que para que 𝑃′ (𝑅) = 0:
𝐸²(𝑟 − 𝑅)
𝑃 ′ (𝑅 ) = 0 ⇒ =0⇒ 𝑅=𝑟
(𝑟 + 𝑅 ) 3
Precisa-se verificar que 𝑃′′ (𝑟) < 0 para que esse seja ponto de máximo, pois a concavidade
da função deve estar para baixo:

′′ (
𝐸 2 (𝑟 − 𝑅 ) −𝐸 2 (𝑟 + 𝑅)3 − 𝐸 2 (𝑟 − 𝑅) ⋅ 3(𝑟 + 𝑅)2 −𝐸 (𝑟 + 𝑅) + 3𝐸 2 (𝑅 − 𝑟)
𝑃 𝑅) = [ ] = =
(𝑟 + 𝑅 )3 (𝑟 + 𝑅 )6 (𝑟 + 𝑅 )4
−𝐸 (𝑟 + 𝑟) + 3𝐸 2 (𝑟 − 𝑟) −𝐸𝑟 𝐸
⇒ 𝑃′′ (𝑟) = 4
= 4
=− 3<0
(𝑟 + 𝑟 ) 8𝑟 8𝑟
Portanto, de fato para 𝑅 = 𝑟 a potência atinge seu valor máximo.
Gabarito: D
95. (Escola Naval/2015)

As curvas representantes dos gráficos de duas funções de variável real 𝒚 = 𝒇(𝒙) e 𝒚 = 𝒈(𝒙)
interceptam-se em um ponto 𝑷𝟎 (𝒙𝟎 , 𝒚𝟎 ), sendo 𝒙𝟎 ∈ 𝑫(𝒇) ∩ 𝑫(𝒈). É possível definir o ângulo
formado por essas duas curvas no ponto 𝑷𝟎 como sendo o menor ângulo formado pelas retas
tangentes àquelas curvas no ponto 𝑷𝟎 . Se 𝒇(𝒙) = 𝒙𝟐 − 𝟏, 𝒈(𝒙) = 𝟏 − 𝒙𝟐 e 𝜽 é o ângulo entre as
curvas na interseção de abscissa positiva, então, pode-se dizer que o valor da expressão
𝟏
𝟓𝝅 𝟕𝝅 𝟐
[(√𝟔 − √𝟐)𝒔𝒆𝒏 ( 𝟏𝟐 ) + 𝒄𝒐𝒔𝟐𝜽 − 𝐜𝐨𝐬 𝐬𝐞𝐜 ( 𝟔 )] é

AULA 05 – CÁLCULO I 173


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√𝟖𝟐
a) 𝟓
√𝟐
b) 𝟑 𝟓
𝟔𝟖
c) 𝟐𝟓
𝟕
d) 𝟐𝟓
√𝟏𝟕
e) 𝟐 𝟓

Comentários
Vamos encontrar o ponto de interseção entre 𝑓 (𝑥) e 𝑔(𝑥) de abcissa positiva 𝑥0 :
𝑦 = 𝑥2 − 1
{ ⇒ 2𝑦 = 0 ⇒ 𝑦 = 0 ⇒ 𝑥 2 = 1 ⇒ 𝑥0 = 1
𝑦 = 1 − 𝑥²
Assim, vamos encontrar o ângulo entre as retas tangentes a 𝑓 𝑒 𝑔, respectivamente 𝑡 𝑒 𝑠,
no ponto de interseção dessas curvas (𝑥0 , 𝑦0 ) = (1,0). A reta tangente à 𝑓 é 𝑡: 𝑦 = 𝑎𝑥 + 𝑏 e a
reta tangente à 𝑔 é 𝑠: 𝑦 = 𝑐𝑥 + 𝑑. Portanto, da teoria do cálculo diferencial, sabemos que:
𝑎 = 𝑓 ′ (𝑥0 ) = 𝑓 ′ (1)
𝑏 = 𝑔′ (𝑥0 ) = 𝑔′ (1)
𝑓 ′ (𝑥) = (𝑥 2 − 1)′ = 2𝑥 ⇒ 𝑓 ′ (1) = 2 = 𝑎
𝑔′ (𝑥) = (1 − 𝑥 2 )′ = −2𝑥 ⇒ 𝑔′ (1) = −2 = 𝑏
Assim, sabendo os coeficientes angulares das retas podemos calcular o menor ângulo 𝜃
entre elas por meio da fórmula da geometria analítica:
𝑏−𝑎 −2 − 2 4
𝑡𝑔 𝜃 = | |=| |=
1 + 𝑎𝑏 1−4 3

1 1 9 3
⇒ cos 𝜃 = √ = √ = √ =
1 + 𝑡𝑔2 𝜃 9 + 16 25 5
9
18 25 7
⇒ cos 2𝜃 = 2 cos² 𝜃 − 1 = − =−
25 25 25
Calculando os termos da expressão:
5𝜋 √2 1 √3 √6 + √2
𝑠𝑒𝑛 ( ) = 𝑠𝑒𝑛(75°) = 𝑠𝑒𝑛(30° + 45°) = ( + )=
12 2 2 2 4
5𝜋 √6 + √2 6 − 2
⇒ (√6 − √2)𝑠𝑒𝑛 ( ) = (√6 − √2) ⋅ = =1
12 4 4
7𝜋 1 1
𝑐𝑜𝑠𝑠𝑒𝑐 ( ) = = = −2
6 𝑠𝑒𝑛 (210°) − 1
2

AULA 05 – CÁLCULO I 174


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Assim, a expressão fica:


1
5𝜋 7𝜋 2 7 68 2√17
[(√6 − √2)𝑠𝑒𝑛 ( ) + 𝑐𝑜𝑠2𝜃 − cos sec ( )] = √1 − +2=√ =
12 6 25 25 5
Gabarito: E
96. (Escola Naval/2015)

O ângulo que a reta normal à curva C, definida por 𝒇(𝒙) = 𝒙𝒙−𝟏 , no ponto 𝒑(𝟐, 𝟐), faz com a reta
𝒓: 𝟑𝒙 + 𝟐𝒚 − 𝟓 = 𝟎 é
𝟏
a) 𝜽 = 𝐚𝐫𝐜𝐜𝐨𝐬 ((𝟓 + 𝟒 𝐥𝐧 𝟐) (𝟏𝟑(𝟐 + 𝟒 𝐥𝐧 𝟐 + 𝟒 𝐥𝐧𝟐 𝟐)−𝟐 ))

𝟏
b) 𝜽 = 𝐚𝐫𝐜𝐜𝐨𝐬 ((𝟓 + 𝟒 𝐥𝐧 𝟐) (𝟏𝟑(𝟐 − 𝟒 𝐥𝐧 𝟐 + 𝟒 𝐥𝐧𝟐 𝟐)−𝟐 ))

𝟏
c) 𝜽 = 𝐚𝐫𝐜𝐜𝐨𝐬 ((𝟓 + 𝟒 𝐥𝐧 𝟐) (𝟏𝟑(𝟐 + 𝟒 𝐥𝐧 𝟐 − 𝟒 𝐥𝐧𝟐 𝟐)−𝟐 ))

𝟏

𝟐 𝟐
d) 𝜽 = 𝐚𝐫𝐜𝐜𝐨𝐬 ((𝟓 + 𝟒 𝐥𝐧 𝟐) (𝟏𝟑(𝟐 + 𝟒 𝐥𝐧 𝟐 + 𝟒 𝐥𝐧 𝟐)) )

𝟏

𝟐
𝟐
e) 𝜽 = 𝐚𝐫𝐜𝐜𝐨𝐬 ((𝟓 + 𝟒 𝐥𝐧 𝟐) (𝟏𝟑(𝟐 + 𝟒 𝐥𝐧 𝟐 + 𝟒 𝐥𝐧 𝟐)))

Comentários
Vamos calcular a reta normal à curva 𝑓(𝑥) = 𝑥 𝑥−1 no ponto (2,2). Primeiramente vamos
calcular uma reta auxiliar 𝑡: 𝑦 = 𝑎𝑥 + 𝑏 tal que 𝑡 é tangente à 𝑓(𝑥) nesse mesmo ponto (2,2).
Sabemos que 𝑎 = 𝑓 ′ (2), que é a tangente do ângulo que a reta faz com a horizontal, ou
coeficiente angular da reta 𝑡.
Assim, calculando a derivada de 𝑓:
𝑥−1
𝑓 (𝑥) = 𝑥 𝑥−1 = [𝑒 ln 𝑥 ] = 𝑒 (𝑥−1) ln 𝑥
′ 1
⇒ 𝑓 ′ (𝑥) = 𝑒 (𝑥−1) ln 𝑥 ⋅ ((𝑥 − 1) ln 𝑥) = 𝑒 (𝑥−1) ln 𝑥 (ln 𝑥 + (𝑥 − 1) )
𝑥
= 𝑥 𝑥−1 ln 𝑥 + (𝑥 − 1)𝑥 𝑥−2
⇒ 𝑎 = 𝑓 ′ (2) = 22−1 ln 2 + (2 − 1)22−2 = 2 ln 2 + 1
Assim, como a reta normal 𝑛: 𝑦 = 𝑐𝑥 + 𝑑 é perpendicular à 𝑡, então o produto dos
coeficientes angulares é -1:
1 1
𝑎 ⋅ 𝑐 = −1 ⇒ 𝑐 = − =−
𝑎 2 ln 2 + 1

AULA 05 – CÁLCULO I 175


Prof. Victor So

Assim, o ângulo 𝜃 entre a reta normal 𝑛 de coeficiente angular 𝑐 e a reta 𝑟: 3𝑥 + 2𝑦 − 5 =


3 5
0 ⇒ 𝑦 = − 𝑥 + de coeficiente angular -3/2 é:
2 2
3 1
− +
𝑡𝑔𝜃 = | 2 2 ln 2 + 1| = |−6 ln 2 − 3 + 2| = 6 ln 2 + 1
3 4 ln 2 + 2 + 3 4 ln 2 + 5
1+
4 ln 2 + 2
1 1 (4 ln 2 + 5)2
⇒ 𝑐𝑜𝑠 2 𝜃 = = =
1 + 𝑡𝑔2 𝜃 6 ln 2 + 1 2 (4 ln 2 + 5)2 + (6 ln 2 + 1)2
1+( )
4 ln 2 + 5
1
⇒ cos 𝜃 = (5 + 4 ln 2) ⋅ (52 ln2 2 + 52 ln 2 + 26)−2

1
2 −
⇒ 𝜃 = arc cos ((5 + 4 ln 2) ⋅ (13(2 + 4 ln 2 + 4 ln 2)) 2)

Gabarito: D
97. (Escola naval/2014)
𝓵𝒏𝒙+𝟏
O gráfico que melhor representa a função real de variável real 𝒇(𝒙) = |𝓵𝒏𝒙−𝟏| é

a)

b)

c)

AULA 05 – CÁLCULO I 176


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d)

e)

Comentários
ln 𝑥+1
A função a ser analisada é 𝑓(𝑥) = | |. As primeiras impressões são das raízes de 𝑓:
ln 𝑥−1

ln 𝑥 + 1 1
𝑓 (𝑥 ) = 0 ⟺ | | = 0 ⟺ ln 𝑥 + 1 = 0 ⇒ ln 𝑥 = −1 ⇒ 𝑥 = 𝑒 −1 =
ln 𝑥 − 1 𝑒
Portanto, a função é nula para 𝑥 = 𝑒 −1 .
Outra coisa que podemos analisar é o limite quando 𝑥 → 𝑒. Nesse caso o numerador tende
a 2 e o denominador tende a 0, fazendo com que a função tenda a infinito. Portanto, embora 𝑥 =
𝑒 não pertença ao domínio dessa função, para valores próximos dele a função assume valores
indefinidamente grandes (tende a infinito tanto pela esquerda quanto pela direita).
Agora, analisando o limite quando 𝑥 → 0:
ln 𝑥 + 1 −∞
lim 𝑓 (𝑥) = lim | |=
𝑥→0 𝑥→0 ln 𝑥 − 1 −∞
Aplicando L’Hospital, sabendo que denominador possuem mesmo sinal para 𝑥 → 0:

AULA 05 – CÁLCULO I 177


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1
ln 𝑥 + 1 (ln 𝑥 + 1)′
lim | | = |lim | = |lim 𝑥 | = 1
𝑥→0 ln 𝑥 − 1 𝑥→0 (ln 𝑥 − 1) ′ 𝑥→0 1
𝑥
Assim, vemos que o limite é 1, ou seja, a função se aproxima de 1 quando 𝑥 se aproxima
de 0. Assim, as únicas alternativas possíveis são c) ou d). Veja que a única coisa que diferencia
1
essas duas alternativas é a concavidade da função 𝑓(𝑥) no intervalo de 0 < 𝑥 ≤ . Para isso,
𝑒
vamos calcular a segunda derivada da função nesse intervalo:
ln 𝑥 + 1 1 ln 𝑥 + 1
𝑓 (𝑥 ) = | | 0 < 𝑥 < ⇒ 𝑓 (𝑥 ) =
ln 𝑥 − 1 𝑒 ln 𝑥 − 1
1 1
(ln 𝑥 − 1) − (ln 𝑥 + 1) 2
⇒ 𝑓 ′ (𝑥 ) = 𝑥 2
𝑥 =−
(ln 𝑥 − 1) 𝑥 (ln 𝑥 − 1)2
1
′ (ln 𝑥 − 1)2 + 2𝑥 (ln 𝑥 − 1)
⇒ 𝑓 ′′ (𝑥) = (−
2
) = 2 [ 𝑥 ] = 2(ln 𝑥 + 1) > 0
𝑥 (ln 𝑥 − 1)2 𝑥 2 (ln 𝑥 − 1)4 𝑥 2 (ln 𝑥 − 1)3
1
Veja que a segunda derivada é sempre positiva no intervalo de 0 < 𝑥 < . Portanto, nesse
𝑒
intervalo a concavidade é sempre para cima, sendo a alternativa correta a letra d).
Gabarito: D
98. (Escola Naval/2014)

A concentração de um certo remédio no sangue, 𝒕 horas após sua administração, é dada pela
𝟏𝟎𝒕
fórmula 𝒚(𝒕) = (𝒕+𝟏)𝟐, 𝒕 ≥ 𝟎. Em qual dos intervalos abaixo a função 𝒚(𝒕) é crescente?

a) 𝒕 ≥ 𝟎
b) 𝒕 > 𝟏𝟎

c) 𝒕 > 𝟏

d) 𝟎 ≤ 𝒕 < 𝟏
𝟏
e) < 𝒕 < 𝟏𝟎
𝟐

Comentários
Queremos analisar em que intervalo a função é crescente. Isso equivale a analisar em que
intervalo a função derivada de 𝑦(𝑡) é positiva:
10𝑡
𝑦 (𝑡 ) =
(𝑡 + 1)2

′(
(10𝑡 )′ ⋅ (𝑡 + 1)2 − 10𝑡 ⋅ [(𝑡 + 1)2 ]′ 10(𝑡 + 1)2 − 10𝑡 ⋅ 2(𝑡 + 1)
⇒ 𝑦 𝑡) = =
(𝑡 + 1)4 (𝑡 + 1)4

AULA 05 – CÁLCULO I 178


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10(𝑡 + 1) − 20𝑡 10(1 − 𝑡 )


⇒ 𝑦 ′ (𝑡 ) = =
(𝑡 + 1)3 (𝑡 + 1) 3
Analisando os intervalos das alternativas, veja que apenas para o intervalo 0 ≤ 𝑡 < 1 a
função derivada é positiva, pois para esse intervalo a função 1 − 𝑡 > 0:
0 ≤ 𝑡 < 1 ⇒ −1 < −𝑡 ≤ 0 ⇒ 0 < 1 − 𝑡 ≤ 1
Além disso, para esse intervalo, 𝑡 + 1 também sempre é positiva. Veja:
0≤𝑡 <1⇒1≤𝑡+1<2⇒𝑡+1≥1>0
Assim, esse intervalo é o único entre as alternativas que faz com que 𝑦′(𝑡) seja positiva.
Portanto essa é a alternativa a ser marcada.
Gabarito: D
99. (Escola Naval/2014)

Considere a função real de variável real 𝒇(𝒙) = 𝒙𝟐 𝒆𝒙 . A que intervalo pertence à abscissa do ponto
de máximo local de 𝒇 em ] − ∞, +∞[ ?

a) [−𝟑, −𝟏]

b) [−𝟏, 𝟏[
𝟏
c) ]𝟎, 𝟐]

d) ]𝟏, 𝟐]

e) ]𝟐, 𝟒]
Comentários
Vamos calcular o ponto de máximo local da função dada. Esse ponto de máximo é tal que:
𝑓 ′ (𝑥 ) = 0
𝑓 ′ (𝑥) = 2𝑥𝑒 𝑥 + 𝑥 2 𝑒 𝑥 ⇒ 𝑓 ′ (𝑥) = 0 ⇒ 𝑥 (𝑥 + 2)𝑒 𝑥 = 0 ⇒ 𝑥 = 0 𝑜𝑢 𝑥 = −2
Precisamos descobrir qual desses dois é ponto de máximo. Um ponto é de máximo em 𝑓
quando a derivada segunda da função 𝑓 nesse ponto é negativa. Assim, vamos analisar 𝑓′′(0):
𝑓 ′′ (𝑥) = [𝑒 𝑥 (𝑥 2 + 2𝑥)]′ = 𝑒 𝑥 (𝑥 2 + 2𝑥) + 𝑒 𝑥 (2𝑥 + 2) = 𝑒 𝑥 (𝑥 2 + 4𝑥 + 2)
𝑓 ′′ (0) = 𝑒 0 (02 + 4 ⋅ 0 + 2) = 2 > 0
Portanto, 0 não é ponto de máximo, sobrando apenas −2 para sê-lo. Apenas o intervalo a)
contém esse ponto, e deve ser marcado.
Gabarito: A
100. (Escola Naval/2014)
𝟒
√𝟏𝟔+𝒉−𝟐
Se o limite 𝐥𝐢𝐦 ( 𝒉
) representa a derivada de uma função real de variável real 𝒚 = 𝒇(𝒙) em
𝒉→𝟎
𝒙 = 𝒂, então a equação da reta tangente ao gráfico de 𝒚 = 𝒇(𝒙) no ponto (𝒂, 𝒇(𝒂)) é

AULA 05 – CÁLCULO I 179


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a) 𝟑𝟐𝒚 − 𝒙 = 𝟒𝟖

b) 𝒚 − 𝟐𝒙 = −𝟑𝟎

c) 𝟑𝟐𝒚 − 𝒙 = 𝟑𝟎𝟒𝟖

d) 𝒚 − 𝟑𝟐𝒙 = 𝟏𝟐

e) 𝒚 − 𝟐𝒙 = 𝟎
Comentários
Sabemos que, por definição, a derivada de 𝑓 no ponto 𝑎 é dada por:
𝑓(𝑎 + ℎ) − 𝑓(𝑎)
𝑓 ′ (𝑎) = lim ( )
ℎ→0 ℎ
Por outro lado, é dado que:
4
′(
√16 + ℎ − 2 𝑓(𝑎 + ℎ) − 𝑓(𝑎)
𝑓 𝑎) = lim ( ) = lim ( )
ℎ→0 ℎ ℎ→0 ℎ
4 4
Portanto, por definição, sabemos que 𝑓 (𝑎) = 2 = √16 e que 𝑓 (𝑎 + ℎ) = √16 + ℎ.
1
4
Assim, podemos afirmar que 𝑎 = 16 e que 𝑓 (𝑥) = √𝑥 = 𝑥 4 . Assim, queremos a reta tangente 𝑡
à 𝑓 passando por (𝑎, 𝑓(𝑎)) = (16,2):
𝑡: 𝑦 = 𝑐𝑥 + 𝑏
⇒ 𝑓 ′ (𝑎) = 𝑐 ⇒ 𝑓 ′ (16) = 𝑐
1 1 −3 1 1 1
𝑓 (𝑥 ) = 𝑥 4 ⇒ 𝑓 ′ (𝑥 ) =
𝑥 4 ⇒ 𝑓 ′ (16) = ⋅ 4 = =𝑐
4 4 √163 32
𝑥
⇒ 𝑡: 𝑦 = +𝑏
32
16 3
(16,2) ∈ 𝑡 ⇒ 2 = +𝑏 ⇒𝑏 =
32 2
𝑥 3
⇒ 𝑡: 𝑦 = + ⇒ 32𝑦 = 𝑥 + 48 ⇒ 𝑡: 32𝑦 − 𝑥 = 48
32 2
Gabarito: A
101. (Escola Naval/2012)

Considere a função real de variável real definida por 𝒇(𝒙) = 𝟑𝒙𝟒 − 𝟒𝒙𝟑 + 𝟓. É verdade afirmar que

a) 𝒇 tem um ponto de mínimo em ] − ∞, 𝟎[.


𝟏 𝟏
b) 𝒇 tem um ponto de inflexão em ] − 𝟐 , 𝟐 [.

c) 𝒇 tem um ponto de máximo em [𝟎, +∞[.


d) 𝒇 é crescente em [𝟎, 𝟏].

AULA 05 – CÁLCULO I 180


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e) 𝒇 é decrescente em [-1,2].
Comentários
Veja que as alternativas são referentes a máximos ou mínimos, e ao fato de a função ser
crescente ou decrescente. Podemos analisar tudo isso através da função derivada de 𝑓(𝑥).
𝑓 (𝑥) = 3𝑥 4 − 4𝑥 3 + 5 ⇒ 𝑓 ′ (𝑥) = 12𝑥 3 − 12𝑥 2 = 12𝑥 2 (𝑥 − 1)
Pontos de máximo ou mínimo são raízes de 𝑓′(𝑥):
𝑓 ′ (𝑥) = 0 ⇒ 12𝑥 2 (𝑥 − 1) = 0 ⇒ 𝑥 = 0 𝑜𝑢 𝑥 = 1
Vamos analisar a segunda derivada de 𝑓 para ver qual ponto é de máximo e qual ponto é
de mínimo:
𝑓 ′′ (𝑥) = (12𝑥 3 − 12𝑥 2 )′ = 36𝑥 2 − 24𝑥
𝑓 ′′ (0) = 0 ⇒ 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑖𝑛𝑓𝑙𝑒𝑥ã𝑜
𝑓 ′′ (1) = 36 − 24 = 12 > 0 ⇒ 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑚í𝑛𝑖𝑚𝑜
Portanto, 𝑓 assume valor mínimo local em 𝑥 = 1, e possui ponto de inflexão em 𝑥 = 0.
1 1
Como 0 ∈ (− , ), então a alternativa correta é a letra 𝑏.
2 2

Gabarito: B
102. (Escola Naval/2012)

Um ponto 𝑷(𝒙, 𝒚) move-se ao longo da curva plana de equação 𝒙𝟐 + 𝟒𝒚𝟐 = 𝟏, com 𝒚 > 𝟎. Se a
𝒅𝒙
abscissa 𝑿 está variando a uma velocidade 𝒅𝒕 = 𝒔𝒆𝒏𝟒𝒕, pode-se afirmar que a aceleração da
ordenada 𝒚 tem por expressão
(𝟏+𝒙𝟐 )𝒔𝒆𝒏𝟐 𝟒𝒕+𝟒𝒙𝟑 𝒄𝒐𝒔𝟒𝒕
a) 𝟖𝒚𝟑

𝒙𝟐 𝒔𝒆𝒏𝟒𝒕+𝟒𝒙𝒄𝒐𝒔𝟐 𝟒𝒕
b) 𝟏𝟔𝒚𝟑

−𝒔𝒆𝒏𝟐 𝟒𝒕−𝟏𝟔𝒙𝒚𝟐 𝒄𝒐𝒔𝟒𝒕


c) 𝟏𝟔𝒚𝟑

𝒙𝟐 𝒔𝒆𝒏𝟒𝒕−𝟒𝒙𝒄𝒐𝒔𝟐 𝟒𝒕
d) 𝟖𝒚𝟑

−𝒔𝒆𝒏𝟐 𝟒𝒕+𝟏𝟔𝒙𝒚𝟐 𝒄𝒐𝒔𝟒𝒕


e) 𝟏𝟔𝒚𝟑

Comentários
𝑑2𝑦
Queremos obter a aceleração da ordenada 𝑦, isto é, queremos = 𝑦′′. Usaremos a
𝑑𝑡 2
notação (′) para representar uma derivada no tempo.
Temos a expressão da curva:
𝑥 2 + 4𝑦 2 = 1

AULA 05 – CÁLCULO I 181


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Derivando ambos os lados em relação ao tempo:


𝑑 (𝑥 2 + 4𝑦 2 ) 𝑑 (1) 𝑑 (𝑥 2 ) 𝑑 (4𝑦 2 ) 𝑑 (𝑥 2 ) 𝑑𝑥 𝑑 (4𝑦 2 ) 𝑑𝑦
= ⇒ + =0⇒ + =0
𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑑𝑥 𝑑𝑡 𝑑𝑦 𝑑𝑡

′ ′
𝑥𝑥 ′ 𝑥𝑠𝑒𝑛 (4𝑡 )

2𝑥𝑥 + 8𝑦𝑦 = 0 ⇒ 𝑦 = − =−
4𝑦 4𝑦
Derivando novamente a equação acima em função do tempo:
𝑑 (2𝑥𝑥′ + 8𝑦𝑦′) 𝑑 (2𝑥𝑥′) 𝑑 (8𝑦𝑦′)
=0⇒ + =0⇒
𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑑𝑡
𝑑 (2𝑥) 𝑑 (𝑥 ′ ) 𝑑 (8𝑦) 𝑑 (𝑦′)
𝑥′ + 2𝑥 + 𝑦′ + 8𝑦 =0
𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑑𝑡
𝑑(2𝑥) 𝑑(2𝑥) 𝑑𝑥 𝑑(8𝑦) 𝑑(8𝑦) 𝑑𝑦
Mas = = 2𝑥′ e = = 8𝑦′:
𝑑𝑡 𝑑𝑥 𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑑𝑦 𝑑𝑡

⇒ 2(𝑥 ′ )2 + 2𝑥𝑥 ′′ + 8(𝑦 ′ )2 + 8𝑦𝑦 ′′ = 0


Assim, sabendo que:
𝑥 ′ = 𝑠𝑒𝑛(4𝑡 ) ⇒ 𝑥 ′′ = 4 cos(4𝑡 )
Substituindo:
𝑥 2 𝑠𝑒𝑛2 (4𝑡 )
2𝑠𝑒𝑛2 (4𝑡 ) + 8𝑥 cos(4𝑡 ) + + 8𝑦𝑦 ′′ = 0
2𝑦 2
−1 (4𝑦 2 𝑠𝑒𝑛2 (4𝑡 ) + 16𝑥𝑦 2 cos(4𝑡 ) + 𝑥 2 𝑠𝑒𝑛2 (4𝑡 ))
⇒ 𝑦 ′′ = ⋅
8𝑦 2𝑦 2
−(𝑠𝑒𝑛2 (4𝑡 )(𝑥 2 + 4𝑦 2 ) + 16𝑥𝑦 2 cos(4𝑡 ))
𝑦′′ =
16𝑦 3
Mas 𝑥 2 + 4𝑦 2 = 1:

′′
−(𝑠𝑒𝑛2 (4𝑡 ) + 16𝑥𝑦 2 cos(4𝑡 ))
𝑦 =
16𝑦 3
Gabarito: C
103. (Escola Naval/2012)

Considere 𝒇 e 𝒇′, funções reais de variável real, deriváveis, onde 𝒇(𝟏) = 𝒇′ (𝟏) = 𝟏. Qual o valor da
derivada da função 𝒉(𝒙) = √𝒇(𝟏 + 𝒔𝒆𝒏𝟐𝒙) para 𝒙 = 𝟎 ?

a) −𝟏
𝟏
b) − 𝟐

c) 𝟎
𝟏
d) − 𝟑

AULA 05 – CÁLCULO I 182


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e) 𝟏
Comentários
Queremos derivar a função ℎ(𝑥) e calcular o ℎ′ (0):
1
ℎ(𝑥) = √𝑓(1 + 𝑠𝑒𝑛2𝑥) = [𝑓 (1 + 𝑠𝑒𝑛2𝑥)]2
Chamemos:
𝑢 = 𝑓 (1 + 𝑠𝑒𝑛2𝑥) 𝑒 𝑣 = 1 + 𝑠𝑒𝑛2𝑥 ⇒ 𝑢(𝑥) = 𝑓(𝑣(𝑥))
𝑑𝑢 𝑑𝑓 𝑑𝑣 𝑑𝑢
⇒ = = 𝑓 ′ (𝑣 ) ⋅ 2 cos 2𝑥 ⇒ = 𝑓 ′ (1 + 𝑠𝑒𝑛2𝑥) ⋅ 2 cos 2𝑥
𝑑𝑥 𝑑𝑣 𝑑𝑥 𝑑𝑥
Temos que:
1
𝑑ℎ 𝑑 (𝑢 ) 𝑑𝑢
2
1
ℎ (𝑥 ) = 𝑢 2 ⇒ =
𝑑𝑥 𝑑𝑢 𝑑𝑥
𝑑ℎ 1
⇒ = ℎ ′ (𝑥 ) = ⋅ 𝑓 ′ (1 + 𝑠𝑒𝑛2𝑥) ⋅ 2 cos 2𝑥
𝑑𝑥 2 √𝑢
1
⇒ ℎ ′ (𝑥 ) = ⋅ 𝑓 ′ (1 + 𝑠𝑒𝑛2𝑥) ⋅ 2 cos 2𝑥
2√𝑓(1 + 𝑠𝑒𝑛2𝑥)
1 1
⇒ ℎ ′ (0) = ⋅ 𝑓 ′ (1) ⋅ 2 = ⋅2=1
2√𝑓(1) 2
Gabarito: E
104. (Escola Naval/2012)
𝟏
A figura que melhor representa o gráfico da função 𝒙 = |𝒚| 𝒆𝒚 é

a)

b)

AULA 05 – CÁLCULO I 183


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c)

d)

e)

Comentários
1
Perceba primeiramente que a função 𝑥 = |𝑦|𝑒 𝑦 possui apenas abcissas positivas. Portanto
as alternativas b), c) e e) podem ser descartadas facilmente. Veja ainda que a única coisa que
diferencia as alternativas a) e d) é a concavidade da função 𝑥(𝑦) para 𝑦 < 0. Assim, vamos
calcular qual é essa concavidade para esse intervalo.
Para 𝑦 < 0, a função 𝑥(𝑦) é:
1 1
𝑥= |𝑦|𝑒 𝑦 = −𝑦𝑒 𝑦

𝑑𝑥 1 1 1 1 1
⇒ = −𝑒 𝑦 − 𝑦𝑒 𝑦 ⋅ (− 2 ) = 𝑒 𝑦 ( − 1)
𝑑𝑦 𝑦 𝑦
1 1
2 𝑦 1 𝑦
𝑑 𝑥 𝑒1 1 𝑒
⇒ 2
= 𝑥 ′′ (𝑦) = − 2 ( − 1) + 𝑒𝑦 (− )= − 3
𝑑𝑦 𝑦 𝑦 𝑦2 𝑦
Assim, veja que, como 𝑦 < 0 no intervalo que estamos analisando:

AULA 05 – CÁLCULO I 184


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3
1 1 𝑒𝑦
⇒𝑦 <0⇒ 3<0⇒− 3>0⇒− 3>0
𝑦 𝑦 𝑦
1

′′ ( )
𝑒𝑦
⇒𝑥 𝑦 =− 3>0
𝑦
Portanto, a concavidade da função deve ser para cima (com relação ao eixo 𝑥 crescente).
Portanto, a alternativa correta é a letra a).
Gabarito: A
105. (EN/2021)
𝟐𝒙𝟐 −𝟐𝒙+𝟏
Seja a função 𝒇 definida por 𝒇(𝒙) = 𝟐𝒙𝟐
, assinale o ponto de inflexão do gráfico da função.
𝟑 𝟓
a) (𝟐 ; 𝟗)
𝟏
b) (𝟏; 𝟐)
𝟏
c) (𝟐 ; 𝟏)
𝟐 𝟓
d) (𝟑 ; 𝟖)
𝟓
e) (−𝟏; 𝟐)

Comentários
Para encontrarmos o ponto de inflexão, precisamos igualar a segunda derivada a zero para
encontrar o candidato ao ponto. Para esse ponto, devemos verificar se sua terceira derivada é
diferente de zero. Assim, temos:
2𝑥 2 − 2𝑥 + 1 1 1 −1
1 −2
𝑓 (𝑥 ) = = 1 − + = 1 − 𝑥 + 𝑥
2𝑥 2 𝑥 2𝑥 2 2
𝑓 ′ (𝑥) = 𝑥 −2 − 𝑥 −3
⇒ 𝑓 ′′ (𝑥) = −2𝑥 −3 + 3𝑥 −4 = 0
3 2 3
4
= 3∴𝑥=
𝑥 𝑥 2
Para esse ponto, temos na terceira derivada:
𝑓 ′′′ (𝑥) = 6𝑥 −4 − 12𝑥 −5
3 ′′′
3 −4 3 −5 25 27
𝑓 ( ) = 6 ( ) − 12 ( ) = 3 − 4 ≠ 0
2 2 2 3 3
Portanto, 𝑥 = 3/2 é ponto de inflexão. Para esse ponto:
3 2 1 2 2 1 2 5
𝑓( ) = 1− + ( ) = + =
2 3 2 3 3 9 9

AULA 05 – CÁLCULO I 185


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3 5
O ponto de inflexão é ( , ).
2 9

Gabarito: A
106. (EN/2021)

Em uma pista plana quadrangular com 10m de lado, um corredor se encontra no vértice A e se
locomove com velocidade constante 4v em direção ao vértice B, outro corredor se encontra no
vértice D e se locomove com velocidade constante 3v em direção ao vértice A. Sabendo que os
corredores começaram a se locomover no mesmo instante de tempo, a menor distância, em metros,
registrada entre eles é igual a:

a) 𝟔

b) 𝟓√𝟐
c) 𝟕

d) 𝟖

e) 𝟖, 𝟓
Comentários
Após um intervalo de tempo 𝑡, o corpo 1 que sai de A terá se movido na horizontal 4𝑣𝑡 e,
ao mesmo tempo, o corpo 2 que sai de D se deslocou 3𝑣𝑡. Dessa forma, o corpo 2 está a uma
distância de 10 − 3𝑣𝑡. A distância entre os corpos será dada aplicando o teorema de Pitágoras:
𝑑 2 = (10 − 3𝑣𝑡 )2 + (4𝑣𝑡 )2
𝑑 2 = 100 − 60𝑣𝑡 + 9𝑣 2 𝑡 2 + 16𝑣𝑡 2
𝑑 2 = 25𝑣 2 𝑡 2 − 60𝑣𝑡 + 100
𝑑 = √25𝑣 2 𝑡 2 − 60𝑣𝑡 + 100 = 𝑓(𝑡)

AULA 05 – CÁLCULO I 186


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Assim, temos a distância entre os atletas em função do tempo. Para achar o valor de
mínimo, vamos derivar a função 𝑓(𝑡) em relação a 𝑡 e igualar a zero:
𝑑𝑓 1
= ⋅ (2 ⋅ 25𝑣 2 𝑡 − 60𝑣 ) = 0
𝑑𝑡 2𝑓
50𝑣𝑡 = 60
6
𝑣𝑡 =
5
Substituindo na função da distância, temos:

62 6
𝑑 = √25 ⋅ − 60 ⋅ + 100
52 5

𝑑 = √36 − 72 + 100
𝑑 = √64 = 8 𝑚
Gabarito: D
107. (EN/2022)
𝟏
Seja a função 𝒇 definida por 𝒇(𝒙) = 𝐥𝐧(𝒙𝟐 ) − 𝒙 + 𝒌, com 𝒙 ∈ ℝ∗− e 𝒌 ∈ ℝ. Sabendo que 𝒇 tem
apenas um zero real, o valor de 𝒌 é:

a) 𝟐 − 𝐥𝐧(𝟐)

b) 𝐥𝐧(𝟐) − 𝟐

c) 𝟐 − 𝐥𝐧(𝟒)
d) 𝐥𝐧(𝟒) − 𝟐

e) 𝐥𝐧(𝟒) − 𝟒
Comentários
1
Seja 𝑔(𝑥) = ln(𝑥 2 ) − . Derivando:
𝑥
1 1 2𝑥 + 1
𝑔 ′ (𝑥 ) = 2
⋅ 2𝑥 + 2 =
𝑥 𝑥 𝑥2
Para 𝑔′ (𝑥) = 0:
1
2𝑥 + 1 = 0 ⇒ 𝑥 = −
2
1 1
𝑔 (− ) = ln ( ) + 2 = 2 − ln 4
2 4
′( )
Se 𝑥 < −1/2, temos 𝑔 𝑥 < 0, logo é decrescente nesse intervalo.

AULA 05 – CÁLCULO I 187


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1
Se − < 𝑥 < 0, temos 𝑔′ (𝑥) > 0, logo é crescente nesse intervalo.
2

Portanto, temos que o ponto 𝑥 = −1/2 indica ponto de mínimo. Para 𝑓(𝑥) = 𝑔(𝑥) + 𝑘
ter 1 raiz, devemos somar 𝑘 no gráfico de 𝑔 de forma que o ponto de mínimo tangencie o eixo 𝑥,
logo:
1
𝑘 = −𝑔 (− ) = −(2 − ln 4) = ln 4 − 2
2
Gabarito: D
108. (EN/2022)

Seja 𝒇 uma função real e 𝒇′ e 𝒇′′ as derivadas de ordem um e dois, respectivamente. A figura abaixo
mostra parte dos gráficos de 𝒇, 𝒇′ e 𝒇′′ indicados pelas letras 𝒂, 𝒃 e 𝒄. Dessa forma, assinale a opção
que apresenta uma correspondência correta.

a) 𝒂 = 𝒇 e 𝒃 = 𝒇′′

b) 𝒄 = 𝒇′′ e 𝒂 = 𝒇′

c) 𝒄 = 𝒇′ e 𝒃 = 𝒇

d) 𝒂 = 𝒇′ e 𝒃 = 𝒇′′

e) 𝒂 = 𝒇 e 𝒄 = 𝒇′
Comentários
Observando-se o gráfico, nota-se que os pontos de máximo e mínimo da função 𝑐
coincidem com as raízes da função 𝑎. E os pontos de inflexão de 𝑐 coincidem com as raízes da
função 𝑏. Sabemos que:

AULA 05 – CÁLCULO I 188


Prof. Victor So

𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑜
𝑓 ′ (𝑥) = 0 ⇒ 𝑥 é 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒
𝑚í𝑛𝑖𝑚𝑜
′′ ( )
𝑓 𝑥 = 0 ⇒ 𝑥 𝑝𝑜𝑑𝑒 𝑠𝑒𝑟 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑖𝑛𝑓𝑙𝑒𝑥ã𝑜
Portanto, concluímos que 𝑐 = 𝑓, 𝑎 = 𝑓 ′ e 𝑏 = 𝑓 ′′ .
Gabarito: D
109. (EN/2022)

Considere um triângulo ABC de modo que C esteja na origem do sistema cartesiano, A esteja no eixo
das abscissas com coordenada (x, 0), com x > 0, B esteja no primeiro quadrante e 𝜽 seja a medida
do ângulo 𝑨𝑪 ̂ 𝑩. Considere também que os comprimentos dos segmentos CB e AB sejam,
𝟏
respectivamente, 3 cm e 5 cm, e que 𝜽 varie a uma taxa constante de 𝟐 rad/s. Desse modo, assinale
𝝅
a opção que apresenta a velocidade do ponto A quando 𝜽 = 𝟐 rad.
𝟏
a) − 𝟐 𝒄𝒎/𝒔
𝟑
b) 𝟒 𝒄𝒎/𝒔
𝟏
c) 𝟐 𝒄𝒎/𝒔
𝟑
d) − 𝟐 𝒄𝒎/𝒔
𝟒
e) − 𝒄𝒎/𝒔
𝟑

Comentários
Temos:

Aplicando a lei dos cossenos no Δ𝐴𝐵𝐶:


52 = 32 + 𝑥 2 − 6𝑥 cos 𝜃

AULA 05 – CÁLCULO I 189


Prof. Victor So

𝑥 2 − 6𝑥 cos 𝜃 − 16 = 0
Derivando implicitamente em relação à 𝑥:
𝑑𝑥 𝑑𝑥 𝑑𝜃
2𝑥 − 6 cos 𝜃 − 6𝑥 (−𝑠𝑒𝑛 𝜃) =0
𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑑𝑡
𝑑𝑥 𝑑𝜃 1
Fazendo = 𝑣𝑥 e = , obtemos:
𝑑𝑡 𝑑𝑡 2

2𝑥 𝑣𝑥 − 6 cos 𝜃 𝑣𝑥 + 3𝑥 𝑠𝑒𝑛𝜃 = 0
−3𝑥 𝑠𝑒𝑛𝜃
𝑣𝑥 =
2𝑥 − 6 cos 𝜃
Para 𝜃 = 𝜋/2, temos o triângulo retângulo:

Logo, 𝑥 = 4. Substituindo:
𝜋
(−3 ⋅ 4 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 ( )) 12 3
2
𝑣𝑥 = 𝜋 = − = − 𝑐𝑚/𝑠
2 ⋅ 4 − 6 ⋅ cos ( ) 8 2
2
Gabarito: D
110. (EN/2023)

Considere dois navios e um submarino da Marinha do Brasil em um exercício de Operações Navais.


Os navios serão chamados de P31 e P32 e o submarino de S40. Supondo que, às 12h, S40 verifica
que, em seu sonar, P31 está 100km a oeste de P32 e que P31 está navegando para o sul a 35km/h e
P32 está indo para norte a 25km/h. O comandante do S40 determina ao operador de sonar que
verifique e lhe dê a resposta de quão rápido estará variando a distância entre P31 e P32, às 16h.
Assinale a opção que apresenta a resposta correta do operador de sonar ao comandante do S40,
aproximadamente.

a) 52,3 km/h

b) 55,4 km/h

c) 56,8 km/h

d) 59,3 km/h

e) 59,9 km/h
Comentários
Temos o seguinte diagrama:

AULA 05 – CÁLCULO I 190


Prof. Victor So

Após t horas, P31 estará na posição A e P32 na posição B. Note que 𝐴𝐵 = 𝐶𝑃32 = 𝑠.
Aplicando o teorema de Pitágoras no triângulo retângulo 𝑃31𝐶𝑃32:
𝑠 2 = 1002 + (60𝑡 )2
𝑠 2 = 100(100 + 36𝑡 2 )
𝑠 = 10√100 + 36𝑡 2
Derivando em relação ao tempo:
𝑑𝑠 10 72𝑡 360𝑡
= =
𝑑𝑡 2 √100 + 36𝑡 2 √100 + 36𝑡 2
Das 12h até 16h passaram-se 𝑡 = 4ℎ, logo:
𝑑𝑠 360 ⋅ 4 360 ⋅ 4 1440
= = = ≅ 55,4
𝑑𝑡 √100 + 36(4)2 √676 26
Gabarito: B
111. (EN/2023)

Um barco catamarã foi construído de forma que a parte central do casco possuo seção transversal
𝟏
modelada pela função 𝒇, definida por 𝒇(𝒙) = 𝟑 𝒙𝟒 − 𝟏, 𝟐𝒙𝟐 , com 𝒙 em metros, conforme
apresentado na figura abaixo.

AULA 05 – CÁLCULO I 191


Prof. Victor So

A linha do convés encontra-se a 0,5 m do ponto alto P (distância vertical). Considerando apenas a
figura plana, a distância, em metros, do convés ao ponto mais baixo dó casco é igual a:

a) 1,08

b) 1,34

c) 1,58

d) 1,84

e) 2,08
Comentários
Analisando os pontos de máximo e mínimo da função:
1 4
𝑓 (𝑥 ) = 𝑥 − 1,2𝑥 2
3
4
𝑓 ′ (𝑥) = 𝑥 3 − 2,4𝑥 = 0
3
𝑥2
4𝑥 ( − 0,6) = 0
3
Raízes:
𝑥=0
𝑥2
− 0,6 = 0 ⇒ 𝑥 2 = 1,8 ∴ 𝑥 = ±√1,8
3
Analisando se são pontos de máximo ou mínimo:
𝑓 ′′ (𝑥) = 4𝑥 2 − 2,4
𝑓 ′′ (0) = −2,4 < 0 ⇒ 𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑜
2
𝑓 ′′ (√1,8) = 4(√1,8) − 2,4 = 4,8 > 0 ⇒ 𝑚í𝑛𝑖𝑚𝑜
2
𝑓 ′′ (−√1,8) = 4(−√1,8) − 2,4 = 4,8 > 0 ⇒ 𝑚í𝑛𝑖𝑚𝑜

AULA 05 – CÁLCULO I 192


Prof. Victor So

Para 𝑥 = √1,8:
1 4 2
𝑓(√1,8) = √1,8 − 1,2√1,8 = −1,08
3
A distância do convés até o ponto mais baixo do casco é:
Δ𝑦 = 0,5 − (−1,08) = 1,58
Gabarito: C
112. (EN/2023)
𝟐
Sejam as funções 𝒇 e 𝒈 tais que 𝒇(𝒙) = 𝟓𝒙𝟒 − 𝟐𝒙𝟑 + 𝟐𝒙, 𝒈′ (𝒙) = 𝒙+𝟑 e 𝒈(𝟏) = 𝟎. O valor de
(𝒇𝒐𝒈)′(𝟏) é igual a:

a) 𝐥𝐧(𝟏𝟔)

b) 𝟓𝐥𝐧 (𝟒)

c) 0

d) 1
𝟏
e) 𝟐

Comentários
Temos a regra da cadeia:
(𝑓𝑜𝑔)′ (1) = 𝑓 ′ (𝑔(1))𝑔′ (1)
𝑓 ′ (𝑥) = 20𝑥 3 − 6𝑥 2 + 2
𝑓 ′ (𝑔(1)) = 𝑓 ′ (0) = 2
2 1
𝑔 ′ (1 ) ==
4 2
1
(𝑓𝑜𝑔)′ (1) = 2 ⋅ = 1
2
Gabarito: D
113. (EFOMM/2022)

Seja a função real 𝒇 definida por 𝒇(𝒙) = 𝒙𝟑 + 𝒙 + 𝟐. Assinale a alternativa que indica o valor da
derivada da função inversa de 𝒇 em 𝒙 = 𝟎, isto é, (𝒇−𝟏 )′ (𝟎).

a) −𝟏

b) 𝟎

c) 𝟏
d) 𝟐

AULA 05 – CÁLCULO I 193


Prof. Victor So

e) 𝟑
Comentários
Pela propriedade da derivada da inversa, temos:
𝑦 = 𝑓(𝑥) ⇔ 𝑓 −1 (𝑦) = 𝑥
1
(𝑓 −1 )′ (𝑦) =
𝑓 ′ (𝑥 )
A questão pede 𝑦 = 0, encontrando o 𝑥 correspondente:
𝑦 = 𝑓 (𝑥 ) = 0 ⇒ 𝑥 3 + 𝑥 + 2 = 0
Note que −1 é raiz, fatorando em função de 𝑥 + 1:
𝑥3 + 1 + 𝑥 + 1 = 0
(𝑥 + 1)(𝑥 2 − 𝑥 + 1) + (𝑥 + 1) = 0
(𝑥 + 1)(𝑥 2 − 𝑥 + 2) = 0
A expressão quadrática possui Δ = −7 < 0, logo a equação admite apenas a raiz real 𝑥 =
−1. Portanto:
1
𝑓 −1 (0) = −1 ⇒ (𝑓 −1 )′ (0) =
𝑓 ′ (−1)
Calculando a derivada de 𝑓:
𝑓 ′ (𝑥) = 3𝑥 2 + 1 ⇒ 𝑓 ′ (−1) = 3(−1)2 + 1 = 4
Portanto:
1
(𝑓 −1 )′ (0) =
4
Com isso, vemos que não há resposta nas alternativas.
Gabarito: sem alternativa
114. (EFOMM/2022)

Sejam as funções 𝒇 e 𝒈 com derivadas 𝒇′ e 𝒈′. Sabendo-se que


𝟏
𝟐)
𝒇(𝒙 = 𝒇(𝒈(𝒙))𝟐

onde 𝒇(𝟒) = 𝟏, 𝒈(𝟐) = 𝟒 e 𝒇′ (𝟒) não nulo. O valor de 𝒈′ (𝟐) é

a) 0

b) 1

c) 2
d) 4

AULA 05 – CÁLCULO I 194


Prof. Victor So

e) 8
Comentários
Calculando a derivada da função dada:
1 1

𝑓 ′ (𝑥 2 ) ⋅ 2𝑥 = 𝑓(𝑔(𝑥)) 2 𝑓 ′ (𝑔(𝑥))𝑔′ (𝑥)
2
Para 𝑥 = 2:
1 1

𝑓 4) ⋅ 4 = 𝑓(𝑔(2)) 2 𝑓 ′ (𝑔(2))𝑔′ (2)
′(
2
Como 𝑔(2) = 4 e 𝑓′(4) ≠ 0, obtemos:
1 1
4𝑓 ′ (4) = 𝑓 (4)− 2 𝑓 ′ (4)𝑔 ′ (2)
2
1
8 = ( 1)− 2 𝑔 ′ (2)
∴ 𝑔 ′ (2) = 8
Gabarito: E
115. (EFOMM/2022)

Seja a pirâmide quadrangular regular ABCDE com aresta da base 𝟒√𝟐 e aresta lateral 𝟖. Considere
o prisma quadrangular regular interior à pirâmide. O prisma possui base inferior sobre a base da
pirâmide e os vértices da base superior estão sobre as arestas laterais da pirâmide, como sugere a
figura abaixo. O volume máximo do prisma é igual a

𝟓𝟏𝟐√𝟑
a) 𝟐𝟕
𝟏𝟐𝟖√𝟑
b) 𝟗

AULA 05 – CÁLCULO I 195


Prof. Victor So

𝟐𝟓𝟔√𝟑
c) 𝟗
𝟔𝟒√𝟑
d) 𝟑
𝟐𝟓𝟔√𝟑
e) 𝟐𝟕

Comentários
Como a base é um quadrado de lado 4√2, então sua diagonal mede 4√2√2 = 8. Logo, a
altura da pirâmide é:

82 = 42 + 𝐻 2 ⇒ 𝐻 = √64 − 16 = 4√3
Considere a aresta da base do prisma 𝑏 e sua altura ℎ. Logo, seu volume é:
𝑉𝑝𝑟𝑖𝑠𝑚𝑎 = 𝑏2 ℎ
Como o prisma tem base quadrada, temos que a metade da diagonal do prisma vale:
𝑏√2
2
Logo:

AULA 05 – CÁLCULO I 196


Prof. Victor So

Pela semelhança Δ𝐴𝑀𝑁~Δ𝐴𝑂𝐸:


𝐴𝑀 𝐴𝑂
=
𝑀𝑁 𝑂𝐸
𝑏√2
4−
2 = 4 ⇒ ℎ = 4√3 − 𝑏√6
ℎ 4√3 2
Substituindo na expressão do volume:

2
𝑏3 √6
𝑉 = 4√3𝑏 −
2
Derivando em relação à 𝑏 e igualando a zero para encontrar o ponto de máximo/mínimo:
3√6 2
𝑉 ′ = 8√3𝑏 − 𝑏
2
𝑏=0
𝑜𝑢
3√2 16
8− 𝑏=0⇒𝑏=
2 3√2
Verificando se é máximo ou mínimo pela segunda derivada:
𝑉 ′′ (𝑏) = 8√3 − 3√6𝑏 = √3(8 − 3√2𝑏)
𝑉 ′′ = (0) = 8√3 > 0 → 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑚í𝑛𝑖𝑚𝑜

AULA 05 – CÁLCULO I 197


Prof. Victor So

16
𝑉 ′′ (
) = −8√3 < 0 → 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑜
3√2
Logo, o volume é máximo para:
2 3
16 16 16
√6
𝑉𝑀𝐴𝑋 = 𝑉 ( ) = 4√3 ( ) −( )
3√2 3√2 3√2 2
512√3
𝑉𝑀𝐴𝑋 =
27
Gabarito: A

7. Questões Nível 3

Limites
116. (Estratégia Militares - Prof. Victor So)
𝒙𝟐 −𝟓𝒙+𝟔
Determine o valor do seguinte limite 𝐥𝐢𝐦
𝒙→𝟑 𝒙𝟑 −𝟐𝟕
𝟏
a) 𝟐𝟕

b) 𝟑
𝟏
c) 𝟑

d) 𝟎
𝟏
e) 𝟗

117. (Estratégia Militares – Prof. Victor So)


𝟑−√𝟏𝟏−𝒕
Se 𝒂 = 𝐥𝐢𝐦 , determine o valor de 𝐭𝐠(𝒂𝝅).
𝒕→𝟐 𝒕−𝟐

a) √𝟑

b) 𝟏

c) −𝟏

d) −√𝟑/𝟑

e) √𝟑/𝟑

118. (Estratégia Militares - Prof. Victor So)

AULA 05 – CÁLCULO I 198


Prof. Victor So

𝟏+𝒙²
Sobre a função 𝒇(𝒙) = , analise as afirmativas:
𝒙³

I. 𝒇(𝒙) é contínua em todo 𝒙 ∈ ℝ


II. 𝐥𝐢𝐦 𝒇(𝒙) = 𝐥𝐢𝐦 𝒇(𝒙)
𝒙→−∞ 𝒙→+∞

III. 𝐥𝐢𝐦 𝒇(𝒙) = +∞


𝒙→𝟎

Assim, marque as alternativas corretas:

a) I e II, apenas.

b) I apenas.

c) II e III, apenas.

d) Todas.

e) Apenas II.

119. (Estratégia Militares - Prof. Victor So)

Determine o valor do limite:


𝟑
( √𝟖𝒙𝟑 − 𝟏) − 𝟐𝒙
𝐥𝐢𝐦
𝒙→∞ 𝒏
sabendo que 𝒏 é uma constante real e assinale a opção do correta.

a) −∞

b) +∞

c) 𝟏
𝟏
d) 𝟐

e) 𝟎

120. (Estratégia Militares - Prof. Victor So)


𝒙
𝒙𝟐 +𝜶𝒙+𝜸
Calcule 𝐥𝐢𝐦 (𝒙𝟐 +𝜷𝒙+𝜼) , sabendo que 𝜶 > 𝜷:
𝒙→+∞

a) 𝒆𝜶−𝜷

b) 𝒆

c) 𝟏 + 𝒆𝜶
d) 𝟎

AULA 05 – CÁLCULO I 199


Prof. Victor So

e) +∞

121. (Estratégia Militares – Prof. Victor So)


𝒙𝟐 +𝒙−𝟔
Seja 𝒈 uma função real, onde 𝒈(𝒙) = |𝒙−𝟐|
. Supondo que 𝐥𝐢𝐦 𝒈(𝒙) = 𝑴. Assinale a opção correta
𝒙→𝟐
sobre o valor de 𝑴.

a) 𝑴 = 𝟎

b) 𝑴 = 𝟓

c) 𝑴 = −𝟓

d) infinito

e) Não existe

122. (Estratégia Militares - Prof. Victor So)

Qual o valor do limite


(𝒙𝟐 − 𝒙 − 𝟐)𝟒𝟎
𝐥𝐢𝐦 𝟑
𝒙→𝟐 (𝒙 − 𝟏𝟐𝒙 + 𝟏𝟔)𝟐𝟎

𝟑
a) (𝟐)
𝟑 𝟐𝟎
b) (𝟐)
𝟑 𝟏𝟎
c) (𝟐)

d) 𝟑𝟐𝟎

e) 𝟏

123. (Estratégia Militares - Prof. Victor So)


𝟒 𝟒
√𝒙− √𝟖
Encontre o valor de 𝐥𝐢𝐦 .
𝒙→𝟖 √𝒙−√𝟖
𝟏
a) 𝟐
𝟏
b) 𝟒
√𝟖
𝟏
c) 𝟒
𝟐 √𝟖
𝟒
d) √𝟖
e) 𝟎

AULA 05 – CÁLCULO I 200


Prof. Victor So

124. (Estratégia Militares 2020 - Prof. Victor So)


Se 𝐥𝐢𝐦[𝒇(𝒙) + 𝒈(𝒙)] = 𝟐 e 𝐥𝐢𝐦[𝒇(𝒙) − 𝒈(𝒙)] = 𝟏, encontre 𝐥𝐢𝐦[𝒇(𝒙)𝒈(𝒙)]
𝒙→𝒂 𝒙→𝒂 𝒙→𝒂
𝟑
a. 𝟒

b. 𝟏
𝟒
c. 𝟑

d. 𝟐

e. 𝟑

Derivadas
125. (Estratégia Militares - Prof. Victor So)
𝟑
Considere a função real 𝒇(𝒙) = 𝟏 + 𝐬𝐞𝐧(𝟐 √𝒙). Calcule a derivada de 𝒇(𝒙) em relação à 𝒙, ou seja,
𝒅𝒇(𝒙)
.
𝒅𝒙
𝟑
𝐜𝐨𝐬(𝟐 √𝒙𝟐 )
a) 𝟑
√𝒙𝟐
𝟑
𝟐 𝐜𝐨𝐬( √𝒙)
b) 𝟑
𝟑 √𝒙
𝟑
𝟐 𝐜𝐨𝐬(𝟐 √𝒙)
c) 𝟑
𝟗 √𝒙𝟐
𝟑
𝟐 𝐬𝐞𝐧(𝟐 √𝒙)
d) 𝟑
𝟑 √𝒙𝟐
𝟑
𝟐 𝐜𝐨𝐬(𝟐 √𝒙)
e) 𝟑
𝟑 √𝒙𝟐

126. (Estratégia Militares - Prof. Victor So)

Examine a função real 𝒇(𝒙) = 𝟖𝒙 − 𝒙𝟑 quanto à existência de valores e pontos de máximos e


mínimos em seu domínio real. Analise o problema e assinale a alternativa correta.
𝟐√𝟔
a) A função atinge máximo local de 𝟔𝟒√𝟔/𝟗, para 𝒙 = 𝟑
𝟐√𝟔
b) A função atinge máximo global de 𝟑𝟐√𝟔/𝟗, para 𝒙 = 𝟑
𝟐√𝟔
c) A função atinge mínimo global de −𝟑𝟐√𝟔/𝟗, para 𝒙 = − 𝟑

AULA 05 – CÁLCULO I 201


Prof. Victor So

𝟐√𝟔
d) A função atinge mínimo local de −𝟑𝟐√𝟔/𝟗, para 𝒙 = − 𝟑
𝟐√𝟔
e) A função atinge máximo local de 𝟏𝟔√𝟔/𝟗, para 𝒙 = 𝟑

127. (Estratégia Militares - Prof. Victor So)


Considere a função real 𝒇(𝒙) = 𝐜𝐨𝐬(𝟐𝒙𝟐 ) + 𝒔𝒆𝒏(𝟒√𝒙). Calcule a derivada de 𝒇(𝒙) em relação a 𝒙,
𝒅𝒇(𝒙)
ou seja, . Assinale a resposta correta.
𝒅𝒙
𝐜𝐨𝐬(𝟒√𝒙)
a) − 𝟒 𝐬𝐞𝐧 𝟐𝒙𝟐
√𝒙
𝟐 𝐜𝐨𝐬(𝟒√𝒙)
b) − 𝟒𝒙 𝐬𝐞𝐧 𝟐𝒙𝟐
√ 𝒙𝟑

𝟐 𝐜𝐨𝐬(𝟒√𝒙)
c) − 𝒙 𝐬𝐞𝐧 𝟐𝒙𝟐
√𝒙
𝟐 𝐬𝐞𝐧(𝟒√𝒙)
d) − 𝟒𝒙 𝐬𝐞𝐧 𝟐𝒙𝟐
√𝒙
𝟐 𝐜𝐨𝐬(𝟒√𝒙)
e) − 𝟒𝒙 𝐬𝐞𝐧 𝟐𝒙𝟐
√𝒙

128. (Estratégia Militares – Prof. Victor So)

Seja 𝒇 a função real definida por 𝒇(𝒙) = 𝒙𝟑 − 𝟑𝒙𝟐 + 𝟏𝟎 e considere que 𝒂𝟏 , 𝒂𝟐 e 𝒂𝟑 formam, nessa
ordem, uma progressão geométrica de razão 𝒒. Sabendo-se que 𝒂𝟏 = 𝟐 e que 𝒒 é um ponto de
mínimo local de 𝒇, então o valor do produto dos termos dessa progressão é:

a) 𝟏𝟔
b) 𝟑𝟐

c) 𝟔𝟒

d) 𝟗

e) 𝟑𝟔

129. (Estratégia Militares – Prof. Victor So)


𝒕𝟑
Um navio da marinha mercante navega segundo a equação 𝑺(𝒕) = + 𝒕𝟐 + 𝟏𝟎𝒕 − 𝟓, onde 𝒕 é o
𝟔
tempo em segundos e 𝑺 é a posição em metros. A aceleração do navio no instante 𝒕 = 𝟑𝒔 é

a) 𝟑 𝒎/𝒔𝟐

b) 𝟒 𝒎/𝒔𝟐
c) 𝟓 𝒎/𝒔𝟐

AULA 05 – CÁLCULO I 202


Prof. Victor So

d) 𝟔 𝒎/𝒔𝟐

e) 𝟕 𝒎/𝒔𝟐

130. (Estratégia Militares - Prof. Victor So)

A equação da reta tangente ao gráfico 𝒇(𝒙) = 𝟑𝐜𝐨𝐬 𝒙+𝐬𝐞𝐧 𝒙 no ponto 𝒙 = 𝝅 é:


𝐥𝐧 𝒆⋅𝟑−𝟐 −𝒙
a) 𝒚 = 𝟑
𝟏 𝛑 𝐥𝐧 𝟑+𝟏
b) 𝒚 = − 𝟑 𝒙 + 𝟑
𝐥𝐧 𝟑𝝅 𝒆−𝐥𝐧 𝟑⋅ 𝒙
c) 𝒚 = 𝟒
𝐥𝐧 𝟑𝝅 𝒆−𝐥𝐧 𝟑⋅𝒙
d) 𝒚 = 𝟑
𝐥𝐧 𝟑𝝅 −𝐥𝐧 𝟐⋅𝒙
e) 𝒚 = 𝟑

131. (Estratégia Militares - Prof. Victor So)

Seja 𝒇(𝒙) = 𝒙 + 𝐥𝐧(𝟐𝒙 − 𝟏), sabendo que 𝒇 admite função inversa 𝒈, calcule 𝒈′′ (𝟏) e assinale a
opção correta.
𝟒
a) 𝟐𝟓
𝟒
b) 𝟐𝟕
𝟒
c) 𝟑𝟑
𝟖
d) 𝟒𝟕
𝟑
e) 𝟐𝟖

132. (Estratégia Militares - Prof. Victor So)

Um cone reto tem área total 𝑨 constante, raio da base 𝑹 e altura 𝒉. Se o volume máximo desse cone
𝟏
é expresso por um número real 𝒎 e a função 𝒇 da variável 𝒙 é definida por 𝒇(𝒙) = (𝟗𝝅𝒙𝟐 )𝟑 + 𝟏 ,
pode-se dizer que 𝒇(𝒎) vale:
𝑨
a) 𝟐 − 𝟏
𝑨𝟐
b) +𝟏
𝟐√𝑨𝟐 +𝟏
𝑨
c) 𝟐 + 𝟏

AULA 05 – CÁLCULO I 203


Prof. Victor So

𝟑
√𝑨𝟑 +𝟐
d) +𝟐
𝟐
√𝑨𝟐 −𝟏
e) +𝟏
𝟐

133. (Estratégia Militares - Prof. Victor So)

Assinale a opção que representa o maior intervalo onde a função 𝒇, de variável real, definida por
𝒇(𝒙) = 𝒙𝟐 𝒆𝟑𝒙 é côncava para baixo.
−𝟐−√𝟐
a) ( ,𝟎 )
𝟑
−𝟐−√𝟐 𝟏
b) ( ,𝟑)
𝟑
−𝟐−√𝟐 𝟏
c) ( ,−𝟐 )
𝟑
−𝟐−√𝟐 −𝟐+√𝟐
d) ( , )
𝟑 𝟑
−𝟐−√𝟐 𝟐+√𝟐
e) ( , )
𝟑 𝟑

134. (Estratégia Militares – Prof. Victor So)

Temos que 𝒈(𝒙) = 𝒙𝒇(𝒙), onde 𝒇(𝟑) = 𝟒 e 𝒇′ (𝟑) = −𝟐. Seja 𝒓 a equação da reta tangente ao
gráfico de 𝒈 no ponto onde 𝒙 = 𝟑. Sobre 𝒓, podemos afirmar que

a) 𝒓 é paralela à reta 𝒔: 𝟐𝒙 − 𝒚 + 𝟏𝟖 = 𝟎.

b) a reta é 𝒓: 𝟐𝒙 + 𝒚 − 𝟏𝟐 = 𝟎.
c) o ponto (𝟒, 𝟏𝟎) pertence a 𝒓.

d) 𝒓 é perpendicular a 𝒕: 𝟐𝒙 + 𝒚 − 𝟔 = 𝟎.

e) 𝒓 passa pela origem do plano 𝒙𝒚.

135. (Estratégia Militares - Prof. Victor So)

Seja 𝒇 a função da variável real 𝒙, definida por 𝒇(𝒙) = 𝟑𝒙𝟑 − 𝟒𝒙𝟐 − 𝒙 + 𝟖. O máximo relativo de 𝒇
vale:

a) 6
𝟏𝟗𝟓𝟖
b) 𝟐𝟒𝟑

c) 4

AULA 05 – CÁLCULO I 204


Prof. Victor So

𝟏𝟗𝟒𝟒
d) 𝟐𝟒𝟑
𝟏𝟗𝟓𝟖
e) 𝟖𝟏

136. (Estratégia Militares – Prof. Victor So)

No porto de Santos há um contêiner para estocagem retangular com uma tampa aberta que deve
ter o volume de 𝟏𝟎 𝒎𝟑 . O comprimento de sua base é o dobro da largura. O material para a base
custa 𝑹$ 𝟏𝟎 por metro quadrado. O material para os lados custa 𝑹$ 𝟔 por metro quadrado.
Encontre, aproximadamente, os custos dos materiais para o mais barato desses contêineres.

a) 𝑹$ 𝟏𝟔𝟑

b) 𝑹$ 𝟏𝟔𝟕

c) 𝑹$ 𝟏𝟖𝟎

d) 𝑹$ 𝟏𝟗𝟑

e) 𝑹$ 𝟏𝟗𝟕

137. (Estratégia Militares – Prof. Victor So)

Sobre o ponto mais alto e o mais baixo da curva 𝒙𝟐 + 𝒙𝒚 + 𝒚𝟐 = 𝟏𝟐, é correto afirmar que
a) a curva possui o ponto mais alto no ponto (𝟎, 𝟐√𝟑).

b) a curva possui o ponto mais baixo no ponto (−𝟐√𝟑, 𝟎).

c) a curva não possui um ponto mínimo.

d) a soma das coordenadas de seu ponto máximo é 𝟐.

e) a coordenada 𝒚 no ponto mínimo satisfaz 𝒚 < −𝟓.

Gabarito

Limites
116. A
117. E
118. E
119. E

AULA 05 – CÁLCULO I 205


Prof. Victor So

120. A
121. E
122. B
123. C
124. A

Derivadas
125. E
126. D
127. E
128. C
129. C
130. D
131. B
132. C
133. D
134. C
135. B
136. A
137. D

Resolução

Limites
116. (Estratégia Militares - Prof. Victor So)
𝒙𝟐 −𝟓𝒙+𝟔
Determine o valor do seguinte limite 𝐥𝐢𝐦
𝒙→𝟑 𝒙𝟑 −𝟐𝟕
𝟏
a) 𝟐𝟕

b) 𝟑
𝟏
c) 𝟑

d) 𝟎
𝟏
e) 𝟗

Comentários

AULA 05 – CÁLCULO I 206


Prof. Victor So

Vamos fatorar as expressões no numerador e no denominador para facilitar o cálculo do


limite, sabendo que 𝑥 2 − 5𝑥 + 6 possui raízes 2 e 3:
𝑥 2 − 5𝑥 + 6 (𝑥 − 2)(𝑥 − 3)
lim = lim
𝑥→3 𝑥 3 − 27 𝑥→3 𝑥 3 − 27
Agora, usando a fatoração da diferença de cubos:
(𝑥 − 3)(𝑥 2 + 3𝑥 + 9)
Portanto, podemos escrever:
𝑥 2 − 5𝑥 + 6 (𝑥 − 2)(𝑥 − 3)
lim = lim
𝑥→3 𝑥 3 − 27 𝑥→3 (𝑥 − 3)(𝑥 2 + 3𝑥 + 9)

Podemos cortar o termo 𝑥 − 3 no numerador e no denominador, pois esse termo é


diferente de 0, embora seja próximo de 0:
𝑥 2 − 5𝑥 + 6 (𝑥 − 2) 3−2 1
⇒ lim = lim = =
𝑥→3 𝑥 3 − 27 𝑥→3 (𝑥 2 + 3𝑥 + 9) 32 + 3 ⋅ 3 + 9 27
Gabarito: A
117. (Estratégia Militares – Prof. Victor So)
𝟑−√𝟏𝟏−𝒕
Se 𝒂 = 𝐥𝐢𝐦 , determine o valor de 𝐭𝐠(𝒂𝝅).
𝒕→𝟐 𝒕−𝟐

a) √𝟑

b) 𝟏

c) −𝟏

d) −√𝟑/𝟑

e) √𝟑/𝟑
Comentários
Perceba que o limite é do tipo 0/0. Vamos manipular a expressão de forma a eliminar essa
indeterminação:
3 − √11 − 𝑡 (3 − √11 − 𝑡) (3 + √11 − 𝑡) 9 − (11 − 𝑡 )
= ⋅ =
𝑡−2 (𝑡 − 2) (3 + √11 − 𝑡) (𝑡 − 2)(3 + √11 − 𝑡)
𝑡−2
=
(𝑡 − 2)(3 + √11 − 𝑡)
3 − √11 − 𝑡 1
⇒ =
𝑡−2 3 + √11 − 𝑡
Agora, podemos calcular o valor de 𝑎:

AULA 05 – CÁLCULO I 207


Prof. Victor So

3 − √11 − 𝑡 1 1 1
𝑎 = lim = lim = =
𝑡→2 𝑡−2 𝑡→2 3 + √11 − 𝑡 3+3 6
Portanto, o valor pedido é:
𝜋 √3
tg(𝑎𝜋) = tg ( ) =
6 3
Gabarito: E
118. (Estratégia Militares - Prof. Victor So)
𝟏+𝒙²
Sobre a função 𝒇(𝒙) = , analise as afirmativas:
𝒙³

I. 𝒇(𝒙) é contínua em todo 𝒙 ∈ ℝ


II. 𝐥𝐢𝐦 𝒇(𝒙) = 𝐥𝐢𝐦 𝒇(𝒙)
𝒙→−∞ 𝒙→+∞

III. 𝐥𝐢𝐦 𝒇(𝒙) = +∞


𝒙→𝟎

Assim, marque as alternativas corretas:

a) I e II, apenas.

b) I apenas.

c) II e III, apenas.

d) Todas.

e) Apenas II.
Comentários
Analisaremos alternativa por alternativa:
𝑓 (𝑥) é contínua para todo 𝑥 ∈ ℝ?
Observe que para todo 𝑥 ≠ 0 a função é composta por uma fração de funções que são
contínuas com denominador não nulo e, portanto, é contínua também.
Entretanto, para 𝑥 = 0, a definição de continuidade não se aplica, pois a função não está
definida neste ponto. Portanto, a função não é contínua em 𝑥 = 0.
Assim, a alternativa é falsa.
Vamos calcular ambos os limites e veremos se são iguais:
1 1 1
1 + 𝑥2 𝑥 2 ( 2 + 1) ( 2 + 1) lim 2 + 1 1
𝑥 𝑥 𝑥→−∞ 𝑥
lim 𝑓 (𝑥) = lim = lim = lim = =
𝑥→−∞ 𝑥→−∞ 𝑥3 𝑥→−∞ 𝑥3 𝑥→−∞ 𝑥 lim 𝑥 lim 𝑥
𝑥→−∞ 𝑥→−∞

1
⇒ lim 𝑓 (𝑥) = =0
𝑥→−∞ −∞

AULA 05 – CÁLCULO I 208


Prof. Victor So

Agora calculando o outro:


1 1 1
1 + 𝑥2 𝑥 2 ( 2 + 1) ( 2 + 1) lim 2 + 1 1
𝑥 𝑥 𝑥→+∞ 𝑥
lim 𝑓 (𝑥) = lim = lim = lim = =
𝑥→+∞ 𝑥→+∞ 𝑥3 𝑥→+∞ 𝑥3 𝑥→+∞ 𝑥 lim 𝑥 lim 𝑥
𝑥→+∞ 𝑥→+∞

1
⇒ lim 𝑓 (𝑥) = =0
𝑥→+∞ +∞
Portanto, vemos que os limites comparados são realmente iguais. Alternativa verdadeira!
O limite mostrado apenas diverge para infinito se, e somente se os limites laterais também
divergirem para +∞. Vamos analisar esses limites laterais:
𝐥𝐢𝐦 𝟏 + 𝒙𝟐
𝟏 + 𝒙𝟐 𝒙→−𝟎 𝟏
𝐥𝐢𝐦 𝒇(𝒙) = 𝐥𝐢𝐦 𝟑
= 𝟑
= = −∞
𝒙→−𝟎 𝒙→−𝟎 𝒙 𝐥𝐢𝐦 𝒙 − 𝐥𝐢𝐦 𝒙𝟑
𝒙→−𝟎 𝒙→+𝟎

𝐥𝐢𝐦 𝟏 + 𝒙𝟐
𝟏 + 𝒙𝟐 𝒙→+𝟎 𝟏
𝐥𝐢𝐦 𝒇(𝒙) = 𝐥𝐢𝐦 = = = +∞
𝒙→+𝟎 𝒙→+𝟎 𝒙𝟑 𝐥𝐢𝐦 𝒙𝟑 𝐥𝐢𝐦 𝒙𝟑
𝒙→+𝟎 𝒙→+𝟎

Portanto, como os limites laterais não são iguais, podemos afirmar que a afirmação é falsa.
Assim, apenas II é verdadeira.
Gabarito: E
119. (Estratégia Militares - Prof. Victor So)

Determine o valor do limite:


𝟑
( √𝟖𝒙𝟑 − 𝟏) − 𝟐𝒙
𝐥𝐢𝐦
𝒙→∞ 𝒏
sabendo que 𝒏 é uma constante real e assinale a opção do correta.

a) −∞

b) +∞

c) 𝟏
𝟏
d) 𝟐

e) 𝟎
Comentários
Lembrando da fatoração:
𝑎3 − 𝑏3 = (𝑎 − 𝑏)(𝑎2 + 𝑎𝑏 + 𝑏2 )

AULA 05 – CÁLCULO I 209


Prof. Victor So

3
Perceba que, se 𝑎 = √8𝑥 3 − 1 e 𝑏 = 2𝑥, temos (𝑎 − 𝑏) no numerador do limite. Para
poder aparecer 𝑎3 − 𝑏³ na expressão, precisamos multiplicar por (𝑎2 + 𝑎𝑏 + 𝑏2 ) no numerador
e no denominador:
𝟑 𝟑 𝟑 𝟐 𝟑
(√𝟖𝒙𝟑 − 𝟏) − 𝟐𝒙 (√𝟖𝒙𝟑 − 𝟏) − 𝟐𝒙 (√𝟖𝒙𝟑 − 𝟏) + 𝟐𝒙√𝟖𝒙𝟑 − 𝟏 + 𝟒𝒙𝟐
𝑳 = 𝐥𝐢𝐦 = 𝐥𝐢𝐦 ⋅ 𝟐
𝒙→∞ 𝒏 𝒙→∞ 𝒏 𝟑 𝟑
(√𝟖𝒙𝟑 − 𝟏) + 𝟐𝒙√𝟖𝒙𝟑 − 𝟏 + 𝟒𝒙𝟐
𝟑 𝟑
(√𝟖𝒙𝟑 − 𝟏) − (𝟐𝒙)𝟑
𝑳 = 𝐥𝐢𝐦 𝟐
𝒙→∞ 𝟑 𝟑
𝒏 [(√𝟖𝒙𝟑 − 𝟏) + 𝟐𝒙√𝟖𝒙𝟑 − 𝟏 + 𝟒𝒙𝟐 ]
𝟖𝒙𝟑 − 𝟏 − 𝟖𝒙𝟑 𝟏 −𝟏
𝑳 = 𝐥𝐢𝐦 𝟐 = 𝐥𝐢𝐦 𝟐
𝒙→∞ 𝟑 𝟑
𝒏 [(√𝟖𝒙𝟑 − 𝟏) + 𝟐𝒙√𝟖𝒙𝟑 − 𝟏 + 𝟒𝒙𝟐 ] 𝒏 𝒙→∞ 𝟑 𝟏 𝟑 𝟏
𝒙𝟐 [( √𝟖 − 𝟑 ) + 𝟐 √𝟖 − 𝟑 + 𝟒]
𝒙 𝒙

Veja, todavia, que o limite acima tende a 0, pois o numerador é finito e o denominador
tende a infinito positivo. Portanto:
𝑳=𝟎
Gabarito: E
120. (Estratégia Militares - Prof. Victor So)
𝒙
𝒙𝟐 +𝜶𝒙+𝜸
Calcule 𝐥𝐢𝐦 (𝒙𝟐 +𝜷𝒙+𝜼) , sabendo que 𝜶 > 𝜷:
𝒙→+∞

a) 𝒆𝜶−𝜷

b) 𝒆

c) 𝟏 + 𝒆𝜶

d) 𝟎

e) +∞
Comentários
Reescrevendo o limite:
𝑥 𝑥
𝑥 2 + 𝛼𝑥 + 𝛾 𝑥 2 + 𝛽𝑥 + 𝜂 (𝛼 − 𝛽)𝑥 + (𝛾 − 𝜂 )
𝐿 = lim ( 2 ) = lim ( 2 + )
𝑥→+∞ 𝑥 + 𝛽𝑥 + 𝜂 𝑥→+∞ 𝑥 + 𝛽𝑥 + 𝜂 𝑥 2 + 𝛽𝑥 + 𝜂
𝑥
( 𝛼 − 𝛽 ) 𝑥 + (𝛾 − 𝜂 )
𝐿 = lim (1 + )
𝑥→+∞ 𝑥 2 + 𝛽𝑥 + 𝜂
(𝛼−𝛽)𝑥+(𝛾−𝜂)
𝑥⋅
𝑥 2 +𝛽𝑥+𝜂 𝑥 2 +𝛽𝑥+𝜂
(𝛼 − 𝛽 ) 𝑥 + (𝛾 − 𝜂 ) (𝛼−𝛽)𝑥+(𝛾−𝜂)
⇒ 𝐿 = lim [(1 + ) ]
𝑥→+∞ 𝑥 2 + 𝛽𝑥 + 𝜂

AULA 05 – CÁLCULO I 210


Prof. Victor So

Se analisarmos:
𝑥 2 + 𝛽𝑥 + 𝜂
𝑢=
(𝛼 − 𝛽 ) 𝑥 + (𝛾 − 𝜂 )
𝑥→∞⇒𝑢→∞
Assim, uma parte do limite em termos de 𝑢 fica:
𝑥 2 +𝛽𝑥+𝜂
(𝛼 − 𝛽 ) 𝑥 + (𝛾 − 𝜂 ) (𝛼−𝛽)𝑥+(𝛾−𝜂) 1 𝑢
lim [(1 + ) ] = lim (1 + ) = 𝑒
𝑥→+∞ 𝑥 2 + 𝛽𝑥 + 𝜂 𝑢→+∞ 𝑢

Assim, o limite todo fica:


(𝛾−𝜂)
(𝛼−𝛽)+
lim [ 𝑥 ]
(𝛼−𝛽)𝑥+(𝛾−𝜂) (𝛼−𝛽)𝑥 2 +(𝛾−𝜂)𝑥 𝑥→+∞ 𝛽 𝜂
lim [𝑥 ] lim [ ] 1+ + 2
𝐿 = 𝑒 𝑥→+∞ 𝑥 2 +𝛽𝑥+𝜂 = 𝑒 𝑥→+∞ 𝑥 2 +𝛽𝑥+𝜂 = 𝑒 𝑥 𝑥 = 𝑒 𝛼−𝛽
𝑥
𝑥 2 + 𝛼𝑥 + 𝛾
⇒ 𝐿 = lim ( 2 ) = 𝑒 𝛼−𝛽
𝑥→+∞ 𝑥 + 𝛽𝑥 + 𝜂

Gabarito: A
121. (Estratégia Militares – Prof. Victor So)
𝒙𝟐 +𝒙−𝟔
Seja 𝒈 uma função real, onde 𝒈(𝒙) = |𝒙−𝟐|
. Supondo que 𝐥𝐢𝐦 𝒈(𝒙) = 𝑴. Assinale a opção correta
𝒙→𝟐
sobre o valor de 𝑴.

a) 𝑴 = 𝟎

b) 𝑴 = 𝟓

c) 𝑴 = −𝟓

d) infinito

e) Não existe
Comentários
Como há uma parte modular em 𝑔(𝑥), vamos analisar separadamente os limites lim+ 𝑔(𝑥)
𝑥→2
e lim− 𝑔(𝑥). Assim,
𝑥→2

𝑥2 + 𝑥 − 6 (𝑥 + 3)(𝑥 − 2)
lim+ 𝑔(𝑥) = lim+ = lim+
𝑥→2 𝑥→2 |𝑥 − 2| 𝑥→2 |𝑥 − 2|
(𝑥 + 3)(𝑥 − 2)
= lim+ , [𝑝𝑜𝑖𝑠 𝑥 − 2 > 0 𝑠𝑒 𝑥 → 2+ ]
𝑥→2 (𝑥 − 2)
lim 𝑔(𝑥) = lim+ 𝑥 + 3 = 5
𝑥→2+ 𝑥→2

AULA 05 – CÁLCULO I 211


Prof. Victor So

Para lim− 𝑔(𝑥), faremos o mesmo raciocínio, visto que |𝑥 − 2| = 2 − 𝑥, pois 𝑥 − 2 <
𝑥→2
0 𝑠𝑒 𝑥 → 2− .
Assim
lim 𝑔(𝑥) = lim− −(𝑥 + 3) = −5
𝑥→2− 𝑥→2

Com isso, como os limites vindo da esquerda e vindo da direita são diferentes para 𝑥 → 2,
temos que lim 𝑔(𝑥) não existe.
𝑥→2

Gabarito: E
122. (Estratégia Militares - Prof. Victor So)

Qual o valor do limite


(𝒙𝟐 − 𝒙 − 𝟐)𝟒𝟎
𝐥𝐢𝐦
𝒙→𝟐 (𝒙𝟑 − 𝟏𝟐𝒙 + 𝟏𝟔)𝟐𝟎

𝟑
a) (𝟐)
𝟑 𝟐𝟎
b) (𝟐)
𝟑 𝟏𝟎
c) (𝟐)

d) 𝟑𝟐𝟎

e) 𝟏
Comentários
Primeiramente, vamos fatorar as duas expressões:
(𝑥 2 − 𝑥 − 2) = (𝑥 − 2)(𝑥 + 1)
(𝑥 3 − 12𝑥 + 16) = (𝑥 − 2)(𝑥 2 + 2𝑥 − 8) = (𝑥 − 2)2 (𝑥 + 4)
Assim
(𝑥 − 2)40 (𝑥 + 1)40 (𝑥 + 1)40 340 340 320 3 20
lim [ ] = lim = 20 = 20 20 = 20 = ( )
𝑥→2 (𝑥 − 2)40 (𝑥 + 4)20 𝑥→2 (𝑥 + 4)20 6 2 ∙3 2 2
Gabarito: B
123. (Estratégia Militares - Prof. Victor So)
𝟒 𝟒
√𝒙− √𝟖
Encontre o valor de 𝐥𝐢𝐦 .
𝒙→𝟖 √𝒙−√𝟖
𝟏
a) 𝟐
𝟏
b) 𝟒
√𝟖

AULA 05 – CÁLCULO I 212


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𝟏
c) 𝟒
𝟐 √𝟖
𝟒
d) √𝟖

e) 𝟎
Comentários
Note que a simples substituição de 𝑥 na expressão não é possível. Dessa forma, vamos
simplificar a expressão
4 4 4 4
√𝑥 − √8 √𝑥 − √8 1
= 4 4 4 4 = 4 4
√𝑥 − √8 ( √𝑥 − √8)( √𝑥 + √8) √𝑥 + √8
Por fim, calculando-se o limite
4 4
√𝑥 − √8 1 1
lim = lim 4 =
𝑥→8 √𝑥 − √8 𝑥→8 √𝑥 + 4√8 4
2√8
Gabarito: C
124. (Estratégia Militares 2020 - Prof. Victor So)
Se 𝐥𝐢𝐦[𝒇(𝒙) + 𝒈(𝒙)] = 𝟐 e 𝐥𝐢𝐦[𝒇(𝒙) − 𝒈(𝒙)] = 𝟏, encontre 𝐥𝐢𝐦[𝒇(𝒙)𝒈(𝒙)]
𝒙→𝒂 𝒙→𝒂 𝒙→𝒂
𝟑
a. 𝟒

b. 𝟏
𝟒
c. 𝟑

d. 𝟐
e. 𝟑
Comentários
Temos que
1 1
lim 𝑓 (𝑥) = lim ( [𝑓 (𝑥) + 𝑔(𝑥)] + [𝑓 (𝑥) − 𝑔(𝑥)])
𝑥→𝑎 𝑥→𝑎 2 2
1 1
= lim [𝑓 (𝑥) + 𝑔(𝑥)] + lim [𝑓 (𝑥) − 𝑔(𝑥)]
2 𝑥→𝑎 2 𝑥→𝑎
1 1 3
lim 𝑓 (𝑥) = ∙ 2 + ∙ 1 =
𝑥→𝑎 2 2 2
E
3 1
lim 𝑔(𝑥) = lim ([𝑓 (𝑥) + 𝑔(𝑥)] − 𝑓(𝑥)) = lim [𝑓(𝑥) + 𝑔(𝑥)] − lim 𝑓 (𝑥) = 2 − =
𝑥→𝑎 𝑥→𝑎 𝑥→𝑎 𝑥→𝑎 2 2
Assim

AULA 05 – CÁLCULO I 213


Prof. Victor So

3 1 3
lim [𝑓(𝑥)𝑔(𝑥)] = [lim 𝑓(𝑥)] [lim 𝑔(𝑥)] = ∙ =
𝑥→𝑎 𝑥→𝑎 𝑥→𝑎 2 2 4
Gabarito: A

Derivadas
125. (Estratégia Militares - Prof. Victor So)
𝟑
Considere a função real 𝒇(𝒙) = 𝟏 + 𝐬𝐞𝐧(𝟐 √𝒙). Calcule a derivada de 𝒇(𝒙) em relação à 𝒙, ou seja,
𝒅𝒇(𝒙)
.
𝒅𝒙
𝟑
𝐜𝐨𝐬(𝟐 √𝒙𝟐 )
a) 𝟑
√𝒙𝟐
𝟑
𝟐 𝐜𝐨𝐬( √𝒙)
b) 𝟑
𝟑 √𝒙
𝟑
𝟐 𝐜𝐨𝐬(𝟐 √𝒙)
c) 𝟑
𝟗 √𝒙𝟐
𝟑
𝟐 𝐬𝐞𝐧(𝟐 √𝒙)
d) 𝟑
𝟑 √𝒙𝟐
𝟑
𝟐 𝐜𝐨𝐬(𝟐 √𝒙)
e) 𝟑
𝟑 √𝒙𝟐

Comentários
Derivando a função usando a regra da cadeia:
3 𝑑𝑓(𝑥) 𝑑𝑓(𝑢) 𝑑𝑢
𝑢 = 2 √𝑥 ⇒ = ⋅
𝑑𝑥 𝑑𝑢 𝑑𝑥
𝑑𝑓(𝑢) 3
𝑓(𝑢) = 1 + sen 𝑢 ⇒ = cos 𝑢 = cos(2 √𝑥 )
𝑑𝑢
3
𝑑𝑢 𝑑(2 √𝑥 ) 1 2 2
= = 2 ⋅ 𝑥 −3 = 3
𝑑𝑥 𝑑𝑥 3 3√𝑥 2
3
𝑑𝑓(𝑥) 𝑑𝑓(𝑢) 𝑑𝑢 3 2 2 cos(2 √𝑥 )
⇒ = ⋅ = cos(2 √𝑥 ) ⋅ 3 = 3
𝑑𝑥 𝑑𝑢 𝑑𝑥 3√𝑥 2 3 √𝑥 2
Gabarito: E
126. (Estratégia Militares - Prof. Victor So)

Examine a função real 𝒇(𝒙) = 𝟖𝒙 − 𝒙𝟑 quanto à existência de valores e pontos de máximos e


mínimos em seu domínio real. Analise o problema e assinale a alternativa correta.
𝟐√𝟔
a) A função atinge máximo local de 𝟔𝟒√𝟔/𝟗, para 𝒙 = 𝟑

AULA 05 – CÁLCULO I 214


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𝟐√𝟔
b) A função atinge máximo global de 𝟑𝟐√𝟔/𝟗, para 𝒙 = 𝟑
𝟐√𝟔
c) A função atinge mínimo global de −𝟑𝟐√𝟔/𝟗, para 𝒙 = − 𝟑
𝟐√𝟔
d) A função atinge mínimo local de −𝟑𝟐√𝟔/𝟗, para 𝒙 = − 𝟑
𝟐√𝟔
e) A função atinge máximo local de 𝟏𝟔√𝟔/𝟗, para 𝒙 = 𝟑

Comentários
Para analisar máximos e mínimos de uma função de domínio real, precisamos calculas os
𝑥 tais que 𝑓 ′ (𝑥) = 0:
𝑓 ′ (𝑥) = 8 − 3𝑥 2
8 2√2 2√6
𝑓 ′ (𝑥) = 0 ⇒ 8 − 3𝑥 2 = 0 ⇒ 𝑥 2 = ⇒𝑥=± =±
3 √3 3
Agora, para saber se são máximos ou mínimos locais, precisamos analisar a segunda
derivada de 𝑓 (𝑥) nesses pontos:
𝑓 ′′ (𝑥) = (8 − 3𝑥 2 )′ = −6𝑥
2√6 2√6
⇒ 𝑓 ′′ ( ) = −6 ⋅ = −4√6 ⇒ 𝑐𝑜𝑛𝑐𝑎𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑏𝑎𝑖𝑥𝑜 (𝑃𝑜𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑀á𝑥𝑖𝑚𝑜)
3 3
2√6 2√6
𝑓 ′′ (− ) = −6 ⋅ (− ) = 4√6 ⇒ 𝑐𝑜𝑛𝑐𝑎𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑐𝑖𝑚𝑎 (𝑃𝑜𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑀í𝑛𝑖𝑚𝑜)
3 3
Agora, calculando o limite da função quando 𝑥 → ±∞:
lim 8𝑥 − 𝑥 3 = ∓∞
𝑥→±∞

Portanto, a função não possui máximos ou mínimos globais. Dessa maneira a função possui
2√6 2√6
máximo local em 𝑥 = de 𝑓 ( ) = 32√6/9. Seu mínimo local, como a função é ímpar, será
3 3
2√6 2√6
em 𝑥 = − de 𝑓 (− ) = −32√6/9.
3 3

Gabarito: D
127. (Estratégia Militares - Prof. Victor So)
Considere a função real 𝒇(𝒙) = 𝐜𝐨𝐬(𝟐𝒙𝟐 ) + 𝒔𝒆𝒏(𝟒√𝒙). Calcule a derivada de 𝒇(𝒙) em relação a 𝒙,
𝒅𝒇(𝒙)
ou seja, . Assinale a resposta correta.
𝒅𝒙
𝐜𝐨𝐬(𝟒√𝒙)
a) − 𝟒 𝐬𝐞𝐧 𝟐𝒙𝟐
√𝒙
𝟐 𝐜𝐨𝐬(𝟒√𝒙)
b) − 𝟒𝒙 𝐬𝐞𝐧 𝟐𝒙𝟐
√ 𝒙𝟑

𝟐 𝐜𝐨𝐬(𝟒√𝒙)
c) − 𝒙 𝐬𝐞𝐧 𝟐𝒙𝟐
√𝒙

AULA 05 – CÁLCULO I 215


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𝟐 𝐬𝐞𝐧(𝟒√𝒙)
d) − 𝟒𝒙 𝐬𝐞𝐧 𝟐𝒙𝟐
√𝒙
𝟐 𝐜𝐨𝐬(𝟒√𝒙)
e) − 𝟒𝒙 𝐬𝐞𝐧 𝟐𝒙𝟐
√𝒙

Comentários
Vamos calcular a derivada pela regra da cadeia:
𝑑𝑓(𝑥) 𝑑(cos(2𝑥 2 ) + sen(4√𝑥)) 𝑑 (cos(2𝑥 2 )) 𝑑(sen(4√𝑥))
= = +
𝑑𝑥 𝑑𝑥 ⏟ 𝑑𝑥 ⏟ 𝑑𝑥
𝐴 𝐵

Se 𝑢 = 2𝑥 2 :
𝑑 (cos(𝑢)) 𝑑𝑢
𝐴= ⋅ = − sen 𝑢 ⋅ 4𝑥 = − sen 2𝑥 2 ⋅ 4𝑥
𝑑𝑢 𝑑𝑥
Se 𝑣 = 4√𝑥:
𝑑 (sen 𝑣 ) 𝑑𝑣 1 2 cos(4√𝑥)
𝐵= ⋅ = cos 𝑣 ⋅ 2𝑥 −2 =
𝑑𝑣 𝑑𝑥 √𝑥
Portanto, a nossa derivada fica:
𝑑𝑓 (𝑥) 2 cos(4√𝑥)
= 𝐴 + 𝐵 = − sen 2𝑥 2 ⋅ 4𝑥 +
𝑑𝑥 √𝑥
𝑑𝑓 (𝑥) 2 cos(4√𝑥)
⇒ = − 4𝑥 sen 2𝑥 2
𝑑𝑥 √𝑥
Gabarito: E
128. (Estratégia Militares – Prof. Victor So)

Seja 𝒇 a função real definida por 𝒇(𝒙) = 𝒙𝟑 − 𝟑𝒙𝟐 + 𝟏𝟎 e considere que 𝒂𝟏 , 𝒂𝟐 e 𝒂𝟑 formam, nessa
ordem, uma progressão geométrica de razão 𝒒. Sabendo-se que 𝒂𝟏 = 𝟐 e que 𝒒 é um ponto de
mínimo local de 𝒇, então o valor do produto dos termos dessa progressão é:
a) 𝟏𝟔

b) 𝟑𝟐

c) 𝟔𝟒

d) 𝟗

e) 𝟑𝟔
Comentários
Para analisar máximos e mínimos de uma função de domínio real, precisamos calcular os
𝑥 tais que 𝑓 ′ (𝑥) = 0:
𝑓 ′ (𝑥) = 3𝑥 2 − 6𝑥

AULA 05 – CÁLCULO I 216


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𝑓 ′ (𝑥) = 0 ⇒ 3𝑥 2 − 6𝑥 = 0 ⇒ 3𝑥 (𝑥 − 2) = 0 ⇒ 𝑥 = 0 𝑜𝑢 𝑥 = 2
Agora, para saber se são máximos ou mínimos locais, precisamos analisar a segunda
derivada de 𝑓 (𝑥) nesses pontos:
𝑓 ′′ (𝑥) = 6𝑥 − 6
⇒ 𝑓 ′′ (0) = −6 ⇒ 𝑐𝑜𝑛𝑐𝑎𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑏𝑎𝑖𝑥𝑜 (𝑃𝑜𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑀á𝑥𝑖𝑚𝑜)
⇒ 𝑓 ′′ (2) = 6 ⇒ 𝑐𝑜𝑛𝑐𝑎𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑐𝑖𝑚𝑎 (𝑃𝑜𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑀í𝑛𝑖𝑚𝑜)
Portanto, 𝑞 = 2. A P.G. é:
(2, 4, 8)
O produto é dado por:
𝑃 = 2 ⋅ 4 ⋅ 8 = 64
Gabarito: C
129. (Estratégia Militares – Prof. Victor So)
𝒕𝟑
Um navio da marinha mercante navega segundo a equação 𝑺(𝒕) = + 𝒕𝟐 + 𝟏𝟎𝒕 − 𝟓, onde 𝒕 é o
𝟔
tempo em segundos e 𝑺 é a posição em metros. A aceleração do navio no instante 𝒕 = 𝟑𝒔 é

a) 𝟑 𝒎/𝒔𝟐

b) 𝟒 𝒎/𝒔𝟐

c) 𝟓 𝒎/𝒔𝟐

d) 𝟔 𝒎/𝒔𝟐

e) 𝟕 𝒎/𝒔𝟐
Comentários
A aceleração instantânea do navio é dada pela segunda derivada da posição em relação ao
tempo:
𝑑𝑆(𝑡 ) 𝑡 2
𝑣 (𝑡 ) = = + 2𝑡 + 10
𝑑𝑡 2
2 ( )
𝑑 𝑆 𝑡
⇒ 𝑎 (𝑡 ) = =𝑡+2
𝑑𝑡 2
Para 𝑡 = 3𝑠, temos:
𝑎(𝑡 ) = 5𝑚/𝑠 2
Gabarito: C
130. (Estratégia Militares - Prof. Victor So)
A equação da reta tangente ao gráfico 𝒇(𝒙) = 𝟑𝐜𝐨𝐬 𝒙+𝐬𝐞𝐧 𝒙 no ponto 𝒙 = 𝝅 é:

AULA 05 – CÁLCULO I 217


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𝐥𝐧 𝒆⋅𝟑−𝟐 −𝒙
a) 𝒚 = 𝟑
𝟏 𝛑 𝐥𝐧 𝟑+𝟏
b) 𝒚 = − 𝟑 𝒙 + 𝟑
𝐥𝐧 𝟑𝝅 𝒆−𝐥𝐧 𝟑⋅ 𝒙
c) 𝒚 = 𝟒
𝐥𝐧 𝟑𝝅 𝒆−𝐥𝐧 𝟑⋅𝒙
d) 𝒚 = 𝟑
𝐥𝐧 𝟑𝝅 −𝐥𝐧 𝟐⋅𝒙
e) 𝒚 = 𝟑

Comentários
Vamos primeiramente descobrir o valor de 𝑓 (𝜋):
1
𝑓 (𝜋) = 3cos 𝜋+sen 𝜋 = 3−1 =
3
Sabemos, do estudo de gráficos a partir as ferramentas do cálculo diferencial, que a
inclinação da reta tangente ao gráfico de uma função contínua num ponto específico 𝑥0 é igual à
derivada dessa função nesse ponto 𝑥0 . Isto é, seja a equação da reta tangente a 𝑓 em 𝑥 = 𝜋: 𝑦 =
𝑎𝑥 + 𝑏, então:
𝑎 = 𝑓′(𝜋)
Assim, calculando a função derivada de 𝑓 pela regra da cadeia:
𝑓 ′ (𝑥) = (3cos 𝑥+sen 𝑥 )′ = (3cos 𝑥+sen 𝑥 ⋅ ln 3) ⋅ (cos 𝑥 + sen 𝑥 )′
⇒ 𝑓′(𝑥) = 3cos 𝑥+sen 𝑥 ⋅ ln 3 ⋅ (cos 𝑥 − 𝑠𝑒𝑛𝑥)
ln 3
⇒ 𝑎 = 𝑓 ′ (𝜋) = 3cos 𝜋+sen 𝜋 ⋅ ln 3 ⋅ (cos 𝜋 − 𝑠𝑒𝑛 𝜋) = −
3
ln 3
Portanto, a equação da reta tangente desejada é 𝑦 = − 𝑥 + 𝑏. Como ela passa pelo
3
1
ponto (𝜋, ):
3
1 − π ln 3 π ln 3 + 1
= +𝑏 ⇒𝑏 =
3 3 3
Portanto, a equação da reta tangente é:
ln 3 π ln 3 + 1
𝑦=− 𝑥+
3 3
𝜋
ln 3 𝑒 − ln 3 ⋅ 𝑥
⇒𝑦=
3
Gabarito: D
131. (Estratégia Militares - Prof. Victor So)

Seja 𝒇(𝒙) = 𝒙 + 𝐥𝐧(𝟐𝒙 − 𝟏), sabendo que 𝒇 admite função inversa 𝒈, calcule 𝒈′′ (𝟏) e assinale a
opção correta.

AULA 05 – CÁLCULO I 218


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𝟒
a) 𝟐𝟓
𝟒
b) 𝟐𝟕
𝟒
c) 𝟑𝟑
𝟖
d) 𝟒𝟕
𝟑
e) 𝟐𝟖

Comentários
Primeiramente vamos calcular o 𝑥 tal que 𝑓 (𝑥) = 1:
1 = 𝑥 + ln(2𝑥 − 1) ⇒ 𝑥 = 1
⇒ 𝑔 (1) = 1
Sabemos que, pela derivada da função inversa:
1
𝑔 ′ (𝑥 ) =
𝑓 ′ (𝑔(𝑥))
−𝑓 ′′ (𝑔(𝑥)) ⋅ 𝑔′ (𝑥)
⇒ 𝑔′′ (𝑥) = 2
[𝑓 ′ (𝑔(𝑥))]
Calculando:
2
𝑓 ′ (𝑥 ) = 1 + ⇒ 𝑓 ′ (1) = 1 + 2 = 3
2𝑥 − 1
4
𝑓 ′′ (𝑥) = − ⇒ 𝑓 ′′ (1) = −4
(2𝑥 − 1)2
1 1
⇒ 𝑔 ′ (1) = ′ =
𝑓 (1) 3
1
−(−4) ⋅
⇒ 𝑔′′ (1) = 3= 4
32 27
Gabarito: B
132. (Estratégia Militares - Prof. Victor So)

Um cone reto tem área total 𝑨 constante, raio da base 𝑹 e altura 𝒉. Se o volume máximo desse cone
𝟏
é expresso por um número real 𝒎 e a função 𝒇 da variável 𝒙 é definida por 𝒇(𝒙) = (𝟗𝝅𝒙𝟐 )𝟑 + 𝟏 ,
pode-se dizer que 𝒇(𝒎) vale:
𝑨
a) − 𝟏
𝟐
𝑨𝟐
b) +𝟏
𝟐√𝑨𝟐 +𝟏

AULA 05 – CÁLCULO I 219


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𝑨
c) 𝟐 + 𝟏
𝟑
√𝑨𝟑 +𝟐
d) +𝟐
𝟐
√𝑨𝟐 −𝟏
e) +𝟏
𝟐

Comentários
Sabemos que a área total de um cone é dada por:
𝜋𝑅 2
𝐴 = 𝜋𝑅2 + ⋅ 𝑔 = 𝜋𝑅2 + 𝜋𝑅𝑔 = 𝜋𝑅(𝑅 + 𝑔) = 𝜋𝑅 (𝑅 + √𝑅2 + ℎ2 )
𝑔
2
𝐴 2 2
𝐴2 2𝐴
⇒ ( − 𝑅) = 𝑅 + ℎ ⇒ 2 2 − = ℎ2
𝜋𝑅 𝜋 𝑅 𝜋

𝐴2 2𝐴
⇒ℎ=√ 2 2

𝜋 𝑅 𝜋
O volume do cone é:

1 2 1 𝐴2 𝑅2 2𝐴𝑅4
𝑉= 𝜋𝑅 ℎ = 𝜋√ 2 −
3 3 𝜋 𝜋
Para que o volume seja máximo, temos que sua derivada em função de 𝑅 deve ser nula:
𝑑𝑉 1 1 2𝑅𝐴2 8𝐴𝑅3
=0⇒ 𝜋⋅ ⋅( 2 − )=0
𝑑𝑅 6 𝐴 2 𝑅2 2𝐴𝑅 4 𝜋 𝜋
√ 2 −
𝜋 𝜋

2𝑅𝐴2 8𝐴𝑅3 2𝑅𝐴 𝐴 2


𝐴
⇒ − = 0 ⇒ ( − 4𝑅 ) = 0 ⇒ 𝑅 = √
𝜋2 𝜋 𝜋 𝜋 4𝜋
Assim, o volume máximo é:

1 2 1 𝐴 𝐴2 4𝜋 2𝐴 1 𝐴 4𝐴 2𝐴 1 𝐴 2𝐴
𝑉𝑀 = 𝜋𝑅 ⋅ ℎ = 𝜋 ⋅ ⋅ √ − = 𝜋 ⋅ ⋅ √ − = 𝜋 ⋅ √
3 3 4𝜋 𝜋 2𝐴 𝜋 3 4𝜋 𝜋 𝜋 3 4𝜋 𝜋

𝐴 2𝐴
⇒𝑚= √
12 𝜋
Portanto:
1/3 1/3
𝐴2 2𝐴 𝐴3 𝐴
𝑓 (𝑚) = (9𝜋 ⋅ ⋅ ) +1=( ) +1= +1
144 𝜋 8 2
Gabarito: C

AULA 05 – CÁLCULO I 220


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133. (Estratégia Militares - Prof. Victor So)

Assinale a opção que representa o maior intervalo onde a função 𝒇, de variável real, definida por
𝒇(𝒙) = 𝒙𝟐 𝒆𝟑𝒙 é côncava para baixo.
−𝟐−√𝟐
a) ( ,𝟎 )
𝟑
−𝟐−√𝟐 𝟏
b) ( ,𝟑)
𝟑
−𝟐−√𝟐 𝟏
c) ( ,−𝟐 )
𝟑
−𝟐−√𝟐 −𝟐+√𝟐
d) ( , )
𝟑 𝟑
−𝟐−√𝟐 𝟐+√𝟐
e) ( , )
𝟑 𝟑

Comentários
A função acima será côncava para baixo quando sua derivada segunda for negativa.
Portanto, precisamos analisar os valores de x que tornam 𝑓 ′′ (𝑥) < 0. Calculando sua primeira
derivada:
𝑓 ′ (𝑥) = (𝑥 2 )′ 𝑒 3𝑥 + 𝑥 2 (𝑒 3𝑥 )′ = 2𝑥𝑒 3𝑥 + 𝑥 2 3𝑒 3𝑥 = 𝑒 3𝑥 (3𝑥 2 + 2𝑥)
Agora, calculando a segunda derivada derivando a função acima:

𝑓 ′′ (𝑥) = (𝑓 ′ (𝑥)) = (𝑒 3𝑥 )′ (3𝑥 2 + 2𝑥) + 𝑒 3𝑥 (3𝑥 2 + 2𝑥)′ = 3𝑒 3𝑥 (3𝑥 2 + 2𝑥) + 𝑒 3𝑥 (6𝑥 + 2)
⇒ 𝑓 ′′ (𝑥) = 𝑒 3𝑥 (9𝑥 2 + 12𝑥 + 2)
Observe que o sinal será definido pela expressão do segundo grau acima. Calculando seu
discriminante:
Δ = 144 − 4 ⋅ 9 ⋅ 2 = 144 − 72 = 72
−12 ± 6√2
⇒𝑥=
18
Obviamente, a expressão será negativa para valores de 𝑥 entre as suas raízes. Portanto, o
intervalo é:
−2 − √2 −2 + √2
( , )
3 3
Gabarito: D
134. (Estratégia Militares – Prof. Victor So)

Temos que 𝒈(𝒙) = 𝒙𝒇(𝒙), onde 𝒇(𝟑) = 𝟒 e 𝒇′ (𝟑) = −𝟐. Seja 𝒓 a equação da reta tangente ao
gráfico de 𝒈 no ponto onde 𝒙 = 𝟑. Sobre 𝒓, podemos afirmar que

a) 𝒓 é paralela à reta 𝒔: 𝟐𝒙 − 𝒚 + 𝟏𝟖 = 𝟎.
b) a reta é 𝒓: 𝟐𝒙 + 𝒚 − 𝟏𝟐 = 𝟎.

AULA 05 – CÁLCULO I 221


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c) o ponto (𝟒, 𝟏𝟎) pertence a 𝒓.

d) 𝒓 é perpendicular a 𝒕: 𝟐𝒙 + 𝒚 − 𝟔 = 𝟎.

e) 𝒓 passa pela origem do plano 𝒙𝒚.


Comentários
Temos que
𝑔(𝑥) = 𝑥𝑓 (𝑥) → 𝑔′ (𝑥) = 𝑥𝑓 ′ (𝑥) + 𝑓(𝑥) ∙ 1
Também,
𝑔(3) = 3𝑓 (3) = 12
Assim,
𝑔′ (3) = 3𝑓 ′ (3) + 𝑓 (3) = 3(−2) + 4 = −2
Então, a equação da reta tangente a curva 𝑔 no ponto onde 𝑥 = 3 é
(𝑦 − 12) = −2(𝑥 − 3) → 𝑟: 2𝑥 + 𝑦 − 18 = 0
Onde, (4,10) pertence a 𝑟.
Gabarito: C
135. (Estratégia Militares - Prof. Victor So)

Seja 𝒇 a função da variável real 𝒙, definida por 𝒇(𝒙) = 𝟑𝒙𝟑 − 𝟒𝒙𝟐 − 𝒙 + 𝟖. O máximo relativo de 𝒇
vale:

a) 6
𝟏𝟗𝟓𝟖
b) 𝟐𝟒𝟑

c) 4
𝟏𝟗𝟒𝟒
d) 𝟐𝟒𝟑
𝟏𝟗𝟓𝟖
e) 𝟖𝟏

Comentários
Para calcular o máximo relativo, vamos calcular os pontos que zeram a primeira derivada.
Para estes, veremos qual tem valor máximo:
𝑓 ′ (𝑥) = 9𝑥 2 − 8𝑥 − 1 = 0
Δ = 64 − 4 ⋅ 9 ⋅ (−1) = 100
8 ± 10 1
⇒𝑥= = 1 ou −
18 9
𝑓 (1) = 3 − 4 − 1 + 8 = 6

AULA 05 – CÁLCULO I 222


Prof. Victor So

1 1 1 1 1 12 27
𝑓 (− ) = 3 ⋅ − 3 − 4 ⋅ 2 + + 8 = − − + +8
9 9 9 9 243 243 243
1 14 243 1958
𝑓 (− ) = +8⋅ = ≅8
9 243 243 243
1958
Portanto, o máximo é .
243

Gabarito: B
136. (Estratégia Militares – Prof. Victor So)

No porto de Santos há um contêiner para estocagem retangular com uma tampa aberta que deve
ter o volume de 𝟏𝟎 𝒎𝟑 . O comprimento de sua base é o dobro da largura. O material para a base
custa 𝑹$ 𝟏𝟎 por metro quadrado. O material para os lados custa 𝑹$ 𝟔 por metro quadrado.
Encontre, aproximadamente, os custos dos materiais para o mais barato desses contêineres.

a) 𝑹$ 𝟏𝟔𝟑
b) 𝑹$ 𝟏𝟔𝟕

c) 𝑹$ 𝟏𝟖𝟎

d) 𝑹$ 𝟏𝟗𝟑

e) 𝑹$ 𝟏𝟗𝟕
Comentários
Temos o seguinte esquema

𝟓
Assim, temos que 𝑽 = 𝒍𝒘𝒉 → 𝟏𝟎 = (𝟐𝒘)(𝒘)𝒉 = 𝟐𝒘𝟐 𝒉 → 𝒉 = . Com isso, o custo
𝒘𝟐

𝑪(𝒘) = 𝟏𝟎 ∙ (𝟐𝒘𝟐 ) + 𝟔[𝟐(𝟐𝒘𝒉) + 𝟐(𝒉𝒘)] = 𝟐𝟎𝒘𝟐 + 𝟑𝟔𝒘𝒉


𝟏𝟖𝟎
𝑪(𝒘) = 𝟐𝟎𝒘𝟐 +
𝒘
Daí, para encontramos o valor mínimo

𝟏𝟖𝟎 𝟒𝟎 𝟗 𝟑 𝟗
𝑪′ (𝒘) = 𝟒𝟎𝒘 − = ∙ (𝒘𝟑
− ) → 𝒘 = √
𝒘𝟐 𝒘𝟐 𝟐 𝟐

𝟑 𝟗
Assim, para 𝒘 = √ , teremos o custo mais barato. Logo, seu valor será
𝟐

AULA 05 – CÁLCULO I 223


Prof. Victor So

𝟐
𝟑𝟗 𝟗 𝟑 𝟏𝟖𝟎
𝑪 ( √ ) = 𝟐𝟎 ( √ ) + ≈ 𝟏𝟔𝟑, 𝟓𝟒
𝟐 𝟐 𝟑 𝟗

𝟐
Por fim, o custo mais barato é, aproximadamente, 𝑪 = 𝑹$ 𝟏𝟔𝟑.
Gabarito: A
137. (Estratégia Militares – Prof. Victor So)

Sobre o ponto mais alto e o mais baixo da curva 𝒙𝟐 + 𝒙𝒚 + 𝒚𝟐 = 𝟏𝟐, é correto afirmar que
a) a curva possui o ponto mais alto no ponto (𝟎, 𝟐√𝟑).

b) a curva possui o ponto mais baixo no ponto (−𝟐√𝟑, 𝟎).

c) a curva não possui um ponto mínimo.


d) a soma das coordenadas de seu ponto máximo é 𝟐.

e) a coordenada 𝒚 no ponto mínimo satisfaz 𝒚 < −𝟓.


Comentários
Vamos derivar implicitamente em relação a 𝒙, assim
𝒅𝒚 𝒅𝒚 𝒅𝒚 𝟐𝒙 + 𝒚
𝟐𝒙 + 𝒚 + 𝒙 + 𝟐𝒚 =𝟎→ =−
𝒅𝒙 𝒅𝒙 𝒅𝒙 𝒙 + 𝟐𝒚
𝒅𝒚
Assim, para analisarmos os valores de máximo e mínimo, vamos igualar = 𝟎. Logo
𝒅𝒙
𝟐𝒙 + 𝒚
− = 𝟎 → 𝒚 = −𝟐𝒙
𝒙 + 𝟐𝒚
Retornando à equação inicial, temos que
𝒙 = +𝟐 → 𝒚 = −𝟒
𝒙𝟐 + 𝒙(−𝟐𝒙) + (−𝟐𝒙)𝟐 = 𝟏𝟐 → {
𝒙 = −𝟐 → 𝒚 = +𝟒
Daí, ponto mais alto (−𝟐, 𝟒), cuja soma das coordenadas é −𝟐 + 𝟒 = 𝟐.
Ponto mais baixo (𝟐, −𝟒).
Gabarito: D

AULA 05 – CÁLCULO I 224

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