carregam importante significado para os chineses. Eles fazem parte da cultura que alicerçam as artes marciais na sua totalidade. Entre esses símbolos podemos citar; o tigre e o dragão que são constantemente representados como duas poderosas forças que se complementam. O tigre é a representação do mundo físico visível, onde os aspectos da marcialidade se tornam bem evidentes e acentuadas. O dragão significa a representação do mundo mental e espiritual. Um artista marcial que dominou todas as instâncias da arte deve ter o tigre e o dragão sob seu controle e total equilíbrio. É dito que, todo praticante que adentra nas artes marciais o faz com a fúria de um tigre, cheio de vontade, entusiasmo e vitalidade que são aspectos que conferem qualidades necessárias ao treinamento. Os aspectos externos da força nesse estágio são os mais que evidentes e encantadores. A virtude do tigre é sua tenacidade e sua força física, onde a expressão “forte como um tigre” às vezes é mencionada. Esse processo de domesticar o tigre e controla-lo leva em média 5 anos até se obter o domínio total dessa etapa.
A força do dragão passa obrigatoriamente pelo controle
do tigre sendo essa fase o alicerce de construção de etapas superiores da arte. O dragão representa o nível superior de entendimento da arte e são poucos os que o atingem. Sem controlar o tigre o dragão não se desenvolve nem se manifesta, ele nasce de dentro para fora e seu tamanho não tem limite, ele cresce a vida toda em proporções de uma grandeza que esta além de muitos praticantes que cultivam a força externa e fúria indomável. O cultivo do dragão é a mais alta percepção de um artista marcial no que concede ao entendimento e amadurecimento da arte. Todo dragão é fisicamente forte mesmo que não tenha músculos grandes. Sua força vem de dentro e só é demonstrada em extrema necessidade. Os mestres chineses descrevem a força do dragão como a habilidade de circundar seu oponente e vencer uma luta sem lutar. Esse conceito deu origem a expressão “A caneta é mais forte que a espada” onde a inteligência supera a força com o mínimo de esforço. Aquele que tem a força do dragão não faz exibições publicas nem esta, ansioso para mostrar suas habilidades. Quando demonstrado o poder do dragão, um ou dois movimentos são suficientes para acabar com uma luta. O fogo do dragão representa o chi emanando através da respiração enquanto o tigre recorre aos elementos físicos musculares e condutores para tentar igualar sua força. O apogeu das artes marciais é dominar a arte para depois descarta-la. Quando isso ocorre você não esta mais no caminho marcial, mas você se torna o próprio caminho. Mesmo o praticante trabalhando com espírito do dragão o tigre dentro dele nunca dorme. Ele pode acordar a qualquer momento dependendo da situação. O Dragão é humilde e sábio e conhece sua própria força, enquanto o tigre não. Um bom mestre saberá cultivar no praticante às duas forças e coloca-las em harmonia e equilíbrio. Se o mestre não souber orientar o crescimento de um e o nascimento de outro, logo haverá um desequilíbrio e o tigre morrerá de velhice, fraco e doente. Os tigres de hoje não conheceram o caminho do dragão e muitos ignoram sua existência achando tratar-se mais um mito do que uma realidade. A maioria dos tigres, são consumidos por disputas e competições que estimulam a prática o que é até saudável em um primeiro momento. Não se pode ir e voltar migrando entre um esporte marcial e uma arte marcial o tempo todo. O caminho do tigre é orientado até a porta do nascimento do dragão. Nesse estágio não ha títulos outorgados ou diplomas, mas apenas conquista e entendimento. Um guerreiro das artes marciais terá o controle, a confiança e a força de caráter para não precisar “provar" a si mesmo lutando ou competindo.
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