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EFOMM

2024

AULA 06
Cálculo Vetorial
Prof. Victor So
Prof. Victor So

Sumário
Apresentação 4

1. Vetores 5

1.1. Definições básicas dos vetores 5


1.1.1. Operações matemáticas com vetores 6
1.1.2. Adição de vetores 6

1.2. Regra do paralelogramo 8

1.3. Regra do polígono 10

1.4. Decomposição de vetores 11

1.5. Multiplicação por um escalar 15

1.6. Vetores unitários (𝒊, 𝒋, 𝒌) 16

1.7. Decomposição de vetores em vetores unitários 16

1.8. Definição de vetor por dois pontos 17

1.9. Subtração de vetores 19

1.10. Produto escalar 22


1.10.1. Projeção de vetores 24

1.11. Produto vetorial 25

1.12. Produto misto 28

2. Vetores na Geometria Analítica 32

2.1. Equação vetorial da reta 32


2.1.1. Equações paramétricas 33
2.1.2. Equações simétricas 33
2.1.3. Definição de reta por dois pontos 33
2.1.4. Ângulo entre duas retas 34
2.1.5. Condição de paralelismo entre duas retas 34
2.1.6. Condição de ortogonalidade entre duas retas 35
2.1.7. Condição de colinearidade entre três pontos 35

2.2. Equação do plano 38


2.2.1. Ângulo entre dois planos 40
2.2.2. Ângulo entre reta e plano 40

2.3. Distâncias 41
2.3.1. Distância entre ponto e reta 42
2.3.2. Distância entre retas 42
2.3.3. Distância entre ponto e plano 43

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3. Questões Nível 1 45

Gabarito 52

Resolução 53

4. Questões Nível 2 75

Gabarito 87

Resolução 88

5. Questões Nível 3 123

Gabarito 128

Resolução 128

6. Considerações Finais da Aula 143

7. Referências Bibliográficas 143

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Apresentação
Olá.
Vamos iniciar o estudo do cálculo vetorial. Muito do que vimos na Geometria Analítica será
usado para o estudo dos vetores. Na verdade, veremos que a maioria dos problemas de Geometria
Analítica podem ser resolvidas com a teoria de vetores. Nessa aula, aprenderemos a resolver
questões de vetores no plano ℝ2 e no espaço ℝ3 . Não faremos as demonstrações de todas as
propriedades a rigor, mas aprenderemos toda a base necessária para que possamos resolver as
questões todas as questões sobre esse assunto na prova.
Quaisquer críticas, dúvidas e sugestões, não hesite em nos procurar no fórum de dúvidas
ou se preferir:

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1. Vetores
Vetores é um assunto bastante explorado na Física, mas também pode ser usado na
Matemática, principalmente, na resolução de questões de Geometria Analítica. Antes de iniciar o
estudo dos vetores, vamos entender alguns assuntos da Física.
Na Física, as grandezas são propriedades mensuráveis de um fenômeno, corpo ou
substância. Quando medimos essas propriedades, dividimos quantitativamente em dois grupos:
• Grandezas escalares: são aquelas que necessitam apenas de um número para representar
sua magnitude e sua unidade de medida. Por exemplo: tempo, massa, temperatura etc.
• Grandezas vetoriais: são aquelas que necessitam de um número para representar sua
magnitude, uma orientação (direção e sentido), e sua unidade de medida. Por exemplo:
deslocamento, velocidade, aceleração, força, campo elétrico etc.
Unidade de medida é uma medida específica para uma determinada grandeza física. Por
exemplo: unidade de tempo é segundo (s), unidade de massa é quilograma (kg) etc.
Como visto anteriormente, podemos dividir as grandezas físicas em escalares e vetoriais.
As grandezas escalares necessitam apenas da sua magnitude e sua unidade de medida para
estarem definidas. Por outro lado, as grandezas vetoriais precisam de mais informações.
Por exemplo, quando estamos perdidos e pedimos informação para alguém. Se a pessoa
disser apenas que você está a alguns quilômetros do seu destino, isso não é o suficiente para você
chegar até lá. A primeira pergunta que você fará para o informante é: para qual direção? E qual
sentido?
O estudo dos vetores é fundamental para a melhor compreensão das grandezas físicas.
Algumas definições são feitas diretamente por produto escalar ou produto vetorial, por exemplo.
Por isso, vamos estudar o que são vetores e suas propriedades. Para o nosso curso, estudaremos
e mostraremos somente aquilo que for útil para sua aprovação.

1.1. Definições básicas dos vetores


Vetor é um ente matemático determinado por segmentos orientados caracterizados por:
módulo, direção e sentido. Para representá-lo no espaço, precisamos definir um comprimento
proporcional ao seu módulo (sempre um número real positivo). Normalmente, indicamos um
vetor por uma letra com uma flecha em cima: ⃗𝑎, ⃗𝑏, ⃗𝑢, ⃗⃗𝑉 etc. Em textos impressos, os vetores
podem ser denotados também por negrito: 𝒂, 𝒃, 𝒖, 𝑽 etc. Para se referir apenas ao módulo do
vetor, denotamos por |⃗𝑎| ou simplesmente 𝑎 (sem negrito), como mostrado na figura abaixo:

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Figura 1: Representação geométrica de dois vetores.

𝐴𝐵 e ⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
Assim, verificamos que os segmentos ⃗⃗⃗⃗⃗⃗ 𝐴′𝐵′ estão em direções orientadas paralelas
entre si, com mesmo sentido, e os comprimentos desses segmentos de retas são iguais. Diante
disso, podemos afirmar a condição de igualdade entre dois vetores:

Dois vetores são iguais entre si quando possuem mesmo módulo, mesma direção e mesmo sentido.

𝐴𝐵 = ⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
Assim, podemos dizer que: ⃗⃗⃗⃗⃗⃗ 𝐴′𝐵′ = 𝑎⃗ . Portanto, 𝑎
⃗ é o vetor que os dois segmentos
orientados de reta representam.

1.1.1. Operações matemáticas com vetores


Semelhantemente à álgebra dos números, é possível realizar diversas operações com
vetores. Nós estudaremos aquelas mais usais. Para realizar essas operações, é necessário tomar
alguns cuidados, pois, diferentemente dos números, existem regras próprias.
Algumas operações abordadas neste curso:
1. Adição de vetores;
2. Multiplicação de vetor por escalar;
3. Subtração de vetores;
4. Produto escalar;
5. Produto vetorial.

1.1.2. Adição de vetores


Para somar dois vetores, vamos introduzir a ideia através de um exemplo. Suponha que
um jovem atleta deseje correr em uma praça em formato de um triângulo retângulo conforme a
figura abaixo. Ele sai do ponto A em direção ao ponto B, em seguida para o ponto C.

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Figura 2: Imagem representativa de uma praça para efeitos didáticos.

A praça possui as seguintes dimensões: 𝐴𝐵 = 60 𝑚, 𝐵𝐶 = 80 𝑚 e 𝐴𝐶 = 100 𝑚.


𝐴𝐵, por ⃗𝑏 o vetor deslocamento no trecho ̅̅̅̅
Indicamos por ⃗𝑎 o vetor deslocamento no trecho ̅̅̅̅ 𝐵𝐶 e
por ⃗𝑠 o deslocamento resultante. Matematicamente, dizemos que:
⃗𝑠 = ⃗𝑎 + ⃗𝑏
Observe que, em módulos, 𝑠⃗ ≠ 𝑎 ⃗ + ⃗𝑏, isto é, o tamanho do vetor 𝑠⃗ é diferente da soma
dos módulos de 𝑎 ⃗ e ⃗𝑏. Para encontrar o módulo do vetor resultante, dados que 𝑎 ⃗ e ⃗𝑏 são
perpendiculares entre si, utilizaremos sempre o teorema de Pitágoras:
𝑠2 = 𝑎2 + 𝑏2
𝑠2 = 602 + 802
𝑠 = 100 𝑚
Tudo o que nós fizemos até aqui, é definir apenas o módulo do vetor 𝑠⃗ . Para definir
completamente o vetor, precisamos definir a direção, isto é, o ângulo 𝜃 que o vetor faz com o
segmento ̅̅̅̅
𝐴𝐵. Este ângulo pode ser determinado por intermédio da tangente do ângulo 𝜃:
|𝑏⃗| 80 4 4
𝑡𝑔(𝜃 ) = = = ⇒ 𝜃 = 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔 ( ) ≈ 53,1°
|𝑎| 60 3 3
A partir desse exemplo, podemos ver que somar dois vetores não é simplesmente somar
dois números. Somar vetores é uma operação geométrica.
Antes de caminharmos para as regras de adição de vetores, vamos trabalhar alguns casos
especiais, onde os vetores estão em mesma direção:
• Vetores com mesma direção e mesmo sentido:

Figura 3: Soma de vetores mesma direção.

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Dessa forma, ao somar 2 vetores que têm a mesma direção e sentido, o vetor resultante
terá a mesma direção e sentido dos operandos e seu módulo será a soma dos módulos.
• Vetores com mesma direção e sentidos opostos:

Figura 4: Soma de vetores direção oposta.

Assim, ao somarmos dois vetores que têm mesma direção e sentidos opostos, a direção do
vetor resultante será a mesma dos vetores operandos, mas o sentido será determinado por
aquele que tiver o maior módulo. O módulo do vetor resultante será dado pela diferença do maior
módulo com o menor módulo.
Existem três métodos para somar vetores: regra do paralelogramo, regra do polígono e a
decomposição de vetores.

1.2. Regra do paralelogramo


Este método é utilizado para calcular a soma de dois vetores quando é conhecido o ângulo
formado entre eles. Geralmente, quando usamos esse método utilizamos a lei dos cossenos para
a determinação do vetor resultante.
Vamos recordar duas leis importantes da geometria plana para um triângulo qualquer:

Figura 5: Triângulo qualquer.

Lei dos senos:


𝑎 𝑏 𝑐
= =
𝑠𝑒𝑛𝛼 𝑠𝑒𝑛𝛽 𝑠𝑒𝑛𝛾
Lei dos cossenos:
𝑎2 = 𝑏2 + 𝑐2 − 2. 𝑏. 𝑐. 𝑐𝑜𝑠𝛼

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𝑏2 = 𝑎2 + 𝑐2 − 2. 𝑎. 𝑐. 𝑐𝑜𝑠𝛽
𝑐2 = 𝑎2 + 𝑏2 − 2. 𝑎. 𝑏. 𝑐𝑜𝑠𝛾
Relembrado essas duas leis, vamos aplicar na regra do paralelogramo.
Primeiramente, colocamos os dois vetores com origem em comum (ponto O) e
construímos um paralelogramo, fazendo linhas tracejadas paralelas aos vetores, passando pelas
extremidades dos operandos. Em seguida, liga-se a origem dos vetores (ponto O) ao encontro das
linhas tracejadas (ponto C), determinando o vetor resultante ⃗𝑠 = ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝑂𝐶, conforme figura abaixo:

Figura 6: Processo de soma de vetores pela regra do paralelogramo.

Olhando para o paralelogramo abaixo, podemos aplicar a regra do paralelogramo,


lembrando algumas propriedades da Geometria Plana e da Trigonometria:

Figura 7: Vetor resultante.

No triângulo OBC, vamos chamar o ângulo 𝑂𝐵̂𝐶 de 𝛼 e o ângulo 𝐴Ô𝐵 de 𝛽 (ângulo entre
os dois vetores). De acordo com a Geometria Plana, 𝛼 + 𝛽 = 180° ⇒ 𝛽 = 180 − 𝛼. Da
Trigonometria, sabemos que cos 𝛽 = −𝑐𝑜𝑠𝛼. Então, aplicando a lei dos cossenos para o triângulo
OBC, temos:
𝑠2 = 𝑎2 + 𝑏2 − 2𝑎𝑏 cos 𝛼 ⇒ 𝑠2 = 𝑎2 + 𝑏2 + 2𝑎𝑏(−𝑐𝑜𝑠𝛼)
∴ 𝑠 2 = 𝑎2 + 𝑏2 + 2𝑎𝑏 𝑐𝑜𝑠𝛽
Diante desse resultado, podemos criar um método para determinar o módulo do vetor
soma. Aplicando os passos:
1) Colocamos os vetores em origem comum;
2) Determinamos o valor do ângulo formado pelos vetores que queremos somar;

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3) Cumpridos os passos 1 e 2, aplicamos a fórmula anterior e encontramos o vetor


desejado.
Esse método se limita a soma de dois vetores apenas. Para somar mais vetores,
precisaríamos aplicar a regra do paralelogramo para dois vetores, a partir do resultante
aplicaríamos novamente a regra e assim sucessivamente. Isso tornaria o método nada usual para
o caso da soma de n vetores. Então, veremos uma regra mais útil para esse tipo de problema:
regra do polígono.

1.3. Regra do polígono


Vamos pegar 4 vetores distintos, de acordo com a figura abaixo:

Figura 8: Vetores a serem somados pela regra do polígono.

O vetor resultante pode ser obtido da seguinte forma:


1) Escolha um vetor para ser o “vetor origem” (escolhemos o vetor 𝑎
⃗ ). A partir dele, escolha

qualquer um (escolhemos o vetor 𝑑) e coloque a origem do vetor escolhido na extremidade do
“vetor origem”;
2) Em seguida, escolha qualquer um dos vetores que sobrou e coloque sua origem na
⃗ ) e assim, até que todos os vetores estejam colocados em ordem;
extremidade do vetor anterior (𝑑
3) O vetor resultante será determinado ligando a origem do primeiro vetor à extremidade
do último.
A figura abaixo ilustra nosso exemplo:

Figura 9: Vetor resultante utilizando a regra do polígono.

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A forma como mostramos a regra do polígono ilustra as propriedades comutativa e


associativa da soma de vetores.
Propriedades:
• Propriedade comutativa: 𝑢⃗ +𝑣⃗ =𝑣⃗ +𝑢 ⃗;
• Propriedade associativa: (𝑢
⃗ +𝑣⃗ )+𝑤
⃗⃗⃗ = 𝑢
⃗ + (𝑣
⃗ +𝑤
⃗⃗⃗ ).

Para nosso caso, queremos saber 𝑠⃗ = 𝑎 ⃗ +𝑏 ⃗ + 𝑐⃗ + 𝑑


⃗ e pelas propriedades comutativa e
⃗ + ⃗𝑏 + 𝑐⃗ + ⃗𝑑 = 𝑎
associativa podemos escrever que: 𝑠⃗ = 𝑎 ⃗ + ⃗𝑑 + 𝑐⃗ + ⃗𝑏.
Com esse exemplo, vemos que não importa a ordem como escolhemos os vetores, desde
que sejam respeitadas as regras. Além disso, podemos ver que se efetuarmos a soma e a
extremidade do último cair na origem do primeiro, teremos um polígono fechado dos vetores, de
tal forma que a extremidade do vetor soma coincidirá com a própria origem. Então, o vetor
⃗ ).
resultante será o vetor nulo (0

1.4. Decomposição de vetores


Este método permite descrever diversas grandezas vetoriais em sistemas de coordenadas
𝑥𝑦𝑧 (problemas em 3 dimensões) ou 𝑥𝑦 (problemas em 2 dimensões) para resolver questões. É
comum colocar as variáveis em um mesmo eixo para resolver os problemas.
Tomemos um vetor ⃗⃗𝐹 qualquer. Pela regra do paralelogramo, podemos dizer que é a soma
de outros dois vetores, por exemplo:
⃗𝐹 = ⃗⃗⃗⃗
𝐹1 + ⃗⃗⃗⃗
𝐹2
Neste momento, é interessante observar que para melhorar as contas é interessante
escolher um paralelogramo que possua propriedades que facilitam nossas contas, paralelogramos
com ângulos interessantes. Sabemos que um retângulo é um tipo de paralelogramo com ângulos
de 90° e isso facilita muito as contas. Então, o melhor caminho é escolher vetores que sejam
ortogonais, isto é, formam um ângulo de 90° quando colocadas as origens em comum. Uma vez
que os vetores podem ser ortogonais, podemos usar os sistemas de eixos coordenados para
auxiliar-nos.
Dessa forma, podemos escrever ⃗𝐹
⃗ como a soma de um vetor no eixo 𝑥 (𝐹
⃗⃗⃗⃗𝑥 ) e outro vetor
⃗⃗⃗⃗𝑦 ). Assim, temos que:
no eixo y (𝐹
⃗ = ⃗⃗⃗⃗
𝐹 𝐹𝑥 + ⃗⃗⃗⃗
𝐹𝑦
Podemos representar da seguinte forma:

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Figura 10: Decomposição de vetores no plano 𝒙𝒚.

Esses vetores ⃗⃗⃗⃗


𝐹𝑥 e ⃗⃗⃗⃗
𝐹𝑦 são chamados de projeções do vetor ⃗⃗𝐹 nos eixos 𝑥 e 𝑦,
respectivamente. Pela geometria, podemos dizer que:
𝐹𝑥
𝑐𝑜𝑠𝛼 = ⇒ 𝐹𝑥 = 𝐹. 𝑐𝑜𝑠𝛼
𝐹
𝐹𝑦
𝑠𝑒𝑛𝛼 = ⇒ 𝐹𝑦 = 𝐹. 𝑠𝑒𝑛𝛼
𝐹
{ 𝐹2 = 𝐹2𝑥 + 𝐹2𝑦
Por esse método, se temos vários vetores a serem somados, basta colocar todos na mesma
origem e os projetar nos eixos 𝑥 e 𝑦. Em seguida, efetua-se a soma de acordo com as regras de
adição em mesma direção, obtendo um vetor resultante em cada eixo. Para concluir, basta usar
a regra do paralelogramo para esses dois vetores restantes para obter o vetor soma desejado.
Como os eixos são sempre ortogonais, vamos sempre recair em dois vetores ortogonais, com fácil
aplicação do teorema de Pitágoras para o vetor desejado.
⃗ , ⃗𝑏, 𝑐⃗ . Dado que cos 𝛼 = 0,6 e
Exemplo: determine o vetor soma 𝑠⃗ entre os vetores dados 𝑎
𝑠𝑒𝑛𝛽 = 0,8.

Primeiramente, iremos decompor cada vetor nos eixos 𝑥 e 𝑦. Vamos adotar como sentido
positivo, o mesmo sentido dos eixos 𝑥 e 𝑦.

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Assim, temos que:


𝑎𝑥 = −100𝑐𝑜𝑠𝛽 = −60 𝑁 𝑒 𝑎𝑦 = 100𝑠𝑒𝑛𝛽 = 80 𝑁
{ 𝑏𝑥 = 50𝑐𝑜𝑠𝛼 = 30 𝑁 𝑒 𝑏𝑦 = 50𝑠𝑒𝑛𝛼 = 40 𝑁 .
𝑐𝑥 = 0 𝑒 𝑐𝑦 = −80 𝑁
Portanto, temos os seguintes vetores resultantes para cada eixo:
𝑠𝑥 = 𝑎𝑥 + 𝑏𝑥 = −60 + 30 = −30 𝑁
{
𝑠𝑦 = 𝑎𝑦 + 𝑏𝑦 + 𝑐𝑦 = 80 + 40 − 80 = 40 𝑁
Perceba que o sinal negativo indica que o vetor possui sentido contrário ao do eixo
adotado.
Assim, reduzimos nossos vetores aos resultantes em cada eixo:

𝑠2 = 𝑠2𝑥 + 𝑠2𝑦 = 302 + 402 = 2500 ⇒ 𝑠 = 50 𝑁


Para finalizar, devemos determinar sua direção e sentido para que o vetor fique
completamente definido, como na figura abaixo:

40 4 4
Logo: 𝑡𝑔𝛾 = = ⇒ 𝛾 = 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔 ( ) ⇒ 𝛾 ≈ 53,1°
30 3 3

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Com este exemplo, concluímos que qualquer vetor pode ser projetado em eixos ortogonais
entre si. Dado um sistema coordenado no ℝ3 (𝑥, 𝑦, 𝑧), conforme figura abaixo, podemos
decompor o vetor ⃗𝑎 nos três eixos:

Figura 11: Representação de um vetor no espaço.

Nesse caso, escrevemos que: 𝑎 ⃗ = ⃗⃗⃗⃗


𝑎𝑥 + ⃗⃗⃗⃗
𝑎𝑦 + ⃗⃗⃗⃗
𝑎𝑧 ou pela outra representação 𝑎 ⃗ =
2 2 2
(𝑎𝑥 , 𝑎𝑦 , 𝑎𝑧 ), conhecida como expressão analítica do vetor, com 𝑎 = √𝑎𝑥 + 𝑎𝑦 + 𝑎𝑧 . Perceba que
podemos associar ao vetor no espaço uma tripla ordenada de números reais.
Assim, representar um vetor por suas componentes torna a operação de soma muito mais
simplificada, pois, para somar dois vetores, basta somar as partes:
⃗ = (𝑎𝑥 , 𝑎𝑦 , 𝑎𝑧 )
𝑎 𝑟𝑥 = 𝑎𝑥 + 𝑏𝑥
⃗ = (𝑏𝑥 , 𝑏𝑦 , 𝑏𝑧 ) ⇒ ⃗𝑟 = 𝑎
{𝑏 ⃗ ∴ {𝑟𝑦 = 𝑎𝑦 + 𝑏𝑦
⃗ +𝑏
⃗𝑟 = (𝑟𝑥 , 𝑟𝑦 , 𝑟𝑧 ) 𝑟𝑧 = 𝑎𝑧 + 𝑏𝑧

No caso do plano, temos um sistema coordenado no ℝ2 (𝑥, 𝑦):

⃗ = ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
Note que 𝑎 𝑂𝑃 = (𝑎𝑥 , 𝑎𝑦 ), em que 𝑂 é a origem do sistema e 𝑃(𝑥, 𝑦) é um ponto do
plano.

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1.5. Multiplicação por um escalar


Outra operação muito comum e importante no universo dos vetores é a multiplicação de
um vetor por um escalar. Podemos denotar essa operação da seguinte forma:
⃗𝑏 = 𝑛. 𝑎

Onde 𝑛 é um número real qualquer, ⃗𝑏 é o vetor obtido ao multiplicar o vetor 𝑎
⃗ pelo escalar
𝑛.
Como resultado dessa definição, podemos notar que:
⃗ | = |𝑛. 𝑎
1) |𝑏 ⃗ | = | 𝑛| . | 𝑎
⃗ | ⇒ |𝑏 ⃗ |, isto é, o módulo do vetor obtido é o produto do módulo do
escalar pelo módulo do vetor multiplicado. Multiplicar pelo escalar é alterar o tamanho do vetor.
Ao efetuar essa operação existem dois possíveis tipos de mudança no modulo:
i) |𝑛| > 1 ⇒ |⃗𝑏| > |𝑎
⃗ |;

ii) 0 ≤ |𝑛| ≤ 1 ⇒ |𝑏⃗| ≤ |𝑎|;


2) ⃗𝑏 tem a mesma direção de 𝑎;
3) o sentido de ⃗𝑏 é o mesmo de 𝑎
⃗ quando 𝑛 > 0 e o sentido de ⃗𝑏 é o contrário de 𝑎
⃗ quando
𝑛 < 0. Se 𝑛 = 0, obtemos como resultado o vetor nulo, representado por ⃗0.
⃗ = (𝑎𝑥 , 𝑎𝑦 , 𝑎𝑧 ), temos que o valor de ⃗𝑏 = 𝑛. 𝑎
Quando o vetor representado na forma 𝑎 ⃗ é
dado por ⃗𝑏 = (𝑛𝑎𝑥 , 𝑛𝑎𝑦 , 𝑛𝑎𝑧 );
4) Para o caso de 𝑛 = −1, o vetor obtido recebe o nome de vetor oposto. Assim como para
os números, o oposto é um número que somado ao próprio número dá como resultado zero. Por
exemplo, o oposto de 10 é -10, pois 10 + (−10) = 0. Como visto no item anterior, ao multiplicar
por um número negativo, troca-se o sentido do vetor. Dessa forma, o vetor oposto a ⃗𝑏 é o vetor
−𝑏⃗, pois, teremos que: ⃗𝑏 + (−𝑏
⃗ ) = ⃗0.

Uma observação muito importante é que podemos usar a definição 𝑏⃗ = 𝑛. 𝑎 para estabelecer a
condição de paralelismo entre os vetores 𝑎 e 𝑏⃗! Para algum número real 𝑛, temos:
𝑏⃗ = (𝑏𝑥 , 𝑏𝑦 , 𝑏𝑧 )
𝑎 = (𝑎𝑥 , 𝑎𝑦 , 𝑎𝑧 )
𝑏⃗ = 𝑛. 𝑎 ⇒ (𝑏𝑥 , 𝑏𝑦 , 𝑏𝑧 ) = (𝑛𝑎𝑥 , 𝑛𝑎𝑦 , 𝑛𝑎𝑧 )
Igualando-se cada componente vetorial, obtemos:
𝑏𝑥 = 𝑛𝑎𝑥
𝑏𝑦 = 𝑛𝑎𝑦
𝑏𝑧 = 𝑛𝑎𝑧
Ou seja:

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𝑏𝑥 𝑏𝑦 𝑏𝑧
= = =𝑛
𝑎𝑥 𝑎𝑦 𝑎 𝑧
Portanto, podemos afirmar que dois vetores são paralelos quando suas componentes possuem a
mesma razão de proporção!

Neste momento, podemos falar de um vetor muito importante que é o vetor unitário.

1.6. Vetores unitários (𝒊̂, 𝒋̂, 𝒌̂)


Vetor unitário (às vezes chamado de versor) é aquele cujo módulo é igual a 1.
Existem dois vetores unitários que formam a base canônica, no ℝ2 ((𝑥, 𝑦)), que são dados
por:
𝑖 = (1,0) 𝑒 𝑗 = (0,1)
Podemos representar a base pela notação {𝑖, 𝑗}.
Observação: chamamos de base canônica a base mais primitiva de um espaço vetorial. Essa
base mostra que todos os vetores do espaço vetorial podem ser escritos a partir dela.
Para o ℝ3 , temos a seguinte base canônica:
𝑖 = 𝑖̂ = (1,0,0), 𝑗 = 𝑗̂ = (0,1,0) 𝑒 ⃗𝑘 = 𝑘
̂ = (0,0,1)

Para construir um vetor unitário 𝑢⃗ que tenha a mesma direção e o mesmo sentido que o
vetor ⃗𝑎, devemos dividir o vetor 𝑎
⃗ pelo seu módulo:
⃗𝑎 𝑎

⃗ =
𝑢 𝑜𝑢 𝑢
̂=
|⃗𝑎| |𝑎
⃗|

1.7. Decomposição de vetores em vetores unitários


Para facilitar nossas contas, podemos decompor os vetores em vetores unitários em cada
um dos planos apresentados. Vamos fazer para o ℝ2 , mas saiba que podemos fazer de forma
análoga para o ℝ3 . Tomemos um vetor no ℝ2 .

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Figura 12: Vetor unitário decomposto no plano xy.

Por convenção, simbolizamos os vetores unitários com um “chapéu”: 𝑖̂ vetor unitário do


eixo 𝑥 e 𝑗̂ vetor unitário do eixo 𝑦.
𝑎𝑥
⃗⃗⃗⃗
Dessa forma, podemos dizer que 𝑖̂ = |⃗⃗⃗⃗
𝑎 |
𝑎𝑥 |. 𝑖̂. Então, podemos escrever a
𝑎𝑥 = |⃗⃗⃗⃗
, isto é, ⃗⃗⃗⃗
𝑥
projeção em um eixo como sendo o produto do vetor unitário daquele eixo pelo módulo da
projeção.
⃗ = 𝑎𝑥 . 𝑖̂ + 𝑎𝑦 . 𝑗̂
Assim, temos que: 𝑎
Caso o vetor 𝑎⃗ estivesse sendo trabalhado no ℝ3 , teríamos que: 𝑎 ̂.
⃗ = 𝑎𝑥 . 𝑖̂ + 𝑎𝑦 . 𝑗̂ + 𝑎𝑧 . 𝑘
Caso o vetor não esteja na origem, poderíamos ter o seguinte caso conforme a figura:

Figura 13: Representação de um vetor em função dos vetores unitários.

Assim, podemos escrever o vetor da seguinte forma:


⃗ = (𝑥2 − 𝑥1 ). 𝑖̂ + (𝑦2 − 𝑦1 ). 𝑗̂
𝑎

1.8. Definição de vetor por dois pontos


Podemos definir um vetor através de dois pontos. Vamos considerar um vetor com origem
no ponto 𝐴(𝑥1 , 𝑦1 ) e extremidade em 𝐵(𝑥2 , 𝑦2 ):

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Da operação de soma de vetores, sabemos que:


⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝑂𝐴 + ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝐵 = ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝑂𝐵
⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝐵 = 𝑂𝐵⃗⃗⃗⃗⃗⃗ − ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝑂𝐴
Usando a expressão analítica de ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝑂𝐵 e ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝑂𝐴:
⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝑂𝐵 = (𝑥2 , 𝑦2 )
{ ⇒ ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝐵 = (𝑥2 , 𝑦2 ) − (𝑥1 , 𝑦1 )
⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝑂𝐴 = (𝑥1 , 𝑦 )
1

∴ ⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝐵 = (𝑥2 − 𝑥1 , 𝑦2 − 𝑦1 )
Assim, concluímos que as componentes do vetor ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝐵 são dadas pela diferença entre as
coordenadas da extremidade 𝐵 e da origem 𝐴. É importante salientar que as componentes
obtidas do vetor ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝐵 são as mesmas componentes do vetor ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝑂𝑃, que possui origem no sistema,
como podemos ver pelo exemplo abaixo:

Note que ⃗⃗⃗⃗⃗⃗


𝐴𝐵 = (6 − 1, 5 − 3) = (5, 2) e ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝑂𝑃 = (5, 2).

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1.9. Subtração de vetores


Para efetuar a subtração de vetores basta pensarmos que a subtração é um caso particular
da adição devido à existência do elemento oposto. Assim, podemos fazer:
⃗𝑑 = 𝑎
⃗ − ⃗𝑏 = 𝑎 ⃗)
⃗ + (−𝑏

Em outras palavras para fazer a subtração basta somar o primeiro com o oposto do
segundo. Geometricamente podemos ver a operação:

Figura 14: Figura ilustrativa do processo de subtração de vetores.

Analisando a figura acima, podemos criar um método para efetuar a subtração


geometricamente. Inicialmente, colocamos os dois vetores em origem comum e traçamos o vetor
diferença ligando a extremidade do segundo termo da subtração (𝑏⃗ ) à extremidade do primeiro
termo (𝑎
⃗ ), sempre nessa ordem, como indicado na figura abaixo:

Figura 15: Vetor resultante da subtração.

Algebricamente, podemos determinar que o módulo do vetor diferença será obtido pela
lei dos cossenos, desde que conhecido o ângulo entre os vetores:

𝑑2 = 𝑎2 + 𝑏2 − 2𝑎. 𝑏. 𝑐𝑜𝑠𝜃 ⇒ 𝑑 = √𝑎2 + 𝑏2 − 2. 𝑎. 𝑏. 𝑐𝑜𝑠𝜃

Note que existe uma pequena diferença no sinal da expressão do módulo do vetor
diferença e a expressão do módulo do vetor soma. Este fato ocorre simplesmente por causa da
geometria diferente dos dois problemas.

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Quando o vetor é escrito em função das suas componentes, o vetor diferença é obtido de
forma mais simples. Vamos mostrar para vetores no ℝ3 :
⃗ = (𝑎𝑥 , 𝑎𝑦 , 𝑎𝑧 )
𝑎 𝑑𝑥 = 𝑎𝑥 − 𝑏𝑥
{ ⃗𝑏 = (𝑏𝑥 , 𝑏𝑦 , 𝑏𝑧 ) ⇒ ⃗𝑑 = 𝑎
⃗ − ⃗𝑏 ⇒ {𝑑𝑦 = 𝑎𝑦 − 𝑏𝑦
⃗𝑑 = (𝑑𝑥 , 𝑑𝑦 , 𝑑𝑧 ) 𝑑𝑧 = 𝑎𝑧 − 𝑏𝑧

1. Sabendo que a extremidade do segmento representado pelo vetor 𝑎 ⃗ = (3, −4) é o ponto
𝑃(1, 0), determine sua origem.
Comentários
Seja 𝐴(𝑥, 𝑦) a origem do segmento representado pelo vetor. Assim, temos:
⃗𝑎 = ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝑃 = 𝑃 − 𝐴
(3, −4) = (1 − 𝑥, 0 − 𝑦)
3=1−𝑥 𝑥 = −2
{ ⇒{
−4 = −𝑦 𝑦=4
(
Portanto, o ponto pedido é 𝐴 −2, 4 . )
2. Considere os vetores ⃗𝑎 = (2, −1) e ⃗𝑏 = (−2, 3), determine o vetor ⃗𝑐 tal que
1
a) 2(𝑎 + 𝑏⃗) + 𝑐 = 𝑐 + 𝑎
2
b) 5𝑐 − (3𝑎 − 𝑏⃗) = 3(2𝑐 − 3𝑏⃗)
Comentários
a) Vamos simplificar a equação:
1
2𝑎 + 2𝑏⃗ − 𝑎 = 𝑐 − 𝑐
2
1 ⃗
⃗𝑐 = ⃗𝑎 + 2𝑏
2
⃗𝑐 = 2 (⃗𝑎 + 2𝑏 ⃗)
⃗𝑐 = 2((2, −1) + (−4, 6)) = 2(−2, 5)
⃗𝑐 = (−4, 10)
b) Analogamente:
5𝑐 − 3𝑎 + 𝑏⃗ = 6𝑐 − 9𝑏⃗
−3𝑎 + 𝑏⃗ + 9𝑏⃗ = 6𝑐 − 5𝑐
⃗𝑐 = −3𝑎 ⃗
⃗ + 10𝑏
𝑐⃗ = −3(2, −1) + 10(−2, 3)
⃗𝑐 = (−26, 33)

9
⃗ = (3, −4) e ⃗𝑏 = (− , 3), verificar se existem números 𝑘1 e 𝑘2 tais que
3. Dados os vetores 𝑎 4

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⃗ = 𝑘1 ⃗𝑏 e ⃗𝑏 = 𝑘2 𝑎
𝑎 ⃗
Comentários
4
9 9 𝑘 1 = −
⃗ = 𝑘1 ⃗𝑏 ⇒ (3, −4) = (− 𝑘1 , 3𝑘1 ) ⇒ {3 = − 4 𝑘1 ⇒ {
𝑎 3
4 4
−4 = 3𝑘1 𝑘1 = −
3
3
9 9 𝑘2 = −
⃗ ⇒ (− , 3) = (3𝑘2 , −4𝑘2 ) ⇒ { 4 = 3𝑘2 ⇒ {
⃗𝑏 = 𝑘2 𝑎 − 4
4 3
3 = −4𝑘2 𝑘2 = −
4
Portanto, existem 𝑘1 e 𝑘2 que satisfazem as condições do problema. Podemos afirmar
que ⃗𝑎 e ⃗𝑏 são vetores paralelos.

4. Dados os pontos 𝐴(0, 0, 0), 𝐵(4, 2, −6) e 𝐶 (5, 5, −10), determine as coordenadas do
ponto 𝐷 tal que 𝐴, 𝐵, 𝐶 e 𝐷 sejam vértices de um paralelogramo.
Comentários

Observando a figura, podemos ver que:


⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝐷 = ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐵𝐶
Queremos descobrir as coordenadas de 𝐷 (𝑥, 𝑦, 𝑧), logo:
⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝐷 = ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐵𝐶 ⇒ 𝐷 − 𝐴 = 𝐶 − 𝐵 ⇒ 𝐷 = 𝐴 − 𝐵 + 𝐶
⇒ 𝐷 = (0 − 4 + 5, 0 − 2 + 5, 0 + 6 − 10) = (1, 3, −4)
Essa é uma possível solução, mas poderíamos ter escolhido outros vetores para chegar
ao mesmo resultado.

Essas são as operações mais comuns na matemática dos vetores. Entretanto, existem três
operações, não tão trabalhadas em cursos comuns, mas elas têm grande importância. Vamos
definir os três tipos de produtos entre vetores. Diversas grandezas físicas são definidas utilizando
essas operações.

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1.10. Produto escalar


⃗ e ⃗𝑏, denota-se por 𝑎
Define-se produto escalar entre 𝑎 ⃗ . ⃗𝑏 (lê-se “a escalar b”), a grandeza
escalar cujo valor numérico é obtido multiplicando os módulos dos dois vetores operandos e o
cosseno do ângulo formado entre eles. Isto é:

Figura 16. Produto escalar de dois vetores.

⃗ . ⃗𝑏 = |𝑎
𝑎 ⃗ |. |⃗𝑏| . 𝑐𝑜𝑠𝜃

Primeiramente, é muito importante notar que essa operação resulta em um valor


numérico. Fisicamente, esse produto entre duas grandezas vetoriais resulta em uma grandeza
escalar. Alguns exemplos de grandezas escalares são: o trabalho de uma força, o potencial
elétrico, fluxo do campo elétrico, fluxo do campo magnético etc.
Diante disso, precisamos saber trabalhar bem com produto escalar e, para isso, vamos
trabalhar com algumas propriedades:

Propriedades do Produto Escalar

P1) 𝑎 ⃗ =𝑏
⃗ ⋅𝑏 ⃗ ⋅𝑎
⃗ (comutativa);

P2) 𝑎 ⋅ (𝑏⃗ + 𝑐 ) = 𝑎 ⋅ 𝑏⃗ + 𝑎 ⋅ 𝑐 (distributiva);


P3) 𝑎 ⋅ 𝑎 = |𝑎|2 ;

⃗ ) ⋅ ⃗𝑏 = 𝑎
P4) (𝑘𝑎 ⃗ ) = 𝑘(𝑎
⃗ ⋅ (𝑘𝑏 ⃗ ⋅ ⃗𝑏);

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P5) |𝑘𝑎
⃗ | = |𝑘| ⋅ |𝑎
⃗ |;

P6) Desigualdade de Cauchy-Schwarz: |𝑎 ⋅ 𝑏⃗| ≤ |𝑎||𝑏⃗|. Essa decorre imediatamente da


definição, pois, |𝑐𝑜𝑠𝜃| ≤ 1;
P7) Desigualdade Triangular: |𝑎 ⃗ | ≤ |𝑎
⃗ +𝑏 ⃗ |.
⃗ | + |𝑏

Vamos fazer a demonstração dessa propriedade devido a sua utilidade:


Demonstração:
2
⃗ + ⃗𝑏| = (𝑎
Inicialmente vamos fazer |𝑎 ⃗ + ⃗𝑏) ⋅ (𝑎
⃗ + ⃗𝑏) (pela propriedade P3);

Em seguida, aplicando P4, temos que:


2
⃗ + ⃗𝑏| = (𝑎
|𝑎 ⃗ + ⃗𝑏) ⋅ (𝑎
⃗ + ⃗𝑏) = 𝑎
⃗ ⋅𝑎 ⃗ ⋅ ⃗𝑏 + ⃗𝑏 ⋅ ⃗𝑏;
⃗ + 2𝑎

Aplicando-se novamente a propriedade P3, temos que:


2 2
⃗ + ⃗𝑏| = 𝑎
|𝑎 ⃗ ⋅𝑎 ⃗ ⋅ ⃗𝑏 + ⃗𝑏 ⋅ ⃗𝑏 = |𝑎
⃗ + 2𝑎 ⃗ ⋅ ⃗𝑏 + |⃗𝑏| ;
⃗ |2 + 2𝑎

Como 𝑎⃗ ⋅ ⃗𝑏 ≤ |𝑎
⃗ ⋅ ⃗𝑏| (isto é, um número real é sempre menor ou igual ao seu módulo) e
considerando a desigualdade de Cauchy-Schwarz, temos que:
2 2 2 2
⃗ + ⃗𝑏| = |𝑎
|𝑎 ⃗ ⋅ ⃗𝑏 + |⃗𝑏| ≤ |𝑎
⃗ |2 + 2𝑎 ⃗ ⋅ ⃗𝑏| + |⃗𝑏| = (|𝑎
⃗ |2 + 2 |𝑎 ⃗ | + |⃗𝑏|)

∴ |𝑎 + 𝑏⃗| ≤ |𝑎| + |𝑏⃗|


A igualdade nessa inequação verifica-se quando |𝑐𝑜𝑠𝜃| = 1. Em outras palavras, quando
os vetores forem paralelos.
⃗ ≠ 0 𝑒 ⃗𝑏 ≠ 0, com ângulo 𝜃
Pela definição, é imediato que se o produto escalar de dois vetores (𝑎
entre eles) é nulo, os vetores são perpendiculares:
⃗ ⋅ ⃗𝑏 = 0 ⇒ |𝑎
𝑎 ⃗ | ⋅ |⃗𝑏| ⋅ 𝑐𝑜𝑠𝜃 = 0 ∴ 𝑐𝑜𝑠𝜃 = 0 ⇒ 𝜽 = 𝟗𝟎°

É imediato também que se um dos vetores é nulo, o produto vetorial dele com qualquer outro
será zero:
⃗ =0
⃗ ⋅0
𝑎 ⃗ ⋅𝑎
⃗ =0
⃗ = (𝑎𝑥 , 𝑎𝑦 , 𝑎𝑧 )
Pode-se mostrar que para dois vetores escritos em função de suas componentes (𝑎
e ⃗𝑏 = (𝑏𝑥 , 𝑏𝑦 , 𝑏𝑧 )), seu produto escalar será dado por:
⃗𝑎 ⋅ ⃗𝑏 = 𝑎𝑥 ⋅ 𝑏𝑥 + 𝑎𝑦 ⋅ 𝑏𝑦 + 𝑎𝑧 ⋅ 𝑏𝑧
Isto é, o produto escalar será dado pelo produto das componentes do mesmo eixo. Dessa forma,
pela definição, podemos calcular o ângulo entre dois vetores a partir do produto escalar:

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⃗ ⋅ ⃗𝑏
𝑎
⃗ ⋅ ⃗𝑏 = |𝑎
𝑎 ⃗ | ⋅ |⃗𝑏| ⋅ 𝑐𝑜𝑠𝜃 ⇒ 𝑐𝑜𝑠𝜃 =
⃗ | ⋅ |⃗𝑏|
|𝑎

Figura 17: Representação geométrica dos vetores, para calcular o ângulo entre os vetores.

1.10.1. Projeção de vetores


⃗ e ⃗𝑏, não
Podemos calcular a projeção de um vetor sobre outro. Consideremos os vetores 𝑎
nulos, e 𝜃 o ângulo formado entre eles conforme ilustra a figura abaixo:

Veja que 𝑐 é o vetor resultante da projeção de 𝑏 sobre 𝑎, podemos usar a seguinte notação:
𝑐⃗ = 𝑝𝑟𝑜𝑗.𝑎⃗ ⃗𝑏
Do triângulo retângulo, temos:
|𝑐⃗ | = |⃗𝑏| ⋅ |cos 𝜃|

*O módulo no cosseno é porque ele pode ser negativo caso 𝜃 ∈ ]𝜋/2, 𝜋[.
Sabemos que
𝑎 ⋅ 𝑏⃗
𝑐𝑜𝑠𝜃 =
|𝑎| ⋅ |𝑏⃗|
Logo:
⃗ ⋅ ⃗𝑏|
|𝑎
|⃗𝑐| = |⃗𝑏| ⋅
|⃗𝑎| ⋅ |⃗𝑏|

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|𝑎 ⋅ 𝑏⃗| 𝑎
∴ |𝑐 | = = |𝑏⃗ ⋅ |
|𝑎| |𝑎|
O vetor 𝑐⃗ tem a mesma direção do 𝑎
⃗ , assim, temos para 𝑘 ∈ ℝ:
𝑐⃗ = 𝑘𝑎

1 ⃗ ⋅ ⃗𝑏| 1
|𝑎 ⃗ ⋅ ⃗𝑏|
|𝑎
|𝑐⃗ | = |𝑘| ⋅ |𝑎
⃗ | ⇒ |𝑘| = |𝑐⃗ | ⋅ = ⋅ =
|⃗𝑎| |𝑎
⃗ | |𝑎 ⃗| ⃗ |2
|𝑎
⃗ ⋅ ⃗𝑏 ∈ ℝ e |𝑎
Como 𝑘 ∈ ℝ, 𝑎 ⃗ ⋅ ⃗𝑏, logo:
⃗ |2 > 0, temos que 𝑘 possui o mesmo sinal de 𝑎

𝑎 ⋅ 𝑏⃗
𝑘=
|𝑎|2
⃗ :
Substituindo na expressão da projeção, obtemos para 𝑐⃗ = 𝑝𝑟𝑜𝑗.𝑎⃗ 𝑏

⃗𝑎 ⋅ ⃗𝑏
⃗ =
𝑝𝑟𝑜𝑗.𝑎⃗ 𝑏 ⋅𝑎

|⃗𝑎|2

Essa é a expressão da projeção de ⃗𝑏 em relação ao vetor 𝑎


⃗.

1.11. Produto vetorial


⃗ e ⃗𝑏 - denota-se por 𝑎
Define-se produto vetorial entre 𝑎 ⃗ (lê-se “a vetor b”) - a grandeza
⃗ 𝑥𝑏
vetorial cujo resultado também é um vetor perpendicular ao plano dos vetores operandos.
⃗ = (𝑎𝑥 , 𝑎𝑦 , 𝑎𝑧 ) e ⃗𝑏 = (𝑏𝑥 , 𝑏𝑦 , 𝑏𝑧 ) de ℝ3 , definimos
Definição matemática: dados vetores 𝑎
⃗ e ⃗𝑏 como:
produto vetorial entre 𝑎
𝑖̂ ̂
𝑗̂ 𝑘 𝑎𝑦 𝑎𝑧 𝑎𝑥 𝑎𝑧 𝑎𝑥 𝑎𝑦
|𝑎𝑥 𝑎𝑦 𝑎𝑧 | = | | . 𝑖̂ − | | . 𝑗̂ + | ̂
𝑏𝑦 𝑏𝑧 𝑏𝑥 𝑏𝑧 𝑏𝑥 𝑏𝑦 | . 𝑘
𝑏𝑥 𝑏𝑦 𝑏𝑧
̂ = (0,0,1).
Em que: 𝑖̂ = (1,0,0), 𝑗̂ = (0,1,0) 𝑒 𝑘
Para determinar o sentido do vetor resultante, utilizamos a regra da mão direita
envolvente. Inicialmente, posiciona-se a mão direita na origem comum aos dois vetores e
rotaciona-se no sentido do primeiro vetor (𝑎 ⃗ ). Então, o polegar da mão
⃗ ) para o segundo vetor (𝑏
⃗ , como na figura abaixo:
direita mostrará a direção do vetor resultante do produto vetorial ⃗𝑎𝑥𝑏

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Figura 18: Regra da mão direita envolvente.

É fácil notar que para realizar a regra da mão direita deve-se preocupar com a ordem dos
vetores, pois altera a direção do vetor resultante. Assim, podemos observar que: 𝑎 ⃗ ≠ ⃗𝑏𝑥𝑎
⃗ 𝑥𝑏 ⃗ (na
verdade: 𝑎𝑥𝑏⃗ = −𝑏⃗𝑥𝑎). Sendo assim, não podemos aplicar a propriedade comutativa para
produtos vetoriais.
⃗ 𝑒 ⃗𝑏 usamos a expressão:
Para determinar o módulo do produto vetorial entre 𝑎

|𝑎 ⃗ | = |𝑎
⃗ 𝑥𝑏 ⃗ |. |⃗𝑏| 𝑠𝑒𝑛𝜃

Para melhorar nossos trabalhos com produto vetorial, vamos enumerar algumas
propriedades:

Propriedades do Produto Vetorial

P1) O vetor 𝑎 ⃗ é perpendicular ao plano dos vetores 𝑎


⃗ 𝑥𝑏 ⃗;
⃗ e𝑏

⃗ 𝑥 (⃗𝑏 + 𝑐⃗ ) = 𝑎
P2) 𝑎 ⃗ +𝑎
⃗ 𝑥𝑏 ⃗ 𝑥𝑐⃗ (distributiva);

P3) 𝑎
⃗ 𝑥𝑎 ⃗ (a prova é imediata uma vez que o ângulo entre os vetores operando é zero, e
⃗ =0
𝑠𝑒𝑛(0°) = 0);

P4) 𝑎 ⃗ = ⃗0 se, e somente se, os vetores 𝑎


⃗ 𝑥𝑏 ⃗ e ⃗𝑏 são paralelos, isto é, ⃗𝑏 = 𝑛𝑎
⃗ , onde 𝑛 ∈ ℝ);

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P5) (𝑛𝑎 ⃗ = 𝑛(𝑎


⃗ )𝑥𝑏 ⃗ ), ∀𝑛 ∈ ℝ;
⃗ 𝑥𝑏

P6) Dado um sistema de coordenadas 𝑥𝑦𝑧, temos que: 𝑥


̂×𝑦
̂ = 𝑧̂ ; 𝑦
̂ × 𝑧̂ = 𝑥
̂; 𝑧̂ × 𝑥
̂=𝑦
̂

Analisando geometricamente o módulo do produto vetorial entre 𝑎 ⃗ e ⃗𝑏, pode-se


interpretar que ele é numericamente igual à área do paralelogramo formado pelos vetores 𝑎 ⃗,
⃗ e𝑏
de acordo com a figura abaixo:

Figura 19: Representação geométrica do produto vetorial e a área do paralelogramo.

Veja que:
Á𝑟𝑒𝑎 = |𝑎 𝑥 𝑏⃗| = |𝑎| ⋅ |𝑏⃗| ⋅ 𝑠𝑒𝑛𝜃
Dessa forma, sempre é possível associar uma área qualquer a um vetor.

5. Determine a área do paralelogramo de vértices (0,0,0), (1,2,3) 𝑒 (2,1,1).


Comentários:
Para resolver esse problema, vamos calcular os dois vetores que definem os lados não
paralelos do paralelogramo e calcular o produto vetorial desses dois vetores. Em seguida,
calcularemos o módulo do vetor resultante, pois, sabemos que ele é o valor numérico da
área do paralelogramo.
Cálculo dos vetores ⃗𝑎 e ⃗𝑏: ⃗𝑎 = (1 − 0, 2 − 0, 3 − 0) = (1, 2, 3) 𝑒 ⃗𝑏 = (2 − 0, 1 −
0, 1 − 0) = (2, 1, 1).

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̂
𝑖̂ 𝑗̂ 𝑘
⃗: ⃗ =| 2 3 1 3
Cálculo do produto vetorial ⃗ 𝑥𝑏
𝑎 ⃗ 𝑥𝑏
𝑎 1 2 3| = |1 1| . 𝑖̂ − |2 1| . 𝑗̂ +
2 1 1
|
1 2| . 𝑘
̂⇒𝑎 ⃗ = −1𝑖̂ + 5𝑗̂ − 3𝑘
⃗ 𝑥𝑏 ̂.
2 1
Módulo de 𝑎 ⃗:
⃗ 𝑥𝑏

|𝑎 ⃗ | = √(−1)2 + 52 + (−3)2 = √1 + 25 + 9 = √35


⃗ 𝑥𝑏
Dessa forma, a área do paralelogramo definido pelos pontos determinado é √35.

1.12. Produto misto


Define-se produto misto entre 𝑎 ⃗ e 𝑐⃗ ao número real dado por 𝑎
⃗ ,𝑏 ⃗ 𝑥 𝑐⃗ ). Podemos indicar
⃗ . (𝑏
⃗ , ⃗𝑏, 𝑐⃗ ). Perceba que o produto misto é o resultado de um produto escalar
esse produto misto por (𝑎
em que um dos vetores é resultado de um produto vetorial. Assim, temos do produto vetorial:
𝑖̂ 𝑗̂ 𝑘̂
⃗𝑏 𝑥 𝑐⃗ = |𝑏 𝑏 𝑏 | = |𝑏𝑦 𝑏𝑧 | . 𝑖̂ − |𝑏𝑥 𝑏𝑧 | . 𝑗̂ + |𝑏𝑥 𝑏𝑦 | . 𝑘
̂
𝑥 𝑦 𝑧 𝑐𝑦 𝑐𝑧 𝑐𝑥 𝑐𝑧 𝑐𝑥 𝑐𝑦
𝑐𝑥 𝑐𝑦 𝑐𝑧
⃗ . (⃗𝑏 𝑥 𝑐⃗ ), obtemos:
Fazendo o produto escalar 𝑎
𝑏 𝑏𝑧 𝑏𝑥 𝑏𝑧 𝑏𝑥 𝑏𝑦
⃗ , ⃗𝑏, 𝑐⃗ ) = 𝑎𝑥 | 𝑦
(𝑎
𝑐𝑦 𝑐𝑧 | − 𝑎𝑦 | 𝑐𝑥 𝑐𝑧 | + 𝑎𝑧 | 𝑐𝑥 𝑐𝑦 |
Portanto, o produto misto entre 𝑎 ⃗ , ⃗𝑏 e 𝑐⃗ é dado por:
𝑎𝑥 𝑎𝑦 𝑎𝑧
(⃗𝑎, ⃗𝑏, ⃗𝑐) = |𝑏𝑥 𝑏𝑦 𝑏𝑧 |
𝑐𝑥 𝑐𝑦 𝑐𝑧
Agora que sabemos como calcular o produto misto, vamos ver algumas propriedades:

Propriedades do Produto Misto

→ 𝑢𝑚 𝑑𝑜𝑠 𝑣𝑒𝑡𝑜𝑟𝑒𝑠 é 𝑛𝑢𝑙𝑜


⃗ , ⃗𝑏, 𝑐⃗ ) = 0 se um dos casos ocorrer: {→ 𝑑𝑜𝑖𝑠 𝑑𝑜𝑠 𝑣𝑒𝑡𝑜𝑟𝑒𝑠 𝑠ã𝑜 𝑐𝑜𝑙𝑖𝑛𝑒𝑎𝑟𝑒𝑠;
P1) (𝑎
→ 𝑜𝑠 𝑡𝑟ê𝑠 𝑣𝑒𝑡𝑜𝑟𝑒𝑠 𝑠ã𝑜 𝑐𝑜𝑝𝑙𝑎𝑛𝑎𝑟𝑒𝑠

⃗ , ⃗𝑏, 𝑐⃗ ) = (⃗𝑏, 𝑐⃗ , 𝑎
P2) (𝑎 ⃗ , ⃗𝑏)
⃗ ) = (𝑐⃗ , 𝑎

P3) (⃗𝑎, ⃗𝑏, ⃗𝑐 + ⃗𝑑) = (⃗𝑎, ⃗𝑏, ⃗𝑐) + (⃗𝑎, ⃗𝑏, ⃗𝑑)

⃗ , ⃗𝑏, 𝑚𝑐⃗ ) = (𝑎
P4) (𝑎 ⃗ , 𝑐⃗ ) = (𝑚𝑎
⃗ , 𝑚𝑏 ⃗ , ⃗𝑏, 𝑐⃗ ) = 𝑚 (𝑎
⃗ , ⃗𝑏, 𝑐⃗ )

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⃗ . (⃗𝑏 𝑥 𝑐⃗ ) é numericamente igual ao


Geometricamente, o módulo do produto misto 𝑎
⃗ , ⃗𝑏 e 𝑐⃗ , de acordo com a figura abaixo:
volume do paralelepípedo determinado pelos vetores 𝑎

Aplicando o módulo no produto misto:


|𝑎 ⃗ 𝑥 𝑐⃗ )| = |𝑎
⃗ . (𝑏 ⃗ 𝑥 𝑐⃗ | ⋅ cos 𝜃 = |𝑏
⃗ | ⋅ |𝑏 ⃗
⏟ 𝑥 𝑐⃗ | ⋅ |⏟
⃗ | ⋅ cos 𝜃 (𝐼)
𝑎
á𝑟𝑒𝑎 𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎

O volume de um paralelepípedo é dado por:


𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 = (á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑠𝑒) ⋅ (𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎)
Portanto:
𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 = |𝑎. (𝑏⃗ 𝑥 𝑐 )| = |(𝑎, 𝑏⃗, 𝑐 )|
Usando a fórmula I, temos que a altura do sólido pode ser representada por:

⃗ . (⃗𝑏 𝑥 𝑐⃗ )| = |⃗𝑏 𝑥 𝑐⃗ | ⋅ ℎ
|𝑎

|𝑎. (𝑏⃗ 𝑥 𝑐 )|
∴ℎ=
|𝑏⃗ 𝑥 𝑐 |
Assim, podemos calcular o volume de outros tipos de sólidos retos. Considere S a área da
base e h a altura.
1) Prisma triangular

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1
𝑆= ⃗⃗⃗⃗⃗ 𝑥 ⃗⃗⃗⃗⃗
|𝐴𝐵 𝐴𝐶 |
2
⃗⃗⃗⃗⃗ . (𝐴𝐵
|𝐴𝐷 ⃗⃗⃗⃗⃗ 𝑥 𝐴𝐶
⃗⃗⃗⃗⃗ )|
ℎ=
⃗⃗⃗⃗⃗ 𝑥 𝐴𝐶
|𝐴𝐵 ⃗⃗⃗⃗⃗ |

1 ⃗⃗⃗⃗⃗ . (𝐴𝐵
|𝐴𝐷 ⃗⃗⃗⃗⃗ 𝑥 ⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝐶 )|
𝑉 = 𝑆ℎ = ⃗⃗⃗⃗⃗ 𝑥 𝐴𝐶
|𝐴𝐵 ⃗⃗⃗⃗⃗ |
2 ⃗⃗⃗⃗⃗ 𝑥 ⃗⃗⃗⃗⃗
|𝐴𝐵 𝐴𝐶 |
1
𝑉= ⃗⃗⃗⃗⃗ . (𝐴𝐵
|𝐴𝐷 ⃗⃗⃗⃗⃗ 𝑥 ⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝐶 )|
2
2) Pirâmide quadrangular

⃗⃗⃗⃗⃗ 𝑥 ⃗⃗⃗⃗⃗
𝑆 = |𝐴𝐵 𝐴𝐷 |
⃗⃗⃗⃗⃗ . (𝐴𝐵
|𝐴𝐸 ⃗⃗⃗⃗⃗ 𝑥 ⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝐷 )|
ℎ=
⃗⃗⃗⃗⃗ 𝑥 ⃗⃗⃗⃗⃗
|𝐴𝐵 𝐴𝐷 |
1 1 ⃗⃗⃗⃗⃗ . (𝐴𝐵
|𝐴𝐸 ⃗⃗⃗⃗⃗ 𝑥 ⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝐷 )|
𝑉= ⃗⃗⃗⃗⃗ 𝑥 ⃗⃗⃗⃗⃗
𝑆ℎ = |𝐴𝐵 𝐴𝐷 |
3 3 ⃗⃗⃗⃗⃗ 𝑥 ⃗⃗⃗⃗⃗
|𝐴𝐵 𝐴𝐷 |
1
𝑉= ⃗⃗⃗⃗⃗ . (𝐴𝐵
|𝐴𝐸 ⃗⃗⃗⃗⃗ 𝑥 ⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝐷 )|
3

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3) Tetraedro

1
𝑆= ⃗⃗⃗⃗⃗ 𝑥 ⃗⃗⃗⃗⃗
|𝐴𝐵 𝐴𝐶 |
2
⃗⃗⃗⃗⃗ . (𝐴𝐵
|𝐴𝐷 ⃗⃗⃗⃗⃗ 𝑥 ⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝐶 )|
ℎ=
⃗⃗⃗⃗⃗ 𝑥 𝐴𝐶
|𝐴𝐵 ⃗⃗⃗⃗⃗ |

1 11 ⃗⃗⃗⃗⃗ . (𝐴𝐵
|𝐴𝐷 ⃗⃗⃗⃗⃗ 𝑥 𝐴𝐶
⃗⃗⃗⃗⃗ )|
𝑉= 𝑆ℎ = ⃗⃗⃗⃗⃗ 𝑥 ⃗⃗⃗⃗⃗
|𝐴𝐵 𝐴𝐶 |
3 32 ⃗⃗⃗⃗⃗ 𝑥 ⃗⃗⃗⃗⃗
|𝐴𝐵 𝐴𝐶 |
1
𝑉= ⃗⃗⃗⃗⃗ . (𝐴𝐵
|𝐴𝐷 ⃗⃗⃗⃗⃗ 𝑥 𝐴𝐶
⃗⃗⃗⃗⃗ )|
6

6. Dados os vetores 𝑢 ⃗ = (−1, 1, 0), 𝑣


⃗ = (2, −1, 1) e 𝑤
⃗⃗⃗ = (−2, 0, 1), calcule:
a) 𝑢⃗ . (𝑣
⃗ +𝑤 ⃗⃗⃗ )
b) (⃗𝑢 + ⃗𝑣). (⃗𝑢 − ⃗𝑤 ⃗⃗ )
c) ⃗𝑣 𝑥 ⃗𝑤⃗⃗
d) ⃗𝑢. (⃗𝑣 𝑥 ⃗𝑤 ⃗⃗ )
Comentários
⃗𝑢. (⃗𝑣 + ⃗𝑤 ⃗⃗ ) = (−1, 1, 0) ⋅ ((2, −1, 1) + (−2, 0, 1)) = (−1, 1, 0) ⋅ (0, −1, 2) = −1

(𝑢
⃗ +𝑣
⃗ ). (𝑢
⃗ −𝑤
⃗⃗⃗ ) = ((−1, 1, 0) + (2, −1, 1)) ⋅ ((−1, 1, 0) − (−2, 0, 1))

⇒ (𝑢
⃗ + 𝑣 ). (𝑢 ⃗⃗ ) = (1, 0, 1) ⋅ (1, 1, −1) = 1 ⋅ 1 + 0 ⋅ 1 + 1 ⋅ (−1) = 0
⃗ −𝑤

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⃗ 𝑥𝑤
𝑣 ⃗⃗⃗ :
𝒊 𝒋 𝒌
⃗ 𝑥𝑤
𝑣 ⃗⃗⃗ = | 2 −1 1 | = 𝒊(−1 ⋅ 1 − 0 ⋅ 1) − 𝒋(2 ⋅ 1 − (−2) ⋅ 1) + 𝒌(2 ⋅ 0 − (−2) ⋅ (−1))
−2 0 1
⇒ 𝑣𝑥𝑤 ⃗⃗ = −𝒊 − 4𝐣 − 2𝒌 = (−1, −4, − 2)
Do item anterior:
⃗𝑣 𝑥 ⃗𝑤
⃗⃗ = (−1, −4, − 2)
⇒𝑢 ⃗⃗ ) = (−1, 1, 0) ⋅ (−1, −4, − 2) = (−1)2 + 1 ⋅ (−4) + 0 ⋅ (−2) = −3
⃗ . (𝑣 𝑥 𝑤

7. Dados os vetores ⃗𝑎 = (−1, 0, 2), ⃗𝑏 = (3, 2, 5), ⃗𝑢 = 2𝑎 ⃗ − ⃗𝑏, ⃗𝑣 = ⃗𝑎 + 3𝑏


⃗ e 𝑤
⃗⃗⃗ = −𝑖 + 2𝑗 −

3𝑘, calcule o volume do paralelepípedo definido por 𝑢 ⃗ ,𝑣
⃗ e𝑤⃗⃗⃗ .
Comentários
Calculando primeiramente ⃗𝑢 𝑒 ⃗𝑣:
⃗𝑢 = 2(−1, 0, 2) − (3, 2, 5) = (−5, −2, −1)
⃗𝑣 = (−1, 0, 2) + 3(3, 2, 5) = (8, 6, 17)
⃗𝑤 ⃗ = (−1, 2, −3)
⃗⃗ = −𝑖 + 2𝑗 − 3𝑘
Assim, calculando o volume do paralelepípedo (módulo do produto misto):
−5 −2 −1
𝑉 = |𝑢⃗ ⋅ (𝑣 × 𝑤
⃗⃗ )| = || 8 6 17 || = |−5(−18 − 34) + 2(−24 + 17) − (16 + 6)| =
−1 2 −3
|260 − 36|
⇒ 𝑉 = |224| = 224

2. Vetores na Geometria Analítica

2.1. Equação vetorial da reta


Podemos deduzir a equação de uma reta usando vetores. Vamos fazer para o ℝ3 , pois para
o ℝ2 basta reduzir uma dimensão. Consideremos uma reta 𝑟 que passa pelo ponto 𝐴 e tem a
direção de um vetor ⃗𝑣 no espaço. Seja 𝑃 um ponto pertencente a essa reta, então podemos dizer
que ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝑃 e ⃗𝑣 são vetores paralelos, ou seja:
⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝑃 = 𝑡𝑣⃗
𝑃 − 𝐴 = 𝑡𝑣
𝑃 = 𝐴 + 𝑡𝑣
Escrevendo os pontos em função de suas coordenadas no ℝ3 e o vetor na sua forma
analítica, temos:
𝑃 = 𝐴 + 𝑡𝑣

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(𝑥, 𝑦, 𝑧) = (𝑥1 , 𝑦1 , 𝑧1 ) + 𝑡(𝑎, 𝑏, 𝑐)

Essa é a equação vetorial da reta. O vetor 𝑣


⃗ é chamado de vetor diretor e 𝑡 é o parâmetro
da reta. Veja que ao variarmos o valor de 𝑡 no conjunto dos reais, obtemos uma infinidade de
pontos que formam a reta 𝑟. Na equação vetorial, o vetor diretor é quem dita a direção da reta.
Através dela é que podemos analisar o ângulo entre duas retas ou a posição relativa entre as
retas. Antes de analisarmos isso, vamos estudar outras formas de definirmos a equação da reta.

2.1.1. Equações paramétricas


Por meio da equação vetorial da reta, podemos obter as equações paramétricas. Veja:
(𝑥, 𝑦, 𝑧) = (𝑥1 , 𝑦1 , 𝑧1 ) + 𝑡(𝑣𝑥 , 𝑣𝑦 , 𝑣𝑧 )
(𝑥, 𝑦, 𝑧) = (𝑥1 + 𝑡𝑣𝑥 , 𝑦1 + 𝑡𝑣𝑦 , 𝑧1 + 𝑡𝑣𝑧 )
Assim, temos:
𝑥 = 𝑥1 + 𝑡𝑣𝑥
{𝑦 = 𝑦1 + 𝑡𝑣𝑦
𝑧 = 𝑧1 + 𝑡𝑣𝑧
Essas são as equações paramétricas da reta.

2.1.2. Equações simétricas


Outra forma de definirmos a reta é através das denominadas equações simétricas da reta
que são obtidas das equações paramétricas:
𝑥 − 𝑥1 𝑦 − 𝑦1 𝑧 − 𝑧1
𝑡= = =
𝑣𝑥 𝑣𝑦 𝑣𝑧
𝑥 − 𝑥1 𝑦 − 𝑦1 𝑧 − 𝑧1
∴ = =
𝑣𝑥 𝑣𝑦 𝑣𝑧
Essas são as equações simétricas da reta.

2.1.3. Definição de reta por dois pontos


Alguns problemas não darão o vetor diretor no enunciado, ao invés disso, serão dadas as
coordenadas de dois pontos pertencentes à reta. Vejamos um exemplo:
1) Encontre a equação vetorial da reta que possui os pontos 𝐴(1, 2, 3) e 𝐵(−2, −3, 4).

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 33


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Solução:
Podemos obter as componentes do vetor diretor através da seguinte definição:
⃗𝑣 = ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝐵 = (−2 − 1, −3 − 2, 4 − 3) = (−3, −5, 1)
Assim, a reta 𝑟 determinada pelos pontos 𝐴 e 𝐵 tem a direção do vetor (−3, −5, 1). Para
determinarmos a equação vetorial, basta escolhermos qualquer um dos pontos 𝐴 ou 𝐵. Vamos
escolher 𝐴 para obter a equação vetorial:
𝑟: (𝑥, 𝑦, 𝑧) = (1, 2, 3) + 𝑡 (−3, −5, 1)
Na forma paramétrica, obtemos:
𝑥 = 1 − 3𝑡
{𝑦 = 2 − 5𝑡
𝑧=3+𝑡

2.1.4. Ângulo entre duas retas


Para calcularmos o ângulo entre duas retas, devemos analisar os seus vetores diretores.
Consideremos as retas dadas por:
𝑟: (𝑥, 𝑦, 𝑧) = (𝑥1 , 𝑦1 , 𝑧1 ) + 𝑘(𝑣𝑥 , 𝑣𝑦 , 𝑣𝑧 )
𝑠: (𝑥, 𝑦, 𝑧) = (𝑥2 , 𝑦2 , 𝑧2 ) + 𝑡(𝑤𝑥 , 𝑤𝑦 , 𝑤𝑧 )
Em que 𝑣⃗ = (𝑣 𝑥 , 𝑣 𝑦 , 𝑣 𝑧 ) e 𝑤
⃗⃗⃗ = (𝑤𝑥 , 𝑤𝑦 , 𝑤𝑧 ) são os vetores diretores das retas 𝑟 e 𝑠,
respectivamente. O menor ângulo entre as retas 𝑟 e 𝑠 é dado por 𝜃 tal que:
|𝑣⃗ .𝑤
⃗⃗⃗ |
cos 𝜃 =
|⃗𝑣||⃗𝑤⃗⃗ |
𝜋
Com 𝜃 ∈ [0, ].
2

Podemos também usar as coordenadas dos vetores:


| 𝑣 𝑥 𝑤𝑥 + 𝑣 𝑦 𝑤𝑦 + 𝑣 𝑧 𝑤𝑧 |
cos 𝜃 =
√𝑣2𝑥 + 𝑣2𝑦 + 𝑣2𝑧 √𝑤2𝑥 + 𝑤2𝑦 + 𝑤2𝑧

2.1.5. Condição de paralelismo entre duas retas


Consideremos as mesmas retas do exemplo anterior. Para que as retas sejam paralelas,
basta que os seus vetores diretores sejam múltiplos um do outro:
⃗ = 𝜇𝑤
𝑣 ⃗⃗⃗

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 34


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Com 𝜇 ∈ ℝ.

2.1.6. Condição de ortogonalidade entre duas retas


Duas retas serão ortogonais quando o produto escalar dos seus vetores diretores for nulo,
ou seja:
⃗𝑣. 𝑤
⃗⃗⃗ = 0

2.1.7. Condição de colinearidade entre três pontos


Sejam 𝐴(𝑥1 , 𝑦1 , 𝑧1 ), 𝐵 (𝑥2 , 𝑦2 , 𝑧2 ) e 𝐶 (𝑥3 , 𝑦3 , 𝑧3 ) três pontos no espaço, esses pontos serão
colineares quando ∃𝜆 ∈ ℝ tal que:
⃗⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝐵 = 𝜆𝐴𝐶
𝑥2 − 𝑥1 𝑦2 − 𝑦1 𝑧2 − 𝑧1
= =
𝑥3 − 𝑥1 𝑦3 − 𝑦1 𝑧3 − 𝑧1

Também podemos verificar pelo método do produto vetorial. Sabemos que a área de um
triângulo de vértices 𝐴, 𝐵 𝑒 𝐶 é igual à metade do módulo do produto vetorial: ⃗⃗⃗⃗⃗⃗𝐴𝐵 × ⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝐶. Assim,
para que os pontos sejam colineares, basta que a área desse triângulo seja nula (isto é, não há
triângulo formado por esses três pontos), o que significaria que eles pertencem a uma mesma
reta. Assim, vamos verificar se o produto vetorial citado é nulo, se o for, 𝐴, 𝐵 𝑒 𝐶 serão colineares.
Se não for nulo, haverá triângulo e, portanto, não serão colineares.
⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝐵 × ⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝐶 = ⃗0

8. Verifique se os pontos abaixo são colineares.


a) 𝐴(−1, 4, −3), 𝐵(2, 1, 3) e 𝐶 (4, −1, 7)
b) 𝐴(1,0, −1), 𝐵(2, 1, 1) e 𝐶 (4, 3, 5)
c) 𝐴(−2, 5, 1), 𝐵(0, 1, −2) e 𝐶 (3, 3, 4)
Comentários
a) Calculando ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝐵 e ⃗⃗⃗⃗⃗ 𝐴𝐶:
⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝐵 = 𝐵 − 𝐴 = (2, 1, 3) − (−1, 4, −3) = (3, −3, 6)
⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝐶 = 𝐶 − 𝐴 = (4, −1, 7) − (−1, 4, −3) = (5, −5, 10)

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 35


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Assim, calculando o produto vetorial:


𝒊 𝒋 𝒌 𝒊 𝒋 𝒌
⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝐵 × ⃗⃗⃗⃗⃗ 𝐴𝐶 = |3 −3 6 | = 3 ⋅ 5 ⋅ |1 −1 2 | = ⃗0
5 −5 10 1 −1 2
Portanto, como temos duas linhas iguais no determinante acima, ele será nulo. Assim,
os pontos são colineares nesse caso.
b) Calculando ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝐵 e ⃗⃗⃗⃗⃗ 𝐴𝐶:
⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝐵 = 𝐵 − 𝐴 = (2, 1, 1) − (1, 0, −1) = (1, 1, 2)
⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝐶 = 𝐶 − 𝐴 = (4, 3, 5) − (1, 0, −1) = (3, 3, 6) = 3(1, 1, 2) = 3𝐴𝐵
Assim, como esses vetores são paralelos, então o produto vetorial deles será nulo. Logo,
os pontos são colineares. Você poderia ter feito essa mesma análise no item a), pois os
vetores são paralelos.
c) Calculando ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝐵 e ⃗⃗⃗⃗⃗ 𝐴𝐶:
⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝐵 = 𝐵 − 𝐴 = (0, 1, −2) − (−2, 5, 1) = (2, −4, −3)
⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝐶 = 𝐶 − 𝐴 = (3, 3, 4) − (−2, 5, 1) = (5, −2, 3)
Calculando o produto vetorial:
𝒊 𝒋 𝒌
⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝐵 × ⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝐶 = |2 −4 −3| = 𝒊(−12 − 6) − 𝒋(6 + 15) + 𝒌(−4 + 20) = (−18, −21, 16)
5 −2 3
Assim, como o produto vetorial não é nulo, então esses pontos não são colineares, isto
é, formam um triângulo.

𝑥 = 1 − 3𝑡
9. Seja a reta 𝑟: 𝑦 = −3 + 𝑡, determine o valor de 𝑎 + 𝑏 para que o ponto 𝑃(𝑎, 𝑏, −3)
{
𝑧 = −4 − 𝑡
pertença à reta 𝑟.
Comentários
Veja que se 𝑃 ∈ 𝑟, então suas coordenadas (𝑎, 𝑏, −3) obedecem ao sistema acima.
Assim, olhando para a coordenada em 𝑧:
−3 = −4 − 𝑡 ⇒ 𝑡 = −1
Assim, basta calcular as demais coordenadas:
𝑥 = 𝑎 = 1 − 3(−1) = 4
𝑦 = 𝑏 = −3 + (−1) = −4
⇒ 𝑎+𝑏 =4−4=0

𝑥 = 1 + 2𝑡
10. A reta 𝑟: { 𝑦 = 𝑡 forma um ângulo 𝜃 com a reta determinada pelos pontos
𝑧 =3−𝑡
𝐴(3,1, −2) e 𝐵(4, 0, −4). Determine o valor de 𝜃.
Comentários
Calculando o vetor diretor da reta 𝑟, por meio da equação vetorial:
𝑥 = 1 + 2𝑡
𝑟: { 𝑦 = 𝑡 ⇒ 𝑟: (𝑥, 𝑦, 𝑧) = (1 + 2𝑡, 𝑡, 3 − 𝑡 ) = (1, 0, 3) + 𝑡 (2, 1, −1)
𝑧 =3−𝑡

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 36


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Assim, o vetor diretor de 𝑟 é 𝑣⃗ = (2, 1, −1) ⇒ |𝑣 ⃗ | = √22 + 12 + 1² = √6. Agora, um


vetor da reta que é determinada por 𝐴 𝑒 𝐵 é o vetor ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝐵 = 𝐵 − 𝐴 = (4, 0, −4) − (3, 1, −2) =
𝐴𝐵| = √12 + 12 + 22 = √6. Assim, aplicando o produto escalar entre esses
(1, −1, −2) ⇒ |⃗⃗⃗⃗⃗⃗
vetores diretores, podemos calcular o cosseno do ângulo 𝜃 entre eles:
⃗𝑣 ⋅ ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝐵 = |⃗𝑣| |⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝐵| cos 𝜃 ⇒ (2, 1, −1) ⋅ (1, −1, −2) = √6√6 cos 𝜃
3 1
⇒ 2 − 1 + 2 = 6 cos 𝜃 ⇒ cos 𝜃 = =
6 2
Assim, como o cosseno de 𝜃, ângulo entre os vetores diretores das retas, é positivo,
então o menor ângulo entre as retas é, de fato 𝜃:
1
𝜃 = arc cos 2 = 60°

𝑥 =1+𝑡
11. A reta 𝑟 contém o ponto 𝐴(−2, 1, 1) e é paralela à reta 𝑠: {𝑦 = −2 − 𝑡 . Dado que
𝑧 = 3 + 2𝑡
𝐵 (𝑥, 𝑦, 3) ∈ 𝑟, determine o valor de 𝑥 + 𝑦.
Comentários
Se a reta 𝑟 é paralela à 𝑠, então elas têm vetores diretores paralelos. Vamos achar o
vetor diretor de 𝑠, escrevendo esta na equação vetorial:
𝑥 =1+𝑡
𝑠: {𝑦 = −2 − 𝑡 ⇒ 𝑠: (𝑥, 𝑦, 𝑧) = (1 + 𝑡, −2 − 𝑡, 3 + 2𝑡 ) = (1, −2, 3) + 𝑡(1, −1, 2)
𝑧 = 3 + 2𝑡
Portanto, o vetor diretor de 𝑠 é ⃗𝑣 = (1, −1, 2). Esse pode ser o vetor diretor de 𝑟
também, já que são paralelas. Assim, podemos escrever a equação vetorial de 𝑟, pois
sabemos que passa por A:
𝑟: 𝑋 = 𝐴 + 𝑡𝑣 ⇒ 𝑟: (𝑥, 𝑦, 𝑧) = (−2, 1, 1) + 𝑡(1, −1, 2)
Assim, como 𝐵 ∈ 𝑟, então, olhando para sua coordenada em 𝑧:
3 = 1 + 2𝑡 ⇒ 𝑡 = 1
Aplicando esse 𝑡 = 1 para acharmos 𝑥 e 𝑦:
𝑥 = −2 + 𝑡 = −1
𝑦 =1−𝑡 =0
⇒ 𝑥 + 𝑦 = −1

12. Determine o ponto de intersecção entre as retas abaixo:


𝑥 = 1 − 5𝑡
𝑥=𝑧+3
a) 𝑟1 : { e 𝑟2 : {2𝑦 = −3 + 2𝑡
𝑦 = −2𝑧 − 1
𝑧 = 5 + 9𝑡
2𝑥 = 15 + 5𝑡
𝑥+2 𝑦−1
b) 𝑟3 : 4 = −3 = 𝑧 + 1 𝑟4 : { 2𝑦 = 8 + 3𝑡
2𝑧 = 2 + 𝑡
Comentários
Os pontos de interseção entre retas são aqueles que satisfazem a ambas equações:

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 37


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𝑥 = 1 − 5𝑡
𝑥=𝑧+3
{2𝑦 = −3 + 2𝑡 𝑒 {
𝑦 = −2𝑧 − 1
𝑧 = 5 + 9𝑡
Usando a primeira equação 𝑥 = 𝑧 + 3 em função de 𝑡:
1
⇒ 1 − 5𝑡 = 5 + 9𝑡 + 3 ⇒ −14𝑡 = 7 ⇒ 𝑡 = −
2
Portanto o ponto é:
5 7
𝑥 = 1 − 5𝑡 = 1 + =
2 2
−3−1
⇒𝑦= = −2
2
9 1
𝑧 =5− =
2 2
Assim, o ponto de interseção é:
7 1
𝑋 = ( , −2, )
2 2

13. Dados os pontos 𝐴(2, 5), 𝐵(3, −4) e 𝐶 (6, 5), determine as coordenadas da projeção
ortogonal de 𝐴 sobre a reta determinada pelos pontos 𝐵 e 𝐶.
Comentários
Se chamarmos 𝐻 (𝑥, 𝑦) essa projeção ortogonal de 𝐴 na reta 𝐵𝐶, então ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐻𝐴 ⊥ ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐵𝐶. Assim:
⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐵𝐶 = 𝐶 − 𝐵 = (3, 9)
⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐻𝐴 ⊥ ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐵𝐶 ⇒ ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐻𝐴 ⋅ ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐵𝐶 = 0 ⇒ (2 − 𝑥, 5 − 𝑦) ⋅ (3,9) = 0 ⇒ 6 − 3𝑥 + 45 − 9𝑦 = 0
⇒ 3𝑦 + 𝑥 − 17 = 0
Portanto, 𝐻 é um ponto da reta acima. Mas ele também é da reta 𝐵𝐶. Escrevendo esta
em sua forma vetorial:
⃗⃗⃗⃗⃗ = (3, −4) + 𝑡(3, 9)
𝐵𝐶: (𝑥, 𝑦) = (3, −4) + 𝑡𝐵𝐶
⇒ 𝐵𝐶: (𝑥, 𝑦) = (3 + 3𝑡, −4 + 9𝑡 )
Assim, 𝐻 também satisfaz a equação acima. Substituindo essas expressões de 𝑥 e 𝑦 na
equação da reta:
3𝑦 + 𝑥 − 17 = 0 ⇒ 3(−4 + 9𝑡 ) + (3 + 3𝑡 ) − 17 = 0
13
⇒ −12 + 27𝑡 + 3 + 3𝑡 − 17 = 0 ⇒ 30𝑡 = 26 ⇒ 𝑡 =
15
13 13 28 19
⇒ 𝐻 = (3 + 3𝑡, −4 + 9𝑡 ) = (3 + 3 ⋅ , −4 + 9 ⋅ )=( , )
15 15 5 5
28 19
𝐻=( , )
5 5

2.2. Equação do plano


Vamos deduzir a equação do plano no ℝ3 usando nosso conhecimento de vetores.
Sabemos que se dois vetores são ortogonais, então o produto escalar deles é nulo. Assim,
consideremos um ponto 𝐴(𝑥1 , 𝑦1 , 𝑧1 ) pertencente a um plano 𝜋 e 𝑛
⃗ = 𝑎𝑖 + 𝑏𝑗 + 𝑐𝑘⃗ , um vetor não
nulo normal (perpendicular) ao plano. Se 𝑃(𝑥, 𝑦, 𝑧) é um ponto do plano, então ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝑃 é ortogonal a
⃗𝑛, ou seja:

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 38


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⃗ . ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝑛 𝐴𝑃 = 0
Desse modo:
(𝑎, 𝑏, 𝑐). (𝑥 − 𝑥1 , 𝑦 − 𝑦1 , 𝑧 − 𝑧1 ) = 0
𝑎(𝑥 − 𝑥1 ) + 𝑏(𝑦 − 𝑦1 ) + 𝑐 (𝑧 − 𝑧1 ) = 0
Reorganizando os termos:
𝑎𝑥 + 𝑏𝑦 + 𝑐𝑧 − 𝑎𝑥1 − 𝑏𝑦1 − 𝑐𝑧1 = 0
Fazendo −𝑎𝑥1 − 𝑏𝑦1 − 𝑐𝑧1 = 𝑑 ∈ ℝ, temos:
𝑎𝑥 + 𝑏𝑦 + 𝑐𝑧 + 𝑑 = 0
Essa é a equação geral do plano.
Uma observação muito importante é que podemos ver que os componentes do vetor
normal ficam explicitados na equação geral do plano, veja:
⃗ = (𝑎, 𝑏, 𝑐)
𝑛
𝜋: 𝑎𝑥 + 𝑏𝑦 + 𝑐𝑧 + 𝑑 = 0
Perceba que para obtermos planos paralelos a esse, basta que modifiquemos o valor de 𝑑.
Para o plano, o vetor normal é o que define sua equação. Assim, dados três pontos
pertencentes a um plano 𝜋, podemos definir sua equação geral. Vejamos um exemplo:
1) Sabendo que 𝐴(1, 1, 1), 𝐵(0, 0, 2) e 𝐶 (4, 1, 0) são pontos de um mesmo plano,
determine a equação geral deste plano.
Solução:
Para determinarmos a equação geral do plano, precisamos do vetor normal ao plano.
Podemos calculá-lo usando os pontos do plano para determinar dois vetores paralelos ao plano e
não colineares dessa forma:
⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝐵 = (0 − 1,0 − 1,2 − 1) = (−1, −1, 1)
⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝐶 = (4 − 1,1 − 1,0 − 1) = (3, 0, −1)
Com esses vetores, basta fazer o produto vetorial para encontrar o vetor normal:
𝑖̂ 𝑗̂ ̂
𝑘
⃗⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗ ̂ = (1, 2, 3)
⃗ = 𝐴𝐵 𝑥 𝐴𝐶 = |−1
𝑛 −1 1 | = 𝑖̂ + 2𝑗̂ + 3𝑘
3 0 −1
Assim, a equação geral do plano é:
1(𝑥 − 1) + 2(𝑦 − 1) + 3(𝑧 − 1) = 0
∴ 𝑥 + 2𝑦 + 3𝑧 − 6 = 0
Perceba que escolhemos o ponto 𝐴(1, 1, 1) para a equação do plano, mas poderíamos ter
escolhido qualquer um dos pontos.

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 39


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2.2.1. Ângulo entre dois planos


Para calcularmos o menor ângulo entre dois planos, podemos usar os vetores normais aos
planos. Sejam 𝜋1 e 𝜋2 dois planos cujos vetores normais são 𝑛1 e 𝑛2 , respectivamente. Assim,
temos que o menor ângulo 𝜃 entre eles é:
𝑛1 . ⃗⃗⃗⃗
|⃗⃗⃗⃗ 𝑛2 | 𝜋
cos 𝜃 = , 𝑐𝑜𝑚 𝜃 ∈ [0, ]
|𝑛
⃗⃗⃗⃗1 |. |⃗⃗⃗⃗
𝑛2 | 2

2.2.2. Ângulo entre reta e plano


Podemos calcular o ângulo entre uma reta e um plano analisando o vetor diretor da reta e
o vetor normal do plano. Seja 𝑣 o vetor diretor de uma reta 𝑟 e seja 𝑛 o vetor normal de um plano
𝜋, o ângulo 𝛼 entre a reta 𝑟 e o plano 𝜋 é dado por:

|𝑣 . 𝑛⃗|
𝑠𝑒𝑛 𝛼 = cos 𝜃 =
|𝑣 |. |𝑛⃗|
𝜋
Note que 𝛼 é o ângulo complementar de 𝜃 e por isso cos 𝜃 = cos (2 − 𝛼) = 𝑠𝑒𝑛 𝛼.

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 40


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14. Determine as coordenadas do ponto 𝐴 ∈ ℝ3 simétrico ao ponto 𝐵(2, 3, 5) em relação


ao plano 𝜋 cuja equação é dada por 2𝑥 − 𝑦 + 3𝑧 + 1 = 0.
Comentários
A reta perpendicular 𝑝 ao plano dado que passa por 𝐵 também passa por 𝐴. O vetor
normal ao plano é facilmente identificado na equação deste por (2, −1, 3) e, portanto, esse
vetor é o vetor diretor da reta perpendicular ao plano. Assim, sabendo que essa reta passa
por 𝐵, sua equação vetorial é:
𝑝: 𝑋 = 𝐵 + 𝜆(2, −1, 3)
⇒ 𝑝: (𝑥, 𝑦, 𝑧) = (2, 3, 5) + 𝜆(2, −1, 3) = (2 + 2𝜆, 3 − 𝜆, 5 + 3𝜆)
Assim, querendo achar a interseção 𝑀 dessa reta 𝑝 com o plano, basta substituir as
coordenadas acima em função de 𝜆 na equação do plano:
2𝑥 − 𝑦 + 3𝑧 + 1 = 0 ⇒ 2(2 + 2𝜆) − (3 − 𝜆) + 3(5 + 3𝜆) + 1 = 0
17
⇒ 14𝜆 = −17 ⇒ 𝜆 = −
14
17 17 51 3 59 19
⇒ 𝑀 = (2 − ,3 + ,5− ) = (− , , )
7 14 14 7 14 14
Assim, como 𝐴 é simétrico de 𝐵 em relação ao plano, ela também será em relação a 𝑀:
⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝑀 = ⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝑀𝐵
⇒𝑀−𝐴 =𝐵−𝑀
6 118 38 20 38 32
⇒ 𝐴 = 2𝑀 − 𝐵 = (− , , ) − (2, 3, 5) = (− , , − )
7 14 14 7 7 14
20 38 32
⇒ 𝐴 = (− , ,− )
7 7 14

2.3. Distâncias
Sejam 𝐴(𝑥1 , 𝑦1 , 𝑧1 ) e 𝐵(𝑥2 , 𝑦2 , 𝑧2 ) dois pontos do espaço. A distância entre esses dois
pontos é dada pelo módulo do vetor formado por esses pontos, ou seja:
2
𝑑𝐴𝐵 = |⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝐵| = √(𝑥2 − 𝑥1 )2 + (𝑦2 − 𝑦1 ) + (𝑧2 − 𝑧1 )2

Veja que a distância entre dois pontos no espaço não difere muito daquela vista no plano,
a única diferença é a adição de uma dimensão.

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 41


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2.3.1. Distância entre ponto e reta


Vamos deduzir uma expressão para calcular a distância entre ponto e reta. Seja 𝑟 uma reta
cuja equação é definida pelo ponto 𝑃(𝑥1 , 𝑦1 , 𝑧1 ) e pelo vetor diretor 𝑣(𝑣𝑥 , 𝑣𝑦 , 𝑣𝑧 ), e o ponto
𝑄(𝑥0 , 𝑦0 , 𝑧0 ) um ponto qualquer do espaço. Assim, temos a seguinte figura:

Podemos calcular a área do paralelogramo de dois modos:


𝐴 = |𝑣 | ⋅ 𝑑
𝐴 = |𝑣 𝑥 ⃗⃗⃗⃗⃗
𝑃𝑄|
Igualando as equações, obtemos a fórmula para a distância entre o ponto 𝑄 e a reta 𝑟:
|𝑣 𝑥 ⃗⃗⃗⃗⃗
𝑃𝑄|
𝑑=
|𝑣 |

2.3.2. Distância entre retas


Para calcularmos a distância entre retas paralelas, basta tomarmos um ponto pertencente
a uma das retas e usar a fórmula anterior para calcular a distância entre ponto e reta. O problema
surge quando as retas são reversas. Para isso, podemos proceder da seguinte forma.
Consideremos uma reta 𝑟 definida pelo ponto 𝑃 e pelo vetor diretor ⃗𝑣 e uma reta 𝑠 definida pelo
ponto 𝑄 e pelo vetor diretor ⃗𝑤⃗⃗ tal que as retas 𝑟 e 𝑠 sejam reversas de acordo com a seguinte
figura:

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 42


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O volume de um paralelepípedo é dado pelo produto entre sua base e sua altura:
𝑉 = |𝑤
⃗⃗ 𝑥 𝑣 | ⋅ 𝑑
Também podemos calcular o volume pelo produto misto entre 𝑣, 𝑤 e 𝑃𝑄:
⃗⃗⃗⃗⃗ . (𝑤
𝑉 = |𝑃𝑄 ⃗⃗ 𝑥 𝑣 )|
Igualando-se as equações:
⃗⃗⃗⃗⃗ . (𝑤
|𝑃𝑄 ⃗⃗ 𝑥 𝑣 )|
𝑑=
|𝑤
⃗⃗ 𝑥 𝑣 |

2.3.3. Distância entre ponto e plano


Consideremos o plano 𝜋: 𝑎𝑥 + 𝑏𝑦 + 𝑐𝑧 + 𝑑 = 0 e 𝑃(𝑥0 , 𝑦0 , 𝑧0 ) um ponto do espaço. Para
calcularmos a distância de 𝑃 ao plano 𝜋, podemos proceder da seguinte forma, observando a
figura abaixo:

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 43


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Veja que 𝑄(𝑥, 𝑦, 𝑧) é um ponto qualquer do plano 𝜋 e 𝑃′ é a projeção ortogonal do ponto


𝑃 sobre o plano, além disso, 𝑛
⃗ = (𝑎, 𝑏, 𝑐) é o vetor normal ao plano. Assim, temos:
⃗⃗⃗⃗⃗⃗ |
𝑑 = |𝑃′𝑃
⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝑃′𝑃 é paralelo ao vetor 𝑛 ⃗⃗⃗⃗⃗⃗ na direção de 𝑛
⃗ e também é a projeção de 𝑄𝑃 ⃗ , logo podemos
escrever:
⃗𝑛
|⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝑃′𝑃| = |⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝑄𝑃 ⋅ |
|𝑛⃗|
Substituindo
⃗⃗⃗⃗⃗⃗ = (𝑥0 − 𝑥, 𝑦 − 𝑦, 𝑧 − 𝑧0 )
𝑄𝑃 0
⃗𝑛 (𝑎, 𝑏, 𝑐)
=
|⃗𝑛| √𝑎2 + 𝑏2 + 𝑐2

Obtemos:
(𝑎, 𝑏, 𝑐 )
⃗⃗⃗⃗⃗⃗ | = |(𝑥0 − 𝑥, 𝑦0 − 𝑦, 𝑧 − 𝑧0 ) ⋅
𝑑 = |𝑃′𝑃 |
√𝑎2 + 𝑏2 + 𝑐 2
|𝑎𝑥0 + 𝑏𝑦0 + 𝑐𝑧0 − 𝑎𝑥 − 𝑏𝑦 − 𝑐𝑧|
𝑑=
√𝑎2 + 𝑏2 + 𝑐 2
Da equação do plano, temos:
𝑎𝑥 + 𝑏𝑦 + 𝑐𝑧 + 𝑑 = 0 ⇒ −𝑎𝑥 − 𝑏𝑦 − 𝑐𝑧 = 𝑑
Portanto:
|𝑎𝑥0 + 𝑏𝑦0 + 𝑐𝑧0 + 𝑑|
𝑑=
√𝑎2 + 𝑏2 + 𝑐2

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 44


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Essa equação lembra bastante a equação da distância de ponto a reta no ℝ2 , com a


diferença de que temos agora uma dimensão a mais.

15. Seja 𝜋 o plano que passa pelo ponto 𝐴(9, −1,0) e é paralelo aos vetores 𝑢 ⃗ = (0,1,0) e
⃗𝑣 = (1,1,1). Determine a distância do ponto 𝑃(9, 1, √2) ao plano 𝜋.
Comentários
Se o plano é paralelo aos vetores ⃗𝑢 e ⃗𝑣 e não são paralelos entre si, então podemos
escrever esse plano em sua forma vetorial:
𝜋: 𝑋 = 𝐴 + 𝜇𝑣 + 𝜂𝑢 ⃗
Onde 𝜂 e 𝜇 são reais. Assim:
(𝑥, 𝑦, 𝑧) = (9, −1, 0) + (𝜇, 𝜇, 𝜇) + (0, 𝜂, 0) = (9 + 𝜇, 𝜇 + 𝜂 − 1, 𝜇)
𝑥 =9+𝜇
⇒ {𝑦 = 𝜇 + 𝜂 − 1 ⇒ 𝑥 − 𝑧 − 9 = 0 𝑒 𝑦 = 𝑧 + 𝜂 − 1
𝑧=𝜇
Como 𝜂 pode ser qualquer valor real, 𝑦 pode assumir qualquer valor. Assim, o plano é:
𝜋: 𝑥 − 𝑧 − 9 = 0
Assim, a distância de 𝑃 ao plano é:
|𝑥 −𝑧𝑃 −9| |9−√2−9| |−√2|
𝑑 (𝑃, 𝜋) = √1𝑃2 = = =1
+12 +02 √2 √2

3. Questões Nível 1

1.
⃗ + ⃗𝒃, dado que |𝒂
⃗ =𝒂
Determine o módulo do vetor soma 𝒔 ⃗ | = 𝟏𝟔 e 𝒄𝒐𝒔𝜶 = 𝟎, 𝟔.
⃗ | = 𝟏𝟎, |𝒃

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 45


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2.
⃗ são representados logo abaixo. Dados
⃗ e𝒃
Determine o módulo do vetor resultante sabendo que 𝒂
|𝒂 ⃗ | = 𝟏𝟎.
⃗ | = 𝟓 e |𝒃

3.
⃗ + ⃗𝒃 + 𝒄
⃗ =𝒂
Determine o módulo da resultante 𝒔 ⃗ . Dados |𝒂 ⃗ | = |𝒄
⃗ | = |𝒃 ⃗ | = 𝟏𝟎.

4.
Para o conjunto de vetores da figura abaixo, determine o módulo do vetor diferença ⃗𝒅 = 𝒂
⃗ − ⃗𝒃.
Dados: |𝒂 ⃗ | = 𝟏𝟎.
⃗ | = 𝟖 e |𝒃

5.
⃗ , ⃗𝒃, 𝒄
Qual das alternativas abaixo é uma relação verdadeira entre os vetores 𝒂 ⃗ e ⃗𝒅.

⃗ + ⃗𝒃 = 𝒄
a) 𝒂 ⃗ + ⃗𝒅
⃗ +𝒄
b) 𝒂 ⃗ = ⃗𝒅 + ⃗𝒃

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 46


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⃗ + ⃗𝒅 = 𝒄
c) 𝒂 ⃗ + ⃗𝒃
⃗ +𝒃
d) 𝒂 ⃗ +𝒄⃗ +𝒅⃗ =𝟎

⃗ + ⃗𝒃 + 𝒄
e) 𝒂 ⃗ = ⃗𝒅

6.
⃗ , ⃗𝒃 e 𝒄
No gráfico da figura abaixo apresenta três vetores 𝒂 ⃗ . Considere os vetores unitários 𝒊̂ e 𝒋̂.

Considere as expressões:
⃗ = 𝟑𝒊̂ + 𝟒𝒋̂
(I) 𝒂
(II) ⃗𝒃 = 𝟐𝒊̂ + 𝟐𝒋̂
⃗ = 𝟑𝒋̂
(III) 𝒄
Podemos afirmar que:
a) apenas (I) está correta.
b) apenas (II) está correta.
c) apenas (III) está correta.
d) (I) e (II) estão corretas.
e) todas estão corretas.

7.
Dado o conjunto de vetores, como ilustrado na figura abaixo, marque verdadeira para as equações
vetoriais corretas e F para as falsas.

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 47


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⃗ +𝒄
a) 𝒂 ⃗ =𝒆

⃗ =𝒈
⃗ +𝒅
b) 𝒆 ⃗
⃗⃗ + 𝒃
⃗ +𝒄
c) 𝒂 ⃗ = ⃗𝟎
⃗ +𝒆
⃗ +𝒄
d) 𝒂 ⃗ −𝒆
⃗ +𝒃 ⃗ +𝒈 ⃗ =𝟎
⃗⃗ + 𝒇 ⃗
⃗ + ⃗𝒅 − 𝒈
e) 𝒆 ⃗⃗ + ⃗𝒃 = ⃗𝟎

8.
Dois vetores ortogonais, isto é, são perpendiculares entre si, um de módulo igual a 18 e outro de
módulo 24, então, o vetor soma terá módulos igual a:
a) 20
b) 25
c) 28
d) 30
e) 32

9.
Dentre as alternativas abaixo, assinale as alternativas erradas. Considere 𝒏 ∈ ℝ∗ e o vetor não-nulo
⃗.
𝒂
⃗ = 𝒏. 𝒂
a) a direção de 𝒃 ⃗ tem sempre a mesma direção de 𝒂 ⃗.
b) se 𝒏 < 𝟎 então a direção de ⃗𝒃 = 𝒏. 𝒂
⃗ é diferente da direção de 𝒂⃗.
⃗ = 𝒏. 𝒂
c) independente do sinal de 𝒏, o vetor 𝒃 ⃗ tem sempre o mesmo sentido de 𝒂
⃗.
d) se 𝒏 > 𝟎 o vetor ⃗𝒃 = 𝒏. 𝒂
⃗ tem módulo maior que o módulo de 𝒂
⃗.

10.
Considere duas cargas elétricas positivas posicionadas nos vértices A e B. No vértice C, coloca-se
uma terceira carga de tal forma que surgem forças repulsivas na carga do vértice, conforme a figura
abaixo. Determine o módulo da força resultante no vértice C.

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 48


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11.
̂ e ⃗𝒃 = 𝟐𝒊̂ + 𝒋̂ − 𝟑𝒌
⃗ = 𝟐𝒊̂ − 𝟒𝒋̂ + 𝟓𝒌
Dados os vetores: 𝒂 ̂ . Determine:
⃗ + ⃗𝒃 b) 𝒂
a) 𝒂 ⃗ − ⃗𝒃 ⃗ + ⃗𝒃
c)−𝒂

12.
⃗.
⃗ −𝒃
Considere o problema anterior e determine o vetor 𝟑𝒂

13.
⃗ com
Considere três pontos no espaço dado por: 𝑨(𝟑, 𝟑, 𝟔); 𝑩(𝟐, 𝟏, 𝟑);𝑪(𝟐, 𝟐, 𝟑). Definimos o vetor 𝒂
origem em A e extremidade em C, e o vetor ⃗𝒃, com origem em B e extremidade em A. Determine:
⃗ . ⃗𝒃
a) 𝒂 ⃗ 𝒙 ⃗𝒃
b) 𝒂

14.
𝟏 𝟏
⃗ = (𝒏, , − ), determine n para que o vetor seja unitário.
Dado o vetor 𝒂 𝟐 𝟐

15.
⃗ = (𝟑, −𝟏, √𝟔). Determine o vetor paralelo a 𝒂
Considere o vetor 𝒂 ⃗ com as seguintes características:
⃗ e 2 vezes o módulo de 𝒂
a) sentido contrário ao de 𝒂 ⃗.
⃗ e módulo 4.
b) sentido contrário ao de 𝒂
c) mesmo sentido e módulo igual a 12.

16.
⃗ , sabendo que |𝒃
Obtenha o vetor 𝒃 ⃗ | = 𝟓, 𝒃
⃗ é ortogonal ao eixo OX, 𝒂 ⃗ =𝟔e𝒂
⃗ .𝒃 ⃗ = 𝒊̂ + 𝟐𝒋̂.

17.
Calcule o valor de 𝛂 para que os vetores 𝒂 ⃗ seja ortogonal ao vetor 𝒄
⃗ +𝒃 ⃗ −𝒂
⃗ . Dado que: 𝒂
⃗ =
(𝟐, 𝟏, 𝛂), ⃗𝒃 = (𝛂 + 𝟐, −𝟓, 𝟐) e 𝒄
⃗ = (𝟐𝛂, 𝟖, 𝛂).

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 49


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18.
⃗ . (𝟏, 𝟒, −𝟑) = −𝟕 e 𝒙
⃗ tal que: 𝒙
Obtenha o vetor 𝒙 ⃗ × (𝟒, −𝟐, 𝟏) = (𝟑, 𝟓, −𝟐).

19.
Encontre um vetor que seja simultaneamente ortogonal aos vetores 𝒂 ⃗ e𝒃
⃗ + 𝟐𝒃 ⃗ −𝒂
⃗ , onde 𝒂
⃗ =
(−𝟑, 𝟐, 𝟎) e ⃗𝒃 = (𝟎, −𝟏, −𝟐).

20.
⃗ = (𝟏, −𝟐, 𝟐)
⃗ = (𝒎, −𝟑, 𝟏) e 𝒃
Determine o valor de m para que o paralelogramo definido por 𝒂
tenha área igual √𝟐𝟔.

21.
⃗ +𝒗
Sabendo que 𝒖 ⃗⃗⃗ = 𝟎, |𝒖
⃗ +𝒘 ⃗ | = 𝟏, |𝒗
⃗ | = 𝟐 e |𝒘
⃗⃗⃗ | = √𝟑, determine o valor de 𝒖
⃗ .𝒗
⃗ +𝒖
⃗ .𝒘 ⃗ .𝒘
⃗⃗⃗ + 𝒗 ⃗⃗⃗ .

22.
⃗ +𝒗
Demonstre que se 𝒖 ⃗ é ortogonal a 𝒖 ⃗ , então |𝒖
⃗ −𝒗 ⃗ | = |𝒗
⃗ |.

23.
Sabendo que 𝒖 ⃗ e 𝒗⃗ formam um ângulo de 𝟔𝟎°, |𝒖
⃗ | = 𝟑 e |𝒗
⃗ | = 𝟐, determine o valor de
|(𝟑𝒖 ⃗ ). (𝒖
⃗ +𝒗 ⃗ )|.
⃗ − 𝟑𝒗

24.
Determine os ângulos internos do triângulo de vértices 𝑨(𝟏, 𝟐, 𝟑), 𝑩(𝟏, 𝟎, −𝟏) e 𝑪(𝟐, 𝟎, −𝟑).

25.
⃗ e𝒗
⃗ = 𝒙𝒊 + 𝟓𝒋 − 𝟒𝒌
Determine o valor de 𝒙 para que os vetores 𝒖 ⃗ sejam
⃗ = (𝒙 + 𝟏)𝒊 + 𝟐𝒋 + 𝟒𝒌
ortogonais.

26.
⃗ = (−𝟑, 𝟎, 𝟐).
Determinar um vetor unitário ortogonal ao vetor 𝒂

27.
Verifique se os vetores abaixo são coplanares:
⃗ = (𝟔, −𝟐, 𝟒), ⃗𝒃 = (𝟐, 𝟒, 𝟐) e 𝒄
a) 𝒂 ⃗ = (−𝟒, 𝟔, 𝟖)
⃗ = (𝟓, −𝟐, 𝟎), 𝒃
b) 𝒂 ⃗ = (𝟐, 𝟎, 𝟐) e 𝒄
⃗ = (𝟗, −𝟏, 𝟐)

28.
⃗ = (𝟏, 𝟏, −𝟐), ⃗𝒃 = (−𝟏, 𝟎, 𝟓) e 𝒄
Calcule o valor de 𝒙 do paralelepípedo formado pelos vetores 𝒂 ⃗ =
(𝒙 − 𝟏, 𝒙, 𝟐), sabendo que o paralelepípedo tem volume 𝟑𝟎.

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 50


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29.
𝒙 = 𝟏 − 𝟑𝒕
Seja a reta 𝒓: {𝒚 = −𝟑 + 𝒕, determine o valor de 𝒂 + 𝒃 para que o ponto 𝑷(𝒂, 𝒃, −𝟑) pertença à reta
𝒛 = −𝟒 − 𝒕
𝒓.

30.
Calcule o ângulo entre as retas abaixo:
𝒙 𝒚+𝟐 𝒛+𝟏
a) 𝒓: (𝒙, 𝒚, 𝒛) = (−𝟐, 𝟎, 𝟑) + 𝒕(−𝟐, 𝟐, −𝟒) e 𝒔: = =
𝟒 𝟑 𝟑
𝒙=𝟏+𝒕
𝒙 𝒚−𝟏
b) 𝒓: {𝒚 = −𝟏 + 𝟐𝒕 e 𝒔: 𝟑 = 𝟐 ; 𝒛 = 𝟑
𝒛 = 𝟑 − 𝟐𝒕
𝒙=𝟎 𝒙+𝟏 𝒚 𝒛−𝟑
c) 𝒓: { e 𝒔: 𝟐 = 𝟑 = 𝟐
𝒚=𝟎

31.
𝒙 = 𝟏 + 𝟐𝒕
A reta 𝒓: { 𝒚 = 𝒕 forma um ângulo 𝜽 com a reta determinada pelos pontos 𝑨(𝟑, 𝟏, −𝟐) e
𝒛=𝟑−𝒕
𝑩(𝟒, 𝟎, −𝟒). Determine o valor de 𝜽.

32.
𝒙=𝟏+𝒕
A reta 𝒓 contém o ponto 𝑨(−𝟐, 𝟏, 𝟏) e é paralela à reta 𝒔: {𝒚 = −𝟐 − 𝒕. Dado que 𝑩(𝒙, 𝒚, 𝟑) ∈ 𝒓,
𝒛 = 𝟑 + 𝟐𝒕
determine o valor de 𝒙 + 𝒚.

33.
Determine o ponto de intersecção entre as retas abaixo:
𝒙 = 𝟏 − 𝟓𝒕
𝒙=𝒛+𝟑
𝒓𝟏 : { e 𝒓𝟐 : {𝟐𝒚 = −𝟑 + 𝟐𝒕
𝒚 = −𝟐𝒛 − 𝟏
𝒛 = 𝟓 + 𝟗𝒕

34.
Dados os pontos 𝑨(𝟐, 𝟓), 𝑩(𝟑, −𝟒) e 𝑪(𝟔, 𝟓), determine as coordenadas da projeção ortogonal de
𝑨 sobre a reta determinada pelos pontos 𝑩 e 𝑪.

35.
𝟐 −𝟏 𝟏
Sabendo que a matriz 𝑨 = (𝒂𝒊𝒋 ) =[ −𝟏 𝟏 𝟎] define em ℝ𝟑 os vetores ⃗⃗⃗
𝒗𝒊 = 𝒂𝒊𝟏 𝒊⃑ + 𝒂𝒊𝟐 𝒋⃑ +
𝟑𝒙𝟑
𝟏 √𝟐 𝟏
⃗⃑, 𝟏 ≤ 𝒊 ≤ 𝟑. Determine os vetores ⃗⃗⃗⃗
𝒂𝒊𝟑 𝒌 𝒗𝟏 , ⃗⃗⃗⃗
𝒗𝟐 e ⃗⃗⃗⃗
𝒗𝟑 .

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 51


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36.
Determine as coordenadas do ponto 𝑨 ∈ ℝ𝟑 simétrico ao ponto 𝑩(𝟐, 𝟑, 𝟓) em relação ao plano 𝝅
cuja equação é dada por 𝟐𝒙 − 𝒚 + 𝟑𝒛 + 𝟏 = 𝟎.

37.
Seja 𝝅 um dos planos gerados pelos vetores 𝒗 ⃗ = (𝟐, −𝟐, 𝟏) e 𝒘
⃗⃗⃗ = (−𝟏, 𝟐, 𝟐). Determine o versor na
⃗ e𝒘
direção da reta bissetriz entre os vetores 𝒗 ⃗⃗⃗ .

38.
⃗ = (𝟎, 𝟏, 𝟎) e 𝒗
Seja 𝝅 o plano que passa pelo ponto 𝑨(𝟗, −𝟏, 𝟎) e é paralelo aos vetores 𝒖 ⃗ =
(𝟏, 𝟏, 𝟏). Determine a distância do ponto 𝑷(𝟗, 𝟏, √𝟐) ao plano 𝝅.

Gabarito

1. |𝑠⃗ | = 2√41
2. |𝑠⃗ | = 5√7
3. ⃗𝑠 = ⃗0
4. |⃗𝑑| = 2√61
5. C
6. A
7. VVFVF
8. D
9. b, c e d.
10. 𝑠 = 26 𝑁
11. a) 4𝑖̂ − 3𝑗̂ + 2𝑘̂ b) −5𝑗̂ + 8𝑘̂ c) 5𝑗̂ − 8𝑘̂
12. 4𝑖̂ − 13𝑗̂ + 18𝑘̂
13. a) -12 b) 𝑎 𝑥 𝑏⃗ = (3,0, −1)
√2
14. 𝑛 = ±
2
15. a) (−6,2, −2√6) b) (−3,1, −√6) c)(−9,3,3√6)
16. ⃗𝑏 = (0,3,4) ou ⃗𝑏 = (0,3 − 4)
17. α = 3 ou α = −6
18. ⃗𝑥 = (3, −1,2)
19. (−12, −18,9)
20. 𝒎 = 𝟎 𝒐𝒖 𝒎 = 𝟐
21. −𝟒

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 52


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22. Demonstração
23. 9
𝟏𝟒 𝟒 𝟒 𝟏𝟒
24. Â = 𝐚𝐫𝐜 𝐜𝐨𝐬 ( ̂ = 𝝅 − 𝐚𝐫𝐜 𝐜𝐨𝐬 ( ) ; 𝑪
);𝑩 ̂ = 𝐚𝐫𝐜 𝐜𝐨𝐬 ( ) − 𝐚𝐫𝐜 𝐜𝐨𝐬 ( )
√𝟐𝟎𝟓 𝟓 𝟓 √𝟐𝟎𝟓
25. 𝒙 = 𝟐 𝒐𝒖 𝒙 = −𝟑
⃗ = (𝟎, 𝟏, 𝟎)
26. 𝒗
27. a) não são coplanares b) não são coplanares
28. 𝒙 = 𝟑𝟑/𝟐 𝒐𝒖 𝒙 = −𝟐𝟕/𝟐
29. 𝒂 + 𝒃 = 𝟎
𝟕 𝟕 𝟐
30. a) 𝜶 = 𝐚𝐫𝐜 𝐜𝐨𝐬 (𝟐√𝟓𝟏) b) 𝜶 = 𝐚𝐫𝐜 𝐜𝐨𝐬 (𝟑√𝟏𝟑) c) 𝜶 = 𝐚𝐫𝐜 𝐜𝐨𝐬 ( )
√𝟏𝟕
31. 𝟔𝟎°
32. 𝒙 + 𝒚 = −𝟏
𝟕 𝟏
33. 𝑿 = (𝟐 , −𝟐, 𝟐)
𝟐𝟖 𝟏𝟗
34. 𝑯 = ( 𝟓 , )
𝟓
𝒗𝟏 = (𝟐, −𝟏, 𝟏); ⃗⃗⃗⃗
35. ⃗⃗⃗⃗ 𝒗𝟐 = (−𝟏, 𝟏, 𝟎); ⃗⃗⃗⃗
𝒗𝟑 = (𝟏, √𝟐, 𝟏)
𝟐𝟎 𝟑𝟖 𝟑𝟐
36. 𝑨 = (− , ,− )
𝟕 𝟕 𝟏𝟒
√𝟏𝟎 𝟑√𝟏𝟎
37. 𝒔 = ( 𝟏𝟎 , 𝟎, 𝟏𝟎 )
38. 1

Resolução
1.
⃗ + ⃗𝒃, dado que |𝒂
⃗ =𝒂
Determine o módulo do vetor soma 𝒔 ⃗ | = 𝟏𝟔 e 𝒄𝒐𝒔𝜶 = 𝟎, 𝟔.
⃗ | = 𝟏𝟎, |𝒃

Comentários:
De início, determinaremos o vetor soma geometricamente, fechando o triângulo, de
acordo com a regra do polígono. Em seguida utilizaremos a lei dos cossenos para determinar o
modulo de ⃗𝑠:

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 53


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De acordo com a lei dos cossenos, podemos escrever que:


2
⃗ |. |⃗𝑏| . 𝑐𝑜𝑠𝛼 ⇒ |𝑠⃗ |2 = 102 + 162 − 2.10.16.0,6
⃗ |2 + |⃗𝑏| − 2|𝑎
|𝑠⃗ |2 = |𝑎

⇒ |𝑠| = √164 ⇒ |𝑠| = 2√41


Gabarito: |𝒔
⃗ | = 𝟐√𝟒𝟏
2.
⃗ e ⃗𝒃 são representados logo abaixo. Dados
Determine o módulo do vetor resultante sabendo que 𝒂
|𝒂 ⃗ | = 𝟏𝟎.
⃗ | = 𝟓 e |𝒃

Comentários:
⃗ + ⃗𝑏 pela regra do paralelogramo, e
Inicialmente, encontraremos o vetor resultante 𝑠⃗ = 𝑎
determinaremos seu módulo utilizando a lei dos cossenos:

Aplicando a lei dos cossenos no triângulo ABC:


2 2 1
⃗ |. |⃗𝑏| . cos(180° − 60°) ⇒ |𝑠⃗ |2 = 5 + 102 + 2.5.10. ( )
⃗ |2 + |⃗𝑏| − 2|𝑎
|𝑠⃗ |2 = |𝑎
2

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⇒ |𝑠| = √175 ⇒ |𝑠| = 5√7


Gabarito: |𝒔
⃗ | = 𝟓√𝟕
3.
⃗ =𝒂
Determine o módulo da resultante 𝒔 ⃗ +𝒄
⃗ +𝒃 ⃗ . Dados |𝒂 ⃗ | = |𝒄
⃗ | = |𝒃 ⃗ | = 𝟏𝟎.

Comentários:
Primeiramente, ao somar os vetores 𝑎⃗ + ⃗𝑏, verificamos que ele é igual ao vetor 𝑐, devido a
geometria do problema, portanto, o vetor resultante será o vetor nulo (𝑠 = ⃗0).

⃗ = ⃗𝟎
Gabarito: 𝒔
4.
Para o conjunto de vetores da figura abaixo, determine o módulo do vetor diferença ⃗𝒅 = 𝒂
⃗ − ⃗𝒃.
Dados: |𝒂 ⃗ | = 𝟏𝟎.
⃗ | = 𝟖 e |𝒃

Comentários:
Para começar o problema, vamos determinar o vetor diferença geometricamente, ligando
a extremidade do segundo vetor a extremidade do primeiro. Em seguida, calcularemos o módulo.

Lei dos cossenos para o triângulo formado pelos vetores:

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 55


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2 2
|⃗𝑑| = |𝑎
⃗ |2 + |⃗𝑏| − 2|𝑎
⃗ |. |⃗𝑏| . cos(120°) ⇒ |⃗𝑑| = 2√61

Gabarito: |⃗⃗𝒅| = 𝟐√𝟔𝟏


5.
⃗ , ⃗𝒃, 𝒄
Qual das alternativas abaixo é uma relação verdadeira entre os vetores 𝒂 ⃗ e ⃗𝒅.

⃗ + ⃗𝒃 = 𝒄
a) 𝒂 ⃗ + ⃗𝒅
⃗ +𝒄
b) 𝒂 ⃗ = ⃗𝒅 + ⃗𝒃
⃗ +𝒅
c) 𝒂 ⃗ =𝒄 ⃗ +𝒃⃗
⃗ + ⃗𝒃 + 𝒄
d) 𝒂 ⃗ + ⃗𝒅 = ⃗𝟎
⃗ +𝒃
e) 𝒂 ⃗ +𝒄 ⃗ =𝒅 ⃗

Comentários:
⃗ + ⃗𝑑, vemos que ele é igual ao vetor 𝑐⃗ + ⃗𝑏.
Ao fazermos o vetor 𝑎
Gabarito: c
6.
⃗ , ⃗𝒃 e 𝒄
No gráfico da figura abaixo apresenta três vetores 𝒂 ⃗ . Considere os vetores unitários 𝒊̂ e 𝒋̂.

Considere as expressões:
⃗ = 𝟑𝒊̂ + 𝟒𝒋̂
(I) 𝒂

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 56


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(II) ⃗𝒃 = 𝟐𝒊̂ + 𝟐𝒋̂


⃗ = 𝟑𝒋̂
(III) 𝒄
Podemos afirmar que:
a) apenas (I) está correta.
b) apenas (II) está correta.
c) apenas (III) está correta.
d) (I) e (II) estão corretas.
e) todas estão corretas.
Comentários:
Ao escrever a representação de cada vetor, obtemos os seguintes vetores: ⃗𝒂 = 𝟑𝒊̂ + 𝟒𝒋̂, ⃗𝒃 =
⃗ = 𝟑𝒊̂.
𝟐𝒊̂ − 𝟐𝒋̂ e 𝒄
Gabarito: A
7.
Dado o conjunto de vetores, como ilustrado na figura abaixo, marque verdadeira para as equações
vetoriais corretas e F para as falsas.

⃗ +𝒄
a) 𝒂 ⃗ =𝒆⃗
⃗ + ⃗𝒅 = 𝒈
b) 𝒆 ⃗⃗ + ⃗𝒃
⃗ +𝒄
c) 𝒂 ⃗ +𝒆
⃗ =𝟎 ⃗
⃗ +𝒄
d) 𝒂 ⃗ + ⃗𝒃 + 𝒈
⃗ −𝒆 ⃗⃗ + ⃗𝒇 = ⃗𝟎
⃗ −𝒈
⃗ +𝒅
e) 𝒆 ⃗ =𝟎
⃗⃗ + 𝒃 ⃗
Comentários:
Para cada afirmação, devemos verificar as relações entre os vetores, utilizando a regra do
polígono:
a) De fato, ao somarmos os vetores 𝑎
⃗ + 𝑐⃗ verificamos que ele é igual ao vetor 𝑒
⃗ , portanto a
alternativa é verdadeira;
b) Somando 𝑒⃗ + ⃗𝑑, verificamos que ele é −𝑓 , mesmo resultado obtido ao fazermos ⃗𝑏 + 𝑔
⃗,
portanto, a alternativa é verdadeira;

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 57


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c) Do item A, temos que 𝑎


⃗ + 𝑐⃗ = 𝑒
⃗ . Portanto, 𝑎
⃗ + 𝑐⃗ + 𝑒 ⃗ ≠ ⃗0, portanto, a alternativa é falsa;
⃗ = 2𝑒

d) Do item A, temos novamente que ⃗𝑎 + ⃗𝑐 = ⃗𝑒. Portanto, ⃗𝑎 + ⃗𝑐 − ⃗𝑒 = ⃗0 e da figura vemos


⃗ e ⃗𝑓 fecham um triângulo, respeitada a regra do polígono. Então, a alternativa
claramente que ⃗𝑏, 𝑔
é verdadeira;
e) Olhando a figura vemos que 𝑒⃗ + ⃗𝑑 = −𝑓 ⃗ e 𝑔
⃗ + ⃗𝑏 = −𝑓 ⇒ 𝑔 ⃗ + ⃗𝑏 = 𝑒
⃗ + ⃗𝑑 ⇒ ⃗𝑏 = 𝑒
⃗ + ⃗𝑑 − 𝑔
⃗⃗ .
Portanto, 𝑒⃗ + ⃗𝑑 − 𝑔
⃗ + ⃗𝑏 = ⃗0 ⇒ ⃗𝑏 + ⃗𝑏 = ⃗0 ⇒ 2𝑏
⃗ = ⃗0. Logo a alternativa é falsa.

Gabarito: VVFVF.

8.
Dois vetores ortogonais, isto é, são perpendiculares entre si, um de módulo igual a 18 e outro de
módulo 24, então, o vetor soma terá módulos igual a:
a) 20
b) 25
c) 28
d) 30
e) 32
Comentários:
Dado que os vetores são ortogonais, o ângulo entre eles é 90° e sabemos que o vetor
resultante é a hipotenusa definida pelos catetos cujos tamanhos são os módulos dos vetores
dados.
Assim, é valido o teorema de Pitágoras. Entretanto, como podemos ver os catetos são
proporcionais aos catetos do triângulo pitagórico 3,4,5. Se fizermos a semelhança veremos que
os lados foram multiplicados por 6. Logo a hipotenusa também será multiplicada por 6, portanto,
o módulo do vetor soma é 5𝑥6 = 30.
Gabarito: D.
9.
Dentre as alternativas abaixo, assinale as alternativas erradas. Considere 𝒏 ∈ ℝ∗ e o vetor não-nulo
⃗.
𝒂
⃗ = 𝒏. 𝒂
a) a direção de 𝒃 ⃗ tem sempre a mesma direção de 𝒂 ⃗.
b) se 𝒏 < 𝟎 então a direção de ⃗𝒃 = 𝒏. 𝒂
⃗ é diferente da direção de 𝒂⃗.
⃗ = 𝒏. 𝒂
c) independente do sinal de 𝒏, o vetor 𝒃 ⃗ tem sempre o mesmo sentido de 𝒂
⃗.
d) se 𝒏 > 𝟎 o vetor ⃗𝒃 = 𝒏. 𝒂
⃗ tem módulo maior que o módulo de 𝒂
⃗.
Comentários:

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A letra a) está correta, pois, ao multiplicar um vetor por um número escalar não alteramos
a direção do vetor, podemos apenas alterar o sentido do vetor. Dessa forma, já podemos observar
que a letra b) está errada.
Como vimos na teoria, ao multiplicar um vetor por um número escalar negativo, trocamos
o sentido do vetor, assim, a letra c também está errada. Para a alternativa d) devemos lembrar
que aumentamos o módulo de um vetor somente quando multiplicamos o vetor por um escalar
quando multiplicamos por um escalar cujo módulo é maior que 1.
Como vemos matematicamente:
|⃗𝑏| > |𝑎
⃗ | ⇒ |𝑛. 𝑎
⃗ | > |𝑎
⃗ | ⇒ | 𝑛| . | 𝑎
⃗ | > |𝑎
⃗ | ⇒ |𝑎
⃗ |(|𝑛| − 1) > 0 ⇒ |𝑛| > 1.

Gabarito: B, C e D.
10.
Considere duas cargas elétricas positivas posicionadas nos vértices A e B. No vértice C, coloca-se
uma terceira carga de tal forma que surgem forças repulsivas na carga do vértice, conforme a figura
abaixo. Determine o módulo da força resultante no vértice C.

Comentários:
Primeiramente, utilizaremos a lei dos cossenos para calcular o valor do cosseno do vértice:
1
72 = 32 + 52 − 2.3.5. cos(𝐴𝐶
̂ 𝐵) ⇒ cos(𝐴𝐶
̂ 𝐵) = −
2
Diante disso, podemos usar a expressão para o cálculo do vetor soma:
1
𝑠2 = 142 + 302 + 2.14.30. cos(𝐴𝐶
̂ 𝐵) ⇒ 𝑠2 = 1096 − 2.14.30. ( ) ⇒ 𝑠 = 26 𝑁
2
Gabarito: 𝒔 = 𝟐𝟔 𝑵
11.
̂ e ⃗𝒃 = 𝟐𝒊̂ + 𝒋̂ − 𝟑𝒌
⃗ = 𝟐𝒊̂ − 𝟒𝒋̂ + 𝟓𝒌
Dados os vetores: 𝒂 ̂ . Determine:
⃗ + ⃗𝒃 b) 𝒂
a) 𝒂 ⃗ − ⃗𝒃 ⃗ + ⃗𝒃
c)−𝒂
Comentários:

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 59


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⃗ + ⃗𝑏 = (2 + 2)𝑖̂ + (−4 + 1)𝑗̂ + (5 − 3)𝑘


a) 𝑎 ̂ = 4𝑖̂ − 3𝑗̂ + 2𝑘
̂

⃗ − ⃗𝑏 = 2𝑖̂ − 4𝑗̂ + 5𝑘
b) 𝑎 ̂ − (2𝑖̂ + 𝑗̂ − 3𝑘
̂) = (2 − 2)𝑖̂ + (−4 − 1)𝑗̂ + (5 + 3)𝑘
̂ = −5𝑗̂ + 8𝑘
̂

c) −𝑎 + 𝑏⃗ = −(2𝑖̂ − 4𝑗̂ + 5𝑘̂ ) + 2𝑖̂ + 𝑗̂ − 3𝑘̂ = (4 + 1)𝑗̂ + (−5 − 3)𝑘̂ = 5𝑗̂ − 8𝑘̂
⃗ − ⃗𝑏 = − (−𝑎
Repare que 𝑎 ⃗ + ⃗𝑏), conforme visto na teoria.
̂, −𝟓𝒋̂ + 𝟖𝒌
Gabarito: 𝟒𝒊̂ − 𝟑𝒋̂ + 𝟐𝒌 ̂, 𝟓𝒋̂ − 𝟖𝒌
̂
12.
⃗ − ⃗𝒃.
Considere o problema anterior e determine o vetor 𝟑𝒂
Comentários:
Inicialmente calculamos as partes.
3𝑎 = 3(2𝑖̂ − 4𝑗̂ + 5𝑘̂ )= 6𝑖̂ − 12𝑗̂ + 15𝑘̂
Finalmente:
3𝑎 − 𝑏⃗ = 6𝑖̂ − 12𝑗̂ + 15𝑘̂ − (2𝑖̂ + 𝑗̂ − 3𝑘̂ ) = 4𝑖̂ − 13𝑗̂ + 18𝑘̂
̂
Gabarito: 𝟒𝒊̂ − 𝟏𝟑𝒋̂ + 𝟏𝟖𝒌
13.
⃗ com
Considere três pontos no espaço dado por: 𝑨(𝟑, 𝟑, 𝟔); 𝑩(𝟐, 𝟏, 𝟑);𝑪(𝟐, 𝟐, 𝟑). Definimos o vetor 𝒂
origem em A e extremidade em C, e o vetor ⃗𝒃, com origem em B e extremidade em A. Determine:
a) 𝒂 ⃗
⃗ .𝒃 ⃗
⃗ 𝒙𝒃
b) 𝒂
Comentários:
⃗ e ⃗𝑏. Para calcular o vetor 𝑎
Inicialmente, vamos calcular os vetores 𝑎 ⃗ basta fazer a diferença
entre posição da extremidade e a posição da origem.
Assim, temos que:
⃗ = (2,2,3) − (3,3,6) = (−1, −1, −3) e ⃗𝑏 = (3,3,6) − (2,1,3) = (1,2,3)
𝑎
Então:
⃗ . ⃗𝑏 = (−1). (1) + (−1). (2) + (−3). (3) = −1 − 2 − 9 = −12
a) 𝑎
𝑖̂ 𝑗̂ 𝑘̂
−1 −3 −1 −1 ̂
b) 𝑎 𝑥 𝑏⃗ = |−1 −1 −3| = | 2 | 𝑖̂— 1 − 313𝑗̂ + | |𝑘
3 1 2
1 2 3
⇒ 𝑎 𝑥 𝑏⃗ = 3𝑖̂ − 𝑘̂ ou ainda ⃗𝑎 𝑥 ⃗𝑏 = (3,0, −1)
Gabarito: a) -12 ⃗ 𝒙 ⃗𝒃 = (𝟑, 𝟎, −𝟏)
b) 𝒂
14.
𝟏 𝟏
⃗ = (𝒏, , − ), determine 𝒏 para que o vetor seja unitário.
Dado o vetor 𝒂 𝟐 𝟐

Comentários:

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 60


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2 2
1 1 1 1 4−1−1 2 √2
|𝑎
⃗|= √ 𝑛2 + ( ) + ( − ) = 1 ⇒ 𝑛2 + + = 1 2 ⇒ 𝑛2 = ⇒ 𝑛2 = ⇒ 𝑛 = ±
2 2 4 4 4 4 2
√𝟐
Gabarito: 𝒏 = ±
𝟐
15.
⃗ = (𝟑, −𝟏, √𝟔). Determine o vetor paralelo a 𝒂
Considere o vetor 𝒂 ⃗ com as seguintes características:
⃗ e 2 vezes o módulo de 𝒂
a) sentido contrário ao de 𝒂 ⃗.
⃗ e módulo 4.
b) sentido contrário ao de 𝒂
c) mesmo sentido e módulo igual a 12.
Comentários:
a) Para ter sentido contrário, o vetor deve ser multiplicado por um escalar negativo. Além
disso, quando multiplicamos o vetor por um escalar, seu modulo fica multiplicado pelo módulo
do escalar. Logo:
⃗𝑏 = 𝑛𝑎
⃗ ⇒ |⃗𝑏| = |𝑛|. |𝑎
⃗|

⃗ = (−2)(3, −1, √6) = (−6,2, −2√6)


Logo, 𝑏
b) Módulo de 𝑎
⃗:
2
⃗ | = √32 + (−1)2 + (√6) = √9 + 1 + 6 = √16 = 4
|𝑎

Portanto, para que |⃗𝑏| seja tenha módulo igual 4, devemos multiplicar o módulo do vetor
𝑎
⃗ por 1.
Como queremos um sentido contrário, devemos multiplicar o vetor 𝑎
⃗ por -1.

Logo, ⃗𝑏 = (−1). 𝑎
⃗ = (−3,1, −√6)
c) Queremos um vetor de mesmo sentido, logo, devemos multiplicar por um escalar
positivo. O módulo do vetor obtido é 12, logo:
|⃗𝑏| = |𝑛||𝑎
⃗ | ⇒ 12 = |𝑛|. 4 ⇒ |𝑛| = 3, 𝑛 > 0 ⇒ 𝑛 = 3

Logo:
⃗𝑏 = 3 ⋅ 𝑎
⃗ = 3 (3, −1, √6) = (9, −3,3√6)

Gabarito: a) (−𝟔, 𝟐, −𝟐√𝟔) b) (−𝟑, 𝟏, −√𝟔) c)(𝟗, −𝟑, 𝟑√𝟔)


16.
⃗ , sabendo que |𝒃
Obtenha o vetor 𝒃 ⃗ | = 𝟓, 𝒃
⃗ é ortogonal ao eixo 𝑶𝑿, 𝒂 ⃗ =𝟔e𝒂
⃗ .𝒃 ⃗ = 𝒊̂ + 𝟐𝒋̂.
Comentários:
Vamos considerar o vetor ⃗𝑏 = (𝑏𝑥 , 𝑏𝑦 , 𝑏𝑧 ); a partir do módulo podemos escrever que:
2 2 2 2
|⃗𝑏| = 5 ⇒ 𝑏𝑥 + 𝑏𝑦 + 𝑏𝑧 = 5

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 61


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Condição de ortogonalidade:
⃗𝑏. 𝑖̂ = 0 ⇒ 𝑏𝑥 . 1 + 𝑏𝑦 . 0 + 𝑏𝑧 . 0 = 0 ⇒ 𝑏𝑥 = 0

Produto escalar de 𝑎 ⃗:
⃗ .𝑏
⃗ = 6 ⇒ 1.0 + 2. 𝑏𝑦 + 0. 𝑏𝑧 = 6 ⇒ 𝑏𝑦 = 3
⃗ .𝑏
𝑎
Por fim, utilizando a equação do módulo de ⃗𝑏, temos que:
02 + 32 + 𝑏2𝑧 = 52 ⇒ 𝑏𝑧 = ±4
⃗ = (0,3,4) ou 𝑏
Portanto, temos que 𝑏 ⃗ = (0,3 − 4).

⃗⃗ = (𝟎, 𝟑, 𝟒) ou 𝒃
Gabarito: 𝒃 ⃗ = (𝟎, 𝟑 − 𝟒)
17.
Calcule o valor de 𝛂 para que os vetores 𝒂 ⃗ + ⃗𝒃 seja ortogonal ao vetor 𝒄
⃗ −𝒂
⃗ . Dado que: 𝒂
⃗ =
(𝟐, 𝟏, 𝛂), ⃗𝒃 = (𝛂 + 𝟐, −𝟓, 𝟐) e 𝒄
⃗ = (𝟐𝛂, 𝟖, 𝛂).
Comentários:
⃗ + ⃗𝑏 e 𝑐⃗ − 𝑎
Vamos determinar 𝑎 ⃗:

⃗ + ⃗𝑏 = (α + 4, −4,2 + α) e 𝑐⃗ − 𝑎
𝑎 ⃗ = (α − 2,7,0)

⃗ + ⃗𝑏 e 𝑐⃗ − 𝑎
Para que 𝑎 ⃗ sejam ortogonais, temos que:

⃗ + ⃗𝑏) . (𝑐⃗ − 𝑎
(𝑎 ⃗ ) = 0 ⇒ (2α − 2)(α + 4) − 4.7 + (2 + α). 0 = 0

⇒ 2α2 + 6α − 8 − 28 = 0 ⇒ 2α2 + 6α − 36 = 0 ⇒ α2 + 3α − 18 = 0
⇒ α = 3 ou α = −6
Gabarito: 𝛂 = 𝟑 𝐨𝐮 𝛂 = −𝟔
18.
⃗ . (𝟏, 𝟒, −𝟑) = −𝟕 e 𝒙
⃗ tal que: 𝒙
Obtenha o vetor 𝒙 ⃗ × (𝟒, −𝟐, 𝟏) = (𝟑, 𝟓, −𝟐).
Comentários:
Vamos dizer que ⃗𝑥 = (𝑥1 , 𝑥2 , 𝑥3 ), assim, temos que:
⃗𝑥 . (1,4, −3) = −7 ⇒ 𝑥1 . 1 + 𝑥2 . 4 + 𝑥3 . (−3) = −7 (1)

𝑖̂ 𝑗̂ ̂
𝑘 𝑥 𝑥3 ̂ 𝑥1 𝑥3 ̂ 𝑥1 𝑥2 ̂
⃗𝑥 × (4, −2,1) = |𝑥1 𝑥2 𝑥3 | = | 2 |.𝑖 − | |.𝑗 + | |.𝑘
−2 1 4 1 4 −2
4 −2 1
̂
⃗𝑥 × (4, −2,1) = (𝑥2 + 2𝑥3 )𝑖̂ + (4𝑥3 − 𝑥1 )𝑗̂ + (−2𝑥1 − 4𝑥2 )𝑘
⃗𝑥 × (4, −2,1) = (𝑥2 + 2𝑥3 , 4𝑥3 − 𝑥1 , −2𝑥1 − 4𝑥2 )
⃗𝑥 × (4, −2,1) = (3,5, −2)
Então:

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 62


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𝑥2 + 2𝑥3 = 3 (2)
{ 4𝑥3 − 𝑥1 = 5 (3)
−2𝑥1 − 4𝑥2 = −2 (4)
Ao somar a equação (1) com (4), temos que:
[𝑥1 . 1 + 𝑥2 . 4 + 𝑥3 . (−3)] + [−2𝑥1 − 4𝑥2 ] = −7 − 2 ⇒ −𝑥1 − 3𝑥3 = −9 (5)
Fazendo (3) − (5), temos:
[4𝑥3 − 𝑥1 ] − [−𝑥1 − 3𝑥3 ] = 5 − (−9) ⇒ 7𝑥3 = 14 ⇒ 𝑥3 = 2

Substituindo 𝑥3 = 2 em (2) temos que:


𝑥2 + 2(2) = 3 ⇒ 𝑥2 = −1
Substituindo 𝑥2 = −1 em (4), encontraremos 𝑥1 :
−2𝑥1 − 4(−1) = −2 ⇒ −2𝑥1 = −6 ⇒ 𝑥1 = 3
Logo:
⃗𝑥 = (3, −1,2)
Gabarito: ⃗𝒙 = (𝟑, −𝟏, 𝟐)
19.
Encontre um vetor que seja simultaneamente ortogonal aos vetores 𝒂 ⃗ e𝒃
⃗ + 𝟐𝒃 ⃗ −𝒂
⃗ , onde 𝒂
⃗ =
(−𝟑, 𝟐, 𝟎) e ⃗𝒃 = (𝟎, −𝟏, −𝟐).
Comentários:
Como visto em teoria, ao calcularmos o produto vetorial de dois vetores, encontramos um
terceiro vetor ortogonal ao plano dos dois primeiros, logo esse vetor é ortogonal aos dois vetores
⃗ ) 𝑥 (⃗𝑏 − ⃗𝑎).
anteriores. Assim, basta calcularmos (⃗𝑎 + 2𝑏

Vamos calcular os vetores individualmente: 𝑎 ⃗ = (−3,0, −4) e ⃗𝑏 − 𝑎


⃗ + 2𝑏 ⃗ = (3, −3, −2).
Dessa forma, temos que:
𝑖̂ 𝑗̂ ̂
𝑘
⃗ ) 𝑥 (⃗𝑏 − 𝑎 0 −4 −3 −4 −3 0 ̂
(𝑎
⃗ + 2𝑏 ⃗)=| −3 0 −4| = |−3 −2| . 𝑖̂ − | 3 −2| . 𝑗̂ + | 3 −3| . 𝑘
3 −3 −2
⃗ ) 𝑥 (⃗𝑏 − ⃗𝑎) = 12𝑖̂ − 18𝑗̂ + 9𝑘
Portanto: (⃗𝑎 + 2𝑏 ̂ = (−12, −18,9).

Gabarito: (−𝟏𝟐, −𝟏𝟖, 𝟗)


20.
⃗ = (𝟏, −𝟐, 𝟐)
⃗ = (𝒎, −𝟑, 𝟏) e 𝒃
Determine o valor de m para que o paralelogramo definido por 𝒂
tenha área igual √𝟐𝟔.
Comentários:

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 63


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Vamos calcular o módulo de |𝑎 ⃗ × ⃗𝑏|, pois, como vimos, o módulo de 𝑎 ⃗ equivale a


⃗ vetor𝑏
área do paralelogramo definido por eles:
𝑖̂ ̂
𝑗̂ 𝑘
⃗ × ⃗𝑏 = | −3 1 𝑚 1 𝑚 −3 ̂
𝑎 𝑚 −3 1| = |−2 2| . 𝑖̂ − | 1 2| . 𝑗̂ + | 1 −2| . 𝑘
1 −2 2
⃗ = (−4)𝑖̂ + (−2𝑚 + 1)𝑗̂ + (−2𝑚 + 3)𝑘
⃗ ×𝑏
𝑎 ̂

Logo:
⃗ × ⃗𝑏| = √(−4)2 + (−2𝑚 + 1)2 + (−2𝑚 + 3)2 = √26
|𝑎

⇒ 16 + 4𝑚2 − 4𝑚 + 1 + 4𝑚2 − 12𝑚 + 9 = 26 ⇒ 8𝑚2 − 16𝑚 = 0


⇒ 8𝑚(𝑚 − 2) = 0 ⇒ 𝑚 = 0 𝑜𝑢 𝑚 = 2
Gabarito: 𝒎 = 𝟎 𝒐𝒖 𝒎 = 𝟐
21.
⃗ +𝒗
Sabendo que 𝒖 ⃗⃗⃗ = 𝟎, |𝒖
⃗ +𝒘 ⃗ | = 𝟏, |𝒗
⃗ | = 𝟐 e |𝒘
⃗⃗⃗ | = √𝟑, determine o valor de 𝒖
⃗ .𝒗
⃗ +𝒖
⃗ .𝒘 ⃗ .𝒘
⃗⃗⃗ + 𝒗 ⃗⃗⃗ .
Comentários
Se 𝑢
⃗ +𝑣
⃗ +𝑤
⃗⃗⃗ = 0, então fazendo o produto escalar de ambos os lados da equação por 𝑢
⃗ +
⃗ +𝑤
𝑣 ⃗⃗⃗ :
(𝑢
⃗ +𝑣
⃗ +𝑤
⃗⃗⃗ ) ⋅ (𝑢
⃗ +𝑣
⃗ +𝑤
⃗⃗⃗ ) = (𝑢
⃗ +𝑣
⃗ +𝑤
⃗⃗⃗ ) ⋅ 0 = 0
⃗ |2 + |𝑣 |2 + |𝑤
⇒ |𝑢 ⃗⃗ |2 + 2(𝑢
⃗ ⋅𝑣+𝑢
⃗ ⋅𝑤 ⃗⃗ ) = 0
⃗⃗ + 𝑣 ⋅ 𝑤
2
⇒ 2(𝑢
⃗ ⋅𝑣+𝑢
⃗ ⋅𝑤 ⃗⃗ ) = − (12 + 22 + (√3) )
⃗⃗ + 𝑣 ⋅ 𝑤

(5 + 3)
⇒ 𝑢
⃗ .𝑣 + 𝑢
⃗ .𝑤
⃗⃗ + 𝑣 . 𝑤
⃗⃗ = − = −4
2
Gabarito: −𝟒
22.
⃗ +𝒗
Demonstre que se 𝒖 ⃗ é ortogonal a 𝒖 ⃗ , então |𝒖
⃗ −𝒗 ⃗ | = |𝒗
⃗ |.
Comentários
Se esses vetores são ortogonais, então o seu produto escalar é nulo:
(𝑢
⃗ +𝑣
⃗ ) ⋅ (𝑢
⃗ −𝑣
⃗)=0⇒𝑢
⃗ ⋅𝑢
⃗ −𝑢
⃗ ⋅𝑣
⃗ +𝑢
⃗ ⋅𝑣
⃗ −𝑣
⃗ ⋅𝑣
⃗ =0

⃗ |2 − |𝑣 |2 = 0 ⇒ |𝑢
⇒ |𝑢 ⃗ |2 = |𝑣 |2 ⇒ |𝑢
⃗ | = |𝑣 |
Gabarito: Demonstração
23.
Sabendo que 𝒖 ⃗ e 𝒗⃗ formam um ângulo de 𝟔𝟎°, |𝒖
⃗ | = 𝟑 e |𝒗
⃗ | = 𝟐, determine o valor de
|(𝟑𝒖 ⃗ ). (𝒖
⃗ +𝒗 ⃗ )|.
⃗ − 𝟑𝒗
Comentários

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 64


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Desenvolvendo a expressão a ser calculada:


|(3𝑢
⃗ +𝑣
⃗ ). (𝑢
⃗ − 3𝑣
⃗ )| = |3𝑢
⃗ ⋅𝑢
⃗ − 9𝑢
⃗ ⋅𝑣
⃗ +𝑢
⃗ ⋅𝑣
⃗ − 3𝑣
⃗ ⋅𝑣 ⃗ |2 − 8𝑢
⃗ | = | 3| 𝑢 ⃗ ⋅𝑣 ⃗ |2 |
⃗ − 3| 𝑣
⇒ |(3𝑢 ⃗ − 3𝑣 )| = |3 ⋅ 32 − 8𝑢
⃗ + 𝑣 ). (𝑢 ⃗ ⋅ 𝑣 − 3 ⋅ 2²| = |15 − 8𝑢
⃗ ⋅ 𝑣|
Agora, calculando o valor de ⃗𝑢 ⋅ ⃗𝑣 pela definição de produto escalar, sendo 𝜃 = 60° o
ângulo entre os vetores:
⃗𝑢 ⋅ ⃗𝑣 = |⃗𝑢| ⋅ |⃗𝑣| ⋅ cos 𝜃 ⇒ ⃗𝑢 ⋅ ⃗𝑣 = 3 ⋅ 2 ⋅ cos 60° ⇒ ⃗𝑢 ⋅ ⃗𝑣 = 3
Portanto, voltando na expressão:
|(3𝑢
⃗ +𝑣
⃗ ). (𝑢
⃗ − 3𝑣
⃗ )| = |15 − 8𝑢
⃗ ⋅𝑣
⃗ | = |15 − 8 ⋅ 3| = |15 − 24| = 9
Gabarito: 9
24.
Determine os ângulos internos do triângulo de vértices 𝑨(𝟏, 𝟐, 𝟑), 𝑩(𝟏, 𝟎, −𝟏) e 𝑪(𝟐, 𝟎, −𝟑).
Comentários
⃗⃗⃗⃗⃗ 𝑒 ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
O ângulo  é o ângulo do vértice A. Portanto, é o ângulo formado entre os vetores 𝐴𝐶 𝐴𝐵.
Assim, vamos calcular esses vetores e os seus módulos:

⃗⃗⃗⃗⃗ | = √12 + 22 + 62 = √41


⃗⃗⃗⃗⃗ = 𝐶 − 𝐴 = (2, 0, −3) − (1, 2, 3) = (1, −2, −6) ⇒ |𝐴𝐶
𝐴𝐶

⃗⃗⃗⃗⃗⃗ 𝐴𝐵| = √22 + 42 = √20 = 2√5


𝐴𝐵 = 𝐵 − 𝐴 = (1, 0, −1) − (1, 2, 3) = (0, −2, −4) ⇒ |⃗⃗⃗⃗⃗⃗

Assim, vamos calcular o cosseno do ângulo  pelo produto escalar de ⃗⃗⃗⃗⃗⃗


𝐴𝐵 ⋅ ⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝐶:
⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝐵 ⋅ ⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝐶 = |⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝐵| ⋅ |⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝐶| ⋅ cos Â

14
⇒ (0, −2, −4) ⋅ (1, −2, −6) = √41 ⋅ 2√5 ⋅ cos  ⇒ 4 + 24 = 2√205 cos  ⇒ cos  =
√205
Como cos  > 0 ⇒ 0 <  < 90°. Agora, fazendo o mesmo para o vértice 𝐵, sendo 𝐵 ̂ o
𝐵𝐴 e ⃗⃗⃗⃗⃗
ângulo formado pelos vetores ⃗⃗⃗⃗⃗⃗ 𝐵𝐶 . Obviamente, ⃗⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗⃗ = (0, 2, 4). Agora, calculando
𝐵𝐴 = −𝐴𝐵
⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐵𝐶:

⃗⃗⃗⃗⃗⃗ 𝐵𝐶| = √12 + 22 = √5


𝐵𝐶 = 𝐶 − 𝐵 = (2, 0, −3) − (1, 0, −1) = (1, 0, −2) ⇒ |⃗⃗⃗⃗⃗⃗
̂ pelo produto escalar ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
Assim, calculando o cosseno de 𝐵 𝐵𝐴 ⋅ ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐵𝐶:
⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐵𝐴 ⋅ ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐵𝐶 = |⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐵𝐴| ⋅ |⃗⃗⃗⃗⃗⃗ ̂
𝐵𝐶| ⋅ cos 𝐵

4
⇒ (0, 2, 4) ⋅ (1, 0, −2) = 2√5 ⋅ √5 ⋅ cos 𝐵̂ ⇒ −8 = 10 cos 𝐵̂ ⇒ cos 𝐵̂ = −
5
̂ < 0 ⇒ 90° < 𝐵
Portanto, se cos 𝐵 ̂ < 180°. Assim, podemos escrever que:

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 65


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14
 = arc cos ( )
√205

4
̂ = 𝜋 − arc cos ( )
𝐵
5
E, por fim, como a soma dos ângulos internos de um triângulo é 𝜋 rad, então:

̂ = 𝜋 − (Â + 𝐵
̂ ) = 𝜋 − (arc cos (
14 4
𝐶 ) + 𝜋 − arc cos ( ))
√205 5
4 14
⇒ 𝐶̂ = arc cos ( ) − arc cos ( )
5 √205
𝟏𝟒 𝟒 𝟒 𝟏𝟒
Gabarito: Â = 𝐚𝐫𝐜 𝐜𝐨𝐬 ( );𝑩 ̂ = 𝐚𝐫𝐜 𝐜𝐨𝐬 ( ) − 𝐚𝐫𝐜 𝐜𝐨𝐬 (
̂ = 𝝅 − 𝐚𝐫𝐜 𝐜𝐨𝐬 ( ) ; 𝑪 )
√𝟐𝟎𝟓 𝟓 𝟓 √𝟐𝟎𝟓
25.
⃗ e𝒗
⃗ = 𝒙𝒊 + 𝟓𝒋 − 𝟒𝒌
Determine o valor de 𝒙 para que os vetores 𝒖 ⃗ sejam
⃗ = (𝒙 + 𝟏)𝒊 + 𝟐𝒋 + 𝟒𝒌
ortogonais.
Comentários
Para que sejam ortogonais, basta que o produto escalar seja nulo:

⃗ ⋅𝑣
𝑢 ⃗ ) ⋅ ((𝑥 + 1)𝑖 + 2𝑗 + 4𝑘
⃗ = 0 ⇒ (𝑥𝑖 + 5𝑗 − 4𝑘 ⃗ )=0

⇒ 𝑥 (𝑥 + 1) + 5 ⋅ 2 + (−4) ⋅ 4 = 0 ⇒ 𝑥 2 + 𝑥 − 6 = 0 ⇒ 𝑥 2 − 2𝑥 + 3𝑥 − 6 = 0
⇒ 𝑥(𝑥 − 2) + 3(𝑥 − 2) = 0 ⇒ (𝑥 − 2)(𝑥 + 3) = 0
Portanto, os valores de 𝑥 que tornam os vetores ortogonais são os mesmos que anulam a
equação acima, isto é, 𝑥 = 2 e 𝑥 = −3.
Gabarito: 𝒙 = 𝟐 𝒐𝒖 𝒙 = −𝟑
26.
⃗ = (−𝟑, 𝟎, 𝟐).
Determinar um vetor unitário ortogonal ao vetor 𝒂
Comentários
Seja 𝑣
⃗ (𝑥, 𝑦, 𝑧) o vetor unitário ortogonal ao vetor acima. Se ele é unitário, então:
𝑥2 + 𝑦2 + 𝑧2 = 1
Se ele é ortogonal ao vetor 𝑎
⃗ = (−3, 0, 2), então o produto escalar entre eles é nulo:
⃗ ⋅𝑎
𝑣 ⃗ = 0 ⇒ (𝑥, 𝑦, 𝑧) ⋅ (−3, 0, 2) = 0 ⇒ −3𝑥 + 2𝑥 = 0 ⇒ 3𝑥 = 2𝑧
Escolhendo 𝑥 = 𝑧 = 0 (satisfaz a equação o produto escalar nulo), então:
𝑥2 + 𝑦2 + 𝑧2 = 1 ⇒ 𝑦2 = 1 ⇒ 𝑦 = ±1
Assim, escolhendo 𝑦 = 1, temos um possível valor para este vetor ortogonal (lembre que
existem infinitos vetores ortogonais ao vetor 𝑎
⃗ ), que é:

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⃗ = (0,1,0)
𝑣
Veja que ele é ortogonal ao 𝑎
⃗ , e seu módulo é unitário.
Gabarito: 𝒗
⃗⃗ = (𝟎, 𝟏, 𝟎)
27.
Verifique se os vetores abaixo são coplanares:
⃗ = (𝟔, −𝟐, 𝟒), ⃗𝒃 = (𝟐, 𝟒, 𝟐) e 𝒄
a) 𝒂 ⃗ = (−𝟒, 𝟔, 𝟖)
⃗ = (𝟓, −𝟐, 𝟎), ⃗𝒃 = (𝟐, 𝟎, 𝟐) e 𝒄
b) 𝒂 ⃗ = (𝟗, −𝟏, 𝟐)
Comentários
Para verificar se 3 vetores são coplanares, basta verificar se o produto misto dos três (em
qualquer ordem) é nulo (pois nesse caso eles formariam um paralelepípedo de volume nulo, isto
é, planar). Assim, para cada uma das letras, vamos calcular o produto misto:
a) Calculando, por exemplo, 𝑎 ⃗ × 𝑐⃗ ):
⃗ ⋅ (𝑏
6 −2 4
𝑎 ⃗ × 𝑐⃗ ) = | 2
⃗ ⋅ (𝑏 4 2| = 6 ⋅ (4 ⋅ 8 − 6 ⋅ 2) + 2(2 ⋅ 8 − (−4) ⋅ 2) + 4(2 ⋅ 6 − (−4) ⋅ 4)
−4 6 8
⇒ 𝑎 ⋅ (𝑏⃗ × 𝑐 ) = 120 + 48 + 112 = 280 ≠ 0
Portanto, eles não são coplanares.
⃗ ⋅ (⃗𝑏 × 𝑐⃗ ):
b) Calculando, novamente, 𝑎
5 −2 0
⃗ × 𝑐⃗ ) = |2 0 2| = 5(0 ⋅ 2 − (−1) ⋅ 2) + 2(2 ⋅ 2 − 9 ⋅ 2) = 10 − 28 = −18 ≠ 0
⃗ ⋅ (𝑏
𝑎
9 −1 2
Portanto, também não são coplanares.
Gabarito: a) não são coplanares b) não são coplanares
28.
⃗ = (𝟏, 𝟏, −𝟐), ⃗𝒃 = (−𝟏, 𝟎, 𝟓) e 𝒄
Calcule o valor de 𝒙 do paralelepípedo formado pelos vetores 𝒂 ⃗ =
(𝒙 − 𝟏, 𝒙, 𝟐), sabendo que o paralelepípedo tem volume 𝟑𝟎.
Comentários
O volume do paralelepípedo é dado pelo módulo do produto misto dos três vetores acima.
Assim:
1 1 −2

𝑉 = |𝑎 ⋅ (𝑏 × 𝑐 )| ⇒ 30 = || −1 0 5 ||
𝑥−1 𝑥 2
⇒ 30 = |1(−5𝑥) − (−2 − 5(𝑥 − 1)) − 2(−𝑥)| = |−5𝑥 + 2 + 5𝑥 − 5 + 2𝑥|
⇒ 30 = |2𝑥 − 3|
Assim, temos duas opções:

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 67


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3 33
2𝑥 − 3 > 0 ⇒ 𝑥 > ⇒ 2𝑥 − 3 = 30 ⇒ 2𝑥 = 33 ⇒ 𝑥 =
2 2
3 27
2𝑥 − 3 ≤ 0 ⇒ 𝑥 ≤ ⇒ 3 − 2𝑥 = 30 ⇒ −2𝑥 = 27 ⇒ 𝑥 = −
2 2
Esses dois valores de 𝑥 acima são os possíveis para que o paralelepípedo pedido tenha
volume 30.
Gabarito: 𝒙 = 𝟑𝟑/𝟐 ou 𝒙 = −𝟐𝟕/𝟐
29.
𝒙 = 𝟏 − 𝟑𝒕
Seja a reta 𝒓: {𝒚 = −𝟑 + 𝒕, determine o valor de 𝒂 + 𝒃 para que o ponto 𝑷(𝒂, 𝒃, −𝟑) pertença à reta
𝒛 = −𝟒 − 𝒕
𝒓.
Comentários
Veja que se 𝑃 ∈ 𝑟, então suas coordenadas (𝑎, 𝑏, −3) obedecem ao sistema acima. Assim,
olhando para a coordenada em 𝑧:
−3 = −4 − 𝑡 ⇒ 𝑡 = −1
Assim, basta calcular as demais coordenadas:
𝑥 = 𝑎 = 1 − 3(−1) = 4
𝑦 = 𝑏 = −3 + (−1) = −4
⇒ 𝑎+𝑏 =4−4=0
Gabarito: 𝒂 + 𝒃 = 𝟎
30.
Calcule o ângulo entre as retas abaixo:
𝒙 𝒚+𝟐 𝒛+𝟏
a) 𝒓: (𝒙, 𝒚, 𝒛) = (−𝟐, 𝟎, 𝟑) + 𝒕(−𝟐, 𝟐, −𝟒) e 𝒔: 𝟒 = 𝟑 = 𝟑
𝒙=𝟏+𝒕
𝒙 𝒚−𝟏
b) 𝒓: {𝒚 = −𝟏 + 𝟐𝒕 e 𝒔: 𝟑 = 𝟐 ; 𝒛 = 𝟑
𝒛 = 𝟑 − 𝟐𝒕
𝒙=𝟎 𝒙+𝟏 𝒚 𝒛−𝟑
c) 𝒓: { e 𝒔: 𝟐 = 𝟑 = 𝟐
𝒚=𝟎
Comentários
Para calcular o ângulo entre retas, basta calcular o menor ângulo entre vetores diretores
dessas duas retas. Vamos fazer isso para cada alternativa:

a) O vetor diretor de 𝑟 é obviamente 𝑣 ⃗ | = √22 + 22 + 4² = √24. Para


⃗ = (−2, 2, −4) ⇒ |𝑣
calcular o vetor diretor de 𝑠, basta termos dois pontos dessa reta 𝐴 𝑒 𝐵. Seja 𝐴 tal que 𝑥𝐴 =
4, assim:
𝑥𝐴 4 𝑦𝐴 + 2 𝑧𝐴 + 1
= = = ⇒ 𝑦𝐴 = 1, 𝑧𝐴 = 2 ⇒ 𝐴 = (4, 1, 2)
4 4 3 3

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 68


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Agora seja B tal que 𝑥𝐵 = 8:


8 𝑦 + 2 𝑧𝐵 + 1
=2= 𝐵 = ⇒ 𝑦𝐵 = 4, 𝑧𝐵 = 5 ⇒ 𝐵 = (8, 4, 5)
4 3 3
Assim, um vetor diretor de 𝑠 é:

⃗⃗⃗⃗⃗⃗ 𝐴𝐵| = √42 + 32 + 32 = √34


𝐴𝐵 = 𝐵 − 𝐴 = (4, 3, 3) ⇒ |⃗⃗⃗⃗⃗⃗

⃗ 𝑒 ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
Assim, o produto escalar entre 𝑣 𝐴𝐵, relacionará o cosseno do ângulo 𝜃 entre eles:
⃗ ⋅ ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝑣 𝐴𝐵 = |𝑣⃗ | |⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝐵| cos 𝜃 ⇒ (−2, 2, −4) ⋅ (4, 3, 3) = √24√34 cos 𝜃
14 7
⇒ −8 + 6 − 12 = 4√51 cos 𝜃 ⇒ cos 𝜃 = − =−
4√51 2√51
Assim, como o cosseno do ângulo 𝜃 entre os vetores diretores das retas é negativo, então
o menor ângulo entre as retas deve ser 𝛼 suplementar a este:
7
𝛼 = 180° − 𝜃 ⇒ 𝛼 = arc cos ( )
2√51

b) Escrevendo a reta 𝑟 na forma vetorial:


(𝑥, 𝑦, 𝑧) = (1 + 𝑡, −1 + 2𝑡, 3 − 2𝑡) = (1, −1, 3) + 𝑡(1, 2, −2)

Assim, vemos que seu vetor diretor é ⃗𝑣 = (1, 2, −2) ⇒ |⃗𝑣| = √12 + 22 + 2² = √9 = 3
Escrevendo agora, 𝑠 na forma vetorial também:
𝑥 𝑦−1
𝑠: = = 𝑡; 𝑧 = 3
3 2
𝑥 = 3𝑡
⇒ 𝑠: {𝑦 = 1 + 2𝑡 ⇒ (𝑥, 𝑦, 𝑧) = (3𝑡, 1 + 2𝑡, 3) = (0, 1, 3) + 𝑡 (3, 2, 0)
𝑧=3
Portanto, o vetor diretor de 𝑠 é 𝑢 ⃗ | = √32 + 2² = √13. Assim, fazendo o
⃗ = (3, 2, 0) ⇒ |𝑢
produto escalar entre esses vetores:
⃗ ⋅𝑢
𝑣 ⃗ = |𝑣 ⃗ | cos 𝜃 ⇒ (1, 2, −2) ⋅ (3, 2, 0) = 3√13 cos 𝜃
⃗ ||𝑢
7
⇒ 3 + 4 = 3√13 cos 𝜃 ⇒ cos 𝜃 =
3√13
Assim, o ângulo 𝜃 entre esses vetores diretores encontrado é, obviamente, menor que 90°
e maior que 0. Portanto, se trata do menor ângulo 𝛼 entre as retas:
7
𝛼 = arc cos ( )
3√13

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 69


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c) Escrevendo 𝑟 em sua forma vetorial:


𝑥=0
𝑟: { ⇒ 𝑟: (𝑥, 𝑦, 𝑧) = (0, 0, 𝑧) = (0,0,0) + 𝑧(0, 0, 1)
𝑦=0
Portanto, o vetor diretor de 𝑟 é 𝑣
⃗ = (0, 0, 1) ⇒ |𝑣
⃗ | = 1. Escrevendo 𝑠 na forma vetorial:
𝑥+1 𝑦 𝑧−3
𝑠: = = =𝑡
2 3 2
𝑥 = −1 + 2𝑡
⇒ 𝑠: { 𝑦 = 3𝑡 ⇒ 𝑠: (𝑥, 𝑦, 𝑧) = (−1 + 2𝑡, 3𝑡, 3 + 2𝑡 ) = (−1, 0, 3) + 𝑡(2, 3, 2)
𝑧 = 3 + 2𝑡
Portanto, o vetor diretor de 𝑠 é facilmente reconhecido acima por 𝑢 ⃗ = (2, 3, 2) ⇒ |𝑢
⃗|=
√22 + 32 + 22 = √17. Assim, calculando o produto escalar entre 𝑢
⃗ 𝑒𝑣
⃗:

⃗ = |𝑣 ||𝑢
⇒𝑣⋅𝑢 ⃗ | cos 𝜃 ⇒ (0, 0, 1) ⋅ (2, 3, 2) = √17 cos 𝜃
2
⇒ cos 𝜃 =
>0
√17
Assim, como o cosseno do ângulo entre os vetores diretores das retas deu positivo, então
ele mesmo é o menor ângulo 𝛼 entre as retas:
2
𝛼 = arc cos ( )
√17
𝟕 𝟕 𝟐
Gabarito: a) 𝜶 = 𝐚𝐫𝐜 𝐜𝐨𝐬 ( ) b) 𝜶 = 𝐚𝐫𝐜 𝐜𝐨𝐬 ( ) c) 𝜶 = 𝐚𝐫𝐜 𝐜𝐨𝐬 ( )
𝟐√𝟓𝟏 𝟑√𝟏𝟑 √𝟏𝟕
31.
𝒙 = 𝟏 + 𝟐𝒕
A reta 𝒓: { 𝒚 = 𝒕 forma um ângulo 𝜽 com a reta determinada pelos pontos 𝑨(𝟑, 𝟏, −𝟐) e
𝒛=𝟑−𝒕
𝑩(𝟒, 𝟎, −𝟒). Determine o valor de 𝜽.
Comentários
Calculando o vetor diretor da reta 𝑟, por meio da equação vetorial:
𝑥 = 1 + 2𝑡
𝑟: { 𝑦 = 𝑡 ⇒ 𝑟: (𝑥, 𝑦, 𝑧) = (1 + 2𝑡, 𝑡, 3 − 𝑡 ) = (1, 0, 3) + 𝑡(2, 1, −1)
𝑧 =3−𝑡
Assim, o vetor diretor de 𝑟 é ⃗𝑣 = (2, 1, −1) ⇒ |⃗𝑣| = √22 + 12 + 1² = √6. Agora, um vetor
da reta que é determinada por 𝐴 𝑒 𝐵 é o vetor ⃗⃗⃗⃗⃗⃗ 𝐴𝐵 = 𝐵 − 𝐴 = (4, 0, −4) − (3, 1, −2) =
𝐴𝐵| = √12 + 12 + 22 = √6. Assim, aplicando o produto escalar entre esses
(1, −1, −2) ⇒ |⃗⃗⃗⃗⃗⃗
vetores diretores, podemos calcular o cosseno do ângulo 𝜃 entre eles:
⃗ ⋅ ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝑣 𝐴𝐵 = |𝑣⃗ | |⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝐵| cos 𝜃 ⇒ (2, 1, −1) ⋅ (1, −1, −2) = √6√6 cos 𝜃
3 1
⇒ 2 − 1 + 2 = 6 cos 𝜃 ⇒ cos 𝜃 = =
6 2

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 70


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Assim, como o cosseno de 𝜃, ângulo entre os vetores diretores das retas, é positivo, então
o menor ângulo entre as retas é, de fato 𝜃:
1
𝜃 = arc cos = 60°
2
Gabarito: 𝟔𝟎°
32.
𝒙=𝟏+𝒕
A reta 𝒓 contém o ponto 𝑨(−𝟐, 𝟏, 𝟏) e é paralela à reta 𝒔: {𝒚 = −𝟐 − 𝒕. Dado que 𝑩(𝒙, 𝒚, 𝟑) ∈ 𝒓,
𝒛 = 𝟑 + 𝟐𝒕
determine o valor de 𝒙 + 𝒚.
Comentários
Se a reta 𝑟 é paralela à 𝑠, então elas têm vetores diretores paralelo. Vamos achar o vetor
diretor de 𝑠, escrevendo esta na equação vetorial:
𝑥 =1+𝑡
𝑠: {𝑦 = −2 − 𝑡 ⇒ 𝑠: (𝑥, 𝑦, 𝑧) = (1 + 𝑡, −2 − 𝑡, 3 + 2𝑡 ) = (1, −2, 3) + 𝑡(1, −1, 2)
𝑧 = 3 + 2𝑡
Portanto, o vetor diretor de 𝑠 é 𝑣
⃗ = (1, −1, 2). Esse pode ser o vetor diretor de 𝑟 também,
já que são paralelas. Assim, podemos escrever a equação vetorial de 𝑟, pois sabemos que passa
por A:
𝑟: 𝑋 = 𝐴 + 𝑡𝑣 ⇒ 𝑟: (𝑥, 𝑦, 𝑧) = (−2, 1, 1) + 𝑡 (1, −1, 2)
Assim, como 𝐵 ∈ 𝑟, então, olhando para sua coordenada em 𝑧:
3 = 1 + 2𝑡 ⇒ 𝑡 = 1
Aplicando esse 𝑡 = 1 para acharmos 𝑥 e 𝑦:
𝑥 = −2 + 𝑡 = −1
𝑦 =1−𝑡 =0
⇒ 𝑥 + 𝑦 = −1
Gabarito: 𝒙 + 𝒚 = −𝟏
33.
Determine o ponto de intersecção entre as retas abaixo:
𝒙 = 𝟏 − 𝟓𝒕
𝒙=𝒛+𝟑
𝒓𝟏 : { e 𝒓𝟐 : {𝟐𝒚 = −𝟑 + 𝟐𝒕
𝒚 = −𝟐𝒛 − 𝟏
𝒛 = 𝟓 + 𝟗𝒕
Comentários
Os pontos de interseção entre retas são aqueles que satisfazem a ambas as equações:
𝑥 = 1 − 5𝑡
𝑥 =𝑧+3
{2𝑦 = −3 + 2𝑡 𝑒 {
𝑦 = −2𝑧 − 1
𝑧 = 5 + 9𝑡

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 71


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Usando a primeira equação 𝑥 = 𝑧 + 3 em função de 𝑡:


1
⇒ 1 − 5𝑡 = 5 + 9𝑡 + 3 ⇒ −14𝑡 = 7 ⇒ 𝑡 = −
2
Portanto o ponto é:
5 7
𝑥 = 1 − 5𝑡 = 1 + =
2 2
−3 − 1
⇒𝑦= = −2
2
9 1
𝑧 =5− =
2 2
Assim, o ponto de interseção é:
7 1
𝑋 = ( , −2, )
2 2
𝟕 𝟏
Gabarito: 𝑿 = ( , −𝟐, )
𝟐 𝟐
34.
Dados os pontos 𝑨(𝟐, 𝟓), 𝑩(𝟑, −𝟒) e 𝑪(𝟔, 𝟓), determine as coordenadas da projeção ortogonal de
𝑨 sobre a reta determinada pelos pontos 𝑩 e 𝑪.
Comentários
Se chamarmos 𝐻 (𝑥, 𝑦) essa projeção ortogonal de 𝐴 na reta 𝐵𝐶, então ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐻𝐴 ⊥ ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐵𝐶. Assim:
⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐵𝐶 = 𝐶 − 𝐵 = (3, 9)
⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐻𝐴 ⊥ ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐵𝐶 ⇒ ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐻𝐴 ⋅ ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐵𝐶 = 0 ⇒ (2 − 𝑥, 5 − 𝑦) ⋅ (3,9) = 0 ⇒ 6 − 3𝑥 + 45 − 9𝑦 = 0
⇒ 3𝑦 + 𝑥 − 17 = 0
Portanto, 𝐻 é um ponto da reta acima. Mas ele também é da reta 𝐵𝐶. Escrevendo esta em
sua forma vetorial:
⃗⃗⃗⃗⃗ = (3, −4) + 𝑡 (3, 9)
𝐵𝐶: (𝑥, 𝑦) = (3, −4) + 𝑡𝐵𝐶
⇒ 𝐵𝐶: (𝑥, 𝑦) = (3 + 3𝑡, −4 + 9𝑡 )
Assim, 𝐻 em satisfaz a equação acima. Substituindo essas expressões de 𝑥 e 𝑦 na equação
da reta:
3𝑦 + 𝑥 − 17 = 0 ⇒ 3(−4 + 9𝑡 ) + (3 + 3𝑡 ) − 17 = 0
13
⇒ −12 + 27𝑡 + 3 + 3𝑡 − 17 = 0 ⇒ 30𝑡 = 26 ⇒ 𝑡 =
15
13 13 28 19
⇒ 𝐻 = (3 + 3𝑡, −4 + 9𝑡 ) = (3 + 3 ⋅ , −4 + 9 ⋅ ) = ( , )
15 15 5 5

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 72


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28 19
𝐻=( , )
5 5
𝟐𝟖 𝟏𝟗
Gabarito: 𝑯 = ( , )
𝟓 𝟓
35.
𝟐 −𝟏 𝟏
Sabendo que a matriz 𝑨 = (𝒂𝒊𝒋 ) = [−𝟏 𝟏 𝟎] define em ℝ𝟑 os vetores ⃗⃗⃗
𝒗𝒊 = 𝒂𝒊𝟏 𝒊⃑ + 𝒂𝒊𝟐 𝒋⃑ +
𝟑𝒙𝟑
𝟏 √𝟐 𝟏
⃗⃑
𝒂𝒊𝟑 𝒌, 𝟏 ≤ 𝒊 ≤ 𝟑. Determine os vetores ⃗⃗⃗⃗
𝒗𝟏 , ⃗⃗⃗⃗
𝒗𝟐 e ⃗⃗⃗⃗
𝒗𝟑 .
Comentários
Pela definição dada:
𝑣1 = 𝑎11 ⃑𝑖 + 𝑎12 𝑗⃑ + 𝑎13 ⃗𝑘⃑ = 2𝑖⃑ − 𝑗⃑ + ⃗𝑘⃑ = (2, −1, 1)
⃗⃗⃗⃗
⃗⃑ = −𝑖⃑ + 𝑗⃑ = (−1, 1, 0)
𝑣2 = 𝑎21 𝑖⃑ + 𝑎22 𝑗⃑ + 𝑎23 𝑘
⃗⃗⃗⃗
⃗⃑ = 𝑖⃑ + √2𝑗⃑ + 𝑘
𝑣3 = 𝑎31 𝑖⃑ + 𝑎32 𝑗⃑ + 𝑎33 𝑘
⃗⃗⃗⃗ ⃗⃑ = (1, √2, 1)

Isto é, são vetores cujas coordenadas são os elementos, em ordem, das linhas da matriz do
enunciado.
𝒗𝟏 = (𝟐, −𝟏, 𝟏); ⃗⃗⃗⃗
Gabarito: ⃗⃗⃗⃗ 𝒗𝟐 = (−𝟏, 𝟏, 𝟎); ⃗⃗⃗⃗
𝒗𝟑 = (𝟏, √𝟐, 𝟏)
36.
Determine as coordenadas do ponto 𝑨 ∈ ℝ𝟑 simétrico ao ponto 𝑩(𝟐, 𝟑, 𝟓) em relação ao plano 𝝅
cuja equação é dada por 𝟐𝒙 − 𝒚 + 𝟑𝒛 + 𝟏 = 𝟎.
Comentários
A reta perpendicular 𝑝 ao plano dado que passa por 𝐵 também passa por 𝐴. O vetor normal
ao plano é facilmente identificado na equação deste por (2, −1, 3) e, portanto, esse vetor é o
vetor diretor da reta perpendicular ao plano. Assim, sabendo que essa reta passa por 𝐵, sua
equação vetorial é:
𝑝: 𝑋 = 𝐵 + 𝜆(2, −1, 3)
⇒ 𝑝: (𝑥, 𝑦, 𝑧) = (2, 3, 5) + 𝜆(2, −1, 3) = (2 + 2𝜆, 3 − 𝜆, 5 + 3𝜆)
Assim, querendo achar a interseção 𝑀 dessa reta perpendicular com o plano, basta
substituir as coordenadas acima em função de 𝜆 na equação do plano:
2𝑥 − 𝑦 + 3𝑧 + 1 = 0 ⇒ 2(2 + 2𝜆) − (3 − 𝜆) + 3(5 + 3𝜆) + 1 = 0
17
⇒ 14𝜆 = −17 ⇒ 𝜆 = −
14
17 17 51 3 59 19
⇒ 𝑀 = (2 − ,3 + , 5 − ) = (− , , )
7 14 14 7 14 14
Assim, como 𝐴 é simétrico de 𝐵 em relação ao plano, é também em relação a M:

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 73


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⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗ ⇒ 𝑀 − 𝐴 = 𝐵 − 𝑀 ⇒ 𝐴 = 2𝑀 − 𝐵 = (− ,
6 118 38 20 38 32
𝐴𝑀 = 𝑀𝐵 , ) − (2, 3, 5) = (− , , − )
7 14 14 7 7 14
20 38 32
⇒ 𝐴 = (− , ,− )
7 7 14
𝟐𝟎 𝟑𝟖 𝟑𝟐
Gabarito: 𝑨 = (− , ,− )
𝟕 𝟕 𝟏𝟒
37.
Seja 𝝅 um dos planos gerados pelos vetores 𝒗 ⃗ = (𝟐, −𝟐, 𝟏) e 𝒘
⃗⃗⃗ = (−𝟏, 𝟐, 𝟐). Determine o versor na
⃗ e𝒘
direção da reta bissetriz entre os vetores 𝒗 ⃗⃗⃗ .
Comentários
Vamos primeiramente calcular um vetor qualquer na direção da bissetriz entre os vetores
⃗ e𝑤
𝑣 ⃗⃗⃗ . Para fazer isso, vamos calcular o vetor soma:
⃗𝑣 𝑤
⃗⃗⃗
𝑠⃗ = +
|⃗𝑣| |𝑤⃗⃗⃗ |

⃗ | = √22 + 22 + 12 = √9 = 3
|𝑣

⃗ | = √12 + 22 + 2² = √9 = 3
|𝑢

(2, −2, 1) (−1, 2, 2) 1


⇒𝑠= + = ( , 0, 1)
3 3 3

1 2 1 9 √10

⇒ |𝑠| = ( ) + 1² = √ + =
3 9 9 3
Assim, sabemos, pela regra do paralelogramo que, ao somarmos vetorialmente dois
𝑣
⃗ ⃗⃗
𝑤
vetores unitários, |𝑣
⃗|
e |𝑤 ,o vetor resultante será na direção da bissetriz destes. Dessa maneira,
⃗⃗ |
basta agora calcular um vetor unitário na direção de 𝑠⃗ :
1
⃗𝑠 ( , 0, 1) √10 3√10
3
𝑠̂ = = =( , 0, )
|⃗𝑠| √10 10 10
3
√𝟏𝟎 𝟑√𝟏𝟎
Gabarito: 𝒔̂ = ( 𝟏𝟎
, 𝟎, 𝟏𝟎
)
38.
⃗ = (𝟎, 𝟏, 𝟎) e 𝒗
Seja 𝝅 o plano que passa pelo ponto 𝑨(𝟗, −𝟏, 𝟎) e é paralelo aos vetores 𝒖 ⃗ =
(𝟏, 𝟏, 𝟏). Determine a distância do ponto 𝑷(𝟗, 𝟏, √𝟐) ao plano 𝝅.
Comentários
Se o plano é paralelo aos vetores 𝑢 ⃗ e 𝑣
⃗ e não são paralelos entre si, então podemos
escrever esse plano em sua forma vetorial:

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 74


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𝜋: 𝑋 = 𝐴 + 𝜇𝑣 + 𝜂𝑢

Onde 𝜂 e 𝜇 são reais. Assim:
(𝑥, 𝑦, 𝑧) = (9, −1, 0) + (𝜇, 𝜇, 𝜇) + (0, 𝜂, 0) = (9 + 𝜇, 𝜇 + 𝜂 − 1, 𝜇)
𝑥 =9+𝜇
⇒{ 𝑦 = 𝜇+𝜂−1⇒𝑥−𝑧−9=0𝑒𝑦 =𝑧+𝜂−1
𝑧=𝜇
Como 𝜂 pode ser qualquer valor real, 𝑦 pode assumir qualquer valor. Assim, o plano é:
𝜋: 𝑥 − 𝑧 − 9 = 0
Assim, a distância de 𝑃 ao plano é:
|𝑥𝑃 − 𝑧𝑃 − 9| |9 − √2 − 9| |−√2|
𝑑 (𝑃, 𝜋) = = = =1
√12 + 12 + 02 √2 √2
Gabarito: 𝟏

4. Questões Nível 2
39. (EFOMM/2021)
⃗ = (𝟐, 𝟎, 𝟐) e 𝒗
Se 𝜶 é o ângulo formado entre os vetores 𝒖 ⃗ = (𝟏, 𝟎, 𝟑), então pode-se afirmar que
𝒔𝒆𝒏𝜶 é igual a:
a) √𝟑/𝟐
b) √𝟐/𝟑
c) √𝟑/𝟓
d) √𝟓/𝟓
e) √𝟑/𝟏𝟎

40. (EFOMM/2020)
𝟏 𝟑
Sejam 𝒖, 𝒗 e 𝒘 vetores de ℝ𝟑 . Sabe-se que 𝒖
⃗ +𝒗
⃗ +𝒘 ⃗ , |𝒗
⃗⃗⃗ = 𝟎 ⃗ | = , |𝒖
⃗ | = 𝐞 |𝒘
⃗⃗⃗ | = 𝟐. Assinale a
𝟐 𝟐
⃗ ⋅𝒗
opção que apresenta o valor de 𝒖 ⃗ +𝒗
⃗ ⋅𝒘 ⃗ ⋅𝒘
⃗⃗⃗ + 𝒖 ⃗⃗⃗ .
𝟑
a) 𝟕
𝟏𝟑
b) − 𝟒
𝟕
c) − 𝟏𝟔
𝟓
d) 𝟖
𝟒
e) 𝟕

41. (EFOMM/2020)

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 75


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Sejam o plano 𝜶: 𝟔𝒙 − 𝟒𝒚 − 𝟒𝒛 + 𝟗 = 𝟎, os pontos 𝑨 = (−𝟏; 𝟑; 𝟐) e 𝑩 = (𝒎; 𝒏; 𝒑). Sabendo-se


que o ponto 𝑩 é simétrico ao ponto 𝑨, em relação ao plano 𝜶, o valor da soma 𝒎 + 𝒏 + 𝒑 é
a) −𝟐
b) 𝟎
𝟏
c) 𝟒
𝟕
d) 𝟒
e) 3

42. (Escola Naval/2019)


Seja 𝑽𝑨𝑩𝑪𝑫 uma pirâmide regular cujas faces laterais são triângulos equiláteros de lado 𝟏
𝟏
e 𝑷 uma extensão do segmento 𝑽𝑨, de modo que 𝑨 ∈ 𝑽𝑷 e 𝑨𝑷 = 𝟐. Considerando um plano
𝝅 determinado por 𝑷 e os pontos médios dos segmentos 𝑩𝑪 e 𝑨𝑫, determine a área de
intersecção entre a pirâmide e o plano 𝝅 e assinale a opção correta.
𝟏𝟔√𝟏𝟏
a) 𝟕
𝟕√𝟏𝟏
b) 𝟏𝟔
𝟕√𝟏𝟏
c) 𝟔𝟒
𝟔𝟒√𝟏𝟏
d)
𝟕
𝟑𝟐√𝟏𝟏
e) 𝟕

43. (EFOMM/2019)
Para descrever um código que permite transformar uma palavra 𝑷 de três letras em um vetor 𝒘 ∈
ℝ𝟑 , inicialmente, escolhe-se uma matriz 𝟑𝒙𝟑. Por exemplo, a nossa “matriz código” será:
𝟐 𝟐 𝟎
𝑨 = [𝟑 𝟑 𝟏 ]
𝟏 𝟎 𝟏
A partir da correspondência:
𝑨 → 𝟏/𝑩 → 𝟐 / 𝑪 → 𝟑/𝑫 → 𝟒/𝑬 → 𝟓/
𝑭 → 𝟔/𝑮 → 𝟕/𝑯 → 𝟖/𝑰 → 𝟗/𝑱 → 𝟏𝟎/
𝑳 → 𝟏𝟏/𝑴 → 𝟏𝟐/𝑵 → 𝟏𝟑/𝑶 → 𝟏𝟒/𝑷 → 𝟏𝟓/
𝑸 → 𝟏𝟔/𝑹 → 𝟏𝟕/𝑺 → 𝟏𝟖/𝑻 → 𝟏𝟗/𝑼 → 𝟐𝟎/
𝑽 → 𝟐𝟏/𝑿 → 𝟐𝟐/𝒁 → 𝟐𝟑
a palavra 𝑷 é transformada em vetor 𝒗 do ℝ𝟑 . Em seguida, o código da palavra 𝑷 é obtido pela
operação 𝒘 = 𝑨𝒗. Por exemplo, a palavra MAR corresponde ao vetor (𝟏𝟐, 𝟏, 𝟏𝟕) = 𝒗, a qual é
codificada com 𝒘 = 𝑨𝒗 = (𝟐𝟔, 𝟓𝟔, 𝟐𝟗).
Usando o processo acima para decodificar 𝒘 = (𝟔𝟒, 𝟏𝟎𝟕, 𝟐𝟗), teremos
a) 𝒙 = 𝟏𝟖, 𝒚 = 𝟏𝟒, 𝒛 = 𝟏𝟏/𝑺𝑶𝑳
b) 𝒙 = 𝟏𝟐, 𝒚 = 𝟓, 𝒛 = 𝟏𝟏/𝑴𝑬𝑳

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 76


Prof. Victor So

c) 𝒙 = 𝟏𝟐, 𝒚 = 𝟏, 𝒛 = 𝟐𝟎/𝑴𝑨𝑼
d) 𝒙 = 𝟏𝟏, 𝒚 = 𝟐𝟎, 𝒛 = 𝟏/𝑳𝑼𝑨
e) 𝒙 = 𝟐𝟎, 𝒚 = 𝟐𝟏, 𝒛 = 𝟏/𝑼𝑽𝑨

44. (EFOMM/2018)
A projeção ortogonal de 𝑨 sobre a reta 𝑩𝑪, sabendo-se que 𝑨 = (𝟑, 𝟕), 𝑩 = (𝟏, 𝟏) e 𝑪 = (𝟗, 𝟔), terá
as coordenadas da projeção
a) 𝒙 = 𝟒𝟔𝟖/𝟖𝟓; 𝒚 = 𝟑𝟐𝟏/𝟖𝟗.
b) 𝒙 = 𝟒𝟕𝟖/𝟖𝟕; 𝒚 = 𝟑𝟏𝟗/𝟖𝟕
c) 𝒙 = 𝟒𝟖𝟕/𝟖𝟒; 𝒚 = 𝟑𝟐𝟏/𝟖𝟕
d) 𝒙 = 𝟒𝟓𝟕/𝟖𝟗; 𝒚 = 𝟑𝟏𝟗/𝟖𝟗
e) 𝒙 = 𝟒𝟕𝟐/𝟖𝟗; 𝒚 = 𝟐𝟗𝟓/𝟖𝟗

45. (EFOMM/2017)
Um paralelepípedo formado pelos vetores 𝒖 ⃗⃑ = (𝒂, 𝒂, 𝒂), 𝒗
⃗⃑ = (𝟐𝒂, 𝟐𝒂, 𝟑𝒂) e 𝒘
⃗⃗⃗⃑ = (𝟐𝒂, 𝒂, 𝒂) com
𝒂 ∈ ℝ tem volume igual a 𝟖. Determine o valor de a.
a) 𝟏
b) 𝟐
𝟑
c) 𝟐
d) 𝟑
𝟓
e) 𝟐

46. (EFOMM/2017)
Seja 𝑨 o ponto de intersecção entre as retas
𝒙 = 𝟏 − 𝟓𝒕
𝒙=𝒛+𝟑
𝒓𝟏 : { e 𝒓𝟐 : {𝟐𝒚 = −𝟑 + 𝟐𝒕
𝒚 = −𝟐𝒛 − 𝟏
𝒛 = 𝟓 + 𝟗𝒕
e seja 𝑩 o ponto de intersecção entre as retas
𝟐𝒙 = 𝟏𝟓 + 𝟓𝒕
𝒙+𝟐 𝒚−𝟏
𝒓𝟑 : 𝟒 = −𝟑 = 𝒛 + 𝟏 𝒓𝟒 : { 𝟐𝒚 = 𝟖 + 𝟑𝒕
𝟐𝒛 = 𝟐 + 𝒕
Defina a equação do plano mediador entre os pontos 𝑨 e 𝑩.
a) 𝟑𝒙 − 𝟐𝒚 − 𝟐𝒛 − 𝟔 = 𝟎
𝟑 𝟑
b) 𝟐 𝒙 + 𝟓𝒚 − 𝟒 𝒛 − 𝟏 = 𝟎
c) 𝟓𝟓𝒙 − 𝟑𝟕𝒚 + 𝟏𝟐𝒛 = 𝟏
d) 𝟐𝒙 − 𝟑𝒚 + 𝒛 − 𝟏𝟐 = 𝟎
e) −𝟐𝟖𝒙 + 𝟏𝟐𝒚 − 𝟖𝒛 + 𝟔𝟒 = 𝟎

47. (EFOMM/2015)

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 77


Prof. Victor So

Assinale a alternativa que apresenta equações paramétricas da reta 𝒓, sabendo-se que o ponto 𝑨,
cujas coordenadas são(𝟐, −𝟑, 𝟒), pertence a 𝒓 e que 𝒓 é ortogonal às retas
𝒙 = −𝟐 + 𝒕
𝒚 = −𝒙 − 𝟏
𝒓𝟏 : {𝒚 = −𝒕 e 𝒓𝟐 : {
𝒛=𝟑
𝒛 = −𝟑
𝒙−𝟐 𝒚+𝟑
a) 𝒓: 𝟔 = 𝟔 = 𝟒 − 𝒛.
𝒙 = 𝟐 + 𝟔𝒕
b) 𝒓: {𝒚 = −𝟑 + 𝟓𝒕
𝒛=𝟒
𝒚=𝒙−𝟓
c) 𝒓: {
𝒛=𝟔−𝒙
𝒙 = 𝟐 + 𝟔𝒕
d) 𝒓: {𝒚 = −𝟑 + 𝟑𝒕
𝒛=𝟒
𝒙 = 𝟐 + 𝟔𝒕
e) 𝒓: {𝒚 = −𝟑 + 𝟔𝒕 .
𝒛=𝟒−𝒕

48. (EFOMM/2013)
𝟐 −𝟏 𝟏
A matriz 𝑨 = (𝒂𝒊𝒋 ) = [−𝟏 𝟏 𝟎] define em ℝ𝟑 os vetores ⃗⃗⃗ ⃗⃑, 𝟏 ≤ 𝒊 ≤
𝒗𝒊 = 𝒂𝒊𝟏 𝒊⃑ + 𝒂𝒊𝟐 𝒋⃑ + 𝒂𝒊𝟑 𝒌
𝟑𝒙𝟑
𝟏 √𝟐 𝟏
𝟑.
⃗⃑ são dois vetores em ℝ𝟑 satisfazendo:
⃗⃑ e 𝒗
Se 𝒖
• 𝒖 ⃗⃑ é paralelo, tem mesmo sentido de 𝒗 ⃗⃑𝟐 e |𝒖
⃗⃑| = 𝟑;
• 𝒗 ⃗⃑ é paralelo, tem mesmo sentido de 𝒗 ⃗⃑𝟑 e |𝒗
⃗⃑| = 𝟐.
Então, o produto vetorial 𝒖 ⃗⃑ x 𝒗
⃗⃑ é dado por:
𝟑√𝟐
a) ⃗⃑)
(𝒊⃑ + 𝒋⃑ − (√𝟐 + 𝟏)𝒌
𝟐
b) 𝟑√𝟐(𝒊⃑ − 𝒋⃑ + (√𝟐 − 𝟏)𝒌⃗⃑)
⃗⃑)
c) 𝟑(√𝟐𝒊⃑ + 𝒋⃑ − (√𝟐 − 𝟏)𝒌
d) 𝟐√𝟐(𝒊⃑ + √𝟐𝒋⃑ + (𝟏 − √𝟐)𝒌⃗⃑)
⃗⃑)
e) −𝟑√𝟐(𝒊⃑ + 𝒋⃑ − (√𝟐 − 𝟏)𝒌

49. (Escola Naval/2019)


Um raio luminoso parte do ponto 𝑨(−𝟏, 𝟔, 𝟐), reflete na superfície refletora do plano 𝒙 = −𝟓, no
ponto 𝑬, e atinge o ponto 𝑩(𝟐, 𝟐, 𝟒). Indique a soma das coordenadas do ponto 𝑬.
a) 𝟐𝟓/𝟏𝟏
b) 𝟓/𝟏𝟒
c) 𝟑/𝟏𝟏
d) 𝟐
e) 𝟏𝟓/𝟐

50. (Escola Naval/2019)

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 78


Prof. Victor So

Suponha que duas aeronaves da Marinha estejam fazendo um voo de modo que suas trajetórias
estejam contidas no plano 𝒙′ 𝒚′ , de um sistema cartesiano ortogonal 𝒙′𝒚′𝒛′, no instante de tempo
𝒕𝒐 . Em um instante 𝒕𝟏 , os pilotos precisam alcançar uma certa altura 𝒛′𝟏 e recebem as seguintes
determinações:
𝒙′ = 𝟏 + 𝒕
𝟏
I- A aeronave 𝑨 deve fazer seu voo sobre a reta 𝒓: {𝒚′ = 𝟏 + 𝟐 𝒕 𝒄𝒐𝒎 𝒕 ∈ ℝ.
𝒛′ = 𝟐𝒕
II. A aeronave 𝑩 deve fazer seu voo sobre a reta 𝒎 que é paralela a 𝒓, que está contida no plano
√𝟐𝟎
𝒙′ − 𝟒𝒚′ + 𝒛′ = 𝟎 e que dista do ponto 𝑷(𝟏, 𝟎, 𝟏).
𝟑
Considerando que 𝒓, 𝒎 e 𝒑 estão no sistema 𝒙′𝒚′𝒛′, assinale a opção que apresenta uma possível
trajetória da aeronave 𝑩 a partir de 𝒕𝟏 até alcançar a altura 𝒛′𝟏 .
𝟏
a) 𝒓: (𝟏, −𝟏, 𝟏) + 𝝀 (𝟏, , 𝟐) com 𝝀 ∈ ℝ
𝟐
𝟏
b) 𝒓: (−𝟏, 𝟎, −𝟏) + 𝝀 (𝟏, 𝟐 , 𝟐) com 𝝀 ∈ ℝ
c) 𝒓: (𝟏, −𝟏, 𝟏) + 𝝀(𝟐, 𝟏, 𝟒) com 𝝀 ∈ ℝ
d) 𝒓: (−𝟏, 𝟎, 𝟏) + 𝝀(𝟐, 𝟏, 𝟒) com 𝝀 ∈ ℝ
e) 𝒓: (𝟏, 𝟎 − 𝟏) + 𝝀(𝟐, 𝟏, 𝟐) com 𝝀 ∈ ℝ

51. (Escola Naval/2019)


Um círculo, contido no plano 𝒙 − 𝟐𝒚 + 𝟒 = 𝟎, de centro (𝟒, 𝟒, 𝟒) e raio √𝟓, é projetado
ortogonalmente no plano 𝒚 = 𝟎, formando uma figura plana de área, em unidades de área, igual a:
a) 𝟐√𝟓𝝅
b) 𝟒𝝅
c) 𝟓𝝅
d) 𝟓√𝟐𝝅
e) 𝟏𝟎𝝅

52. (Escola Naval/2018)


Um Aspirante da Escola Naval observou que intersectando a superfície 𝑺: 𝟐𝒙𝟐 − 𝒚𝟐 + 𝟒𝒛𝟐 = 𝟏 com
planos paralelos aos planos coordenados ele poderia obter, em cada plano, uma cônica. O Aspirante
anota em cartões a equação de cada plano cuja intersecção com 𝑺 seja uma cônica de distância focal
igual a √𝟔. Se ele anotou apenas uma equação por cartão, qual a quantidade de cartões que
apresenta uma equação cuja intersecção com 𝑺 é uma hipérbole?
a) 𝟏
b) 𝟐
c) 𝟑
d) 𝟒
e) 𝟓

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 79


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53. (Escola Naval/2017)


A imagem de 𝒇: ℝ → ℝ, dada por 𝒇(𝒙) = 𝟐 𝐜𝐨𝐬𝟐 (𝒙) + 𝒔𝒆𝒏(𝟐𝒙) − 𝟏, é [𝒂, 𝒃]. Seja 𝝅 o plano que
⃗ = (𝟎, 𝟏, 𝟎) e 𝒗
passa pelo ponto 𝑨(𝟗, −𝟏, 𝟎) e é paralelo aos vetores 𝒖 ⃗ = (𝟏, 𝟏, 𝟏). Calcule a menor
𝒃
distância do ponto 𝑷 (𝒂 , 𝒂, 𝟏) ao plano 𝝅 e assinale a opção correta.
a) 𝟕√𝟐
b) 𝟓√𝟐
𝟗√𝟑
c) 𝟒
𝟏𝟏√𝟐
d) 𝟐
e) 𝟒√𝟑

54. (Escola Naval/2016)


Considere os itens abaixo.
⃗ +𝒗
I. O intervalo fechado 𝑨 é o menor intervalo que contém todos valores possíveis para ∥ 𝒖 ⃗ ∥,
com ∥ 𝒖⃗ ∥= 𝟑 e ∥ 𝒗⃗ ∥= 𝟒.
II. O conjunto 𝑩 representa o domínio da função 𝒚 = 𝓵𝒏(𝒙𝟐 + 𝒙 − 𝟏𝟐).
𝝅𝒙
III. O conjunto 𝑪 é dado pela imagem da função 𝒚 = 𝒂𝒓𝒄 𝒕𝒈 ( 𝟐 − 𝝅).
De acordo com as informações acima, o conjunto correspondente a (𝑨 − 𝑩) ∩ 𝑪 é:
a) {𝟑}
b) [1,3]
c) ]𝟐, 𝟑]
d) ]𝟏, +∞[
e) ]𝟏, 𝟑[

55. (Escola Naval/2016)


O plano 𝝅𝟏 passa pela interseção dos planos 𝝅𝟐 : 𝒙 + 𝟑𝒚 + 𝟓𝒛 − 𝟒 = 𝟎 e 𝝅𝟑 : 𝒙 − 𝒚 − 𝟐𝒛 + 𝟏𝟕 = 𝟎.
Sendo 𝝅𝟏 paralelo ao eixo 𝒚, pode-se afirmar que o ângulo que 𝝅𝟏 faz com o plano 𝝅𝟒 : − 𝟐𝒙 +
𝟑𝒚 + 𝒛 − 𝟓 = 𝟎 vale:
𝟗
a) 𝜽 = 𝒂𝒓𝒄 𝐜𝐨𝐬 ( )
√𝟐𝟑𝟖
√𝟏𝟓𝟕
b) 𝜽 = 𝒂𝒓𝒄 𝐜𝐨𝐬 (− )
𝟗
𝟗
c) 𝜽 = 𝒂𝒓𝒄 𝐜𝐨𝐬 (− )
√𝟐𝟑𝟖
√𝟏𝟓𝟕
d) 𝜽 = 𝒂𝒓𝒄 𝐜𝐨𝐬 ( )
𝟗
√𝟐𝟑𝟖
e) 𝜽 = 𝒂𝒓𝒄 𝐜𝐨𝐬 ( 𝟗 )

56. (Escola Naval/2015)

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 80


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Um plano 𝝅𝟏 contém os pontos 𝑴(−𝟏, 𝟑, 𝟐) e 𝑵(−𝟐, 𝟎, 𝟏). Se 𝝅𝟏 é perpendicular ao plano 𝝅𝟐 : 𝟑𝒙 −


𝟐𝒚 + 𝒛 − 𝟏𝟓 = 𝟎, é possível dizer que o ângulo entre 𝝅𝟏 e o plano 𝝅𝟑 : 𝒙 + 𝒚 + 𝟐𝒛 − 𝟕 = 𝟎 vale
𝟖√𝟐
a) 𝐚𝐫𝐜𝐜𝐨𝐬 ( 𝟏𝟓 )
𝟒√𝟐
b) 𝐚𝐫𝐜𝐜𝐨𝐭 ( 𝟏𝟓 )
𝟖√𝟐
c) 𝐚𝐫𝐜𝐜𝐨𝐬 (− )
𝟓
𝟔𝟏
d) 𝒂𝒓𝒄𝒄𝒐𝒔 (𝟒𝟓√𝟐)
√𝟏𝟗𝟒
e) 𝒂𝒓𝒄𝒕𝒈 (− )
𝟏𝟔

57. (Escola Naval/2014)


A soma das coordenadas do ponto 𝑨 ∈ ℝ𝟑 simétrico ao ponto 𝑩 = (𝒙, 𝒚, 𝒛) = (𝟏, 𝟒, 𝟐) em relação
ao plano 𝝅 de equação 𝒙 − 𝒚 + 𝒛 − 𝟐 = 𝟎 é
a) 𝟐
b) 𝟑
c) 𝟓
d) 𝟗
e) 𝟏𝟎

58. (Escola Naval/2014)


Uma bolinha de aço é lançada a partir da origem e segue uma trajetória retilínea até atingir o vértice
−√𝟑
de um anteparo parabólico representado pela função real de variável real 𝒇(𝒙) = ( ) 𝒙𝟐 + 𝟐√𝟑𝒙.
𝟑
Ao incidir no vértice do anteparo é refletida e a nova trajetória retilínea é simétrica à inicial, em
relação ao eixo da parábola. Qual é o ângulo de incidência (ângulo entre a trajetória e o eixo da
parábola)?
a) 𝟑𝟎°
b) 𝟒𝟓°
c) 𝟔𝟎°
d) 𝟕𝟓°
e) 𝟗𝟎°

59. (Escola Naval/2014)


⃗⃑ um vetor ortogonal aos vetores 𝒗
Seja 𝒖 ⃗⃑ = 𝟒𝒊 ⃗⃑ e 𝒘
⃗⃗⃗⃗⃑ − 𝒋⃑ + 𝟓𝒌 ⃗⃑. Se o produto escalar de
⃗⃗⃗⃑ = 𝒊⃑ − 𝟐𝒋⃑ + 𝟑𝒌
⃗⃑ pelo vetor 𝒊⃑ + 𝒋⃑ + ⃗𝒌⃑ é igual a −𝟏, podemos afirmar que a soma das componentes de 𝒖
𝒖 ⃗⃑ é
a) 𝟏
𝟏
b) 𝟐
c) 𝟎
𝟏
d) − 𝟐

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 81


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e)−𝟏

60. (Escola Naval/2014)


Seja 𝝅 um dos planos gerados pelos vetores ⃗𝒗⃑ = 𝟐𝒊⃑ − 𝟐𝒋⃑ + ⃗𝒌⃑ e 𝒘 ⃗⃑. Considere ⃗𝒖⃑ =
⃗⃗⃗⃑ = −𝒊⃑ + 𝟐𝒋⃑ + 𝟐𝒌
𝒂𝒊⃑ + 𝒃𝒋⃑ + 𝒄𝒌⃗⃑, 𝒂, 𝒃, 𝒄 ∈ ℝ, um vetor unitário no plano 𝝅 e na direção da reta bissetriz entre os
⃗⃗⃗⃑. O valor de 𝟐𝒂𝟐 + 𝒃𝟐 + 𝒄𝟐 é
vetores ⃗𝒗⃑ e 𝒘
𝟏𝟎
a) 𝟗
𝟗
b) 𝟖
𝟑
c) 𝟐
d) 𝟏
𝟏𝟏
e) 𝟏𝟎

61. (Escola Naval/2015)


Uma reta 𝒓 passa pelo ponto 𝑴(𝟏, 𝟏, 𝟏) e é concorrente às seguintes retas:
𝒙 = −𝟏 + 𝟑𝒕 𝒙=𝟒−𝒕
𝒚 = −𝟑 − 𝟐𝒕 𝒚 = 𝟐 − 𝟓𝒕
𝒓𝟏 : { e 𝒓𝟐 : {
𝒛=𝟐−𝒕 𝒛 = −𝟏 + 𝟐𝒕
𝒕∈ℝ 𝒕∈ℝ
Pode-se dizer que as equações paramétricas dessa reta 𝒓 são
𝒙=𝟏+𝒕
𝒚 = 𝟏 + 𝟐𝒕
a) {
𝒛=𝟏−𝒕
𝒕∈ℝ
𝒙=𝟏+𝒕
𝒚 = 𝟏 + 𝟐𝒕
b){
𝒛=𝟏
𝒕∈ℝ
𝒙=𝟏−𝒕
𝒚 = 𝟏 + 𝟐𝒕
c) {
𝒛=𝒕
𝒕∈ℝ
𝒙=𝟏+𝒕
𝒚 = 𝟏 − 𝟐𝒕
d) {
𝒛=𝟏
𝒕∈ℝ
𝒙 = 𝟏 + 𝟐𝒕
𝒚=𝟏−𝒕
e) {
𝒛=𝟏
𝒕∈ℝ

62. (Escola Naval/2013)


As equações simétricas da reta de interseção dos planos 𝟐𝒙 − 𝒚 − 𝟑 = 𝟎 e 𝟑𝒙 + 𝒚 + 𝟐𝒛 − 𝟏 = 𝟎,
𝒙, 𝒚, 𝒛 ∈ ℝ são

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 82


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𝒙 𝒚+𝟑 𝟐−𝒛
a) 𝟐 = =
𝟒 𝟓
𝒙+𝟏 𝒚+𝟑 𝒛+𝟐
b) = =
𝟐 𝟒 𝟓
𝒚+𝟑 𝟐−𝒛
c) 𝒙 = =
𝟐 𝟒
𝟑−𝒚 𝒛−𝟐
d) 𝒙 − 𝟏 = =
𝟐 𝟒
𝒙−𝟏 𝒚+𝟑 𝒛+𝟐
e) = =
𝟐 𝟒 𝟓

63. (Escola Naval/2013)


⃗⃗⃗⃑ = ⃗⃗⃗⃗⃑
⃗⃑ = −𝒊⃑ + 𝒋⃑, 𝒘
Considere 𝒖 𝟐𝒋 + ⃗𝒌⃑ e 𝒗
𝟑𝒊 − ⃗⃗⃗⃗⃑ ⃗⃑ = 𝟐𝒖 ⃗⃗⃗⃑ vetores no ℝ𝟑 e 𝜽 o ângulo entre os vetores
⃗⃑ + 𝒘
𝜽 𝜽
⃗⃑ × 𝒗
𝒖 ⃗⃑ e 𝒘
⃗⃗⃗⃑. Qual é o valor da expressão (𝒕𝒈 𝟑 + 𝒄𝒐𝒔 𝟐) ?
𝟐√𝟑+𝟑√𝟐
a) 𝟔
𝟐√𝟑+√𝟐
b) 𝟐
𝟐+√𝟐
c)
𝟐
𝟐+√𝟑
d) 𝟔
√𝟑+√𝟐
e) 𝟐

64. (Escola Naval/2012)


Nas proposições abaixo, coloque (V) nos parênteses à esquerda quando a proposição for verdadeira
e (F) quando for falsa.
𝟐 𝟐 𝟐
( ) Se 𝒖 ⃗⃑ são vetores do ℝ𝟑 , então ||𝒖
⃗⃑ e 𝒗 ⃗⃑ + 𝒗
⃗⃑|| + ||𝒖
⃗⃑ − 𝒗
⃗⃑|| = ||𝒖 ⃗⃑||𝟐 .
⃗⃑|| + ||𝒗
( ) Se 𝒖⃗⃑, 𝒗 ⃗⃗⃗⃑ são vetores do ℝ𝟑 e 𝒖
⃗⃑ e 𝒘 ⃗⃑ ⋅ 𝒗
⃗⃑ = 𝒖
⃗⃑ ⋅ 𝒘 ⃗⃑ = 𝒘
⃗⃗⃗⃑, então 𝒗 ̅⋅𝒗
⃗⃗⃗⃑, onde 𝒖 ̅ representa o produto
escalar entre os vetores 𝒖 ⃗⃑ e𝒗
⃗⃑.
⃗⃑ e 𝒗
( ) Se 𝒖 ⃗⃑ são vetores do ℝ𝟑 , então eles são paralelos ⇔ 𝒖 ⃗⃑ ⋅ 𝒗
⃗⃑ = 𝟎
√𝟓𝟏
( ) Se 𝒖 ⃗⃑ = (𝟐, √𝟖, 𝟐), então, ||𝒖
⃗⃑ = (𝟑, 𝟎, 𝟒) e 𝒗 ⃗⃑|| = 𝟓, ||𝒗
⃗⃑|| = 𝟒 e 𝒕𝒈𝜽 = , onde 𝜽 representa o
𝟕
ângulo formado pelos vetores 𝒖 ⃗⃑ e 𝒗
⃗⃑.
⃗⃑ + 𝒗
( ) ||𝒖 ⃗⃑|| < ||𝒖
⃗⃑|| + ||𝒗
⃗⃑|| para todos os vetores 𝒖 ⃗⃑ do ℝ𝟑 .
⃗⃑ e 𝒗
Lendo-se a coluna de parênteses da esquerda, de cima para baixo, encontra-se
a) F-F-F-V-V
b) F-V-F-F-V
c) V-F-V-V-F
d) F-F-F-V-F
e) V-V-V-F-F

65. (EN/2021)

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 83


Prof. Victor So

Sejam 𝒏𝟏 e 𝒏𝟐 dois planos cujas equações vetoriais são, respectivamente, 𝑿 = (𝟏, 𝟎, 𝟎) +


𝜷(𝟏, 𝟏, 𝟏) + 𝜸(−𝟏, 𝟎, 𝟐) e 𝒀 = (𝟐, 𝟎, −𝟏) + 𝜶(𝟏, 𝟐, 𝟏) + 𝝀(𝟎, 𝟏, 𝟏) com 𝜷, 𝜸, 𝜶 e 𝝀 números reais.
Assinale a opção que apresenta uma equação vetorial de reta 𝒓, dada pela interseção desses planos.
a) (𝟏, 𝟎, 𝟎) + 𝒌(𝟐, 𝟏, −𝟏), 𝒌 ∈ ℝ
b) (𝟏, 𝟎, 𝟎) + 𝒌(𝟐, −𝟏, 𝟏), 𝒌 ∈ ℝ
c) (𝟏, 𝟎, 𝟎) + 𝒌(−𝟐, −𝟏, −𝟏), 𝒌 ∈ ℝ
d) (𝟏, 𝟎, 𝟎) + 𝒌(−𝟐, −𝟏, 𝟏), 𝒌 ∈ ℝ
e) (𝟏, 𝟎, 𝟎) + 𝒌(𝟐, 𝟏, 𝟏), 𝒌 ∈ ℝ

66. (EN/2021)
𝒙 𝟐 −𝟏𝟎 𝒙 𝟒 −𝟓
𝟑
Sejam as retas no 𝑹 , 𝒓𝟏 : (𝒚) = (𝟏, 𝟓) + 𝝀 ( 𝟓 ) com 𝝀 ∈ 𝑹 e 𝒓𝟐 : (𝒚) = (𝟎) + 𝝁 ( 𝟎 ) com
𝒛 𝟎 𝟎 𝒛 𝟐 𝟏𝟎
𝝁 𝝐 𝑹. Tomando o plano 𝜶 definido pelas retas 𝒓𝟏 e 𝒓𝟐 , 𝜶 intersecta o eixo 𝒛 no valor de 𝒛 igual a:
a)−𝟓
b) 0
c) 𝟐
d) 𝟏𝟎
e) 𝟏𝟓

67. (EN/2022)
−𝟏 𝟑
Seja o plano 𝜶 de equação 𝜶: 𝒘 ⃗ + 𝒑. 𝒗
⃗⃗⃗ = 𝒂 ⃗ + 𝒒. ⃗𝒖, 𝒑, 𝒒 ∈ ℝ, com 𝒂
⃗ = ( 𝟏 ),𝒗
⃗ = (−𝟐) e ⃗𝒖 =
𝟏 𝟏
𝟏
(−𝟏).
𝟐
O volume do tetraedro que possui vértices na origem (𝟎, 𝟎, 𝟎) e nas intersecções de 𝜶 com os eixos
coordenados é igual a
𝟏
a) 𝟑
𝟑
b) 𝟓
𝟏
c) 𝟓
𝟑
d) 𝟏𝟎
𝟐
e) 𝟓

68. (EN/2022)

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 84


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Assinale a opção que apresenta a soma de todas as coordenadas dos pontos da reta 𝒓: 𝒙 − 𝟏 = 𝟐𝒚 =
𝒛 que equidistam dos planos 𝝅𝟏 : 𝟐𝒙 − 𝟑𝒚 − 𝟒𝒛 − 𝟑 = 𝟎 e 𝝅𝟐 : 𝟒𝒙 − 𝟑𝒚 − 𝟐𝒛 = −𝟑.

a) 0

b) 1

c) 2

d) 3

e) 4

69. (EN/2022)

No ℝ𝟑 , a equação 𝒂𝒙 + 𝒃𝒚 + 𝒄𝒛 + 𝒅 = 𝟎, com as constantes 𝒂, 𝒃, 𝒄, 𝒅 ∈ ℝ, podem representar um


plano. Assinale a opção que esboça a representação geométrica dos planos no sistema linear abaixo
𝟐𝒙 − 𝒚 + 𝟑𝒛 − 𝟓 = 𝟎
{−𝟓𝒙 + 𝟑𝒚 − 𝟒𝒛 + 𝟔 = 𝟎
−𝒙 + 𝒚 + 𝟐𝒛 − 𝟒 = 𝟎
a) Dois planos distintos paralelos e um secante a eles.

b) Plano concorrentes em um ponto (P).

c) Planos secantes dois a dois.

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 85


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d) Planos concorrentes em uma reta (r).

e) Dois planos coincidentes e um secante a eles.

70. (EN/2023)

Suponha que duas aeronaves da Marinha do Brasil, F1 e F2, estejam percorrendo as trajetórias
𝟑𝒙 − 𝟐𝒛 − 𝟑 = 𝟎
dadas pelas retas 𝒓: 𝑿 = (−𝟏, 𝟐, 𝟎) + 𝜷(𝟏, 𝟑, 𝟏) e 𝑺: { , respectivamente. É correto
𝒚−𝒛−𝟐 =𝟎
afirmar que a distância entre essas retas é igual a:
𝟕√𝟕
a) 𝟏𝟐
𝟔
b)
√𝟐𝟑
𝟔√𝟐𝟏
c) 𝟕
𝟏𝟐
d)
√𝟒𝟔
𝟒√𝟐𝟏
e) 𝟖

71. (EN/2023)

Seja o cubo ABCDEFG de aresta 2 cm e I, J e K pontos médios das arestas EH, DH e AB,
respectivamente.

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 86


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O volume da pirâmide GIJK, em 𝒄𝒎𝟑 , é igual a:


𝟕
a) 𝟔
𝟑
b) 𝟐
𝟓
c) 𝟒
𝟏𝟏
d) 𝟖
𝟏𝟑
e) 𝟏𝟐

Gabarito
39. d
40. b
41. e
42. c
43. a
44. d
45. b
46. e
47. e
48. a
49. a
50. anulada
51. a
52. e
53. d

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 87


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54. sem resposta


55. a
56. anulada
57. d
58. a
59. e
60. e
61. anulada
62. a
63. a
64. a
65. d
66. d
67. d
68. c
69. d
70. d
71. a

Resolução
39. (EFOMM/2021)
⃗ = (𝟐, 𝟎, 𝟐) e 𝒗
Se 𝜶 é o ângulo formado entre os vetores 𝒖 ⃗ = (𝟏, 𝟎, 𝟑), então pode-se afirmar que
𝒔𝒆𝒏𝜶 é igual a:
a) √𝟑/𝟐
b) √𝟐/𝟑
c) √𝟑/𝟓
d) √𝟓/𝟓
e) √𝟑/𝟏𝟎
Comentários
Podemos calcular o cosseno do ângulo 𝛼:
⃗𝑢 ⋅ 𝑣
⃗ (2, 0, 2) ⋅ (1, 0, 3) 2⋅1+2⋅3 8 2
cos 𝛼 = = = = =
|⃗𝑢||⃗𝑣| √22 + 22 √12 + 32 2√2 ⋅ √10 4√ 5 √ 5
Para calcular 𝑠𝑒𝑛𝛼, podemos usar a relação fundamental:
𝑠𝑒𝑛2 𝛼 + cos2 𝛼 = 1
2
2 4 1 √5
𝑠𝑒𝑛𝛼 = ±√1 − ( ) = ±√ 1 − =± =±
√5 5 √5 5

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 88


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Podemos ver que nas alternativas, ele quer o ângulo agudo:


√5
𝑠𝑒𝑛𝛼 =
5
Gabarito: D
40. (EFOMM/2020)
𝟏 𝟑
Sejam 𝒖, 𝒗 e 𝒘 vetores de ℝ𝟑 . Sabe-se que 𝒖
⃗ +𝒗 ⃗⃗⃗ = ⃗𝟎, |𝒗
⃗ +𝒘 ⃗ | = , |𝒖
⃗ | = 𝐞 |𝒘
⃗⃗⃗ | = 𝟐. Assinale a
𝟐 𝟐
⃗ ⋅𝒗
opção que apresenta o valor de 𝒖 ⃗ +𝒗
⃗ ⋅𝒘 ⃗ ⋅𝒘
⃗⃗⃗ + 𝒖 ⃗⃗⃗ .
𝟑
a) 𝟕
𝟏𝟑
b) − 𝟒
𝟕
c) − 𝟏𝟔
𝟓
d) 𝟖
𝟒
e) 𝟕

Comentários
⃗⃗ = ⃗0 por ⃗𝑢, ⃗𝑣 𝑒 ⃗𝑤
Fazendo o produto escalar da equação vetorial dada ⃗𝑢 + ⃗𝑣 + ⃗𝑤 ⃗⃗
respectivamente, teremos:
(𝑢
⃗ +𝑣
⃗ +𝑤
⃗⃗⃗ ) ⋅ 𝑢 ⃗ ⋅𝑢
⃗ =0 ⃗ =0⇒𝑢
⃗ ⋅𝑢
⃗ +𝑣
⃗ ⋅𝑢
⃗ +𝑤
⃗⃗⃗ ⋅ 𝑢
⃗ =0
⃗ |2 + 𝑣
|𝑢 ⃗ ⋅𝑢
⃗ +𝑤
⃗⃗⃗ ⋅ 𝑢
⃗ =0
Agora fazendo para 𝑣
⃗:
(𝑢
⃗ +𝑣
⃗ +𝑤 ⃗ = ⃗0 ⋅ 𝑣
⃗⃗⃗ ) ⋅ 𝑣 ⃗ =0⇒𝑢
⃗ ⋅𝑣
⃗ +𝑣
⃗ ⋅𝑣
⃗ +𝑤
⃗⃗⃗ ⋅ 𝑣
⃗ =0
⃗ |2 + 𝑢
|𝑣 ⃗ ⋅𝑣
⃗ +𝑤
⃗⃗⃗ ⋅ 𝑣
⃗ =0
Fazendo o mesmo para 𝑤
⃗⃗⃗ :
(𝑢
⃗ +𝑣
⃗ +𝑤 ⃗⃗⃗ = ⃗0 ⋅ 𝑤
⃗⃗⃗ ) ⋅ 𝑤 ⃗⃗⃗ = 0 ⇒ 𝑢
⃗ ⋅𝑤
⃗⃗⃗ + 𝑣
⃗ ⋅𝑤
⃗⃗⃗ + 𝑤
⃗⃗⃗ ⋅ 𝑤
⃗⃗⃗ = 0
| 𝑤| 2 + 𝑢
⃗ ⋅𝑤
⃗⃗⃗ + 𝑣
⃗ ⋅𝑤
⃗⃗⃗ = 0
Somando as expressões emolduradas acima:
⃗ |2 + 𝑣
|𝑢 ⃗ ⋅𝑢
⃗ +𝑤
⃗⃗⃗ ⋅ 𝑢 ⃗ |2 + 𝑢
⃗ + |𝑣 ⃗ ⋅𝑣
⃗ +𝑤
⃗⃗⃗ ⋅ 𝑣 ⃗ |2 + 𝑢
⃗ + |𝑣 ⃗ ⋅𝑤
⃗⃗⃗ + 𝑣
⃗ ⋅𝑤
⃗⃗⃗ = 0
9 1
⇒ +𝑣⋅𝑢
⃗ +𝑤
⃗⃗ ⋅ 𝑢⃗ + +𝑢 ⃗ ⋅𝑣+𝑤 ⃗⃗ ⋅ 𝑣 + 4 + 𝑢 ⃗ ⋅𝑤
⃗⃗ + 𝑣 ⋅ 𝑤
⃗⃗ = 0
4 4
13
⇒ 2(𝑢 ⃗ ⋅𝑣+𝑣⋅𝑤 ⃗⃗ + 𝑢⃗ ⋅𝑤 ⃗⃗ ) = −
2
13
⃗𝑢 ⋅ ⃗𝑣 + ⃗𝑣 ⋅ ⃗𝑤
⃗⃗ + ⃗𝑢 ⋅ ⃗𝑤
⃗⃗ = −
4
Gabarito: “b”.
41. (EFOMM/2020)

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 89


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Sejam o plano 𝜶: 𝟔𝒙 − 𝟒𝒚 − 𝟒𝒛 + 𝟗 = 𝟎, os pontos 𝑨 = (−𝟏; 𝟑; 𝟐) e 𝑩 = (𝒎; 𝒏; 𝒑). Sabendo-se


que o ponto 𝑩 é simétrico ao ponto 𝑨, em relação ao plano 𝜶, o valor da soma 𝒎 + 𝒏 + 𝒑 é
a) −𝟐
b) 𝟎
𝟏
c) 𝟒
𝟕
d) 𝟒
e) 3
Comentários
Sabemos que num plano 𝛼: 𝑎𝑥 + 𝑏𝑦 + 𝑐𝑧 + 𝑑 = 0 o vetor (𝑎, 𝑏, 𝑐) é normal ao plano.
Portanto, no plano 𝛼: 6𝑥 − 4𝑦 − 4𝑧 + 9 = 0, o vetor (6, −4, −4) é normal, bem como seus
múltiplos (paralelos). Vamos usar o vetor normal (3, −2, −2). A reta normal ao plano 𝛼 passando
por 𝐴 , são os pontos dados por 𝑋:
𝑋 = 𝐴 + 𝜇 (3, −2, −2)
(𝑥, 𝑦, 𝑧) = (−1,3,2) + 𝜇(3, −2, −2) ⇒ (𝑥, 𝑦, 𝑧) = (3𝜇 − 1,3 − 2𝜇, 2 − 2𝜇)
Assim, a intersecção dessa reta normal passando por 𝐴 com o plano 𝛼 é:
6𝑥 − 4𝑦 − 4𝑧 + 9 = 0
{ ⇒ 6(3𝜇 − 1) − 4(3 − 2𝜇) − 4(2 − 2𝜇) + 9 = 0
(𝑥, 𝑦, 𝑧) = (3𝜇 − 1,3 − 2𝜇, 2 − 2𝜇)
1
⇒ 34𝜇 = 17 ⇒ 𝜇 =
2
1
Portanto, o ponto de intersecção é 𝐼 = (3𝜇 − 1,3 − 2𝜇, 2 − 2𝜇) = ( , 2,1)
2

Queremos o ponto simétrico 𝐵 a 𝐴 em relação ao plano. Isso significa que os vetores:

⃗⃗⃗⃗
1
𝐴𝐼 = ⃗⃗⃗⃗
𝐼𝐵 ⇒ 𝐼 − 𝐴 = 𝐵 − 𝐼 ⇒ 𝐵 = 2𝐼 − 𝐴 = 2 ⋅ ( , 2,1) − (−1,3,2)
2
⇒ 𝐵 = (1,4,2) − (−1,3,2) = (2,1,0)
Portanto, a soma de suas coordenadas é:
2+1+0=3
Gabarito: “e”
42. (Escola Naval/2019)
Seja 𝑽𝑨𝑩𝑪𝑫 uma pirâmide regular cujas faces laterais são triângulos equiláteros de lado 𝟏
𝟏
e 𝑷 uma extensão do segmento 𝑽𝑨, de modo que 𝑨 ∈ 𝑽𝑷 e 𝑨𝑷 = 𝟐. Considerando um plano
𝝅 determinado por 𝑷 e os pontos médios dos segmentos 𝑩𝑪 e 𝑨𝑫, determine a área de
intersecção entre a pirâmide e o plano 𝝅 e assinale a opção correta.
𝟏𝟔√𝟏𝟏
a) 𝟕
𝟕√𝟏𝟏
b)
𝟏𝟔

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 90


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𝟕√𝟏𝟏
c) 𝟔𝟒
𝟔𝟒√𝟏𝟏
d) 𝟕
𝟑𝟐√𝟏𝟏
e) 𝟕

Comentários
Vamos achar a interseção entre a pirâmide e o plano 𝜋 usando geometria analítica.
Fazendo o desenho do problema, considerando o centro do quadrado de lado 1 a origem do
sistema de coordenadas:

Como 𝐴𝐵𝐶𝐷 é um quadrado centrado na origem, tal como na figura acima, então suas
1 1 1 1 1 1 1 1
coordenadas são 𝐴 = (− , − , 0) , 𝐵 = (− , , 0) , 𝐶 = ( , 0) 𝑒 𝐷 = ( , − , 0). 𝑀 e 𝑁 são
2 2 2 2 2 2 2 2
pontos médios de 𝐵𝐶 𝑒 𝐴𝐷, respectivamente. Então:
𝐵+𝐶 1
𝑀= = (0, , 0)
2 2
𝐴+𝐷 1
𝑁= = (0, − , 0)
2 2
A coordenada de 𝑉 é (0,0, ℎ), pois está no eixo z. Sua distância a qualquer outro vértice
deve ser 1, pois as faces laterais são triângulos equiláteros de lado 1. Assim:

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 91


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1 2 1 2 1 1 √2

𝑑 (𝑉, 𝐴) = 1 = (0 + ) + (0 + ) + (ℎ − 0)2 ⇒ √ℎ2 + = 1 ⇒ ℎ2 = 1 − ⇒ ℎ =
2 2 2 2 2
√2 𝑉𝐴
Assim, 𝑉 (0,0, ). Como 𝑃 ∈ 𝑟𝑒𝑡𝑎 𝑉𝐴 e 𝐴𝑃 = , então, se considerarmos os vetores 𝐴𝑃
2 2
e 𝑉𝐴:
𝑉𝐴 𝐴−𝑉 3𝐴 − 𝑉
𝐴𝑃 = ⇒𝑃−𝐴 = ⇒ 2𝑃 = 3𝐴 − 𝑉 ⇒ 𝑃 = ⇒𝑃
2 2 2
1 1 √2
3 (− , − , 0) − (0,0, )
2 2 2
=
2
3 3 √2
⇒ 𝑃 = (− , − , − )
4 4 4
Veja que o plano 𝜋 é o plano que passa por 𝑃𝑀𝑁. Assim, como ele passa pela origem, sua
equação é da forma:
𝜋: 𝑎𝑥 + 𝑏𝑦 + 𝑐𝑧 = 0
𝑏 𝑏
𝑀 ∈𝜋 ⇒𝑎⋅0+ +𝑐⋅0=0⇒ =0⇒𝑏 =0
2 2
Assim, a equação do plano passa a ser 𝜋: 𝑎𝑥 + 𝑐𝑧 = 0
3𝑎 𝑐√2
𝑃∈𝜋⇒− − = 0 ⇒ 3𝑎√2 = −2𝑐
4 4
3𝑎√2
⇒ 𝜋: 𝑎𝑥 −𝑧 = 0 ⇒ 𝜋: 𝑥√2 − 3𝑧 = 0
2
Essa equação do plano é para o sistema de coordenadas considerado. Agora, basta
acharmos a interseção desse plano com as retas 𝑉𝐷 𝑒 𝑉𝐶:
𝑋1 = 𝜋 ∩ 𝑉𝐷
√2
𝑋1 ∈ 𝑉𝐷 ⇒ 𝑋1 = 𝑉 + 𝜇𝑉𝐷 = (0,0, ) + 𝜇(𝐷 − 𝑉)
2
√2 1 1 √2 𝜇 𝜇 √2(1 − 𝜇)
⇒ 𝑋1 = (0, 0, ) + 𝜇( ,− ,− ) = ( ,− , )
2 2 2 2 2 2 2
Assim, aplicando na equação de 𝜋:
𝜇 √2(1 − 𝜇) 𝜇√2 3√2𝜇 3√2
𝑥√2 − 3𝑧 = 0 ⇒ ⋅ √2 − 3 ⋅ =0⇒ + =
2 2 2 2 2
3
⇒ 4𝜇 = 3 ⇒ 𝜇 =
4

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 92


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3 3 √2
⇒ 𝑋1 = ( , − , )
8 8 8
Agora, fazendo o mesmo para 𝑋2 , sendo 𝑋2 = 𝜋 ∩ 𝑉𝐶:
√2 1 1 √2 𝑘 𝑘 √ 2( 1 − 𝑘 )
𝑋2 ∈ 𝑉𝐶 ⇒ 𝑋2 = 𝑉 + 𝑘(𝐶 − 𝑉) = (0, 0, ) + 𝑘( , ,− )=( , , )
2 2 2 2 2 2 2
Aplicando novamente no plano 𝜋:
𝑘 √ 2( 1 − 𝑘 ) 4√ 2 3 √2 3
𝑋2 ∈ 𝜋 ⇒ 𝑥√2 − 3𝑧 = 0 ⇒ ⋅ √2 − 3 ⋅ =0⇒ 𝑘= ⇒𝑘=
2 2 2 2 4
3 3 √2
⇒ 𝑋2 = ( , , )
8 8 8
Assim, a área dessa interseção de 𝜋 com a pirâmide será a área do quadrilátero 𝑀𝑁𝑋1 𝑋2 ,
que é igual à soma das área de 𝑀𝑁𝑋1 𝑐𝑜𝑚 𝑋1 𝑋2 𝑀:
[𝑀𝑁𝑋1 𝑋2 ] = [𝑀𝑁𝑋1 ] + [𝑋1 𝑋2 𝑀]

|⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝑁𝑀 × ⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝑁𝑋1 |
[𝑀𝑁𝑋1 ] =
2
⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
3 1 √2
𝑁𝑀 = 𝑀 − 𝑁 = (0,1,0) 𝑒 ⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝑁𝑋1 = 𝑋1 − 𝑁 = ( , , )
8 8 8
̂
î 𝑗̂ 𝑘
√2 3
⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗ 𝑁𝑋1 = ||0 1 0 || = ( , 0, − )
𝑁𝑀 × ⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
3 1 √2 8 8
8 8 8
2 2
√(√2) + (− 3)
8 8 √11 4√11
⇒ [𝑀𝑁𝑋1 ] = = =
2 16 64
Analogamente:
⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
|𝑋 ⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
2 𝑋 1 × 𝑋 2 𝑀|
[𝑋1 𝑋2 𝑀] =
2
⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
3 ⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
3 1 √2
𝑋 2 𝑋1 = 𝑋1 − 𝑋2 = (0, − , 0) 𝑒 𝑋2 𝑀 = 𝑀 − 𝑋2 = (− , , − )
4 8 8 8
î 𝑗̂ ̂
𝑘
| 0 −3 0 | = − 3 ⋅ (− √2 , 0, 3) = (3√2 , 0, − 9 )
⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝑋2 𝑋1 × 𝑋2 𝑀 = 4
| | 4 8 8 32 32
3 1 √2
− −
8 8 8

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 93


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2 2
√(3√2) + (− 9 )
32 32 3√11
⇒ [𝑋1 𝑋2 𝑀] = =
2 64
Portanto:
4√11 3√11 7√11
[𝑀𝑁𝑋1 𝑋2 ] = [𝑀𝑁𝑋1 ] + [𝑋1 𝑋2 𝑀] = + =
64 64 64
Gabarito: “c”.
43. (EFOMM/2019)
Para descrever um código que permite transformar uma palavra 𝑷 de três letras em um vetor 𝒘 ∈
ℝ𝟑 , inicialmente, escolhe-se uma matriz 𝟑𝒙𝟑. Por exemplo, a nossa “matriz código” será:
𝟐 𝟐 𝟎
𝑨 = [𝟑 𝟑 𝟏 ]
𝟏 𝟎 𝟏
A partir da correspondência:
𝑨 → 𝟏/𝑩 → 𝟐 / 𝑪 → 𝟑/𝑫 → 𝟒/𝑬 → 𝟓/
𝑭 → 𝟔/𝑮 → 𝟕/𝑯 → 𝟖/𝑰 → 𝟗/𝑱 → 𝟏𝟎/
𝑳 → 𝟏𝟏/𝑴 → 𝟏𝟐/𝑵 → 𝟏𝟑/𝑶 → 𝟏𝟒/𝑷 → 𝟏𝟓/
𝑸 → 𝟏𝟔/𝑹 → 𝟏𝟕/𝑺 → 𝟏𝟖/𝑻 → 𝟏𝟗/𝑼 → 𝟐𝟎/
𝑽 → 𝟐𝟏/𝑿 → 𝟐𝟐/𝒁 → 𝟐𝟑
a palavra 𝑷 é transformada em vetor 𝒗 do ℝ𝟑 . Em seguida, o código da palavra 𝑷 é obtido pela
operação 𝒘 = 𝑨𝒗. Por exemplo, a palavra MAR corresponde ao vetor (𝟏𝟐, 𝟏, 𝟏𝟕) = 𝒗, a qual é
codificada com 𝒘 = 𝑨𝒗 = (𝟐𝟔, 𝟓𝟔, 𝟐𝟗).
Usando o processo acima para decodificar 𝒘 = (𝟔𝟒, 𝟏𝟎𝟕, 𝟐𝟗), teremos
a) 𝒙 = 𝟏𝟖, 𝒚 = 𝟏𝟒, 𝒛 = 𝟏𝟏/𝑺𝑶𝑳
b) 𝒙 = 𝟏𝟐, 𝒚 = 𝟓, 𝒛 = 𝟏𝟏/𝑴𝑬𝑳
c) 𝒙 = 𝟏𝟐, 𝒚 = 𝟏, 𝒛 = 𝟐𝟎/𝑴𝑨𝑼
d) 𝒙 = 𝟏𝟏, 𝒚 = 𝟐𝟎, 𝒛 = 𝟏/𝑳𝑼𝑨
e) 𝒙 = 𝟐𝟎, 𝒚 = 𝟐𝟏, 𝒛 = 𝟏/𝑼𝑽𝑨
Comentários
Vamos supor que o vetor decodificado seja 𝑣
⃗ = (𝑥, 𝑦, 𝑧). Dessa maneira, de acordo com o
que é dito no enunciado:
𝟔𝟒 𝟐 𝟐 𝟎 𝒙
⃗ ⇒ [𝟏𝟎𝟕] = [𝟑 𝟑 𝟏] ⋅ [𝒚]
⃗⃗⃗ = 𝑨𝒗
𝒘
𝟐𝟗 𝟏 𝟎 𝟏 𝒛
Fazendo a multiplicação das matrizes no lado direito da equação acima, obtemos:
𝟔𝟒 𝟐𝒙 + 𝟐𝒚 𝟐𝒙 + 𝟐𝒚 = 𝟔𝟒 𝒙 + 𝒚 = 𝟑𝟐
[𝟏𝟎𝟕] = [𝟑𝒙 + 𝟑𝒚 + 𝒛] ⇒ {𝟑𝒙 + 𝟑𝒚 + 𝒛 = 𝟏𝟎𝟕 ⇒ {𝟑(𝒙 + 𝒚) + 𝒛 = 𝟏𝟎𝟕
𝟐𝟗 𝒙+𝒛 𝒙 + 𝒛 = 𝟐𝟗 𝒙 + 𝒛 = 𝟐𝟗

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 94


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Substituindo a primeira equação na segunda:


𝟑 ⋅ 𝟑𝟐 + 𝒛 = 𝟏𝟎𝟕 ⇒ 𝒛 = 𝟏𝟎𝟕 − 𝟗𝟔 = 𝟏𝟏 ⇒ 𝒛 = 𝟏𝟏
Substituindo o valor de 𝒛 na última equação:
𝒙 + 𝟏𝟏 = 𝟐𝟗 ⇒ 𝒙 = 𝟏𝟖
Substituindo o valor de 𝒙 na primeira equação:
𝟏𝟖 + 𝒚 = 𝟑𝟐 ⇒ 𝒚 = 𝟏𝟒
Gabarito: “a”.
44. (EFOMM/2018)
A projeção ortogonal de 𝑨 sobre a reta 𝑩𝑪, sabendo-se que 𝑨 = (𝟑, 𝟕), 𝑩 = (𝟏, 𝟏) e 𝑪 = (𝟗, 𝟔), terá
as coordenadas da projeção
a) 𝒙 = 𝟒𝟔𝟖/𝟖𝟓; 𝒚 = 𝟑𝟐𝟏/𝟖𝟗.
b) 𝒙 = 𝟒𝟕𝟖/𝟖𝟕; 𝒚 = 𝟑𝟏𝟗/𝟖𝟕
c) 𝒙 = 𝟒𝟖𝟕/𝟖𝟒; 𝒚 = 𝟑𝟐𝟏/𝟖𝟕
d) 𝒙 = 𝟒𝟓𝟕/𝟖𝟗; 𝒚 = 𝟑𝟏𝟗/𝟖𝟗
e) 𝒙 = 𝟒𝟕𝟐/𝟖𝟗; 𝒚 = 𝟐𝟗𝟓/𝟖𝟗
Comentários
Se 𝑋 = (𝑥, 𝑦) é a projeção de 𝐴 em 𝐵𝐶, então o vetor ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝑋𝐴 ⊥ ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐵𝐶 ⟺ ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝑋𝐴 ⋅ ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐵𝐶 = 0 (produto
escalar entre vetores perpendiculares é nulo):
⃗⃗⃗⃗⃗⃗ ⋅ ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝑋𝐴 𝐵𝐶 = 0 ⇒ (𝐴 − 𝑋) ⋅ (𝐶 − 𝐵) = 0
𝐴 − 𝑋 = (3 − 𝑥, 7 − 𝑦) 𝑒 𝐶 − 𝐵 = (9 − 1, 6 − 1)
⇒ (3 − 𝑥, 7 − 𝑦) ⋅ (8, 5) = 0 ⇒ 8(3 − 𝑥) + 5(7 − 𝑦) = 0
⇒ 8𝑥 + 5𝑦 − 59 = 0
Essa é a reta perpendicular à 𝐵𝐶 que passa por 𝐴. Se 𝑋 ∈ 𝐵𝐶, então:
⃗⃗⃗⃗⃗ ⇒ (𝑥, 𝑦) = (1,1) + 𝜇(8,5) = (1 + 8𝜇, 1 + 5𝜇)
𝑋 = 𝐵 + 𝜇𝐵𝐶
Substituindo os valores de 𝑥, 𝑦 na expressão da reta encontrada:
46
8(1 + 8𝜇) + 5(1 + 5𝜇) − 59 = 0 ⇒ 89𝜇 = 46 ⇒ 𝜇 =
89
Portanto:
457 319
𝑋 = (1 + 8𝜇, 1 + 5𝜇) = ( , )
89 89
Gabarito: “d”
45. (EFOMM/2017)
Um paralelepípedo formado pelos vetores 𝒖 ⃗⃑ = (𝒂, 𝒂, 𝒂), 𝒗
⃗⃑ = (𝟐𝒂, 𝟐𝒂, 𝟑𝒂) e 𝒘
⃗⃗⃗⃑ = (𝟐𝒂, 𝒂, 𝒂) com
𝒂 ∈ ℝ tem volume igual a 𝟖. Determine o valor de a.
a) 𝟏

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 95


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b) 𝟐
𝟑
c) 𝟐
d) 𝟑
𝟓
e) 𝟐

Comentários
O volume de um paralelepípedo formado por três vetores é igual ao módulo do produto
misto entre esses vetores. O produto misto é igual ao produto escalar de um dos vetores pelo
produto vetorial dos outros dois. Lembrando que esse produto misto pode ser calculado pelo
determinante:
𝑢𝑥 𝑢𝑦 𝑢𝑧
⃗⃗⃑)| = | 𝑣𝑥 𝑣𝑦 𝑣𝑧 |
⃗⃑ ⋅ (𝑣⃑ × 𝑤
|𝑢
𝑤𝑥 𝑤𝑦 𝑤𝑧
Onde 𝑢⃗⃑ = (𝑢𝑥 , 𝑢𝑦 , 𝑢𝑧 ), 𝑣
⃗⃑ = (𝑣𝑥 , 𝑣𝑦 , 𝑣𝑧 ) 𝑒 𝑤
⃗⃗⃗⃑ = (𝑤𝑥 , 𝑤𝑦 , 𝑤𝑧 ). Portanto, o volume do citado
paralelepípedo é:
𝑎 𝑎 𝑎 1 1 1 1 0 0
3 3
𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 = |2𝑎 2𝑎 3𝑎| = ⏟ 𝑎 ⋅ |2 2 3| = ⏟ 𝑎 ⋅ |2 0 1|
2𝑎 𝑎 𝑎 (∗) 2 1 1 (∗∗) 2 −1 −1
(∗): Colocando 𝑎 de cada linha da matriz em evidência
(∗∗): (𝐶2 ← 𝐶2 − 𝐶1) e (𝐶3 ← 𝐶3 − 𝐶1)
Aplicando o teorema de Laplace para determinantes na primeira linha:
0 1
𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 = 𝑎3 ⋅ 1 ⋅ (−1)1+1 ⋅ | | = 𝑎³
−1 −1
O enunciado afirma que o volume é igual a 8:
3
𝑎3 = 8 ⇒ 𝑎 = √8 ⇒ 𝑎 = 2
Gabarito: “b”.
46. (EFOMM/2017)
Seja 𝑨 o ponto de intersecção entre as retas
𝒙 = 𝟏 − 𝟓𝒕
𝒙=𝒛+𝟑
𝒓𝟏 : { e 𝒓𝟐 : {𝟐𝒚 = −𝟑 + 𝟐𝒕
𝒚 = −𝟐𝒛 − 𝟏
𝒛 = 𝟓 + 𝟗𝒕
e seja 𝑩 o ponto de intersecção entre as retas
𝟐𝒙 = 𝟏𝟓 + 𝟓𝒕
𝒙+𝟐 𝒚−𝟏
𝒓𝟑 : 𝟒 = −𝟑 = 𝒛 + 𝟏 𝒓𝟒 : { 𝟐𝒚 = 𝟖 + 𝟑𝒕
𝟐𝒛 = 𝟐 + 𝒕
Defina a equação do plano mediador entre os pontos 𝑨 e 𝑩.
a) 𝟑𝒙 − 𝟐𝒚 − 𝟐𝒛 − 𝟔 = 𝟎
𝟑 𝟑
b) 𝟐 𝒙 + 𝟓𝒚 − 𝟒 𝒛 − 𝟏 = 𝟎
c) 𝟓𝟓𝒙 − 𝟑𝟕𝒚 + 𝟏𝟐𝒛 = 𝟏

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 96


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d) 𝟐𝒙 − 𝟑𝒚 + 𝒛 − 𝟏𝟐 = 𝟎
e) −𝟐𝟖𝒙 + 𝟏𝟐𝒚 − 𝟖𝒛 + 𝟔𝟒 = 𝟎
Comentários
Perceba que o plano mediador de 𝐴 e 𝐵 é o plano de simetria entre eles. Dessa maneira, o
vetor ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝐵 é normal ao plano e o ponto médio de ̅̅̅̅
𝐴𝐵 está contido nesse plano. Vamos achar 𝐴 𝑒 𝐵:
𝒙 = 𝟏 − 𝟓𝒕 𝟏
𝒙=𝒛+𝟑
𝒓𝟏 : { 𝒆 {𝟐𝒚 = −𝟑 + 𝟐𝒕 ⇒ (𝟏 − 𝟓𝒕) = (𝟓 + 𝟗𝒕) + 𝟑 ⇒ 𝟏𝟒𝒕 = −𝟕 ⇒ 𝒕 = −
𝒚 = −𝟐𝒛 − 𝟏 𝟐
𝒛 = 𝟓 + 𝟗𝒕
𝟕 𝟏
⇒ 𝑨 = ( , −𝟐, )
𝟐 𝟐
𝒙+𝟐 𝒚−𝟏 𝟐𝒙 = 𝟏𝟓 + 𝟓𝒕
𝒓𝟑 : = = 𝒛 + 𝟏 𝒆 𝒓𝟒 : { 𝟐𝒚 = 𝟖 + 𝟑𝒕 ⇒ 𝒚 − 𝟏 = −𝟑𝒛 − 𝟑 ⇒ 𝟐𝒚 = −𝟔𝒛 − 𝟒
𝟒 −𝟑
𝟐𝒛 = 𝟐 + 𝒕
⇒ 𝟖 + 𝟑𝒕 = −𝟔 − 𝟑𝒕 − 𝟒 ⇒ 𝟔𝒕 = −𝟏𝟖 ⇒ 𝒕 = −𝟑
𝟏 𝟏
⇒ 𝑩 = (𝟎, − , − )
𝟐 𝟐
⃗⃗⃗⃗⃗⃗
Assim, o vetor 𝑨𝑩 é:
𝟏 𝟏 𝟕 𝟏 𝟕 𝟑
𝑩 − 𝑨 = (𝟎, − , − ) − ( , −𝟐, ) = (− , , −𝟏)
𝟐 𝟐 𝟐 𝟐 𝟐 𝟐
O ponto médio de 𝑨𝑩 que passa pelo plano é:
𝟏 𝟏 𝟕 𝟏
𝑨 + 𝑩 (𝟎, − 𝟐 , − 𝟐) + (𝟐 , −𝟐, 𝟐) 𝟕 𝟓
𝑴= = = ( , − , 𝟎)
𝟐 𝟐 𝟒 𝟒
⃗⃗⃗⃗⃗⃗
O plano mediador é normal ao vetor 𝑨𝑩 e, portanto, é da forma:
𝟕 𝟑
− 𝒙 + 𝒚 − 𝒛 + 𝒅 = 𝟎 ⇒ −𝟐𝟖𝒙 + 𝟏𝟐𝒚 − 𝟖𝒛 + 𝟖𝒅 = 𝟎
𝟐 𝟐
Como 𝑴 satisfaz a equação acima:
𝟕 𝟓
−𝟐𝟖 ⋅ − 𝟏𝟐 ⋅ + 𝟖𝒅 = 𝟎 ⇒ 𝟖𝒅 = 𝟏𝟓 + 𝟒𝟗 = 𝟔𝟒
𝟒 𝟒
Portanto, a equação do plano é:
−𝟐𝟖𝒙 + 𝟏𝟐𝒚 − 𝟖𝒛 + 𝟔𝟒 = 𝟎
Gabarito: “e”
47. (EFOMM/2015)
Assinale a alternativa que apresenta equações paramétricas da reta 𝒓, sabendo-se que o ponto 𝑨,
cujas coordenadas são(𝟐, −𝟑, 𝟒), pertence a 𝒓 e que 𝒓 é ortogonal às retas
𝒙 = −𝟐 + 𝒕
𝒚 = −𝒙 − 𝟏
𝒓𝟏 : {𝒚 = −𝒕 e 𝒓𝟐 : {
𝒛=𝟑
𝒛 = −𝟑
𝒙−𝟐 𝒚+𝟑
a) 𝒓: 𝟔 = 𝟔 = 𝟒 − 𝒛.
𝒙 = 𝟐 + 𝟔𝒕
b) 𝒓: {𝒚 = −𝟑 + 𝟓𝒕
𝒛=𝟒
𝒚=𝒙−𝟓
c) 𝒓: {
𝒛=𝟔−𝒙

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 97


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𝒙 = 𝟐 + 𝟔𝒕
d) 𝒓: {𝒚 = −𝟑 + 𝟑𝒕
𝒛=𝟒
𝒙 = 𝟐 + 𝟔𝒕
e) 𝒓: {𝒚 = −𝟑 + 𝟔𝒕 .
𝒛=𝟒−𝒕
Comentários
Vamos escrever as equações destas retas na forma vetorial:
𝑟1 : (𝑥, 𝑦, 𝑧) = (−2 + 𝑡, −𝑡, −3) = (−2,0, −3) + 𝑡(1, −1,0)
Portanto, o vetor diretor da reta 𝑟1 é (1, −1,0), isto é, dita a direção da reta no espaço.
Fazendo o mesmo para 𝑟2 :
𝑦 = −𝑥 − 1 = 𝑘 (
𝑟2 : { ⇒ 𝑥, 𝑦, 𝑧) = (−𝑘 − 1, 𝑘, 3) = (−1,0,3) + 𝑘(−1,1,0)
𝑧=3
Portanto, veja que o vetor diretor de 𝑟2 é o mesmo de 𝑟1 , pois são paralelos. Assim,
queremos uma reta que possua vetor diretor ortogonal a este calculado. Assim, fazendo o
produto escalar do vetor diretor desejado pelo calculado:
𝒗𝒓 ⋅ (−1,1,0) = 0 ⇒ (𝑎, 𝑏, 𝑐) ⋅ (−1,1,0) = 0 ⇒ −𝑎 + 𝑏 = 0 ⇒ 𝑎 = 𝑏
⇒ 𝑣𝑟 = (𝑎, 𝑎, 𝑐 )
Portanto, a equação da reta em 𝑟 é:
(𝑥, 𝑦, 𝑧) = (2, −3,4) + 𝑡(𝑎, 𝑎, 𝑐)
𝑥 = 2 + 𝑎𝑡
⇒ 𝑟: {𝑦 = −3 + 𝑎𝑡
𝑧 = 4 + 𝑐𝑡
Analisando as alternativas, vemos que só há a solução para 𝑎 = 6 e 𝑐 = −1, nas
alternativas a) e e). Porém, apenas a alternativa 𝑒) possui a reta na forma paramétrica, sendo a
alternativa correta.
Gabarito: “e”
48. (EFOMM/2013)
𝟐 −𝟏 𝟏
A matriz 𝑨 = (𝒂𝒊𝒋 ) = [−𝟏 𝒗𝒊 = 𝒂𝒊𝟏 𝒊⃑ + 𝒂𝒊𝟐 𝒋⃑ + 𝒂𝒊𝟑 ⃗𝒌⃑, 𝟏 ≤ 𝒊 ≤
𝟏 𝟎] define em ℝ𝟑 os vetores ⃗⃗⃗
𝟑𝒙𝟑
𝟏 √𝟐 𝟏
𝟑.
⃗⃑ são dois vetores em ℝ𝟑 satisfazendo:
⃗⃑ e 𝒗
Se 𝒖
• 𝒖 ⃗⃑ é paralelo, tem mesmo sentido de 𝒗 ⃗⃑𝟐 e |𝒖
⃗⃑| = 𝟑;
• 𝒗 é paralelo, tem mesmo sentido de 𝒗𝟑 e ⃑| = 𝟐.
⃗⃑ ⃗⃑ |𝒗

Então, o produto vetorial 𝒖 ⃗⃑ x 𝒗
⃗⃑ é dado por:
𝟑√𝟐
a) ⃗⃑)
(𝒊⃑ + 𝒋⃑ − (√𝟐 + 𝟏)𝒌
𝟐
b) 𝟑√𝟐(𝒊⃑ − 𝒋⃑ + (√𝟐 − 𝟏)𝒌⃗⃑)
⃗⃑)
c) 𝟑(√𝟐𝒊⃑ + 𝒋⃑ − (√𝟐 − 𝟏)𝒌

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 98


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d) 𝟐√𝟐(𝒊⃑ + √𝟐𝒋⃑ + (𝟏 − √𝟐)𝒌⃗⃑)


⃗⃑)
e) −𝟑√𝟐(𝒊⃑ + 𝒋⃑ − (√𝟐 − 𝟏)𝒌
Comentários
Veja que a descrição do enunciado nos mostra que os vetores ⃗⃗⃗ 𝑣𝑖 são os vetores cujas
coordenadas são os elementos da i-ésima linha da matriz 𝐴. Sendo assim:
⃗⃑ = (2, −1,1)
𝑣1 = 2𝑖⃑ + (−1)𝑗⃑ + 1𝑘
⃗⃗⃗⃗
⃗⃑ = (−1,1,0)
𝑣2 = (−1)𝑖⃑ + 1𝑗⃑ + 0𝑘
⃗⃗⃗⃗
⃗⃑ = (1, √2, 1)
𝑣3 = 1𝑖⃑ + √2𝑗⃑ + 1𝑘
⃗⃗⃗⃗

Se 𝑢 𝑣2 e tem mesmo sentido que este, então podemos dizer que é múltiplo
⃗⃑ é paralelo a ⃗⃗⃗⃗⃑
positivo (𝑘 > 0)
⃗⃑ = 𝑘 ⋅ ⃗⃗⃗⃗⃑
𝑢 𝑣2 = (−𝑘, 𝑘, 0)
Mas |𝑢
⃗⃑| = 3:
3 3√ 2
⃗⃑|2 = 𝑘2 + 𝑘2 = 9 ⇒ 𝑘 =
|𝑢 =
√2 2
3√2 3√2
⇒𝑢
⃗⃑ = (− , , 0)
2 2
Do mesmo modo, 𝑣
⃗⃑ é paralelo, tem mesmo sentido (𝑚 > 0) de 𝑣
⃗⃑3 e |𝑣
⃗⃑| = 2:

𝑣3 = (𝑚, 𝑚√2, 𝑚)
⃗⃑ = 𝑚 ⋅ ⃗⃗⃗⃗⃑
𝑣
⇒ |𝑣⃑ |2 = 4 = 𝑚2 + 2𝑚2 + 𝑚2 ⇒ 4𝑚2 = 4 ⇒ 𝑚 = 1
⇒ 𝑣⃑ = (1, √2, 1)
Portanto, calculando o produto vetorial pela ferramenta do determinante:
⃑𝑖 𝑗⃑ ⃗𝑘⃑
3√ 2 3√ 2 3√ 2
⃗⃑ = |− 3√2 3√2 0| = ⃑𝑖 (
⃗⃑ x 𝑣
𝑢 ) − 𝑗⃑ (− ) + ⃗𝑘⃑ (−3 − )
| 2 2 | 2 2 2
1 √2 1
3√2
⇒𝑢
⃗⃑ x 𝑣⃑ = (𝑖⃑ + 𝑗⃑ − (√2 + 1)𝑘⃗⃑ )
2
Gabarito: “a”.
49. (Escola Naval/2019)
Um raio luminoso parte do ponto 𝑨(−𝟏, 𝟔, 𝟐), reflete na superfície refletora do plano 𝒙 = −𝟓, no
ponto 𝑬, e atinge o ponto 𝑩(𝟐, 𝟐, 𝟒). Indique a soma das coordenadas do ponto 𝑬.
a) 𝟐𝟓/𝟏𝟏
b) 𝟓/𝟏𝟒

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 99


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c) 𝟑/𝟏𝟏
d) 𝟐
e) 𝟏𝟓/𝟐
Comentários
Veja que o enunciado diz que há uma reflexão e, portanto, podemos dizer que os vetores
⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐸𝐴 e ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐸𝐵 fazem o mesmo ângulo 𝜃 com o vetor normal ao plano 𝑥 + 0𝑦 + 0𝑧 + 5 = 0, que é o
vetor (1,0,0), unitário.
Além disso, numa reflexão, a reta incidente e a reta refletida estão no mesmo plano
perpendicular ao plano incidente. Isso implica que as projeções ortogonais 𝐴′ 𝑒 𝐵′ dos pontos 𝐴
e 𝐵 no plano são colineares com o ponto 𝐸. Como o plano é 𝑥 = −5, as projeções são 𝐴′ =
(−5,6,2) e 𝐵′ = (−5,2,4). Portanto, se 𝐸 = (−5, 𝑦, 𝑧), da colinearidade de 𝐴′ , 𝐵′ e 𝐸:
𝑦 − 𝑦𝐵′ 𝑦𝐵′ − 𝑦𝐴′ 𝑦 − 2 2 − 6
= ⇒ = ⇒ 2𝑦 − 4 = −4𝑧 + 16 ⇒ 𝑦 + 2𝑧 = 10
𝑧 − 𝑧𝐵′ 𝑧𝐵′ − 𝑧𝐴′ 𝑧−4 4−2
Agora, se tratarmos do ângulo de incidência ser igual ao ângulo de reflexão, então:

Perceba que, pela construção gráfica dos pontos no espaço, vemos que 𝐴𝐴′ = 4 e que
𝐵𝐵 ′ = 7. Assim, da semelhança entre os triângulos 𝐵𝐵′𝐸 e 𝐴𝐴′𝐸:
𝐴𝐴′ 𝐵𝐵′ 4 𝐴′ 𝐸
= ⇒ =
𝐴′ 𝐸 𝐸𝐵′ 7 𝐸𝐵′
Porém, essa proporção entre segmentos no plano 𝑥 = −5 também são válidas para as
coordenadas em 𝑦 𝑒 𝑧:
𝐴′ 𝐸 𝑦𝐴′ − 𝑦 4 6 − 𝑦 50
= ⇒ = ⇒ 4𝑦 − 8 = 42 − 7𝑦 ⇒ 𝑦 =
𝐸𝐵′ 𝑦 − 𝑦𝐵′ 7 𝑦 − 2 11
Assim, como 𝑦 + 2𝑧 = 10:
50 60 30
⇒ 2𝑧 = 10 − = ⇒ 𝑧=
11 11 11

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 100


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Portanto, a soma das coordenadas é:


50 30 25
−5 + + =
11 11 11
Gabarito: “a”
50. (Escola Naval/2019)
Suponha que duas aeronaves da Marinha estejam fazendo um voo de modo que suas trajetórias
estejam contidas no plano 𝒙′ 𝒚′ , de um sistema cartesiano ortogonal 𝒙′𝒚′𝒛′, no instante de tempo
𝒕𝒐 . Em um instante 𝒕𝟏 , os pilotos precisam alcançar uma certa altura 𝒛′𝟏 e recebem as seguintes
determinações:
𝒙′ = 𝟏 + 𝒕
𝟏
I- A aeronave 𝑨 deve fazer seu voo sobre a reta 𝒓: {𝒚′ = 𝟏 + 𝟐 𝒕 𝒄𝒐𝒎 𝒕 ∈ ℝ.
𝒛′ = 𝟐𝒕
II. A aeronave 𝑩 deve fazer seu voo sobre a reta 𝒎 que é paralela a 𝒓, que está contida no plano
√𝟐𝟎
𝒙′ − 𝟒𝒚′ + 𝒛′ = 𝟎 e que dista do ponto 𝑷(𝟏, 𝟎, 𝟏).
𝟑
Considerando que 𝒓, 𝒎 e 𝒑 estão no sistema 𝒙′𝒚′𝒛′, assinale a opção que apresenta uma possível
trajetória da aeronave 𝑩 a partir de 𝒕𝟏 até alcançar a altura 𝒛′𝟏 .
𝟏
a) 𝒓: (𝟏, −𝟏, 𝟏) + 𝝀 (𝟏, , 𝟐) com 𝝀 ∈ ℝ
𝟐
𝟏
b) 𝒓: (−𝟏, 𝟎, −𝟏) + 𝝀 (𝟏, 𝟐 , 𝟐) com 𝝀 ∈ ℝ
c) 𝒓: (𝟏, −𝟏, 𝟏) + 𝝀(𝟐, 𝟏, 𝟒) com 𝝀 ∈ ℝ
d) 𝒓: (−𝟏, 𝟎, 𝟏) + 𝝀(𝟐, 𝟏, 𝟒) com 𝝀 ∈ ℝ
e) 𝒓: (𝟏, 𝟎 − 𝟏) + 𝝀(𝟐, 𝟏, 𝟐) com 𝝀 ∈ ℝ
Comentários
Para a aeronave 𝐵 atingir a meta estipulada, ela precisa seguir a trajetória da reta 𝑚.
Vamos achar essa reta 𝑚 na forma vetorial, como estão as alternativas.
Primeiramente, é dito que 𝑚 ∥ 𝑟 ⇒ o vetor diretor de 𝑟 é o mesmo de 𝑚. Vamos achar o
vetor diretor de 𝑟:
𝑥′ = 1 + 𝑡
1 1
{𝑦′ = 1 + 𝑡 𝑐𝑜𝑚 𝑡 ∈ ℝ ⇒ 𝑟: (𝑥′ , 𝑦′ , 𝑧′ ) = (1,1,0) + 𝑡 (1, , 2)
2 2

𝑧 = 2𝑡
1
Portanto, o vetor diretor de 𝑟 é (1, 2 , 2), que é o mesmo de 𝑚. Sabemos, ainda, que 𝑚
está contido no plano 𝑥′ − 4𝑦′ + 𝑧′ = 0, que possui vetor normal cujas coordenadas são os
coeficientes de 𝑥′ , 𝑦′ 𝑒 𝑧′ na equação do plano, isto é, o vetor normal ao plano dado é (1, −4,1).
Como o vetor é normal ao plano, ele deve ser normal a qualquer reta do plano, inclusive 𝑚, e
também 𝑟, pois 𝑚 ∥ 𝑟. Portanto, o produto escalar do vetor normal ao plano pelo vetor diretor
de 𝑚 deve ser nulo:

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 101


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1 1
(1, , 2) ⋅ (1, −4,1) = 0 ⇒ 1 ⋅ 1 + ⋅ (−4) + 2 ⋅ 1 = 1 − 2 + 2 = 1 ⇒ 𝐴𝐵𝑆𝑈𝑅𝐷𝑂!
2 2
Assim, vemos que a questão aborda uma inconsistência teórica. Após deduções, vimos
acima que, na verdade, o plano dado não contém a reta 𝑚, pois ela não é paralela ao plano.
O plano correto deveria ser 𝑥′ − 6𝑦′ + 𝑧′ = 0, pois aí sim, o produto escalar do vetor
normal (1, −6,1) pelo vetor diretor da reta 𝑚 seria 0:
1 1
(1, , 2) ⋅ (1, −6,1) = 1 ⋅ 1 + ⋅ (−6) + 2 ⋅ 1 = 1 − 3 + 2 = 0
2 2
Assim, devido a essas inconsistências, a questão foi anulada pela banca.
Gabarito: “anulada”
51. (Escola Naval/2019)
Um círculo, contido no plano 𝒙 − 𝟐𝒚 + 𝟒 = 𝟎, de centro (𝟒, 𝟒, 𝟒) e raio √𝟓, é projetado
ortogonalmente no plano 𝒚 = 𝟎, formando uma figura plana de área, em unidades de área, igual a:
a) 𝟐√𝟓𝝅
b) 𝟒𝝅
c) 𝟓𝝅
d) 𝟓√𝟐𝝅
e) 𝟏𝟎𝝅
Comentários
Seja (𝑥, 𝑦, 𝑧) um ponto desse círculo. Como o centro é (4,4,4) e o seu raio √5 então a
distância desse ponto ao centro deve ser igual ao raio, logo:
( 𝑥 − 4) 2 + ( 𝑦 − 4) 2 + ( 𝑧 − 4) 2 = 5
Porém, como (𝑥, 𝑦, 𝑧) pertence ao plano 𝑥 − 2𝑦 + 4 = 0 ⇒ 2(𝑦 − 4) = 𝑥 − 4. Portanto:
( 𝑥 − 4) 2
( 𝑦 − 4) 2 =
4
Substituindo na primeira equação:
5( 𝑥 − 4) 2 ( 𝑥 − 4) 2 ( 𝑧 − 4) 2
+ ( 𝑧 − 4) 2 = 5 ⇒ + =1
4 4 5
Portanto, a equação marcada acima mostra que os pontos do círculo naquele plano são
tais que as coordenadas 𝑥 e 𝑧 obedecem a esta equação. Ora, essa curva expressa uma elipse no
plano 𝑦 = 0 (plano 𝑥𝑧) de semieixo maior 𝑎2 = 5 ⇒ 𝑎 = √5 e semieixo menor 𝑏2 = 4 ⇒ 𝑏 = 2.
Sabendo que a área de uma elipse em função dos seus semieixos 𝑎 e 𝑏 é dada por 𝜋𝑎𝑏,
então a área desejada é:
Á𝑟𝑒𝑎 = 𝜋 ⋅ √5 ⋅ 2 = 2√5𝜋
Gabarito: “a”

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 102


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52. (Escola Naval/2018)


Um Aspirante da Escola Naval observou que intersectando a superfície 𝑺: 𝟐𝒙𝟐 − 𝒚𝟐 + 𝟒𝒛𝟐 = 𝟏 com
planos paralelos aos planos coordenados ele poderia obter, em cada plano, uma cônica. O Aspirante
anota em cartões a equação de cada plano cuja intersecção com 𝑺 seja uma cônica de distância focal
igual a √𝟔. Se ele anotou apenas uma equação por cartão, qual a quantidade de cartões que
apresenta uma equação cuja intersecção com 𝑺 é uma hipérbole?
a) 𝟏
b) 𝟐
c) 𝟑
d) 𝟒
e) 𝟓
Comentários
Os possíveis casos de hipérbole para equação dada são:
1 1
4𝑧 2 − 𝑦 2 = 1 − 2𝑥 2 > 0 ⇒ − <𝑥<(1)
√2 √2
1 1
𝑦2 − 4𝑧2 = 2𝑥2 − 1 > 0 ⇒ 𝑥 < − 𝑜𝑢 𝑥 > (2)
√2 √2
1 1
2𝑥 2 − 𝑦 2 = 1 − 4𝑧 2 > 0 ⇒ − < 𝑧 < (3)
2 2
1 1
𝑦2 − 2𝑥2 = 4𝑧2 − 1 > 0 ⇒ 𝑧 < − 𝑜𝑢 𝑧 > (4)
2 2
Analisando o caso 1:
𝑧2 𝑦2
4𝑧 2 − 𝑦 2 = 1 − 2𝑥 2 ⇒ − =1
1 − 2𝑥 2 1 − 2𝑥 2
( )
4
√6 6 3
Como queremos que a distância focal 2𝑐 = √6 ⇒ 𝑐 = ⇒ 𝑐2 = =
2 4 2
2
Portanto, como 𝑐2 = 𝑎2 + 𝑏 :
3 1 − 2𝑥2 5 1
=( ) + 1 − 2𝑥2 = ⋅ (1 − 2𝑥2 ) ⇒ 6 = 5 − 10𝑥2 ⇒ 𝑥2 = − ⇒ 𝐴𝐵𝑆𝑈𝑅𝐷𝑂
2 4 4 10
Portanto, não existe solução real nesse caso.
Analisando caso 2:
𝑦2 𝑧2
𝑦2 − 4𝑧2 = 2𝑥2 − 1 ⇒ − =1
2𝑥2 − 1 2𝑥2 − 1
( )
4

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 103


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3 2𝑥 2 − 1 5 11
⇒ = 2𝑥 2 − 1 + ( ) = (2𝑥 2 − 1) ⇒ 6 = 10𝑥 2 − 5 ⇒ 𝑥 = ±√
2 4 4 10

Esse caso nos deu duas equações de planos.


Caso 3:

2 2 2
𝑥2 𝑦2
2𝑥 − 𝑦 = 1 − 4𝑧 ⇒ − =1
1 − 4𝑧 2 1 − 4𝑧 2
( )
2
3 1 − 4𝑧 2 3
⇒ =( ) + 1 − 4𝑧 2 = (1 − 4𝑧 2 ) ⇒ 3 = 3 − 12𝑧 2 ⇒ 𝑧 = 0
2 2 2
Esse caso nos dá um plano.
Caso 4:
𝑦2 𝑥2
𝑦2 − 2𝑥2 = 4𝑧2 − 1 ⇒ − =1
4𝑧2 − 1 4𝑧2 − 1
( )
2
3 4𝑧 2 − 1 3 1 1
⇒ = 4𝑧 2 − 1 + ( ) = (4𝑧 2 − 1) ⇒ 3 = 12𝑧 2 − 3 ⇒ 𝑧 2 = ⇒ 𝑧 = ±
2 2 2 2 √2
Esse caso nos dá mais dois planos.
Portanto, no total dos casos tivemos 5 equações de planos distintos que foram anotados
em 5 cartões, indicando as interseções que foram hipérboles com distância focal √6.
Gabarito: “e”
53. (Escola Naval/2017)
A imagem de 𝒇: ℝ → ℝ, dada por 𝒇(𝒙) = 𝟐 𝐜𝐨𝐬𝟐 (𝒙) + 𝒔𝒆𝒏(𝟐𝒙) − 𝟏, é [𝒂, 𝒃]. Seja 𝝅 o plano que
⃗ = (𝟎, 𝟏, 𝟎) e 𝒗
passa pelo ponto 𝑨(𝟗, −𝟏, 𝟎) e é paralelo aos vetores 𝒖 ⃗ = (𝟏, 𝟏, 𝟏). Calcule a menor
𝒃
distância do ponto 𝑷 (𝒂 , 𝒂, 𝟏) ao plano 𝝅 e assinale a opção correta.
a) 𝟕√𝟐
b) 𝟓√𝟐
𝟗√𝟑
c) 𝟒
𝟏𝟏√𝟐
d) 𝟐
e) 𝟒√𝟑
Comentários
Vamos calcular a imagem de 𝑓(𝑥), sabendo que cos(2𝑥) = 2𝑐𝑜𝑠2 𝑥 − 1
𝑓 (𝑥) = 2 cos2 (𝑥) + 𝑠𝑒𝑛(2𝑥) − 1 = cos(2𝑥) + 𝑠𝑒𝑛(2𝑥)
Multiplicando e dividindo por √2:

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 104


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√2 √2
⇒ 𝑓(𝑥) = √2 ( cos(2𝑥) + 𝑠𝑒𝑛(2𝑥)) = √2 ⋅ cos(2𝑥 − 45°)
2 2

−1 ≤ cos(2𝑥 − 45°) ≤ 1 ⇒ −√2 ≤ √2 ⋅ cos(2𝑥 − 45°) < √2


⇒ −√2 ≤ 𝑓(𝑥) < √2
Portanto, vemos que 𝐼𝑚(𝑓) = [−√2, √2]. Logo, 𝑎 = −√2 e 𝑏 = √2.
Agora, vamos calcular a equação do plano 𝜋. Se 𝑢
⃗ e𝑣⃗ são paralelos ao plano, então o vetor
⃗ ×𝑣
𝑢 ⃗ é normal ao plano, pois é normal aos dois vetores 𝑢
⃗ 𝑒𝑣⃗:

𝑖̂ 𝑗̂ 𝑘 ̂
⃗ = 𝑗 × (𝑖 + 𝑗 + ⃗𝑘) = | 1 0 0 0 0 1 ̂ = 𝑖 − ⃗𝑘 = (1,0, −1)
⃗ ×𝑣
𝑢 0 1 0| = |1 1| . 𝑖̂ − |1 1| . 𝑗̂ + |1 1| . 𝑘
1 1 1
Assim, os pontos 𝑄 = (𝑥, 𝑦, 𝑧) do plano 𝜋 que passam por 𝐴 = (9, −1,0) devem obedecer
à seguinte relação:
[(𝑥, 𝑦, 𝑧) − (9, −1,0)] ⋅ (1,0, −1) = 0
O lado esquerdo do produto escalar acima representa um vetor de origem em 𝐴 indo até
o ponto genérico 𝑄. Esse vetor pertence ao plano e, portanto, seu produto escalar com um vetor
normal ao plano (𝑢
⃗ × 𝑣 ) deve ser nulo. Daí, abrindo a última equação:
𝑥−9−𝑧 =0
A equação acima é a do plano 𝜋 desejado. Queremos calcular a menor distância do ponto
𝑏
𝑃 = ( , 𝑎, 1) = (−1, −√2, 1) ao plano citado. Essa menor distância é dada por:
𝑎
|𝑎𝑥0 + 𝑏𝑦0 + 𝑐𝑧0 + 𝑑 |
𝑑=
√𝑎2 + 𝑏2 + 𝑐 2
|𝑥0 − 9 − 𝑧0 | |−1 − 9 − 1| 11 11√2
𝑑= = = =
√12 + 12 + 0² √2 √2 2
Gabarito: “d”.
54. (Escola Naval/2016)
Considere os itens abaixo.
⃗ +𝒗
I. O intervalo fechado 𝑨 é o menor intervalo que contém todos valores possíveis para ∥ 𝒖 ⃗ ∥,
com ∥ 𝒖⃗ ∥= 𝟑 e ∥ 𝒗⃗ ∥= 𝟒.
II. O conjunto 𝑩 representa o domínio da função 𝒚 = 𝓵𝒏(𝒙𝟐 + 𝒙 − 𝟏𝟐).
𝝅𝒙
III. O conjunto 𝑪 é dado pela imagem da função 𝒚 = 𝒂𝒓𝒄 𝒕𝒈 ( 𝟐 − 𝝅).
De acordo com as informações acima, o conjunto correspondente a (𝑨 − 𝑩) ∩ 𝑪 é:
a) {𝟑}
b) [𝟏, 𝟑]
c) ]𝟐, 𝟑]

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 105


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d) ]𝟏, +∞[
e) ]𝟏, 𝟑[
Comentários
Pela regra da soma de vetores, temos que ‖𝑢 ⃗ ‖2 = ‖𝑢
⃗ +𝑣 ⃗ ‖2 + ‖𝑣
⃗ ‖2 + 2 ‖𝑢
⃗ ‖‖𝑣
⃗ ‖ cos ∠(𝑢
⃗ ,𝑣
⃗)
Portanto, como cos ∠(𝑢
⃗ ,𝑣
⃗ ) ∈ [−1,1], temos que:
‖𝑢 ⃗ ‖2 ∈ [‖𝑢
⃗ +𝑣 ⃗ ‖2 + ‖𝑣
⃗ ‖2 − 2 ‖𝑢
⃗ ‖‖𝑣 ⃗ ‖2 + ‖𝑣
⃗ ‖, ‖𝑢 ⃗ ‖2 + 2 ‖𝑢
⃗ ‖‖𝑣
⃗ ‖], isto é,
‖𝑢 ⃗ ‖2 ∈ [(‖𝑢
⃗ +𝑣 ⃗ ‖)2 , (‖𝑢
⃗ ‖ − ‖𝑣 ⃗ ‖)2 ] e, portanto,
⃗ ‖ + ‖𝑣
‖𝑢
⃗ +𝑣
⃗ ‖ ∈ [|‖𝑢
⃗ ‖ − ‖𝑣
⃗ ‖|, ‖𝑢
⃗ ‖ + ‖𝑣
⃗ ‖]
Logo 𝐴 = [|3 − 4|, 3 + 4] = [1,7].
Para determinar 𝐵, impomos que 𝑥2 + 𝑥 − 12 > 0 ⟺ (𝑥 − 3)(𝑥 + 4) > 0 ⟺ 𝑥 < −4 ou
𝑥>3
Logo 𝐵 = (−∞, −4) ∪ (3, ∞).
𝜋𝑥
Para determinar 𝐶, perceba que quando 𝑥 varia nos reais, 2
−𝜋 também varia nos reais.
𝜋𝑥
Logo, a imagem da função 𝑦 = arctg ( − 𝜋) é a mesma da função 𝑦 = arctg 𝑥, que é 𝐶 =
2
𝜋 𝜋
(− , ). Logo,
2 2
𝜋 𝜋 𝜋 𝜋 𝜋
(𝐴 − 𝐵) ∩ 𝐶 = {[1,7] − {(−∞, −4) ∪ (3, ∞)}} ∩ (− , ) = [1,3] ∩ (− , ) = [1, [.
2 2 2 2 2
Analisando as alternativas, vemos que não há resposta correta.
Gabarito: sem resposta
55. (Escola Naval/2016)
O plano 𝝅𝟏 passa pela interseção dos planos 𝝅𝟐 : 𝒙 + 𝟑𝒚 + 𝟓𝒛 − 𝟒 = 𝟎 e 𝝅𝟑 : 𝒙 − 𝒚 − 𝟐𝒛 + 𝟏𝟕 = 𝟎.
Sendo 𝝅𝟏 paralelo ao eixo 𝒚, pode-se afirmar que o ângulo que 𝝅𝟏 faz com o plano 𝝅𝟒 : − 𝟐𝒙 +
𝟑𝒚 + 𝒛 − 𝟓 = 𝟎 vale:
𝟗
a) 𝜽 = 𝒂𝒓𝒄 𝐜𝐨𝐬 ( )
√𝟐𝟑𝟖
√𝟏𝟓𝟕
b) 𝜽 = 𝒂𝒓𝒄 𝐜𝐨𝐬 (− )
𝟗
𝟗
c) 𝜽 = 𝒂𝒓𝒄 𝐜𝐨𝐬 (− )
√𝟐𝟑𝟖
√𝟏𝟓𝟕
d) 𝜽 = 𝒂𝒓𝒄 𝐜𝐨𝐬 ( )
𝟗
√𝟐𝟑𝟖
e) 𝜽 = 𝒂𝒓𝒄 𝐜𝐨𝐬 ( 𝟗 )

Comentários
Vamos primeiro descobrir um vetor normal ao plano 𝜋1 . Como esse plano é paralelo ao
eixo 𝑦, isto é, ao vetor (0,1,0), então o produto escalar entre o vetor normal 𝑛 e (0,1,0) é nulo:
(𝑎, 𝑏, 𝑐) ⋅ (0,1,0) = 0 ⇒ 𝑏 = 0 ⇒ 𝑛 = (𝑎, 0, 𝑐)
Agora vamos achar o vetor diretor da reta que é a interseção 𝜋2 ∩ 𝜋3 :

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 106


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𝑥 + 3𝑦 + 5𝑧 − 4 = 0
{ ⇒ 4𝑦 + 7𝑧 − 21 = 0 ⇒ 4𝑦 = 21 − 7𝑧 = 𝑡
𝑥 − 𝑦 − 2𝑧 + 17 = 0
𝑡
𝑦=
4
𝑡
⇒ 𝑧 =3−
7
𝑡 2𝑡 𝑡
{ 𝑥 = 𝑦 + 2𝑧 − 17 = + 6 − − 17 = − − 11
4 7 28
1 1 1
⇒ (𝑥, 𝑦, 𝑧) = (−11,0,3) + 𝑡 (− , , − )
28 4 7
1 1 1
Portanto, o vetor diretor (− 28 , 4 , − 7)também é ortogonal à 𝑛 = (𝑎, 0, 𝑐):
1 1 1 1 1
(𝑎, 0, 𝑐) ⋅ (− , , − ) = 𝑎 ⋅ − + 𝑐 ⋅ − = 0 ⇒ 𝑎 = −4𝑐
28 4 7 28 7
Portanto, o vetor normal é:
𝑛 = 𝑐 (−4,0,1)
Vamos tomar 𝑐 = 1 para facilitar:
𝑛1 = (−4,0,1)
Agora queremos calcular o ângulo entre os planos 𝜋1 (𝑛1 = (−4,0,1)) e 𝜋4 : − 2𝑥 + 3𝑦 +
𝑧 − 5 = 0, que tem o vetor normal 𝑛4 = (−2,3,1). Assim, calcular o ângulo entre esses planos é
o mesmo que calcular o ângulo entre esses vetores normais. Pelo produto escalar, sabemos:
𝑛1 ⋅ 𝑛2
𝑛1 ⋅ 𝑛2 = |𝑛1 | ⋅ |𝑛2 | ⋅ cos 𝜃 ⇒ cos 𝜃 =
| 𝑛1 | ⋅ | 𝑛2 |
(−4,0,1) ⋅ (−2,3,1) 8+1 9
⇒ cos 𝜃 = = =
√42 + 12 ⋅ √22 + 32 + 12 √17 ⋅ √14 √238
9
⇒ 𝜃 = arc cos ( )
√238
Gabarito: “a”
56. (Escola Naval/2015)
Um plano 𝝅𝟏 contém os pontos 𝑴(−𝟏, 𝟑, 𝟐) e 𝑵(−𝟐, 𝟎, 𝟏). Se 𝝅𝟏 é perpendicular ao plano 𝝅𝟐 : 𝟑𝒙 −
𝟐𝒚 + 𝒛 − 𝟏𝟓 = 𝟎, é possível dizer que o ângulo entre 𝝅𝟏 e o plano 𝝅𝟑 : 𝒙 + 𝒚 + 𝟐𝒛 − 𝟕 = 𝟎 vale
𝟖√𝟐
a) 𝐚𝐫𝐜𝐜𝐨𝐬 ( 𝟏𝟓 )
𝟒√𝟐
b) 𝐚𝐫𝐜𝐜𝐨𝐭 ( 𝟏𝟓 )
𝟖√𝟐
c) 𝐚𝐫𝐜𝐜𝐨𝐬 (− )
𝟓
𝟔𝟏
d) 𝒂𝒓𝒄𝒄𝒐𝒔 (𝟒𝟓√𝟐)
√𝟏𝟗𝟒
e) 𝒂𝒓𝒄𝒕𝒈 (− )
𝟏𝟔

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 107


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Comentários
O plano 𝜋2 : 3𝑥 − 2𝑦 + 𝑧 − 15 = 0 possui vetor normal 𝑛2 = (3, −2,1), como pode-se ver
da equação do plano. Como esse plano 𝜋2 é perpendicular ao 𝜋1 então o vetor normal 𝑛2 é
paralelo ao plano 𝜋1 . Assim, podemos calcular o vetor normal à 𝜋1 pois sabemos dois vetores que
são paralelos a 𝜋1 : o vetor normal à 𝜋2 : 𝑛2 e o vetor ⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝑁𝑀 = 𝑀 − 𝑁 = (1,3,1), através do produto
vetorial:
𝒊 𝒋 𝒌
𝑛2 × (1,3,1) = |3 −2 1 | = 𝒊(−2 − 3) − 𝒋(3 − 1) + 𝒌(9 + 2) = (−5, −2,11) = 𝑛1
1 3 1
O plano 𝜋3 : 𝑥 + 𝑦 + 2𝑧 − 7 = 0 tem vetor normal 𝑛3 = (1,1,2). Portanto, o ângulo entre
os planos é igual ao ângulo entre os vetores normais aos planos:
𝑛1 ⋅ 𝑛3
𝑛1 ⋅ 𝑛3 = |𝑛1 | ⋅ |𝑛3 | ⋅ cos 𝜃 ⇒ cos 𝜃 =
| 𝑛1 | ⋅ | 𝑛3 |
(−5, −2,11) ⋅ (1,1,2) −5 − 2 + 22 15 1
⇒ cos 𝜃 = = = =
√52 + 22 + 11² ⋅ √12 + 12 + 2² √150 ⋅ √6 30 2
Como se pode ver, não há alternativa correta. A banca anulou a questão no ano da prova.
Gabarito: “anulada”
57. (Escola Naval/2014)
A soma das coordenadas do ponto 𝑨 ∈ ℝ𝟑 simétrico ao ponto 𝑩 = (𝒙, 𝒚, 𝒛) = (𝟏, 𝟒, 𝟐) em relação
ao plano 𝝅 de equação 𝒙 − 𝒚 + 𝒛 − 𝟐 = 𝟎 é
a) 𝟐
b) 𝟑
c) 𝟓
d) 𝟗
e) 𝟏𝟎
Comentários
Seja 𝑋 a projeção de 𝐵 em 𝜋. Sabemos que 𝑋 pertence à reta normal ao plano 𝜋 e que
passa por 𝐵. O vetor normal ao plano 𝜋 é (1, −1,1) como pode-se deduzir de sua equação. A reta
que passa por 𝐵𝑋 é:
𝑟: (𝑥, 𝑦, 𝑧) = (1,4,2) + 𝜇 (1, −1,1)
(𝑥, 𝑦, 𝑧) = (1 + 𝜇, 4 − 𝜇, 2 + 𝜇) 𝜇 ∈ ℝ
Portanto, como 𝑋 pertence a essa reta e ao plano:
𝑥 − 𝑦 + 𝑧 − 2 = 0 ⇒ (1 + 𝜇) − (4 − 𝜇) + (2 + 𝜇) − 2 = 0 ⇒ 3𝜇 = 3 ⇒ 𝜇 = 1
Logo, 𝑋 = (2,3,3). Como 𝐴 é simétrico de 𝐵 em relação a 𝜋, então:
⃗⃗⃗⃗⃗⃗ = 𝑋𝐵
𝐴𝑋 ⃗⃗⃗⃗⃗⃗ ⇒ 𝑋 − 𝐴 = 𝐵 − 𝑋 ⇒ 𝐴 = 2𝑋 − 𝐵 ⇒ 𝐴 = 2(2,3,3) − (1,4,2) = (3,2,4)
Portanto, a soma das coordenadas é 3 + 2 + 4 = 9.

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 108


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Gabarito: “d”
58. (Escola Naval/2014)
Uma bolinha de aço é lançada a partir da origem e segue uma trajetória retilínea até atingir o vértice
−√𝟑
de um anteparo parabólico representado pela função real de variável real 𝒇(𝒙) = ( ) 𝒙𝟐 + 𝟐√𝟑𝒙.
𝟑
Ao incidir no vértice do anteparo é refletida e a nova trajetória retilínea é simétrica à inicial, em
relação ao eixo da parábola. Qual é o ângulo de incidência (ângulo entre a trajetória e o eixo da
parábola)?
a) 𝟑𝟎°
b) 𝟒𝟓°
c) 𝟔𝟎°
d) 𝟕𝟓°
e) 𝟗𝟎°
Comentários
O vértice da parábola é:
𝑏 2 √3
𝑥𝑣 = − =− =3
2𝑎 √3
2 ⋅ (− 3 )
2
Δ 𝑏2 − 4𝑎𝑐 𝑏2 (2 √ 3 )
𝑦𝑣 = − =− =− +𝑐=− + 0 = 3√3
4𝑎 4𝑎 4𝑎 √3
4 ⋅ (− 3 )

Logo, 𝑉 = (3, 3√3). Como a bolinha percorre uma linha reta de 𝑂 a 𝑉, o ângulo de
incidência da bolinha é o ângulo que o vetor ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝑂𝑉 faz com a vertical. A tangente desse ângulo 𝜃 é:
𝑥𝑣 3 √3
tg 𝜃 = = = ⇒ 𝜃 = 30°.
𝑦𝑣 3√3 3
Gabarito: “a”
59. (Escola Naval/2014)
⃗⃑ um vetor ortogonal aos vetores 𝒗
Seja 𝒖 ⃗⃑ = 𝟒𝒊 ⃗⃑ e 𝒘
⃗⃗⃗⃗⃑ − 𝒋⃑ + 𝟓𝒌 ⃗⃑. Se o produto escalar de
⃗⃗⃗⃑ = 𝒊⃑ − 𝟐𝒋⃑ + 𝟑𝒌
⃗⃑ pelo vetor 𝒊⃑ + 𝒋⃑ + ⃗𝒌⃑ é igual a −𝟏, podemos afirmar que a soma das componentes de 𝒖
𝒖 ⃗⃑ é
a) 𝟏
𝟏
b) 𝟐
c) 𝟎
𝟏
d) − 𝟐
e)−𝟏
Comentários

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 109


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Se 𝑢
⃗⃑ ⊥ 𝑣
⃗⃑ e 𝑢⃗⃑ ⊥ 𝑤
⃗⃗⃗ ⇒ 𝑢
⃗⃑ = 𝑘 ⋅ 𝑣
⃗⃑ × 𝑤
⃗⃗⃗ , isto é, o vetor 𝑢
⃗⃑ é paralelo ao produto vetorial 𝑣
⃗⃑ × 𝑤
⃗⃗⃗ .
Calculando 𝑣⃑ × 𝑤 ⃗⃗ :
⃑𝑖 ⃗⃑
𝑗⃑ 𝑘
⃗⃑ × 𝑤
𝑣 ⃗⃑(−8 + 1) = (7, −7, −7)
⃗⃗⃗ = |4 −1 5| = 𝑖⃑(−3 + 10) − 𝑗⃑(12 − 5) + 𝑘
1 −2 3
Portanto, podemos escrever:
⃗⃑ = 𝑘(7, −7, −7)
𝑢
O enunciado afirma que 𝑢
⃗⃑ ⋅ (1,1,1) = −1:
1
⇒ (7𝑘, −7𝑘, −7𝑘 ) ⋅ (1,1,1) = −1 ⇒ 7𝑘 − 7𝑘 − 7𝑘 = −1 ⇒ 𝑘 =
7
Portanto:
1
⃗⃑ = (7, −7, −7) = (1, −1, −1)
𝑢
7
Assim, a soma das coordenadas de ⃗𝑢⃑ é 1 + (−1) + (−1) = −1
Gabarito: “e”.
60. (Escola Naval/2014)
Seja 𝝅 um dos planos gerados pelos vetores 𝒗 ⃗⃑ e 𝒘
⃗⃑ = 𝟐𝒊⃑ − 𝟐𝒋⃑ + 𝒌 ⃗⃑. Considere 𝒖
⃗⃗⃗⃑ = −𝒊⃑ + 𝟐𝒋⃑ + 𝟐𝒌 ⃗⃑ =
𝒂𝒊⃑ + 𝒃𝒋⃑ + 𝒄𝒌 ⃗⃑, 𝒂, 𝒃, 𝒄 ∈ ℝ, um vetor unitário no plano 𝝅 e na direção da reta bissetriz entre os
vetores 𝒗 ⃗⃗⃗⃑. O valor de 𝟐𝒂𝟐 + 𝒃𝟐 + 𝒄𝟐 é
⃗⃑ e 𝒘
𝟏𝟎
a) 𝟗
𝟗
b) 𝟖
𝟑
c) 𝟐
d) 𝟏
𝟏𝟏
e) 𝟏𝟎

Comentários
Para calcular o vetor unitário na direção da bissetriz, basta calcularmos o vetor unitário da
soma dos versores de ⃗𝑤⃗⃗⃑ 𝑒 ⃗𝑣⃑:
⃗𝑣⃑ 𝑤
⃗⃗⃗⃑ (2, −2,1) (−1,2,2) (2, −2,1) (−1,2,2) 2 2 1 1 2 2
+ = + = + = ( , − , ) + (− , , )
|⃗𝑣⃑| |𝑤⃗⃗⃗⃑| √22 + 22 + 1 √12 + 22 + 22 √9 √9 3 3 3 3 3 3
𝑣⃑ 𝑤
⃗⃗⃑ 1
⇒ + = ( , 0,1)
|𝑣⃑ | |𝑤
⃗⃗⃑ | 3
Portanto, esse vetor calculado acima está na direção da reta bissetriz entre os vetores
⃗⃗⃗⃑ 𝑒 𝑣
𝑤 ⃗⃑. Para calcular o vetor unitário, basta dividir pelo módulo:

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 110


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1 1
( , 0,1) ( , 0,1) (1,0,3) 1 ⃑ 3 ⃗⃑
3 3
⃗⃑ =
𝑢 = = = 𝑖 + 0𝑗⃑ + 𝑘
√10 √10 √10
2 √10
√(1) + 02 + 12 9
3
1 3
Portanto, 𝑎 = , 𝑏 = 0, 𝑐 = . Assim:
√10 √10
1 9 11
2𝑎2 + 𝑏2 + 𝑐 2 = 2 ⋅ + 02 + =
10 10 10
Gabarito: “e”
61. (Escola Naval/2015)
Uma reta 𝒓 passa pelo ponto 𝑴(𝟏, 𝟏, 𝟏) e é concorrente às seguintes retas:
𝒙 = −𝟏 + 𝟑𝒕 𝒙=𝟒−𝒕
𝒚 = −𝟑 − 𝟐𝒕 𝒚 = 𝟐 − 𝟓𝒕
𝒓𝟏 : { e 𝒓𝟐 : {
𝒛=𝟐−𝒕 𝒛 = −𝟏 + 𝟐𝒕
𝒕∈ℝ 𝒕∈ℝ
Pode-se dizer que as equações paramétricas dessa reta 𝒓 são
𝒙=𝟏+𝒕
𝒚 = 𝟏 + 𝟐𝒕
a) {
𝒛=𝟏−𝒕
𝒕∈ℝ
𝒙=𝟏+𝒕
𝒚 = 𝟏 + 𝟐𝒕
b){
𝒛=𝟏
𝒕∈ℝ
𝒙=𝟏−𝒕
𝒚 = 𝟏 + 𝟐𝒕
c) {
𝒛=𝒕
𝒕∈ℝ
𝒙=𝟏+𝒕
𝒚 = 𝟏 − 𝟐𝒕
d) {
𝒛=𝟏
𝒕∈ℝ
𝒙 = 𝟏 + 𝟐𝒕
𝒚=𝟏−𝒕
e) {
𝒛=𝟏
𝒕∈ℝ
Comentários
A reta que queremos passa por (1,1,1) e possui pontos em comum 𝑁 com as retas 𝑟1 e 𝑟2 .
𝑁 ∈ 𝑟1 ⇒ 𝑁 = (−1 + 3𝑡, −3 − 2𝑡, 2 − 𝑡)
𝑁 ∈ 𝑟2 ⇒ 𝑁 = (4 − 𝑘, 2 − 5𝑘, −1 + 2𝑘 )
−1 + 3𝑡 = 4 − 𝑘 7
{ −3 − 2𝑡 = 2 − 5𝑘 ⇒ 𝑠𝑜𝑚𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑡𝑢𝑑𝑜: − 2 = 5 − 4𝑘 ⇒ 4𝑘 = 7 ⇒ 𝑘 =
4
2 − 𝑡 = −1 + 2𝑘

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 111


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Na primeira equação:
7 9 13 13
−1 + 3𝑡 = 4 − = ⇒ 3𝑡 = ⇒𝑡=
4 4 4 12
Verificando a equação 3:
13 14 11 10
= −1 + 2−
⟺ = (𝑎𝑏𝑠𝑢𝑟𝑑𝑜)!
12 4 12 4
Portanto, essa questão é incoerente e está mal formulada. A banca examinadora anulou a
questão no ano de aplicação. A terceira equação deveria ser uma combinação linear das outras
duas para haver apenas duas soluções. Entretanto, têm-se três equações distintas para apenas
duas variáveis, o que constitui um sistema impossível.
Gabarito: “anulada”
62. (Escola Naval/2013)
As equações simétricas da reta de interseção dos planos 𝟐𝒙 − 𝒚 − 𝟑 = 𝟎 e 𝟑𝒙 + 𝒚 + 𝟐𝒛 − 𝟏 = 𝟎,
𝒙, 𝒚, 𝒛 ∈ ℝ são
𝒙 𝒚+𝟑 𝟐−𝒛
a) 𝟐 = 𝟒 = 𝟓
𝒙+𝟏 𝒚+𝟑 𝒛+𝟐
b) = =
𝟐 𝟒 𝟓
𝒚+𝟑 𝟐−𝒛
c) 𝒙 = =
𝟐 𝟒
𝟑−𝒚 𝒛−𝟐
d) 𝒙 − 𝟏 = =
𝟐 𝟒
𝒙−𝟏 𝒚+𝟑 𝒛+𝟐
e) = =
𝟐 𝟒 𝟓

Comentários
A interseção dos planos é a reta que satisfaz ambas as equações:
2𝑥 − 𝑦 − 3 = 0 𝑥 2−𝑧
{ ⇒ 𝑠𝑜𝑚𝑎𝑛𝑑𝑜 ⇒ 5𝑥 + 2𝑧 = 4 ⇒ =
3𝑥 + 𝑦 + 2𝑧 − 1 = 0 2 5
Agora olhando para a primeira equação do sistema acima:
𝑥 𝑦+3
2𝑥 − 𝑦 − 3 = 0 ⇒ 2𝑥 = 𝑦 + 3 ⇒ =
2 4
Portanto:
𝑥 𝑦+3 2−𝑧
= =
2 4 5
Gabarito: “a”
63. (Escola Naval/2013)
Considere 𝒖⃗⃑ = −𝒊⃑ + 𝒋⃑, 𝒘 ⃗⃗⃗⃗⃑ − 𝟐𝒋
⃗⃗⃗⃑ = 𝟑𝒊 ⃗⃑ e 𝒗
⃗⃗⃗⃗⃑ + 𝒌 ⃗⃑ = 𝟐𝒖 ⃗⃗⃗⃑ vetores no ℝ𝟑 e 𝜽 o ângulo entre os vetores
⃗⃑ + 𝒘
𝜽 𝜽
⃗⃑ × 𝒗
𝒖 ⃗⃑ e 𝒘
⃗⃗⃗⃑. Qual é o valor da expressão (𝒕𝒈 𝟑 + 𝒄𝒐𝒔 𝟐) ?
𝟐√𝟑+𝟑√𝟐
a) 𝟔
𝟐√𝟑+√𝟐
b)
𝟐

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 112


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𝟐+√𝟐
c) 𝟐
𝟐+√𝟑
d) 𝟔
√𝟑+√𝟐
e) 𝟐

Comentários
Veja que 𝑣
⃗⃑ = 2𝑢⃗⃑ + 𝑤
⃗⃗⃗⃑ = 2 ⋅ (−1,1,0) + (3, −2,1) = (1,0,1). Para descobrirmos o valor do
ângulo desejado, calcularemos o módulo do produto misto:
|(𝑢
⃗⃑ × 𝑣
⃗⃑) ⋅ 𝑤
⃗⃗⃗⃑| = |𝑢
⃗⃑ × 𝑣
⃗⃑| ⋅ |𝑤
⃗⃗⃗⃑| ⋅ cos 𝜃
Calculando primeiramente 𝑢
⃗⃑ × 𝑣
⃗⃑:

⃗⃑ = (−𝑖⃑ + 𝑗⃑) × (⃑𝑖 + ⃗𝑘⃑) = 𝑗⃑ − ⃗𝑘⃑ + ⃑𝑖 = (1,1, −1)


⃗⃑ × 𝑣
𝑢

⃗⃑ × 𝑣⃑ | = √12 + 12 + (−1)² = √3
⇒ |𝑢

⃗⃗⃗⃑ = ⃗⃗⃗⃑
Como 𝑤 2𝑗 + ⃗𝑘⃑ = (3, −2,1) e 𝑢
3𝑖 − ⃗⃗⃗⃗⃑ ⃗⃑ = −𝑖⃑ + 𝑗⃑ = (−1,1,0), então

⃗⃗⃗⃑| = √32 + (−2)2 + 1² = √9 + 4 + 1 = √14


|𝑤

⃗⃑| = √(−1)2 + 1² = √2
|𝑢

Calculando o produto escalar:


(𝑢
⃗⃑ × 𝑣
⃗⃑) ⋅ 𝑤
⃗⃗⃗⃑ = (1,1, −1) ⋅ (3, −2,1) = 3 − 2 − 1 = 0
Portanto:
𝜋
|𝑢
⃗⃑ × 𝑣
⃗⃑| ⋅ |𝑤
⃗⃗⃗⃑| ⋅ cos 𝜃 = 0 ⇒ cos 𝜃 = 0 ⇒ 𝜃 =
2
Assim:
𝜃 𝜃 𝜋 𝜋 √3 √2 2√3 + 3√2
𝑡𝑔 ( ) + cos ( ) = 𝑡𝑔 + cos = 𝑡𝑔 30° + cos 45° = + =
3 2 6 4 3 2 6
Gabarito: “a”.
64. (Escola Naval/2012)
Nas proposições abaixo, coloque (V) nos parênteses à esquerda quando a proposição for verdadeira
e (F) quando for falsa.
𝟐 𝟐 𝟐
( ) Se 𝒖 ⃗⃑ são vetores do ℝ𝟑 , então ||𝒖
⃗⃑ e 𝒗 ⃗⃑ + 𝒗
⃗⃑|| + ||𝒖
⃗⃑ − 𝒗
⃗⃑|| = ||𝒖 ⃗⃑||𝟐 .
⃗⃑|| + ||𝒗
( ) Se 𝒖⃗⃑, 𝒗 ⃗⃗⃗⃑ são vetores do ℝ𝟑 e 𝒖
⃗⃑ e 𝒘 ⃗⃑ ⋅ 𝒗
⃗⃑ = 𝒖
⃗⃑ ⋅ 𝒘 ⃗⃑ = 𝒘
⃗⃗⃗⃑, então 𝒗 ̅⋅𝒗
⃗⃗⃗⃑, onde 𝒖 ̅ representa o produto
escalar entre os vetores 𝒖 ⃗⃑ e𝒗
⃗⃑.
⃗⃑ e 𝒗
( ) Se 𝒖 ⃗⃑ são vetores do ℝ𝟑 , então eles são paralelos ⇔ 𝒖 ⃗⃑ ⋅ 𝒗
⃗⃑ = 𝟎
√𝟓𝟏
( ) Se 𝒖 ⃗⃑ = (𝟐, √𝟖, 𝟐), então, ||𝒖
⃗⃑ = (𝟑, 𝟎, 𝟒) e 𝒗 ⃗⃑|| = 𝟓, ||𝒗
⃗⃑|| = 𝟒 e 𝒕𝒈𝜽 = , onde 𝜽 representa o
𝟕
⃗⃑ e 𝒗
ângulo formado pelos vetores 𝒖 ⃗⃑.

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 113


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⃗⃑ + 𝒗
( ) ||𝒖 ⃗⃑|| < ||𝒖
⃗⃑|| + ||𝒗
⃗⃑|| para todos os vetores 𝒖 ⃗⃑ do ℝ𝟑 .
⃗⃑ e 𝒗
Lendo-se a coluna de parênteses da esquerda, de cima para baixo, encontra-se
a) F-F-F-V-V
b) F-V-F-F-V
c) V-F-V-V-F
d) F-F-F-V-F
e) V-V-V-F-F
Comentários
I. Sabemos que, pela regra do paralelogramo de soma de vetores:
2 2 2
||𝑢
⃗⃑ + 𝑣
⃗⃑|| = ||𝑢
⃗⃑|| + ||𝑣
⃗⃑|| + 2|𝑢
⃗⃑||𝑣
⃗⃑| ⋅ cos 𝜃
2 2 2
||⃗𝑢⃑ − ⃗𝑣⃑|| = ||⃗𝑢⃑|| + ||⃗𝑣⃑|| − 2|⃗𝑢⃑||⃗𝑣⃑| ⋅ cos 𝜃
Somando as duas equações acima:
2 2 2 2
||𝑢
⃗⃑ + 𝑣
⃗⃑|| + ||𝑢
⃗⃑ − 𝑣
⃗⃑|| = 2 (||𝑢
⃗⃑|| + ||𝑣
⃗⃑|| )

Portanto, a alternativa é falsa.


II. Se considerarmos 𝑢 ⃗⃑ = (1,0,0), 𝑣
⃗⃑ = (0,1,0) e 𝑤
⃗⃗⃗⃑ = (0,0,1). Veja que 𝑢
⃗⃑ ⋅ 𝑣
⃗⃑ = 𝑢
⃗⃑ ⋅ 𝑤
⃗⃗⃗⃑ =
0, mas 𝑣
⃗⃑ ≠ 𝑤
⃗⃗⃗⃑. Portanto, alternativa falsa.
2
III. Um vetor é paralelo a ele mesmo e ⃗𝑢⃑ ⋅ ⃗𝑢⃑ = ||⃗𝑢⃑|| ≠ 0. Portanto, afirmação falsa.
IV. ⃗⃑| = √32 + 42 = √25 = 5 e |𝑣
|𝑢 ⃗⃑| = √22 + 8 + 22 = √16 = 4. Calculando o produto
escalar entre 𝑢
⃗⃑ 𝑒 𝑣
⃗⃑:

⃗⃑ ⋅ 𝑣
𝑢 ⃗⃑ = |𝑢 ⃗⃑| ⋅ cos 𝜃 ⇒ (3,0,4) ⋅ (2, √8, 2) = 4 ⋅ 5 ⋅ cos 𝜃
⃗⃑| ⋅ |𝑣
14 7
6 + 8 = 20 cos 𝜃 ⇒ cos 𝜃 = =
20 10
1
Sabemos que 𝑡𝑔2 𝜃 + 1 = :
𝑐𝑜𝑠 2 𝜃

100 51 √51
𝑡𝑔2 𝜃 + 1 = ⇒ 𝑡𝑔2 𝜃 = ⇒ 𝑡𝑔𝜃 =
49 49 7
Portanto, afirmativa verdadeira.
V. Essa afirmativa é falsa, pois no caso em que os vetores são paralelos e o ângulo
entre eles é 0, então:
2 2 2
||⃗𝑢⃑ + ⃗𝑣⃑|| = ||𝑢
⃗⃑|| + ||⃗𝑣⃑|| + 2|𝑢
⃗⃑||⃗𝑣⃑|
2 2
||⃗𝑢⃑ + ⃗𝑣⃑|| = (||⃗𝑢⃑|| + ||⃗𝑣⃑||)
∴ ||𝑢
⃗⃑ + 𝑣⃑ || = ||𝑢
⃗⃑|| + ||𝑣⃑ ||
Portanto, a sequência observada é F-F-F-V-F

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 114


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Gabarito: “d”.
65. (EN/2021)
Sejam 𝒏𝟏 e 𝒏𝟐 dois planos cujas equações vetoriais são, respectivamente, 𝑿 = (𝟏, 𝟎, 𝟎) +
𝜷(𝟏, 𝟏, 𝟏) + 𝜸(−𝟏, 𝟎, 𝟐) e 𝒀 = (𝟐, 𝟎, −𝟏) + 𝜶(𝟏, 𝟐, 𝟏) + 𝝀(𝟎, 𝟏, 𝟏) com 𝜷, 𝜸, 𝜶 e 𝝀 números reais.
Assinale a opção que apresenta uma equação vetorial de reta 𝒓, dada pela interseção desses planos.
a) (𝟏, 𝟎, 𝟎) + 𝒌(𝟐, 𝟏, −𝟏), 𝒌 ∈ ℝ
b) (𝟏, 𝟎, 𝟎) + 𝒌(𝟐, −𝟏, 𝟏), 𝒌 ∈ ℝ
c) (𝟏, 𝟎, 𝟎) + 𝒌(−𝟐, −𝟏, −𝟏), 𝒌 ∈ ℝ
d) (𝟏, 𝟎, 𝟎) + 𝒌(−𝟐, −𝟏, 𝟏), 𝒌 ∈ ℝ
e) (𝟏, 𝟎, 𝟎) + 𝒌(𝟐, 𝟏, 𝟏), 𝒌 ∈ ℝ
Comentários
Vamos escrever a equação paramétrica dos planos:
𝑥 =1+𝛽−𝛾
𝑋⇒{ 𝑦=𝛽
𝑧 = 𝛽 + 2𝛾
𝑥 =2+𝛼
𝑌 ⇒ { 𝑦 = 2𝛼 + 𝜆
𝑧 = −1 + 𝛼 + 𝜆
Igualando as equações, obtemos:
1+𝛽−𝛾= 2+𝛼
{ 𝛽 = 2𝛼 + 𝜆
𝛽 + 2𝛾 = −1 + 𝛼 + 𝜆
Usando a segunda equação na terceira:
2𝛼 + 𝜆 + 2𝛾 = −1 + 𝛼 + 𝜆
⇒ 𝛼 = −1 − 2𝛾
Usando o valor de alfa na primeira equação:
1 + 𝛽 − 𝛾 = 2 − 1 − 2𝛾
⇒ 𝛽 = −𝛾
Fazendo 𝛾 = 𝑘 e 𝛽 = −𝑘 tal que 𝑘 ∈ ℝ, obtemos na equação de 𝑋:
𝑥 = 1 + 𝛽 − 𝛾 = 1 − 2𝑘
{ 𝑦 = 𝛽 = −𝑘 ⇒ (𝑥, 𝑦, 𝑧) = (1, 0, 0) + 𝑘(−2, −1,1), 𝑘 ∈ ℝ
𝑧 = 𝛽 + 2𝛾 = 𝑘
Essa é a equação da reta comum aos dois planos.
Gabarito: D
66. (EN/2021)

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 115


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𝒙 𝟐 −𝟏𝟎 𝒙 𝟒 −𝟓
𝟑
Sejam as retas no 𝑹 , 𝒓𝟏 : (𝒚) = (𝟏, 𝟓) + 𝝀 ( 𝟓 ) com 𝝀 ∈ 𝑹 e 𝒓𝟐 : (𝒚) = (𝟎) + 𝝁 ( 𝟎 ) com
𝒛 𝟎 𝟎 𝒛 𝟐 𝟏𝟎
𝝁 𝝐 𝑹. Tomando o plano 𝜶 definido pelas retas 𝒓𝟏 e 𝒓𝟐 , 𝜶 intersecta o eixo 𝒛 no valor de 𝒛 igual a:
a)−𝟓
b) 0
c) 𝟐
d) 𝟏𝟎
e) 𝟏𝟓
Comentários
A normal 𝑛 a esse plano é dada pelo produto vetorial de 𝑟1 por 𝑟2 . Portanto:
𝑖 𝑗 𝑘
𝑛 = 𝑟1 𝑥𝑟2 = |−10 5 0 |
−5 0 10
𝑛 = (50; 100; 25) = 25 ⋅ (2; 4; 1)
Qualquer vetor no formato 𝑘 ⋅ (2; 4; 1) será perpendicular ao plano 𝛼. Portanto, o plano
𝛼 pode ser escrito como 2𝑥 + 4𝑦 + 𝑧 + 𝑑 = 0. Como (4; 0; 2) pertencem ao plano 𝛼, então:
2⋅4+4⋅0+1⋅2+𝑑 =0
𝑑 = −10
Logo, o plano 𝛼 é dado por:
𝛼: 2𝑥 + 4𝑦 + 𝑧 − 10 = 0
Para cruzar o eixo 𝑧, temos:
2 ⋅ 0 + 4 ⋅ 0 + 𝑧 − 10 = 0
𝑧 = 10
Gabarito: D
67. (EN/2022)
−𝟏 𝟑
Seja o plano 𝜶 de equação 𝜶: 𝒘 ⃗ + 𝒑. 𝒗
⃗⃗⃗ = 𝒂 ⃗ + 𝒒. 𝒖
⃗ , 𝒑, 𝒒 ∈ ℝ, com 𝒂
⃗ = ( 𝟏 ),𝒗
⃗ = (−𝟐) e 𝒖
⃗ =
𝟏 𝟏
𝟏
(−𝟏).
𝟐
O volume do tetraedro que possui vértices na origem (𝟎, 𝟎, 𝟎) e nas intersecções de 𝜶 com os eixos
coordenados é igual a
𝟏
a) 𝟑
𝟑
b) 𝟓

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 116


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𝟏
c) 𝟓
𝟑
d) 𝟏𝟎
𝟐
e) 𝟓

Comentários
Vamos encontrar a equação geral do plano. Calculando o vetor normal:
𝑖̂ 𝑗̂ 𝑘̂
⃗ = |3
𝑛⃗ = 𝑣 𝑥 𝑢 −2 1| = −3𝑖̂ − 5𝑗̂ − 𝑘̂ = (−3, −5, −1)
1 −1 2
Se 𝑤
⃗⃗ ∈ 𝛼, então:
⃗⃗ − 𝑎 = (𝑥 + 1, 𝑦 − 1, 𝑧 − 1)
𝑤
(𝑤
⃗⃗ − 𝑎). 𝑛⃗ = 0
(𝑥 + 1, 𝑦 − 1, 𝑧 − 1). (−3, −5, −1) = −3(𝑥 + 1) − 5(𝑦 − 1) − (𝑧 − 1) = 0
−3𝑥 − 5𝑦 − 𝑧 + 3 = 0
Calculando as intersecções com os eixos:
𝑥=𝑦=0⇒𝑧=3
3
𝑥=𝑧=0⇒𝑦=
5
𝑦=𝑧=0⇒𝑥=1
Portanto, temos:

O volume é dado por:


1 1 1 3 3
𝑉= 𝐴𝑏 ℎ = ( ⋅ 1 ⋅ ) ⋅ 3 =
3 3 2 5 10

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 117


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Gabarito: D
68. (EN/2022)
Assinale a opção que apresenta a soma de todas as coordenadas dos pontos da reta 𝒓: 𝒙 − 𝟏 = 𝟐𝒚 =
𝒛 que equidistam dos planos 𝝅𝟏 : 𝟐𝒙 − 𝟑𝒚 − 𝟒𝒛 − 𝟑 = 𝟎 e 𝝅𝟐 : 𝟒𝒙 − 𝟑𝒚 − 𝟐𝒛 = −𝟑.

a) 0

b) 1

c) 2

d) 3

e) 4
Comentários
Temos os seguintes planos:
𝜋1 : 2𝑥 − 3𝑦 − 4𝑧 − 3 = 0
𝜋2 : 4𝑥 − 3𝑦 − 2𝑧 + 3 = 0
Calculando a distância do ponto 𝑃(𝑥, 𝑦, 𝑧) aos planos:
|4𝑥 − 3𝑦 − 2𝑧 + 3| |2𝑥 − 3𝑦 − 4𝑧 − 3|
=
√42 + 32 + 22 √22 + 32 + 42
4𝑥 − 3𝑦 − 2𝑧 + 3 = ±(2𝑥 − 3𝑦 − 4𝑧 − 3)
Usando a reta, temos:
(𝑥 − 1)
𝑧 =𝑥−1𝑒𝑦 =
2
Substituindo nas equações:
4𝑥 − 3𝑦 − 2𝑧 + 3 = (2𝑥 − 3𝑦 − 4𝑧 − 3)
3(𝑥 − 1) 3(𝑥 − 1)
4𝑥 − − 2(𝑥 − 1) + 3 = 2𝑥 − − 4(𝑥 − 1 ) − 3
2 2
4𝑥 − 2𝑥 + 2 + 3 = 2𝑥 − 4𝑥 + 4 − 3
4𝑥 = −4 ⇒ 𝑥 = −1 ⇒ 𝑦 = −1 ⇒ 𝑧 = −2

4𝑥 − 3𝑦 − 2𝑧 + 3 = −(2𝑥 − 3𝑦 − 4𝑧 − 3)
3(𝑥 − 1 ) 3(𝑥 − 1)
4𝑥 − − 2(𝑥 − 1) + 3 = −2𝑥 + + 4(𝑥 − 1 ) + 3
2 2
4𝑥 − 2𝑥 + 2 + 3 = −2𝑥 + 3𝑥 − 1 + 4𝑥 − 4 + 3
2𝑥 + 5 = 5𝑥 − 4

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 118


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3𝑥 = 9 ⇒ 𝑥 = 3 ⇒ 𝑦 = 1 ⇒ 𝑧 = 2
Somando as coordenadas:
𝑆 = −1 − 1 − 2 + 3 + 1 + 2 = 2
Gabarito: C
69. (EN/2022)

No ℝ𝟑 , a equação 𝒂𝒙 + 𝒃𝒚 + 𝒄𝒛 + 𝒅 = 𝟎, com as constantes 𝒂, 𝒃, 𝒄, 𝒅 ∈ ℝ, podem representar um


plano. Assinale a opção que esboça a representação geométrica dos planos no sistema linear abaixo
𝟐𝒙 − 𝒚 + 𝟑𝒛 − 𝟓 = 𝟎
{−𝟓𝒙 + 𝟑𝒚 − 𝟒𝒛 + 𝟔 = 𝟎
−𝒙 + 𝒚 + 𝟐𝒛 − 𝟒 = 𝟎
a) Dois planos distintos paralelos e um secante a eles.

b) Plano concorrentes em um ponto (P).

c) Planos secantes dois a dois.

d) Planos concorrentes em uma reta (r).

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 119


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e) Dois planos coincidentes e um secante a eles.

Comentários
Temos os seguintes vetores normais:
2𝑥 − 𝑦 + 3𝑧 − 5 = 0 𝑛1 = (2, −1, 3)
⃗⃗⃗⃗
𝑛2 = (−5, 3, −4)
{−5𝑥 + 3𝑦 − 4𝑧 + 6 = 0 ⇒ {⃗⃗⃗⃗
−𝑥 + 𝑦 + 2𝑧 − 4 = 0 𝑛3 = (−1, 1, 2)
⃗⃗⃗⃗
Como nenhum vetor é múltiplo um do outro, temos que nenhum plano é paralelo.
2𝑥 − 𝑦 + 3𝑧 = 5 (I)
{−5𝑥 + 3𝑦 − 4𝑧 = −6 (II)
−𝑥 + 𝑦 + 2𝑧 = 4 (III)
Analisando o determinante da matriz dos coeficientes:
2 −1 3
|−5 3 −4| = 0
−1 1 2
Como o determinante é nulo e os planos não são paralelos, temos que o sistema é possível
e indeterminado. Vamos encontrar a solução. Fazendo (𝐼) + (𝐼𝐼𝐼):
𝑥 + 5𝑧 = 9 ∴ 𝑥 = 9 − 5𝑧 (𝐼𝑉 )
Substituindo em (𝐼𝐼𝐼 ):
−(9 − 5𝑧) + 𝑦 + 2𝑧 = 4
𝑦 + 7𝑧 = 13 ∴ 𝑦 = 13 − 7𝑧 (𝑉 )
Substituindo (𝐼𝑉) e (𝑉 ) em (𝐼𝐼):
−5(9 − 5𝑧) + 3(13 − 7𝑧) − 4𝑧 = −6
−45 + 25𝑧 + 39 − 21𝑧 − 4𝑧 = −6
−6 = −6 𝑂𝐾!

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 120


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Portanto, os pontos (9 − 5𝑧, 13 − 7𝑧, 𝑧) satisfazem ao sistema e esses pontos denotam


uma reta. Logo, a interseção dos planos é uma única reta.
Gabarito: D
70. (EN/2023)

Suponha que duas aeronaves da Marinha do Brasil, F1 e F2, estejam percorrendo as trajetórias
𝟑𝒙 − 𝟐𝒛 − 𝟑 = 𝟎
dadas pelas retas 𝒓: 𝑿 = (−𝟏, 𝟐, 𝟎) + 𝜷(𝟏, 𝟑, 𝟏) e 𝑺: { , respectivamente. É correto
𝒚−𝒛−𝟐 =𝟎
afirmar que a distância entre essas retas é igual a:
𝟕√𝟕
a) 𝟏𝟐
𝟔
b)
√𝟐𝟑
𝟔√𝟐𝟏
c) 𝟕
𝟏𝟐
d)
√𝟒𝟔
𝟒√𝟐𝟏
e) 𝟖

Comentários
Encontrando os vetores diretores e os pontos das retas:
𝑃 = (−1,2,0)
𝑟: 𝑋 = (−1,2,0) + 𝛽 (1,3,1) ⇒ {
𝑣 = (1,3,1)
2 2
𝑥= 𝑧+1=1+ 𝛼 2 𝑄 = (1,2,0)
𝑆: { 3 3 ⇒ 𝑋 = (1,2,0) + 𝛼 ( , 1,1) ⇒ { 2
𝑦 =𝑧+2=2+𝛼 3 𝑤⃗⃗ = ( , 1,1)
𝑧=𝛼 3
A distância é dada por:
⃗⃗⃗⃗⃗ ⋅ (𝑤
|𝑃𝑄 ⃗⃗ 𝑥 𝑣 )|
𝑑=
|𝑤
⃗⃗ 𝑥 𝑣 |
⃗⃗⃗⃗⃗
𝑃𝑄 = 𝑄 − 𝑃 = (1, 2, 0) − (−1, 2,0) = (2, 0, 0)
î 𝑗̂ 𝑘̂
1 1
⃗⃗ 𝑥 𝑣 = |2
𝑤 1 1 | = −2𝑖 + 𝑗 + 𝑘 = (−2, , 1)
3 3 3
1 3 1
1
|(2, 0, 0) ⋅ (−2, , 1)| |4| 4 12
𝑑= 3 = = =
1 √46 √46
|(−2, , 1)|
3 √4 + 1 + 1
9 3
Gabarito: D

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 121


Prof. Victor So

71. (EN/2023)

Seja o cubo ABCDEFG de aresta 2 cm e I, J e K pontos médios das arestas EH, DH e AB,
respectivamente.

O volume da pirâmide GIJK, em 𝒄𝒎𝟑 , é igual a:


𝟕
a) 𝟔
𝟑
b) 𝟐
𝟓
c) 𝟒
𝟏𝟏
d) 𝟖
𝟏𝟑
e) 𝟏𝟐

Comentários
Inserindo o cubo no R3:

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 122


Prof. Victor So

As coordenadas dos pontos são:


𝐾 = (1, 0, 0)
𝐽 = (0, 2, 1)
𝐺 = (2, 2, 2)
𝐼 = (0, 1, 2)
⃗ = 𝐾𝐽 = 𝐽 − 𝐾 = (−1, 2, 1)
𝑢
𝑣 = 𝐾𝐺 = 𝐺 − 𝐾 = (1, 2, 2)
⃗⃗ = 𝐾𝐼 = 𝐼 − 𝐾 = (−1, 1, 2)
𝑤
O volume é dado por:

1 1 −1 2 1 1 7
𝑉= |( 𝑢
⃗ , 𝑣, 𝑤 )|
⃗⃗ = || 1 2 2|| = |−7| =
6 6 6 6
−1 1 2
Gabarito: A

5. Questões Nível 3
72. (Estratégia Militares – Prof. Victor So)
⃗⃗ = (−𝟐, 𝟒, 𝟓) o vetor normal ao plano 𝜶 que contém o ponto 𝑨(𝟓/𝟐, 𝟎, −𝟐), e 𝑩(−𝟑, 𝟏, 𝟒) um
Seja 𝒏
ponto fora do plano. Determine produto das coordenadas do ponto simétrico de 𝑩 em relação ao
plano 𝜶.
a) 𝟒𝟐
b) −𝟑𝟓

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 123


Prof. Victor So

c) 𝟑𝟎
d) 𝟑𝟓
e) −𝟏𝟓

73. (Estratégia Militares - Prof. Victor So)


⃗⃑ = (𝒃, 𝒃, 𝒃), 𝒗
Um paralelepípedo formado pelos vetores 𝒖 ⃗⃑ = (𝟐𝒃, 𝟐𝒃, 𝟑𝒃) e 𝒘
⃗⃗⃗⃑ = (𝟐𝒃, 𝒃, 𝒃) com 𝒃 ∈
ℝ tem volume igual a 𝟐𝟕. Determine o valor de 𝒃.
a) 𝟏
b) 𝟐
𝟑
c) 𝟐
d) 𝟑
𝟓
e) 𝟐

74. (Estratégia Militares - Prof. Victor So)


A imagem de 𝒇: ℝ → ℝ, dada por 𝒇(𝒙) = 𝟐 𝐜𝐨𝐬𝟐 (𝒙) + 𝒔𝒆𝒏(𝟐𝒙) − 𝟏, é [𝒂, 𝒃]. Seja 𝝅 o plano que
⃗ = (𝟎, 𝟏, 𝟎) e 𝒗
passa pelo ponto 𝑨(𝟗, −𝟏, 𝟎) e é paralelo aos vetores 𝒖 ⃗ = (𝟏, 𝟏, 𝟏). Calcule a menor
𝒃
distância do ponto 𝑷 (𝒂 , 𝒂, 𝟑) ao plano 𝝅 e assinale a opção correta.
a) 𝟕√𝟐
b) 𝟓√𝟐
𝟗√𝟑
c) 𝟒
𝟏𝟑√𝟐
d) 𝟐
e) 𝟒√𝟑

75. (Estratégia Militares - Prof. Victor So)


O plano 𝝅𝟏 passa pela interseção dos planos 𝝅𝟐 : 𝒙 + 𝟑𝒚 + 𝟔𝒛 − 𝟖 = 𝟎 e 𝝅𝟑 : 𝒙 − 𝒚 + 𝟐𝒛 + 𝟏𝟔 = 𝟎.
Sendo 𝝅𝟏 paralelo ao eixo 𝒚, pode-se afirmar que o menor ângulo que 𝝅𝟏 faz com o plano 𝝅𝟒 : −
𝟐𝒙 + 𝟐𝒚 + 𝒛 − 𝟔 = 𝟎 vale:
√𝟏𝟎
a) 𝐚𝐫𝐜𝐜𝐨𝐬 ( )
𝟑𝟎
√𝟓
b) 𝐚𝐫𝐜𝐜𝐨𝐬 ( 𝟑 )
√𝟏𝟎
c) 𝐚𝐫𝐜𝐬𝐞𝐧 ( )
𝟏𝟎
𝟏
d) 𝐚𝐫𝐜𝐜𝐨𝐬 ( 𝟐√𝟏𝟎)
√𝟏𝟎
e) 𝐚𝐫𝐜𝐜𝐨𝐬 ( )
𝟒𝟎

76. (Estratégia Militares – Prof. Victor So)


Dado os pontos 𝑨, 𝑩 𝒆 𝑪 e as constantes 𝜶, 𝜷 𝒆 𝜸 tais que
𝑨 = (−𝟏, 𝟐, 𝟏), 𝑩 = (𝟎, 𝟐, −𝟑), 𝑪 = (𝟏, 𝟐, −𝟏)

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 124


Prof. Victor So

𝜶 = −𝟐, 𝜷 = 𝟐, 𝜸 = 𝟑
⃗⃗⃗⃗⃗⃗ , 𝒗
⃗ = 𝑪𝑩
𝒖 ⃗⃗⃗⃗⃗ , 𝒘
⃗ = 𝑨𝑪 ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
⃗⃗⃗ = 𝑩𝑨
Encontre o vetor 𝜶𝒖 ⃗ + 𝜷𝒗 ⃗ + 𝜸𝒘
⃗⃗⃗
a) (−𝟏, 𝟎, 𝟒)
b) (𝟐, 𝟎, −𝟐)
c) (−𝟏, 𝟎, 𝟒)
d) (𝟑, 𝟎, 𝟏𝟐)
e) (𝟐, 𝟎, 𝟒)

77. (Estratégia Militares - Prof. Victor So)


Um plano 𝜹 definido pela equação geral 𝟏𝟎𝒙 − 𝟒𝒚 + 𝟖𝒛 = 𝟒𝟎 forma, juntamente com os planos
coordenados, uma pirâmide. Calcule o valor do volume total da pirâmide.
a) 𝟐𝟎 u.v.
b) 𝟏𝟎𝟎 u.v.
𝟐𝟎
c) 𝟑 u.v.
𝟏𝟎𝟎
d) u.v.
𝟑
e) 𝟒𝟎 u.v.

78. (Estratégia Militares 2020 - Prof. Victor So)


Dadas, no espaço, as coordenadas de três vértices consecutivos 𝑨(𝒙𝑨 , 𝒚𝑨 , 𝒛𝑨 ), 𝑩(𝒙𝑩 , 𝒚𝑩 , 𝒛𝑩 ) e
𝑪(𝒙𝑪 , 𝒚𝑪 , 𝒛𝑪 ) de um paralelogramo 𝑨𝑩𝑪𝑫. Seja 𝑫(𝒙𝑫 , 𝒚𝑫 , 𝒛𝑫 ) as coordenadas do quarto vértice, a
coordenada 𝒚𝑫 vale
a. 𝒚𝑫 = 𝒚𝑨 + 𝒚𝑩 + 𝒚𝑪
b. 𝒚𝑫 = 𝒚𝑨 − 𝒚𝑩 + 𝒚𝑪
𝒚 +𝒚 +𝒚
c. 𝒚𝑫 = 𝑨 𝟑𝑩 𝑪
d. 𝒚𝑫 = −𝒚𝑩 + 𝒚𝑪
e. 𝒚𝑫 = 𝒚𝑨 − 𝒚𝑩

79. (Estratégia Militares - Prof. Victor So)


Um círculo, contido no plano 𝒙 − 𝟑𝒚 + 𝟔 = 𝟎, de centro (𝟑, 𝟑, 𝟑) e raio 2, é projetado
ortogonalmente no plano 𝒚 = 𝟎, formando uma figura plana de área, em unidades de área, igual a:
𝟔𝝅
a) 𝟓 √𝟐
𝟑𝝅
b) √𝟏𝟎
𝟓
𝟔𝝅
c) √𝟏𝟎
𝟓
𝟕𝝅
d) √𝟓
𝟓
𝟔𝝅
e)
𝟓

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 125


Prof. Victor So

80. (Estratégia Militares 2022 – Inédita – Prof. Victor So)


Sejam 𝑨 = (𝟐, 𝟑, 𝟏), 𝑩 = (𝟒, 𝟓, 𝟐) e 𝑪 = (𝟑, 𝟔, 𝟓) pontos no espaço. Determine a equação do plano
que passa por esses três pontos.
a) 𝟐𝒙 + 𝟑𝒚 − 𝟕𝒛 + 𝟗 = 𝟎
b) 𝟓𝒙 − 𝟕𝒚 + 𝟒𝒛 + 𝟕 = 𝟎
c) 𝟒𝒙 + 𝟗𝒚 + 𝟒𝒛 + 𝟐𝟓 = 𝟎
d) 𝒙 + 𝒚 + 𝒛 + 𝟑 = 𝟎
e) −𝟐𝒙 + 𝟑𝒚 + 𝟓𝒛 + 𝟕 = 𝟎

81. (Estratégia Militares 2021 – Inédita – Prof. Victor So)


Duas barras estão dispostas no espaço, sendo representadas vetorialmente por 𝒖 ⃗ = (𝟏, −𝟐, 𝟏) e
⃗ = (𝟐, −𝟏, 𝟒). Considerando o plano formado por esses vetores, o ângulo agudo 𝜶 entre eles é tal
𝒗
que:
𝟑𝟏√𝟕
a) 𝐜𝐨𝐬 𝜶 = 𝟑
√𝟐𝟏𝟕
b) 𝒔𝒆𝒏 𝜶 = 𝟐𝟏
𝟒
c) 𝐜𝐨𝐬 𝜶 = 𝟑⋅√𝟏𝟒
√𝟑𝟏
d) 𝒕𝒈 𝜶 = 𝟓
𝟐√𝟑𝟏
e) 𝐬𝐞𝐧 𝜶 = 𝟐𝟕

82. (Estratégia Militares - Prof. Victor So)


𝒙 𝟏 −𝟓 𝒙 𝟎 𝟏
𝟑
Sejam as retas do ℝ , 𝒓𝟏 : (𝒚) = (𝟐) + 𝝀 ( 𝟎 ) , 𝝀 ∈ ℝ e 𝒓𝟐 : (𝒚) = ( 𝟔 ) + 𝝁 (−𝟒) , 𝝁 ∈ ℝ. Se
𝒛 𝟑 𝟐 𝒛 −𝟐 𝟓
𝜶 é o plano definido por essas retas, então a interseção de 𝜶 com o eixo 𝒚 acontece para o valor de
𝒚 igual a:
𝟏𝟐𝟐
a) 𝟐𝟕
b) 𝟑
𝟏𝟑𝟑
c) 𝟐𝟓
𝟕
d) 𝟐
e) 𝟔

83. (Estratégia Militares - Prof. Victor So)


Sejam 𝝅𝟏 e 𝝅𝟐 dois planos cujas equações vetoriais são dadas respectivamente por 𝑿 = (𝟎, 𝟏, 𝟎) +
𝝁(𝟏, −𝟏, 𝟎) + 𝜼(𝟎, 𝟐, 𝟏) e 𝒀 = (−𝟏, 𝟎, −𝟏) + 𝜷(𝟎, 𝟏, 𝟐) + 𝜶(𝟏, 𝟎, −𝟏), com 𝝁, 𝜼, 𝜷 e 𝜶 números
reais. Dessa forma, assinale a alternativa contendo a equação da reta que é a interseção desses
planos:

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 126


Prof. Victor So

a) (𝟒, 𝟏, 𝟎) + 𝒌(−𝟐, 𝟏, 𝟏), 𝒌 ∈ ℝ


b) (𝟎, 𝟏, 𝟎) + 𝒌(𝟏, 𝟏, 𝟏), 𝒌 ∈ ℝ
𝟏
c) (𝟎, 𝟏, 𝟏) + 𝒌 (𝟏, 𝟎, 𝟐) , 𝒌 ∈ ℝ
d) (𝟎, −𝟐, 𝟎) + 𝒌(𝟏, 𝟐, 𝟑), 𝒌 ∈ ℝ
e) (−𝟐, 𝟏, 𝟎) + 𝒌(𝟏, 𝟕, 𝟎), 𝒌 ∈ ℝ

84. (Estratégia Militares 2021 - Prof. Victor So)


Sejam as retas no ℝ𝟑 𝒓𝟏 : (𝒙, 𝒚, 𝒛) = (𝟐, 𝟔, −𝟑) + 𝝁(𝟏, −𝟑, 𝟎) e 𝒓𝟐 : (𝟏, 𝟐, −𝟒) + 𝜷(𝟏, 𝟒, 𝟏), sendo 𝜷
e 𝝁 ∈ ℝ. Dessa maneira, o plano 𝝅 definido por essas duas retas intersecta o eixo 𝒙 no valor de 𝒙
igual a:
a) −𝟏𝟐
b) −𝟐
c) 𝟏𝟗
d) 𝟏𝟏
e) 𝟑𝟕

85. (Estratégia Militares 2021 - Prof. Victor So)


Considere os planos 𝜶 e 𝜷 definidos por 𝜶: 𝟐𝒙 + 𝟐𝒚 − 𝟑𝒛 − 𝟏𝟐 = 𝟎 e 𝜷: 𝑿 = (𝟒, 𝟐, −𝟏) +
𝝀(𝟏, −𝟐, 𝟎) + 𝝁(𝟓, 𝟎, −𝟏), com 𝝀, 𝝁 ∈ ℝ. Se 𝑨 e 𝑩 são pontos distintos do espaço pertencentes a
ambos os planos, então a equação da reta 𝑨𝑩, para 𝒌 ∈ ℝ
a) 𝑿 = (𝟕, −𝟒, −𝟐) + 𝒌(𝟏𝟑, 𝟐𝟔, −𝟐)
b) 𝑿 = (𝟏𝟗, −𝟒, −𝟏) + 𝒌(𝟏𝟐, 𝟏𝟑, −𝟐)
c) 𝑿 = (𝟏𝟕, −𝟏𝟒, −𝟐) + 𝒌(𝟐𝟑, −𝟐𝟔, −𝟐)
d) 𝑿 = (𝟐𝟕, −𝟏, 𝟐) + 𝒌(𝟕, −𝟔, 𝟓)
e) 𝑿 = (𝟐, −𝟏𝟒, −𝟏𝟏) + 𝒌(𝟏𝟓, −𝟕, 𝟐𝟓)

86. (Estratégia Militares 2021 - Prof. Victor So)


Seja 𝑷 o ponto simétrico a 𝑿(𝟏, −𝟐, −𝟓) com relação ao plano 𝝅: − 𝟑𝒙 − 𝒚 + 𝟕𝒛 + 𝟑𝟑 = 𝟎. Se 𝑷 é
o ponto de tangência do plano 𝜶 com uma esfera de centro em 𝑶(𝟏, −𝟏, 𝟎), então a equação do
plano 𝜶 é:
a) 𝒙 + 𝟔𝒚 + 𝟓𝟑𝒛 + 𝟏𝟐𝟗 = 𝟎
b) 𝟖𝒙 + 𝟔𝟐𝒚 + 𝟐𝟓𝟏𝒛 + 𝟐𝟏𝟎𝟑 = 𝟎
c) 𝟐𝟑𝒙 + 𝟔𝟖𝒚 + 𝟑𝟏𝒛 + 𝟏𝟐𝟖𝟒 = 𝟎
d) 𝟏𝟖𝒙 + 𝟔𝟓𝒚 + 𝟐𝟓𝟑𝒛 + 𝟏𝟐𝟎𝟗 = 𝟎
e) 𝟓𝒙 + 𝟕𝒚 + 𝟐𝟑𝒛 + 𝟏𝟐𝟕 = 𝟎

87. (Estratégia Militares 2021 - Prof. Victor So)

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 127


Prof. Victor So

Considere os planos 𝜶 e 𝜷 definidos por 𝜶: 𝟐𝒙 + 𝟐𝒚 − 𝟑𝒛 − 𝟏𝟐 = 𝟎 e 𝜷: 𝑿 = (𝟒, 𝟐, −𝟏) +


𝝀(𝟏, −𝟐, 𝟎) + 𝝁(𝟓, 𝟎, −𝟏), com 𝝀, 𝝁 ∈ ℝ. O ângulo formado entre 𝜶 e 𝜷 é:
𝟐𝟏
a) 𝐚𝐫𝐜𝐬𝐞𝐧 ( )
√𝟏𝟏𝟖𝟓
𝟏𝟖
b) 𝐚𝐫𝐜𝐜𝐨𝐬 ( )
√𝟏𝟐𝟐𝟓
𝟐𝟒
c) 𝐚𝐫𝐜𝐭𝐠 ( )
√𝟏𝟕𝟖𝟓
𝟐𝟒
d) 𝐚𝐫𝐜𝐜𝐨𝐬 ( )
√𝟏𝟕𝟖𝟓
𝟒
e) 𝐚𝐫𝐜𝐬𝐞𝐧 ( )
√𝟔𝟐𝟓

Gabarito
72. a
73. d
74. d
75. a
76. d
77. d
78. b
79. c
80. b
81. b
82. a
83. b
84. d
85. c
86. d
87. d

Resolução
72. (Estratégia Militares – Prof. Victor So)
⃗⃗ = (−𝟐, 𝟒, 𝟓) o vetor normal ao plano 𝜶 que contém o ponto 𝑨(𝟓/𝟐, 𝟎, −𝟐), e 𝑩(−𝟑, 𝟏, 𝟒) um
Seja 𝒏
ponto fora do plano. Determine produto das coordenadas do ponto simétrico de 𝑩 em relação ao
plano 𝜶.
a) 𝟒𝟐
b) −𝟑𝟓
c) 𝟑𝟎
d) 𝟑𝟓
e) −𝟏𝟓

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 128


Prof. Victor So

Comentários
A equação da reta normal ao plano 𝛼 que passa por 𝐵 é:
𝑋 = 𝐵 + 𝜇𝑛⃗
(𝑥, 𝑦, 𝑧) = (−3, 1, 4) + 𝜇(−2, 4, 5)
(𝑥, 𝑦, 𝑧) = (−3 − 2𝜇, 1 + 4𝜇, 4 + 5𝜇)
Como 𝐴 pertence ao plano, temos que a equação geral de 𝛼 é dada por:
5
−2 (𝑥 − ) + 4(𝑦 − 0) + 5(𝑧 + 2) = 0
2
−2𝑥 + 4𝑦 + 5𝑧 + 15 = 0
Vamos determinar o ponto 𝑀 que é a intersecção da reta normal com o plano 𝛼:
(𝑥, 𝑦, 𝑧) = (−3 − 2𝜇, 1 + 4𝜇, 4 + 5𝜇)
{
−2𝑥 + 4𝑦 + 5𝑧 + 15 = 0
⇒ −2(−3 − 2𝜇) + 4(1 + 4𝜇) + 5(4 + 5𝜇) + 15 = 0
⇒ 45𝜇 + 45 = 0 ⇒ 𝜇 = −1
Portanto, 𝑀 é dado por:
𝑀 = (−3 − 2(−1), 1 + 4(−1), 4 + 5(−1)) = (−1, −3, −1)
Seja 𝐶 o ponto simétrico de B em relação ao plano 𝛼. Assim, temos:
𝐵𝑀 = ⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗ 𝑀𝐶
𝑀−𝐵 =𝐶−𝑀
⇒ 𝐶 = 2𝑀 − 𝐵 = 2 ⋅ (−1, −3, −1) − (−3, 1, 4)
𝐶 = (1, −7, −6)
O produto das coordenadas de 𝐶 é:
𝑃 = 1 ⋅ (−7) ⋅ (−6) = 42
Gabarito: A
73. (Estratégia Militares - Prof. Victor So)
⃗⃑ = (𝒃, 𝒃, 𝒃), 𝒗
Um paralelepípedo formado pelos vetores 𝒖 ⃗⃑ = (𝟐𝒃, 𝟐𝒃, 𝟑𝒃) e 𝒘
⃗⃗⃗⃑ = (𝟐𝒃, 𝒃, 𝒃) com 𝒃 ∈
ℝ tem volume igual a 𝟐𝟕. Determine o valor de 𝒃.
a) 𝟏
b) 𝟐
𝟑
c) 𝟐
d) 𝟑
𝟓
e) 𝟐

Comentários

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 129


Prof. Victor So

O volume de um paralelepípedo formado por três vetores é igual ao módulo do produto


misto entre esses vetores. O produto misto é definido como o produto escalar de um dos vetores
pelo produto vetorial dos outros dois. Lembrando que o módulo do produto misto pode ser
calculado pelo módulo do seguinte determinante:
𝑢𝑥 𝑢𝑦 𝑢𝑧
⃗⃗⃑)| = | 𝑣𝑥 𝑣𝑦 𝑣𝑧 |
⃗⃑ ⋅ (𝑣⃑ × 𝑤
|𝑢
𝑤𝑥 𝑤𝑦 𝑤𝑧
Onde 𝑢⃗⃑ = (𝑢𝑥 , 𝑢𝑦 , 𝑢𝑧 ), 𝑣
⃗⃑ = (𝑣𝑥 , 𝑣𝑦 , 𝑣𝑧 ) 𝑒 𝑤
⃗⃗⃗⃑ = (𝑤𝑥 , 𝑤𝑦 , 𝑤𝑧 ). Portanto, o volume do citado
paralelepípedo é:
𝑏 𝑏 𝑏 1 1 1 1 0 0
3 3
𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 = |2𝑏 2𝑏 3𝑏| = ⏟ 𝑏 ⋅ |2 2 3| =
⏟ 𝑏 ⋅ |2 0 1|
2𝑏 𝑏 𝑏 (∗) 2 1 1 (∗∗) 2 −1 −1
(∗): Colocando 𝑏 de cada linha da matriz em evidência
(∗∗): (𝐶2 ← 𝐶2 − 𝐶1) e (𝐶3 ← 𝐶3 − 𝐶1)
Aplicando o teorema de Laplace para determinantes na primeira linha:
0 1
𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 = 𝑏3 ⋅ 1 ⋅ (−1)1+1 ⋅ | | = 𝑏³
−1 −1
O enunciado afirma que o volume é igual a 27:
𝑏3 = 27 ⇒ 𝑏 = √27 ⇒ 𝑏 = 3
3

Gabarito: D
74. (Estratégia Militares - Prof. Victor So)
A imagem de 𝒇: ℝ → ℝ, dada por 𝒇(𝒙) = 𝟐 𝐜𝐨𝐬𝟐 (𝒙) + 𝒔𝒆𝒏(𝟐𝒙) − 𝟏, é [𝒂, 𝒃]. Seja 𝝅 o plano que
⃗ = (𝟎, 𝟏, 𝟎) e 𝒗
passa pelo ponto 𝑨(𝟗, −𝟏, 𝟎) e é paralelo aos vetores 𝒖 ⃗ = (𝟏, 𝟏, 𝟏). Calcule a menor
𝒃
distância do ponto 𝑷 (𝒂 , 𝒂, 𝟑) ao plano 𝝅 e assinale a opção correta.
a) 𝟕√𝟐
b) 𝟓√𝟐
𝟗√𝟑
c) 𝟒
𝟏𝟑√𝟐
d) 𝟐
e) 𝟒√𝟑
Comentários
Vamos calcular a imagem de 𝑓(𝑥), sabendo que cos(2𝑥) = 2𝑐𝑜𝑠2 𝑥 − 1
𝑓 (𝑥) = 2 cos2 (𝑥) + 𝑠𝑒𝑛(2𝑥) − 1 = cos(2𝑥) + 𝑠𝑒𝑛(2𝑥)
Multiplicando e dividindo por √2:

√2 √2
⇒ 𝑓(𝑥) = √2 ( cos(2𝑥) + 𝑠𝑒𝑛(2𝑥)) = √2 ⋅ cos(2𝑥 − 45°)
2 2

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 130


Prof. Victor So

−1 ≤ cos(2𝑥 − 45°) ≤ 1 ⇒ −√2 ≤ √2 ⋅ cos(2𝑥 − 45°) < √2


⇒ −√2 ≤ 𝑓(𝑥) < √2
Portanto, vemos que 𝐼𝑚(𝑓) = [−√2, √2]. Logo, 𝑎 = −√2 e 𝑏 = √2.
Agora, vamos calcular a equação do plano 𝜋. Se 𝑢
⃗ e𝑣⃗ são paralelos ao plano, então o vetor
⃗ ×𝑣
𝑢 ⃗ é normal ao plano, pois é normal aos dois vetores 𝑢
⃗ 𝑒𝑣⃗:

⃗ = 𝑗 × (𝑖 + 𝑗 + ⃗𝑘) = −𝑘
⃗ ×𝑣
𝑢 ⃗ + 𝑖 = (1,0, −1)

Assim, os pontos 𝑄 = (𝑥, 𝑦, 𝑧) do plano 𝜋 que passa por 𝐴 = (9, −1,0) devem obedecer à
seguinte relação:
[(𝑥, 𝑦, 𝑧) − (9, −1,0)] ⋅ (1,0, −1) = 0
O lado esquerdo do produto escalar acima representa um vetor de origem em 𝐴 indo até
o ponto genérico 𝑄. Esse vetor pertence ao plano e, portanto, seu produto escalar com um vetor
normal ao plano (𝑢
⃗ × 𝑣 ) deve ser nulo. Daí, abrindo a última equação:
𝑥−9−𝑧 =0
A equação acima é a do plano 𝜋 desejada. Queremos calcular a menor distância do ponto
𝑏
𝑃 = ( , 𝑎, 3) = (−1, −√2, 3) ao plano citado. Essa menor distância é dada pela fórmula da
𝑎
distância do ponto ao plano:
|𝑎𝑥0 + 𝑏𝑦0 + 𝑐𝑧0 + 𝑑 |
𝑑=
√𝑎2 + 𝑏2 + 𝑐 2
|𝑥0 − 9 − 𝑧0 | |−1 − 9 − 3| 13 13√2
𝑑= = = =
√12 + 12 + 0² √2 √2 2

Gabarito: D
75. (Estratégia Militares - Prof. Victor So)
O plano 𝝅𝟏 passa pela interseção dos planos 𝝅𝟐 : 𝒙 + 𝟑𝒚 + 𝟔𝒛 − 𝟖 = 𝟎 e 𝝅𝟑 : 𝒙 − 𝒚 + 𝟐𝒛 + 𝟏𝟔 = 𝟎.
Sendo 𝝅𝟏 paralelo ao eixo 𝒚, pode-se afirmar que o menor ângulo que 𝝅𝟏 faz com o plano 𝝅𝟒 : −
𝟐𝒙 + 𝟐𝒚 + 𝒛 − 𝟔 = 𝟎 vale:
√𝟏𝟎
a) 𝐚𝐫𝐜𝐜𝐨𝐬 ( )
𝟑𝟎
√𝟓
b) 𝐚𝐫𝐜𝐜𝐨𝐬 ( 𝟑 )
√𝟏𝟎
c) 𝐚𝐫𝐜𝐬𝐞𝐧 ( )
𝟏𝟎
𝟏
d) 𝐚𝐫𝐜𝐜𝐨𝐬 ( 𝟐√𝟏𝟎)
√𝟏𝟎
e) 𝐚𝐫𝐜𝐜𝐨𝐬 ( )
𝟒𝟎

Comentários
Calculando a interseção de 𝜋2 com 𝜋3 (uma reta):

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 131


Prof. Victor So

𝑥 + 3𝑦 + 6𝑧 − 8 = 0
{ ⇒ 4𝑦 + 4𝑧 − 24 = 0 ⇒ 𝑦 = 6 − 𝑧
𝑥 − 𝑦 + 2𝑧 + 16 = 0
⇒ 𝑥 − (6 − 𝑧) + 2𝑧 + 16 = 0 ⇒ 𝑥 = −10 − 3𝑧
Portanto, os pontos da interseção são 𝑋 tais que:
𝑋 = (𝑥, 𝑦, 𝑧) = (−10 − 3𝑧, 6 − 𝑧, 𝑧) = (−10, 6, 0) + 𝑧(−3, −1, 1)
Portanto, o vetor diretor dessa reta é (3, 1, −1) 𝑜𝑢 (−3, −1, 1), e pertence ao plano. Como
𝜋1 é paralelo ao eixo 𝑦, então o vetor diretor do eixo 𝑦 (0, 1, 0) é paralelo ao plano também.
Assim, podemos calcular um vetor normal a 𝜋1 pelo produto vetorial entre:

𝑛1 | = √12 + 32 = √10
𝑛1 = (3, 1, −1) × (0, 1, 0) = (1, 0, 3) ⇒ |⃗⃗⃗⃗
⃗⃗⃗⃗

Um vetor normal ao plano 𝜋4 : − 2𝑥 + 2𝑦 + 𝑧 − 6 = 0 é ⃗⃗⃗⃗


𝑛2 = (−2, 2, 1) ⇒ |⃗⃗⃗⃗
𝑛2 | = √9 = 3.
Fazendo o produto escalar entre esses vetores normais:
𝑛1 ⋅ ⃗⃗⃗⃗
⃗⃗⃗⃗ 𝑛2 = |⃗⃗⃗⃗ 𝑛2 | cos 𝜃 ⇒ (1, 0, 3) ⋅ (−2, 2, 1) = 3√10 cos 𝜃
𝑛1 ||⃗⃗⃗⃗
−2 + 3 1
⇒ cos 𝜃 = =
3√10 3√10
Portanto, o menor ângulo entre esses planos é:
1 √10
𝜃 = arccos ( ) = arccos ( )
3√10 30
Gabarito: A
76. (Estratégia Militares – Prof. Victor So)
Dado os pontos 𝑨, 𝑩 𝒆 𝑪 e as constantes 𝜶, 𝜷 𝒆 𝜸 tais que
𝑨 = (−𝟏, 𝟐, 𝟏), 𝑩 = (𝟎, 𝟐, −𝟑), 𝑪 = (𝟏, 𝟐, −𝟏)
𝜶 = −𝟐, 𝜷 = 𝟐, 𝜸 = 𝟑
⃗⃗⃗⃗⃗⃗ , 𝒗
⃗ = 𝑪𝑩
𝒖 ⃗⃗⃗⃗⃗ , 𝒘
⃗ = 𝑨𝑪 ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
⃗⃗⃗ = 𝑩𝑨
⃗ + 𝜷𝒗
Encontre o vetor 𝜶𝒖 ⃗ + 𝜸𝒘
⃗⃗⃗
a) (−𝟏, 𝟎, 𝟒)
b) (𝟐, 𝟎, −𝟐)
c) (−𝟏, 𝟎, 𝟒)
d) (𝟑, 𝟎, 𝟏𝟐)
e) (𝟐, 𝟎, 𝟒)
Comentários
Primeiramente, devemos descobrir os vetores
⃗ = (−1, 0, −2)
𝑢
⃗ = (2, 0, −2)
𝑣
⃗⃗⃗ = (−1, 0, 4)
𝑤

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 132


Prof. Victor So

⃗ + 𝜷𝒗
Assim, 𝜶𝒖 ⃗⃗⃗ = (𝟐, 𝟎, 𝟒) + (𝟒, 𝟎, −𝟒) + (−𝟑, 𝟎, 𝟏𝟐) = (𝟑, 𝟎, 𝟏𝟐)
⃗ + 𝜸𝒘
Gabarito: D
77. (Estratégia Militares - Prof. Victor So)
Um plano 𝜹 definido pela equação geral 𝟏𝟎𝒙 − 𝟒𝒚 + 𝟖𝒛 = 𝟒𝟎 forma, juntamente com os planos
coordenados, uma pirâmide. Calcule o valor do volume total da pirâmide.
a) 𝟐𝟎 u.v.
b) 𝟏𝟎𝟎 u.v.
𝟐𝟎
c) 𝟑 u.v.
𝟏𝟎𝟎
d) u.v.
𝟑
e) 𝟒𝟎 u.v.
Comentários
Para calcularmos o volume total da pirâmide precisamos primeiro localizá-la bem no
espaço. Como o plano forma a pirâmide com os planos coordenados, isto é, os planos 𝑥𝑦, 𝑥𝑧 𝑒 𝑦𝑧,
basta sabermos em que pontos o plano corta os eixos coordenados para construirmos a pirâmide.
Para 𝑥 = 0 e 𝑦 = 0 ⇒ 4𝑧 = 20 ⇒ 𝑧 = 5 ⇒ o plano corta o eixo 𝑧 no ponto 𝐴 = (0,0,5)
Para 𝑥 = 0 e 𝑧 = 0 ⇒ −2𝑦 = 20 ⇒ 𝑦 = −10 ⇒ o plano corta o eixo 𝑦 no ponto 𝐶 =
(0, −10,0)
Para 𝑦 = 0 e 𝑧 = 0 ⇒ 5𝑥 = 20 ⇒ 𝑥 = 4 ⇒ o plano corta o eixo 𝑥 no ponto 𝐵 = (4,0,0).
Sendo assim, podemos construir nossa pirâmide:

Eixo 𝑥, 𝑦 𝑒 𝑧 em vermelho, verde e azul, respectivamente, em sentido crescente na direção da


seta

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 133


Prof. Victor So

Dessa maneira, para calcular o volume da pirâmide, precisamos saber a área da base e o
valor da altura relativa a esta base. Pelo desenho, podemos escolher a base 𝐶𝐷𝐵, que é um
triângulo retângulo em D. Além disso, a altura da pirâmide relativa a esta base já está calculada,
e é igual a coordenada 𝑧 do ponto 𝐴 (𝑧𝐴 = 5). Portanto:
10
Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑠𝑒 = [𝐶𝐷𝐵 ] = 4 ⋅
= 20
2
1 1 100
⇒ 𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 = ⋅ Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑠𝑒 ⋅ 𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 = ⋅ 20 ⋅ 5 = 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠 𝑑𝑒 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒
3 3 3
Gabarito: D
78. (Estratégia Militares 2020 - Prof. Victor So)
Dadas, no espaço, as coordenadas de três vértices consecutivos 𝑨(𝒙𝑨 , 𝒚𝑨 , 𝒛𝑨 ), 𝑩(𝒙𝑩 , 𝒚𝑩 , 𝒛𝑩 ) e
𝑪(𝒙𝑪 , 𝒚𝑪 , 𝒛𝑪 ) de um paralelogramo 𝑨𝑩𝑪𝑫. Seja 𝑫(𝒙𝑫 , 𝒚𝑫 , 𝒛𝑫 ) as coordenadas do quarto vértice, a
coordenada 𝒚𝑫 vale
a. 𝒚𝑫 = 𝒚𝑨 + 𝒚𝑩 + 𝒚𝑪
b. 𝒚𝑫 = 𝒚𝑨 − 𝒚𝑩 + 𝒚𝑪
𝒚 +𝒚 +𝒚
c. 𝒚𝑫 = 𝑨 𝟑𝑩 𝑪
d. 𝒚𝑫 = −𝒚𝑩 + 𝒚𝑪
e. 𝒚𝑫 = 𝒚𝑨 − 𝒚𝑩
Comentários
Seja 𝐴𝐵𝐶𝐷 o paralelogramo pedido

Assim
⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝐵 + ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝐷 = ⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝐶
Lembre-se que
⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝐵 = (𝑥𝐵 − 𝑥𝐴 , 𝑦𝐵 − 𝑦𝐴 , 𝑧𝐵 − 𝑧𝐴 )
⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝐷 = (𝑥𝐷 − 𝑥𝐴 , 𝑦𝐷 − 𝑦𝐴 , 𝑧𝐷 − 𝑧𝐴 )
⃗⃗⃗⃗⃗ = (𝑥𝐶 − 𝑥𝐴 , 𝑦 − 𝑦 , 𝑧𝐶 − 𝑧𝐴 )
𝐴𝐶 𝐶 𝐴

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 134


Prof. Victor So

Logo,
(𝑥𝐵 − 𝑥𝐴 , 𝑦𝐵 − 𝑦𝐴 , 𝑧𝐵 − 𝑧𝐴 ) + (𝑥𝐷 − 𝑥𝐴 , 𝑦𝐷 − 𝑦𝐴 , 𝑧𝐷 − 𝑧𝐴 ) = (𝑥𝐶 − 𝑥𝐴 , 𝑦𝐶 − 𝑦𝐴 , 𝑧𝐶 − 𝑧𝐴 )
𝑥𝐷 = 𝑥𝐴 − 𝑥𝐵 + 𝑥𝐶
𝐷 → {𝑦𝐷 = 𝑦𝐴 − 𝑦𝐵 + 𝑦𝐶
𝑧𝐷 = 𝑧𝐴 − 𝑧𝐵 + 𝑧𝐶
Gabarito: B
79. (Estratégia Militares - Prof. Victor So)
Um círculo, contido no plano 𝒙 − 𝟑𝒚 + 𝟔 = 𝟎, de centro (𝟑, 𝟑, 𝟑) e raio 2, é projetado
ortogonalmente no plano 𝒚 = 𝟎, formando uma figura plana de área, em unidades de área, igual a:
𝟔𝝅
a) 𝟓 √𝟐
𝟑𝝅
b) √𝟏𝟎
𝟓
𝟔𝝅
c) √𝟏𝟎
𝟓
𝟕𝝅
d) 𝟓
√𝟓
𝟔𝝅
e) 𝟓

Comentários
Se estamos interessados em um círculo de raio 2 que está contido num plano, então os
pontos pertencentes a este círculo precisam pertencer tanto à equação da esfera de raio 2 e de
centro (3,3,3) quanto à do plano dado:
2
(𝑥 − 𝑥0 )2 + (𝑦 − 𝑦0 ) + (𝑧 − 𝑧0 )2 = 22 = 4
{
𝑥 − 3𝑦 + 6 = 0
Substituindo o centro (𝑥0 , 𝑦0 , 𝑧0 ) = (3,3,3):
( 𝑥 − 3) 2 + ( 𝑦 − 3) 2 + ( 𝑧 − 3) 2 = 22 = 4
{
𝑥 − 3𝑦 + 6 = 0
Da equação do plano:
𝑥−3
𝑥 − 3𝑦 + 6 = 0 ⇒ 𝑥 = 3(𝑦 − 2) ⇒ 𝑥 − 3 = 3(𝑦 − 3) ⇒ =𝑦−3
3
Substituindo na equação da esfera:
2
𝑥−3
(𝑥 − 3) 2 +( ) + ( 𝑧 − 3) 2 = 4
3
10 2 2
(𝑥 − 3)2 (𝑧 − 3)2
⇒ ( ) (
𝑥−3 + 𝑧−3 =4⇒ ) + =1
9 18 4
5
Portanto, vemos que a expressão dada é exatamente a projeção do círculo no plano 𝑦 =
0, pois é a curva no plano 𝑦 = 0 que os pontos desse círculo descrevem. Essa curva representa

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 135


Prof. Victor So

uma elipse de semieixo maior 𝑎 = √4 = 2 e semieixo menor 𝑏 = √18/5. Portanto, sabemos que
a área de uma elipse em função de seus semieixos é dada por:

18 6𝜋
Á𝑟𝑒𝑎𝑒𝑙𝑖𝑝𝑠𝑒 = 𝜋 ⋅ 𝑎 ⋅ 𝑏 = 𝜋 ⋅ 2 ⋅ √ = √10
5 5
Gabarito: C
80. (Estratégia Militares 2022 – Inédita – Prof. Victor So)
Sejam 𝑨 = (𝟐, 𝟑, 𝟏), 𝑩 = (𝟒, 𝟓, 𝟐) e 𝑪 = (𝟑, 𝟔, 𝟓) pontos no espaço. Determine a equação do plano
que passa por esses três pontos.
a) 𝟐𝒙 + 𝟑𝒚 − 𝟕𝒛 + 𝟗 = 𝟎
b) 𝟓𝒙 − 𝟕𝒚 + 𝟒𝒛 + 𝟕 = 𝟎
c) 𝟒𝒙 + 𝟗𝒚 + 𝟒𝒛 + 𝟐𝟓 = 𝟎
d) 𝒙 + 𝒚 + 𝒛 + 𝟑 = 𝟎
e) −𝟐𝒙 + 𝟑𝒚 + 𝟓𝒛 + 𝟕 = 𝟎
Comentários
Para determinarmos a equação geral do plano, precisamos do vetor normal ao plano.
Podemos calculá-lo usando os pontos do plano para determinar dois vetores paralelos ao plano e
não colineares dessa forma:
⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝐵 = (4 − 2,5 − 3,2 − 1) = (2, 2, 1)
⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝐶 = (3 − 2,6 − 3,5 − 1) = (1, 3, 4)
Com esses vetores, basta fazer o produto vetorial para encontrar o vetor normal:
𝑖̂ 𝑗̂ ̂
𝑘
⃗⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗ ̂ = (5, −7, 4)
⃗ = 𝐴𝐵 𝑥 𝐴𝐶 = |2
𝑛 2 1| = (8 − 3)𝑖̂ + (1 − 8)𝑗̂ + (6 − 2)𝑘
1 3 4
Assim, usando o ponto A, a equação geral do plano é:
5(𝑥 − 2) − 7(𝑦 − 3) + 4(𝑧 − 1) = 0
5𝑥 − 7𝑦 + 4𝑧 − 10 + 21 − 4 = 0
5𝑥 − 7𝑦 + 4𝑧 + 7 = 0
Gabarito: B
81. (Estratégia Militares 2021 – Inédita – Prof. Victor So)
Duas barras estão dispostas no espaço, sendo representadas vetorialmente por ⃗𝒖 = (𝟏, −𝟐, 𝟏) e
⃗ = (𝟐, −𝟏, 𝟒). Considerando o plano formado por esses vetores, o ângulo agudo 𝜶 entre eles é tal
𝒗
que:
𝟑𝟏√𝟕
a) 𝐜𝐨𝐬 𝜶 = 𝟑
√𝟐𝟏𝟕
b) 𝒔𝒆𝒏 𝜶 =
𝟐𝟏

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 136


Prof. Victor So

𝟒
c) 𝐜𝐨𝐬 𝜶 = 𝟑⋅√𝟏𝟒
√𝟑𝟏
d) 𝒕𝒈 𝜶 = 𝟓
𝟐√𝟑𝟏
e) 𝐬𝐞𝐧 𝜶 = 𝟐𝟕

Comentários
Podemos encontrar informações sobre o ângulo agudo entre os vetores por meio do
produto escalar feito de duas maneiras:
⃗ ⋅𝑣
𝑢 ⃗ = 1 ⋅ 2 + (−2) ⋅ (−1) + 1 ⋅ 4 = 2 + 2 + 4 = 8
⃗ ⋅𝑣
𝑢 ⃗ = |𝑢
⃗ | ⋅ |𝑣
⃗ | ⋅ cos 𝛼
Calculando os módulos dos vetores:

⃗ | = √12 + 22 + 12 = √6
⃗ = (1, −2, 1) ⇒ |𝑢
𝑢

⃗ | = √22 + 12 + 42 = √21
⃗ = (2, −1, 4) ⇒ |𝑣
𝑣

𝑢
⃗ ⋅𝑣 8 8
⇒ cos 𝛼 = = ⇒ cos 𝛼 =
|𝑢
⃗ | ⋅ |𝑣 | √6 ⋅ √21 3 ⋅ √14
Calculando, portanto, o valor do seno:
64 62 31
𝑠𝑒𝑛2 𝛼 = 1 − cos2 𝛼 = 1 − = =
126 126 63
√31 √217
⇒ 𝑠𝑒𝑛 𝛼 = =
3√7 21
Gabarito: B
82. (Estratégia Militares - Prof. Victor So)
𝒙 𝟏 −𝟓 𝒙 𝟎 𝟏
Sejam as retas do ℝ𝟑 , 𝒓𝟏 : (𝒚) = (𝟐) + 𝝀 ( 𝟎 ) , 𝝀 ∈ ℝ e 𝒓𝟐 : (𝒚) = ( 𝟔 ) + 𝝁 (−𝟒) , 𝝁 ∈ ℝ. Se
𝒛 𝟑 𝟐 𝒛 −𝟐 𝟓
𝜶 é o plano definido por essas retas, então a interseção de 𝜶 com o eixo 𝒚 acontece para o valor de
𝒚 igual a:
𝟏𝟐𝟐
a) 𝟐𝟕
b) 𝟑
𝟏𝟑𝟑
c) 𝟐𝟓
𝟕
d) 𝟐
e) 𝟔
Comentários
Se essas retas formam um plano, então elas são concorrentes. De fato, por inspeção, basta
colocar 𝜆 = 0, 𝜇 = 1 que veremos que o ponto de interseção das retas é (𝑥, 𝑦, 𝑧) = (1, 2, 3). Daí,

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 137


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para calcular um vetor 𝑛 ⃗ normal a esse plano, basta fazermos o produto vetorial dos vetores
−5 1
diretores das retas: ( 0 ) 𝑒 (−4) :
2 5
𝑖̂ 𝑗̂ ̂
𝑘
0 2 −5 2 ̂ ⋅ |−5 0 |
⃗ = (−5, 0, 2) × (1, −4, 5) = |−5 0
𝑛 2| = 𝑖̂ ⋅ |−4 5| − 𝑗̂ ⋅ | 1 5| + 𝑘 1 −4
1 −4 5
⇒ 𝑛⃗ = 8𝑖̂ + 27𝑗̂ + 20𝑘̂ = (8, 27, 20)
Portanto, a equação do plano pode ser escrita em função de um vetor normal a ele (𝑎, 𝑏, 𝑐)
da seguinte forma:
𝑎𝑥 + 𝑏𝑦 + 𝑐𝑧 + 𝑑 = 0
No nosso caso, como (𝑎, 𝑏, 𝑐) = (8, 27, 20), então:
𝛼: 8𝑥 + 27𝑦 + 20𝑧 + 𝑑 = 0
Como o ponto (1, 2, 3) pertence ao plano:
8 + 27 ⋅ 2 + 20 ⋅ 3 + 𝑑 = 0 ⇒ 𝑑 = −122
Portanto, a equação do plano é 𝛼: 8𝑥 + 27𝑦 + 20𝑧 − 122 = 0. Para interseção com eixo
𝑦, zeramos as coordenadas 𝑧 e 𝑥:
122
27𝑦 = 122 ⇒ 𝑦 =
27
Gabarito: A
83. (Estratégia Militares - Prof. Victor So)
Sejam 𝝅𝟏 e 𝝅𝟐 dois planos cujas equações vetoriais são dadas respectivamente por 𝑿 = (𝟎, 𝟏, 𝟎) +
𝝁(𝟏, −𝟏, 𝟎) + 𝜼(𝟎, 𝟐, 𝟏) e 𝒀 = (−𝟏, 𝟎, −𝟏) + 𝜷(𝟎, 𝟏, 𝟐) + 𝜶(𝟏, 𝟎, −𝟏), com 𝝁, 𝜼, 𝜷 e 𝜶 números
reais. Dessa forma, assinale a alternativa contendo a equação da reta que é a interseção desses
planos:
a) (𝟒, 𝟏, 𝟎) + 𝒌(−𝟐, 𝟏, 𝟏), 𝒌 ∈ ℝ
b) (𝟎, 𝟏, 𝟎) + 𝒌(𝟏, 𝟏, 𝟏), 𝒌 ∈ ℝ
𝟏
c) (𝟎, 𝟏, 𝟏) + 𝒌 (𝟏, 𝟎, 𝟐) , 𝒌 ∈ ℝ
d) (𝟎, −𝟐, 𝟎) + 𝒌(𝟏, 𝟐, 𝟑), 𝒌 ∈ ℝ
e) (−𝟐, 𝟏, 𝟎) + 𝒌(𝟏, 𝟕, 𝟎), 𝒌 ∈ ℝ
Comentários
𝑛1 normal ao plano 𝜋1 pode ser achado fazendo o produto vetorial dos vetores
O vetor ⃗⃗⃗⃗
(0, 2, 1) e (1, −1, 0) contidos nesse plano. Daí:

𝑖̂ 𝑗̂ ̂
𝑘 2 1 0 1 ̂ ⋅ |0 2 | = 𝑖̂ + 𝑗̂ − 2𝑘
̂ = (1, 1, −2)
⃗⃗⃗⃗1 = |0 2
𝑛 1| = 𝑖̂ ⋅ |−1 0| − 𝑗̂ ⋅ |1 0| + 𝑘 1 −1
1 −1 0

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 138


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𝑛2 normal ao plano 𝜋2 pode ser encontrado de maneira análoga:


O vetor ⃗⃗⃗⃗
̂
𝑖̂ 𝑗̂ 𝑘
⃗⃗⃗⃗2 = |0 1 2 | = 𝑖̂ ⋅ |1 2 | − 𝑗̂ ⋅ |0 2 | + 𝑘
𝑛 ̂ ⋅ |0 1| = −𝑖̂ + 2𝑗̂ − 𝑘
̂ = (−1, 2, −1)
0 −1 1 −1 1 0
1 0 −1
Portanto, um vetor diretor da reta que é interseção desses planos pode ser calculado
𝑛1 × ⃗⃗⃗⃗
fazendo o produto vetorial ⃗⃗⃗⃗ 𝑛2 :
𝑖̂ ̂
𝑗̂ 𝑘
𝑛2 = | 1 1 −2| = 𝑖̂ ⋅ |1 −2| − 𝑗̂ ⋅ | 1 −2| + 𝑘
𝑛1 × ⃗⃗⃗⃗
⃗⃗⃗⃗ ̂ ⋅ | 1 1| = 3𝑖̂ + 3𝑗̂ + 3𝑘
̂ = (3, 3, 3)
2 −1 −1 −1 −1 2
−1 2 −1
Portanto, se (3, 3, 3) é vetor diretor da reta, seus múltiplos também o são. Basta tomar
(1, 1, 1) pra simplificar as contas. Agora, pra analisar um ponto pertencente a essa reta, basta
pegar um ponto que pertença a ambos os planos. Claramente o ponto (0, 1, 0) pertence a 𝜋1 ,
para 𝜇 = 𝜂 = 0. Se tomarmos em 𝜋2 𝛼 = 𝛽 = 1 também encontraremos o ponto (0, 1, 0).
Portanto, se esse ponto pertence a ambos os planos, ele também pertence a interseção deles,
isto é, à reta desejada, cuja equação pode ser finalizada como:
(𝑥, 𝑦, 𝑧) = (0, 1, 0) + 𝑘(1, 1, 1), 𝑘∈ℝ
Gabarito: B
84. (Estratégia Militares 2021 - Prof. Victor So)
Sejam as retas no ℝ𝟑 𝒓𝟏 : (𝒙, 𝒚, 𝒛) = (𝟐, 𝟔, −𝟑) + 𝝁(𝟏, −𝟑, 𝟎) e 𝒓𝟐 : (𝟏, 𝟐, −𝟒) + 𝜷(𝟏, 𝟒, 𝟏), sendo 𝜷
e 𝝁 ∈ ℝ. Dessa maneira, o plano 𝝅 definido por essas duas retas intersecta o eixo 𝒙 no valor de 𝒙
igual a:
a) −𝟏𝟐
b) −𝟐
c) 𝟏𝟗
d) 𝟏𝟏
e) 𝟑𝟕
Comentários
Se essas duas retas formam um plano, então elas são concorrentes. Para achar um vetor
perpendicular ao plano ⃗𝑛, basta fazer o produto vetorial dos vetores diretores das retas:
𝑖̂ ̂
𝑗̂ 𝑘
̂ = (−3, −1, 7)
⃗ = (1, −3, 0) × (1, 4, 1) = |1 −3 0| = −3𝑖̂ − 𝑗̂ + 7𝑘
𝑛
1 4 1
Portanto, o plano que tem 𝑛
⃗ como vetor normal pode ser escrito na forma:
−3𝑥 − 𝑦 + 7𝑧 + 𝑑 = 0
Como qualquer ponto das retas 𝑟1 ou 𝑟2 pertence a este plano, então aplicando (2, 6, −3):
−3 ⋅ 2 − 6 − 7 ⋅ 3 + 𝑑 = 0 ⇒ 𝑑 = 33
Portanto, o plano é:

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 139


Prof. Victor So

𝜋: − 3𝑥 − 𝑦 + 7𝑧 + 33 = 0
Para intersectar o eixo 𝑥, tomamos 𝑧 = 𝑦 = 0:
−3𝑥 + 33 = 0 ⇒ 𝑥 = 11
Gabarito: D
85. (Estratégia Militares 2021 - Prof. Victor So)
Considere os planos 𝜶 e 𝜷 definidos por 𝜶: 𝟐𝒙 + 𝟐𝒚 − 𝟑𝒛 − 𝟏𝟐 = 𝟎 e 𝜷: 𝑿 = (𝟒, 𝟐, −𝟏) +
𝝀(𝟏, −𝟐, 𝟎) + 𝝁(𝟓, 𝟎, −𝟏), com 𝝀, 𝝁 ∈ ℝ. Se 𝑨 e 𝑩 são pontos distintos do espaço pertencentes a
ambos os planos, então a equação da reta 𝑨𝑩, para 𝒌 ∈ ℝ
a) 𝑿 = (𝟕, −𝟒, −𝟐) + 𝒌(𝟏𝟑, 𝟐𝟔, −𝟐)
b) 𝑿 = (𝟏𝟗, −𝟒, −𝟏) + 𝒌(𝟏𝟐, 𝟏𝟑, −𝟐)
c) 𝑿 = (𝟏𝟕, −𝟏𝟒, −𝟐) + 𝒌(𝟐𝟑, −𝟐𝟔, −𝟐)
d) 𝑿 = (𝟐𝟕, −𝟏, 𝟐) + 𝒌(𝟕, −𝟔, 𝟓)
e) 𝑿 = (𝟐, −𝟏𝟒, −𝟏𝟏) + 𝒌(𝟏𝟓, −𝟕, 𝟐𝟓)
Comentários
Se 𝐴 e 𝐵 pertencem aos dois planos, então a reta 𝐴𝐵 só pode ser a reta de interseção
desses dois planos. Portanto, precisamos achar essa reta. Os pontos do plano 𝛽:

𝑥 4 + 𝜆 + 5𝜇
𝛽: (𝑦) = ( 2 − 2𝜆 )
𝑧 −1 − 𝜇
Aplicando esses pontos de 𝐵 na equação de 𝛼 para encontramos relações para os pontos
em comum de 𝛼 e 𝛽:
2𝑥 + 𝑦 − 3𝑧 − 12 = 0 ⇒ 2(4 + 𝜆 + 5𝜇) + 2(2 − 2𝜆) − 3(−1 − 𝜇) − 12 = 0
⇒ 8 + 2𝜆 + 10𝜇 + 4 − 4𝜆 + 3 + 3𝜇 − 12 = 0
⇒ 13𝜇 − 2𝜆 + 3 = 0 ⇒ 2𝜆 = 13𝜇 + 3
Agora, aplicando esta restrição na equação de 𝛽, obteremos a equação da reta desejada:
1
𝑋 = (4, 2, −1) + 2𝜆 ( , −1, 0) + 𝜇(5, 0, −1)
2
Substituindo 2𝜆 = 13𝜇 + 3:
1 3
𝑋 = (4, 2, −1) + 13𝜇 ( , −1, 0) + ( , −3, 0) + 𝜇(5, 0, −1)
2 2
Arrumando a expressão:
11 23
𝑋=( , −1, −1) + 𝜇 ( , −13, −1)
2 2
Podemos alterar o vetor diretor para múltiplos do vetor acima, sem alterar a reta como um
todo. Também podemos escolher outro ponto da reta de coordenadas inteiras. Para 𝜇 = 1:

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 140


Prof. Victor So

𝑋 = (17, −14, −2)


Portanto, uma representação seria:
𝑋 = (17, −14, −2) + 𝜇(23, −26, −2), 𝜇∈ℝ
Como esse 𝜇 varia nos reais, a equação pode ser representada por outra incógnita também,
como 𝑘 nas alternativas.
Gabarito: C
86. (Estratégia Militares 2021 - Prof. Victor So)
Seja 𝑷 o ponto simétrico a 𝑿(𝟏, −𝟐, −𝟓) com relação ao plano 𝝅: − 𝟑𝒙 − 𝒚 + 𝟕𝒛 + 𝟑𝟑 = 𝟎. Se 𝑷 é
o ponto de tangência do plano 𝜶 com uma esfera de centro em 𝑶(𝟏, −𝟏, 𝟎), então a equação do
plano 𝜶 é:
a) 𝒙 + 𝟔𝒚 + 𝟓𝟑𝒛 + 𝟏𝟐𝟗 = 𝟎
b) 𝟖𝒙 + 𝟔𝟐𝒚 + 𝟐𝟓𝟏𝒛 + 𝟐𝟏𝟎𝟑 = 𝟎
c) 𝟐𝟑𝒙 + 𝟔𝟖𝒚 + 𝟑𝟏𝒛 + 𝟏𝟐𝟖𝟒 = 𝟎
d) 𝟏𝟖𝒙 + 𝟔𝟓𝒚 + 𝟐𝟓𝟑𝒛 + 𝟏𝟐𝟎𝟗 = 𝟎
e) 𝟓𝒙 + 𝟕𝒚 + 𝟐𝟑𝒛 + 𝟏𝟐𝟕 = 𝟎
Comentários
Se 𝑃 é simétrico de 𝑋 com relação a 𝜋, 𝑃 pertence à reta que passa por 𝑋 e que tem um
vetor normal a 𝜋 como vetor diretor. Um vetor ⃗⃗⃗⃗
𝑛1 normal a 𝜋 pode ser obtido facilmente pela sua
equação:
𝑛1 = (−3, −1, 7)
𝜋: −3𝑥 − 𝑦 + 7𝑧 + 33 = 0 ⇒ ⃗⃗⃗⃗
Assim, a reta que contém 𝑃𝑋 e que é perpendicular ao plano 𝜋 é:
(𝑥, 𝑦, 𝑧) = 𝑋 + 𝜇𝑛
⃗⃗⃗⃗1 = (1, −2, −5) + 𝜇(−3, −1, 7), 𝜇 ∈ ℝ
Portanto as coordenadas de 𝑃 podem ser, para um dado 𝜇 fixo:
𝑃 = (1 − 3𝜇, −2 − 𝜇, −5 + 7𝜇)
Podemos usar ainda que o ponto médio 𝑀 de 𝑃𝑋 pertence ao plano 𝜋:
𝑃+𝑋 1
𝑀= = (2 − 3𝜇, −4 − 𝜇, −10 + 7𝜇)
2 2
Substituindo essas coordenadas na equação de 𝜋:
−3𝑥 − 𝑦 + 7𝑧 + 33 = 0 ⇒ −6𝑥 − 2𝑦 + 14𝑧 + 66 = 0
⇒ −3(2 − 3𝜇) − (−4 − 𝜇) + 7(−10 + 7𝜇) + 66 = 0
6
⇒𝜇=
59
41 124 253
⇒ 𝑃 = (1 − 3𝜇, −2 − 𝜇, −5 + 7𝜇) = ( , − ,− )
59 59 59

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 141


Prof. Victor So

Se esse ponto é o de tangência de um plano 𝛼 com uma esfera, sabemos que o raio vetor
⃗𝑟 que liga o centro da esfera ao ponto de tangência tem que ser perpendicular ao plano 𝛼.
Calculando esse vetor:
41 124 253 18 65 253
⃗𝑟 = 𝑂𝑃 = 𝑃 − 𝑂 = ( ,− ,− ) − (1, −1, 0) = (− ,− ,− )
59 59 59 59 59 59
Logo, se esse vetor é normal ao plano, obviamente, todos seus múltiplos serão. Assim
tomemos o vetor (18, 65, 253) normal ao plano paralelo a ⃗𝑟. Assim, o plano pode ser escrito
como:
18𝑥 + 65𝑦 + 253𝑧 + 𝑑 = 0
Para descobrir o valor de 𝑑, basta aplicar 𝑃 nesse plano, pois ele pertence ao plano
tangente à esfera:
41 124 253
18 ( ) + 65 (− ) + 253 (− ) + 𝑑 = 0 ⇒ 𝑑 = 1209
59 59 59
⇒ 𝛼: 18𝑥 + 65𝑦 + 253𝑧 + 1209 = 0
Gabarito: D
87. (Estratégia Militares 2021 - Prof. Victor So)
Considere os planos 𝜶 e 𝜷 definidos por 𝜶: 𝟐𝒙 + 𝟐𝒚 − 𝟑𝒛 − 𝟏𝟐 = 𝟎 e 𝜷: 𝑿 = (𝟒, 𝟐, −𝟏) +
𝝀(𝟏, −𝟐, 𝟎) + 𝝁(𝟓, 𝟎, −𝟏), com 𝝀, 𝝁 ∈ ℝ. O ângulo formado entre 𝜶 e 𝜷 é:
𝟐𝟏
a) 𝐚𝐫𝐜𝐬𝐞𝐧 ( )
√𝟏𝟏𝟖𝟓
𝟏𝟖
b) 𝐚𝐫𝐜𝐜𝐨𝐬 ( )
√𝟏𝟐𝟐𝟓
𝟐𝟒
c) 𝐚𝐫𝐜𝐭𝐠 ( )
√𝟏𝟕𝟖𝟓
𝟐𝟒
d) 𝐚𝐫𝐜𝐜𝐨𝐬 ( )
√𝟏𝟕𝟖𝟓
𝟒
e) 𝐚𝐫𝐜𝐬𝐞𝐧 ( )
√𝟔𝟐𝟓

Comentários
O ângulo entre planos é definido como o ângulo agudo entre seus vetores normais. O vetor
normal ⃗𝑎 ao plano 𝛼 é facilmente encontrado pela equação do plano:

⃗ | = √22 + 22 + 32 = √17
⃗ = (2, 2, −3) ⇒ |𝑎
𝑎

O vetor ⃗𝑏 normal ao plano 𝛽 pode ser encontrada pelo produto vetorial dos vetores
paralelos ao plano (1, −2, 0) e (5, 0, −1):
𝑖̂
𝑗̂ 𝑧̂
⃗𝑏 = (1, −2, 0) × (5, 0, −1) = |1 2 2
−2 0 | = (2, 1, 10) ⇒ |⃗𝑏| = √2 + 1 + 10 = √105
5 0 −1
Portanto, fazendo o produto escalar entre eles:

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 142


Prof. Victor So

⃗ ⋅ ⃗𝑏
𝑎 4 + 2 − 30 −24
⃗ ⋅ ⃗𝑏 = |𝑎
𝑎 ⃗ | |⃗𝑏| cos 𝜃 ⇒ cos 𝜃 = = =
⃗ | |⃗𝑏|
|𝑎 √17 ⋅ √105 √1785

O ângulo agudo entre os vetores normais portanto é:


24
𝛼 = arccos ( )
√1785
Gabarito: D

6. Considerações Finais da Aula


Chegamos ao final da nossa aula de vetores. Esse assunto pode ajudar a resolver questões
de geometria analítica da prova. Tente resolver todos os exercícios dessa aula.
O melhor jeito de estudar vetores é resolver uma grande quantidade de exercícios e pegar
todos os bizus da aula. Na hora da prova, não teremos surpresas pois já saberemos resolver cada
tipo de problema que possa cair.
Lembre-se! A prática leva à perfeição! Conte comigo na sua preparação!
Se ficar com dúvidas ou tiver alguma sugestão e/ou crítica, nos procure no fórum de
dúvidas ou fale diretamente comigo:

7. Referências Bibliográficas
[1] IM-UFRJ. Aula 8 Produto Escalar. Disponível em <http://www.im.ufrj.br/nuno/aula8.pdf>
[2] Camargo, Ivan de. Boulos, Paulo. Geometria analítica: Um tratamento vetorial. 3. Ed. Person
Education, 2004, 560p.
[3] Steinbruch, Alfredo. Winterle, Paulo. Geometria analítica. 2. Ed. Person Education, 2006, 292p.

AULA 06 – CÁLCULO VETORIAL 143

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