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ÍNDICE

Prefácio XVÎÎÎÎ

1. Introdução
1.1. Equações dilferenciais parciais
1.2. Exemplos 3
1.2.1. Equações dilferenciais parciais simples 3
1.2.2. Sistemas de equações dilferenciais parciais 6
1.3. Estratégias para estudar PDE 7
1.3.1. Problemas bem propostos, soluções clássicas 7
1.3.2. Soluções fracas e regularidade 8
1.3.3. Dificuldades típicas 9
1.4. Visão geral 9
1.5. Problemas 12
PARTE I: FÓRMULAS DE
REPRESENTAÇÃO PARA
SOLUÇÕES
16
2. Quatro EDPs lineares importantes 17
2.1. Equação de transporte 17
2.1.1. Problema do valor inicial 18
2.1.2. Problema não homogêneo 19
2.2. Equação de Laplace

IX
X

2.2.1. Solução fundamental 20


2.2.2. Fórmulas de valor médio 25
2.2.3. Propriedades das funções harmônicas 26
2.2.4. Função de Green 33
2.2.5. Métodos de energia 42
2.3. Calor equação 44
2.3.1. Solução fundamental 45
2.3.2. Fórmula do valor médio 53
2.3.3. Propriedades das soluções 56
2.3.4. Métodos de energia 65
2.4. Equação de onda 68
2.4.1. Solução por meios esféricos 69
2.4.2. Problema não homogêneo 84
2.4.3. Métodos de energia 86
2.5. Problemas 89
2.6. Referências 93
3. PDE não linear de primeira ordem . 94
3.1. Integrais completas, envelopes 95
3.1.1. Integrais completas 95
3.1.2. Novas soluções a partir de envelopes 97
3.2. Características 100
3.2.1. Derivação da EDO característica 100
3.2.2. Exemplos 103
3.2.3. Condições de limite 107
3.2.4. Solução local 110
3.2.5. Aplicativos 115
3.3. Introdução às equações de Hamilton-Jacobi 121
3.3.1. Cálculo de variações, EDO de Hamilton 122
3.3.2. Transformada de Legendre, fórmula de Hopf-Lax 127
3.3.3. Soluções fracas, exclusividade 136
3.4. Introdução às leis de conservação 143
3.4.1. Choques, condição de entropia 144
XI

3.4.2. Fórmula de Lax-Oleinik 152


3.4.3. Soluções fracas, exclusividade 157
3.4.4. Problema de Riemann 162
3.4.5. Comportamento de longo prazo 165
3.5. Problemas 171
3.6. Referências 173
4. Outras formas de representar soluções 175
4.1. Separação de variáveis 175
4.2. Soluções de similaridade 180
4.2.1. Ondas planas e viajantes, solitons 180
4.2.2. Similaridade em escala 189
4.3. Métodos de transformação 191
4.3.1. Transformada de Fourier 191
4.3.2. Transformada de Laplace 200
4.4. Conversão de PDE não linear em linear 203
4.4.1. Transformação de Hopf-Cole 203
4.4.2. Funções potenciais 205
4.4.3. Transformações de Hodograph e Legendre 207
4.5. Assimptótica 209
4.5.1. Perturbações singulares 209
4.5.2. Método de Laplace 214
4.5.3. Óptica geométrica, fase estacionária 217
4.5.4. Homogeneização 229
4.6. Série Power 232
4.6.1. Superfícies não características 232
4.6.2. Funções analíticas reais 237
4.6.3. Teorema de Cauchy-Kovalevskaya 239
4.7. Problemas 245
4.8. Referências 247

PARTE II: TEORIA PARA EQUAÇÕES


DIFERENCIAIS PARCIAIS
LINEARES
251
5. Espaços de Sobolev
XII

5.1. Espaços de Hölder 252


5.2. Espaços de Sobolev 254
5.2.1. Derivados fracos 254
5.2.2. Definição de espaços de Sobolev 257
5.2.3. Propriedades elementares 259
5.3. Aproximação 262
5.3.1. Aproximação interior por funções suaves 262
5.3.2. Aproximação por funções suaves 264
5.3.3. Aproximação global por funções suaves 265
5.4. Extensões 267
5.5. Traços 270
5.6. Desigualdades de Sobolev 275
5.6.1. Desigualdade de Gagliardo-Nirenberg- 275
Sobolev 280
5.6.2. Desigualdade de Morrey 284
5.6.3. Desigualdades gerais de Sobolev 286
5.7. Compacidade 289
5.8. Tópicos adicionais 289
5.8.1. Desigualdades de Poincaré 291
5.8.2. Quocientes de diluição 295
5.8.3. Dilferenciabilidade a.e. 297
5.8.4. Métodos de transformação de Fourier 298
5.9. Outros espaços de funções 298
5.9.1. O espaço /f*1 300
5.9.2. Espaços que envolvem tempo 305
5.10. Problemas 308
5.11. Referências 309
6. Equações elípticas de segunda ordem 309
6.1. Definições 309
6.1.1. Equações elípticas 312
6.1.2. Soluções fracas 314
6.2. Existência de soluções fracas 314
6.2.1. Teorema de Lax-Milgram
XIII

6.2.2. Estimativas de energia 316


6.2.3. Alternativa de Fredholm 319
6.3. Regularidade 325
6.3.1. Regularidade interna 326
6.3.2. Regularidade dos limites 334
6.4. Princípios do Maximus 344
6.4.1. Princípio do maximus fraco 345
6.4.2. Princípio da máxima força 348
6.4.3. Desigualdade de Harnack 352
6.5. Valores próprios e funções próprias 353
6.5.1. Valores próprios de operadores elípticos simétricos 353
6.5.2. Valores próprios de operadores elípticos não simétricos 359
6.6. Problemas 364
6.7. Referências 367
T. Equações de evolução linear 368
7.1. Equações parabólicas de segunda ordem 368
7.1.1. Definições 369
7.1.2. Existência de soluções fracas 372
7.1.3. Regularidade 377
7.1.4. Princípios do Maximus 387
7.2. Equações hiperbólicas de segunda ordem 398
7.2.1. Definições 398
7.2.2. Existência de soluções fracas 401
7.2.3. Regularidade 409
7.2.4. Propagação de distúrbios 415
7.2.5. Equações em duas variáveis 419
7.3. Sistemas de equações hiperbólicas de primeira ordem 422
7.3.1. Definições 423
7.3.2. Sistemas hiperbólicos simétricos 424
7.3.3. Sistemas com coeficientes constantes 431
7.4. Teoria do Sernigroup 436
7.4.1. Definições, propriedades elementares 436
XÎV

7.4.2. Geração de semigrupos de 442


contração 445
7.4.3. Aplicativos 449
7.5. Problemas 452
7.6. Referências

PARTE III: TEORIA PARA EQUAÇÕES DIFERENCIAIS


PARCIAIS NÃO LINEARES
8. 'T'he Cálculo de variações 456
8.1. Introdução 456
8.1.1. Ideias básicas 456
8.1.2. Primeira variação, equação de Euler-Lagrange 457
8.1.3. Segunda variação 461
8.1.4. Sistemas 463
8.2. Existência de minimizadores 468
8.2.1. Coercividade, semicontinuidade inferior 469
8.2.2. Convexidade 471
8.2.3. Soluções fracas da equação de Euler-Lagrange 476
8.2.4. Sistemas 479
8.3. Regularidade 484
8.3.1. Estimativas da segunda derivada 485
8.3.2. Observações sobre maior regularidade 488
8.4. Restrições 490
8.4.1. Problemas não lineares de valores próprios 490
8.4.2. Restrições unilaterais, desigualdades variacionais 494
8.4.3. Mapas harmônicos 498
8.4.4. Incompressibilidade 500
8.5. Pontos críticos 505
8.5.1. Teorema de Mountain Pass 505
8.5.2. Aplicação ao PDE elíptico semilinear 510
8.6. Problemas 516
8.7. Referências 519
9. Técnicas não-variacionais 520
9.1. Métodos de monotonicidade 520
XV

9.2. Métodos de ponto fixo 528


9.2.1. Teorema do ponto fixo de Banach 528
9.2.2. Teoremas de ponto fixo de Schauder e Schaefer 532
9.3. Método de subsoluções e supersoluções 537
9.4. Inexistência 541
9.4.1. Explosão 541
9.4.2. Identidade Derrick-Pohozaev 544
9.5. Propriedades geométricas das soluções 547
9.5.1. Conjuntos de níveis em forma de estrela 547
9.5.2. Simetria radial 549
9.6. Fluxos de gradiente 553
9.6.1. Funções convexas em espaços de Hilbert 553
9.6.2. Subdilferenciais, semigrupos não lineares 559
9.6.3. Aplicativos 565
9.7. Problemas 567
9.8. Referências 569
10. Equações de Hamilton-Jacobi 571
10.1. Introdução, soluções de viscosidade 571
10.1.1. Definições 573
10.1.2. Consistência 576
10.2. Exclusividade 579
10.3. Teoria de controle, programação dinâmica 583
10.3.1. Introdução à teoria de controle 583
10.3.2. Programação dinâmica 585
10.3.3. Equação de Hamilton-Jacobi-Bellman 587
10.3.4. Fórmula de Hopf-Lax revisitada 594
10.4. Problemas 596
10.5. Referências 598
11. Sistemas de leis de conservação 599
11.1. Introdução 599
11.1.1. Soluções integrais 602
11.1.2. Ondas viajantes, sistemas hiperbólicos 605
XVÎ

11.2. Problema de Riemann 612


11.2.1. Ondas simples 612
11.2.2. Ondas de rarefação 615
11.2.3. Ondas de choque, descontinuidades de 616
contato 624
11.2.4. Solução local do problema de Riemann 626
11.3. Sistemas de duas leis de conservação 627
11.3.1. Invariantes de Riemann 631
11.3.2. Não existência de soluções suaves 634
11.4. Critérios de entropia 634
11.4.1. Viscosidade de desaparecimento, ondas 638
viajantes
642
11.4.2. Pares de fluxo de entropia/entropia
647
11.4.3. Exclusividade de uma lei de conservação
escalar 648
11.5. Problemas
11.6. Referências

APÊNDICES
Apêndice A: Notação 649
A.1. Notação para matrizes 649
A.2. Notação geométrica 650
A.3. Notação para funções 651
A.4. Funções com valores vetoriais 655
A.S. Notação para estimativas 656
A.6. Alguns comentários sobre notação 657
Apêndice B: Desigualdades 657
B.1. Funções convexas 657
B.2. Desigualdades 658
elementares Apêndice C: Fatos 663
de cálculo 663
C.1. Limites 664
C.2. Teorema de Gauss-Green 665
C.3. Coordenadas polares, fórmula de 666
coárea 669
C.4. Convolução e suavização 670
Teorema da função inversa de C.S.
C.6. Teorema da função implícita
xvii

C.7. Convergência uniforme 672


Apêndice D: Análise funcional linear 673
D.1. Espaços de Banach 673
D.2. Espaços de Hilbert 674
D.3. Operadores lineares limitados 675
D.4. Convergência fraca 677
D.S. Operadores compactos, teoria de 679
Fredholm 683
D.6. Operadores simétricos 684
Apêndice E: Teoria da medida 685
E.1. Medida de Lebesgue 686
E.2. Funções mensuráveis e integração 687
E.3. Teoremas de convergência para 688
integrais
688
E.4. Diferenciação
E.S. Funções com valor espacial de Banach 690

Índice 695

Bibliográfico
PREFÁCIO

Neste livro, apresento uma ampla pesquisa de muitos tópicos importantes da


teoria das equações diferenciais parciais (EDP), com ênfase especial em
várias abordagens modernas. Tomei um grande número de decisões editoriais
sobre o que manter e o que d e s c a r t a r , e só posso afirmar que essa seleção
me parece correta. Obviamente, incluí as fórmulas usuais para soluções das
EDPs lineares usuais, mas também dediquei grande parte da exposição aos
métodos de energia nos espaços de Sobolev, ao cálculo de variações, às leis
de conservação, etc.

Meus princípios gerais de trabalho na escrita foram os seguintes:

a. A teoria das EDPs (em sua maioria) não se restringe a duas variáveis
independentes. Muitos textos descrevem as EDPs como se as funções das
duas variáveis (z, p) ou (z, t) fossem tudo o que importa. Essa ênfase me
parece enganosa, pois as descobertas modernas sobre muitos tipos de
equações, tanto lineares quanto não lineares, permitiram o tratamento
rigoroso delas em qualquer número de dimensões. Também considero
insatisfatório "classificar" equações diferenciais parciais: isso é possível em
duas variáveis, mas cria a falsa impressão de que há algum tipo de esquema
de classificação geral e útil disponível em geral.

b. Muitas equações interessantes são não lineares. Minha opinião é que, de


modo geral, sabemos muito sobre EDPs lineares e muito pouco sobre EDPs
não lineares. Por isso, introduzi os conceitos não lineares no início do texto e
me esforcei para enfatizar em todos os lugares os análogos não lineares da
teoria linear.

XVÎÎÎÎ
PREFÁCIO XIX

c. É fundamental entender as soluções generalizadas. Muitas das equações


diferenciais parciais que estudamos, especialmente as equações não lineares
de primeira ordem, em geral não possuem soluções suaves. Portanto, é
essencial desenvolver algum tipo de noção adequada de solução generalizada
ou fraca. Essa é uma tarefa importante, mas sutil, e grande parte do material
mais difícil deste livro diz respeito à singularidade de soluções fracas
definidas adequadamente.

d. A teoria das EDPs não é um ramo da análise funcional. Embora certas


classes de equações possam ser vistas de forma proveitosa como geradoras
de operadores abstratos entre espaços de Banach, a insistência em um ponto
de vista excessivamente abstrato e a consequente ignorância de cálculos
profundos e estimativas teóricas de medidas são, em última análise,
limitantes.

e. A notação é um pesadelo. Eu realmente tentei introduzir uma notação


consistente, que funciona para todas as classes importantes de equações
estudadas. Essa tentativa, às vezes, está em desacordo com as convenções
de notação em uma subárea.

f. Uma boa teoria é (quase) tão útil quanto as fórmulas exatas. I n c o r p o r o


esse princípio na organização geral do texto, que é subdividido em três
partes, imitando aproximadamente o desenvolvimento histórico da própria
teoria de EDP. A Parte I diz respeito à busca de fórmulas explícitas para
soluções e a Parte II ao abandono dessa busca em favor da teoria geral que
afirma a existência e outras propriedades das soluções para equações
lineares. A Parte III é o esforço mais moderno de criar uma teoria geral para
classes importantes de EDPs não lineares.

Deixe-me também comentar explicitamente aqui que pretendo que o


desenvolvimento em cada seção seja rigoroso e completo (as exceções são o
tratamento francamente heurístico da assintótica no §4.5 e uma referência
ocasional a um trabalho de pesquisa). Isso significa que, mesmo localmente
em cada capítulo, os tópicos não necessariamente progridem logicamente de
conceitos "fáceis" para "difíceis". Há muitas provas e cálculos difíceis logo
no início, mas, em compensação, muitas ideias mais fáceis mais adiante. O
aluno certamente deve omitir, em uma primeira leitura, algumas das provas
mais complexas.
Em seguida, gostaria de enfatizar que este é um livro didático, e não um livro
de referência. Em todos os lugares, procurei apresentar as ideias essenciais da
f o r m a mais clara possível e, portanto, quase nunca estabeleci versões precisas
de nenhum dos teoremas. Artigos de pesquisa e monografias avançadas, muitos
deles listados na Bibliografia, fornecem essa precisão e generalidade.
xx PREFÁCIO

Meu objetivo tem sido explicar, da melhor forma possível, as muitas ideias
fundamentais do assunto em contextos bastante simples.

Aproveitei muito os comentários e as sugestões atenciosas de muitos de


meus colegas, amigos e alunos, em especial: S. Antman,
J. Bang, X. Chen, A. Chorin, M. Christ, J. Cima, P. Colella, J. Cooper,
M. Crandall, B. Driver, M. Feldman, M. Fitzpatrick, R. Gariepy, J. Gold-
stein, D. Gomes, O. Hald, W. Han, W. Hrusa, T. Ilmanen, I. Ishii, I. Israel,
R. Gerrard, C. Jones, B. Kawohl, S. Koike, J. Lewis, T.-P. Liu, H. Lopes,
J. McLaughlin, K. Miller, J. Morford, J. Neu, M. Portilheiro, J. Ralston,
F. Rezakhanlou, W. Schlag, D. Serre, P. Souganidis, J. Strain, W. Strauss,
M. Struwe, R. Temam, B. Tvedt, I.-L. Vazquez, M. Weinstein, P. Wolfe e Y.
Zheng.
Agradeço especialmente a Tai-Ping Liu por ter escrito para mim, há muitos
anos, o primeiro rascunho do que hoje é o Capítulo 11.
Sou extremamente grato pelas sugestões e listas de erros de rascunhos
anteriores deste livro que me foram enviadas por muitos leitores, e
encorajo outros a me enviarem seus comentários, em
evansomath.berkeley.edu. Percebi que devo estar mais do que
ligeiramente louco para tentar escrever um livro dessa extensão e
complexidade, mas ainda não estou louco o suficiente para pensar que
não cometi erros. Portanto, manterei uma lista dos erros que vierem à
tona e a tornarei acessível por meio da página inicial do site
math.berkeley.edu.

Faye Yeager, da UC Berkeley, fez um trabalho realmente magnífico ao


digitar e atualizar essas anotações, e Jaya Nagendra digitou heroicamente uma
versão anterior na Universidade de Maryland. Meus mais profundos
agradecimentos a ambos.

Recebi apoio da NSF durante grande parte da redação, mais recentemente


sob o subsídio DMS-9424342.

LCE
Agosto de 1997
Berkeley
Capítulo 1

INTRODUÇÃO

1.1 Equações di8erenciais parciais


1.2 Exemplos
1.3 Estratégias para estudar PDE
1.4 Visão geral
1.5 Problemas

Este capítulo examina as principais questões teóricas relacionadas à solução


de equações diferenciais parciais.
Para acompanhar a discussão subsequente, o leitor deve, em primeiro
lugar, consultar o Apêndice A e dar uma olhada na notação apresentada lá,
especialmente a notação multiindexada para derivadas parciais.

1.1. EQUAÇÕES DIFERENCIAIS PARCIAIS


Uma equação diferencial parcial (PDE) é uma equação que envolve uma
função desconhecida de duas ou mais variáveis e algumas de suas derivadas
parciais.

Usando a notação explicada no Apêndice A, podemos escrever


simbolicamente um PDE típico, como segue. Fixe um número inteiro k 1 e
deixe U denotar um subconjunto aberto de JR".

DEFINIÇÃO. Uma expressão da forma

(1) E(D (z), D -' (z), ... , D ( ) , u( ), z) - 0 (z E U)


é chamada de equação diferencial parcial de k-ésima ordem, onde

1
2 1. INTRODUÇÃO

é o desnó.
Resolvemos o PDE se encontrarmos todos os u que verificam (1),
possivelmente apenas entre as funções que satisfazem determinadas
condições de contorno auxiliares em alguma parte F de dU. Ao encontrar as
soluções, estamos nos referindo, idealmente, à obtenção de soluções simples
e explícitas ou, se isso não for possível, à dedução da existência e de outras
propriedades das soluções.
DEFINIÇÕES.
(i) A equação diferencial parcial (1) é chamada de linear se tiver a forma

Z --(-)D' - - - !(-)
para determinadas funções aq (|n| < k), f. Esse PDE linear é homogêneo
3/ / - 0.
(ii) A EDP (1) é semilinear, ou seja, tem a forma

(iii) A EDP (1) é quasilinear, ou seja, tem a forma


Z -q(Dk° u,... , Du, u, :s) D'u + at (D ° u, ... , Du, u, z) = 0.
k

(iv) O PDE (1) é totalmente não linear, ou seja, depende não linearmente
d a s derivadas de ordem mais alta.
Um sistema de equações diferenciais parciais é, informalmente falando, uma
coleção de várias EDPs para várias funções desconhecidas.
DEFINIÇÃO. Uma e:i:ção da forma
(2) £'(Dku(z), Dk 1u(z), ... , 6u(z), u(z), z) == 0 (z E U)
é chamado de sistema de equações diferenciais parciais de ordem "k", onde
F:R" x R" ' x- - -x R" ' x lit" x U -- lit"
é piren e
u : U -+ R", u = (u , ... , u")
é o desnó.
Aqui estamos supondo que o sistema compreende o mesmo número m
de equações escalares que as incógnitas (u', ... , u^). Essa é a circunstância
mais comum, embora outros sistemas possam ter menos ou mais equações
do que i n c ó g n i t a s .
Os sistemas são classificados de forma óbvia como lineares, semilineares,
etc.
1.2. EXEMPLOS 3

Observação. Usamos "PDE" como abreviação de "equação diferencial


parcial" e "equações diferenciais parciais".

1.2. EXEMPLOS
Não se conhece nenhuma teoria geral sobre a solvência de todas as equações
diferenciais parciais. É extremamente improvável que e s s a teoria e x i s t a ,
dada a grande variedade de fenômenos físicos, geométricos e probabilísticos
que podem ser modelados por EDPs. Em vez disso, a pesquisa se concentra
em várias equações diferenciais parciais específicas que são importantes para
aplicações dentro e fora da matemática, com a esperança de que a percepção
das origens dessas EDPs possa dar pistas sobre suas soluções.
A seguir, há uma lista de muitas equações diferenciais parciais
específicas de interesse na pesquisa atual. O objetivo dessa lista é apenas
familiarizar o leitor com os nomes e as formas de várias EDPs famosas.
Para exibir mais claramente a estrutura matemática dessas equações,
definimos as constantes físicas relevantes como unidade. Mais adiante,
discutiremos a origem e a interpretação de muitos d e s s e s PDEs.
Ao longo de z e U, onde U é um subconjunto aberto de JR" e I > 0. Além
disso, Du -- Dzu = (u>, , ... , ug,) denota o gradiente de u com relação à
variável espacial z = (+i, )
1.2.1. Equações diferenciais parciais simples.
a. Equações lineares.
1. Equação de Laplace

2. Equação de Helmholtz (ou valor próprio)

3. Equação de transporte linear

4. Equação de Liouville

- - - Z (°'°)-.'0
i= 1
4 1. JNTRODUCTJON

ñ. Equação de calor ou de difusão

"t -In =0.

6. Equação de Schrâdinger

int -1- An = 0.

I. Equação de Kolmogoro
n n
- -Z °"--.-. + Z°'--.- 0
i,j --1 i= 1

8. Evolução do Fokker-Planck

- -
- - £(°"-)-.-. - Z ( '-)-, -
b 0
i :j--l i=1

9. Equação de onda
mt - An = 0.

10. Equação do telégrafo

II. A equação de CleneroI foi tecida

t',j--1 i=1

12. Equação de Airy

13. Equação do feixe


1.2. EXEMPLOS 5

b. Equações não lineares.


1. Equação Eikonal
Du - 1.
2. Equação de Poisson não linear

3. Equação p-Laplaciana
div(|Du|"*2 Du) -- 0.

4. Equação de superfície mínima


Du
div = 0.
(1 -I- |6"|2) 1/2

5. Equação de Monge-Ampere
det(O2 t/) == /.

6. Equação de Hamilton-Jacobi

t + H(Du, :s) = 0.

7. Lei de consagração escalar


tip+ div F(u) = 0.

8. Equação de Burgers invíscida


ut + uu = 0.

9. Reação escalar - equação de difusão

10. Equação de meio poroso

-t - (u^) = 0.
11. Equações de onda não lineares

mt - div a(Du) -- 0.

12. Equação de Korteweg-de Vries (KdV)


ut + nut + uggg = 0.
6 1. JNTROD UGTION

1.2.2. Sistemas de equações diferenciais parciais.

a. Sistemas lineares.

1. Equações de elasticidade linear de Aquifilurn

pAu + (A + p)D(div u) = 0.

2. Equações de evolução da elasticidade linear

utt - pAu - (A + p)D(div u) = 0.

3. Equações do Melf

Et = curl B
Be = - curl E
div B = div E = 0.

b. Sistemas não lineares.

1. Sistema de leis de consultoria

ut + div F(u) = 0.

2. Sistema de reação-difusão

ut - Au = f(u).

3. Equações de Euler para fluxo invisível e incompressível

ut + u Du - Dp
div u = 0.

4. Equações de Navier-Stokes para o trabalho riscoso e incompressível

ut -1- u - Du - Du - Dp
div u = 0.

Consulte Zwillinger ZW] para obter uma listagem muito mais extensa de
PDEs interessantes.
1.3. ESTRATÉGIAS PARA ESTUDAR PDF

1.3. ESTRATÉGIAS PARA ESTUDAR O PDE


Conforme explicado no §1.1, nosso objetivo é descobrir maneiras de
resolver equações diferenciais parciais de vários tipos, mas, como deve estar
claro agora, em vista dos diversos exemplos apresentados no §1.2, essa não é
uma tarefa fácil. E, de fato, a própria questão do que significa "resolver" uma
determinada EDP pode ser sutil, dependendo em grande parte da estrutura
específica do problema em questão.

1.3.1. Problemas bem propostos, soluções clássicas.


A noção informal de um problema bem-posto captura muitas das
características desejáveis do que significa resolver uma EDP. Dizemos que um
determinado problema de uma equação diferencial parcial é bem-posto se
(a) o problema de fato tem uma solução;
(b) essa solução é única;
e
(c) a solução depende continuamente dos dados fornecidos no problema.
A última condição é particularmente importante para problemas
decorrentes de aplicações físicas: preferimos que nossa solução (única) mude
apenas um pouco quando as condições que especificam o problema mudam
um pouco. (Em muitos problemas, por outro lado, não se espera que haja
exclusividade. Nesses casos, as principais tarefas matemáticas são classificar
e caracterizar as soluções).
Agora, é claro que seria desejável "resolver" a EDP de forma que (a)-(c)
se mantenham. Mas observe que ainda não definimos cuidadosamente o que
queremos dizer com "solução". Devemos pedir, por exemplo, que uma
"solução" u seja analítica real ou, pelo menos, infinitamente diferenciável?
Isso pode ser desejável, mas talvez estejamos pedindo demais. Talvez seja
mais sensato exigir que uma solução de uma EDP de ordem k seja, pelo
menos, k vezes continuamente diferenciável. Assim, pelo menos todas as
derivadas que aparecem no enunciado da EDP existirão e serão contínuas,
embora talvez algumas derivadas mais altas não existam. Vamos chamar
informalmente uma solução com esse grau de suavidade de solução clássica
da EDP: essa é certamente a noção mais óbvia de solução.
Portanto, ao resolver uma equação diferencial parcial no sentido clássico,
queremos dizer que, se possível, é preciso escrever uma fórmula para uma
solução clássica que satisfaça (a)-(c) acima ou, pelo menos, mostrar que essa
solução existe e deduzir várias de suas propriedades.
1.3.2. Soluções fracas e regularidade.
Mas será que podemos conseguir isso? A resposta é que certas equações
di8erenciais parciais específicas (por exemplo, a equação de Laplace) podem
ser resolvidas na forma clássica
8 1. INTRODUÇÃO

mas muitas o u t r a s , se não a maioria, não. Considere, por exemplo, a lei de


conservação escalar

ut + F(u) - 0.

Veremos no §3.4 que esse EDP governa vários fenômenos unidimensionais


envolvendo a dinâmica de fluidos e, em particular, modela a formação e a
propagação de ondas de choque. Agora, uma onda de choque é uma curva de
descontinuidade da solução u; portanto, se quisermos estudar as leis de
conservação e recuperar a física subjacente, certamente devemos permitir
soluções u que não sejam continuamente diferenciáveis ou mesmo contínuas.
Em geral, como veremos, a lei de conservação não tem soluções clássicas,
mas é bem proposta se permitirmos soluções generalizadas ou fracas
adequadamente definidas.
Isso tudo quer dizer que podemos ser forçados pela estrutura da equação
específica a abandonar a busca por soluções clássicas e suaves. Em vez disso,
enquanto ainda esperamos atingir as condições de boa proposição (a)-(c),
devemos investigar uma classe mais ampla de candidatos a soluções. E, de
f a t o , mesmo para as EDPs que se revelam classicamente solucionáveis,
geralmente é mais conveniente procurar inicialmente algum tipo apropriado de
solução fraca.
A questão é a seguinte: se, desde o início, exigirmos que nossas soluções
sejam muito regulares, digamos, JC-vezes continuamente diferenciáveis,
geralmente teremos muita dificuldade em encontrá-las, pois nossas provas
devem incluir demonstrações possivelmente intrincadas de que as funções
que estamos construindo são de fato suficientemente suaves. Uma estratégia
muito mais razoável é considerar separadamente os problemas de
e:pretensão e de suavidade (ou regularidade). A ideia é definir para um
determinado PDE uma noção razoavelmente ampla de uma solução fraca,
com a expectativa de que, como não estamos exigindo muito da suavidade
dessa solução fraca, pode ser mais fácil estabelecer sua existência,
singularidade e dependência contínua dos dados fornecidos. Portanto,
repetindo, muitas vezes é sensato tentar provar a boa proposição em alguma
classe apropriada de soluções fracas ou generalizadas.
Agora, conforme observado acima, para várias equações diferenciais
parciais, isso é o melhor que pode ser feito. Para outras equações, podemos
esperar que nossa solução fraca seja suave o suficiente para se qualificar
como uma solução clássica. Isso leva à questão da regularidade das soluções
fracas. Como veremos, é comum que a existência de soluções fracas dependa
de estimativas bastante simples, além de ideias de análise funcional,
enquanto a regularidade das soluções fracas, quando verdadeira, geralmente
se baseia em muitas estimativas de cálculo complexas.
Deixe-me observar explicitamente aqui que, depois que passarmos da
Parte I (Capítulos 2 a 4), nossos esforços serão em grande parte dedicados a
£4. OVERYEW 9

provar matematicamente a existência


1 1. INTRODUÇÃO
0

de soluções para vários tipos de equações diferenciais parciais, e não tanto


para derivar fórmulas para essas soluções. Isso pode parecer um esforço
desperdiçado ou mal orientado, mas, na verdade, os matemáticos são como
os teólogos: consideramos a existência como o principal atributo do que
estudamos. Mas, ao contrário da maioria dos teólogos, nem sempre
precisamos confiar apenas na fé.

1.3.3. Dificuldades típicas.


A seguir, alguns princípios vagos, mas gerais, que podem ser úteis para se
ter em mente:
(1) As equações não lineares são mais difíceis do que as equações
lineares; e, de fato, quanto mais a não linearidade afetar as derivadas
mais altas, mais difícil será o PDE.
(2) Os PDE de ordem superior são mais difíceis do que os d e ordem inferior.
(3) Os sistemas são mais difíceis do que as equações individuais.
(4) As equações diferenciais parciais que envolvem muitas variáveis
independentes são mais difíceis do que as EDPs que envolvem poucas
variáveis independentes.
(5) Para a maioria das equações diferenciais parciais, não é possível
escrever fórmulas explícitas para as soluções.
Nenhuma dessas afirmações está isenta de exceções importantes.

1.4. VISÃO GERAL


Este livro didático está dividido em três partes principais.
PARTE I: Fórmulas de representação para soluções
Aqui identificamos as equações diferenciais parciais importantes para as
quais, em determinadas circunstâncias, é possível obter fórmulas explícitas ou
mais ou menos explícitas para as soluções. A progressão geral da exposição
vai de fórmulas diretas para determinadas equações lineares a fórmulas de
representação bem menos concretas, de certa forma, para várias EDPs não
lineares.
O Capítulo 2 é um estudo detalhado* de quatro equações diferenciais
parciais exatamente solucionáveis: a equação de transporte linear, a equação
de Laplace, a equação de calor e a equação de onda. Essas EDPs, que servem
como arquétipos para as equações mais complicadas introduzidas
posteriormente, admitem soluções diretamente computáveis, pelo menos no
caso de não haver um domínio cuja geometria limite complique as coisas. As
fórmulas explícitas são aumentadas por vários argumentos indiretos, mas
fáceis e atraentes, do tipo "energia", que servem de motivação para o s
desenvolvimentos nos Capítulos 6, 7 e seguintes.
O Capítulo 3 continua o tema da busca por fórmulas explícitas, agora
para PDEs não lineares gerais de primeira ordem. A principal percepção é
£4. OVERYEW 9
que tais PDE
10 1. INTRODUÇÃO

podem, pelo menos localmente, ser transformados em sistemas de


equações diferenciais ordinárias (EDO), as equações características.
Estipulamos que, quando o problema se torna "apenas" a questão da
integração de um sistema de EDO, ele é, em princípio, resolvido, às
vezes de forma bastante explícita. A derivação das equações
características apresentadas no texto é muito simples e não exige nenhum
conhecimento geométrico. Na verdade, é tão fácil derivar as equações
características que não há nenhum objetivo real em lidar primeiro com o
caso quasilinear.
Apresentamos também a fórmula de Hopf-Lax para as equações de
Hamilton-Jacobi (§3.3) e a fórmula de Lax-Oleinik para as leis de
conservação escalar (§3.4). (Algum conhecimento da teoria da medida é útil
aqui, mas não é essencial.) Essas seções proporcionam um conhecimento
inicial da teoria global desses importantes EDPs não lineares e, portanto,
motivam os Capítulos 10 e 11 posteriores.

O Capítulo 4 é um apanhado de técnicas para resolver explicitamente (ou


mais ou menos explicitamente) várias equações diferenciais parciais lineares
e não lineares, e o leitor deve estudar apenas o que lhe parecer interessante.
A seção sobre a transformada de Fourier é, no entanto, essencial. O Teorema
de Cauchy-Kovalevskaya aparece bem no final. Embora esse seja
basicamente o único teorema de existência geral no assunto e, portanto,
logicamente deva ser considerado central, na prática esses métodos de séries
de potência não são tão predominantes.
PARTE II: Teoria para equações diferenciais parciais lineares
Em seguida, abandonamos a busca por fórmulas explícitas e, em vez
disso, nos baseamos na análise funcional e em estimativas de "energia"
relativamente fáceis para provar a existência de soluções fracas para várias
EDPs lineares. Também investigamos a singularidade e a regularidade dessas
soluções e deduzimos várias outras propriedades.

O Capítulo 5 é uma introdução aos espaços de Sobolev, a configuração


adequada para o estudo de muitas equações diferenciais parciais lineares e
não lineares por meio de métodos energéticos. Este é um capítulo difícil,
cujo valor real só será revelado mais tarde, e requer algum conhecimento
básico da teoria da medida de Lebesgue. Entretanto, os requisitos não são tão
grandes, e a revisão no Apêndice E deve ser suficiente. Em minha opinião,
não há nenhuma vantagem particular em considerar apenas os espaços de
Sobolev com expoente p - 2 e, de fato, insistir nisso obscurece as duas
desigualdades centrais, as de Gagliardo-Nirenberg-Sobolev (§5.6.1) e de
Morrey (§5.6.2).

No Capítulo 6, generalizamos amplamente nosso conhecimento sobre a


equação de Laplace para outras equações elípticas de segunda ordem. Aqui,
trabalhamos em um tratamento bastante completo da teoria de existência,
L4. OVERYEW 11

singularidade e regularidade das soluções, incluindo o princípio do máximo,


e também uma introdução razoável à teoria de
12 1. INTRODUÇÃO

estudo de autovalores, incluindo uma discussão sobre o autovalor principal


para operadores não autoadjuntos.

O Capítulo 7 expande os métodos de energia para uma variedade de


equações diferenciais parciais lineares que caracterizam as evoluções no
tempo. Ampliamos nossa investigação anterior da equação de calor para
PDEs parabólicos gerais de segunda ordem e da equação de onda para PDEs
hiperbólicos gerais de segunda ordem. Estudamos também sistemas
hiperbólicos lineares de primeira ordem, com o objetivo de motivar os
desenvolvimentos relativos a sistemas não lineares de leis de conservação no
Capítulo 11. A seção 7.4, de conclusão, apresenta o método analítico
funcional alternativo de semigrupos para a construção de soluções.
(Nessa longa Parte II sobre equações diferenciais parciais lineares, não
há nenhuma discussão sobre a teoria da distribuição ou a teoria do potencial.
Esses são tópicos importantes, mas, para nossos propósitos, parecem
dispensáveis, mesmo em um livro tão extenso. Essas omissões não nos
atrasam muito e abrem espaço para mais teoria não linear).

PARTE III: Teoria para equações diferenciais parciais não lineares

Esta seção é paralela ao desenvolvimento do PDE não linear na Parte II,


mas é muito menos unificada em sua abordagem, pois os vários tipos de não
linearidade devem ser tratados de maneiras bem diferentes.

O Capítulo 8 inicia o estudo geral de equações diferenciais parciais não


lineares com uma ampla discussão sobre o cálculo de variações. Aqui,
apresentamos uma derivação cuidadosa do método direto para deduzir a ex-
istência de minimizadores e discutimos também uma variedade de sistemas
variacionais e problemas restritos, bem c o m o métodos minimax. A teoria
variacional é o mais útil e acessível dos métodos para EDPs não lineares e,
portanto, este capítulo é fundamental.

O Capítulo 9 é, assim como o Capítulo 4, uma reunião de várias outras


técnicas de uso para equações diflerenciais parciais elípticas e parabólicas não
lineares. Encontramos aqui métodos de monotonicidade e de ponto fixo,
além de uma variedade de outros dispositivos, a maioria envolvendo o
princípio do máximo. Estudamos também alguns aspectos interessantes da
teoria de semigrupos não lineares, para complementar a teoria de semigrupos
lineares do Capítulo 7.

O Capítulo 10 é uma introdução à teoria moderna de Hamilton-Jacobi


PDE e, em particular, à noção de "soluções de viscosidade". Encontramos
também as conexões com o controle ideal de EDOs, por meio da
programação dinâmica.
12 1. INTRODUÇÃO

O Capítulo 11 retoma do Capítulo 3 a discussão das leis de conservação,


agora sistemas de leis de conservação. Diferentemente dos desenvolvimentos
teóricos gerais dos Capítulos 5 a 9, para os quais os espaços de Sobolev
fornecem a estrutura abstrata adequada, aqui somos forçados a empregar
cálculos diretos de álgebra linear e cálculo. Damos atenção especial à solução
do problema de Riemann e aos critérios de entropia.
Os Apêndices A-E fornecem, para a conveniência do leitor, algum
material de apoio, com provas selecionadas, sobre desigualdades, análise
funcional linear, teoria da medida, etc.
A bibliografia fornece principalmente uma lista de livros interessantes
sobre PDE que podem ser consultados para obter mais informações. Como
este é um livro-texto, e não uma monografia de referência, em sua maioria
não tentei r a s t r e a r e documentar as fontes originais das inúmeras ideias e
métodos que encontraremos. A literatura matemática sobre equações
diferenciais parciais é realmente vasta, mas os livros citados na Bibliografia
devem, pelo menos, fornecer um ponto de partida para a localização das
fontes primárias.

1.5. PROBLEMAS
1. Classifique cada uma das equações diflerenciais parciais em §1.2 da
seguinte forma:
(a) O PDE é linear, semilinear, quasilinear ou totalmente não linear?
(b) Qual é a ordem do PDE?
Os próximos exercícios proporcionam alguma prática com a notação
multiindexada introduzida no Apêndice A.
2. Prove o Teorema M'ultinomial

)"
onde§ ) := n! = n1 !n2!... rig!, e z° = z1°' ... zq°-. A soma é feita
em todos os multiíndices n = ("irig ) com |n| = k.
3. Prove a fórmula d e Leibniz
D° (--)' <Z
onde u, c : R" -- R são suaves, (q) := ! e Qn

significa
4. Suponha que / : R" -- R seja suave. Prove que
/(z) = D"/(0)s° + 0(|z| " ) como- 0
1.5. 13
PROBLEMAS

para cada k -- 1, 2, .... Esse é o /ortnufo de Toyfor em notação de


múltiplos índices. (Dica: Fixe z 6 R" e considere a função de uma variável
g(t) :--
Capítulo 2

QUATRO IMPORTANTES
EQUAÇÕES DIFERENCIAIS
PARCIAIS LINEARES

2.1 Equação de transporte


2.2 Equação de Laplace
2.3 Equação de calor
2.4 Equação de onda
2.5 Problemas
2.6 Referências

Neste capítulo, apresentamos quatro equações d i f e r e n c i a i s parciais


lineares fundamentais para as quais estão disponíveis várias fórmulas
explícitas de soluções. Essas são

a equação de transporte ut + -b Du -- 0 (§2.1),


Equação de Laplace An = 0 (§2.2),
a equação de calor "t -u = 0 (§2.3),
a equação de onda mi - An = 0 (§2.4).

Antes de prosseguir, o leitor deve revisar as discussões sobre in- igualdades,


integração por partes, fórmulas de Green, convoluções etc. nos Apêndices B e C
e, posteriormente, consultá-las quando necessário.
18 2. QUATRO IMPORTANTES DO PDE
EINEAR

2.1. EQUAÇÃO DE TRANSPORTE


Provavelmente, a equação diferencial parcial mais simples de todas é a
equação de transporte com coeficientes constantes. Essa é a PDE

(1) + 6 Du -- 0em R' x (0, c'o),

em que 6 é um vetor fixo em R', = ( i . , bq), e u : R x 0, in) - R é a incógnita, u =


u(z, t). Aqui z = (+i ) C IN' denota um ponto
típico no espaço e t > 0 denota um tempo típico. Escrevemos Du - D ti -- (tip, , ...
, ugq) para o gradiente de u com relação às variáveis espaciais z.

Quais funções ti resolvem (1)? Para responder, vamos supor que, por
enquanto, recebemos uma solução suave ti e tentamos calculá-la. Para fazer isso,
primeiro precisamos reconhecer que a equação diferencial parcial (1) afirma que
uma derivada direcional específica de ti desaparece. Exploramos esse insight
fixando qualquer ponto (z, t) C R' x (0, on) e definindo

Em seguida, calculamos

"z(s) == Dt/(z -I- sb, I -I- s) -b -I- t/ (z -I- sb, I -I- s) -- 0 " Q),
S

a segunda igualdade se mantém devido a (1). Assim, z(-) é uma função


constante de s e, consequentemente, para cada ponto (z, t), u é constante na
linha que passa por (z, t) com a direção (b, 1) C R'+l . Portanto, se
soubermos o valor de ti em qualquer ponto de cada uma dessas linhas,
saberemos seu valor em qualquer lugar em R" x (0, c'o).

2.1.1. Problema do valor inicial.

Portanto, para fins de definição, vamos considerar o problema do valor inicial


th -{- b - Dti -- 0 em R" x (0, on)
(2) ti = p em R" x (t = 0}.
Aqui, 6 C R' e p : R' -- R são conhecidos, e o problema é calcular
u. Dado (z, t) como acima, a linha que passa por (z, t) com direção (b, 1) é
representada parametricamente por (z + sb, t -F s) (s C R). Essa linha atinge o
plano F := R' x (t = 0} quando s = -t, no ponto (z - tb, 0). Como ti é constante na
linha e u(z - lb, 0) = p(z - lb), deduzimos

(3) u(z, I) = y(< - tb) ( y gnp y z 0).


Portanto, se (2) tiver uma solução suficientemente regular ti, ela certamente
deve ser dada por (3). E, por outro lado, é fácil verificar diretamente que, se
p for Al , então u definido por (3) é de fato uma solução de (2).
2.1. EQUAÇÃO DE 19
TRANSPORTE

Observação. Se p não for C", então obviamente não h á solução C'1 para (2).
Mas, mesmo nesse caso, a fórmula (3) certamente é uma forte e, de fato, a única
candidata razoável para uma solução. Portanto, podemos declarar informalmente
que u(z, t) -- p(z - th) (z e R', t 0 ) é uma solução semanal de (2), mesmo que p não
seja C'1 . Tudo isso faz sentido mesmo que p e, portanto, ti, sejam descontínuos.
Essa noção, de que uma função não suave ou até mesmo descontínua pode, às
vezes, resolver uma EDP, aparecerá novamente mais tarde quando estudarmos
os fenômenos de transporte não linear no §3.4.

2.1.2. Problema não homogêneo.

A seguir, vamos analisar o problema não homogêneo associado

t+- Du -- f em R" x (0, c'o)


(4)
b u=g em R' x {t = 0}.

Como antes, fixe (z, t) e R'+1 e, inspirado pelo cálculo acima, defina z(s) := u(z -1- sb,
I -1- s) para s C R. Então

fi(s) - Do(z + sb, t -I- s)- b -I- u/(z -I- sb, I -I- s) - /(z -I- sb, I -I- s).

Consequentemente
0

-t
0

- /(z -I- (s - t)b, s) de,'


0

e assim

resolve o problema do valor inicial (4).


Mais tarde, empregaremos essa fórmula para resolver a equação de onda
unidimensional, em §2.4.1.

Observação. Observe que derivamos nossas soluções (3), (5) convertendo as


equações diferenciais parciais em equações diferenciais ordinárias. Esse
procedimento é um caso especial do método das características,
desenvolvido posteriormente no §3.2. O
20 2. QUATRO I M P O R ' AN' TES
PDE LINEAR

2.2. EQUAÇÃO DE LAPLACE


Entre as mais importantes de todas as equações diferenciais parciais está, sem
dúvida, a equação de Laplace

(1) Au = 0
e a equação de Poisson

(2)

Tanto em (1) quanto em (2), z e U e a incógnita é u : U B , u = ti(z), onde U


C R é um conjunto aberto dado. Em (2), a função / : U -' B também é dada.
Lembre-se de §A.3 que a £opção de u é An - p1 ug,g, .

DEFINIÇÃO. Um C'2 Junctton u que satisfaça (1) é chamado de fiinc-


harmônico.
tion.

Interpretação física. A equação de Laplace aparece em uma grande


variedade de contextos físicos. Em uma interpretação típica, u denota a
densidade de alguma quantidade (por exemplo, uma concentração química)
em equilíbrio. Então, se Y for qualquer sub-região suave dentro de U, o
fluxo líquido de ti através de fiY é zero:

F- v dS -- 0,

F denotando a densidade de fluxo e " o campo normal externo unitário. Em


vista do Teorema de Gauss-Green (§C.2), temos

div F dz -- F- v dS -- 0,

e assim

(3) div F = 0em U,

já que V era arbitrário. Em muitos casos, é fisicamente razoável supor que o


fluxo F é proporcional ao gradiente Du, mas aponta na direção oposta (já que
o fluxo é de regiões de concentração mais alta para mais baixa).
Portanto

(4)
Prefiro escrever (2) com o sinal de menos, para ser consistente com a notação para operadores
elípticos gerais de segunda ordem no Capítulo 6.
2.2. EQUAÇÃO DE LAPLAGE 21

Substituindo em (3), obtemos a equação de Laplace


div(Du) -- An -- 0.

Se u denota o
concentração química
temperatura potencial
eletrostático,
A equação (4) é
Lei de difusão de Fick
Lei de Fourier da condução de calor
Lei de Ohm da condução elétrica.
Consulte Feynman-Leighton-Sands [F-L-S, Capítulo 12a para uma discussão
sobre a onipresença da equação de Laplace na física matemática. A equação
de Laplace também aparece no estudo de funções analíticas e na investigação
probabilística do movimento browniano. O

2.2.1. Solução fundamental.


a. Derivação da solução fundamental.
Uma boa estratégia para investigar qualquer equação diferencial parcial é
primeiro identificar algumas soluções explícitas e, em seguida, desde que a
EDP seja linear, montar soluções mais complicadas a partir das soluções
específicas observadas anteriormente. Além disso, ao procurar soluções
explícitas, geralmente é aconselhável dar atenção especial às classes de
funções com determinadas propriedades de simetria. Como a equação de
Laplace é invariante sob rotações (Problema 2), parece aconselhável procurar
primeiro por soluções radiais, ou seja, funções de r = |z|.
Portanto, vamos t e n t a r encontrar uma solução u da equação de
Laplace (1) em U -- R", com a forma

onde r -- |z| = (z2 +--- + z2)1 '2 e v deve ser selecionado (se possível) de modo
que An = 0 seja válido. Primeiro, observe para i = 1, ... , n que
dr 1

Portanto, temos
1
22 2. FOVR IMPORTANTE LJNEAJt PDE

para i = 1, ... , n, e assim

Portanto, An - 0 se e somente se

()
Se u' 0, deduzimos
''' ' '
log(u')' -

e, portanto, r'(r) = @ , para alguma constante o. Consequentemente, se r > 0,


temos

6 log r + c (n = 2)
b +c (n > 3),

em que 6 e c são constantes.


Essas considerações motivam o seguinte

DEFINIÇÃO. O jfutict3oft
log |z| (n 2)
(6) 1 1
(n > 3),

definido/ou z e R', z 0, é a solução fundamental da equação de Laplace.

A razão para as escolhas específicas das constantes em (6) ficará evidente


em um momento. (Lembre-se de que, em §A.2, n(n) denota o volume da
esfera unitária em R").
Às vezes, abusaremos um pouco da notação e escreveremos 4 (z) = &(|z|)
para enfatizar que a solução fundamental é radial. Observe também que
temos as estimativas

(7) (z#O)

para alguma constante C' > 0.

b. Equação de Poisson.
Por construção, a função z 4 (z) é harmônica para z / 0. Se mudarmos a
origem para um novo ponto y, a EDP (1) permanece inalterada; portanto, z & ( z
- y) também é harmônica em função de z, z / p. Tomemos agora / : R" -- R e
observemos que o mapeamento z 4 ( z - y)/(y) (z / p) é harmônico para cada
ponto
2.2. EQUAÇÃO DE 23
LAPEAGE

y e R" e, portanto, é a soma de um número finito de expressões desse tipo criadas


para diferentes pontos y.
Esse raciocínio pode sugerir que a convolução

1
(8) 2x log(|z - §|)/(//) diy (n - 2)
1
2 dg (n > 3)

resolverá a equação de Laplace (1). No entanto, isso está errado: não podemos
simplesmente computar

(9)

De fato, como indicado pela estimativa (7), D24 (z - p) não é somável perto
da singularidade em p = z e, portanto, a diferenciação sob o sinal de integral
acima é injustificada (e incorreta). Devemos proceder com mais cuidado ao
calcular

Para simplificar, vamos supor que / e C'2(R"); ou seja, / é duas vezes


continuamente diferenciável, com suporte compacto.

TEOREMA 1 (Solução da equação de Poisson). Defina u por (8). Então

Consequentemente, vemos que (8) nos fornece uma fórmula para uma
solução da equação de Poisson (2) em R".

Prova. 1. Temos

portan
to
u(z -I- he;) he; - //) - /(
z- dy,
h

onde /i / 0 e ei = (0, ... , 1, ... , 0), o 1 no espaço i". Mas

/(z -I- he; - //) - /(z - y)


h
24 2. QUATRO IMPORTANTES PDE
LINEARES

uniformemente em R" como fi -- 0, e assim


bu

Da
mesma
forma (z - y) dy (i, j -- 1, ... , n).

(O)
Como a expressão no lado direito de (10) é contínua na variável
z, vemos que u 2( )

2. Como 4 e x p l o d e em 0, p r e c i s a r e m o s , para os cálculos


subsequentes, isolar essa singularidade em uma pequena esfera. Portanto,
fixe c > 0. Então

(11)'

log s| (n == 2)
(n 3).

Uma integração por partes (consulte §C.2) resulta em

I, -- e(y)A /(z - y) dg
IB^ -6(0,5)

(13) R' -fi(0,c)

+4 (p) (z - p) dS(9)
J{Q(p e) lv
- KC+ C'
v denotando a normal unitária apontando para dentro da palavra ao longo de GB(0,
c). Verificamos prontamente

c (n 3).

3. Continuamos integrando por partes mais uma vez no termo N" para
descobrir
b () (
são - As(y)/(z - y) dg z - //) dS(y)
E - B(0,e) âB 0,e) seja
2.2. EQUAÇÃO DE EAPLAGE 25

já que & é harmônico longe da origem. Agora, DC(y) - (y 0)


e" == - § em ñtB(0, e . Consequentemente, (p) = v DC(y) - ( )1
em dB(0, c). Como nn(n)e 1 é a área da superfície da esfera dB(0, z),
temos
1
K --- f(z - g) dS(y)
(15) *°(-)-'' aa(o,c)

dB(zd)

(Lembre-se de que, em §A.3, uma barra em uma integral indica uma média).
4. Combinando agora (11)-(15) e deixando c -+ 0, encontramos -Ati(z) = /(z),
conforme afirmado.

Observações. (i) Às vezes, escrevemos

o denotando a medida de Dirac em R" que dá massa unitária ao ponto 0.


Adotando essa notação, podemos calcular formalmente:

de acordo com o Teorema 1. Isso corrige o cálculo errôneo (9).


(ii) O Teorema 1 é de fato válido sob requisitos d e suavidade muito
menos rigorosos para /: veja Gilbarg-Trudinger G-T].

2.2.2. Fórmulas de valor médio.

Considere agora um conjunto aberto U C R" e suponha que u seja uma


função harmônica dentro de U. Em seguida, derivamos as importantes menu-
uofue /ormufas, que declaram que u(z) é igual tanto à média de u sobre a esfera
GB(:r, r) quanto à média de u sobre toda a esfera B(:n, r), desde que &(z, r) C
U. Essas fórmulas implícitas envolvendo ti geram um número notável de
consequências, como veremos em breve.
TEOREMA 2 (Fórmulas de valor médio para a equação de Laplace). Se u C
U2(U)

i8 /iortnônico, então

(16) u dS -- diy
d6(z,r) 6(z,r)

para cada bola B(:x, r) U.


26 2. SEU IMPORTANTE PDE LINEAR

Prova. 1. Definir

'b(r) :-- u(y) dS(g) tt(z -I- rz) dS(z).


âB(z,r) 6B(0,1)

Então
Dtt(z -I- rz) - z dS(z),
éi&(0,1)

e, consequentemente, usando as fórmulas de Green de §C.2, calculamos

g'(r) = Do(y) ' " dS(g)

dS(g)

Portanto, Q é constante, e assim

$(r) = li $(I) - 1im u(y) dS(y) -- ( ).


0 I--0 âB(z,t)

2. Observe a seguir que, ao empregarmos coordenadas polares, como em


§C.3, obtemos

estudo --

== U(S) ,CIO(Tt)3n -' d3 -- Q(7t)f' U(S).


0

TEOREMA 3 (Convertendo a propriedade do valor médio). Se u e C!2 (U)


satisfaz

dS
6B(s,r)

para cada 6off B p:x, r) U, então u é /iortnônico.

Prova. Se Ati 0, existe alguma bola B(:r, r) O U tal que, digamos, An > 0
dentro de B(:r, r). Mas então para Q como acima,

uma contradição.
2.2. EQUAÇÃO DE E APEACE 27

2.2.3. Propriedades das funções harmônicas.


Apresentamos agora uma sequência de deduções interessantes sobre
funções harmônicas, todas baseadas nas fórmulas de valor médio. Suponha,
a seguir, que U R " seja aberto e limitado.
a. Princípio máximo forte, exclusividade.
TEOREMA 4 (Princípio do máximo forte). S'uppose u C C!2 (U) O U(U)
é harmônico em U.
(i) Então

(ii) Além disso, se U estiver conectado e houver uma fenda em um ponto de U tal
que

então

ti é constante em U.

A afirmação (i) é o princípio do rumor inst para a equação de Laplace e


(ii) é o princípio do rumor forte em i. Substituindo u por -u, recuperamos
também afirmações semelhantes com "min" substituindo "max".
Prova. Suponha que exista um ponto z0 e U com ti(z0 ) = M :-- max u.
Então, para 0 < r < dist( o. EU), a propriedade do valor médio afirma

B(z , r)
Como a igualdade é válida somente se u M dentro de B( r ), vemos que u(y)
= M para todo p e B(:x, r). Assim, o conjunto (z e U u(z) = M} é aberto e
relativamente fechado em U e, portanto, é igual a U se U for conexo. Isso
prova a afirmação (ii), da qual se segue a (i).

Observação. O princípio do máximo forte afirma, em particular, que se U for


conectado e u C C'2 (U) M C'(U) satisfaz
An = 0em U
u = p na UE,
onde ,então u é positivo em todos os lugares em U se p for positivo em
algum lugar em EU.

Uma aplicação importante do princípio máximo é o estabelecimento da


exclusividade das soluções para determinados problemas de valores-limite
da equação de Poisson.
28 2. SEU IMPORTANTE PDE LINEAR

'I'HEOREI\d 5 (Unicidade). Defina g E 0(bU), f E C(U). Então, existe no


máximo uma vol' tion It e W2 (V) G W(U) do problema de fundo de garrafa-
cal' e
-Ati = / em U
(17)
u -- gon EU.

Prova. Se u e ii satisfazem (17), aplique o Teorema 4 às funções harmônicas w


:= -i-(ti - ñ).

b. Regularidade.

Agora provamos que se u C C '2 é harmônico, então necessariamente u C C".


Assim, as funções harmônicas são a 'ulomaticamente infinitamente
diferenciáveis. Esse tipo de afirmação é chamado de teorema de regularidade. O
ponto interessante é que a estrutura algébrica da equação de Laplace Ati =
pl u<,<, = 0 leva a
a dedução analítica de que todas as derivadas parciais de u existem, mesmo
aquelas
que não aparecem no PDE.

TEOREMA 6 (Suavidade). Se u C G(U) satisfaz a proposta de valor médio.


(16) para cada bola B(:x, r) C U, então

Observe cuidadosamente que u pode não ser suave, ou mesmo contínuo,


até EU.

Prova. Seja q um molinificador padrão, conforme descrito em §C.4, e lembre-se


de que q é uma função radial. Defina ue :- qe * u em U -- {z e U dist(z, EU) > c}.
Conforme mostrado em §C.4, uc C C!'(Ue).
Provaremos que u é suave demonstrando que, de fato, u ti° em UC.
De fato, se z C UC, então
+C
(+)' flc(+ //)u(/) dy

) '(y) dp
" B[z,e)
C
1
n
0

no(n)r 1dr por (16)

a(o, )
2.2. EQUAÇÃO DE LAPLAC!E 29

Assim, u€ u em UC, dald so u e C!'(UC) para cada c > 0.


30 2. SEU IMPORTANTE PDE LINEAR

c. Estimativas locais para funções harmônicas.


Em seguida, empregamos as fórmulas de valor médio para obter
estimativas cuidadosas sobre as várias derivadas parciais de uma função
harmônica. A estrutura precisa dessas estimativas s e r á necessária mais
adiante, quando provarmos a analiticidade.

TEOREMA 7 (Estimativas sobre derivadas). Suponha que u seja /iortnônico


em U.
Z'Aen

(18)

para cada bola B( o ) C U e cada m'ultiinde:r a de ordem a -- k.


Aqui

(19) (k -- 1, ... ).

Prova. 1. Estabelecemos (18), (19) por indução em k, sendo o caso k -- 0


imediato a partir da fórmula do valor médio (16). Para k -- 1, notamos, ao
diferenciar a equação de Laplace, que ug, (i - 1, ... , n) é harmônico.
Consequentemente

(20)

Agora, se z C GB(<o -/2), então B(:n, r J2) C B( o, ') U, e assim

1
<
" (*)
por (18), (19) para k -- 0. Combinando as desigualdades acima, deduzimos

2"+1n 1
a(zr) r +'

se |n| = 1. Isso verifica (18), (19) para k 1 .


2. Suponha agora que k > 2 e que (18) e (19) sejam válidas para todas as bolas
em U e para cada multiíndice de ordem menor ou igual a k - 1. Fixe B(xz, r) C U e
deixe n
30 2. SEU IMPORTANTE PDF LINEAR

seja um multiíndice com |n| = k. Então D°u -- ( Du)z, para algum i e {1, ... ,
ti},
|Q| = k - 1. Por meio de cálculos semelhantes aos de (20), estabelecemos que
nk

Se z e GB(x0,J), então B(:n, \-1 kr) c B(-o. ) C U. Assim, (18), (19) para
k - 1 implica

(2"+1 (k - 1))k-1
k- \ p) fi+l- 1
k

A combinação das duas estimativas anteriores produz o limite

(2'"1nk) k
(21)

Isso confirma (18) e (19) para |a| = k.

d. Teorema de Liouville.
Em seguida, vemos que não há funções harmônicas limitadas não triviais
em todo o B".

TEOREMA 8 (Teorema de Liouville). S'uppose u : R' -+ IR é /iortnorético


e bo'unded. Então isso é constante.
Prova. Fixe o o &', r > 0 e aplique o Teorema 7 em B( o r):

à medida que r -+ avança. Assim, Du 0 e, portanto, u é constante.

TEOREMA 9 (Fórmula de representação). Defina f C C'2(R'), n > 3. Então,


qualquer solução de

tem a forma

para que o C! seja constante.


2.2. EQUAÇÃO DE LAPLACE 31

Prova. Como &(z) -+ 0 como |z| -+ m para n > 3, ii(z) := & ( x - y) f(9)dy é uma
solução limitada de -An = / em lfi'. Se u for outra solução, in := u - ii é
constante, de acordo com o Teorema de Liouville.

Observação. Se rt = 2, &(z) = -log |z| não tem limites, pois |z| - e assim
+
pode ser Jg &(< - 9)/(y) dy.

e. Analiticidade.
Em seguida, aprimoramos o Teorema 6:
TEOREMA 10 (Analiticidade). Suponha que u seja finrmônico em U.
Então u é
nnnfytic em U.

Prova. 1. Fixe qualquer ponto em U. Devemos mostrar que u pode ser


representado por uma série de potências convergentes em alguma vizinhança de
u
Seja r := dist(z0, dU). Então, M : 1 ||u ||yi(B(g0,2p)) < .
2. Como B(:s, r) C B( o !-) U para cada z e( ),o Teorema 7
fornece o limite

Agora, a fórmula de Stirling ( RD, §8.22]) afirma


limbos " (2z)1 2 '
Portanto

para alguma constante U e todos os multiíndices n. Além disso, o Teorema


Multinomial implica

n! '

de onde

Combinando as desigualdades anteriores, obtém-se

(22)

3. A série de Taylor para u em o é


32 2. SEU IMPORTANTE PDF LINEAR

D 0
z . * -*o
32 2. QUATRO IMPORTANTES PDE
LINEARES

a soma de todos os multiíndices. Afirmamos que essa série de potências


converge, desde que

(23)

Para verificar isso, vamos calcular para cada N o termo restante:


N- 1
t/(*o)(* - *o)"
R-(-):'-(-) - Z Z a!
D O *o + (*- +0) ) (+ - +0)"
-z
:- - a!

para algum 0 < t < 1, t dependendo de z. Estabelecemos essa fórmula escrevendo os


primeiros N termos e o erro na expansão de Taylor em torno de 0 para a função de
uma variável g(t) := -( o + (+ - +o)), em t = 1. Empregando (22) e (23), podemos
estimar
n-{-1 2 N N
|Rx(z)| <
e

Z ' ( in-1-2 p3
CM e

(2n)^ " 2^
-+ 0como N -+ m.

Consulte §4.6.2 para saber mais sobre funções analíticas e equações


diferenciais parciais.
ções.
f. Desigualdade de Harnack.
Lembre-se de que, em §A.2, escrevemos Y OO U para significar Y CP O
U e Y é compacto.
TEOREMA\d 11 (Desigualdade de Harnack). Para cada conjunto aberto
conectado V
cc II, existe uma constante positiva C, que depende apenas de V, de modo que

sup u < O inf u

para todas as funções harmônicas u não negativas em II.

Assim, em particular
2.2. EQUAÇÃO DE LAPLACE 33

para todos os pontos z, p e Y. Essas desigualdades afirmam que os valores


de uma junção harmônica não negativa trithsn V são todos comparáveis: u
não pode ser muito pequeno (ou muito grande) em qualquer ponto de Y, a
menos que u seja muito pequeno (ou muito grande) em todos os pontos de U.
A ideia intuitiva é que, como Y está a uma distância positiva de dU, há
"espaço para que ocorram os efeitos de média da equação de Laplace".
Prova. Seja r := dist(P, dU). Escolha z, p C P, |z - p| < r. Então

u(z) = u dz
B(z,2r)

u dz -

Como Y é conectado e k é compacto, podemos cobrir P por uma cadeia de


um número finito de bolas Bi j ! , cada uma delas com raio r e Bi N B; 8
para i = 2, ... , N. Então
1

para todos os z, p e U.

2.2.4. Função de Green.


Suponha agora que U O IR' seja aberto, limitado e dU seja Al. A seguir,
propomos obter uma fórmula de representação geral para a solução da equação
de Poisson
-An = f em U,
sujeito à condição de limite prescrita

u=g em dU.

a. Derivação da função de Green.


Suponha, em primeiro lugar, que u e U2 (U) seja uma função arbitrária. Fixe z
e U,
escolha e > 0 tão pequeno que B(:s, e) U e aplique a fórmula de Green de
§C.2 na região Y := U - B(:s, e) para u(p) e &(p - z).Assim, calculamos

(24)
34 2. QUATRO IMPORTANTES PDF
LINEARES

v denotando o vetor normal unitário externo em fiY,. Lembre-se de que AT(z -


y) =para z .Observamos também que

como s -+ 0. Além disso, os cálculos na prova do Teorema 1 mostram

como s -+ 0. Portanto, ao enviarmos s -+ 0 em (24), obtemos a fórmula:

âU

- a(q-s)Au(q)dy.
U

Essa identidade é válida para qualquer ponto z e U e qualquer função u e


C2(U).

Agora, a fórmula (25) nos permitiria resolver para u(z) se


conhecêssemos os valores de An dentro de U e os valores de u, flu/fly ao
longo de dU. No entanto, para nossa aplicação à equação de Poisson com
valores de limite prescritos para u, a derivada normal In/fly ao longo de dU é
desconhecida para nós. Portanto, precisamos modificar de alguma forma (25)
para remover esse termo.
A ideia agora é introduzir, para z fixo, uma função de correção ';â' = ';â'(p),
resolvendo o problema do valor limite:

AQ° = emU
(26)

Vamos aplicar a fórmula de Green m a i s uma vez, agora para calcular

- g"(y)Au(y) dg -- E v(y)* (y) - g"(y) (y) dS(y)


U U

- âU
-(')°°"(') --('--)°°(')ds(-)
A seguir, apresentamos este

DEFINIÇÃO. A função de Green J para a região U é


2.2. EQUAÇÃO DE LAPLACE 35

Adotando essa terminologia e adicionando (27) a (25), encontramos

onde

é a derivada normal externa de G com relação à variável p. Observe que o


termo In/fly não aparece na equação (28): introduzimos o corretor Q°
justamente para conseguir isso.

Suponha agora que u C U2 (U) resolva o problema do valor limite

-An = f em U
(29)
u=g em dU,

para determinadas funções contínuas /, g. Substituindo em (28), obtemos

TEOREMA 12 ( Fórmula de representação usando a função de Green). Se


u e U2 (U) resolve o problema (29), então

Aqui temos uma fórmula para a solução do problema de valor-limite


(29), desde que possamos construir a função de Green G para o domínio
dado U. Em geral, essa é uma questão difícil e só pode ser feita quando U
tem geometria simples. As subseções subsequentes identificam alguns casos
especiais para os quais é possível fazer um cálculo explícito de G.
Observação. Fixe z e U. Então, considerando G como uma função de p,
podemos simbolicamente v-riar
-AT = dgin U
G- 0em dU,
6g denotando a medida de Dirac que dá massa unitária ao ponto z.

Antes de passarmos a exemplos específicos, vamos registrar a afirmação


geral de que G é simétrico nas variáveis z e p:

TEOREMA 13 (Simetria da função de Green). Para todos os :s, y C U, :s / y,


temos
36 2. QUATRO IMPORTANTES PDE
LINEARES

Prova. Fixe z, p C U, :s -/- y. Escreva

Então Au(s) = 0 (s s ), Aw( ) = 0 (z y ) e tu = u = 0 em dU. Assim, ao


aplicarmos a identidade de Green em Y := U - B(:s, e) C B(y, e)) para um s > 0
suficientemente pequeno, obtemos

dv âw
(31) $v dS(z) -- ambosdS(z),
v denotando o campo vetorial unitário apontando para dentro em dB(:s, e) C
dB(y, e). Agora, in é suave perto de z; portanto

âw
dS < Ue' * 1 sup |c| = o(1) como s -+ 0.

Por outro lado, r(z) = 4 (z - z) - Q*(z), onde Q* é suave em U. Assim

lim

por cálculos como na prova do Teorema 1. Assim, o lado esquerdo de (31)


converge para in(z) à medida que s -+ 0. Da mesma forma, o lado direito converge
para c(p).
Consequentemente

b. Função de Green para um meio-espaço.


Nesta e na próxima subseção, criaremos as funções de Green para duas
regiões com geometria simples, a saber, o semi-espaço IB* e a esfera
unitária B(0, 1). Tudo depende de resolvermos explicitamente o problema do
corretor (26) nessas regiões, e isso, por sua vez, depende de alguns truques
inteligentes de reflexão geométrica.

Primeiro, vamos considerar o meio-espaço

*1'( '(°i )* 'I*->0}


Embora essa região não seja limitada e, portanto, os cálculos da seção
anterior não se apliquem diretamente, tentaremos, no entanto, criar a função
de Green usando as ideias desenvolvidas anteriormente. Posteriormente, é
claro, devemos verificar diretamente se a fórmula de representação
correspondente é válida.
2.2. EQUAÇÃO DE LAPLACE 37

DEFINIÇÃO. IJ :s -- (+i +"-i ) e ITU, sua reflexão no plano


dll j é o ponto

Resolveremos o problema (26) para o meio-espaço definindo

A ideia é que o corretor Q* seja construído a partir de 4, "refletindo a


singularidade" de z € IBMpara s .Observamos que
$'(p) -'D(p-s) ifpe dlB",
e, portanto

conforme necessário.
DEFINIÇÃO. A função de Green para o IRQ de meio espaço é

Então

Consequentemente, se p e fiIRJ,

Suponha agora que u resolva o problema do valor-limite


An = 0em IB*
(32)
u = 9 em dlB".
Então, a partir de (30),
g(g)
esperamos (33)

para ser uma fórmula de representação para nossa solução. A função

é o núcleo de Poisson para RJ, e (33) é a fórmula de Poisson.


Agora precisamos verificar diretamente se a fórmula (33) de fato nos fornece
uma solução para o problema de valor-limite (32).
38 2. QUATRO IMPORTANTES PDE
LINEARES

TEOREMA 14 (Fórmula de Poisson para meio espaço). Suponha que g C U(IR 1) N


L ( lit"° ) e defina u por (33). Em seguida

(ii) An = 0 em IRQ,
e
(iii) lim u(z) = y(z0) para cada ponto z0 e dll j.

Prova. 1. Para cada z fixo, o mapeamento p G(z, p) é harmônico, exceto


para p = z. Como C(z, p) = G(p, z), de acordo com o Teorema 13, zG(z, p) é
harmônico, exceto para z = p. Assim, z - ac (z, 9) = N(z, p) é harmônico
para z C IB*, p C fiR*.
2. Um cálculo direto, cujos detalhes omitimos, verifica

(34) 1= N(z, p) dy

para cada z e IRQ. Como g é limitado, u definido por (33) também é limitado.
Como z K (:s, y) é suave para z p , também verificamos facilmente u e
U°°(IRQ), com

3. Agora, fixe z0 C filR* , s > 0. Escolha d > 0 tão pequeno que

(35)

Então, se |z - z0 | < 2 '

(z) - y(z0 )| == X(z, jj)\g(jj) - g(z0 )] dy

X(z, jj)|g(jj) - g(z0 )| dy


(36)

X(z, jj)|g(jj) - g(z0 )| diy

Agora, (34) e (35)


implicam
I<c K(z, /) dy -- e.
2.2. EQUAÇÃO DE EAPEAGE 39

Além disso, se |z - z0| < 2 e |p - z0| > d, temos

2-

|p - z0 |. Portanto

K(s,y)dy
dJB - B(z0,6)

|p - z0 |*' dy
(-) aiB°+ - B( ,6)

Combinando esse cálculo com a estimativa (36), deduzimos que )u(z) -p(z0)| <
2s, desde que |z - z0 | seja suficientemente pequeno. O

c. Função do Green para uma bola.

Para construir a função de Green para a esfera unitária B(0, I),


empregaremos novamente um tipo de reflexão, desta vez por meio d a
esfera dB(0, I).

DEFINIÇÃO. IQ x C Ifi" - (0}, o ponto

é chamado de ponto dual de :s com relação a GB(0, l). O mapeamento :s ñ


é a inversão através da esfera unitária dB(0, I).

Agora empregamos a inversão através da esfera para calcular a função de Green


para a esfera unitária U -- B0(0, 1). Fixe z C B0(0, 1). Lembre-se de que precisamos
encontrar uma função de correção ';â' = Q'(p) que resolva

A$' =0 em BO(0,1)
(37)
$' = l(p- s) em dB(0,1);
então a função de Green será

(38)

A ideia agora é "invertera singularidade dez C &0(0, 1) para I B(0,


1). Suponha, por enquanto, que .Agora o mapeamento p &(p - s) é
harmônico para p* . Assim, p|z|2 *"4 (p - I) é harmônico para p* e, portanto

(39)
40 2. QUATRO NT PDE LINEAR
JMPOR

é harmônico em U. Além disso, se p C dB(0, I) e z / 0 ,

2 _ 2 2 2

Assim, (|z||p - J|) ( 2' = |z - p| ('*. ). Consequentemente


(40) $"(y) = a(y - z) (y E dB(0, 1)),
conforme necessário.
DEFINIÇÃO. A função de Green para a esfera unitária é

A mesma fórmula também é válida para n = 2.


Suponha agora que u resolva o problema do valor-limite
An = 0 em B0 (0,1)
(42)
u = g em dB(0, 1).
Então, usando (30),
vemos

(43) u(s) - -y (y) $p (:s, y) dS(9).


dB(01)

De acordo com a fórmula (41),

Mas

e, além disso

se p C d&(0, 1). Dessa forma

n
j y'((#' - z,) - y,|*| 2+*,j
-1 1
i=1
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2.2. EQUAÇÃO DE 41
£APLACE

Portanto, a fórmula (43) produz a fórmula de representação

dS(g).
-r-(-) dB(0,1) )" "g(*

Suponha agora que, em vez de (42), u resolva o problema do valor-limite


Atm - 0em Zt0(0, r)
(44)
u-g em âB(0, r)

para r > 0. Então ii(z) = u(rz) resolve (42), com y(z) = g(r:s) substituindo g.
Mudamos as variáveis para obter a fórmula de Poisson

(45) u(z) = dS(g) (z e Zt0 (0, r)).

A função

(z e B0 (0, r), y E dB(0, r))

é o núcleo de Poisson para a bola B(0, r).


Estabelecemos (45) com a suposição de que existe uma solução suave
para (44). Em seguida, afirmamos que essa fórmula de fato fornece uma
solução:

TEOREMA 15 (Fórmula de Poisson para a bola). Suponha que g C C!(dB(0,


r)) e defina u por (45). Então
(i) u e " (B0 (0, r)),
(ii) Como - 0 em B0 (0, r),
e
(iii) lim u(z) - g(z0) para cada ponto z0 E âB(0, r).
zC B'(0,r)

A prova é semelhante à do Teorema 14 e é deixada como um exercício.

225. Energymethods.
Até agora, a maior parte da nossa análise de funções harmônicas
dependeu de fórmulas de representação bastante explícitas que envolvem a
solução fundamental, as funções de Green, etc. Nesta seção de conclusão,
ilustramos alguns "en-
métodos "ergy", ou seja, técnicas que envolvem as normas L2 de vários
expressões. Essas ideias prenunciam desenvolvimentos teóricos posteriores
42 2. QUATRO IMPORTANTES PDE
LINEARES
nas Partes
II e III.
2.2. EQUAÇÃO DE 41
£APLACE

a. Exclusividade.
Considere primeiro o problema do valor limite

-Um -em U
(46) u=g em dU.

Já empregamos o princípio máximo em §2.2.3 para mostrar a


exclusividade, mas agora apresentamos uma prova alternativa simples.
Suponha que U seja aberto, limitado e que dU seja Al .

TEOREMA 16 (Unicidade). Existe no máximo uma solução u e CA (U) de


(46).

Prova. Suponha que ii seja outra solução e defina in := u - ii. Então As = 0 em


U e, portanto, uma integração por partes mostra

U U

Assim, a 0 em U e, como in = 0 em dV, deduzimos que in = u - ii 0


Dw U. em
O

b. Princípio de Dirichlet.

Em seguida, vamos demonstrar que uma solução do problema de valor-


limite
(46) para a equação de Poisson pode ser caracterizado como o minimizador
de uma f u n ç ã o apropriada. Para isso, definimos a função de energia

w pertencente ao conjunto admissível

A -- w C C2 (U) | in = p on dU J.

TEOREMA 17 (Princípio de Dirichlet). Suponha que u C U2 (U) resolva


(46).
Então

(47) min I

C!onversamente, se u C A satisfaz (47), então u resolve o problema de valor-limite


(46).
Em outras palavras, se u e A, o PDE -An = J é equivalente à afirmação de
que u minimiza a energia I .
44 2. SEU IMPORTANTE PDE LINEAR

Prova. 1. Escolha in e A. Então, (46) implica

0- (-As - /)(u - w) dz.


U
Uma integração por partes resulta em

0- Du D(u - w) - /(" - w) dz,


U
e não há termo de limite, pois u - w = y - y = 0 em dU. Assim

U U
1 Du|2 1
< dz
U2 + U 2
onde empregamos as estimativas

que decorre das desigualdades de Cauchy-Schwarz e Cauchy (§B.2). Em seguida,


concluímos
(48) uj < wj (w e A).
Como u C A, (47) decorre de (48).
2. Agora, ao contrário, suponha que (47) seja válido. Fixe qualquer v C C
(U) e escreva

Como u + zu e A para cada r, a função escalar i(-) tem um mínimo em zero,


e, portanto
*'(0) = 0

desde que esse derivado exista. Mas

2
- (u -F zv) f dz.

Consequentemente

U U
Essa identidade é válida para cada função u C C! (U) e, portanto, -An = /
em
U.

O princípio de Dirichlet é um exemplo do cálculo de variações aplicado à


equação de Laplace. Consulte o Capítulo 8 para saber mais.
2.2. EQUAÇÃO DE LAPLACE 43

2.3. EQUAÇÃO DE CALOR


Em seguida, estudamos a equação de calor

e a equação de calor não homogênea

(2) ut - Au - /,

sujeito a condições iniciais e de contorno adequadas. Aqui t > 0 e z C U, onde U


C IR' é aberto. A incógnita é u : U x 0, m) -+ lit, u = u(z, t), e o Laplaciano A é
tomado com relação às variáveis espaciais z =
(+i ): °.- = X'-i --.g,. Em (2), a função / : U x 0, m) -- lit
é dado.
Um princípio orientador é que qualquer afirmação sobre funções
harmônicas produz uma declaração análoga (porém mais complicada) sobre
soluções da equação de calor. Dessa forma, nosso desenvolvimento será em
grande parte paralelo à teoria correspondente da equação de Laplace.
Interpretação física. A equação de calor, também conhecida como equação
de difusão, descreve em aplicações típicas a evolução no tempo da densidade
u de alguma quantidade, como calor, concentração química etc. Se Y U for
qualquer sub-região suave, a taxa de variação da quantidade total em Y será
igual ao negativo do fluxo líquido através de fiV:
d
dt
sendo F a densidade do fluxo. Portanto

(3) =-dvF,
pois Y era arbitrário. Em muitas situações, P é proporcional ao gradiente de
u, mas aponta na direção oposta (já que o fluxo é de regiões de maior para
menor concentração):

y - -aDu (a > 0).


Substituindo em (3), obtemos o PDE

ut = n div(Du) = nAu, que

para n = 1 é a equação do calor.


A equação de calor também aparece no estudo do movimento browniano.
46 2. sua linha importante de PDE

2.3.1. Solução fundamental.

a. Derivação da solução fundamental.

Conforme observado no item §2.2.1, uma primeira etapa importante no


estudo de qualquer EDP é, muitas vezes, encontrar algumas soluções
específicas.
Observamos que a equação de calor envolve uma derivada com relação à
variável de tempo t, mas duas derivadas com relação às variáveis espaciais zi (i
= 1, ... , n). Consequentemente, vemos que se u resolve (1), então u(Az, A2 t)
p2
também resolve para A C IR. Esse escalonamento indica que a razão (r = |z|)
é importante para a equação de calor e sugere que procuremos uma solução
de (1) com a forma u(z, t) = v( ) = r( ) (t > 0, z e IR'), para alguma função v
ainda indeterminada.
Embora essa abordagem acabe levando ao que queremos (veja o
Problema 11), é mais rápido buscar uma solução u que tenha a estrutura
especial
1
(4) (z, t) = ( ) (s e ", t > 0),

onde as constantes n, Q e a função v : IB" -' IR devem ser encontradas.
Chegamos a (4) se procurarmos uma solução u da equação de calor invariante
sob a escala de dilatação

Ou seja, perguntamos

para todos os ñ > 0, z e IR', t > 0. Definindo A = t*1 , derivamos (4) para u(p)
:=

Vamos inserir (4) em (1) e, a partir daí, calcular

(5
para p := t* z . Para transformar (5) em uma expressão que envolva o
somente a variável p, . Então, os termos com t são idênticos, e
t o m a m o s Q = de modo que
(5) se reduz a

(6)

Simplificamos ainda mais supondo que v seja radial; ou seja, u(p) = w(|p|)
para algum in : IR -+ IR. Com isso, (6) se torna
2.3. EQUAÇÃO DE 45
CALOR
46 2. sua linha importante de PDE

. Agora, se definirmos n = §, isso se simplifica para

Portanto

para alguma constante n. Supondo que lim,p in, in' = 0, concluímos que n = 0;

Mas então, para alguma constante b


(7)

Combinando (4), (7) e nossas escolhas para n, d, concluímos que e* 4t


resolve a equação de calor (1).
Esse cálculo motiva o seguinte
DEFINIÇÃO. Função 'r/ie
1
e (sER", t>0)
0 (z E IB", I < 0)
2s é chamada de solução fundamental da equação de calor.
Observe que & é singular no ponto (0, 0). Às vezes, escreveremos &(z, t)
= &(|z|, t) para enfatizar que a solução fundamental é radial na variável z. A
escolha da constante de normalização (4s)*'' 2 é ditada pelo seguinte
LEMMA (Integral da solução fundamental). Para cada tempo t > 0,

6(z,t) dz -- 1.

Prova. Calculamos

S
" yrr/2
e dz -- 1.

Uma derivação diferente da solução fundamental da equação de calor


aparece em §4.3.2.
2.3. EQUAÇÃO DA 47
CARNE

b. Problema do valor inicial.

Agora, usamos o & para criar uma solução para o initinf-value (ou Unuc/ip)
problema

ttt - An = 0em IB" x (0, m)


(8) u=g em IR" x (t = 0}.

Observemos que a função (z, t) &(z, t) resolve a equação de calor longe


da singularidade em (0, 0) e, portanto, o mesmo acontece com (z, t) &(z - p,
t) para cada p e IR' fixo. Consequentemente, a convolução

(9)
e
" (4xf)°/2

também deve ser uma solução.

TEOREMA 1 (Solução do problema do valor inicial). Suponha que g C U(IR') C


L°°(lit") e defina u por (9). Em seguida
(i) u E "(IB" x (0, )),
(ii) u/(z, f) - Au(z, f) = 0 (z e ", f > 0),
e
(iii) lim 0 ) v(z, /) 9(z0) para eoc/t poirtt z0 E lB^.

Prova. 1. Como a função -rd e 4* É infinitamente diferenciável, com derivadas


unilateralmente limitadas de todas as ordens, em R' x [6, m) para cada 6 > 0,
vemos que u C U°°(R' x (0, m)). Além disso, u

(10)
=0 (zclR "t>0)

já que o próprio 4 resolve a equação de calor.


2. Fixe z0 C R', s > 0. Escolha d > 0 de modo que

(11)
48 2. QUATRO IMPORTANTES PDE
LINEARES

Então, se |z - z0| < 2 ', temos, de acordo com o lema,

fi'(z - g, t) |g(g) - g(z0 )| dy


B(s , 6)

&(z - g, I)|g(g) - g(z0 )| dy


E -B(z0,6)

Agora

devido a (11) e ao lema. Além disso, se |z - z0 | < 2 e |p - z0| d,


então

Assim, |p - z| > |p - z0 |. Consequentemente

l * l' 4t
e* dy
*'' ' 16t
- em/2
dy
m -B[z ,6)

Portanto, se |z - z0 | < 2 e t > 0 for suficientemente pequeno, |u(z, t) - g(x0) < 2s. O

Observações. (i) Em vista do Teorema 1, às vezes escrevemos

'D - A'D = 0 em lB' x(0,oo)


* = *o onlB'x(t=0}
o denotando a medida de Dirac em IR' que dá massa unitária ao ponto 0.
(ii) Observe que, se g for limitado, contínuo, g > 0, g f- 0, então

'( ') " (4zf)°/2 e 4t g(g) dg

é de fato positivo para os pontos de riff z C IR" e tempos t > 0. Interpretamos


essa observação dizendo que a equação do calor força a velocidade de
propagação inJnita
2.3. EQUAÇÃO DA 49
CARNE

para distúrbios. Se a temperatura inicial for não negativa e for positiva em


algum lugar, a temperatura em qualquer momento posterior (não importa
quão pequena seja) será positiva em todos os lugares. (Aprenderemos no
item §2.4.3 que a equação de onda, em contraste, suporta velocidade de
propagação finita para perturbações).

c. Problema não homogêneo.


Agora vamos voltar nossa atenção para a probabilidade de valor inicial não
homogêneo.
lem
ut - An = /in IR' x (0, m)
(**) u= 0em IR' x (t = 0}.
Como podemos produzir uma fórmula para a solução? Se relembrarmos o
motivo que levou a (9), devemos observar ainda que o mapeamento (z, t)
4 (z - p, t - s) é uma solução da equação de calor (para determinado p e lit', 0 < s <
t). Agora, para s fixo, a função

resolve
u/( ; s) - Au(-; s) - 0 em IB" x (s, oo)
u( ; s) f(-, s) em @" x (f - s),
que é apenas um problema de valor inicial da forma (8), com o tempo inicial
t = 0 substituído por t = s e p substituído por /(-, s). Portanto, u( ; s)
certamente não é uma solução de (12).
No entanto, o "princípio de Duhamel" afirma que podemos criar uma
solução de
(12) a par tir d as soluções de (12,), integrando com relação a s. A ideia é
considerar
u(z, I) - u(z,t; s) ds (z E IB", f > 0).
0
Reescrevendo, temos

6(z - y, f - s) f(y, s) dads


(13)
e" /(y, s) pais,
/2
o (47r(I - s)) jt
para z C IR', t > 0.
Para confirmar que a fórmula (13) funciona, vamos supor, para
simplificar, que / C U2(I8" x 0, m)) e / tem suporte compacto.
"O princípio de Duhamel é amplamente aplicável a EDOs e EDPs lineares e não d e p e n d e da
estrutura específica da equação de calor. Ele produz, por exemplo, a solução da equação de
transporte não homogênea, obtida por meios diferentes no item 2.1.2. Invocaremos o princípio de
Duhamel para a equação de onda no item §2.4.2.
50 2. QUATRO IMPORTANTES PDE
LINEARES

TEOREMA 2 (Solução de problema não homogêneo). Defina u por (13).


Então

e
(iii) limu (z, f) - 0 para cada ponto

Prova. 1. Como & tem uma singularidade em (0, 0), não podemos justificar
diretamente a diferenciação sob o sinal de integral. Em vez disso,
procedemos como na prova do Teorema 1 em §2.2.1.
Primeiro, mudamos as variáveis, para escrever

u(z, I) - 6(y, s) f(z - g, t - s) dads.


0 R"

Como / C U2(R" x (0, m)) tem suporte compacto e & = 4 (p, s) é suave perto de s
-- t > 0, calculamos

th(z, f) - 6(y, s)//(z - y, I - s) dads


0 R"

+ a(y,t)/(s-y,0)dy

e
2 2
/(z - //, f - s) dads (I, - - 1 , ... , u).
0 M

Assim, ut, D2u e, da mesma forma, u, Dzu, pertencem a U(IR" x (0, m)).
2. Em seguida, calculamos
(14)
a
vm(z, t) - As(z, f) - 6(y, s) (- - Am)/(z - y, f - s)t dyds
o B-
+ 6(y, t)/(s - , 0) dy

-6 (y, s)[(-- - Ay)/(z - y, I - s)t d|jds


o R EUA

+ a(y, f)/(s - //, 0) dy.


EQUAÇÃO DE CALOR 51
P.J.

(15) |*. | < (||/-||'- -i- ||'2/||'-) '(y, s) dyds < eC,
0 Ibn

pelo lema. Integrando por partes, também encontramos

(16)
- 6(y, I)/( - y, 0) dy

já que 4 resolve a equação de calor. Combinando (14)-(16), obtemos

lim

I(-.') (- - ^°. * > o),


o limite como e -+ 0 sendo computado como na prova do Teorema 1. Por fim
nota ||u( , t)||g < t||/||¿ -+ 0.

Observação. É claro que podemos combinar os Teoremas 1 e 2 para descobrir


que

ilu 0 R"
mi
na
do
"

é, sob as hipóteses sobre g e J como acima, uma solução de


ut - An = /in IR" x (0, in)
(18)
t/ == g em B" x (I - 0}.

2.3.2. Fórmula do valor médio.

Primeiro, r e l e m b r a m o s algumas notações úteis de §A.2. Suponha que U C


IR' seja aberto e limitado e fixe um tempo 7' > 0.

DEFINIÇÕES.
(i) definimos o cilindro parabólico
52 2. SEU IMPORTANTE PAPEL DE
LÍDER

Uz :-- U x (0, Z'j.


EQUAÇÃO DE CALOR 53
P.J.

A região Up

(ii) O limite parabólico o/ Up é


Fp := Uz - Uz.
Interpretamos Up como sendo o inteNor parabólico de U x 0, 7']: observe
cuidadosamente que Up inclui o topo U x (t = T'}. O limite parabólico Fy
compreende a parte inferior e os lados verticais de U x |o, T], mas não a parte
superior.
Em seguida, queremos derivar uma espécie de análogo à propriedade do valor
médio para funções harmônicas, conforme discutido em §2.2.2. N ã o existe essa
fórmula simples. No entanto, observemos que, para z fixo, as esferas fi&(z, r) são
conjuntos de níveis da solução fundamental 4 (z -p) para a equação de Laplace.
Isso sugere que, talvez, para um valor fixo de (z, t), os conjuntos de níveis da
solução fundamental 4 (z - p, t - s) para a equação do calor possam ser relevantes.
DEFINIÇÃO. Para fed :c o IR', t e IR, r > 0, definimos

Essa é uma região no espaço-tempo, cujo limite é um conjunto de níveis de


&(z -p, t - s). Observe que o ponto (z, t) está no centro do topo. E(z, t; r) é às
vezes chamado de "bola de calor".
TEOREMA 3 (Uma propriedade de valor médio para a equação de calor). £et
ue
C!2(Up) sol'oe a equação do calor. Em seguida
1
(19) dyds
(I - s)2
2.3. EQUAÇÃO DE 53
SAÚDE

Uma "bola de calor"

para cada E(z, I, ) c Up.


A fórmula (19) é uma espécie de análogo para a equação de calor das
fórmulas de valor médio para a equação de Laplace. Observe que o lado
direito envolve apenas u(p, s) para tempos s < t. Isso é razoável, pois o valor
u(z, t) não deve depender de tempos futuros.
Prova. Podemos também supor que, ao traduzir o espaço e o tempo, o
Determina que z = 0 e t = 0. Escreva A(r) = A(0, 0; r) e defina
1 2
2 tintas
(20) 2
dyds.
E s2
\)
Calculamos
2 2
2 -I- 2ru dyds
S(1);=l
2
¿2 2s, dyds
*=1
A + B.
Além disso, vamos apresentar a função
útil
i'i2 n log r,
(21) . -2 log(-

e observe= 0 em fiA(r), já que 4 (p, -s) = r " em fiA(r).


Utilizamos
(21) para escrever

1
54 2. QUATRO IMPORTANTES PDE
LINEARES

termode limite, pois 0 em BE(r). Integrando por partes com


relação a s, descobrimos

1
-'4 * +4 Z - 2" 2s 4s
dyds

2n
-4nu. Z --,y,dyds - A.
t=l

Consequentemente, como u resolve a equação de calor,

'f'pr) -- A + B
_ 1
-4n". 2fl
pn-Fl z-. ";dyds
2n
' nd 1 S
i=1 "
= 0, de acordo com (21).

Assim, Q é constante e, portanto

lim $(I) = u(0, 0) (lizn dyds) -- 4u(0, 0),


t--0 0

dyds -- y2 dyds -- 4.
£(1)

Omitimos os detalhes desse último cálculo.

2.3.3. Propriedades das soluções.


a. Princípio máximo forte, exclusividade.
Primeiro, empregamos a propriedade do valor médio para fornecer uma
prova rápida do princípio d o máximo forte.
TEOREMA 4 (Princípio do máximo forte para a equação de calor).
Suponha que
u e C2(Up) C C(Up) resume a equação de calor em Up.
(i) 7'/zen
55

Princípio do máximo forte para a equação de calor

(ii) Em geral, I/ U é conectado e esses ezfistas são um ponto ( o.*o) e Up


tal casco

então

A afirmação (i) é o princípio tn tnotn para a equação de calor e (ii) é o


princípio stron9 rn°zi'''urn. Afirmações semelhantes são válidas com "min"
substituindo "man".

Observação. Portanto, se u/ u encontrar seu retorno (ou mínimo) em um ponto


inteiro, então u é constante em todos os tempos seguintes. Isso está de acordo
com nossa forte interpretação intuitiva da variável t como denotando tempo: a
solução será constante no intervalo de tempo 0, Not, desde que as condições
iniciais e de contorno sejam constantes. Entretanto, a solução pode mudar nos
tempos t > o . desde que as condições iniciais e de contorno sejam constantes.
As condições de limite são alteradas após a A solução, entretanto, não
responderá
às mudanças nas condições de contorno até que essas mudanças ocorram.
Observe que, embora tudo isso seja óbvio por motivos intuitivos e
físicos, essas percepções não constituem uma prova. A tarefa é deduzir esse
comportamento do PDE.

Prova. 1. Suponha que exista um ponto (+o. to) e Up With 'tt(*of o) - M :-


mo:xUq u. Então, para todo r > 0 suficientemente pequeno, I( 0 to i -) C UT, e nós
56 2. QUATRO IMPORTANTES PADRÕES
LINEARES

empregar a propriedade do valor médio para deduzir

---(*o'*o) =. dyds M,

desde
1= dyds.

A igualdade é válida somente se u for identicamente igual a M em A( o. para


<). Con-
sequencialmente
u(y, s) = M para todo (p, s) C +(+o oi ^)-

Desenhe qualquer segmento de reta L em Up conectando ( o a) com algum


outro ponto
(Vo. *o) C Uy, Com -o < o Considere

'o := min(s ! >(+. t) = M para todos os pontos (z, t) C L. * ñ ñ o-)

Como u é contínuo, o mínimo é atingido. Suponha que o >o Então u(so -o) =
A
M para algum ponto (so. ) em £ IT e então u M em (>o.'ou <) para todos os r
> 0 suficientemente pequenos. Como A(-o.-oi -) contém L ( -o - <
não para algum pequeno > 0, temos uma contradição. Assim, -o = +o e,
portanto
ti M em L.
2. Agora, fixe qualquer ponto z e U e qualquer tempo 0 t < o Existem
pontos ( o z} de modo que os segmentos de linha em IR' que
conectam z'-i a zi estejam em U para i = 1, ... , rn. (Isso ocorre porque o conjunto
de pontos em U que pode
seja assim conectado a o por um caminho poligonal é não vazio, aberto e
relativamente fechado em U). Selecione os tempos para > 1 > > t", = t. Então, os
segmentos de linha em R'+1 que conectam (+i-i i-i) a (zi, ti) (i = 1, ... , rn) estão
em Up. De acordo com a Etapa 1, u M em cada um desses segmentos e,
portanto, ti(z, t) = M.

Observação. O princípio do máximo forte implica que, se U for conectado e


u C C2(Up) O U(Uy) satisfaz
i- u=0 em Up
u=0 em dU x [0, Z'j
u=g em U x {t = 0}

onde 9 z 0, então u é positivo em todo lugar dentro de Up se 9 for positivo


sotne- irfiere em V. Essa é outra ilustração da velocidade de propagação
infinita para
57

distúrbios. O

Uma aplicação importante do princípio máximo é a seguinte afirmação de


exclusividade.
2.z.58HEAD: EQUAÇÃO 57
2. QUATRO IMPORTANTES PADRÕES
LINEARES

'I'HGOREM 5 (Unicidade em domínios limitados). Defina g E W(I' ), / E


C(Up). Então, existe no máximo uma solução u E C2(Up) C C(Up) do problema
de valor inicial/limite

(22) *'

Prova. Se u e 'ii forem duas soluções de (22), aplique o Teorema 4 a w =

Em seguida, estendemos nossa afirmação de exclusividade para o


problema sensível, ou seja, o problema do valor inicial para (/ = R'. Como
não estamos mais em uma região limitada, precisamos introduzir algum
controle sobre o comportamento das soluções para grandes

TEOREMA 6 (Princípio máximo para o problema de Cauchy). Suponha que


u e U2(R" x (0, Z']) U(R" x |0, T)) resolve

(23)
t/ - g em B" x (I =- 0}

e SO satisfaz a estimativa de 9 wlh

(24)

para as constantes A, a > 0. Então

sup u = sup p.
IU' x [0,7'] JB^

Prova. 1. Primeiro, suponha que

(25) 4oZ' < 1;

Nesse caso

(26) 4o(w + r) < 1

para algum s > 0. Fixe p C IR' ,> 0 e defina


58 2. QUATRO IMPORTANTES PDF
LINEARES

Um cálculo direto (cf. §2.3.1) mostra


- r- 0em R' x (0, ' ].
Fixe r > 0 e defina U :-- B0(p, r), Up -- B0 (y, r) x (0, T]. Então, de acordo com o
Teorema 4,
(27)

2. Agora, se z e R',

r(z, 0) - u(z, 0) - ( _j_ ) n/2


(28)
< u(z, 0) = 9(>)'
e se |z - p| = r, 0 < t < Z', então
p2

C2
2
< Ae"! - e4 *+-by (24)
2 4 r2
< Ae°(!'! -) e -{-
- ( + g )zz/2

Agora, de acordo com (26), 4 1 = a+ypara algum> 0. Assim, podemos


continuar
o cálculo acima para encontrar
2
(29) r(z, t) < Ae'! *+ ! - y(4(o + y)) "2e °+*' ' < sup 9,

para r selecionado suficientemente grande. Assim, (27)-(29) implicam


v(p, t) < sup p

para todo p C IR', 0 tT , desde que (25) seja válido. Seja -- 0.


3. No caso geral em que (25) falha, aplicamos repetidamente o resultado
acima nos intervalos de tempo 0, il, Hi , 2Ji , 1, etc., para H i

'I'HEOREM 7 (Singularidade para a p r o b a b i l i d a d e d e Cauchy). Ref g


E (iB"), / e
C'(B" x [0, 7']). Então, existe no máximo uma solução u E W2(B" x (0, J])
W(@" x t0, Z't) do problema de valor inicial

(30)

sofás/chaminés de 9' o esfimofe


(31) |v(z, f)| < Ae"!"!' (z e B.", 0 < I < Z')
para as constantes A, a > 0.
2.3. EQUAÇÃO JTEAT 59

Prova. Se u e u satisfazem (30), (31), aplicamos o Teorema 6 a w :=

Observação. De fato, há um número infinito de soluções de

-t - u= 0em IR' x (0, T)


(32) u= 0em IR' x (t = 0};

veja, por exemplo, John I, Capítulo 7]. Cada uma das soluções, além de u 0,
cresce muito rapidamente à medida que |z| -- avança.
Há um ponto interessante aqui: embora ti 0 seja certamente a solução
"fisicamente correta" de (32), esse problema de valor inicial de fato admite
outras soluções "não físicas". O Teorema 7 fornece um critério que exclui as
soluções "erradas". Encontraremos situações um tanto análogas em nosso estudo
das equações de Hamilton-Jacobi e das leis de conservação, nos Capítulos 3, 10
e 11.

b. Regularidade.

Em seguida, demonstramos que as soluções da equação de calor são


automaticamente suaves.
TEOREMA 8 (Suavidade). Suponha que u e C!2!Up) resolva a equação de
calor.
em Up. Em seguida

Essa afirmação de regularidade é válida mesmo que u atinja valores de


limite não suaves em Fy.

Prova. 1. Lembre-se de que, em §A.2, escrevemos

para denotar o cilindro circular fechado de raio r, altura r2 e ponto central


superior (z, t).
Fixe ( o to) C Uy e escolha r0 tão pequeno que U := +( o o; r) C Up.
Defina também os cilindros menores U' := +( o 43 0 i 21
que têm o mesmo ponto central superior (+o.
o) ") ").
Escolha uma função de corte suave ( = ((z, t) de modo que

0 ( < 1, ( 1 em U',
( 0 próximo ao limite parabólico de U.

Estenda em (R^ -l3. All) -


60 2. QUATRO IMPORTANTES PASSOS
PARA A EINEAR

2. Suponha temporariamente que u C C'(UT) e defina

-(° '):' r(-.')°(° ') (* ^ ^°, o * t < 'o)


Então

Consequentemente

(33) 'U OH x (t = 0},

e (34)

em IR' x (0, o) Agora defina

De acordo com o Teorema 2

(35)
ñ= 0em R' x (t = 0}.

Como |r|, |ñ| < A para alguma constante A, o Teorema 7 implica r ñ; ou


seja,

(36) I(z - y, - s) (y, s) dyds.


0 °

Agora suponha que (z, t) C U". Como (0 fora do cilindro U, (34) e (36) implicam
2.3. EQUAÇÃO DE 61
SAÚDE

Observe nessa expressão que a expressão entre colchetes desaparece em


alguma região próxima à singularidade de 4. Integre o último termo por
partes:

(37) °(

Provamos essa fórmula supondo que u C U . Se u satisfizer apenas as


hipóteses do teorema, derivamos (37) com u° = p, u substituindo u, p, sendo o
molinizador padrão nas variáveis z e t, e deixamos e -- 0.
3. A fórmula (37) tem a forma

(38) t/(z, I) = K(z, I, y, s)u(y, s) dyds ((z, I) E C'"),

K(x, I, y, s) = 0 para todos os pontos (p, s) e U',


pois ( em U'. Observe também que K é suave em U - U'. Em vista da
expressão (38), vemos que u é U°° dentro de U" = +(+0 a i2 -) o

c. Estimativas locais para soluções da equação de calor.

Em seguida, registramos algumas estimativas sobre as derivadas das


soluções da equação de calor, prestando atenção às diferenças entre as
derivadas em relação a zi (i = 1, ... , n) e em relação a t.

TEOREMA 9 (Estimativas sobre derivadas). Existe, para cada par de inteiros


oJ k, I -- 0, 1, ... , o constante _,ks tal que

Dk D'n
C(s,t;r/2)

/ou óleo ct/hinders W(z, I; r/2) C ( z, I; ) c Up, e todas as soluções t/ da equação


d e calor em Up.

Prova. 1. Fixe um ponto em Uy. Ao deslocar as coordenadas, p o d e m o s


também supor que o ponto seja (0, 0). Suponha primeiro que o cilindro C(1)
:= U(0, 0; 1) esteja em Up. Seja U (2) := U (0, 0; 2). Então, como na prova
do Teorema 8,
62 2. f'OUR IMPOR'TAN'T EINEAR PDE

para alguma função suave K. Consequentemente

|D Dt-(--')l < |D,D K(z, I, y, s)| | |t/(y, s)| dyds


(39) cfi'

para alguma constante +kl


2. Agora suponha que o cilindro U(r) := U(0, 0; r) esteja em Up. Seja
U(r/2) = U(0, 0; r/2). Redimensionamos definindo

Então, ct - Ac = 0 no cilindro U(1). De acordo com (39),


k
Sy s "kn-ii' (-( )) "-,t)* r(,"
Mas, k Dk D ti(r:r, r2t) e 1

portanto
Dk
D'u
C'(r/2)

Observação. Se u resolver a equação de calor em Up, então, para cada tempo


fixo
0 < t < 7', o mapeamento (z, t)éanalítico. (ConsulteMikhailov
[M].) Entretanto, o mapeamento tu(z, t) não é, em geral, analítico. O

2.3.4. Métodos de energia.


a. Exclusividade.
Vamos investigar novamente o problema de valor inicial/limite

u -Au=/ inky
(40) u=g em Py.

Invocamos anteriormente o princípio do máximo para mostrar a


exclusividade e agora - por analogia com §2.2.5 - apresentamos um argumento
alternativo baseado na integração por partes. Assumimos, como de costume, que
U C IR' é aberto, limitado e que dU é Cl . O tempo terminal T > 0 é dado.

TEOREMA 10 ( Singularidade). Há pulsos de no máximo um sofutioti u


C C!2(Up) o/ (40).
2.3. EQUAÇÃO DE 63
CALOR

Prova. 1. Se u for outra solução, w := u - u resolve

tut - Abu = 0in Up


(41)
tr = 0 Em Py.

2. Co
nju
nto

Então

d
U "" dt

e assim
e(I) < e(0) - 0 (0 < I < w).

Consequentemente, tr = u - u0 em Up.

Observe que o exposto acima é uma variante dependente do tempo da prova


do Teorema 16 em §2.2.5.

b. Exclusividade para trás.

Uma questão um pouco mais sutil diz respeito à singularidade baclnoaNls no


tempo para a equação de calor. Para isso, suponha que u e u sejam soluções
suaves da equação de calor em UT com as mesmas condições de contorno em
dU:

ut - An = 0em Up
(42)
-=9 em dU x 0, T],

(43)
ut - Au = 0em Up
=9 em (i(/ x [0, T],

para alguma função g. Observe cuidadosamente que não estamos supondo que u =
u no momento
64 2. f'OUR IMPOR'TAN'T EINEAR PDE

t = 0.
64 2. QUATRO IMPORTANTES PDE
LINEARES

TEOREMA 11 (Exclusividade para trás). Suponha que u, u C U2 (Uy) sol'oe


(42), (43). QI

iritfiin Up.

Em outras palavras, se duas distribuições de temperatura em U


concordam em algum momento T > 0 e tiveram o s mesmos valores de
limite nos momentos 0 < t < T, então essas temperaturas devem ter sido
identicamente iguais dentro de U em todos os momentos anteriores. Isso não
é n a d a óbvio.
Prova. 1. Escreva w := u - u e, como na prova do Teorema 10, defina

e(I) :- - tu2 (z, I) dz (0 < I < w).

Como
d
antes (44)
dt

Além disso

e(t) -- -4 Dw Dwg d:r

(45)

=4 (Aw)2 d:r por (41).

Agora, como tr = 0 em dU,

1/2 1/2
(&w)
dz2
Assim, (44) e (45)
implicam
2

w2 d:r 4 (Aw)2 d:c


U U
- e(/)e(/).
P.4. EQUAÇÃO DE 65
ONDA

Portanto

(46) e(t)e(I) > (é(f))2 (0 < I < w).

2. Agora, se e(t) =para todos os 0 < 'T', estamos prontos. Caso contrário,
existe um intervalo th, J2l C 0, Z'], com

(47) e(I) > 0 para /i < / 2 . e (/2) 0.

3. Agora escreva

(48) /(I) :- log e(I) (/1 < / 2 ).

Então
e(I) é( )2
>0 por (46);
e(I) " e ( )2
e, portanto, / é convexo no intervalo (Hi,) Consequentementese 0< r <1,
Hi < ' < '2, temos

/((1 - ')' + ') < (1 - z)/(*i) + 'f(I)


Relembrando (48), deduzimos

e((1 - +) i + +t) < e( i)l * e(t) ,


e assim
0 < e((1 - )'1 + +*2) < e(/i)1 °e(/2)° (0 <z< 1).
Mas, em vista de (47), essa desigualdade implica e(t) = 0 para todos os tempos Hi
ñ 2.
uma contradição. O

2.4. EQUAÇÃO DE ONDA


Nesta seção, investigamos a emoção do movimento

(1) u"-Au-O
e a equação não homogênea de wa'oe

(2)

sujeito a condições iniciais e de contorno adequadas. Aqui t > 0 e z e U, onde U


IR' é aberto. A incógnita é u : U x 0, c'o) -- IR, u = u(z, t), e o Laplaciano A é
tomado com relação às variáveis espaciais
66 2. QUATRO IMPORTANTES EINEAR
PDF

= (+zq ). Em (2), a função / : U x 0, on) -- IR é fornecida. Uma abreviação


comum é escrever

Descobriremos que as soluções da equação de onda se comportam de


forma bastante diferente das soluções da equação de Laplace ou da equação
de calor. Por exemplo, essas soluções geralmente não são U , apresentam
velocidade de propagação finita, etc.

Interpretação física. A equação de onda é um modelo simplificado para


uma corda vibratória (n = 1), uma membrana (n = 2) ou um sólido elástico (n
= 3). Nessas interpretações físicas, u(z, t) representa o deslocamento em
alguma direção do ponto z no tempo t > 0.
Deixe Y representar qualquer sub-região suave de U. A aceleração em Y
é, então
d{2 u d::r

e a força de contato líquida é

-F v dS,

onde F denota a força que atua em Y através de BY e a densidade de massa é


considerada a unidade. A lei de Newton afirma que a massa vezes a
aceleração é igual à força resultante:

Essa identidade é obtida para cada sub-região Y e, portanto

mt = - div F.

Para corpos elásticos, F é uma função do gradiente de deslocamento D's,

portanto mt + div F(Du) -- 0.

Para Du pequeno, a linearização P-(Do) m -aDu é geralmente adequada e,

portanto, mt - oAu = 0.

Essa é a equação de onda se o = 1.

Essa interpretação física sugere fortemente que será matematicamente


apropriado especificar duas condições iniciais, sobre o deslocamento u e
o veiocitp ut, no tempo t = 0.
2.4. EQUAÇÃO DE 67
ONDA

2.4.1. Solução por meios esféricos.


Iniciamos os parágrafos 2.2.1 e 2.3.1 buscando determinadas soluções
invariantes de escala da equação de Laplace e da equação do calor. No
entanto, para a equação de onda, apresentaremos o método (razoavelmente)
elegante de resolver
(1) primeiro para n = 1 diretamente e depois para n > 2 pelo método de
médias esféricas.
a. Solução para n = 1, fórmula de d'Alembert.
Primeiramente, concentramos nossa atenção no problema do valor inicial
para a equação de onda unidimensional em todo o R:

(3)

em que 9 e h são dados. Desejamos derivar uma fórmula para u em termos de g e

Primeiramente, observemos que a EDP em (3) pode ser "fatorada", como


segue
a a a a
(4)

Escrever
() b â

Então (4) diz


w/t)+v(f)=0 (meB, t>0)
Essa é uma equação de transporte com coeficientes constantes. Aplicando a
fórmula
(3) De §2.1.1 (com n = 1, b -- 1), encontramos

(6) r(z,I) = a(z- I)

para a (z) :- ( , 0). Combinando agora (4)-(6), obtemos

um(z, I) - tim(z, I) - a(z - I) em B x (0, oo).

Essa é uma equação de transporte não homogênea; portanto, a fórmula (5) do


item §2.1.2
(com n = 1, b -- -1, /(z, t) = o(z- t)) implica

u(z, I) - a(z -F (I - s) - s) de -I- b(z -I- I)


0
68 2. QUATRO IMPORTANTES EINEAR
PDF

a(y) dy + b(z + I),


P.4. EQUAÇÃO DE 69
ONDA

onde temos b(z) :-- u(z, 0).


Por fim, invocamos as condições iniciais em (3) para calcular o e h. A
primeira condição inicial em (3) dá

b(z) -- g(z) (z it- a),

Considerando que a segunda condição inicial e (5) implicam

Nossa substituição em (7) resulta agora em

*(//) - 9 (y)dp + 9(- + ')

Portanto

1 T+t
(8) -(-.-) ;(9(- +*) + 9(- -*)J
Essa é a fórmula de d'Alembert.
Derivamos a fórmula (8) supondo que ela seja uma solução (suficientemente
suave) de (3). Precisamos verificar se essa é realmente uma solução.

'l'HEOILEM 1 (Solução da equação de onda, n - 1) . Suponha que g E


U2 (ÎB), ù E C'1 (B) e defina a fo'nrnt/Ia de d'Alembert (8).
(i) t/ E C'2 (B x [0, )),

(iii) lizn u(z, I) = y(z0 ), lim


(z,t) --(z0,0) (z,/)--(z ,0) t>0
t>0
para cada ponto no E iB.

A prova é um cálculo simples.

Observações. (i) Em vista de (8), nossa solução u tem a forma

para as funções apropriadas F e G. Por outro lado, qualquer função dessa forma
resolve mt - ugg = 0. Portanto, a solução geral da equação de onda
unidimensional é uma soma da solução geral de ut - ug = 0 e da solução geral de
ut + ug = 0. Isso é uma consequência da fatoração (4).
68 2. QUATRO PONTOS IMPORTANTES

(ii) Vemos em (8) que se g C C !k e /i C G' 1, então u C C!k, mas em geral


não é mais suave. Assim, a equação de onda não causa suavização
instantânea dos dados iniciais, como faz a equação de calor.

Um método de reflexão. Para ilustrar uma aplicação adicional da fórmula de


d'Alembert, vamos considerar a seguir esse problema de valor inicial/limite
na semirreta R+ = (z > 0}:

mt - ugg = 0 in + x(0,oo)
(9) u = g, ut = h onB+ x(t=0}
u = 0 on(i=0}x
(0,oo),

onde 9, h são dados, com g(O) = /i(0) = 0.


Convertemos (9) na forma (3) estendendo -. 9spara todo o IR por reflexão
ímpar. Ou seja, definimos

u( (z>Op>O
-"(- , I) (z 0, I > 0),
g(z) (z > 0)
-9(--) (z < 0),
h(z) (z > 0)
-0(-z) (z < 0).

Então, (9) se torna

Portanto, a fórmula de d'Alembert (8) implica

2 .-t

Relembrando as definições de u, g, acima, podemos transformar essa


expressão paraler para z , t> 0:
1 1
(10) u(*, f) = 2 2 Jg h(y) dy se z > t > 0

2t9 (- +') - 9 (! --)J + 1 J'J 2 , h(p) dy se 0z < t.

Se ,podemos entender a fórmula (10) como dizendo que um


deslocamento inicial g se divide em duas partes, uma se movendo para a direita
com velocidade um e a outra para a esquerda com velocidade um. A última,
então, reflete n o ponto z = 0, onde a corda vibratória é mantida fixa.
2.4. EQUAÇÃO DE 71
WAYE

b. Esférico significa.
Agora suponha que n > 2, rn > 2 e u e U'(IR' x 0, on)) resolva o problema de
valor inicial

m, - An = 0em IR" x (0, on)


(11)
u = g, ut = /ton IR" x (t = 0}.

Pretendemos derivar uma fórmula explícita para u em termos de g, h. O


plano será estudar primeiro a média de u em determinadas esferas. Essas
médias, tomadas como funções do tempo t e do raio r, acabam resolvendo a
equação de Euler-Poisson-Darboux, um PDE que podemos, para n ímpar,
converter na equação de onda unidimensional comum. A aplicação da
fórmula de d'Alembert, ou mais precisamente sua variante (10), acaba nos
levando a uma fórmula para a solução.

Notação. (i) Sejam z e R", t > 0, r > 0. Defina

(12) U(:r; r, t) : -- u(y, t) dS(y),


dB(x,r)

a média de ti(-, t) sobre a esfera fi&(z, r).


(ii) Da mesma forma,

G(z; r) :== g(y) d5(y)


âB(z,r)
(13)
£f(z, r) :-- h(g) d5(y).
âB(z,r)

Para z fixo, daqui em diante consideraremos U como uma função de r e t, e


d es co br ir emos uma equação diferencial parcial que U resolve:

LEMMA 1 (Equação de Euler-Poisson-Darboux). Liz z C R', e seja u


satisfazem (l1). Então, U C C"( + x 0, in)) e
X

(14)

A equação diferencial parcial em (14) é a equação de Euler-Poisson-


Darbouz. (Observe que o termo U" + U é a parte radial do Laplaciano A em
coordenadas polares).
70 2. QUATRO PONTOS IMPORTANTES

Prova. 1. Como na prova do Teorema 2 em §2.2.2, calculamos para r > 0

(15)

D e s s a igualdade, deduzimos lim, + U (:s; r, I) = 0. Em seguida,


d i f e r e n c i a m o s (15), para descobrir, após alguns cálculos, que
1
(16) --1 E dp.
GB(x,r) n

Assim, li ,0+ Uzz(:s; r, I) = An(z, t). Usando a fórmula (16), podemos


calcular U "z, etc. de forma semelhante e, assim, verificar que U e C'(IR+ x 0,
m)).
2. Continuando o cálculo acima, vemos em (15) que

U, = -mt dppor (11)

1 1

Portanto

e assim
1
mt dS
GB(x,r)
n-1

c. Solução para n = 3, 2, fórmulas de Kirchhoff e de Poisson.

O plano geral nas subseções seguintes será transformar a equação de


Euler-Poisson-Darboux (14) na equação de onda unidimensional usual.
Como o procedimento completo é bastante complicado, faremos uma pausa
aqui para tratar dos casos mais simples n = 3, 2, nessa ordem.

Solução para n = 3. Vamos, portanto, tomar n = 3 e supor que u e U2(R3 x


[0, on)) resolva o problema do valor inicial (11). Lembramos que a
definições (12) e (13) de U, G, H e, em seguida, definir

(17) U :-- rU,


72 2. QUATRO IMPORTANTES PDE
LINEARES

Agora afirmamos que U resolve


U - U" -- 0 em lB+ x (0, on)
(19) U -- G, Ui -- H em IN+ x (t = 0}
'U -- 0 em {r = 0} x (0, on).
De fato
U -- rUit

-- r Uzz + 2 Uz por (14), com n = 3

Aplicando a fórmula (10) a (19), encontramos para 0 < r < t

1
l- (
Como (12) implica u(z, I) = li ,0+ U(::c, r, t), concluímos a partir de (17), (18),
(20) que

-*('- -) (y) dy
2r

Devido a (13), deduzimos que


b
(21) tp dS+ I h dS.
bt
Mas
g(g) dS(y) = g(z -F fa) dS( );

e assim

g d5 - Dg(z -I- tz) - z dS(z)


2.4. EQUAÇÃO DE 73
ONDA

Voltando a (21), concluímos que

(22) "(z, t) - th(g) -Fg(g) -F Dg(g) -(y -z) dS(y) ( e lB3 , I > o).

Essa é a fórmula de Kirchhoff para a solução do problema de valor inicial (11)


em três dimensões.

Solução para n 2 . Nenhuma transformação, como a (17), funciona para


converter a equação de Euler-Poisson-Darboux na equação de onda
unidimensional quando n = 2. Em vez disso, pegaremos o problema do valor
inicial (11) para n = 2 e o consideraremos simplesmente como um problema
para n = 3, no qual a terceira variável espacial +3 não aparece.
De fato, supondo que u e U2 (R2 x |0, on)) resolva (11) para n = 2, vamos

escrever (23)

Então, (11) implica

' -lii =0em IR3 x (0, on)


(24)
fi = p, tit = fion IR3 X {t = 0},

par
a é( 1' +2. 3) := g( i2 ). "h(-i +2' +3) :- h(z , z2).
Se escrevermos z = (+i 2) o IR2 es = ( 1. 2 0) e IR3 , então (24) e a fórmula de
Kirchhoff (na forma (21)) implicam

(25)
= r p dS

onde (s, t) denota a esfera em IR3 com centro s, raio t 0 e d°S denota a medida de
superfície bidimensional em fiJi(s, I). Simplificamos (25) observando

4xt2
g dS

4xt2 g(//)(1 -l- |Dy(y)|2)'!2d;j,


B(x:,t)

onde y(p) = (t2 - |p - z|2)l '2 para p C B(x, I). O fator "2" aparece porque
d?3(N, t) consiste em dois hemisférios. Observe que (1 + |Dy| ) '2l2 =
74 2. QUATRO IMPORTANTES PDE
LINEARES

t(t2 - |p - z |2) 1'2. Portanto

gdS-- t2 - |y - z|2)1/2 dy
2t B(y ) (

dy.

Consequentemente, a fórmula (25) se torna

1 â 2
dy
2 b/ )
B(z,t (t2 y 2) 1/2
(26)
dy.

Mas
DIY -- T dz,

ahâ
SO

t2
dy

Dg(z -\- tz) -z


y 2) 1/2 2) 1/2 dz
B(0,1) ( B(0,1) ( -

dy + t ) (/2
dy.
y 2 ) 1/2
B(z,t

Portanto, podemos reescrever (26) e obter a relação


1 tg(y) -I- t2 h(y) + fig(y)-
(27) 2 ' '' ({2 2)1/2
(*- ) dy
B

para z C IR2, t 0. Essa é a norma de Poisson para a solução do problema de


valor inicial (11) em duas dimensões.
Esse truque de resolver o problema para n = 3 primeiro e depois passar para
n = 2 é o método de descida.

d. Solução para n ímpar.

Nesta subseção, resolvemos o PDE de Euler-Poisson-Darboux para n


ímpares 3. Primeiro, registramos alguns fatos técnicos.
2.4. EQUAÇÃO DE 75
WAYE

'L+1
LEMMA 2 (Algumas identidades úteis). Seja 'f : IN INhe . Então,
para k - 1, 2, ... :

(r)) -
k- 2k-
(ii) (r ) (-)) = Zk-/ Ok (sec)
o
onde as constantes Q (j -- 0, ... , k - l) são independentes de 'f.

Além disso,
(iii) g - 1 3' 5- --- - (2k - 1).

A A prova por indução é deixada como um exercício.

Agora,
suponha que n > 3 é um número inteiro ímpar

e definir n = 2k + 1 (k > 1).


A partir de agora, suponha que u C C!k+l (IN" x [0, on)) resolva o problema
do valor inicial (11). Então, a função U definida por (12) é UL +1.

Notação. Escrevemos

"(r, t) :- (: é.)k-1 (r2k-'"(s, r, t))


(28)

Então

(29)

Em seguida, combinamos o Lema 1 e as identidades fornecidas pelo


Lema 2 para demonstrar que a transformação (28) de U em U converte, de fato,
a equação de Euler-Poisson-Darboux na equação de onda.

LEMMA 3 (U resolve a equação de onda unidimensional).

U - U" -- 0 em lB+ x (0, oo)


U -- /, >t = on+ x (I = 0)
"U -- 0 em (r -- 0) x (0, oo).
76 2. QUATRO IMPORTANTES DO PDE
EINEAR

Prova. Se r > 0,
2
(r2k-*U)

k
1â (r2k U ) pelo Lema 2,(i)
k1
) 2kr2k-2U
y2k-1U" -\- '\
k1
1 n 1
) y2#-1 U" -\- U (n 2k -\- 1)
k-1

a penúltima igualdade se mantém de acordo com (14). Usando o Lema 2,(ii),


concluímos também que U -- 0 em {r = 0}. O

Tendo em vista o Lema 3, (29) e a fórmula (10), concluímos que, para 0 < r t
que

(30) U(r, I) - 2 (r -\- t) - G'(I - r)] /f(y) dg

para todo r C IN, .Mas lembre-se de que u(z, t) = lim,--oU(X; r I). Além
disso, o Lema 2,(ii) afirma

1
(r2Jc - U(
U(r, t) = ; r, /))

U(z; r, t);
J--0

e assim
lim

Assim, (30) implica

, "*('+°) - "*(' - ° )
.-o zr
1
2.4. EQUAÇÃO DE 77
ONDA

Finalmente, então, como n 2k + 1, (30) e o Lema 2,(iii) produzem


essa fórmula de representação:
2
1 1 'n-2
g dS
v- a n-3
(31) 1d 2
$n-2
h dS
dt
onde n é ímpar e 9q = 1- 3 - 5 - -- - (n - 2),
para z C IB", t T 0.
Observamos que 73 = 1 e, portanto, (31) concorda, para n = 3, com (21) e,
portanto, com a fórmula de Kirchhoff (22).
Resta verificar se a fórmula (31) realmente fornece uma solução para (11).

TEOREMA 2 (Solução da equação de onda em dimensões ímpares). Suponha


que n seja um número inteiro ímpar, n 3 , e suponha que afso S C U +l (R"), h C
-+i . Defina u por (31). Então
2 para m=
C"'(IN"),
(i) " e C'2 (IB" x |0, oo)),
(ii) "/t - A" - 0 em IB" x (0, ) ,
e
(iii) lim lim "/(s, f) = h(s0)

Jor cada ponto :c' C IN".


Prova. 1. Suponha primeiro que g 0;
de modo que n-3

(32)

Então o Lema 2,(i) nos permite calcular


2 't'*1Ht) .

A partir do cálculo na prova do Teorema 2 em §2.2.2, vemos também que

Consequente
mente
1 ld 2

B(x:,i)
"-3
11 d ° 1
" no(n)/ t df t
78 2. QUATRO IMPORTANTES DO PDE
EINEAR

Por outro lado,

GB(0,I)

-- th d!S.

Consequentemente, (32) e os cálculos acima implicam que mt = An em IR" x


(0, m).
Um cálculo semelhante funciona se h 0.
2. Deixamos como exercício a confirmação, usando o Lema 2,(ii)-(iii), de
que u assume as condições iniciais corretas.

Observações. (i) Observe que, para calcular u(z, t), precisamos apenas ter
informações sobre g, h e suas derivadas na esfera dB(:s, I), e não em toda a
esfera &(z, t).
(ii) Comparando a fórmula (31) com a fórmula (8) de d'Alembert (n = 1),
observamos que a última não envolve as derivadas de g. Isso sugere que, para
n > 1, uma solução da equação de onda (11) não precisa ser tão suave quanto
seu valor inicial g e m tempos t > 0: as irregularidades em g podem se
concentrar em tempos t > 0, fazendo com que u seja menos regular.
(Veremos mais adiante, no item §2.4.3, que a "norma de energia" de u não se
deteriora para t > 0).
(iii) Mais uma vez (como no caso de n = 1), vemos o fenômeno da
velocidade de propagação finita da perturbação inicial.
(iv) Uma derivação completamente diferente da fórmula (31) (usando a
equação de calor!) está em §4.3.2.

e. Solução para n par.

Suponha que agora


n é um número inteiro par.

Suponha que u seja uma solução U"' de (11), rn Queremos criar uma
fórmula de representação como (31) para u. O truque, como acima para n =
2, é observar

(33) ( i, - ,-"+i,/):= "(-'-, . ,-../)


resolve a equação de onda em IB'+l x (0, on), com as condições iniciais ii = g,

u -- lion IB'+1 x (t = 0},


2.4. EQUAÇÃO V AVE 79

onde
(Sj , ... , Kg+\) :- f}(;fi , . - . , Kg)
(34)
h(x' --+'t :' h("', . -)
Como n + 1 é ímpar, podemos empregar (31) (com n + 1 substituindo n)
para garantir uma fórmula de representação para ii em termos de p, h. Mas,
então, (33) e (34) produzem imediatamente uma fórmula para u em termos
de g, h. Esse é novamente o método de descida.

Para realizar os detalhes, vamos fixar z C IN', t > 0 e escrever = (+i, , zq,
0) C R'+1 . Então, (31), com n + 1 substituindo n, dá
n-2
i d iO $n-1
bJ3(*,t)
(35) n-2
1â 2
"h dñ

ii(s, t) denotando a bola em IR "+1 com centros e raio I, e dS - medida de


superfície n-dimensional em fi (s, t). Agora

Observe que fi (z, t) M (pq+ t 0} é o gráfico da função y(p) := (t2 - |p - z| )21 '2
para p e &(z, t) C R'. Da mesma forma, dB(:s, I) v +i ñ 0} é o gráfico de -y.
Assim, (36) implica
2
(37) y dk - g(y)(1 -I- |6 (y) |2)1/2dy,
âB(T,t) (n + l)n(n + l)t B{x,t)
o fator "2" entra porque dIi(s, t) compreende dois hemisférios. Observe que
(1 + |Dy(y)|2)*'2 = t(t2 - |p - z|2) *'2. Nossa substituição em (37) resulta em
2 g(g)
dy
(n + 1)a(n + 1)/a-1 B(z,t) (t2 y)2)1/2
2fo(n) g(|j)
" ( n + 1)a(n + 1)B(z,t (t2 y)2)1/2 dy.
Inserimos essa fórmula e a fórmula semelhante com fi no lugar de g em (37),
e encontrar

n-2
1 2o(n) d 1d 2 g(g)
dy
"( +i) +i) a ? B(s,t
) (t2 y 2 ) 1/2

n-2
1â h(y)
dg
80 2. QUATRO IMPORTANTES DO PDE
EINEAR

gn/2
Como +i = 1- 3 5 - (n - 1) e n(n) = r ' podemos computar
2
yq = 2- 4-- (n - 2) n.
Portanto, a fórmula de representação resultante para n par é:

m-2
1 â 1â g(g)
dy
n -2
(38) h(g)
) dy
B(z,t (/2 y(2)1/2

onde n é par e yp = 2- 4- -- (n - 2) n, para z C IN',

t > 0.

Como v2 2, isso está de acordo com a fórmula de Poisson (27) se n = 2.

'I'HEOREM 3 (Solução da equação de onda em dimensões pares). Suponha


que /t seja um número inteiro par, n > 2, e suponha também que g e C'" 1( " ), h e
C"(IB"), 2
NOT' 'Aft -- 2 . Defina u comprar (38). Então
(i) " e 2(GB "x [0, oo)),
(ii) "// - A" = 0in IB" x (0, oo),
e
(iii) lim ), lim "/(z, I) - h( y0)

para cada ponto z0 e IB


.

Isso decorre do Teorema 2.

Observações. (i) Observe, em contraste com a fórmula (31), que para


calcular u(z, t) para n uniforme, precisamos de informações sobre u = p, ut =
h em todo o B(:c, I), e não apenas em dB(x, I).
(ii) Comparando (31) e (38), observamos que, se n for ímpar e n 3 , os
dados g e h em um determinado ponto z C IN' afetam a solução u somente no
limite {(y, t) | t > 0, |z - p| = I} do cone ' = {(p, t) | t > 0,
|z - p| < t}. Por outro lado, se n for par, os dados g e h afetam u dentro de todo o
' . Em outras palavras, uma "perturbação" originada em :s se propaga ao longo
de uma frente de o n d a acentuada em dimensões ímpares, mas em dimensões
p a r e s continua a ter efeitos mesmo depois que a borda principal da frente de
onda passa. Esse é o princípio de Hu|jgens.
2.4. EQUAÇÃO DE 81
ONDA

2.4.2. Problema não homogêneo.

Em seguida, investigamos o problema do valor inicial para a equação de


onda não homogênea

mt - An = /em IR" x (0, m)


(39)
u = 0, ut = 0em IR" x {t = 0}.

Motivados pelo princípio de Duhamel (apresentado anteriormente em


§2.3.1), definimos u = u(z, t; s) como a solução de

u"( ; s) - A"( ; s) - 0em IB" x (s, oo)


(40,)
"( ; s) 0, u/(-; s) /(-, s) em IB" x (I = s).

Agora
defina

(41) u(z, I) := "(z, I; s) de (z E JB", I > 0).


0

O princípio de Duhamel afirma que essa é uma solução de


"tt - A" = /in lB^ x (0, oo)
(42) u = 0, ui = 0em IB" x {t = 0}.

TEOREMA 4 (Solução da equação de onda não homogênea). Suponha que n


>
2 e / e C!-'2 l'1(lB^ x t0, oo)). Defina u comprar (41). Então
(i) " e 2(IB" x [0, oo)),
(ii) mt - As = /em R" x (0, m),
e
(iii) lim u(z, t) = 0, lim th(z, I) - 0 para cada ponto z0 E IB".

Prova. 1. Se n for ímpar, 2 J+


- n+12 . De acordo com o Teorema 2, u(-, ; s) C
U2(IN X [0, on)) para cada s > 0, e assim u C U2(R" x 0, on)). Se n for par, .
U2
Portanto, u C (IR" x 0, on)), de acordo com o Teorema 3.
2
2. Em seguida, calculamos:
t t

0 0

-- /(z, I) -j- "//(z, I; s) de.


0
82 2. QUATRO IMPORTANTES PDE
LINEARES

Além disso
t t
Au(z, I) A"(z, I; s) de - u/t(z, I; s) de.
0 0

Portanto

Observação. A solução do problema geral não homogêneo é,


consequentemente, a soma da solução de (11) (dada pelas fórmulas (8), (31)
ou (38)) e a solução de (42) (dada por (41)).

Exemplos. (i) Vamos descobrir explicitamente como resolver (42) para n =


1. Nesse caso, a fórmula de d'Alembert (8) fornece

/(y, s) dg, "(z, I) = /(y, s) d//de.

Ou seja,

(43) "( ,/) = /(y, I - s) d¡jds (z E IB, I > 0).

(ii) Para n = 3, a fórmula de Kirchhoff (22) implica

/(y, s) dS;
GB(z,t -s)

SO tftQt

/(y, s) dS de
0 GB(z,t-s)

dsds

_ 1 ' / ,t-r)
dsdr.
4r 0 dB(sr) r

Portanto
1 /(y,t-|y-
(44) "(z,r)
=

resolve (42) para n = 3. O integrando à direita é chamado de potencial retardado.


2.4. EQUAÇÃO DE 83
ONDA

2.4.3.Energymethods.
As fórmulas explícitas (31) e (38) demonstram a necessidade de fazer cada
vez mais suavizações nos dados g e h para garantir a existência de uma solução
U2 da equação de onda para valores cada vez maiores

n. Isso sugere que talvez alguma outra maneira de medir o tamanho e a


suavidade das funções seja mais apropriada. De fato, veremos nesta seção
que a equação de onda tem um bom comportamento (para todo n) em relação
a certas normas integrais de "energia".
a. Exclusividade.

Seja U C JB" um conjunto aberto e delimitado com um limite suave dU e, como


de costume, defina Up -- U x (0, Tj, fip -- °Up - Uy, onde T > 0.
Estamos interessados no problema de valor inicial/limite

(45) u = g em Fy
i=h em U x (t = 0}.

TEOREMA 5 (Unicidade da equação de onda). Há uma névoa que pode se


esconder
função u C C2 (Up) sofvinp (45).

Prova. Se u for outra solução desse tipo, então tr := u - u resolve

trote - Atr = 0em Up


tr = 0em Fy
Art = 0 em U x {t = 0}.

Definir a "energia"

1
e(I) :-
2U

Calculamos

Não h á termo de limite, pois tr = 0 e, portanto, trt = 0, em dU x (0, T]. Assim,


para todo 0 < t < T, e(t) = e(0) = 0 e, portanto, trt, Dw 0 em Up. Como tr 0 em U
x {t = 0}, concluímos que tr = u - u 0 em Up.
84 2. QUATRO IMPORTANTES DO PDE
EINEAR

Cone de dependência

b. Domínio de dependência.

Como outra ilustração dos métodos de energia, vamos examinar


novamente o domínio de dependência das soluções para a equação de onda
em todo o espaço. Para isso, suponha que u C '2 resolva

"/t - A" - 0em lB^ x (0, ).

Fixe o ' .> 0 e considere o cone

*' '(°,°) Io 6* 6*o, I*-*ol **o -*'

TEOREMA 6 (Velocidade de propagação finita). IQ u ut0 ou B(*de o)'


então u 0 dentro do cone C!

Em particular, vemos que qualquer "perturbação" originada fora de &( o. to)


não tem efeito sobre a solução dentro de U e, consequentemente, tem velocidade
de propaga ç ã o finita. Já sabemos disso pelas fórmulas de representação (31) e
(38), pelo menos supondo que g -- u e h -- ut em IR" x (t = 0} sejam
suficientemente suaves. A questão é que os métodos de energia fornecem uma
prova muito mais simples.

Prova. Defina
1 2
e(I) : u2(z, I) + |Du( , I)| dz (0 < I !o)
2 B( o'!o -+)
2.5. PROBEEMIS 85

Entã
o
é(I) 2 + |6"|2dS
bB(*o, o -!)

=ut (mt - An) dz


B( o,*o -*)

(46) + '-up dS -
'9B(*o,to -t) "
2
du
|O"|2dS.
2 2

Ago
ra du 12
(47)

pelas desigualdades de Cauchy-Schwarz e Cauchy (§B.2). Inserindo (47) em


(46), descobrimos que é(t) < 0; e, portanto, e(t) e (0) = 0 para todos os 0 t a
Assim, ut, Du 0 e, consequentemente, u 0 dentro do cone ' .

Uma generalização dessa prova para geometrias mais complicadas aparece


mais tarde, no item §7.2.4.

2.5. PROBLEMAS
Nos exercícios a seguir, todas as funções dadas são consideradas suaves,
salvo indicação em contrário.
1. Escreva uma fórmula explícita para uma função u que resolva o problema
do valor inicial
ut + b - Du + en -- 0in IR" x (0, on)
u = g em IR" x {t = 0}.
Aqui c e IN e b C IN' são constantes.
2. Prove que a equação de Laplace An = 0 é invariante de rotação, ou seja,
se
O é uma matriz ortogonal n x n e definimos

então Av = 0.
3. Modifique a prova das fórmulas de valor médio para mostrar, para n > 3, que
1 1 1
"(0) - g d5 -F
GB(0,r)
86 2. QUATRO IMPORTANTES DO PDE
EINEAR

fornecido
-An = /in &0 (0, r)
u=p em fi&(0, r).

4. Dizemos que u C '2(U) é sufiarmônico se

-Ac < 0in U.

(a) Prove, para o subharmônico c, que

u dp para todo &(z, r) C U.


B(x,r)

(b) Prove que, portanto, ma:xU v -- bU

(c) Seja Q : IN -- R suave e convexo. Suponha que u seja harmônico e


c := d'(u). Prove que c é subharmônico.
(d) Prove que u := | Du|2 é subharmônico, sempre que u for harmônico.
5. Prove que existe uma constante C, dependendo apenas de n, de modo
que

B(0,1)- - (dB(0, )g B'0,.) !*!)


sempre que u for uma solução suave de
-A" = / em 60 (0, 1)
"-g em d6(0, 1).

6. Use a fórmula de Poisson para a bola para provar que

n—2 j,j).- -(0)


sempre que u for positivo e harmônico em B0(0, r). Essa é uma forma
explícita da desigualdade de Harnack.
7. Prove o Teorema 15 em §2.2.4. (Dica: como u 1 resolve (44) para g 1,
a teoria implica automaticamente

GB(0,1)

para cada z C B0(0, 1)).


8. Seja u a solução de
An = 0em HQ
u=g em dll
2.5. PROBLEMAS 87

dada pela fórmula de Poisson para o meio espaço. Suponha que g seja
limitado e p(z) = |z| para z C blR , |z| < 1. Mostre que Du não é
limitado perto de z - 0. (Dica: estime u(Ae")—u(0) .)
9. Deixe U+ denotar a meia esfera aberta {z C R" | |z| < 1, zp > 0}. Suponha
que u C ' (°V+) seja harmônico em U+, com u = 0 em bU* H {zq = 0}.
Defina

u(z) se z> 0

para z C U -- &0(0, 1). Prove que v é harmônico em U.


10. Suponha que u seja suave e solvest -u = 0 em IB" x (0, on).
(i) Mostre que up(z, t) := u(Az, A2 t) também resolve a equação de
calor para cada A e IN.
fii) Use (i) para mostrar que c(z, t) := z- Du(:s, t) + 2tut(z, t)
t a m b é m resolve a equação de calor.
11. Suponha que n = 1 e u(z, t) = v (-g-

se e somente se

(-) 4zv"(z) + (2 -I- z)v'( ) = 0 (z > 0).

(b) Mostre que a solução geral de (+) é

c(z) = c e*"4 s*1 2ds + d.


0

(c) Diferencie c( em relação a z e selecione a constante c


adequadamente, de modo a obter a solução fundamental & para
n = 1.
12. Escreva uma fórmula explícita para uma solução de

u -Au-Fcu=/ ink' x (0,oo)


u=g em 'x {t-0}

onde c e IN.
13. Dado g : 0, on) -- IN, com g(0) = 0, determine a fórmula

s ' 1
4 g(s) de
88 2. QUATRO IMPORTANTES DO
EINEAR PDF

para uma solução do problema de valor inicial/limite

ut - ugg = 0em R+ x (0, on)


u- 0em ftp x {t - 0},
u-g em (z = 0} x 0, em).

(Dica: deixe c(z, t) := u(z, t) - g(t) e estenda v para {z < 0} por reflexão
ímpar).
14. Dizemos que c C C!2(Up) é uma subsolução da equação de calor se

(a) Prove, para uma subsolução c, que

1
dyds
(I - s)2

para todo I(z, t; r) Acima.


(b) Prove que, portanto, ma:xUp v -- maxpp c.
(c) Seja Q : R -+ IN suave e convexo. Suponha que u resolva a equação
de calor e c := Q(u). Prove que c é uma subsolução.
(d) Prove que c := Du2 + u2 é uma subsolução, sempre que u
resolver a equação de calor.
15. (a) Mostre que a solução geral da PDE ugy = 0 é

para funções arbitrárias F,G.


(b) Usando a mudança de variáveis ( = z +, = z - t, mostre que
m, - ugg = 0 se e somente se mp = 0.
(c) Use (a) e (b) para derivar a fórmula de d'Alembert.
16. Suponha que E = (L*, E2, E3) e B = (B1 , B2,&3) resolvam as equações
de Maxwell (§1.2.2). Mostre
mt - An = 0
onde u = E' ou &' (2 = 1, 2, 3),
17. (Equipartição de energia). Deixee 2 (INx 0, on)) resolver o
problema do valor inicial para a equação de onda em uma dimensão:

"t - " =0 em IB x (0, on)


u = g, u h em IN x {t = 0}.
2.6. REFERÊNCIA!S 89

Suponha que g e h tenham suporte compacto. O erro cinético é k(I) =


2 (z, I) dz e a potencial energético¡j é p(I) :-
-m 2
Prova
r
(i) k(I) -i- p(t) é constante em t,
(ii) k(I) = p(t) para todos os tempos t suficientemente grandes.
18. Deixe u resolver
't - u= 0em R3 x (0, on)
u - g, ut = h em R3 x (t = 0},
onde g, h são suaves e têm suporte compacto. Mostre que existe uma
constante U tal que

I-(-.')l s */t (* c g3, ' > o)

2.6. REFERÊNCIAS
Seção 2.2 Uma boa fonte para saber mais sobre as equações de Laplace e
Poisson é Gilbarg-Trudinger [G-T, Capítulos 2-4J. A prova da
analiticidade é de Mikhailov M]. J. Cooper me ajudou com as
funções de Green.
Seção 2.3 Consulte John [I, Capítulo 7] ou Friedman FR2J para obter mais
informações sobre a equação de calor. O Teorema 3 é devido a
N. Watson W], assim como a prova do Teorema 4. O Teorema 6
foi extraído de John [IQ, e o Teorema 8 segue Mikhailov [M}. O
Teorema 11 foi extraído de Payne PA, §2.3].
Seção 2.4 Consulte Antman [A] para obter uma derivação cuidadosa da
equação de onda unidimensional como um modelo para uma
corda vibratória. A solução da equação de onda apresentada
aqui segue Folland F1], Strauss ST].
Seção 2.5 J . Goldstein sugeriu o Problema 17.
Capítulo 3

NÃOLINEAR
PDE DE PRIMEIRA
ORDEM

3.1 Integrais completas, envelopes


3.2 Características
3.3 Introdução às equações de Hamilton-Jacobi
3.4 Introdução às leis de conservação
3.5 Problemas
3.6 Referências

Neste capítulo, investigamos equações diferenciais parciais de primeira


ordem não lineares gerais da forma
F(Du, u, :s) = 0,
onde z C U e U é um subconjunto aberto de IN'. Aqui
N : R" x R x U -- IN
é dado, e u : U - IN é a incógnita, u = u(z).
Notação. Vamos escrever

para p C JB', s C IN, z e U. Assim, "p" é o nome da variável pela qual


substituímos o gradiente Dti(:s), e "z" é a variável pela qual substituímos
u(z). Daqui em diante, também assumiremos que F é suave e definiremos
Dp F -- (Fp , ... , Fpq) D
F -- F

91
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92 3. PDE DE PRIMEIRA ORDEM NÃO


LINEAR

Estamos preocupados em descobrir soluções u do PDE F(Du, u, z) = 0 em


U, geralmente sujeitas à condição de contorno
u=p em F,
onde F é um subconjunto dado de fiU e p : F -' R é prescrito.
As equações diferenciais parciais não lineares de primeira ordem surgem
em várias teorias físicas, principalmente na dinâmica (para gerar
transformações canônicas), na mecânica do contínuo (para registrar a
conservação da massa, do momento, da energia etc.) e na óptica (para
descrever as frentes de onda). Embora a forte não linearidade geralmente
impeça a obtenção de fórmulas simples para as soluções, podemos,
notavelmente, empregar o cálculo para obter informações bastante
detalhadas sobre as soluções. Essas técnicas, discutidas nos parágrafos 3.1 e
3.2, geralmente são apenas locais. Nos parágrafos 3.3 e 3.4, para os casos
importantes das equações de Hamilton-Jacobi e das leis de conservação,
derivaremos certas fórmulas de representação global para soluções fracas
adequadamente definidas.

3.1. INTEGRAIS COMPLETAS, ENVELOPES


3.1.1. Integrais completas.
Começamos nossa análise do PDE não linear de primeira ordem
(1) 6(D", ", z) - 0
descrevendo algumas classes simples de soluções e, em seguida, aprendendo a
criar soluções mais complicadas a partir delas.
Suponha primeiro que A C R" seja um conjunto aberto. Suponha que, para
cada parâmetro o = (o , ... , oq) C A, tenhamos uma solução C2 u = u(z; o) do
PDE (1).
Notação. Escrevemos

(2) (D,u,D u):= , . =.

DEFINIÇÃO. Um C2 /unctton u = u(z; o) é chamado de integral completa


em
U x A desde que
(i) "(z: a) resolve a PDF (1) para cada a G A
e
3.1. INTEGRAIS COMPLETAS, ENVELOPES 93

(ii) rank(Dan, D2qu) = rt (z e U, o C A).


94 3. PDE DE PRIMEIRA ORDEM NÃO
LINEAR

Observação. A condição (ii) garante que u(z; o) "depende de todos os rt


parâmetros independentes < , o q " . Para ver isso, suponha que B C R'**
seja aberto e, para cada b C B, suponha que r = r(z; b) (z e U) seja uma
solução de (1). Suponha também que exista um mapeamento Al: A -+ B, fi --
(/1 , ... , 9"* ), de modo que

Ou seja, estamos supondo que a função u(z; o) "realmente depende apenas dos
parâmetros rt - 1 bi . , bq " . Mas então

Consequentemente
n- 1
- 0,

já que, para cada escolha de Hi . , Lq e {1, ... , rt ,pelo menos duas colunas na
matriz correspondente são iguais. Como

Um argumento semelhante mostra que o determinante de cada submatriz rt x n de


(Dan, D2qu) é igual a zero e, portanto, essa matriz tem uma classificação
estritamente menor que

Exemplo 1. A equação de C!lairaut da geometria diferencial é o PDE

onde / : R' -' R é dado. Uma integral completa é

Exemplo 2. A equação eikonal' da óptica geométrica é o PDE


(6) |D"| - 1.
Uma integral completa é
(7) u(z; a, b) -- o z + b (z e U)
para :r e U, o e GB(0, 1), b e .

* cixñ" = imagem (grego)


94 3. PDE DE PRIMEIRA ORDEM NÃO
LINEAR

Exemplo 3. A equação de Hamilton-Jacobi da mecânica é, em sua forma


mais simples, a equação diferencial parcial

(8) "t + J?(D")- 0,


onde H : IN" -+ IN. Aqui u depende de z = (+i, ) e R" e t e R.
Como antes, definimos I = +i e escrevemos Du -- Dzu -- (ug, , ... , ugq). Uma
integral completa é

(9) u(-, t; a, °) - a-- la1 + b (-e *', t °- 0)

onde o C R', b C IN.

3.1.2. Novas soluções a partir de envelopes.

A seguir, demonstraremos como criar soluções mais complicadas de nossa


EDP não linear de primeira ordem (1), soluções que dependem de uma junção
arbitrária de rt - 1 variáveis, e não apenas de rt parâmetros. C o n s t r u i r e m o s
essas novas soluções como envelopes de integrais completas ou, de modo mais
geral, de outras famílias de soluções com rn parâmetros.

DEFINIÇÃO. Defina u -- u(z, a) como uma função U1 de z G U, a E A, em que U


" e A G IB." são conjuntos abertos. Considere a equação do setor

(10)

Suponha que possamos resolver (10) para o parâmetro a como uma função U1 de z,

(11)

(12) O"(z, g(z)) - 0 (z e U).

Em seguida, chamamos

(13)

o envelope das funções (u( : -) IaC A-

Ao formar envelopes, podemos criar novas soluções para nossa equação


diferencial parcial não linear de primeira ordem:
3.1. INTEGRAIS COMPLETAS, ENVELOPES 95

TEORIA\ 1 (Construção de novas soluções). Suponha /ou eac/I a E A


como acima que u -- u(-, a) resolve a equação diferencial parcial (1). Suponha
ainda que o envelope r, de/ned 6y (12) e (13) Obo e, exista e seja uma função
C'. então r t a m b é m resolve (\).

O envelope r definido acima é às vezes chamado de inteprof singular de


(I).

Prova. Temos r(z) = u(z; Q(z)); e assim, para i = 1, ... , n

-- u ; (z; Q(z)), de acordo com (12).

Portanto, para cada z € U,

F D (z), (z) z) - F (D ( , $(z)) "(z; $(z)) ) 0.

Observação. A ideia geométrica é que, para cada z e U, o gráfico de r é tangente


ao gráfico de u(- ; o) para o = '¡b(z). Assim, DvDzu (- ; a) em z, para

Exemplo 4. Considere a EDP

(14) u2 (1 -1- | Du|2) = 1.

Uma integral
completa é

Calculamos
Dan -- 1/2= 0
(1-|i_g2)
desde que o = ';6(z) = z. Assim, r-i-1 são integrais singulares de (14). O

Para gerar ainda mais soluções do PDE (1) a partir de uma integral completa,
variamos a construção acima. Escolha qualquer conjunto aberto A' C R *1 e
qualquer função Al h : A' -+ IN, de modo que o gráfico de fi esteja dentro de A.
Vamos escrever

a == (of, ... , o") (a', am) for a' (o1, ... , am- ) E R"-1.
96 3. PDE DE PRIMEIRA ORDEM NÃO
LINEAR

DEFINIÇÃO. A integral geral (dependendo de h) é o envelope r'


v'(z) das funções
"'(z,') "(z;a',(a')) (ze U, a' e A'),
desde que esse envelope exista e seja W1 .
Em outras palavras, ao calcular o envelope, agora estamos nos
restringindo apenas aos parâmetros o da forma o = (o', h(a')), para alguma
escolha explícita da função h.
Observações. (i) Assim, a partir de uma integral completa, que depende de rt
constantes arbitrárias ct, ... , oq, construímos (sempre que a construção anterior
funcionar) uma solução que depende de uma função arbitrária h de rt - 1
variáveis.
(ii) É tentador acreditar que, se conseguirmos encontrar uma solução de
(1) que dependa de uma função arbitrária, teremos encontrado todas as
soluções de (1). No entanto, isso não precisa ser assim. Suponhamos que
nossa EDP tenha a estrutura

Se uj(z, o) for uma integral completa da PDE Hi(Du, u, z) = 0 e


conseguirmos encontrar uma integral geral correspondente a qualquer função
h, ainda assim não teremos encontrado todas as soluções da PDEF2(Du, u, z)
= 0.

Exemplo S. Uma forma alternativa para uma integral completa da equação


eikonal |Du| - 1 para rt = 2 é
(15) (+; ") = +i cos "i + +2 sin "i + "2 (+. 2)
Definimos h 0 , de modo que
u'(z; ct) = zt cos ct + +2 sin -i
representa a subfamília de soluções planas de Du 1, cujos gráficos
passam pelo ponto (0, 0, 0) e R . Em seguida, calculamos o envelope
escrevendo
Dq u' = -zt sin o + +2 cos ct = 0.
Assim, o = arctan e, consequentemente
"'(+) = +i cos(arctan ) + +2 sin(arctan '2) ( 2)
z z
resolve Du -- 1 para z 0.

Exemplo 6. Seja R(p) -- |p|2 , h 0 no Exemplo 3 acima. Então

Calculamos o envelope definindo Dan' = z - 2para = 0. Portanto, o = 2 ,


e assim
(z e IB.', t > 0)
2t 4t
3.2. cnARAcTEnIsTAs 97

resolve a equação de Hamilton-Jacobi ut + |Du|2 = 0.


98 3. PDE DE PRIMEIRA ORDEM NÃO
LINEAR

3.2. CARACTERÍSTICAS

3.2.1. Derivação da EDO característica.

Retornamos ao nosso PDE básico não linear de primeira ordem

(1) F(Du, u, z) = 0 em U,

sujeito agora à condição de contorno

(2) u=p em F,

em que F C dU e q : r R são dados. Daqui em diante, suporemos que F e p


são funções suaves.
Em seguida, desenvolvemos o método das características, que resolve
(1), (2) convertendo o PDE em um sistema apropriado de ODE. Este é o
plano. Suponhamos que u resolva (1), (2) e fixemos qualquer ponto z e U.
Gostaríamos de calcular u(z) encontrando alguma curva dentro de U,
conectando z com um ponto z0 C F e ao longo da qual possamos calcular u.
Como (2) diz que u = p em r, sabemos o valor de u em uma extremidade z0 .
Esperamos, então, poder calcular u ao longo de toda a curva e, portanto, em
particular em z.
Encontrar a EDO característica. Como podemos escolher a curva para que
tudo isso funcione? Vamos supor que ela seja descrita parametricamente pela
função x(s) = (:rl (s), ... ,:r'(s)), sendo que o parâmetro s está em algum
subintervalo de R. Supondo que u seja uma solução C2 de (1), definimos
também

(3) z(s) :-- u(x(s)).

Além disso,
defina

(4) p(s) :-- Du(x.(s));

ou seja, p(s) -- (p1 (s), ... , p"(s)), em que

(s) '( )= -"( ( )) (' ,...,°).


Portanto, z(-) fornece os valores de u ao longo da curva e p(-) registra os
valores do gradiente Du. Devemos escolher a função x(-) de modo que
p o s s a m o s calcular z(-) e p(-).
Para isso, primeiro diferencie (5):

(6) p'(s) -- "m,m (x(s)) (s)


3.2. cnARAcTEnIsTAs 97

j=l
10 3. PDE DE PRIMEIRA ORDEM NÃO
0 LINEAR

Essa expressão não é muito promissora, pois envolve as segundas derivadas


de u. Por outro lado, também podemos diferenciar o PDE (1) com relação a
zi:
dF dF
(7)

Podemos usar essa identidade para nos livrarmos dos termos "perigosos" da
segunda derivada em (6), desde que primeiro definamos
dF
(8) (p(s), z(-),-(s)) (i -- 1, ... , -).

Supondo que agora (8) seja válido, avaliamos (7) em z = x(s), obtendo assim a
identidade a partir de (3) e (4):

Z (p(s), z(s), x(s))u , (x(s))

+ (p(s), z(s), x(s))p'"(s) + (p(s), z(s), x(s)) -- 0.

Substitua essa expressão e (8) em (6):

p'(s) -- - - (p(s), z(s), x(s))


(9)
- (p(s), z(s), x(s))p'(s) (i - 1, ... , n).
Por fim, diferenciamos (3):
OF
(10) ñ(s) --Z ) (x(s)) (s) --Z@(s) (p(s), z(s), x(s)),
j= 1 j= 1

a segunda igualdade é mantida por (5) e (8).

Resumimos reescrevendo as equações (8)-(10) em notação vetorial:


(a) p(s) -- -DCF(p(s), z(s), x(s)) - DCF(p(s), z(s), x(s))p(s)
(11) (b) ñ(s) -- DpF(p(s), z(s), x(s)-) p(s)
(c) x(s) -- D E(p(s), z(s), x(s)).

Esse importante sistema de 2n + 1. EDO de primeira ordem compreende as


equações características da EDO não linear de primeira ordem (1). As funções
p(-) = (p1 (-), ... , p (-)), z(-), x(-) = (z1 (-), ... , z"(-)) são chamadas de
cfiorocliarísticas. Às vezes, nos referiremos a x(-) como a característica
projetada: é a projeção das características completas (p( ), z(-), x(-)) C R2 +l
sobre a região física U C R".
99

Nós c o m p r o v a m o s :
TEORIA\ 1 (Estrutura da EDO característica). Ref " E C2 (U)
r e s o l v e a equação diferencial parcial não linear de primeira ordem (1)
em U. Um sst/me x(-) resolve a EDO (11)(c), em que p(-) - Du(x( )), z(-)
" (x(-)). então p(') resolve a EDO (11)(a) e z(-) resolve a EDO (11)(b),
para aqueles s tais que I/ta/ x(s) e U.

Ainda precisamos descobrir as condições iniciais adequadas para o


sistema da EDO (11), para que esse teorema seja útil. Conseguimos isso em
§3.2.3 abaixo.
Observação. As EDOs características são realmente notáveis, pois formam
um sistema fechado de equações para x(-), z(-) = u(x(-)) e p( ) = Du{x )),
sempre que u for uma solução suave da EDE não linear geral (1). A principal
etapa da derivação é a definição de x = DpF, de modo que, conforme
explicado acima, os termos que envolvem as segundas derivadas sejam
eliminados. Dessa forma, obtemos um fechamento e, em particular, não
somos obrigados a introduzir a EDO para as derivadas s e c u n d á r i a s e
superiores de u.

3.2.2. Exemplos.
Antes de continuarmos nossa investigação das equações características
(11), paramos para considerar alguns casos especiais para os quais a estrutura
dessas equações é especialmente simples. Ilustramos também como, às
vezes, podemos realmente resolver a EDO característica e, assim, calcular
explicitamente as soluções de determinadas EDPs de primeira ordem,
sujeitas às condições de contorno apropriadas.

a. F linear.
Considere primeiro a situação em que nossa EDP (1) é linear e
homogênea e, portanto, tem a forma

(12) F(Du, u, z) - b (z-) Du(z) -I- c(z)"(z) - 0 (z e U).

'I'hen E(p, z, z) == b(z) - p + c(z)z, e assim

(13) DCF b(z).

Nessa circunstância, a equação (11)(c) se torna

(14) x(s) b(x(s)),

uma EDO envolvendo apenas a função x(-). Além disso, a equação (11)(b) se
torna

(15) ñ(s) -- b(x.(s))- p(s).


100 3. PDE não linear de primeira ordem

Como p( ) = Du(x(-)), a equação (12) simplifica (15), resultando em

(16)

Essa EDO é linear em z( ), uma vez que conhecemos a função x(-) ao


resolver (14). Em resumo,

(a) x(s) -- b(x(s))


(17)
(b) "z(s) == -c(x(s))z(s) .

compreendem as equações características para o PDE linear de primeira


ordem (12). (Veremos mais adiante que a equação para p(-) não é
necessária).

Exemplo 1. Demonstramos a utilidade das equações (17) resolvendo


explicitamente o problema

z;ug2 - z2ug, - u em U
(18) u- pon F,

onde U é o quadrante (+i > 0, +2 > 0} e F = ( i > 0, 2' 0} C dU. O PDE em (18)
tem a forma (12), para b = (- 2 ) e c = -1. Assim, as equações (17) são

(19)

Dessa forma, temos

onde z0 > 0, 0 < s < . Fixe um ponto (z; , z2) e U. Selecionamos s > 0,
Z1 z2 z0 z0
z0 > 0 de modo que ( 1,
+2) ' ( (5), (s)) = ( cos s, sin s). Ou seja, z0
212 , s -- arctan ( ) . Assim
'2)

( 1(s), 2(s)) == z(s) -- ( 0) e*


( 1, 2) =
3.2. cnARAtRniStAS 101

b. F quasilinear.

A equação diferencial parcial (1) é quasilinear se tiver a forma

(20) F(Du, u, z) - b(z, "(z)) Du(z) + c(z, "(z)) - 0.

Nessa circunstância, F(p, z, z) = b(z, z-) p + c(z, z); portanto

DCF -- b(z, ').

Portanto, a equação (11)(c) é a seguinte

x.(s) -- b(x.(s), z(s)),

e (11)(b) passa a ser

ñ(s) -- b(x(s), z(s)) - p(s)


- c(x.(s), z(s)), por (20).

Consequente
mente
(a) x.(s) -- b(x.(s), z(s))
(21) (b) ñ(s) -- - c(x.(s), z(s))

são as equações características do PDE quasilinear de primeira ordem (20).


(Mais uma vez, a equação para p(-) não é necessária).

Exemplo 2. As EDOs características (21) são, em geral, difíceis de resolver e,


por isso, trabalhamos neste exemplo com o caso mais simples de um problema
de valor-limite para uma EDO semilinear:
u2
ug2 = em U
(22) u=p em F.

Agora U é o semi-espaço { 2 > 0} e F = (+2 = 0} dU. Aqui b = (1, 1) e c = -z2 .


Então, (21) se torna

Consequente
1
mente )'
¿0
'z(
onde z0 C R, s > 0, desde que o denominador não seja zero.
102 3. PDE DE PRIMEIRA ORDEM NÃO
LINEAR

FiX um ponto (+i, +2) E U. Selecionamos s > 0 e z0 E R de modo que (z +2) '
(z'(s), z2(s)) - ( z0 + s, s); ou seja, z0 i - +2, s -- +2 Então

• ( 1 +2) = (z'(s), 2(s)) - z(s) -


s( )
1 - sq( 0)

_ §( 1 - *2)
1 - 29( 1 - 2 )"
É claro que essa solução só faz sentido se 1 - +2Q(ml -2) / 0.

c. F totalmente não linear.


No caso geral, as equações características completas (11) devem ser
i n t e g r a d a s , se possível.
Exemplo 3. Considere o problema totalmente não linear
ug, ug2 - u em U
(23) 2 em F,
onde U --x > 0}, F = (+i = 0} = dU. Aqui F(p, z, +) = PlP2 - z, e
Portanto, a EDO característica (11) se torna
pl p1 p2 p2

Integramos essas equações para encontrar


z1
(s) -- p/(e* - 1), z2(s) -- z0 + pt(e* - 1)
z(s) = 0 -*- z' 1z00 '2(e2s - 1)
p'(s) -- pte* p2(s) -- 0 e 2
2
em que z0 C R, s C IN e z0 = (z0) .
Devemos determinar = 0 p0 0 Como u = ' 2 em P, p0 - " ,(0, z0) =
(P1'P2) 20 0 ( 0)2
0
2z . Além disso, a PDE ug, ug2 = u implica P1P2 e
SO 01 z0
2 . Consequentemente, as fórmulas acima se tornam
z1(s) -- 2z0(e* - 1), z2(s) 2 (e* + 1)
z(s) -- ( 0)2e2s
p2 2z0e*.
2 e*, (s) =
:r0

Fixe um ponto (+i2) e U. Selecione s e z0 de modo que (zl , 2 ) = (url (s),:r2(s))


= (2z0 (e' - 1), (e' + 1)). Essa igualdade implica z0 =
e, portanto
( (s), 2(s)) - z(s) - - ( 0)2e2s
( 1' 2) =
i+4*2)2
16
103

3.2.3. Condições de contorno.


Voltamos agora ao desenvolvimento da teoria geral.
a. Endireitando o limite.
Na seção seguinte, pretendemos invocar a EDO característica
(11) de fato para resolver o problema de valor de contorno (1), (2), pelo
menos em uma pequena região próxima a uma porção apropriada F de
dU. Para simplificar os cálculos relevantes, é conveniente primeiro mudar
as variáveis, de modo a "achatar" parte do limite dU. Para isso, primeiro
fixamos qualquer ponto z0 e dU. Em seguida, utilizando a notação de
§C.1, encontramos mapeamentos suaves &, T : R" -' R", de modo que T =
&*1 e & endireita dU perto de z0 . (Veja a ilustração em §C.1.)
Dada qualquer função u : U -+ IN, vamos escrever U := &(U) e
definir (24)
Então
(25) "(z) - v(1(z)) (z E U).
Agora, suponha que u seja uma solução Al do nosso problema de valor-limite
(1), (2) em U. Que PDE então r satisfaz em Y?
De acordo com (25), vemos

"" (") = \j '" (o("))<j,(") (i - i, ... , n);


k--1
isto é,
D (z) - D (g)D&(z).
Assim, (1)
implica 0 - F(D (z), (z),z)
(26) -- F(D (y)D-I-(W(y)), r(y), W(y)).

Essa é uma expressão com o formato


G(Do(y), n(y), y) = 0em Y.
Além disso, r = h em A, onde A :- (r) e h(y) := p(T(p)).
Em resumo, nosso problema (1), (2) se transforma em
G(Dn, n, y) = 0 em U
(27)
r = h em A,
para G, h como acima. A questão é que, se mudarmos as variáveis para
endireitar o limite próximo a z0 , o problema do valor limite (1), (2) se
converte em um problema com a mesma forma.
104 3. PDE DE PRIMEIRA ORDEM NÃO
LINEAR

b. Condições de compatibilidade nos dados de limite.

Em vista dos cálculos anteriores, se nos for dado um ponto z0 C F,


podemos também presumir desde o início que F é plano perto de z0 , situado
no plano
{zq - 0}.
Pretendemos agora utilizar a EDO característica para construir uma
solução (1), (2), pelo menos perto de z0, e para isso precisamos descobrir as
condições iniciais adequadas
z0 z0
(28) p(0) - p0, z(0) - , x(0) - .

Agora, claramente, se a curva x(-) passa por z0 , devemos insistir que

(29)

O que devemos exigir com relação a p(0) = p0 ? Como (2) implica u(zi
... z i , 0) = p(zi -i) próximo a z0 , podemos diferenciar para
encontrar

Como também queremos que o PDE (1) seja válido, devemos insistir que p0 -
(p0, ... , p0) satisfaça essas relações:

,0 s-, (*0) (t 1 "- 1)


(30) (p0' 0 0 ) = 0.

Essas identidades fornecem equações rt para as n quantidades p0 = (p , ... ,


p0 ). Chamamos (29) e (30) de condições compoti6tfitp. Uma tripla (p0 , z0
, z0 ) e
R2 '*1 verificando (29), (30) é admissível. Observe que z0 é determinado
exclusivamente pela condição de contorno e pela nossa escolha do ponto z0 ,
mas um vetor p0 que satisfaça (30) pode não existir ou pode não ser
exclusivo.

c. Dados de limite não característicos.

Portanto, suponha agora, como acima, que z0 o P, que F próximo a z0


esteja no plano
{:rq -- 0}, e que a tripla (p0 , z0 , z0 ) é admissível. Estamos planejando
construir uma solução u de (1), (2) em U próximo a z0 integrando a ODE
característico (11). Até o momento, verificamos que x(0) = z0 , z(0) = z0,
p(0) = p0 são condições de contorno apropriadas para a EDO
característica, com x( ) cruzando F em z0. Mas, de fato, precisaremos
resolver essas EDOs também para pontos iniciais próximos e,
consequentemente, devemos agora perguntar se podemos, de alguma
forma, perturbar adequadamente (p0 , z0 , z0 ), mantendo as condições de
compatibilidade.
3.2.106
cnAinic+ziuSTICS 3. PDE DE PRIMEIRA ORDEM105
NÃO
LINEAR

Em outras palavras, dado um ponto y =(vi v -i, 0) C F, com p próximo a


z0 , pretendemos resolver a EDO característica
(a) p(s) -- -DOE'(p(s), z(s), x.(s)) - DCF(p(s), z(s), x.(s))p(s)
(31) (b) ñ(s) -- Z?pE(p(s), z(s), x(s)) p (s)
(c) x(s) -- DCF(p(s), z(s), x(s)),

com as condições iniciais


(32) p(0) - q(/), z(0) - g(y), x(0) - y.

Nossa tarefa, então, é encontrar uma função q(-) = (q*(-), ... , q"( )), de modo
que
(33) q(z0 ) = p0
e (q(p), p(p), y) é admissível; ou seja, as condições de compatibilidade

(34)

são válidas para todos os p o F próximos a z0 .


LEIvtMA 1 (Condições de limite não características). Z'/term e:i:fists a untque
solução q(-) de (33), (34) /ou todos os y G E suficientemente próximos de z0 ,
desde que
(35) 6 (p0, z0, z0) 0.
Dizemos que a tripla admissível (p0, z0, z0 ) não é característica se (35) for
válida.
A partir de agora, assumiremos essa condição.

Prova. Para simplificar a notação, vamos agora escrever temporariamente p =(ri


)e
R'. Aplicamos o Teorema da função implícita (§C.6) ao mapeamento

onde

Agora G(p0, z0) = 0, de acordo com (29), (30). Além disso


1 0 0

e,
portanto det Z pG(p0, z0) - Fp (p0 0 0) 0,
em vista da condição não característica (35). A teoria implícita de funções
garante, portanto, que podemos resolver exclusivamente a identidade G(p, p)
= 0 para p = q(p), desde que y esteja suficientemente próximo de z0 . O
106 3. PDE DE PRIMEIRA ORDEM NÃO
LINEAR

Observação. Se F não for plana perto de z0 , a condição para que F seja não
característica é

(36) D F(p0, z ,00 )'(*o) 0,


v(z0 ) denotando a unidade normal externa a dU em z0 .

3.2.4. Solução local.


Lembre-se de que nosso objetivo é usar a EDO característica para
construir uma solução u de (1), (2), pelo menos perto de F. Assim, como
antes, selecionamos um ponto z0 e r e, como mostrado em §3.2.3, podemos
também supor que perto de z0 a superfície F é plana, situada no plano {zq =
0}. Suponha ainda que (p0 , z0 , z0 ) seja uma tripla admissível de dados de
limite, que não é característica. De acordo com o Lema 1, há uma função q(-)
de modo que p0 - q(z0 ) e a tripla (q(p), 9(p), y) é admissível, para todo p
suficientemente próximo de z0 .
Dado um desses pontos p = (si pq-t, 0), resolvemos a EDO característica
(31), sujeita às condições iniciais (32).

Notação. Vamos escrever

para mostrar a dependência da solução de (31), (32) em relação a s e p.

LEMMA 2 (Invertibilidade local). Suponha que tenhamos a condição não


característica App (p0, z0, z )0 / 0. Então, existe uma vizinhança W de z0
em F C R "* , e uma vizinhança V de :r0 em R", de modo que, para cada :r C
l

V, existe um único s 2 I, y 2 W de modo que


z = x(p, s).

Prova. Temos x(z0 , 0) = z0 . Consequentemente, o Teorema da Função


Inversa (§C.5) fornece o resultado, desde que det Dx(z0 , 0) / 0. Agora

x(p, 0) = (y, 0) (p e F),

e, portanto, se i = 1, ... , n - 1,

(z0 , 0) -
107

Além disso, a equação (31)(c) implica

Portanto

Dx(z0 , 0) =

de modo que det Dx(z0 , 0) 0 decorre da condição não característica (35).

De acordo com o Lema 2, para cada z C Y, podemos resolver localmente e de


forma única a equação

(37)
para p = y(z), s -- s(:r).

Por fim, vamos


definir
-(-):' -(y(-) (-))
(38)

para z a U e s, y n:s em (37).

Por fim, chegamos à nossa principal afirmação, ou seja, que podemos unir
localmente as soluções da EDO característica em uma solução da EDP.

TEOREMA 2 (Teorema de Existência Local). A junção u definida acima


é 02 e resolve o PDE

com a condição de contorno

Prova. 1. Em primeiro lugar, fixe p C F próximo a z0 e, como acima, resolva o


problema da carac-
ODE terística (31), (32) para p(s) -- p(p, s), z(s) -- z(p, s) e x(s) -- x(p, s).
2. Afirmamos que se p C F for suficientemente próximo de z0 , então

(39) f(jj, s) :== F(p(jj, s), z(§, s), x(jj, s)) - 0 (s E JB).
108 3. PDE não linear de primeira ordem

Para ver isso, observe

/(y, 0) - E(p(y, 0), z(y, 0), x(y, 0))


(40)
- F(q(y), g(y), y) - 0,

pela condição de compatibilidade (34). Além disso

ay (y, s) dF . dF dF
j= 1
-
ds

dF dF

, de acordo com (31)

= 0.

Esse cálculo e (40) comprovam (39).


3. Tendo em vista o Lema 2 e (37)-(39), temos

*(pz),W°)*)=0 i*#)
Para concluir, devemos, portanto, mostrar

(41) p(z) = Du(z) (z e V).

4. Para provar (41), vamos primeiro demonstrar para s C I, g C W que

(42)

(43)

Essas fórmulas são obviamente consistentes com a igualdade (41) e nos


ajudarão a prová-la mais tarde. A identidade (42) resulta imediatamente da
EDO característica (31)(b),(c). Para estabelecer (43), fixe y C F, i e {1, ... , n
- 1}, e defina

âz " âz''
(44) r'(S) : §, s) - @(y, s) (y, s).
b"-(
3.2. MHARAGTERJ!STIG!S 109

Primeiro, observamos que r'(0) = pg, (p) - q'(p) = 0 de acordo com a condição de
compatibilidade (34). Além disso, podemos calcular

(45)
2
-z j=l
bs fip; +x
Para simplificar essa expressão, vamos primeiro diferenciar a identidade (42)
em relação a pi:
2y
(46)

Substituindo (46) em (45), descobrimos

j -1
dy de bs dy;
(47)

j-1
dv, ser 'g por (31)(a).

Agora, diferencie (39) com relação a yi:


dF dz
= 0.
+ bz dy,+ j=l
Empregamos essa identidade em (47), obtendo assim

dF
(48)

Portanto, r'(-) resolve a EDO linear (48), com a condição inicial r'(0) = 0.
Consequentemente, r'(s) = 0 (s C , t = 1, ... , n - 1); e assim a identidade (43) é
verificada.
5. Por fim, empregamos (42) e (43) para provar (41). De fato, se j 1 , ... , rt,
n-1
a"
por(38
t=l )
i):ck ds
n -1 n por (42), (43)
k
k--l
l)::ck ds +Z Z
i-1 1--1
n -1

-Z
k--l
k
+Z i=1
k ^
k k
-Z -Z ''k --"
k= 1 k--\
110 3. PDE não linear de primeira ordem

Por fim, essa afirmação estabelece (41) e, assim, conclui a prova.

3.2.5. Aplicativos.

Passamos agora a vários casos especiais, para ver como a teoria da existência
local se simplifica nessas circunstâncias.
a. F linear.

Lembre-se de que um PDE linear, homogêneo e de primeira ordem tem a forma

(49) F(Du, u, z) - b(z)- Du(z) - c(z)u(z) - 0 (z e U).

Nossa suposição não característica (36) em um ponto. z0 C F como acima se torna

(50) b(z0 ) v(z )0 0,

e, portanto, não envolve z0 ou p0 de forma a l g u m a . Além disso, se


especificarmos a condição de limite

u= pon F,

podemos resolver exclusivamente a equação (34) para q(p) se p C F estiver


próximo de z0 . Assim, podemos aplicar o Teorema de Existência Local 2
para construir uma solução única de (49), (51) em alguma vizinhança Y que
contenha z0 . Observe cuidadosamente que, embora tenhamos utilizado as
equações características completas (31) na prova do Teorema 2, uma vez que
sabemos que a solução existe, podemos usar as equações reduzidas (17) (que
não envolvem p(-)) para calcular a solução. Observe também que as
características projetadas x(-) que emanam de pontos distintos em F não
podem se cruzar, devido à singularidade das soluções do problema do valor
inicial para a EDO (17)(a).

Exemplo 4. Suponha que as trajetórias da EDO i

(52) x(s) -- b(x(s))

são os mesmos desenhados para o Caso 1.


Portanto, estamos assumindo que o campo vetorial b desaparece dentro de U
somente em um ponto, que consideraremos ser a origem 0, e b- v < 0 em F :=
dU. Podemos resolver o problema do valor limite linear
b- Du -- 0 em U '
( 3)
u= pon F ?
Invocando o Teorema 2, vemos que existe uma solução única u definida
perto de F e, de fato, que u(x(s)) u (x(0)) = p(z0 ) para cada solução da
3.2. cnARACTznis+ics 111

Caso 1: fluxo para um ponto de atração

Caso 2: fluxo em um domínio

ODE (52), com a condição inicial x(0) = z0 C F. Entretanto, essa solução não
pode ser suavemente continuada para todo o U (a menos que p seja
constante): qualquer solução suave de (53) é constante nas trajetórias de (52)
e, portanto, assume valores diferentes perto de z = 0.
Por outro lado, suponha agora que as trajetórias da EDO (52) se pareçam
com a ilustração do Caso 2. Consequentemente, agora estamos supondo que
cada trajetória da EDO (exceto aquelas que passam pelos pontos
característicos A, B) entra em U exatamente uma vez, em algum lugar do
conjunto

e sai de U exatamente uma vez. Nessa circunstância, podemos encontrar uma


solução suave de (53) definindo u c o m o constante ao longo de cada linha
de fluxo.
112 3. PDE DE PRIMEIRA ORDEM NÃO
LINEAR

Caso 3: fluxo com pontos característicos

Por fim, suponha que o fluxo se pareça com o Caso 3. Agora podemos
definir u como constante ao longo das trajetórias, mas então u será
descontínuo (a menos que g(B) = g(D)).
Observe que o ponto D é característico e que a teoria da existência local
falha perto de D.

b. F quasilinear.
Se F for quasilinear, o PDE (1) se tornará
(54) F(Du, u, :s) = b(z, u-) Du + c(z, u) = 0.
A suposição não característica (36) em um ponto z0 C F diz b(z0 , z0 -) v(z0 ) /
0, onde z0 = s(z0 ). Como no exemplo anterior, se especificarmos a condição
de limite
(55) u-g em E,
podemos resolver exclusivamente as equações (34) para q(p) se p e F perto
de z0 . Assim, o Teorema 2 produz a existência de uma solução exclusiva de
(54), (55) em alguma vizinhança Y de z0 . Podemos calcular essa solução em
Y usando as equações características reduzidas (21), que não envolvem
explicitamente p( ).
Em contraste com o caso linear, no entanto, é possível que as
características projetadas que emanam de pontos distintos em E possam se
cruzar fora de V. Essa ocorrência geralmente indica que nossa solução local
não existe em todo o U.
Exemplo S (Características das leis de conservação). Como exemplo de um
PDE quasilinear de primeira ordem, passamos agora para a lei de conservação
scofor
G(Du, t . +. ) = ut + div F(u)
(56) = ut + F'(u)- Du -- 0
3.2. 113
C!HARACTERÍSTICA!S

em U -- R " x (0, on), sujeito à condição inicial

(57)

Aqui F : R -+ R", F = (Fl , ... , F") e, como de costume, definimos t


+i Além disso, "div" denota a divergência com relação às variáveis espaciais
(+i, zq), e Du = Dan = (ug, , ... , ugq).
Como a direção t =+i desempenha um papel especial, modificamos
adequadamente nossa notação. Escrevendo agora q = (p, p +i) e p = (z, I), temos

e, consequentemente

DDO (E''('), 1), DDO -- 0, DDO -- E'"(z-) p.

Claramente, a condição não característica (35) é satisfeita em cada ponto p0


= (z0 , 0) e F. Além disso, a equação (21)(a) se torna

(58) z'U)=*'(0)) (i= l,...,n)


?" 1(s) 1.

Portanto, z +1 (s) = s, de acordo com o que escrevemos acima zq+t = I. Em


outras palavras, podemos identificar o parâmetro s com o tempo t.
A equação (21)(b) mostra que s(s) = 0.

Consequentemente, (59)

e (58) implica

(60)

Assim, a característica projetada y(s) = (x(s), s) = (F'(s(z0 ))s + z0 , s) (s >


0) é uma linha reta, ao longo da qual u é constante.
Características de cruzamento. Mas suponha agora que apliquemos o
mesmo raciocínio a um ponto inicial diferente z0 C F, onde g(:sO ) / g(zO ). As
características projetadas de Z'/ie possivelmente se cruzam em algum
momento I > 0. Como o Teorema 1 nos diz u g(:sO ) na característica
projetada através de z0 e u g(zO ) na característica projetada através de z0 ,
surge uma aparente contradição. A solução é que o problema inicial de
Gallie (56), (51) em geral não tem uma solução suave, e:listando para todos
os tempos I > 0.

Discutiremos no §3.4 a interessante possibilidade de estender a solução local


(cuja existência é garantida para tempos curtos pelo Teorema 2) para todos os
tempos I > 0, como um tipo de solução "fraca" ou "generalizada".
114 3. PDE DE PRIMEIRA ORDEM NÃO
LINEAR

Observação. Observemos também que podemos eliminar s das equações


(59) e (60) para obter uma fórmula implícita para u. De fato, dados z C R' e t
> 0, vemos que, como s = t,

u(xt)t)=zt)-ext)- ' 0
=éxt)-tF(uxtt)))
Portanto

(61)

Essa fórmula implícita para u como uma função de z e I é um análogo não linear
da equação (3) em §2.1. É fácil verificar que (61) de fato fornece uma solução,
desde que
1 -F tDg(z - IE''(u))- E'"(u) 0.
Em particular, se n = 1, é necessário

1 -I- tg'(z - IF'(u))F"(u) / 0.

Observe que, se F" > 0, mas g' < 0, isso será definitivamente falso em algum
momento t > 0. Essa falha da fórmula implícita (61) reflete também a falha do
método característico.

c. F totalmente não linear.

A forma das equações características completas pode ser bastante


complicada para PDEs de primeira ordem totalmente não lineares, mas às
vezes surge uma estrutura matemática notável.

Exemplo 6 (Características da equação de Hamilton-Jacobi). V e j a m o s agora


o PDE geral de Hamilton-Jacobi

onde Do -- Dzu = (ug, , ... , ugq). Então, escrevendo q = (p. p "+i) v = (+. ').
temos

e assim

DqO -- (Dp/f(p, z), \), DDO -- (D £T(p, z), 0), DDO -- 0.

Assim, a equação (11)(c) se torna


?'(s) - (p(s), x(s)) (i - 1, ... , n)
(63)
3.3. INTRODUÇÃO ÀS EQUAÇÕES DE HAMILTON-JACOBI 115

Em particular, podemos identificar o parâmetro s com o tempo t.


A equação (11)(a) para o caso em questão é a seguinte

p'"*(s) = 0; a
equação (11)(b) é
â(s) - Opt(p(s), x(s))- ps) -F p "1 s)
Oh p(s), x(s))- ps) - H(ps), xs)).

Em resumo, as equações características da equação de Hamilton-Jacobi são:


(a) pQ)=-D,fl(p(s)x(s))
(64) (b) 2Q)=DU(p/)x(s))-p/)-U(p/)x(s))
(c) i()-D ((s),x(s))

A primeira e a terceira dessas igualdades,


x = DpH(p,'c)
(65)
p = - DzH(p, x),
são chamadas de equações de Hamilton. Discutiremos essas EDOs e sua
relação com a equação de Hamilton-Jacobi com muito mais detalhes, logo
abaixo, no §3.3. Observe que a equação para z( ) é trivial, uma vez que x(-) e
p( ) tenham sido encontrados por meio da solução das equações de Hamilton.

Quanto às leis de conservação (Exemplo 5), o problema do valor inicial para


a equação de Hamilton-Jacobi não tem, em geral, uma solução suave u
duradoura para todos os tempos I > 0.

3.3. INTRODUÇÃO ÀS EQUAÇÕES DE


HAMILTON-JACOBI
Nesta seção, estudamos em detalhes o problema do valor inicial da equação de
Hamilton-Jacobi:
ut + H(Du) -- 0em R" x (0, on)
(q u = g em IR" x {I = 0}.

Aqui u : IR" x 0, on) -' IU é a incógnita, u = u(z, I) e Du -- Dzu = (u , , ... ,


ugq). Recebemos o Hamiltoniano H : R" -+ R e a função inicial g : IU' -' R.
116 3. PDE DE PRIMEIRA ORDEM NÃO
LINEAR

Nosso objetivo é encontrar uma fórmula para uma solução fraca ou


generalizada apropriada, existente para todos os tempos t > 0, mesmo depois
que o método das características tenha falhado.

3.3.1. Cálculo de variações, EDO de Hamilton.


Lembre-se de que, no item §3.2.5, duas das equações características
associadas ao PDE de Hamilton-Jacobi

são as EDOs de
Hamilton x = DpH(p, x)
p = -DzH(p, x),
que surgem no cálculo clássico de variações e na mecânica. (Observe a
dependência de z em H aqui.) Nesta seção, relembramos a derivação dessas
EDOs a partir de um princípio variacional. Em seguida, descobriremos no item
§3.3.2 que essa discussão contém uma pista sobre como criar uma solução fraca
para o problema do valor inicial (1).
a. O cálculo de variações.
Suponha que L : R" x R" -+ R seja uma determinada função suave, doravante
chamada de Lagrangiana.
Notação. Escrevemos

Assim, na fórmula (2) abaixo, "q" é o nome da variável pela qual


substituímos w(s), e "z" é a variável pela qual substituímos w(s).

Agora, fixe dois pontos z, p e R" e um tempo I > 0. Introduzimos então a


ação funcional
d
(2) I(w(-)) -- A(w(s), w(s)) ds
0 da
definido para as funções w( ) = (in*( ), c2 ( ), ... , in'(-)) pertencentes ao grupo ad-
classe rnissi6fe

'+ - - (+( ) - *2(I.'I; ^°) I+( ) - v. +(')' °l


3.3. INTRODUÇÃO ÀS EQUAÇÕES DE HAMILTON JACOBI 117

Um problema no cálculo de variações

Assim, uma curva U2 w( ) está em A se ela começa no ponto p no tempo


0 e atinge o ponto z no tempo t. Um problema básico no cálculo de
variações é encontrar uma curva x( ) e A que satisfaça

(3) fax(\ = min I w(-) .

Ou seja, estamos solicitando uma função x( ) que minimize a função


-] entre todos os candidatos admissíveis w(-) C A.
A seguir, assumimos que existe de fato uma função x( ) e A que satisfaz
nosso problema de cálculo de variações e deduziremos algumas de suas
propriedades.
TEOREMA 1 (Equações de Euler-Lagrange). Z'/ie Jnctton x( ) resolve a
equação
sistema de equações de Euler-Lagrange

(4) Q (Dyd(3Cs), x(s))) -I- D L (3C(s), 3C(s)) - 0 (0 < s < I).


S

Essa é uma equação vetorial, que consiste em n equações de segunda ordem


acopladas.
Prova. 1. Escolha uma função suave v : 0, t] -+ R", v= (r1 , ... , r"),
satisfazendo
(5) v(0) - v(I) = 0,

e definir para z e R (6)

Então, w(-) e A e, *() "x()+ v().


portanto

Assim, a função de valor real


118 3. PDE DE PRIMEIRA ORDEM NÃO
LINEAR

tem um mínimo em z = 0 e, consequentemente


, d
(7) i (0) = 0
dz

desde que i'(0) exista.


2. Calculamos explicitamente essa derivada. Observe

i(-)- L(is)+-*s),xs)+-vs))d
0

e assim

Defina z = 0 e lembre-se de
(7):

L"(i,x)L+L (xx)Ld
0-i(0)= i-1
0
Recordamos (5) e, em seguida, integramos por partes no primeiro termo
dentro da integral, para descobrir

d
(L,(/x))+L,(i,x) id
d

Essa identidade é válida para todas as funções suaves v = (r1 , ... , r ) que
satisfazem as condições de contorno (5) e, portanto

- (kg, (x, x)) -I- Am, (x, x) - 0

para 0 < s < t, i = 1, ... , n.

Observação. Acabamos de demonstrar que qualquer minimizador x( ) e A de ]


resolve o sistema de Euler-Lagrange de EDO. É claro que é possível que uma
curva x( ) e A possa resolver as equações de Euler-Lagrange sem
necessariamente ser um minimizador: nesse caso, dizemos que x( ) é um ponto
crítico de I . Portanto, todo minimizador é um ponto crítico, mas um ponto crítico

não precisa ser um minimizador.


3.3. INTRODUÇÃO ÀS EQUAÇÕES DE HAMILTON-JACOBI 119

Exemplo. Se L(q, z) 2 rn|q| - Q(z), onde rn > 0, a equação de Euler-


2

Lagrange correspondente é
rnx(s) = f(x(s))

para f := - D'f. Essa é a lei de Newton para o movimento de uma partícula de


massa rn que se move no campo de força f gerado pelo potencial Q. (Consulte
Feynman-Leighton-Sands F-L-S, Capítulo 19). O

b. ODE de Hamilton.
Agora convertemos as equações de Euler-Lagrange, um sistema de n
E D O s de segunda ordem, nas equações de Hamilton, um sistema de 2n
EDOs de primeira ordem. A partir de agora, assumimos que a função U2 x( )
é um ponto crítico da função de ação e, portanto, resolve as equações de
Euler-Lagrange (4).
Primeiro, definimos
(8) p(s) :== Sql(x(s), x(s)) (0 < s < t);

p(-) é chamado de momento generalizado correspondente à posição x( ) e


vefoci@ x(-). A seguir, a p r e s e n t a m o s essa importante hipótese:
Suponha que, para todos os :s, p C R' , a equação
p -- DqL(q, z)
(9)
pode ser resolvido exclusivamente para q
como uma função suave de p e z, q -- q(p,
z).
Examinaremos essa suposição em mais detalhes posteriormente: consulte
§3.3.2.
DEFINIÇÃO. O hamiltoniano H de Z'/ie associado ao trit/i do lagrangiano L
é

onde a função q(-, ) é definida como irnpfiC3tfp 6§ (9).


Exemplo (continuação). O Hamiltoniano correspondente ao Lagrangiano
fi(q z) = 2 m|q|2 - Q(z) é

O Hamiltoniano é, portanto, a energia total, a soma das energias cinética e


potencial; o Lagrangiano é a diferença entre as energias cinética e potencial.

Em seguida, reescrevemos as equações de Euler-Lagrange em termos de


118 3. PDE DE PRIMEIRA ORDEM NÃO
LINEAR
p(-), x(-):
3.3. INTRODUÇÃO ÀS EQUAÇÕES DE HAMILTON-JACOBI 121

TEOREMA 2 (Derivação da EDO de Hamilton). As funções x( ) e


p( ) satisfazem as equações de Hamilton:
x(s) - Did(p(s), x(s))
(10)
p(s) - -D E(p(s), x(s))
para 0 < s t.. O ou,
o TftQppiTtfij S /f(p(S), X(S)) iS COTtStQTtt.

Observação. As equações (10) compreendem um sistema acoplado de 2n


EDOs de primeira ordem para x( ) = (z1 ( ), ... , z'( ) ) e p( ) = (pl (-), ... , p'( ))
(definido por (8)).

Prova. Primeiro, observe em (8) e (9) que x(s) = q(p(s), x(s)).


A partir de agora, escreveremos q( ) = (q1 ( ), ... , q'( )). Em seguida,
calculamos para
i - 1, ... , n:
dH
k--1

g (g,s) por (9),

e
bl-t
.
âp, - '( -) + Z pk k--1
i

-- q'(p, :s), novamente por (9).


Portanto
p (p(s), 3C(s)) q'(p(s), x(s)) s'(s);

e da mesma
forma
(p(s), x(s)) - (q(p(s), 3C(s)), x(s)) - - - (x(s), x(s))

('(s), x(s)) de acordo com (4)

Por fim, observe

d /f(p(s), x(s)) -
S
i=l

= 0.
i-1
120 3. PDF DE PRIMEIRA ORDEM NÃO
LINEAR

Observação. Consulte Arnold AR, Capítulo 9] para saber mais sobre a EDO
de Hamilton e a EDP de Hamilton-Jacobi na mecânica clássica. Estamos
empregando aqui uma notação diferente da usual em mecânica: nossa
notação é melhor em geral para a teoria de EDPs.

3.3.2. Transformada de Legendre, fórmula de Hopf-Lax.


Agora vamos tentar encontrar uma conexão entre a EDP de Hamilton-
Jacobi e o problema de cálculo de variações (2)-(4). Para simplificar ainda
mais, também eliminamos a dependência de z no Hamiltoniano, de modo
que, posteriormente, H = H(p). Começamos reexaminando a definição d o
Hamiltoniano em §3.3.1.
a. Transformada de Legendre.
A partir de agora, vamos supor que o Lagrangiano L : R" -+ R satisfaça
essas condições.
ções:
( ) o mapeamento qL (q) é convexo
e
(12) lim =+x.
A convexidade implica que fi é contínua.
DEFINIÇÃO. Z'/ie A transformada de Legendre o/ L é
(13) h"(p) -- sup p- q - T(q) (p E- @^).

Motivação para a transformação de Legendre. Por que fizemos essa


definição? Para ter uma ideia, observemos, em vista de (12), que o "sup" em
(13) é realmente um "max"; ou seja, existe algum q* C R' para o qual

e o mapeamento q -p q - L(q) tem um máximo em q = q*. Mas então p --


DL(q'), desde que L seja diferenciável em q*. Portanto, a equação p -- DL(q)
é solucionável (embora talvez não exclusivamente) para q em termos de p, q'
-- q(p). Portanto, a equação

No entanto, essa é quase exatamente a definição do Hamiltoniano H


associado a L em §3.3.1 (onde, lembre-se, agora estamos assumindo que a
variável z não aparece). Consequentemente, daqui em diante escreveremos
(4) B=£t
Assim, (13) nos diz como obter o Hamiltoniano H a partir do Lagrangiano.

Agora fazemos a pergunta inversa: dado H, como calcular L?


3.3. INTRODUÇÃO ÀS EQUAÇÕES DE HAMILTON-JACOBI 123

TEOREMA 3 (Dualidade convexa de Hamiltoniano e Lagrangiano).


Suponha que L satisfaça (11), (12) e defina H por (13), (14).
(i) Z'/ien
o mapeamento pH p) é conve:s
e
lim +oo.
"=
(ii) Além disso

(15) L = H'.

Observação. Assim, N é a transformada de Legendre de fi e vice-versa:

L = H*, H = L*.

Dizemos que H e fi são funções convexas de grau D.

Prova. 1. Para cada q fixo, a função pp-q - L(q) é linear e,


consequentemente, o mapeamento

p H(p) -- L' (p) -- sup [p- q - L(q)]

é convexo. De fato, se 0 < z < 1, p, p C R',

z sup{p q - L(q)}

+ (1 - z) sup(p q - L(q)}

- zH(p) + (1 - z)H( ).

2. Fixe qualquer A > 0, p f 0. Então

H(p) -- sup [ p - q - L q)]

B(0,A)

Assim, lim inf|p|> A para todo A > 0.


122 3. PDE DE PRIMEIRA ORDEM NÃO
LINEAR

3. Em vista de (14)

para todos os p, q C R", e consequentemente

L(g) > sup{p- g - U(p)} -- U'(g).

Por outro lado


H*(q) = sup [ p - q - sup -p r - L(r) j j
(16)
= sup inf p- (q - r) -|- k r)).
rER

Agora, como q '-+ L(q) é convexo, de acordo com §B.l, existe s e R' de modo
que
*()?L(g)+ ("- ) ("° ')
(Se L for diferenciável em q, considere s = DL(q). Tomando p -- s em (16),
calculamos

b. Fórmula de Hopf-Lax.

Voltemos agora ao problema do valor inicial (1). Lembre-se de que o


problema de cálculo de variações com Lagrangiano ñ, discutido em §3.3.1,
levou à EDO de Hamilton para o Hamiltoniano H associado. Como essas
EDOs também são as equações características da EDO de Hamilton-Jacobi,
conjecturamos que provavelmente há uma conexão direta entre essa EDO e o
cálculo de variações.
Portanto, se z e R" e I > 0 forem dados, devemos tentar minimizar
a ação
L(w(s)) ds
0

sobre as funções w : [0, tj -+ R' que satisfazem w(t) = z. Mas o que devemos
considerar para w(0)? Como precisamos, de alguma forma, levar em conta a
condição inicial da nossa EDP, vamos tentar modificar a ação para incluir a
função g avaliada em w(0):
1(w(s)) de -I- y(w(0)).
0
124 3. PDE DE PRIMEIRA ORDEM
NÃO LINEAR

Em seguida, vamos construir um candidato a uma solução para o


problema de valor inicial (1), em termos de um princípio variacional que
implica essa ação modificada.
Assim, definimos

(17) u(z, I) : infA (w(s)) de -I- g(jj) | w(0) - //, w(I) z ,


0

o infimo obtido em todas as funções U1 w( ) com w(I) = z. (Uma justificativa


melhor para essa suposição será fornecida muito mais tarde, no Capítulo 10).

Propomos agora investigar o sentido em que u, definido por (l7), resolve


de fato o problema do valor inicial para o PDE de Hamilton-Jacobi:

ut + H(Du) -- 0em IR" x (0, on)


(18)
u=g em R" x (t = 0}.

Lembre-se de que estamos assumindo que H é suave,

H é convexo e
(19) limite" = +oo.

A partir de agora, supomos também que

(20) g : R' -' R é Lipschitzcontínuo; isso

significa que Lip(p) :-- supg,$p <on.

Primeiro, observamos que a fórmula (17) pode ser simplificada:

TEOREMA 4 (Fórmula de Hopf-Lax). Se:s 2 R" e I > 0, então a solução


tt == tt(z, I) do problema de minimização (17) é

(21) "" * + g(y)

DEFINIÇÃO. Chamamos a e:i:pressão no lado direito de (21) de


Fórmula de Hopf-Lax.

Prova. 1. Fixe qualquer p C R" e defina w(s) := p + * (z - p) (0 <i ).


Então, a definição (17) de u implica
3.3. INTRODUÇÃO ÀS EQUAÇÕES DE HAMILTON-JACOBI 125

e assim
inf

2. Por outro lado, se w( ) for qualquer função U* que satisfaça w(t) = z,


temos

pela desigualdade de Jensen (§B.1). Assim, se escrevermos p = w(0),


encontraremos

-I- g(g) <h (w(s)) ds -I- g(§),'


0

e, consequentemente

3. Até o momento, mostramos

inf

e deixar como exercício a prova de que o mínimo acima é realmente um


mínimo.

Começamos agora um estudo de várias propriedades da função u definida


pela fórmula de Hopf-Lax (21). Nosso objetivo final é mostrar que essa fórmula
fornece uma solução fraca razoável do problema do valor inicial (18) para a
equação de Hamilton-Jacobi.
Primeiro, registramos algumas observações preliminares.

LEMMA 1 (Uma identidade funcional). Para cada :s C R" e 0 < s < t, tre
ter

(22) min -F u(y,s)


I-s

Em outras palavras, para calcular u ( , I), podemos calcular u no momento s e,


em seguida, usar u( , s) como a condição inicial no intervalo de tempo restante s,
I].

Prova. 1. Fixe p e R", 0 < s < t e escolha z C R' de modo que

(23) "(//, s) - st '" -|- g(z).


126 3. PDE DE PRIMEIRA ORDEM NÃO
LINEAR

Agora, como fi é convexo e* = (1 - ¿) temos

Portanto

°(- ') s'' } + g(-) " ('--)^ )", + ^ ) + g(-)

por (23). Essa desigualdade é verdadeira para cada y e Ii?". Portanto, como y
u(y,
s) é contínuo (de acordo com o Lema 2 abaixo), temos

(24)

2. Agora escolha in de modo que

(25)

e defina p := *z -I- (1 - §) m. Então ( , =* = . Consequentemente

s (' - )* " \° + ^ ' \ + s(-)

por (25). Portanto

(26) min (t-s)L

LEMMA 2 (Continuidade de Lipschitz). A função u é contínua de


Lipschitz
em IR" x 0, on), e
u=g em R' x (I = 0}.
3.3. INTRODUÇÃO ÀS EQUAÇÕES DE HAMILTON-JACOBI 127

Prova. 1. Fixe I > 0, z,s e R'. Escolha p € R' de modo

que (27)

Então

°(',') -°(*,') = Se* '' ' , + g(-) -" " - g(g)

Portanto

e, trocando os papéis des e z, encontramos

(28) |u(-, I- u(', I)|< Lip(it) |-- +|.


)

2. Agora selecione z C R", t > 0. Escolhendo p = z em (21), descobrimos

(29)

Além disso,

+ g(v)
min

máximo
c€B(0,Lip#))
)l
máximo .
B(0,Lip(q))

Essa desigualdade e (29) implicam

para

(30) °:=°^(|'()l °Li-p/ l^l)


B(0-, ))

3. Por fim, selecione z e R', 0 < t < t. Então, Lip(u(-, t)) < Lip(p) por (28)
acima. Consequentemente, o Lema 1 e cálculos como os empregados na
etapa 2 acima implicam
128 3. PDE DE PRIMEIRA ORDEM NÃO
LINEAR

para a constante U definida por (30).

Agora, o Teorema de Rademacher (que provaremos mais tarde, em


§5.8.3) afirma que uma função de Lipschitz é diferenciável em quase todos
os lugares. Consequentemente, em vista do Lema 2, nossa função u definida
pela fórmula de Hopf-Lax (21) é diferenciável para a.e. (z, I) e R" x (0, on).
O próximo teorema afirma que u de fato resolve a EDP de Hamilton-Jacobi
onde quer que u seja diferenciável.
TEOREMA 5 (Solução da equação de Hamilton-Jacobi). Suponha que :s C R",
I > 0 e u definido pela fórmula de Hopf-La:s (21) seja diferenciável em um
ponto (z, t) e R" x (0, on). Z'/ien

Prova. 1. Fixe q € R', h > 0. Devido ao Lema 1, u(z

+ hq, I + h) my /iL +

< kh(q) -I- u(z, /).

Portanto
u(:s + hq, I +

Seja /i - 0+, para computar

Essa desigualdade é válida para todo q e R" e, portanto

(31) u/(z, I) -I- E(Du(z, I)) = ut(z, I) -|- m q Du(z, I) - A(q)) < 0.

A primeira igualdade é válida, pois H = L*.


2. Agora escolha z de modo que u(z, I) = IL (' ) + g(z). Fixe h >
0 e defina s = t - /i, p = ¿z + (1 - t) z. Então = e, portanto

u(*,*) -"(, s) ** " + g(-) - °s ' + g(-)

Ou seja,
u(s, t) - u((l - r) s+ r', I - h)>
h
3.3. INTRODUÇÃO ÀS EQUAÇÕES DE HAMILTON-JACOBI 129

Deixe h -+ 0+ para calcular

Consequentemente

°-(°.') + ^(^'-(-'')) = °-(°.') +'jR°^- g ^'-(-'') - ^( )1

Essa desigualdade e (31) completam a prova.

Resumimos:

TEOREMA 6 (Fórmula de Hopf-Lax como solução). A função Z'/ie u definida


pela fórmula de Hopf-La:s (21) é Lipschitz contintiotis, é diferenciável a.e. em
R" x (0, on) e resolve o problema do valor inicial
t + E(Du) - 0o . e. em IB" x (0, oo)
(32) u-g em Ik" x (I = 0}.

3.3.3. Soluções fracas, exclusividade.

a. Semiconcavidade.
Em vista do Teorema 6 acima, pode parecer razoável definir uma solução
fraca do problema de valor inicial (18) como uma função Lipschitz que
concorda com g em R' x (t = 0} e resolve o PDE a.e. em R" x (0, on). No
entanto, essa acaba sendo uma definição inadequada, pois essa tendência
softitioris não é, em geral, única.

Exemplo. Considere o problema do valor inicial

(33)
u= 0em R x {i = 0}.
Uma solução óbvia é

No entanto, a função
0se |z| > I
#2(°7):= i-t se 0<i<t
-z - t se - I < z 0
130 3. PDE DE PRIMEIRA ORDEM NÃO
LINEAR

é contínua de Lipschitz e também resolve a EDP a .e. (em todos os lugares, de


fato, exceto nas linhas z = 0, -i-t). É fácil ver que, na verdade, há um número
infinito de funções Lipschitz que satisfazem (33).

Esse exemplo mostra que, presumivelmente, devemos exigir mais de


uma solução fraca do que simplesmente que ela satisfaça a EDP a.e. Vamos
procurar na fórmula de Hopf-Lax (21) uma pista adicional sobre o que é
necessário para garantir a exclusividade. O seguinte lema demonstra que u
herda um tipo de estimativa de segunda derivada "unilateral" da função
inicial g.

LEMMA 3 (Semiconcavidade). Suponha que exista uma constante C! tal que

(34) g(z -I- z) - 2g(z) -I- g(z - z) < |z|2

para todos os :s, z C IR". Defina u pela fórmula de Hopf-La:s (21). Então

°(-+° ') -2°(* ') +°(--° ,) s*I "2

Observação. Dizemos que p é serniconcore se (34) for válido. É fácil verificar


(34) é válido se g for C'2 e supR- |D2S| < on. Observe que g é semicôncavo se e
somente se o mapeamento z g(:s) - 2 2 é côncavo para alguma constante

Prova. Escolha p e R" de modo que u(z, I) = IL ( ) + g(y). Então, colocando y +


z e p - z nas fórmulas de Hopf-Lax para u(z + z, I) e u(z - z, I), encontramos

t/(S -}- Z, /) - III(S, /) -}- t/(S - S, /)

-- mi + ')- 2g(v) + mi - -)
< W|z|2 ,por (34).

Como uma condição de semiconcavidade para u será importante, paramos


para identificar algumas outras circunstâncias em que ela é válida. Não v a m o s
mais supor que q seja semicôncavo, mas vamos supor que o Hamiltoniano H seja
uniformemente convexo.
3.3. INTRODUÇÃO ÀS EQUAÇÕES DE HAMILTON-JACOBI 131

DEFINIÇÃO. Uma função U2 come:s H : I?" -' R é chamada de


uniformemente convexa (com constante 8 > 0 i/
.
(35) H. ,(p'k,k, - 1',2 !-- -!i ,k- a-.
i,j --1

Agora provamos que, mesmo que g não seja semicôncavo, a convexidade


uniforme de H força u a se tornar semicôncavo para tempos I > 0: esse é um tipo
de efeito de regularização leve para a solução de Hopf-Lax do problema de valor
inicial (18).
LEMMA 4 (Semiconcavidade novamente). Suponha que H seja
uniformemente conrer
(trith constani 8) e u é definido pela fórmula de Hopf-Laz (21). Então

para todos os :s, z C R' ,t > 0.


Prova. 1. Observamos primeiro, usando a fórmula de Taylor, que (35) implica
1 2
(36)
' 2' - 2-^( i) + ¿J?(p2) - IP1 - P2)2
Em seguida, afirmamos que, para o Lagrangiano L, temos a estimativa

gi+g2
(37)
2
g)+ (g)SS
2 2
para todos os ii 2 o . A verificação é deixada como um exercício.
2. Agora escolha p de modo que u(z, I) = IL ( ) + g(y). Em seguida, usando
o mesmo valor de p nas fórmulas de Hopf-Lax para u(z + z, I) e u(z - z, I),
calculamos
u(z -I- z, I) - 2"(z, I) -I- "(z - z, I)

** " ," ' + g(s) - 2 '+ + g(s)

1 s+z
= 2t
2 I 2
2
1 2z 1
2f- < -
8
a penúltima desigualdade resultante de (37).
132 3. PDE DE PRIMEIRA ORDEM NÃO
LINEAR

b. Soluções fracas, exclusividade.


Nesta seção, mostramos que as condições de semiconcavidade do tipo
descrito para a solução de Hopf-Lax u nos Lemas 3 e 4 podem ser utilizadas
como critérios de exclusividade.
DEFINIÇÃO. Dizemos que uma junção contínua de Lipschitz u R' x
-+ IN é uma solução fraca do problema do valor inicial:

ut + R(Du) = 0 em R" x (0, m)


(38)
u=q em R' x {I = 0}
fornecid
o
(a) "(z, 0) - g (z) (z E @"),
(b) "/(z, /) -l- £ (Du(z, I)) 0 para a .e. (z, /) E R" x (0, oo),
e
t-) -(-+-,') -2-(*,') +-(*-',') s c + to i'r
Jou alguma constante ' > 0 e todos os :s, z C ", I > 0.
Em seguida, provamos que uma solução fraca de (38) é única, e o ponto
principal é que essa afirmação de exclusividade decorre da condição de
desigualdade (c).
TEOREMA 7 (Unicidade de soluções fracas). Suponha que H seja C2 e
satisfaça (19), e que g satisfaça (20). Então, existe no máximo uma solução
fraca d o problema de valor inicial (38).
Prova*. 1. Suponha que u e ii sejam duas soluções fracas de (38) e escreva in :=
u - u.
Observe agora que em qualquer ponto (p, s) onde u e ii são diferenciáveis
e resolva nossa EDP, temos

'd
-- £ (rDu(g, s) -I- (1 - r) Dii(y, s)) dr
0
1
-- D£ (rDu(g, s) -I- (1 - r)Dii(y, s)) d-r (D"(y, s) - Dii(y, s))
0
- -b(y, s-) Dtu(g, s).
Consequentemen
te (39) t+ b-Do = 0 a.e.
* Omitir em primeira leitura.
3.3. INTRODUÇÃO ÀS EQUAÇÕES DE HAMILTON-JA 'OBI 133

2. Escreva u :- Q(in) > 0, em que Q : R -- (0, m) é uma função suave a ser


selecionada posteriormente. Multiplicamos (39) por Q'(in) para descobrir

(40) rt + h Do = 0 a.e.

3. Agora escolha e > 0 e defina u° := p, u, ii° := p, u, onde p, é o


molificador padrão nas variáveis z e t. Então, de acordo com §C.4

(41) Du'| < Lip(u), | Dii'| < Lip(ii),

(42) Du' -- Du, Dii' -+ Diia .e., como e -' 0.

Além disso, a desigualdade (c) na definição de solução fraca implica

D2pe, D2 e< +
(43)

para uma constante C apropriada e todos os e > 0, p e R", s > 2e. A verificação é
deixada como um exercício.
4. Escrever
1
(44) b,(p, s) := DC(rDu'(p, s) + (1 - r)Dii°(p, s)) dr.
0

Então, (40) se torna

ct + b,-De = (b, - b-) De a.e;

portanto

(45) ut + div(cb,) = (div b,)c + (b, - b) Du a.e.

5.Agora

(46) <' 1 -l-

para alguma constante C, em vista de (41), (43). Aqui, observamos que H convexo
implica D2R > 0.
134 3. PDE DE PRIMEIRA ORDEM NÃO
LINEAR

6. Consertar o o '. o > 0, e defina

(47) R :-- max{| DC(p) | p < max(Lip(u), Lip(ii))}.

Defina também o cone

Próximo
registro e(1)
B(s,At -t)
e calcule para a .e. t > 0:

v d:s - R v dS
B(s,A(t -t) dB(:c fi(*o -t))

- - div(cb,) -1- (div b,)c + (b, - b)- Fazer d:s


B(zo'fi(to -t))

- pés r dS por (45)


âB(z ,R(!o -t))

dB(s,A(t -t)

(div b,)c + (b, - b) Do dz

(div b,)c + (b, - b) - De d:s por (41), (44)

e(1) -1- (b, - b) D dz


B(s,A(t -t)

por (46). O último termo do lado direito vai para zero quando e -- 0, para a .e. a >
0, de acordo com (41), (42) e o Teorema da Convergência Dominada.
Portanto

(48) e(t) para a.e. 0 < t < td.

7. Fixe 0 < e < r < t e escolha a função Q(z) para ser igual a zero se

z < c[Lip(u) + Lip(u)]

e ser positivo caso contrário. Como u = ii em R" x (t = 0},


3.3. INTRODUÇÃO ÀS EQUAÇÕES DE HAMILTON-JAGOBI 138

Assim, e(e) = 0. Consequentemente, a desigualdade de Gronwall (ver §B.2) e


(48)

e(r) < e(e)e'-" (1 + )d" = 0.


Portan
to |u - u| < e Lip(u) + Lip(ii)] em B(+o R(!o - ) )
Essa desigualdade é válida para todo e > 0 e, portanto, u == ii em B( o. ft( o - ))
Portanto, em particular, u(+o, to) - (+o to)

À luz dos Lemas 3 e 4 e do Teorema 7, temos

TEOREMA 8 (Fórmula de Hopf-Lax como solução fraca). Suponha que H seja


C2 e satisfaça (19), e que g satisfaça (20). Se g for semicôncavo ou H for
uniformemente conve:rso, então

+ 9(v)

é a única solução fraca do problema de valor inicial (38) para a equação de


Hamilton-Jacobi.

Exemplos. (i) Considere o problema do valor inicial:


ut -1-|Du|2 = 0em R" x (0, m)
(49)
u= |z|em R" x {t = 0}.

Aqui, H(p) -- 1 |p|22 e, portanto, L(q) - 1


2
q|2. A fórmula de Hopf-Lax para a
A solução única e fraca de (49) é

(50) u/t)=m "

Suponha que |z| > t. Então

(// 0);

e essa expressão é igual a zero se z = p +t , p = (|z| - t) 0.


u(z, t) = |z| - 2 se |z| > t. Se ,o mínimo em (50) é atingido em p - 0.
Consequentemente

- t/2 se |z | > t
2¿ se |z| < t.
l3fi 3. PDE DE ORDEM FIRME NÃO
LINEAR

Observe que a solução se torna semicôncava no tempo I > 0, mesmo que a


função inicial q(z) = |z| não seja semicôncava. Isso está de acordo com o Lema 4.

(ii) A seguir, examinaremos o problema com condições iniciais invertidas:

|Du2=0 emR'x (0,s)


(51)
u= -|/ em 'x (t=0/

Então
p_
min
2t

2f
e isso é igual a zero se z = y Jt, y = ()z| -|- t) . Assim

A função inicial q(z) = -|z| é semicôncava, e a solução permanece assim para


tempos I > 0.

No Capítulo 10, estudaremos novamente o PDE de Hamilton-Jacobi e


d e s c o b r i r e m o s outra noção de solução fraca, que é aplicável mesmo se H
não for convexo.

3.4. INTRODUÇÃO ÀS LEIS DE CONSERVAÇÃO


Nesta seção, investigamos o problema do valor inicial para leis de
conservação escalar em uma dimensão espacial:

u -Ft(u), = 0 em x(0,oo)
(1)
u= qon R x (t - 0}.

Aqui, I R - R e 9 .' IN são dados e u R x (0, on) -- IN é a


incógnita, u = u(z, t). Conforme observado em §3.2, o método das características
demonstra que, em geral, não existe uma solução suave para (1),
existente para todos os tempos t > 0. Por analogia com os desenvolvimentos
em §3.3.5, procuramos, portanto, algum tipo de solução fraca ou
generalizada.
3.4. INTRODUÇÃO ÀS LEIS DE CESSÃO 137

3.4.1. Choques, condição de entropia.

a. Soluções de distribuição; condição de Ranking-Hugoniot.

Abrimos nossa discussão observando que, como em geral não é possível


encontrar uma solução suave para (1), temos de criar alguma maneira de
interpretar uma função menos regular u como, de alguma forma,
"resolvendo" esse problema de valor inicial. Mas, da forma como está, o
PDE não faz sentido a menos que u seja diferenciável. No entanto, observe
que, se assumirmos temporariamente que u é suave, podemos reescrever da
seguinte forma, de modo que a expressão resultante não envolva diretamente
as derivadas de
u. A ideia é multiplicar o PDE em (1) por uma função suave c e depois
integrar por partes, transferindo assim as derivadas para c.
Mais precisamente, suponha que
c : R x [0, m) -+ R é suave, com
(2)
Suporte compacto.

Chamamos c de função de teste. Agora, multiplique a PDE u, + F(u)z = 0 por


c e integre por partes:

0=
0 -oo

(3)
0 -oo -m

-F (u)vz d:sdI.
0 -oo

Tendo em vista a condição inicial u = 9 em R x (t = 0}, obtemos assim a


identidad

e (4)
0 -oo -m

Derivamos essa igualdade supondo que u seja uma solução suave de (1),
mas a fórmula resultante tem significado mesmo que u seja apenas limitado.

DEFINIÇÃO. Dizemos que u C L°°(R x (0, m)) é uma solução integral de


nn/ (1), desde que a igualdade (4) seja válida para cada função de teste v
que satisfaça (2).

Suponha, então, que tenhamos uma solução integral de (1). O que


podemos deduzir sobre essa solução a partir das identidades (4)?
Respondemos parcialmente a essa pergunta analisando uma situação na
qual u, embora não seja contínuo, tem uma estrutura particularmente simples.
138 3. PDF DE PRIMEIRA ORDEM NÃO
LINEAR
De fato, vamos
3.4. INTRODUÇÃO ÀS LEIS DE CESSÃO 137

Suponha que, em alguma região aberta Y C R x (0, m), u seja suave em


ambos os lados de uma curva suave C. Seja Y a parte de P à esquerda da
curva e P a parte à direita. Assumimos que u é uma solução integral de (1) e
que u e suas primeiras derivadas são uniformemente contínuas em Ut e em Y
.
Em primeiro lu g ar , escolha uma função de teste c com suporte compacto
em Kt. Em seguida
(4) torna-se

(5) 0- não -F F(u)vz d:sdl -- -


0 -oo 0 -oo

a integração por partes é justificada, pois u é Al em Kt e c desaparece perto do


limite de Kt. A identidade (5) é válida para todas as funções de teste c com
suporte compacto em Yt e, portanto

(6) ut + F(u)z 0 em Kt. Da

mesma forma,
(7)

Agora, selecione uma função de teste c com suporte compacto em Y, mas que
não necessariamente desapareça ao longo da curva C. Novamente empregando
(4), deduzimos

0=
0 -oo

(8)

Agora, como c tem suporte compacto em Y, temos

(9) + (utr2 + F(u )v )v dl

-(u/v2 + F(um)v1 )r dl

em vista de (6). Aqui = (v1 , v2 ) é a unidade normal à curva C, apontando de Ut


para Y" e o subscrito "I" denota o limite da esquerda. Da mesma forma, (7)
implica

l
" t + F(u)vz d:sdt - (u,u2-I-r(u,) )vdl,
140 3. PDE DE PRIMEIRA ORDEM NÃO
LINEAR

Condição de Rankine-Hugoniot

o subscrito "r" denotando o limite da direita. Adicionando essa identidade a


(9) e, lembrando (8), obtemos:

Essa igualdade é válida para todas as funções de teste c, como acima, e,


portanto

(10) (F(up) - F(u ))v1 -I- ("/ - ",)v2 - 0 ao longo de '.

Agora suponha que C seja representado parametricamente como {(z,


/) | z = s(t)} para alguma função suave s(-) : 0, m) -+ R. Podemos então
tomar = (ml , v2 ) = (l + i2) ''2(1, -s). Consequentemente, (10) implica

em P, ao longo da curva U.

Notação.

u]] = ut - u, = salto em u ao longo da curva C

cr = s = velocidade da curva W.
3.4. INTRODUÇÃO ÀS LEIS DE PRESERVAÇÃO 139

Vamos então reescrever (11) como a identidade

ao longo da curva de descontinuidade. Essa é a condição de Rankine-Hugoniot.


Observe quea velocidade eos valores ut, u" N(ut), N(u,)
geralmente variam ao longo da curva .A questão é que, embora essas
quantidades possam mudar, as expressões [I(u)]] (u¿)- N(u,)e
]]= s(ut - u,) devem sempre se equilibrar exatamente.

Exemplo 1 (ondas de choque). Vamos considerar o problema do valor inicial para


Equação de Burgers:

(13) • "( 2 =
u=
0em R x (0, m)
qon R x (t = 0},

com os dados iniciais


1 s z<0
(14) q(z) = 1-z e 0<z<1
s
e
0 se z > 1.

De acordo com as equações características (cf. §3.2.5), qualquer solução


suave u de (13), (14), assume o valor constante z0 = q(z0 ) ao longo da
característica projetada
(( 0) 0
y(s) - - s -I- s) (s > 0)

para cada z0 € R. Assim


1se zI , 0t < 1
1-s
se t < z < 1, 0 < t < 1
0se z > 1, 0t < 1.

Observe que, para t > 1, esse método n ã o funciona, pois as características


projetadas se cruzam. Então, como devemos definir u para t > 1?
Vamos definir s(1) 1+¿
2'
e escrever

1 se z < s(t)
0 se s (t) < z

se t > 1. Agora, ao longo da curva parametrizada por s(-), ut = 1, temos ti, = 0,


£(u)2 (u) I(u,) = 0. Portanto F(u)) = w u]], conforme exigido
a condição de Rankine-Hugoniot (12). por
140 3. PDE DE PRIMEIRA ORDEM NÃO
LINEAR

Formação de um choque

b. Choques, condição de entropia.


Tentamos agora resolver um problema semelhante com as mesmas
técnicas.
Exemplo 2 (Ondas de rarefação e choques não físicos). Considere
novamente o problema do valor inicial (13), para o qual agora tomamos

0se z < 0
(15)
1se z > 0.

O método de características desta vez não leva a nenhuma ambiguidade


na definição de u, mas não fornece nenhuma informação dentro da cunha (0
< z < t}. Para ilustrar essa falta de conhecimento, vamos primeiro definir

0se z <
1se z > .

É fácil verificar que a condição de Rankine-Hugoniot se mantém e, de fato,


que u é uma solução integral de (13), (15). Entretanto, podemos criar outra
solução desse tipo escrevendo

1 se z > t 2(x,
I) :- *se 0 < z < t
0se z < 0.

A função "2, chamada de roreJoction wore, também é uma solução integral


contínua de (13), (15).
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142 3. PDE DE PRIMEIRA ORDEM NÃO


LINEAR

Um choque "não físico"

Onda de rarefação

Assim, vemos que as soluções integrais não são, em geral, únicas.


Presumivelmente, a classe de soluções integrais inclui várias soluções "não
físicas", que queremos excluir de alguma forma. Podemos encontrar algum outro
critério que garanta a exclusividade?
Condição de entropia. Lembremos do item §3.2.5 que, para a lei de
conservação escalar geral da forma

"t + +(u)g - 0,
z0
a solução u, sempre que suave, assume o valor constante - 9(^0) ao longo
da característica projetada

(16) y(s) (6'(p(z0))s -I- z0, s) (s 0).


Agora sabemos que, normalmente, encontraremos o cruzamento de
características e as descontinuidades resultantes na solução, se nos movermos
/omnrd no tempo. No entanto, podemos esperar que, se começarmos em algum
ponto em Jfi" x (0, m) e
J.4. INTRODUÇÃO ÀS LEIS DE PRESERVAÇÃO 143

se retrocedermos no tempo ao longo de uma característica, não cruzaremos


nenhuma outra. Em outras palavras, vamos considerar a classe de, digamos,
soluções integrais suaves por partes de (1) com a propriedade de que, se
retrocedermos em I ao longo de qualquer característica, não encontraremos
nenhuma linha de descontinuidade para u.
Suponha agora que, em algum ponto de uma curva C de
descontinuidades, u tenha limites distintos à esquerda e à direita, ut e u", e
que uma característica d a esquerda e uma característica da direita atinjam U
nesse ponto. Então, em vista de
(16) deduzimos

(17) F'( ) > > F'( ,).

Essas desigualdades são chamadas de condição de entropia (a partir de


uma analogia aproximada com o princípio termodinâmico de que a entropia
física não pode diminuir com o passar do tempo). Uma curva de
descontinuidade para u é chamada de choque, desde que tanto a identidade
de Rankine-Hugoniot (12) quanto as desigualdades de entropia (17) se
mantenham.

Vamos interpretar ainda mais a condição de entropia sob a suposição


adicional de que

(18) N é uniformemente convexo.

Isso significa que N" > 8 > 0 para alguma constante 8. Portanto, em
particular, F' é estritamente crescente. Então, (17) é equivalente a exigirmos
a desigualdade

(19)

ao longo de qualquer curva de choque. 0

Exemplo 3. Retornamos novamente à equação de Burgers (13), agora para a


função inicial
0 se z < 0
(20) q(z) = 1 se 0 < z < 1
0 se z > 1.

Para 0 < t < 2, podemos combinar a análise dos Exemplos 1 e 2 acima para
encontrar
0se z > 1 + 2
0 se z < 0
_ *se 0 < z < t
(21)
1 se t < z < 1 +
(0 <
I<
2).
144 3. PDE não linear de primeira ordem

Para tempos t > 2, esperamos que a onda de choque parametrizada por s(-)
continue, com u = z/t à esquerda de s( ), u = 0 à direita. Isso é compatível
com a condição de entropia (19). Calculamos o comportamento da curva de
choque aplicando a condição de salto de Rankine-Hugoniot (12). Agora

i s(i) 2
2 t '
ao longo da curva de choque para t > 0. Assim, (12) implica

Além disso, s(2) = 2 e, portanto, podemos resolver essa EDO para encontrar
s(t) = (2t) '12
(t > 2). Portanto, podemos aumentar (21) definindo
0se z < 0
"(z,/) - * se 0 <z < (2/)1/2 (/ > 2).
0 se z> (2/) /12
Veja a ilustração.

3.4.2. Fórmula de Lax-Oleinik.


Agora tentamos obter uma fórmula para uma solução fraca apropriada do
problema de valor inicial (1), supondo, como acima, que a função de fluxo N
seja uniformemente convexa. Sem perda de generalidade, podemos também
considerar

(22) 6(0) 0.
3.4. INTRODUÇÃO ÀS LEIS DE CONSERVAÇÃO 145

Como motivação, suponha agora 9 L ( R) Ftnd definir

(23)
0

Lembre-se da fórmula de Hopf-Lax de §3.3 e defina

(24) in(z t) := min t£ -F h(y) (s E R, I > 0),


eJR

onde

(25) L = F'.

Assim, tr é a solução única e fraca desse problema de valor inicial para a


equação de Hamilton-Jacobi:
mt + N(mg) = 0em R x (0, m)
(26) in = h em R x (t = 0}.

Por enquanto, suponha que in seja suave. Agora, diferenciamos o PDE e


sua condição inicial com relação a z, para deduzir

- = 9 em x (t = 0}.

Portanto, se definirmos u = mg, descobriremos que u resolve

o problema (1).

O cálculo anterior é apenas formal, pois sabemos que in definido por


(24) não é, em geral, suave. Mas lembre-se de §3.3 que w é de fato
diferenciável a.e. Consequentemente

(27) ,
mign

é definido para a.e. (z, t) e é presumivelmente um dos principais candidatos a


algum tipo de solução fraca do problema de valor inicial (1). Nossa intenção,
a partir de agora, é justificar essa expectativa.

Primeiro, precisaremos reescrever a expressão (27) em uma forma mais útil.


Notação. Como F é uniformemente convexo, F' é estritamente crescente e
onto. Escreva

(28) G := (F')

para o inverso de F'.


146 3. PDE DE PRIMEIRA ORDEM NÃO
LINEAR

TEOREMA 1 (Fórmula de Lax-Oleinik). Suponha que F : IN -+ IN seja suave,


uni/orrnfp conve:s, e g C L'(IN) .
(i) Para cada tempo I > 0, há e:mists para todos os bul no máximo um
número incontável de valoresde :s C ponto únicoy(:s, I) tal que

min -F h(y) -- to -F h(y(z, t)).

(ii) O mapeamento : sy(:s, I) é não decrescente.


(iii) Para cada tempo I > 0, a função u definida por (27) é

(29)

para a .e. :s. Em particular, a fórmula (29) é válida para a .e. (:s, I) C
R" x (0, on).

DEFINIÇÃO. Chamamos a equação (29) de fórmula de Lax-Oleinik para a


solução (1), em que h é definido por (23), £ por (25).

Prova. 1. Primeiro, observamos

onde F '(p') q. Mas então p' -- G(q) de acordo com (28), e assim

(cf. §3.3.1). Em particular, L é C2 . Além disso

(30) *'( ) = (q) + q '(q) - F'(c(q))c'(q) = *(s)


por (28); e L"(q) - G'(q) > 0. Isso e (22) implicam que L é não negativo e
estritamente convexo.
2. Fixe t > 0, +i < +2 Como em §3.3, existe pelo menos um ponto ri o
tal que

"1
(31) /1 -F h(g)

Em seguida,
afirmamos
"2
"2
-I- h(vi) < '*
(32) '1
J.4. INTRODUÇÃO ÀS LEIS DE CONSERVAÇÃO 147

Para ver isso, calculamos +2 - ri = (1 §i) + (I - <)(+2 - p) e +i - r = ( -


W)(+i - ri) + ( 2 - p) para

< 1.

Como L" > 0, temos

<(1-r)£ 'l

e, portanto

Agora, observe em (31) que

-F h(y).

Multiplicamos (33) por t, adicionamos /i(ri) + h(y) a ambos os lados e


adicionamos a expressão resultante à desigualdade acima para obter (32).
3. Em vista de (31), ao calcular o mínimo de tL ( ) + h(y), precisamos
considerar apenas aqueles p ii em que ri satisfaz (31). Agora, para cada z C R
e t > 0, defina o ponto p(z, t) como o menor dos pontos p
dando o mínimo de tL ( ) + h(y). Então, o mapeamento z p(z, I) não é
decrescente e, portanto, é contínuo para todos os z, exceto para um número
incontável de z. Em um ponto z de continuidade de p(-, t), p(z, t) é o único
valor de p que produz o mínimo.
4. De acordo com a teoria desenvolvida em §3.3, para cada t > 0 fixo, o
mapeamento

mintL ' -F h(y)

-F h(g(x, I))

é diferenciável a.e. Além disso, o mapeamento z p(z, t) é monótono e,


consequentemente, também é diferenciável a.e. Assim, dado t > 0, para z e.a.,
os mapeamentos z £ ('*' "" ) e também z '-+ h(y(x, I)) também são
diferenciáveis.
148 3. PDE DE PRIMEIRA ORDEM NÃO
LINEAR

Consequentemente, a fórmula (27) se torna

-I- h(g(z, t))

' *' /( ') (1- v-(*, ')) + g,h("(x,'))

Mas como p tL ( ) + h(y) tem um mínimo em p = p(z, t), o mapeamento


)) + h y(z, I)) tem um mínimo em z = z. Portanto

e, portanto

de acordo com(30).

Agora vamos investigar o sentido exato em que a fórmula (29) nos fornece
uma solução para o problema do valor inicial (1).

TEOREMA 2 (Fórmula de Lax-Oleinik como solução integral). Sob as


suposições do Teorema I, a função u definida por (29) é uma solução integral
d o problema de valor inicial (1).

Prova. Como acima, defina

-F h(y) (z e R, t > 0).

Então, o Teorema 6 em §3.3.2 nos diz que in é Lipschitz contínuo, é


diferenciável para a .e. (z, t) e resolve

t + F(tug) 0 a.e. em R x (0, )


(34)
in = hon R x (t = 0}.

Escolha qualquer função de teste c que satisfaça(2). Multipliqueo PDE mt +


N(wg) - 0 por cg e integre sobre R x (0, m):

(35) 0=
0 -oo
J.4. INTRODUÇÃO ÀS LEIS DE CONSERVAÇÃO 149

Observar

0 -oo 0 -oo -pt

0 -oo -m

Essas integrações por partes são válidas, pois o mapeamento z in(z, I) é Lipschitz
contínuo e, portanto, absolutamente contínuo, para cada tempo I > 0. Da mesma
forma, t '-+ w(z, t) é absolutamente contínuo para cada z C R. Agora, w(z, 0) =
h(:s) -- J0 q(p) dy e, portanto, mg(z, 0) = 9(:s) para a .e. z. Consequentemente

0 -oo 0 -oo -m

Substitua essa identidade em (35) e lembre-se de que u = mg a.e., para


derivar a identidade integral (4).

3.4.3. Soluções fracas, exclusividade.

a. Condição de entropia revisitada.

Já vimos no item §3.4.1 que as soluções integrais de (1) geralmente não são
únicas. Como acreditamos que a fórmula de Lax-Oleinik de fato fornece a
solução "correta" desse problema de valor inicial, devemos verificar se ela
satisfaz alguma forma apropriada da condição de entropia discutida no parágrafo
3.4.1. No entanto, isso não é simples, pois não é comum que a função u definida
pela fórmula de Lax-Oleinik seja suave, ou mesmo suave por partes.
Identificamos agora um tipo de estimativa de derivada "unilateral" para a
função u definida pela fórmula de Lax-Oleinik (27). Essa estimativa, que é um
análogo para as leis de conservação da estimativa de semiconcavidade dos
Lemas 3, 4 em §3.3.3 para as equações de Hamilton-Jacobi, será um critério de
exclusividade.

LEMMA ( Uma estimativa de salto unilateral). Sob as premissas do Teorema 1,


existe uma constante C! tal que a função u definida pela fórmula de La:s-
Oleinik (29) satisfaz a desigualdade

(36)

para todo I > 0 e z, z IN, z > 0.


150 3. PDE DE PRIMEIRA ORDEM NÃO
LINEAR

DEFINIÇÃO. Chamamos a desigualdade (36) de condição de entropia.


Segue-se de (36) que, para t > 0, a função z u(z, t) tz é não crescente e,
consequentemente, tem limites à esquerda e à direita em cada ponto. Assim,
também z '-+ u(z, t) tem limites à esquerda e à direita em cada ponto, com
ut(z, t) > u,(z, t). Em particular, a forma original da condição de entropia
(19) é válido em qualquer ponto de descontinuidade.
Prova. Sabemos pelo §3.3 que, ao calcular o mínimo em (29), precisamos
considerar apenas aqueles p tais que < C para alguma constante U; a
verificação é deixada para o leitor. Consequentemente, podemos supor, ao
redefinir G, se necessário, de algum intervalo limitado, que G é contínuo de
Lipschitz.
2. Como G = (N')1 e p( , I) são não decrescentes, temos

>G + para z > 0

> z+z-p(i-Fz,t) _Lip(O)z

b. Soluções fracas, exclusividade.


Agora, estabelecemos a importante afirmação de que uma solução
integral que satisfaça a condição de entropia é única.
DEFINIÇÃO. Dizemos que uma Jnction u C £°°(lit x (0, m)) é uma solução
de entropia do problema de valor inicial

(37)
t2 Q OI2 X (t = 0}

fornecid
o

(i)
0 -oo -m

para todas as funções de teste n : x t0, oo) -+ R com suporte compacto, e

(ii)

Jou alguma constante C! > 0 e a.e. :s, z C , I > 0, com z > 0.


J.4. INTRODUÇÃO ÀS LEIS DE PRESERVAÇÃO 151

TEOREMA 3 (Unicidade das soluções de entropia). Suponha que F seja


conve:rso e suave. Então, existe - até um conjunto de medida zero - no máximo
uma solução de entropia de (37).

Prova*. 1. Suponha que u e ii sejam duas soluções de entropia de (37) e


escreva in := u - u. Observe, para qualquer ponto (z, t), que
1d
^(-(- ')) -^('(- ')) - }¡¿^(°-(-.') + ( - r )"(-,/)) dr
1
-- +°'(ru(-, t) i ( 1 - r)^(-, ')) dr (-(-, I-) ^(-, '))
0
= b(z,t)w(z, t).

Consequentemente, se c for uma função de teste como acima,

0= (u - ii)ut -F F(u) - F(ii)) vz d:sdl


0 -oo
(38)

0 -oo

2. Agora, tome c > 0 e defina u° = p, u, ii' = p, ii, onde p, é o


molificador padrão nas variáveis z e t. Então, de acordo com §C.4

(39)

(40) "' -+ ", ii' -+ ua .e., as -+ 0.

Além disso, a desigualdade de entropia (ii) implica

(41)

para uma constante C apropriada e todos os e > 0, z e R, t > 0.


3. Escrever
1
b,(z, t) :-F '(ru'(z, t) -I- (1 - r)ii'(z, ')) dr.
0

Então, (38) se torna

(42) 0=
0 -oo 0 -oo
"Omitir na primeira leitura.
152 3. PDE não linear de ordem f'fRST

4. Agora, selecione T' 0 e qualquer função suave IN x (0, T') -' IN com
suporte compacto. Escolhemos c para ser a solução do seguinte problema de
valor terminal para uma equação de transporte linear:

(43)
c= 0em R x (t - T}.

Vamos resolver (43) pelo método das características. Para isso, fixe z C
IN, 0 < t < T', e denote por z,(-) a solução da EDO

(44)

e definir

(45) r'(z, I) :- - / ( z,(s), s) de (z E IB, 0 < I < 'I').

Então, c° é suave e é a única solução de(43). Como|h,| é


limitado e tem suporte compacto, c° tem suporte compacto em R x 0,
T).
5. Agora afirmamos que, para cada s > 0, existe uma constante C, de
modo que
(46) |c, | < C, em Rx (s, T').
Para provar isso, primeiroobserve que se 0 < s
< T,então
1
d",(z, I) == F"(rtz' + (1 - r)?i')(ru + (1 - r)ii,) dr
(47) 0
c C'

por (41), já que F é convexo.


Em seguida, diferencie o PDE em (43) com relação a z:

Agora, defina n(z, t) := e "cg(z, t), para

(49) 3 = - + 1.

Então

50)
3.4. JNT'RODU 'T'ION TO CON!SERVATION LAW8 153

Como c° tem suporte compacto, n atinge um máximo não negativo sobre IN x


|s, T] em algum ponto finito ( o. o). Se o = T', então cg = 0. Se 0 < to < +. então
'(*o' *o) < 0, Q (*o' *o) == 0.

Consequentemente, a equação (50)

resulta em (51)

Mas como 6 "g <e A é dado por (49), a desigualdade (51) implica

Um argumento semelhante mostra

em qualquer ponto (zi i) onde n atinge um mínimo não positivo. Essas


duas estimativas e a definição de n implicam em (46).
6. Precisaremos de mais uma desigualdade, a saber

(52) |rg(z, t)| dv < D

para todo 0 t <r e alguma constante D, desde quer seja pequeno o suficiente.
Para provar isso, escolha um 0 tão pequeno que = 0 em IN x (0, r). Então,
se 0 < t < r, vemos em (45) que c é constante ao longo da curva característica
z,(-) (resolvendo (44)) para t < s < r. Selecione qualquer partição +o < x <- <
+N
Então vo < ri < < vN onde pi := z,(s) (i = 1, ... , N) para

Como c° é constante ao longo de cada curva característica zi(-), temos


N N
l-'(-7)--'(r i*)l = l-'(v )--'(m )l
t=l t=l
< var r'( , v),

"var" denotando a variação com relação a z. Tomando o supremo sobre todas


essas partições, encontramos
154 3.PDE DE PRIMEIRA ORDEM NÃO
LINEAR

já que c' tem suporte constante e a estimativa (41) é válida para s = r.


7. Agora, finalmente, concluímos a prova definindo c - c' em (42) e
substituindo, usando (43):

wk dxdt --
0 -oo 0 -oo

0 -oo
--: I; + J j.

Então, em vista de (40), (46) e do Teorema da Convergência Dominada,

para cada r > 0. Por outro lado, se 0 < r < T, vemos

Portanto
wJ dxdt -- 0
0 -oo
para todas as funções suaves I, como acima, e, portanto, in = u - ii = 0 a.e.

3.4.4. O problema de Riemann.


O problema do valor inicial (1) com a função inicial constante por partes
utif z < 0
(53) 9(+) - u, se z 0
é chamado de problema de ftternonn para a lei de conservação escalar (1).
Aqui ut, u, C R são os estados iniciais esquerdo e direito, u -/- u,
Continuamos a supor que F é uniformemente convexo e U2 , e, como antes
escrever C = (F') l
TEOREMA 4 (Solução do problema de Riemann).
(i) Se u u" é a única solução de entropia do problema de transição (1),
(83) é

(54) ' <(s E R, I > 0),


8.4. INTRODUÇÃO ÀS LEIS DE CONSERVAÇÃO 155

Onda de choque resolvendo o problema de Riemann para uj Nosso

F(u ) - F(u )

(ii) I/ ut < u" a solução única de entropia do problema de transição (1),


(53) é

Observações. (i) No primeiro caso, os estados ut e u são separados por uma


onda de choque com velocidade constante e. No segundo caso, os estados ut
e u são separados por uma onda de roreio/ncção.
(ii) Sabemos, com base na teoria apresentada nos parágrafos 3.4.2-3.4.3,
que a fórmula de Lax-Oleinik deve gerar essas soluções, e é um exercício
interessante verificar isso diretamente. Em vez disso, construiremos as
funções (54),
(56) a partir dos primeiros princípios e verificar se elas são, de fato, soluções de
entropia. Por exclusividade, então, elas devem estar de acordo com as fórmulas
de Lax-Oleinik. Essa é uma boa ilustração do poder da afirmação de
exclusividade, Teorema 3. O

Prova. 1. Suponha que ut u . Claramente, u definido por (54), (55) é, então,


uma solução integral do nosso PDE. Em particular, como e = !F(u)))/ u\), a
condição de Hugoniot de Rankine é válida. Além disso, observe
156 3. PDE NÃO LINEAR DE PRIMEIRA
ORDEM

Onda de rarefação resolvendo o problema de Riemann para ut < ur

de acordo com (17). Como ut > u", a condição de entropia também é válida. A
singularidade decorre do Teorema 3.
2. Suponha agora que ut < u,. Devemos primeiro verificar se u definido por
(56) resolve a lei de conservação na região QF'(u ) < * < F'(u ) j. Para verificar
isso, vamos fazer a pergunta geral sobre quando uma função u da forma

resolve (1). Calculamos

ut + F(u) -- ut + F'(u)uz
1
¿2

Assim, supondo que c' nunca desapareça, encontramos F' pr p* )) = t . Portanto

resolve a lei de conservação. Agora, c(*) = ut, desde que * = F'(u ); e, da mesma
forma, c(¿) = u, se * = F'(u ).
Como consequência, vemos que a onda de rarefação u definida por (56) é
contínua em IN x (0, m) e é uma solução da PDE ut + F(u)z = 0 em cada uma
de suas regiões de definição. É fácil verificar que u é, portanto, uma solução
integral de (1), (53). Além disso, como observado no item §3.4.3, também
podemos supor que G seja contínuo de Lipschitz, temos

Lábio(G)
8.4. REDUÇÃO DAS LEIS DE CONSERVAÇÃO 157

se F'(u )t < z < z + z < F'(u )t. Essa desigualdade implica que u também satisfaz
a condição de entropia. A exclusividade é mais uma vez uma consequência do

Teorema 3.

3.4.5. Comportamento de longa data.


a. Decaimento acima da norma.

Empregamos agora a fórmula de Lax-Oleinik (29) para estudar o


comportamento de nossa solução de entropia u de (1) como t -' m.
A s s u m i m o s abaixo que F é suave, uniformemente convexo, F(0) = 0 e
9 é limitado e somável.
TEOREMA 5 (Assimptótica na norma L). Existe uma constante U tal que

(57)

para z C IN, t 0.
Prova. 1. Definir

(58) := F'(0);
então

(59) G( ) - 0,

e, portanto

(60)

2. Em vista de (60) e da convexidade uniforme de fi,

(61)

para alguma constante 8 > 0. Como h -- J0 g dy é limitado por M : 9 pi ,


vemos em (61) que
2
a ' -I- /i(p)8 ' ' - M.
158 3.PDE NÃO LINEAR DE PRIMEIRA
ORDEM

Por outro lado,

Assim, no ponto de minimização p(z, t), temos

e assim
x - y(z, I)
(62)

para alguma constante C'.


3. Mas como G(e) = 0, para qualquer z C IN, t0 temos

-¿1/2'

de acordo com (62).

O Exemplo 3 em §3.4.1 mostra que essa taxa de decaimento t* 12 é ideal.

b. Decaimento para onda N.

A estimativa (57) afirma que a norma fi'de u vai para zero quando t -' m.
Por outro lado, observamos no Exemplo 3 em §3.4.1 que a norma L1 de u não
precisa ir para zero; de fato, a integral de u sobre IN é conservada (Problema
13). Em vez disso, mostramos aqui que u evolui em Al em uma forma
simples, supondo agora que
9 tem suporte compacto.
Dadas as constantes p, q, d, cr, com p, q0 , d0 , definimos a onda N
correspondente como sendo a função
1
- e) se -(pdt) i 2 < z - at < (¢dt)1 2
(63) N(z, t) :- '
0 caso contrário.
3.4. INTRODUÇÃO ÀS LEIS DE CONSERVAÇÃO 159

( t)1/2

( Q{)1/2

Onda N
A constante e é a velocidade da onda N.
Agora defina e por (58), defina
(64) d := F"(0) > 0,
e também escrever

(65) p := -2 min 9 dv, q :-- 2 max 9 dz.

Observe que p, q
0e 1
(66) 'd

TEOREMA 6 (Assimptótica em Al -norm). Suponha que p, q > 0. Z '/ien


existe uma constante C! tal que
(67)

para todo I > 0.


Prova. 1. A partir da estimativa (62) na prova do Teorema 5, temos

(68) -{1/2'

+,y (- -°') - v(-.') 2)


160 3. PDF NÃO LINEAR DE PRIMEIRA
ORDEM

Consequentemente, (59), (66) e (68) implicam

(69)
i (- -°/) - v(- /) r
d I -I "

2. Como 9 tem suporte compacto, podemos supor, para alguma


constante It 0 que 9
0 em R O (|z| It}. Portanto
consertar se s < -A
#(*)=
h+ se s A,
para as constantes fip. Um cálculo mostra

(70) em /i = --
2 2
Em seguida,
A
definimos {1/2
(I > 0),

(71)

a constante A a ser selecionada posteriormente.


3. Agora afirmamos que, se A for suficientemente grande, então
(72) u(z, I) - 0para z - crf < -R - (pd(\ + c)f)1*2

(73) v(z, I) - 0 para z- crf > /t + (§d(1 + c)f)1'2 .

De fato, como (64)


implica 1
"( ) ' d'
deduzimos de (61) e (62) que
2+
($ -1/ 2)

Portan
to
Assumir 2
(74) pa
'( )' d'( " 2f " '
ra
2 '(-)' ('-
1 /)

(75) z - I < -It - (pd(1 + c)f) *12 .


3.4. A INTRODUÇÃO DE LEIS DE CONSERVAÇÃO 161

Então /i(z - ct) = fixo e, portanto

Agora, se p < -fi, então

já que£ . Por outro lado, se -It,empregamos (74) e (70) para


estimar

-F h(y)
d 2f 2
pd \ -I- c)f p
+ fi- + O (t 12 por (75)
- 2df " 2
+ lie + O (t 12 por (71)

desde que A seja grande o suficiente.


Concluímos que (75) força p(z, t) = z - ct, e, portanto, u(z, t) = C(e) =
0.
Isso estabelece a afirmação (72), e a prova de (73) é análoga.
4. Em seguida, afirmamos que, para A e t

suficientemente grandes, (76)

Para ver isso, observe que p(z, t) < -Isso implica, como acima, que

Selecione agora um ponto z tal que /i(z) = min /i = - 2* + fi-e |z| < fi. Então,
podemos, como antes, invocar (74) para estimar

+ J_ + ($-1/2)
- d 2f 2
< pd(\ - e)t p+ _+ (-1/2
- 2df " 2
+ _+ (y-1/2)< _
162 3. PDE DE PRIMEIRA ORDEM NÃO
LINEAR

para A suficientemente grande. Isso prova que (76) e um argumento


semelhante estabelece
que

(77) y(z, I) < JR se z - crf - -R + (qd(i - c)f) *12 .

8. Lembre-se da prova do Teorema 1 em §3.4.2 que o mapeamento z


y (x, I) é não decrescente. Portanto, (69), (76) e (77) implicam, para t
grande, que
1 se
(78)
R - (pd(1 - c)f)1*2 <z- of < -it + (qd(\ - c)f)!*2 .

6. Devido ao Teorema 5, temos |u| = O(t° 2 ) e, por definição, N O(t 2 ).


Além disso, (71) implica ((1 -£ c)t) 2 - t2 = O(i). Usando esses limites
juntamente com (72), (73) e (78), estimamos

u(x, I) - N(x, I) dv O (t1 2) ,

conforme desejado.

Exemplo 3 (continuação). Observe que temos p = 0, q = 2, e = 0, d -- 1 no Exemplo


3 de §3.4.1. Nesse caso, temos
*se 0 < z < (2f) *12
N(x, t) --
0 caso contrário,

e, portanto, de fato u N para os tempos t 2.

Estudaremos sistemas de leis de conservação no Capítulo 11.

3.5. PROBLEMAS
1. Provar
u(Z, I, o, b) o - Z - IN(a) + \ (o E @ , \ E @)
é uma integral completa da equação de Hamilton-Jacobi

u/ + £f(Do) -- 0.

2.
(a) Escreva as equações características do PDE

(*) ut + -6 Du -- em R" x (0, m),


3.5. PROBLEMAS 163

onde 6 e IN', / = /(z, t).


(b) Use a EDO característica para resolver (+) sujeito à condição
inicial de
condição
-=9 em R x {t = 0}.
Certifique-se de que sua resposta esteja de acordo com a fórmula
(5) em §2.1.2.
3. Resolva usando características:
(*') 1 zi +2 *2 2u, ( i, 1) 9( i )
1
2 -1

4. Verifique se a fórmula (61) em §3.2.5 fornece uma solução implícita


da lei de conservação escalar.
5. Escreva ñ = H', se H : R' -' IN for convexo.
(a) Seja R(p) = ' |p|*, para 1 < r < m. Mostre
1 1
£(q) = |q|*, onde - + - = 1.

(b) Seja H(p) --


matriz simétrica e definida positiva, b C IN'. Calcule fi(q).
6. Seja H : R' -- R seja convexo. Dizemos que q pertence à suhdi@erentinf de
H em p, escrito
q e dH(p),
se
H(r) H(p) + -q (r - p) para todo r C IR'.
Prove que q e dH(p) se e somente se p C dL(q) se e somente se p-q =
H(p) + L(q), em que £ = H'.
7. Prove que a fórmula de Hopf-Lax é a seguinte

+ 9(IJ)

x
= min tfi + 9(v)

para R -- sups |DN(D9)!, H -- L'. (Isso prova a velocidade de propa9*!-


- unite para um PDE de Hamilton-Jacobi com Hamiltoniano convexo e
função inicial contínua de Lip- schitz 9. Dica: use o problema anterior).
8. Seja N um subconjunto fechado de R'. Mostre que i/ a fórmula de
Hopf-Lax pode ser aplicada ao problema do valor inicial
ut + | Du|2 = 0 em IN' x (0, m)

(t = 0},
164 3. PDE NÃO LINEAR DE PRIMEIRA
ORDEM

ele forneceria a solução


1
(x, t) dist(z, A)2 .
4t
9. Preencha todos os detalhes da prova do Lema 4 em §3.3.3.
10. Suponha que u1 , u2 sejam duas soluções fracas dos problemas de valor
inicial
u, + R(Du') = 0 em IN' x (0, m)
-' = 9 em R x {t = 0} (i = 1, 2),
para H como em §3.3. Prove a desigualdade de contração fi

sup |u1( , I) - u2(-, I) | < Sup 1 2


!9 - 9 ! (I 0).

11. Mostre que


2
(t +3 + 2 se 4z + t2 > 0
0 se 4z + t2 < 0

é uma solução de entropia (não limitada) de ut + ( 2 ) = 0.


12. Suponha que u(z + z) - u(z) < Az para todo z0 . Seja u' = q,
u e mostre

13. Suponha que F(0) = 0, u é uma solução integral contínua da lei de


conservação
ut + F(u)z -- 0em IN x (0, m)
- = 9 em R x {t = 0},
e u tem suporte compacto em R x (0, m). Prove que

u( , f) dz -- 9 dz

para todo t0.


14. Calcule explicitamente a solução de entropia única de

= 0em IN x (0, m)
- = 9 em IN x {t = 0},
para
1 se z < -1
0 se - 1 < z < 0
2 se 0 < z < 1
0se z 1.
8.fi. REf'ERÊNCIAS 65

Faça um desenho documentando sua resposta, certificando-se de ilustrar


o que acontece em todos os tempos t > 0.

3.6. REFERÊNCIAS
Seção.1 boa referência para esse material é Courant-Hilbert C-H,
Capítulo 2].
Seção 3.2 Essa derivação das equações diferenciais características é
encontrada em Carathéodory C]. A prova do Teorema 2 segue
Garabedian G, Capítulo 2], John 3, Capítulo 1], etc. Chester
CH] e Sneddon SN] também são bons textos para saber mais
sobre EDPs de primeira ordem. O Exemplo 3 em §3.2.2 é de
Zwillinger
Seção 3.3
Consulte Lions LI], Rund RU] e Benton BE] para obter mais
informações sobre Hamilton-Jacobi PDE. A prova de
Seção 3.4 exclusividade, que é devida a A. Douglis, é de BE].
Consulte Lax SLA] e Smoller |S, Capítulos 15,16] (de onde
tirei a prova do Teorema 3, devido a 0. Oleinik). Os teoremas
5 e 6 são de DiPerna DP] e estou em dívida com
M. Struwe pela ajuda com as provas. Uma boa referência
geral sobre ondas não lineares é Whitham WH].
Cap!er fi

OUTRAS
FORMAS DE
REPRESENTAR
SOLUÇÕES

4.1 Separação de variáveis


4.2 Soluções de similaridade
4.3 Métodos de transformação
4.4 Conversão de PDE não linear em linear
4.5 Assimptótica
4.6 Série Power
4.7 Problemas
4.8 Referências

Este capítulo reúne uma ampla variedade de técnicas que, às vezes, são
úteis para encontrar certas soluções mais ou menos explícitas para várias
equações diferenciais parciais ou, pelo menos, fórmulas de representação
para soluções.

4.1. SEPARAÇÃO DE VARIÁVEIS


O método de seporotton o/ variáveis tenta construir uma solução u para uma
determinada equação diferencial parcial como algum tipo de combinação de
funções de menos variáveis. Em outras palavras, a ideia é supor que u possa
ser escrito como, por exemplo, uma soma ou produto de funções
constituintes ainda não determinadas, inserir essa suposição na EDP e, por
fim, escolher as funções mais simples para garantir que u seja realmente uma
solução. Essa técnica é melhor compreendida por meio de exemplos.

167
168 4. O 'SUAS FORMAS DE REPRESENTAR' SORÇÕES

Exemplo 1. S e j a U C R' um conjunto aberto e limitado com limites


suaves. Consideramos o problema de valor inicial/limite para a equação
de calor

ui - An = 0em U x (0, m)
(1) u= 0em dU x 0, m)
° = 9 em U x {t - 0},

onde 9 . U -- IN é dado. Supomos que exista uma solução com a forma


multiplicativa

(2)

Ou seja, procuramos uma solução de (1) com as variáveis z - (zt, ... , z") e U
"separado" da variável t € 0, T'].

Isso funcionará? Para descobrir, calculamos

Portanto

se e somente se

(3)

para todo z e U e t 0, de modo que in(z), c(t) / 0. Agora observe que o lado
esquerdo de (3) depende apenas de t e o lado direito depende apenas de z. Isso é
impossível, a menos que cada um deles seja constante, digamos

(I0 , z E U).

Então

(4)

Precisamos resolver essas equações para as incógnitas w, c e y.


Observe primeiro que, se y for conhecido, a solução de (4) é c = de*' para uma
constante arbitrária d. Consequentemente, precisamos apenas investigar a equação
(5).
4.1. SEPARAÇÃO DE VARIÁVEIS 169

Dizemos que A é um ei9envalue do operador -A em U (sujeito a condições


de contorno zero) se existir uma função in, não identicamente igual a zero, que
resolva
-As = Amin U
in = 0on dU.
A função in é uma função própria correspondente. (Consulte o Capítulo 6
para conhecer a teoria dos valores próprios e das funções próprias).
Se A for um valor próprio e w for uma função própria relacionada, definimos y
= -A acima, para encontrar
(6) u de°"w
resolv
e ut - An - 0 em U x (0, on) u
-0 em bU x 0, on),
(7)
com a condição inicial u( , 0) = dw. Assim, a função u definida por
(6) resolve o problema (1), desde que 9 -- dw. De modo mais geral, se Hi A ,n são
valores próprios, <i wp são funções próprias correspondentes e di . , dp são
constantes, então

(8) - Z dke 'tuk


k-1

resolve (7), com a condição inicial u( , 0) = k 1 dkwk. Se pudermos encontrar


, i , . etc., de modo que Zk=1 dk k -- 9 t e r m i n a m o s .
Podemos esperar generalizar ainda mais, tentando encontrar uma sequência
contável Hi . de valores próprios com as funções próprias correspondentes w ,
... , de modo que

(9) Z dk k -- 9 em U
k=l
para constantes apropriadas di . . . Então, presumivelmente

(10) u =- die 'k' k


k--1

será a solução do problema de valor inicial (1).


Essa é uma fórmula de representação atraente para a solução, mas
depende de (a) sermos capazes de encontrar valores próprios, funções
próprias e constantes que satisfaçam (9) e (b) verificarmos se a série em (10)
converge em algum sentido apropriado. Discutiremos essas questões mais
detalhadamente nos Capítulos 6 e 7, no contexto das aproximações de
Galerkin. O
170 4. O 'SUAS FORMAS DE REPRESENTAR' SORVETES

Observação. Observe que somente nossa solução (6) é determinada pela


separação de variáveis; as formas mais complicadas (8) e (10) dependem da
linearidade da equação de calor. O

Exemplo 2. A seguir, vamos aplicar a técnica de separação de variáveis para


descobrir uma solução para a equação do meio poroso
(1I) u/ - A(u*) - 0 em JB" x (0, oo),
em que u 0 e 1 é uma constante. A expressão (11) é uma equação de difusão
não linear, na qual a taxa de difusão de alguma densidade u depende da
própria u. Esse PDE descreve o fluxo em meios porosos, a lubrificação de
película fina e vários outros fenômenos.
Como no exemplo anterior, buscamos uma solução da forma
(12) u(z, t) = c(t)m(z) (x e IN', t 0).
Inserindo em (11), descobrimos que

(13)

para alguma constante y e todo z C R', t0 , de modo que in(z), c(t) / 0 .


Resolvemos a EDO para c e encontramos
r ((1 - y)yf + X) - ,
para alguma constante A, que consideraremos positiva. Para descobrir w, devemos
então resolver o PDE
(14)
Vamos supor que
in = z ,
para alguma constante n que deve ser determinada.
Então

Portanto, para que (14) seja válido em R', devemos primeiro exigir que n =
ny - 2 e, portanto
2
(16) -

Voltando a (15), vemos que devemos definir ainda


mais
(17) y = ny(ny + n - 2) > 0.
Em resumo, para cada A > 0, a função

resolve a equação do meio poroso (11), os parâmetros,


definidosp
or (16), (17). 0
4.1. SEPARAÇÃO DE VARIÁVEIS 171

Observação. Observe que, como > 1, essa solução explode para z 0 como t -'
t" para t, := Fisicamente, uma enorme quantidade de massa "se difunde
do infinito" em um tempo finito. Consulte §4.2.2 para ver outra solução mais
bem comportada da solução
equação de meio poroso e consulte o item §9.4.1 para saber mais sobre
fenômenos de blow-up para equações de difusão não lineares.

No exemplo anterior, a separação de variáveis funcionou devido à


homogeneidade da não linearidade, que é compatível com as funções u que
têm a forma multiplicativa (12). Em outras circunstâncias, é vantajoso
procurar uma solução em que as variáveis sejam separadas aditivamente:

Exemplo 3. Vamos nos voltar mais uma vez para a equação de Hamilton-Jacobi

(18) ui + H(Du) -- em R'x (0, on)

e procure uma solução u com a forma

Então

se e somente se

para alguma constante y. Consequentemente, se

H(Dw) --

para algum e IN, então

resolverá, para qualquer constante 6, ut + H(Du) -- 0. Em particular, se escolhermos


w(z) - n- z para algum n e IN' e definirmos y - H(a), descobriremos a solução

u - n- z - H(a)t + b

já observado em §3.1.
172 4. OUTRAS SOLUÇÕES "WAAS TO REPRESENT

4.2. SIMILARIDADE SOLUÇÕES


Ao investigar equações diferenciais parciais, muitas vezes é proveitoso
procurar soluções específicas u, cuja forma reflete várias simetrias na
estrutura do PDE. Já vimos essa ideia em nossa derivação das soluções
fundamentais para as equações de Laplace e de calor em §2.2.1 e
§2.3.1, e nossa descoberta de ondas de rarefação para leis de conservação em
§3.4.4. A seguir, apresentamos algumas outras aplicações desse importante
método.

4.2.1. Ondas planas e viajantes, solitons.

Considere primeiro uma equação diferencial parcial envolvendo as duas


variáveis z e IN, t e R. Uma solução u da forma

(1) (x,i) -('-°')(-'","")


é chamada de onda móvel (com velocidade o e perfil v). Em termos mais gerais,
uma solução u de um PDE nas n + 1 variáveis x -- (x i ) o $', o & com a
forma

(2) yz(a, t) &(p'I - 0t) (I q ', t g )

é chamada de onda plana (com frente de onda normal a p e R', velocidade , e


perfil n).

a. Soluções exponenciais.
Em vista da transformada de Fourier (discutida mais adiante, no §4.3.1), é
particularmente esclarecedor, ao estudar equações diferenciais parciais lineares,
considerar soluções de ondas planas com valores complexos da forma

(3)

onde in C C e p =(ri , v) e IN', sendo in a frequência e (pi} os números


de onda. Em seguida, substituiremos as soluções experimentais da forma (3) em
vários PDEs lineares, prestando atenção especial à relação entre p e in forçada
pela estrutura da equação.

(i) Equação de calor. Se u for dado por (3), calculamos

ui - An = (in + |p|2 )u = 0, desde que

in = i |p|2 . Portanto

resolve a equação de calor para cada p e R'. Tomando partes reais e


2 2
imaginárias, descobrimos ainda que e* ' cos(p- z) e e* ' sin(p z) são
soluções como
4.2. SOLUÇÕES DE SIMILARIDADE 173

bem. Observe neste exemplo que, como in2 é puramente imaginário, o resultado é
um termo exponencial real e negativo e* ' nas fórmulas, que corresponde a
para diSS!pat1OTt.

(ii) Equação de onda. Ao substituirmos (3) na equação de onda,


descobrimos

fornecido em - -i-|p|. Consequentemente

resolve a equação de onda, assim como o par de funções cos(p- z -i- |p|t) e sin(p
z -I- |p|t). Como in é real, não h á efeitos de dissipação nessas soluções.
(iii) Equações dispersivas. Agora deixamos n = 1 e substituímos u =
e' ^'+"') na equação de Array

Calculamos

sempre que in = p3 . Portanto

resolve a equação de Airy e, mais uma vez, como é real, não há dissipação.
Observe, entretanto, que a velocidade de propagação é p2 , que depende não
linearmente da frequência do valor inicial e'^'. Assim, ondas de frequências
diferentes se propagam em velocidades diferentes: o PDE cria dispersão.
Da mesma forma, se n > 1 e substituirmos u = e'(^"+"') na fórmula de
Schrâdinger
equação

calculamos

Consequentemente, em = -|p|2 , e

Novamente, a solução apresenta dispersão.


174 4. OUTRAS FORMAS DE REPRESENTAR AS AÇÕES

b. Sólitons.
A seguir, consideramos a equação de Korteweg-de Vries (KdV) na forma

(4) u, +6 u,-Fu", =0 em x (0,oo),

essa equação dispersiva não linear é um modelo para ondas de superfície na


água. Buscamos uma solução de onda viajante com a estrutura

Então, u resolve a equação KdV (4),desde que satisfaçaa ODE (6)

Integramos (6) observando primeiro

n denotando alguma constante. Multiplique essa igualdade por r' para obter

e assim deduzir
( /)2
(8)
2
em que h é outra constante arbitrária.

Investigamos (8) procurando agora apenassoluçõesr quesatisfaçam


r, r', r" -- 0 como s -+ (Nesse caso, a função u com a forma
(5) é chamada de onda solitária). Então, (7) e (8) implicam n = h = 0. A equação
(8) é simplificada para
( /)2

Portanto, r' = -I-r(cr - 2r) 12 .


Usamos o sinal de menos acima por conveniência computacional e
obtemos essa fórmula implícita para r:

°*') dz C
(9) S (cr - 2z) 1 2
0 S '
4.2. SOLUÇÕES DE SIMILARIDADE 175

2 sech 8. Segue-se que


2
para alguma constante c. Agora substitua z -
3/2
-e sech2 8 tanh 8 e s(e - 2s) '12 = 2 sech 8 tanh 8. Portanto, (9) passa a ser
2

2
(10) s- 8 + c,

onde 8 é implicitamente dado pela relação


(11) 2 sech2 8 v(s).

Por fim, combinamos (10) e (11) para calcular

v(s) - 2 sech2
2
Por outro lado, é rotina verificar se a definição realmente resolve a
EDO (6).
O resultado é que

u(z, t) - 2 sech2
2
é uma solução da equação KdV para cada c C R, w > 0. Uma solução d e s s a
forma é chamada de sóliton. Observe que a velocidade do sóliton depende de sua
altura.
Observação. A equação de KdV é, de fato, absolutamente notável, pois é
completamente inlegível, o que significa que, em princípio, a solução exata
pode ser calculada para dados iniciais essencialmente arbitrários. No entanto,
as técnicas relevantes estão além do escopo deste livro: consulte Drazin D]

para obter mais informações.

c. Ondas viajantes para uma equação biestável.


A seguir, considere a equação de reação-difusão escalar

onde / : R - R tem uma forma "cúbica".

Gráfico da função f
176 4. OUTRAS FORMAS DE REPRESENTAR
SOLUÇÕES

Assumimos, mais precisamente, que J é suave e verifica


(a) /(0)=//)=/(l)=0
(b) / < 0 em (0,s), / > 0 em (D,1)
(13)
()/'(o)<o/'(i)<o
(d) / /z)dz>0

para algum ponto 0 < n < 1.


Procuramos uma solução de onda viajante na forma

(14)

o perfilador e a velocidade e a ser determinada, de modo que

Agora, como J' < 0 em z = 0, 1, as constantes 0 e 1 são soluções estáveis do PDE


(e como J' > 0 em z - a, a constante n é uma solução instável). Portanto, queremos
que nossa onda viajante (14) interpole entre os dois estados estáveis z - 0, 1 em z
- yen.

Substituindo (14) por (12), v e m o s que deve satisfazer a equação


diferencial ordinária
d
(15) v "+de+//)=0
ds

sujeito às condições

(16)

Descrevemos agora (sem provas completas) uma análise de plano de fase


do problema ODE (15), (16). Começamos definindo

Então, (15) e (16) se transformam no sistema autônomo de primeira ordem:

(17)

com

(18)
4.2. SOLUÇÕES DE SIMILARIDADE 177

Agora (0, 0) e (1, 0) são pontos críticos do sistema (17), e os valores próprios das
linearizações correspondentes são
''2 4/'(0)) '2 - -E ( 2 - 4/'(1))1/2
(19) Ao 2

Em vista de (13)(c), 30 , são reais, com sinais diferentes, e, portanto, (0,


0) e (1, 0) são pontos de sela para o fluxo (17). Consequentemente, uma
"curva instável" W" deixa (0, 0) e uma "curva estável" IV* se aproxima de
(1, 0), conforme desenhado. Além disso, calculando os vetores próprios
correspondentes a (19), vemos
IV" é tangente à reta tr = A0r em (0, 0)
(20)
IV* é tangente à reta tr = A (r - 1) em (1, 0).

Curvas estáveis e instáveis

Observe que 30 , 3 , W" e As dependem do parâmetro cr. Nossa intenção é


encontrar e < 0 para que

(21) W' --s na região (r > 0, w > 0}.

Então, teremos uma solução de (17), (18), cujo caminho no plano de fase é
uma órbita heteroclínica que conecta (0, 0) a (1, 0).
Para estabelecer (21), fixamos agora um pequeno número e > 0 e deixamos fi
denotar a linha vertical que passa pelo ponto (o + e, 0). Afirmamos que

(22)
178 4. OUTRAS FORMAS DE REPRESENTAR AS SOLUÇÕES

se e < 0. Para verificar essa afirmação, defina


2
f(z) dz (v, w C IR)
2+ o
e computar

;;j^(°(') -('))' -(')-'(') + /(°('))°'(')


= -ew2 (t) por (17).

Como e < 0, vemos que E é não decrescente ao longo das trajetórias da ODE
(17). Observe também que os conjuntos de níveis de E têm as formas ilustradas.

Curvas de nível de E

Em seguida, considere a região It, conforme desenhada. A curva instável


entra em ft a partir de (0, 0) e não pode sair pela parte inferior, superior ou
esquerda. Usando (17), deduzimos que IV" deve sair de It pela linha L, em um
ponto (n + +. no(<))
Da mesma forma, argumentamos que IV* deve atingir £ em um ponto (n + i ( ) ). Isso
confirma
reivindicação (22).

Em seguida, observamos

(23) ^o(0) < ^i(0);

Isso ocorre porque as trajetórias de (17) para e = 0 estão contidas nos conjuntos de níveis
de
A. Afirmamos ainda que (24)
4.2. SOLUÇÕES DE SIMILARIDADE 179

A região R

A região S

desde que e < 0 e |e| seja grande o suficiente. Para ver isso, fixe d > 0 e
considere a região S, desenhada.
Agora, ao longo do segmento de reta T' := (0 <r< n + e, tr = Qr}, temos
180 4. OUTRAS FORMAS DE REPRESENTAR
SOLUÇÕES

Como é limitado para 0 <r < o + e, vemos que

(25) >-o- >d um,

desde que w < 0 e |e| seja grande o suficiente.


O cálculo (25) mostra que iY" não pode sair de S pelo segmento de reta T e,
portanto, não( ) fi(n + e) se e = e(Q) for suficientemente negativo. Por outro lado,
try(e) i ( 0) para todo e < 0. Assim, vemos que (23) se seguirá quando
escolhermos fi grande o suficiente e e suficientemente negativo.
Como no e i dependem suavemente de cr, deduzimos de (22) e (23) que
existe e < 0 com
(26)

Para essa velocidade e, consequentemente, existe uma solução para a EDO


(17),
(18). Portanto, encontramos para o nosso PDE de reação-difusão (12) uma
onda viajante da forma (14).
Observação. Uma análise mais refinada demonstra que a velocidade e que
s a t i s f a z (26) é única. Portanto, dada a não linearidade J que satisfaz as
hipóteses (13), existe uma única velocidade para a qual há uma onda viajante
correspondente. Compare essa afirmação com o Exemplo 2 acima, em que
encontramos ondas viajantes de sóliton para cada velocidade dada.

4.2.2. Similaridade em escala.


A seguir, ilustramos a possibilidade de encontrar outros tipos de soluções de
"similaridade" para PDE.
Exemplo (uma solução invariante de escala). Considere novamente a equação
do meio poroso
(27) ut - A(u^) = 0 em R' x (0,
on), onde u > 0 e > 1 é uma constante.
Como em nossa derivação anterior da solução fundamental da equação de
calor em §2.3.1, vamos procurar uma solução u que tenha a forma

(28)

em que as constantes n, fi e a funçãor : R' -- R devem ser determinados. Lembre-


se de q u e chegaremos a (28) se buscarmos uma solução u de (27) invariante
sob a diluição scafinq
4.2. SOLUÇÕES DE SIMILARIDADE 181

para que

para todo A > 0, z e R', t > 0. Definindo A = t*1 , obtemos (28) para r(p) :=
"(V,1-)
Inserimos (28) em (27) e descobrimos

para p = t*. Para converter (29) em uma expressão que envolva apenas a
variável p, é necessário

(30) a + 1 = up + 2Q.

Então, (29) se reduz a

(31)

Neste ponto, fizemos uma redução de n + 1 para n variáveis. Simplificamos


ainda mais supondo que r é radial, ou seja, r(p) = w(|p|) para algum tr : R --
R. Então, (31) se torna

n - 1(
(32) )' = o,

onde r -- y , -- . Agora, se definirmos

(33)

(32), então, é simplificado para


(yn-1( y)/)/+ 0 (r" )' = 0.

Portanto

para alguma constante n. Supondo que lim,pg tr, tr' = 0, concluímos que n = 0;
portanto
(w^)' = -Qrw.
Mas então

Consequentemente
182 4. OUTRAS FORMAS DE REPRESENTAR
SOLUÇÕES

h uma constante; e assim

- 1 2 -'
(34) w -- b- Qr ,
2

where we took the positive part of the right hand side of (34) to ensure
tr > 0. Recalling r(p) = tr(r) and (28), we obtain

1
(35) "(z, f) = - b- ¿2d (s E III", t > 0),

onde, a partir de (30),


(33),

(36)
" n(y - 1) -I- 2n (y - 1) -I- 2'

As fórmulas (35) e (36) são a solução de Barenblatt para a equação do meio


poroso.

Observações. Observe que a solução de Barenblatt tem suporte compacto


para cada tempo t > 0. Essa é uma característica geral das soluções fracas e
não negativas (definidas adequadamente) da equação do meio poroso com
dados iniciais com suporte compacto. A EDP parabólica não linear (27) se
torna degenerada sempre que u = 0 e, portanto, o conjunto {u > 0} se move
com velocidade de propagação finita. Consequentemente, a equação do meio
poroso (27) é frequentemente considerada um modelo melhor de propagação
difusiva do que a equação linear do calor (que prevê velocidade de
propagação infinita).

4.3. MÉTODOS DE TRANSFORMAÇÃO


Nesta seção, desenvolvemos parte da teoria das formas de transição de
Fourier e Laplace, que fornece ferramentas extremamente poderosas para
converter determinadas equações diferenciais parciais lineares em equações
algébricas ou em equações diferenciais envolvendo menos variáveis.

4.3.1. Transformada de Fourier.

Nesta seção, todas as funções são de valor complexo, e denota o


conjugado complexo.
4.3. MÉTODOS DE TRANSFORMAÇÃO 183

a. Definições e propriedades elementares.

Definição da transformada de Fourier em L1 . Se u C £*(R'), definimos sua


Transformada de Fourier

(1) '"-"(") dx (, e a")


e sua transformada inversa de Fourier

(2)

Como e"'!''* -- 1 e u C Al (R'), essas integrais convergem para cada p C R'.

Pretendemos agora estender as definições (1) e (2) às funções u e £2 (R').

TEOREMA 1 ( Teorema de Plancherel). Suponha que u C Al (R') M £2 (R') .


Então ii, u C £2 (R") e

(3)

Prova. 1. Primeiro, observamos que se r, tr C L*(R"), então 0, ñ C £'(R'). Além


disso

(4)

já que ambas as expressões são (2


iguais
)
1
2
mais, como calcularemos explicitamente abaixo no Exemplo 1 do §4.3.2,

2
Consequentemente, se e > 0 e r,(z) := e*'° , temos 0,(p) " (2c) 2 ' Portant
(4) implica, para cada e > 0, que o

(*) 4e dz.

2. Agora, tome u e Al (R') M £2 (R') e defina r(z) := ii(-z). Seja tr := u 'r e


Al (R') M U(R') e verifique (cf. Teorema 2 abaixo) que
184 4. OUTRAS FORMAS DE REPRESENTAR AÇÕES

Mas
e" ""'u(-z) dz -- ñ(g);

e assim = (2w)'' |u|22 .


Agora, tr é contínuo e, portanto
1
lim

onde empregamos o lema de §2.3.1. Como tr - (2r)''2 |u|2 > 0, deduzimos, ao


enviar e 0* em (5), que é somável, com

1(g) diy - (2z) "*2 w(0).

Portanto

A prova para u é semelhante.

Definição da transformada de Fourier em L2 . Em vista da igualdade


(3), podemos definir a transformada de Fourier de uma função u C £2 (R ) da
seguinte forma. Escolha uma sequência {uk }k l C Al(R') M L2(R') com

De acordo com (3), iik - diy fl2 n) uk 'H'j J ¿,2(in) - k j !! L2( ),e
2
portanto, {uk jk l é uma sequência de Cauchy em L (R').
Consequentemente, essa
sequência
converge para um limite, que definimos como sendo u:

A definição de ñ não depende da escolha da aproximação


sequência tip]k l . Da mesma forma, definimos u.
Em seguida, registramos algumas fórmulas úteis.

TI-IEOREM 2 (Propriedades da transformada de Fourier). C ñ2( ).


Suponha que ur,
Z'fien
(i) fside -- fjp, uâdy,
(ii) D°u = (ip)°u para cada multidão:s a tal que D's C £2 (R'),
(iii) (u r)"- (2r)'2 ñ0,
(iv) u - (u)*.
4.3. MÉTODOS DE TRANSFORMAÇÃO 185

Prova. 1. Seja ur, C £2 (R') e n C . Então


2 2
/,2 (@n ) -

Expandindo, deduzimos

e, portanto, de acordo com o Teorema 1,

Considere n = 1, i e combine as igualdades resultantes para deduzir

Isso prova que (i).


2. Se u for suave e tiver suporte compacto, calculamos

Por aproximação, a mesma fórmula é verdadeira se D°u C £2 (R").


3. Calculamos para ur, C Tel (R') M £2 (R') e p C R' que

'""' t/(s)n(z - z) dsdz

_ 1
e" "'t/(a) e"'(""'*"'v(z - z)d::n dz
" (2 )°/2

e " 'u(s) ds v(y) - ( 2x) "*2 t/(//)ñ(y).

2
4. Fixe z C R', e > 0 e escreva r,(z) := e'°'° * . Então

1 I --I2
e 4
(2c)*/2 '
186 4. OUTRAS FORMAS DE REPRESENTAR
SOLUÇÕES

onde seguimos os cálculos da prova do Teorema 1. Utilizando a fórmula (4),


deduzimos para u C £*(R') M L2 (R') que

(y)e"'*

A expressão à direita converge para (2v)''2 u(s) como e -+ 0+ , para cada ponto
Lebesgue de u. Assim

(2 n/2 q ' ''d'


e
'S ' f a'e 'S '

Isso prova que


(iv).

b. Aplicativos.
A transformada de Fourier é uma técnica especialmente poderosa para
estudar equações diferenciais parciais lineares de coeficiente constante.

Exemplo 1 (potenciais de Bessel). Primeiro, investigamos o PDE

(6) -An + u = Jin R',

onde J C fi2 (R'). Para encontrar uma fórmula explícita para u, usamos a
transformada de Fourier, relembrando o Teorema 2,(ii) para obter

O efeito da transformada de Fourier foi converter o PDE (6) na equação


algébrica (7), cuja soluçãoq é trivial:

Portanto

(8) u-

e, portanto, o único problema real é reescrever o lado direito de (8) em uma


forma mais explícita.
Invocando o Teorema 2,(iii), vemos

(9)
4.3. MÉTODOS DE TRANSFORMAÇÃO 187

onde

1
(10) B --

Resolvemos o problema de B da seguinte forma. Como - 0fe "dl para


cada n > 0, temos
2
1
= J 0 e '( 1+|^ )dt. Dessa forma

(l 1) B -- e
1 -I- |// 2 " (2z)-/2 0

Agora, se n, h e R, h > 0, e definirmos z -- h1 '2 - 2, t., encontraremos

2 e ° /4h 2
e'" * dv -- e' dz,
1/2 r

F denotando o contorno Im(z)= - 2 no plano complexo. Deformando F


no eixo real, calculamos Mr e dz -- J e* dz 1J2 e, portanto

3 2 1/2
4
(12) e "' d::c -- e*° ' '

Portanto

n/2
e

por (12). Consequentemente, concluímos a partir de (11) e (13) que

(14) B(z) - 2^/2 *2


o

B é chamado de potencial de Bessel. Empregando (9), derivamos então a


fórmula

4/

(4 )°/2 /°/2
0

para a solução de (6).


188 4. OUTRAS FORMAS DE REPRESENTAR
SOLUÇÕES

Exemplo 2 (Solução fundamental da equação de calor). Considere


novamente o problema do valor inicial para a equação de calor

ni - Au = 0em R' x (0, on)


(16)
u-g em R" x {t = 0}.

Estabelecemos um novo método para resolver (16) calculando u, a


transformada de Fourier de u apenas nas variáveis espaciais z. Assim

ût + |p|2 ù = 0 para t > 0


û=g para t = 0;

de onde

2g
Consequentemente, u = (e*' ) " e, portanto

(17) _

2
onde f = e*' . Mas então
1
-- e 4t
(2f)'/2

por (13). Invocando (17), calculamos


1
(18) "(et)= e ' 4t
(4 )''2
de acordo com §2.3.1. A transformada de Fourier nos forneceu uma nova
derivação da solução fundamental da equação de calor.

Exemplo 3 (Solução fundamental da equação de Schrödinger). V e j a m o s a


seguir o problema do valor inicial da equação de Schrödinger

(19)
u= yon R' x (t = 0}.

Aqui, u e g são de valor complexo.


Se substituirmos formalmente t por ele no lado direito de (18),
o b t e r e m o s a fórmula
1
(20) u(s, t) = e
4t
(4xH) 2
4.3. MÉTODO DE TRANSFORMAÇÃO 189

onde interpretamos i como e . Essa expressão claramente faz sentido para todos
os tempos t > 0, desde que p C Al (R'). Além disso, se |p|2 p e £1 (R'), podemos
verificar por meio de um cálculo direto que u resolve mas + An = 0 em R" x (0,
on). (Não discutiremos aqui o sentido em que u( , t) -- p como t -- 0+, mas
consulte §4.5.3 abaixo e o Problema 5).
Em seguida, reescrevemos a fórmula (20) como

e 4t '|y|z
2
4t y(g) dû.
(4zit)

Como |e 4t , e 4t = 1, podemos verificar, como no Teorema 1, que se g C Il(R') M


ñ2 (R ),
então

(21)

Portanto, o mapeamento p u( , I) preserva a norma £2 . Portanto, podemos


estender a fórmula (20) às funções g C ñ*(R"), da mesma forma que estendemos
a definição de transformada de Fourier. O

Observação. Chamamos
2
1
(22) /2e *'4t (;j; R', t/0)
(4xit)
a solução fundamental da equação de Schrödinger. Observe que a fórmula
(20), o = p T, faz sentido para todos os tempos t / 0, mesmo t < 0. Assim, de
fato, resolvemos
int + Au = 0
(23)
:8

Em particular, a equação de Schrödinger é reversível no tempo, enquanto a


equação de calor não é (apesar do Teorema 11 em §2.3.4). O

Exemplo 4 (Equação de onda). A seguir, analisaremos o problema do valor


inicial para a equação de onda
utt - Au = 0em R' x (0, m)
(24) u = p, ni = 0em R' x {t = 0},
onde, para simplificar, supomos que a velocidade inicial seja zero. Considere,
como antes, u como a transformada de Fourier de u na variável z C R'. Então
ûtt + |p|2 û = 0para t > 0
(25)
û = g, ûi = 0para t = 0.
190 4. OUTRAS FORMAS DE REPRESENTAR AS SOLUÇÕES

Essa é uma EDO para cada p fixo C'. Procuramos uma solução com a
forma u = Qe'^ (Q, C C). Ao substituir em (25), obtém-se y2 + |p|2 = 0 e,
portanto
= -i-i|p|. Lembrando as condições iniciais de (25), deduzimos

2
Invertendo, encontramos

2
e, consequentemente

(26) u(z, f) =

para zR', > 0. Analisaremos essa fórmula em certos limites assintóticos mais
tarde, em §4.5.3. Consulte também o Exemplo l(ii) em §4.2.1.

Exemplo S (equação do telégrafo). O problema do valor inicial para a


equação do telégrafo unidimensional é
-tt + 2dut - ugg = 0em R x (0, on)
(2T)
u = p, ut = /ion R x {t = 0},
para d > 0, sendo que o termo "2d i" representa um amortecimento físico da
propagação da onda. Como antes
2- 0 para t > 0
(28) u = g, ut = fifor t = 0.
Novamente buscamos uma solução da forma u = Qe'^ (Q, C C).
Conectando em (28), deduzimos y2 + 2dy + |p|2 - 0; portanto = -d -i- (d2 - |p|2
)1'2 . Consequentemente

e (0i(//)e**')*+ 0z(y)e *(')!) if |y| < d


e t( (//)e "t )t+ (/)t)
bi 2(//)e " se |y| > d
para y(//) :- (d2 - 2)1/2() < d), d(//) :- ( |//|2 - d2)1*2 (|//| > d), em que
bi(v) e 02(v) são selecionados de modo que
é(v) = dt(//) + dz(//)
e
ii (//)(7($) - d) -|- Hz(//)(-7(//) - d) se |//| d
0s(v)(/d(y) - d) -}- 2(v)(-/d(y) - d) se |y| > d.
Dessa forma, obtemos a fórmula de representação:

e" (y)t) dg.


0s(y)e'(" " ( ) *) -I- g2(y)e'(
(2x) /2 ' pp>,
Observe os termos e*", que correspondem ao amortecimento à medida que t -' avança.
4.3. MÉTODOS DE TRANSFORMAÇÃO 191

4.3.2. Transformada de Laplace.

Lembre-se de que escrevemos Qty = (0, on).

DEFINIÇÃO. IQ u C Ll ( +), definimos sua transformada de Laplace como


sendo

(29) t/ (s) :-- e '!u(/) dt (s 0).


0

Enquanto a transformada de Fourier é mais apropriada para funções


definidas em todo o R (ou R'), a transformada de Laplace é útil para funções
definidas somente em R+. Na prática, isso significa que, para uma equação
diferencial parcial que envolve tempo, pode ser útil realizar uma
transformada de Laplace em t, mantendo as variáveis espaciais z fixas. (Isso
é o oposto da técnica dos Exemplos 2-5 acima).

Exemplo 1 (Resolventes e transformada de Laplace). Considere novamente a


equação de calor
rt - Ar = 0em U x (0, on)
(30) r= f em U x {t = 0},

e realizar uma transformação de Laplace com relação ao tempo:

r (z, s) -- e"''v(z, /) dt (s > 0).


0

Qual PDE que r satisfaz? Calculamos

0 0

Pense agora que s > 0 é fixo e escreva o(z) := c ( z, s). Então

(31) -Du + su -- f em U.

Assim, a solução da equação resolvente (31) com lado direito / é a transformada


de Laplace da solução da equação de calor (30) com dados iniciais /. (Se U -- R' e
s -- 1, poderíamos agora representá-la em termos da solução fundamental, para
obter a fórmula (15).

A conexão entre a equação resolvente e a trans- forma de Laplace ficará


mais clara com a discussão da teoria do semigrupo no §7.4.
192 4. OUTRAS FORMAS DE REPRESENTAR
SOLUÇÕES

Exemplo 2 (Equação de onda a partir da equação de calor). Em seguida,


empregamos algumas ideias da transformada de Laplace para fornecer uma
nova derivação da solução para a equação da onda (cf. §2.4.1), com base -
surpreendentemente - na equação do calor.
Suponha que u seja uma solução limitada e suave do problema do valor
inicial:

" - u- 0em R' x (0, on)


(32)
u = g, ut = 0em R' x {t = 0},

onde n é ímpar e g é suave, com suporte compacto. Estendemos u para tempos


negativos escrevendo

(33) u(z, t) = u(z, -t) se z C R' ,t < 0.

Então

Próxima
definição
1 2
e' ' ' 4't/(z, S) ds (z E R", > 0).
(4rt)1/2
(34) v(it):=

Portanto limr= yuniformemente em R'.


0

Além disso
1 2 4
e ' * ^ A t / (z, S) ds
(4rt)1/ *
2 2
4
e ' / *u"(z, s) ds
- (4z )1,2
l s 24
e -' ' 'v,(z, S) de
(4rt)1t2 2
oo g2 i
(4rt)*/2 _ 4t2 2t

Consequentemente, r resolve esse problema de valor inicial para a equação de


calor:

rt - Ar = 0em R' x (0, m)


r=g em R" x {t = 0}.

Asr é limitado, deduzimos de §2.3 que


(35) g(jj) diy.
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Mais informações em www.DeepL.com/pro.
4.8. TRANSFORMAR 193
MrxHoDs

obtendo assim o
Equacionamos (34) com (35), relembramos (33) e
definimos a identidade A
n-3 2
2 1
u(z, s)e" ds --
0 2
Porta
nto
2
(36) u(z, s)e " ds -- e°'"'r'*1 G(z; r) dr,
0

para todo A > 0, onde

(37)

Resolveremos
2 (36), (37) para u. Para isso, escrevemos n = 2k + 1 e observamos
1d
2r dr (e* " ) - be " . Daí que

k k
(e*' 2) r2b G(z; r) dr
0

1
2k
0

onde integramos por partes k vezes para a última igualdade.


Devido a (36) (com r substituindo s na expressão à esquerda), deduzimos

u(z, r)e" "'dr -


0 J0

Ao substituir z = r2 , vemos que cada lado acima, tomado como uma função
de A, é uma transformação de Laplace. Como duas transformações de
Laplace são iguais somente se as funções originais forem idênticas,
deduzimos
yi a k
(38)

_ pm/2 _ g**g
Agora n = 2L + 1 e n(n) Como F (2) = w1'2 e
F(z + 1) = zF(z) para z > 0 (cf. RD, Capítulo 8]), podemos calcular

1 1
xk2c +1"2k+ F( -I- 1) ( - 2)( - 4) 5- 3 "
194 4. oznzR wAvs xo SOLUÇÕES ATUAIS

Inserimos essa dedução em (38) e simplificamos:


m-3
ld 1d
(39) u(z, I) -
Eu não

Essa é a fórmula (31) em §2.4.1 (para /i 0).

4.4. CONVERSÃO DE PDE NÃO LINEAR EM LINEAR


Nesta seção, descrevemos várias técnicas que, às vezes, são úteis para
converter determinadas equações não lineares em equações lineares.

4.4.1. Transformação de Hopf-Cole.

a. Um PDE parabólico com não linearidade quadrática.


Em primeiro lugar, consideramos um problema de valor inicial para uma
equação parabólica quasilinear:

b|Du|2 = 0em R" x (0, m)


(1)
u= qon R" x {t = 0},

onde o > 0. Esse tipo de PDE não linear surge na teoria de controle ótimo
estocástico.
Supondo que, no momento, u seja uma solução suave de (1), definimos

onde $ : R -' R é uma função suave, ainda não especificada. T e n t a r e m o s


escolher Q de modo que ele resolva uma equação linear. Temos

e, consequentemente, (1) implica

desde que escolhamos Q para satisfazer oQ" + bQ' -- 0. Resolvemos essa equação
diferencial definindo Q =ed .Assim, vemos que se u resolve (1), então

(2)
4.4. CONVERSÃO DE PDE NÃO LINEAR EM PDE 195
LINEAR

resolve esse problema de valor inicial para a equação de calor (com


condutividade o):
i - oAi = 0 em x(0,oo)
(3)
w= e*-em R" x {t = 0}.
A fórmula (2) é o movimento/tons de Hopf-Role.
Agora, a única solução limitada de (3) é

e, como (2) implica


g
b
obtemos assim a fórmula explícita

-°°'-'d- (- - -°. ' > o)


para uma solução do problema de valor inicial quasilinear (1).

b. Equação de Burgers com viscosidade.


Como aplicação adicional, examinamos agora para n = 1 o problema do
valor inicial para a equação de Burgers viscosa:
ut - engg + nut = 0em R x (0,
(5)
m)
Se definirmos u = qon R x (0, m).

(6)
e (7)

(cf. §3.4), temos


h(z):- g(y) dy
(8)
12 em B x (0, oo)
w= fion R x {t = 0}.
Essa é uma equação da forma (1) para n = 1, b e, portanto, (4) fornece o
fórmula
(9) w(z, t) = -2o log dg
(4. ,)1/2 g
e 4at2n

Mas, como u = wg, ao diferenciar (9), descobrimos que

(10) u(s, t) = "


4ot 2n dy
é uma solução do problema (5), em que /i é definido por (7). Examinaremos
mais detalhadamente essa fórmula em §4.5.2.
196 4. oznzR wArs xo ezPRESENz JOEUTIONS

4.4.2. Funções em potencial.


Outra técnica é utilizar uma função potencial para converter um sistema
não linear de PDE em um único PDE linear. Consideramos como exemplo as
equações de Outer para fluxo de fluido invisível e incompressível:
(a) ut + u- Du = -Dp + f em R3 x (0, m)
(11) (b) divu = 0 em R3 x (0, m)
(c) u= g em R3 x{t= 0}.

Aqui, as incógnitas são o campo de refocitp u = (u1 , u2, u3) e a pressão


escalar p, a força externa f = (/1, /2, /3) e a velocidade inicial g = (q1 , q2 ,q3
). Aqui D, como de costume, denota o gradiente no espaço
variáveis z = (+i 2 3 ) A equação vetorial 11(a) significa
3

Vamos supor que


(12) div g = 0.
Se, além disso, existir uma função escalar /i : IR3 x (0, m) -+ IR de modo que
(13) f = Dh,
dizemos que a força externa é derivada do potencial de /i.
Tentaremos encontrar uma solução (u, p) de (11) para a qual o campo de
velocidade u também seja derivado de um potencial, digamos
(14) u = Dr.
Nosso fluxo será, então, irrotacional, pois a curvatura u 0. Agora, a equação
(11)(b) diz
(15) 0 = div u = Ar
e, portanto, r deve ser harmônica como uma função de z, para cada tempo t >
0. Assim, se pudermos encontrar uma função suave r que satisfaça (15) e
Do(-, 0) = q, poderemos recuperar u de r por meio de (14).
Como calculamos a pressão p? Vamos observar que se u = Do,
então u- Du - 2D(| Dr|2 ). Consequentemente, em (11)(a), lê-se D (rt +

D(-p + /i), em vista de (13). Portanto, podemos considerar

(16) |Dr |2 -I- p -- h.

Essa é a lei de Bernoulli. Mas agora podemos usar (16) para calcular p, uma vez
que r e h já são conhecidos.
4.4. CONVERSÃO DE PDE NÃO LINEAR EM LINEAR 197

4.4.3. Transformações de Hodograph e Legendre.

a. Transformada de Hodograph.

A transformação hodográfica é uma técnica para converter determinados


sistemas quasilineares de EDP em sistemas lineares, invertendo as funções
das variáveis dependentes e independentes. Como esse método é mais
facilmente compreendido por meio de um exemplo, investigamos aqui as
equações de um m o v i m e n t o fluido irrotacional bidimensional e estável:
(a) ( 2(u) - 12 1 2 1 2
+( 2(u)- 2
(17)
(- )2 ) s2 2 = 0
(b) u}2 -2 =0
em IR2. A incógnita é o campo de velocidade u = (u1 , u2), e a função w(-) : IR2 -+
IR, a velocidade local do som, é dada.
O sistema (17) é quasilinear. Agora, no entanto, não vamos mais
considerar u1 e u2 como funções de +i e +2
''( 2 2
(18) *1'*2)' (-i,*2),

mas sim considerar z1 e z2 como funções de -i e 2:

(19)

Trocamos os sub e superescritos na notação para enfatizar o intercâmbio entre as


variáveis independentes e dependentes.
De acordo com o Teorema da Função Inversa (§C.5), podemos, pelo menos
localmente, inverter as equações (18) para produzir (19), desde que

(20)
( 1' *2)

em alguma região de IR2 . Supondo que agora (20) seja válido, calculamos
2 1 2
'*2
(21) 1 1 1
'*2

Inserimos (21) em (17), para descobrir


2 2 +1+2(-¿2 + 2 2 1 =0
2
(22)
- 2
(b) z} 2
= 0.

Esse é um sistema de fator fino para x = (zl , z2), como uma função de u = ( i , 2)
198 4. oznzR wArs TO REPRESENT JOEUTIONS

Observação. Podemos utilizar o método das funções potenciais (§4.4.2) para


simplificar ainda mais (22). De fato, a equação (22)(b) sugere que
procuremos uma única função z = z(u) de modo que

Então, (22)(a) se transforma na EDP linear de segunda ordem

b. Transformada de Legendre.

Uma técnica intimamente relacionada à transformada hodográfica é a


clássica Legendre trons/orrn, uma versão da qual já encontramos
anteriormente, em §3.3. A ideia é considerar os componentes d o gradiente
de uma solução como novas variáveis independentes.

Mais uma vez, um exemplo é instrutivo. Investigamos a emoção mínima


da face (cf. Exemplo 4 em §8.1.2)

Du
div |Du|2)1/2
(1 +

que, para n = 2, pode ser reescrito como

(24)

Vamos agora supor que, pelo menos em alguma região de IR2 , podemos
inverter as relações

(25)

para resolver para

(26) (pi' P2)' +2 2 (Pi' P2)

O Teorema da Função Inversa nos garante que podemos fazer isso em uma
vizinhança de qualquer ponto onde

(27) I = det D2u / 0.


199

Agora defina

(28)

em que x - (zl , z2 ) é dado por (26), p = (ri 2) Após alguns cálculos,


descobrimos que

'*th ' V2fl2

(29)

Substituindo as identidades (29) em (24), obtemos para r a equação de multa

(30) (1 + p2)^r2 Pz+ 2p1P2- ,2 -I- (1 -I-p2)vp,p, - 0.

£femark. As técnicas de transformação de Legendre e hodograph para obter


saídas lineares de PDEs não lineares são, na prática, difíceis de usar, pois
geralmente não é possível transformar facilmente determinadas condições de
contorno.

4.5. ASYMPTOTICS
É comum que, mesmo quando é possível obter fórmulas de representação
explícitas para soluções de equações diferenciais parciais, elas sejam muito
complicadas para serem de uso imediato. Nessas circunstâncias, às vezes é
proveitoso estudar as fórmulas em vários limites assintóticos, nos quais as
simplificações geralmente aparecem.
A seguir, apresentamos vários exemplos bastante complicados, ilustrando
questões típicas envolvidas na assintótica para PDE. Os resultados desta
seção são apresentados apenas de forma heurística, em sua maioria sem
provas formais.

4.5.1. Perturbações singulares.

A A perturbação singular é uma modificação de um determinado PDE


ao adicionar um pequeno múltiplo c vezes um termo de ordem superior. De
acordo com o princípio informal de que o comportamento das soluções é
governado principalmente pelos termos de ordem superior, uma solução u' do
problema perturbado frequentemente se comportará analiticamente de forma
bastante diferente de uma solução u da equação original.

Exemplo 1 (Transporte e pequena difusão). Ilustramos essa ideia estudando


formalmente os efeitos da pequena difusão sobre o transporte de corante em
um fluido em movimento no IR2 .
200 4. OUTRAS FORMAS DE REPRESENTAR AS
SOLUÇÕES

Fluxo de corante sem difusão

Suponha que tenhamos um campo vetorial suave b : IR2 R2, b = (b1 , b2),
representando a velocidade constante do fluido. Suponha que o corante tenha
sido continuamente injetado a uma taxa unitária no fluido na origem e que
u(z) represente a densidade do corante no ponto z C IR2 , - (+i, 2) Então, pelo
menos formalmente, como veremos,

(1) div(tib) = o em IR2,


onde 3o é a medida de Dirac em R2 que dá massa unitária ao ponto 0. Esse
PDE implica que a densidade do corante é transportada com o movimento do
fluido nos pontos z / 0.
Considere agora, para e > 0, a perturbação singular:

(2) -eAu' + div(u'b) = 3o em IR2.


O novo termo "eA" representa uma pequena difusão isotrópica do corante
dentro do movimento do fluido de fundo. Estamos interessados em entender,
de forma aproximada, a estrutura da solução u' de (2) e, em particular,
descrever se e como u' se aproxima de u para pequenos e > 0.
a. Análise do problema (1).

Em primeiro lugar, voltamos nossa atenção para a EDP (1) sem


perturbações. Considere a EDO característica
1(t) - b(x(t)) (' > 0)
(3)
x(0) - 0,
a solução x(t) - (z1 (t), z2 (t)) da qual supomos traçar uma curva U, conforme
desenhado.
Dado um ponto z 2 próximo a U, escrevemos

(4)
4.5. ASVMPTOTIGS 201

onde " = (1 , v2 ) é a normal unitária (p a r a cima) a ', p C R e t é o tempo


necessário para que a solução da EDO (3) atinja o ponto x(t) ao longo de U
mais próximo de z. Daqui em diante, consideraremos (t, p) como um novo
sistema de coordenadas próximo à curva '; de modo que z = (z1 (p, t), z2 (p,
t)).
Usando (3) e (4), calculamos

- det - det t2 -'- 'J2 p2

Vamos escrever w = |b| , v = (-b2 , b1 )/w e ii - -wsz - -<b (onde - velocidade,s =


curvatura, z = ' = tangente unitária). Em seguida, simplificamos para obter

(5)

Voltemos agora ao PDE (1), que reescrevemos como segue

(6) b Du + (div b)u = oin IR2 .

Como em §3.2, vemos u0 fora da curva '. A seguir, vamos supor que u tenha a
forma

nas coordenadas (t, y), 6 denotando a medida de Dirac em IR que dá massa


unitária à origem.

O que é p(l)? Para calculá-lo, considere It como uma região pequena e


suave no plano (+i +2), com limite que intercepta a curva U nos pontos ( ) e
x( 2), 0 < Ji < 2.
(t, p)-plano. Em seguida, usando (5), calculamos

u dz -- jo(t)d(y)'r(I)(1 - icy) d|jdt -- p(t)cr(I) dt.


H' ti

Agora, Jp u d:x representa a quantidade total de corante na região It, ou s e j a , a


quantidade total liberada entre os tempos Hi e 2. Assim
t2
p(t)o(I) dt -" *2 - *1

Essa identidade é válida para todos os 0 < i < 2 e, portanto, p(l) -- w(t)*1 . Portanto,
(7) diz
202 4. ozncR wArs xo ncrRESENT SOLUTIONS

é uma solução de (1), para w(t) := |b(x(t)) |, t > 0. Em outras palavras, u


representa a densidade ao longo da curva ' do corante, cuja concentração
varia inversamente com a velocidade do fluido.
Podemos confirmar essa fórmula d a seguinte forma. Seja r e ' (R2 ).
Então, usando (5), calculamos

Do be dz - Do b "( ) .(I)(1 - <y) dgdt


2 2

- Do(x(t)) b (x(t)) dt
0
_ f' dt v(x(t)) dt -- -r(0).
0

Portanto, podemos de fato interpretar u definido por (8) como uma solução
fraca do PDE (1) não perturbado.

b. Análise do problema (2) para 0 < e < < 1.


Analisamos agora o problema perturbado (2). Esperamos que, no tempo t
> 0, o corante em difusão forme uma bola de raio aproximadamente 0((ct)1 '2
) em torno do ponto x(t). Assim, o corante estará concentrado principalmente
em uma pluma, conforme desenhado, em torno d a curva '.

Fluxo de corante com difusão

Queremos entender a estrutura da solução u' de (2) dentro dessa pluma,


como e -+ 0.
Como a largura é presumivelmente de ordem 0(e1 '2) para os tempos 0 < Hi 2
e a massa total de corante correspondente ao mesmo intervalo de tempo é 2 - i
esperamos que uc seja de ordem O(e *'2 ) ao longo de U. Isso sugere que, para
entendermos a assintótica como e -+ 0, devemos voltar nossa atenção para as
variáveis reescalonadas
g ¡ g -1/2 pc ¡ g 1/2 pc
(9)

as potências de e selecionadas de modo que z, r' = 0(1).


203

Portanto, devemos reescrever o PDE (2) em termos das novas variáveis t, z e


r°. Para isso, precisamos primeiro estudar a estrutura do campo de velocidade b
ao longo da curva C'. Portanto, vamos escrever

(10)

onde, conforme observado anteriormente, z = b/w é um vetor tangente unitário


a C'. Agora, para qualquer função suave tr:

Portanto

(11)

Portanto, usando (10), (11) (para in = u'), podemos calcular:

+ dysy + O(y2 |Du'|).

Como r° = e1'2u', z = e1 '2p, podemos reescrever o que foi dito

acima como (12)

Da mesma forma, calculamos usando (10) e (11) (para in = b1 , b2) que


1
div b = |b,
°(i - ^y)
)l(°y1) y2 _ (°,2) y1)
.( .,

Aqui usamos a identidade i- = wuv. Segue-se que (13)


204 4. ozncR wAvs TO REPRESENT JOEVTIONS

Além disso, um argumento heurístico semelhante, cujos detalhes


o m i t i m o s , sugere que

(14) cAu'' I,°°- - (c1/2)

Combinando agora (12)-(14) e relembrando (2), finalmente deduzimos que r°

satisfaz (15)

Suponhamos agora que, como e -' 0, as funções r' convergem em algum


sentido para um limite:

(16)

Então, presumivelmente a partir de (16),

teremos (17)

Portanto, esperamos que

(18)

com r resolvendo (17). Consequentemente, o PDE (17) é uma aproximação


parabólica (nas variáveis t, z = e '12 p) da nossa equação elíptica (2). A
condição inicial adequada deve ser

(19) - ^ (-) (t = 0}.


(0)

Veremos no Problema 6 que uma solução explícita de (18), (19) pode ser
encontrada em termos da solução de uma EDO envolvendo Q.

4.5.2. Método de Laplace.

O método de Laplace diz respeito à assintótica como e -+ 0 de integrais


envolvendo expressões da forma e I'', I denotando alguma função dada.

Exemplo 2 (Método da viscosidade de fuga para a equação de Burgers). A


seguir, investigaremos o limite como e -- 0 da solução u' do problema de valor
inicial para a equação de Burgers viscosa

ug - engg = 0em R x (0, m)


(20) u' = qon IR x (t - 0}.
4.5. COMO A 25
YMPTOTIC'S

Lembrando a fórmula (10) do item §4.4.1, notamos que

(21)

para

(22)

onde fi é uma antiderivada de q.

O que acontece com u° quando e -+ 0? Matematicamente, o termo "engg" em


(20) faz com que a equação diferencial parcial se comporte de certa forma como
a equação de calor, em que a solução u° é infinitamente diferenciável em IR" x
(0, m), apesar da não linearidade. Isso decorre da fórmula explícita (21). Por
outro lado, uma suposição óbvia é que as soluções u' devem convergir como e --
0 para uma solução u da lei de conservação

ut + ( ) = 0em IR x (0, m)
(23) u= qon IR x (t = 0}.

Fisicamente, consideramos o termo "engg" como impondo um efeito de


"viscosidade artificial", que agora estamos enviando para zero. Esperamos
que essa técnica de ronisfiinq rtscosi@ nos permita recuperar a solução de
entropia correta u de (23), que pode ter descontinuidades nas ondas de
choque, como o limite das soluções u' de (20), que são suaves.

Precisamos entender o comportamento de limitação da expressão no lado


direito de (21), como e -+ 0.

LEMMA (Assimptótica). Suponha que k, I : IR -+ & sejam funções contínuas.


ttons, que eu 9rouis no roost fineorfp e que k cresce no tenet quadraticallp.
Suponha também que exista um único pornô! vo o R tal que

k(No) = min k(y).

Então

(24) lim - !(Não).


s--0
206 4. orncR wAvs TO REPRESENT JOEUTIONS

Prova. Escreva o = k(vo) Então a função


*o -* (v)
e -
'o '(')
/e -- @

satisfaz

(25)
, z o, I u-(v) dv -- ,
( p,(p) -+ 0 exponencialmente rápido para p Z vo. e -+ 0.

Consequentemente

lim
e 0

Volte agora para (21), (22). Observamos que N(z, p, t) - t£ ( ) + /i(p),


g2
onde £ - F' para F(z) De acordo com a análise em §3.4, para cada tempo t >
0, o mapeamento p K ( :s, y, I) atinge seu mínimo em um único ponto p = p(z, t)
para todos os pontos z, mas no máximo um número incontável de pontos z. Mas
então o lema implica

(26) 1im u (z, t)


0

para G :-- (F')l .


A igualdade final em (26) é a fórmula de Lax-Oleinik para a solução
única e enérgica do problema de valor inicial (23). O fato de essa fórmula ter
reaparecido no contexto da viscosidade decrescente é um poderoso endosso
dos métodos do parágrafo 3.4. (Veja também o Problema 3.)

Mais tarde, discutiremos o método da viscosidade de fuga para sistemas


hiperbólicos simétricos no item §7.3.2, para equações de Hamilton-Jacobi no
item §10.1 e para sistemas de leis de conservação no item §11.4.

4.5.3. Óptica geométrica, fase estacionária.

Esta seção investiga o comportamento de certas soluções altamente


oscilatórias da equação de onda. Começamos com alguns cálculos
rudimentares, mas instrutivos.
4.5. ASIMPÓTICO 207

a. Óptica geométrica.
Exemplo 3 (soluções oscilantes). V a m o s voltar nossa atenção
novamente para a equação de onda
(27) u, - du = 0 em x (0,oo),
e agora consideramos a solução u como tendo valores complexos. Fixamos e > 0
e buscamos uma solução u = u' de (27) com a forma

(28) t/'(z, I) - e 'I" ** a'(z, /) (z E IB", I > 0),


a função de valor real p° representando a fase e a função de valor real o°
representando a amplitude. A forma proposta (28) para a solução é chamada
de qeometric opt3cs onsotz*. A ideia é que as soluções altamente oscilatórias
da equação de onda podem ser compreendidas por meio do estudo de um
PDE para a função de fase no limite como e -+ 0. A seguir, uma
demonstração formal.
Substituindo (28) em (27), descobrimos, após alguns cálculos, que
2 -
t
o' + 2 'g + op

|Dp' |2 2iDp-' Da'


2
o' + + An'

Cancelamos o termo e'^''' e tomamos a parte real da expressão resultante,


para encontrar
(29) a'((p' )-2 | p'|2) == c 2 ( on-e a').
Nowi/asaw0
(30) p' - p, a' -+ a -/- 0
em algum sentido, então, presumivelmente a partir de (29), segue-se que
(31) p -i- Dp -- 0em $' x (0, m).
Podemos considerar informalmente as características de linha reta desses PDEs
de Hamilton e Jacobi como raios ao longo dos quais a solução (28) se concentra
no limite de alta frequência como e -' 0.
Em termos mais gerais, vamos considerar o PDE hiperbólico de segunda
ordem

wk
(32) "t - '(z)u , 0em R" x (0, oo)
k,/--1

* nnsntz = formulação (alemão).


208 4. orHzn wArs ro ncrRESENT SOLUTIONS

com ak' -- a'k (k, 1 1, ... , n). Procuramos novamente uma solução de valor
complexo u = u' da forma (28) e calculamos

2
2ip'o'

g2

Mais uma vez, cancelamos e'^''' e tomamos partes reais para encontrar

Portanto, se (30) for válido em algum sentido, podemos esperar


1/2
ak
(33) p -i- 'pz pz, = 0em IR' x (0, m).
k,l - l

Consulte abaixo e também §4.6.1, §7.2.4 para obter mais detalhes sobre essas
ideias.

b. Fase estacionária.

O exemplo anterior sugere que o PDE de Hamilton-Jacobi (31) de alguma


forma "controla a assintótica de alta frequência para a equação de onda". No
entanto, o intervalo de validade do ansatz da óptica geométrica é altamente
i n c e r t o nos cálculos estritamente formais anteriores. Para entender mais
claramente o comportamento da solução, empregamos a seguir o método da fase
estotzoniana, que é uma variante do método de Laplace, substituindo o -1 no
expoente (cf. §4.5.2) por i.
Exemplo 4 (Fase estacionária para a equação de onda). Observe novamente
o problema do valor inicial para a equação de onda

u - Au' = 0 em B' x
(34) (0,oo) u'=g\ u =0 em
'x(t=0/

onde, a partir de agora, assumimos que q° tem a estrutura de oscilação

rápida (35)
4.5. ASIMPÓTICO 209

Aqui e > 0, a, p C U ( R"), e supomos que

(36) Dp -/- nosuporte de o.

Utilizando a fórmula (26) de §4.3.2, podemos escrever

1 s'(//)
(2x) /2 g 2

Invocando (35), vemos


1
(37)
2

A alteração das variáveis fornece

(38)

para

(39)

Queremos estudar a assintótica de /2 como e -- 0. Vamos fazer uma pausa


nesse exemplo e desenvolver alguns mecanismos gerais, que mais tarde
aplicaremos a (38), (39).

O exemplo 4 motiva nossa consideração de expressões integrais gerais da


forma

(40) I :- - e' - a (y) d (z e IR'),

em que a, Q são funções suaves, o tem suporte compacto e e > 0. Queremos


entender o comportamento de limitação de 1, como e -- 0.

Primeiro, examinamos o caso especial em que Q é linear em p:

LEMMA 1 (Assimptótica para termos lineares). Defina o C U ( IR") e p C IR",


p / 0. T'fien /ou in = 1, 2, ...

e*^ ^o(y) diy 0(c") como c -+ 0.


210 4. O nzR maneiras de representar as ações

Prova. Sem perda de tempo, podemos supor que (p p ), pi / 0. Então,


para tn = 1, 2, .

Em seguida, suponhamos que Q seja quadrático em p:

LEMMA 2 (Assimptótica para termos quadráticos). Defina um C (R') e


suponha que A seja um trtotriz simétrico, nãoinqu/or e r e o f . Então
i sgn A
e ze 'A>a(y) d
C.
(41)
' | det A|1/2

Aqui, sgn A, a sipnotura de A, denota o número de autovalores positivos de A


menos o número de autovalores negativos.

Prova. 1. Primeiro, afirmamos que, para cada Q C CQ(R"), que

(42) pn/2

det A|1/2

Para confirmar isso, começamos supondo que A seja

diagonal: (43)

Agora, para p fixo, A C R e 6 > 0, temos

y2

onde P = {z = (6 - zA)1 2 (z - 2 i _ ) z C R} e tomamos Re(6 - iA)1'2


0. Assim, r é uma linha no plano complexo, que intercepta o eixo z em um ponto
ângulo menor que . Consequentemente, podemos deformar a integral sobre F na forma de
4.5. ASYMPTOTIGS 211

z 2
integral ao longo do eixo real: veja o Problema 7. dz -- Jg e*° dz --
Portanto, fr e ' wl'2, e assim
1/2
( jJ) 1/2

Como A tem a forma diagonal (43), consequentemente deduzimos

1/2'
(- * k)
k--1

2. Agora, deixe $ e ( "). Então

g(y)J/(y) dy -- x '2 o(v) fj e 4 (tA - fi)

) 1/2
dg.
k--1 ( - *k

Aplicando o Teorema da Convergência Dominada, deduzimos

2 43
(44) lim (1) 6(N)dy --x' a(v) }] e
) 1/2 dg.
6 0 g"
/c--1 ( ! k

Lembre-se de que estamos supondo que Re(-1A£)l '2 > 0. Assim, se A£ > 0, (-
iA£)1 '2 =
|1 . Se, em vez disso, 5k < 0, então (-zAit)1 '2 = |Ait |1 '2e . Portanto
Ait '2e*

(-t'k )1'2 = | det A|1'2e-='g° A,


k--1
e, portanto, (44) dá (42), desde que A seja diagonal.
Se A não for diagonal, giramos para novas coordenadas para diagonalizar A e
verificamos novamente (42).
3. Vamos agora escrever n,(p) := e zc>'A*. Então, se o C Uc (IR"),

De acordo com (42) (com A substituindo A):


yn/2

det A|1/2
Sri/2
= e4 sgn A (i + o(c y )2))
det A|1/2
212 4. oznzR wArs xo ncrRESENT SOLUTIONS

fi, interpretado como em (42). Consequentemente


1
â(y)(1 -I- 0(c|y|2 )) dg.
det A|1/2 J

Mas Jgq fi(y) dy -- (2s) o(0) e â(y) y2 dy < m. A fórmula (41) é a seguinte.

Para uma função de fase geral Q, usaremos o seguinte resultado para mudar
as variáveis e, assim, converter localmente para um dos casos anteriores.

LEMMA 3 (Mudança de coordenadas). Suponha que ':f : IR' -+ IR seja suavefi.


(i) Suponha que
60(0) 0.
Em seguida, essas funções apresentam uma função suave & : IB" -+ "
tal que
-t-(0) - 0 , D-t-(0) - / , e
(45)
I 6(^(*)) = g(o) + D6(o) - %< l-I sm°ii
(ii) (cavalo Gemma) Em vez disso, suponha que

6d(0) - 0, det62 g(o) 0.


Z'ñen aqui e sts a smooth /"nction 'B' : IR" -+ R " s "c// hot
-t-(0) - 0, D-t-(0) - I, e
(46)
g(4(s)) = g(0) + 2'
1

Em outras palavras, podemos alterar as variáveis próximas a 0 para tornar $ afim


no caso (i) e quadrático no caso (ii).

Prova. 1. Suponha que rq :- DQ(0) / 0. Então, existem vetores -i, , - -i


de modo que (rit}p1 é uma base ortogonal de IR". Defina f : IR" x IR" -' IR' por

f(z, y) -= (r-i (y - -),- - - , r"--i (v - -), d(y) - $(0) - DQ(0) z).


Portanto
*1
Def(0, 0) =

os {ek -jk l considerados como vetores de linha e, portanto, det Def(0, 0) /


0. O Teorema da Função Implícita (§C.6) implica que podemos encontrar
T IR" -+ IR" tal que 4(0) = 0 e
f(z, T(z)) = 0 para |z| pequeno.
4.5. AS¥MPTOTICA 213

Em
particular,
0(-I-(z)) - g (0) -I- 60(0) z
(47) *k " ( (+) - z) - 0 (k -- 1, ... , n - 1).

Diferenciando com relação a z, deduzimos também

(D-I-(0) - *)*k -- 0 (k -- 1, ... , n)

e, portanto, D 4-(0) = /. Isso prova a afirmação (i).


2. Fixe z C R'. Então, D(t) := $(tz) satisfaz
i
*( ) = *(o) +*'(o) + 0 ( -')u"(') d'.
Portanto, se DQ(0) = 0, temos

(48) 0(z) - 0 (0) -l-


2
para a matriz simétrica
1
A(z) :- 2 (1 - /)62 $(/z) dt.
0

Observe que A(0) = D2 Q(0). A partir de agora, vamos supor que D2 $(0)
seja não-singular e, portanto, o mesmo se aplica a A(z), desde que |z| seja
pequeno. Além disso, p o d e m o s supor que, ao girar para novas
coordenadas, se necessário, que

A(0) = D2 d'(0) é diagonal.

3. Afirmamos agora que existe, para cada m e (0, 1, ... , n} um mapeamento


suave 4-p : R' -- R', tal que

4-p(0) = 0, D4- (0) - I, e


(49)
1
2 2

para |z| pequeno, em que Ay = ((n ) ) é suave e simétrico.


Observe, em particular, que (49) implica

(50) °*i(o) = a-,-,(o) (' I --= + , -)


e, portanto, np "l' "1 (z) / 0 para |z | suficientemente pequeno.
214 4. OUTRA FORMA DE APRESENTAR SOLUÇÕES

4. A afirmação (49) para m = 0 é (48) com Ao = A e para o mapeamento de


identidade. Portanto, em seguida, assuma por indução que (49) é válida para
algum m o (0, ... , n - l} e escreva

Então

1 1 .
(51) b (z) = d(0) Z - (- )zizj para |z|
i,j--m-|-l pequeno.

Defina um mapeamento He+i : &' $', <p+;(p) = z, escrevendo

m-|-1 ({/) '


md 1,m-t-1 m+1,j
m+1,m-|-1
j--m-|-2

para |p| pequeno. Segue-se então de (5l) que

1 1
0s(y) - 0(0)
i= 1

onde
1 1
i, j = m + 2, ... , n
(v)
0 caso contrário.

Como D2Q(0) é diagonal, (50) implica

Consequentemente, podemos definir para pequenos |z | o mapeamento inverso


Mr+i -
H 1+1, p = i£i,n+1 (z). Portanto

1 1
os(z +i(-)) = /(0) ;iz °i+i(-)-.-'
i= 1 i,j=m+2

para Ay+i := By+i+i Essa é a afirmação (49), com rn + l substituindo m e


com 4- +i := &"+i
O caso m = n é a afirmação (ii) do teorema. 0
4.5. AS¥MPTOTIGS 215

O método da fase estacionária. Finalmente, podemos combinar as


informações obtidas nos Lemas 1-3 para explicar informalmente a técnica de
fase estacionária para derivar a assintótica de

como e -- 0. Vamos supor que


D'f desaparece dentro do suporte de n
(52)
somente nos pontos vi r

e, além disso
D2
(53) 'f(vk) é não-singular (k -- 1, ... , N).

Fixe 6 0 de modo que as bolas B (yk, 6)]k l sejam tão pequenas que não sejam
unidas. Então, para m = 1, ... ,

0.

Isso ocorre porque podemos empregar o Lema 3,(i) para mudar as variáveis
perto de qualquer ponto p $ /,_1 &(p, 6) para tornar $ afim, com gradiente não-
vencedor. Assim, o Lema 1 e um argumento de partição de unidade fornecem a
estimativa declarada.

Por outro lado, se 6 > 0 for suficientemente pequeno, podemos empregar


o Lema 3,(ii) para calcular

e'^*"(") a(-t-(z)) | det D4-(z)| dz

'é(v¿)
=e -

det D4-(x) dv
(2xr)*'2 sgn(D2&(y/)
|1/2f2 )('-(lJk) + 'I(-)).
det 6@(O k)

de acordo com o Lema 2. Assim, obtemos a fórmula assintótica

D2
' ""'( ( Ok-) /- O(r)),
k--1
216 4. o que eu queria era representar soluções

Exemplo 4 (Fase estacionária para a equação de onda, continuação). Agora


podemos aplicar a teoria anterior à (38), que afirma

1
a(z)e '+(''* ") dydz.

Isso tem a forma (40), com (z, t) substituindo z e (p, z) substituindo p.

Defina, para z C R' ,t > 0 fixo, o conjunto em que o mapeamento (p,


z)
Q+(z, p, z, t) é estacionário:

Lembre-se de (39) que $+ (z, p, z, t) = (z - z) - y -1- I y + p(z) e, portanto

Consequentemente
'Dp(z)
(55) S" -- (y, z) | z - z - Dp(z) ,
Dp(z) '

e aqui e daqui em diante assumimos que p = Dp(z) -/- 0 se (p, z) C S+.

Agora, se p / 0,

a°(') -'
) 2zr x 2rt " -/ D2p

para P(p) := - . Temos p = Dp(z) no conjunto estacionário S+ e, portanto

det(62,g+) (-1)" det / 2

- iD,i° p P(°p))

Agora, a matriz simétrica K(z) := p D2pP(Dp) tem n autovalores


reais
valores Hi( ), . , Aq(z). Como K(z)Dp -- 0, podemos tomar Aq(z) -- 0. Os
outros autovalores ii(z), ... , -i(z) acabam sendo as curvaturas principais
<i(z), ... -i (z) da superfície de nível o,f p que passa por z. Como P2 = P,
os valores próprios não nulos de D2 p P(Dp) são as curvas principais não
nulas. Portanto, em S+,

(56) det(62z $+) - (-1)" (1 - para (z)).


4.5. COMO 217
MPTOTICS

Aplicamos as estimativas de fase estacionária para +o &' e pequeno para > 0.


Se para for pequeno o suficiente, podemos invocar o Teorema da Função
Implícita para resolver exclusivamente as expressões
Dp(z)
- - Dp(z)
Dp(z)| '

para vo = v( o. to) zo = <(+o.to) Assim,a fórmula assintótica (54) (com 2n


substituindo n) implica

(+0 ' !0)


(57)

det D2,Q+ |1t2e*'+1°( o) + (-)J = - '


Q+ e D2,d+ avaliadas em (+o, vo. zo. o) Lembre-se ainda que (56) nos dá uma
função explícita para det(D2gQ+). Uma fórmula assintótica semelhante é válida
para (+o. o) Como u'(+o. to) = y( +(*de o) + +?( o. to)).
informações sobre os limites como e -- 0, pelo menos para tempos pequenos até >
0.

Observação (óptica e fase estacionária). Resta discutir brevemente as


conexões entre a óptica geométrica formal e as abordagens de fase
estacionária. Lembre-se de que a primeira nos levou às duas equações de
Hamilton-Jacobi
(58)

para a função de fase de u' = n,e'-' = (n + o(I))e - "'. Agora, as equações


características para o PDE pm - Dp = 0 são
x(s) - - -
(59)
Ji(s) = 0,
conforme discutido anteriormente em §3.2.2. Em particular, dado um ponto z
€ R', t > 0, onde t é pequeno, a característica projetada x(-) é uma linha reta,
começando n o único ponto z que satisfaz
Dp(z)
Dp(z)
Mas essa relação é exatamente o que determina o conjunto estacionário S+
acima. Da mesma forma, as características da equação diferencial parcial p -1-
Dp\ -- 0 determinam o conjunto estacionário S para ';é .
218 4. oznzn wAvs iO sEPRESENT SOLUTIONS

4.5.4. Homogeneização.

A teoria da homogeneização estuda os efeitos das oscilações de alta


frequência nos coeficientes das soluções de EDP. Na configuração mais
simples, temos uma equação diferencial parcial com duas escalas naturais de
comprimento, uma escala macroscópica de ordem l e uma escala
microscópica de ordem e, esta última medindo o período das oscilações. Para
e > 0 fixo, mas pequeno, a solução u° da EDP será, em geral, complicada,
com comportamentos diferentes nas duas escalas de comprimento.
A teoria da homogeneização estuda o comportamento limitante de u° -- u
quando e -- 0. A ideia é que, nesse limite, os efeitos de alta frequência serão
"médios", e haverá um PDE limitante mais simples e eficaz que u resolve. Uma
das dificuldades é até mesmo adivinhar a forma da equação diferencial parcial
limitante e, para isso, as expansões formais de várias escalas em c podem ser
úteis.

Exemplo S (Homogeneização periódica de uma equação elíptica). Esse


exemplo pressupõe alguma familiaridade com a teoria da estrutura de
divergência, PDE elíptico de segunda ordem, conforme desenvolvido mais
adiante no Capítulo 6.
Deixe U denotar um subconjunto aberto e limitado de R', com limite
suave dU, e considere esse problema de valor limite para uma estrutura de
divergência PDE:

(60) -Z (-"(s) --,), --' em U


1
"' u° = 0em dU.

Aqui, J : U - - é dado, assim como os coeficientes a" (i, -- 1, ... , n).


Assumiremos a condição de elipticidade uniforme

para alguma constante 8 > 0 e todos os p, ( o R". Supomos também que

(61) o mapeamento p a'!'(y) é Q-periódico (p e R'),

Q denotando o cubo unitário em R'. Assim, os coeficientes a'!' p¿) em (60)


estão oscilando rapidamente em z para c > 0 pequeno, e perguntamos qual o
efeito que isso tem sobre a solução u*. (Nas aplicações, u' representa, por
exemplo, o campo elétrico em um corpo não isotrópico com estrutura
periódica de pequena escala).

Na discussão heurística a seguir, vamos supor que


218 4. oznzn wAvs iO sEPRESENT SOLUTIONS

(62)
4.5. AISVMPTOTICS 219

em algum sentido adequado e tentar determinar uma equação que u satisfaça.


O truque é supor que u° admite a seguinte expansão em duas escalas:

(63)

onde ui : U x Q -- R (i = 0, 1, ... ), ui = u,(z, p). Portanto, estamos pensando nos


termos ui como sendo funções da variável macroscópica z e funções periódicas
da variável microscópica y = *. O plano é inserir (63)
em (60), e para determinar assim -o. - , etc. em u - Estamos interessados principalmente em
<o
Agora, se u(z) = c(z, z/e) para alguma função in = in(z, p), então u=
-l-in , i = 1, ... , n. Assim, escrevendo

temos

(64)

onde
(a) +1 " .,J--1( "(v)-',)', .
(65) (b) 2 -= - Z', -- (°"(v)--,)', + (°°(v)-',)-,.
3
(C) 3 -' - Z.,j--1( (r)--,)--,

Em seguida, insira a expansão (63) no PDE Lu° = / e utilize a decomposição (64),


(65) para encontrar

1 1
g2
-I- (termos envolvendo e, e2 , ... } = /.

Equacionando potências iguais de e, deduzimos

(*I) não 0,
(66) (b) Al 1 +2 0 = 0,
(c) +1 2 + 21 += /, etc.

Examinamos esses PDEs para deduzir informações sobre o i 2-


Agora, em vista de (65)(a), (66)(a) para cada z fixo. -o(+. p) resolve L <o = 0
220 4. O' HEfI WAAS T'O REPRESENT SOLUTIONS

e é Q-periódico. Acontece que as únicas soluções desse tipo são constantes em


p. Assim, de fato

(67) -o = -(z) depende apenas de z.

Em seguida, use (67), (65)(b), (66)(b) para descobrir

(68)

A seguir, podemos separar as variáveis para representar ui de forma mais


simples. Para i = 1, ... , n, deixe y' = y'(p) resolver

ii x' =- Z;--i °"(y)py em Q


(69) y' Q-periódico.

Como o lado direito do PDE em (69) tem integral zero sobre Q, esse problema
tem uma solução y' (única até uma constante aditiva). Aqui estamos aplicando a
norma de Predholm: consulte o Capítulo 6.
Usando (69), obtemos

(70)

ii denotando uma função arbitrária apenas de z.

Por fim, vamos relembrar (66)(c):

Em vista de (65)(c), esse PDE terá uma solução Q-periódica (na variável p)
somente se a integral do lado direito sobre Q for zero. Assim, exigimos

(72)

Devido a (65)(b) e (70),


4.6. SERVIÇOS DE 221
ENERGIA

Como u = -o. esse cálculo e (72) implicam

"z °"(-) -Z - k(-)--.(-)d- ---- (-)'


' '(-)-
i,J--1 k--1

É isso
mesm
o,
u= 0em dU,
(73)

onde
(74) fi := a" " k d 1
(-) Z -' (-)--. -) • (i,j - , , -)
k -i

são os coeficientes homogeneizados, e y' resolve o problema do corretor (69) (i


= 1, ... , n). Assim, esperamos que u° -- u como e -- 0, e que u resolva o
problema do limite (73).

Esse exemplo ilustra claramente o poder do método de expansão em


várias escalas. Não é de todo evidente que as oscilações de alta frequência
nos coeficientes de (60) levam a um PDE de coeficiente constante da forma
precisa (73), (74).

4.6. SÉRIE POWER


Nesta última seção, discutiremos a solução de problemas de valores-limite
para equações diferenciais parciais procurando soluções expressas como
séries de potência.

4.6.1. Superfícies não características.

Começamos com alguns comentários bastante gerais sobre a solvência do


PDE quasilinear de ordem /s

em alguma região aberta U C R'. Vamos supor que P seja uma hipersuperfície
lisa, de dimensão (n - 1) em U, cuja normal unitária em qualquer ponto z0 C P é
"(z0 ) = > = (u. )
Notação. A derivada normal j" deJ u nt z0 € P é

--Z D°--°--
222 4. o que eu queria era representar soluções

Agora deixe fo. , g#-i : P -- R sejam k funções dadas. O problema de


C!auchy é, então, encontrar uma função u que resolva a PDE (l), sujeita às
condições de contorno

(2) r.
Dizemos que as equações (2) prescrevem os dados de Cauchy so. gi-i em P.
A p r e s e n t a m o s agora uma pergunta básica:

Supondo que u seja uma solução suave do PDE (1),


(3) as condições (2) nos permitem calcular as derivadas
parciais de u ao longo de P?

Isso certamente deve ser assim, se quisermos calcular os termos de uma fórmula
de representação de série de potências para u.

a. Limites planos.

Examinamos primeiro a circunstância especial de que U -- R' e F é o plano


(zq = 0}. Nessa situação, podemos tomar v = eg e, portanto, as condições de
Cauchy (2) são

(4) em (z" - 0}.

Quais outras derivadas parciais de u podemos calcular ao longo do plano


P = (z" - 0}? Primeiro, observe que, como u = so em todo o P, podemos
diferenciar tangencialmente, ou seja, com relação a z, (i = 1, ... , n - 1), para
encontrar

(i = 1, ... , n - 1).

Como também sabemos em (4) que

b.- - g i ,
podemos determinar o gradiente total Do ao longo de F = (zp = 0}. Da mesma
forma, temos
4.6. SÉRIE POWEfI 223

e, portanto, podemos calcular D2 u em P. Em seguida, vemos

se i, j, m -- 1, ... , n - 1
d'# i
se i, j -- 1, ... , n - 1; m = n
se i = 1, ... , n - 1; j -- m -- n se
i = j -- m -- n

ao longo de P e, portanto, podemos calcular D'u ali. Continuando, é fácil


verificar que, empregando as condições de Cauchy (4), podemos calcular u,
Du, ... , D1 u em F.

No entanto, surgirão dificuldades quando tentarmos calcular Dku. Nessa


circunstância, não é difícil verificar que podemos determinar cada derivada
parcial de u de ordem k ao longo de P - (zq = 0} a partir dos dados de Cauchy
(4), exceto a derivada normal de ordem /s

Aqui, finalmente, recorremos ao PDE (1) para obter ajuda. Observamos em


(1) que i/
o coe@cterit n( 00 §) é diferente de zero, podemos então resolver para

(5)
|a| k
o/(0,...,0,k)

com os coeficientes oq(|n| = k) e -o avaliados em (Dk° u, ... , u, z) ao longo de


P. Agora, em vista das observações acima, tudo o que estiver no lado direito
da igualdade (5) pode ser calculado em termos dos dados de Cauchy ao longo
d o plano P e, assim, temos uma fórmula para a derivada parcial k" ausente.
Consequentemente, podemos de fato calcular todo o Dku em P, desde que

(6) (0,...,0,1) 0 .

Dizemos que o plano P = {z" = 0} é riorichnrncteristic para o PDE (1), se


a função a(0 k ) for diferente de zero para todos os valores de seus argumentos.
Podemos calcular derivadas parciais ainda mais altas? Assumindo a
condição não caraterística (6), observamos que agora podemos aumentar
nossa lista (4) de dados de Cauchy com a nova igualdade
Ok
(#) gk em
b.-
:
224 4. oznzn wArs +O nEPRESENT SOAUTIONS

sk denotando o lado direito d e (5). Mas então podemos, como antes,


calcular todo o Dk+1 u ao longo de F, exceto pelo termo

Novamente empregamos o PDE (1). Diferenciamos (1) com relação a zq,


avaliamos a expressão resultante no plano F e reorganizamos para encontrar

os pontos denotam a soma de várias expressões, cada uma das quais pode ser
computada ao longo de F em termos de fo. wk Consequentemente, podemos
determinar todas as D +1 u em F, e uma indução verifica que, de fato, podemos
computar todas as derivadas parciais de u no plano P.

b. Superfícies gerais.

Propomos agora generalizar os resultados obtidos acima para o caso geral


em que F é uma hipersuperfície suave com campo vetorial normal v.

DEFINIÇÃO. Dizemos que a srrJace P é não característica para a equação


diferencial parcial (1) desde que

(8) Z ---° / 0 em P,
para todos os valores dos argumentos dos coeficientes ay (|a| -- k).

TEOREMA 1 (Dados de Cauchy e superfícies não características). Suponha que


P não é característico do PDE (l). Então, i/ ti é uma solução suave de
(l) e It satisfaz as condições de Cauchy (2), podemos competir de forma
exclusiva todas as derivadas parciais de u ao longo de F em termos de o/ r, as
funções so. s£-1' e os coeficientes aq ( a - k), ^-o
Prova. Reduziremos para o caso especial considerado acima.
Para isso, vamos escolher qualquer ponto z0 e P e relembrar §C.1 para encontrar um
ponto suave
mapas 4-, T : R' -- R', de modo que T = 4 1 e

4-(P G &(z r)) C (gn = 0)


para algum r > 0. Defina
4.6. SEfUsOs DE 225
POTêNCIA

para que
(9)

É relativamente fácil verificar agora que u satisfaz uma equação


diferencial parcial quasilinear com a forma

(10) Z b- D's -1- bo = 0

2. Afirmamos que
(11) b(o,...,0,k -/- 0em (pq = 0}.
De fato, a partir de (9), vemos que, para qualquer índice múltiplo n com |n| - k, temos

D° (DC')° + termos que não envolvam

Assim, a partir de (1), conclui-se


que

' Z --(D^")°b k
"i termos que não envolvem

e assim

Mas DC' é paralelo a " em r. Consequentemente, b(O Ok) é um múltiplo


diferente de zero do termo

Isso confirma a afirmação (11).


3. Vamos agora definir as funções ho. hi . , hi-1 : *1 -- R por

(12) U - ho, ggp = hi ... , p Ok -- hk-i em (yq = 0}.

Assim, podemos calcular ho. . J'£-i perto de p = 0 em termos de 4 e das


funções fo. gi-i Mas então, usando (11) e o caso especial discutido acima,
vemos que podemos calcular todas as derivadas parciais de u em (pq = 0} perto
de
V = o.
E, por fim, ao relembrar (9), finalmente observamos que podemos
calcular todas as derivadas parciais de u em P perto de z0 . O
226 4. OUTRAS MANEIRAS DE REPRESENTAR
SOLUÇÕES

Observação. Às vezes, é conveniente reformular a condição não característica


(8) em uma forma um pouco diferente, representando F como o conjunto zero de
uma função w : R' -- R. Portanto, suponha que nos seja dada uma função w com

e Dw / 0 em P. Então v = -i- em P , e assim a condição não característica (8) se


torna
(13) Z --(Dw)° -/- 0 em F.

4.6.2. Funções analíticas reais.

Nesta seção, analisaremos a representação de funções de valor real por séries


de potência.

DEFINIÇÃO. Uma função f : R' -+ R é denominada analítica real) rienr +o /


existem e:rist r > 0 e constantes fq] tais que

/(/' /#*-*o)° (*-*ol <')


a soma de todos os multiíndices a.
Observações. (i) Lembre-se de que escrevemos z° = z%-' - - zq°- , para o multiíndice

(ii) Se J é analítico perto de <o. então J é U próximo de +o Além disso, o


As constantes /q são calculadas como /q onde n! = oi!n2! up! Dessa forma
=
/ é igual à sua expansão de Taylor sobre
+o:

+( ) ' Z "-! °/( o)(* - *o)" (I* - *ol < r).


Para simplificar, a partir de agora consideramos <o = 0.

Exemplo. Se r > 0, defina

Entã
o
1 ' + + gp k
1 - ( *1 +"""+* ) ' £--0
r
1
pk
k=0 |a|=k
4.6. SÉRIE POWEft 227

Empregamos o Teorema Multinomial para a terceira igualdade acima e


lembramos que ( q° ) - q Essa série de potências é absolutamente
convergente para
|z| < r/ . De fato, ! 1

z.!.°,'! i-°i-Z '° '""}""'*


;c--0

Veremos em breve que a série de potências simples ilustrada neste


exemplo é bastante importante, pois podemos usá-la para majorar e, assim,
confirmar a convergência de outras séries de potências.
DEFINIÇÃO. Conjunto

!'ZQ +--° g--Z. -°


as duas séries de potência. Dizemos que g majora J, escrito

prozrtded

PEIII IA (Majorantes).
(i) Se g >> f e g converge para |z| < r, então f também converge para

(ii) IQ J -- Z :t- x° converge para :x < r e 0 < s< r, então J tem


um majorante para x < s .

Prova. 1. Para verificar a afirmação (i), verificamos

Z /*--°/ * Z g +i\°' \- \° < on se |z| < r.

2. Seja 0 < <r e defina p := s(1, ... , I). Então |y| = s< r e so/qp°
converge. Portanto, existe uma constante de modo que
fq y° C! para cada índice múltiplo n.
Em particular,

Mas então

S-( 1+'''+ n)
majora / para |z| < s .
225 4. oznEu wAvs ro iizeRESENT SOLUTIONS

Observação. Mais tarde, precisaremos estender nossa notação para séries


com v a l o r e s vetoriais. Portanto, dada a série de potências Jk j p_i. (I'll--
i.definimos f = (/1 , ... , /^), g = (g' , ... , g") e escrevemos
g >> f
para
gk
significa >> fk (k -- 1, ... , m).
r

4.6.3. Teorema de Cauchy-Kovalevskaya.

Passamos agora à nossa tarefa principal de criar uma solução de série de


potência para a equação diferencial parcial quasilinear de ordem let (1), com
dados analíticos de Cauchy (2) especificados em uma hipersuperfície analítica e
não característica F.

a. ££edução para um sistema de primeira ordem.

Pretendemos construir uma solução u como uma série de potências, mas


primeiro precisamos transformar o problema de valor limite (1), (2) em uma
forma mais conveniente.

Em primeiro lugar, ao achatar o limite por meio de um mapeamento


analítico (como em §4.6.1), podemos reduzir à situação em que F o (z = 0}.
Além disso, ao subtrair as funções analíticas apropriadas, podemos assumir
que os dados de Cauchy são identicamente zero. Consequentemente,
podemos assumir, sem perda, que nosso problema é o seguinte:

14)
= 0para |z'| < r, zq = 0,

r > 0 a ser encontrado. Como de costume, escrevemos z' = ( i -i)

Por fim, transformamos em um sistema de primeira ordem. Para isso,


introduzimos a função

cujos componentes são todas as derivadas parciais de u de ordem menor que


k. A partir de agora, m denotará o número de componentes de u por m, de
modo que u : R' -+ R" , u = (u1 , . . . , u"). Observe, a partir da condição de
limite em (14), que u = 0 para |z'| < r, zp = 0.
k
Agora, para k q (1, ... , rn - 1}, podemos calcular em termos de (ug, } 1 .
225 4. oznEu wAvs ro iizeRESENT SOLUTIONS

Além disso, em vista da condição não característica -io, ,0,£; / 0 near


4.6. SÉRIE POWER 229

0, podemos utilizar a EDP em (14) também para resolver para u em termos de u e


1

Empregando essas relações, podemos, consequentemente, transformar


(14) em um problema de valor-limite para um sistema de primeira ordem
para u, cujos coeficientes são funções analíticas. Esse sistema tem a forma
geral:

(J$) ugq - 1 Por (u, z')ug, -I- c(u, z') para |z| < r
u-0 para |z'| < r, zq - 0,

onde nos são dadas as funções analíticas B j : x R l -- M " ( -- 1, ... , n - 1) e c : R'


x R"1 -- R". Escreveremos Bj - ((h ')) e c = (c', ... , c'). Observe
cuidadosamente que assumimos que (Bj} 1 e c não dependem de zq.
Sempre podemos reduzir essa situação introduzindo se
necessário um novo componente u""* do desconhecido u, com u " + 1 zq.

Em particular, os componentes do sistema de equações diferenciais parciais


em (15) são

n-1 m

(16) - - --Z Z b '(u, z')n -F ck (u, z') (k - - 1 , ... , m).


j --l I= 1

b. Séries de potências para soluções.

Tendo reduzido para a forma especial (15), podemos agora expandir u


em uma série de potências e, o que é mais importante, verificar se essa série
converge para perto de 0.

TEOREMA 2 (Teorema de Cauchy-Kovalevskaya). Suponha que (Bj} 1 e c


sejam funções analíticas reais. Então, existe e:sist r > 0 e uma função analítica
real

resolvendo o problema de valor-limite (15).

Prova. 1. Devemos calcular os coeficientes

(18) _ D°u(0)
o!
em termos de {Bj} 1 e c e, em seguida, mostrar que a série de potências (18)
assim obtida d e fato converge se |z| < r e r > 0 forem suficientemente
pequenos.
230 4. oznzn w'ivs cO eEPRESENT SOAUTIONS

2. Como as funções (Bj}3ñ1 e c são analíticas, podemos

escrever (19)

e
(20)

essas séries de potências são convergentes se z -1- |z'| < s para algum s > 0
pequeno.
D D6gB (0, 0) D D,c(0, 0)
(21)
para j -- 1, ... , n - l e todos os multiíndices q, 6.
3. Como u0 em (zq = 0}, temos
D°u(0)
(22) = 0para todos os multiíndices a com aq = 0.

Agora, fixe i C (1, ... , n - l} e diferencie (16) com relação a zi:

j--1t=1 '+
Em vista de (22), concluímos que uJ,g (0) = c (0, 0).
Se o for um multiíndice com a forma o = (ct, ... , opet, 1) = (n', 1), também
provaremos por indução que
D°uk
(0) - Deck(0, 0).

Em seguida, suponha que n = (n', 2). Então

n-1 m
Ok
-- D°' Z! Z b" --y + gqby (16)
"J-1 i=1
n-1 m
-- D°' ZZ(b"--,-.+ Zb"-.-'----,)+
1= l p= 1 p=1

Porta zt -1 m
nto
D "uk (0) - D"' ZZ°!'--.- + Z
"j --1 I=1 p--1
4.6. serviços de 231
potência

A expressão do lado d i r e i t o pode ser calculada c o m o um polinômio com


coeficientes não negativos envolvendo várias derivadas de (Bj} _1 e c, e as
derivadas D*u, onde Qp < 1.
Em termos mais gerais, para cada multiíndice O e cada k C {1, ... , m},
calculamos

D "uk(0) - p (... , D Dgc, '' ' ' D'',' ' ' ) z=u=0'

em que p denota algum polinômio com coeficientes não negativos.


Relembrando (18)-(21), deduzimos, para cada n, k, que
k
(23)

onde

(24) q é um polinômio com coeficientes de ordem contínua

(25) Qq < aq - 1 para cada multiíndice Q no lado direito de (23).

4. Até agora, demonstramos apenas que, se houver uma solução suave


de (15), poderemos calcular todas as suas derivadas em 0 em termos de
quantidades conhecidas. É claro que já sabemos disso pela discussão em
§4.6.1, pois o plano {zq = 0} não é característico.
Pretendemos agora empregar (22)-(25) e o método dos majorantes para
mostrar que a série de potências (l7) realmente converge se |z| < r e r for
pequeno. Para isso, vamos primeiro supor que

(26) BJ >> BJ (j = 1, ... , n - 1)

(27)

onde

e
232 4. o+Hzn wAvs +o nsrnsSENT SOLUÇÕES

essas séries de potências são convergentes para z -1- |z'| < s. Então

(28)

para todos os j, q, 6.
A seguir, consideramos o novo problema de valor-limite
ugq -- 1 BJ (u*, z')ug + c*(u*, z') para |z| < r
(29) u* = 0 para |z'| < r, :rq -- 0,

e, como acima, procure uma solução com a forma

(30)

onde
u*(0)
(31)
o!

5. Nós
afirmamo
s 0 |u | up' para cada multiíndice n.

A prova é feita por indução. A etapa geral segue, pois

|uk | -- qk(... , Bj, ,6 , ... , cq,t, ... , up, ... )| por (23)
q (... , |By,q,t|, ... , |cq,t |, ... , |up|, ... ) por (24)
< q (... , By,q , ... , c6 , . .*o. - ) por (24), (28) e indução

Portanto

(32) u* >> u,

e, portanto, é suficiente provar que a série de potências (30) converge para perto de zero.
6. Conforme demonstrado na prova da afirmação (ii) do lema em §4.6.2,
se escolhermos
1
cr
B :=
r - (-i +- + "-i) - (z --F - -F z ) t
4.7. 233
PftOBLEMAS

para j -- 1, ... , n - 1, e

''^-/i+' +m+)-(i+'"+m)""""'"
então (26), (27) serão válidas se U for grande o suficiente, r > 0 for pequeno o

suficiente e, portanto, o problema (29) será

u"'--( +" +ni-(""+' '+-")


u* = 0 para |z'| < r, zq = 0.
No entanto, esse problema tem uma solução explícita, a saber

(33) u'=M(1,...1),
para

(34) "( ):= (-( + + -.-i)


- I(r - (-i + - + z"-i))2 - 2mnWrz ]1 /2).
Essa expressão é analítica para |z| < r, desde que r > 0 seja suficientemente
pequeno. Assim, u* definido por (33) tem necessariamente a forma (30),
(31), a série de potências
(30) convergindo para |z| < r. Como u* >> u, a série de potências (17) t a m b é m
converge para |z| < r
Isso define a função analítica u perto de 0. Como as expansões de Taylor
das funções analíticas ugq e 1 Bj(u, z)ug, + c(u, z) concordam em 0, elas
também concordam em toda a região |z| < r. O

Observação. O Teorema de Cauchy-Kovalevskaya também é válido para


EDPs analíticas totalmente não lineares: veja Folland [Fly

4.7. PROBLEMAS
1. Use a separação de variáveis para encontrar uma solução não trivial u do PDE

2. Considere a equação de Laplace An = 0 em IiI2 , tomada com os dados


de Cauchy
u = 0, du 1
sin(**i) em {°2 = 0}.
234 4. OUTROS CAMINHOS PARA REPRESENTAR
SOLUÇÕES

Empregar a separação de variáveis para derivar a solução

u- sin(nzi)sinh(n*2).

O que acontece com u à medida que n -- aumenta? O problema de Cauchy


para a equação de Laplace é bem posposto? (Esse exemplo se deve a
Hadamard).
3. Considere a lei de conservação viscosa

(-) (0, oo),

X
onde ri > 0 e F é uniformemente convexo.
(i) Mostre que u resolve (+) se u(z, t) = c(z - at) e c é definido
implicitamente pela fórmula

em que h e c são constantes.


(ii) Demonstre que podemos encontrar uma onda viajante que
satisfaça

lim c(s) = ut, lim c(s) = u,

para ut > u" se e somente se

(iii) Deixe u° denotar a solução de onda viajante acima de (+) para n


= c, com u°(0, 0) = "2 "*. Calcule lim,p0 u° e explique sua
resposta.
4. Prove que, se u for a solução do problema (23) para a equação de
Schrödinger em §4.3 dada pela fórmula (20), então

- (4z|t|) /2

para cada t / 0.
5. Utilize o Lema 2 em §4.5.3 para discutir o sentido em que u definido pela
fórmula (20) em §4.3.1 converge para os dados iniciais q como I -- 0+.
6. Mostre que podemos construir uma solução explícita do problema de
valor inicial (18), (19) do Exemplo 1 em §4.5.1, com a forma

Î 1
,(,) (, (,))./2 e
4.8. REFERENC!EIS 235

a função y(t) a ser encontrada. Substitua no PDE e determine


uma ODE deve satisfazer. Qual é a condição inicial para essa EDO?
7. Justifique na prova do Lema 2 em §4.5.3 a transformação d a integral
°2
de e sobre a linha F para a integral sobre o eixo real.
8. Seja n = 1 e suponha que u° resolva o problema

-(o(¿)u )m /em (0, I)


"'(0) - "'(t) = 0,
onde ri é uma função suave e positiva, que é 1-periódica. Suponha
também que / e £2(0, 1).
(i) Mostre que u° u fracamente em H0 (0, 1), onde u resolve

-Ôu" - em (0,1)
u0)- u(1)=0,
para ö :- (J0 ri(p)1 dû) l
(ii) Verifique se essa resposta está de acordo com as conclusões (73), (74) em
§4.5.4.
(Esse problema requer conhecimento de estimativas de energia, espaços
de Sobolev, etc., dos Capítulos 5 e 6).
9. Mostre que a linha {t - 0} é característica da equação térmica ut = ugg.
Mostre que não existe uma solução analítica u da equação de calor
equação térmica em R x R, com u = 1 em (t = 0}. (Dica: suponha que
existe uma solução analítica, calcule seus coeficientes e mostre que
a série de potências resultante diverge, exceto em (0, 0). Este exemplo é
devido a Kovalevskaya).

4.8. REFERÊNCIAS
Seção 4.1 Consulte, por exemplo, Pinsky [P], Strauss [ST], Thoe-Zachman-
oglou |T-Zj, Weinberger WEB etc. para saber mais sobre
separação de variáveis.
Seção 4.2 C. Jones forneceu a discussão sobre ondas viajantes para a
equação biestável, e J.-L. Vazquez me mostrou a derivação
da solução de Barenblatt. O livro de P. Olver (O) explica
muito mais sobre os métodos de simetria para PDE.
'Seção 4.3 Stein-Weiss S-W], Stein (SE] , Hörmander HI], Rauch |R],
Treves [T], etc. fornecem muito mais informações sobre '
Técnicas de transformada de Fourier. M. Weinstein me ajudou com !
Equação de Schrödinger. O exemplo 5 é de Pinsky P], e
236 4. OUTRAS FORMAS DE REPRESENTAR A
SOLUÇÃO

a solução da equação de onda em §4.3.2 é de Pinsky- Taylor


P-T].
Seção 4.4 Consulte Courant-Hilbert [C-H] para obter mais informações
sobre o hodograma e as transformações de Legendre.
Seção 4.5 J. Neu contribuiu com o §4.5.1. A seção 4.5.3 é baseada em
algumas aulas de J. Ralston, seguindo Hörmander H2J. A
discussão sobre homogeneização no §4.5.4 segue Bensous-
san-Lions-Papanicolaou [B-L-P].
Seção 4.6 Consulte Folland FI, Capítulo 1], John 3, Capítulo 3],
DiBene- detto DB, Capítulo 1).
Seção 4.7 O Problema 1 é de Aronsson, e o Problema 9 é de Mikhailov
M].
Capítulo 5

ESPAÇOS SOBOLEV

5.1 Espaços de Hölder


5.2 Espaços de Sobolev
5.3 Aproximação
5.4 Extensões
5.5 Itaces
5.6 Desigualdades de Sobolev
5.7 Compacidade
5.8 Tópicos adicionais
5.9 Outros espaços de funções
5.10 Problemas
5.11 Referências

Este capítulo desenvolve principalmente a teoria dos espaços de Sohoieu,


que muitas vezes acabam sendo o cenário adequado p a r a aplicar ideias de
análise funcional para obter informações sobre equações diferenciais parciais.
O material a seguir é muitas vezes sutil e parecerá pouco motivador, mas
acabará sendo extremamente útil.
Como temos em mente eventuais aplicações a classes bastante amplas de
equações diferenciais parciais, vale a pena esboçar aqui nosso ponto de vista
geral. Nossa intenção, em termos gerais, será mais tarde pegar várias EDPs
específicas e reformulá-las abstratamente como operadores atuando em
espaços lineares apropriados. Podemos escrever isso simbolicamente como

A : X -- Y,

239
240 5. ISOBOLEV iSPAC!EiS

em que o operador A codifica a estrutura das e q u a ç õ e s diferenciais parciais,


incluindo possivelmente condições de contorno etc., e A, V são espaços de
funções. A grande vantagem é que, uma vez que o nosso problema de EDP tenha
sido interpretado adequadamente dessa forma, podemos frequentemente
empregar os princípios g e r a i s e importantes da análise funcional (Apêndice
D) para estudar a resolubilidade de várias equações que envolvem A. Veremos
mais tarde que o trabalho realmente difícil não é tanto a invocação da análise
funcional, mas sim encontrar os espaços "certos" A, V e os operadores abstratos
"certos" A. Os espaços de Sobolev são projetados precisamente para fazer com
que tudo isso funcione corretamente e, portanto, essas são geralmente as escolhas
adequadas para A, V.
Utilizaremos os espaços de Sobolev para estudar EDPs elípticas,
parabólicas e hiperbólicas lineares nos Capítulos €'-7 e para estudar equações
elípticas e parabólicas não lineares nos Capítulos 8-9.
O leitor pode querer dar uma olhada em algumas das terminologias da
análise funcional no Apêndice D antes de prosseguir.

5.1. ESPAÇOS HÖLDER


Antes de nos voltarmos para os e s p a ç o s d e Sobolev, discutiremos primeiro os espaços de
Hölder mais simples.

Suponha que U C R" seja aberto e 0 < 1. C o n s i d e r a m o s anteriormente


a classe de funções contínuas de Lipschitz u : U -- , que, por definição,
satisfazem a estimativa

para alguma constante C. Agora, é claro que (1) implica que u é contínua e,
mais importante, fornece um módulo uniforme de continuidade. É útil
considerar também as funções u que satisfazem uma variante de (1), a saber

para alguma constante C. Essa função é dita contínua de Hâlder com


expoente y.

DEFINIÇÕES. (i) Se u : U -+ é limitado e contínuo, escrevemos

= sup|u(z)|
x:*U

(ii) Z'/ie y"-Hö1der seminorm o/ ti : U -+ é

= sup
5.2. CAIXAS DE BANHO 241
SOBOLEV

e a norma y"-Hö1der é

DEFINIÇÃO. Z'/ie Espaço de Hölder

consiste em todas as junções u C C!k(U) para as quais a

norma (3)

é /nite.

Portanto, o espaço C!k (°U) consiste nas funções u que são k vezes
continuamente diferenciáveis e cujas k"-derivadas parciais são Hölder
contínuas com expoente ç. Essas funções são bem comportadas e, além disso,
o próprio espaço C!k (°U) possui uma boa estrutura matemática:

TEOREMA 1 (Espaços de Hölder como espaços de funções). O espaço das


funções
O C!k ( U) é um espaço Bnnoc/i.

A prova é deixada como um exercício (Problema 1), mas vamos fazer uma
pausa aqui para deixar claro o que está sendo afirmado. Lembre-se de §D.1 que
se A denota um espaço linear real, então um mapeamento || || : A -- 0, on) é
chamado de norma desde que
(i) l- + -ll z I-li + 11'l f°r °" -, * * ^,
(ii) || Au|| = |A|||u|| para todos os u C A, A C R,
(iii) ||u|| = 0 se e somente se u = 0.
Uma norma nos fornece uma noção de convergência: dizemos que uma
sequência (uik}p_l C A converge para u C A, escrita <k u , se limtpg ||up - u||
= 0. Um espaço Bnnnc/i é, então, um espaço linear normado que é completo,
ou seja, dentro do qual
cada sequência de Cauchy converge.
Portanto, no Teorema 1, estamos afirmando que, se assumirmos o espaço
linear
C!k (U) a norma || - || = || - ||pi"(U), definida por (3), então |-| || verifica
propriedades (i)-(iii) acima e, além disso, cada sequência de Cauchy converge.

5.2. ESPAÇOS SOBOLEV


Infelizmente, os espaços de Hölder introduzidos em §5.1 não costumam ser
ambientes adequados para a teoria elementar de EDPs, pois geralmente não
5.2. CAIXAS DE BANHO 241
SOBOLEV

podemos fazer estimativas analíticas suficientemente boas para demonstrar


que as soluções que construímos realmente
242 5. ESPAÇO SOBOLEV

pertencem a esses espaços. O que é necessário, em vez disso, são outros tipos
de espaços que contenham funções menos suaves. Na prática, precisamos
encontrar um equilíbrio, projetando espaços que incluam funções que tenham
algumas propriedades de suavidade, mas não muito grandes.

6.2.1. Derivados fracos.

Começamos enfraquecendo substancialmente a noção de derivadas


parciais.

Notação. Deixe U (U) denotar o espaço de funções infinitamente


diferenciáveis & : U -- lfi, com suporte compacto em U. Chamaremos uma função
Q pertencente a C! (U) como uma junção de teste.

Motivação para a definição de derivada fraca. Suponha que nos seja


dada uma função u e C!1 (U). Então, se Q o C! (U), veremos pela fórmula de
integração por partes que

(1) u$ , dz -- - u ,$ dz (i - 1, ... , n).


U U

Não há termos de limite, pois $ tem suporte compacto em U e, portanto,


desaparece perto de EU. De modo mais geral, se k for um número inteiro
positivo, u C C!k(U) e n = (oi, , up) for um multiíndice de ordem |n| = oi + +
rig = k, então

(2)
U U

Essa igualdade é válida,


pois d°1 b°-
D°$ -

e podemos aplicar a fórmula (1) |n | vezes.

Em seguida, examinamos a fórmula (2), válida para u C C!k(U), e


perguntamos se alguma variante dela ainda pode ser verdadeira mesmo que u
não seja k vezes continuamente diferenciável. Agora, o lado esquerdo de (2)
faz sentido se u for apenas localmente somável: o problema é que, se u não
for U , então a expressão "D°u" no lado direito de (2) não tem significado
óbvio. Resolvemos essa dificuldade perguntando se existe uma função
localmente somável c para a qual a fórmula (2) é válida, com c substituindo
D°u:

DEFINIÇÃO. Sup'p ose u, c C L1 e(U), e a é o rnuftiindez. ife sob


taint c é a derivada parcial n"-weak de u, escrita
243

'fornecido

(3)
U U
para todas as junções de teste $ C C! (U).

Em outras palavras, se nos for dado u e se existir uma função c que


verifique (3) para todos os $, dizemos que D°u -- r no sentido fraco. Se não
existir tal função c, então u não possui uma derivada o"-parcial fraca.

LEMMA (Unicidade de derivadas fracas). Uma derivada a"-parcial de/ u, i/


ela eFsts, é exclusivamente definida até um conjunto de/ medida zero.

Prova. Suponha que c, 0 C T1 e (U) satisfaçam

U U U
para todos os $ C C! (U). Então

(4)
U
para todos os $ C C! (U); portanto, c - 0 = 0 a.e.

Exemplo 1. Seja n = 1, U -- (0, 2) e


z se 0 < z ñ 1
1 se 1 < z < 2.
Definir
1 se 0 < z < 1
0 se 1 < z < 2.
Vamos mostrar que u' = c no sentido fraco. Para ver isso, escolha qualquer Q C C!
(U).
Devemos demonstrar
2 2
0 0
Mas podemos calcular facilmente
2 1 2

0 0 I
1 2

0 0
conforme necessário.
244 5. PEÇAS DE
REPOSIÇÃO ISOBOLEV

Exemplo 2. Seja n = 1, U -- (0, 2) e


zse 0 < z < 1
2se 1 < z < 2.

Afirmamos que It' não existe no sentido fraco. Para verificar isso, devemos
mostrar que não existe nenhuma função c e T(U) que satisfaça

(5) u'f' d:s -- -n$ d:r


0 0

para todo Q C C! (U). Suponha, ao contrário, que (5) seja válida para algum c e
todos Q. Então
2 2 1 2

0 0 0 1
(6)

Escolha uma sequência (Qp} 1 de funções suaves que


satisfaçam

0 < $p < 1, $p(1) = 1, dp(z) 0 para todo z 1.


Substituindo Q por Qp em (6) e enviando rn -- em, descobrimos
2 1

uma contradição.

Exemplos mais sofisticados aparecem na próxima seção.

6.2.2. Definição de espaços de Sobolev.


Fixe 1 < p < e deixe k ser um número inteiro não negativo. Definimos
agora determinados espaços de funções, cujos membros têm derivadas fracas
de várias ordens situadas em vários espaços U.

DEFINIÇÃO. O espaço de Sobolev

Wk '^(U)

consiste em todas as junções localmente somáveis u : U -+such #iot for eocfi


rnuftiindez n with |o| k, D°u eziste no sentido semanal e 6efonqs para
(U).
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Mais informações em www.DeepL.com/pro.
5.2. PEÇAS DE 245
REPOSIÇÃO ISOBOLEV

Observações. (i) Se p = 2, geralmente escrevemos


ask
(U) -- Wk'2 (U) (k -- 0, I, ... ).

A letra H é usada, pois, como veremos, ((/) é um espaço de Hilbert.


Observe que H0 (U) -- L2 (U).
(ii) A partir de agora, identificamos funções em Wk'^(U) que concordam
com a.e. O

DEFINIÇÃO. Se u C Wk ^ (U), definimos sua norma como

< k ess supt/ |D°u| (p = m).

DEFINIÇÕES. (i) Conjunto (up} 1, u e Wk ^(U). A mentira sob up


converge para u em JR''°(t/), escrito

up -- uin Wk *(U),

fornecido

(ii) como
escrever up -- u tn UIc'(t/),

para a Rainha

para cada V C C
U.

DEFINIÇÃO. o ajuste de denotação

o fechamento de U@(U) em Wk'^(U).

Assim, u C W p'*(U) se e somente se existirem funções up C C! (U) tais que up -


+ u em Wk *(U). Interpretamos Wp"(U) como compreendendo as funções u e
Wk*(U) de modo que

"D°u 0 na UE" para todos os |n| k - 1.


246 5. ESPAÇOS
SOBOEEV
Tudo isso ficará mais claro com a discussão sobre traços no §5.5.
5.2. PEÇAS DE 245
REPOSIÇÃO ISOBOLEV

Notação. É comum escrever


2
HQ (U) -- W ' (U).

Veremos nos exercícios que, se n = 1 e U for um intervalo aberto em R1 ,


então u e Wl ^(U) se e somente se u for igual a uma função absolutamente
contínua cuja derivada ordinária (que existe a.e.) pertence a IN(U). No
entanto, essa caracterização simples só está disponível para n = 1. Em geral,
uma função pode pertencer a um espaço de Sobolev e, ainda assim, ser
descontínua e/ou ilimitada.

Exemplo 3. Tome U -- &0(0, 1), a bola unitária aberta em R", e

Para quais valores de n > 0, n, p u pertence a Wl ^(U)? Para responder, observe


primeiro u é suave longe de 0, com

e
assim |D (z) | -- (z 0).

Seja $ C U ( (/) e fixe c > 0. Então

U - B(0,s) U - B(0,e) dB(0,e)

" = (1 , ... , v") denotando a normal apontando para dentro em GB(0, e). Agora,
se
n + 1 < n, Du(:r) e Ll (U). Neste caso

dB(0,s) dB(0¿)

Portanto

U U
para todos os $ C C! (U), desde que 0 n
< n - 1. Além disso, Du(:r) -- e
IN(U) se e somente se (n + l)p < n. Consequentemente, u C Wl *(U) se e somente
se
l
. Em particular, u f- W '^(U) para cada p > n. O
248 5. ESPAÇADORES
ISOBOLEV

Exemplo 4. Seja { r k ]-k l um subconjunto contável e denso de U -- B0 (0,


1). Escreva

2'

Então u C Wl ^(U) se e somente se n < Se 0 < n < , veremos que u


pertence a Wl ^(U) e, ainda assim, não é limitado em cada subconjunto aberto de U.
D

Esse último exemplo ilustra um fato fundamental da vida: embora uma


função u pertencente a um espaço de Sobolev possua certas propriedades de
suavidade, ela ainda pode ter um comportamento bastante ruim em outros
aspectos.
5.2.8. Propriedades elementares.
Em seguida, verificamos determinadas propriedades das derivadas fracas.
Observe com muito cuidado que, embora essas várias regras sejam
obviamente verdadeiras para funções suaves, as funções no espaço de
Sobolev não são necessariamente suaves: devemos sempre confiar apenas na
definição de derivadas fracas.

TEOREMA l (Propriedades das derivadas fracas). Suponha que u, c C Wk


^(U),

|n| < k. Z '/ien

(ii) Para cada 5, ii C , An + pc C Wk *(U) end D'(5u -1- p ) - 5D°u +


pD° n, a < k.
(iii) Se V for um subconjunto não aberto de U, então u e Wk*(V).
(iv) then (u e Wk ^(U) end

(7)

Prova. 1. Para provar (i), primeiro fixe Q C U ( (/). Então, D*'f C C! (U), e assim

U U

U
5.2. iSPARES ISOBOLEV 247

U
248 5. ESPAÇADORES
ISOBOLEV

Assim, D'(D°u) = D°"*u no sentido fraco.


2. As afirmações (ii) e (iii) são fáceis, e as provas são omitidas.
3. Provamos (7) por indução em |o|. Suponha primeiro |n| - 1. Escolha
qualquer
'f C U (U). Então

U U

U
Assim, D°( u) - D°u + uD° , conforme necessário.
Em seguida, suponha que f < k e a fórmula (7) seja válida para todos os |n| <
I e todas as funções (. Escolha um multiíndice n com |n| = f -1- 1. Então, n = Q +
para algum |Q| =
I,
|y| - 1. Em seguida, para $ como acima,

U U

(pelo pressuposto da indução)

') D^(D"§D*-° )$ dz
U

(pela suposição de indução novamente)

= (-1) °
U

(onde p - o + y)

desde

Não apenas muitas das regras usuais de cálculo se aplicam às derivadas


5.2. iSPARES ISOBOLEV 247
fracas, mas os próprios espaços de Sobolev têm uma boa estrutura matemática:
25 5. ESPAÇOS
ISOBOLEV

TEOREMA 2 (Espaços de Sobolev como espaços de funções). Para


cada k -- 1, ... e 1 'p o espaço de Sobolev Wk' (U) é um espaço de
Bonocfi.
Prova. 1. Antes de mais nada, vamos verificar seu ,>(U) é uma norma. (Veja
a discussão no final de §5.1 ou c o n s u l t e §D.1 para obter as definições.)
Claramente
lI'°llw- -W' - - i ^ w 'iiw- -W)-
e
u , (U) -- 0 se e somente se u = 0 a.e.
Em seguida, suponha que u, c e Wk (U). Então, se 1 < p < a desigualdade

8
de Minkowski (§B.2) implica

l/p

ii-iiw- -(U) + ii-iiw-.-(U)


2. Resta mostrar que Wk ^(U) está completo. Portanto, suponha que
(up}1 seja uma sequência de Cauchy em Wk ^(U). Então, para cada |n| < k,
D°uz] l é uma sequência de Cauchy em IN(U). Como LP(U) é completa,
existem funções uq C IN(U) de modo que
D°u", -- uqin L^(U)
para cada |n| k. Em particular,
* *(o,...,o) ': UiR L*(U).
3. Agora afirmamos
(8) u E Wk '^(U), D "u -- up (|o| < k).
Para verificar essa afirmação, fixe Q C C! (U). Em seguida
uD°'f d:r finlandê --upD° 'f dv
U s

U
Portanto, (8) é válido. Como, portanto, D°uz -+ D°u
em IN(U) para todo |n| < k,
vemos que up -+ u em Wk *(U), como exigido. O
5.2. PÁGINAS DE 249
SOBOLEV

5.3. APROXIMAÇÃO
5.3.1. Aproximação interior por funções suaves.
É incômodo retornar continuamente à definição de derivadas fracas. Para
estudar as propriedades mais profundas dos espaços de Sobolev, precisamos,
portanto, desenvolver alguns procedimentos sistemáticos para aproximar uma
função em um espaço de Sobolev por funções suaves. O método de
molinetes, desenvolvido em
§C.4, fornece a ferramenta.
Fixe um número inteiro positivo k e 1 < p < on. Lembre-se de que Uz -- [:r C U
dist(z, dt/) > c}.

TEOREMA l ( Aproximação local por funções suaves). Suponha que u C


Wk ^(U)
para algum I < p < on, e definir

Z'hen
(i) u' G C"(U ) para cada e > 0,
"nd
(ii) u'

Prova. 1. A afirmação (i) é provada em §C.4.


2. Em seguida, afirmamos que, se |n| < k, então

(1)
ou seja, o derirntice parcial comum det 'o/ a junção suave u' é o e-
rnofft/cotion da porção n"-week do dericotice o/ u. Para confirmar isso,
calculamos para z C Uz

Agora, para z C U fixo, a função $(p) := p,(z - p) pertence a C! (U).


Consequentemente, a definição da derivada parcial n"-fraca implica:

U
5.3. APROXIMAÇÃO 251

Portanto

Isso estabelece (1).


3. Agora escolha um conjunto aberto Y DC U. Em vista de (1) e §C.4, D°u'
- D°uem U(Y) como c -- 0, para cada |n| < k. Consequentemente

° ° ,r ' j ttD°-' - D°-t|°,-(r) -+o

como c -+ 0. Isso prova a afirmação (ii).

5.3.2. Aproximação por funções suaves.

Em seguida, mostramos que podemos encontrar funções suaves que se


aproximam em Wk ^(U), e não apenas em WI ['(U). Observe a seguir que não
fazemos nenhuma suposição sobre a suavidade de dU.
TEOREMA 2 (Aproximação global por funções suaves). Suponha que U
é limitado, e suponha como trama que u C Wk *!U) para algum 1 < p <
Z'/ien, existem funções a leste up C C!'(U) M Wk ^(U) tais que

ilemark. Observe cuidadosamente que não afirmamos up e O°°(U) (mas veja


o Teorema 3 abaixo). O

Prova. 1. Temos U -- [_j l U;, onde

U; :-- {:r C U dist(z, bU) > 1/i} (i = 1, 2, ... ).

Escreva U, := U;-j-3 - U;+1-


Escolha também qualquer conjunto aberto Y0 CC U de modo que U -- [_j
_0 Y,. Agora, deixe que ((,} 0 seja uma partição suave da unidade subordinada
aos conjuntos abertos (U,}0 ; ou seja, suponha que
0<Q<1,
(2)
Z.-e '- = 1 em U.
Em seguida, escolha qualquer função u C Wk *(U). De acordo com o Teorema 1(iv)
em
§5.2, (in e Wk ^ (U) e spt((in) C U,.
252 5. ESPAÇO ISOBOLEV

2. Fixe d > 0. Escolha então ci > 0 tão pequeno que u' :- p,; ((in) satisfaça

II°' - .-ttw-.-(U) ' 2" o, ,


(3)

3. Escreva c := _0 u'. Essa função pertence a C! (U), já que para cada


conjunto aberto U oo U há no máximo um número finito de termos não nulos
na soma. Como u = _0 (in, temos para cada Y oo U

t=0

<6 v' por (3)


t=0

Use o supremo sobre os conjuntos Y CC U, para concluir r -ml+--[U) -<*

6.3.3. Aproximação global por funções suaves.


Perguntamos agora quando é possível aproximar uma determinada
função u e Wk (U) por funções pertencentes a U (U), e não apenas C!°°(U).
Essa aproximação requer alguma condição para excluir que EU seja
geometricamente selvagem.

TEOREMA 3 (Aproximação global por funções suaves até o limite).


Suponha que U seja limitado e EU seja Al . S-'pvose u C Wk ^(U) para algum
1 < p < on. Então, existem junções up C U'(U) tais que #iot

Prova. 1. Fixe qualquer ponto z0 C dU. Como EU é Al , existem, de acordo


com
§C.1, um raio r > 0 e uma função Al : R *1 -' R tal que - após
rotulando novamente os eixos de coordenadas, se necessário - temos

E n B(z0 ,r) = ( e (0 , ) z" > n'(zi-,- , z"-i)}-


Defina Y := U O B(z0 ,r/2).
2. Definir o ponto deslocado

s':=z+2cem (*EF, c>0),


5.3. APROXIMAÇÃO 253

e observe que, para algum número fixo e suficientemente grande A > 0, a bola
B(:r°, c) está em U M B(z0 , r) para todo z e Y e todo c 0 pequeno.
Agora defina u,(z) := u(z°) (z C Y); essa é a função u transladada a uma
distância Ac na direção eg. Em seguida, escreva c° = p, u,. A ideia é que nos
movemos para cima o suficiente para que "haja espaço para se acalmar

dentro de U". Claramente


3. Agora afirmamos

(4)

Para confirmar isso, considere n como qualquer multiíndice com |n| < k. Então

O segundo termo do lado direito vai para zero com c, já que a translação é
contínua na norma M; e o primeiro termo também desaparece no limite, por
um raciocínio semelhante ao da prova do Teorema 1.
4. Selecione d > 0. Como EU é compacto, podemos encontrar um número finito
de pontos
0 C EU, raios ri > 0, conjuntos correspondentes U, = U M B(z0,_y ) , e funções
2
u; e U°°(F,) (i - I, ... , N) de modo que EU [_j;_l B0 0 ' 2 ) , e

(5)

Pegue um conjunto aberto Y0 U de modo que U C [_);0 U e selecione, usando


Theo- rem 1, uma função <o o +'(to) que satisfaça

(6)

5. Agora, deixe ((,}p0 ser uma partição suave da unidade


subordinada a o s conjuntos abertos (Y,}0 em U. Defina u := _0 (iui.
254 5. ESPAÇO ISOBOLEV

Então, claramente c e G'°°(U). Em


254 5. ESPAÇO ISOBOLEV

Além disso, como u = _0 (in, vemos usando o Teorema 1 em §5.2.3 que para cada
|n| < k:

t=0

t=0

de acordo com (5) e (6).

5.4. EXTENSÕES
Nosso objetivo a seguir é estender as funções no espaço de Sobolev W' *(U)
para que se tornem funções no espaço de Sobolev )1 '*(R"). Isso pode ser
sutil. Observe, por exemplo, que nossa extensão de u e Wl ^(U) para ser zero
em R' - U não funcionará em geral, pois podemos criar uma descontinuidade
tão ruim ao longo de EU que a função estendida não terá mais uma primeira
derivada parcial fraca. Em vez disso, devemos inventar uma maneira de
estender u que "preserve as derivadas fracas em EU".
Suponha que 1 < p < m.
TEOREMA 1 (Teorema da extensão). Suponha que U seja limitado e EU seja
G'1. Selecione um conjunto aberto delimitado V de modo que U OC V. Z'fien
existe um perator delimitado fino ou 'perator

(t)

tal mancha para eocfi u C JR''°(V):


(i) In = u o. e. em U,
(ii) Em tem suporte em Y,
casca
(iii)
ll^°Il -("-) s cll°ll -(U)-
#ie constringir C dependendo apenas de p, U e V.

DEFINIÇÃO. Colt deitado En na extensão do J u to R".


Prova. 1. Fixe z0 € EU e suponha primeiro

(2) EU é 8at próximo a z0 , situado no plano (zq = 0}.


5.4. EXTENSAO 255

Uma meia-bola no limite

Então, podemos supor que existe uma bola aberta B, com centro z0 e raio
r, de modo que
B+ :- B O {zq > 0} U
B :-- B O {zq 0}R " - U.
2. Suponha também, temporariamente, u C U°°(U).
(3) Definimos então
se z C B+
3u(+i
Isso é chamado de rejeição de ordem superior de u de B+ para B .
3. Nós afirmamos

(4)
Para verificar isso, vamos escrever u* := B- - " := Be . Primeiro demonstramos

De fato, de acordo com (3),

e assim

Isso confirma (5). Agora, como u+ = u* em {zq = 0}, vemos também que

(6) z,l(zn=0}' z,l(zn=0}


para i = 1, ... , n - 1. Mas então (5) e (6) juntos implicam
256 5. ESPAÇO ISOBOLEV

para cada |n| < 1 e, portanto, (4) segue.


4. Usando esses cálculos, também podemos verificar prontamente

para alguma constante U que não dependa de u.


5. Em seguida, vamos considerar a situação em que dU não é
necessariamente plana perto de z0 . Então, utilizando a notação e a
terminologia de §C.1, podemos encontrar um mapeamento Al T, com inversa
T, de modo que 4- "endireite dU perto de z0 .

Endireitando o limite

Escrevemos y = 4-(z), z = T(y), u'(y) := u(T(y)). Escolha uma pequena bola


B conforme desenhado anteriormente. Em seguida, utilizando as etapas 1-3
acima, estendemos u' de B+ para uma função ii' definida em todo o B, de modo
que ii' seja Al e tenhamos a estimativa

Seja IV := W(B). Em seguida, convertendo de volta para as variáveis z,


obtemos uma extensão ii de u para IV, com

6. Como dU é compacto, existe um número finito de pontos z0 C fiU,


conjuntos abertos lVi e extensões iii de u para lVi (i = 1, ... , N), como acima,
de modo que
E {_j 1 lVi. Tome lV0U de modo que U_0 lV" e deixe {(i} 0 ser uma
partição associada da unidade . Escrevaii :=
0 (iris, onde ii0 = u. Então
Utilizando a estimativa (8) (com ui no lugar de u, fi; no lugar de ii), obtemos o
limite
5.5. Z'TtACEI3 257

para alguma constante U, dependendo de U, p, n, etc., mas não de u. Além


disso, podemos fazer com que o suporte de ii esteja dentro de Y DD U.
256 5. ESPAÇO ISOBOLEV

7. A partir de agora, escreveremos En :-- u e observaremos que o mapeamento u


En
é linear.
Lembre-se de que a construção até agora supôs que u C U'(U). Suponha
agora que u C Wl ^(U) e escolha up C U°°(U) que converge para u em Wl
(U). A expressão (9) e a linearidade de A implicam que

Assim, {Nup} é uma sequência de Cauchy e, portanto, converge para ii =:


En. Essa extensão, que não depende da escolha específica da sequência de
aproximação (up} 1satisfaz as conclusões do t e o r e m a . O

Observações. (i) Suponha agora que dU seja '2 . Então, o operador de


extensão E construído acima também é um operador linear limitado de W2
^(U) para IV2 '^(R'). Para ver isso, observe primeiro nas etapas 3 e 4 da prova
que, embora ii não seja, em geral, U2 , ele pertence a W2 ^(B). Também
temos o limite

o que decorre da definição (3). Como antes, consequentemente derivamos a


estimativa

(10)

desde que dU seja U2 , as constantes U dependem apenas de U, U, n e p.


Precisaremos dessas observações mais tarde.
(ii) A construção acima não nos fornece uma extensão para os espaços de
Sobolev Wk (U), se k > 2. Isso requer uma técnica de reflexão de ordem
superior mais complicada.

5.5. TRAÇOS
Em seguida, discutiremos a possibilidade de atribuir "valores de limite" ao
longo de dU a uma função u C Wl (U), supondo que dU seja Al . Agora, se u
C U(U), então claramente u tem valores em dU no sentido usual. O problema
é que uma função típica u C Wl ^(U) não é, em geral, contínua e, pior ainda,
só é definida a.e. em U. Como dU tem medida de Lebesgue n-dimensional
zero, não há significado direto que possamos dar à expressão "u restrito a
dU". A noção de um operador de traço resolve esse problema.
Para esta seção, consideramos 1
5.5. VIAGENS 259

TEOREMA 1 (Teorema do traço). Suponha que U seja limitado e dU seja Al


.
C o n s i d e r e m o s que existe um operador de multa limitado

ii+-ii"-(aU' " "ll°ll -("-


para cada u C IV1 '^(V), com a constante C! dependendo apenas de p e U.
DEFINIÇÃO. Chamamos de Tu o traço o/ u em dU.
Prova. 1. Suponha primeiro u C N1 (U). Como na primeira parte da prova do
Teorema 1 em §5.4, vamos também supor inicialmente z0 C dU e dU é plano
perto de z0, situando-se no plano {:cq -- 0}. Escolha uma bola aberta & como
na prova anterior e deixe B denotar a bola concêntrica com raio r/2.
Selecione ( C C! (B), com ( > 0 em B, § == 1 em B. Denote por P que
parte de dU dentro de 13. Defina z' = (<i, < -i) e &'°l = {z" = 0}.
Então

B+

(i)

B+

onde empregamos a desigualdade de Young, de §B.2.


2. Se z0 C dU, mas dU não for plano perto de z0 , como de costume,
endireitamos o limite perto de z0 para obter a configuração acima. Aplicando
a estimativa (1) e mudando as variáveis, o b t e m o s o limite

em que F é um subconjunto aberto de dU que contém z0.


3. Como dU é compacto, existem finitamente muitos pontos z0 o dU e
subconjuntos abertos Fi dU (z = 1, ... , N) de modo que dU -- (_);1 P e
258 5. ESPAÇOS SOBOEEV

Consequentemente, se escrevermos

então

(2)

para alguma constante U adequada, que não depende de u.


4. A desigualdade (2) é válida para u C U1 (U). Suponha agora que u C
W1 ' (U). Então, existem funções up C U'(U) que convergem para u em Wl
^(U). De acordo com (2), temos

(3)

de modo que (T up} 1 é uma sequência de Cauchy em LP(dU). Definimos

o limite obtido em M(fiV). De acordo com (3), essa definição não depende
da escolha específica das funções suaves que aproximam u.
Finalmente, se u C W1 ^(U) O U(U), observamos que as funções u,n C
U°°(U) construídas na prova do Teorema 3 em §5.3.3 convergem uniformemente
para u em
U. Portanto, Tu = u|pp. O

A seguir, examinaremos mais de perto o que significa uma função ter traço
zero.

TEOREMA 2 (Funções de traço zero em lVl '^). Suponha que U seja


limitado e dU iS U1 . Suponha ainda que u C Wl ^(U). Então

(4) u ' W0 '*(U) se e onljj i/Z '" - 0 em âU.

Prova*. 1. Suponha primeiro que u C W0 "(U). Então, por definição, existem


funções up e G (U) tais que

up -- uin W ^ (U).

Como Top = 0 em dU (m = 1, ... ) e T : Wl ^ U) -+ IP pdU) é um operador linear


limitado, d e d u z i m o s que Z'u = 0 em dU.
2. A afirmação inversa é mais difícil. Vamos supor que

(5) Z'u = 0em dU.


• Omitir na primeira leitura.
5.6. DESIGUALDADES 261
ISOBOLEV

Usando partições de unidade e achatando dU como de costume, podemos


também assumir
u C W1 '*(R* ), u tem suporte compacto em *,
(6)
Tu = 0 em fiR* = R" *.
Então, como Tu = 0 em R 1existem funções up C Al (R*) tais que (/)

acd

(8) *°- ' --la--' o '* *°(*°- ).


Agora, se z' C R'*l , z" > 0, temos

0
Portanto

0 R
"*

Deixando m -- em e relembrando (7), (8), ded u zi m os:

0 "-*
para a.e. zq >
0.

e escrever

wq := u(s)(1 - (q).
Então

Consequente
mente

2/m
(10) + Um^ |"|^ dz'dl
-- A -F B.
260 5. ESPAÇADOR DE
SOBOLEV

Agora

(11)

já que (p / 0 somente se 0 < zq < 2/m. Para estimar o termo B, u t i l i z a m o s a


desigualdade (9):

(12)
2/m
como m -+ 0.
0 "-*

Empregando (10)-(12), deduzimos Dwg -- Du em U(R*). Como claramente


mp -- u em U(R*), concluímos que

Mas mp = 0 se 0 < zq < 1/rn. Podemos, portanto, simplificar o mp para


produzir funções up C C's(R*) de modo que up -- u em lY1 '^(R*). Portanto,

u e IV0"(R*).

5.6. DESIGUALDADES DE SOBOLEV


Nosso objetivo nesta seção é descobrir as incorporações de vários espaços de
Sobolev em outros. As ferramentas analíticas cruciais aqui serão as
chamadas "desigualdades do tipo Sobolev", que provaremos a seguir para
funções suaves. Elas estabelecerão as estimativas para funções arbitrárias nos
vários espaços de Sobolev relevantes, pois, como vimos no item 5.2, as
funções suaves são densas.
Para esclarecer a apresentação, consideraremos primeiro apenas o espaço
de Sobolev W1 ^(U) e faremos a seguinte pergunta básica: Se uma junção u
pertence a W' ^(U), ela automaticamente pertence a outros espaços? A
resposta será "sim", mas quais outros espaços dependem do fato de

(2) p - n,
(3) n < p < oo.

Estudamos o caso (1) em §5.6.1, o caso (3) em §5.6.2 e o caso limite


(2) somente mais tarde em §5.8.1.
5.6. desigualdades isobólicos 263

5.6.1.Desigualdade de Gagliardo-Nirenberg-Sobolev.
Para esta seção, vamos supor que

(4)
e primeiro perguntamos se podemos estabelecer uma estimativa da forma

(5)

para determinadas constantes U > 0, 1 < q < e todas as funções u C U


(IR'). A questão é que as constantes U e q não devem depender de u.

Motivação. Vamos primeiro demonstrar que t/ qualquer desigualdade da


forma (5) é válida, então o número q não pode ser arbitrário, mas deve, de
fato, ter uma forma muito específica. Para isso, escolha uma função u C U
(R"), u 0 , e defina para I > 0 a função reescalonada

Aplicando (5) a u¿, encontramos:

(6)

Agora
|",| d" =| "(")| dx = |"(,)| d",
e

Inserindo essas igualdades em (6), descobrimos

e assim

Mas então, se 1 - +0 , podemos, ao enviar A para 0 ou on em (7), obter


uma contradição. Assim, se de fato a desigualdade desejada (5) for válida,
teremos
deve necessariamente ter 1 - = 0; de modo que - - ,q
n
262 5. ESPAÇOS
ISOBOLEVOS
Essa observação motiva o seguinte
5.6. desigualdades isobólicos 263

DEFINIÇÃO. Se 1 < p < n, o conjugado de Sobolev o/ p é


(8) p* :-

Observe que
(9)

A análise de escala anterior mostra que a estimativa (5) só pode ser


verdadeira para q = p'. Em seguida, provaremos que essa desigualdade é de
fato válida.
TEOREMA 1 (desigualdade de Gagliardo-Nirenberg-Sobolev). Suponha que 1 < p
< n. Existe uma constante C!, que depende apenas de p e n, de modo que

Agora, realmente precisamos que u tenha um suporte compacto para que


(10) seja válido, como mostra o exemplo u 1. Mas, notavelmente, a constante
aqui não d e p e n d e d e forma alguma d o tamanho d o suporte de u.
Prova. 1. Primeiro, suponha que p = 1.
Como u tem suporte compacto, para cada i = 1, ... , n e z C R', temos

e assim

Consequentemente

i=1
Integre essa desigualdade com relação a <i
(12)

-m i=2
264 5. ! SOBOLEV !ESPAÇOS

a última desigualdade resultante da desigualdade geral de Hölder (§B.2).


Agora, integre (12) com relação a +2:

Du| d+idV2
*#2

para

Aplicando mais uma vez a desigualdade de Hölder estendida,


encontramos

n-1

Continuamos integrando com relação a z3, ... , zq, eventualmente para


encontrar
1

(13) *
--Du d:r

Essa é a estimativa (10) para p -- 1.


2. Considere agora o caso em que 1 < p < n. Aplicamos a estimativa (13)
a u := |u|^, em que > 1 deve ser selecionado. Então

(14)

Escolhemos de modo que= (y - 1


p
) _l . Ou seja, definimos
5.6. DESIGUALDADE DE 265
SOBOLEV'T'IE!S

nesse caso= (y - 1= p = p*. Assim, em vista de (5), estimar


1p)
(14) torna-se

TEOREMA 2 (Estimativas para lV1 '^, 1 < p < n). Seja U um espaço aberto e
limitado
subconjunto de IR', e suponha que dU seja Al . Suponha que 1 < p < n, e
termine com lVl '^(V).
Então u C W' (U), com a estimativa
(15)
a constante C! depende apenas de p, n e U.
Prova. Como dU é Al, existe, de acordo com o Teorema 1 em §5.4, uma
extensão En -- ii G IV1 ^(R'), de modo que
Ii = u em U, Ii tem suporte compacto, e
(16)

Como ii tem suporte compacto, sabemos pelo Teorema 1 em §5.3 que


existem funções up C U (R") (m = 1, 2, ... ) de modo que

Agora, de acordo com o Teorema 1, ||up - ut ||¿,-(gg) < C Dug - Du pz( ) para
todos os f, m > 1. Assim
(18) up -+G em V ( ')
também. Como o Teorema 1 também implica que ||up||¿,- (gq) < C Dug
pr(gz), as asserções (17) e (18) produzem o limite
11-1i... (g )s "'ii''''i i-. '--)
Essa desigualdade e (16) completam a prova. n
TEO££EM 3 (Estimativas para 1 0 ", 1 < p < n). Suponha que U seja um
subconjunto aberto e limitado de IR". Suponha que u C W0 "(U) para algum I
< p < n. Então, temos a estimativa
||u|| ( ) < C|| Du|| fig(U)
para eoc/i q G I, p' , a constante G dependendo apenas de p, q, n e U.
Observação. Essa estimativa às vezes é chamada de desigualdade de
Poincoré. A diferença em relação ao Teorema 2 é que apenas o gradiente de
u aparece no lado direito da desigualdade. (Outras desigualdades do tipo
264 5. ! SOBOLEV !ESPAÇOS

Poincaré serão estabelecidas mais tarde, em §5.8.1).


5.6. DESIGUALDADES DE 267
SOBOLEV

Prova. Como u C WO ( U), existem funções up C C! (U) (m - 1, 2, . . . ) que


convergem para u em W ^ (U). Estendemos cada função up para ser o em in e
aplicamos o Teorema 1 para descobrir ||u||¿,- (pJ < C' Du ( q ). Como

Observações. (i) De acordo com o Teorema 3, em lV0"(6') a norma Due pz q)


é equivalente a ||u| |yi"(p), se V for limitado.
(ii) Em seguida, consideramos o caso

Devido ao Teorema 2 e ao fato de que p' = -- +oo como p -- n, poderíamos


esperar u C L°°(U), desde que u e W'"(U). No entanto, isso é falso se n > 1: por
exemplo, se U -- BO (0, 1), a função u = log log $1 + ) pertence a
Wl "(U), mas não para L°°(U). Voltaremos a essa situação limítrofe em
§5.8.1 abaixo. O

5.6.2. Desigualdade de Morrey.

Agora vamos supor que

(19) fz < p < œ.

Mostraremos que, se u C Wl ^(U), então u é de fato contínuo de Hölder,


depois de possivelmente ser redefinido em um conjunto de medida zero.

TEOREMA 4 (Desigualdade de Morrey). Suponha que n < p em. Então, há


e:risls uma constante C!, dependendo apenas de p e n, de modo que

(20)

para óleo " E C'1 (R"), onde

Prova. 1. Primeiro, escolha qualquer bola B(:r, r) C R".


Afirmamos que existe uma constante U, dependendo apenas de n, de modo
que

(21) dy.
B(s,r)
266 5. ISOBOLEV !SPAC!E!S

Para provar isso, fixe qualquer ponto em C dB(0, I). Então, se 0 < s < r,

aft(S -{- Stl/) - It(S) - ' dt u(z + la) dt


0

<|Du (z -I- to) | dt.


0
Portanto

Du(:r + lw) dsdt


6B(0,1) 0 dat(0,1)
n-1
dSdI.
0 dB(0,1)

Seja p = z + tm, de modo que I = |z - p|. Então, convertendo a partir de


coordenadas polares, temos

|tz(z -I- sto) - "(z) | dS < dy


6B(0,1)
D_u(y)-
a j, ,j. i dy.
Multiplique por s'* e integre de 0 a r com relação a s:
r" |Du(y)
B(z,r)
dy.

Isso é (21).
2. Agora, fixe z C R". Aplicamos a desigualdade (21) da
seguinte forma: (22)
I°(-)I s
B(z,1) B[:x,l)

dy

A última estimativa é válida, pois p > n implica (n - 1p) 1 < n; de modo que
5.6. desigualdades isobólicos 269

Como z C R" é arbitrário, a desigualdade (22)

implica (23)

3. Em seguida, escolha dois pontos quaisquer z, p C R' e escreva r := |z - p|.Seja


W := B(x, r) C B(g, r). Então

(24) |u(z) - "(y) | < |"(z) - u(s) | dz + |"(y) - "(s)| dz.

Mas a desigualdade (21) nos permite estimar

|^(") --(-)| d- * c l-(-) --( )|d-


B(x:,r)
1/p
dz
(25)
B(x,r)

Da mesma forma,

Ao substituirmos essa estimativa e (25) em (24), obtemos

Portanto
= sup

Essa desigualdade e (23) completam a prova de (20).

Observação. Uma pequena variante da prova acima fornece a estimativa


1/p

B(z,2r)

para todo u C C!l (B(:r, 2r)), p C B(x, r), n < p < on. Por uma aproximação, o
mesmo limite é válido para u C IU'°(B(z, 2r)), n < p < m. U s a r e m o s essa
desigualdade mais tarde em §5.8.2. ( Essa estimativa é de fato válida se, no
lado direito, integrarmos sobre B(:r, r), em vez de B(:r, 2r), mas a prova é
um pouco mais complicada).
268 5. ! SOBOLEV !SPACE!S

DEFINIÇÃO. Dizemos que u' é a versão o de um determinado Jnctton u desde


que

u = u* a.e.

TEOREMA 5 (Estimativas para W1 ' , n < p < on). Defina U como um


subconjunto aberto e limitado de IR" e suponha que dU seja C'l . Suponha que n
< p < m e u C lV1 '^(V). Então u tem uma versão u* C '0 (U), Jor -- 1 - , com a
seguinte nota

A constante C! depende apenas de p, n e U.

Observação. Em vista do Teorema 5, nós sempre identificamos uma função que é

um elemento de uma função.

Prova. Como dU é Al , existe, de acordo com o Teorema 1 em §5.4, uma


extensão En = ii C lV1 '*(R') de modo que
ii = u em U,
(26) ii tem suporte compacto, e

Como ii tem suporte compacto, obtemos do Teorema 1 em §5.3 a


existência de funções up C ' (R") tais que

(27) uu em11'*(').

Agora de acordo com o Teorema 4, ||up - th Jyo i-n/p( n) < O J th H} 1,p n)


para todo I, m > 1; portanto, existe uma função u* C U0'**"'*(R") tal que

(28)

Devido a (27) e (28), vemos que u* = u a.e. em U, de modo que o* é uma versão
de u. Como o Teorema 4 também implica ||up||po,i-q/,( ) < ||u l ,p ) }, as
afirmações (27) e (28) são válidas:

Essa desigualdade e (26) completam a prova.

5.6.3. Desigualdades gerais de Sobolev.

Agora podemos concatenar as estimativas estabelecidas nos parágrafos


5.6. desigualdades isobólicos 269

5.6.1 e 5.6.2 para obter desigualdades mais complicadas (e difíceis de


lembrar).
270 5. ISOBOLEV !SPAC!ES

TEOREMA 6 (Desigualdades gerais de Sobolev). Seja U um conjunto aberto e


limitado de IR", com um limite U1 . Suponha que u C Wk ^ (U).
(i) Se

(29) k < -,

então u e z (U), onde


l_1_k
P *'
Além disso, temos a estimativa

a constante C! depende apenas de k, p, n e U.

(31) k > -,

qualquer número positivo < 1, i/ é um número inteiro.


Além disso, temos a estimativa

(32)

a constante C! depende apenas de k, p, n, e U.

Prova. 1. Suponha que (29). Então, como D°u C IP(U) para todo |n| = k, a
desigualdade de Sobolev-Nirenberg-Gagliardo implica

e, portanto, u C lV'*1 '**(U). Da mesma forma, encontramos u C Wk 2*" (U), onde


1
l 1 l
. Continuando, acabamos descobrindo, após k etapas, que
'
uo
wO (U) = z (U), para = - . A estimativa declarada (30) decorre de
multiplicando as estimativas relevantes em cada estágio do argumento acima.
2. Suponha agora que a condição (31) seja válida e que não seja um
número inteiro. Então, como acima, vemos

(33)
5.7. COMPACTAÇÃO 271

para
1 1 I
(34)

desde que fp < n. Escolhemos o número inteiro i de modo que

(35)

ou seja, definimos I = . Consequentemente, (34) e (35) implicam r >n.


Portanto, (33) e a desigualdade de Morrey implicam que D'u C "* U0
(U)
para todo
|n| k - I - 1. Observe também que 1 - =1- +f= +1- . Assim
+l ( U
u e U'*' 1 ' ' ), e a estimativa indicada é fácil de ser obtida.

3. Por fim, suponha que (31) seja válida, com um número inteiro. Defina I =
-1 Consequentemente, temos como acima u o Wk°""(U) para r = n.
Portanto, a desigualdade de Sobolev-Nirenberg-Gagliardo mostra D°u z z (U)
para todo
n q < on e todos os |n| < k - l - 1 = k - . Portanto, a desigualdade de Morrey
implica ainda que D°u C U0 ' ' (U) para todos os n < q < on e todos os |n| k - -1.

Consequentemente, u € C!k °' "'l '^(°U) para cada 0 < < 1. Como antes, a
declaração
A estimativa também segue.

Observação. Várias desigualdades gerais do tipo Sobolev também podem ser


provadas com o uso da transformada de Fourier: veja o Problema 18.

5.7. COMPACTIDADE
Vimos no item §5.6 que a desigualdade de Gagliardm-Nirenberg-Sobolev
implica a incorporação de IV1 '^(U) em IP' (U) para 1 < p < n, p' .
Demonstraremos agora que W ^(U) está de fato incorporado de forma
1

c o m p a c t a em s (U) para 1 < q < p'. Essa compactação será fundamental


para nossas aplicações de análise funcional linear e não linear ao PDE nos
Capítulos 6-9.
DEFINIÇÃO. Sejam X e V os espaços de Banach, X V. Dizemos que
X está compactamente embutido em V, escrito

fornecido
270 5. ISOBOLEV !SPAC!ES

(i) ||z||y C'||z||| (z E A) para algum conslanl C,


273

e
(ii) cada sequência limitada em X é pré-compactada em V.

TEOREMA 1 (Teorema da compacidade de Rellich-Kondrachov). Suponha


que U seja um subconjunto aberto e limitado de IR" e que dU seja Al.
Suponha que 1 < p < n. 'rhen
W1
'°(U)cc z (U)
para cada I < q < p' .

Prova. 1. Fixe 1 < q < p* e observe que, como U é limitado, o Teorema 2 em


§5.6.1 implica
wk-(U) c z (U), |i "jj,.(" s U||u||| .(p).
Portanto, resta mostrar que se (url??-i é uma sequência limitada em
Wl ^(U), existe uma subsequência {up, }j-1 que converge em z (U).
2. Em vista do Teorema da Extensão do item §5.4, podemos, sem perda
de generalidade, supor que U -- R" e as funções {up}1 têm suporte compacto
em algum conjunto aberto limitado Y C R". Também p o d e m o s supor que

(1)

3. Vamos primeiro estudar as funções suavizadas

p, denotando o molificador usual. Podemos supor que as funções {up} 1


também tenham suporte em Y.
4. Primeiro afirmamos

(2) "", -. "" em z (v) " ' o, ni/ormfp em m.


Para provar isso, primeiro observamos que, se u", é suave, então

- ( ) -- ( ) = v(v)(- ( -*v) -- ( )) d^
B(0,1)

B(0,1)
1

B(0,1) 0
272 5. lSPARES ISOBOLEV

Portanto

B(0,1) 0 V

Por aproximação, essa estimativa é válida se up C IV1 '^(Y). Portanto

a última desigualdade se mantém, pois Y é limitado. Devido a (1),


descobrimos que

(3) up - upin Al (U), uniformemente em rn.

Mas, como 1 < q < p*, vemos, usando a desigualdade de interpolação para
normas U (§B.2), que

lp
onde -8+ . 0 < 8 < 1. Consequentemente, (1) e o modelo de Gagliardo-
A desigualdade de Nirenberg-Sobolev implica
e _e _ 8

de modo que a afirmação (2) decorre de (3).


5. Em seguida, afirmamos
para cada c > 0 fixo, a sequência {up} 1
(4) é uniformemente limitado e equicontínuo.
De fato, se z C R', então

para rn = 1, 2, .........da mesma forma


5.8. TÓPICOS ADICIONAIS 275

para rrt = 1, ... . A afirmação (4) decorre dessas duas estimativas.


6. Agora, fixe d > 0. Mostraremos que existe uma subsequência {my ]
{up} 1 de modo que

(5)

Para ver isso, vamos primeiro empregar a afirmação (2) para selecionar s0 tão pequeno
que

(6)

para rn = 1, 2, ...
Observamos agora que, como as funções {up} 1e, portanto, as funções
{up} 1têm suporte em algum conjunto limitado fixo V R", podemos
utilizar (4) e o critério de compactação de Arzela-Ascoli, §C.7, para obter
um
subsequência ( "y lj--1 1-lv-i que converge unt ortnf p em V. Em
portanto, em particular

(') lim sup

Mas então (6) e (7) implicam

lim sup ||u,n, - u,n, l|¿'(p) < d,

e, portanto, (5) está provado.


7. Em seguida, usamos a afirmação (5) com d2'3'
-- . e usar um padrão
1, 1 1
argumento diagonal para extrair uma subsequência (up,} {up}p-1 1

satisfazendo lim sup ||up, - up, ||J'( ) 0.

Observação. Observe que, como p' > p e p* -+ on como p -+ n, temos, em


particular
W1 '^(U) cc W(U)
para todo 1 < p < m. (Observe que, se n < p < m, isso decorre da
desigualdade de Morrey e d o critério de compactação de Arzela-Ascoli).
Observe também que
274 5. ISOBOLEV !SPAC!ES

mesmo que não assumamos que dU seja Al .


5.8. TÓPICOS ADICIONAIS 275

5.8. TÓPICOS ADICIONAIS


5.8.1. Desigualdades de Poincaré.

Agora, ilustramos como a afirmação de compacidade em §5.7 pode ser


usada para gerar novas desigualdades.

Notação. (-)U - -f U o dy -- média de u sobre U.

TEOiIEM l (Desigualdade de Poincaré). Defina U como um subconjunto aberto,


conectado e d e l i m i t a d o oJ ', com o Al limite dU. Suponha que 1 < p on.
Então existe uma constante C, dependendo apenas de n, p e U, de modo que

(1)

para cada /unc/ion t/ E W1,p(LV) .

O significado de (1) é que somente o gradiente de u aparece no lado direito.


Prova. Argumentamos por contradição. Se a estimativa declarada fosse falsa,
existiria para cada número inteiro k - 1, ... uma função -k l *(U) que
satisfizesse
(2)

Renormalizamos definindo

(3) (L = 1, ... ).

Então

e (2) implica

(4) (k -- 1, 2, ... ).
< k
Em particular, as funções (r£ }£ 1 são limitadas em Wl ^(U).
Tendo em vista a observação após o Teorema de Rellich-Kondrachov em
§5.7, existe uma subsequência {vk; j 1 o ( £1£ 1 e uma função u C IN(U)
de modo que

(5)
A partir de (3), conclui-se que

(6) (")U -- 0, || !tL-(U) -- 1.


2T6 5. ESPAÇOS SOBOLEV

Por outro lado, (4) implica que para cada i 1, ... , n e Q C C (U)
que

U
Consequentemente, r C Wl ^(U), com Dr = 0 a.e. Assim, r é constante, pois U
está conectado (veja o Problema 10). Entretanto, essa conclusão está em desacordo com
(6) : como r é constante e ( ) U -- 0, devemos ter r0 ; nesse caso
• L-'U) -- 0. Essa contradição estabelece a estimativa (1). O

A seguir, um caso especial particularmente importante.


Notação. (u) , = -f gq )u dy -- média de u sobre a bola B(:r, r). O

TEOREMA\d 2 (Desigualdade de Poincaré para uma bola). Suponha que 1 < p < oo.
Quando houver uma constante C, dependendo apenas de n e p, de modo que

Prova. 1. O caso U -- B0 (0, 1) decorre do Teorema 1. Em geral, se u C lV*'^(&0


(z, r)), escreva
r(y) :- u(z + ry) (y E B(0, 1)).
Então r E W!'^(60 (0, 1)), e temos

11-- (*)o,i !! r-(a(o,i)) !l Dv i,-(a(o,i)) -


Mudando as variáveis, recuperamos a estimativa (7).

Observação. Suponha que u C lV1 (R') M Al (R') e que &(z, r) seja uma bola
qualquer. Então, o Teorema 2 com p -- 1 implica

1/n

( )
Assim, u C BMO( ), o espaço de funções de oscilação média limitada em R',
com a seminorma

= sup

Consulte Stein SE, Capítulo IV] para conhecer a teoria


do BMO.
5.8. TÓPICOS 277
ADICIONAIS

5.8.2. Quocientes de diferença.


Quando, mais tarde, aplicarmos a teoria do espaço de Sobolev ao PDE,
seremos forçados a estudar aproximações de quociente de diferença para
derivadas fracas. A seguir, apresentamos a teoria relevante, que o leitor
talvez queira adiar o estudo até que a necessidade surja, no §6.3.
a. Quocientes de diferença e W*'>.

Suponha que u : U -+ é uma função localmente somável, e Y CC U.


DEFINIÇÕES.
(i) O quociente de diferença "t" puro de tamanho fi é

Jor z C Y e h C , 0 < |h| < dist(Y, fi(/).

TEOREMA 3 (quocientes de diferença e derivadas fracas).

(8)

para alguma constante U e todos os 0 dist(Y, dU).


< |h| <
(ii) Suponha que 1 < p < on, u e M(V), e que exista uma constante U tal
que

(9)

Jpara todos os 0 < |/i| < dist(V, dv). Então

Observação. A afirmação (ii) é falsa para p -- 1 (Problema 11). 0

Prova. 1. Suponha que 1 < p < on e, temporariamente, suponha que u seja


suave. Então
para cada z C Y, i = 1, ... , n, e 0 < |/i| < dist(Y, dU), temos
1

para que
1

0
278 6. ESPAÇOS DE
SOBOLEV

Consequentemente
1

t=l U 0
^ 1
Z
i-1 0 U

Porta
nto

V U
Essa estimativa é válida se u for suave e, portanto, é válida por aproximação para
u arbitrário C Wl ^(U).
2. Agora suponha que a estimativa (9) seja válida para todos os 0 < |fi| <
dist(Y, dU) e alguma constante U. Escolha i = 1, ... , n, Q e U (Y) e observe que,
para um número suficientemente pequeno de /i, que

ou seja,

(10)

Essa é a fórmula de "integração por partes" para quocientes de diferença.


Estimativa
(9) implica
8

e, portanto, como 1 < p < m, existe uma função ri C U(Y) e uma


subsequência +k 0 de modo que

(11) D;°"u - v; fracamente em

£^(Y). (Consulte §D.4 sobre convergência fraca.) Mas

então

U Lt --0 U

lim
ht --0 y '

V U

Assim, ri = ug; no sentido fraco (i = 1, ... , n) e, portanto, Do C M(Y). Como u C


5.8. TÓPICOS ADICIONAIS 279

U(Y), deduzimos, portanto, que u e lVl'^(Y).


278 6. ESPAÇOS DE
SOBOLEV

Observação. As variantes do Teorema 3 podem ser válidas mesmo que não seja
verdade que U oo U. Por exemplo, se U for a semi-esfera aberta &0 (0, 1) O {zq
> 0}, Y - B0(0, 1/2) M (zq > 0}, temos o limite fy DJu ^ dv < fU uz ^ dv
para i = 1, ... A prova é semelhante à que acabamos de apresentar.
Precisaremos desse comentário no Capítulo 6, §6.3.2. 0

b. Funções Lipschitz e W1 ''.

TEOREMA 4 (Caracterização de lV1 ' ). Seja U aberto e limitado, com dU oJ


próximo de Hi. Então, o : U -- lit é Lipschitz contínuo t/ e somente i/

Prova. 1. Primeiro, suponha que U -- R " e u tenha suporte compacto.


Suponha que u C IV 1 (R'). Então u' := p su, em que p, é o
molificador usual, é suave e satisfaz
u' -- u uniformemente à medida que e -- 0,

Escolha dois pontos quaisquer z, p C R', z / p . Temos


1
d
v (z) - v (y) - v (/z + (1 - /)y) dl
0
1

e assim

Deixamos e -+ 0 para descobrir

Portanto, u é Lipschitz contínuo.


2. Por outro lado, suponha agora que u seja contínuo de Lipschitz;
devemos provar que u tem uma primeira derivada fraca essencialmente
limitada. Como u é de Lipschitz, vemos
D;° u ) < Lip(u),
e, portanto, existe uma função ri C £'(R') e uma subsequência !k 0
de modo que

(12) Dj h'u uiweakly em £2 C (R*).


5.8. TÓPICOS 281
ADICIONAIS

Consequentemente

= - lim D;°"u'f
iluminado --0 n

por (12). A igualdade acima é válida para todos os Q C U (R') e, portanto, r;


= ug; no sentido fraco (i = 1, ... , n). Consequentemente, u C lVl (R").
3. No caso geral em que U é limitado, com dU de classe Al, como de
costume, estendemos u para In = u e aplicamos o argumento acima. O

Observação. O argumento acima se adapta facilmente para provar que, para qualquer
conjunto aberto
1
U, u e 'ÎO'C (U) se e somente se u for localmente Lipschitz contínuo em U. Há
não há caracterização correspondente dos espaços lV1 '* para 1 < p < m. Se n
< p < on, então cada função u C JY1'^ pertence a N0'l **'*, mas, por outro
lado, uma função Hölder contínua com expoente menor que um precisa
não pertencem a nenhum espaço de Sobolev lVl '°. O

5.8.3. Diferenciabilidade a.e.


Em seguida, examinaremos mais de perto as conexões entre as derivadas
parciais fracas e as derivadas parciais no sentido usual do cálculo.
DEFINIÇÃO. Uma função u : U -+ II é diferenciável se z C U iJ existir
e:i:isis a C &' sucé that

Em outras
palavras,
"-" = 0.
Notação. É fácil verificar que o, se existir, é único. A partir de agora
escrever

para o e chamamos De de gradiente de u.

Para ter certeza de que essa notação é consistente, precisamos estudar as


relações entre as várias noções de derivadas:
TEOREMA 5 (Diferenciabilidade em quase todos os lugares). Suponha que
u C WIc'(U) para algum n < p em. Então, u é diferenciável em U, e 2ts
!jradienl é igual ao seu fraco !jradient a.e.
Lembre-se de que sempre identificamos u com sua versão contínua.
280 5. ESPAÇOS DE
! SOBOLEV

Prova. 1. Suponha primeiro n < p < on. Na observação após a prova do


Teorema 4 em §5.6.2, l e m b r a m o s a estimativa de Morrey
l/p

(14) |r(y) - v(z)| < C'r1 |D (z) |*dz (y e B(z, r)),


6(z,2r)

válido para qualquer função r de Al e, portanto, por aproximação, para


qualquer r e IU'°.
2. Escolha u C W c*(U). Agora, para a .e. z C U, uma versão do Teorema da
Diferenciação de Lebesgue (§E.4) implica

(15)
B[x:,r)

como r -- 0, Do denotando, como de costume, a derivada fraca de u. Fixe


qualquer ponto desse tipo
z e definir
-(v )-(v) - ( ) - D (*) (i - *)
na estimativa (14), onde

(16)

Encontramos

1/p
< p1-n/p
|Du(z) - Do(z)|^dz
B(x:,2r)
1/p
|Du(z) - Do(z)|^dz
6(z,2r)

= o(r) por (15)


= o(|z - p|) por (16).

Assim, u é diferenciável em z, e seu gradiente é igual ao gradiente fraco em z.


3. No caso de p -- m, observamos que lVl
(U) c Wl§;*(V) para todo 1 < p < m, e aplicamos o raciocínio acima.
O

Por fim, tendo em vista o Teorema 5, obtemos

TEOREMA 6 (Teorema de Rademacher). Seja u localmente <!'R**hitz contínuo


em U. Então u n digerível em toda parte em U.
282 5. PEÇAS DE
REPOSIÇÃO

5.8.4. Métodos de transformação de Fourier.


Em seguida, empregamos a transformada de Fourier (§4.3) para fornecer
uma caracterização alternativa dos espaços Hk( ). Nesta seção, todas as
funções são de valor complexo.
TEOREMA 7 (Caracterização de Hk pela transformada de Fourier).
Seja k um inle!jer não-negativo.
(i) Uma Jnction u C £2 (R' ) pertence a IO Hk( ") iJ e somente i/
(17)

(ii) Além disso, existe uma constante positiva U tal que (18)
1
para cada t/ E £fk( ").

Prova. 1. Primeiro, suponha que u C Hk(&"). Então, para cada multiíndice |n | < k,
temos D's C £2 (R ). Agora, se u C C!k tiver suporte compacto, temos

de acordo com o Teorema 2 em §4.3.1. Aproximando por funções suaves,


deduzimos a fórmula (19) desde que u C Hk( "). Assim, (ip)°ii C £2 (R*) para
cada
|n| < k. Em particular, escolhendo n = (k, 0, ... , 0), (0, k, . . . , 0), ... , (0, ... , k),
deduzimos

Porta
nto (1 -I- |y|k)2 |u|2/fy < C ||u||I-( ),

e, portanto, (1 -I- |g|k )ñ E 12( °).


2. Suponha que, inversamente, (1 -l- y k)?i C £2(R") e |n | < k. Então

(20) || (T//) "u||/,2(@n) < |/|2


'"! |u|2d// < C'|| (1 -I- |y|k)ñ || 2( ).

Conjunto

Então, para cada Q C U ( R')

(D"$)u dz -- (D-$)u dy = (ig)" u dg


5.9. OUTROS ESPAÇOS DE FUNÇÕES 283

Assim, uq = D^u no sentido fraco e, por (20), D°u C fi2(R*) .

Às vezes, é útil definir também a Jroção de espaços de Sobolev.


DEFINIÇÃO. Suponha que 0 < s < on e u e £2 (R'). 7'fien u C H'(R^)
i/ (1 + y )u e £2 (R'). Para os c as os de não-inclusão, definimos

5.9. OUTROS ESPAÇOS DE FUNÇÕES


5.9.1. O espaço H*1.

Como veremos mais adiante em nosso estudo sistemático, nos


Capítulos 6 e 7, de EDPs lineares elípticas, parabólicas e hiperbólicas, é
importante ter uma caracterização explícita do espaço dual de R0.
(Consulte o Apêndice D para ver as definições.)
DEFINIÇÃO. Denotamos fip n*1 (U) como o espaço dual de H0 (U).
Em outras palavras, / pertence a n*1 (U) desde que / seja uma função
linear limitada em H0 (U).
Notação. Escreveremos ( , ) para denotar o emparelhamento entre H° l(U) e

DEFINIÇÃO. IQ J C H°1 (U), chamamos a norma

H - (U) -- su 1

TEOREMA 1 (Caracterização de N*l ).


1
(i) Suponha que f 'E (U). Em
seguida, existem os primeiros /unc/ions /0, /1, ... , f em
£2 (U) tal que

(1)
U

(ii) Além disso,


* 1/2

i=0

f satisfaz (1) para /0, ... , f e €2(V)


284 6. SOBOLEV SPAC!ES

Notação. Escrevemos / = /0 - p1 / sempre que (1) for válido.

Prova. 1. Dado u, u C H0 (U), definimos o produto interno (u, r) :


Dv + ur d:r. Seja / C R*1(U). Aplicamos o Teorema da Representação de Riesz
(§D.3) para deduzir a existência de uma única função u E H0 (U) que satisfaz
B\u, v) = (/, r) para todo r C Hp(U); isto é,

(2)
U
para cada r C H0 (U). Isso estabelece (1) para

(3)
/' ' --, (* = 1, . ,°)
2. Assinale agora / E /f 1(V),

(4)
U i= 1
p0, L2
para S l , . . . , Q' C (U). Definindo r = u em (2) e usando (4),
deduzimos

|Du|2 -I- |u|2 dz <


U U

Assim, (3) implica

(5)
U U

3. A partir de (1), conclui-se que


1/2

se ||r 1. Consequentemen
te
12
|/I |2dz) '.
i=0
Definindo r = em (2), deduzimos que, de fato
H0 (U)

1/2

(6) /'|2dz
U i=0

A afirmação (ii) decorre agora de (4)-(6).


5.9. OUTROS ESPAÇOS DE FUNÇÕES 285

5.9.2. Espaços que envolvem tempo.

A seguir, estudaremos alguns outros tipos de espaços de Sobolev, que


compreendem funções que mapeiam o tempo em espaços de Banach. Eles se
mostrarão essenciais em nossas construções de soluções fracas para EDPs
parabólicas e hiperbólicas lineares no Capítulo 7 e para EDPs parabólicas não
lineares no Capítulo 9.
Deixe A denotar um espaço de Banach real, com norma || ||. Antes de
mais nada, o leitor deve ler §E.5 sobre a teoria de medida e integração para
mapeamentos que assumem valores em A.

DEFINIÇÃO. O espaço

consiste em todas as junções mensuráveis u : 0, Z'] -- A com

(i) u ,qy,):= |u(t)@dt <oo


0

para 1 < p < on, e

(ii) ||u||¿-( x) := ess sup||u(I) ||


o<t<r

DEFINIÇÃO. O espaço

compreende todas as junções contínuas u : 0, Z'] -- A com

<oo.

DEFINIÇÃO. Defina u C Al (0,'; A). A sob v eAl (0, Z'; A) é a derivada


fraca de u, escrita
u' = v,
protegida

$'(/)u(/) dt -- - - $(t)v(/) dt
0 0

para todas as funções de teste escalares $ e @(0, Z').


286 6. SOBOLEV SPAC!ES

DEFINIÇÕES. (i) Espaço de Sobolev 7'/ie


lV1 '^(0, T; A)
consiste em todas as funções u C U(0, Z'; A) de modo que u' e:i::istas n o
sentido fraco e pertencentes a U(0, Z'; A) ,
1
/0 ||u(/) ||^ -I- ||u'(/)||^ dt) ' ' (1 < p < oo)
'"(0 ' ' ) " ess sup(|| u(/)|| -I- || u'(/) ||)
0<t<T

(ii) Escreva n1 (0, Z'; A) = iV '12 (0, Z'; A).

TEOREMA 2 (Cálculo em um espaço abstrato). Defina u e JY1 '^(0, '; A) para


algum I < p < on. Então
(i) u C U( 0, Z']; A) (depois de possivelmente ser redefinido em um
conjunto de medida zero), e
(ii) u(I) - u(s) + J, u'(r) dr para todo 0 s < I < Z'.
(iii) Além disso, temos a estimativa
(')

I
Prova. 1. Estenda u para ser 0 em (-m, 0) e (Z', on) e, em seguida, defina u° = p, +u,
p, denotando o molinificador usual em R1 . Verificamos como na prova do
Teorema 1 em §5.3.1 que u' = p, u' em (e, T - c).
Então, como e -' 0,
u' -+ u em U(0, 7'; A),
(8)
(u°)' -- u' em M(0, Z'; A).
Fixando 0 < s < I < T, calculamos

u'(t)-u'()-F u"()dr

Assi

m, u(I) - u(s) + u'(r) dr

(9)

para a.e. 0 < s < I < Z', de acordo com (8). Como o mapeamento I J0 u (r)
dr é contínuo, seguem-se as afirmações (i) e (ii).
2. A estimativa (7) decorre facilmente de (9).

As próximas duas proposições dizem respeito ao que acontece quando u e


u' estão em espaços diferentes.
5.9. OUTROS TIPOS DE FUNÇÕES 287

TEOREMA 3 (Mais cálculo). Suponha que u C L2 (0, T; H0 (U)), com u' C


£2 (0, Z'; H (U)).
(i) Então
u E ([0, Z']; £2 (t/))

(depois de possivelmente ser redefinido em um conjunto de medida zero).


(ii) O mapa9

é absolutamente contínuo, com


d
U)=2(u t),ut)
|u()|22¿
dt
para a.e. 0 < I < Z'.
(iii) Além disso, temos a estimativa

Prova. 1. Estenda u para o intervalo maior (-w, Z' + w] para w > 0 e defina as
regularizações u' =, ,como n a prova anterior. Então, para e, 6 > 0,

d
||u'(/) - u (/)//2/,2t¿/) -- 2(u''(/) - u"(/), u'(/) - Lt'(I)) (U).
dl
Porta
nto
||u'(/) - u6( )/!2 (¿/) -- ||u'(s) - u6(s) ||1-(U)

(11) -F2 (u ()-u"()u'()-u())dr

para todos os 0 < s, t < Z'. Fixe qualquer ponto s C (0, Z') para o qual

u'(s) -+ u(s) em £2 (U).

Consequentemente, (11) implica

lim$su supp ||tl''t'-II'(I) ||22(¿) -< lim ||u"(r) - u


0 e,d--0 0

-I- || u'(z) - u'(z) || 0 (U) dz


= 0.
288 5. ESPAÇOS
SOBOLEV

Assim, as funções suavizadas (<'1o< < convergem em G([0, ']; £2 (U)) para um
limite v C U( 0, 7']; £2 (U)). Como também sabemos que u'(I) -- u(I) para a .e. I,
deduzimos que u = v a.e.
2. Da mesma forma, temos

|| u'(/) ||2 (U) -- ||u'(s) ||2 (U) -I- 2 (u'' (z), u'(z)) dv,

e, portanto, identificando u com v acima,

para todos os 0 s, I < '.


3. Para obter (10), integramos (12) em relação a s, recordamos a
desigualdade | (u', u) | < ||u'||ff-i(/)||u||ffJ({y) e fazemos algumas estimativas
simples. O

Para uso posterior na teoria de regularidade para equações parabólicas e


hipérboles de segunda ordem no Capítulo 7, também precisaremos dessa
extensão do Teorema 3.

TEOREMA 4 (Mapeamentos em espaços melhores). Suponha que U seja


aberto, limitado e que dU seja suave. Considere m como um número inteiro não
negativo.
Suponha que u E €2(0, T, ' 2(U)), u/i/h u' E €2(0, Z'; £f"'(U)).
(i) Z'hen
u E ([0, Z']; /f 1(U))

(depois de possivelmente ser redefinido no conjunto oJ medida zero).


(i'i) Além disso, temos a estimativa

(13) (') III- + !(U)


||u c ( II Al)12(0,Z';/f +2(U)) + )) u ) )12(0,Z';'f"(/))) '

Prova. 1. Suponha primeiro que in = 0 e, nesse caso

u E €2(0, Z'; /f2(V)), u' E €2(0, Z'; £2(t/)).

Selecionamos um conjunto aberto limitado Y DD U e, em seguida,


construímos uma extensão correspondente fi = Au, como em §5.4. Em vista
da estimativa (10) dessa seção, vemos
fi e £2 (0, Z'; n2 (Y)),
5.10. 289
PROBLEMAS

(14)

para uma constante U apropriada. Além disso, ii' C £2 (0, Z'; £2 (Y)), com a
estimativa
(15) * <o *( ) C|u|*<o,*,'+)
Isso ocorre se considerarmos quocientes de diferença na variável t,
lembrarmos os métodos em §5.8.2 e observarmos também que E é um
operador linear limitado de £2 (V) em £2(Y).
2. Suponha, por enquanto, que il seja suave. Em seguida, calculamos

d
( Du 2 dv) 2 Dir D ' d
dl
2

Não há termo de limite quando integramos por partes, já que a extensão ii =


flu tem suporte compacto em Y. Integrando e relembrando (14), (15), segue-
se que

(16) ||u(/) II p(U)s C(||u||gz o,',/f2(¿/)) -I- ||u'||gz' , ,/,2 U))-)

Obtemos a mesma estimativa se u não for suave, ao aproximarmos por u' := p, +


u, como antes. Como nas provas anteriores, também se conclui que u e N( 0,
Z'j; ml (U)).
3. No caso geral em que in > 1, deixamos n ser um multiíndice de ordem
|n| < rn, e definir v := D° u. Então

v E £2(0, Z'; /f2(t/)), v' e £2(0, Z'; £2(t/)).

Aplicamos a estimativa (16), com v substituindo u, e somamos todos os


índices |n| < rn, para derivar (13).

5.10. PROBLEMAS
Nesses exercícios, U sempre denota um subconjunto aberto de R".

1. Suponha que k C {0, 1, ... Prove que C!k ( U) é um espaço de Banach.


290 5. $OBOEEV $PACE$

2. Sejam U, V conjuntos abertos, com Y CC U. Mostre que existe uma


função suave tal que 1 em Y, ( = 0 perto de EU. (Dica: pegue
U o o IV CC U e suavize yp).

3. Suponha que 0 < Q < < 1. Prove a desigualdade de interpolação

4. Suponha que U seja limitado e que U CC [_) l,. Mostre


queexistem funções U ( (i = 1, ... , N) de modo que

As funções ((i} , formam uma partição oJ uni@.

5. Prove que, se n = 1 e u e lV*'^(0, 1) para algum 1 < p < on, então u é


igual a uma função absolutamente contínua e u' (que existe a.e.)
pertence a M(0, 1).

6. Prove diretamente que se u e IV*'*(0, 1) para algum 1 < p < on, então
1
1
|u(z) u(p) | < |z - p | (J u' dI " para a .e. z, p C |0, 1] .

7. Denote por U o quadrado aberto (z C &2 I lvi l < ! 2! < 1}. Defina

Para qual 1 < p m u pertence a Wl ^(U)!.

8. Integre por partes para provar a desigualdade de


interpolação:
1/2
1/2
62u |2dz
U U

para todo u C G ( U). Por aproximação, prove essa desigualdade se u C


H2 (U) C HQ(U).
9. Integrar por partes para comprovar:
1/2 1/2
D
U U U u|^dz2
5.10. PROBLEMA 291
S

para 2 < p < on e todos os u C lV2 '^(U) H iV0 " (U). (Dica: fU Do ^ dv
|Du|^*2dz.)
=1 EU "*' g,
10. Suponha que U seja conectado e u e Wl ^(U) satisfaça

Do -- 0a .e. em U.

Prove que u é constante e . e. em U.

11. Mostre, por exemplo, que se tivermos D s pi(q) < U para todos os 0 <
|fi| <
1 dist(Y, dU), não significa necessariamente que u e lV 'll (Y).
2
12. Dê um exemplo de um conjunto aberto U C R' e uma função u e W1 (U),
de modo que u não seja Lipschitz contínuo em U. (Dica: considere U
como o disco unitário aberto em R2 , com uma fenda removida).

13. Verifique que, se n > 1, a função ilimitada u = log log 1 -}-


pertence a W' "(U), para U -- &0 (0, 1).

14. S e j a U delimitado, com um limite Al. Mostre que uma função


"típica" u C ( U) (1 < p < não tem um traço em dU. Mais
precisamente, prove que não existe um operador linear limitado

T: (U) -- £*(6U)

de modo que Z'u = - dU sempre que u e C!(U) LP(U).

15. Fixe n > 0 e deixe U -- B0 (0, 1). Mostre que existe uma constante U,
dependendo apenas de n e n, de modo que

u2 dz < C |Du|2 dz ,
U U

fornecido
|(z e U | u(z) = 0}|n , c HP (U).

16. Suponha que F --& seja U*, com F' limitado. Suponha que U seja
limitado e u C IP1 ^(U) para algum 1 < p < m. Mostre

17. Suponha que 1 < p < on e que U seja limitado.


(i) Prove que se u C iV1 '^(U), então |u| C Wl ^(U).
292 6. SOBOLEV SPAC!ES

(ii) Prove que u C Wl ^(U) implica u+, u* C Wl ^(U) e


Fazer a.e. em {u > 0}
Du+ -
0 e.a. em (u 0},
0 a.e. em {u > 0}
-Du e.a. em {u < 0}.

(Dica: u+ = 1im,eo (u), para

( 2 -I- c2)1/2 - cif a > 0


0 se z < 0).

(iii) Prove que se u C Wl ^(U), então

Du -- 0 a.e. no conjunto (u = 0}.

18. Use a transformada de Fourier para provar que, se u C H'(lit") para s >
n/2, então u C £'(R'), com o limite

a constante U depende apenas de s e n.

5.11 REFERÊNCIAS
Seções 5.2-8 Consulte Gilbarg-Trudinger G-T, Capítulo 7], Lieh-Loss L-L],
Ziemer Z] e E-G] para saber mais sobre espaços de Sobolev.
Seção 5.5 W. Schlag me mostrou a prova do Teorema 2.
Seção 5.6 J. Ralston sugeriu um aprimoramento na prova do Theo- rem 4.
Consulte Temam FTE, pp. 248-273].
Seção 5.9
Capítulo 6

EQUAÇÕES
ELÍPTICAS DE
SEGUNDA ORDEM

6.1 Definições
6.2 Existência de soluções fracas
6.3 Regularidade
6.4 Princípios máximos
6.5 Valores próprios e funções próprias
6.6 Problemas
6.7 Referências

Este capítulo investiga a solvabilidade de equações diferenciais parciais


de segunda ordem, uniformemente elípticas, sujeitas a condições de contorno
prescritas. Exploraremos duas técnicas essencialmente distintas, métodos de
energia em espaços de Sobolev (§§6.1-6.3) e métodos de princípio máximo
(§6.4).

6.1. DEFINIÇÕES
6.1.1. Equações elípticas.
Neste capítulo, estudaremos principalmente o problema do valor-limite
In = f em U
(1) u=0 em dU,
onde U é um subconjunto aberto e limitado de R' e u : U -+ é a incógnita, u
= u(z). Aqui / : U - & é dado, e £ denota uma função parcial de segunda ordem

293
294 6. ELÍPTICAS DE SEGUNDA ORDEM!
EQUAÇÕES

operador diferencial com a forma

(2)
i,j--1 i=1

ou
então

(3) i,j --1 i=1

para determinadas funções de coeficiente a'!!! , b'! , c (i, 1 , ... , n).


Dizemos que a PDE In = / está em divergência /forma se £ for dada por
(2) e está em não divergência /forma se £ for dada por (3). A exigência de
que u = 0 em dU em (1) é às vezes chamada de condição de limite de
Dirichlel.
Observação. Se os coeficientes de ordem mais alta a'!' (i, -- 1, ... , n) forem
funções Al, então um operador dado na forma de divergência pode ser
reescrito em uma estrutura não divergente e vice-versa. De fato, a equação da
forma de divergência
(2) torna-se

(2')
i,j--1 i=1

para 5' := fi' - $_1 a'q (i = 1, ... , n), e (2') está obviamente na forma não
divergente. V e r e m o s , entretanto, que há vantagens definitivas em considerar
as duas representações diferentes de 6 separadamente. A forma de divergência é
mais natural para os métodos de energia, com base na integração por partes
(§§6.1 a 6.3), e a forma de não divergência é mais apropriada para as técnicas de
princípio máximo (§6.4).

A partir de agora, assumimos também a condição de simetria


a" -- a'' (', j -- 1, . , ") .

DEFINIÇÃO. Dizemos que o operador digerencial parti "i L é


(uniformemente) elíptico se existir uma constante 8 > 0 tal que

2
(4) Z*,) --1-' (-)'-') * °I'I
)

Jor a.e. :x C U e todos ( C ".


A elipticidade significa, portanto, que para cada ponto z C U, a matriz
simétrica n x n A(z) = ((a"(z))) é definida positivamente, com o menor valor
próprio maior ou igual a 8.
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Mais informações em www.DeepL.com/pro.
6.1. DEFINIÇÕES 295

Um exemplo óbvio é n' 6 ,j, h' c 0, c 0 , caso em que o operador ñ é -A.


De fato, veremos que as soluções do PDE elíptico geral de segunda ordem In
- 0 são semelhantes, em muitos aspectos, às funções harmônicas. Entretanto,
para essas equações diferenciais parciais, não temos disponíveis as várias
fórmulas explícitas desenvolvidas para as funções harmônicas no Capítulo 2:
em vez disso, precisamos trabalhar diretamente com a EDP. Nos cálculos a
seguir, os leitores devem estar sempre atentos ao uso da condição estrutural
de elipticidade (4).
Interpretação física. Conforme observado, as EDPs elípticas de segunda
ordem geram as equações de Laplace e de Poisson. Como na derivação da
equação de Laplace apresentada em §2.2, u nas aplicações normalmente
representa a densidade de alguma quantidade, como uma concentração
química, em equilíbrio em uma região U. O termo de segunda ordem A : D ti
= ; n ' * ug,g, representa a
difusão de u dentro de U, os coeficientes ((n'*)) que descrevem a natureza
anisotrópica e heterogênea do meio. Em particular, F :- -ADu é a densidade do
fluxo difusivo, e a condição de elipticidade implica

F- Dti 0;

ou seja, o fluxo é de regiões de maior para menor concentração. O primeiro


termo de pedido b- Dti Z.-i °'-g, representa o transporte dentro de U,
e o termo de ordem zero en descreve a criação ou esgotamento local da
substância química
(devido, por exemplo, a reações). Uma análise cuidadosa dessas interpretações
requer o estudo probabilístico dos processos de difusão.
As EDPs elípticas não lineares de segunda ordem também surgem
naturalmente no cálculo de variações (como as equações de Euler-Lagrange
de integrandos convexos de energia) e na geometria diferencial (como
expressões que envolvem curvaturas). Encontraremos algumas dessas
equações não lineares mais adiante, nos Capítulos 8 e 9.

6.1.2. Soluções fracas.

Vamos considerar primeiro o problema de valor-limite (1) quando 6 tiver


a forma de divergência (2). Nosso plano geral é primeiro definir e depois
construir uma solução fraca adequada u de (1) e só depois investigar a
suavidade e outras propriedades de u.
Na exposição a seguir, assumiremos que

(5)
(6)
e
6.1. DEFINIÇÕES 295

a",
"',
ce
z"(
U) (',; -- 1, , n)
296 6. EQUAÇÕES ELÍPTICAS DE SEGUNDA
ORDEM

Motivação para a definição de solução fraca. Como devemos definir uma


solução fraca ou generalizada? Supondo que, no momento, u seja realmente uma
solução suave, vamos multiplicar o PDE In = / por uma função de teste suave v C
Gc ( U) e integrar sobre U, para encontrar

(7) djs - fv djs,


U U

onde fizemos a integração por partes no primeiro termo do lado esquerdo. Não há
termos de limite, pois r = 0 em dU. Por aproximação, descobrimos que a mesma
identidade é válida com a função suave c substituída por qualquer c C H0 (U), e a
identidade resultante faz sentido se apenas ti C H0 (U). (Escolhemos o espaço H0
(U) para incorporar a condição de limite de (1) que "u - 0 em dU".)

DEFINIÇÕES. (i) A forma bilinear B , ] associada ao operador elíptico de


forma divergente L definido por (2) é

(8)
U i,j --1 i= 1

para ti, v C H (U).


(ii) Consideramos que t/int u C H0 (U) é uma solução fraca do problema de
valor-limite (1) i/

(9)

para todo v C H0 (U), onde ( , ) denota o produto interno em L'(U) .

Observação. A identidade (9) às vezes é chamada de cnriotiortof /ormufntion de


(1). Essa terminologia será explicada mais tarde, no Exemplo 2 de §8.1.2.

De modo mais geral, vamos considerar o problema de valor-limite

*- = /0 - Zi-i /i, em U
(10)
u- 0on dU,

onde L é definido por (2) e /' C L2 (U) (* = 0, ... , n). Em vista d a teoria
apresentada em §5.9.1, vemos que o termo à direita / = /0 -_1 /
pertence a (U),o espaço dual de HO (U).
6.2. EXISTÊNCIA DE SOLUÇÕES 297
FRACAS

DEFINIÇÃO. Nós snp u C H0 (U) é uma solução fraca do problema (10)


fornecido
B u, n) - (f, r)

para todo v C H0 (U), onde (f, v) = lU !0- -*- I:- I've djs e ( , ) é o
emparelhamento o/ R1 (U) e Hp (U) .

Observação. Daqui em diante, como acima, concentraremos a atenção


exclusivamente no caso de condições de limite zero, mas, na verdade, um
problema com valores de limite prescritos e diferentes de zero pode ser
facilmente transformado nessa configuração. Nós
explicite isso supondo agora que dU é '* e u C H'(U) é uma solução fraca de
Lu = f em U
u= yon dU.
Isso significa que u = g em dU no sentido de traço e, além disso, que a
identidade da forma bilinear (9) é válida para todo r C H0 (U). Para que isso
seja possível, é necessário que p seja o traço de alguma função Al ,
digamos, m. Mas então fi := u - in pertence a H0 (U) e é uma solução fraca do
problema de valor-limite
Lfi - f em U
u= 0em dU,

Consulte os Problemas 2 e 3 para saber como transformar alguns outros


tipos de PDE e condições de contorno em formulações fracas.

6.2. EXISTÊNCIA DE SOLUÇÕES FRACAS


6.2.1. Teorema de Lax-Milgram.

Apresentamos agora um princípio abstrato bastante simples da análise


funcional linear que, mais tarde, no §6.2.2, fornecerá, em determinadas
circunstâncias, a existência e a exclusividade de uma solução fraca para o
nosso problema de valor-limite.
Nesta seção, assumimos que H é um espaço de Hilbert real, com norma || || e
produto interno ( , ). Deixamos ( , ) denotar o emparelhamento de H com seu
espaço dual. Os leitores devem revisar, conforme necessário, a teoria básica do
espaço de Hilbert descrita em §D.2-3.

TEOREMA 1 (Teorema de Lax-Milgram). Suponha que

B : H x H -- &
298 6. EQUAÇÕES ELÍPTICAS DE SEGUNDA
ORDEM

é um mapeamento n hi/ineor, para o qual existem constantes e:stat a, 13 0


tais que

(i) e

(ii)

Por fim, seja f : H -+ seja um funcional de multa limitada


em H. Então, existe e:stats um único elemento ti C H de
modo que

(1)

para todos os v C H.

Prova. 1. Para cada elemento fixo u C H, o mapeamento c B (ti, r) é um


funcional linear limitado em H,- daí o Teorema da Representação de Riesz
(§D.3) afirmar a existência de um único elemento tr C H satisfazendo

(2)

Vamos escrever Ati -- w sempre que (2) for válido; de

modo que (3)

2. Primeiro, afirmamos que A : H H é um operador linear


limitado. De fato, se ñt, ñt e IR e ut, 2 o H, vemos, para cada c C H, que

Essa igualdade é obtida para cada c o H e, portanto, A é linear. Além disso

Consequentemente Ati < n|| u|| para todo u C H e, portanto, A é limitado.


3. Em seguida, afirmamos
A é um para um, e
(4)
R(A), o intervalo de A, é fechado em H.
Para provar isso, vamos calcular
6.2. EXISTÊNCIA DE SORÇÕES FRACAS 299

Portanto, Q||u|| < Ati . Essa desigualdade implica facilmente em (4).


4. Demonstramos agora

(5) R(A) -- H.

Se não fosse assim, como R(A) é fechado, existiria um elemento diferente de


zero em C H com C R(A)". Mas esse fato, por sua vez, implica a contradição
Q||w ||2 < B w, w) - (Aw, w) - 0.
5. Em seguida, observamos mais uma vez, com base no Teorema de
Representação de Riesz, que
(/, r) = (in, c) para todo c C H
para algum elemento em C H. Em seguida, utilizamos (4) e (5) para encontrar u C H
que satisfaça
Ati -- w. Então

a(>, 'l = (A",") - (",") - ;j,") '> c ii),


e isso é (1).
6. Por fim, m o s t r a m o s que há no máximo um elemento ti C H que verifica
(1). Pois se tanto B ti, v) = (/, c) quanto B u, v) = (/, c}, então B ti - u, v) = 0 (r e
H). Definimos r = u - u para encontrar Q||u - u||2 < B ti - u, ti - u) = 0. D

Observação. Se a forma bilinear B , ] for simétrica, ou seja, se

podemos criar uma prova muito mais simples observando que ((u, c)) := BQtr,v)
é um novo produto interno em H, ao qual o Teorema da Representação de Riesz
se aplica diretamente. Consequentemente, o Teorema de Lax-Milgram é
significativo principalmente pelo fato de não exigir a simetria de B , ].

6.2.2. Estimativas de energia.

Retornamos agora à forma bilinear específica B , ], definida em §6.1.2 pela


fórmula

para u, c C H0 (U), e tentar verificar a hipótese do Teorema de Lax-Milgram.


300 6. equações elípticas de segundo grau

TEOREMA 2 (Estimativas de energia). Existem constantes e:i:rat n, fi 0 e


0 sucesso #iot

(i)

e
2
(ii) '' I-para (U)

Prova. 1. Verificamos prontamente

i,j=1 U

;_ U U

para alguma constante adequada a.


2, Além disso, tendo em vista a condição de elipticidade (4) de §6.1, temos

U ' -Z-i°
' -- d- -y

(6)

< u2dz
.
,_ U U

Agora, a partir da desigualdade de Cauchy com s (§B.2), observamos

Du| | u| dz < c |Du| dz2 u dz2 (c 0).


+ 4c U
U U
Inserimos essa estimativa em (6) e, em seguida, escolhemos e > 0 tão pequeno
que

i-1

Porta
nto Du|2 dz < B ti, u) + C u2dz
2U U
6.2. EXISTÊNCIA DE SOLUÇÕES 301
FRACAS

para alguma constante C apropriada. Além disso, lembramos da


desigualdade de Poincaré em §5.6.1 que

Segue-se facilmente que

para as constantes apropriadas Q 0, 0.

Observe agora que, se 0 nessas estimativas de energia, então B , ] não


satisfaz precisamente as hipóteses do Teorema de Lax-Milgram. A seguinte
afirmação de existência para soluções fracas deve confrontar essa possibilidade:

TEOREMA 3 (Primeiro teorema de existência para soluções fracas). Existe n


número 0 tal que para cada

e cada função
} e £2 (V),
existe uma única solução fraca u C H0 (U) do problema de valor-limite

Lu + pu = fin U
(8)
u=0 em dU.

Prova. 1. Tome do Teorema 2, seja p y e defina então a forma


bilinear
Bp ti, v) := B ti, v) -F ( u, v) (ur, C HQ(U)),
que corresponde, como em §6.1, ao operador Lou := Lu -]- pu. Como antes, ( , )
significa o produto interno em L2 (U). Então, Bp , ] satisfaz as hipóteses do
Teorema de Lax-Milgram.
2. Agora, fixe / C L2 (U) e defina (/, c) := (f, v) pz(U). Essa é uma função
linear limitada em L2 (U) e, portanto, em H0 (U).
Aplicamos o Teorema de Lax-Milgram para encontrar uma função única u C
que satisfaça

para todo c C H0 (U), u é, consequentemente, a única solução fraca de (8).


302 6. EQUAÇÕES ELÍPTICAS DE SEGUNDA
ORDEM

Observação. Da mesma forma, podemos


mostrar que, para todos os
/ e L2 (U) (i - 0, ... , n),
existe uma única solução fraca u do PDE
/0
In + yu - 1/, em U
(9)
u= 0em ñtU.
De fato, basta observar que (/, c) = fU /0c + _1 /'cg, dz é um limite
funcional linear em H0 (U), conforme discutido anteriormente em §5.9.1.
Em particular, deduzimos que o mapeamento

é um isomorfismo.

Exemplos. No caso de Lu = -An, de modo que Btu, c] = fU Dt-i Dv djs, temos


Verifique facilmente, usando a desigualdade de Poincaré, que o Teorema 2 é
válido com = 0. Uma afirmação semelhante é válida para o operador geral Lu
= - J_1 (n'* ug;) + en, desde que c 0 em U. D

6.2.3. Alternativa de Fredholm.


Em seguida, empregamos a teoria de Fredholm para operadores compactos
(discutida em
§D.5) para obter informações mais detalhadas sobre a solvabilidade de EDPs
elípticas de segunda ordem.
DEFINIÇÕES. (i) O operador L', o adjunto formal de L, é

i,j=1 i=1 i=1

desde que h' C Cl (U) (i = 1, ... , n).


(ii) A forma bilinear adjunta
B* : H x H -- &
é definido por
B' v, u) - B u, v)
para todos os u, c C
Hp(U).

(iii) Dizemos que v C H0 (U) é uma solução fraca do problema adjunto

fornecido
6.2. EXISTÊNCIA DE SORÇÕES DE 303
WEAJT

TEOREMA 4 (Segundo teorema de existência para soluções fracas).


i) Precisamente uma das seguintes afirmações é válida:
ouT
Para cada f C fi2 (U), existem n únicos
solução fraca ti do problema de valor de contorno
(°) Lti = f em U
(10)
ti = 0ou dU
ou então
Existe u m a solução fraca do
problema homogêneo
(4) Lu = 0 em U
( )
u= 0ou EU.
(ii) Além disso, se a afirmação (Q) for válida, a dimensão do s u b e s p a ç o
N R0 (U) de soluções fracas de/ (11) é finita e igual à dimensão do
subespaço N' C H0 (U) de soluções fracas de
L*r = 0 em U
(12)
c= 0ort ñtU.

(iii) Por fim, o problema de valor de contorno (10) tem uma solução fraca i/ e
somente se
(f, v) -- 0 para todo v q N' .

A dicotomia (n), (fi) é a alternativa de Fredholm.

Prova. 1. Escolha p = como no Teorema 3 e defina a forma bilinear

correspondente ao operador Lou :- In -l- yu. Então, para cada p C L2 (U)


existe uma função única u C HO(U) que resolve

(13) B2 u, c) = (p, c) para todo c C H0 (U).

Vamos escrever

(14)

sempre que (13) for válido.


2. Observe a seguir que u C H0 (U) é uma solução fraca de (10) se e somente se

(15)
304 6. EQUAÇÕES ELÍPTICAS DE SEGUNDA
ORDEM

ou seja, se e somente se

(16)

Reescrevemos essa igualdade para ler

(7) ti - Kti -- h,

para

(18)

(19)

3. Agora afirmamos que K : L2 (U) - £2 (U) é um operador limitado,


linear e compacto. De fato, a partir da nossa escolha e das estimativas de
energia do item §6.2.2, observamos que, se (13) for válido, então

de modo que (18) implica

para alguma constante apropriada C. Mas como H0 (U) L2 (U) de acordo com
o teorema de compacidade de Rellich-Kondrachov, deduzimos que R é um
operador compacto.
4. Consequentemente, podemos aplicar a alternativa de Fredholm de
§D.5: ou
para cada h C L2 (U) a equação
(20) (a) u - Kti - h
tem uma solução única u C L'(U)

ou
então
a equação
(d) u - Ku =0
(21) tem soluções diferentes de zero em L2 (U).

Se a afirmação (n) for válida, então, de acordo com (15)-(19), existe uma
única solução fraca para o problema (10). Por outro lado, se a afirmação
6.2. EXISTÊNCIA DE SOLUÇÕES 305
FRACAS

(fi) seja válida, então necessariamente 9 0 e lembramos ainda, a partir de §D.5,


que a dimensão do espaço N das soluções de (21) é finita e igual à dimensão do
espaço N' das soluções de

(22) c - K'r = 0.

No entanto, verificamos prontamente que (21) é válida se e somente se u for uma


solução fraca de (11); e (22) é válida se e somente se c for uma solução fraca de
(12).
5. Por fim, lembramos que (20) tem uma solução se e somente se

(23)

para todos os c que resolvem (22). Mas, a partir de (18), (19) e (22), calculamos

Consequentemente, o problema do valor-limite (10) tem uma solução se e


somente se (/, c) = 0 para todas as soluções fracas c de (12).

TEOREMA 5 (Terceiro teorema de existência para soluções fracas).


(i) Existe um conjunto Z C &, ou no máximo um conjunto contável, de modo
que o problema de valor-limite

(24)

tem uma única solução fraca para cada f C fi2 (U) i/ e somente iJ ñ $ E.
(ii) IQ Z é infinito, então Z -- (Ah }h 1, os valores de uma sequência não
decrescente com

DEFINIÇÃO. Chamamos Z de espectro (real) do operador L.

Observe, em particular, o problema do valor limite

In = Anin U
u-0 em ñtU

tem uma solução não trivial em 0 se e somente se A C E, caso em que A é


chamado de valor próprio de L, em uma função própria correspondente. A
equação diferencial parcial In = In para L = -A é às vezes chamada de equação
de Helmholtz.
306 6. EQUAÇÕES ELLÍPTICAS DE SEGUNDA-
FASE

Prova. 1. Seja seja a constante do Teorema 2 e suponha que

Suponha também, sem perda de generalidade, que 0.


2. De acordo com a alternativa de Fredholm, o problema do valor-limite
(24) tem uma única solução fraca para cada / C L2 (U) se e somente se for
a única solução fraca do problema homogêneo
Lu = In em U
u= 0em dU.
Por sua vez, isso é verdadeiro se e somente se u 0 for a única solução fraca
de
Lu + yu = (y + A)u em U
(26) u= 0em ñtU.
Agora, (26) é válido exatamente quando

(27) u = Lq1 (y + â)u = + Ku,

onde, como na prova do Teorema 4, definimos Kti -- qLq° ti. Lembre-se também
da prova de que K : ñ2 (U) - L2 (U) é um operador limitado, linear e compacto.
Agora, se u - 0 for a única solução de (27), veremos
(28) não é um valor próprio de K.

Consequentemente, vemos que a EDP (24) tem uma solução fraca única
para cada
/ C L (U) se e somente se (28) for válida.
2. De acordo com o Teorema 6 em §D.5, a coleção de todos os valores
próprios de K compreende um conjunto finito ou então os valores de uma
sequência que converge para zero. No segundo caso, vemos, de acordo com (25)
e (27), que o PDE
(24) tem uma solução fraca única para todo / C L2 (U), exceto por uma sequência

Por fim, observamos explicitamente:


TEOREMA 6 (Limitação do inverso). IQ A Z , existe uma constante C tal que

sempre que f C £2 (U) e u e H0 (U) for a solução fraca crítica de


In = In + / em U
u=0 na UE.
A constante C depende apenas de A, U e dos coeficientes de L.
Essa constante aumentará se A se aproximar de um valor próprio.
6.2. EXISTÊNCIA DE SOLUÇÕES 307
FRACAS

Prova. Caso contrário, existiriam as sequências L2 U)


fk]k-l e tik j _
H0 (U) de modo que

k -- k + Ok em U
-k -- 0em dU
no sentido fraco, mas

Como podemos, sem perda de tempo, supor que |! £!!p2(t/) -- 1, vemos que Ik 0
em L2(U). De acordo com as estimativas de energia usuais, a sequência (uk}p 1 é
limitada em H0 (U). Portanto, existe uma subsequência tik j (u£ }p 1 de modo que

k, u fracamente em po ('/),
(30)
tiky - uin L2 (U).

(Veja §D.4 para convergência fraca.) Então u é uma solução fraca de

Lu = Inin U
u= 0em ñtU.

Como A $ E, u 0. Entretanto, (30) também implica que ti fl2 U) -- 1, o que é uma


contradição. O

Soluções complexas. A teoria anterior se estende facilmente para incluir


soluções com valores complexos. Dado um valor complexo de u, c C Hl (U),
escreva

( ' *)L2[U) - '-" 'd '( ' ') I-I' (U)


U U

e definir

ondeenota o conjugado complexo. Verificamos

para constantes apropriadas n, Q > 0, 0 . Variantes complexas do Teorema de


Lax-Milgram e da alternativa de Fredholm levam a análogos dos Teoremas
3-6 acima.
305 6. EQUAÇÕES ELÍPTICAS DE SEGUNDA
ORDEM

6.3. REGULARIDADE
Agora abordamos a questão de saber se uma solução fraca u do PDE

(1) Lu = /em U
é de fato suave: esse é o problema de regularidade para soluções fracas.
Motivação: derivação formal das estimativas. Para ver que há alguma
esperança de que uma solução fraca possa ser melhor do que uma função
típica em H0 (U), vamos considerar o problema do modelo

(2) -An = /in R".

Para fins heurísticos, presumimos que u seja suave e desapareça com rapidez
suficiente como |z| -' m para justificar os cálculos a seguir. Em seguida,
calculamos

f'dz -- (Au)2 dz --

(3)
i,j=1

= |D u|22 dz.
i,j --1

Assim, vemos que a norma L2 das segundas derivadas de u pode ser


estimada (e de fato é igual) pela norma L2 de /. Da mesma forma, podemos
diferenciar o PDE (2) para encontrar

para u := ug e J := Jg, (k -- 1, ... , n). Aplicando o mesmo método, descobrimos


que a norma L2 das terceiras derivadas de u pode ser estimada pelas primeiras
derivadas de /. Continuando, vemos que a norma ñ2 das (m -1- 2) d derivadas de
u pode ser controlada pela norma ñ2 das m" derivadas de J, para m = 0, 1,... O

Esses cálculos sugerem que, para a equação de Poisson (2), podemos


esperar que uma solução fraca u C N0 pertença a If +2 sempre que o termo
inomogêneo J pertencer a N" (m = 1, ... ). Informalmente, dizemos que u tem
"duas derivadas a mais em ñ2 do que J tem". Isso será particularmente
interessante para m = m, caso em que u pertencerá a H" para todos os m = 1,
... e, portanto, estará em C .
Observe, entretanto, que os cálculos acima não constituem realmente uma
prova. Presumimos que u fosse suave, ou pelo menos digamos C3 , para
realizar os cálculos.
6.3. CLAREZA DO 309
REG

(3); ao passo que se começarmos apenas com uma solução fraca em H 1 0


não pode justificar imediatamente esses cálculos. Em vez disso, teremos que
nos basear em uma análise de certos quocientes de diferença.

Os cálculos a seguir costumam ser tecnicamente difíceis, mas acabam


produzindo afirmações extremamente poderosas e úteis com relação à
suavidade das soluções fracas. Como sempre, o ponto central de cada cálculo
é a invocação da elipticidade: o objetivo é derivar estimativas onofpticas da
suposição estrutural e algébrica da elipticidade.

6.3.1. Regularidade interna.

Como sempre, assumimos que U C R" é um conjunto aberto e limitado.


Suponha também que u C H0 (U) seja uma solução fraca do PDE (1), em que L
tem a forma de divergência
.. .
(4) /t/ - (Q" (S) tip, ) -{- '' ( ) I' -{- C(S) t/.
i,j --I i=1

Continuamos a exigir a condição de elipticidade uniforme do item §6.1.1


e, conforme necessário, faremos várias suposições adicionais sobre a
suavidade dos coeficientes n'*, h', c.

TEOREMA 1 (Interior I-;f2 -regularidade). Suponha que

(5) a" E C'(U), b', c e h"(U) (i, -- 1, ... , n)

(6)

Além disso, suponha que ti C H'(U) seja uma solução fraca do PDE elíptico

Lti -- f em U.

Então

(7)

e, para cada V CC U aberto, temos a estimativa

(8) ii- i i + ' 2 (v) " " ( i i / i i '2 (u)+ ii- i i '2 ") ),

a constante C! depende apenas de V, U e dos coeficientes de L.


310 6. equações elípticas de segunda ordem

Observações. (i) Observe cuidadosamente que não exigimos u C H0 (U), ou seja,


não estamos necessariamente assumindo a condição de contorno u = 0 em dV n o
sentido de traço.
(ii) Observe também que, como ti C Hlpc(U), temos

Lu = f ou seja, em U.

Assim, u de fato resolve a EDP, pelo menos para um ponto e.e. dentro de U.
Para ver isso, observe que, para cada Dc (U), temos

Como u q H2 c(U), podemos integrar por partes:

B ti, v) = (Lu, r).


Assim, (Lti - f, v) - 0 para todo W c (U) e, portanto, Lu = / a.e.

Prova. 1. Fixe qualquer conjunto aberto U U e escolha um conjunto aberto


W de modo que Y zz IV CC U. Em seguida, selecione uma função suave (
que satisfaça
( 1 em Y, ( - 0 em IR' - IN, 0 < (
< 1.
Chamamos ( de função cuto@: sua finalidade nos cálculos subsequentes será
restringir todas as expressões ao subconjunto IV, que está a uma distância
positiva de ñtU. Isso é necessário porque não temos informações sobre o
comportamento de u próximo a dU. (Como um ponto técnico interessante,
observe cuidadosamente nos cálculos a seguir por que colocamos (2 , e não
apenas "(" em (11) abaixo).
2. Agora, como u é uma solução fraca de (1), temos B Qtr,v) = (/, c) para
todo c C H0 (U). Consequentemente

(9) Z° --.-- d- = /-d-,


,;--i U U

em

que
i=l
(10)

3. Agora, deixe h > 0 ser pequeno, escolha k C (1, ... , n} e, em seguida,


310 6. equações elípticas de segunda ordem

substitua

(11)
6.3. REGULARIT ¥ 311

em (9), onde, como em §5.8.2, D ti denota o quociente da diferença

hek)
Dku(z) -- *(

Escrevemos a expressão resultante como

(12) A -- B,

para

(13) A'-Z
i,j=1

(14) B :-- fr djs.


U

4. Estirrtate o/ A. Temos

A --
i,j=1

-z
t,j --1

Aqui, usamos as fórmulas

(16) vD 'w d::s -- - wDk v d::s


U U

xd

(l7) Dk (' ) -- r'DQ w -I- wD v,

para uh (z) := c(z + hek)


312 6. EQUAÇÕES ELÍPTICAS DE SEGUNDA
ORDEM

Voltando agora para (l5), encontramos

2
dz

(18) +
i,j -1

A condição de elipticidade uniforme implica

2 2d
(19) Al > 8 Dk Du :s.
U

Além disso, vemos em (5) que

A2| < G' Dk Dti Dk u -F Dk Dti Dti -l- Dk ti Dti d::s,


U

para alguma constante apropriada C. Mas então a desigualdade de Cauchy com


e (§B.2) produz o limite

|A2 | < e (2 |D Du|2 dz + - |D u|2 + |Du|2 dz.

Escolhemos e = e, além disso, lembramos do Teorema 3,(i) em §5.8.2 a


estimativa

2 |Du|2
Dk ti d::s < C dv,
U

obtendo-se assim a desigualdade

<- (2 D Du 2d::s + CDti 2d::s.


k
2 U

Essa estimativa, (19) e (18) implicam finalmente

(0) A >- (2|D Du|2dz - C | Du|2dz


.
U

5. Estimativa de B. Relembrando agora (10), (11) e (14), estimamos

(21)
U
6.3. CLAREZA DO 313
REG

Agora, o Teorema 3,(i) em §5.8.2 implica

U
<C 2
Dk u + (2|D Du|2dz

Du|2dz
<C Dti 2 -F (2|D L .
U

Assim, (21) e a desigualdade de Cauchy com e implicam

/2
B<e (2|DQ Du| 2dz + -F ti d::s + -Du 2 d::s.
U C U U

Selecione para obter

{2 /2 |2dz
(22) |Ok 6u| 2dz -I- C + u2 + |6u .
U

6. Finalmente, combinamos (12), (20) e (22) para descobrir

/2
|D£ Du|*dz < (2|Dk Du|2dz < C + u2 + |Du|2dz
U U

para k -- 1, ... , n e todos os |fi| suficientemente pequenos 0.


Em vista do Teorema 3,(ii) em §5.8.2, deduzimos Dti C H1 c(U) e, portanto, It
e H2 c(U), com a estimativa

(23)

7. Agora, r e f i n a m o s a estimativa (23) observando que, se Y CW


U, então o mesmo argumento mostra que

(24)

para uma constante C apropriada, dependendo de Y, iY, etc. Escolha uma nova
função de corte ( satisfazendo
( == 1 em iY, spt ( C U,
0 < ( < 1.

Agora, defina c = (2 u na identidade (9) e faça cálculos elementares para descobrir


/2
(2|Du|2dz < C -F u2dz.

U U
314 6. EQUAÇÕES ELÍPTICAS DE SEGUNDA
ORDEM

Portanto

Essa desigualdade e (24) resultam em (8).

Nossa intenção a seguir é iterar o argumento acima, deduzindo assim que


nossa solução fraca está em vários espaços de Sobolev superiores (desde que os
coeficientes sejam suficientemente suaves e o lado direito esteja em espaços
suficientemente bons).

TEOREMA 2 (Maior regularidade interior). Defina m como um inteiro não


negativo e suponha que

(25) a", 6', c E C""'(U) (I, -- 1, ... , n)

(26) C H"(U).

Suponha que ti c Al (U) seja uma solução fraca do PDE elíptico

In = f em U.

Então

(27)

e, para cada V C Z U, temos a estimativa

(28)

a constante C! depende apenas de m, U,V e dos coeficientes de L.

Prova. 1. Estabeleceremos (27) e (28) por indução em rn, sendo o caso de rn


= 0 o Teorema 1 acima.
2. Suponha agora que as afirmações (27) e (28) sejam válidas para algum
inteiro não negativo m e todos os conjuntos abertos U, coeficientes n'*, h', c,
etc., como acima. Suponha então que

(29)

(30) C H'+ (U),


6.3. REGVLARIT¥ 315

e u C H' (U) é uma solução fraca deEm / em U . Pelas hipóteses


de indução, temos
2
(31) ueH (U),

com a estimativa

(32)

para cada IV CC U e uma constante U apropriada, dependendo apenas de JR, dos


coeficientes de ñ, etc. Fixe Y DC IV CC U.
3. Agora, deixe n ser qualquer multiíndice com

(33)

e escolha qualquer função de teste 0 C Uc (IV). Inserir

na identidade & u, r] = (f, v) p (U), e realizar algumas integrações por partes,


eventualmente para descobrir

(34)

para

(35) u : - D°u e Al (IV)

i,j --1
(36)

+ D' 'b'D'uz + D' cD u


i=1

Como a identidade (34) é válida para cada 0 e Uc(JR), vemos que u é uma
solução fraca de

Em vista de (29)-(32) e (36), temos / C £2(IV), com

(37)
316 6. EQUAÇÕES D E ELEIPTOSE DE
ORDEM CONTÍNUA

4. À luz do Teorema 1, vemos que u C H2 (Y), com a estimativa

Essa desigualdade é válida para cada índice múltiplo n com |n| = rn + 1, e u =


D°u
como acima. Consequentemente, u C H "+3 (U) e

Agora podemos aplicar repetidamente o Teorema 2 para m = 0, 1, 2,...


paradedu
zir a diferenciabilidade infinita de u.

TEOREMA 3 (Diferenciabilidade infinita no interior). Suponha que

a", b*, c G U"(U) (i, j -- 1, ... , r/)

e
/ E C"(U).
Suponha que u C Al (V) seja uma solução fraca do PDE elíptico

In = f em U.

Então
u e "(U).

Novamente, não estamos fazendo nenhuma suposição aqui sobre o


comportamento de u na UE. Portanto, em particular, estamos afirmando que
quaisquer possíveis singularidades de u no limite não se "propagam" para o
interior.

Prova. De acordo com o Teorema 2, temos u e H ( U) para cada inteiro m =


1, 2, .... Portanto, o Teorema 6 em §5.6.3 implica u C C!k (U) para cada k =
1, 2, ...

6.3.2. Regularidade dos limites.

Agora, estendemos as estimativas do item §6.3.1 para estudar a suavidade


316 6. EQUAÇÕES D E ELEIPTOSE DE
ORDEM CONTÍNUA
das soluções fracas até o limite.
6.3. REOULAfitt'TY 317

TEOREMA 4 (Limite H2 -regularidade). Suponha que

(38) a" E W!("U), b', c G £"(U) (', j -- 1, ... , r/)

(39) f e £2 (U).

Suponha que u C H0 (U) seja uma solução fraca do problema elíptico de valor-
limite

In = f em U
(40)
u=0 na UE.

Por fim, suponha que

(41)

Então
u e H2 (U),
e temos a estimativa

(42)

a constante C! depende apenas de U e dos coeficientes de L.

Observações. (i) Se u C H0 (U) for a solução fraca única de (40), estime


(42) é simplificado para

Isso decorre do Teorema 6 em §6. 2.


(ii) Observe também que, em contraste com o Teorema 1 em §6.3.1, agora
estamos assumindo u = 0 ao longo de EU (no sentido de traço).

Prova. 1. Primeiro, investigamos o caso especial em que U é uma semibola:

(43) U --60(0, 1) IR .

Defina U := &0 ) M R*_. Em seguida, selecione uma função de corte suave (


(0, satisfazendo

( 1 em &(0, ), 0 em @^ - 6(0, 1),


0 < ( < 1.
Portanto, ( 1 em Y e ( desaparece perto da parte curva de EU.
318 6. EQUAÇÕES DE EELIPTIS DE SEGUNDA
ORDEM

2. Como u é uma solução fraca de (3), temos & u, r] = (J, r) para todo r
C H0 (U)-, consequentemente

(44) --Jv dv,


i,j--1 U

para

(45) J := J - b'ug, - cu.

3. Agora, deixe h > 0 ser pequeno, escolha k C (1, ... , n - 1} e escreva


2
r :- -DQ'( Dk u).

Observemos cuidadosamente
1
Dk
1 {2
( (z - he;) tu(z) - u(z - hek)!
h2

se z C U. Agora, como u = 0 ao longo de (zq = 0} no sentido do traço e ( perto


da parte curva de EU, vemos que r C H0 (U).
Portanto, podemos substituir r na identidade (44) e escrever a expressão
resultante como

(46) A = B,

para
n
(47) A := Z
i,j--1 U

(48)
U

4. Agora podemos estimar os terrores A e B quase exatamente da mesma


forma que estimamos suas contrapartes na prova do Teorema 1. Após alguns
cálculos, encontramos

(49) A> (2|DkDu |2dz - GDu 2d::c


2 U U
319

(50) 2
Dk Du 2dx + '
/2
+ u2 + | Du |2dz,
U

para as constantes apropriadas C. Em seguida, combinamos (46), (49) e (50)


para revelar
capa
/2
|D Du |2dz < ' + u2 + | Du|2 dz
V U
para k -- 1, ... , n - 1. Assim, relembrando a Observação após o Teorema 3 em
§5.8.2, deduzimos
ug, e H'(V) (k -- 1, ... , n - 1),
com a estimativa

(51)
k,l= l
k+ I<2n

5. Agora, precisamos aumentar (51) com uma estimativa da norma L2 de


ugqgq sobre Y. Para isso, lembramos das observações após o Teorema 1 que
In = J
a.e. em U. Lembrando a definição de ñ, podemos reescrever essa igualdade na
f o r m a d e não divergência, como

(52)

para h' := b' - J_1 (t = 1, ... , n). Assim, descobrimos

(53)
i,j=l i=1
i-t-j <2n

Agora, de acordo com a condição de elipticidade uniforme, 1 n' (z)( ( >


8|(|2 para todos os z C U, § C ". Definimos ( = eg = (0, ... , 0, 1), para concluir

(54) n""(z) > 8 > 0

para todo z e U. Mas então (38), (53) e (54) implicam

i,j--1
*+j<2n
320 6. equações elípticas de segundo grau

em U. Utilizando essa estimativa na desigualdade (51), concluímos que u C

H2
(U) e (56)

para alguma constante U apropriada.


6. Agora, abandonamos a suposição de que U é uma meia esfera e,
portanto, tem a forma especial (43). No caso geral, escolhemos qualquer
ponto z0 C EU e observamos que, como EU é U2 , podemos supor que, ao
renomear os eixos de coordenadas, se necessário, que

para algum r > 0 e alguma função C2 : R' 1 -- R. Como de costume, mudamos as


variáveis utilizando §C.1 e escrevemos

(57)

7. Escolha s > 0 tão pequeno que a meia bola U' :-- &0 (0, s) M (pq > 0}
esteja em 4-(U M U(z0, r)). Defina Y' := &0 (0, s/2) N (pq > 0}. Por fim, defina

(58) °'(r):' °(+(v)) (v U )


É fácil verificar

(59) u' C HP (U')

(60) u' - 0em EU' O (pq = 0}

no sentido de traço.
8. Agora afirmamos que u' é uma solução fraca do PDE

(61) L'u' = f' em U',

para

(62)

(63)
321

onde

(65)
r=1

(66)

para y e U', k, I -- 1, ... , n.


Se r' ( H0 (U') e &' , ] denota a forma bilinear associada ao operador L', temos

Z - '-i--i + Z b k-ipv' + c'u'v'dy.


k
U' k,l= i k- i

Agora defina

Então, a partir de (67), calculamos


n .
'z z U
*,j--1 k,/--1
(68)
k r
Tp, r dy + d
+ i-1 b--1 U U ''

Agora, de acordo com (64), descobrimos que para cada 2, j -- 1, ... , n que

já que D4- - (DT)1 . Da mesma forma, para i = 1, ... , n, temos


. n n
k
Z b ''. - Z Z b"- *.. - °'
322 6. EQUAÇÕES EEPTICAS DE SEGUNDA
ORDEM! EQUAÇÕES

Substituindo esses cálculos em (68) e mudando as variáveis, obtém-se, já que det


D4- -- 1,

Z- -- .+ Zb'- -+ --d-
U i,j--1 i=l

Isso estabelece (61).


9. Agora verificamos que o operador E' é uniformemente elíptico em U'. De
fato, se p C U' e ( C R", notamos que
n n n

Z '(-)'k' --Z
£,/--1
-'k r, s-- I k,l-- I
Z -°(-(-))-'.--.' '
k

(69)

r, s--1

onde rJ = (D4 , ' ou seja, rJ, = p_-1 4 ( ;t (r = 1, ... , n). Mas, então, como D4 DI - - I,
temos I; = rJD T; e, portanto, |(| < U|q| para alguma constante U. Essa desigualdade e
(69) implicam

(70)
k,I=1

para algum 8' > 0 e todos os p C U', § C ".


Observe também em (64) que os coeficientes n k' são U*, já que T e T são
2
10. Em vista de (61) e (70), podemos aplicar os resultados das etapas 1 a
5 da prova acima para verificar que u' C H2(U'), com o limite

Consequentemen

te (71)

para U := T(U').
Como EU é compacto, podemos, como de costume, cobrir EU com um
número finito de conjuntos
Hi , , Up como acima. Somamos as estimativas de restilting, juntamente com a
estimativa de interior, para encontrar u C H2(U), com a desigualdade (42). O

Agora, derivamos uma maior regularidade para nossas soluções fracas,


até a UE.
6.3. REGULARtZ'Y 323

TEOREMA 5 (Regularidade de limite superior). Defina m como um valor não


negativo in-
teger, e assumir

(72) a", b', c E "1 (U) (I, j -- 1, ... , r/)

(73) C H'(U).

Suponha que u C H0 (U) ZS uma solução fraca do problema de valor limite

In = f em U
(T4)
u=0 em dU.

Por fim, suponha que

(75) EU é W'+2 .

Entã
o
(76) uE£ 2(U),

e temos a estimativa

(77)

a constante C depende apenas de m, U e dos coeficientes de k.


Observação. Se u for a única solução de (74), a estimativa (77) será
simplificada para

Prova. 1. Primeiro, investigamos o caso especial

(78) U :--60 (0, s) C RQ

para algum s > 0. Fixe 0 < I < s e defina U := B0(0, I) N R*.


2. Pretendemos provar, por indução em m, que sempre que u = 0 ao
longo de (zq = 0} no sentido de traço, (72) e (73) implicam

(79)

com a estimativa

(80)
324 6. EQUAÇÕES ELÍPTICAS DE SEGUNDA
ORDEM

para uma constante U que depende apenas de U, U e dos coeficientes de L O caso


de m = 0 segue como na prova do Teorema 4 acima.
Suponha então que

(81) a'''', b', c E 2(U),

(82)

e u é uma solução fraca de Lu = / em U, que desaparece no sentido de traço ao


longo de (zq = 0}. Fixe qualquer 0 < t < r < s e escreva W := B0(0, r) M R*. Pela
suposição de indução, temos

(83) u E H "2(W),

com a estimativa

(84)

Além disso, de acordo com o Teorema 2 de regularidade interior, u e H 3(U).


3. Em seguida, seja n qualquer multiíndice com

(85) |n| = m + 1

(86)

Então

(87) u := D'u

pertence a H1 (U) e desaparece ao longo do plano (zq = 0} no sentido de traço.


Além disso, como na prova do Teorema 2, ii é uma solução fraca de £u - / em U,
para

"':-- D°' - Z i') --1

+ TJ D'° b'D uz + D" cD u


i= l
325

Em vista de (72), (73), (82) e (84), vemos que / C £*(IV), com


(88)
Consequentemente, a prova do Teorema 4 mostra u C H2(U), com a estimativa

II:|IH>o iLr+IL )

À luz de (85)-(88), deduzimos que

para qualquer multiíndice Q com |fi| = m + 3 e


(90) fig - 0, 1 ou 2.

4. Devemos estender a estimativa (89) para remover a restrição (90).


Para isso, vamos supor por indução
(91)
para qualquer multiíndice Q com |Q| = m + 3 e
(92) gm - 0 , 1, ... , j,
para algum j C (2, ... , m + 2}. Suponha então que |Q| = m + 3,

Vamos escrever Q = y+6, para 6 = (0, ... , 2) e |y| = m+ 1. Como u C H 3(U)

e In = / em U, temos D*Lu D^/ a .e. em U. Agora


D*Lu = a""D u+ ( soma dos termos que envolvem no máximo j
derivadas de u com relação a zq e, no
máximo, m + 3 derivadas em todos os }.
Como n"" > 8 > 0, descobrimos, utilizando (91) e (92), que

desde que |Q| = m + 3 e Qq = j + 1. Então, por indução em j, temos

Essa estimativa, por sua vez, completa a indução em m, iniciada na etapa 2.


5. Mostramos agora que (72) e (73) implicam (79) e (80), desde que U
tenha a forma (78) . O caso geral é o seguinte, uma vez que endireitamos o
limite, usando as ideias explicadas na prova do Teorema 4.

Por fim, iteramos as estimativas anteriores para obter


326 6. EQUAÇÕES EPÍPTICAS DE SEGUNDA
ORDEM

TEOREMA 6 (Diferenciabilidade infinita até o limite). Suponha que

a" , b'', c C C'(U) (i,j -- 1, ... , n)

e
/ e U'(U).
Suponha que u C H0 (U) seja uma solução fraca do pToblema de valor limite

In = f em U
u=0 na UE.

Suponha também que dU seja C!°° . Então

Prova. De acordo com o Teorema 5, temos u C H"(U) para cada inteiro m - 1, 2, ....
Assim, o Teorema 6 em §5.6.3 implica u e C!k(U) para cada k -- 1, 2, .

Os cálculos desta seção foram basicamente aplicações repetidas de


métodos de "energia" a derivadas parciais cada vez mais altas. A ferramenta
básica de integração por partes acabou nos levando de soluções fracas
(pertencentes meramente a H0 (U)) a soluções clássicas e suaves.

6.4. PRINCÍPIOS MÁXIMOS


Esta seção desenvolve o princípio de mozimutn para equações diferenciais
parciais elípticas de segunda ordem.
Os métodos de princípio máximo baseiam-se na observação de que, se uma
função U2 u atingir seu máximo em um conjunto aberto U em um ponto +o o U,
então

(1) DIY+o) == 0, 2(+o) < 0,

a última desigualdade significa que a matriz simétrica D2u = ((uz zy )) é


definida não positiva em As deduções baseadas em (1) têm,
consequentemente, um caráter pontual e, portanto, são totalmente diferentes
dos métodos de energia baseados em integrais estabelecidos nos parágrafos
6.1 a 6.3.
Em particular, precisaremos exigir que nossas soluções u sejam pelo menos
U2, de modo que faça sentido considerar os valores pontuais de Du, D2u. (Em
vista da teoria da regularidade de §6.3, sabemos, entretanto, que uma solução
fraca é
6.4. PRINCÍPIOS MÁXIMOS 327

essa s u a v i d a d e , pelo menos se os coeficientes, etc., forem suficientemente


regulares). Como aprenderemos em breve, agora também é mais apropriado
considerar os operadores elípticos L com a forma de não divergência

(2)
i,j --1 i=1

onde os coeficientes n'*, b', c são contínuos e - como sempre - a condição de


elipticidade uniforme (4) em §6.1 é válida. Continuamos também a supor, sem
perda de generalidade, a condição de simetria a'! -- a!' (i, j 1 , ... , ri).

6.4.1. Princípio do máximo fraco.

Primeiro, identificamos as circunstâncias em que uma função deve atingir


seu máximo (ou mínimo) no limite. Sempre assumimos que U C R' é aberto e
limitado.

TEOREMA 1 (Princípio do máximo fraco). Suponha que u C C!'(U) M U(°U) e


c 0 em U.

(3) Lu<0 PSU,

U "dU

(4) Lu > 0 em
U,
então
min u - min u .
U "dU

Observação. Uma função que satisfaz (3) é chamada de subsolução. Portanto,


estamos afirmando que uma subsolução atinge seu mínimo em EU. Da mesma
forma, se (4) for válido, u é uma supeTsolução e atinge seu mínimo em dU.

Prova. 1. Primeiro, vamos supor que temos a desigualdade estrita

(5) In < 0in U,

e ainda assim existe um ponto0 U


com (6)
328 6. EQUAÇÕES DE EEEIPTIS DE SEGUNDA
ORDEM

Agora, nesse ponto máximo 0, temos


(7) u( 0) == 0,
e
2tY
(8) (*o) < 0.

2. Como a matriz A -- ((-"( o))) é simétrica e definida positivamente,


existe uma matriz ortogonal O -- ((o;j)) de modo que
(9) OAO" -- diag(di, . , dq), OO" -- I,
com dk > 0 (k -- 1, ... , n). Escreva p = +0 + O(:s - <o) Então z - 0'
(v - +0), e assim
n n
-- - Z --- Oik - - - - y Z - -ppp,oik oj; (i, j - - 1 , ... , n).
k=1 k,I -1

Portanto, no ponto o.

(10)
- Z dk--.-- por(9)
k -i
< 0,
já que dk > 0 e up, ( o) < 0 (k -- 1, ... , n), de acordo com (8).
3. Assim, em +o

'- -Z - "---, +Zb'-, "0,


à luz de (7) e (10). Portanto, (5) e (6) são incompatíveis, e temos uma
contradição.
4. No caso geral em que (3) é válido, escreva
u'(z) :- u(z) -I- be "' ( z E U),
onde A > 0 s e r á selecionado abaixo e e > 0. Lembre-se (como na prova do
Teorema 4 em §6.3.2) de que a condição de elipticidade uniforme implica n"(z) >
8 (i - 1, ... , n, z C U). Portanto

< ee" -A2 8 + ||b|| 2]


< 0 em U,
6.4. PRINCÍPIOS MAXfMCfM 329

desde que escolhamos A > 0 suficientemente grande. Então, de acordo com as


etapas 1 e 2 acima, maxU u' = max EU u . Seja e -' 0 para encontrar maxU u = max
pU u. Isso prova (i).
5. Como -u é uma subsolução sempre que u é uma supersolução, a afirmação
(ii) é a seguinte. O

Em seguida, modificamos o princípio máximo para permitir um valor não negativo


coeficiente de ordem zero c. Lembre-se de §A.3 que u+ = max(u, 0), u* =
- min(u, 0).

TEOREMA 2 (Princípio do máximo fraco para c > 0). Suponha que u C C!2
(U) o
C(U) e
c>0 em U.

Em < 0 em U,
entã
o
(11)

(ii) Liket ise, i/


Em > 0 em U,
então
(12) min u > - max u*
U dU

Observação. Portanto, em particular, se In = 0 em U, então


(13) mo:x |u|.
dU

Prova. 1. Seja u uma subsolução e defina Y := (z e U u(z) > 0}. Então


Ru :- £u - cu
< -cu < 0in V .

O operador R não tem termo de ordem zero e, consequentemente, o Teorema


1 implica maxp u = mcv - = dU -+. Isso resulta em (11) no caso d e V / 8.
Caso contrário, u < 0 em toda parte em U, e (11) segue da mesma forma.
2. A afirmação (ii) decorre de (i) aplicada a -u, uma vez que observamos que
330 6. EQUAÇÕES DE EEEIPTIS DE SEGUNDA
ORDEM

6.4.2. Princípio máximo forte.

Em seguida, reforçamos substancialmente as afirmações anteriores,


demonstrando que uma subsolução u não pode atingir seu máximo em um
ponto interior de uma região conectada, a menos que u seja constante. Essa
afirmação é o princípio do mmztnum forte, que depende da seguinte análise
sutil da derivada normal externaâu em um ponto de limite máximo.

LEMMA (Lema de Hopf). Suponha que u C C!2(U) O Al(°U) e

c 0 em U.

se for necessário
Em < 0 em U,

e existe um potftf z0 E âU tal que

(14) u(z0) > u(z) para todo z E U.

Por fim, suponha que U satisfaça a condição de bola interior em z0; isto é, existe
uma bola aberta B Z U com z0 C dB.
(i) Então
du
(z0) > 0,

(ii) I f
c>0 em U,

a mesma conclusão é válida desde que

( 0) > o.

Observação. A importância de (i) é a desigualdade estrita: o fato de que


(z0) > 0 é

óbvio. Observe que a condição de bola interior se mantém automaticamente


se EU for

Prova. 1. Suponha que c > 0 e u(z0 ) > 0. Podemos também supor que
B -- &0 (0, r) para algum raio r > 0. Defina

2 2
r(z) : e"' -e (z E 6(0, r))
6.4. PRINCÍPIOS MÁXIMOS 331

#0

para A > 0, conforme selecionado abaixo. Em seguida, usando a condição de


elipticidade uniforme, calculamos:

i,j --1
n 2 2
2
- e '! ' Z b'21z; -}- c(e - e '" )

2
< e ' * (-4822|z |2 + 22 tr A2A|b| | z| + c),

para A = ((a'!')), b = (b*, ... , b"). Em seguida, considere a região anular aberta ft
:= &0(0, r) - B(0, r/2). Temos

2
(15) ñr < e*' (-8A2r2 + 2A tr A + 2A|b|r + c) < 0

em fi, desde que A > 0 seja suficientemente grande.


2. Em vista de (14), existe uma constante e0 tão pequena que

(16) u(z0 ) > u(z) -I- £r(z) (z E dB(0, r/2)).

Além disso, observe

(17) u(z0 ) > u(z) + ' (x) (:r E b6(0, r)),


332 6. EQUAÇÕES DE SEGUNDA ORDEM DE
ELEIPTIS

já que r == 0 em dB(0, r).


3. A partir de (15), vemos

£(v + rv - u(z0)) -cu(z0) < 0 em A,

e, a partir de (16) e (17), observamos

u + cr - u(z0 ) < 0 em bR.

De acordo com o princípio do máximo fraco, Teorema 1, u + ec -u(z0) < 0 em fi.


Mas u(z0 ) + er(z0 ) - u(z0 ) = 0 e, portanto

du( 0) bu
(z )0 0.

Consequentemente

0 ^2
(z0) == - ID (z0)- x0 - 2J£re ' > 0,
seja ( )

conforme necessário.

O Lema de Hopf é a principal ferramenta técnica da próxima prova:

TEOREMA 3 (Princípio do máximo forte). Suponha que u C C!2 (U) M U(U)


e
c 0em U.

Suponha também que U seja conectado, aberto e limitado.


(i) lj
Em < 0em U

e u atinge seu mínimo em U em um ponto interior, então u é

constante em U.

Lu > 0 em U

e u atinge seu mínimo sobre °U em um ponto interior, então

u é constante em U.
6.4. PRINCÍPIOS MÁXIMOS 333

Prova. Escreva M :-- maxU u e U := (z e U u(z) - M]. Então, se u M,


definir

Escolha um ponto p C U que satisfaça d i s t ( p, U) < dist(p, EU) e deixe B


denotar a maior bola com centro p cujo interior está em Y. Então existe algum
ponto z0 C U, com z0 C GB. Claramente, U satisfaz a bola interior
condição em z0; portanto, o Lema de Hopf, (i), implica ( z0) > 0. Mas isso é
uma
contradição: como u atinge seu máximo em z0 e U, temos Du(::c0) = 0.

Se o termo de ordem zero c for não negativo, teremos essa versão do princípio
d o máximo forte:

TEOREMA 4 (Princípio do máximo forte com c 0 ). Suponha que u C '2


(U) O '(U) e
c>0 em U.
se U também estiver
conectado.
(i) Se Em < 0 em U

e u alcança um molde não negativo sobre U em um ponto inteiro,


então
u é constante dentro de U.

Em > 0 em U

e U atinge um mínimo não positivo sobre °U em um ponto inteiro, então


u é constante em U.

A prova é semelhante à anterior, exceto pelo fato de usarmos a afirmação


(ii) no Lema de Hopf.

6.4.3. Desigualdade de Harnack.

A desigualdade de Harnack afirma que os valores de uma solução não


negativa são compatíveis, pelo menos em qualquer sub-região longe do
limite. Supomos, como de costume, que

i,j --1 i=1


334 6. equações de segunda ordem

TEOREMA 5 (Desigualdade de Harnack). Suponha que u > 0 seja uma


solução de N2 oJ
In = 0in U,
e suponha que V C U seja conectado. Z'/ien existe uma constante G' tal que
(18) sup u < N inf u.

A constante C! depende apenas de V e dos coeficientes oJ L.


Se os coeficientes forem suaves, a prova é um caso especial (muito mais
fácil) dos cálculos a serem apresentados mais tarde para a desigualdade
parabólica de Harnack, em §7.1.4. Para a situação geral de coeficientes
meramente limitados e mensuráveis, consulte Gilbarg-Trudinger [G-Tj.

6.5. VALORES E FUNÇÕES PRÓPRIOS


Nesta seção, consideramos o problema de valor-limite

(1)

onde U é aberto, limitado, e lembre-se de que A é um autovalor de £ desde que


exista uma solução não trivial em de (1). A partir da teoria desenvolvida em
§6. 2, lembramos que o conjunto Z de valores próprios de L é, no máximo,
contável.
Os teoremas no §6.5.1 abaixo são análogos para EDPs elípticas da
afirmação padrão de álgebra linear de que uma matriz simétrica real possui
valores próprios reais e uma base ortonormal de vetores próprios. Da mesma
forma, os resultados em §6.5.2 são versões PDE do teorema de Perron-
Frobenius de que uma matriz com entradas positivas tem um valor próprio
real e positivo e um vetor próprio correspondente com entradas positivas (cf.
Gantmacher GA]).

6.5.1. Valores próprios de operadores elípticos simétricos.


Para simplificar, consideramos agora um operador elíptico com a forma de
divergência

(2)

onde n' C C'(U) (i, - - 1, ... , n). Supomos que a condição de elipticidade
uniforme usual seja válida e, como de costume, suponhamos que
(3) a'") - a" (I, -- 1, ... , r/).
O operador ñ é, portanto, formalmente simétrico e, em particular, a forma
bilinear associada &[ , ] satisfaz B(u, v) = B[v, u) (u, r e H0 (U)). Suponha também
que U seja conectado.
6.5. EJGENYAL UES E EIGENFUNCTIONS 335

TEOREMA 1 (Valores próprios de operadores elípticos simétricos).


(i) polegada eipen'uofue de L é real.
(ii) Além disso, se repetirmos cada valor próprio de acordo com sua
multiplicidade (finita), teremos

onde

(iii) Por fim, existe uma base ortonorrenal {m£}p_1 o/ £2 (tr), onde wt C H
(U) é uma função própria correspondente a St.-

(4)

Jor k -- 1, 2, ...

Observação. Devido à teoria da regularidade em §6.3, wt (e wt C


C!°°(U) se dU for suave), para k -- 1, 2, . . .

Prova. 1. Como em §6.2,

é um operador limitado, linear e compacto que mapeia L2 (U) em si mesmo.


2. Além disso, afirmamos que S é simétrico. Para ver isso, selecione /, g C L2
(U). Então, S f -- u significa que H0 (U) lS é a solução fraca de

Lti = f em U
ti = 0em dU,

e, da mesma forma, S g -- v significa que u C HO(U) resolve

£c = p em U
r= 0em dU

no sentido fraco.
Portanto
(*/ s) = (° s)' +*|-,°I

e
336 6. EQUAÇÕES "OND-ORDEft ELLIPTIC

Como B u, v = B|r, ti], vemos que (S/, S) -- (f, S g) para todos os /, s C L2 (U).
Portanto, S é simétrico.
3. Observe também

(*7.7) = (-.7) Bl-,-I " o (i e ^'(U))


Consequentemente, a teoria de operadores compactos e simétricos de §D.6
implica que todos os autovalores de S são reais e positivos, e há funções
próprias correspondentes que formam uma base ortonormal de £2 (tr). Mas
observe
bem como que, para p / 0, temos So - pw se e somente se £w = Aw para A = 1
O teorema é o seguinte.

Em seguida, examinamos com mais cuidado o primeiro autovalor de L

DEFINIÇÃO. Colti > 0 é o autovalor principal de L.

TEOREMA 2 (Princípio de variação para o valor próprio principal).


(i) Temos

(5)

(ii) Além disso, o mínimo acima é atingido para uma função <ip - itive dentro
de U, que resolve

(iii) Por fim, iJ u C H0 (U) é um soiu/ion fraco de

então u é um múltiplo de i

Observações. (i) A afirmação (iii) diz que o principal eisenrofue i!


simples. Em particular
0<Al < 23 "' .

(ii) A expressão (5) é a fórmula de Rayleigh e é equivalente ao estado

u@0
6.5. EJGENYAL UES E EIGENFUNCTIONS 337

Prova. 1. Em vista de (4), vemos


2
(6) L2(U)

e (7)

para k, 1 - I, 2, ... , k / 1.
2. Como {wd] p _l é uma base ortonormal de L2 (U), se ti C H0 (U) e
• Ly U) - 1, podemos escrever

(8)

para dk -- (-, k) (U), a série que converge em £2(tr): veja §D.2. Além disso

(9) Z d - 'it/ii .,'(I2 -) 1


k--\

3. Além disso, a partir de (6) e (7), vemos que é um ortonor-


'* I= I
subconjunto masculino de HO(U), dotado do novo produto interno B , ].
Afirmamos ainda que % é de fato uma base ortonormal de
'* E-E
H0 (U), com esse novo produto interno. Para ver isso, basta verificar que

B(mb, ti] = 0 (k -- 1, 2, ... )

implica ti 0. Mas essa afirmação é claramente verdadeira, pois as identidades

force ti = 0, pois (wb} 1


é uma base de £2 (U). Consequentemente

_ k
'k 1/2
k--1 'k

para gt -- B u, a série converge em H0 ( U). Mas então, de acordo com

(8), gt -- dt 5 k'2 ; e, portanto, a série (8) de fato converge também em H (U).


338 6. equações elípticas de segunda ordem

4. Assim, (6) e (8) implicam

B u, u!- Z d 5k Ai por (9).


k--1

Como a igualdade é válida para u = mi, obtemos a fórmula (5).


5. Em seguida, afirmamos que, se ti C H0 ((/) e u Lz(U) -- 1, então u é uma solução
fraca de

(10)

se apenas se apenas se

(11)

Obviamente, (10) implica (11). Por outro lado, suponha que (11) seja
válido.
Então, escrevendo dt -- (u, wt) como acima, temos

(12)

Portanto

(13)
Z('k - Ji)df --0.
k--1

Consequente
mente dt - - (ti, wk) = 0 se Ok > Al
Como Ai tem multiplicidade finita, segue-se que
m
(14) • - - Z (- --)--
k--1

para algum rn, onde Lwt - - 1 £. Portanto

k--1

Isso prova que


(10).
6. Em seguida, mostraremos que, se ti C H0 (U) for uma solução fraca de
(10), ti0 ,
então
338 6. equações elípticas de segunda ordem

(16) o> 0em U


6.5. VALORES E FUNÇÕES PRÓPRIOS 339

ou então

(IT) ti < 0em Y.

Para ver isso, vamos supor, sem perda de tempo, que ||-!!L2 - 1 e observar

(18) a--g 1

para
a :- (u")2 dz, § :-- (u-)2 dz.
U U

Além disso, como u* C H0 (U), com


Dti e.a. em (ti > 0}
Du" -- Du°
0 ou seja, em {u < 0},
0 a.e. em (u 0}
-
-Dtia .e. em (ti 0}
(cf. Problema 17 no Capítulo 5), temos B u+, u ] - 0. Consequentemente

2
L2 (U) por (5)

Mas então vemos que a desigualdade acima deve ser, de fato, uma igualdade, e
SO
B u+, u+, 2 2L (U) -
2
A2(t/)

Portanto, a reivindicação comprovada na etapa 5 afirma

+-+= /n " in U
(19)
ti"= 0 em dU
e

(20)

no sentido fraco.
7. Em seguida, como os coeficientes a'!' são suaves, deduzimos de (19) que
u+ C C!'(U) e
+-" = /i "+ 0 em U.
A função ti+ é, portanto, uma supersolução. Assim, o princípio do máximo
forte implica que ti+ > 0 em U ou então ti" 0 em U. Argumentos
semelhantes se aplicam a ti* e, portanto, (16) e (17) são válidos.
340 6. equações elípticas de segunda ordem

8. Por fim, suponha que u e ii sejam duas soluções fracas não triviais de
(10). Em vista das etapas 6 e 7 acima

ii d:r / 0 e,
U

portanto, existe uma constante real y tal que (21)

Mas como u - Qtr também é uma solução fraca de (10), as etapas 6, 7 e a igualdade
U
(21) implicam uiii em U. Portanto, o autovalor i é simples. O

6.5.2. Valores próprios de operadores elípticos não simétricos.

Consideraremos agora um operador uniformemente elíptico fi na forma de não


divergência:

Para simplificar, vamos supor que a" , h', c C U°° (°U), U é aberto, limitado,
conectado e dU é suave. Suponhamos também que n' = n ' (i, j -- 1, ... , n) e

(22) c>0 em U.

Observe, entretanto, que em geral o operador £ não será igual ao seu adjunto
formal. Portanto, não podemos invocar, como acima, a teoria abstrata de
§D.6. E, de fato, £ terá, em geral, valores próprios e funções próprias
complexas.

No entanto, é notável que o principal valor próprio de ñ seja real e que a


função própria correspondente seja de um sinal em U.

TEOREMA 3 (Valor próprio principal para operadores elípticos não


simétricos).
(i) Existe um reof eiqenrofue Hi para o operador L, considerado com
condições de limite zero. Além disso, se i/ A C C for qualquer outro valor
próprio, temos
Re(A) /i

(ii) Existe uma função própria correspondente <i que é positiva dentro de

(iii) A solução i ! simples; isto é, i/ tt é uma solução o/ (1), então


ti é um múltiplo de w .
6.5. EJGENYAL UES E EIGENFUNCTIONS 341

Prova*. 1. Escolha rn = [§J -I- 2 e considere o espaço de Banach X = H"(U) C


HO(U). De acordo com o Teorema 3 em §5.3.2, X C (U). Definimos o
2

operador linear e compacto A : X -' X definindo A f -- u, em que ti é o


solução única de

Lti = /em U
(23)
ti = 0em dU.

Em seguida, defina o
cone

De acordo com o princípio máximo, A : ' -- C!.


2. A partir de agora, fixe qualquer função em C U,em .Empregando o
princípio do máximo forte e o Lema de Hopf, deduzimos

(24) r > 0 em U, < 0 em dU


dv
para r = A(w).
Lembre-se de que w = 0 em dU. Portanto, em vista de (24), existe uma
constante
> 0, de modo que

(25) yr > in em U.

3. Fixe e > 0, p > 0 e considere a equação

(26)

para o desconhecido ti o U. Afirmamos que

(27) se (26) tiver uma solução ti, então p <


y.

Para verificar essa afirmação, suponha que, de fato, ti C U resolva (26). Calculamos

de acordo com (25).


Portanto
2
ti > pAu > ' 'Aw = v
6.5. EJGENYAL UES E EIGENFUNCTIONS 341

' Omitir na primeira leitura.


342 6. EQUAÇÕES ELÍPTICAS DE SEGUNDA
ORDEM

Continuando, deduzimos
k
"> cw (k -- 1, ... ),

uma contradição, a menos que p < y. Essa observação confirma a afirmação


(27).
4. Definir

S :-- {ti C U | existe 0p < 2y de modo que u = gA u -1- cw)].

Em seguida, afirmamos

(28) S, não é limitado em X.

Caso contrário, poderíamos aplicar o teorema do ponto fixo de Schaefer (a ser


provado mais tarde, como Teorema 4 em §9.2.2), para deduzir que a equação

tem uma solução, em contradição com (27).


5. Devido a (28), existem

(29) 0< ,<2

e r, C W, com ||r, ||> 1, satisfazendo

Renormalize definindo

(31)

Usando (29)-(31) e a compactação do operador A, obtemos uma subsequência "t --


0 de modo que

Então, (31) implica

(32)

Como u, g A u, deduzimos no limite que ti = gAu. Em vista de


(32), p > 0. Consequentemente, podemos reescrever o que foi dito acima da
seguinte forma

+<i = Miniin U
<i = 0em dU,
6.5. VALORES E FUNÇÕES PRÓPRIAS 343

para Ji = v, = wi Assim, At é um autovalor real do operador £,


considerado com condições de limite zero, e <i > 0 é uma função própria
correspondente.
Em vista do princípio do máximo forte e do Lema de Hopf, temos

(33) w > 0 em U, 0 em dU.

Além disso, sabemos que <i é suave, devido à teoria da regularidade em §6.3.
6. Todas as expressões que ocorrem nas etapas 1 a 5 acima são reais.
Suponha agora que A € C e u seja uma solução de valor complexo de
Em - Att em U
(34) u= 0em dU.

Agora escolha qualquer função suave em : U -- IR, com in > 0 em U, e defina r


:= y. Calculamos

2z = L(Btu) por (34)


(35)

i,j=1

Redaçã
o

para b{ := h' -_1 a'w ( 1i < n), deduzimos de (35) que

(36) Kv -F -A r=0 em U.

Tome conjugados complexos:

(37) Kv -I- - v -- 0em U.

Em seguida, calculamos

i,j-- 1

desde

Z -"'-!"' --Z °"(Re(§;) Re({j) -F Im({;) Im(§j)) > 0


i,j=1 i,j--1
344 6. EQUAÇÃO ELLÍPTICA DE SEGUNDA
ORDEM!S

para ( C C'. Combinando (36)-(38), descobrimos

A(|r |2 ) < 2 Re A - |r |2 .

Agora escolha
(39)
para 0 < e < 1. Então

1 i,j=1

Consequente
mente
R(|r |2 ) < 2(Re A (1 - ") i) !- 12 em U.
Assim, se Re(A) < (1 - e)Ai, então K( v2 ) < 0 em U. Como r = 0 em dU, de
acordo com (33) e (39), deduzimos do princípio do máximo que c = = 0 em U.
Assim, u = 0 em U e, portanto, A não pode ser um autovalor. Essa conclusão é
obtida para cada e > 0 e, portanto, Re A /i se A for qualquer a u t o v a l o r
complexo.
7. Por fim, seja u qualquer solução (possivelmente com valor complexo) de
+" - nin U
(40)
u= 0em dU.
Como Re(u) e Im(u) também r e s o l v e m (40), podemos supor desde o início
que ti tem valor real. Substituindo u por -u, se necessário, também podemos
supor que u > 0 em algum ponto de U. Agora, defina
(41) y := sup{y > 0 | <i -ti > 0 em U].
Então, 0 < y < m. Escreva r = <i - yu; de modo que r > 0 em U e

Agora, se r não for identicamente zero, o princípio do máximo forte e o Lema


de Hopf implicam que
dv
r > 0 em U, em dU.

Assim
r - en0em (/ para algum e > 0, i - (xe
e
)u > em U,
assim

o que contradiz (41). Portanto, r 0 em U e, portanto, ti é um múltiplo de i


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6.6. 345
PROBLEMAS

6.6. O PROBLEMA É
Nos exercícios a seguir, assumimos que os coeficientes dos vários PDEs são
suaves e satisfazem a condição de elipticidade uniforme. Além disso, U R " é
sempre um conjunto aberto e delimitado, com limites suaves.
1. Deixe
¿ __
i,j--1

Prove que existe uma constante > 0 de modo que a forma bilinear
correspondente B , ] satisfaça as hipóteses do Teorema de Lax-Milgram,
desde que

2. Uma função u C H0 (U) é uma solução fraca desse p ro b l e m a d e valor-


limite para a equação hipermônica
A2 u = f em U
(*) u= du - 0em dU

fornecido
AuAv d:r --fv d:r
U U

para todo r C H0 (U). Dado / C L2 (U), prove que existe uma única solução
fraca de (s).
3. Suponha que U seja conectado. Uma função ti C H1 (U) é uma solução fraca
de
Problema de Neumann

-An = f em U
(*) = emdU

se
D u - Dv d:r --fv d:r
U U

para todos osr H' (U). Suponha que / C L2 U). Prove que (s) tem uma
solução fraca se e somente se
f d:r -- 0.
U

4. Seja u C H' (Ifi') com suporte compacto e uma solução fraca do PDE
semilinear
-An + c(u) = /em R',
346

onde / e ñ2 ( ") e c : R -+ R é suave, com c(0) = 0 e c' > 0.


Prove u e H2 (R').
(Dica: imite a prova do Teorema 1 em §6.3.1, mas sem o ponto de corte
função (.)

5. Seja u uma solução suave de In - - 1o "u<; < = 0 em U. Defina


r := |Du|2 + Au2 . Mostre que

£c < 0 em U, se A for grande o suficiente.

Deduzir

6. Suponha que u seja uma solução suave de In - , J_1 a uz = / em


U, u = 0 em fiV, onde / é limitado. Fixe z0 C dU. Um hover em z0 é
uma função 02 w tal que

£w > 1 em U, in(z0 ) = 0, w 0 em fiU.

Mostre que, se w for uma barreira em z0, existe uma constante C' tal que

l+*°(* )l s * p"(*o)

7. Suponha que U seja conectado. Use (a) métodos de energia e (b) o


princípio do máximo para mostrar que as únicas soluções suaves do
problema de valor-limite de Neumann

-An = 0em U
du = 0 em dU

são u constante.
8. Suponha que u C N1 (V) seja uma solução fraca limitada de

S e j a Q : R -' R convexo e suave, e defina w - Q(ti). Mostre que in é uma


subsolução fraca; isto é,

B w, v) < 0

para todo r e H0 (U), r > 0.


6. 7. REFERÊNCIAS 347

9. (Princípio do mínimo constante). Seja fi = - , $_1 (o'ug,)g, , onde


((n'°)) é simétrico. Suponha que o operador L, com condições de
limite zero, tenha valores próprios 0 < i < . Mostre

*k = máximo min B u, u) (k -- 1, 2, ... ).


||u || g2 -1

Aqui Z t- denota o conjunto de subespaços (k - 1)-dimensionais de


SEDE (U).
10. S e j a i o autovalor principal do operador métrico uniformemente elíptico
e não-simétrico

tomadas com condições de limite zero. Prove a fórmula de


representação "max-min":

o "sup" tomado sobre as funções ti C com u > 0 em U, u = 0


em dU, e o "inf" tomado sobre os pontos z C U. (Dica: considere a
função própria ml correspondente a Al para o operador adjunto £*).

6.7. REFERÊNCIAS
Seção 6.1 Consulte Gilbarg-Trudinger G-T, Capítulos 5, 8].
Seção 6.3 Consulte Gilbarg-Trudinger G-T], Krylov KR] e Lady- zhenskaya-
Uraltseva [L-U] para saber mais sobre a teoria da
regularidade para PDE elíptico.
Seção 6.4 Gilbarg-Trudinger |G-T, Capítulo 3]. Protter and Wein-
berger P-W] é uma boa referência para outros métodos de
princípio máximo.
Seção 6.5 Consulte Smoller |S, pp. 122-125]. A última parte da prova do
Teorema 3 foi modificada de Protter-Weinberger P-W,
§2.8]. O. Hald simplificou minha prova do Teorema 2.
Capítulo 7

EQUAÇÕES DE
EVOLUÇÃO LINEAR

7.1 Equações parabólicas de segunda ordem


7.2 Equações hiperbólicas de segunda ordem
7.3 Sistemas hiperbólicos de equações de primeira ordem
7.4 Teoria dos semigrupos
7.5 Problemas
7.6 Referências

Este longo capítulo estuda várias equações diferenciais parciais lineares


que envolvem tempo. Geralmente chamamos essas equações de evolução de
EDPs, pois a ideia é que a solução evolui no tempo a partir de uma
determinada configuração inicial. Estudaremos, por meio de métodos de
energia, equações parabólicas e hiperbólicas gerais de segunda ordem e
também alguns sistemas hiperbólicos de primeira ordem. A transformada de
Fourier, utilizada no item §7.3.3, e a técnica de semigrupo, discutida no item
§7.4, fornecem abordagens alternativas.

7.1. EQUAÇÕES PARABÓLICAS DE SEGUNDA ORDEM


As EDPs parabólicas de segunda ordem são generalizações naturais da
equação de calor (§2.3). Nesta seção, estudaremos a existência e a
singularidade de soluções fracas adequadamente definidas, sua suavidade e
outras propriedades.

349
350 7. EQUAÇÕES DE EVOLUÇÃO
LINEAR

7.1.1. Definições.

a. Equações parabólicas.

Para este capítulo, assumimos que U é um subconjunto aberto e limitado de


R' e, como antes, definimos Up -- U x (0, T] para algum tempo fixo T > 0.
Primeiro, estudaremos o problema de valor inicial/limite

tit + Lu = f in Up
(1) u= 0em dU x |0, T]
u=g em U x {I -- 0},

onde / : Up -- e g : U IR são dados, e u : °Up - IR é a incógnita, u = u(z, /). A letra


£ denota, para cada tempo t, um operador diferencial parcial de segunda ordem,
com a forma de divergência

(2)

ou então a forma de não

divergência (3)

para determinados coesicientes n", h', c (i, j -- 1, ... , n).

DEFINIÇÃO. Dizemos que o fator diferencial parcial -I- L é (uni-


formalmente) parabólico se existir uma constante 8 > 0 tal que

(4)

Observação. Observe, em particular, que para cada tempo fixo 0 < / < T o
operador fi é um operador uniformemente elíptico na variável espacial z. O

Um exemplo óbvio é a" 6;j, ti' - c / 0 ; nesse caso, £ = -A e o PDE du +


Qtr se torna a equação de calor. De fato, veremos que as soluções do PDE
parabólico geral de segunda ordem são semelhantes, em muitos aspectos, às
soluções da equação de calor.
As equações parabólicas gerais de segunda ordem descrevem, em
aplicações físicas, a evolução temporal da densidade de alguma quantidade u,
por exemplo, um produto químico
7.1. EQUAÇÕES PARABÓLICAS DE SEGUNDA 351
ORDEM

concentração, dentro da região U. Conforme observado para a configuração


de equilíbrio (ou seja, PDE elíptica de segunda ordem, em §6.1.1), o termo
de segunda ordem "$ a "uz,
descreve a difusão, o termo de primeira ordem Z' 'ug, descreve o
transporte, e o termo de ordem zero cu descreve a criação ou o esgotamento.
As equações de Fokker-Planck e Kolmogorov do estudo probabilístico
dos processos de difusão também são equações parabólicas de segunda
ordem.

b. Soluções fracas.

Imitando os desenvolvimentos em §6.1.2 para equações elípticas,


consideramos primeiro o caso em que £ tem a forma de divergência (2) e
tentamos encontrar uma noção adequada de solução fraca para o problema de
valor inicial/limite (1). Por enquanto, assumimos que

(b) a'', b', c e r"(U,) (', J -- 1, . , "),


(6)
(y)

Também sempre suporemos a" -- a" ( i, j -- 1, ... , n).

V a m o s agora definir, por analogia com a notação introduzida no


Capítulo 6, a forma bilinear dependente do tempo

U i,)--1 i=l

para ti, r C H0 (U) e a.e. 0 < / < T.

Motivação para a definição de solução fraca. Para tornar plausível a seguinte


definição de solução fraca, vamos primeiro supor temporariamente que u =
u(z, /) é de fato uma solução suave do nosso problema parabólico (1). Agora
mudamos nosso ponto de vista, associando a u um mapeamento

u : 0, T -+ Ho EU)

definido
por Iu(')l(-):=-(-,')(*eU,ozi *).
Em outras palavras, vamos considerar u não como uma função de z e t juntos,
mas sim como um mapeamento u de / para o espaço HO(U) de funções de z. Esse
ponto de vista esclarecerá bastante a apresentação a seguir.
Voltando ao problema (1), vamos definir de forma semelhante
352 7. EQUAÇÕES DE EVOLUÇÃO
LINEAR

por

Então, se fixarmos uma função r C H0 (U), poderemos multiplicar o PDE


por r e integrar por partes, para encontrar
, d
(9) (u', r) + B u, v; I) = (f, r)
dt

para cada 0 < t < T, o emparelhamento ( , ) denotando o produto interno em L2


(U).
Em seguida, observe que

(10)
3--1

para gO := f - _1 h'ug, - cu e g' -'- Z:-i - "-z ( -- 1, ... , n). Consequentemente, (10)
e as definições de §5.9.1 implicam o lado direito de
(10) está no espaço de Sobolev H*l (tr), com

Essa estimativa sugere que pode ser razoável procurar uma solução fraca com u'
C H°1 (tr) para o tempo a .e. 0 < / < T; nesse caso, o primeiro termo em (9) pode
ser reexpresso como (u', r), ( , ) sendo o emparelhamento de H° ( U) e H0(tr). O

Todas essas considerações motivam o seguinte

DEFINIÇÃO. Dizemos que uma função

u C L2 (0, T; H0 (U)), com u' C £2 (0, T; H°l (U)),

é uma solução fraca do problema parabólico de valor inicial/limite (1), desde


que
(i) (u', r) -I- B u, v; I = (f, r)

para cada v C H0 (U) e a .e. tempo 0 < / < T, e


(ii) u(0) = q.

Observação. Em vista do Teorema 3 em §5.9.2, vemos que u C '( 0, T]; £2


(tr)) e, portanto, a igualdade (ii) faz sentido. O
7.1. EQUAÇÕES PARABÓLICAS DE SEGUNDA 353
ORDEM

7.1.2. Existência de soluções fracas.

a. Aproximações de Galerkin.

Pretendemos criar uma solução fraca para o problema

"t + -- f em Up
parabólico (II) ti = 0 em dU x [0, I']
u=q em U x {t = 0}

primeiro construindo soluções de certas aproximações de dimensão finita


para (11) e depois passando para os limites. Isso é chamado de método de
Glalerkin.

Mais precisamente, suponha que as funções wt --k (+) (k -- 1, ... ) sejam


suaves,

(12) é uma base ortogonal de H0 (U),

(13) é uma base ortonormal de L2 (tr).

(Por exemplo, poderíamos considerar (m£}p 1 c o m o o conjunto completo de


funções próprias adequadamente normalizadas para L = -A em H0(U): veja
§6.5.1).

Fixe agora um número inteiro positivo rn. Procuraremos uma função u", : |0,
T] --
H0 (U) da forma

(14) u",(I) ' Z d (')-k-


k--1

onde esperamos selecionar os coespecíficos d (I) (0 < t < T, k - 1, ... , rn) de


modo que

(15) d ( 0) = (D' k) (k -- 1, ... , m)

(16) (u , k) -|- B up, k !! - (f, k) (0 < I < J, k -- 1, ... , m).

(Aqui, como antes, ( , ) denota o produto interno em £2 (tr)).

Assim, buscamos uma função up da forma (14) que satisfaça a


"projeção" (16) do problema (11) no subespaço de dimensão finita abrangido
por
354 7. EQUAÇÕES DE EVOLUÇÃO
LINEAR
'k k--1'
354 7. EQUAÇÕES DE EVOLUÇÃO DE
LJNEAft

TEOREMA 1 (Construção de soluções aproximadas). Para cada número


inteiro m -- 1, 2, ... existe uma única função up da forma (14) que satisfaz (15),
(16).

Prova. Supondo que up tenha a estrutura (14), primeiro observamos em (13)


que

(I7) (u ( I), wk) - dfi'(I).

Além disso
m
ek
(18) Azul, tinta,'I Z '(t)d (I),
/-i
para e"(I) := B(w , wt; I) (k, I -- 1, ... , rn). Vamos escrever ainda f'(I) = (f(/), wt)
(k -- 1, ... , m). Então, (16) se torna o sistema linear de ODE

(19) d (I) -I- ek '(I) d",(I) - fk (I) k - 1, ... , m),

sujeito às condições iniciais (15). De acordo com a teoria de existência


padrão para equações diferenciais ordinárias, existe uma única função
absolutamente contínua dp(/) = (d ( /), ... , @(/)) que satisfaz (15) e (19) para
a .e. 0 < / < T. E então up definida por (14) resolve (16) para a .e. 0 < t < T.

b. Estimativas de energia.

Propomos agora enviar rn ao infinito e mostrar que uma subsequência de


nossas soluções para o s problemas aproximados (15), (16) converge para uma
solução fraca de (11). Para isso, precisaremos de algumas estimativas uniformes.

TEOREMA 2 (Estimativas de energia). Existe uma constante C!, que depende


apenas de U,T e dos coeficientes de L, de modo que

0
(20) '*'*

para m 1 , 2, ...

Prova. 1. Multiplique a equação (16) por d (I), some para k -- 1, ... , rn e, em


seguida, relembre (14) para encontrar

(21) (u\,u )-PB|u ,u ;t=(f,u )


7.1. EQUAÇÕES PARABÓLICAS DE SEGUNDA 355
ORDEM

para a .e. 0 < / < T. Provamos em §6.2.2 que existem constantes Q > 0,
> 0, de modo que

(22)

para todos os 0 / < T, rn = 1, .... Além disso, |(f, up) | < 1||up2
a(
2 (y ) e (u , up) (2 ||up ||J2(pJ) para a.e. 0 < / < T. Consequentemente,
(21) produz a desigualdade
d 2
(23) ||u", || /,tat/)) -I- 2Q||u", ||// ( U) W1||u", || ¿22 (/) -!- 2 ||f || 2/ 2(t/)
dt
para a.e. 0 < / T, e as constantes apropriadas Hi e
2. Agora escreva
2
(24) 7/(I) :- || u",( ) ,2tt/)

(25)

Então (23) implica


v (*) <iv(*) + <2f(*)
para a.e. 0 < / < T. Assim, a forma diferencial da desigualdade de Gronwall
(§B.2) produz a estimativa

(26) //(I) < e"'' //(0) -I- +z § s) ds (0 < I < Z').


0

Como p(0) = ||up(0) |!2 q (y p 2 2 E U ) por (15), obtemos de (24)-(26) a


estimativa

máxi || u",(I) ||22(t/) | ||22 (U) -I- || f|| 22(0" 2(t/)))


mo
0<t<I

3. Voltando mais uma vez à desigualdade (23), integramos de 0 a 7' e


usamos a desigualdade acima para encontrar

(0,T; ftp (U)) ||up11H-(U) dt


0
< C j#|22(U) |fj22(0 L2(U )

4. Fixe qualquer r C HO(U), com v Hi U) < 1, e escreva r = rl + r2 , onde


r1 C span(m£}£ l e (v2 , wk) = 0 (k -- 1, ... , rn). Como as funções
356 7. EQUAÇÕES DE EVOLUÇÃO LINEAR

k!k-o são ortogonais em HQ(U). II-l IIH [U) -< 11-11fi,({y) -< 1. Utilizando
(16), deduzimos para a.e. 0 < t < T que

r1
(u , r1 ) -I- B up, ; tJ = (f, r1).

Então (14) implica

(u ,c) = (u ,c)= (u\,c1)-(f,r1)-Btu ,c1;t.

Consequentemente

pois vl H U) < 1. Portanto

|| u || H-i(U) < C(||f|| 2z({y) -I- || u", || ffJ(U) ,

e, portanto

' f || 2 2(U) "


2
|up11H-!(U) d' < (t/) dt
0 o

c. Existência e exclusividade.

Em seguida, passamos para os limites como m -' en, para criar uma solução
fraca do nosso problema de valor inicial/limite (11).

TEOREMA 3 (Existência de uma solução fraca). Existe uma solução fraca


o/ (11).

Prova. 1. De acordo com as estimativas de energia (20), vemos que o se-


quência {u",} _1 é limitada em £2 (0, 7'; H0 (t/)) e em é limitado
fi2 1
(0, T; H* (U)).
Consequentemente, existe uma subsequência {up,}1 O {u",} 1 e uma
função u 6 L2(0, 7'; H0 (U)), com u' 6 L2(0, T; H*1(U)), de modo que

para cima, ufracamente em L2 (0, Z'; H0 (t/))


(27)
u u' fracamente em L2(0, Z'; H° 1(U)).

(Consulte §D.4 e o Problema 4.)


7.1. EQUAÇÕES PARABÓLICAS DE SEGUNDA 357
ORDEM

2. Em seguida, fixe um número inteiro N e escolha uma função v 6 C'( 0, T ; H0


(U))
com o formato
N
dk
(28) v(/) - (t) k '
k--1

em que (dh }J_1 são funções suaves dadas. Escolhemos m > N, multiplicamos
(16) por dk(I), soma k -- 1, ... , N e, em seguida, integre com relação a t para encontrar

(29) (u , v) -I- B up, v ,- t] dt - (f, v) dt.


0 0

Definimos m = m¡ e relembramos (27), para descobrir, ao passar para limites


fracos, que

(30) (u', v) -I- B u, v, t] dt -- (f, v) dt.


0 0

Essa igualdade é válida para todas as funções v 6 L2 (0, T; H0 (U)), pois as


funções da forma (28) são densas nesse espaço. Portanto, em particular

(31)

para cada r o H0 (U) e a.e. 0 < t < T. Do Teorema 3 em §5.9.2, vemos que,
além disso, u 6 N( 0, T]; fi2(U)).
3. Para provar que u(0) = p, primeiro observamos em (30) que

(32) -(v', u) -I- B[u, v; I] dt -- (f, v) dl (u(0), v(0))


0 0

para cada v 6 C'( 0, T ; H0 (U)) com v(T) = 0. Da mesma forma, a partir de (29),
temos
deduzir

(33) -(v', u",) -I- B(u"" v; t\ dt -- (f, v) dt -I- (u",(0), v(0)).


0 0

Definimos m = m¡ e, mais uma vez, usamos (27) para encontrar

(34) -(v', u) + B u, v; I dt -- (f, v) dt (p, v(0)),


0 0

já que u"" (0) -- p em L2 (U). Como v(0) é arbitrário, comparando (32) e (34),
concluímos que u(0) = p. D
358 7. EQUAÇÕES LINEARES DE
SOLUÇÃO E

TEOREMA 4 (Unicidade de soluções fracas). Uma solução fraca o/ (11) é


única.

Prova. Basta verificar que a única solução fraca de (11) com f p 0


é

(35) u 0.

Para provar isso, observe que, ao definir v = u na identidade (31) (para f


0),
aprendemos, usando o Teorema 3 em §5.9.2, que
d 1
(36) ||u||2p ({y) -I- Btu, u; t] - (u', u) -I- Btu, u; t] = 0.
dt 2

Desd
e B u, u; I] > fi|| u|| pU) -||u|| 2p {y) -y||u ||2p ( /),
A desigualdade de Gronwall e (36) implicam em (35).

7.1.3. Regularidade.

Nesta seção, discutimos a regularidade de nossas soluções fracas u para o


problema de valor inicial/limite para equações parabólicas de segunda
ordem. Nosso objetivo final é provar que u é suave, desde que os
coeficientes do PDE, o limite do domínio etc. sejam suaves. A apresentação
a seguir espelha a do item §6.3.

Motivação: derivação formal das estimativas. (i) Para ter uma ideia de
quais afirmações de regularidade poderiam ser válidas, vamos supor
temporariamente que u = u(z, I) seja uma solução suave desse problema de
valor inicial para a equação de calor:

t- "= Jin R' x (0, T]


(37) u- pon R' x {t = 0},

e suponha também que u chegue a zero à medida que |z| -' en com rapidez
suficiente para justificar os cálculos a seguir. Em seguida, calculamos para 0 t <
T:

(38) 2 - 2Au"/ -'- (Au)2 dz


7.1. EQUAÇÕES PARABÓLICAS DE SEGUNDA 359
ORDEM

Agora 2Du - Dec (| Du 2) e, consequentemente

2Du- Dub dads -- |Du| 2


0 M

Além disso, conforme demonstrado em §6.3,

(Au)2 dz -- |62 u|2 dz.

Utilizamos as duas igualdades acima em (38) e integramos no tempo para obter

sup |Du| 2 d:c 2 -t- |D u|22 d:rdt


0 |B"
(39) 0<"' "
<Q /2 |Dp|2
d:rdt -t- d:r
0 lB"

Portanto, vemos que podemos estimar as normas L2 de ut e D2u em R" x (0, Z'),
em termos da norma £2 de / em R" x (0, T) e da norma L2 de Dg em R'.
(ii) Em seguida, diferencie o PDE com relação a I e defina fi := -t Em
seguida

ajuste - Au = /em R" x (0, T]


(40)
fi = g em R" x {I = 0},

para / := /t é -- -t( , 0) = /( , 0) -I- Ap. Multiplicando por fi, integrando por


partes e invocando a desigualdade de Gronwall, d e d u z i m o s :

sup |ut |2 d:c -1- |Dut |2 d:eds


0<t<T ]" 0 R'
(41)
/2 dzdt |62g|2 /( , 0)2 dz .
0 |B"

Mas

de acordo com o Teorema 2,(iii) de §5.9.2. Além disso, escrevendo -An = / - ut,
descobrimos, como em §6.3, que

|D2u|2 /2
(43) d:r < C + uJ d:r.
360 7. EQUAÇÕES DE EVOLUÇÃO LINEAR

A combinação de (41)-(43) nos leva à estimativa

sup !-t 12 -I- | D2u|2 d:r + |D-t!2 d:rdt


0<t< ' Q 0 R"
(44)
J2
J2 d:sdt + |D2p|2 d:s ,
0 R*
para alguma constante U.

Os cálculos formais anteriores sugerem que temos estimativas que


correspondem a (39) e (44) para nossa solução fraca de um PDE parabólico geral
de segunda ordem. No entanto, esses cálculos não constituem uma prova, pois
nossa solução fraca de (11) , construída em §7.1.2, não é suficientemente suave
para justificar os cálculos anteriores.
Em vez disso, calcularemos usando as aproximações de Galerkin. Para
simplificar a apresentação, daqui em diante assumiremos que wk jk-l é a coleção
completa de funções próprias de -A em H0 (U) e que U é delimitado e aberto,
com dU suave. Além disso, supomos que
os coeficientes n'°, ò', c (i, j -- 1, ... , n) são suaves em
(45)
U e não dependem de t.

TEOREMA 5 (Regularidade aprimorada).


(i) Assumir
p e H0 (U), f e L2(0, T; L2(U)).
Suponha também que u C L2(0, T; H0 (t/)), com u' C L2(0, T; H°1(U)), seja a
solução fraca de

u- 0em dU x 0,
u= pon U x {t = 0}.
Então, de fato

e temos a nota de rodapé

ess sup || u(t) ||F3 íU) -*- u|!L2( , ;ff2[U)) || u' ||yz( , ; 2(U))
(46)

a constante C depende apenas de U, T e dos coeficientes de L.


7.1. EQUAÇÃO PARABÓLICA DE SEGUNDA ORDEM 361

(ii) IJ, além disso,

então

estimativa de cauda/t lhe

(0,T;/-th (U))

(47)

Observação. As afirmações (i) e (ii) do Teorema 5 são versões precisas das


estimativas formais (39) e (44) (para a equação de calor em U = R').

Prova. 1. Fixando m > 1, multiplicamos a equação (16) em §7.1.2 por d p'(I) e


somamos k -- 1, ... , m, para descobrir

(u , u ) -I- B up, u ] = (f, u )

para a .e. 0 < I < T. Agora

U i,j --1

Z 6'up,p, u+ cupu d:c


U i=1
--: A -F B.

Como a" -- n ' (i, j -- 1, ... , n) e esses coeficientes não dependem de I,


d (2-A u"" u",]) , para a forma bilinear simétrica
vemos
que A

Além disso,

|B| <

para cada e > 0.


362 7. A EQUAÇÃO DE EVOLUÇÃO
LINEAR É

2. Combinando as desigualdades acima, deduzimos

2
2(t/)

1
Escolhendo 4e integrando, encontramos
C

2
U)dt + sup A up(t), up(t)]
0<t<I
0
<A [up(0), up(0)] -t- ||up ll2H!(U) + ||f ||2L2 dt

de acordo com o Teorema 2 em §7.1.2, onde estimamos u", (0) H U) < g


2d
g U ). Como A(u, u] > 8 fU Du :r para cada u C H (U), descobrimos que

2 + || f | 2¿z
(48) sup || up(t) 2 (U) (t/) 2
(0,J;G (//))
0<t<I

Passando para os limites como m = mt -- en, deduzimos u C L ( 0, T; H0 (U)),


u' e L2 (0, T; L2 (U)), com os limites indicados; cf. Problema 5.
3. Em particular, para a .e. I, temos a identidade

para cada r C H0 (U). Essa igualdade é reescrita como

para h := f - u'. Como h(t) o L2 (U) para a.e. 0 < t < T, deduzimos do Teorema
4 de regularidade elíptica em §6.3.2 que u(t) o H2 (U) para a.e. 0 < t < T, com
a estimativa

(49) *(!!+!!12(U)+ ||u ||22(/) + ||u||22({/)).


Integrando e utilizando as estimativas da etapa 2, concluímos a prova
de (i).
4. O objetivo a seguir é estabelecer uma maior regularidade para nossa
solução fraca. Portanto, suponha agora que p C H2(U) H0 (U), f e
Al (0,
L2
T; (U)). Fixe m > 1 e
7.1. EQUAÇÕES PARABÓLICAS DE SEGUNDA 363
ORDEM

diferencie a equação (16) em §7.1.2 com relação a t. Devido a (45), encontramos

(50)

onde tip := u . Multiplique (50) por d ( I) e some k -- 1, ... , m:

Empregando a desigualdade de Gronwall, deduzimos

2
sup |u
p(') ll2L2(U) " U) dt
0<t<T 0
o
(51)
(||u", (0) ||2 ) -I- || f' || (0 T;L* U)))
2

(U

Empregamos (16) na última desigualdade.


5. Precisamos estimar o último termo em (51). Lembre-se de que temos
tomamos {m£ }£ 1 para ser o conjunto completo de funções próprias (suaves)
para
-D em H0 (U). Em particular, Aug - 0 em dU. Assim
||2 A2u
|| um(0) ||2//2(U) _< || Aum(0) (//) -- C(um(0), ",(0)).

Como A2 up(0) C span{m£ IN--iand (up(0), w£ ) = (g, wk) for k -- 1, ... , m,


temos

|| um(0) ||/2/2 ({/) _< C(g, A2 u",(0)) - (Ag, Au", (0))


2 2
/-f2 (U) H2 [U)

Portanto, || u", (0) || H U ) < b Hz U). Portanto, (51) implica

sup u\ t)|2 (U)" 2


U) dt
(52) o<t<z o

6.Agora
B)u", , sk! - (f - u , mt) (k -- 1, ... , m).
Deixe Ok denotar o valor próprio k" de -A em M0 (U). Multiplicando a identidade
acima por I pd (I) e somando k -- 1, ... , m, deduzimos, para 0 < I < T, que

(53)
364 7. EQUATÔNIOS DE OLUTÃO LfNEAR

Como Aug = 0 em dU, vemos que B up, -Au,n] = (Lux, -Aug). Em seguida,
i n v o c a m o s a desigualdade

para constantes ß > 0,> 0. Veja o Problema 8 e também a Observação


após a prova.
Concluímos, então, a partir de (53) que

Essa desigualdade, (52), (48) e o Teorema 3 em §5.9.2 implicam

(||u ( ) 2,2(/) + ||um(/)


11//2(U))
2
o(U)
dt
,::p ",
2
< U(||f|| /-f2 (U)

Passando para limites como m = ml -' em diante, deduzimos o mesmo limite


para u.
7. Resta mostrar que u" C L2 (0, Z'; N*l (V)). Para isso, tome r C H0 (U),
com v Hi pU) q< 1, e escreva r = r1 + r2 , como na prova do Teorema 2 em
§7.1.2. Então, para o tempo a .e. 0 < t < T:

(u ,r)=(u ,c)-(u\,r')=(f,c1)-Bau ,c1;t/

de acordo com (50), já que u = iii. Consequentemente

já que v U) < 1. Portanto

e, portanto, u é limitado em L2 (0, T; H°l (U)). Passando para os limites,


deduzimos
que u" C L2 (0, Z'; H ' (t/)), com a estimativa indicada. O

Observação. Se L fosse simétrico, poderíamos, alternativamente, ter tomado


(mk }k__________________________________________________________________________________1
para ser uma base de funções próprias de fi em H0 (V), evitando assim a
necessidade de
desigualdade (54). O
7.1. EQUAÇÕES PARABÓLICAS DE SEGUNDA 365
ORDEM

Vamos agora nos basear na afirmação de regularidade anterior:


366 7. EQUATÔNIOS DE OLUTÃO LfNEAR

TEOREMA 6 (Maior regularidade). Suponha que


dkf
p e H2 " (U), a 2 (o, ; u2 t7'- 2k(V)) (k -- 0, ... , m).
dtk
Suponha também que as condições de compatibilidade de ordem m "de
Joffotririp sejam válidas:

Entã
o d u£ 2 2 -ï-2-2k( )

dtk
1 (0, ;/ ) k -- 0, ... , m -I- I);
e temos o estirnte
m+l
d uh
z
k--0

dt( L2(0 f2p 2 ))+


k--0

a constante N depende apenas de m, U, T e dos coeQicientes de L.


Observação. Levando em conta o Teorema 4 em §5.9.2, vemos que
f(0) e H2'* (U), f'(0) C H2'°3 (U), . , f "*1 '(0) C H (U),
e, consequentemente
po H2 '" (U), Si o H2 l
(U) . , Qp C Hl (U).
As condições de compatibilidade são, consequentemente, as exigências de
que, além disso, cada uma dessas funções seja igual a 0 em dU, no sentido de
traço. D

Prova. 1. A prova é uma indução em m, sendo que o caso m = 0 é o Theo- rem


5,(i) acima.
2. Suponha agora que o teorema seja válido para algum número inteiro
não negativo m, e suponha então que
dkf 2
(56) g E //2m-'- 3(t/),
dtk '
a (o, ; u2W-t-2-2k( ) ) (k -- 0, ... , m + I),

e as condições de compatibilidade de ordem (m + 1) "são válidas. Agora,


defina ù := u'. Diferenciando a PDE em relação a t, verificamos que ù é a
única solução fraca de
ut -I- Lu = J em Uf
(5T) fi = 0em dU x |0, T]
u= gon U x {t -- 0},
366 7. EQUAÇÕES DE E VOLUÇÃO
LINEAR

para / := /t, : = /( , 0) - Lp. Em particular, para m = 0, usamos o Teorema


5,(ii) para ter certeza de que ù C L2(0, T; H0 (t/)), ù ' e L2 (0, T; H°1(U)).
Como / e p satisfazem as condições de compatibilidade de ordem (m 1)t ',
segue-se que / e g satisfazem a condição de compatibilidade de ordem m".
Assim, aplicando a suposição de indução, deduzimos

dk5 2 2m+2-2k( )
dtk ' ù (0, 7'; // ) (k -- 0, ... , m -I- I)

dku
dt* L2'0 p;ff2''i+2-2k(U))
k--0
m d'
" Z dtk
£--0

para °f := f'. Como ù = u', podemos reescrever o que foi dito acima:
dku
; / 2 -ï-4-2k( )
12
dtk (0, ) (k-- 1, ... ,m 2),

m+2
d
(58) u£
k--1
,+i
-
k--1
rn-j-1
dkf
" Z dtk '
2 0 . 2m+2-2k(U)) "
k--0

Aqui usamos a estimativa

o que decorre do Teorema 4 em §5.9.2.


3. Agora escreva para a .e. 0 < t < T: Lu = f - u' =: h. De acordo
com o Teorema 5 em §6.3.2, temos

|| u|| ff2 +4({y) N( ||h|| ff2rn+2(o) + || u|| y2(U))


< U( ||f ||ffzz (t/) -1- u ' Hzz +i pU) -1- u yo U) ).
7.1. EQUAÇÕES PARABÓLICAS DE SEGUNDA 367
ORDEM

Integrando com relação a t de 0 a T e adicionando a expressão resultante a


(58), deduzimos

rn-j-2
d uh
k--0
(60)
rn-j-1 dk
-- Z dtk
k-0

Desde

obtemos assim a afirmação do teorema para m + 1.

TEOREMA 7 (Diferenciabilidade infinita). Suponha que

e as condições de compatibilidade de ordem m "são válidas para m -- 0, 1,


...................................................................................................................Então a
O problema parabólico de valor inicial/limite (I I) tem uma solução única

Prova. Aplique o Teorema 6 para m = 0, 1, ...

Como fizemos com os operadores elípticos no Capítulo 6, conseguimos


aplicar repetidamente estimativas de "energia" bastante simples para produzir
uma solução suave do nosso problema parabólico de valor inicial/limite (1).
Essa afirmação exige que as condições de compatibilidade (53) sejam válidas
para todos os m, e é fácil ver que essas condições são necessárias para a
existência de uma solução suave em todo o U .

Observação. Estimativas internas, análogas às desenvolvidas para EDPs


elípticas no item §6.3.1, também podem ser obtidas, e essas, em particular,
não exigem as condições de compatibilidade.

7.1.4. Princípios máximos.

Esta seção desenvolve o princípio máximo e a desigualdade de Harnack


para operadores parabólicos de segunda ordem.
368 7. EQUAÇÕES DE EVOLUÇÃO LINEAR

a. Princípio do máximo fraco.


De agora em diante, assumiremos que o operador L tem a forma não
divergente

(61)
t,j --1 i=1

onde os coeficientes o'°, ò', c são contínuos. Sempre suporemos a condição de


parabolicidade uniforme de §7.1.1, e também que n' = a" ( i, j -- 1, ... , n).
Lembre-se também de que o limite parabólico de Up é Fy = U - U .

TEOREMA 8 (P
máximo fraco ).
d
o
cíp
rin
e

(62) c-0 em U .

(i) U

(63)

então

(ii) Da mesma

forma, i/ (64)

então
min u = min u.

Observação. Uma função u que satisfaz a desigualdade (63) é chamada de


subsolução e, portanto, estamos afirmando que uma subsolução atinge seu
máximo no limite parabólico Fr. Da mesma forma, u é uma supersolução
desde que (64) seja válida, caso em que u atinge seu mínimo em Fy. Q

Prova. 1. Primeiro, vamos supor que temos a desigualdade estrita

(65) ut + Lu < 0 em Up,

mas existe um ponto (z0, ) e U Com U(+0, o) =Ü q *


2. Se 0 < No < T, então (+o. o) pertence ao interior de Up e,
consequentemente

(66)
7.1. EQUAÇÕES PARABÓLICAS DE SEGUNDA 369
ORDEM

já que u atinge seu máximo nesse ponto. Por outro lado, Lu > 0 em ( ,
), conforme explicado na prova do Teorema 1 em §6.4. Assim, ut + In >
0 em (+o. o), o que contradiz (65).
3. Agora suponha que = T. Então, como u atinge seu máximo sobre
Up em ( I ), vemos que

Como ainda temos a desigualdade Lu > 0 em (+o. o), mais uma vez
deduzimos a contradição
tit -}- III >at ( Z0, t0).

4. No caso geral em que (63) é válido, escreva u'(z, I) := u(z, t) - ct onde e >
0.
u, + Lu' = ut + Lu - e < 0em Up,
e, portanto, maxyq u' -- maxFp u . Deixe e -+ 0 para encontrar maxyp u = maxF p u.
Isso prova a afirmação (i).
5. Como -u é uma subsolução sempre que u é uma supersolução, a
afirmação (ii) é imediata.

Em seguida, permitimos termos de ordem zero.

TEOREMA 9 (Princípio do máximo fraco para c > 0). Suponha que u e


C2(Up)

C C(Up) e
c> 0em Para cima.

ut + Lu < 0 em Up,
entã
o

(ii) QI ut -F Lu > 0in Up,

entã min u - max u°.

Observação. Em particular, se "t + +u = 0 em Up, então


370 7. EQUAÇÕES DE EVOLUÇÃO LINEAR

Prova. 1. Suponha que u satisfaça

(6T) ut -1- Lu < 0em Up

e atinge um máximo positivo em um ponto (+o. o) e Up. Como u(+o, o) > 0 e


c > 0, derivamos, como acima, a contradição

ui + Lu > 0 em (*o, o).

2. Se, em vez de (67), tivermos apenas

Então, como antes, u'(z, I) := u(z, t) - ct satisfaz

u, + In' < 0 em U .

Além disso, se u atingir um máximo positivo em algum ponto de Up, então u'
também atingirá um máximo positivo em algum ponto pertencente a Up,
desde que e > 0 seja pequeno o suficiente. Mas então, como na prova
anterior, obtemos uma contradição.
3. A afirmação (ii) segue de forma semelhante.

Observação. Diferentemente da situação dos PDEs elípticos, várias versões do


princípio do máximo são obtidas para PDEs parabólicos, mesmo que o
coeficiente de ordem zero seja desprezível: veja o Problema 7.

b. Desigualdade de Harnack.

A desigualdade de Harnack afirma que, se u for uma solução não


negativa de nosso PDE parabólico, então o máximo de u em alguma região
interna em um momento positivo pode ser estimado pelo mínimo de u na
mesma região ct o Enter lime.

TEOREMA 10 (Desigualdade parabólica de Harnack). Suponha que u C C


2(U ) resolva

(68)

e
7.1. EQUAÇÕES PARABÓLICAS DE SEGUNDA 371
ORDEM

Suponha que V C Z U seja conectado. Então Jpara cada 0 < hi < 2 , existe

(69) inf

A constante C depende apenas de V hi, 2 e dos coeficientes de L.

Isso é verdade se os coeficientes forem contínuos, ou mesmo apenas limitados e


mensuráveis; veja Lieberman [LBj. No entanto, forneceremos uma prova apenas
para o caso especial em que ò ' = c =- 0 e o ' são suaves (i, j -- 1, ... , n). Os cálculos a
seguir são elementares, mas bastante complicados.

Prova*. 1. Podemos supor que u > 0 em Up, pois, caso contrário, poderíamos aplicar
o resultado a u -I- e e então deixar e -' 0".
Conjunto

70) r := log u em U p.

Usando (68), calculamos

(Tl)

Definir

(Z2)

de modo que (71) seja lido como

(73)

2. Calculamos, usando (72) e (73), que para k, 1 -- 1, ... , n:

onde o termo restante ft satisfaz uma estimativa da forma

/4)
* Omitir em primeira leitura.
372 7.EQUAÇÕES LINEARES DE MOLDE

para cada e > 0. Assim

• -Z -k
-- - - - k '---
k,/--1

onde ft agora denota outro termo restante que satisfaz a estimativa (74).
Portanto, escolhendo e > 0 suficientemente pequeno em (74) e lembrando a
condição de parabolicidade uniforme, descobrimos

-g + IQ bkw-. > 82|D2r|2 - U|Dr|2 - U,


k,I-1 k-- I

onde

bk ok
(76) :- -2 '" (k - I , ... , n).
I-1

3. A estimativa (75) é uma desigualdade diferencial para in, e nossa tarefa a


seguir é obter uma desigualdade semelhante para ñ. De fato, usando (72) e (71),
calculamos

k,I-*'3--l k,I--1

ft ainda outro termo remanescente que satisfaz (74) para cada e > 0. Relembrando
(71) e (76), simplificamos para descobrir:

• -Z -k
'----+ Z°k--.
k,l= i k -1
|2
> -N| D2r - N|Dr |2 - Nin Acima.

4. Próximo conjunto

(78)
7.1. EQUAÇÕES PARABÓLICAS DE SEGUNDA 373
ORDEM

< > 0 a ser selecionado abaixo. Combinando (75) e (77), deduzimos


2

(' ) *- - Z '--.-+ Z bk-


-k

k,l - i k- l

desde que 0 < < seja agora fixado como sendo suficientemente pequeno.
5. Suponha que, a seguir, Y CO U seja uma bola aberta e 0 < Hi < 2+.
Escolha uma função de corte ( C (U) de
modo que
0 <§< 1, ( = 0 em Fp,
(80)

Observe que ( desaparece ao longo de {I = 0}.


Seja p uma constante positiva (a ser ajustada abaixo) e suponha que
4 + pt alcança um mínimo de neqottre
(81)
em algum ponto (+o. ) e U x (0, T].
Consequentemen

te (82)

Além disso

Portanto, em (+o. o)

(83) 0 > p + §4 , -2 g k 4

-' ,,
k '* k , ,° ' ) '* "'
onde

(84)

Lembre-se agora de (79) e (82):


2
- |D2r| 2 U|Dr|2
2 -° -Z°t --. -°"
£--l

é outro termo restante que satisfaz a estimativa (84). Utilizando (82) e (76),
deduzimos
2
(85) 0 > p -1- (4 - |D2r |2 - U Dv 2 - -F £1,
2
374 7. EQUAÇÕES DE EVOLUÇÃO
LINEAR

onde agora

Lembre-se de que (85) e (86) são válidas no ponto (+o. a) onde (4 ñ + pt


atinge um mínimo negativo. Em particular, nesse ponto = in + <ñ < 0.
Relembrando a definição (72) de in, ñ, deduzimos
(87) D |2 < 6|62 r|,
e assim

Consequentemente, (86) implica a estimativa


(88) | | < N(2 |D2r | -t- N(3 |D2r |3'2 < '(4 |D2r |2 + N(e),
onde empregamos a desigualdade de Young com e de §B.2. U s a n d o (85),
(87) e (88), finalmente descobrimos uma contradição em relação a (81), desde
que p seja grande o suficiente.
6. Portanto, (4 ñ + pt > 0 em U e, em particular
ñ + pt > 0 em U x ' '2
Usando (73), deduzimos então que
(89) rt > a|Dr |2 - Qin Y x t , 21
para constantes apropriadas a, fi > 0.
7. A desigualdade diferencial (89) para r = log u agora nos leva à
desigualdade de Harnack, como segue. Fixe +1. +2 2 >l Então
1d
r(z2 /2) - r(z1 /1) - dr(sz2 -I- (1 - s)z1, s/2 -I- (I - S)/1) ds
0
1
-- Fazer - ( 2 - ml) + '(/2 - *1) ds
0
1
> - Dv ! 21! + ( 2 ! I) a Dv 2 - fi] de por (89)
0

onde depende apenas de a, fi. !n - 2 !, dli - 2! Assim, (70) implica


log u(+2. 2) > log u(+i, Hi) - v.
e assim

Essa desigualdade é obtida para cada +i +z o U e, portanto, (69) é válida no


caso de Y ser uma bola. No caso geral, cobrimos Y CC U com bolas e
aplicamos repetidamente a estimativa acima.
7.1. EQUAÇÕES PARABÓLICAS DE SEGUNDA 375
ORDEM

Princípio do máximo de comprimento parabólico

c. Princípio máximo forte.


Agora, usamos a desigualdade de Harnack para estabelecer

TEOREMA 11 (Princípio do máximo forte). Suponha que u C C2(Up) O


G(Uz) e
c 0em para cima.
Suponha também que U seja conectado.
(i) QI
ut + Lu 0em Up
e u atinge seu máximo sobre "Up Ot Q Ot7t/ (+ to) E Up, então

(ii) £iketrise, i/
ut + Lu 0 irt Up
e u atinge seu mínimo sobre Uy em um ponto (+o. o) 6 Up, então

Observação. Assim, nossas equações diferenciais parciais uniformemente


parabólicas suportam "velocidade de propagação infinita de distúrbios". D

Para as provas a seguir, assumiremos que u e os coeficientes de L são de fato


suaves.
376 7. EQUAÇÕES DE EVOLUÇÃO DE
LJNEAft

Prova. 1. Suponha que ut + In < 0 em Up e que u atinja seu máximo em algum


point ( o. o) C Up.
Selecione um conjunto aberto e suave IN CC U, com +o e J. Deixe r resolver

em que Ay denota o limite parabólico do lábio.


Então, pelo princípio do máximo fraco, u < c. Como
u r < M,
para M :-- max Acima de u, deduzimos que c = M em (z0, o)
2. Agora escreva ñ :- M - v. Então, como c0 , temos
(90) tit + £ñ - 0, ñ 0 no lábio.
Escolha qualquer U LO com+o o , U conectado. Seja 0 < t < oEntão,
devido à desigualdade de Harnack,

Mas info ñ( o ) < ( *de o) = 0. Como ñ > 0, (91) implica ñ 0 em


V x {t}, para cada 0 < t < o Essa dedução vale para cada conjunto U como
acima, e portanto ñ 0 em hit. Mas, portanto, c M em I t . Como c = u em Ay,
concluímos que u M em dJY x [0, tot
Essa conclusão é válida para todos os conjuntos IN como acima e, portanto, u = M em

TEOREMA 12 ( Princípio do máximo forte para c > 0 ). Suponha que u C


G2(Up) C G( °Up) e
c>0 em U p.
Suponha também que U seja conectado.
(i) Se
ut + In < 0 in Up
ord u assuntos um mozfimum não negativo sobre Up em um ponto (+o'!o)
Para cima, então
" iS COTt StOTtt OTt fill .

(ii) Da mesma
forma, se

e u atinge um mínimo não positivo em Uy -! * ROfRt (*de o)


U , então
tt iS COR8tORt OU Uf .
7.2. EQUAÇÕES HIPERBÓLICAS DE SEGUNDA 377
ORDEM

Prova. 1. Como acima, defina M :- mo:xUp u. Suponha que M 0, ut + In <


0 in
Up, e u atinge esse máximo de M em algum ponto (+o. o) e Up.
Se M -- 0, a prova anterior se aplica diretamente, pois então

2. Em vez disso, suponha que M > 0. Selecione, como na prova anterior,


um conjunto aberto e suave JR CC U, com +o e W. Agora, deixe r resolver

onde

Observe que 0 < r < M. Como ui +Em -cu < 0 em (u > 0},
deduzimos do princípio do máximo fraco que uc . Como antes, segue-se
que

2. Agora escreva 0 := M -v. Então, como o operador JR não tem termo de


ordem zero, temos
ñi + Nñ = 0, ñ > 0em 1 2.
Selecione qualquer U CC JR com o o >, V conectado. Seja 0 < t < Então a
desigualdade de Harnack implica, como acima, que c u+ M em EU x [0, o1
Como M > 0, concluímos que u M em EU x |0, 1
Essa dedução é válida para todos os conjuntos IN como acima e, portanto, u

= M em

7.2. EQUAÇÕES HIPERBÓLICAS DE SEGUNDA ORDEM


As equações hiperbólicas de segunda ordem são generalizações naturais da
equação de onda (§2.4). Nesta seção, criaremos soluções fracas
adequadamente definidas e estudaremos sua singularidade, suavidade e outras
propriedades. É interessante, dado o caráter físico totalmente diferente das
EDPs parabólicas e hiperbólicas de segunda ordem, que possamos fornecer
construções analíticas funcionais bastante semelhantes de soluções fracas.
7.2.1. Definições.
a. Equações hiperbólicas.
Como em §7.1, escrevemos Up -- U x (0, T], onde T > 0 e U C Ifi" é um
conjunto aberto e limitado.
378 7. EQUAÇÕES DE EVOLUÇÃO LINEAR

Em seguida, estudaremos o problema de valor inicial/limite


mt + In = f in Up
(1) u= 0em dU x [0, T]
u -= g, u -- h em U x {t - 0},
onde / : U -- Ifi, g, h : U - - são dados, e u : U - - é a incógnita, u = u(z, t). O
símbolo £ denota, para cada tempo t, um operador diferencial parcial de segunda
ordem, com a forma de divergência

(2)
ou então a forma de não-divergência

(3)
i,jc1 doente

para determinados coeficientes a" , h', c (*, j -- 1, ... , n).


DEFINIÇÃO. Dizemos que o operador di@erente parcial d ' + £ é (uni-
formalmente) hiperbólica i/ existe uma constante 8 > 0 tal que

(4)

Se a'!' 6; j, h' - c / 0 , então £ = -A e a equação diferencial parcial se torna


a equação de onda, já estudada no Capítulo 2. A PDE hiperbólica geral de
segunda ordem modela a transmissão de ondas em meios heterogêneos e não
isotrópicos.

b. Soluções fracas.
Como antes, em §6.1.2 e §7.1.1, primeiro assumimos que ñ tem a forma de
divergência (2) e procuramos uma noção apropriada de solução fraca para o
problema
(1). Suporemos inicialmente que
(5) n", h', c C Al(°U ) (i, j -- 1, ... , n),
(6) f o £2 (para cima),
(7) g C HQ(U), h o £2 (U),
e sempre assumimos a'!' -- a"! (i, j -- 1, ... , n).
Como em §7.1.1, vamos introduzir também a forma bilinear dependente do
tempo
U
i,j-1 i=l

para u, o C H0 (U) e 0 < t < T.


7.2. EQUAÇÕES HIPERBÓREAS DE SEGUNDA 379
ORDEM

Motivação para a definição de solução fraca. Começamos supondo que u


= u(z, t) seja uma solução suave de (1) e definindo o mapeamento associado

u : 0, T -- H (U),

por
tu(f)](z) :- "(z, f) (z E U, 0 < f < 'T).
Da mesma forma, introduzimos a função

f : |0, Z'] -- E2 (U)

definido por
[f(f)](z) := /(z, f) (z E U, 0 < f < 'T).

Agora, fixe qualquer função c C H0 (U) e multiplique a PDE ut t + In = / por


c,
e integrar por partes, para obter a identidade

(9)

para 0 < t < T, em que ( , ) denota o produto interno em L2 (U). Quase


exatamente como na discussão paralela para PDE parabólico em §7.1.1, v e m o s
a partir do PDE mt + In = / que

DEFINIÇÃO. ife sue n /unciion

u E £2 (0, 7'; //0 (č/)), tuith u' E £2(0, 'T; £2 (U)), u " E £2 (0, Z', //-1(č/)),

é uma solução fraca do problema hiperbólico inicial/da fonte de retorno (1),


desde que
(i) (u", v) -t- B|u, n; t) == (f, r)

para cada v C H0 (U) e n. e. tirne 0 tT , e


(ii) u(0) = p, u'(0) = h.
380 7. EQUAÇÕES DE EVOLUÇÃO
LINEAR

Observação. Em vista do Teorema 2 em §5.9.2, sabemos que u e N(|0, Tj; £2


(U)) e u' C C!( 0, T ; H° ( U)). Consequentemente, as igualdades (ii) acima fazem
sentido.

7.2.2. Existência de soluções fracas.


a. Aproximações de Galerkin.

Por analogia com a abordagem adotada em §7.1.2, construiremos nossa


solução fraca do problema hiperbólico de valor inicial/limite

"t + +" = f em Uz
(10) u= 0em dU x 0, T]
^ 9 <t = h em U x {t = 0}
resolvendo primeiro uma aproximação de dimensão finita. Portanto,
empregamos mais uma vez o método de alerkin selecionando funções suaves wk
-- k (-) (k - 1, ... ) de modo que

(11) (-kl*--i é uma base ortogonal de H (U)


e

(12) (wk }k_l é uma base ortonormal de ñ2 (U).

Fixe um número inteiro positivo m e escreva

(13) um(I):' Z d (')-k


/c-1

onde pretendemos selecionar os coeficientes d (I) (0 < t < Z', k -- 1, ... , m) para
satisfazer

(14) d (0) (//' k) (k -= 1, ... , m),


(15) d (0) - (h, k) (k -- 1, ... , m),

(16) (-m' k) -|- B \u , m/; t\ (f, c/) (0 < I < Z', k -- 1, ... , m).

TEOREMA I (Construção de soluções aproximadas). Para cada inteiro rn =


1, 2, ... , existe uma única junção da /ordem (13) que satisfaz
(14) -(16).
7.2. EQUAÇÕES HIPERBÓLICAS DE SEGUNDA 381
ORDEM

Prova. Supondo que u" seja dado por (13), observamos usando (12)

( 7) y ( t) <k) - d","(I).
Além disso, exatamente como na prova do Teorema 1 em §7.1.2, temos

B u"" tuk,'!' Z e"(t)d ( I)

para ek '(t) := B(wJ k; !! (k, 1 1 , ... , m). Também escrevemos / (t) := (f(t). k ) (k -
- 1, ... , rn). Consequentemente, (16) se torna o sistema linear de EDO

(18) dfi"(I) -I- ek'(t)d (I) - fk(I) (0 < I < Z', k - 1, ... , m),
f=1

sujeito às condições iniciais (14), (15). De acordo com a teoria padrão para
equações diferenciais ordinárias, existe uma única função N2 d",(t) = (d (t), ...
, ( t)), que satisfaz (14), (15) e resolve (18) para 0 < t < T.

b. Estimativas de energia.
Nosso plano é, a partir de agora, enviar m -- on e, portanto, precisaremos de
algumas estimativas, uniformes em m.
OOftEM 2 (Estimativas de energia). Existe uma constante C!, que depende
apenas de U, T e dos coeficientes de L, de modo que
máxi ||u",(f)Il/I;(U j + ||u (I) ||/,2(¿/)) -}- ||u ||yz' , ;/f- (U))
mo
0<t<T
(19)

para rn = 1, 2, .

Prova. 1. Multiplique a igualdade (16) por d ( I), some k -- 1, ... , m, e lembre-se


(13) para descobrir
(20) (u , u ) + B[up, u ; t] = (f, u )
para a.e. 0 < t < T. Observe a seguir (u , u ) . Além disso,
podemos escrever

U
(21) "
Z h'up,g; u -1- cu", u d:s
U t=l
= Bi + B-2
382 7. EQUAÇÕES DE EVOLUÇÃO
LINEAR

Como a'!' -- a"! (i, j -- 1, ... , n), vemos


que
1
d
(22) // i= 2 i,j=l
dt U

para a forma bilinear simétrica

I-I (U)).
U i,j --1

A igualdade (22) implica


d
(23)
dt

e observamos

também (24)

Combinando as estimativas (20)-(24), descobrimos que

d
dt
(25)

onde usamos a desigualdade (26)

o que decorre da condição de hiperbolicidade uniforme.


U
2. Agora escreva

(27) ll--(-)Il2r2(U)-I- Alum(I), up(I); I]


e

(28) ¿(I) := ||f(/) ||2 Q( ).

Então, a desigualdade (25) é a seguinte


7.2. EQUAÇÕES HIPERBÓLICAS DE SEGUNDA 383
ORDEM

para 0 t < T e constantes apropriadas +i +2 Assim, a desigualdade de


Gronwall (§B.2) produz a estimativa

(29) z/(I) e"'* q (0) -T- 2 (s) ds (0 < I < 7').


0

No
entanto
p(0) = u (0) * z pU) -1- A[up(0), u",(0); 0]

de acordo com (14) e (15) e a estimativa u",(0) H (U) lls|y| ,(U- Portanto
) as fórmulas (27)-(29) fornecem o limite

||u (t)!l2'2{U)+ A[u (I), up(I); fj

Como 0 < t < T era arbitrário, vemos, a partir dessa estimativa e de (26), que

o<'<z(" (')IIf' (U) + ||u (I) ||22(t/))

3. Fixe qualquer c e H0 (U), v H U) < 1, e escreva r = r1 + r2, onde r1 C


span{wjIr} ¡ e (r2, wk) = 0 (k -- 1, ... , m). Observe vl H (U) < 1. Então, (13) e
(16) implicam

Portanto

já que \\v !U) < 1. Consequentemente

2 2
(U)dt C ||f|| * ('/) dl
0
384 7. EQUAÇÕES DE EVOLUÇÃO
LINEAR

c. Existência e exclusividade.
Agora passamos aos limites em nossas aproximações de Galerkin.
TEOREMA 3 (Existência de uma solução fraca). Existe uma solução fraca
/ (1)
Prova. 1. De acordo com as estimativas de energia (19), vemos que o se-
quência {u",} _1 é limitada em £2 (0, T; H0 (U)), é limitado em
L (0, T; £ (U)) e
2 2 é limitado em £ (0, T; H*' (U)).
2

Como consequência, existe uma subsequência {u"" } _ C {up} ¡eu


E £2 (0, Z'; 720 (č/)), com u' E £2 (0, Z'; £2 (č/)), u" E £2 (0, Z'; 72-! (č/)),
de modo que
u"" -= u fracamente em £2 (0, T; H0(U))
(30) u u' fracamente em £2 (0, T; £2
(U))
u u" fracamente em £2 (0, Z', Hal (U)).

2. Em seguida, fixe um número inteiro N e escolha uma função v C Nl


((0, T]; H0 (U)) da forma
N
dk
(31) v(f) = (t) k '

onde dk]p_l são funções suaves. Selecionamos m > N, multiplicamos


(16) por
dk(I), soma k -- 1, ... , N e, em seguida, integre com relação a t, para descobrir

(32) (u , v) + B up, v; t) dt -- (f, v) dt.


0 0

Definimos m = mt e recordamos (30), para descobrir no limite que

(33) (u", v) + B u, v, t) dt -- (f, v) dt.


0 0

Essa igualdade é válida para todas as funções v C £2 (0, T; H0 (V)), pois


as funções da forma (31) são densas nesse espaço. A partir de (33), conclui-
se ainda que
(u", c) + B u, v; I) = (f, r)
para todo c e H0 (U) e a.e. 0 < .Além disso, u C N( 0, Z']; £2 (V)) e u' C
N( 0, Z']; H°1 (V)).
3. Agora precisamos verificar

(34) u(0) g,
7.2. EQUAÇÕES NVI-ZAEÓLICAS DO 385
SEGUNDO ÓLEO

(35) u'(0) - h.

Para isso, escolha qualquer função v C N2 ( 0, T]; N0 (U)), com v(Z') = v'(T) =
0.
Em seguida, integrando por partes duas vezes com relação a t em (33),
encontramos

(v'\u)+Bu,v;tdt- (f,v)dt
(36) 0 0
-(u(0),v'(0)) + (u'(0),v(0)).

Da mesma forma, a partir de (32), deduzimos

(v , um) -|- B jug, v,° f] dt - (f, v) dt


0 0
- (u (0), v (0)) -I- (u (0), v(0)) .

Definimos m = m¡ e recordamos (14), (15) e (30), para deduzir

(37) *(v", u) -I- B \u, v; t) dt - *(f, v) dt - (9' V (0)) + (h, v(0)).


0

Comparando as identidades (36) e (37), concluímos (34), (35), já que v(0),


v'(0) são arbitrários. Portanto, u é uma solução fraca de (1).

Observação. Relembrando as estimativas de energia do Teorema 2,


observamos que
De fato, u E £"(0, 'T; T 0 (U)), u' E £"(0, Z'; 12 (č/)), u" E £2 (0, Z'; 72-1(č/)):
veja o Teorema 5 abaixo.

TEOREMA 4 (Unicidade da solução fraca). Uma solução fraca o/ (1) é única.

Observação. A demonstração complicada a seguir seria bastante


simplificada se soubéssemos que u'(t) fosse suficientemente suave para ser
inserido no lugar de c na definição de solução fraca. No entanto, não é assim.

Prova. 1. Basta mostrar que a única solução fraca de (1) com f - p h 0 é

(38) u-0.

Para verificar isso, fixe 0 < s < T e defina

J," u(r) dr se 0 < t < s


0 se s < t < T.
386 7. EQUAÇÕES DE EVOLUÇÃO LINEAR

Então v(t) C H0 (U) para cada 0 t < Z', e assim

(u", v) -1- B u, v, t] dt -- 0.
0

Como u'(0) = v(s) = 0, obtemos após a integração por partes no primeiro termo
acima:

(39) -(u', v') -|- Btu, v, I] dt -- 0.


0

Agora v' = -u (0 < t s), e assim

(u', u) - B v', v; I dt -- 0.
0

Porta
nto
d 1 1
dt 2 0
0

onde

U i=1

e
D(u, v; t) =
2U

para u, r e H0 (U). Assim

1 1
||u(s)||2, U B\v(0), v(0); It == - Utu, v,° It -I- Djs, v,° I] dt,
2 ('+2 0

e, consequentemente

||u(s) |2¿2( U )+ ||v(0) || U)


(40)
||2
U) + 2g(U) dt -I- || v(0) ,(U)
0

2. Agora vamos
escrever

0
7.2. EQUAÇÕES IT'YPERBÓLICAS DE SEGUNDA- 387
FASE

Com isso, (40) se torna

||u(s) ||22('/) + II-(*)II (U)


(41) < ||w(t) - M(S) 2 H
0

Mas ||w(I) - w(s) || ( U) 2||w(I) || U)-I-2||w(s) || ( U), e new(s) ¿z(U)


/0 ||u(I) ||¿z(t/)df. Portanto, (41) implica

2 2
||u(s) ||2 (¿/) -i- (1 - 2sC'l ) ||w(s) (U) }(U) -}- ||u||2 (¿/)df.
0
Escolha Z' tão pequeno que
1
1 - 2+i i
2"
Então, se 0 sHi , temos

||u(s) 2y ( ) + ||w(s) 2 (t/)


2
dt.

Consequentemente, a forma integral da desigualdade de Gronwall (§B.2)


implica u 0
em 0, óleo
3. Aplicamos o mesmo argumento nos intervalos +i 2+i1 [2+i 3+iI, etc.,
para finalmente deduzir (38).

7.2.3. Regularidade.
Como em nossos tratamentos anteriores de EDPs elípticas e parabólicas
de segunda ordem, a próxima tarefa é estudar a suavidade de nossas soluções
fracas.
Motivação: derivação formal das estimativas. (i) Suponha que u = u(z,
t) seja uma solução suave desse problema de valor inicial para a equação de
onda:
mt - An = /em IR" x (0, T]
*-9 ^'-h em Ifi" x {t = 0},
e suponha também que u chegue a zero à medida que |z| -+ se acelera o suficiente
para justificar os cálculos a seguir. Então, como em §2.4.3, calculamos
d Du|2
+ u2
dt t
388 7. EQUAÇÕES DE EVOLUÇÃO LINEAR

Aplicando a desigualdade de Gronwall,


deduzimos
J2
d:sdt -I-| Dp|2 + h2 d:s ,
(42) sup|Du|2 + u2 d:s < C
Oñtñf R o R*
com a constante N dependendo apenas de
T.
(ii) Em seguida, diferencie o PDE com relação a t e defina u :- ut. Então, utt
- Au = em Ifi"x (0, Z']
(43)
= â, i =on Ifi" x {t - 0},
para / := /t, g :-- h, 'h :-- mt( , 0) = /( , 0) + Ap. Aplicando a estimativa (42) a u,
descobrimos que

sup|Dut |2 + u2¡ d:s


0<t<I R-
(44)
J2 'Lrdt + D 2 + Dh 2 + /(-, 0)2 d:s
g2
0 Il/
Agora
(45) o?%'(' ( L2(R x(0,T))+

de acordo com o Teorema 2 em §5.9.2. Além disso, escrevendo -An = / - "t.


de
duzimos, como em §6.3, que

(46) D u|22 d:s < C /2 + u2t d:s

para cada 0 < t < T. Combinando (44)-(46), concluímos que

sup |D u|22 + | Dub |2 + u2 d:s


0<t < ' ]R
(47)
/2 + /2 d:sdt + |D2 912 + | Dh|2 dz ,
0 J$"
a constante N depende apenas de T.

Essa estimativa sugere que limites semelhantes a (42) e (47) devem ser
válidos para nossa solução fraca de um PDE hiperbólico geral de segunda
ordem.
Faremos os cálculos usando as aproximações de Galerkin. Para simplificar a
apresentação, daqui em diante assumiremos que (ck}b 1 é o conjunto completo de
funções próprias de -A em H0 (U), e também que U é limitado, aberto, com dU
suave. Além disso, supomos que
os coeficientes a" , h', c (i, j -- 1, ... , n) são suaves em
(48)
7.2. EQUAÇÕES HIPERBÓLICAS DE SEGUNDA 389
ORDEM

U e não
dependem
de t.
388 7. EQUAÇÕES DE EVOLUÇÃO LINEAR

TEOREMA 5 (Regularidade aprimorada).


(i) Suponha que

e suponha também u C L2(0, T; H0 (U)), com u' C L2(0, T; £2(U)), u" e


£2(0, Z'; // 1(t/)), é a solução fraca do problema

-'t + +- = f em Uz
(49) u= 0em dU x 0, T
- = g, -t - hon U x {t = 0}.

Então, de
fato
u E £"(0, '; £f)(U)), u' E £"(0, Z'; £2 (f/)),

e temos a estimativa

ess sup ( u(I) !!J-I,;U) + ||u'(I) ||/,2(¿/))


(portanto) 0<t<W
< ( £2 (0,'Z';£2 (')) tt 9 II I-T (U) + tt htt £ ( U))-

(i'I) se, além disso,

g C H2 (U), h e HQ (U), L' o £2(0, T; £2 (t/)),

então

com a estimativa:

ess sup
(51) 0 t<T

Observação. As afirmações (i) e (ii) deste teorema são versões precisas d a s


estimativas formais (42) e (47) (para a equação de onda em U -- IR"). O
390 7. EQUAÇÕES DE EVOLUÇÃO
LINEAR

Prova. 1. Na prova do Teorema 2, já derivamos os limites

sup (|u (t)lw0gp) + |u (t)A& U))


(52) 0<t<T
"" <(|| f||y'(o,r,'*(t/)) + ttñi IU-I)(U) + ||h|| 2(U)).

Passando para limites como rn = rug -+ em, deduzimos (50).


2. Assuma agora as hipóteses da afirmação (ii). Fixe um número inteiro
positivo rn e, em seguida, diferencie a identidade (16) com relação a t.
Escrevendo ii", := u, obtemos

(53) (um' k) -|- B |u ' k) -- (f', k) (k -- 1, ... , m).

Multiplicando por d p"(I) e somando para k -- 1, . . . , m, descobrimos

(54)

Argumentando como na prova das estimativas de energia, observamos


d
(gg) dt
2

a forma bilinear A , ] definida como antes.


3. Agora

(56) B u"" <£l -- (f - k) (k -- 1, ... , re).

Lembre-se de que estamos considerando {w }£ l c o m o o conjunto


completo de funções próprias de -A em H0 (U). Multiplicando (56) por A#d",(t) e
somando £ = 1, ... , m, deduzimos

(57)

Como Aug = 0 em dU, temos

(58) B(up,-Auto=(Lux,-Aug).
Em seguida, empregamos a desigualdade

veja o Problema 8. Deduzimos de (56)-(59) que


2
(60) || um ||/f (¿/) C'(||f||2y@(y/) +
7.2. EQUAÇÕES HIPERBÓLICAS DE SEGUNDA 391
ORDEM

Usando essa estimativa em (55), lembrando ti", - u , e aplicando a desigualdade


de Gronwall, deduzimos

(61) 0<*<*

Aqui estimamos ||u",(0) || f2(¿/) C ||p ||/¿2(t/) , como na prova do Teorema


5 em §7.1.3.
Passando para limites como rn - m¡ -- em diante, obtemos o mesmo limite para u.
4. Assim como na prova anterior do Teorema 5 em §7.1.3, também
deduzimos
u"' C £2 (0, T; H (t/)), com a estimativa indicada.

Observação. Se £ fosse simétrico, poderíamos, alternativamente, ter


considerado {w£}k 1 como uma base de funções próprias de fi em H0 (U),
evitando assim a necessidade da desigualdade (59).

Agora, m deve ser um número inteiro não negativo.

TEOREMA 6 (Maior regularidade). Suponha que


g C H "+ (U), h C H"(U),
d'f
dt
e £2 (0, T; TE -k(U)) (k -= 0, ... , rn).

Suponha que o/so tfie /offotrin9 -sejam compatíveis com as condições de


compatibilidade de ordem:

(62) 92/- (0) @2/e2 £Lo EU) (i 77a - 2/)

h2i -t-1 '

Entã
o
du
£"(0, 7'; £L"" - (U)) (k -- 0, ... , m -t- 1),
(63) dt* '

e temos a estimativa
rn-t-1
ess sup
k--0
(64)
dkf
+ 9 H + [U) + h p ( U)
dt' L2(0, '; H"' * [U))
k=0
392 7. EQUAÇÕES DE SOLUÇÃO DE
OLHO LINEAR

Observação. Em vista do Teorema 2 em §5.9.2, vemos que


(65) f(0) e E 1(U), f'(0) E T -2 (U), ... , f("-2 )(0) e T1 (U),
e, consequentemente
o H "+l (U), h C H" '(U), J2 "(U) h3 2(U)

(66)
' Q2f Hi (U) (se m = 2f), J*2l-i-1 z Hi (U) (se m = 2f -1- 1).
As condições de compatibilidade são, consequentemente, as exigências de
que, além disso, cada uma d e s s a s funções seja igual a 0 em dU, no sentido
de traço.

Prova. 1. A prova é feita por indução, sendo que o caso m - 0 decorre do


Teorema 5,(i) acima.
2. Em seguida, suponha que o teorema seja válido para algum número
inteiro não negativo m e suponha que
g E I-f '2 (U), h e T '1 (U),
(67) d’Y e £2 (0, w; /f "1-/c (č/)) (k -- 0, ... , m -I- 1).
Suponha também que as condições de compatibilidade de ordem (m + 1)
sejam obtidas. Agora, defina ii :- u'. Diflerenciando o PDE com relação a t,
verificamos que ii é a solução única e fraca de

(68)

para
(69) f :- f , g := h, h :- /( , 0) - £y.
Em particular, para rn = 0, usamos o Teorema 5,(ii) para ter certeza de que ii e
£2 (0, T; H0 (V)), ii' e £2 (0, T; £2 (U)), ii" C £2 (0, T; H° (U)).
Como /, p e h satisfazem as condições de compatibilidade de ordem (m +
1), f, g e 'h satisfazem as condições de compatibilidade de ordem rn. Assim,
aplicando a suposição de indução, vemos
dk5
dtk L'(0, T; H +' k(U)) (k -- 0, ... , rn + 1),
com a estimativa
mel k- dk u
ess sup dtk
0<t<T -0 H "+ (U)

dk'

- Z dt*
1-0
7.2. EQUAÇÕES HIPERBÓLICAS DE SEGUNDA 393
ORDEM

Como ii = u', podemos


reescrever:
m+2
(70) ess sup

k
d
-- Z
k--\
dtk
m-j-1
d fk
" Z dtk
€2(0,
+
k--0 ';fi"'+' (U))

Aqui usamos a desigualdade

o que decorre do Teorema 2 em §5.9.2.


3. Agora escreva para a.e. 0 < t < T: In = f - u" = : h. Temos

u||/¿ +2(t/) G( h H [U) + u fi2(U))


G( H {U) + g" H "'[U) + u fi2(U) ).

Tomando o supremo essencial com relação a t, adicionando essa desigualdade a


(70) e fazendo estimativas padrão, d e d u z i m o s :
m+2
d'u
ess sup dtk
0<t<I k--0 He+ 2 (U)

dkf
dtk
k--0
Essa é a afirmação do teorema para rn + 1.

TEOREMA 7 (Diferenciabilidade infinita). Suponha que

e as condições de compatibilidade de ordem "m" se mantêm para m 0, 1, ...


Então, o problema hiperbólico de valor inicial/limite (1) tem uma única
solução.
futton
u C G'(Up).

Prova. Aplique o Teorema 6 para m = 0, 1, ...


394 7. EQUAÇÕES DE EVOLUÇÃO
LINEAR

Domínio de dependência

7.2.4. Propagação de distúrbios.


Até agora, nosso estudo das equações hiperbólicas de segunda ordem foi
praticamente paralelo ao nosso tratamento dos EDPs parabólicos de segunda
ordem, no item §7.1. Na seção anterior correspondente, §7.1.4, discutimos os
princípios de máximo para equações parabólicas de segunda ordem e
observamos, em particular, que o princípio de máximo forte implica uma
"velocidade de propagação infinita" de distúrbios iniciais para tais EDPs.
Agora, os princípios de máximo forte são falsos para equações diferenciais
parciais hiperbólicas de segunda ordem e, em vez disso, abordaremos aqui o
fenômeno oposto, ou seja, a "velocidade de propagação finita" das
perturbações iniciais. Esse estudo amplia algumas ideias já introduzidas em
§2.4.3.
Para simplificar, consideraremos nesta seção o caso em que U -- R" e £ tem
a forma simples de não divergência

(71)

em que os coeficientes são suaves, independentes do tempo, e não há termos


de ordem inferior. Como de costume, exigimos a condição de hiperbolicidade
uniforme.
Vamos supor agora que u seja uma solução suave do PDE

(72) "t + In = 0em R' x (0, on).


Queremos provar uma afirmação de exclusividade/velocidade de propagação
infinita análoga à obtida para a equação de onda em §2.4.3. Para isso,
fixamos um ponto ( ) R " x (0, on) e, em seguida, tentamos encontrar algum
tipo de "cone" curvo
região C, com vértice ( o, o), tal que u 0 dentro se u ut 0 em
<o = ( t = 0).
7.2. HIPERBÓLICAS DE SEGUNDA ORDEM! 395
EQUAÇÕES

Motivados pelo cálculo da óptica geométrica no Exemplo 3 do parágrafo


4.5.3, vamos supor que o limite dessa região C seja dado como um conjunto
de níveis
p -- 0}, onde p resolve o PDE de Hamilton-Jacobi (73)

Simplificaremos (73) separando as variáveis, para escrever

74) (",') = s( ) +' -'o ( e a°, 0 < ' < ,o),


onde q resolve

(75)
1( 0) == 0.

A partir de agora, assumimos que q é uma solução suave de (75) em R" - (


o1 (De fato, q(z) = distância de z a o . na métrica Riemanniana determinada por
((a''')). Escrevemos

* = '(°,') I (-,') < ' = '(°,') I"(°) < fo -"


Para cada t > 0, definimos ainda

(76) Nt := ( 1 ( ) < o - II = seção transversal de C no tempo t.

Como (75) implica Dq -/- 0 em R" - ( o) djs é uma superfície lisa, (n -1)-
dimensional para 0 < t < o
TEOREMA 8 (Velocidade de propagação finita). Suponha que u seja uma
solução suave da equação fipperófica (72). Se u ut 0 em para então u 0
tritfiin o cone C!
Observação. Vemos, em particular, que se u for uma solução de (72) com as
condições iniciais

(77) u = p, ut = h em R" x (t = 0},

então u( o. o) depende apenas dos valores de p e h em N9.

Prova. 1. Modificamos uma prova do item §2.4.3 e, assim, definimos a energia

1
e(I) :-
i,j=l
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396 7. EQUAÇÃO DE EVOLUÇÃO LINEAR É

2. Para calcular é(t), primeiro observamos que, se / for uma função


contínua de z, então

f dz -- - dS

de acordo com a fórmula de coárea de §C.3. Portanto

i,j --1
(78) 1 2 1
dS
2 bGi

-- A - B.
Integrando por partes, calculamos

A= ut
i,j--1 i,j --1
(79)

i,j -1 bGi t',j--1

com v = (v , ... , v') sendo, como de costume, a normal unitária externa a flitMas,
de acordo com a desigualdade de Cauchy-Schwarz generalizada (§B.2)
** 1/2 * 1/2

i,j-- 1 i,j -1 i,j --1

Além disso, como q = - t em flit, temos v = em fi t Portanto

Dq|2 |Dq|2
i,j --1 i,j=1

por (75). Consequentemente, a desigualdade (80) é a seguinte


1/2 i
(81)
*',j-1 i,'j --1

Então, retornando a (79), estimamos usando (81) e a desigualdade de Cauchy:


* 1/2
1
A| < C'e(I) -l- dS
bGi

1 1
<_ C'e(I) -2 + Z°"- i,j --1
"' "' |Dq|
dS

-- C'e(I) + B.
7.2. EQUAÇÕES HIPERBÓLICAS DE SEGUNDA ORDEM 397

3. Portanto, a desigualdade (78) dá

é(I) < C'e(I).

Como a hipótese (76) implica e(0) = 0, deduzimos, usando a desigualdade de


Gronwall, que
e(t) = 0 para todo 0 t ñ o
Daí ut Du 0 em U e, consequentemente, u
0 em U.

7.2.5. Equações em duas variáveis.

Nesta seção, consideramos brevemente as equações diferenciais parciais


hiperbólicas de segunda ordem envolvendo apenas duas variáveis e
demonstramos que, nessa configuração, é possível obter informações mais
precisas. A ideia geral é que, como uma função de duas variáveis tem
"apenas" três segundas derivadas parciais, podem ser possíveis
simplificações algébricas e analíticas na estrutura do PDE, que não estão
disponíveis para mais de duas variáveis.
Começamos considerando um PDE linear geral de segunda ordem em
duas variáveis

(82)
t', j --I i=1

em que os coeficientes o'*, h', c (i, j -- 1, 2), com a'!' -- a", e a incógnita u são
funções das duas variáveis +i e 2 em alguma região U C R2 . Observe que, no
momento, e em contraste com a teoria desenvolvida acima, não identificamos zj
ou 2 com a variável t que denota tempo.
Apresentamos agora a seguinte pergunta básica: É possível simplificar a
estrutura do PDE (82) hp induzindo9 n 'w variáveis independentes? Em
outras palavras, podemos esperar converter o PDE em alguma forma "mais
agradável" por
reescrevendo em termos de novas variáveis p = 4-(z)?
Mais precisamente, vamos definir

(83) 2
?/2 (-1' 2)

para alguma função apropriada '4- = (41 , 42 ). Para investigar essa


possibilidade, vamos escrever
(84)
396 7. EQUAÇÕES DE SOLUÇÃO LINEAR

Ou seja, definimos r(p) := u( P(p)), onde P - 4-*1 .


A partir de (84), calculamos

para i ,-- 1, 2. Substituindo em (82), descobrimos que r resolve o

PDE (85)

para

(86)
i,j--1

onde os pontos em (85) representam termos de ordem inferior.


Examinamos o primeiro termo no PDE (85) na esperança de podermos
escolher a transformação '4- = (41 , 42 ) para que essa expressão seja
particularmente simples. Vamos tentar obter

(8T)

Em vista da fórmula (86), isso será possível desde que possamos escolher
tanto 4 ' quanto 42 para resolver o PDE não linear de primeira ordem

(88) o11
(rg, )2 + 2o*2rg, rg2 + o22(rg )22 = 0 em U.

Observe que essa é a equação característica associada à equação diferencial


parcial (82), conforme discutido no item §4.6.2.
Para p r o s s e g u i r , vamos supor que
(p12)2<
(89) det A - ol1 22 0 em U,

e, nesse caso, dizemos que o PDE (82) é hiperbólico.


Utilizando a condição (89), podemos então fatorar a equação (88) da
seguinte forma:

2 _

(90) p 11 pg + p12 ( (p12) 2

= o11 (o ( , )2 -I- 2o12 , 2 -i- 22,( 2


)2) - 0.
7.2. EQUAÇÕES HIPERBÓLICAS DE SEGUNDA ORDEM 399

Agora, o lado esquerdo de (90) é o produto de dois produtos lineares de


primeira ordem
PDE:
- o11o22 12
) ' ] rg2 = 0 em U

o'1rm + 12 (( 12)2 - o11 o22)1'2] rg, -


(912) 0em U.

Agora, presumimos que podemos escolher 41 para ser uma solução suave
do PDE (91i), com D41 / 0 em U. Então, 4 é constante ao longo das
trajetórias x = (z1 , z2 ) do ODE
1 gll
(92)

Da mesma forma, suponha que 42 seja uma solução suave de (912) com D42 /
0 em U,
então 42 é constante ao longo das trajetórias x = (z*, z2 ) da

ODE (93)

As curvas que são trajetórias da EDO (92) ou (93) são chamadas de


características da equação diferencial parcial original (82). Voltando agora
para (83), vemos que as trajetórias das soluções da EDO característica
(92) e (93) fornecem nossas novas linhas de
coordenadas. Além disso, podemos verificar
usando (89) que

(94)
*',j--l

Combinando então (85), (86), (87) e (94), vemos que nosso PDE (82) se torna,
nas coordenadas p

os pontos, como antes, denotam termos de ordem inferior. C h a m e m o s a


equação (95) de fret cnnonicof /orm para o PDE hiperbólico (82).
Se mudarmos as variáveis novamente, definindo i = vi + §2 2 = vi - v2, então
(95) torna-se

(96)
400 7. EQUAÇÕES DE EVOLUÇÃO LINEAR

Se, em seguida, renomearmos as variáveis t = zt= <2, então (96) passa a ser

(97)

cujo termo de segunda ordem é o operador de onda unidimensional. A Equação


(97) é a segunda forma canônica.
Portanto, qualquer PDE hiperbólico em duas variáveis da forma (82)
pode ser convertido por uma mudança de variáveis na equação de onda mais
um termo de ordem inferior, supondo que possamos encontrar o mapeamento
'4- como acima.

7.3. SISTEMAS HIPERBÓLICOS DE EQUAÇÕES


DE PRIMEIRA ORDEM
Em seguida, ampliamos nosso estudo de EDPs hiperbólicas (que podemos
interpretar informalmente como equações que suportam soluções
"semelhantes a ondas") para o caso de sistemas de primeira ordem.
Continuamos da mesma forma que nos parágrafos 7.1 e 7.2, primeiro
empregando limites de energia para construir soluções fracas para sistemas
hiperbólicos simétricos. No entanto, para sistemas hiperbólicos não
simétricos e de coeficiente constante, empregaremos métodos de
transformação de Fourier.

7.3.1. Definições.

Nesta seção, investigamos padrões de equações diferenciais parciais


lineares de primeira ordem com a forma

(1) ut +Bj ug, = fin IR' x (0, on),


j--1

sujeito à condição inicial

(2) u= gon IR' x (t = 0}.

A incógnita é u : R' x 0, in) R ' , u = (u1 , ... , u"'), e as funções B : iR" x 0, on) -
JH'^' (j -- 1, ... , n), f : IR' x 0, on) -- IR', g : IR' --
R' são fornecidos.

Notação. Para cada p C IR', defina

J--1
7.3. SISTEMAS HIPERBÓLICOS DE EQUAÇÕES DE PRIMEIRA ORDEM 401

DEFINIÇÃO. T/te irmã o/ PDE (1) é chamada de hiperbólica se o rn x rn


rnotNz B(z, t; y) for di*9 *-liZável para cada x, y C IR', 1 0 .
Em outras palavras, (1) é hiperbólica desde que, para cada z, p, t, a matriz
B(z, t, p) tenha rn valores próprios reais

e os vetores próprios correspondentes {rk(x, I: y) jk l que formam uma base de R".


Há dois casos especiais importantes:
DEFINIÇÕES. (i) ser snp (l) é um padrão hiperbólico simétrico i/ Bj(z, t) é o
sprnrnetNc rn x rn rrint /ou eoc/t z C R', t 0 ( -= 1, , rn).
(ii) O padrão (1) é estritamente hiperbólico iJ para cada z, p e IR", p / 0 e
cada 10, a matriz B(z, t; y) tem m valores distintos de rml e-9en:

Motivação para a definição de hiperbolicidade. Justificamos a condição


de hiperbolicidade da seguinte forma. Suponha que f 0 e, além disso, que
as matrizes Bj sejam constantes (j -- 1, , n). Assim

(3)
j --1
depende apenas de p C
R'.
Como em §4.2, vamos procurar uma solução de escrita plana de (1), (2).
Ou seja, procuramos uma solução u que tenha a forma
(4) -(-.') = -(v - - ° ') (- ^ ^° ' z o)
para alguma direção p e R",velocidade (ee R) e perfil v : R -- R". Inserindo
(4) em (1), c a l c u l a m o s :

Essa igualdade afirma que v' é um vetor próprio da matriz B(p)


correspondente ao valor próprio e.
A condição de hiperbolicidade exige que existam rn soluções distintas de onda
plana de (1) para cada direção p. Essas soluções são
( v - - - k(")-)-k(fl) (k - - 1 , ... , m),
onde

são os valores próprios de B(p) e rk(y) j ;-l os vetores próprios


correspondentes. Os valores próprios para |p| = 1 são as velocidades de
gravação. O
402 7. EQUAÇÕES DE EVOLUÇÃO LINEAR

7.3.2. Sistemas hiperbólicos simétricos.


Nesta seção, aplicamos métodos de energia e a técnica de viscosidade de
fuga para criar uma solução para o problema de valor inicial hiperbólico
ut + 1 Bjug, -- f em R' x (0, T]
(5) u= gon R' x {t = 0},
onde '7' > 0, sob a suposição fundamental de que
(6) as matrizes Bj(z, I) são simétricas ( 1, ... , n),
para z e R', 0 < t < T. Assumiremos ainda que Bj e U2(R' x 0, Z']; M"^"), com
(I) sup (|Bj |, |Dg,tBj |, |62 yB |) < oo (j -- 1, ... , rt),

e
(8) g e I-f1(IR'; R"), f e I-f1(R' x (0, 7'); R").

Observação. Sistemas mais gerais com a forma

(9)

também são chamados de sprnrnetNc, desde que as matrizes Bj sejam simétricas para
- - 0, ... , n. , n. A teoria apresentada a seguir se estende facilmente a esses
sistemas, desde que Bo seja definido positivamente.
Os sistemas hiperbólicos simétricos do tipo (9) generalizam o PDE
hiperbólico de segunda ordem estudado em §7.2. Suponha que r seja uma
solução suave da equação escalar

(10)
i,j 1

onde, sem perda, podemos tomar a'!' -- o ' (i, j -- 1, ... , n). Escrita

descobrimos que u resolve um sistema da forma (9), para rn = n + 1, f - 0,


-o1
0 0 '

B -- (j -- 1, ... , n),
0 0 -a "*
.. a""I 0 ( + ) x(n+1)
oi" 0
B0-
D o 0
0 0 1 (,+l)x +1)
7.3. SISTEMAS HIPERBÓLICOS DE EQUAÇÕES DE PRIMEIRA ORDEM 403

Observe que a condição de hiperbolicidade uniforme para (10) implica que a


matriz Bo é definida positivamente.

a. Soluções fracas.
Para facilitar a notação, vamos definir a forma bilinear

(BJ(., t)ug,) . v dx

para 0 < t < Z', u, v e H*(R'; IR').

DEFINIÇÃO. Ele so9

é uma solução fraca do problema de valor inicial (5) para o sistema hiperbólico
simétrico, desde que
(i) (u', v) + Btu, v; t\ (y, v)
para cada v C /f (@";R") e a.e. 0 < I < Z', e
1

(ii) u(0) = g.

Aqui e depois ( , ) denota o produto interno em L2 (R'; R^).

Observação. De acordo com o Teorema 2 em §5.9.2, u e U( 0, Z'j; £2


(IR';R^)) e, portanto, a condição inicial (ii) faz sentido.

b. Método da viscosidade de fuga.


Vamos aproximar o problema (5) pelo problema parabólico de valor inicial

u - eAu + l Bjug-- f em IR' x (0, T]


(11) u' = g' em IR' x {t = 0}

para 0 < e < 1, g' := p, s g. A ideia é que, para cada e > 0, o problema (11) tem
uma única solução suave u', que converge para zero conforme . O
plano é mostrar que, conforme e -+ 0, u' converge para uma função limite u, que
é uma solução fraca de (5).

TEOREMA 1 (Existência de soluções aproximadas). Para cada c > 0, existe


uma única solução u' de (11), com
404 7. EQUAÇÕES DE EVOLUÇÃO LINEAR

Prova. 1. Defina X = L'((0, T); H' (&'; II')). Para cada v e X, considere o
sistema linear

ut - eAu = f - seul Bjvg, em R' x (0, T]


u= g°em IR' x {t = 0}.

Como o lado direito é limitado em L2 , existe uma solução única u e L2(0,


T; (IR';R')), u' e L2(0, Z'; L2(R'; R")). De fato, podemos utilizar a solução
H2

fundamental 4 da equação de calor (§2.3.1) para representar u' em termos de


g' e f - YOU By vg .
Da mesma forma, pegueû e X e deixe ù resolver
un - "Où = f - 1 Bjvg, in R' x (0, Z']
ù = g' on IR' x {t = 0}.

2. Subtraindo, descobrimos que ù :- u - ù satisfaz

(13)

Para ïr :- v - v.A partir da fórmula de representação de û em termos d a


solução fundamental 4e 1 B; vg , obtemos a estimativa:

j-1
(14) < (") II*II '2(0,s; I'(w;iB ))

Assi

m,

(15)

3. Se Z' for tão


pequeno que
C'(c)+ '2 < 1/2,
(16)
||v - ù | | . De acordo com o ponto fixo de Banach
Então, (15) diz ||u - ù|| <
Teorema (§9.2.1), o mapeamento v tem um ponto fixo exclusivo. Então, u = u'
resolve (11), desde que (16) seja válido.
Se (16) falhar, escolhemos 0 < Z't < Z' de modo que Uh = 1/2 e repetimos o
argumento acima nos intervalos de tempo 0, +i ( Hi 2T ], etc.
A afirmação (12) decorre da teoria da regularidade parabólica (cf. §7.2.3).
7.3. SISTEMAS PERBÓLICOS DE EQUAÇÕES DE ORDEM FIXA 405

c. Estimativas de energia.
Pretendemos enviar s -+ 0 em (11) e, para isso, como de costume, precisamos de
algumas estimativas uniformes.

TEOREMA 2 (Estimativas de energia). Existe u m a constante ',


dependendo apenas de n e dos coeficientes, de modo que

máximo
(17) 0****

para cada 0 < c < 1.

Prova. 1. Calculamos
d
(18)
dt

Agora
(19)

(20)

2. Suponha que v e Uc (R'; R^). Então

j--1 y --1
1
((Bpv) v ) , dz -
2 -- " 2 J--1

a a última igualdade decorre da suposição de simetria (6). Como v tem


suporte compacto, deduzimos, usando (7), que

1n
(v, z
2
'Bv j1

Portanto, por aproximação:

2
B u' /,2(]}p' ]gm)"
406 7. EQUAÇÕES DE SOLUÇÃO LINEAR

Utilizando esse limite, (19) e (20) em (18), obtemos a estimativa

Em seguida, aplicamos a desigualdade de


Gronwall para deduzir
2
f g g-)))

já que |g | (gqg ) jg|¿2 w, ).


3. Fixe k C (1, ... , n} e escreva v; :-- ug,. Diferenciando (11) com
em relação a +k, encontramos
Wj --1 B

Raciocinando como acima, concluímos que


d
(22)
dt
Some as desigualdades anteriores para k -- 1, ... , n, para deduzir
d
dt
A desigualdade de Gronwall agora fornece o limite

(23) '-'-"

4. Em seguida, defina v := u'' e diferencie (11) em relação a I, para


descobrir
vt - eAv + l Bjvg -- f' - YOU Bj,tug em R" x (0, Z']
(24)
v=f- 1 Bj gg + eAg' on R' x {t = 0}.
Raciocinando como antes, calculamos
2 2 2

2
(25) + ||f(0)||2
Agora
(26)

já que g' = p, s g. Além disso

Esse limite, juntamente com (21) e (23), conclui a prova.


7.3. SISTEMAS HIPERBÓLICOS DE NAÇÕES DE PRIMEIRA ORDEM DA
EQ. 407

d. Existência e exclusividade.

TEOREMA 3 (Existência de solução fraca). Existe uma solução fraca para o


problema de valor irrestrito (5).

Prova. 1. De acordo com as estimativas de energia (17), existe uma subse-


quência 'k 0 e uma função u C L2(0, Z'; Al (IR';R ) ), de modo que u' e

u'- u fracamente em L2 (0, Z'; H'(R"; IR'))


(28)
u'* u' fracamente em L2(0, Z'; L2 (R"; R ) ).

2. Escolha uma função v e U'( 0, Z']; H'(IR'; IN")). Então, a partir de (11),
deduzimos:

(29) (u' , v) 'Du' : Do -I- B|u',v, t\ dt -- (f, v) dt.


0 0

Seja e = "k 0:

(30) (u', v) + Btu, v, t\ dt -- (f, v) dt.


0 0

Essa identidade é válida para todo v e U( 0, Z']; Al (IR'; R')) e, portanto

(u , v) -I- B \u, v; t\ = (f, v)

para a .e. t e cada v C Al (R'; IR').


3. Suponha agora que v(Z') = 0. Então, (29) implica

-(u', v') -I- eDu' : Do + Btu', v, /] dt -- (f, v) dt + (g', v(0)).


0 0

Ao enviar e = "k; 0, obtemos:

-(u, v) -I-B \ u , v; t) dt -- (f, v) dt + (g, v(0)).


0 0

A integração por partes em (30) nos dá a identidade

-(u, v) + Btu, v, t\ dt -- (f, v) dt + (u(0), v(0)).


0 0

Consequentemente, u(0) = g, pois v(0) é arbitrário.


408 7.EQUAÇÕES LINEARES DE RESOLUÇÃO DE
PROBLEMAS

TEOREMA 4 (Unicidade da solução fraca). Uma solução fraca de o/ (5) é


único.

Prova. 1. Basta mostrar que a única solução fraca de (5) com f - g 0


é u - 0.
Para verificar isso, observe

(31) (u , u) + B u, u;I) = 0para a.e. 0 t T.

Como B u, u; I U||u||2¿,(gq p ) , calculamos, como de costume, a partir de (31) que

d 2
dt( °(') |! ''( g-g; ')
o que força a desigualdade de Gronwall ||u( )!!2q ;gp) = 0 (0 < t < T), pois
u(0) = 0.

T.3.3. Sistemas com coeficientes constantes.


Nesta seção, aplicamos a transformada de Fourier (§4.3) para resolver o
sistema de coe@ciente constante

(32) ut + Bj uz -- 0em IR' x (0, m),


j--1

com a condição inicial

(33) u = gon IR' x (t = 0}.


Supomos que o ]
Bj l sejam constantes rn constantes e que a
matriz rn x rn

(34)
J=i
tem, para cada p e IR' rn, autovalores de recife

Não há nenhuma hipótese relativa aos vetores próprios e, portanto, estamos


supondo apenas um tipo muito fraco de hiperbolicidade aqui. Também não
assumimos nenhuma suposição de simetria para as matrizes (Bj}'_1 .
Consequentemente, as estimativas de energia anteriores não se aplicam.
Precisamos de uma nova ferramenta, que descobrimos na transformada de
Fourier.
7.3. SISTEMAS HIPERBÓLICOS DE EQUAÇÕES DE ORDEM FIXA 409

TEOREMA 5 (Existência de solução). Suponha que

Então, há uma solução única u C U'(|0, m); IR") do problema de valor inicial.
lem(32), (33).
Consulte §5.8.4 para obter a definição dos espaços fracionários de Sobolev
H'.
Prova. 1. Aplicamos a transformada de Fourier (§4.3.1), como segue. Primeiro,
suponha temporariamente que u = (u1 , ... , u ) seja uma solução suave. Em
seguida, defina

em que " denota a transformada de Fourier na variável z: não transformamos


com relação à variável de tempo t. A Equação (32) passa a ser

isto é,

(36) u/ -I- *B(y)u - 0em IB" x (0, ).

Além disso

(3T) u= gon IR' x (I = 0}.

Para cada p e R' fixo, resolvemos (36), (37) integrando no tempo, para
encontrar

(38)

Consequentemente, u = (e*" (°'g)*; de modo que

(39) u(z,/) =

2. Derivamos a fórmula (39) supondo que u seja uma solução suave de


(32), (33). Agora, verificamos que a função u definida por (39) é de fato uma
solução e, portanto, devemos primeiro verificar se a integral em (39)
converge.
Como g e H'(IR'; IR"), sabemos, de acordo com §5.8.4, que existe f e L2
(R"; R"') de modo que
(40)
410 7. EQUAÇÕES DE SOLUÇÃO LINEAR

Portanto, para investigar a convergência da integral (39), precisamos estimar ||e*"


(*) ||.
3. Para um p fixo, deixe F denotar o caminho '9B(0, r) no plano
complexo, percorrido no sentido anti-horário, o raio r selecionado tão grande
que os valores próprios
i(v) , A",(p) estão dentro
de F. Temos a fórmula:

(41) e '*B (^) - e '*'(z/ - B(y))-1 bz.


27F? r
Para verificar isso, deixe A(I, p) denotar o lado direito de (41) e fixe z C IR".
Então
1
e '*'B(y)(z/ - B(y)-) lz dz
2zi r
1
2zi r
1
d.A(t")..,
já que r e°"°dz -- 0. Consequentemente

d
(42) iB(y) A(I, //) - 0.
dt+
Além disso

A(0, y)z =
1 z -I- B(y)(z/ - B(y)) -1
(43) dz

1 B(y)(z/ - B(y))
=z+ dz.
2zi r

Agora

definido

(44)

de modo que str - B(y)tr = z. Tomando o produto com ñ, deduzimos |tr | <
para alguma constante U. Usando essa estimativa e deixando r ir para o
infinito, concluímos de (43) que A(0, p)z = z. Essa igualdade e (42)
verificam a fórmula de representação (41).
4. Defina um novo caminho A no plano complexo da seguinte forma.
Para p fixo, desenhe círculos &k -- B( k(v), l) de raio 1, centrados em !k(v) (k -
- 1, ... , tn). Em seguida, considere A c o m o a fronteira de [_)k l BE; ,
percorrida no sentido anti-horário.
7.3. SISTEMAS HIPERBÓLICOS DE EQUAÇÕES DE PRIMEIRA ORDEM411

Deformando o caminho F em A, deduzimos de (41) que

(45) e°"'(zI - B(y))l dc.

Agor

(46)

Além disso
det(zI - B(p)) = (> k(v))
k -i
de onde

(4T) det(zi - B(y)) | 1 se z e A.

Agor
a _ cof(a/ - B(y))*
(zI-B(y)) 1
" det(z/ - B(y))
onde "cof" denota a matriz do cofator (consulte §8.1.4). Deduzimos que

||(z/ - B(y)) 1|| < || cof(z/ - B(//))||


(48) r( + l-!"" + !!B(v)l!"- )
C'(1 -I- |y|"-1 )se z E A.

Nesse cálculo, utilizamos a desigualdade elementar

Combinando (45)-(48), obtemos a estimativa (49)

5. Volte agora para (37). Deduzimos, usando (40), (49) que

|e"'*e*""° g(y) dy < C ||e*"B'^ ||(1 + |p|')*1 |f(p)| dy

< be' |f(p)|(l + |p| 1)(1 + y )l dy


1/2 1/2
dy
< U|f| dy2
412 7. EQUAÇÕES DE EVOLUÇÃO LINEAR

pois s > § + rn - 1. Portanto, a integral em (39) converge, e segue-se facilmente


que a função

é contínua em IR' x [0, on).


6. Para mostrar que u é Al, observe para 0 < h < 1 que

u(z, - - h) - u(z, /) _ 1
h (2x)°/2h y-

Desde

podemos estimar, como acima, que

(e '(*" ) "*^) - e '*B(^ ) < C'e*"1(1 -I- |y|").

Portanto

u(z, I +
h) °( ') < C'e*"1 |y(y)|(1 -l- |y|")(1 -i- |g|')-l dg,

e o integrando é somável, pois s > § + rn. Assim, ut existe e é contínua em IR' x


(0, on). Um argumento semelhante mostra que ug, existe e é contínuo (i = 1, ... ,
n). De acordo com o Teorema da Convergência Dominada, podemos, além disso,
diferenciar sob o sinal de integral em (39), para confirmar que u resolve o
sistema "t + 1 Bj uz -- 0.

No Capítulo 1, encontraremos sistemas não lineares de primeira ordem de


equações hiperbólicas.

7.4. TEORIA DOS SEMIGRUPOS


A teoria Sem-9^ -p é o estudo abstrato de equações diferenciais ordinárias de
primeira ordem com valores em espaços de Banach, conduzidas por
operadores lineares, mas possivelmente não limitados. Nesta seção,
descrevemos os conceitos básicos da teoria e apresentamos também duas
aplicações ao PDE linear. Essa abordagem oferece uma alternativa elegante a
algumas das teorias de existência para equações de evolução apresentadas
nos parágrafos 7.1 a 7.3.
7.4. SEMJGftOUP THEOfW 413

7.4.1. Definições, propriedades elementares.


Começaremos em um cenário abstrato. Deixe X denotar um espaço de
Banach real e considere a equação diferencial ordinária
u'(t) - Au(t) (I 0)
(1)
u(o)=",
onde u C X é dado, e A é um operador linear. Mais precisamente,
Suponha que D(A), o domínio de A, seja um subespaço linear de X e que
tenhamos um operador linear possivelmente ilimitado
(2) A : D(A) -- X.
Investigamos a existência e a exclusividade de uma solução
u:/0,oo)-+K
da EDO (1). O principal problema é determinar condições razoáveis sobre o
operador A de modo que (a) a EDO tenha uma solução única u para cada
ponto inicial u C X e (b) muitas EDOs interessantes possam ser convertidas
na forma abstrata (1). (Temos em mente a situação em que A é um espaço U
de funções e A é um operador diferencial parcial linear envolvendo variáveis
diferentes de
t. Nesse caso, A é necessariamente um operador não limitado).

a. Semigrupos
Por enquanto, vamos assumir informalmente que u : 0, on) -- X é uma
solução da equação diferencial (l) e que (1) de fato tem uma solução única
para cada ponto inicial u C X.
Notação. Escreveremos
(3) u(/):- S(t) (I 0)
para mostrar explicitamente a dependência de u(t) do valor inicial u e X.
Para cada tempo t 0, podemos, portanto, considerar S(I) como um

mapeamento de X para

Quais são as propriedades da família de operadores S (I)Ii>o? Claramente


S(I) : X -+ A é linear. Além disso
(4) S(0)" = " (" e X)
e
(5) S(t + s)u -- S(t)S(s)u -- S(s)S(t)u (I, s 0, u E A).
A condição (5) é simplesmente a nossa suposição de que a EDO (1) tem uma
solução única para cada ponto inicial. Por fim, parece razoável supor que,
para cada u e X
(6) o mapeamento t S ( I)u é contínuo de 0, em) para X.
414 7. EQUAÇÕES DE EVOLUÇÃO LINEAR

DEFINIÇÕES. (i) Uma família S (I)l'>o de operadores lineares limitados que


mapeiam X em X é chamada d e semigrupo se as condições (/)-(6) forem
satisfeitas.
(ii) Dizemos que S (I)1'>o ' n semigrupo de contração iJ, além disso

(7)

aqui denota-9 a norma do operador. Dessa forma

A noção de semigrupo de contração captura muitas propriedades de um


fluxo agradável em X gerado pela ODE (l).

b. Propriedades elementares, geradores.

O verdadeiro problema agora é determinar quais operadores A geram


semigrupos de con- tração. Responderemos a isso em §7.4.2, depois de
registrar nesta seção alguns fatos gerais adicionais.
A partir de agora, assuma que {S(t)1t>o é um semigrupo de contração em
X.

DEFINIÇÕES. WNte (8)

()
(9) An :-- lim (" E D(A)).
i 0+

Chamamos de A : D(A) -+ X o gerador (infinitesimal) do semigrupo S(I) I '>o:


D(A) é o domínio de A.

TEOREMA 1 (Propriedades diferenciais de semigrupos). Suponha que u C D(A).


Então
(i) S(I)u C D(A) para cada 1 0,
(ii) AS(I)u -- S(I) An para cada I > 0,
(iii) o ma !*9 ! S(I)u é diferenciável para cada I > 0,
e
(iv) 5(t)u -- AS(t) (I o).
7.4. TEORIA DOS SEMIGRUPOS 415

Prova. 1. Seja u e D(A). Então

s --0-{- S

- lim ( t)S( )' - S( pela propriedade do semigrupo


s-+0-t- s
(5)
-s
Assim, S(I)u C D(A) e AT(I)u -- S(I) An. As afirmações (i) e (ii) estão provadas.
2. Seja u e D(A), h > 0. Então, se t 0,
- h)u
lim - S(')Au
h+0+ h
S(h)u - u
- S(t) An
h

- Au + (S(t - h) - S(t)) As -- 0,
h

desde -- An e S(I - h) < 1. Consequentemente


S(t) - S(t -

Da mesma forma
5(h) -
-- S(I) lim -- S(t) As.
a--o+ h O+ h
Assim S(I)u existe para cada tempo 10, e é igual a S(I) An - AT(I)u.

Observação. Como I AT(I)u = S(I) An é contínuo, o mapeamento t


S(I)u é U1 em (0, on), se u e D(A).

TEORIA\ 2 (Propriedades dos geradores).


(i) O domínio D(A) é denso em X,
e
(ii) A é um operador fechado.
Observação. Dizer que A é fechado significa que sempre que -k o D(A) (k -- 1, ...
)e k H, Askas k - on, então
u e D(A), -- Au.
416 7. EQUAÇÕES DE EVOLUÇÃO LINEAR

Prova. 1. Fixe qualquer u C A e defina então u' = J0 S(s)u ds. Em vista de (6),
-¡- -+ u em A, como t - 0+.
2. Afirmamos que

(o) "' E D(A) (I > 0).

De fato, se r > 0, temos

S(r)''" -' S(r) ' S(s)u ds - ' S(s)u ds

-- S(r -F s)u - S(s)u ds,

em que usamos a propriedade do semigrupo (5). Portanto

S(r)''
-- '"* S(s)u ds - ' S(s)u ds
S(t) - , como r 0 - - .

Portanto, u' e D(A), com but = S(t)u - u. Isso prova (10) e completa a
prova da afirmação (i).
3. Para provar que A é fechado, deixe <k D(A) (k -- 1, ... ) e suponha que

(11)

Devemos provar que u e D(A), v -- An. De acordo com o Teorema 1

S(t)-k - k --S (s) Pergunte ds.


0

Deixe k -- em e lembre-se de (11):

S(I) - u --S (s) ds.


0

Portanto, temos

S(s)v ds -- v.
t--0+ t t--0+ 0

Mas, por definição, u C D(A), v -- An.


7.4. TEORIA DO SEMIGRUPO 417

c. Resolventes.

DEFINIÇÕES. (i) Dizemos que um número real A pertence a p(A), o conjunto


resolvente de A, desde que o operador

51 - A : D(A) -- X

é um para um e é onto.
(ii) Se A C p(A), o operador resolvente R : X -- X é definido por

Executar :-- (3f - A)°1 u.

De acordo com o Teorema do Gráfico Fechado (§D.3), R : X -- D(A) o A é


um operador linear limitado. Além disso,

AR u - R An se u e D(A).

TEOREMA 3 (Propriedades dos operadores resolventes).


(i) Se A, p C p(A), temos

(12) Rd - Rp = (p - 3)R5Rp (identidade resolvente)

(13) R//ty -- RyR/.

(ii) Se 7 > 0, então 7 E p(A),

(14)
0

e, portanto, || Rd || < 1

Observação. Assim, o operador resolvente é a transformação de Laplace do


semi-grupo (cf. Exemplo 4 em §4.3.2). O

Prova. 1. A verificação das identidades ( 12) e (13) é deixada para o leitor


(Problema 11).
2. Observe primeiro que, como A > 0 eS (I) 1, a integral do lado
direito de (14) está definida. Deixe Rin denotar essa integral. Então, para fi > 0
418 7. EQUAÇÕES DE EVOLUÇÃO LINEAR

e u C A,

h h 0
e""|S(t -F h)u - S(t)u\ dt
i h
e '(* h)S(I) dt
h o
1
(e '(! h) - e"")S(t)u dt

e "S(I)u dl
h 0
e'h - 1
e°"S(I)u dt.
h 0
Portanto _
lim '(h)R
h--0+ //

(15) (AI - A)ft em -- u (u e A).


Por outro lado, se u e D(A),

AT em -- A e°"S(t)u dt -- e " AS(I)u dt


0 0
(16)
-- e°"S(I) An dt -- ft An.
0
Nossa passagem de A sob o sinal de integral é justificada, pois A é um operador
fechado: veja o Problema 12. Assim
Rd(â/ - A)o -- u (u e D(A)).
Em vista de (15) e da fórmula acima, AZ - A é unívoco e onto. Con-
sequencialmente A C p(A), (AZ - A)*1 = R . D

7.4.2. Geração de semigrupos de contração.


Agora, vamos caracterizar os geradores dos semigrupos de contração:
TEOREMA 4 (Teorema de HillwYosida). Seja A um operador linear
fechado e densamente definido em X. Então, A é o gerador de um semigrupo
de contração (S(f)}'40 */ e somente i/

(17) (0, oo) C p(A) e ||R/ || <para 7 > 0.


7.4. TENORES DE SEMIGRUPOS 419

Prova. 1. Se A for um gerador, então, a partir do Teorema 3,(iii), deduzimos


imediatamente (17).
2. Por outro lado, suponha que A seja fechado, densamente definido e
satisfaça (17). Devemos construir um semigrupo de contração com A como seu
gerador. Para isso, fixe A > 0 e defina
(18) A :-- - II -F J2 Ltd -- JAft .
O operador A é um tipo de aproximação regularizada para A.
3. Primeiro afirmamos
(19) A u -- An como A -+ on (u C D(A)).
De fato, como h Rin - u -- AR u -- R An, ORin - u < R An <
1 An - - 0. Assim, ORin -+ u como I -+ on se u C D(A). Mas como ||http || < 1

e D(A) é denso, deduzimos também que

(20) ARin -+ u para todos os u C A.


Agora, se u C D(A), então

Em vista de (20), nossa afirmação (19) está p r o v a d a .


4. Em seguida, defina
2
S (I) : e' A * = €!*"e' 'ft* e "
k!
/t--0

Observe que, como R < A*1,


2k(k
1.
k! k!
k--0

Consequentemente S (!)Ii>o é um semigrupo de contração, e é


fácil verificar que seu gerador é A , com D(A ) X.
5. Seja A, p > 0. Como R Rp -- Rp R , vemos que A Ap -- Ap A , e assim
ABS (I) = S (1) Ap para cada t > 0.
Portanto, se u C D(A), podemos calcular

S/(i)u - Sy(i)u = ' ) ,(t - s)S/(s)u) ds


0 S \s

--S (I - s)S/(s)(A/u - Ayu) ds,


0
420 7. EQUAÇÕES DE EVOLUÇÃO LINEAR

porque S (1)u = AUS (t)u = S (I) Ain. Consequentemente, S (I)u - Sp(I)u t A


u - Ayn -+ 0 como 3, y -+ m. Portanto
(2l) S ( I )u : limp S (I)u existe para cada t > 0, u C D(A).

Como S (1) < 1, o limite (21) de fato existe para todo u C A, uniformemente para
t em subconjuntos compactos de {0, on). Agora é fácil verificar que {S(t)1t-0 é
um semigrupo de contração em A.
6. Resta mostrar que A é o gerador de (S(t))'>0. Escreva B para denotar
esse gerador. Agora

(zz) S/(t)u - u --S/ (s) Abu ds.


0
Além disso
||S/(s) Abu - S(s) Au|| < ||S/(s) || ||Abu - Au|| -F ||(S/(s) - S(s)) Au|| 0
como A -+ oo, se u E D(A). Passando, portanto, para os limites em (22), deduzimos

S(t) - n --S (s)Au ds


0

se u C D(A). Portanto, D(A) C D(B) e


S(t)u - u
Bu lim -- A (u e D(A)).
t--0+

Agora, se A > 0, A e p(A)G p(B). Além disso, (AI - B)(D(A)) ( $I - A)(D(A)) = A,


de acordo com (17). Portanto, (A/ - B) D (A) é unívoco e onto; logo, D(A) -- D(B).
Portanto, A -- B, e assim A é de fato o gerador de (S(f))'>o

Observação. Seja w e R. Um semigrupo [S(t)lino é chamado de u'-contrátil


se S(I) < e"' (t 0 ). Uma variante fácil do Teorema 4 afirma que um operador
linear fechado e densamente definido A gera um semigrupo in-contrativo se e
somente se

(23) (w, oo) C p(A) e || R/ _ para todo A > m.

Essa versão do Teorema de Hille-Yosida será necessária para nosso primeiro


exemplo a seguir.

7.4.3. Aplicativos.
Nesta seção, demonstramos que certos PDEs parabólicos e hiperbólicos
de segunda ordem podem ser realizados na estrutura do semigrupo.
7.4. TEORIA DO SEMIGRUPO 421

a. PDE parabólico de segunda ordem.


Consideramos primeiro o problema parabólico de valor inicial/limite

ut -1- Tu -- 0 em Up
(24) u= 0em EU x 0, Z']
u=g em U x (t = 0},

um caso especial (correspondente a / 0 ) de (1) em §7.1.1. Supomos que £


tenha a estrutura de divergência (2) do item §7.1.1, satisfaça a condição de
elipticidade forte usual e tenha coeficientes suaves, que não dependem de t.
Além disso, supomos que o conjunto aberto delimitado U tenha um limite
suave.

Propomos reinterpretar (24) como o fluxo determinado por um


semigrupo em A T2 (U). Para isso, definimos

(25) D(A) :-- H0 (U) H2 (U),

e definir

(26) An :-- - En se u e D(A).

Claramente, então A é um operador linear não limitado em A. Lembre-se de


que, em §6.2.2, a estimativa de energia

(27)

para constantes Q > 0, 0, em que B , ] é a forma bilinear associada a

TEOREMA 5 (EDP parabólicas de segunda ordem como semigrupos). O


operador A gera um semigrupo de contração q {S(t)1'>o +2 (p).
Prova. 1. Devemos verificar as hipóteses da variante do Teorema de Hille-
Yosida mencionada na Observação final em §7.4.2, com a
substituição de m.
Primeiro, D(A) dado por (25) é claramente denso em L2 (U).
2. Afirmamos agora que o operador A é fechado. De fato, seja {ufr }p 1 C
D(A) com

(28) k u, Askf em L2(U). De

acordo com o Teorema 4 de regularidade em §6.3.2,


422 I. EQUAÇÕES DE EVOLUÇÃO LINEAR

para todos os k e f. Assim, (28) implica que {uk j é uma sequência de


Cauchy em H2 (U) e, portanto
(29) wk em H2 U).
Portanto, u e D(A). Além disso, (29) implica que Ask An em T2 (U) e,
consequentemente, / = An.
3. Em seguida, verificamos as condições de resolução (23),com
substituindo m.De acordo com o Teorema 3 em §6.2.2, para cada A
>o problema de valor-limite
Em -1- em -- f em U
(30)
u= 0em UE
tem uma única solução fraca u C H0 (U) para cada / e T2 (U). Devido à teoria
da regularidade elíptica, de fato u C H2 (U) O H0 (U). Assim, u C D(A).
Agora p o d e m o s reescrever (30), usando (26), e encontrar
(31) ñ" - As -- f.
Assim, (II - A) : D(A) -- X é unívoca e onto, desde que A > y. Portanto
p(A) D y, on).
4. Considere a forma fraca do problema de valor-limite (30):

B\- -1 + (- -) - (/.-)
para cadar e H0 (U), onde ( , ) é o produto interno em T2 (U). Defina r = u e
lembre-se de (27) para calcular para A > y:

Portanto, como u = R J, temos a estimativa


1

Esse limite é válido para todo / e L2 (U) e, portanto

(32)

conforme necessário.

Observação. A teoria dos semigrupos fornece um método elegante para


construir uma solução para o problema de valor inicial/limite (24). No entanto,
vale a pena observar que essa técnica exige que os coeficientes a'* , b'!, c (i, j -- 1,
... , n) de £ sejam independentes de t. O método Galerkin em §7.1 funciona sem
essa restrição. Por outro lado, a teoria do semigrupo constrói, desde o início,
uma solução mais regular do que a produzida pela técnica de Galerkin, pelo
menos até desenvolvermos a teoria da regularidade.
7.4. TEORIA DOS SEMIGRUPOS 423

b. PDE hiperbólico de segunda ordem.

Em seguida, voltamos nossa atenção para o problema hiperbólico de valor


inicial/limite

mt -1- Lu -- 0in Up
(33) u= 0em EU x 0, Z']
u = g, ut = h em U x (t = 0},

para o operador L e o conjunto aberto U, conforme descrito acima.


Reformulamos (33) como um sistema de primeira ordemdefinindor :="t
Então, o que foi dito acima é

ui = r, at + Tu -- 0em Up
u- 0em EU x |0, 7']
u = g, r= h em U x {t = 0}.

Além disso, assumiremos que £ tem a forma simétrica:

i,j--1

onde

(34) c > o, a" = "'"' (i,} = 1,...,n).


Assim, para alguma constante Q > 0:

(35) D uEU) < B u, u) para todo u e H0 (U).

Agora
pegue X - H0(U) x £2 (U),

com a norma

(36)

Definir D(A) :-- |H2(U) C £ 0 (U)) x H0 (U)

e definir

(37) A(u, ) : (u, -€") para (", u) E D(A).

Mostraremos que A verifica a hipótese do Teorema de Hille-Yosida.


424 7. EQUAÇÕES DE EVOLUÇÃO LINEAR

TEOREMA 6 (EDPs hiperbólicas de segunda ordem como semigrupos). O


operador A gera um semigrupo de contração {S(t)}t>0 em H0 (U) x £2 (U).
Prova. 1. O domínio de A é claramente denso em H0 (U) x L2 (U).
2. Para ver que A é fechado, deixe {(uikr, £)}£-1 C D(A), com
( k' k) ( u , r), A (-k k ) ( I , g) em H0 (U) x L2 (U).
Como A(<k k ) = ( k -+<k), concluímos que -- v e L-k -g em L2(U). Como na prova
anterior, segue-se que -k -- u em H2(U) e g -- -Tu. Assim, (u, r) C D(A), A(u, v) =
(r, -<-) - (/. 9)
3. Agora, deixe A > 0, (f, g) C X -- H0 (U) x L2 (U) e considere a equação do
operador
(38) A(", r) - A(u, ) (f, g).
Isso é equivalente às duas equações escalares

(39)

Mas (39) implica


(40) J2 " -I- £u -- 7 f -|- g (u E H2 (U) G H (U)).
Como A2 > 0, a estimativa (35) e a teoria da regularidade implicam que
existe uma solução única u de (40). Definindo thenr := In - / C H0 (U),
mostramos que (38) tem uma solução única (u, r). Consequentemente, p(A) D (0,
m).
4. Sempre que (39) for válida, escreveremos (u, r) = R ( , g). Agora, a
partir da segunda equação em (39), deduzimos

Substituindo c = An - J, obtemos

Aqui usamos a desigualdade de Cauchy-Schwarz generalizada (§B.2), que se


mantém devido à condição de simetria (34). À luz de nossa definição (36),

e assim
(1 > 0),
conforme
necessário.

Consulte Friedman FRI] ou Yosida Y] para conhecer a teoria dos semigrupos


analíticos.
Aspectos da teoria de semigrupos não lineares serão desenvolvidos
posteriormente, no item §9.6.
7.5. PROBEEMS 425

7.5. PROBLEMAS
Nos exercícios a seguir, assumimos que U C R' é um conjunto aberto e
delimitado, com limites suaves e Z' > 0.
1. Prove que há no máximo uma solução suave desse problema de valor
inicial/limite para a equação de calor com condições de contorno de
Neumann:
ut - Au = f em Up
= embU x |0, Z']
u = g em U x {t = 0}.
2. Suponha que u seja uma solução suave de
ut - Au = 0em U x (0, m)
u= em bU x 0, oo) u
=g em U x {t -- 0}.
Prove a estimativa de decaimento exponencial:

onde Ji > 0 é o autovalor principal de -A (com limite zero)


condições) em U.
3. (Método de Galerkin para a equação de Poisson.)
Suponha que / o L2 (U) e suponha que u, nk_l d wk resolva

Duh - Dnk d:s --f ' k dc


U U

para k -- 1, ... Mostre que uma subsequência de ( up}


converge
fracamen
te em H0 (U) para a solução fraca u de
-Au = f em U
u= 0em dU.

4. Assumir
em £ (0, 1(p))
T'i
Reino Unido v em £*(0, Z'; /f 1 (č/)).
Prove que v -= zz'. (Dica: Seja $ e C1(0, J), tr E 1-10(U). 'I'hen

(u , $ui) dt -- - - (uk, $ to) dt.)


0 0

5. Suponha que H seja um espaço de Hilbert e

Reino Unido u em £2 (0, T, H).


426 7.EQUAÇÃO LINEAR DE UNIÃO
DOS OLHOS

Suponha ainda que tenhamos os limites uniformes

esssup ll°k(*)| C (k -- 1,...),


0<t<I

para alguma constante U. Prove que

ess sup ||u(t)|| U.


0<t<T

(Dica: se r € H e 0 < a < b < Z', temos

6. Suponha que u seja uma solução suave de

ut - An + en = 0em U x (0, m)
u= emEU x [0, in)
u = g em U x {t = 0}

e a função c satisfaz

c >> 0.

Provar
|u(z, I) | < Ce " ((z, I) E Up).

7. Suponha que u seja uma solução suave do PDE do Problema 6, que p >
0 e que c seja limitado (mas não necessariamente não negativo).
Mostre que u > 0. (Dica: que PDE r :- e "u resolve?)
8. Prove a desigualdade (54) em §7.1.3, (59) em §7.2.3. (Dicas: Suponha
que u seja suave, u = 0 em EU. Transforme o termo (Lu, -An)
integrando por partes duas vezes. Simplifique e, em seguida, estime os
termos de limite usando desigualdades de traço).
9. Mostre que existe no máximo uma solução suave desse problema de
valor inicial/limite para a equação do telégrafo

"// -I- dci - " - /em (0, 1) x (0, 7')


" 0on ((0} x (0, Z']) U ((1} x t0, 7'j)
t/ == g, u h em ( 0, 1) x (I - 0).

Aqui d é uma constante.


7.6. REFERÊNCIAS 427

10. Prove que existe no máximo uma solução suave u desse problema para a
equação do feixe

"-" - 0em ((0} x t0, Z'j) U ((1} x 0, w])


" g, "/ h em [0, 1] x (f - 0).

11. Prove as identidades resolventes (12) e (13) em §7.4.1.


12. Justificar a igualdade

Ae "S(t)z dt --e "AS(t)z dt


0 0

usado em (16) do item §7.4.1. (Dica: aproxime a integral por uma


soma de Riemann e lembre-se de que A é um operador fechado).
13. Defina para t > 0

onde g-+ e & é a solução fundamental da equação de calor. Defina também


S(0) g -- g.
(i) Prove que JS(1) I'>o é um semigrupo de contração em L2 (R').
(ii) Mostre que {S(t))'>o não é um semigrupo de contração em £'(R').
14. Seja S(I) I '>o um semigrupo de contração em A, com gerador A. Defina
indutivamente D(Ak) :- - :r e D(A' 1) | A k1 z e D(A) j (k -- 2, ... ). Mostre que
se z C D(Ak) para algum k, então S(t):s C D(Ak) para cada t > 0.
15. Use o Problema 14 para provar que, se u for a solução do semigrupo em
A=
£2 (č/) de
t- u = 0 em Uy
u = 0 em bU x [0, Z']
u = g em U x {t = 0},

com p C C! (U), então u( , t) C C!°°(U) para cada 0 < t < T.

7.6. REFERÊNCIAS
Seção 7.1 Ver Ladyzhenskaya L, Capítulo 3], I.-L. Lions [LU, Lions- Magenes
|L-M], Wloka WLR. W. Schlag me ajudou com a prova dos
Teoremas 5 e 6. A prova da desigualdade parabólica de Harnack
é semelhante aos cálculos encontrados em Davies [DAQ.
428 7. EQUAÇÕES DE EVOLUÇÃO LINEAR

Os livros de Krylov CKR], Ladyzhenskaya-Solonnikov-Ural-


tseva L-S-U] e Lieberman LBS contêm muito mais sobre a
teoria da regularidade.
Seção 7.2 Consulte Ladyzhenskaya L, Capítulo 4], I.-L. Lions L1),
Lions- Magenes L-M] e Wloka OWL].
Seção 7.3 O argumento da transformada de Fourier é retirado de John 3
, cf. também Treves |T, §15]. D. Serre me mostrou uma
versão muito mais precisa do Teorema 5, sob a suposição
adicional de hiperbolicidade estrita.
Seção 7.4 Consulte Friedman FR1, Parte 2, §l] e Yosida Y, Capítulo
Seção 7.5 IX]. Problema 8: veja B-E] para uma prova e veja também
Ladyzhens-Kaya-Uraltseva [L-U, p. 182].
Capítulo 8

O CÁLCULO DE
VARIAÇÕES

8.1 Introdução
8.2 Existência de minimizadores
8.3 Regularidade
8.4 Restrições
8.5 Pontos críticos
8.6 Problemas
8.7 Referências

8.1. INTRODUÇÃO
8.1.1. Ideias básicas.

Apresentamos algumas ideias novas supondo, em primeiro lugar, que


desejamos resolver alguma equação diferencial parcial, que, para simplificar,
escrevemos na forma abstrata

(1)

Nessa fórmula, A -) denota um operador diferencial parcial dado,


possivelmente não linear, e u é a incógnita. Obviamente, não existe uma
teoria geral para resolver todos esses PDEs.
O cálculo de variações identifica uma classe importante de tais
problemas não lineares que podem ser resolvidos usando técnicas
relativamente simples de análise funcional não linear. Essa é a classe de
problemas rotacionais, ou seja,

431
432 8. A UiS LAYOUE DE VARIAÇÕES

PDE da forma (l), em que o operador não linear A-) é a "derivada"


de um funcional de "energia" apropriado .Simbolicamente,

escrevemos (2)

Então, o problema (1) é

(3) f| =0.

A vantagem dessa nova formulação é que agora podemos reconhecer as soluções


de (1) como sendo pontos críticos de I -). Se, por exemplo, o funcional - ] tiver
um mínimo em u, então, presumivelmente, (3) é válido e, portanto, u é uma
solução do PDE original (1). A questão é que, embora geralmente seja
e:rtremamente difícil resolver
(1) diretamente, pode ser muito mais fácil descobrir os pontos mínimos (ou
ma:i::imum, ou outros pontos críticos) da função I -).
Além disso, é claro, muitas das leis da física e de outras disciplinas
científicas surgem diretamente como princípios variacionais.

8.1.2. Primeira variação, equação de Euler-Lagrange.

Suponha agora que U C R' seja um conjunto aberto e delimitado com


limites suaves EU,
e nos é dada uma função suave

Chamamos £ de Lagrangiano.
Notação. Escreveremos

para p C &', z C & e z C U. Assim, "p" é o nome da variável pela qual


substituímos Dw(:s) abaixo, e "z" é a variável pela qual substituímos
w(z). Também definimos

Essa notação esclarecerá a teoria a seguir.

Agora, tornamos as ideias vagas do item §8.1.1 mais precisas, assumindo que
-j para ter a forma explícita

(4)
U
8.1. INTRODUÇÃO 433

para funções suaves em : U -+ satisfazendo, digamos, a condição de contorno

(5) in = pon EU.

Vamos supor agora que alguma função suave específica u, que satisfaça a
condição de limite necessária u = g em EU, seja um minimizador de /| ] entre
todas as funções que satisfaçam (5). D e m o n s t r a m o s que u é, quando
atomaticamente, uma solução de uma determinada equação diferencial parcial
não linear.
Para confirmar isso, primeiro escolha qualquer função suave r C C (U) e
considere a função de valor real

(6) t(r):= fl"-F rrl (r * ).

Como u é um minimizador de I e u + rr - u = g em fi(/, observamos que i( )


tem um mínimoatr 0. Portanto

(7) i (0) = 0.

Calculamos explicitamente essa derivada (chamada de primeira


variação) escrevendo

(8)
U

Portanto

U _

Letr = 0, para deduzir de (7) que

0 = i(0) =
U i=1

Por fim, como tem suporte compacto, podemos integrar por partes e obter

U i= 1

Como essa igualdade é válida para todas as funções de teste r, concluímos que u
resolve o problema de
434 8. O CÁLCULO DE VARIAÇÕES

PDE não linear

(9)

Essa é a equação de Euler-Lagrange associada à função de energia I definida


por (4). Observe que (9) é um PDE quasilinear de segunda ordem na forma
de divergência.

Em resumo, qualquer minimizador suave de I- é uma solução da equação


diferencial parcial de Euler-Lagrange (9) e, portanto, inversamente, podemos
tentar encontrar uma solução de (9) procurando minimizadores de (4).

Exemplo 1 (princípio de Dirichlet). Tome

Então Ap, = p, (i = 1, ... , n), £, = 0; e, portanto, a equação de Euler-Lagrange


associada ao funcional

1
2
U

An - 0in U.
Esse fato é o princípio de Dirichlet, introduzido anteriormente no item §2.2.5.

Exemplo 2 (Princípio de Dirichlet generalizado). Escreva

"(*) ' - y(-),


'"--i°
onde o' = a (i, j -- 1, ... , n). Então Ap; = Z;-i -"(-) j (i = 1, ... , n),
£, = -/(z). Portanto, a equação de Euler-Lagrange associada à função
nacional

' Z,;-i-')----. --! d-


1
2
U

é a equação linear da estrutura de divergência

i,j --1
8.1. EM TRODUÇÃO 435

Veremos mais tarde (nos parágrafos §8.1.3 e §8.2) que a condição de


elipticidade uniforme sobre a '!' (', j -- 1, ... , n) é uma suposição natural adicional,
necessária para provar a existência de um minimizador. Consequentemente, do
ponto de vista não linear do cálculo de variações, a forma da estrutura de
divergência de um PDE elíptico linear de segunda ordem é completamente
natural. Essa observação fornece uma motivação muito tardia para as técnicas de
forma bilinear utilizadas no Capítulo 6.

Exemplo 3 (equação de Poisson não linear). Dada uma função suave /


R -' R, defina sua antiderivada F(z) -- J0 /(p) dy. Então, a equação de Euler-Lagrange
associada à função

Do |2 - F(w) d:s

é a equação de Poisson não linear

-An = /(u) em U.

Exemplo 4 (Superfícies mínimas). Seja

-|-p 2)1/2
£(p, z, s) = (1

para
que
I w) -- (1 + | Dm|2)''2 d:s
U

é a área do gráfico da função em : U -+ . O gráfico de Euler-


A equação de Lagrange é

(I0) = 0em U.

Essa equação diferencial parcial é a equação da superfície mínima. A


expressão div (( + qJ )22 ) no lado esquerdo de (10) é n vezes a curvatura
média do gráfico de u. Assim, uma superfície mínima tem curvatura média
zero.
436 8. O LAWFULUS DAS VARIAÇÕES

Uma superfície mínima

8.1.3. Segunda
variação.
Continuamos no espírito d o s cálculos de §8.1.2, calculando agora a
segunda raNação de /[-] na função u. Isso é obtido observando
que, como u dá um mínimo para -I , devemos ter

i"(0) 0,

i( ) definido como acima por (6). Em vista de (8), podemos calcular

Definindor= 0, derivamos a desigualdade

0 I"(0) -
U
(11)

i- 1

válido para todas as funções de teste r C G ( U).


Podemos extrair informações úteis da desigualdade (11), como segue.
Primeiro, observe, após um argumento de aproximação de rotina, que a
estimativa (11) é válida para
8.1. INTRODUÇÃO 437

qualquer função contínua de Lipschitz r que desapareça em EU. Em seguida,


fixamos ( € R"
e definir

(12)

onde ( e G (U) e p : & -- é a função periódica "zig-zag" definida


por
zif 0 < z < 1
2
P(')- 1-s <s<1
Porta se
nto
p' -- 1 a.e.
(13)

Observe ainda que rg, (z) = p' ) (i(+ 0(e) como e - 0 , e, portanto, nossa
substituição
(12) em (11) resulta em

Relembramos (13) e, em seguida, enviamos e -+ 0, obtendo assim a desigualdade

U i,j--1

Como essa estimativa é válida para todos os ( C C! (U), deduzimos que

(14)
i,j=l

Veremos mais adiante, no item §8.2, que essa condição necessária contém
uma pista sobre a suposição básica de convexidade no Lagrangiano ñ
necessária para a teoria da existência.

8.1.4. Sistemas.
a. Equações de Euler-Lagrange.
As considerações anteriores se generalizam facilmente para o caso de
sistemas, sendo que as únicas complicações novas são, em grande parte,
notacionais. Lembre-se, em §A.1, de que M"^" é o espaço de matrizes reais
em x n, e suponha que a função La- grangiana suave
X

X
é dado.
438 8. O CÁLCULO DE VARIAÇÕES

Notação. Escreveremos
1

para P C M"X ', z e R", e z e U, onde

P1 em mx n

(Agora estamos empregando sobrescritos para denotar as linhas: essa convenção


notacional simplifica as fórmulas a seguir). O

Como em §8.1.2, associamos a L a função

(15)
U

definido para funções suaves w : U - R", w (w*, ... , ir"), satisfazendo


as condições de contorno w = g em EU, g : EU - R' sendo dado. Aqui

Dw z)

é a matriz de gradiente de w em z.

Vamos mostrar agora que qualquer minimizador suave u = (ul , ... , u") de ,
tomado entre funções iguais a g em EU, deve resolver um determinado sistema
de equações diferenciais parciais não lineares. Portanto, fixamos v = (r*, ... , r")
C C ( U; R") e escrevemos
i(r) := u + rv].
Como
antes t'(0) = 0.
A partir disso, deduzimos prontamente, como acima, a igualdade
n m m
0 = i'(0) = X Z *p (Du, u, z)r .+ Z ^ (Du, u, x)vk dx
Ui= 1 £--1 £--1

Como essa identidade é válida para todas as escolhas de r1 , ... , r


concluímos após a
integralização por partes:

(16) - (6u, u, z)) + A, (6u, u,z) - 0em U (k -- 1, ... , m).


1
Esse sistema acoplado e quasilinear de EDPs compreende a equação de Euler-
Lagrange.
para o funcional ] definido por (15).
8.1. INTRODUÇÃO 439

b. Lagrangianos nulos.

Surpreendentemente, é interessante estudar determinados sistemas de


equações diferenciais parciais não lineares, para os quais a função suave ered
é uma solução.

DEFINIÇÃO. A função L é chamada de Lagrangiano nulo no sistema de


equações de Euler-Logronge

(17) - (Lps (Du, u, z)) + L i (Du, u, z) = 0em U (k -- 1, ... , rn)


l

é resolvido de forma não ornamental por junções suaves u : U -+ R".


A importância dos Lagrangianos nulos é que a energia correspondente

depende apenas das condições de contorno:

TEOREMA 1 (Lagrangianos nulos e condições de contorno). Defina L he o


^-!! *9 ^9*--. Suponha que u, ii sejam duas junções em C2 (N, R ) tais que
(18) u- iion EU

Então

(19)

Prova. Defina

Então

+ A, (edu + (1 - z)D5, zu -+- (1 - z)u, z)(uk - uk ) dz

. k--1

-zk--1 U
-Z(*. (-Du+(l--)D- -u + (l--)- -))..,
*= 1

= 0,
440 8. O CECO NOS DE VARIAÇÕES

a última igualdade se mantém, pois o sistema de Euler-Lagrange do PDE é


satisfeito por ru + (1 - r)ii. Segue-se a identidade (19).
No caso escalar em que rn = l, as únicas Lagrangianas nulas são os
exemplos enfadonhos em que L é linear na variável p. Para o caso de
sistemas (rn > 1), no entanto, há alguns exemplos não triviais que serão
importantes para nós mais tarde.
Notação. Se A for uma matriz n x n, denotamos por
cof A
a matriz co/octor, cuja entrada (k, i)" é (cof A) -- (-l)'" d(A) , em que d(A) --
determinante da matriz (n-1) x (n- 1) obtida pela exclusão da linha L "e da
coluna i "de A. O

LEMMA (Linhas livres de divergência). Seja u : R' - R' seja uma função j suave.
Então

(20) (cof Du)kgt - 0 (k -- 1, ... , n).


i=1

Prova. 1. Da álgebra linear, lembramos a identidade


(21) (det P)/ = P"(cot P) (P C M'x ');
isto é,

(22) (det 6)d'j - p (cof P) (*, j -- 1, ... , n).


k--\

Assim, em particular
fi det
(23) -- (cof P) (k, m -- 1, ... , n).

2. Agora, defina P = Du em (22), diferencie com relação a zj e some


- 1, ... , D, tO encontrar

para i = 1, ... , n. Essa identidade é simplificada para

(24) Z - , Z (cof Du) -0 (i - 1, ... , n).


£--1 j --1
8.1. INTRODUÇÃO 441

3. Agora, se det Du( o) 0, deduzimos de (24) que

(cof Du) -- 0 (k -- 1,..........., n)

em +o Se, em vez disso, det Du(+o) - 0, escolhermos um número e > 0 tão


pequeno que det(Du(+o) + - )
0, aplicamos as etapas 1-3 a ii := u -I- cx e enviamos e - 0. D

TEOREMA 2 (Determinantes como Lagrangianos nulos). A função


determinante

L(P) -- det P (P e M'x ')

Prova. Devemos mostrar que, para qualquer função suave u : U - R',

De acordo com (23), temos Apr = (cof P)k (i, k -- 1, ... , n). Mas,
empregando a notação e a conclusão do lema, vemos

Lp (Du)) - (cof Du) -- 0 (k 1, ... , n).


l

Alguns outros Lagrangianos nulos interessantes são apresentados nos


exercícios.

c. Aplicativo.

Uma boa aplicação é uma prova analítica rápida de um teorema de ponto fixo
topológico.

TEOREMA 3 (Teorema do ponto fixo de Brouwer). Suponha que

u : Zt(0, 1) -+ Zt(0, 1)

IS COflt3nuous, em que B(0, 1) denota a unidade fechada toff em R'. Z'hen u tem
um ponto ponto; ou seja, aqui e:i:fisLs um pontoinf z E B(0, 1) rift

u(z) = z.
442 8. O CECO NOS DE VARIAÇÕES

Prova. 1. Escreva & - B(0, l). Em primeiro lugar, afirmamos que não existe
uma função suave

(25) w:B dB

de modo
que

(26) w(z) = zpara todo z C dB.

2. Suponha, ao contrário, que essa função w exista. Vamos escrever


temporariamente w para a função identidade, de modo que w(z) = z para
todo z C B. Em vista de (26), w - w em dB. Como o determinante é um
Lagrangiano nulo, o Teorema 1 implica

(27) det Dw dv -- det DC dv -- B 0.


B B

Por outro lado, (25) implica |w |2 1; e, assim, diferenciando, encontramos

(28) (Dw) "w - 0.

Como |w| = 1, (28) diz que 0 é um autovalor de Dw" para cada z C B.


Portanto, det Dw 0 em B. Isso contradiz (27) e, portanto, prova que não pode
existir nenhuma função suave w que satisfaça (25), (26).
2. Em seguida, mostramos que não existe nenhuma função contínua w que
verifique (25), (26). De fato, se w fosse uma função desse tipo, estenderíamos w
continuamente definindo w(z) - z se z C R' - B. Observe que w(z) 0 (z C R'). Fixe
e > 0 tão pequeno que wt := p, w satisfaça i (+) 0 (z C R'). Observe também que,
como p, é radial, temos w (z) - z se z C R' - B(0, 2), para e > 0 suficientemente
pequeno. Então
2i

seria um mapeamento suave que satisfizesse (25), (26) (com a bola B(0, 2)
substituindo B -- B(0, 1)), em contradição com a etapa 1.
3. Por fim, suponha que u : B B seja contínuo, mas não tenha um ponto
fixo. Defina agora o mapeamento w & -' dB definindo w(z) como o ponto em
dB atingido pelo raio que emana de u(z) e passa por z. Esse mapeamento é
bem definido, pois u(z) z para todo z e B. Além disso, w é contínuo e satisfaz
(25), (26).
Mas isso, por sua vez, é uma contradição à etapa 2.

Empregaremos o teorema do ponto fixo de Brouwer várias vezes no Capítulo


9.
8.2. EXISTÊNCIA DE USUÁRIOS 443

8.2. EXISTÊNCIA DE MINIMIZADORES


Nesta seção, identificaremos algumas condições no Lagrangiano L que
garantem que a função /(-] realmente tenha um minimizador, pelo menos
dentro de um espaço de Sobolev apropriado.

8.2.1. Coercividade, semicontinuidade inferior.

Vamos começar com alguns insights heurísticos sobre quando a função

(1)
U

definidos para funções apropriadas em : U - satisfazendo

(2) w=g em dU,

deve ter um minimizador.

a. Coercividade.

Em primeiro lugar, observamos que mesmo uma função suave / que


mapeia R para R e é limitada por baixo não precisa atingir seu mínimo.
Considere, por exemplo,
/ = e' ou (1 + z )21 . Esses exemplos sugerem que, em geral, precisaremos de
alguma hipótese de controle de tr] para funções "grandes" w. Certamente, a
maneira mais eficaz de garantir isso seria levantar a hipótese de que in]
"cresce rapidamente

Mais especificamente, vamos supor que

(3)

é fixo. Vamos supor então que


existem constantes n > 0, fi > 0 tais que
(4)
para todos os p C ", z C , x C U.
Portanto

()
para := Q|U|. Assim, ]- m como Dw z - m. É comum chamar (5) de
condição de coercividade em I -).

Voltando mais uma vez à nossa tarefa básica de encontrar minimizadores


para a função ], observamos a partir da desigualdade (5) que parece razoável
definir
444 8. O CECO NOS DE VARIAÇÕES

in] não apenas para funções suaves em, mas também para funções tr no espaço
de Sobolev W' ( U) que satisfaçam a condição de limite (2) no sentido de traço.
A f i n a l , quanto mais ampla for a classe de funções em para a qual in] for
definido, mais candidatos teremos para um minimizador.
A partir de agora, escreveremos

A :- l- " w" (U) em - g em dU no sentido de traço}

para denotar essa classe de funções admissíveis m. Observe, em vista de (4),


quew ]é
definido (mas também pode ser igual) para cada in e A.

b. Semicontinuidade inferior.

Em seguida, observemos que, embora uma função contínua / : R -' R que


satisfaça uma condição de coercividade de fato atinja seu mínimo, nossa
função integral /|-] em geral não o fará. Para entender o problema, defina

(6) rn := inf

e escolher funções -k A (k -- 1, ... ) de modo que

(7)

Chamamos [-kI de sequência rnintinizinp.


Agora gostaríamos de mostrar que alguma subsequência de {ujk}p_1
converge para um minimizador real. Para isso, no entanto, precisamos de
algum tipo de compacto
e isso é definitivamente um problema, pois o espaço Wl (U) é de dimensão infinita.
De fato, se utilizarmos a desigualdade de coercividade (5), v e r i f i c a - s e (cf.
§8.2.2) que só podemos concluir que a sequência de minimização está em um
subconjunto limitado de )1 '°((/). Mas isso não implica que exista alguma
subsequência que converge em W1 *(U).

Portanto, voltamos nossa atenção para a topologia mansa (cf. §D.4). Como
estamos assumindo 1 < q < on, de modo que (U) é reflexivo, concluímos que
existe uma subsequência [ark j C (ujk}p 1 e uma função u C W1 *(U)
de modo que

u fracamente em L*(U)
(8)
D<k Du fracamente em (U, a-).

A partir de agora, abreviaremos (8) dizendo

(9) ky u fracamente em )l (r).


8.2. EXISTÊNCIA DE MJNJMJS€RS 445

Além disso, será verdade que u = p em dU no sentido de traço, e assim


u o A.
Consequentemente, ao mudarmos para a topologia fraca, recuperamos
compacidade suficiente da desigualdade de coercividade (5) para deduzir (9)
para uma subsequência apropriada. Mas agora surge outra dificuldade, pois em
essencialmente todos os casos de interesse a /unctionnf ] não é contínua em
relação à convergência fraca. Em outras palavras, não podemos deduzir de (7) e
(9) que

(10)

e, portanto, u é um minimizador. O problema é que D-k, Du não implica D-


k, -+ Du a.e.: é bem possível, por exemplo, que os gradientes D-k, embora
limitados em r, estejam oscilando cada vez mais descontroladamente à medida
que k j -+ avança.
O que nos salva é a observação final e fundamental de que não
precisamos realmente da força total de (10). Em vez disso, bastaria saber
apenas

(11)

Então, a partir de (7), poderíamosdeduzir ]<


rn. Mas, devido a (6), m <u ]. Consequentemente, u é de fato um
minimizador.

DEFINIÇÃO. A função Hre soy t/iot o- ] é


(sequencialmente) fracamente semicontínua inferior em ml (U), desde que

lim inf

sempre que

Portanto, nosso objetivo agora é identificar condições razoáveis sobre a não


linearidadefi que garantam queseja fracamente semicontínuo inferior.

8.2.2. Convexidade.
Em seguida, voltamos à nossa segunda análise de variação em §8.1.3 e
lembramos que derivamos a desigualdade

mantendo-se como uma condição necessária, sempre que u for um


minimizador suave. Essa desigualdade sugere fortemente que é razoável
presumir que L é convexo em seu primeiro argumento.
446 8. O CÁLCULO DE VARIAÇÕES

TEOiIEM 1 (Semicontinuidade inferior fraca): Suponha que L seja limitado


por baixo e, além disso

o esfregão p L p, z, z) é con ez,

/ou cada z C , z C U. Então

/|-] é fracamente semicontínuo inferior em w'(U)

Prova. 1. Escolha qualquer sequência (ujk}p 1 com

(12) <k - fracamente em Wl ' (U),

e definir I := lim inform 1<k1 be deve mostrar

(13)

2. Observe primeiro em (12) e §D.4 que

(14) sup
k

Ao passar para uma subsequência, se necessário, também podemos supor

(15) f- lim

Além disso, vemos pelo teorema da compactação em §5.7 que <k -


fortemente em ( U); e, portanto, passando, se necessário, para outra
subsequência, temos

(16) <k u e.a. em U.

3. Fixe e > 0. Então, (16) e o Teorema de Egoroff (§E.2) afirmam que

(17) <k u uniformemente em A"

onde ñ, é um conjunto mensurável com

(18) |U-f,|<e.

Agora
escreva

(19)
8.2. EXISTÊNCIA DE MINIMIZADORES 447

Então

(20)

Finalmente, definimos

(21)

e observar a partir de (18), (20): U - Cl 0 quando e -+ 0.


4. Agora vamos observar que, como L é limitado abaixo, podemos também

assumir (22)

(caso contrário, poderíamos aplicar os seguintes argumentos para = L + fi


> 0 para alguma constante fi apropriada). Consequentemente

k) -" h(D*k' k'*) dz > h(D*k' k' +) dz


U O'
(23)
£(Du k' <) dz +Dyh (Du, k' <) ( D*k - Du) dz,

a última desigualdade decorre da convexidade de L em seu primeiro argumento;


veja §B.1. Agora, em vista de (17), (19) e (21):

(24)

Além disso, como DpL(Du! k ) - DpL(Du, u, x) uniformemente em G, e


D>k Du fracamente em (U, " ), temos

(25) lim Dph(Due k' +) (D*k - Du) dz -- 0.

Devido agora a ( 24), (25), deduzimos de (23) que

I = lim k
k- c-o

Essa desigualdade é válida para cada e > 0. Agora deixamos e tender a zero e
lembramos que
(22) e o Teorema da Convergência Monótona (§E.3) para concluir

conforme necessário.
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Mais informações em www.DeepL.com/pro.
448 8. O CAT EURUS DAS VARIAÇÕES

ilemark. É muito importante entender como a prova anterior lida com a


convergência fraca D<k Du. A chave é a desigualdade de convexidade (23),
no lado direito da qual D-k aparece linearmente. A convergência fraca é, por
sua própria definição, compatível com expressões lineares e, portanto, o
limite (25) é válido. Lembre-se de que, em geral, não é verdade que D-k Du
a.e., mesmo se passarmos para uma subsequência.
A convergência de -k para u em r é muito mais forte e, portanto, não
precisamos de nenhuma suposição de convexidade com relação a z L ( p, z, z).

Finalmente, podemos estabelecer que /[-] tem um minimizador entre as


funções
em A.
TEOREMA 2 (Existência de minimizador). Suponha que L satisfaça a
desigualdade de coercitividade (4) e seja convexo na variável p. Suponha
também que o conjunto admissível A seja não vazio.
Então, existe pelo menos uma junção u e A resolvendo

min*(-l
wC A

Prova. 1. Defina rn := info .A lm]. Se rn = km, estamos prontos e, portanto,


daqui em diante a s s u m i m o s que rn é finito. Selecione uma sequência de
minimização uk j _ . Então

(26)

2. Podemos também considerar fi - 0 na desigualdade (4), j á que, de outra


forma, poderíamos considerar I :=ñ .Portanto, 6 > a p , e assim

(27)
U

Como rn é finito, concluímos de (26) e (27) que

(28) sup
k

3. Agora, fixe qualquer função w e A. Como -k e w são iguais a g em dU no


sentido de traço, temos uk - w e vi0 (U). Portanto, a desigualdade de Poincaré
implica

tt*k I! (U) II k- I I L-(U)+ tt I L- U)


<O||D*k - Do!!L-(U) + - '
8.2. EXISTÊNCIA DE 449
MINIMIZADORES

por (28). Portanto, sups ||ujk Lg((,r) < C'O. Essa estimativa e (28) implicam que {ub
lk--
é limitado em Wl (U)
4. Consequentemente, existe uma subsequência [wik i jl (ujk}k 1 e uma
função u C W1 (U) tal que

k, fracamente em W' (U).

Em seguida, afirmamos que u e A. Para ver isso, observe que para tr C A


como acima, k -- - - ( U). Agora w'p' (U) é um subespaço fechado e linear
de W' *(U) e, portanto, pelo Teorema de Mazur (§D.4), é fracamente fechado.
Portanto, u - w e w0' (U). Consequentemente, o traço de u em dU é g.
Em vista do Teorema 1, então, u] < lim infjp link ,] = rn. Mas como
u C A, segue-se que
min
wA

Em seguida, abordamos o problema da exclusividade. Em geral, pode haver


muitos minimizadores e, portanto, para garantir a exclusividade, precisamos de
outras suposições.
Suponha, por exemplo

(29) L = L(p, z) não depende de z, e


existe 8 > 0 de modo que
(30)
i,j - - 1

A condição (30) diz que o mapa g pL (p, z) é uniformemente convexo para cada

TEOREMA 3 (Singularidade do minimizador). Suponha que (29) e (30) sejam


válidos. Então
o minimizador u e A o/ ] é único.
Prova. 1. Suponha que u, ii C A sejam ambos minimizadores de 1 ] sobre A.
Entã
o r := "+' e A. seja a afirmação

(31)

com uma desigualdade estrita, a menos que u = u a.e.


2. Para ver isso, observe que, a partir da suposição de convexidade
uniforme, temos
448 8. O CAT EURUS DAS VARIAÇÕES

|p - q|2 (z C U, p, q C R').
2
451

Due Du
Definir 2 ' pDu , e integre sobre U:
q-
Dir Du - Dir
U 2 2
(33)
Du - Du|2 dv < I u).
8 U

Da mesma forma, p -- Dii em (32) e integre:


defina q =
+ Dir Dir - Du
U 2 2
(34)
U
|Du - Du|2 dv < I ii).

Adicione e divida por 2, para deduzir

Du Dfi|2
dv < +'l^l
8 U 2
Isso prova que (31).
3. Como /|u] -fi ] = mente .A 1<1 |r], deduzimos que Du -- Dir a.e. em U.
Como u = ii = p em dU 'no sentido de traço, segue-se que u - u a.e.

8.2.3. Soluções fracas da equação de Euler-Lagrange.


Em seguida, queremos demonstrar que qualquer minimizador u € A de ]
resolve a equação de Euler-Lagrange em algum sentido adequado. Isso não
decorre dos cálculos em §8.1, pois não sabemos que u é suave, apenas que u
C eml ' (U). E, de fato, precisaremos de algumas condições de crescimento em L
e suas derivadas.
Vamos supor que

e também

(36)

para alguma constante U e todos os p C R', z C R, z e U.

Motivação para a definição de solução fraca. Agora, v o l t a m o s nossa


atenção para o problema do valor-limite do PDE de Euler-Lagrange
associado ao nosso funcional L, que, para um minimizador suave u, é

- Z' ( p;(Du, u, x))z, + L (Du, u, :z) = 0 em U


(37)
u=g em dU.
450 8. T'HE CAMPUS US OF VARIATIONS

Se multiplicarmos (37) por uma função de teste r o U (U) e integrarmos por


partes, chegaremos à igualdade

(38)
U i=l

É claro que essa é a identidade que obtivemos pela primeira vez em nossa
derivação de (37) em
§8.1.2.
Agora, suponha que u C W1 (U). Então, usando (36), vemos

Dy£ Du,u, z)| < 0(|D"|°-1 + |"| -' + i) c i: '(U),


onde q' " q- 1 ' q = 1. Da mesma forma

(39) |D £(Du,", x)| < c |D"| -' + j "l -1 + i) c i: (U).


Consequentemente, vemos, usando um argumento de aproximação padrão,
que a igualdade (38) é válida para qualquer r C w0 (U). Isso motiva o seguinte

DEFINIÇÃO. Dizemos que u o A é 'uma solução fraca do valor-limite


problema (37) /ou a equação de Euler-£agrange desde que

U i= 1

/ou oilr r* (U).


TEOREMA 4 (Solução da equação de Euler-Lagrange). Suponha que L
verifique as condições proiut/i (35), (36) e que u C A satisfaça
min
wC A

'Então t/ é uma solução fraca de (37) .

Prova. Procedemos como em §8.1.2, tomando cuidado com a diferenciação sob o


integrais. Fixe qualquer r C m0 (U) e defina

Em vista de (35), vemos que i(r) é finito para todo r.


Seja z 0 e escreva o quociente da diferença

(40)
U
8.2. EXISTÊNCIA DE 453
MINIMIZADORES

onde

'°("):= *|z(D"(") + 'D"("),"(") + '"("),") - z(D"('),"("),")J


para a.e. z C U. Claramente

(41)

asr -' 0. Além disso

' , onde
Em seguida, lembre-se da desigualdade de Young de §B.2: o6 1

wl
Então, como u, r e (U), as desigualdades (36) e a desigualdade de Young
implicam
após alguns cálculos elementares que

para cada 0. Consequentemente, podemos invocar o Teorema da


Convergência Dominada para concluir, a partir de (40) e (41), que i'(0) existe
e é igual a

U i=l

Mas, como i(-) tem um mínimo parar = 0, sabemos que i'(0) = 0 e, portanto,
u é uma solução fraca. D

Observação. Em geral, a equação de Euler-Lagrange (37) terá outras soluções


que não correspondem a mínimos de /[-]; consulte §8.5. No entanto, no caso
especial em que o mapeamento conjunto (p, z) h (p, z, z) é con- z /ou cada z,
então cada solução de ajuste é, de fato, um otimizador.
Para ver isso, suponha que u e A resolva

- 0em U
452 8. O CÁLCULO DE VARIAÇÕES

-- g em dU
8.2. EXISTÊNCIA DE 453
MINIMIZADORES

no sentido fraco e selecione qualquer tr C A. Utilizando a convexidade d o


mapeamento(p, z) (p, z, x),temos

Seja p -- Du(x), q = Dw(x), z = u(z), in = w(z) e integre sobre U:

Em vista de (42), o segundo termo à direita é zero e, portanto,u ] wj


para cada in e A. O

8.2.4. Sistemas.
a. Convexidade.

Agora, adotamos novamente a notação para sistemas definida em §8.1.4 e


consideramos a questão da existência de minimizadores da função

definido para funções apropriadas w : U -', onde agora L : JH^X" x R^ x


U- é dado.
Acontece que a teoria desenvolvida em §8.2.2 se estende sem
dificuldade ao caso em q u e s t ã o . Vamos, portanto, assumir a desigualdade
de coercividade

(43)

para constantes n > @fi 0, e definir também

A --'- e w" (U,- a ) | w = g em bU no sentido de traço},


onde g : dU - R " é dado.

TEÓRICO 5 (Existência de minimizador). Suponha que L seja a co


ercividade 3nequof3ty (43) e seja conner na coroa P. Suponha também que o
conjunto admissível A seja não vazio.
Então há eFsts u C A resolvendo

min I

A prova segue quase exatamente as provas dos Teoremas 1 e 2 em


§8.2.2. De forma semelhante ao Teorema 3 acima, temos:
454 8. O CAT CULUS DE VARIAÇÕES

TEOREMA 6 (Unicidade do minimizador). Suponha que L não dependa de z e


que o mapeamento P L ( P, x) seja uni/formal conve:rso. Então, um rnintrntzer
u e A de I -) é único.

Agora suponha que, além disso

(44)
D L(P, z, ) < c( -- + -! + 1)
para alguma constante U e todos os P C M"X ', z C R" , z e U.

Consideramos agora o sistema de equações de Euler-Lagrange

(45)
- Z'-e(*, (Du, u, z))g, + L (Du, u, z) = 0 em U
uk gk em dU
para k -- 1, ... , rn, e definir u e A como uma solução necessária desde que

Z
k--\ U

para todos os w e w0 ( U,- a-), - - ("1,... , in ).


THEOifEM 7 (Solução do sistema Euler-Lagrange). Suponha que L verifique a
condição de crescimentofls (44) e u e A sotis/es

Z'/ien u é uma solução simples de (45).

A prova é quase exatamente como a do Teorema 4.

b. Policonvexidade.

É surpreendente que existam alguns sistemas matemática e fisicamente


interessantes que não são abrangidos pelo Teorema 5 acima, mas que ainda
podem ser estudados usando o cálculo de variações. Isso inclui certos
problemas em que o Lagrangiano £ não é convexo em P, mas /(-] é, no
entanto, fracamente semicontínuo inferior.

LEMMA (Continuidade fraca de determinantes). Suponha que n < q < m e

u# -= u fracamente i" w" (U, R').


Entã
o det Duk - det Du fracamente em L*!'(U).
455

Prova. 1. Primeiro, lembramos a matriz identidade (det P) I - P(cof P)",


consequentemente
det P = p' (cof P) j' (i - 1, ... , n).
j=1

2. Agora, deixe w C C°°(U, R'), w = (ml , ... , tr'). Então

(46) det 6w - tu (cof Dw)) (i - 1, ... , n).


j=l

Mas o lema em §8.1.4 afirma que Z,- (cof Dw)p' = 0. Assim, a fórmula
(46) diz
det Dw -- (w'(cof Dw) ) z .
j -1

Consequentemente, o $etermznont do malt gradiente pode ser escrito como


uma divergência. Portanto, se r C C ( U), temos

(47) r det Dw dv -- Z -g in'(cof Dw) dv (i = 1, ... , n).


U ;--i U

3. Estabelecemos a identidade (47) para uma função suave em; e,


portanto, um argumento de aproximação padrão resulta em

(48)

para k -- 1, 2, .... Agora, como n < q < m e u# u em W' (U; "), sabemos pela
desigualdade de Morrey que [uk ]k l é limitado em U0'1 --' (v, a-). Assim,
usando o critério de compacidade de Arzela-Ascoli, §C.7, deduzimos que u§ -
u uniformemente em U. Voltando então à identidade (48), vemos que
poderíamos concluir

(49) lim r det Dukd


x -- Z (cof Du), dv -- r det Du dz,
k-- U =i U U

z/ nós sabíamos

(50) lim /(Cof Dllk) j' dv -- $$ /(Cof Dll) d::c

para i, j -- 1, ... , n e cada (U).Entretanto, (cof Duk)J é o


determinante de uma matriz (n - 1) x (n - 1), que pode ser analisada como acima,
sendo
456 8. O CECO NOS DE VARIAÇÕES

escrito como uma soma de determinantes de submatrizes (n - 2) x (n - 2)


apropriadas, vezes fatores uniformemente convergentes. Continuamos e, por fim,
devemos mostrar apenas o fato óbvio de que as entradas das matrizes Duk
convergem fracamente para as entradas correspondentes de Du. Dessa forma,
verificamos (50) e, portanto, (49)
4. Por fim, como [uk jk 1 é limitado em )' (r; R') e | det Duk <
C Duk vemos que (det Duk}p 1 é limitado em L '-(U). Portanto, qualquer
subsequência tem uma subsequência fracamente convergente em L*!"(U), o
que, de acordo com
(49) - só pode convergir para det Du. D

Em seguida, utilizaremos esse lema para estabelecer uma afirmação de


semicontinuidade inferior fraca análoga ao Teorema 1, exceto que não
assumiremos que o Lagrangiano L seja necessariamente convexo em P. Em
vez disso, vamos supor que rn = n e que L tenha a forma

(51) L(P, z, x) F(P, det P, z, x) (P JH'x ', z e R', z e U)

onde I : JH"X " x R x R" x U - é suave. Além disso, levantamos a hipótese


de que
que

para cada z C R" fixo, z C R, o mapeamento conjunto


(52)
(P, r) F(P, r, z, x) é convexo.

Um Lagrangiano L da forma (51) é chamado de policonvexo se (52) for


válido.

TEOREMA 8 (Semicontinuidade inferior de funções policonvexas). Suponha


que
n < q < on. Suponha também que L seja limitado por baixo e seja policonvexo.
Então

/t-t é fracamente /otuer semicontínuo em m1 ' (V, B").

Prova. Escolha qualquer sequência [uk] k l com

(53) u# u fracamente em W1 ' (U; IR-).

De acordo com o lema,


8.2. EXISTÊNCIA DE 457
MINIMIZADORES

(54) det Duk det Du fracamente em £°''((/).


456 8. O CECO NOS DE VARIAÇÕES

Agora podemos argumentar quase exatamente como na prova do


Teorema 1. De fato, usando a notação dessa prova, temos

-- I(Dub, det Duk uk ) dv

>N(Du, det Du, u#, z) dv

+ Up(Du, det Du, u#, z) (Dub - Du)


+ I ( Du, detu , up, z)(det Duk - det Du) dv,
em vista de (52). Raciocinando como na prova do Teorema 1, deduzimos de
(53), (54) que o limite do último termo é zero à medida que k - on. D

Como antes, deduzimos imediatamente


TEOREMA 9 (Existência de minimizadores, funções policonvexas). Suponha
que t/iot n < q < m, e que L satisfaça a desigualdade de coercividade (43) e seja
policonve:r. Suponha também que o conjunto admissível A seja não isento.
Então, há os seguintes u C A sofrinp
u] = in/[wj.
Exemplo. Explicamos o interesse na hipótese de policonvexidade com um
aplicativo da teoria da elasticidade não linear, em que n = 3. Consideramos
um corpo elástico, que inicialmente tem a configuração de referência U. Em
seguida, deslocamos cada ponto z e dU para uma nova posição g(z) e
desejamos determinar o novo deslocamento u(z) de cada ponto interno z C
U.
Se o material for hiperelástico, existe, por definição, uma densidade de
energia associada £, de modo que o deslocamento físico u minimize a função
de energia interna
/[w] := r(Dw, z) dz
U
sobre todos os deslocamentos admissíveis w C A. Agora parece razoável
fisicamente que £, que representa a densidade de energia interna do
alongamento e da compressão, possa depender explicitamente da mudança
local no volume, ou seja, em det Dw. Em outras palavras, é fisicamente
apropriado supor que L tenha a forma L(P, z) - F(P, det P, x). Em seguida,
descreve em seu primeiro argumento as mudanças na energia interna devido
a mudanças nos elementos de linha e, em seu segundo argumento, as
mudanças na energia interna devido a mudanças nos elementos de volume.
Consulte Ball [BJ para obter mais explicações.
458

8.3. REGULARIDADE
Nesta seção, discutiremos a suavidade dos minimizadores das nossas funções
de energia. Em geral, esse é um tópico bastante difícil e, por isso, faremos
várias suposições simplificadoras, principalmente a de que fi depende apenas
de p.
Tbs, a partir de agora assumimos que nossa função /[ ] tem a forma

(1) /|tr] := L(Dw) - w J d:r,


U

para J C ñ2 (U). Também tomaremos q - 2 e suporemos também a condição de


crescimento

(2)

Então, qualquer minimizador u € A é uma solução fraca do PDE de Euler-


Lagrange

(3)
i=1

ou

seja,

(4)
U U

para todos osrC H0 (U).

8.3.1. Estimativas da segunda derivada.

Agora, pretendemos mostrar se u C H1 (U) é uma solução fraca do problema


não linear de
PDE (3), então, de fato, u C Jf2 c(U). Mas, para estabelecer isso, precisaremos
fortalecer nossas condições de crescimento no fi. Vamos supor, em primeiro
lugar, que

(5)

Além disso, vamos supor que ñ é uniformemente convexo e, portanto,


existe uma constante 8 > 0 de modo que

(6)
t',j-1
459

Claramente, esse é um tipo de análogo não linear da nossa condição de


elipticidade uniforme para PDE linear no Capítulo 6. Portanto, a ideia será
tentar utilizar, ou pelo menos imitar, alguns dos cálculos desse capítulo.
460

TEOREMA 1 (Segundas derivadas para minimizadores).


(i) Defina u C H* (U) como uma solução fraca da parte não linear digerida
equação (3), em que L satisfaz (5), (6). Então
u e Jf2 C(U).

(ii) IQ, além disso, u C Jf0 (U) e dU é C2, então


ti C H2(U), '
com a estimativa

Prova. 1. Seguiremos amplamente a prova do Teorema 1 em §6.3.1, a


afirmação correspondente da regularidade local Jf2 para soluções de EDPs
elípticas lineares de segunda ordem.
Fixe qualquer conjunto aberto U U e escolha então um conjunto aberto
iY de modo que U CC W CC U. Selecione uma função de corte suave (
satisfazendo
( 1 em Y, ( 0 em - iY
0 < ( < 1.
Deixe h > 0 ser pequeno, escolha k C (1, ... , n} e substitua

em (4). Estamos empregando aqui a notação de §5.8.2:


-I- hek) - (+)
h
Usando a identidade U u D r d:r -- - U r Dk u d:r, deduzimos

(I)
i- 1 U U

Agora
£y,(Do(z + hek)) - Ap,(Dt/(z))
D k£',(Do(z))
h
d
(sDu(z -F hek) -F (1 - s)Du(z)) de
de -
(8) = 1 1 Du(z -F he ) -F (1-s)6u(z)) de
Z' : .(- k
j --1
("m;(z -J- hey) - um;(z))

Z -(-)D!---(').
j=1
460

para
1
(z) :' £p p (sDt/(z -I- hek) + (1 - s)Dt/(z)) de (i, j -- 1, ... , r/).
0

Substituímos (8) por (7) e realizamos cálculos simples para chegar à


identidade:
n
h
A + 2.' Dk uz, d:r
i,j--1 U

(10)
-Z
-- /D ((2 D£ u) dz --: B.
U

Agora, a condição de convexidade uniforme (6) implica

(11)
U

Além disso, vemos em (5) que

A2 | < C Dk Du Dk u d:r
(12)
<e (2|DC Do|2 d:r + - | DC u|2 d:r.
m^m
Além disso, como na prova do Teorema l em §6.3.1, temos

2
-I- Du 2d::r.
U

Selecionamos e = 4 , para deduzir, a partir dos limites anteriores de A1 , A2, B, a


estimativa

(2|D
C
Du|2
dz < U /2
+ Dk u 2 d:r < U /2
+ Du2 dv,
U W U

a última desigualdade é válida de acordo com o Teorema 3,(i) em §5.8.2.


2. Como ( 1 em Y, encontramos

Du|2
|Dk d::r < G/2 -I- Du 2 d::r
U
8.3. REG ULARIT¥ 461

para k -- 1, ... , n e todos os h > 0 suficientemente pequenos. Consequentemente, o


Teorema 3,
(iii) em §5.8. 2 implica Dti C Jf1 (Y) e, portanto, u C Jf2 (Y). Isso é verdadeiro
para cada
V CC U,- portanto, u e Jf2 c(U).
3. Se u C H0 (U) for uma solução fraca de (3) e dU for U2 , podemos
imitar a prova do Teorema 4 de regularidade de contorno em §6.3.2 para provar
que u C H2 (U), com estimativa

Os detalhes são deixados para o leitor. Agora, a partir de (6), segue a


desigualdade

( * (p-) *(0)) p > !2


®|p (p ).

Se colocarmosr = u em (4), podemos usar essa estimativa para obter o limite

e assim concluímos a prova.

8.3.2. Observações sobre maior regularidade.

Em seguida, gostaríamos de mostrar que, se ñ é infinitamente $iferenciável,


então também o é
u. Por analogia com a teoria de regularidade desenvolvida para EDPs
elípticas lineares de segunda ordem em §6.3, pode parecer natural tentar
estender a estimativa H2, da seção anterior, para obter outras estimativas nos
espaços de Sobolev superiores H c(U) para k -- 3, 4, .
Esse método não funcionará para a equação diferencial parcial não linear
(3) entretanto. O motivo é o seguinte. Para equações lineares, poderíamos,
grosso modo, diferenciar a equação muitas vezes e ainda obter uma EDP linear
da mesma forma geral com a qual começamos. Veja, por exemplo, a prova do
Teorema 2 em §6.3.1 Ao passo que, se diferenciarmos uma equação diferencial
não linear muitas vezes, as expressões cada vez mais complicadas resultantes
rapidamente se tornarão impossíveis de lidar. São n e c e s s á r i a s ideias
muito mais profundas, cujo desenvolvimento completo está além do escopo deste
livro. No entanto, vamos pelo menos delinear o plano básico.
Para c o m e ç a r , escolha uma função de teste tr C C! (U), selecione k C (1,
... , n} e definar = -try, na identidade (4), em que, para simplificar, agora
consideramos
/ 0 . Como agora sabemos que u C H2 c(U), podemos integrar por partes para
encontrar
462

(13)
U
8.4. CON!3TRAINT!3 463

Próxima
gravação (14)
e

Fixe também qualquer Y C U. Em seguida, após uma aproximação,


descobrimos, a partir de (13)-(15), que

(16)

para todo tr C H0 (U). Isso significa que u C A1 (U) é uma solução fraca do
PDE elíptico linear de segunda ordem

(17)

Mas não podemos simplesmente aplicar nossa teoria de regularidade do


item §6.3 para concluir, a partir de (17), que u é suave, pois podemos deduzir
de (5) e (15) apenas que

No entanto, um teorema profundo, devido independentemente a DeGiorgi e a


Nash, afirma que qualquer solução fraca de (17) deve, de fato, ser localmente
contínua de Hölder para algum expoente > 0. (Consulte Gilbarg-Trudinger
G-T, Capítulo 8].) Assim, se W CC Y, temos u C U0 '^(iA) e, portanto

0
Volte à d ção(15). Se £ lSfor suave, agora sabemos que n'* C
efin "BOC (U)

(i, j -- 1, ... , n). Então, (3) e um teorema mais antigo de Schauder G-T, Capítulo
4] afirmam que, de fato

Mas então n' C Ol c (U) e, portanto, outra versão da estimativa de Schauder im-
camadas

Podemos continuar esse argumento chamado de "bootstrap", eventualmente


deduzindo que u é Uk'c(U) para k -- 1, ... e, portanto, u C U'(f/).
Consulte Giaquinta GI] para saber muito mais sobre a teoria da
regularidade no cálculo de variações.
462 8. O SAE NOS DEVE DE VARIAÇÃO!3

8.4. RESTRIÇÕES
Nesta seção, consideramos as aplicações do cálculo de variações a
determinados problemas de minimização com restrições e, em particular,
discutimos o papel dos multiplicadores de Lagrange no PDE de Euler-
Lagrange correspondente.

8.4.1. Problemas não lineares de valores próprios.

Primeiro, investigamos problemas com restrições integrais. Para ser mais


específico, vamos considerar o problema de minimizar a função de energia

(1) Dtr|2 dz

sobre todas as funções tr com, digamos, tr = 0 em fi , mas sujeito agora


também à condição lateral de que

(2)
U

onde G : R -+ R é uma função dada e suave.


A partir de agora, escreveremos g -- G'. Suponha agora que

(3) |g(z) _< C(|z -I- 1),

e assim

(4) |C(s) | < C'(|s|2 -i- 1) (s e @)

para alguma constante U.


Vamos introduzir também a classe admissível apropriada

A :-- [ wH (U) J w) -- 0}.

Supomos também que o conjunto aberto U seja delimitado, conectado e tenha


um limite suave.

TEOREMA 1 (Existência de minimizador restrito). Suponha que o conjunto


admissível A seja não vazio. Então, e x i s t e u e A que satisfaz

u = min I w .
465

Prova. Escolha, como de costume, uma sequência minimizadora tik]k _ l A


com
inf l-l
nós A
Então, como acima, podemos extrair uma
subsequência
(o) k, u fracamente em If (U),
com /[u] < m. Terminaremos quando mostrarmos
(6) J u) -- 0,
de modo que u e A. Utilizando a teoria da compactação de §5.6, deduzimos de
(5) que
(7)
Consequentemente

U
(8)
l" - +k I(1 -I- u + E+k E) dz por (3)
U
8

Muito mais interessante do que a mera existência de minimizadores


restritos é o exame da equação de Euler-Lagrange correspondente.

TEOREMA 2 (Multiplicador de Lagrange). Defina u C A fatos/se


(9) u = min I tr .

Então existe um número real I que

(10) Dt/ - Do dz --g (u)n dz


U U
para todo E Ho(U) -

Observação. Portanto, u é uma solução fraca do problema de valor-limite


não linear
-An = 5g(u) em U
(II)
u- 0on dU,
onde A é o multiplicador de Lagrange correspondente à restrição interna
(12) J u) -- 0.
Um problema da forma (11) para as incógnitas (u, A), com u / 0, é um problema
de etiologia não finita.
464 8. O GATO EURV!3 DA VARIAÇÃO!3

Prova. 1. Fixe qualquer função r C H0 (U). Suponha primeiro que

(13) g(u) não é igual a zero a.e. dentro de U.

Escolha então qualquer função tr C H0 (U) com

(14) g(u)tu dz / 0;
U

isso é possível devido a (13). Agora escreva

(15)
U

Claramente

(16) ¿(0, 0) C(") dz -- 0.


U

Além disso, j é U1 e

(18)
U

Consequentemente, (14)
implica
(0, 0) 0.
(19)
b"

De acordo com o Teorema da Função Implícita (§C.6), existe uma função


Al Q : R -' R de modo que

(20) $(0) - 0

(21) ¿(+, d(+)) - 0


para todo r suficientemente pequeno, digamos |r|+o Ao diferenciar, descobrimos
466 8. O CAE DEVIDO A U!3 DE
VARIAÇÃO!3

de onde (17) e (18) resultam

U g(u)c dv
(22) $ (0) -
U g(t/)t dv'

2. Agora
defina

e escrever

Como (21) implica J u -1- w(r) = 0, vemos que u + tr(r) e A. Portanto, a função
A1 i( ) tem um mínimo em 0. Assim

U
(23)

Lembre-se agora de (22) e defina

para deduzir de (23) a igualdade desejada

Dt/ Do dz -- g(u)c dz
U U

para todo r C H0 (U).


3. Suponha agora, em vez de (13), que

g(u) 0 ou seja, em U.

Aproximando g por funções limitadas, deduzimos que DG(u) -- g(u) Du -- 0


a.e. Portanto, como U é conectado, G(u) é constante a.e. Segue-se que
G(u) = 0 a.e., pois J u) -U G(u) d:r -- 0. Como u = 0 em dU no sentido
de traço, segue-se que G(0) = 0.
Mas então u = 0 a.e.,como de outra forma ]> I[0] = 0. Como g -- 0
a.e., a identidade (10) é trivialmente válida nesse caso, para qualquer A.
8.4. CON!3TRAINT!3 467

8.4.2. Restrições unilaterais, desigualdades variacionais.


Estudamos agora os problemas de cálculo de variação com certas restrições
pontuais e unilaterais sobre os valores de u(z) para cada z e U. Para fins de
definição, vamos considerar o problema de minimizar, digamos, o funcional de
energia

entre todas as funções tr pertencentes ao conjunto


(25) A :- - w C H (U) w > h a.e. em U j,
onde h : U -+ é uma determinada função suave, chamada de obstáculo. O
conjunto admissível convexo A compreende, portanto, as funções tr C H (U) que
satisfazem a restrição unilateral ou unifotérica de que tr > h. Supomos também
que / é uma função suave.
TEOREMA 3 (Existência de minimizador). Suponha que o conjunto admissível
A seja não vazio. Então existe uma única função u C A que satisfaz
+(-l = min tr .
Prova. 1. A existência de um minimizador decorre muito facilmente das
ideias gerais discutidas anteriormente. Precisamos apenas observar
explicitamente que se (-£, } 1 o A iS uma sequência minimizadora com céu
u fracamente em H0 (U), então, por
compactação, temos m, u fortemente em 62 (U). Como sky > h a.e., segue-se
que u > h
a.e. Portanto, u e A.
2. Agora vamos provar a exclusividade. Suponha que u e u C A sejam dois
minimizadores, com u u. Então tr := "2" e A, e
1 Du-|- Du ))2 _ ( u-Fu
2 2 2
) dz
U

2 ) dz.
Agora, 2n- h = | n|2 -1- |h|2 - |n - b 2. Assim

2 ) dz

1[]

a desigualdade estrita se mantém, pois u É. Isso é uma contradição, já que u


e u são minimizadores.

Em seguida, calculamos o análogo da equação de Euler-Lagrange, que, no


c a s o em questão, é uma desigualdade.
468 8. O CAE DEVIDO A U!3 DE
VARIAÇÃO!3

TEOREMA 4 (Caracterização variacional do minimizador). Defina u C A como


a única solução de
I u = min I tr .

Então

(26) Du- D(w - u) d:rf (w - u) d: rpara todos os w C A.


U U

Chamamos (26) de uma correção de desigualdade.

Prova. 1. Fixe qualquer elemento tr e A. Então, para cada 0 r< 1,

t/ -I- z(tu - t/) - (1 - z)t/ -I- ztu e A,

já que A é convexo. Portanto, se definirmos

vemos que i(0) i(r) para todo 0 <r < 1. Portanto

(27) i'(0) 0.

2. Agora, se 0 <r< 1,

i(z) - i(0) 1 |Du -I- zD(m - u) |2 - |6"|2


z " zU 2
|D(+ - ") |2 2
- /(c - ") dz.
U

Assim, (27)
implica

0 < i (0) Du D (m - ) - /(c - ") dz.


U

Observe que obtemos a desigualdade (27), uma vez que podemos, de fato,
adotar apenas variações "unilaterais", longe da restrição.

Interpretação da desigualdade variacional. Para ter uma ideia da


desigualdade variacional (26), vamos citar, sem prova, uma afirmação de
regularidade (consulte Kinderlehrer-Stampacchia K-S]), que afirma u C W2
(U), desde que dU seja suave. Portanto, o conjunto

0 :-- (z e U | v(z) > h(z)\


8.4. C!ON!3TRAINT!3 469

O limite livre para o problema do obstáculo

está aberto,
e ° '= (- - " ! -(-) - ^ (-)l
é (relativamente) fechado.
Afirmamos que, de fato, u e C! (O) e

(28) -An = J em 0.
Para ver isso, fixe qualquer função de testerC C! (O).
Então, se |r| for suficientemente pequeno,
tr := u + rr > h e, portanto, tr e A. Assim, (26) implica emr D-u Do - Jr d:r 0.
Essa desigualdade é válida para todo r suficientemente pequeno, tanto positivo
quanto negativo, e, portanto, de fato

paraallr (O).Portanto, u é uma solução fraca de (28); daí a teoria da


regularidade linear (§6.3) mostrar que u C C!°°(O).
Agora, se e Cc! (U) satisfazr> 0 e se 0 < z < 1, então tr := u+ rr e A,
e, portanto, U Du- Do - Jn d:r > 0. Mas como u C W2 (U), podemos integrar por
partes para deduzir U(-in - f)v d:r 0 para todas as funções não negativas v C C ! (U).
Assim

(29) -An > Ja.e. em U.

Resumimos nossas conclusões observando em (28), (29) que


u h, -in J a.e. em U
(30)
-An = f em U O (u > h j.
470

Um mapa harmônico em uma esfera

Observação. O
conjunto F :-- dO U
é chamado de limite livre. Muitos problemas interessantes em matemática
aplicada envolvem equações diferenciais parciais com limites livres. Esses
problemas, que podem ser reformulados como desigualdades variacionais,
tornam-se relativamente fáceis de estudar, especialmente pelo fato de não haver
menção explícita ao l i m i t e livre nas desigualdades (30). As aplicações surgem
em problemas de controle ideal de tempo de parada para movimento browniano,
em hidrologia de águas subterrâneas, em teoria de plasticidade, etc. Consulte
Kinderlehrer-Stampacchia K-S].

8.4.3. Mapas harmônicos.


A seguir, consideramos o caso de restrições pontuais, como exemplificado
por mapas harmônicos em esferas. Estamos interessados agora no problema de
minimizar a energia

(31) | Dw |2 d:r
U
sobre todas as funções pertencentes à classe admissível
(32) A :-- (w e Se1 (U; R ) | w = g em dU, w - 1 a.e.}.
A ideia é que estamos tentando minimizar a energia em todos os mapas
apropriados de U C R' para a esfera unitária S"° = GB(0, 1) C ". Esse
problema e suas variantes surgem, por exemplo, como um modelo bastante
simplificado para o comportamento de cristais líquidos.
É fácil verificar que existe pelo menos um minimizador em
A, desde que A / 8.
TEOREMA 5 (Equação de Euler-Lagrange para mapas harmônicos). Defina

ueA
min
wC A
8.4. 471
CON!3TRAINTES

Então
(33) Du : Dv d:r -- | Du| 2u v d:r
U U

Observação. Interpretamos (33) como se u = (ul , ... , u ) fosse uma solução


fraca do problema de valor-limite
-An = |Du|2 uin U
(34)
u= gon dU.
2
A junção A = | Du| é o multiplicador de Lagrange correspondente à restrição
pontual |u| = 1. Observe cuidadosamente que, para uma constante única e
integral (§8.4.1), o multiplicador de Lagrange é um número, mas para uma
restrição pontual é uma função.

Prova. 1. Fixe v C H0 (U, " ) C L°°(U,- "). Então, como |u| = 1 a.e., temos
|u -I- rv| 0 a.e.
para cada r suficientemente pequeno.
u+r v
(35) v(z) - A.
Portanto

tem um mínimo atr = 0, e assim, como de costume,


(36) i (0) - 0.
2. Agora
(37) i (0) - 6u : lv'(0) dz
U
Mas calculamos diretamente a partir de (35) que
v \ u + r v ).v\u+rv)
V' (T) ==

portanto, v'(0) = v (u v )u. Inserindo essa igualdade em (36), (37), encontramos

(38) 0- 6u : lv - 6u : 6((u v )u) dz.


U
Entretanto, como |u|2 1, temos
(Du) "u - 0.
Usando esse fato, verificamos
Du : D((w- v)u) - Du"(u- v) ou seja, em U.
Essa identidade empregada em (38) resulta em
(33).
472 8. Os C!ALC!ULUiS de VARIAÇÃO

8.4.4. Incompressibilidade.
a. O problema de Stokes.
Suponha que U C R3 seja aberto, limitado, simplesmente conectado e
definido

i
2
U

para w pertencente a

A -- w H (U;3 ) | div w = 0 em U].

Aqui f C L2 (U;R3 ) é dado.


Não há problema em mostrar, por meio de métodos usuais, que existe um
minimizador único u e A. Interpretamos u como representando o campo de
velocidade de um fluxo de fluido estável dentro da região U, sujeito à força
externa f. A restrição de que div u = 0 garante que o fluxo seja
incompressível: veja a Observação no final desta seção.
Como a restrição se manifesta na equação de Euler-Lagrange?

TEOREMA 6 (Pressão como multiplicador de Lagrange). Existe um escalar


função p ' £2 ( U) tal que

(39) Du : Dv dv -- p div v -]- - v d:c


U U

para todos os v Jf1 (U, R3 ) com suporte compacto em U.


Observação. Interpretamos (39) como se disséssemos que (u, p) forma uma
solução fraca de
Problema de Stokes

-An = f - Dp em U
(40) divu = 0 em U
u= 0 em dU.

A função p é a pressão e surge como um multiplicador de Lagrange que


responde à condição de incompressibilidade div u = 0.

Prova. 1. Suponha primeiro que v C A. Então, para cada rC R, u + rv C A.


Assim

(41) 0 = i'(0) = Du : Do - f v dz.


U
473

2. Fixe agora Y CC U, U liso e simplesmente conectado, e selecione w


e Jf0 (Y; R3 ) com div w = 0. Escolha 0 < e < dist(Y, dU) e defina v = v' := p,
w em (41), q, denotando o molinizador usual e w definido como zero em U -
V. Então

(42) 0= Du : Dv' - f v' d:r --Du ' : Dw -- w d:r


U U

para

(43)

Como u' é suave, (42) implica

(44) (-in' - -) w d:r -- 0

para cada w C Jf0 (V; R3 ) com div w - 0.


3. Fixe qualquer campo vetorial suave § C C (Y; R3 ) e coloque w = curl
§ em
(44). Isso é legítimo, pois div w = div(curl §) = 0. Então, escrevendo
temporariamente h := An' -j- f', encontramos

0= h curl § d:r -- h1 ((3 - (2 )2-I- h2 ((1


3 3 (3, ) + fi3 ((2, - ( 2
) d:r,

para h = (h* , fi2, fi3 ), § = ((1 ,(2,(3). Uma integração por partes revela

Como (1 , (2,(3 C U (Y) são arbitrários, deduzimos curl h - 0 em Y.


Como Y é simplesmente conectado, consequentemente existe uma
função suave p' em Y de modo que

(45) Dp' -- h = Au' + f' em V.

4. Se necessário, podemos adicionar uma constante a p' para garantir que p' dz -
- 0.
Em vista dessa normalização, existe um campo vetorial suave v' : Y -' 3
resolvendo
div v' = p' em Y
(46) v' -- em
dV.

Além disso, temos a estimativa (47)


474 8. O cALcvE US DAS VARIAçõES

a constante que depende apenas de Y. (Omitimos a prova da existência do


campo vetorial v': a construção é complexa e requer o conhecimento de
certas estimativas para a equação de Laplace com condições de contorno do
tipo Neumann, além do escopo deste livro. Consulte Dacorogna Moser D-M]
para obter detalhes).
Agora calcule

(p')2 d::c --p ' div v' d::c por (46)

-- Dp' - v' d::c

- (-Au' - f') v' d:r por (45)

Du' : Dv' - Y-' v' d:c

Assim,
(48)

5. Em vista da estimativa (48), existe uma subsequência c j -- 0 de modo


que
(49) p'° p fracamente em ñ2
(Y) para algum p C £2 (Y). Agora, (45) implica

Du' : Dv d:r -- p' div v -I- - v d:r

para todo v C I-f0 (U; R3 ). Enviando e = c j -- 0, encontramos

(50) Du : Dv dz --p div v + - v d:r

também.
6. Por fim, escolha uma sequência de conjuntos Ok o U (k -- 1, ... ) como
acima, com C V2 Us - - e U -- (_jh_ l Vk. Utilizando as etapas 2-5, encontramos Pk 2 (
k) (k -- 1, ... ) de modo que

(51) gp Du : Dv dz - Pk div v -l- f- v dz

para cada v C H0 (Vk,'R3 ). Adicionando constantes conforme necessário a cada pk,


deduzimos de (51) que, se 1 < I < k, então wk -- p em Yt. Finalmente, definimos
-- Pt em <k (k -- 1, ... ).
8.4. CONS'TRAINT!3 475

b. Elasticidade não linear incompressível.

Retornamos agora ao modelo de elasticidade não linear discutido anteriormente


em
§8.2.4. Suponha que u represente o deslocamento de um corpo elástico que
tenha a configuração de repouso U. Suponhamos agora que o corpo elástico
seja incompressível, o que significa que

det Du = 1.

Portanto, supomos que a função de densidade de energia L : M3X3 x U - - seja


fornecida e consideramos o problema de minimizar a energia elástica

sobre todos os w no conjunto admissível

A :-- w e Wl *(U, 3) | w - g em fif/, det Dw -- 1 a.e.} para algum q >

3.

TEOREMA 7 (Minimizadores com restrição de determinante). Suponha que


o mapa
P!'*II

é convexo, e L satisfaz a condição de coercividade2oR

Jou algum a > 0, fi > 0. Por fim, suponha que A / 8.


Então existe u C A SatfSJying

= min
wC A

Prova. Como de costume, selecionamos uma sequência minimizadora, com

Reino Unido u fracamente em ml (r; R3).

Desde
I u] < lim inf

devemos apenas mostrar que u e A. No entanto, como, em vista do lema em


§8.2.4, temos det D ky det Du fracamente em £ '-(V), vemos que det Du -- 1 a.e.,
conforme necessário. O
476 8. O CAE DEVIDO A U!3 DE
VARIAÇÃO!3

Observação. Pode parecer estranho que a condição de incompressibilidade


no exemplo
(a) é

(52) div u - 0

e no exemplo (b) é

(53) det Du -- 1.

A explicação é que u representa uma velocidade em (52) e um


deslocamento em (53). De modo mais geral, se w for um campo de
velocidade, p o r exemplo, de um fluido, calculamos o movimento de uma
partícula inicialmente em um ponto z resolvendo a EDO

y(0) - z.

Escreva y(t) = y(I, z) para exibir a dependência da posição inicial z.


Então, para cada t > 0, o mapeamento zy (I, z) é conservador de volume se

J(:r, I) = det Day(I, z) = 1 para todo z.

Claramente uf(0, z) - 1, e um cálculo verifica a fórmula de Euler:

ii(z, I) - (div w)(y(I, z), I) J(z, I),

a divergência tomada com relação às variáveis espaciais. Portanto, se div w 0,


o fluxo p r e s e r v a o volume.

8.5. PONTOS CRÍTICOS


Até agora, estudamos o problema de localizar minimizadores de várias funções
de energia, talvez sujeitos a restrições, e de descobrir as equações de Euler-
Lagrange não lineares apropriadas que eles satisfazem. Nesta seção, voltamos
nossa atenção para o problema de encontrar soluções adicionais do PDE de
Euler-Lagrange, procurando outros pontos críticos. Em geral, esses pontos
críticos não serão minimizadores, mas sim "pontos de sela" de Z ).

8.5.1. Teorema de Mountain Pass.

Desenvolvemos aqui alguns mecanismos que garantem que uma função


abstrata - ] tenha um ponto crítico.
8.5. PONTO ORITINAE!3 477

a. Pontos críticos, deformações.

Daqui em diante, H denota um espaço de Hilbert real, com norma || || e


produto interno ( , ). Seja : H -+ uma função não linear em H.
DEFINIÇÃO. a extremidade é diferenciável e u C H i/ existe r C H tal que
(1) 'I-I = 'l-l +(-.- --)+ W --1) (- H)
O elemento r, se existir, é único. Então, escrevemos /'|u] = r.
DEFINIÇÃO. Dizemos que I pertence a A1 (If, R) iJ I')u) e:cists para cada
u C H, e o mapeamento I' : H H é contínuo.
Observação. A teoria que desenvolveremos a seguir é válida se C C!l
(H,-R), mas as provas serão bastante simplificadas se assumirmos
adicionalmente
(2) /' : H -+ H é Lipschitz contínuo em subconjuntos limitados de H.

Notação. (i) Denotamos por C o conjunto de funções e C!l (H,- )


satisfazendo (2).

DEFINIÇÕES. (i) O subponto u C H é um ponto crítico i/ /' u] = 0.


(ii) O número de referência c de Z'he é um valor crítico se Km7 8
Agora, queremos provar que, se c não for um nível crítico, podemos
deformar o conjunto Az+ em Ac-z para algum e > 0. A ideia será resolver
uma EDO apropriada em H e seguir o fluxo resultante "ladeira abaixo".
Como H é geralmente de dimensão infinita, precisaremos de algum tipo de
condição de compactação.
DEFINIÇÃO. A Jnctionnf e C1 (H,-R) representa a condição de
compatibilidade de Palais-Smale em cada sequência (u£}p l C H de modo que
(i) (Z ub ll£-i 's bounded
e
(ii) I'\>k -+ 0 em H,
é pré-compacto em H.
475 8. O CAL CULUS DAS VARIAÇÕES

TEOREMA 1 (Teorema da Deformação). Suponha que I C C satisfaça a


norma Palais-
Smale condit!OR. Suponha também que

(3) K -- 8.

Então, para cada c > 0 suficientemente pequeno, existe uma constante 0 < 6 < e
e uma função
q e C([0, 1] x H,- H)
de modo que os mapeamentos

v'(-)' v(*,-) (o t -<"',- e )

(i) to(^) = ^ (D C H),


(ii) mi (-) = - (u $1°c - c c + e])
(iii) I(qi(u) I(u) (u C H 0 t < 1)
(iv) oi (A +¿) C A 5 .
Prova. 1. Primeiro, afirmamos que existem constantes 0 < , e < 1, de modo
que

(4)

A prova é por contradição. Se (4) fosse falsa para todas as constantes , e > 0,
existiriam sequências -k 0 , -k 0 e elementos

(ñ)

com

(6)

De acordo com a condição de Palais-Smale, há uma subsequência (-k 1 -1


e um elemento u C H com m - u em H. Mas, como I C Cl (H; ), (5) e (6)
implicam que I(u = c, I' u) = 0. Consequentemente, Kz / 8, uma
contradição à nossa hipótese (3).
2. Agora, fixe 6 para satisfazer
2
(7) 0 < 6 < e, 0 < 6 < 2.

Escre
ver
A :-- u HI u) < c - c ou I u) > c -1- c],
B: ( uC Hc - b < I pu) < c + 6}.
8.5. PONTOS ORITINAE 479

Como I' é limitado em conjuntos limitados, verificamos que o mapeamento u


dist(u, A) + dist(u, B) é limitado abaixo por uma constante positiva em cada
subconjunto limitado de H. Consequentemente, a função
dist(u, A)
(u e H)
dist(u, A) + dist(u, B)
satisfaz

(8) 0 < g < 1, g -- 0 em A, g -- 1 em B.

Co
nju 1, 0<t<1
nto
(9) h(t) :--
1/f, t>1.
Por fim, defina o mapeamento Y : HH por

(10) V(u) := -g(u)h(||I'\u\||)I'|u| (u e H).

Observe que Y é limitado.


3. Considere agora, para cada u C H, a EDO
d (t)-- V(g(t)) (I > 0)
(11) dt
g(0)= u.
Como V é limitado e Lipschitz contínuo em conjuntos limitados, há uma
solução única, que existe para todos os tempos t > 0. Escrevemos q - q(t.-) =
ct( ) (I > 0, u e H) para mostrar a dependência da solução em relação ao
tempo t e à posição inicial u C H. Restringindo-nos aos tempos 0 < t < 1,
vemos que o mapeamento tj C C( 0, 1] x H; H) assim definido satisfaz as
afirmações (i) e (ii).
4. Agora, calculamos

(12)
=(IU(-)l+(v(-)))
=-9/(u)hQf%tM/|)V4oMfl|2 .
Em
particular

e, portanto, a afirmação (iii) é válida.


5. Agora, fixe

qualquer ponto (13)


480 8. O GATO NOS MOSTRA AS
VARIAÇÕES

Queremos provar

que (14)

e, assim, verificar a afirmação (iv). Se oi(-) B para algum 0 t 1 ,


t e r m i n a m o s ; e, portanto, podemos supor que qt(u) e B (0 t 1 ). Então g(ni(-
)) = 1 (0 < t < 1). Consequentemente, o cálculo (12) resulta em

(15)

Agora, se ||/' qt(u)] || > 1, então (9) e (4) implicam que

Por outro lado, se I' q (u)) < 1, (9) e (4) resultam em

Essas duas desigualdades e (15) implicam, então, que

/| (")j < /|"j - cr2 < c -I- d - cr2 < c - d por (7).

Essa estimativa estabelece (14) e conclui a prova.

b. Teorema de Mountain Pass.

Em seguida, empregamos uma interessante técnica "min-max", usando a


definição q construída acima para deduzir a existência de um ponto crítico.

TEOREMA 2 (Teorema da Passagem da Montanha). Suponha que I C C


satisfaça a condição de Palais-Smale. Suponha também que
(i) /|0] = 0,
(ii) existem constantes r, a > 0 tais que

e
(iii) existe um elemento n C H com
8.5. PONTOS ORIGINAIS 481

Definir
r:= (s ^ *(lo J:*+) Is(o) = o s( ) = °)
Então
tit o<.<.'(-(')
é um valor crítico de I.

Pense no gráfico de I ] como uma paisagem com um ponto baixo em 0,


cercado por um anel de montanhas. Além dessas montanhas, há outro ponto
baixo em c. A ideia é procurar um caminho g que conecte 0 a v, que passe por
uma passagem de montanha, ou seja, um ponto de sela para I- . Mas observe
bem: e s t a m o s apenas afirmando a existência de um ponto crítico no "nível de
energia" c, que pode não corresponder necessariamente a um verdadeiro ponto
de sela.

Prova. 1. Claramente

(16)

2. Suponha que c não seja um valor crítico de I, de modo que

(17) K -- 8.

Escolha então qualquer número suficientemente pequeno

(18) 0<€<2.

De acordo com o Teorema da Deformação 1, existe uma constante 0 < 6 < e e um


homeomorfismo q : H -+ H com

(19) (A g+ p ) Ac - b

(20) tj(u) = u se u 1°l )c - b, c -1- e].

3. Agora, selecione g C F que satisfaça

(21)

Então g := tj o g também pertence a F, já que q(g(0)) = q(0) = 0 e q(g(1)) =


q(c) = c, de acordo com (20). Mas, então, (21) implica m o<'< i I g(I)) < c -
6; portanto, c - infger < o<t<i I g(t)) < c 6 , uma contradição. O
482 8. O C'AL JUL UPS DE VARIAÇÕES

8.5.2. Aplicação ao PDE elíptico semilinear.

Para ilustrar a utilidade do Teorema da Passagem da Montanha, vamos


investigar agora o problema de valor limite semilinear:
-An = /(u) em U
(22) u= 0em dU.

Assumimos que / é suave e, para sbme


-I- 2
1
< < -2
temos

(23) I/(°)l * *( + l*l°)' I/ (-)l * *( + l*I°- ) (- ° ^)


em que U é uma constante. Suporemos também

(24) 0 < F(z) < y/(z)z para alguma constante < 2,

em que F(z) :--f (s) de e z C R. Finalmente, levantamos a hipótese, para


0
constantes 0 < a < A, de que

(25)

Agora (25) implica /(0) = 0 e, portanto, obviamente é umasolução trivial


de (22). Queremos encontrar outra.

Observação. Observe que a PDE

se enquadra nas hipóteses acima. Voltaremos a essa não linearidade específica


novamente no item §9.4.2.

TEOREMA 3 (Existência). O problema de valor-limite (22) tem pelo menos


uma solução fraca u fi 0.

Prova. 1. Defina

(26) 2 |Du| -2 F(u) dz


U

para u C H0 (U). Pretendemos aplicar o Teorema da Passagem da Montanha a I -).


8.5. PONTOS 483
ORIGINAIS

Definimos H -- H0 (U), com a norma ||u|| = (Jt/ |Du|2 dz)1 '2 e o produto interno (u,
r) = U Du- Dv d:r. Então

2. Primeiro afirmamos
(27) I pertence à classe C.
Para ver isso, observe primeiro que, para cada u, tr C
H,

2
Portanto, /1 é diferenciável em u, com /1 u] = u. Consequentemente, 1 2.
3. Em seguida, devemos examinar o termo /2 Lembre-se do Teorema
de Lax-Milgram (§6.2.1) que, para cada elemento r* C D1 (U), o problema
-Ar = r*em U
c= 0em dU
tem uma solução única r C D0 (Y). Escreveremos c = Km', de modo que
(28) K:H (U) Ho(U) é uma isometria.
Observe, em particular, que se em C L2 '''+2 (V), então a função linear em*
definida por

U
pertence a N*1 (V). (Faremos mau uso da notação e diremos "em C H (U)" .)
Observe a seguir que p (2 2) < /t-2/t+2 2s
/t+2 - 2", e assim /(t/) E A2 -'-+2 (V)
C H° (U) i u C HQ(U).
Agora vamos demonstrar que, se u C HO(U), então

Para ver isso, observe primeiro que


1
F(a + b) -- F(a) + f(a)b + (1 - s)/'(n + sb) de b2 .
0
Assim, para cada in C H0 (U),

J2 1 = F(w) dz -- F(u + w - u) d:r


U U

(30) --F (u) + f(u)(in - u) dz -I- R


U

U
484 8. O CAL CULUS DAS VARIAÇÕES

em que o termo restante R satisfaz, de acordo com (23),

<U |w - u|2 + |w - u|^+1 d:r + U|u |^" 1 d:r


U U

|w -u|^+ d:r
U

Como p + 1 < 2*, as desigualdades de Sobolev mostram que R -- o( w - u ). Assim,


vemos em (28) que

conforme necessário.
Por fim, observamos que se u, ii C H0 (U) com ||u||, ||u|| < L, então

Mas

2
2n 2n
ii | ) -+° d::c
U

onde usamos (23). Assim, /2 : H0 (U) -- H0 (U) é contínuo como Lipschitz em


conjuntos limitados. Consequentemente, J2 e d, e estabelecemos a afirmação
(27).
4. Agora vamos verificar a condição de Palais-Smale. Para isso, suponha que
(ub}p 1 C
HQ(U), com

(31) limitado

(32) I' uk -+ 0 em H0 (U).


8.5. PONTO CRÍTICO8 485

De acordo com o exposto acima

(33) k K(f( k )) 0em H (U).

Assim, para cada e > 0, temos

para /s suficientemente grande. Deixe c = -k acima para encontrar

2
+k ) - /( k)<k dv < 'tE k tt
U

para cada e > 0 e para todos os /s suficientemente grandes. Para e = 1, em particular,


vemos
que

(34)
U

para todos os k suficientemente grandes. Mas como (31) diz

para todos os /s e alguma constante U, deduzimos

2 F(*k) dz
))+k)) C -I- 2

U + 2y p\ uk ||2 + uk ) por (34), (24).

Como 2y < 1, descobrimos que (u£}p 1 é limitado em H0 (U). Portanto, existe


uma subsequência k, I q_ e u e H0 (U), com >k, u fracamente em H0 (U) e u; -+ u
em U"1 (V), sendo que a última afirmação se mantém, pois p 1 < 2*.
Mas, então, f(tik) -- /(u) em N*1 (U), o que significa que K f(uk)) -+ K f(u) em H0

(U).
Consequentemente, (33) implica

(35) ky Uem HQ (U) .

5. Finalmente, verificamos as hipóteses restantes do Teorema da Passagem


da Montanha. Suponha agora que u C D0 (V), com ||u|| = r, para r > 0 a ser
selecionado abaixo. Então
r2
(36)
486

Agora, a hipótese (25) implica, já que p + 1 < 2*, que

Em vista de (36),
então y2 r2
_ C'rp+i >
4 - o > 0,
- 2
desde que r > 0 seja pequeno o suficiente, pois p + 1 > 2. Agora, fixe algum
elemento u e H, u / 0. Escreva r := tu para t > 0 a ser selecionado. Então

= t2 / ["] - F(to) dz
U

U
<0

para t > 0 suficientemente grande.


6. Finalmente, verificamos todas as hipóteses do Mountain Pass
Teorema. Consequentemente, deve existir uma função ti C H0 (U), u 0, com

I' u) = u - K f(u)) = 0.

Em particular, para cada r C H0 (U), temos

U U

e, portanto, u é uma solução fraca de (22). 0

Consulte §9.4.2 para obter mais informações sobre equações de Poisson não
lineares e
em particular a importância do componente crítico e:c n-2 2 na hipótese (23).

8.6. PROBLEMAS
Nos exercícios, U sempre denota um subconjunto aberto e limitado de R', com
limites suaves.
8.6. 487
PROBLEMAS

1. Esse problema ilustra que uma sequência fracamente convergente


pode, de fato, ter um comportamento bastante ruim.
(i) Prove que -k(-) zin(k:r) 0 como k -+em L2 (0, 1).
(ii) Fixe o, b C , 0 < A < 1. Defina

nif j]k < z < A(j -1- 1) Jk


(j -- 0, ... , L-1).
b se 5(j + 1)/k < z < (j 1)/k

Prove que -k a + (l - 5)b em fi2 (0, 1).

2. Encontre L L(p, z, z) de modo que a PDE

-in + D Q - Du -- f em U

é a equação de Euler-Lagrange correspondente ao funcional 2/mJ :=


U L(Dw, w, :r) d:r. Aqui Q, / : U são funções suaves dadas.

3. A repufarização elíptica da equação de calor é o PDE

(*)

onde e > 0 e Uy -- U x (0,]. Mostreque (+) é a equação de


Euler-Lagrange correspondente a um funcional de energia Z,[in] =

4. Suponha que p : R' - R é A1 .


(i) Mostre que £(P, z, z) = p(z) det P (P C M"^', z C') éum
Lagrangiano nulo.
(ii) Deduza que se u : R' -+ R' é Al , então

p(u) det Du d:r


U

depende apenas de u|9t/.

5. (Continuação). Fixe o B u(dU) e escolha p como acima, de modo que


gp p dz -- 1, spt p C B( o r), r escolhido tão pequeno que B(+o ^ ) u(fiU) - 8.
Defina

deg(u, +o) = p(u) det Du dz,


U

o grau de u em relação a o Prove que o grau é um número inteiro.


488

6. Deixe L C R' denotar o gráfico da função suave u : U -+ IB., U R2 .


Então

(y) (1 + | Du|2)*1 det D2u dz


U

representa a integral da curvatura de Gauss sobre E. Prove que essa


expressão depende apenas de Du restrito a dU. (O Teorema de Gauss-
Bonnet em geometria diferencial calcula (+) em termos da curvatura
geodésica de fiF).

7. Seja rn = n. Prove
L(P) -- tr(P2) - tr(P)2 (P C M'^')

é um Lagrangiano nulo.
8. Explique por que os métodos em §8.2 não funcionarão para provar a
existência de um minimizador da função

I w) :- (1 + |Dw|2)1'2 d:r
U

sobre A -- e w' q(U) w -- g em fiV}, para qualquer 1


9. (Segunda variação para sistemas). Suponha que u : U -- sejaum
minimizador suave da função

(i) Mostrar
2

i,j=1k,/--1

para todo z C U, ( R', p C R'.


(ii) Dê um exemplo de uma função não convexa L : M"^' -- R que
satisfaça
@2 (@)

k@

para todo P C M'^', ( C R", p e R'.

10. Use os métodos de §8.4.1 para mostrar a existência de uma solução fraca
não trivial u C H0 (U), u f- 0, de
8.7. 489
REFERÊNCIAS

para 1 < q < n>2.


11. Suponha que Q : R -- R seja suave, com

para constantes o, b. Seja / C L2(U). Formule o que significa para ti e Al


(U) ser uma solução fraca do problema não linear de valor-limite
-An =in U
°-' + fi(u) = 0em dU.
Prove que existe uma única solução fraca.

12. Suponha que u seja um minimizador suave da integral da área

I w) -- (1 + | Dw|2)*'2 d:r,
U

sujeito às condições de contorno in = g em dU e à restrição

Prove que o gráfico de u é uma superfície de curvatura média constante.


(Dica: lembre-se do Exemplo 4 em §8.1.2.)

13.
(i) Mostre que existe um único minimizador ti e A de

1 |Dm|2 - /c dz,
2
U

em que / C L2 (V) e

A -- {w C H (U) Dw 1 a.e.}.

(ii) Provar
Du D (in - ) dz > /(c - ") dz
U U
para todos os in e A.

8.7. REFERÊNCIAS
Seção 8.1 Consulte Giaquinta GI] para saber mais sobre o cálculo de
variações. Outra boa fonte é Giaquinta-Hildebrandt (G-H], e
490 8. O PÁLCULO DAS VARIAÇÕES

Zeidler ZD, Vol. 3] é uma referência geral para métodos


variacionais.
Seção 8.2 A prova do Teorema 1 em §8.2.2 é de Ladyzhenskaya-
Uraltseva [L-U].
Seção 8.3 Consulte Giaquinta GI] para obter informações adicionais
sobre regularidade (e regularidade parcial) de minimizadores.
Seção 8.4 O livro de Kinderlehrer-Stampacchia K-S] explica muito
mais sobre desigualdades variacionais.
Seção 8.5 O Teorema da Passagem da Montanha é devido a Ambrosetti e
Rabinowitz. Consulte Rabinowitz [RA] (a fonte do §8.5) para
obter mais resultados sobre métodos de ponto de sela.
Oht2p!er 9

TÉCNICAS NÃO-
VARIACIONAIS

9.1 Métodos de monotonicidade


9.2 Métodos de ponto fixo
9.3 Método de subsoluções e supersoluções
9.4 Inexistência
9.5 Propriedades geométricas das soluções
9.6 Fluxos de gradiente
9.7 Problemas
9.8 Referências

Neste capítulo, reunimos várias técnicas para provar a existência, a não


existência, a exclusividade e várias outras propriedades de soluções para
equações diferenciais parciais elípticas e parabólicas não lineares que não são
de forma variacional.

9.1. MÉTODOS DE MONOTONICIDADE


Vamos examinar primeiro esse problema de valor-limite para um PDE
quasilinear com estrutura de divergência:

- div a(Due
(*) -0: UU,

onde / C L2 (U) é dado, assim como o campo vetorial suave a : R' -' IR', a = (ol , ...
, o"). Como de costume, a incógnita é u : °U -- , u -- u(z), em que U é um

491
492 9. TÉCNICAS NÃO VARIACIONAIS

subconjunto aberto e limitado de R' com limites suaves. Agora i/ existe uma
função F : -+ tal que a é o gradiente de F,

(2) a(p) = DF(p) (p C R'),

então (1) é a equação de EuJer-Lagrange correspondente ao Lagrangiano


L(p, z, z) = F(p) - /(z)z. Entretanto, se não existir tal potencial F, os
métodos variacionais do Capítulo 8 simplesmente não se aplicam ao
problema (1).

Em vez disso, perguntamos se existe algum método direto para construir


uma solução de (1) e, em particular, perguntamos quais são as condições
razoáveis a serem colocadas sobre a não linearidade. Como motivação,
observemos que se I/ (2) fosse válido e se F fosse convexo (a suposição
natural para a teoria variacional, como vimos em §8.2.2), então, para cada p,
q C R':

(a(p) - a(q))- ( p - ')- Z(F-- Up-) Fp.(q))(p-- q-)


i-1
1^
-- Fp,y (p -I- t(q - p))(pt - qj)(p, - q,) dt > 0,
0 *,y-i

a última desigualdade decorre da convexidade de F.

Esse cálculo sugere o seguinte

DEFINIÇÃO. Um campo vetorial a : R' -+ R' é chamado de monótono se

(3) (a(p) - a(q))- (p - q) 0

para todos os p, q C IR".

Mostraremos a seguir que o PDE quasilinear de fato possui uma solução


fraca, sob a suposição estrutural primária de que a não linearidade seja
monótona. Mais adiante, perceberemos que essa condição, de fato, diz que
- div a(Du) -- / é uma equação diferencial parcial elíptica não linear. Portanto, vamos
assumir daqui em diante que o campo vetorial suave a é monótono e que

(4) |a(p)| < W(1 -I- |p|),

(¿) a(p) p > n|p|2 - Q

para todo p e R" e as constantes apropriadas C, n > 0, Q > 0. Veremos em


breve que (5) equivale a uma condição de coercividade sobre a não
linearidade. Pretendemos agora criar uma solução para o problema de valor-
9.1. MÉTODOS MONO'TÔNICOS 493

limite (1) como


492 9. TÉCNICAS NÃO VARIACIONAIS

o limite de certas aproximações de dimensão finita, estendendo assim o


método de Galerkin do Capítulo 7 a uma nova classe de problemas não
lineares.
Mais precisamente, suponha que as funçõesk --k ( ) (k -- 1, ... )
sejam suaves e
(m£}p_1 é uma base ortonormal de H (U),
tomado com o produto interno (u, c) = U D u - De dz. (Poderíamos, por
exemplo
considere (wjt}p 1 como o conjunto de funções próprias adequadamente
normalizadas para
A em (V)).
b0

Procuraremos uma função up e H0 (U) da forma

(6) u", - pd wk,


£--1

onde esperamos selecionar os coeficientes d de modo que

(7) a(6"",)- D k dz -- k dz (k -- 1, ... , m).


U U
Isso significa que exigimos que up resolva a "projeção" do problema
(1) no subespaço de dimensão finita abrangido por (mb}p 1.
Começamos com uma afirmação técnica.
LEMMA (Zeros de um campo vetorial). Considere a função contínua v
R" -' R" sotis/es
(8) v(z)- z 0 i/ |z| = r,
para algum r > 0. Z'/ien existe um ponto :r C B(0, r) tal que
v(z) = 0.

Prova. Suponha que a afirmação seja falsa; então v(z) / 0 para todo z C B(0, r).
Defina o mapeamento contínuo w : B(0, r) -+ dB(0, r) definindo

De acordo com o teorema do ponto fixo de Brouwer (§8.1.4), existe um ponto


z C B(0, r) com
(9) w(') = '.
Mas então z e GB(0, r) e, portanto, (8) e (9) implicam a contradição
v()x 0.
494 9. TÉCNICAS NÃO-VARIACIONAIS

'I'HEOREM 1 (Construção de soluções aproximadas). Para cada número


inteiro m - 1, ... , existe uma função u", da forma (6), que satisfaz as
identidades (7).

Prova. 1. Defina a função contínua v : R' - R" , v - (cl , ... , c"), definindo

(10) wk (d) :-- a Z d'D'' D-k - Pergunte a dz (k - - 1 , ... , m)


U 3--1

para cada ponto d -- (di . , dp) C R". Now

v(d) d -- a
U

aZ d'Dw' - ^ - ! Z d'w' d:r por


U (5)

- o|d|2 - 0| U| -Z d'
j -1

-|d|2 2
- 0| U| -- Z(/ ) L 2 [U)
=l

Agora, deixe u C H0 (U) resolver o PDE -An = /. Então

Du- Dw d:r --fw d:r ( -- 1, ... ),


U U

e, consequentemente

Portanto, v(d-) d > 2 |d|2 - U, para alguma constante U, e assim v(d) d 0 se |d| -- r,
desde que selecionemos r > 0 suficientemente grande.
2. Aplicamos o lema para concluir que v(d) -- 0 para algum ponto
d C R". Então, (10) implica que up definido por (6) satisfaz (7). O

Queremos considerar o limite como rn - e, para isso, serão necessários


+ estimativas uniformes. alguns
9.1. MÉTODOS MONOTÔNICOS 495

TEOREMA 2 (Estimativas de energia). Existe uma constante C!, dependente de*9


apenas em U e a, de modo que

(11)

para m1 , 2, .

Prova. Multiplique a igualdade (7) por d e some para k -- 1, ... , rn:

a(Dug)- Dug d:r -- divertido d:r.


U U

Em vista da desigualdade de coercividade (5),


encontramos
u2 dz + /2 dz.
U 4e
U+e U
U U
Relembramos a desigualdade de Poincaré e, em seguida, escolhemos e > 0
pequeno o suficiente para deduzir (11). O

Desejamos agora empregar as desigualdades L2 (11) para passar a limites


como rn -+ m, obtendo assim uma solução fraca do problema (1), ou seja, uma
função u C H0 (U) que satisfaça a identidade

(12) a(Du)- Do d:r -- fa d:r para todo c C H0 (V).


U U

Empregando a estimativa (11), podemos extrair uma subsequência (upj }y_1


que converge fracamente em H0 (U) para um limiteu, que esperamos mostrar que
verifica (12). Entretanto, encontramos um grande problema aqui: não
podemos concluir diretamente que

em qualquer sentido. Observe: as não-finenrificações não são (geralmente)


contínuas no que diz respeito à convergência fraca. (Veja o Problema 2.)
O que nos salva é a suposição de monotonicidade no campo vetorial a.

TEOREMA 3 (Existência de solução fraca). Existe uma solução fraca para o


problema não linear de valor-limite (1).

Prova. 1. Conforme observado na discussão anterior, podemos extrair uma


subse- quência (up }y_1 C (up} e uma função u C H0 (U) de modo que

(13)
496 9. TÉCNICAS N Ã O -
VARIACIONAIS

(14)

deve mostrar que " satisfaz (12).


2. Em vista da condição de crescimento (4), (a(Dug)}1 é limitado em L2
(U, R"); portanto, podemos supor que, ao passar para uma subsequência
adicional, se necessário, que

a(Dug, ) fracamente em L2(U,-

R"), para algum C L2(U, R"). Usando a identidade (7),

U
deduzimos

para cada k -- 1, ...........e assim

(16) - Do d:r --fa d:r para cada c C H0 (U).


U U

3. Para p r o s s e g u i r , observe a condição de monotonicidade (3)


que

(17) (a(6" ) - a(Btu))- (Du", - Do) dz > 0


U

para rn = 1, ... e todos em C H0 (U). Mas, como observado anteriormente, a


equação (7)
produz a identidade

U U

Substitua em (17), para encontrar:

fu", - a(Dtzy-) Do - a(Btu-) (Dtzy - Do) dz > 0.


U

Seja rn = m j -- e lembre-se de (13)-(15), para deduzir

fu - -Do - a(6w-) (Du - Do) dz > 0.


U

Simplificamos usando a identidade (16) com c = u, e descobrimos

(18) (¿ - a(Btu)) D( - c) dz 0 para todo tu E //0(V).


U
9.1. MÉTODOS MONOTÔNICOS 497

4. Fixe qualquer c C HO(U) e defina in := u - Ac (A > 0) em (18). Obtemos


então
(¿ - a(6" - 7Dc)-) D dz > 0.
U
Enviar 3 -+ 0:

(19) ({ - a(Du)) Do d:r > 0 para todo c C D0 (V).


U

Substituindo c por -c, deduzimos que, de fato, a igualdade é válida acima.


Então, (16) e (19) somados resultam em

a(Dti) Do d:r -- f n d:r para todo c C H0 (V).


U U

Portanto, u é de fato uma solução fraca de (1).

Observação. Esse uso da monotonicidade é o método de Broader e Minty,


uma técnica notável que, de alguma forma, emprega a condição de
desigualdade da monotonicidade para justificar a passagem para limites
fracos dentro de uma não linearidade.

Vamos supor agora que o campo vetorial a satisfaça a condição de


monotonicidade estrita, ou seja,
)> p )2
(20) (a(p) - a(q)) ( p - q

para todos os p, q C R" e alguma constante 8 > 0.

'I'HEOREM 4 (Unicidade da solução fraca). Suponha que a propriedade stTct


mono- tonicitg|j (20) seja válida. então existe apenas uma solução fraca de (1).

Prova. Suponha que u e ii sejam duas soluções fracas. Consequentemente

a(6")- 6v dz -- a(Du-) Do dz - /r dz,


U U U

e assim
[a(6") - a(6Ti)]- Do dz -- 0
U
para cada c C H0 (U). Definimos c := It - ii e usamos (20) para deduzir

|Du - Did |2 dz -- 0.
U

Assim, u = ii a.e. em U.
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498 9. técnicas n ã o variadas

Observação. Sob a suposição de monotonicidade reforçada (20), nossa


solução fraca u de fato pertence a H (U) e, portanto, satisfaz
- div a(Du) = J e.a. em U.
Para demonstrar isso, selecionamos q, ( C R' e definimos p = q + fi(, fi / 0, em
(20). O b t e m o s , após dividirmos por fi2 , a desigualdade

Agora envie fi -+ 0:

(21)

Assim, podemos interpretar o PDE não linear - div a(Du) - / como sendo uni-
formalmente elíptico. A prova da regularidade de H2 da solução fraca segue
agora quase que precisamente como na prova do Teorema 1 em §6.3.1.

9.2. MÉTODOS DE PONTO FIXO


A seguir, estudamos a aplicabilidade dos teoremas de pontos fi:redos
topológicos a equações diferenciais parciais não lineares. Há pelo menos três
classes distintas desses teoremas abstratos que são úteis. São elas:
(a) teoremas de ponto fixo para coritrocfions estritos,
(b) teoremas de ponto fixo para mapeamentos compactos,
e
(c) Teoremas de ponto fixo para operadores de ordem-presença.
Apresentamos a seguir aplicações dos tipos (a) e (b). A utilidade da ordem-
As propriedades de preservação para PDE não linear serão explicadas mais
adiante, no §9.3.

9.2.1. Teorema do ponto fixo de Banach.

Daqui em diante, N denota um espaço de Banach. O teorema de ponto


fixo mais simples de todos é:

'I'HEOREM 1 (Teorema do ponto fixo de Banach). Suponha que


A :X X
é um mapeamento não linear, e suponha que
(1) ||A| - A\T\|| < y||" - 1|| (", E X)
para alguma constante < 1. Então A tem um único ponto fixo.
9.2. MÉTODOS DE PONTO FIXO 499

DEFINIÇÃO. Dizemos que A é uma contração estrita se i/ (1) for válido.

Prova. Fixe qualquer ponto "o o N e, a partir daí, defina iterativamente u +1 = A


k!
para k -- 0, 1, .............Então

e assim

Jc-2

j --I-1

Assim, {uL}p 1 é uma sequência de Cauchy em X e, portanto, existe um ponto u C


X com k u em X. Claramente, então A u) = u. Assim, u é um ponto fixo para A e
a hipótese (1) garante a exclusividade. O

As aplicações do teorema do ponto fixo de Banach para EDPs não


lineares geralmente envolvem argumentos de perturbação de vários tipos:
dada uma equação diferencial parcial elíptica linear bem comportada, muitas
vezes é fácil apresentar uma pequena modificação não linear como um
mapeamento de contração. A marca registrada de tais provas é a ocorrência
de um parâmetro que deve ser considerado pequeno o suficiente para garantir
a propriedade de contração estrita.
No entanto, às vezes podemos eliminar essa hipótese de pequenez por
meio de uma iteração, conforme ilustrado agora.

Exemplo 1 (Equações de reação-difusão). Vamos investigar a solvabilidade


do problema de valor inicial/limite para o sistema de reação-difusão

ut - Au = f(u) em Uy
(2) u- 0em EU x 0, T]
u= gon U x (t = 0}.

Aqui u = (u*, ... , u"), g = (p*, ... , p") e, como de costume, Uy -- U x (0, T],
em que U C R' é aberto e delimitado, com limites suaves. O tempo T > 0 é
fixo. Presumimos que a função inicial g pertença a H0 (U; R').
Com relação à não linearidade, vamos supor que

(3) f : R" -- R " é Lipschitz contínuo.


500 9. TÉCNICAS NÃO-VARIACIONAIS

Essa hipótese, em particular, implica

(4) |f(z)| < (1 + |z|)

para cada z C R" e alguma constante U.


Adaptando a terminologia de §7.1, dizemos que uma função

(5) u E £2 (0, T; £ 0 (U, ")), com u' E £2 (0,W; /f-1(V; ")),

é uma solução de selos de (2), desde que

(6) (u', v) + B u, v = (f(u), v) ou seja, 0 < I < T

para cada v C H0 (U,- " ), e

(7) u(0)=g.

Em (6), ( , ) denota o emparelhamento de I-I*1 (V, R") e H0 (V, R^), B , ] é a


forma bilinear associada a -A em H0 (U, IR") e ( , ) denota o produto interno em
L2 (U; ). A norma em H0 (U; ") é considerada como sendo

Lembre-se de que, no item §5.9.2, (5) implica u C U( 0, T]; £2 (U, R )), após
uma possível redefinição de u em um conjunto de medida zero.

TEOREMA 2 (Existência). Existe uma solução mínima fraca de (2).

Prova. 1. Aplicaremos o teorema de Banach no espaço

com a norma

Deixe o operador A ser definido da seguinte forma. Dada uma função u C


X, defina h(I) := f(u(I)) (0 < t < T'). À luz da estimativa de crescimento
(4), vemos que h e £2 (0, T'; £2 ((/, R')). Consequentemente, a teoria
apresentada em §7.1 garante que a EDP parabólica linear

w - Aw = hin Up
(8) w= 0em dU x 0, T']
w= gon U x (t = 0}
9.2. f'JXFD MÉTODO DO PONTO 501

tem uma única solução fraca

(9) w E r2(0, T; £ ( U, ")), com w' E £2(0, ; Cf-1(V, ")).

Assim, w C K satisfaz

(10) (w', v) + Bmw, v) (h, v) .e.0 < f < Z'

para cada v C H0 (U, Iit"), e w(0) = g.


Defina A : X -+ X definindo A vL) w.
2. Agora afirmamos que
Se T' > 0 for suficientemente pequeno, então
(11)
A é uma contração estrita.

Para provar isso, escolha u, ù C X e defina w = A u), w = A u) como acima.


Consequentemente, w verifica (10) para h = f(u), e w satisfaz uma identidade
semelhante para h := f(ù).
Calculamos como em §7.1

d
dt
= 2(w - w, h - ÏÎ)
(12)
-|f(u) - f(ù) JJ22 (t |Qzn)
1
|| f(u) - f(ù) //22(t/ @m) t

pela desigualdade de Poincaré. Selecionando e > 0 suficientemente pequeno,


deduzimos

d
dt
já que f é Lipschitz. Consequentemente

(13) °(' )--(-)!!2*(U,E) - *


llu
( '-) 2. (')\\ 2 (U,E) dt

para cada 0 < s < T. Maximizando o lado esquerdo com relação a s, descobrimos

Portanto

(14)
502 9. TÉCNICAS NÃO-VARIACIONAIS

e, portanto, A é uma contração estrita, desde que T > 0 seja tão pequeno que
(ET) 12 -

3. Dado qualquer T > 0, selecionamos T' > 0 tão pequeno que (UT )1 '2 < 1.
Podemos então aplicar o teorema do ponto fixo de Banach para encontrar uma
solução fraca u do problema (2) existente no intervalo de tempo |0, T't]. Como
u(t) C I-f0 (U, IR") para a .e. 0 < t < T , podemos, após redefinir T' 1 se
necessário, assumir u(T'1 ) C HO(U,- " ). Em seguida, podemos repetir o
argumento acima para
estender nossa solução para o intervalo de tempo I+i 2+il Continuando, após
um número finito de etapas, construímos uma solução fraca existente em
todo o intervalo 0, TJ.
4. Para demonstrar a exclusividade, suponha que u e ù sejam duas soluções
fracas de (2). Então, temos w = u, w = ù na desigualdade (13); portanto

||u(s) - ù (s)||Î2(y.g-) C |u(t) - ü(t) 2L2


0
para 0 < s < T'. De acordo com a desigualdade de Gronwall, u u.

Observação. Em aplicações comuns, o problema (2) registra a evolução das


densidades u', ... , u' de vários produtos químicos, que se difundem em um
meio e interagem entre s i . O termo de difusão é Au (ou mais
geralmente (-i -' <",Au") em que as constantes em > 0 caracterizam a
difusão da substância química k"). O termo de reação f(u) modela a química.
No exemplo anterior, fizemos a suposição irracional de que f é globalmente
Lipschitz. Em modelos mais realistas, f costuma ser um polinômio em u
e há problemas interessantes com relação à existência global ou à explosão
de uma solução. (Um problema simples desse tipo é tratado em §9.4.1). O

9.2.2. Teoremas de ponto fixo de Schauder e Schaefer.


Em seguida, estendemos o teorema do ponto fixo de Brouwer (§8.1.4)
aos espaços de Banach. A principal suposição agora é a compacidade. Ao
longo desta seção, A continua a denotar um espaço de Banach real.

TEOREMA 3 (Teorema do Ponto Fixo de Schauder). Suponha que K X seja


compacto e cone:rente, e também
A:K K
é contínuo. Então, A é um ponto vermelho em K.
Prova. 1. Fixe e > 0 e escolha um número finito de pontos "iN C K, de
modo que as esferas abertas {BO (u;, C) j _' cubram Jf:
N
(15) XC B0 (u;, c).
i=1
9.2. MÉTODOS DE PONTO FIXO 503

Isso é possível porque K é compacto. Seja K, denotando o casco convexo fechado


dos pontos {" <N'
N' N

i==1 i=1

Então K C K, já que K é convexo. Agora, defina P, : K -+ K escrevendo

?1 dist(u, K -B0 (t/" c))t/,


(u E X).
'1 dist(u, X - B0(u', c))

O denominador nunca é zero, devido a (15). Agora, claramente P, é contínuo e,


além disso, para cada ti C K, temos

ñ1 dist(u, K - B0(u" e)) ||u, - u||


(16) II*'.C°J -°II <c.
_' dist(u, K - B0(ui, e))

2. Em seguida, considere o operador A : K, -+ K, definido por

Agora K é homeomórfico à esfera unitária fechada em M- para algum M, < N . O


teorema do ponto fixo de Brouwer (§8.1.4), portanto, garante a existência de um
ponto u, C K com
A, u = u,.
3. Como K é compacto, existe uma subsequência 'j -+ 0 e um ponto u C K, de
modo que m -- u em X. Afirmamos que u é um ponto fixo de A. De fato, usando a
estimativa (16), deduzimos

Consequentemente, como A é contínuo, concluímos que u = A u).

Em seguida, transformamos o teorema do ponto fixo de Schauder em


uma forma alternativa que costuma ser mais útil para aplicações em equações
diferenciais parciais não lineares.

DEFINIÇÃO. Um mapeamento não linear A : X -' X é chamado de pro-


Desde que, para cada sequência limitada (u£}k 1, a sequência (A[ukj}k 1 seja pré-
compacta; isto é, exista uma sequência (uk, } 1 Stich que A uk: ] l converge em X.
504 9. T 'ECJ-fNIQUES NÃO VARIACIONAIS

TEOREMA 4 (Teorema do ponto fixo de Schaefer). Suponha que

é um mapeamento compacto e continental. Suponha ainda que o conjunto

(u C N | u = EA u Jou algum 0 < ñ < 1}

é limitado. Então, A tem um ponto vermelho.

Observação. A afirmação é que, se tivermos um limite em quaisquer pontos


fixos possíveis de qualquer um dos operadores SA para 0 A < 1, então
teremos a existência de um ponto fixo para A. Isso está de acordo com o
notável princípio informal de que "se pudermos provar estimativas
apropriadas para soluções de um PDE não linear, sob a suposição de que tais
soluções existem, então, de fato, essas soluções existem". Esse é o método de
estimativas "a priori".

A vantagem do teorema de Schaefer sobre o de Schauder para aplicações é


que não precisamos identificar um conjunto convexo e compacto explícito.

Prova. 1. Escolha uma constante M tão grande que

(17) ||u|| < M se u = SA u) para algum 0 < A < 1.

Defina

A(u) se ||A u]|| < M


então (18)
se ||A[u] || > M.

Observe que A : B(0, M) -+ B(0, M). Agora, defina K como o casco convexo
fechado de A(B(0, M)). Então, como A e, portanto, A são mapeamentos
compactos, K é um subconjunto compacto e convexo de X. Além disso, A : K -+
K.
2. Invocando o teorema do ponto fixo de Schauder, i n f e r i m o s a
existência de um ponto u C K com

(19)

Além disso, afirmamos que u é um ponto fixo de A. Caso contrário, de acordo


com (18) e (19), teríamos

* n priori = de antes (latim).


9.2. MÉTODO DE PONTO FIXO 505

(20) 1.

Mas ||u|| = ||A|u]|| = M, o que contradiz (17) e (20).

As aplicações dos teoremas de ponto fixo de Schauder e Schaefer para


EDPs dependem de considerações bem diferentes das aplicações do teorema
de Banach. A suposição crucial agora não é que algum parâmetro seja
pequeno, mas sim que tenhamos algum tipo de compacidade. Como os
inversos de operadores elípticos lineares são normalmente suavizados, a
compactação está de fato disponível para determinadas equações elípticas
não lineares. A seguir, um exemplo rápido, embora bastante grosseiro:
Exemplo 2 (uma EDP elíptica quasilinear). Apresentamos agora uma
aplicação simples do teorema de Schaefer, resolvendo o problema de valor-
limite semilinear
- An + b(Du) + pu -- 0em U
(21) u= 0em dU,

onde U é limitado e fiU é suave. Assumimos que b : " -- seja suave,


Lipschitz contínuo e, portanto, satisfaz a condição de crescimento

(22) b(p) < C!( p + 1)

para alguma constante U e todos os p C R'.

TEOREMA 5 (Existência). Se p > 0 for suficientemente grande, existe o


/uttction u C R2 (U) O I-f0 (U) resolvendo o problema de valor limite (21).

Prova. 1. Dado u C I-f0 (U), defina

(23) /: - b (Du).

Devido à estimativa (22), vemos que / C L2 (U). Agora, deixe que tr C H0 (U) seja a
única solução fraca do problema linear
-Atr + pw f em U
(24) in = 0on dU.

Pela teoria da regularidade demonstrada em §6.3, sabemos adicionalmente que tr


C
H2 (U), com a estimativa

(25)
506 9. TÉCNICAS NÃO-VARIACIONAIS

para alguma constante U.


A partir de agora, escreveremos A u) = tr sempre que tr for derivado de u
por meio de (23),
(24). À luz de (22) e (25), temos a estimativa (26)

2. Agora afirmamos que A : H0 (U) -- H0 (U) é contínua e compacta.


De fato, se

(27) <k u em I-to(p),


então, em vista da estimativa (26), temos

(28) sup
k

para wk -- Ak! (k -- 1, ... ). Portanto, há uma subsequência (<k, ) 1 e uma


função tr C HO(U) com

(29)

Agora

para cada r C H0 (U). Consequentemente, usando (22), (27) e (29), vemos

U U

para cada r C H0 (U). Assim, tr = A u).


Portanto, (27) im
plcaA uk:) -+ A u) em H0 (U) e, portanto, A lScontínua. A
Um argumento semelhante mostra que A é compacto, pois se (uk}k 1 for
limitado em H0 (U), a estimativa (22) afirma que (A[uk]}k-1 é limitado em H2(U)
e, portanto, possui uma subsequência fortemente convergente em Jf0 ((/).
3. Por fim, devemos mostrar que, se p for grande o suficiente, o conjunto

{u C H0 (U) u = 3A |uJ para algum 0 < A < 1} é

limitado em HO(U). Portanto, suponha que u C HO(U),

u = SA u para algum 0 < A < 1.

Então -- A u); ou, em outras palavras, u C H2 (U) G H0 (U) e

-An + pu = hb(Du) ou seja, em U.


9.3. MÉTODO DE SUBSOLVÊNCIA E SUPERSOLAGEM DE LIMÕES 507

Multiplique essa identidade por u e integre sobre U, para calcular

|6u|2 -I- y|u|2 Hz -- - lb(Du)u dz < C |Due + I) |u| dz


U U U
1
Du|2 dz + U| u|2 + 1 d:r.
2 U
Assim, se p > 0 for suficientemente grande, teremos u H0 (U) U , para algum CollSt£tllt
U que não depende de 0 < A < 1.
4. Aplicando o teorema do ponto fixo de Schaefer no espaço A = HO(U),
concluímos que A tem um ponto fixo u C HO(U) C H2 (U), que, por sua vez,
resolve nosso PDE semilinear (21). O

Observação e advertência. Um plano plausível para resolver (21) de forma


construtiva seria selecionar algum u0 e, em seguida, resolver iterativamente
os problemas lineares de valor-limite
tinta ' +Tinta - b(Duk) em U
(k -- 0, 1, ... ).
u" 0em dU
Entretanto, não podemos afirmar que uk:]k:-0 então converge para uma
solução de (21). Os teoremas de ponto fixo de Schauder e Schaefer não
dizem que qualquer sequência converge para um ponto fixo. (Mas veja a
prova no §9.3 a seguir). O

Consulte Gilbarg-Trudinger G-T] para obter aplicações muito mais


sofisticadas de teoremas de ponto fixo para PDE elíptico não linear.

9.3. MÉTODO DE SUBSOLUÇÕES E


SUPERSOLUÇÕES
Nossa aplicação do teorema de Schaefer acima, no item §9.2.2, depende das
estimativas de regularidade para soluções de equações elípticas. Agora,
voltamos a atenção para outra propriedade básica de EDPs elípticas, a saber,
o princípio do máximo, e demonstramos como vários argumentos de
comparação resultantes podem ser usados para resolver determinados
problemas semilineares. A ideia é explorar as propriedades de ordenação
das soluções. Mais precisamente, mostraremos que, se pudermos encontrar
uma subsolução u e uma supersolução ii de um determinado problema de
valor-limite, e se, além disso, u < ii, então existe de fato uma solução que
satisfaz

Investigaremos esse problema de valor-limite para a equação de Veneno


não linear:
-An = /(u) em U
(1) u=0 em dU,
508 9. TÉCNICAS NÃO-VARIACIONAIS

onde / : R -' R é suave, com (2)

para alguma constante U.

DEFINIÇÕES. (i) A solução de mentira que ii C Hl (U) é uma supersolução


fraca o/
problema (1) iJ

(3)
U U

para cada v C H0 (U), r > 0 a.e.


(ii) Da mesma forma, u C I-f1 (U) é uma subsolução fraca desde que

(4) Dy Do dz < f(u) dz


U U

para cada v C H0 (U), v > 0 a. e.


(iii) Dizemos que u C H0 (U) é uma solução fraca o/ (1) i/

para cada v C Ho(U).

Observação. Se Ii, u C C2 (U), então, a partir de (3) e (4), segue-se que

-Air > /(ii), -An < /(u) em U.

TEOREMA 1 (Existência de uma solução entre sub e supersoluções). Suponha


que exista uma supersolução fraca ii e uma solução fraca u o/ (1), satisfazendo

(5) u < 0, u > 0 ou âU no sentido de traço, u < ii a.e. em U.

Então, existe uma suavização fraca u de (1), Stich que

u < u < iio . e. em U.


9.3. MÉTODO DE ISVBSOLVÇÕES E SUPERSO6 UÇÕES 509

Prova. 1. Fixe um número A > 0 tão grande que

(6) o mapeamento z / (z) + Az é não decrescente;

isso é possível como consequência da hipótese (2).


Agora, escreva "o - u e, em seguida, dado -k (k -- 0, 1, 2, ... ), defina
indutivamente t i o H (U) como a única solução fraca do problema linear de
valor-limite

k+1 + k -- I(-k:) + ink: em U


(7)
#1 =on dU.

2. Nós
afirmamos
(8)

Para confirmar isso, primeiro observe em (7) para k -- 0 que

(9)
U U

para cada r C HO(U). Subtraia (9) de (4), lembre-se de u0 = u e defina

* := (^o - *i)" G H (U), r > 0 a.e.

Encontr
amos
D(-o - *i) - D(-o - - ) + + *(-o - *i)(-o -by)" dz < 0.
(10) U

Mas
D(^o - *i)" =

(Consulte o Problema 17 no Capítulo S.) Consequentemente,

D(-o - *i) |2 + *(-o - *})2 dz < 0; de

modo que "o S u a.e. em U.


Agora, assuma indutivamente

(11) • t- i -t a.e. em U.

A partir de (7),
encontramos

(12)
U
510 9. TÉCNICAS NÃO-VARIACIONAIS

e
D*k Do + * k< dz -- (/( k-1) + k-\) dz
U
para cada r C H0 (U). Subtraia e defina r := (uk: - t +i)" Deduzimos que

' [(/( k-1) +k-\ ) - (/( k) + k))' ( k-k+i )" dz < 0,


U

a última desigualdade se mantém em vista de (11) e (6). Portanto, ut -k-i a.e.


em U, como afirmado.
3. Em seguida, mostramos

(13) wk a.e. em U (k -- 0, 1, ... ).

A afirmação (13) é válida para k -- 0 pela hipótese (5). Suponha agora, por indução

(14) Reino Unido: ii a.e. em U.

Então, subtraindo (3) de (12) e considerando r := ( k+1 - )", encontramos

[(/( k ) + k) - (/( )+ )] ( k-F1 " )" dz < 0,


U

por (14) e (6). Assim, <k+1 Ii a.e. em U.


4. À luz de (8) e (13), temos

(15)

Portanto
- lim

existe para a.e. z. Além disso, temos

(16)

conforme garantido pelo Teorema da Convergência Dozoinada e (15). Por fim,


como temos f(-k) || 2 ) < / ?(|| k11/,2(t/) -I- 1), deduzimos de (7) que
9.4. NÃO EXISTÊNCIA 511

supk ||ut H (U)< on. Portanto, há uma subsequência uk: j _ que converge fracamente em
H0 (U) para u C H0 (U) .

5. Por fim, verificamos que u é uma solução fraca do problema (1). Para isso,
fixar r C H0 (U). Então, a partir de (7), encontramos

D*k-F1 " + +k+1^ dz -- (/(+k) + k)n dz.


U U

Seja k em:

U U
Cancelando o termo que envolve A, finalmente confirmamos que

U U
conforme desejado.

Essa prova ilustra o uso da integração por partes, em vez do princípio


máximo, para estabelecer comparações entre sub e supersoluções.

9.4. NÃO EXISTÊNCIA


Agora complementamos a teoria dos parágrafos 9.1 a 9.3 com algumas
afirmações de não existência para soluções de várias equações diferenciais
parciais não lineares. O procedimento geral será supor que existe uma
solução e, em seguida, obter certas desigualdades que, por sua vez, forçam
uma contradição.

9.4.1. Explosão.

Começamos considerando um problema de valor inicial/limite para uma


equação parabólica com uma não linearidade quadrática simples:
ut - An = u2 em Uy
(1) u=0 em dU x (0, T)
u- qon U x {I -- 0}.

Mostraremos que se T' > 0 e q 0 forem suficientemente grandes em um


sentido apropriado, então não existe uma solução suave u de (1). Podemos
considerar a equação de calor não linear em (1) como uma equação de
reação-difusão simples (cf. Exemplo 1 em §9.2.1). O termo não linear
sozinho corresponde à EDO
d
(2)
"" dt
512 9. TÉCNICAS NÃO-VARIACIONAIS

que certamente explode em tempo finito, desde que u(0) > 0. Os efeitos
puramente difusivos, por outro lado, produzem a equação de calor, que tende
a suavizar as irregularidades. A análise a seguir deve, portanto, desembaraçar
os efeitos concorrentes de explosão do termo u2 e de suavização do termo
Um termo.
Prosseguimos escolhendoi para ser uma função própria correspondente a o
valor próprio principal A > 0 de -A em H0 (U). Então, devido à teoria em
§6.5.1, tr é suave,

-i = iem U
i= 0em dU,
e, além disso, podemos supor que

(3) try > 0 em U, tri d:r -- 1.

Suponha que u seja uma solução suave de (1), com p >, p ;de modo que u >
0 em Uy pelo princípio do máximo forte. Defina

#(f):- ( , f) (+) dx (o < f < z).


U

Então

(4)
= +2 dz -- -+iv(t) + * i dz.
U U
Além disso
1/2 1/2
dz
U U
1/2 1/2
()
1/2
=" 2 i d:r por (3).
U

Consequente
mente

Empregando essa desigualdade em (4), encontramos

(6) i(/) z -'cx(')+ (t)2 (o < t < z).


9.4. NÃO EXISTÊNCIA 513

Ao escrever ((t) := e"'p(t), obtém-se

para 0 < t < Z'. Portanto

de modo que, ao integrar, encontramos

-1 -11 - e '*
{(I)- {(0)

Rearranjando, deduzimos

((0)3i
(7)
3i - ((0)(1 - e-*") '

desde que o denominador não seja zero.


Mas agora suponha que

(8) q(0) = ((0) > Xt.

Então

(9)

onde

(10) log
t(o) - '
q(0)
A conclusão é que t/

então não pode existir uma solução suave u de (1). Além disso, ou o
a solução não é suave o suficiente para justificar o cálculo acima, ou então

lim

para algum 0 < I < t * . Nesse caso, dizemos que u "e x p l o d e " no momento I .
514 9. TÉCNICAS NÃO-VARIACIONAIS

9.4.2. Identidade Derrick-Pohozaev.

A seguir, investigamos um PDE elíptico não linear ao qual se aplicam


diferentes métodos de desigualdade diferencial, ou seja, o problema de valor-
limite não linear

-An |u|^*'u em U
(II)
u- 0on dU.

Agora, a teoria do item §8.5.2 se aplica a (11), desde que


n+2
(12)
< n-2
e prova a existência de uma solução não trivial ii 0. Em vez disso,
vamos supor
n+2
(13) < p < on.
n-2
Nosso objetivo é demonstrar, sob uma determinada condição geométrica em
U, que
(13) implica que u - 0 é a única solução suave de (11). Vemos, portanto, que
a restrição à condição (12) em §8.5.2 foi, de certa forma, natural,
e, consequentemente, dizemos n 2 é um componente crítico.
n-2que p

DEFINIÇÃO. Um conjunto aberto U é chamado de forma de estrela em


relação a 0 desde que, para cada :r C U, o segmento de reta

Um domínio em forma de estrela


9.4. não conformidade 515

Claramente, se U for convexo e 0 C U, então U tem forma de estrela com


relação a
0. Mas uma região geral em forma de estrela não precisa ser convexa.

LEMMA (Normais para uma região em forma de estrela). Suponha que dU


seja A1 e U seja
em forma de estrela com relação a 0. Então

em que v denota a normal de direção do tíni.

Prova. 1. Como fiU é Al , se z C dU então, para cada e > 0, existe 6 > 0


de modo que |p - z| < 6 e p C U implicam v(z) < e. Em particular

lim sup v(z) < 0.

Seja p = 3z para 0 < A < 1. Então p C U, pois U tem formato de estrela. Assim, p

Em seguida, provaremos que não pode existir uma solução não trivial para
o problema
(11) para crescimento supercrítico, desde que U tenha forma de estrela. A
prova é um cálculo notável iniciado com a multiplicação do PDE -An = |u|"*1 u
por z - Du e a integração contínua por partes.

TEOREMA 1 (Não existência de solução não trivial). Suponha que u C U2 (U)


seja uma solução do problema (11) e que o componente p satisfaça a
desigualdade (13).
Suponha ainda que U tenha forma de estrela em relação a 0 e dU seja A1 .

u 0 em U.

Prova. 1. Multiplicamos o PDE por z Du e integramos sobre U, para


encontrar

|u|^-1u
(14) (-Au)(z Du) dz -- (z Du) dz.
U U
Reescrevemos essa expressão como
A -- B.
516 9. TÉCNICAS NÃO-VARIACIONAIS

2. O termo à esquerda é

A :' - Z
(15)
=
i,j -1 U i,j --1
: A 1 + A2 -

3. Agora

i,j=1
Du|2
(16) dz
U j --1
2
Du|2
- 1-2 |Du|2 dz + ( z) dS.
U $q 2

Por outro lado, como u = 0 em dU, Du(:r) é paralela à normal v(z) em cada
ponto z C dU. Assim, Du(:r) -- -k Du(:r) v(:r). Usando essa igualdade,
calculamos

(I7)

Combine (15)-(17), para deduzir

2 1
A |Du|2 (u z) dS.
2 U 2 dU

4. Voltando a (14), calculamos

B :=
U

-z U
p+ ,
'j d
p+ U'
| "'dz

5. Esse cálculo e (14) resultam em

-2
(18) Du2 (v z) dS -- |u|^+l dc.
2 U P+ U
9.5. PROPRIEDADES GEOMÉTRICAS DAS FOLHAGENS 517

Em vista do lema acima, obtemos então a desigualdade

(19)
1 -2
2 U
| Du|2 d:r <
p+
Mas quando multiplicamos o PDE -An = |u|" 1u por u e integramos por partes,
obtemos a igualdade

Substituindo em (19), concluímos que

1 -2
2 " p -l- i)IU
'u|^ dx < 0.

Portanto, se u 0, segue-se que < 0; ou seja, p 2


n-2 "

Observação. A igualdade (18) às vezes é chamada de identidade Derrick-


Pohozaev.

9.5. PROPRIEDADES GEOMÉTRICAS DAS SOLUÇÕES


9.5.1. Conjuntos de níveis em forma de estrela.

Nesta seção, explicamos um método simples que ocasionalmente é útil para


estudar as propriedades geométricas dos conjuntos de níveis de soluções para
várias EDPs. O caso mais fácil ocorre quando observamos as funções
harmônicas em um conjunto aberto U com a forma

U -- W - V,

onde Y CC JR, para os conjuntos abertos U, JR, cada um dos quais tem forma de
estrela com relação a 0. Escreva
to = fiW, Fi = dY.
Consideramos o problema

-An = 0em U
(1) u= 1em <i
u= 0on +o
Fisicamente, u corresponde ao potencial eletrostático gerado na região U,
uma vez que fixamos o valor do potencial como sendo um em rd e zero em
Po. De acordo com o princípio do máximo forte, 0 < u < 1 em U.
518 9. TÉCNICAS NÃO-VARIACIONAIS

TEOREMA 1 (Conjuntos de níveis em forma de estrela). Para cada 0 < A < 1, o


conjunto de níveis

é uma superfície lisa e é o limite de um conjunto em forma de estrela com relação


a
0.
Prova. 1. Para cada y > 0, a função z u ( yz) é harmônica e, portanto,
também o é

Agora, como u = 0 em <o. Du(:r) aponta na direção de -v(z) em cada ponto z


C EU. Além disso, temos z "(z) > 0 em <o. já que IN tem forma de estrela com
relação a 0. Consequentemente, r = Du- : r < 0 em +o. Da mesma forma, r < 0
em by. De acordo com o princípio do máximo forte para funções harmônicas, r <
0 em U. Em particular, Du -/- 0 em U. Consequentemente, o Teorema da Função
Implícita implica que F3 é uma superfície suave para 0 < A < 1.
2. Estenda u para que seja igual a 1 em todo o V e escreva

Então, U é um subconjunto aberto de W e dU -- F3. Pelo princípio do máximo


forte, U é conectado.
Agora, deixe z e Ft e deixe "(z) denotar a normal unitária externa a F3 em
z. Então Du(:r) aponta na direção de -v(z). Como r(z) < 0, t e m o s z- "(z) >
0. Essa desigualdade é válida para cada z C F3.
3. Segue-se que F3 é o limite de um conjunto em forma de estrela com
relação a 0. Para ver isso, retorne à prova do lema em §9.4.2 e observe que,
se F3 não fosse em forma de estrela com relação a 0, poderíamos encontrar
um ponto z C F3 para o qual p = yz $ F3 se y estiver próximo de 1, y < 1.
Mas então podemos derivar a contradição

) < 0.

9.5.2. Simetria radial.

Nesta seção, consideramos U -- B0 (0, 1) como a bola unitária aberta em R' e


investigamos esse problema de valor-limite para um PDE de Poisson semilinear:
-An = /(u) em U
(2)
u= 0em dU.
9.5. PROPRIEDADES GEOMÉTRICAS DAS 519
SOAÇÕES

Estamos interessados em soluções positivas:

(3) u>0 em U,

e assumiremos que / : R -' R é Lipschitz contínuo, mas é arbi- trário. Nossa


intenção é provar que u é necessariamente radial, ou seja, u(z) depende
apenas de r = |z|. Essa é uma conclusão inesperadamente forte, já que não
estamos fazendo essencialmente nenhuma suposição sobre a não linearidade.

a. Princípios máximos.
Nossas provas dependerão de uma extensão do princípio máximo para
PDE elíptico de segunda ordem.

LEMMA 1 (Um refinamento do Lema de Hopf). Suponha que V C R' seja aberto,
r e C2 (V), e c C L°°(V). Suponha que

(4)

Suponha também que v f- 0.


(i) Se z0 C dV, r(z0) = 0, e V satisfaz a condição de bola interior em
+o então

(z0 ) < 0.

(ii) Além disso,

u> 0 em V.

Observe que aqui não estamos fazendo nenhuma hipótese sobre o sinal do
coeficiente de ordem zero c.

Prova. Seja in := e "'r, em que A > 0 será selecionado abaixo. Então r


e *'w, e assim

Portanto

se A - ||c|| .
520 9. TÉCNICAS NÃO-VARIACIONAIS

Consequentemente, tr é uma supersolução para o operador elíptico Kw :- - -


Ow - 2ñmg, , que não tem termo de ordem zero. O princípio do máximo forte
implica que w > 0 em V. De acordo com o Lema de Hopf (§6.4.2), portanto, (z0 )
< 0. Mas
( 0)

já que r(z0) = 0. Portanto, a afirmação (i) é válida, e a afirmação (ii) segue, já


que in > 0 em Y. D

LEMMA 2 (Estimativas de limite). Deixe u C U2 (U) satisfazer (2), (3).


Então, para eoc/i ponto z0 C dU C {:rq > 0}, ou

(7) u (z0 ) < 0

ou
então

(8)

Em ambos os casos, u é estritamente decrescente como uma função de :rp


próximo a :rO .

Prova. 1. Fixe qualquer ponto z0 € dU O (zq > 0} e deixe v = "(z0 )


= (rt, ... , vq) denotar a unidade externa normal a dU em z0 . Observe que
vq > 0.
2. Primeiro afirmamos
u"(z0 )<0,
fornecido

(9) /(0) 0.

De fato

para c(z) :- - 0 f '(su(:r)) ds. De acordo com o Lema 1, du (z0) < 0. Como Do
é paralela a v em dU e vp > 0, concluímos que ugp(z0 ) < 0.
3. Agora suponha que

(10) /(0)<0.

Se u<q (z0) < 0, estamos prontos. Caso contrário, já que Du é paralelo a v,


D (z0 ) - 0.
9.5. PROPRIEDADES GEOMÉTRICAS DAS AÇÕES DE SOA 521

Como (2) é invariável sob uma rotação dos eixos de coordenadas, podemos
também
Suponha que z' = (0, ... , 1), v = ( 0,..........., 1).

4. Afirmamos que

(12) - , , (*o) '-/(0)v'vj para cada 7, j -- 1, ........, n.

Como u = 0 em dU, temos u(z', y(z')) = 0 para todo z' C R' ', |z'| < 1, onde y(z')
= (1 - |z'| ) '212 . Diferenciando com relação a zi e zy (i, j -- 1, ... , n - 1) e usando
(11), concluímos que

(13)

Como ugq < 0 em dU O ( zq> 0} e ugq(z0 ) = 0, o mapeamento z'


u"( ,q(i))temamaxmumat =0. Assim

(14) -=^(*)-0 (:-1,. ,--1)


Por fim, (13), (14) e o PDE (2) forçam ugqgq (z0 ) = -/(0). Essa igualdade é
(12) para v = (0, ... , 1). Retornando aos eixos de coordenadas originais,
obtemos (12).
5. Definindo I = j -- n em (12), descobrimos usando (10) que
gpgq(g0) -J(o) >o

b. Aviões em movimento.
A seguir, apresentamos um "plano móvel" P , no qual refletiremos nossa
equação diferencial parcial.
Notação. (i) Se 0 < A < 1, defina o plano

(ii) Escreva z3 := (+i , zp , 2ñ - zp) para denotar a reflexão de z em

TEOREMA 2 (Simetria radial). Seja u C U2(U) e resolva (2), (3). Então u


é radial, ou seja,
u(z) = r(r) (r = x )
/ou alguma função estritamente decrescente r : 0, 1] - 0 , m).
522 9. TÉCNICAS NÃO-VARIACIONAIS

Reflexão em um plano

Prova. 1. Consideramos para cada 0 < A < 1 a afirmação


(15d) u(x) < u(z3) para cada ponto z C A3.
2. De acordo com o Lema 2, (15d) é válido para cada A < 1, A
suficientemente próximo de 1. Defina
(16) o = inf(0 < A < 1 | (15a) é válido para cada A < y < 1}.
Vamos provar:
(17) +o = 0.
Em vez disso, suponha que A0 > 0. Escreva in(z) := u(z30 ) - u(z) (z e Egg ). Em
seguida
-As = /(u(z5 )) /(u(z)) = -m em A30 ,
para c(z) := - 0f '(su(:r 3p) -1- (1 - s)u(:r)) ds. Como emA3 , deduzimos do
Lema 1 (aplicado a Y = A30) que w > 0 em A30, wgp > 0 emP30 MU.
Portanto
(18) -(-)< - ) 'o
e
(19) dica, < 0 em 9/d C U.
Usando (18), (19) e o Lema 2, concluímos que
(20) u(z) < u(z3 ,) em A3 , para todo 0 < e 'o.
se 'o for suficientemente pequeno. A afirmação (20) contradiz nossa escolha (16) de
o se
Ao > 0.
3. Comoo = 0, vemos que u(x , ... , z"-i, -z") u(xi ,:rp) para todo z
e
Us{:rq > 0}. Um argumento semelhante em US{:rq < 0} mostra que u(+i , -i
, -x )
"(+i zp) para todo z C U O {zq > 0}. Assim, u é simétrico no plano para
e ugq = 0 emo
Esse argumento também se aplica após qualquer rotação dos eixos
9.6. FLUXOS DE 523
GRADIENTE
coordenados e, portanto, o teorema é o seguinte.
524 9. TÉCNICAS NÃO-VARIACIONAIS

9.6. FLUXOS DE GRADIENTE


Nesta seção, aumentamos nossa discussão sobre a teoria abstrata de
semigrupos para operadores lineares (§7.4) introduzindo certos semigrupos
não lineares, gerados por funções convexas. As aplicações incluem várias
equações diferenciais parciais parabólicas não lineares de segunda ordem.

9.6.1. Funções convexas em espaços de Hilbert.


A convexidade tem sido um ingrediente essencial em grande parte de
nossa análise de EDPs não lineares até agora. Agora, ampliamos nossa visão
ao considerar as funções convexas definidas em espaços de Hilbert
(possivelmente de dimensão infinita).
Daqui em diante, N denotará um espaço de Hilbert real, com produto
interno ( , ) e norma || ||.
DEFINIÇÃO. Uma função

é convexo desde que

/ou fora de u, r C H e cada 0 <r< 1


Observe cuidadosamente que permitimos que to assuma o valor +oo (mas não
A função é chamada de adequada se não
for identicamente igual a A função
O domínio de I é
D(I) :-- {u C H /[u]
DEFINIÇÃO. Dizemos que I : H -+ (-on, -I-on] é semicontínuo inferior i/
kt- II implica
lim inf
k-- on
Como no caso de dimensão finita (cf. §B.1), é importante entender
quando o gráfico de tem um hiperplano de suporte.
DEFINIÇÕES. Seja I : H -+ (- on, -1-on] convexo e próprio.
(i) Para cada u C H, escrevemos

O mapeamento dI : H - 2" é o subdiferencial de I.


(ii) Nós sop u C D(dI), o domínio de II, desde que dI u) -/- ).
A interpretação geométrica de (1) é que r C fi/ u] se e somente se r for a
"inclinação" de uma função afim que toca o gráfico de I de baixo para cima no
ponto u. Como esse gráfico pode ter um "canto" em u, film] pode ser
multivalorado.
9.6. FLUXOS DE 525
GRADIENTE

TEOREMA 1 (Propriedades dos subdiferenciais). Seja I : H -(- on, -I-on]


conve:rso, próprio e semicontintiotis inferior. Então
(i) D(dI) C D(I).
(ii) Se v C dI u) e ñ C fi/ u], então

(r - ñ, uu )>0 (monotonicidade).

(iv) Para cada w C H e h > 0, o problema

tem uma solução única u C D(dI) .

A afirmação (iv) significa que existe u e D(dI) e r C fi/ u] de modo que

Prova. 1. Seja u C D(dI), r C fi/ |u]. Então in] > 1|u] + (r, in - u) para todo in
C N. Como é próprio, existe um ponto "o com 1 "oI < +oo. Assim, J1< 1 " o
+ (<. - <o) < on e, portanto, u C D(I). Isso prova (i).
2. Dado r C fi/ uJ , 0 C fi/ u], sabemos que

u >u ] + (r, u - u), u >u + ñ, u - u

Como (i) implica /|u], uj < +oo, podemos adicionar as desigualdades


anteriores e reorganizar para obter (ii).
3. Se u ] = min /, então

(2)

Portanto, 0 e fi/ uj. Se, ao contrário, 0 e fiJ u], então (2) é válido, e sou] = min /.
4. Dados em C N e A > 0, defina

(3) I-i :- *||-||2 ',\/[--(-,-) (- E /').

Pretendemos mostrar que I atinge seu mínimo em N.


Vamos primeiro afirmar que
k u fracamente em N implica
(4)
< lim inf I
k --on
9.6. FLUXOS DE 525
GRADIENTE

Em outras palavras, estamos afirmando que, para uma função convexa que a
semicon- tinuidade inferior com relação à convergência forte de sequências
implica a semicon- tinuidade inferior de uma função convexa.
continuidade com relação à convergência fraca. Para ver isso, suponha queek"
em N e
lim inf = lim
k-m

para alguma subsequência uk j 1 C (uL }L 1. Para cada e > 0, o conjunto K -- {w C


N tr]< I é fechadoe convexo e, portanto, é fracamente fechado de acordo
com o Teorema de Mazur (§D.4). Como todos os pontosk ;I-
estão em K, com exceção de um número finito, u está em K e, consequentemente

1 -1- e -- lim i n f

Isso é verdadeiro para cada e > 0 e, portanto, (4) segue.


5. Em seguida, afirmamos que

para alguma constante U. Para verificar essa afirmação, suponhamos q u e , ao


contrário, para cada k -- 1, 2, ... existe um ponto k N tal que

Se a sequência (uL}k 1 for limitada em N, existe, de acordo com §D.4, uma


subsequência fracamente convergente: k, u . Mas então (4) e (6) implicam a
contradição uJ = -on. Assim, podemos também assumir, passando, se necessário
para uma subsequência, que <k m. Selecione "o o N para que a ferramenta < on.
Defina

Então, a convexidade implica

Como (zL}L 1 é limitado, podemos extrair uma subsequência fracamente


convergente: k, z , e novamente derivar a contradição z ] = -on. Dessa forma,
e s t a b e l e c e m o s a afirmação (5).
6. Retorne agora à função I definida por (3). Escolha uma sequência de
minimização uk j _ N de modo que

inf
wC H
526 9. TÉCNICAS NÃO-VARIACIONAIS

Devido a (3), (5), m é um número finito. Assim, deduzimos de (3), (5) que a
sequência wk] k-1 é limitada. Podemos então extrair uma subsequência
fracamente convergente: k, u. Como o mapeamento u ||u||2 é fracamente
semicontínuo inferior, I tem um mínimo em u. Então, a afirmação (iii) diz
que 0 e fiJ |u]. Uma computação verifica que fiJ u] = u - w + Afi/ u] e,
portanto

7. Para confirmar a exclusividade, suponha também

Então u + Ar = c, u + Añ = c para r € fi/ u], ñ C fi/ u]. Devido à afirmação de


monotonicidade (ii),

Como A > 0, u = u.

Apresentamos a seguir os análogos não lineares dos operadores fiJ, A


intro
duzidos em §7.4.

DEFINIÇÕES. (1) Para cada 5 > 0, defina o resolvente não linear J3 :


H - D(dI), definindo

onde u é a solução mínima de

(2) Para cada 5 > 0, defina a aproximação de Yosida A : HH por

(7)

Pense em A como uma espécie de regularização ou suavização do


operador
A -- dI.

TEOREMA 2 (Propriedades de 13, A ). Para cada 5 > 0 e w, tr C H, as


seguintes afirmaçõesp são válidas:
9.6. FLUXOS DE GRADIENTE

(v) se em 'E D(â/), então

sup ||A3|tr) || < |A0 c] |,


A>0

(vi) Para cada w C D(dI),

Prova. 1. Seja u = J3|w], u = J3 ñ]. Então, u + Ar = in, u + Añ = ñ para


algum r e fi/ u], ñ o fi/ u]. Portanto

= // -"" +2'( --, --) +, "° - "2


de acordo com o Teorema 1,(ii). Isso prova a afirmação (i), e a afirmação (ii)
decorre imediatamente da definição (7) da aproximação de Yosida A .
2. Verificamos (iii) usando (7) para calcular:

(° -* A'!") - A^|"!) - ;(II° *_II _(° * ^'I°I - 'I*J))

de acordo com (i).


3. Para provar (iv), observe que u = J3 tr) se e somente se u + Ar = c para
algum
vdI (u) - II Iw ) . Mas

4. Em seguida, suponha que em 6 D(dI), z C fi/ in]. Seja u - J3 w]; de modo


que u + Ar = tr, onde r e fi/ u]. Por monotonicidade

0<(x-u,z-w) e J x,z-'

Consequentemente
528 9. TÉCNICAS NÃO-VARIACIONAIS

e assim

Essa estimativa é válida para todo A > 0, z e fi/ c]. Segue a afirmação (v).
5. Se c o D(dI), então

e, portanto, J3 em] w como A -' 0. Agora deixe w C D(dI) - D(dI). Existe,


para cada e -' 0, um ponto e D(dI) com ||m - || < e. Então

Como ui e D(dI), J3|ñ] -+ como A -' 0. Assim

lim sup ||J3 c] - c|| < 2e

para cada e > 0.

9.6.2. Subdiferenciais e semigrupos não lineares.

Como acima, seja N um espaço de Hilbert real e tome : Se -


para ser convexo, adequado e semicontínuo inferior. Para assumir
si
mplificar, v a m o s também

(8) II é densamente definido, ou seja, D(dI)


H.

Por analogia com a teoria de semigrupos lineares apresentada em §7.4,


propomos agora estudar a equação diferencial

u'(t)-FA u(t\ o 0 (t >


(9) 0) u(0)=u,

onde u C N é dado e A -- dI é um operador não linear e descontínuo, que talvez


seja multivalorado. Supondo que, no momento, (9) tenha uma solução única para
cada ponto inicial u, escrevemos

(10) u(t) - 5 t)u (t > 0)

e considere S(t) assim definido como um mapeamento de N para N para cada


tempo t > 0.
9.6. FLUXOS DE 529
GRADIENTE

Observação. Empregaremos a notação (10) para enfatizar as semelhanças


com a teoria dos semigrupos lineares, introduzida anteriormente em §7.4.
Mas observe cuidadosamente aqui e depois que o mapeamento u S (I)u é,

em geral, não linear.

Como em §7.4, é razoável esperar que

(12)

e para cada u C N

(13) o mapeamento t S(I) u é contínuo de 0, em) para N.

DEFINIÇÕES. (i) A /ornifp S(1))'>o I operadores não lineares que mapeiam


H
em/o H é chamado de semigrupo não linear se as condições (11) - (13) forem
satisfeitas.
(ii) Dizemos que S (t)] i>o é um semigrupo de contração se, além disso

(14)

Nossa intenção é mostrar que o operador A -- dI gera um semigrupo


não linear de contrações em N. Em particular, provaremos que a ODE

J(t)2-dfu(t/ (t>0)
u(0)=u,

para um determinado ponto inicial u e N, é bem-posto. Esse é um tipo de


"fluxo de gradiente" de dimensão infinita governado por dI. Mais adiante, no
item §9.6.3, veremos que certos PDE parabólicos quasilineares podem ser
transformados no resumo de (15).

TEOREMA 3 (Solução de fluxo gradiente). Para cada u C D(dI), existe


o função única

(16) u e U(|0, on); H), com u' e L'(0, c'o; H),

(i) u(0) = u,
(ii) u(I) e D(fi/) /ou cada t > 0,
e
(iii) u530 9. TÉCNICAS NÃO-VARIACIONAIS
'
(
t
)

-
f
i
/
u
(
I
)
]
/ou o. e. t > 0.
530 9. TÉCNICAS NÃO-VARIACIONAIS

Prova. 1. Primeiro, criamos soluções aproximadas resolvendo, para cada A > 0,


a EDO
u}(t) +A/u (t) = 0 (t > 0)
(17) u(0)-u.
De acordo com o Teorema 2,(ii) a aproximação de Yosida A H - ' H é um
mapeamento contínuo de Lipschitz definido em qualquer lugar e, portanto, (17)
tem uma solução única até e A1 (|0, on); N).
Nosso plano é mostrar que, como A - 0+, as funções para cima convergem
para uma solução de (15). No entanto, isso é sutil, pois o operador A -- dI é, em
geral, não linear, multivalorado e não está definido em todos os lugares.
3. Primeiro, vamos pegar outro ponto r C N e considerar também a EDO

(18) -( ) A- -( )1 - o o)
VJ(0) = r.
Entã
o Id
||u5 - v3 2 (up - v\, up - v3)
2 dt
= (- A (u -1- A \v , u - v3) < 0,

devido ao Teorema 2,(iii). Assim

(19) llu,( ) - v*(f)ll s II° - °lI (' z o)


Em particular, se ñ > 0 e r = up(ñ), então, por exclusividade, v3(t) - up(t + ñ).
Consequentemente, (19) implica

ju (t-FA)-u (t)j<|u(h)-u|.

Dividir por ñ e enviar ñ 0:

(20) ||uq(t) || < ||u ( 0) || == A/ |u\ || < |A0 [u]|,

a última desigualdade resultante do Teorema 2,(v).


3. Em seguida, tomamos A, y > 0 e c a l c u l a m o s :
1 d
(21) 1 dt

Agor
a
u -up=(u -J/u/)+(J/u /-J/u/)+(J u /-up)
9.6. FLUXOS DE 531
GRADIENTE

Consequentemente

(A ! u- Ap up], up - up) = (A u - Ap|up], J5 u3] - Ip up])


(22) + (A u - Ap up , L A u - p Ap up ).

Como A u e fi/ J3 u3]] e Ap up e fi/ Ip up]], a propriedade d e


monotonicidade implica que o primeiro termo do lado direito de (22) é não
negativo. Assim

Desd
e
||Ap up]|| )2

deduzimos

Mas A (u = ||u\ || < |A0 u]| de acordo com (20); portanto

- A (uy], u/ -u)>
+
4
Relembrando (21), (22), obtemos a desigualdade

d
dt 2
e, portanto

(23) |u (t) - t|A0u|2 (t > 0).


up(t)|2

Em vista da estimativa (23), existe uma função u C U( 0, on); N) tal que

up - uuniformemente em U( 0, T], N)

como ñ 0, para cada tempo T > 0. Além disso, a estimativa (20) implica

(24) up u' fracamente em L2 (0,

T,- H) para cada T' > 0, e

(2S) ||u'(t) || < |A0 u]| para a.e. t.


532 9. TÉCNICAS NÃO-VARIACIONAIS

4. Devemos mostrar que u(I) C D(dI) para cada t > 0 e

u'(t) + d/|u(t)] D 0 para a.e. t > 0.

Agor
a
J/u/(t)-u (t) - \A/u/(t)|=X|u (t)|<\A0/j

por (20). Portanto

(26) Iu ] -+ uuniformemente em

U(|0, T , - N ) para cada Z' > 0.


Para cada tempo t > 0,

-u (t) -- Abu (t\ 2 df|J/u (t\j

Assim, dado em C N, temos:

f|i/ > f|J u (t\/ - (uj(t),i- J/u (t\)

Consequentemente, se 0 < s < t,

(t - s)f|i/ > fJ/u (r\]dr- (uj(r),i- J/u (r\)dr

Tendo em vista (26), a semicontinuidade inferior de / e o Lema de Fatou (§E.3),


concluímos, ao enviar A - 0, que
t
(t - s)f|i/ flu(r)/dr- (u(r),i- u(r))dr

para cada 0 < s < t. Portanto

f />fut/-F(-ut),w-ut))

se I for um ponto de Lebesgue de u', I \vL). Portanto, para a.e. I > 0,

fi/ > fu(t\-F(-u'(t)i- u(t))

para todo w C N. Assim, u(I) C D(dI), com

-u(t)Gdfu(t\

para a.e. t > 0.


9.6. FLUXOS DE 533
GRADIENTE

5. Por fim, provamos que u(t) C D(dl) para cada t > 0. Para ver isso, fixe
t > 0 e escolha !kI de modo que ( k) e D(dI), - '(!k)
.
d! l<(!k)l Em vista de
(25) podemos supor, ao passar, se necessário, para uma subsequência, que

u'(tk) v fracamente em N.

Fixe tr € N. Então

/tw] > f\u(tk)! + (-u'(t#). - u(tk))

Seja tk t e lembre-se de que u e U( 0, on]; N) e é semicontínuo inferior.


Obtemos a desigualdade

f ]>fu(t\-F(-v,i-u(t)).

Portanto, u(t) D(àI) e -v C ô/|u(t)].


6. Mostramos que u satisfaz as afirmações (i)-(iii). Para provar a
exclusividade, suponha que ii seja outra solução e calcule

||u - ù||2 = (u' - ù', u - ù) < 0 para a .e. t > 0,


2

Observações. (i) O operador A -- dI de fato gera um semigrupo de contração


não linear em todo o N. Se u, r C D(dI), escrevemos como acima

lim u (t ) =u(t)=S(t)u
0

Devido a (19), vemos

se u, r C D(bI). Usando essa desigualdade, estendemos exclusivamente o


semigrupo de operadores não lineares (S(t))'>o para N = D(dI).
(ii) Assumimos que D(dI) é denso em H apenas para simplificar a
exposição: em geral, {S(t))'>o é um semigrupo de contrações em D(dI) C H.
534 9. TÉCNICAS NÃO-VARIACIONAIS

9.6.3. Aplicativos.

Agora, vamos ilustrar como parte da teoria abstrata apresentada nos


parágrafos 9.6.1-2 se aplica a certas equações diferenciais parci a i s
parabólicas não lineares.
A partir de agora, vamos supor que U seja um subconjunto aberto e
limitado de R", com limite suave dU. Escolhemos N = L2 (U) e definimos

JU L(Du) d:r se u C HQ(U)


(27) +oo caso contrário,

onde L : R' -+ R é suave, convexo e satisfaz (28)

(29)

para as constantes U, f > 0.

TEOREMA 4 (Caracterização de fi/).


(i) é um semicontínuo/ot/s fácil, adequado e mais
amplo.
(ii) D(âf) -- fif2 (U) fif (U).
(iii) Se u C D(dI), então dI é de valor único e

Prova. 1. é claramente adequada e convexa. Além disso, como é fracamente


semicontínuo inferior sequencial (cf. Teorema 1 em §8.2.2), é semicontínuo
inferior.
2. Defina o operador não linear A definindo

D(A) :-- //2(V) H (V),


A|u) :- - Erm(^y,(Du))" (v e D(A)).
Devemos provar que A -- dI.
3. Primeiro, deixe u e D(A), v -- A u), w e L2(U). Se ir $ H0 (U), então
/|w] = +oo e, portanto, claramente

(30)
9.6. FLUXOS DE 535
GRADIENTE

Suponha que a seguir em C H0


(U). Assim
.
U Z_
(*-(D-)) ,(w - u) dx

U t-1

Como L é convexo,

£(Do) > £(Do) -I- Dyh(Do) - (Do - Del) a.e. em U.

Integrando sobre U, obtém-se (30).


4. Até agora, mostramos que A C II, ou seja, D(A) C D(dI) e
An C fi/ u] para u C D(A). Para concluir, devemos provar que A D dI.
Selecione qualquer função / C L2(U). Se minimizarmos a função

U 2

sobre o admissível classe A -- H0 (U), encontraremos u C H0 (U), que É um


solução fraca de

(31) u- (Lp,(Du))z; = f em U.

De acordo com cálculos semelhantes aos da prova do Teorema 1,(ii) em


§8.3, vemos que, de fato, u C H2(U), com a estimativa

(32)

Assim, u C D(A) e u -l- A!u) = /. Consequentemente, o intervalo de -l- A é todo de


N. Mas isso implica A dI. Pois se r e D(dI), tr e fi/ r], então existe u C D(A) tal
que tr + A u) - v -1- w. Como A u) C d/ u], in C fi/ r], a afirmação de unicidade do
Teorema 1,(iv) implica u = r, in - A u). Portanto, A -- dI.

Agora podemos examinar o problema de valor inicial/limite:

-'- E'-i *p (Do)) ; = 0in U x (0, on)


(33) u= 0on dU x (0, on)
u=g em U x t 0},
536 9. TÉCNICAS NÃO-VARIACIONAIS

onde g c L2 (U). De acordo com o Teorema 4, podemos reformular esse


problema na forma abstrata
Jt)=-dfut\ (t>0)
(34)
u(0)=9.

Aplicamos o Teorema 3. Se g C H2 (U) C HO(U), existe uma única função u E

W([0, oo); A2 (U)), com u' E A"((0; oo); A2 (V)),

ou seja, uma solução fraca de (33). Em vista da estimativa

||u(/) ||//z U) W||u (t) ||/,2(y) ,

vemos u e L°° ((0, on), N2 ((/) C HO(U)) es bem.

9.7. PROBLEMAS
Nesses problemas, U sempre denota um subconjunto aberto e limitado de R',
com limites suaves.
1. Suponha que o campo vetorial v seja suave. Apresente outra prova do
lema em §9.1 para esse caso, resolvendo a EDO
Xiii---v(x(t))(t>0)
X(0)=y.
Vamos escrever a solução como x(t, y) para mostrar a dependência do
ponto inicial p. Para cada tempo fixo t > 0, o mapa p x (/, p) é contínuo
e, portanto, tem um ponto fixo. Conclua que v tem um zero na bola
fechada B(0, r).
2. Suponha que o : R -- R é contínua e n(/q) n(/) fracamente em L2 (0, 1)
sempre que /q / fracamente em L2 (0, 1). Mostre que o é uma função
afim; isto é, n tem a forma

para as constantes
o, fi.

3. Assumir ut - An - /in U x (0, on)


u0 ondU x (0, on) u
=g em U x {I -- 0},
onde g C L2 (U), f e L°°(U ) para cada T > 0.Suponha que > 0 e/ seja
r-periódico em t; isto é, /(z, t) = /(z, t -1- r) (z e U,1 0). Prove
que
9.7. 537
PROBLEMAS

existe uma única função g 2 L2 (U) para a qual a solução


correspondente u é r-periódica.
4. Considere o problema de valor limite não linear
- An -1- b(Du) f em U
u= 0em dU.
Use o teorema do ponto fixo de Banach para mostrar que existe uma única
solução fraca u C H2 (U) C H0 (U) desde que b : " - seja Lipschitz
contínuo, com Lip(b) suficientemente pequeno.
5. Suponha que / : R - R seja Lipschitz contínuo, limitado, com /(0) = 0 e
/'(0) > A1 , At denotando o valor próprio principal de -A em H0 (U).
Use o método de sub e supersoluções para mostrar que existe uma
solução fraca u de
-An = /(u) em U
u= 0em dU
u>0 em U.

6. Suponha que u, ii sejam sub e super-soluções suaves do problema de


valor-limite (1) em §9.3. Use o princípio do máximo para verificar di-
retamente

onde os wk jk-0 são definidos como em §9.3.


7. Seja e > 0. Defina
0se z > 0
Se z < 0,
e suponha que u, C H0 (U) seja a solução fraca de
-As, + g,(u,) - f em U
(-) u, = 0em dU,
onde / C L2 (U). Prove que, como e -+ 0,' fracamente em H0 (V),
sendo u a solução única da desigualdade variacional

Do D(x - u) dz > f(tr - u) dz


U U
para todo tr C H0 (U) com tr 0 a.e.
A aproximação da desigualdade variacional por (+) é o método de
penalidade.
8. Seja K C R" um conjunto fechado, convexo e não vazio. Defina
538 9. TÉCNICAS NÃO-VARIACIONAIS

Determine explicitamente A -- dI, J -- ( I5 A)l , A - I—15 (A0 ) em


termos da geometria de K.
9. Dê um exemplo simples que mostre o fluxo

(s) u' e -fi/ u] (I > 0)

pode ser irreversível. (Ou seja, encontre um espaço de Hilbert H e uma


função convexa, adequada e semicontínua inferior I : H -+ (-on, +oo]
de modo que a solução do semigrupo de (s) satisfaça

para algum t > 0 e u u ).

9.8. REFERÊNCIAS
Seção 9.1 Consulte J.-L. Lions L2] e Zeidler NZD, Vol. 2]. O livreto [Ej é
uma pesquisa de métodos para enfrentar problemas de
convergência fraca para EDPs não lineares.
Seção 9.2 Zeidler ZD, Vol. 1] tem mais informações sobre técnicas de
ponto fixo. Consulte também Gilbarg-Trudinger [G-T,
Seção 9.3 Capítulo 11].
Seção 9.4 Consulte Smoller S, Capítulo 10].
Seção 9.5 A seção 9.4.1 é baseada em Payne [PA, §9].
Seção 9.6 A seção 9.5.2 é devida a Gidas-Ni-Nirenberg [G-N-N].
Esse material foi extraído de Brezis BR2], que contém muito
mais sobre semigrupos não lineares em espaços de Hilbert.
Consulte Barbu DBA] ou Zeidler ZD, Vol. 2] para conhecer a
teoria de semigrupos não lineares em espaços de Banach.
Capítulo 10

EQUAÇÕES DE HAMILTON-
JACOBI

10.1 Introdução, soluções de viscosidade


10.2 Exclusividade
10.3 Teoria de controle, programação dinâmica
10.4 Problemas
10.5 Referências

10.1. INTRODUÇÃO, SOLUÇÕES DE VISCOSIDADE


Este capítulo investiga a existência, a exclusividade e outras propriedades de
soluções fracas adequadamente definidas do problema do valor inicial para a
equação de Hamilton-Jacobi:
-t + H(Du, :c) = 0 em R' x (0, on)
(') ( u = g em R' x {I = 0}.
Aqui, o Hamiltoniano H : R" -+ R é dado, assim como a função inicial
g . R' -' R. A incógnita é u . R" 0 , on) -+ R, u = u(x, t) e Du Dzu = (ug, , ... ,
ugq). Escreveremos H = H(p, :c), de modo que "p" é o nome da variável pela
qual substituímos o gradiente Du no PDE.
Lembramos d e nosso estudo das características em §3.2 que, em geral, não
pode haver uma solução suave de (1) que dure para todos os tempos t > 0.
Lembramos ainda que, se H depender apenas de p e for convexo, a fórmula de
Hopf-Lax (expressão (21) em §3.3.2) nos fornece um tipo de solução
generalizada.
Neste capítulo, consideramos o caso geral em que H também depende de
z e, o que é mais importante, não é mais necessariamente convexo na
variável p.

539
540 10. EQUAÇÃO DE HAMILTON-
1ACOBI!S

descobrirá, nessas novas circunstâncias, uma maneira diferente de definir


uma solução fraca de (1).

Nossa abordagem é considerar primeiro esse problema aproximado:


u, + H(Du', x) - edu' 0 em R' x (0, on) u' =
(2) g em R' x t -- 0},

para e > 0. A ideia é que, enquanto (1) envolve um PDE de primeira ordem
totalmente não linear, (2) é um problema de valor inicial para um PDE
parabólico quasilinear, que acaba tendo uma solução suave. O termo eA em (2),
de fato, regulariza a equação de Hamilton-Jacobi. Então, é claro, esperamos que,
à medida que e -' 0, as soluções u' de (2) converjam para algum tipo de solução
fraca de (1). Essa técnica é o método de rnnis/iinq riscositp.
No entanto, como e -' 0, podemos esperar perder o controle sobre as várias
estimativas da função u' e suas derivadas: essas estimativas dependem
fortemente do efeito de regularização de eA e explodem como e - 0. No entanto,
acontece que, na prática, muitas vezes podemos pelo menos ter certeza de que a
família {u },p0 é limitada e equicontínua em subconjuntos compactos de R" x 0,
on). Consequentemente, o critério de compacidade de Arzela-Ascoli, §C.7,
garante que

(3) u'° -+ ulocalmente de maneira uniforme em R' x |0, on),

para alguma subsequência (u }1 e alguma função limite

(4) " e C'( " x [0, oo)).

Agora, certamente podemos esperar que u seja algum tipo de solução do nosso
problema de valor inicial (1), mas como sabemos apenas que u é contínuo e não
temos absolutamente nenhuma informação sobre a existência de Du e ut em
qualquer sentido, essa interpretação é difícil.

Problemas semelhantes surgiram anteriormente nos Capítulos 8 e 9, nos


quais tivemos de lidar com a convergência fraca de várias possíveis soluções
aproximadas para outras equações diferenciais parciais não lineares. Lembre-
se, em particular, que no item §9.1 resolvemos uma EDP elíptica quasilinear
com estrutura de divergência passando para limites usando o método de
Broader e Minty. Em termos gerais, integramos por partes para lançar
derivadas "difíceis de controlar" em uma função de teste fixa e só então
tentamos ir para os limites para descobrir uma solução. Para a equação de
Hamilton-Jacobi (1), tentaremos algo semelhante. Fixaremos uma função de
teste suave r e passaremos de (2) para (1) como e -+ 0, primeiro "colocando
as derivadas em r".
Mas, como (1) é totalmente não linear e, em particular, não tem estrutura de
divergência, não podemos simplesmente integrar por partes, como fizemos em
§9.1, para mudar
10.1. INTRODUÇÃO, VI!STO!SITS !SORUTION!S 541

para diferenciações em c. Em vez disso, exploraremos o princípio máximo


para realizar essa transição, pelo menos em determinados pontos.
Chamaremos a solução que construímos de solução de viscosidade, em
homenagem à técnica de viscosidade de desaparecimento. Nosso principal
objetivo será descobrir uma caracterização intrínseca de tais soluções
generalizadas de (1).

10.1.1. Definições.

Motivação para a definição de solução de viscosidade. A partir de agora,


a s s u m i m o s que H, q são contínuos e, conforme necessário,
acrescentaremos outras hipóteses.
A técnica mencionada acima funciona da seguinte forma. Fixe qualquer
função de teste suave r C C'(R' x (0, on)) e suponha que
u - r tem um máximo local estrito em algum ponto

Isso significa que

para todos os pontos (z, t) suficientemente próximos de (+o. a) com (z, t) f (*o, o-)
Lembre-se agora de (3). Afirmamos que, para cada e j > 0 suficientemente
pequeno, existe um ponto (z" , t, ) de modo que

(6) u' - c tem um máximo local em (z, , t" )

(7)

Para confirmar isso, observe que, para cada r > 0 suficientemente pequeno, (5)
implica
"(" - -) < (- - -)(+o. o) B denotando a bola fechada em R'+l com centro (<o. o)
e raio r. Em vista de (3), u'° - u uniformemente em B, e assim
"( - - ) < ( - )(+o, to) desde que e j seja suficientemente pequeno.
Consequentemente, u' - r atinge um máximo local em algum ponto no interior de
B. Em seguida, podemos substituir r por uma sequência de raios que tendem a
zero para obter (6), (7).
Agora, devido a (6), vemos que as equações

(8)

(9)

e a desigualdade
542 10. EQUAÇÃO DE HAMILTON-
(10) 1ACOBI!S
542 10. HAMIL'PON-IACOBI EQUA'PION!S

manter. Consequentemente, podemos calcular

= u z" , f,y) -|- £ (Du'*" (z, , /" ), z ) por (8),(9)


(11)
-- e An" (z" , t, ) por (2)
< Cf Av(:c', , t, ) por (10).

Agora, deixe C j -+ 0 e lembre-se de (7). Como r é suave e U é contínuo,


deduzimos que

(12) v/(to /o) + /(lv(to /o),To) o .


Estabelecemos essa desigualdade supondo que (5). Suponha agora que

(13) u - r tem um máximo local em ( o. o)

mas que esse máximo não é necessariamente estrito. Então u - ñ tem um máximo
local estrito em (<o to) para ii(z, t) : c (z, t) -{-b(1* -*o12 -1-(t - to) ) (6 > 0).
Portanto, concluímos, como acima, que t(<o. to) + I-I(DC(+o. o) +o) < 0;
logo
(12) novamente.
Consequentemente, (13) implica a desigualdade (12). Da mesma forma,
deduzimos a desigualdade inversa

(14)

fornecido

(15) u - c tem um mínimo local em (<o to)

A prova é exatamente como a anterior, exceto pelo fato de que as


desigualdades em (10) e, portanto, em (11), são invertidas.

Em resumo, descobrimos que, para qualquer função suave r, a


desigualdade (12) decorre de (13) e (14) de (15). De fato, colocamos as
derivadas em c, à custa da manutenção de certas desigualdades.
Nossa intenção agora é definir uma solução fraca de (1) em termos de
(12),
(13) e (14), (15).

DEFINIÇÃO. Uma função uriiJortnfp contínua e limitada u é chamada de


solução de viscosidade do problema initinf-rnfue (1) para a equação de
Hamilton-Jacobi fornecida:
(i) Ele 9 OTt R^ X {t -- 0),
10.1. INTRODUÇÃO, VI!STO!SITS !SORUTION!S 543

e
(ii) /ou eoc// u E U"(R" x (0, oo)),
se u - v tiver um mmtmum local o/ um ponto (*o' para) X (0, OO),
(16) entã
o
°'(*o, to) + *!(D^(*o, to),*o) o,

e
i/ u - c linha n mínimo local em um ponto (z0, to) E @" x (0, oo),
(17) então

Observação. Observe cuidadosamente que, por definição, uma solução de


viscosidade satisfaz (16), (17) e, portanto, todas as deduções subsequentes
devem se basear nessas desigualdades. A discussão anterior foi puramente
motivacional.
Para dar ênfase, repetimos o mesmo ponto, que causou alguma confusão
entre os alunos. Para verificar se uma determinada função u é uma solução de
viscosidade d a equação de Hamilton-Jacobi t + H(Du, :c) = 0, devemos
confirmar que (16), (17) são válidas para todas as funções suaves c. Agora, o
argumento acima mostra que i/ u é construída usando o método de viscosidade de
fuga, ela é de fato uma solução de viscosidade. Mas também veremos mais tarde,
no item §10.3, que as soluções de viscosidade podem ser construídas de maneiras
totalmente diferentes, que não têm nada a ver com a viscosidade de fuga.
A questão é que as desigualdades (16) e (17) fornecem uma característica
intrínseca e, de fato, a própria definição de nossas soluções generalizadas.

Dedicamos o restante deste capítulo a demonstrar que as soluções de


viscosidade fornecem uma noção apropriada e útil de soluções fracas para
nossa EDP de Hamilton-Jacobi.

10.1.2. Consistência.
Vamos começar verificando se a noção de solução de viscosidade é
consistente com a de uma solução clássica. Em primeiro l u g a r , observe que se u
C A1 (R x 0, on)) resolve (1) e se u é limitado e uniformemente contínuo, então u
é uma solução de viscosidade. Ou seja, afirmamos que qualquer solução cfnssicnf
de u -I- H(Du, x) = 0 é uma solução nfso n riscositp. A prova é fácil. Se r é suave
e u - r obtém um máximo local em (<o. o), então
t/(*o !o) == DC(+o' to)
<z(fo' !o) '-'(*o' to)
544 10. EQUAÇÕES HAMIETON-1ACOBI

Consequentemente

°,(°o /o) + ii(D"("o, to), "o)


<'(+o !o) -I- /f(Dt/(+o' to)'*o) == 0,

já que u resolve (1). Uma igualdade semelhante é válida em qualquer ponto (<o.
to) em que u - r tenha um mínimo local.

Em seguida, afirmamos que uma solução de viscosidade suficientemente


suave é uma solução de n cfns- sicni e, ainda mais, que se uma solução de
viscosidade for diferenciável em algum ponto, então ela resolve o PDE de
Hamilton-Jacobi nesse ponto. Precisaremos do seguinte fato de cálculo:

LEMMA (Toque por uma função A1 ). Suponha que u : R' -' R seja contínua

(18) ( o) ^(*o)
e

(I9)

Prova. 1. Podemos também supor que

(20) *o - 0, t/(0) == Dt/(0) = 0;

pois, caso contrário, poderíamos considerar u(z) := <(* + *o) - ^ (*o) - Du(*o) :c
no lugar de u.
2. Em vista de (20) e de nossa hipótese, temos

(21)

onde

(22) pi :-' R é contínuo, pi(0) = 0.

Conjunto

(23) P2( ):-"B() Ip1( ) ( > o).

Então

(24) P2 : [0, oo) -+ [0, oo) é contínuo, 2(o) - o,


10.1. JNTRODUC'PION, VI!SCOSITY SORUTION!S 545

e
(25) P2 é não decrescente.

3. Agora
escreva 2|z|
r(z) :- p2(r) dr -I- |z |2 (z E @ ).

Como |r(z)| !+1 2(2|z|) + |z|2 , observamos


(26) (0) - 6r(0) - 0.
Além disso, se z0 , temos
2

e, portanto, r e A1 (R ).
4. Por fim, observe que se z / 0 ,

dr - |z |2

< -|z|2 por (25)


<O=" )-v )
Assim, u - r tem um máximo local estrito em 0, conforme necessário.

TEOREMA l (Consistência de soluções de viscosidade). Defina u como uma


solução de viscosidade o] (I) e suponha que u seja diferenciável em algum ponto
(<o. *o) " > (0, oo). 7'hen
*'(*o' to) -|- *I( t'(*o' to)'*o) == 0.

Prova. 1. Aplicando o lema acima a u, com R "+1 substituindo IR' e (+o. to)
substituindo <o, deduzimos que existe uma função A1 r tal que
(27) u - r tem um máximo estrito em (+o, o)

2. Agora, defina r' := q, s r, q, denotando o molinizador usual nas n + 1


variáveis (z, I). Em seguida

(28) Dv' -+ Dv uniformemente próximo (<o. to)


546 10. EQUAÇÃO DE HAMILTON-1ACOBI

e, portanto, (27) implica


(29) u - c' tem um máximo em algum ponto (z" I,),
com
(3o) (-" t-) ( ) ^- o
Aplicando então a definição de solução de viscosidade, vemos
r (z" I,) + H(Dv'(:c,, t ), x,) < 0.
Seja e -' 0 e use (28), (30) para deduzir
(31) *i(*o to) -i- I-I(DtI(*o, o), *o) < 0.
Mas, em vista de (27), vemos que, como u é diferenciável em (<o o)
D-(* , ) - D*( , ), - ( ) - -'( para)
Substitua acima para concluir, a partir de (31), que
(32) *I(*o' !o) -|- £[(DtJ(+o' to), *o) < 0.
3. Agora aplique o lema acima a -u em R'+1 , para encontrar uma função Al r
tal que u - r tenha um mínimo estrito em (+o. to).
-'(*o,!o) -|- I ( t/(*o' !o)' *o) 0.
Essa desigualdade e (32) completam a prova.

10.2.UNIQUEZA
Nosso objetivo agora é estabelecer a exclusividade de uma solução de
viscosidade do nosso problema de valor inicial para o PDE de Hamilton-Jacobi.
Para sermos um pouco mais gerais, vamos fixar um tempo Z' > 0 e considerar o
problema
ut + H(Du, z) = 0 em R" x (0, Z']
(z) u = g em R" x {t -- 0}.
Dizemos que uma função limitada e uniformemente contínua u é uma
solução de viscosidade de (1) desde que u = g em R" x {I = 0}, e as
desigualdades em (16) (ou (17)) do item §10.1.1 são válidas se u - r tiver um
máximo (ou mínimo) local em um ponto (notto) o &' x (o, T).
LETIZIA (I2xtrema em um ponto terminal). Suponha que u seja uma solução
viscosità de (1) e que u - n tenha um mínimo local em um ponto (z0, lo) E @" x (0,
J]. 7'hen
(2) ^'(*o, to) -I- II(DC(*o' to)'*o) < 0 (> 0).

O que quero dizer é que agora estamos permitindo *o = I'.


10.2. UNIQUENES!S 547

Prova. Suponha que u - r tenha um máximo local no ponto (+o. +)i. Como antes,
podemos supor que esse é um m á x i m o local estrito. Escreva

"(x, t) :- "(x,t) + t (z e a", o < < ).

Então, para e > 0 suficientemente pequeno, u - ñ tem um máximo local em um


ponto (z" t ),
onde 0 < t < T e (z" t,) -(<o. +). Consequentemente

e assim

Deixando e -+ 0, encontramos

Isso prova (2) se u - r tiver um máximo em (<o. +). Uma prova semelhante
fornece a desigualdade inversa se u - r tiver um mínimo em (<o. )

Para ir além, vamos supor que o Hamiltoniano H satisfaça essas


condições de continuidade de Lipschitz:

(3)

para z, p, p, q E R' e alguma constante C > 0.

A seguir, abordamos o fato central relativo às soluções de viscosidade do


problema de valor inicial (1), ou seja, a singularidade. Essa importante
afirmação justifica o fato de tomarmos as desigualdades (16) e (17) do item
§10.1.1 como base de nossa teoria.

TEOREMA 1 (Unicidade da solução de viscosidade). Sob a suposição (3)


existe no máximo uma solução de viscosidade de/ (1).

Observação. A prova a seguir é baseada em uma ideia incomum de "dobrar o


número de variáveis". Veja a prova do Teorema 3 em §11.4.3 para uma
técnica relacionada.
Assine o DeepL Pro para traduzir arquivos maiores.
Mais informações em www.DeepL.com/pro.
545 10. EQUAÇÃO DE HAMIL'PON-
JACOBI!S

Prova*. 1. Suponha que u e u sejam soluções de viscosidade com as mesmas


condições iniciais, mas

(4) sup (u - u) =: w > 0.

Escolha 0 < e, A < 1 e defina

(*) ¿2

para z, p C R", t, s > 0. Então existe um ponto (<o vo oo )o 2 ' x 0, Z'j2


tal que

(6) ( 0' //0 ' t0' 0

2. Podemos fixar 0 < e, A < 1 tão pequeno que (4) implica

(7)
- 2"

Além disso, &(<o. vo o, so) &(0, 0, 0, 0, 0); e, portanto

(g) /(to -|- so) + ¿2 (I*o - //o 2+ ( !o - so)2) + ^ (|*o 2+ |//o 2)


*(*o' to) - (//o. so) - t/(0, 0) -|- u(0, 0).

Como u e u são limitados, deduzimos que

() |*o - Vo| /o - o| ==0(f) como f -+ 0.

Além disso, (8) implica e(1+o12 + lVo12 ) - O(i) e, consequentemente


1/4 3/4(
• (|*ol + l//ol) *ol + l//ol)
< y1/2+ '3/2( o 2+ 2)
l//o

Assi

m, ( 1/2)
• (|*ol + l//o|)

(10)
* Omitir em primeira leitura.
10.2. UNIQUENE!S!S 549

3. Como &(+o. vo. to, so) &(<o. <o. to. to). também temos

2+ )2)
g2 (I*o - no (!o - o
|*ol2 |2 12
-( + |J/o ) *(*o' to) - ( *o' !o) - 2/to - 2€)*o

Portan
to
1 2+ 2)<
¿2 (I*o - no (!o - so) (*o, to) - ( //o. so) + /(to - o)

+ Oo+w)'Jo-w)
Em vista de (9), (10) e da continuidade uniforme de u, deduzimos

( *) loo -Vo| to - so| = o(f).

4. Agora, e s c r e v a ( ) para denotar o módulo de continuidade de u, ou seja,

para todos os z, p e R", 0 < t, s < T, e in(r) -+ 0 como r -+ 0. Da mesma forma, I(-)
será
denotam o módulo de continuidade de u.
Então, (7) implica

-* (*o' !o) - ( //o' so)' *(+o, !o) - <(+o 0) -|- *(*o' 0) - ( *o, 0)
+ (+o' 0) - (*o' to) + (*o' to) - (//o' o)
< Ld(to) + (to) + T(o(c)),

por (9), (11) e a condição inicial. Agora, podemos considerar e > 0 tão pequeno
que o exposto acima implica 4 < in(t0 ) + ñ(t0 ); e isso, por sua vez, implica t0
> y > 0 para alguma constante y > 0. Da mesma forma, temos s0 > y > 0.
5. Agora observe, à luz de (6), que o mapeamento (z, I) " ( vo. t,
so) tem um máximo no ponto (<o. to) Em vista de (5), então,

" - r tem um ruaxiruum em (<o. to)

para
1
r(z, t) :-- ^"(//o' o) + (! + o ) '¿2

Como u é uma solução de viscosidade de (1), concluímos, usando o lema se


necessário, que
*i(*de o) -1- I-I(DtL(*o. o) *o) 0.
550 10. EQUAÇÕES DE HAMILTON-
JAGOBI

Portanto

+ 2(!o 2
(12) ¿2 +H ¿2 (*o - não) -{- 2E*o, *o< 0.

Observamos ainda que, como o mapeamento (p, s) " - (<o. p, to.-) tem
um mínimo no ponto (vo. o).

ii - ñ tem um mínimo em (vo o )

para

¿2

Como u é uma solução de viscosidade de (1), sabemos que

Consequentemente

+ 2( t00
(13) 2
) -|- £f 2 (*o
2 - //o)
- 2€//o' no 0.

6. Em seguida, subtraia (13) de (12):

(14) 2A < // (*0 - não) - 2Et/o' //o -£ (*0 - //o) -}- 2E*o' *o

Em vista da hipótese (3), portanto,

*0 V0
¿2 -I- -(|*o| -I- l//ol)

Empregamos as estimativas (10), (11) em (15) e, em seguida, deixamos e -+


0, para descobrir 0 < 3 < 0. Essa contradição completa a prova.

10.3. TEORIA DE CONTROLE,


PROGRAMAÇÃO DINÂMICA
Resta-nos estabelecer a existência de uma solução de viscosidade para o nosso
problema de valor inicial para a equação diferencial parcial de Hamilton-Jacobi.
Um método seria agora provar a existência de uma solução suave u' da equação
regularizada (2) em §10.1 e, em seguida, fazer uma solução suficientemente
uniforme
10.3. TEORIA DO CON'PROL, PROGRAMAÇÃO DINÂMICA 551

estimativas. Essa técnica de fato funciona, mas requer o conhecimento de


certos limites para a equação de calor além d o escopo deste livro.
Nesta seção, apresentamos uma abordagem alternativa de interface
independente, que é adequada para hamiltonianos que são convexos em p.
Primeiramente, apresentaremos algumas das questões básicas referentes à
teoria de controle para equações diferenciais ordinárias e a conexão com o
Hamilton-Jacobi PDE proporcionada pelo método do progresso dinâmico9.
Essa discussão deixará mais claras as conexões da teoria desenvolvida acima
em
§§10.1-2 com o que foi estabelecido anteriormente em §3.3.1. O fato notável
é que as desigualdades definidoras da solução de viscosidade (16), (17) no
parágrafo 10.1.1 são uma consequência das condições de otimização da
teoria de controle.
10.3.1. Introdução à teoria de controle.
Agora, estudaremos a possibilidade de controlar de forma ideal a solução
x( ) da equação diferencial ordinária

(p) *(*) = f(x(s) °( )) (' < - < *)

Aqui Z' > 0 é um tempo terminal fixo, e z € IR" é um determinado


ponto inicial, assumido por nossa solução x( ) no tempo inicial t > 0. Em
tempos posteriores t < s < Z', x( ) evolui de acordo com a EDO, onde

é uma determinada função contínua de Lipschitz com limites e A é um


determinado subconjunto compacto de, por exemplo, R". A função n( ) que
aparece em (1) é um controle, ou seja, algum esquema apropriado para
ajustar os parâmetros do conjunto A à medida que o tempo evolui, afetando
assim a dinâmica do sistema modelado por (1).
Vamos escrever

(2) A -- {a : 0, Z'] -' A | n( ) é mensurável}

para denotar o conjunto de controles admissíveis. Então,

como

(3) |f(z, a)| < C', |f(z, a) - f(y, a)| < C'|z - y| (z, j/ e @", a e A)

para alguma constante U, vemos que, para cada controle n(-) C A, a EDO (1)
tem uma solução única e contínua de Lipschitz x(-) = x°(')(-), existente no
550 10. EQUAÇÕES DE HAMILTON-
JAGOBI

intervalo de tempo t, T e resolvendo a EDO para um tempo I < s < Z'.


Chamamos de x( ) a resposta do sistema ao controle n( ) e x(s) o estado do
sistema no tempo s.
10.3. TEORIA DO C'ONTftOL, DINÂMICA! PROGRAMAÇÃO 553

Resposta do sistema ao controle Q( )

Nosso objetivo é encontrar um controle n'( ) que direcione o sistema de


forma ideal. No entanto, para definir o que significa "ótimo", precisamos
primeiro introduzir um critério de custo. Dado z C R" e 0 t T, vamos definir
para cada controle admissível n( ) C A o custo correspondente

(4) C-,'l°( )):= *(-(-).°(-)) d + 9(-(z)),


onde x( ) = x° ')(-) resolve a ODE (1) e
h : R' x A -- R, p : R' -- R
são funções dadas. Chamamos h de custo de execução por unidade de tempo
e p de
custo terminal e, daqui em diante, assumiremos

(5)
I^(--°)I. lx(-)l s * (z, j/ E B", a E A)
|h(z,a) - ^(v.°)l. I4(-) - s (v)I s *I- - vl
para alguma constante N.
Dado que agora z C R" e 0 t T, gostaríamos de encontrar, se possível,
um controle n*(-) que minimize a função de custo (4) entre todos os outros
controles admissíveis.

10.3.2.Programação dinâmica.
O método de pro9roinrriinp dinâmico investiga o problema acima,
voltando a atenção para a função de cofue

(6) = inf
=( )e>
552 10. EQUAÇÕES DE HAMILTON-JACOBI

O plano é o seguinte: depois de definir u(z, t) como o menor custo se


começarmos na posição z no momento I, queremos estudar u como uma
função de z e t. Portanto, estamos incorporando nosso problema de controle
(1), (4) na classe maior de todos esses problemas, conforme z e I variam. A
ideia, então, é mostrar que u resolve um determinado PDE do tipo Hamilton-
Jacobi e, por fim, mostrar que uma solução d e s s e PDE nos ajuda a
sintetizar um controle de feedback ideal.
Daqui em diante, fixamos z C R", 0 < t < T.

TEOREMA 1 ( Condições de otimização). Para cada h > 0, então srnnfl


thot
I -F h < T, temos

(7) u(z, I) = inf h(x(s), a(s)) ds -|- u(x(t -I- h), -I- h) ,

em que x(-) x "* )(-) resolve a ODE (1) para o controle ct(-).

Prova. 1. Escolha qualquer controle ( ) e A e resolva a EDO

(8) -i( ) f(-i( ) ° ( )) (' < < '+ ^ )

Fixe e > 0 e escolha então2 ( ) e A de modo que

(9) -( i (t -I- fi), t -I- h) + c > h(^2(*)' 2(S)) de -I- g( 2( )),

onde
xa(s) - f(-2(S), 2(S)) (/ -I- h < s < Z')
(10)
2(* -l- h) - x/(/ -j- h).

Agora, defina o controle


n (s) se t < s < I + h
(!!) 3(*) '
2( ) se t + fi < s < Z',
e deixe
3(') - f(^3( ), +3( )) (/ < s < 7)
(12)
3(/) = z-
Pela exclusividade das soluções para a equação diferencial (1), temos

i(s) se< s < t + /z


(13) 3( ) -
2(s) se I -|- /z < s Z'.
10.3. CONZ'ROL Z'HEORY, PROGRAMAÇÃO DINÂMICA 555

Assim, a definição (6) implica

h-(^3(+)' 3( )) de -I- g(^3( ) )

== h( i (s), i( )) de -I- h( 2 (')' 2(')) ds -I- 9( 2 (+))

*<(- (-),-,(-)) d + u(-,('+ ^),t + h) + -,


a última desigualdade resultante de (9). Como "i ( ) C A foi arbitrário,
concluímos

(14) u(z, I) < inf h(x(s), a(s)) ds + "(x(I -I- h), t + h) -I- c,

x( ) = x°(' (-) resolvendo (1).


2. Fixando novamente e0 , selecione now4 ( ) e A de modo
que

(15) u(z, /) -j- c > h( 4( ), 4 ( ))ds -/- ( 4(+))

onde
4(*) f(+4( ) , 4 (S)) (t < S < )

Observe então, a partir de (6), que

(16) -( 4(t + h), + h) < /( 4('). 4('))ds + 9(^4(+))

Portanto

inf h(x(s), cx(s))ds -I- u(x(t -I- h), I -I- h) ,

x(-) x°(' (-) resolvendo (1). Essa desigualdade e (14) completam a prova de
(7).

10.3.3. Equação de Hamilton-Jacobi-Bellman.

Nosso objetivo final é escrever como um PDE uma "versão


infinitesimal" das condições de otimização (7). Mas, primeiro, precisamos
verificar se a função de valor u é limitada e contínua como Lipschitz.
554 10. EQUAÇÃO DE HAMILTON-JACOBI!S

LEMMA ( estimativas para a função de valor). 'existe n constante U tal que


que
I°(° t)| :fi c,
I°(° t) - "(' ')| :fi c(|x - "! + |t -'I)
para a// z, ? E ", 0 < /, I < Z'.

Prova. 1. Claramente, a hipótese (5) implica que u é limitado em R' x [0, Z'].
2. Fixe z, IC R", 0 < I <'. Seja e > 0 e, em seguida, escolha ñ( ) e A de
modo que

(17) "(s,/) -I- e > h(ñ(s), â(s)) de -I- g(ñ(Z')),

onde x(-) resolve a EDO

(18)
=(-) = f(*(s),^( )) (' < - < *)

Então

(19)
h-(fl(s), â(s)) ds - g(fi:(T)) -I- c,

onde x(-) resolve

(20)
ñ(s) = f(x(s), (s)) (t < s < w)

Como f é contínua de Lipschitz, (18), (20) e a desigualdade de Gronwall (§B.2)


implicam |x(s) - x(s) | < U|z - ?| (t < s < ' ). Portanto, deduzimos de (5) e
(19) que u(z, t) - u(?, I) < C|z - ?| + e. O mesmo argumento com os papéis de zeI
invertidosimplica

3. Agora, deixe z C R", 0 < t < I < T. Tome e > 0 e escolha 'x(-) e A de
modo que
t/(z, t) -I- e > h(x(s), a(s)) de -I- g(x(T)),

x( ) resolvendo a ODE (1). Definir

â(s) :- a(s -I- - t) para t < s <


10.3. TEORIA DE CONTROLE, PROGRAMAÇÃO DINÂMICA 557

e deixe x(-) resolver

Então x(s) = x(s + I - t). Daí

u(z, t) - t/(z, t) _< h(fi:(s), â(s))ds -I- g(x(w))

(21) h-(x(s), ct(s))ds - g(x(Z')) -I- e

^(-( ),°(-))d- + (-(z + t -')) - g(-(')) +

Em seguida, escolha ñ( ) de modo que

onde
a(s) = f(?(s), (s)) (' < s < w)

Defini
r

e deixe x( ) resolver (1). Então, n(s) - ñ(s + t - I), x(s) - x(s + t - I) para
I < s< +I - t. Consequentemente

"(z, t) - u(z, I) < h(x(s), ( s))ds -I- g(x(w))

h-(fi:(s), ct(s))ds - g(fl(T)) -I- c

-- h(x(s), cx(s))ds -I- g(x(Z')) - g(x(Z' -I- - I)) -I- c

s cit —*I + •-
Essa desigualdade e (21) provam que

l°(° t) --(",t)| c|t - i"| (o t _<i" z x e B°).

A seguir, provaremos que a função de valor resolve uma equação


diferencial parcial do tipo Hamilton-Jacobi.
556 IO. HAMILTON-JA 'OBI EQUATIONS

TEOREMA 2 (Um PDE para a função de valor). Z'/ie rnfue function u é a única
solução de riscositp desse problema de valor terminal para a equação de
Hamilton-Jacobi-Bellman.'
"t + min (f(z, a-) Du + h(z, a)) - 0 em @" x (0, 7')
(22)
u == g em @^ x (/ == J).

Observações. (i) O PDE de Hamilton-Jacobi Bellman tem a forma


t + I-I(Du, z) = 0 em R' x (0, T),
para o Hamiltoniano
(23) H(p, :c) := min (f(z, n) p -I- h(x, n)} (p x ').

Das desigualdades (5), deduzimos que H satisfaz as estimativas (3) em


§10.2.
(ii) Como (22) é um problema de rnfue terminal, precisamos especificar
o que queremos dizer com solução. D i g a m o s que uma função limitada e
uniformemente contínua u é uma solução de viscosidade de (22) se:
(i) u = q em R'
e
(ii) para cada r C C (R" x (0, T))
se u - r tiver um máximo local em um ponto (<o. to) x (0, Z'),
(24) entã
o *i(*o, ) 1-H(DC
o- (+o, to) +o) 0,

e
se u - c tiver um mínimo local em um ponto (<o. to) o x (0, Z'),
(25) então
*i(*o. to) -{-H(DC(+o to) +o) < 0.
Observe que, em nosso problema de valor terminal (22), invertemos o
sentido das desigualdades em relação a o problema de valor inicial.
(iii) O leitor deve verificar que, se u é a solução de viscosidade de (22),
então in(z, I) := u(z, T - t) (z C R', 0 < I < Z') é a solução de viscosidade do
problema de valor inicial
mt - I-I(Do, z) = 0em R' x (0, Z')
in = g em R" x {I = 0}.
10.3. TEOTIPO DO CONTÍBIL, PTOGRAFIA DINÂMICA 559

Prova. 1. De acordo com o lema, u é limitado e contínuo como Lipschitz. Além


disso, vemos diretamente em (4) e (6) que

2. Agora, deixe r e U°°(R' x (0, T')) e suponha que

u - r tem um máximo local em um ponto (+o. a) o x (0, T).

Temos que provar

(26)

Suponha que não. Então existem o e A e B > 0 tais que

(27)

para todos os pontos (z, t) suficientemente próximos de (+o o ), digamos

(28)

Como u - r tem um máximo local em (+o o ), podemos também supor que

(29)
(° - ° )(-.') s (° - ° )(-o 'o)
para todos os (z, t) que satisfazem (28).

Considere agora o controle constante a(s) " (para s < T) e a dinâmica


correspondente

ñ(s) -- f(x(s), a) (!o < s < Z')


(30)

Escolha 0 < ñ < 6 tão pequeno que x(s) - +o1 < 6 para to < s < to + ñ. Então

(31) n (x(s), s)-Pf(x(s), a)-Dn(x(s), s)-I-ñ(x(s), a) < —® (!o < s *o+*)'

de acordo com (27) e (28). Mas, utilizando (29), encontramos

^( (!o + *)'!o + *) - ^( o'!o) -(^(!o + *)'!o + *) - -( o'!o)


/o+
d n(x(s), s) ds
(32) ' S
t0+
- ni(x(s), s) -I- f(x(s), a-) Dn(x(s), s) ds.
558 10. EQUAÇÕES DE HAMILTON-JAC!OBI

Além disso, a condição de otimização (7) nos fornece a desigualdade

(33) -( o '!o) it(x(s), a) ds -I- It(-(!o + *)'!o + *)-

Combinando (32) e (33), descobrimos que

0< ni(x(s), s) -P f(x(s), a-) Dr(x(s), s) -I- ñ(x(s), a) ds < -BE,

de acordo com (31). Essa contradição estabelece (26).


3. Agora suponha que

u - r tem um mínimo local em um ponto ( o. o) o x (0, T);


devemos provar

(34) *i(*de o) + ITIn(f(*o. <) DC(*de o) + (*de <)} < 0.

Suponha que não. Então existe 8 > 0 de modo que

(35) t(+. ') + f(z, o) Dv(x, t) + ñ(z, o) > 8 > 0


para todo o o e A e todo (z, t) suficientemente próximo de (+o. o), digamos
(36) !* - *o1 + 1 - de <
Como u - r tem um mínimo local em ( o o ), também podemos supor que

(37)
(- - v)(-'!) (^ - -)( o'!o)
para todos os (z, t) que satisfazem (36).
Escolha 0 < h < 6 tão pequeno que x(s) - +o! < d para os < to + /i, onde x( )
resolve
ñ(s) -- f(x(s), a(s)) (!o < * < )
(38) ^(!o)' o
para algum controle n(-) e A. Isso é possível devido à hipótese (3).
Então, utilizando (37), descobrimos, para qualquer controle n(-), que
°(*7o*#)#o+#)-°(*ono)
?-(*7o+#)*o+#)-°(*ono)
t0+h
(39) = Q r(x(s), s) de
!0 S

- n (x(s), s) -I- f(x(s), a(s)) Dn(x(s), s) ds,


10.3. CONTftOL THEOftY, DYNAMIC! PftOGRAMMJNG 561

por (38). Por outro lado, de acordo com a condição de otimização (7),
podemos selecionar um controle n( ) e A de modo que

2'

Combinando (39) e (40), descobrimos que

n (x s), s) + f(x(s), a(s)-) Dn(x(s), s)

de acordo com (35). Essa contradição prova (34).

Observação (Projeto de controles ideais). Mostramos agora que a função de


valor u, definida por (6), é a única solução de viscosidade do problema de
valor terminal (22) para a equação de Hamilton-Jacobi-Bellman. Como esse
PDE nos ajuda a resolver o problema de sintetizar um controle ideal? Em
termos informais, o método é o seguinte. Dado um tempo inicial 0 < t < T e
um estado inicial z e R', consideramos a EDO ideal

(41) +'(s) -- f(-"(-), a"(s)) (' < s < ^)

onde, a cada momento s, a' (s) e A é selecionado de modo que


( ) f(x'(s), a'(s)) Dt/(x" -I- ñ(x"(s), a"(s))
42
-- H(Du(x"(s), s), x'(s)).

Em outras palavras, dado que o sistema está no ponto x*(s) no momento s,


ajustamos o valor de controle ideal a' (s) de modo a atingir o mínimo na
definição
(23) do Hamiltoniano H. Chamamos n*( ) assim definido de controle de feedback.
É bastante fácil verificar que essa prescrição gera, de fato, uma trajetória
de custo mínimo, pelo menos nas regiões em que u e n*( ) são suaves (de
modo que (42) faz sentido). Entretanto, há problemas na interpretação de
(42) nos pontos em que o gradiente Dti não existe.

10.3.4. Fórmula de Hopf-Lax revisitada.

Lembre-se de que anteriormente, no item §3.3, investigamos esse


problema de valor inicial para a equação de Hamilton-Jacobi:
ut -1- H(Dti) -- 0 em R' x (0, T]
(43) u = g em R' x (t - 0},
560 10. EQUAÇÕES DE HAMILTON-JAOOBJ

sob as premissas de que

pH(p) é convexo, lim

e
g : R' -+ R é Lipschitz contínuo.
Observe que agora estamos considerando 0 < t < T, para sermos consistentes
com §10.2. Introduzimos também a fórmula de Hopf-Lax para uma solução:

(44) /zt)-m tL

onde £ é a transformação de Legendre de H:

(45) A(g)= sup(p-g-H(p/ (get').

Para unir a teoria apresentada aqui e no item §3.3, vamos agora verificar
se a fórmula de Hopf-Lax fornece a solução de viscosidade correta, conforme
definido no item §10.1.1. (A prova é, na verdade, apenas um caso especial da
prova do Teorema 2).

TEOREMA 3 (Fórmula de Hopf-Lax como solução de viscosidade). Suponha


também que g seja limitado. Então, a única solução de viscosidade do problema
de irtitiof-t "i/ue (43) é dada pela fórmula (44).

Prova. 1. Conforme mostrado no item §3.3, a função u definida por (44) é


contínua e assume a função inicial g no tempo t = 0. É fácil verificar também
que u também é limitada em R" x (0, T], já que g é limitada.
2. Agora, deixe u e C'(R' x (0, on)) e suponha que u - r tenha um máximo
local em (+o. to) " x (0, on). De acordo com o Lema 1 em §3.3.2,

*0 *
(46)

para cada 0 < t < o Assim, para cada 0 < t < fo. &'

(47) °(*o'o)S @o-#)# *0*

Mas como u - r tem um máximo local em (z0, t0),


562 10. EQUAÇÕES DE HAMILTON-
JAOOBI

para (z, t) próximo a (+o. a) Combinando essa estimativa com (47), encontramos

*0 *
(48)

para I < fo. ( , t) próximo a ( o. to) Agora escreva /i = to - t e defina z - o -


onde q C R' é dado. A desigualdade (48) se torna

Divida por ñ > 0 e envie ñ -+ 0:

Isso é verdadeiro para todo q e R" e, portanto

(49) -'(*o' !o) -|- H(Dt/(*o'!o)) < 0,

desde

(50) H(p) -- sup -p q - L(q)},


qe Bt"

pela dualidade convexa de H e L. Estabelecemos, como desejado, a desigualdade


(49) sempre que u - r tiver um máximo local em (+o, o)
3. Agora, suponha que u - r tenha um mínimo local em um ponto (+o. a) o R'
x (0, Z'). Devemos provar que

(51) -t( o'!o) -|- H(Dt/(+o'!o)) > 0.

Suponha que, ao contrário, a estimativa (51) falhe; nesse caso

para algum 8 > 0 e todos os pontos (z, t) suficientemente próximos de ( o o ) Em vista


de (50)

(52) rt(z, I) -I- Do(z, I) g - £(g) < -8

para todos os (z, t) próximos (+o. a) e todos os q 6 R'.


Agora, a partir de (46), vemos que se /i > 0 for pequeno o suficiente

- S1
(53) +- v*o- )
10.4. 563
PROBLEMAS

para algum ponto +i próximo a +o. Em seguida, calculamos

0 0 1 0 d
*(" '' )" " '' " *)" S 0" (1 ') '0 +(S - 1)a) dS
0 ds" "
1
-- Dt/(^+o+ (1 - s)+i' !o + (S - 1)/?) ( *o - *i)
0
+ -'(* o + (1 - s)z '!o + (s - 1)ñ)ñ ds

onde q Agora, se /i > 0 for suficientemente pequeno, podemos aplicar


encontra (52) para
r
r(z , th) - r(z , th - h) < hh g - BE.

Mas então (53) força

-O+n )---*)< - c)--(-*)-8\


uma contradição, já que u - r tem um mínimo local em (+o. o)
Consequentemente, a desigualdade desejada (51) é de fato válida.

10.4. PROBLEMAS
1. Sejam (u }p 1 as soluções de viscosidade das equações de Hamilton-Jacobi

ti + H(Dtik,) = 0 em R'x (0, on)

(k = 1, ... ), e suponha que tik -+ u uniformemente. Suponha também que H


é contínuo. Mostre que u é uma solução de viscosidade de

Portanto, os limites uniformes das soluções de viscosidade são uma solução


de viscosidade.
2. Sejam u' (i = 1, 2) soluções de viscosidade de

u + H(Dti'!, z) = 0em R' x (0, m)


u' = g'! em R' x {t = 0}.
Suponha que H satisfaça a condição (3) em §10.2. Prove a propriedade de
correção
|u1 u2
sup ( , t) - (-, t) | sup |s1 - S2| (I 0).
564 10. EQUAÇÕES DE HAMILTON-
JAOOBI

3. Suponha que, para cada e > 0, u' seja uma solução suave da curva
parabólica
equação
n
u- + H(D-',-) -- Z - --,-. - 0
i,j --1

em R" x (0, on), onde os coeficientes suaves o' (i, j 1 , ... , n) satisfazem a
condição de elipticidade uniforme do Capítulo 6. Suponha também que H
seja contínuo e que u' -' u uniformemente como e -+ 0.
Prove que u é uma solução de viscosidade para H (Dti, :x) = 0. (Esse
exercício mostra que as soluções de viscosidade não dependem da
estrutura precisa da suavização parabólica).
4. (i) Mostre que u(z) := 1 |z | é uma solução de viscosidade de

|u'| 1 em (-1, 1)
(*)
Isso significa que, para cada r e C°°(-1, 1), se u - u tiver um máximo
(mínimo) em um ponto +o o (-1, 1), então |r'(+o)! < 1 (> 1).
(ii) Mostre que u(z) := |z | - 1 é rtot uma solução de viscosidade de ( ).
(iii) Mostre que u é uma solução de viscosidade de

-|t/'| - -1 em (-1, 1)
(**)
ii(-1) = u(1) = 0.

(Dica: Qual é o significado de uma solução de viscosidade de (+ )?


(iv) Por que os problemas ( ), (+ ) têm soluções de viscosidade diferentes?
5. Seja U C R" aberto e limitado. Defina u(z) := dist(z, fiV) (z C U).
Prove que u é Lipschitz contínuo e é uma solução de viscosidade da
equação eikonal
Dti -- 1in U.
Isso significa que, para cada r C C!'(U), se u - r tiver um máximo
(mínimo) em um ponto +o o U, então Dv(+o) < 1 (> 1).

10.5.REFERÊNCIAS
Seção 10.1 A definição de soluções de viscosidade apresentada aqui é devida a
C-E-L], que reformulou uma definição anterior estabelecida no
artigo básico C-LQ de Crandall-Lions.
Seção 10.2 A prova de exclusividade segue C-E-L], com algumas melhorias
recentes que aprendi com M. Crandall.
10.5. REFERÊNCIAS 565

Seção 10.3 P.-L. Lions LI] observou a conexão entre a definição de solução
de viscosidade e as condições de otimalidade da teoria de
controle. Os livros de Fleming-Soner (F-Sj e Bardi-Capuzzo
Dolcetta B-CD] fornecem muito mais informações sobre
soluções de viscosidade e as conexões com o controle ótimo
determinístico e estocástico.
Capítulo 11

SISTEMAS DE LEIS DE
CONSERVAÇÃO

11.1 Introdução
11.2 Problema de Riemann
11.3 Sistemas de duas leis de conservação
11.4 Critérios de entropia
11.5 Problemas
11.6 Referências

111. INTRODUÇÃO
Neste capítulo final, estudamos sistemas de EDP hiperbólicos de primeira
ordem, não lineares e com estrutura de divergência, que surgem como
modelos de leis de conservação.
Interpretação física. Na circunstância mais geral, gostaríamos de investigar
uma função vetorial

u=u(it)=(ui(i/\. , "m(mg)) (mcR', t>0),

cujos componentes são as densidades de várias quantidades conservadas em


algum sistema físico sob investigação. Dada então qualquer região suave e
limitada U R ', o b s e r v a m o s que a integral

(1) u(',t) dv
U

56Z
568 11. SISTEMAS DE' LEIS DE PRESERVAÇÃO

representa a quantidade total dessas quantidades em U no tempo t. Agora, as leis


de conservação normalmente afirmam que a taxa de mudança em U é governada
por uma função Qu F : R" -+ M"'", que controla a taxa de perda ou aumento de u
por meio de dU. Em outras p a l a v r a s , é apropriado assumir que para cada
tempo t
d
(2) u dz -- - - F(u)v dS,
dl U dU

" denotando, como de costume, a normal unitária externa ao longo de U.


Reescrevendo (2), temos
deduzir

(3) ut d:s -- - F(u)v dS -- -div F(u) d:s.


U dU U

As the region U C R‘ was arbitrary, we derive from (3) this initial-value problem
for a general system of consemalion mtrs:

ut + div F(u) = 0 em R' x (0, on)


(4)
u= gon R" x (t = 0},

a função dada g - (gl , ... , g"') que descreve a distribuição inicial de


u - (ui, ... , u").
No momento, um entendimento matemático do problema (4) está
praticamente indisponível (mas veja Zheng ZH]). Por esse motivo,
consideraremos, em vez disso, o problema do valor inicial para uma dimensão
espacial ou de espaço c o n s e r v a d o r :

ut + F(u)g = 0 em R x (0, on)


(s) u= gon R x (t - 0},

onde F : R" -+ R' e g : R -+ R' são dados e u : R x |0, on) -+ R' é


a incógnita, u = u(z, t). Chamamos R" de espaço estelar e escrevemos

F = F(z) - (f1(z),...,F'(z)) (z e IR')

para a função de fluxo suave.


Pretendemos estudar a capacidade de resolução do problema (5), as
propriedades de sua solução e as possibilidades de solução.
etc.
Exemplo 1. O sistema p é esse conjunto de duas leis de conservação: u$ - u2

= (condição de compatibilidade)
(6)
u2 - p(u1 )g = 0 (lei de Newton),
11.1. INTftOD UCTJON 569

in R x (0, on), where p : -+ é dado. Aqui

(*) F(s) = (-*2' -@(*\))

para z = (< 2) O sistema p surge como uma forma reescrita do escalar


equação não linear de wane

(8) u - (p(u )) -- 0em R x (0 oo).

Tomando u' := ug, u2 := ut, obtemos o sistema (6), com as inter- pretações
indicadas.

Exemplo 2. Equações de Euler para fluxo de gás compressível em uma dimensão


são
p -1- (pv) = 0 (conservação da massa)
(9) (pv) + (pr2 + p) -- 0 (conservação do momento)
(pE) -1- (pEn -I- pv) -- 0 (conservação de energia)

em R x (0, on). Aqui p é a densidade de massa, v a velocidade e A a densidade


de energia por unidade de massa. Assumimos que

where e is the zrtternof erterpy per unit mass and the term 2 corresponde a
a energia cinética por unidade de massa. A letra p em (9) indica a pressão.
Assumimos que p é uma função conhecida

(10) p -- p(p, e)

de p e e,- a fórmula (10) é uma relação cortstitutsre. Escrevendo u = (u*, u2 , u3)


- (p, pv, pE), verificamos que (9) é um sistema de leis de conservação da forma
necessária
ut + F(u)g = 0 em R x (0, on)
para F = (Al ,F2 ,F3
),
F1(z) = z2
2
(11) F2 (z) - (#2 )2)

F3 (z) _ m
z
1
2

onde s -- (-1. 22, 23) 1>


570 11. SISTEMAS DE' LEIS DE PRESERVAÇÃO

Example 3. As equações unidimensionais da água esférica são

at + (<e)g = 0 (conservação da massa)


v + (u2 /2 + g)+ = 0 (conservação do momento)

em IR x 0, on). Nessas equações, r é a velocidade horizontal, Q denota gh,


onde h é a altura e g é a constante gravitacional, e
)2
(#2
2
' 2

11.1.1. Soluções integrais.

A grande dificuldade nesse assunto é descobrir uma noção adequada de


solução fraca para o problema do valor inicial (5). Já e n c o n t r a m o s
problemas semelhantes no §3.4 em nosso estudo do caso muito mais simples de
uma lei de conservação simples ou escalar (ou seja, rn = 1 acima).
Seguindo então o desenvolvimento em §3.4.1, vamos supor que
v : R x 0, on) R" é suave,
(12)
com suporte compacto, v = (u', ... , r').

Assumimos temporariamente que u é uma solução suave do nosso problema


(5), t o m a m o s o produto escalar da PDE us + F(u)+ - 0 com a função de
teste v e integramos por partes para obter a igualdade

(13) u- vt -l- F(u)- vg dzdt -1- g- v dz |i=o = 0.


0 -

Essa identidade, que derivamos supondo que u seja uma solução suave, faz
sentido se u for meramente limitado.

DEFINIÇÃO. dizemos que u e £ ( R' x (0, on); R') está fora da solução integral
do problema de trítio-de-fundo (5), desde que a igualdade (13) seja válida /ou
que o teste /urtctiorts v satisfaça (12).

Continuando agora a fazer um paralelo com o desenvolvimento em §3.4.1


para uma única lei de conservação, vamos considerar a situação em que temos
uma solução integral u de (5) que é suave em ambos os lados de uma curva O, ao
longo da qual u tem descontinuidades de salto simples. Mais precisamente,
vamos supor que V R x (0, on) seja alguma região cortada por uma curva suave
O em uma parte esquerda Yt e uma parte direita Y,.
11.1. INTRODUÇÃO DA 571
CONVENÇÃO

Condição de Rankine-Hugoniot

Supondo que u seja suave em Ut, selecionamos a função de teste v com suporte
compacto em U e deduzimos de (13) que
(14) u, + F(u)g = 0 em U.
Da mesma forma,
temos
ut + F(u)g = 0 em U"
(15)
desde que u seja suave em U,. Agora escolha uma função de teste v com suporte
compacto em U, mas que não necessariamente desapareça ao longo da curva C.
Então, utilizando a identidade (13), encontramos

0= u- vt + F(u)- vg d:sdl
(16)

Como v tem suporte compacto em Y, deduzimos que

u vt -1- F(u) vp d:sdt -- - ut + F(u)g-] v d:sdl

(17) + (ut v2 + F(ut) v*) v dl

= (ut v2 + F(ut)ml) v dl,


572 11. SISTEMAS DE' LEIS DE
CONSERVAÇÃO

devido a (14). Aqui v = (v*, v2 ) é a unidade normal à curva U apontando de U


para U" e o subscrito "I" denota o limite da esquerda.
Da mesma forma, (16) implica

u vt + F(u)- vg dcdl -- - (u,v2 + F(u,)v1 ) v dl,

"r" denotando o limite da direita. Adicionando essa identidade a (17) e


relembrando (16), deduzimos

/F(u;)-F(u,))vl+(u;-u,)v2/-vdT=0.

Essa identidade é obtida para todas as funções suaves v como acima; portanto

(18) (F(u ) - F(u,)) v1 + (u - u,) v2 = 0 ao longo de C.

Suponha agora que a curva C seja representada parametricamente como ((z,


t) | z - s(t)} para alguma função suave s(-) : 0, on) -' R. Então v - (v1 , v2 ) - (1 +
s2 ) *'2(1, -s). Consequentemente, (18) é a seguinte

(19) F(u)-F(u,)=su -u,)

em Y ao longo da curva O.

Notação.
u]] = u¿ - u, = salto em u ao longo da curva U
F(u)]] = F(ut) - F(u,) = salto em F(u)
= s - velocidade da curva U.

V a m o s então reescrever (19) como a

identidade (20)

ao longo da curva de descontinuidade, a condição de salto de Rankine-


Hugoni. Observe cuidadosamente que essa é uma igualdade vetorial.

11.1.2. Ondas viajantes, sistemas hiperbólicos.

Vimos no §3.4 que a noção de uma solução integral para as leis de


conservação não é adequada: essas soluções não precisam ser únicas.
Portanto, nossa intenção é descobrir alguns requisitos adicionais para uma
boa definição de uma solução generalizada. Isso implicará, presumivelmente,
como no item §3.4
11.1. INTRODUÇÃO 573

um critério de entropia baseado em uma análise de ondas de choque. Essa


expectativa, agora transferida para os sistemas, está amplamente correta,
mas, antes de tudo, precisamos estudar com mais cuidado a não linearidade F
na esperança de descobrir condições estruturais matematicamente
apropriadas e fisicamente corretas a serem impostas.
Vamos começar considerando a classe mais ampla de sistemas semilineares
com a forma de não divergência:

(21) ut + B(u)ug = 0 em R x (0, on),

onde B : R" -' M "X'. Esse sistema é para funções suaves equivalentes à lei de
conservação em (5), desde que

Consideramos agora a possibilidade de encontrar soluções específicas que


tenham a forma de uma onda viajante:

(22) uOt)=v(--*) (-+ 't>0),


onde o perfil v . R R' e a velocidade C R devem ser encontrados. Substituímos a
expressão (22) no PDE (21) e, assim, obtemos a igualdade

(23)

Observe que (23) diz que esse é um valor próprio da matriz B(v)
correspondente ao vetor próprio v'.

Essa conclusão sugere (exatamente como para a teoria linear em §7.3)


que, se quisermos encontrar ondas viajantes ou, de modo mais geral,
soluções ondulatórias de nosso sistema de EDP, devemos fazer algum tipo
de hipótese de hiperbolicidade com relação aos valores próprios de B.

DEFINIÇÃO. Se, para eoc/i z C IR", os autovalores de B(z) forem reais e


distintos, o sistema (21) será considerado estritamente hiperbólico.

A partir de agora, assumimos que o sistema de equações diferenciais


parciais (21) (e o caso especial B = DF de leis de conservação) é estritamente
hiperbólico.
574 11. SISTEMAS DE' LEIS DE PRESERVAÇÃO

Notação. (i) Escreveremos

(24) * )<* )< <* () (+#')


para denotar os valores próprios reais e distintos de B(z), em ordem crescente.
(ii) Então, para cada k -- 1, ... , m, deixamos

denotam um vetor próprio não nulo correspondente, de

modo que (25)

Como estamos sempre assumindo a condição de hiperbolicidade estrita, os


vetores
k(-)i p span R' para cada z C IR".
(iii) Em seguida, como uma matriz e sua transposição têm o mesmo
espectro, podemos introduzir para cada k = 1, ... , m um vetor próprio diferente
de zero

l£( )
para a matriz B(z)", correspondente ao valor próprio k(-). Assim

(26) B( ) k(*) ' k(z) k(*) (k -- 1, ... , m, z E R").

Essa igualdade é geralmente escrita

(27) Ok(-)B( ) - X(Z)lk(-) (k -- 1, ... , rn, e ").

Assim, lk (z) jk l pode ser considerado como um eigenetor esquerdo de B(z), e


zk(z)]kg l
são vetores próprios à direita.

Observação. Além disso, observamos

(28)

Para confirmar isso, calculamos usando (25) e (26) que

k(*)(lb(z) ' *k *)) ' l/( ) ( B(z)*k(-)) - ( B( )*l/( )) *k(*)


- X/( )(l/(2) ' *k(*))'

donde se segue (28), pois !k(-) 5 (z) se k - - 1.

Primeiro, vamos mostrar que a noção de hiperbolicidade estrita é


independente das coordenadas.
11.1. JNTftODNOTION 575

TEOREMA 1 (Invariância da hiperbolicidade sob mudança de coordenadas).


Seja u uma solução suave do sistema estritamente hiperbólico (21). Suponha
também que 4- : IR"' -+ IR" seja um difeomorfismo suave, com o inverso T.
Z'fiert

(29) ñ:=4\u)
resolve o sistema estritamente hiperbólico

(30)

(31) B(?) : D E(W(?))B(U( ) )DW(T) (? e III").

Prova. 1. Calculamos tit = D4-(u)ut, rig = D4-(u)ug e, assim, a equação


(30) é válida para B(é) = D4-(z)B(z) D4-l (z), em que é = 4-(z). Substituindo
z = T(é), obtemos (31).
2. Devemos provar que o sistema (30) é estritamente hiperbólico. I
k(-) é um valor próprio de B(z), com o vetor próprio direito
correspondente r#(z), temos

B(z)-k(*) ' k (*)+k (*) -

Configura

ção (32)

(33)

calculamos

(34) B(fl)*k(*) ' k(*)*k(*).

Da mesma forma, se lb(z) for um vetor próprio esquerdo, escrevemos

(35) Ok(*) :' !k( ( ñ))DW(ñ),

e calcular (36)

Em vista de (32)-(36), concluímos que o sistema (30) é estritamente hiperbólico.

Em seguida, estudamos como k(-) k(-) e lb(z) mudam conforme z


varia:
576 11. SISTEMAS DE' LEIS DE
CONSERVAÇÃO

TEOREMA 2 (Dependência de valores e vetores próprios em parâmetros).


Suponha que a função matricial B seja suave e estritamente hiperbólica.
Então
(i) os valores próprios *k(-) dependem suavemente de z C III " k - 1, ... ,
m).
(ii) Além disso, use para selecionar os eigenreclors k(-) corretos e deixar que o
eigen- hectare ljc(z) dependa suavemente de z E Alt" oud sotis/y a normalização

Prova. 1. Como B(z) é estritamente hiperbólico, para cada <o temos

(37) *(°0) < *2(0) < '" < *m(°0).

Fixe k e (1, ... , rn} e qualquer ponto -o ^, e que +k(-o) satisfaça

Ao girar as coordenadas, se necessário, podemos supor que

(38) *k(- ) - e", -- (0, ... , 1).

Primeiro, mostramos que perto de -o existem funções suaves k(-) -k(-) tais que
que
B(z)+k (+)' k (+)+k(+)

2. Aplicaremos o Teorema da Função Implícita à função suave 4 : R"' x R x


R"' -+ R'+* definida por
|2
&(r, /, z) == (B(z)r - Mr, |r ) (r, z E ", E- ).

2ri . 0 (rug1) x (rug1)


2r",
e, portanto, de acordo com (38), basta verificar que

0
B('0) " k( 0)
(39) det o.
1
0 ...... 2 0
11.1. INTRODUÇÃO 577

3. Observe que, para e > 0 suficientemente pequeno, a matriz

(40) B, - B(*0) - ( k (+0) +)

é invertível. À luz de (38),

Portanto

0 0 0
B, B,
-1 (-e)°* 0
0... 2 0 0... 0 1 0 ... 22(-r-) 1

Consequentemente, como o determinante da segunda matriz antes do sinal de igual


é um, temos

'
B '
det - 2(det B,)(-e)*1
1
0 ... 2 0
1
=2 (IQ(*0) - ( k(*0) + *))(-*)(-*)-
)-/-k

Como B(-o) é estritamente hiperbólico, a última expressão é diferente de zero.


Condição
(39) é verificada. Assim, podemos invocar o Teorema da Função Implícita para
encontrar funções suaves k(-) e k(<) próximas de -o, satisfazendo a conclusão do
teorema.
4. Resta mostrar que podemos definir k(-) e -k(-) para todo z C R', e
não apenas perto de um ponto específico -o. Para isso, vamos escrever

ft := sup(r > 0 | k( ) k( ) como acima existem e são suaves em B(0, r)].

Se ft - on, estamos prontos. Caso contrário, cobrimos dB(0, R) com um número


finito de bolas abertas nas quais podemos estender suavemente !k( ) e +k( ),
usando as etapas 1-3 acima. Isso resulta em uma contradição com a definição de ft.
Uma prova semelhante funciona para os vetores próprios à esquerda.
578 11. SISTEMAS DE LEIS D E
CONSERVAÇÃO

Observação. Observe que não estamos apenas definindo global e suavemente os


valores próprios e os espaços próprios de B, mas também estamos fornecendo
globalmente uma orientação aos espaços próprios.
Essa prova depende fundamentalmente da unidimensionalidade dos
espaços eletrônicos. Consulte o Problema 2 para ver um exemplo do que
pode dar errado na configuração hiperbólica, mas não estritamente
hiperbólica.

Exemplo 1 (continuação). Para o sistema p (6), temos

us + B(u)ug = 0,
par
a 0 -1
-p'( i) 0
Os valores própriossão =--, - paraw := r'(-i)"2 . Esses valores são
reais e distintos, desde que, daqui em diante, suponhamos a condição de
hiperbolicidade estrita

(41) p > 0.

Para a equação de onda não linear (8), essa é a suposição física de que a
a tensão p(<x) é uma função estritamente crescente da deformação ug. D

Exemplo 2 (continuação). As equações de Euler (9) compreendem um sistema


estritamente hiperbólico, desde que assumamos p > 0 e
dp ap
(42) > 0, > 0,
dp âe
em que p -- p(p, e) é a relação constitutiva entre a densidade de massa, a
densidade de energia interna e a pressão. No entanto, essa afirmação é difícil de
ser verificada diretamente, pois a função de fluxo F definida por (11) é
complicada.
Vamos mudar as variáveis e considerar a densidade p, a velocidade r e a
energia interna e como incógnitas. Podemos então reescrever as equações de
Euler
(9) em termos dessas quantidades e, assim, após alguns cálculos, obtemos
o sistema
p -1- v pz -1- pvz -- 0
(43)

desde que p > 0. Essas equações não estão na forma de conservação.


Definindo agora u = (u1 , u2, u3) = (p, v, e), reescrevemos (43) como
11.2. PROBLEMA DE 579
RIEMANN

(44) u -FB(u)u,=0 em x (0,oo),


578 11. SISTEMAS DE LEIS D E
CONSERVAÇÃO

para

(45)

onde
*1 0
B(z) (*1 ' *3) zi âe ( 1 i 3)

'P(*1' *3) 0

O polinômio característico de B é - A(A2 - w2), para w2 = + .


Relembrando (45) e voltando à notação física, vemos que os valores próprios de
B são

(46)
onde
1/2
> 0
de ¿)p
p2

é a velocidade local do som. Portanto, vemos que o sistema (44) é


estritamente hiperbólico, desde que a suposição (42) seja válida. Lembrando
agora do Teorema 1, deduzimos que as equações de Euler (9) também são
estritamente hiperbólicas, com valores próprios dados por (46).

11.2. PROBLEMA DE RIEMANN


Nesta seção, investigamos em detalhes o sistema de leis de conservação

(1) "t + F(u)g = 0 em R x (0,


m), com os dados iniciais constantes por partes
utif z < 0
(2)
' u, se z > 0.
Esse é o problema de Riemann. Chamamos os vetores dados de u e u, os
estados iniciais esquerdo e direito.

11.2.1. Ondas simples.

Começamos nosso estudo de (1), (2) com o mesmo espírito que em


§11.1.2, no sentido de que procuramos soluções de (1) com uma forma
especial. Antes, procurávamos por ondas viajantes, ou seja, soluções do tipo
u(z, t) = v(z-at). Agora, procuramos ondas simples. Essas são soluções de (1)
com a estrutura

(3) -(- ') = (-(* )) (- - ^ ' > )'


580 11. SISTEMAS DE GRAMADOS D E
CONSERVAÇÃO

onde v : R - R', v ( r*, ... , r') e ir : R x |0, on) - R devem ser encontrados. Para
descobrir as propriedades necessárias de v e ir, vamos substituir (3) em (1) e
obter a igualdade

(4) v(tr) + DF(v(tr))v(tr)trg - 0.

Agora, em vista da equação (25) do item §11.1.2, com B = DF, vemos que (4)
será válida se, para algum k C {1, ... , m} ir resolve o PDE

(b)

e v resolve a EDO
d
(6) V(S) ' I'k V(S) )
( da

Se (5) e (6) forem válidos, chamamos a função u definida por (3) de onda k-
simples. O objetivo de tudo isso é que podemos considerar (6) como uma
EDO para a função vetorial v e, então, uma vez que v tenha sido encontrado
pela solução de (6), podemos interpretar a equação (5) como uma lei de
conservação escalar para ir.
Em seguida, vamos identificar as circunstâncias em que podemos
empregar a estrutura (3)-(6) para criar uma solução contínua u de (1).
Primeiro, devemos examinar a EDO (6).

DEFINIÇÃO. Dado um estado fixo zg C ', definimos a curva de rarefação k

para ser o caminho no qual a solução da EDO (6) trfiicfi passa por -o

Curva de rarefação

Dada então a solução v de (6), passamos ao PDE (5), que reescrevemos


como a lei de conservação escalar

(7)
11.2. PROBLEMA DE 581
RIEMANN

para
(8) Fk(S) ! -" k( (t)) dt (s e ).

O PDE (7) se enquadrará na teoria geral desenvolvida no item §3.4.


Fk é estritamente convexo (ou estritamente côncavo). Portanto, vamos calcular
(9) F k (s) -- Ok (v(s)),

(10) Fk'(s) -- Oak (v(s)) v(s) == Oak (v(s))- rk (v(s)).


Devido a (10), a função Fk será convexa se

e côncavo se
D*k(*) - 'k (*) < 0 (z E @").
A função Fk é linear desde que

Essas possibilidades motivam o seguinte


DEFINIÇÕES. (i) O pagamento ( k (-),T'k(-)) é chamado de genuinamente não
linear
fornecido
(11)

(ii) Dizemos que ($k( ) , rk(+)) é linearmente degenerado se/


(12) D/k(+-) rk( ) = 0 para qualquer z e R".

Notação. Se o par (/k r#) for genuinamente não linear, escreva

e depois

Duas partes da curva de rarefação


582 11. SISTEMAS DE GRAMADOS D E
CONSERVAÇÃO

11.2.2. Ondas de rarefação.


Voltamos nossa atenção novamente para o problema de Riemann (1), (2).
TEOREMA 1 (Existência de ondas de rarefação k). Suponha que tfiot para
algum k e {1, ... , rn},
(i) o pago ( k T'k) é genuinamente não linear, e
(ii) u, e D (u;).
Então, existe uma solução contínua e integral u do problema de Riemann (I),
(2) que é uma constante de onda k -Simple ao longo das linhas que passam pela
origem.
Observação. Chamamos u de onda de k-arefação (centrada).

onda de rarefação k

Prova. 1. Primeiro escolhemos in e in, C R de modo que ut = v(mt), u, =


v(in,). Suponha, por enquanto, que

2. Considere então o problema escalar de Riemann que consiste na EDP


(7) juntamente com a condição inicial
mtif z < 0
(14)
w, se z > 0.
Agora, em vista da hipótese (ii), temos /k(- ) > k (-i); ou seja, de acordo
com (9), F (w ) > F (w;). Mas, então, decorre de (i) que a função Fp
definida por (8) é estritamente convexa. Dessa forma, podemos aplicar o
Teorema 4 em
§3.4.4 para o problema escalar de Riemann (7), (14), cuja única solução fraca é
uma onda de rarefação contínua que conecta os estados wt e in,. Mais
especificamente,
mt se (-< FJ (w )
<(-. ) ' Ok se Fk( :)< (-< Fk( . ) ( por > )
em, se (- > Fk(w ),
11.2. PROBLEMA DE 583
RIEMANN

onde Gk -- (Fk) . Assim, u(z, t) = v(in(z, t)), em que v resolve a ODE (6) e
passa por ut, é uma solução integral contínua de (1), (2).
3. O caso de wt > in, é tratado de forma semelhante, pois Fk é côncavo. O

11.2.3. Ondas de choque, descontinuidades de contato.

Em seguida, consideramos a possibilidade de que os estados ut e u, possam


ser unidos não por uma onda de rarefação como acima, mas por um choque.

/c-onda de choque

a. O conjunto de choque.

Relembrando a condição de Rankine-Hugoniot do item §11.1.1, vemos que,


necessariamente, devemos ter a igualdade F(ut) - F(u,) = w(ut - u,), onde w C ,
para que essa onda de choque exista. Essa observação motiva o seguinte

DEFINIÇÃO. Dado um estado alimentado zq C ' , definimos o conjunto de choques

(z0):= z q #' F(z)- F(zO) = D(z - zo) /ou 0 const0nt J -- D(z,zQ) .

TEOREMA 2 (Estrutura do conjunto de choque). Fi:s o o ' . Em alguma


vizinhança de -o. S(-o) consiste na união de m curvas suaves Sk(-o) (k -- I, ... , m),
com as seguintes propriedades
('i) A curva Sk( o)passa por -0. !!$ tangente rk( o)
(ii)

2 -|- O(|S - Z ), como z -+ Z UAU z E k(z ) .

Proo£ 1 Dene
584 11. SISTEMAS DE LEIS DE CONSERVAÇÃO

Contato entre Rk e Sk

Então

(5) (*)(* - *o) == F(S) - F(sg).

Em particular, z C S(-o) se e somente se

(16)

para algum escalar e = -( -o)


2. Estudamos a equação (16) observando, em primeiro lugar, que

(IT)

Agora, tendo em vista a hiperbolicidade estrita, o polinômio característico A


det(A/ - B(zp)) tem m raízes reais distintas e, portanto, o polinômio A del(SI -
B(z)) também tem m raízes distintas se z estiver próximo de -oRecordando o
Teorema 2q em §11.1.2, vemos que, perto de zpq, existem funções suaves Hi( )<
<ñp(z) e vetores unitários [rk( ),!k(*)1 p SatiSfying

" k (*0) - k (*0)' k (*0) - I'k (*0) ' *k (*0) Ok (*0) (k -- 1, ... , m) ,

) (k -- 1, ... , m).

Observe que rk (z) j, lk(z) j são bases de R", e também

(19) i ( -) *k(') - 0 (k / /).

3. A equação (16) será válida desde que w = Ok(-) para algum k C {1, ... ,
m}, e (z - +o) seja paralelo a rk(-). À luz de (19), essas condições são
equivalentes a perguntar

(20)
11.2. PROBLEMA DE RIEMANN 585

Essas igualdades equivalem a m - 1 equações para os m componentes


desconhecidos de z, que pretendemos resolver usando o Teorema da Função
Implícita. Portanto, defina kR1 definindo

Agora k (-o) = 0 e
lt ( 0)

lk-1(*0)
Dk ( 0)
lk+1( 0 )

sendo as entradas dessa matriz consideradas como vetores de linha. Como os


vetores (lk(z0)}k 1 formam uma base de', vemos

Portanto, existe uma curva suave Ok tal que

(21) Ok ( ) ' *0

(22) k(Ok(!)) = 0para todo t próximo de 0.

O caminho da curva Ik( ) para t próximo a zero define Sk( e). Podemos reparar e
meterizar conforme necessário para garantir

(23)

4. Agora (20)-(22) implicam

(24) Ok (*) - *0 + (i)rk(Ok(!))

para todo t próximo de zero, onde : R R é uma função suave que satisfaz p(0)
- 0, (0) = 1. Diferenciando (24) em relação a I e definindo t = 0, encontramos

(25) Ok( ) ' I'k(°o).

Portanto, a curva Sk( 0) tem tangente +k(+O) em <o A afirmação (i) está p r o v a d a .
586 11. SISTEMAS DE LEIS DE
CONSERVAÇÃO

5. À luz da análise anterior, existe uma função suave w : R' x R' - de


forma que

(26) F(Ok(*)) - F(*0) ' (Ok (!)' *0)(Ok (!)- *0)

para todo t próximo de zero. Diferenciando com relação a t e definindo t = 0,


deduzimos de (21) que

DC(^o) Ok(0) == (*0' *0) k (0).

À luz de (25), vemos que w(-o 0 ) k (+ ). Isso estabelece a afirmação

6. Agora, escreva w(t) := -(Ok(!) -o); sO que (26) se lê

( k(!)) - F(*0)' (!) Ok(!) - *o)

Diferencie duas vezes com relação a t:

(D2F(Ok(!)) k (!)) k (*) + De( k (I)) "Ok(*)

Avalie essa expressão em t = 0 e recupere (0) = k( 0) Ok ( ) 0i


Ok ()' I'k (*0):

-62F(
(27) (2â(0)/ *0)I'k(*0))I'k(*0) ' (OF(*o) - *k(*0)*) k ( ) .

7. S e j a Ok(!) = v(t) uma parametrização de velocidade unitária da


curva de rarefação Ok(-o) perto de zp (como em (6) acima). Então

(28) Ok ( ) - *0 ' Ok (!) = +'k (Ok (!) ) -

Assi
De( k (!))rk(i) ' k(*)I'k(*)'
m,
k (!) '' k (Ok(!)), I'k(*) '''k ( O( !k
))-

para

Em seguida, diferencie com relação a I e defina t = 0:

(29) (62F(*0)I'k(*0) - k(0) I)'k(^o) ' -(OF(*0) - k (*0) ) k ( ) .

Adicione (27) e (29) para obter

(30) (2â(0) - " k( ))I'k(*0) ' (IDF(*o) - *k(^o)I)(Ok(0) - "*k( )).


11.2. PROBLEMA DE 587
RIEMANN

Faça o produto escalar com lk(+o) e observe !k- rk 0, para concluir

(31) 2â(0) ' k(0).

Deduzimos de (31) que

2s(/) - k(*0) - k (I)- O(/ )2 como 1 0.

A afirmação (iii) é a seguinte.

Vemos no Teorema 2,(iii), que as curvas k( o) e Sk(+o) concordam pelo


menos até a primeira ordem em -o. Em seguida, afirmamos que, no caso
linearmente degenerado, essas curvas de fato coincidem.
TEOREMA 3 (Degenerescência linear). Suponha que para algum k C {1, ... , m}
t/tot
a dor /k T'k) é linearmente degenerada. Então, para cada -o o '.
(i) Ok(^o) ==fiik(*0)
e

Prova. Deixe v = v(s) resolver a EDO


W(S) -- I'k(V(s)) (s e @)
v(0) zp.

Então, o mapeamento s Ok (v(s)) é constante e, portanto

F(v(s)) - F(zq) - DF(v(t))v(t) dl -- DF(v(t))r k(V(t)) dt


0 0

k( ( I))*k ( (t)) dt -- k(*0) W(/) dt


0
"- k (*0)(V( ) - *0) -

b. Descontinuidades de contato, ondas de choque.


Em seguida, analisaremos, à luz dos Teoremas 2 e 3, a possibilidade de
resolver o problema de Riemann unindo dois estados dados ui e u, por meio de
algum tipo de onda de choque.
Descontinuidades de contato. Suponha primeiro que tha.t ( k r k) seja linearl(
degenerado
e (32)
588 11. SISTEMAS DE LEIS DE CONSERVAÇÃO

descontinuidade do contato k

Em seguida, definimos uma solução integral de nosso sistema de leis de


conservação, estabelecendo
ut se z < at
(33)
u, se z > at,

para

(34) ° = °(-., -') = *k(-I)' *k(-r)-

Agora observe, a partir de nossa análise em §3.2.1, que, como $k(-i) = k ( ) =


, as características projetadas à esquerda e à direita são paralelas à linha de
descontinuidade. Interpretamos essa situação fisicamente dizendo que as
partículas de fluido não atravessam a descontinuidade. A linha z = at é chamada
de descontinuidade de contato k.

Ondas de choque. Em seguida, voltamos nossa atenção para o caso em que


(Ok rk) é genuinamente não linear e

(35)

como antes. Se considerarmos a solução integral


utif z < at
(36)
u, se z > at,

para

(37)

vemos que há dois casos essencialmente diferentes, de acordo com o fato de

(38)
11.2. PROBLEMA DE 589
RIEMANN

ou

então

(39)

Agora, em vista da afirmação (iii) do Teorema 2, temos que

(40)

ou

(41)

desde que u, seja suficientemente próximo de ut.


Essa dicotomia é uma reminiscência de uma situação correspondente no
parágrafo 3.4, para uma lei de conservação escalar. Por analogia com as
condições de entropia introduzidas ali, vamos concordar em rejeitar as
desigualdades (41) por permitir "choques não físicos" dos quais emanam
características à medida que avançamos no tempo. Em vez disso,
consideramos (40) como sendo fisicamente correta. O ponto de vista informal
é que, então, as características da esquerda e da direita entram na linha de
descontinuidade, onde "a informação é perdida" e, portanto, "a entropia
aumenta". Essa interpretação foi amplamente justificada matematicamente no
§3.4 com nosso teorema de exclusividade para soluções fracas que
satisfaziam esse tipo de condição de entropia.
Voltando nossa atenção novamente para os sistemas, portanto, concordamos
em considerar
(40) como as desigualdades corretas a serem satisfeitas:
DEFINIÇÃO. Suponha que a função paga ( k r k) -s seja genuinamente
não linear em u . Dizemos que o par (ut, u,) é admissível desde que

(42)

Referimo-nos a (42) como a condição de entropia de Nez. Se (ut, u,) for


admissível, chamamos nossa solução u definida por (36), (37) d e onda k-
shock.
Por analogia com nossa decomposição de Rk -o) em Rk (z0 ), vamos
apresentar o seguinte
590 11. SISTEMAS DE LEIS DE CONSERVAÇÃO

DEFINIÇÃO. Se a dor (/k T'k) for genuinamente não linear, escrevemos


596 11. SISTEMAS DE GRAMADOS D E
CONSERVAÇÃO

Curva de choque

Então

próximo de -o Observe então que o par (ut, u,) é admissível se e somente se


u, e S (u ).

11.2.4. Solução local do problema de Riemann.


Em seguida, colamos as partes fisicamente relevantes das curvas de
rarefação e choque.
DEFINIÇÕES. (i) Se o valor pago (/k rk) for genuinamente não linear, escreva
k (*0) *' k ( 0) (*0J U 5fi (zg).

(ii) Se o par (Ok r k) for linearmente degenerado, definimos


k (*0) " k(*0)== Ok( a).

Devido ao Teorema 2,(ii) a curva +k(-o) é C1 . Empregando essa notação,


vemos que os estados próximos ut e u, podem ser unidos por uma onda de
rarefação k, uma onda de choque ou uma descontinuidade de contato, desde
que
(43)
Agora, finalmente, perguntamos se podemos encontrar uma solução para o
problema de Riemann, desde que u, esteja próximo de ut (mas (43) pode falhar
para cada k -- 1, ... , m). A esperança é que, ao percorrer vários caminhos +k para
diferentes valores de k, possamos conectar ut a u" utilizando uma sequência de
rarefação
ondas, ondas de choque e/ou descontinuidades de contato.
TEOREMA 4 (Solução local do problema de Riemann). Suponha Jpara cada k
-- I, ... , m que o pago ( k T'k) é genuinamente não linear ou linearmente
degenerado. Suponha ainda que o estado lefl u; seja dado. Então, para cada
estado correto u suficientemente próximo a u há uma solução integral ou
silenciosa u do problema de Riemann, que é constante em linhas através do
orifício.
11.2. PROBLEMA DE 591
RIEMANN

Estrutura da curva T

Prova. 1. Pretendemos aplicar o Teorema da Função Inversa a um mapeamento


4 : R' -+ R", definido próximo a 0 da seguinte forma.
Primeiro, para cada família de curvas +k (k -- 1, ... , rn), escolha o parâmetro
não-singular k para medir o comprimento do arco; ou seja, se z, é C R' com é e
Tk( ), então

k( ) - k (+) = distância ( sinalizada) de z a s ao longo da curva +k( )

Usamos o sinal de mais para zk(k) se é C fI ( z) e o sinal de menos se ñ C S ( z).


2. Dado então t = (tj, ... , tp) o R", com |t| pequeno, deduzimos &(t) -- z
da seguinte forma. Primeiro, escreva temporariamente

(44)

Em seguida, escolha os estados zi , ... , zp para satisfazer

*2 2(-i), T2(*2) - +2( i) 2'


(45)

Agora
escreva

(46)

e definir

(47)

A nota 4 é Al, e

(48)

3. Afirmam
os que
D4 (0) é não-singular.
(49)
592 11. SISTEMAS DE GRAMADOS DE
CONSERVAÇÃO

To see this, observe

( ) - . - ' !k ' - - . , 0) - 6(0, ... , 0) - ! k 'k( 0 ) + o ( k) aS Ok 0.

Portan
to
() I'k(°o) (k -- 1,.........., m),

e Dfi (0) - ( ri(*o)' . . . , r (*o)) x '


assim
as entradas consideradas como vetores coluna. Essa matriz é não-singular, pois
(rk(^o))k--i é uma base.
4. À luz de (49), aplica-se o Teorema da Função Inversa: para cada estado u,
suficientemente próximo de ut, existe um único parâmetro t = (Hi , ) próximo de
zero, de modo que 4 (t) = u,.
Lembre-se de que, se -k-i e -k forem unidos por uma onda de rarefação k,
essa onda será

-k-1 se * < k(k-I)


< k(-k) para Ok -- (F ) 1

Além disso, se -k-1. k forem unidos por um choque k, ele terá a forma

onde Ok(-k) < ( k i k-1) < k ( k - I). Em ambos os casos, as ondas são constantes fora
das regiões k (+o) - e < i < k( -o) + C, para pequenos e > 0, desde que k k -i
estejam suficientemente próximos de -o. Isso é verdadeiro para k -- 1, ... , m.
Como Ai(-o) < < ( o), vemos então que as rarefações, ondas de choque
e/ou descontinuidades de contato que conectam ut = -o a -i -l tO *2 2 tO *3,
zp-t a zp = u, não se cruzam. O

11.3. SISTEMAS DE DUAS LEIS DE CONSERVAÇÃO


Nesta seção, analisamos mais profundamente o problema do valor inicial para m
= 2, ou s e j a , para um par de leis de conservação:
1
+ F1(u1, 2 ), = o
em x (0, on)
11.3. SISTEMAS DE DOIS GRAMADOS D E 593
CONSERVAÇÃO

Aqui F = (F1,F2), g = (p1, p2), u - (u', u2).

11.3.1. Invariantes de Riemann.


Nossa intenção é primeiro demonstrar que podemos transformar (1) em uma
forma muito mais simples, realizando uma mudança não linear apropriada de
variáveis dependentes. The idea is to find two functions w', w2 : R2 -' R com
propriedades agradáveis ao longo das curvas de rarefação , 2:
DEFINIÇÃO. Dizemos

é um invariante i"-Riemann desde que


(2) Do'"(z) é paralelo a lj(z) ( z E R2 , T ¿ ).

Veremos em breve como a condição (2) é útil, mas primeiro vamos fazer
uma pausa para perguntar se existem invariantes de Riemann. It turns out
that since we are now taking m = 2, this is easy. De fato, como lj (z) r ,(z) = 0
(z j ), vemos
(2) é equivalente em 2 à afirmação

(2') Din'(z-) r;(z) = 0 (i1 , 2, z G R2 );


ou seja
(3) in' é constante ao longo da curva de rarefação Lti (i = 1, 2).
Em particular, qualquer função suave em' que satisfaça (3) também satisfaz (2'),
(2) e, portanto, é um invariante it -Riemann.
Observação. No caso de m > 2, os invariantes de Riemann em geral não
existem.

Agora, podemos considerar ir = (<1. 2)' ( '( 1, 2),2 (-1 2)) como sendo novas
coordenadas no espaço de estado R2 , substituindo z = (+i -2) Mais precisamente,
definimos w : 2 - - 2 definindo
(4)

O mapeamento inverso é z(tr) = -( 1 , 2)' (ml ( 1, 2), 2(ml, 2))

Vamos agora utilizar a transformação (4) para simplificar nosso sistema


de duas leis de conservação (1). Para isso, vamos supor que, daqui em diante,
u = (u*, u2) seja uma solução suave de (1). Agora mudamos as variáveis
dependentes definindo

() *. ) :- (- )) ( **. > )
Que sistema de EDPs v (rl , r2) satisfy?
594 11. SISTEMAS DE GRAMADOS DE
CONSERVAÇÃO

TEOREMA 1 (Leis de conservação e invariantes de Riemann). As funções v'


2 resolvem o sistema
1 1
(6) 2 mix(0,oo)

A questão é que o sistema (6), embora não esteja na forma de lei de


conservação, é, em muitos aspectos, mais simples do que (1). Observe,
em particular, que enquanto o PDE para u1 envolve o termo u2, o PDE
para r1 não implica r2. Da mesma forma, o PDE para r2 não envolve rg.
Prova. De acordo com (5), vemos que para i = 1, 2, i / j ,
r, + Aj(u)rg - Dw'!(u-) u5j(u) Dw'(u)- ug
-- Dw'(u) - (-F(u)g + Aj (u)ug)
-- Dw'(u) - (-DF(u) + Aj (u) J)ug = 0,
já que, por definição, Dw' é paralelo a lj.

Observações. (i) Podemos interpretar o sistema de EDP (6) introduzindo a


EDO
(/)

para i - 1, 2, ji . Então, vemos em (6) que


(8) r' é constante ao longo da curva(zi(s), s) (s >0)
para i - 1, 2.
(ii) Lembre-se de que, em §11.2, nossa condição de não linearidade
genuína é
(9) DS;(z-) r,(z) 0 (c e R2 , i = 1, 2).
Como também podemos considerar Ai como uma função de in = ( i , 2),
podemos reescrever
(9) com a seguinte redação

(10)

Para ver que (9) é equivalente a (10), observe que, se (10) falhar, então
2
(11) 0=
k--\

Mas -- bi j -- 0 para ij , vemos que (11) afirma que DS;


como
é paralela a Dw'! No entanto, Dw'! é perpendicular a ri e, portanto, obtemos
uma contradição em relação a (9). Portanto, (9) implica (10), e a implicação
inversa é estabelecida da mesma forma.
11.3. SISTEMAS DE DOIS GRAMADOS D E 595
CONSERVAÇÃO

Exemplo (dinâmica de gás compressível barotrópico). We illustrate the fore-


going ideas by examining in detail Euler's equations for barotropic compress-
ible gas dynamics, a special case of the general Euler equations (Example 2
in §11.1) when the internal energy e is constant. Os PDEs relevantes são

p + (pm) -- 0 (conservação da massa)


(12)
(pv) + (pr2 + p)g = 0 (conservação do momento),
onde agora assumimos

(13)

para alguma função suave p : R -+ R. A fórmula (13) é chamada de equação


de estado barotrópica. Assumimos a condição de hiperbolicidade estrita

(14) p > o.

Definindo u = (u1 , u2 ) = (p, pm), podemos reescrever (12), (13) para ler

ut + F(u)g = 0,

par
F2
a E' - (F' , ) (-2' (*2)2/*1 + y(*\))

e z = ( i, +z). desde que zj > 0. Então

0 1
Dr'- -

Consequente
mente #2 1/2 *2+ -¿1/2
1' - r''(-i) *2 '(
(t$)
#1 *i
Em notação física:

(16)

para a velocidade do som

Lembrando de (7), consideramos a seguir a EDO

(18) 4( )=-(-i() )+°(*i(), ),


596 11. SISTEMAS DE LEIS DE CONSERVAÇÃO

(19)

onde w(z, t) := p'(p(:r, I)) 2 , t > 0. Sabemos por (8) que o invariante de
Riemann r1 - ml (u) é constante ao longo das trajetórias de (18) e r2 = ir2(u) é
constante ao longo das trajetórias de (19).

Para calcular w* e m2 diretamente, vamos realizar alguns cálculos no sistema


(12). Primeiro, transformamos (12) na forma de não divergência:

(20) p pvz + pzr -- 0,

(21)
Multiplicando (20) por w2 p'(p) e relembrando (13), obtemos

(22)

Além disso, (20) e (21) se combinam para

produzir (23)

Agora, manipulamos (22) e (23) de modo que as direções Ai, 32 = v


apareçam explicitamente. Para isso, multiplicamos (23) por e e, em seguida,
somamos e subtraímos de (22):
)=0
(24)

A partir de (24), deduzimos que


d d
dt dt
(25)
d
dt
d
Iv(*2('),')l-o.
dt

dp
C dt nós vemos
o
(26) m = 0 ao longo das trajetórias de (18), (19),
o p dl dl
desde que p > 0.
Pense agora nos invariantes de Riemann como funções de p e r. Então, como
r* = w'(p, v) é constante ao longo da curva determinada por +i( ), temos

d,|w'( (-i(i), i) -(*i(') '))I


6c* d du1 d

dp dt " âr dt
11.3. SISTEMAS DE DOIS GRAMADOS DE 59T
GON!SERVAÇÃO

Isso é consistente com (26) se

Da mesma forma,
deduzimos bw2 bw2
a(p)

Integrando, concluímos que os invariantes de Riemann são, até as


constantes aditivas,
S
' de -I- v n2 - "' ' de -
i S ' S '

Deixamos como exercício a verificação de que c', w2 , considerados agora como


funções de
= ( 1, +2), satisfazem a definição de invariantes de Riemann.

11.3.2. Não existência de soluções suaves.

Ilustrando agora a utilidade dos invariantes de Riemann, estabelecemos o


seguinte critério para a não existência de uma solução suave:

TEOREMA 2 (Invariantes de Riemann e blow-up). Suponha que g seja suave,


tr3tfi com suporte compacto. Suponha também que a condição de não linearidade
genuína

(2T)
a', > 0 em R2 (i = 1, 2, i j)

é válido. Então, o problema do valor inicial (I) não pode ter uma solução suave
u e:misting para todos os momentos I > 0 i/

(28) ou r1 < 0 orc2 < 0 em algum lugar de X (t = 0}.

Prova. 1. Por enquanto, suponha que u seja uma solução suave de (1).
Escrever

(29)

em que v = w(u), v = (c l r, 2 ), resolve o sistema do PDE (6).


Diferenciamos a primeira equação de (6) com relação a z, para calcular:

2 2 2
(30) nh = 0.
*l *2
598 11. SISTEMAS DE GRAMADOS DE
GON!SERVAÇÃO

Empregamos então a segunda equação de (6), que reescrevemos como


2

Substituindo essa expressão em (30), obtém-se

2 2+ 2
(31) 'i = 0.
*1 2

2. Para integrar (31), +o oe definir

(32) {(I) :- exp

onde

(33)
1()-0 .

A seguir, a principal observação de (8) é que cl é constante ao longo da


curva (+i( ), s). Portanto, escreva
1
=i(o0) ( >O\
Assim, vemos que a expressão ( 1
considerado como uma função
2 2

v - w(u), depende apenas de r2 . Vamos de


definir

(v , v) d .

Então, (32) e (33) implicam


d 2
{(I) - exp -[v(r ( i(s), s))] de
(34) 0 de
- exp(y( (zj(/),!)) - 7(^2(*o'0))).
u2

3. Agora transformamos (31) em

1 d( )
(JQ)2 dt

onde n(t) := "(+i(') t) e assumimos que n 0. Consequently

(t(/)o(/))-* - (a(0))-1 + 1 (s) ds.


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11.4. CRITÉRIOS DE 599
ENTROPIA

Essa igualdade, por sua vez, é reorganizada para se tornar

(35) °(') = °(o)f-'(t) + °(o) 0* *au21I- (,) d, *

4. Agora, em vista do sistema de EDP (6), v é limitado. Assim, deduzimos


de (34) que 0 < 8 < I;(t) < O para todos os tempos I > 0, para as constantes
apropriadas 8, O. Portanto, segue de (27) e (35) que a é limitado para todo I > 0
se e somente se a(0) > 0, ou seja, se

/(mo0)>O

Um cálculo semelhante é feito com r* substituindo rl . Concluímos que,


se rJ < 0 ou r2 < 0 em algum lugar em x {I = 0}, não poderá existir uma
solução suave de (1) que dure para todos os tempos I > 0. O

11.4. CRITÉRIOS DE ENTROPIA


Em nosso estudo do problema de Riemann em §11.2, adotamos a condição
de entropia de Lax

(1)

para algum h C (1, ... , m} como critério de seleção para ondas de choque admissíveis.
Há um grande interesse contínuo em descobrir outras condições de
entropia matematicamente corretas e fisicamente apropriadas de vários tipos,
com o objetivo de aplicá-las a soluções integrais mais complicadas de nosso
sistema de leis de conservação, de modo a obter critérios de exclusividade,
mais informações sobre descontinuidades permitidas etc.
Um princípio geral, cujos exemplos já vimos para as leis de conservação
escalar em §4.5.1 e para as equações de Hamilton-Jacobi em §10.1, é que as
soluções física e matematicamente corretas devem surgir como o limite das
soluções para o sistema regularizado

(2) u, + F(u')g - eugg = 0 inx (0, m)

como e 0 . A ideia é interpretar o termo "eugg" como um pequeno efeito de


viscosidade que, presumivelmente, "espalhará" os choques bruscos. A
esperança é estudar vários aspectos do problema (2) no limite s -- 0 e, assim,
descobrir critérios de entropia mais gerais para aumentar a condição (1) de
Lax.
As próximas seções discutem aspectos desse programa geral.
600 11. SISTEMAS DE LEIS DE CONSERVAÇÃO

11.4.1. Viscosidade de desaparecimento, ondas viajantes.


Começamos nossa investigação do sistema parabólico (2) buscando
primeiro uma solução de onda viajante, com a forma

(3) u(it)=
v

onde, como de costume, a velocidade e e o perfil v devem ser encontrados.


Substituindo (3) em (2), encontramos v : -+ " , v = v(s), devemos resolver a EDO
d
(4) v = -cv -I- DF(v)v
ds
Suponha agora que u , u C são dados e, além disso

Então, a partir de (3), deduzimos

(6) lim u' (s, t)

Portanto, o limite como e - 0 de nossa solução para (2) nos dá uma onda de
choque que conecta os estados ut , u,. O plano agora é estudar cuidadosamente a
forma de e e v e, assim, obter informações mais detalhadas sobre a estrutura do
choque determinada por (6).
A primeira e principal questão é se de fato existem e e v que resolvem
(4), (5). Integrando (4), deduzimos
(7) v - F(v) - cv +c
para alguma constante c e R'. Concluímos de (5) que
(8)
Portanto
(9) F(ut) - F(u,) - w(ut - u,).
Em virtude de (5), (8) e (9), nossa EDO )torna-se
(10) v=F(v)-Fu)-r(v-u)
Agora pense no estado esquerdo u como sendo dado, e suponha que
estejamos tentando construir uma onda viajante conectando ut a um estado
próximo u,. A partir de (9), vemos que necessariamente u, C Sk(- ) para algum h
o (1, ... , m}, e
(11)

Refinamos essa observação da seguinte forma:


11.4. CRITÉRIOS DE 601
ENTROPIA

TEOREMA 1 (Existência de ondas viajantes para sistemas genuinamente não


lineares). Suponha que o sistema pago ( k k ) !s seja genuinamente não linear para k -
- 1, ... Defina u, c o m o selecionado suficientemente próximo de u . Então, existe
uma solução de onda de deslocamento t/ (2) conectando t/ a t/ se e somente se

(12)

para algum L o (1, ... , m}.

Prova. 1. Suponha primeiro que w e v resolvam (4), (5). Então, conforme observado
acima, necessariamente u, C Sk - ) para algumC Agora
defina

(13)

Nossa EDO (10) passa a ser

(14)

e temos

de acordo com (9). Calculamos

e, portanto, os valores próprios de DG em ut são k (-l) - - -] com os


respectivos vetores próprios direito e esquerdo (rk , lk}k 1 , zk -- zk(u ), lk lk(u ).
2. Agora, como u e Sk(- ) e |u, - ut | é pequeno, sabemos pelo Teorema
2,(iii) em §11.2.3 que

Porta
nto
*'(-') -° = ''(-') " ''(-.) + (l-. --'I)
Para que haja uma órbita da EDO (14) que conecte ut em s = -m tO U e
Sk( ) em s = too, é preciso que !k(-i) - o > 0; caso contrário, a trajetória não
convergiria para ut em s - -on. Portanto, se |u, - ut | for pequeno o suficiente,
/k(- ) < k (-i), o que significa que u, C S (u ).
3. Omitimos a prova da suficiência da condição (12): veja Majda-Pego
[M-P].
602 11. SISTEMAS DE LEIS DE
CONSERVAÇÃO

O resultado anterior emprega a suposição de não linearidade genuína, mas a


afirmação é válida em geral, desde que introduzamos uma variante apropriada da
condição de entropia de Lax (1). Portanto, suponhamos agora u C Sk(u ) para
algum L e {1, ... , m} e, além disso
e(z, ut) >(u" ut) para cada z deitado
(16)
na curva Sp(u ) entre u, e ut.

A condição (16) é o critério de Liu. (Observe que essa condição é automática


desde que (/k p) seja genuinamente não linear, u, e S (u ), e u, esteja
suficientemente próximo de ut.)

Podemos motivar (16) buscando novamente soluções de ondas viajantes


do sistema
(2). Portanto, suponha que ut seja dado. Então, desde que |u, - ut | seja
suficientemente pequeno, verifica-se que existe uma solução de onda viajante
u°(z, I) = v(' ,°') , v resolvendo (4), (5), se e somente se a condição de entropia
(16) for satisfeita. Consulte Conlon CO] para obter uma prova.
Para deixar tudo isso um pouco mais claro, a seguir apresentaremos em
detalhes um aplicativo específico.

Exemplo (ondas viajantes para o sistema p). Vamos considerar novamente o


sistema p
u1 - u2 = (condição de
(17) compatibilidade)
l u2 -(u )p = 0 (lei de Newton),

sob a condição usual de hiperbolicidade estrita

(18) p > 0.

Investigamos a existência de soluções de ondas viajantes para o sistema


regularizado
,l
2=o
(19)
uj'2 -p("),= su}2.

Observe que adicionamos o termo de viscosidade somente à segunda


equação. Isso faz sentido fisicamente, pois a primeira linha de (17) é apenas
uma condição matemática de compatibilidade.
Suponha agora que u° = v(' ,°') seja uma solução de onda viajante de (19),
com

(20) lim v = ut, lim v - u " lim ñ = 0.


11.4. CRITÉRIOS DE 603
ENTROPIA

Escrevendo v - (r1 , r2), calculamos a partir de (19)


d
que (21)

Uma integração usando (20) dá

(22)

para ut = (r , r2), u, = (r1, r2). Em particular,

Resolvendo essas equações para w, obtemos

(23)

Suponha que, daqui em diante, rJ > r1. Em vista de (18), podemos considerar w > 0.
Nessa situação, o critério de entropia de Liu é o seguinte

(24)

para todo z na curva Sk(- ) entre ut e u" z = ( i -z)


Afirmamos agora que o sistema de EDO (22), com condições de limite
assintóticas (20), tem uma solução se e somente se a condição de entropia
(24) for válida. Para confirmar isso, combine as duas equações em (22) para
eliminar r°:

Agora s(c1) = 0 e g(r1) = 0, de acordo com (23). Portanto, para que a EDO
(24) têm uma solução, com lim rl - r1, 1im,pg cl = cJ , exigimos

g( i) > 0para rJ < -i < I


Mas esse é exatamente o critério de entropia (24). Um cálculo semelhante
funciona
se cJ < r1.
604 11. SISTEMAS DE LEIS DE
CONSERVAÇÃO

11.4.2. Pares de entropia/entropia-fluxo.


Os critérios de entropia de Lax e de Liu fornecem restrições sobre
possíveis estados à esquerda e à direita unidos por uma onda de choque (ou
uma onda viajante para a aproximação viscosa). No entanto, é de grande
interesse ampliar ainda mais os critérios de entropia, de modo a aplicá-los a
soluções integrais mais gerais de nossas leis de conservação.
Uma ideia é exigir que uma solução integral satisfaça determinadas
desigualdades do tipo "entropia".
DEFINIÇÃO. Duas funções suaves &, T : R- compõem um par
de entropia/entropia-fluxo para a lei de conservação ut + F(u)> - 0 desde que
(25) & está chegando:r
e
(26)

Para motivar a condição (26), suponha que, por enquanto, u seja uma
solução suave do sistema de EDP ut + F(u)p = 0. Em seguida, calculamos
+(u)+4\u),=D'D(u) u +DT(u) u,
(27)
=(-D'D(u)DF(u)+D4\u)).u,=0
por (26). Esse cálculo diz que a quantidade T(u) satisfaz uma lei de
conservação escalar, com fluxo T(u).
Agora, em geral, as soluções integrais de (1) não serão suficientemente
suaves, devido a choques e outras irregularidades, para justificar o cálculo
anterior. Em vez disso, a nova ideia é substituir (27) por uma desigualdade:
(28) &(u), -I- T(u)p < 0em R x (0, on).
Em aplicações, &(u) às vezes será o negativo da entropia física e T(u) o
fluxo de entropia. A desigualdade (28), portanto, afirma que a entropia
evolui de acordo com seu fluxo, mas também pode sofrer aumentos
acentuados, por exemplo, ao longo de choques.
A partir de agora, vamos entender rigorosamente que (28) significa
J0 J'g &(u)rt + T(u)rg dcdl 0
(29) para cada r C C ( x (0, m)), r > 0.
Consideramos mais uma vez o problema do valor inicial
ut + F(u)g - 0 inx (0, in)
(30) u=g onx (I = 0}.
11.4. CRITÉRIOS DE 605
ENTROPIA

DEFINIÇÃO. ele cuff u na solução de entropia de (30) pTorided u 3s nn in-


e u sntis es as desigualdades (29) para cada entTopy/entTOp§-

Vamos agora tentar criar uma solução de entropia para os dados iniciais
gerais g. Como em §11.4.1, esperamos que essa solução "fisicamente
correta" u seja um limite de soluções u° de problemas viscosos aproximados

us * F(u')p - supg= 0 em x (0, on)


(31) u'- g em x (t = 0}.

Supomos que u° seja uma solução suave de (31), que converge para 0 à medida
que |z| -' se aproxima com rapidez suficiente para justificar os cálculos a seguir.
Vamos supor ainda que (u')o< <i seja uniformemente limitado em L°° e, além
disso

(32) u' - ua .e. as s -' 0

para alguma função limite u. (Na prática, é extremamente difícil verificar essa
convergência a.e.).

TEOREMA 2 (Entropia e viscosidade decrescente). A função u é uma


solução de entTopia do laboratório de conseTvação (30) .

Prova. 1. Escolha qualquer par suave de entropia/entropia-fluxo (&, T).


Multiplicando à esquerda (30) por DC pu°) e relembrando (26), calculamos

'D(u')-F4' u',=sD'D(u')u
(33)
=wD(u')"-(D2'D(u')u,).u,.

Como & é
convexo,
(D2 'D(u')u)-u,>0
(34)

2. Multiplique (33) por rc ( x (0, in)), c > 0. Integramos por partes e


descobrimos:

&(u') t T(u')rg dxdt


0 -oo

-s (D2 &(u') up) upr - e&(u') rzz dxdt


0 -oo

ct(u')r dzdt,
0 -oo

a última desigualdade se mantém em vista de (34) e da não negatividade de r.


606 11. SISTEMAS DE LEIS DE
CONSERVAÇÃO

Agora, deixe s -- 0. Relembrando (32) e a Teoria da Convergência Dominada,


obtemos
&(u) t T(u)rg dzdt > 0.
0 -oo
Assim, u verifica as desigualdades de entropia/entropia-fluxo (29). Se & e T
não forem suaves, obteremos a mesma conclusão após uma aproximação.
3. Por fim, fixe v C Cc (R x [0, m); R") e tome o produto escalar d a EDP
em (31) com v. Após a integração por partes, obtemos

0 -oo -m

Enviamos s -+ 0, para deduzir que u é uma solução integral de (30).

Exemplo 1. No caso de uma lei de conservação escalar (ou seja, m = 1), para
qualquer convexo & podemos encontrar uma função de fluxo correspondente
T, a saber
*0
*(°) = '-''(-)^'(-) d- (°c ^ ).
Consulte o §11.4.3 a seguir para obter um aplicativo.

Exemplo 2. Para o sistema p, temos m - 2. Para verificar (25), (26), precisamos


encontrar &, T, com & convexo e

-p'(z ) 0 " "sz


Uma solução é
2 zi
2 T(*) ' 2
-I- p(to) dtt/, -P(*1)*2 (' )-
2 0
Observe que & é convexo, pois p' > 0.

Consulte os Problemas 4 e 5 para ver outros exemplos.

11.4.3. Exclusividade de uma lei de conservação escalar.


Como ilustração adicional das ideias contidas no item 11.4.2, vamos
considerar novamente o problema do valor inicial para uma lei de conservação
de escândalos
ut + F(u) -- 0 inx (0, on)
(35)
u = g em R x (t = 0).
Portanto, a incógnita u - u(z, I) tem valor real e F : -+ é uma
determinada função de fluxo suave.
Em §3.4, estudamos cuidadosamente o problema (35), fazendo uso da
suposição primária de que F é estritamente convexo, para derivar a fórmula
de Lax-Oleinik (veja
§3.4.2). Vamos agora abandonar a suposição de que F seja convexo e
11.4. CRITÉRIOS DE 607
ENTROPIA

desenvolver uma noção apropriada de solução fraca. Como acima,


introduzimos as entropias:
11.4. CRITÉRIOS DE 607
ENTROPIA

DEFINIÇÃO. Duas funções suaves &, T : R -compreendem o par


entropia/entropia-fluxo para a lei de conservação t F(u)z = 0 desde que

(36) & está chegando:r

(37) (-)F (-) = *'(°) (° ^ *)


Conforme observado no Exemplo 1 acima, para cada T convexo existe um

A condição de entropia para u é

'D(u),+4\u),<0 em x(0,oo)

para cada par entropia/entropia-fluxo &, T. Isso

significa que (38)

DEFINIÇÃO. iecMfue CQ0,x)Z1(R))o£'(cx (0,s)) Dnen


tropy solution of (35) pTOrided u sntis/es the inequalities (38) for each
entropy/entropy-flu:r pair (T, T), and u(-, I) -- g in L1 as I -+ 0.

Observações. (i) Essa definição substitui nossa definição anterior de


"solução de entropia" em §3.4.3.
(ii) Tomando &(z) = Az, T(z) = -1-F(z) em (38), deduzimos

0 -oo

para todo r > 0 e, portanto, para todo r C C1( x (0, in)). É um exercício
provar que

0 -oo

para todo c C C1(R x |0, on)), já que u( , I) -- g em L'. Assim, a solução de


entropia nn é uma solução integral. D

Discutimos no item 11.4.2 a construção de uma solução de entropia e agora


p r o v a m o s a exclusividade.
608 11. SISTEMAS DE LEIS DE
CONSERVAÇÃO

TEOREMA 3 (Unicidade das soluções de entropia para uma única lei de


conservação). A teoria consiste em um conjunto de medidas zero - no máximo
uma solução de entropia de (35).

Como na prova do Teorema 1 em §10.2, a ideia básica será "dobrar as


variáveis" no problema.
Prova*. 1. Seja u uma solução de entropia de (35). Então

(39)
0 -oo

para todo r C Cc (R x (0, on)), c > 0, onde & é suave, convexo e

para qualquer -o Fixar n C R e tomar

(40)
onde para cada L = 1, ... Ok -- é suave, convexo e

Ok(+) !z| uniformemente


Qk (z) -- sgn(z) de forma limitada, o u seja

Assim, &#(z) -- |z - n| uniformemente para z C . Um fluxo correspondente a (40) é

Consequentemente, para cada z

k(°) sgn(tu - D)G'(tu)dtu -- sgn(s - D)(p(s) - f(D)).

Colocando k +k em (39) e enviando L - em, deduzimos

(41) |u - o|rt -I- sgn(u - a)(E(t/) - £'(a))r dzdt > 0


0 -oo

para cada n C R e r como acima.


2. Em seguida, deixe u ser outra solução de entropia. Então

(42) |u - ct|fi, -I- sgn(u - ct)(E(u) - F(â))Tg dads > 0


0 -oo

* Omitir em primeira leitura.


11.4. ENTROPIA CIUTERIA 609

onde fi e e ñ C U ( R x (0, on)), ñ 0.


como u o C (R x R x (0,c<) x (0,c<)), a > 0, u = u(i,y,t,s).
Fixando( ,s) em seis(0cD), tomamoso=u( ,s), c(i,t) -u(i,
,t,s)em(41). Integrando com relação a ,s, produzimos a equação
linear

( ') s) '
(43) o
-I- sgn(u(z, I) - u(g s))(F(u(z, I)) - £'(ñ(y, s)))m dzdydtds > 0.

Da mesma forma,1ou cada Axed(it) e R x (0,oo) wetakeâ= u(it), fi


,a) =
tr(z, y, t, s) em (42). Integrando com relação a z, obtém-se:

u(y, s) - t/(z, I) tc,


(44) o o -
sgn(fi(p, s) - u(z, I)) (F(ii(y, s)) - F(u(x, t)))wk dxdydtds > 0.

Adicione (43), (44):

0 0
(45) (u( I) - u(y, s)) (E(u(z, I)) - F(u(y, s)))
gn z,

3. Projetamos da seguinte forma uma escolha inteligente para in em (45).


Selecione p para ser um molificador padrão como em §C.4 (com n = 1) e, como
de costume, escreva p,(z) =
$p (') . Tome

'' 2 2 2 2

onde Q C Uc (R x (0, on)), Q > 0. Inserimos essa escolha de in em (45) e, assim,


obtemos:

0 0 -oo -oo 2 2

(46) -I- sgn(t/(z, I) - u(y, s)) (F(u(z, I)) - F(ñ(|j, S)


))-- 2 2

d:rdydtds > 0.
2 2

Altere as variáveis escrevendo


+ t-Fs
2 2
610 11. SISTEMAS DE LEIS DE CONSERVAÇÃO

Então, (46) implica

(47)

onde

0 -oo
(48)

Agora, u(z + J, t + S) -+ u(I, t), u(z - p, t - *s) -- u(z, t) em fiJoc à medida que J, é
-- 0. Como os mapeamentos (n, h) |a - h|, sgn(n - h)(F(a) - F(b)) são contínuos de
Lipschitz, deduzimos, ao deixar s -- 0 em (47), que

0 -oo
-I- sgn(t/(1, t) - u(1, I)) (F(u(fi::, I)) - F(ñ(T, i))) $ (T,i) dfi:dt > 0.

Reescrevendo z = I, I - I, temos, portanto

(49) a(z, t)a,(z, t) b(z, t)g (z, t) dzdt > 0,


0 -oo

para

b(z, I) : sgn(t/(z, I) - ii(z, I)) F(u(z, t)) -F ñ(z, t)).

4. Agora empregamos a desigualdade (49) para estabelecer as


desigualdades de contração L 1

(50)
para a .e. 0 < s < t.
Para provar essa afirmação, tomamos 0 < s < I, r > 0 e deixamos Q(z, t) =
n(z)Q(t) em (49), onde
n: -- R é suave,
n(z) = 1 se |z| < r, O(z) - 0 se |z| > r + 1,
|n'(z)| < 2
e
fi : R --é Lipschitz,
Q(z) = 0 se 0z < s ou z > I -I- 6,
Q(z) = 1 se s + 6 < z < I,
Q é linear em (s, s -1- 6] eI , t -I- 6],
11.5. 611
PROBLEMA!S

para 0 < d < I - 3. Deduzimos


que
1 I+ 6 m

b(z, z)o'(z)b(z) dzdz.

Deixe r -+ ligado:

t -m

Em seguida, deixe d -- 0 para deduzir (50) para a .e. 0 < s < t.


5. À luz de (50) e do fato de que u( , I), fi(-, I) - g em Al como I -- 0,
finalmente concluímos que u - u a.e.

11.5. PROBLEMAS
1. Verifique se as equações de águas rasas (Exemplo 3 em §11.1)
formam um sistema estritamente hiperbólico, desde que g > 0.
2. Defina para z C , z 0 , a função de matriz
cos(2) sin( )
sin( )- cos( )

e defina B(0) = 0. Mostre que B é C' e tem autovalores reais, mas não
é possível encontrar autovetores direitos de comprimento unitário ( i (
), r2( )} dependendo continuamente de c próximo a 0. O que acontece
com os espaços eletrônicos quando z -- 0?
3. Confirme que as funções ml , m2 calculadas para a dinâmica do gás
barotrópico em §11.3.1 são de fato invariantes de Riemann.
4. Suponha que & seja uma entropia para as equações de águas rasas. Prove
que
2g 2g
2'

5. Mostre que & - pr2 /2 + P(p) é uma entropia para as equações de Euler
barotrópicas (de §11.3.1), desde que P"(p) p '(p)/ p, p > 0. Confirme
que & é convexo nas variáveis adequadas. Qual é o fluxo de entropia T
correspondente?
6. Suponha que u seja uma solução de entropia da lei de conservação
escalar t F{u)z = 0 e que, como em §3.4.1, u seja suave em ambos os
lados de um
612 11. SISTEMAS DE LEIS DE CONSERVAÇÃO

curva (z - s(I)}.
11.5. 611
PROBLEMA!S

(i) Prove que, ao longo dessa curva, os limites esquerdo e direito de u


satisfazem as relações:

Essa é a condição E.
(ii) O que a condição E implica se F for uniformemente convexo?

11.6. REFERÊNCIAS
T.-P. Liu escreveu o rascunho inicial de todo este capítulo.
Seção 11.1 As equações de águas rasas são discutidas em LeVeque LV].
P. Colella me ajudou com os cálculos em §11.1.2. A prova do
Teorema 2 segue as sugestões de W. Han. Consulte Courant-
Friedrichs [C-Fj, Xiam-Zhang [X-Z], Zheng ZHj para saber
mais.
Seção 11.3 Segui o exemplo do Logan LO].
Seção 11.4 Consulte Majda-Pego |M-P], Conlon CO], Smoller |S] para
saber mais sobre ondas viajantes viscosas. O teorema da
singularidade em
Seção 11.5 §11.4.3 é devido a Kruékov.
O problema 2 foi extraído de Kato K, p. 111].
614 11. SISTEMAS DE LEIS DE CONSERVAÇÃO

APÊNDICES

A. Notação
B. Desigualdades
C. Fatos de cálculo
D. Análise funcional linear
E. Teoria da medida

APÊNDICE A: NOTAÇÃO

A.1. Notação para matrizes.


(i) Escrevemos A -- ((n; )) para significar que A é uma matriz m x n com
entrada (i, j)" n,j . (Às vezes, como em §8.1.4, será conveniente usar
sobrescritos para denotar as linhas).
Uma matriz diagonal é denotada como diag(dt , ... , dq).
(ii) M'^* = espaço de matrizes reais m x n.
S"^* - espaço de matrizes reais simétricas n x n.
(iii) tr A -- traço da matriz A.
(iv) det A -- determinante da matriz A.
(v) cof A -- matriz de cofator de A ( consulte §8.1.4).
(vi) A* -- transposição da matriz A.
(vii) Se A -- ((n, )) e B -- ((hij)) são matrizes m x n, então

i-l j=l

613
614 APÊNDICES

(viii) Se A C S'^* e, como abaixo, z = (z , ... , zq) ,a forma quadrática


correspondente é zA :r -- : J 1 a, jx*x j.
(ix) Se A C S*^', escrevemos
A > 81
se z- Air > 8 |z |2 para todos os z C *.
(x) Às vezes, escreveremos yA para significar A "p, para A C M'^" ep C'.

A.2. Notação geométrica.


(i) = espaço euclidiano real n-dimensional, - '.
(ii) e, = (0, ... , 0, 1, ... , 0) = i" vetor de coordenadas padrão.
(iii) Um ponto típico em R' é z = (+i, )
Dependendo do contexto, também consideraremos z como um vetor de
linha ou coluna.

(v) Um ponto típico em '+l será frequentemente denotado como (z, ) = (+i, ,
, '), e geralmente interpretamos t-
=tempo .
Um ponto z C às vezes será escrito z = (z', zq) para z' =

(vi) U, V e IV geralmente denotam subconjuntos abertos de R*. Escrevemos

se V C V C U e V é compacto, e dizemos que Y é compactamente contido


em U.
(vii) dU -- limite de U, U -- U U fit/ -- fechamento de U.
(viii) U -- U x (0, T].
(ix) Pg = U -U -- limite parabólico de U .
(x) B0(z, r) = (p C |z - p| < r} = bola aberta em com centro z
e raio r > 0.
APÊNDICE A. NOTAÇÃO 615

(xi) B(x, r) - bola fechada com centro z e raio r > 0.


(xii) C(z, I, r) = (p C R , s C | |z - p| < r, I - r2 < s < I} = fechado
cilindro com centro superior (z, I), raio r > 0, altura r2 .
yn/2
(xiii) n(n) = volume da esfera unitária B pO, 1) em R" =
nn(n) - área da superfície da esfera unitária dB(0, I) em ".
(xiv) Se n = (n j, ... , rig) e h = (bi, hq) pertencerem a
',

(xv) C" - espaço complexo n-dimensional, C = plano complexo.


Se z C C, escrevemos Re(z) para a parte real de z e Inn(z) para a parte
imaginária.

A.3. Notação para funções.


(i) Se t/ : U -+ , escrevemos

U(Z) == t/(Z{ , ... , Zg) (Z U) .

Dizemos que u é suave se u for infinitamente diferenciável.


(ii) Se u e r forem duas funções, escrevemos

para significar que u é identicamente igual a r; ou seja, as funções u, r são


iguais para todos os valores de seus argumentos.
Vamos também definir

para definir u como igual a r.


O suporte de uma função u é denotado por

spt u.

(iii) u'=maQu,0), u =-min(u,0),u=u'-u , /|=u'+u-


A função si9n é
1 se z > 0
sgn(z)= 0 se z -0
-1 se z < 0.
616 APÊNDICES

(iv) Se u : U -- ", escrevemos

A função uk é o componente h" de u, h = 1, ... , m.


(v) Se L for uma superfície lisa (n - 1)-dimensional em R*, escrevemos

f dS

para a integral de J sobre Z, com relação à medida de superfície (n -1)-


dimensional. Se C for uma curva em R', denotamos por

f dl

a integral de / sobre C com relação ao comprimento de arco.


(vi) AreTages:

1
fdy -- fdy -- média de / sobre a bola B(:r, r)
B(z,r)

= média de / sobre a esfera dB(:r, r).

1se z C E
(vii) yy(z) = E a função indicadora de A.
0 se z E. ' "
(viii) Uma função u : U -- é chamada de contínua de Lipschitz se

para alguma constante U e todos os z, y € U. Escrevemos

Lip u] := sup ' " '

(ix) A convolução das funções /, g é denotada por


APÊNDICE A: NOTAÇÃO 617

Notação para derivados. Suponha que u : U , x C U.


u/+he;)-o(s)
, desde que esse limite exista.
(ii) Geralmente e s c r e v e m o s ; p a r a
2
(iii) Da mesma forma, b u

(iv) Multitude:r Notação:


(a) Um vetor da forma a = ( ), em que cada componenteni é
um número inteiro não negativo, é chamado de multitude:r de ordem

(b) Dado um multiíndice n, defina

(c) Se k for um número inteiro não negativo,

o conjunto de todas as derivadas parciais de ordem L. Atribuindo


alguma ordem às várias derivadas parciais, também podemos
considerar D'u(:r) como um ponto em R*'.
12
(d) Dku ( D°u|2
qJ_k | )'.
(e) Citações especiais: Se L = 1, consideramos que os elementos de Dti
es estão dispostos em um vetor:

Do -- (top, , ... , "m ) yradienf sector.

Se L = 2, consideramos os elementos de D2 ti como sendo organizados em


uma matriz:

D2 u = = Hessian malris.

(v) An =_1 ug,g, -- tr(D2 u) = Laplaciano de ti.


(vi) Às vezes, usamos um subscrito anexado aos símbolos D, D2, etc. para denotar
as variáveis que estão sendo diferenciadas. Por exemplo, se ti = u(z, y) (z e
R", p e $'), então Dzu -- (tip, , ... , tiga), Din
618 APÊNDICE!S

Espaços funcionais.
(i) k( ) ( U -- R | o contínuo}
C(U) -- [ti C C(U) | u uniformemente contínuo}
Ok(U) = (u : U --u é L vezes continuamente diferenciável} Ok(U) = (u C
Ok
(U) | D°u é uniformemente contínuo para todo |n | < k]. Assim, se u e C
(U), então D°u se estende continuamente a U para cada índice múltiplo n,
|n| < k.
(ii) C°°(U) = (u : U -- | u é infinitamente diferenciável} - Ç-k 0 Ok(U)
(U)' Ük=o (U-)
k
(iii) (U), C! (U), etc. denotam essas funções em C!(U), C! (U), etc. com
Suporte compacto.
(IV) LV(U) (u : U --u é mensurável de Lebesgue, u
U) <1 onde

L°°(U) -- (u : U -- u é mensurável de Lebesgue,


u U) < on}, em que
• (U) -- ess supo |u|.
L' c(U) -- (u :U | r C M(U) para cada Y Cf U j.
(Consulte também §D.1.)
(v)

(vi) W ^ (U), Hk(U), etc. (L = 0, 1, 2, ... , 1 < p on) denotam espaços de


Sobolev: consulte o Capítulo 5.
(VII) Ck (Û), C" (U) (L - 0, ... , 0 < Q < 1) denotam espaços de Hölder: consulte
o Capítulo 5.
(V111) Funções de :r e t. Ocasionalmente, é útil introduzir espaços de funções
com suavidade diferente nas variáveis z- e I, embora não haja notação
padrão para esses espaços. Para este livro, escreveremos

Em particular, se u e C!2(Uy), então u, Dzu, etc. são contínuos até o topo


U x (I - T}.
APÊNDICE A: NOTAÇÃO 619

A.4. Funções com valor vetorial.

(i) Se agora m > 1 e u : U - IR", u = (u1 , ... , u^), definimos


D°u - (D°ul , ... , D°u") para cada índice múltiplo n.
Então
Dku - D'u a -- k j
e 1/2

Dk u - Z !D'u|
2

como antes.
(ii) No caso especial de L = 1, escrevemos

= matriz de gradiente.

(iii) Se m = n, temos
n
div u = tr(Du) =Z --, - divergência de u.
i= 1

(iv) Os espaços C!(U, R"), LP(U; IR ) , etc. consistem nas funções u : U -+


IR"', u - (u1 , ... , u"), com u' C ' (U), LP(U), etc. (i = 1, ... , m).

Observação sobre subescritos e sobrescritos. Conforme ilustrado acima,


a d o t a r e m o s a convenção de colocar em negrito as transformações que
assumem valores em R" para m > 1 (ou então em espaços de Banach ou Hilbert).
As funções componentes de tais mapeamentos receberão sobrescritos. Por outro
lado, um ponto típico z C R' não está em negrito e tem componentes com
subscritos, z = ( i , )
Os mapeamentos com valores de matriz também serão colocados em
negrito e suas funções componentes serão escritas com sobrescritos ou com
uma mistura de sub e sobrescritos, dependendo do contexto.

A.S. Notação para estimativas.

Constantes. Usamos a letra para denotar qualquer constante que possa ser
calculada explicitamente em termos de quantidades conhecidas. O valor
exato denotado por pode, portanto, mudar de linha para linha em um
determinado cálculo. A grande vantagem é que nossos cálculos terão uma
aparência mais simples, pois absorvemos continuamente fatores "estranhos"
no termo .
620 APÊNDICES
'ES

DEFINIÇÕES. (i) (Notação big-oh.) Escrevemos

desde que e:liste uma constante C! tal que

para todos os ::c suficientemente próximos de no.


(ii) (Notação Little-oh.) Escrevemos

fornecido
lim = 0.
*'*0

Observação. A expressão "O(g)" (ou "o(g)") não é definida por si só.


Sempre deve haver um limite de acompanhamento, por exemplo, "como z
+o" acima, embora esse limite esteja frequentemente implícito. O

A.6. Alguns comentários sobre a notação.

A notação anterior é, em grande parte, padrão na literatura de EDPs, com


a l g u m a s exceções significativas:
(i) Usamos o símbolo "Du", e não "In", para denotar o gradiente da
função u. O motivo é que "D2 u" denota naturalmente a matriz Hessiana
de u, enquanto H2 u seria confundido com o Laplaciano. A notação
multiindexada também fica melhor com a letra D.
(ii) A maioria dos livros e artigos sobre equações diferenciais parciais
denota por "II" o subconjunto aberto de R' no qual uma determinada EDP é
válida.
Conforme indicado acima, em vez disso, usaremos principalmente o símbolo
"U" para essa região. As vantagens são várias. Em primeiro lugar, como uma
solução típica é denotada por u, faz sentido denotar seu domínio por U, e não
mudar para uma letra grega. Além disso, quando chamamos um determinado
conjunto aberto de U, as letras U e Air ficam disponíveis para as sub-regiões.
Por fim, é importante guardar I) como o símbolo padrão para um espaço
de probabilidade. Muitas equações diferenciais parciais importantes têm
fórmulas de representação probabilística (cf. Freidlin FD]) e, embora isso
esteja além do escopo deste livro, parece sensato evitar a possibilidade de
confusão notacional futura.
APÊNDICE B: 621
DESIGUALDADES

APÊNDICE B: DESIGUALDADES

B.1. Funções convexas.

Definição. Uma junção f : IR" é chamada de convexa se

(1) /r-+(1- h)s fJ)+(1- )fV)


para todos os :c, y C IR" e cada 0 < z < 1.

TEOREMA 1 (Hiperplanos de suporte). Suponha que f : IR" -+ seja conve:c.


Então, para cada :c C IR' existem e:listas r C IR" tais que a desigualdade

é válida para todos os y C IR'.


Observações. (i) O mapeamento p f(::c) -1--r (p - z) determina o suporte
hiperplano para / em z. A desigualdade (2) diz que o gráfico de / está acima de
cada hiperplano de suporte. Se / for diferenciável em z, r - D f(:c).
(ii) Se / é N2, então / é convexo se e somente se D2/ > 0. A função N2
/ é uni/ortnfp conner se D2/ > 81 para alguma constante 8 > 0: isso significa que

i,j=l

TEOREMA 2 (Desigualdade de Jensen): suponha


que f : IR -+ IR seja conve:c e U IR' seja aberto e limitado. Seja u : U
IR seja somatório/e. Então

(3) U U

Lembre-se de §A.3 a notação Jpudz = JU nd::c -- média de u


sobre U.
Prova. Como / é convexo, para cada p C IR, existe r C R de modo que
/(q) /(p) -}- r(q - p) para todo q 'E .
Seja p -- Uudz, q == u(z):

U U
Integre com relação a z sobre U.

As funções convexas são discutidas mais detalhadamente em §3.3.2 e §9.6.1.


622 APÊNDICES

B.2. Desigualdades elementares.


A seguir, apresentamos uma coleção de desigualdades elementares, mas
fundamentais. Essas estimativas são empregadas continuamente ao longo do
texto e devem ser memorizadas.

a. Desigualdade de Cauchy.
g2 Ç2
(4)
2 2
-'cool. 0 < (o - ô)2 == o2 - 2oô -î- ô2.

b. Desigualdade de Cauchy
com e.
Ç2 (o, 6 > 0, c > 0).
(s)
+ 4e
Prova.
Escreva oô - ( (2s) /2o)
(2 )1/2
e aplicar a desigualdade de Caucliy.

1
c. Desigualdade de Young. Seja l < p, q < on =1. Então

(6)

Prova. O mapeamento z e* é convexo e, consequentemente

d. Desigualdade de Young com e.


(i) a6 < 'a- + c(')6 (a,b > 0, e > 0)
para U(e) = (cp) q'--zl .

Prova. Escreva n6 = p(ep)1 '*a) ( p ), , ) e aplique a desigualdade de Young. O

e. Desigualdade de Hölder: suponha que 1 < p, q < 1 1. Então, se


on,
u e Æ (U), u e :i: (U), temos

(8)
APÊNDICE B: 623
DESIGUALDADES

Prova. Por homogeneidade, podemos supor que ||u||¿r = ||p||¿s - 1. Então, a


desigualdade de Young implica, para l < p, q < on, que

U 4U

f. Desigualdade de Minkowski. Suponha que l < p < on e u, r C U(V). Então


(9)

U U
1/p

U U

Observação. Provas semelhantes estabelecem as versões discretas das


desigualdades de Holder e Minkowski:

( k=l k
1

- 1. 0

1
g. Desigualdade geral de Hiilder. Seja 1 < hi não, com 1 +
1
= 1, e suponha que k o * (V) para k -- 1, ... , m. Então

(11)
U

Prova. Indução, usando a desigualdade de Hölder.

h. Desigualdade de interpolação para M-normas. Suponha que 1 < sr I


'::o
e
1 8 (1 - 8)
r s t
Suponha também que u C L'(U) C L'(U). Então u C L"(U), e
(12)
624 APÊNDICES

Prova. Calculamos

|u|'1 " de
U U

Invocamos a desigualdade de Hölder, que se aplica desde8 - +

i. Desigualdade de Cauchy-Schwarz.

Prova. Seja e > 0 e observe

Consequentemente

Minimize o lado direito definindo e = , desde que p / 0.

Observação. Da mesma forma, se A for uma matriz n x n simétrica e

não negativa,
1/2 1/2

j. Desigualdade de Gronwall (forma diferencial).


(i) Seja q( ) uma função não negativa e absolutamente contínua em {0,
T'], que satisfaz, para a.e. t, a desigualdade diferencial
( s) v'( ) ( )r( ) + /( ).
em que Q(t) e /(t) são funções somáveis e negativas em |0, T]. Então

(16)
0
para todos os 0 S t T.
(ii) Em particular, se
q' ';éq em |0, T] e q(0) = 0,
então
p 0 em |0, T].
APÊNDICE B: 625
DESIGUALDADES

-'telhado. Em Tom (15), vemos


d (F) d ( ) dT'( (F) d ($)
r|(s)e ' -- e ' r|'(s) - @(s)r|(s)) < e"'
ds

para a .e. 0 < s < T. Consequentemente, para cada 0 < t < 7', temos

r|(t) e* ' ' d < g(0) + e" *' ' d y(s) ds < g(0) -I- /(s) ds.
0 0

Isso implica a desigualdade (16).

k. Desigualdade de Gronwall (forma integral).


(i) Seja ((t) uma função não negativa e somável em 0, T'] que satisfaz,
para a.e. t, a desigualdade integral

(17)

para constantes +2 0. Então

(18) I(I) 2(1 + +i*e" t)

para a .e. 0 < t < T'.


(ii) Em particular, se

0
para a.e. 0 < t < T',
então {(f) = 0 a.e.

Prova. Seja q(t) := J0 ((s) de, então q < Cyb -I- N2 a.e. em (0, T]. De acordo
com a forma diferencial da desigualdade de Gronwall acima:

//(/) < e""(y(0) -I- 2f) - /2te ''.

Então, (17) implica

t(')a 1W(t)+ 2a 2(1-J-Site"').


626 APÊNDICES

APÊNDICE C: FATOS DE CÁLCULO

C.1. Limites.
Seja U C R' aberto e limitado, L C (1, 2, ... }.
DEFINIÇÃO. Dizemos que dU é C!k i/ /ou cada potnt z0 C dU e x i s t e r > 0
e uma junção C!k . R *1 -- R de tal forma que - após a reetiquetagem e
reorientação das coordenadas a::ces, se necessário - temos

Da mesma forma, dU é C!°° 3/ dU é C!k para k - 1, 2, ... e dU 3s analítico i/ o


mapeamento é analítico.

O limite de U

DEFINIÇÕES. (i) Se dU for Al , então, ao longo de dU, é definido o campo


vetorial normal unitário potntinq para fora

A normal unitária ct em um ponto z0 C dU é v(::c0) - > - (>i, , - )


(ii) Seja u C Al (U). Chamamos
APÊNDICE C! FACETAS DO 627
C!ATC!UTUS

Endireitando o limite

a derivada normal (para fora) o/ u.

Com frequência, precisaremos mudar as coordenadas perto de um ponto


de dU para "achatar" o limite. Para ser mais específico, fixe z0 e dU e escolha
r, , etc. conforme descrito acima. Defina então

y,=m,=:$'(m) = 1,...,n - 1)
v,=-,- (- ... -,-)-:#'(-)
e escrever

Da mesma forma, definimos

(i = 1, ... , n - 1)

e escrever

Então, T = T*1 , e o mapeamento z T(z) = p "endireita dU" próximo a


z0.
Observe também que det T = det T = 1.

C.2. Teorema de Gauss-Green.

Nesta seção, assumimos que U é um subconjunto aberto e limitado de R", e dU é

TEOREMA 1 ( Teorema de Gauss-Green). Suponha que u C " (U): Então

(1)
U
628 APÊNDICES

TEOREMA 2 (Fórmula de integração por partes). Sejam u, c C Al (°U) .


Então

(2)
U U âU

Prova. Aplique o Teorema 1 a uc.

TEOREMA 3 (Fórmulas de Green). Sejam u, u C '2 (°U). Então


(i) /U &u dz -- /pU d5,
(ii) /U Do - Du dz -- - /U ub." dz -I- /pU u dS,

Prova. Usando (2), com ug; no lugar de u e c 1, vemos que

U âU

Soma i = 1, ... , n para estabelecer (i).


Para derivar (ii), empregamos (2) com c = ug, . Escreva (ii) com u e r
trocados e, em seguida, subtraia para obter (iii). O

C.3. Coordenadas polares, fórmula de coárea.

Em seguida, convertemos as integrais n-dimensionais em integrais sobre


esferas.

TEOREMA 4 (Coordenadas polares).


(i) Seja f : R' -' R seja contínua e somável. Então

f dz -- f dS dr
0 dJJ(so,r)

para cada pornografia oo


(ii) Em particular

(ii) d
dr

para cada r > 0.

O Teorema 4 é um caso especial de


629

TEOREMA 5 (Fórmula de Coarea). Seja u : R" - R contínuo e Lipschitz e


suponha que, para a .e. r C IR, o conjunto de níveis

é uma hipersurJace suave, (n - I)-dimensional em IR'. Suponha também que f : IR'


IR é contínuo e somável. Então

f |Du|dz -- fds dr.

O Teorema 4 decorre do Teorema 5, considerando u(z) = ! - +o! Consulte


[E-G, Capítulo 3] para saber mais sobre a fórmula da coárea. A palavra "coarea"
é pronunciada e, às vezes, grafada como "co-area".

C.4. Convolução e suavização.


A seguir, apresentaremos ferramentas que nos permitirão criar
aproximações suaves para determinadas funções.

Notação. Se U C R" for aberto, e > 0, escreva U' :-- {z e U dist(z, dt/) > e}.

DEFINIÇÕES. (i) Defina y C C!'(IR') try


1

0 i/ |z| 1,
a constante ' > 0 selecionada de modo que f g d::c -- I.
(ii) Para cada e 0, defina

Chamamos p de molificador padrão. As funções q são e satisfazem

y, dz 1, spt(//,) C B(0, r).

DEFINIÇÃO. Se IJ f : U -+ IR for localmente integrável, defina sua molificação


f' :-- p /in U .

Ou seja,

U B(0,e)

para x C U'.
630 APÊNDICES

TEOREMA 6 (Propriedades dos molificadores).


(i) f' C C!'(U,) .
(ii) f' -- f a.e. as e 0.
(iii) Se f C C!(U), então f' -+ f uni/ortnfp em subconjuntos compactos de U.
(iv) Se 1 < p < on e f C LI c(U), então f' -+ f em T' c(U).
Prova. 1. Fixe z C U , i C (1, ... , n}, e h tão pequeno que z + Rei C U'. Então
/'(z -}- hey) - /'(z) l l z + Rei - se

-q " /(y) dy

para algum conjunto aberto Y CC U. Como

uniformemente em Y,(z) existe e é igual a

Um argumento semelhante mostra que D°/'(z) existe, e

para cada índice múltiplo n. Isso prova (i).


2. De acordo com o Teorema de Diferenciação de Lebesgue (§E.4),

(3) lim |/(y) - /(z)| dy -- 0

para a.e. z € U. Fixe esse ponto z. Então

_1
|/(y) - /(z) | dg
B(x, )

< |/(y) - /(z)| dy 0 como c 0,


632 APÊNDICEIS

Teorema da função inversa de C.S.

Seja U C R" um conjunto aberto e suponha que f : U -+ IR' seja N*, f =


(/l , ... , /"). Assumir o U, zz -- f(zt).
Notação. Lembre-se do §A.4 que escrevemos

= gradiente motNz de f.

DEFINIÇÃO.

JY -- Jacobiano de Y -- | det DC
( 1 ' - - . ' *n)

TEOREMA 7 (Teorema da função inversa). Suponha que Y C C!' (U; " ) e

Se(*o) 0.
Então, existe um conjunto aberto V G U, com ::cz C V, e um conjunto aberto W C
IR",
<3 -o W, Tal que
pi) o mapeamento

é unívoco e onto, e
(ii) a função inversa
APPzxDix c. cA "cvLUS FATOS 633

(iii) // f E Ck, lhezt I ' € Ck (k -- 2, ... ).

C.8. Teorema da Ftinção Implícita.


Sejam n, rn números inteiros positivos.

notação. Escrevemos um ponto típico em


R^+"' como

ele U C R"""" seja um conjunto aberto acd suponha que I : U -- B "


seja U', I -
(/',...,/"). Suponha que (' yr) E U, -o = *(fo' yo)-

notação.

Dsrlnlxion.
Sgt -- | det Dgf| =
634 APÊNDICES

TEOREMA 8 (Teorema da função implícita). Suponha que Y C Al(V, R') e

Desligado(*o, Vo) 0.

Então, há e:lista um conjunto aberto V C U, com ( o vo) , um conjunto aberto


WC
" *o , Oftd O Al THopping g : W - IR"' De modo que

e
(iii) i/ (z, p) C V e Y(x, y) = -0, então y -- g(z).
(iv) Se Y C C!k, então g C C!k (k -- 2, ... ).

A função g é implicitamente definida perto de +o pela equação f(z, v) - <o

C.T. Convergência uniforme.

Registramos aqui o critério de compactação de Arzela-As coli para


convergência uniforme:
APÊNDICE D: ANÁLISE FUNCIONAL LINEAR 635

Suponha que é uma sequência de funções de valor real definidas em


R", de modo
que

para alguma constante M, e os (/k} k 1 são uni/orrnfp equicontínuos. Então,


existe uma subsequência fk } 1 {/k}k 1 e uma função contínua /, de modo que
Sk, / uniformemente em subconjuntos compactos de R'.
Dizer que os [Oki é- são uniformemente equicontínuos significa que, para cada c > 0,
existe d > 0, de modo que |z - p| < d implica Ok(+) - Ok(v) < c, para z, y e R*, L
= 1, ....

APÊNDICE D: ANÁLISE FUNCIONAL LINEAR

D.l. Espaços de Banach.


X denota um espaço linear real.
DEFINIÇÃO. Um mapeamento |||| : X |0, on) é chamado de norma i/
(i) ll- + -'l s li-ll + If-I / * °" -,- * x
(ii) !! - = !1!-!! Jor all -
(iii) ||u || = 0 i/ end orifp 1/ u = 0.

A desigualdade (i) é a desigualdade triangular.


Daqui em diante, assumiremos que A é um espaço linear normado.

DEFINIÇÃO. Dizemos que uma sequência {uk] C X converge para u C X,


escrito

lim
k-- c'o

DEFINIÇÕES. (i) Uma sequência uk] C X é chamada de sequência de


Cauchy
desde que, para cada e > 0, haja e:cistas N > 0 tais que

(ii) A é completo i/ cada sequência C'ouchp em X converge¡ ou seja,


quando- sempre uk] é uma
sequência C!auchy, existem e:listas ti C X tais que uk]
converge para u.
(iii) Um espaço de Banach X é um espaço linear completo e normado.
636 APÊNDICES

DEFINIÇÃO. Dizemos que X é separável se X contiver um subconjunto denso


contável.
Exemplos. (i) Espaços U. Suponha que U seja um subconjunto aberto de R* e
1<p<
em. Se / : U IR é mensurável, definimos

QU f d::c)1 " se 1
ess sup(,r |/| se p -- on.
Definimos M U) como sendo o espaço linear de todas as funções
mensuráveis / :
U IR para o qualf - 'U) < on. Então, U(V) é um espaço de Banach, desde que
identifiquemos duas funções que concordem a .e.
(ii) Espaços de Hölder. Consulte §5.1.
(iii) Espaços de Sobolev. Consulte §5.2.

D.2. Espaços de Hilbert.


Seja H um espaço linear real.
DEFINIÇÃO. Um mapeamentop ( , ) : H x His é chamado de produto
interno

(i) (u, c) = (r, u) /ou off u, c e H,


(ii) o mapeamento u (u, v) é linear para cada v C H,
(iii) (u, u) > 0 /ou todos os u C H,
(iv) (u, u) = 0 i/ e somente i/ u = 0.
Notação. Se ( , ) for um produto interno, a norma associada será
(1) ||u||| := (u, u) 1'2 (u E 2 ).

A inequação de C!auchy-Schwarz afirma

Essa desigualdade é provada como em §B.2. Usando (2), verificamos


facilmente que (1) define uma norma em H.

DEFINIÇÃO. Um espaço de Hilbert H é um espaço de Banach dotado de on


produto interno que gera a norma.
Exemplos. a. O espaço L2 (U) é um espaço de Hilbert, com

(f, g) --fg dz.


U
APÊNDICE D: ANÁLISE FUNCIONAL LINEAR 637

b. O espaço de Sobolev Hl (U) é um espaço de Hilbert, com

(f, g) --fg -I- Df- Dg dz.


U

DEFINIÇÕES. (i) Dois elementos u, c C H são ortogonais se (u, c) = 0.


(ii) Um conjunto de hosts contáveis (wk}k 1 C H é chamado de ortonormal se

Se u C H e {uL }k 1 O H for uma base ortonormal, podemos escrever

k--l

a série que converge em H. Além disso

DEFINIÇÃO. Se S for um subespaço de H, S" -- u C H | (u, c) = 0 /ou off


v C S] é o subespaço ortogonal a S.
D.3. Operadores lineares limitados.

a. Operadores lineares em espaços de Banach.

Sejam X e V espaços de Banach reais.

DEFINIÇÕES. (i) Um mapeamento A : X -+ Vis é u m operador linear

desde que A 5u + pv) -- 5 An + p Av

para u, c C X, A, p C R.
(ii) O intervalo de A é R(A) :-- {v C Vv -- An para algum u C X} e o
espaço nulo de A é N(A) :-- u C X | An -- 0}.

DEFINIÇÃO. Um operador linear A : X -+ ¥ é limitado i/

A :-- sup( ||In y|| ||u||y < 1} < e-o.

É fácil verificar que um operador linear limitado A : XP é contínuo.


638 APÊNDICES

DEFINIÇÃO. Um operador linear A : X ¥ é chamado de fechado se k


em X e Ask em V, então
An - v.

TEOREMA 1 (Teorema do gráfico fechado). Seja AXV um operador


linear fechado. Então A é limitado.
DEFINIÇÕES. Seja A : X -+ X um operador de multa limitado.
(i) O conjunto resolvente de A é
p(A) --y C (A - gI) é unívoca e onto].
(ii) O espectro de A é
cr(A) -- IR - p(A).

Se p C p(A), o Teorema do Gráfico Fechado implica que o inverso (A -


pi)*1 : A A é um operador linear limitado.
DEFINIÇÕES. (i) Dizemos que y C cr(A) é um autovalor de A desde que
N(A - $1) / (0}.
Escrevemos Grp(A) para denotar o conjunto de valores próprios éo
de A¡
espectro de pontos.
(ii) Se y é um autovalor e w / 0 satisfaz
Aw - pw,
dizemos que w é um vetor próprio associado.
DEFINIÇÕES. (i) Um operador linear limitado u* : X -+ R é chamado de
funcional linear limitada em A.
(ii) Escrevemos X* para denotar o conjunto de todas as funções lineares
limitadas
em X; X* é o espaço dual de J X.
DEFINIÇÕES. (i) Se u C X, u* C X escrevemos

para denotar o número real u* (u). O símbolo ( , ) denota o emparelhamento de


X* e X.
(ii) Definimos
li'/:= up{"',")l/ l U l .
(iii) Um espaço de Banach é reflexivo se (X*)* = A. Mais precisamente,
isso significa que, para cada u'* C (X*)*, existem e:listas u C X tais que
APÊNDICE D : ANAE¥!SI!S FUNCIONAIS EINEARES 639

b. Operadores lineares em espaços de Hilbert.


Agora, deixe H ser um espaço de Hilbert real, com produto interno ( , ).
TEOREMA 2 (Teorema da Representação de Riesz). H' pode ser identificado
cnnonicnffp com H; mais precisamente, para cada u' C H' existe um único
elemento u C H de modo que
(u*, r) = (u, r) para todo r C H.
O mapeamento u' u 3s n isomorfismo linear de H' em H.

DEFINIÇÕES. (i) Se A : H -+ H for um operador linear e limitado, seu adjunto


A* : H H satisfaz

para todos os u, r C H.
(ii) A é simétrico se A' -- A.
D.4. Convergência fraca.
X denota um espaço de Banach real.
DEFINIÇÃO. Dizemos que uma sequência uk] X converge fracamente
para u o A, escrito

para cada f' RCI3OROI '* C *.

É fácil verificar que, se upu , então <k u. Também é verdade que o anel
a sequência fracamente convergente é limitada. Além disso, se up u, então
< lim i n f

TEOREMA 3 (Compacidade fraca). Seja X um espaço de Banach reflexivo


e suponha que a sequência (ujig}p 1 C X seja limitada. Então existe uma
subsequência uk } _l C (uk}p 1 e u q X de modo que

Em outras palavras, as sequências limitadas em um espaço de Banach


reflexivo são fracamente pré-compactas. Em particular, uma sequência limitada
zn no espaço de Hilbert contém uma subsequência fracamente convergente.
O Teorema de Mazur afirma que um subconjunto convexo e fechado de
X é fracamente fechado.
640 APÊNDICE!S

EXEMPLO IMPORTANTE. Na maioria das vezes, empregaremos ideias


de convergência fraca no seguinte contexto. Considere que U R' seja aberto e
suponha que 1 < p < on. Então

o espaço dual de A = L*(U) é A* - L*(U),

onde +- 1, 1 < q < en. Mais precisamente, cada função linear limitada em
U(U) pode ser representada como / U g f dz para algum p C L*(U). Portanto

Ik f fracamente em L"(U)

significa

(3) O k dz -' g f dz como k -' em,para todo p C L*(U).


U U

Agora, a identificação de L°(U) como o dual de fi"(U) mostra que

L^(U) é reflexivo se 1 < p < m.

Em particular, o Teorema 3 nos garante que, a partir de uma sequência limitada


em L^(U) (1 < p < en), podemos extrair uma subsequência fracamente
convergente, ou seja, uma sequência que satisfaça (3). Essa é uma importante
afirmação de compactação,
mas observe com atenção: a convergência (3) não implica que Ok I seja pontual
ou quase em toda parte. Pode muito bem ser, por exemplo, que as funções fk j _
oscilem cada vez mais rapidamente à medida que k -+ m. Consulte o Problema 1
no Capítulo 8.

D.S. Operadores compactos, teoria de Fredholm.


Sejam A e Y espaços de Banach reais.

DEFINIÇÃO. Um operador linear limitado

é chamado de compacto desde que, para cada sequência limitada (uL}p_1 A, a


sequência (NuL}p l seja pré-compacta em ¥ ; ou seja, existe uma subsequência
k, maneira tal quek , li-i converge em V.
Agora, deixe H denotar um espaço de Hilbert real, com produto interno ( , ).
É fácil ver que, se um operador linear N : for compacto e -k- ,
então K k

TEOREMA 4 (Compacidade dos adjuntos). Se K : H -+ H for compacto, então


é K' : H -+ H.
APÊNDICE D : ANÁLISE FUNCIONAL LINEAR 641

Prova. Seja uk] _ seja uma sequência limitada em H e extraia uma


subsequência fracamente convergente k, u em H.
Provaremos que K k,
De fato,

Agora, como N* é linear, K'-k, K u, e assim NN'u#, -' NN*z. Assim

TEOREMA 5 (Alternativa de Fredholm). Seja K : um operador


linear compacto. Então
(i) N(I - K) é de dimensão finita,
(ii) R(I - K) é fechado,
(iii) R(I - K) - N(I - K')",
(iv) N(I - K) - 0 j i/ e somente i R(/N ) = H,
e
(v) dim N(/ - N) = dim N(I - K').

Prova. 1. Se dim N(I N) = -I-en, podemos encontrar um conjunto ortonormal


infinito
k p- C N(I - N). Então

k -" k (k -- 1, ... ).

Agora -k --i 2 = ||u# ||2 -2( k' i) !!ut||2 - 2 se k -/- 1, e assim ||but -but || =
2 para k -/- 1. No entanto, isso contradiz a compacidade de N, pois (Nuig}p _____1
não conteria nenhuma subsequência convergente. A afirmação (i) está p r o v a d a .
2. Em seguida, afirmamos que existe uma constante > 0 de modo que

(4) ||u - In || > y||u||| para todo u o N(I N)".

De fato, se não fosse assim, existiria para k -- 1, ... elementos -k z N(I - K)"
com uk -- 1 e uk - k< ¿ . Consequentemente

()

Mas como uk ]k l é limitado, existe uma subsequência fracamente convergente


k, u. Por compactação K-k, In, e então (5) implica,
.Portanto, temos u C(I -N) e, portanto

(+k ' +) = 0 () -- I, ...........).

Deixe k -' entrar para obter uma contradição em relação a (4).


642 APÊNDICE!S

3. Em seguida, deixe wk jR (I - N), r#


-' r. Podemos encontrar uk C N( IN)" SOlving >k -k
-- k Usando (4), deduzimos

Assim, -k u e u - Ku - - r. Isso prova (ii).


4. A afirmação (iii) é agora uma consequência de (ii) e do fato geral

R(A) -- N(A')" para cada operador linear limitado A : H -+ H.

5. Para verificar (iv), vamos supor, para começar, que N(I - N) = {0}, mas
pi - (I - K)(H) C H. De acordo com (ii), pi é um subespaço fechado de H. Além
disso, 02 - (I - <)(Hi) C H , já que - N é unívoco. Da mesma forma, se
escrevermos Hk -- (I - K) k(H) (k -- 1, ... ) , veremos que Hk é um subespaço fechado
de H, ff£+1 Hk (k -- 1, ... ).
Escolha uk C Hk com uk -- 1, uk C Rp+1. Então, Kuk - mas =
(k k) -l - <-l) ( k - -t). Agora, se k > I, Hk+ I C Hk I+1 ? H .
Assim, uk - -k, -l - <-i ko >i+Como ut C R¿"+1 , ||ut || = 1, deduzimos
<k >j|| > 1 (k, I -- 1, ... ). Mas isso é impossível, pois N é compacto.
6. Por outro lado, suponha que R(I - N) = H. Então, devido a (iii),
vemos que N(I - N*) = {0}. Como N* é compacto, podemos utilizar a
etapa 5 para concluir fi(/ - N*) = H. Mas então N(I - K) - R(I - K')" = {0}.
Essa conclusão e a etapa 5 completam a prova da afirmação (iv).
7. Em seguida, afirmamos

dim N(/ - N) > dim fi(/ N)".

Para provar isso, suponha que dim N(I - K) < dim fi(/ - N)*. Então existe um
mapeamento linear limitado A : N(I - N) R ( I - N)" que é um para um, mas não
é onto. Estenda A para um mapeamento linear A : H -+ R(I - N)" definindo An -- 0
para u C N(I - N)*. Agora, A tem um intervalo de dimensão finita e, portanto, A e,
assim, K A , são compactos. Além disso, N(I - (N + A)) =
{0}. De fato, se In + An -- u, então u - In = An C R(I N ) "; logo, u - In = An -- 0.
Assim, u C N(I - N) e, de fato, u = 0, já que A é unívoco em N(I - N). Agora aplique
a afirmação (iv) a K -- K A . Concluímos que 9(I - (N + A)) = H. Mas isso é
impossível: se r C R(I - K)", mas r R (A), a equação

u - (Ku + An) - r

não tem solução.


APÊNDICE D: ANÁLISE F'UNGIONAL DA EINEAR 643

8. Como R(I - N*)" = N(I N), deduzimos da etapa 7

dim N(I - K') > dim fi(/ - N*)"


= dim N(I - K).

A desigualdade oposta resulta da troca das funções de N e N*. Isso estabelece


(v).

Observação. O Teorema 5 afirma, em particular, que


para cada / o H, a equação u - In =/
tem uma solução única
ou então
a equação homogênea u - In =0
tem soluções u0 .

Essa dicotomia é a alternativa de Fredholm. Além disso, caso (fi) seja


obtido, o espaço de soluções do problema homogêneo é de dimensão finita, e
a equação não homogênea

tem uma solução se e somente se / C N(I - N*)".

Agora, investigamos o espectro de um operador linear compacto.

TEOREMA 6 (Espectro de um operador compacto). Suponha que dim H - in e


K : H -+ H IS COmpact. Então

e
(R) - ( 0}é finito, ou então
(iii)
w(N) - {0} é uma sequência n que tende a 0.
Prova. 1. Suponha que0 $ cr(K). Então, N : H -+ H é bijetivo e, portanto, K o
K*l , sendo a composição de um sistema compacto e um sistema linear
limitado
é compacto. Isso é impossível, pois dim H em.
2. Suponha que q C w(N), q / 0. Então, se N(K - yI) -- {0}, a alternativa de
Fredholm implicaria fi(N - q/) = H. Mas então q C p(K), uma contradição.
3. Suponha agora que [yk] _ seja uma sequência de elementos distintos de
w(R) - (0} e wk r . Mostraremos q = 0.
644 APÊNDICES

De fato, como wk o ' (N), existe k 0, de modo que K k -- Hk k Deixe Hk


denotar o subespaço de N abrangido por ( i, k I Então Ok I Jf#e1
para cada k -- 1, 2, ... , já que os {wk] _ são linearmente independentes.
Observe também (N - rkI) k L-1 (k -- 2, ... ). Escolha agora para k --
1, ... um elemento uk o >k Com uk C Hk" e uk -- 1. Agora, se k > I,
H H C Di-i C Hk Assim

já que K-k - wk k <-l - ri ul , ul L-1 - Se wk y -/- 0, obtemos uma contradição com a


compactação de N. O

D.6. Operadores simétricos.


Agora, deixe S : H H ser limitado, simétrico e escreva
M :-- sup (in,u).
CH
ti|| =1

LEMMA (Limites do espectro). Temos


(i) m, M , e
(ii) m, M C cr(S).
Prova. 1. Seja p > M. Então

Assim, o Teorema de Lax Milgram (§6.2.1) afirma que yI - S é unívoco e onto e,


portanto, q e p(S). Da mesma forma, p C p(S) se p < m. Isso prova (i).
2. Provaremos que M e o(S). Como o emparelhamento u, r] := (Mn - Su, r) é
simétrico, com u, u] > 0 para todo u C H, a desigualdade de Cauchy-Schwarz
implica
(Mu - Su, r) < (Mu - Su, u)"2 (M - Sr, r)1 '2
para todos os u, r o H. Em particular

para alguma constante C'.


Agora, que uk] C H satisfaça uk -- 1 (k -- 1, ... ) e (ink k) -+ M.
Então (6) implica que | Mud - S k 0. Agora, se Mp (S), então
k - (MI - S) (M<k k) - 0,
uma contradição. Portanto, M C cr(S) e, da mesma forma, m C cr(S) .
APÊNDICE E: TEORIA DA MEDIÇÃO 645

TEOREMA 7 (Vetores próprios de um operador compacto e simétrico). Seja H


um espaço de Hilbert separável e suponha que S : H -+ H seja um operador
compacto e simétrico. Então, existe um 6nsis ortonormal contável de H que
consiste em autovetores de S.
Prova. 1. Deixe (sk I compreender a sequência de autovalores distintos de S,
exceto 0. Defina ro = 0. Escreva po = N(S), Hk - N(S - Qkl) (k -- 1, ... ). Então, 0
< dim to , e 0 < dim Hk < in, de acordo com a alternativa de Fredholm.
2. Seja u o Ok, C H para k -/- 1. Então em -- rk , Sr -- y r e assim

Como wk / y , deduzimos que (u, r) = 0. Consequentemente, vemos que os


subespaços Hk
e H são ortogonais.
3. Agora, deixe H ser o menor subespaço de H contendo to, Hi ,
Assim, H -- { p-0 ak uk m C {0, ... }, uk C Hk , ak C R}. A seguir,
d e m o n s t r a m o s que If é denso em H. Claramente, S(II) II. Além
disso, S( I ) C II" :
De fato, se u C II* e r C H, então (Su, r) - (u, Sr) - 0.
Agora o operador °S S é compacto e simétrico. Além disso, cr(S) -- {0}, já que
qualquer autovalor diferente de zero de S s e r i a também um autovalor de S. De
acordo com o lema, então, ('Su, u) = 0 para todo u C H". Mas se u, r C H*,

Portanto, 'S -- 0. Consequentemente, II" N (S) c II, e assim H" -- (0}. Assim, II
é denso em H.
4. Escolha uma base ortonormal para cada subespaço Hk (k -- 0, ... ),
observando que, como H é separável, po tem uma base ortonormal contável.
Assim, obtemos uma base ortonormal de vetores próprios.

A maioria dessas provas é de Brezis BRI]. Consulte também Gilbarg-


Trudinger G-T, Capítulo 5] e Yosida Y].

APÊNDICE E: TEORIA DAS MEDIDAS

Este apêndice apresenta um resumo rápido de alguns fundamentos da teoria


da medida.

E.1. Medida de Lebesgue.


A medida de Lebesgue fornece uma maneira de descrever o "tamanho" ou o
"volume" de determinados subconjuntos de R'.
646 APÊNDICE!S

DEFINIÇÃO. Uma coleção M de subconjuntos de R' é uma álgebra de madeira


com punho 3/

(ii) A C M implica - A C M,
e
(iii) i/ {A£}L-- H, então _ Ak , G*-i Ak C M.
TEOREMA l (Existência de medida de Lebesgue e conjuntos mensuráveis
de Lebesgue). Existe uma cr-álgebra M de subconjuntos de e um
mapeamento

com as seguintes propriedades:


(i) Todo subconjunto aberto de ' e,
portanto, todo subconjunto fechado de ',
pertencem a .
(ii) Se B for uma bola qualquer em ', então B é igual ao volume
n -dimensional de
B.
(iii) /J (AL}p_1 H e os conjuntos {Ak}p 1 rim são par a par disjuntos, então

(1) U Ak - Z A" ("aditividade contável").


k--1 k--1

(iv) Se A C B, onde B C M e B -- 0, então AM e A -- 0.


Notação. Os conjuntos em M são chamados de conjuntos mensuráveis |É
de Lebesgue e -| medida de Lebesgue n-dimensional.

Observações. (i) A partir de (ii) e (iii), vemos que A é igual ao volume de


qualquer conjunto A com limites suaves por partes.
(ii) Deduzimos de (1) que

(2) |8| = 0,

(3) U Ak -<Z Ak ("subaditividade contável")


k--1 k--1

para qualquer coleção contável de conjuntos mensuráveis Ak j .

Notação. Se alguma propriedade for válida em qualquer lugar em R', exceto para
um conjunto mensurável com medida Lebesgue zero, dizemos que a propriedade
APÊNDICE E: TEORIA DA 64Z
MEDIÇÃO
é válida em quase todos os lugares, abreviada como "a.e.".
648 APÊNDICE!S

E.2. Funções mensuráveis e integração.


DEFINIÇÃO. Seja f : R" -' R. Subtendemos que / é uma função mensurável i/

para cada subconjunto aberto U C .


Observe, em particular, que se / é contínuo, então / é mensurável. A
soma e o produto de duas funções mensuráveis são mensuráveis. Além
disso, se (/#}p-0 são funções mensuráveis, então também o são limsup fk e
liminf fk .
TEOREMA 2 (Teorema de Egoroff). Sejam fk ], f sejam funções
mensuráveis.
e
Jp -+ fa.e. em A,
ondeG émensurável, A < on. Então, para cada c > 0, existe um
subconjunto mensurável E C A de modo que
(i) A - E| < e e
(ii) ft -+ f uni/orm/y em A.

Agora, se J for uma função mensurável e não negativa, é possível, por meio
de uma aproximação de / com funções simples, definir a integral de Lebesgue

f dz.

Cf. §E.5 abaixo. Isso está de acordo com a integral usual se / for contínua ou
Riemann integrável. Se J for mensurável, mas não necessariamente não
negativo, definimos

desde que pelo menos um dos termos do lado direito seja finito. Nesse caso,
dizemos que f é integrável.
DEFINIÇÃO. Uma função mensurável f é somável se

Observação. Observe atentamente nossa terminologia: uma função


mensurável é inte- prn6fe se tiver uma integral (que pode ser igual a +oo ou -
en) e é somável se essa integral for finita.
648 APÊNDICE!S

Notação. Se a função de valor real / for mensurável, definimos o supremo


essencial de J como sendo

ess sup / := inf(p C R | |(/ > p} | = 0}.

E.3. Teoremas de convergência para integrais.

A teoria de integração de Lebesgue é especialmente útil, pois fornece os


seguintes teoremas de convergência poderosos.

TEOREMA 3 (Lema de Fatou). Suponha que as junções f k ]-k 1, f não


são neutras e são somáveis. Então

lim inf lim infOk d::s.


}}qn k --m

TEOREMA 4 (Teorema da Convergência Monótona). Suponha que o


/unCf3ODJ
k I _- são mensuráveis, com

Entã
o lim = lim Ok d::s.

TEOREMA 5 (Teorema da Convergência Dominada). Suponha que as


junções
Ok, eu _- são inlegíveis e
Okf a.e.

Suponha que nfso

para alguma função somável g. Então

E.4. Diferenciação.

Um fato importante é que uma função somável é "aproximadamente


contínua" em quase todos os pontos.
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APÊNDICE E: TEORIA DAS 649


MEDIDAS

TEOREMA 6 ( Teorema da Diferenciação de Lebesgue). Seja : R' -' R 6e


localmente somáveis.
(i) Então, para a .e. pornô o o',

0.

(ii) De fato, para a pornografia a.e.! '.

(4) /(z) - /(no) | d:t -+ 0 como r -+ 0.


B(x ,r)

Um ponto +o no qual (4) se mantém é chamado de ponto Lebesgue de /.


Observação. De modo mais geral, se / e L,^ ,(R') para algum 1 < p < on, então,
para um ponto de e.a. +o o R", temos

](+) - /(+o)!' dz - 0as r 0.


B(org ,r)

E.S. Banach space-valued functions.


Estendemos as noções de mensurabilidade, integrabilidade, etc. para
mapeamentos

onde ' > 0 e A é um espaço real de Banach, com norma || ||.


DEFINIÇÕES. (i) Uma junção s : 0, T] -+ A é chamada de simples se
tiver a forma

(5) qq= ;q Q<'<r),


i=1

onde cada E; é um subconjunto mensurável de Lebesgue de 0, T] e u; C X (i --


1,...,m).
(ii) Uma junção f : 0, T] -+ X é fortemente mensurável i/ existem
' RC DOORS Sk : |0, T] - X de modo que

S#(t) -' f(t) /ou n. e. 0 < t < T.

(iii) Uma função Y : |0, T] -' A iJ fracamente mensurável i//ou cada u' C X'
, o mapeamento I (u' , f(I)) é mensurável de Lebesgue.
650 APÊNDICE!S

DEFINIÇÃO. Consideramos que f : 0, Z'J -' A tem valor quase separável


se existir um subconjunto N 0 , T , com N - 0, de modo que o conjunto
(f(t) | t C 0, T - N] seja separável.

TEOREMA 7 (Pettis). O mapeamento f : [0, T -+ X é fortemente mensurável


i/ e somente t/ f é fracamente mensurável e tem v a l o r quase separável.

DEFINIÇÕES. (i) // s(t) = Z'.i x-.(')ui é simples, definimos

(6)
0

(ii) Dizemos que f : |0, T] - A zs somável se houver e:listssequência sk] _


de junções simples tais que

(I) ))S/r(I) f(I) || dt -- 0


0

(iii) Se f for somável, definimos

(8) f(t) dt -- lim S/r (I) dt.


0

TEOREMA 8 (Bochner). Uma função mensurável StEORQlv f : 0, T] -' A ts


surnrnnhfe iJ e somente se I||f (t)|| for somável. Nesse caso

f(t) dt < ||f(t) || dt,


0 0

e
u*, f(t) dl -- (u*, f(t)} dt
0 0
para cada u' X .

Um bom livro sobre teoria da medida é Folland F2]. Consulte Yosida Y,


Capítulo V, Seções 4-5J para ver as provas dos Teoremas 7 e 8.
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ÍNDICE

estimativas a priori, 504 explodir


ação funcional, 116 lei de conservação, 597 equação
adjunto, 639 de calor não linear, 513
forma bilinear, 302 equação de meio poroso, 171
do operador elíptico, 302 Teorema de Bochner, 650
estados admissíveis, 589 limite, 626
Equação de Airy, 4, 173 quase C , 626
em toda parte (a.e.), 646 analítico, 626
função de valor quase separável, 650 normal para, 626
amplitude, 207 endireitamento, 103, 224, 228, 320, 325, 627
analiticidade, 226-233 dados de limite
de funções harmônicas, 31 admissível, 106
de soluções para equações de condições de compatibilidade em, 104 não
calor, 62 de soluções para EDPs, característico, 104, 106
229 p r o b l e m a d e valor-limite
Critério de compactação de Arzela-Ascoli, 274, problema de valor próprio, 334
455, homogeneização de, 218
540, 634 Equação de Laplace, 41
assintótica, 157, 199-221 condições de contorno não lineares, 489
médias, 616 problema de valor próprio não linear, 464
equação de Poisson não linear, 507, 518
Equação de Poisson, 27, 42
equação de calor de
equação elíptica quasilinear, 491, 505
singularidade inversa,
equação elíptica de segunda ordem, 293, 296
63
equação elíptica semilinear, 482, 514
Espaço de Banach, 241, 249, 635
Método Browder-Minty, 497, 540
Solução de Barenblatt, 182
Equação de Burgers, 5, 140, 141, 143
barreira, 346
viscosidade de fuga, 204
base viscoso, 195
de funções próprias, 169, 335, 353, 360, 363,
364, 388, 390, 391, 493 cálculo de variações, 11, 43, 117, 123, 431-
ortonormal, 637 490
equação do feixe, 4 Dados de Cauchy, 222
Lei de Bernoulli, 196 Problema de Cauchy
Potencial de Bessel, 187 para dados de contorno,
equação biharmônica, 345 222 para equação de
forma bilinear, 296 calor, 47
estimativas para, 299-301 Sequência de Cauchy, 241, 249, 635
dependente do tempo, 351, 378, 403
equação biestável, 175
655
656

Cauchy-Kovalevskaya Theorem, 10, 228-233 problema com o corretor


regra da cadeia, 291 para a função de Greten,
equação característica, 398 34 para
características, 10, 19, 97-115, 152, 200, 217, homogeneização, 221
399 custo, 552
e condições de contorno, 103-106 e correndo, 552
solução local para PDE, 106-110 terminal, 552
aplicações de, 110-115 Princípio de Courant minimax, 347
travessia, 112 Crandall, M.-Lions, P.-L., 564 crítico
derivação, 97 ponto, 118, 432, 476-481
exemplos de, 99-102 valor, 477
projetada, 98 expoente crítico, 486, 514
resumo da EDO característica, 98 curvatura, 201
Equação de Clairaut, 93 média, 435, 489
Teorema do gráfico fechado, 417, 638 curvaturas principais, 216
fórmula de coárea, 396, 628 função de corte, 310
coercividade, 443, 453
matriz de cofatores, 411, 440
compacto Fórmula de d'Alembert, 68, 69, 78, 82, 88
operador linear, 640 Teorema da deformação, 477, 481
mapeamento, 503 Estimativas de DeGiorgi-Nash, 462
incorporações compactas, 271 grau, 487
integral completa, fi2 espaço Identidade Derrick-Pohozaev, 517
linear completo, 635 condição quocientes de diferença, 277-
E, 612 279 e derivadas fracas, 277
lei de conservação, 5, 8, 10, 136-162 definição de, 277
características para, 112, equações diferenciais
143 decaimento em sup- em espaços de Banach, 413
norma, 157 decaimento em espaços de Hilbert, 479, 528
para onda N, 158 difusão, 200
derivação, 567 e transporte, 199-204
solução implícita, 114 equação, 4, 44
problema do valor inicial, 136 DiPerna, R., 165
solução integral, 137, 148 Medida de Dirac, 25, 35, 48, 200,
Fórmula de Lax-Oleinik, 146 201 Condição de limite de Dirichlet,
Condição de Rankine-Hugoniot, 140 294 Princípio de Dirichlet, 42, 434
sistemas, 6, 12, 567-606 generalizado, 434
viscoso, 234 dispersão, 173
relação constitutiva, 569, 578, 595 dissipação, 173
restrições forma de divergência PDE, 294, 350
incompressibilidade, 472 domínio de dependência
integral, 463 equação de onda generalizada, 395
unilateral, 467 equação de onda, 84
pontualmente, 470 Teorema da Convergência Dominada, 134,
contração, 499, 501, 529 154,
semigrupo, 414 211, 412, 452, 510, 606, 648
teoria do controle, duplicação de variáveis, 547, 608
551 Douglis, A., 165
controles espaço dual, 638
admissível, 551 de If , 283
ideal, 11, 560 dualidade do Hamiltoniano e do Lagrangiano,
conversão de equações não lineares em 122 Princípio de Duhamel, 49, 81
lineares,
programação dinâmica, 11, 551, 552
194-199
função convexa, 523, 621
domínio, 523 Teorema de Egoroff, 446, 647
subdiferencial de, 163, 523 função própria, 169, 305
hiperplano de suporte, 621 base, 335
convexidade, 447
uniforme, 131, 143, 144, 621
657

valor próprio, 11, 169, 305, 334, 574, 575, 638 Teorema do ponto fixo
operador elíptico não simétrico, 34Œ-344 de Banach, 498, 500, 502, 537
principal, 11, 336-344, 512, 537 operador Brouwer's, 441, 493
elíptico simétrico, 334-340 Schaefer's, 342, 503, 507
vetor próprio, 334, 575, 638 Schauder's, 502
esquerda, 574 métodos de ponto fixo, 11, 498-507
direito, 574 Equação de Fokker-Planck, 4
Equação eikonal, 6, 93, 96, 664 Transformada de Fourier, 10, 182-190, 282-283,
generalizado, 395 292,
elasticidade 408
linear, ô e espaços de Sobolev, 282
não linear, 457, 475 aplicações, 186-190
regularização elíptica, 487 definição de, 183, 184
elipticidade, 294 propriedades, 183, 184
estimativas de energia Alternativa de Fredholm, 220, 641, 643
equação elíptica quasilinear, 494 problema de limite livre, 470
equação elíptica de segunda ordem, 299 PDE totalmente não linear, 2
equação hiperbólica de segunda ordem, espaços de função
381 equação parabólica de segunda BMO, 276
ordem, 354 sistema hiperbólico C", 618
simétrico, 405 G"'^ , 241
métodos de energia G' , 618
equação de calor, 62W6 H' , 245
Equação de Laplace, 41-43 H^, 283
equação de onda, 83-85 H ' , 283
condição de entropia, 12, 143, 149, 589, 599 /fO, 246
Lax's, 589 L , 618, 636
Liu's, 602 IV '^, 244
solução de entropia IVO'^, 245
lei de conservação do ângulo, Valor de espaço de Banach, 285-289
sistema 150, 604, 607 solução fundamental
par entropia/entropia-fluxo, 604, 607 equação de calor, 46, 180, 188
envelopes, 94 Equação de Laplace, 22, 25
construção de soluções usando, 94 Equação de Schrödinger, 188
equipartição de energia, 88 supremo
essencial (ess sup) , 648 Equações
Método de Galerkin, 169, 353, 380, 493
de Euler, 569, 578
barotrópico, 595, 611
Teorema de Gauss-Bonnet, 488
incompressível, 6, 196 Teorema de Gauss-Green, 20, 627
Fórmula de Euler para jacobianos, 476 integral geral, 96
Equação de Euler-Lagrange, 434, 460 gerador de semigrupo, 4l4Wl8 não
mapas harmônicos, 470 linearidade genuína, 581, 588, 594
unidimensional, 117
notação geométrica, 614-615
sistema, 454 óptica geométrica, 207-217, 395 Gidas,
sistemas, 438 B.-Ni, W.-Nirenberg, L., 538 fluxo de
Equação de Euler-Poisson-Darboux, 70, 75 gradiente, 629
soluções exponenciais, 172 Fórmulas de Green, 33, 34, 628
extensões, 254-257 Função de Green, 33-41
derivação de, 33-35
para bola, 40
fatoração de PDE, 67, 398 para meio-espaço, 37
Lema de Fatou, 532, 648 simetria de, 35
controle de feedback, 553
primeira variação, 433
equação de primeira ordem, 9, 91-165 Espaços de Hölder, 240-241
integral completa, 92 Exemplo de Hadamard, 234
notação para, 91 Equações diferenciais de Hamilton, 115, 116,
sistema hiperbólico de primeira ordem, 11, 120
400W12
658

Equação de Hamilton-Jacobi, 5, 10, 11, 94, 96, Cauchy-Schwarz, 624, 636


115-136, 171, 395, 539 Gagliardœ-Nirenberg-Sobolev, 10, 262-266
características para, 114, 116, 123 tipo Sobolev geral, 269 G
Fórmula de Hopf-Lax, 124 ronwall's
condição de semiconcavidade, 130 forma diferencial, 624
solução a.e., 128 forma integral, 625
exclusividade, 132 de Hölder, 622
solução fraca, 132 Harnack's, 32, 86, 333, 370
Equação de Hamilton-Jacobi-Bellman, 557 e interpolação, 290
controles ótimos, 560 Jensen's, 621
Hamiltoniano, 119, 557 Minkowski, 249, 623
dualidade com o Lagrangiano, 122 Morrey's, 10, 266-269
função harmônica, 20 Poincaré, 265, 275-276, 448
mapeamento harmônico, 470 Young's, 622
bola térmica, 52 com c, 622
equação de calor, 4, 9, 44-65, 172 problema de valor
princípio do máximo forte, 54 inicial
singularidade regressiva, 63 Equação de Burgers, 140
derivação, 44 lei de conservação, 136, 144, 150, 568, 604,
métodos de energia, 62-65 606
solução fundamental, 46 Equação de Hamilton-Jacobi, 115, 124, 129,
velocidade de propagação 135, 539, 542, 546, 550, 560
infinita, 49 problema do valor equação de calor, 47, 188, 191
inicial, 47 equação parabólica quasilinear, 194, 540
princípio do máximo, 57 Equação de Schrödinger, 188
fórmula do valor médio, 52 equação do telégrafo, 190
problema não homogêneo, 44, 49 e q u a ç ã o d e transporte, 18,
não linear, 511 85 equação de Burgers viscosa,
regularidade, 59, 61 195 equação de onda, 67, 189,
exclusividade, 56, 58 192, 208
Equação de Helm holtz, 3, 305 equação de viga de problema de
Espaço de Hilbert, 636 valor inicial/limite, 427
Teorema de Hille-Yosida, 418, 421, 423 equação de calor, 57, 88, 168
transformada hodográfica, 197 equação parabólica, 511
PDE homogênea, 2 equação parabólica quasilinear, 535
homogeneização, 218-221, 235 sistema de reação-difusão, 499
Lema de Hopf, 330, 333, 341, 343, 344, 519 equação hiperbólica de segunda ordem,
Transformação de Hopf-Cole, 195 378 equação parabólica de segunda
Fórmula de Hopf-Lax, 10, 121-136, 539, 560- ordem, 350 equação de onda, 69, 83
563 produto interno, 636
Princípio de Huygens, 80 solução integral, 137, 148, 570, 607
sistema hiperbólico fórmula de integração por partes, 627
coeficientes constantes, 408-412 condição de esfera interior, 330, 519
não linear, 573 Teorema da função inversa, 106, 197, 198,
simétrico, 402-408 591, 592, 632
hiperbolicidade, 398, 401 inversão por meio de sphère,
para sistema simétrico, 401 39 irreversibilidade, 189, 538
estrito, 401, 573, 578, 595 equações de fluidos irrotacionais, 197
uniforme, 403
materiais hiperelásticos, 457
descontinuidade de contato /r, 588
Onda de rarefação /C, 582
Teorema da função implícita, 105, 212, 217, onda de choque k, 589
465, 518, 576, 577, 585, 633 /C-onda simples, 580
incompressibilidade, 472-476 Fórmula de Kirchhoff, 73
desigualdade Equação de Kolmogorov, 4
Cauchy, 622 Equação de KortewegWeVries (KdV), 5, 174
com e, 622 O exemplo de Kovalevskaya, 235
Kruékov, S., 612
JNDJX 659

Multiplicador de fraco
Lagrange como equação elíptica de segunda ordem, 327-
valor próprio, 464 329 equação parabólica de segunda ordem,
como função, 471 368-
restrições integrais, 464 370
pressão como, 472 Equações de Maxwell, 6, 88
Lagrangiano, 116, 432, 437 Teorema de Mazur, 449, 626, 639
dualidade com o Hamiltoniano, fórmulas de valor médio
122 nulo, 439, 441, 487, 488 equação de calor, 52
Transformada de Laplace, 191-194, 417 Equação de Laplace, 25, 26
aplicativos, 191-194 função mensurável, 647
definição de, 191 método de descida, 74, 79
Equação de Laplace, 3, 9, 20-43, 295 equação de superfície mínima, 5, 198, 435
analiticidade, 31 métodos minimax, 347, 480
derivação, 20 minimizador, 433, 438, 443
Função de Green, 33-41 molinizador, 250, 629
Desigualdade de Harnack, 32 momentum, generalizado, 119
Teorema de Liouville, 30 Equação de Monge-Ampere, 5
fórmulas de valor médio, 28 Teorema da Convergência Monótona, 447, 648
campo vetorial monótono, 492
regularidade, 28, 29
monotonicidade, 11, 524
Método de Laplace, 204
rigoroso, 497
Teorema de Lax-Milgram, 297, 299, 301, 345,
Lema de Morse, 212
483, 644
Teorema de Mountain Pass, 480, 485
Fórmula de Lax-Oleinik, 10, 144-162, 206
método do plano móvel, 521-522
Medida de Lebesgue, 645
multiíndices, 12, 617
Ponto de Lebesgue, 186, 649
Teorema M ultinomial, 12, 227
Teorema de ração diferente de Lebesgue, 281,
630,
648 Onda N, 159
Transformada de Legendre, 121, 122, 561 Equações de Navier-Stokes, 6
ctasscat, 198 Condições de contorno de Neumann, 348, 428
Fórmula de Leibniz, 12, 247 Lei de Newton, 66, 119, 569 não
degenerescência linear, 581, 587 característico
operador linear, 637 dados de limite, 104, 106
limitado, 637 superfície, 223, 224
fechado, 638 superfície não característica, 226
simétrico, 335, 639 forma de PDE não divergente, 294,
PDE linear, 2 350 não existência de soluções, 511-
Liouville's 517 problema não homogêneo
equação, 3 equação de calor, 49, 51
Teorema, 30 equação de transporte, 19
Continuidade de Lipschitz, 616 equação de onda, 81
e diferenciabilidade a.e., 279 problema de valor próprio não linear, 464
e derivadas parciais fracas, 279 norma, 241, 635, 636
semicontinuidade inferior, 523 derivada normal, 627 normal
fraco, 445, 525 à superfície, 626 notação para
estimativas, 619
notação para funções, 615-619 notação
majorantes, 227, 231 para matrizes, 613-614
princípio máximo, 10 Lagrangiano nulo, 439, 441, 487, 488
Problema de Cauchy para equação de calor,
57 forte, 339, 341 0, notação o, 619
equação de calor, 54 problema de obstáculos, 467
Equação de Laplace, 27 Oleinik, 0., 165
equação elíptica de segunda ordem, 330- condições de otimização, 553
333 equação parabólica de segunda elementos ortogonais, 637
ordem, 375-
377
660 JNDJX

iiiiniir izadores, 45h-4fi2


p-Laplaciano, 5
sistema p, 568, 606 ondas
viajantes para, 602
Condição do Palais-Smale, 477, 478, 480, 484
parabólica
limite, 52
cilindro, 51
aproximação parabólica, 204
parabolicidade, 360
definição de equação diferencial
parcial, 1
partição da unidade, 251, 2fl3, 266, 260, 290
método de penalidade, 537
Teorema de Perron-Frobenius, 334
fase, 207
plano de fase, 176
P Teorema de Iancherel,
183 onda plana, 172, 401
Equação de Poisson, 20, 23, 295
não linear, 5, 435
Fórmula de Poisson
bola, 41, S6
meio-espaço, 37, S7
equação de onda, 74,
S0
Bola do núcleo
de Poisson,
41
meio-espaço, 37
coordenadas polares, 625
policonvexidade, 456
equação de meio poroso, 5, 170, 180 Solução
de Barenblatt, 182
potenciais, 156, 198
características projetadas, 9S
velocidade de propagação,
182
finito, 7S, 84, 163, 394-397
infinito, 49, 375
função adequada, 523

PDE quasilinear, 2

Teorema de Rademacher, 125, 281


soluçãoradial, 22
Condição de Rankirie-Hugoniot, 140, 141,
144,
72
curva de rarefação, 550
Onda de rarefação, 141, 582
Fórmula de Rayleigh, 336
Equação de reação-difusão, 511
biestável, 175
p¿};tt ¿
sistema, fi, 455
reflexão, 65, 2Sâ, 521 espaço
reflexivo, 63h regularidade,
8
equação de calor, SS, 61
equação de Laplace, 2h, 2g
JNDJX 659

conjunto de amortecedores, 583


equação elíptica de segunda ordem, 308-
326 equação hiperbólica de segunda
ordem, 387-392 equação parabólica de
segunda ordem, 358-367
Teorema de compactação de Rellich-
Kondrachov, 272
resolvente, 191
identidade, 417
não linear, 526
conjunto de resolventes, 417, 638
resposta do sistema a controles, 551
potencial retardado, 82
Invariantes de Riemann, 593-599
explosão, 597
Problema de Riemann, 12, 154-15 7, 579-592
solução local de, 590
Teorema da Representação de Riesz, 284, 298,
299

lei de conservação escalar, 570


Estimativas de Schauder, 462
Equação de Schrödinger, 4, 173, 234
segunda variação, 436, 488
equação elíptica de segunda ordem, 10, 293-
347 forma bilinear para, 296
limite do inverso, 306
valores próprios e funções próprias, 334-
344 teoremas de existência, 301-306
Desigualdade de Harnack, 333
princípios máximos, 326-333
regularidade, 308-326
limite, 316-326
interior, 309-316
equação hiperbólica de segunda ordem, 11, 377-
400, 402
como semigrupo, 423
velocidade de propagação finita,
394-397 em duas variáveis, 397-
400
formas canônicas, 399
regularidade, 387-393
solução fraca de, 380-387
equação parabólica de segunda ordem, 11,
349-
377
como semigrupo, 421
Desigualdade de Harnack, 370-374
princípios máximos, 367-377
regularidade, 358-367
solução fraca de, 351-358
semiconcavidade, 130, 131
semigrupo, 191
linear, 11, 412-424
não linear, 11, 523, 528-536
PDE semilinear, 2
espaço separável, 636
separação de variáveis, 167-171
equações de águas rasas, 570, 611
ÍNDIC 661
E

onda de choque, S, 140, 143, 573, 583, 589, ODE, 176


599, reação-difusão, 499
600, 604 semilinear hiperbólica, fl73
não física, 141, 889 assinatura sistema de equações diferenciais parciais, 2
da matriz, 210 soluções de
similaridade, 45, 172-1S2 Função Fórmula de Taylor, 13, 31, 32, 226
simples, 649 equação do telégrafo, 4, 190,
ondas simples, 579 426 problema do valor terminal
integral singular, 95 Equação de Hamilton-Jacobi, 557
perturbação singular, 199 equação de calor, 63
Desigualdades de Sobolev, 261-271 equação de transporte, 152
Espaço de Sobolev, 10, 241-292 função de teste, 242
aproximação por funções suaves, 250- 254 traços, 267-261, 291
compacidade, 271-274 equação de transporte, 3, 9, 18-19, 67
completude de, 249 onda viajante, 172, 174, 176, 234
lei de conservação, 673, 600-602
convergência em, 245
definição de, 244
exclusividade
diferenciabilidade a.e., 250
para trás no tempo, 63
extensões, 264-25 7
Problema de Cauchy para a equação de
fracionário, 283
calor, 58 lei de conservação, 151, 607
norma, 245
Equação de Hamilton-Jacobi, 132-135
traços, 257-261
equação de calor, 62
soliton, solução no cálculo de variações, 449
175 Equação de Poisson, 27 Equação
clássico, T elíptica quasilinear, 497 Solução
fraco, 8, 508, 542 de viscosidade, 547
velocidade do som, 579, 595
espectro, 305, 638 função de valor, 662
operador compacto, 643 método da viscosidade de fuga, 204, 205, 540,
operador compacto e simétrico, 644 543, 605
complexo, 340 formulação variacional, 296
ponto, 638 desigualdade variacional, 467-470, 489, 537
meios esféricos, 67, 70 versão de uma função, 269
em forma de estrela solução de viscosidade, 539-565
conjuntos de níveis, 517 definição de, 542
conjunto, 514, 515 existência, 550
estado do sistema, exclusividade, 546, 547
551 espaço de
estado, 568 onda
fase estacionária, 208-217 H-, 159
Problema de Stokes, 472 avião, 172, 401
deformação, estresse, 578 rarefação, 141, 582
choque, 143, 573, 583, 589, 599, 600, 604
hiperbolicidade estrita, 573
simples, 579
função fortemente mensurável, 649
viagens, 172, 174, 176, 234, 573, 600-602
subdiferencial, fl23
equação de onda, 4, 9, 65, 85, 173
subscritos, sobrescritos, 438, 619
Fórmula de d'Alembert, 68
subsolução, 88, 327, 346, 508, 537
derivação, 66 dimensão
função somável, 647
mesmo, 78-80
supersolução, 327, 508, 537 estranho, 74-78
sistema um, 19, 67-69, 75
PDE analítico, 228 três, 71-73
leis de conservação, 567-606 dois, 73-74
coeficiente constante, hiperbólico, 408-412 equipartição de energia, 88
Equações de Euler, 196 generalizada, 4
Euler-Lagrange, 437-441, 453-457
fluxo irrotacional, 197
662 INDJX

equação de onda ( con Chegou)


Fórmula de Kirchhoff, 73
método de descida, 74, 79 não
homogêneo, 65 nãoñnear,
5, 569, 578
Fórmula de Poisson, 74
velocidades das ondas, 172, 401
continuidade fraca de determinantes,
454 convergência fraca, 444, 495, 540,
639 derivada parcial fraca, 242-254
definição de, 242
exemplos de, 243-244, 246-247
propriedades de, 247-248
singularidade de, 243
solução fraca
lei de conservação, 150-154, 570, 607
Equação de Euler-Lagrange, 450
sistema hiperbólico de primeira ordem, 401, 403
Equação de Hamilton-Jacobi, 129-136
equação elíptica de segunda ordem, 295-307
equação hiperbólica de segunda ordem, 378-
387 equação parabólica de segunda ordem,
351-358 equação de transporte, 19
função fracamente mensurável,
649 problema bem posto, 7, 234

Aproximação de Yosida, 526, 530

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