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7600036 - Eletromagnetismo Computacional

Projeto 3: A Equação de Laplace


Gabriel dos Santos - 8540352

07/11/2021

1 O Programa
O código foi feito em fortran 90 no arquivo ’main.f90’. Este contém uma subrotina de inicialização (’INICIALIZAR’)
que insere as condições de contorno da caixa metálica para as três questões condicionada à posição x0 , y0 e z0 da
carga central. Uma matriz auxiliar Vc delimita quais pontos tem valor de potencial imutável (contorno). A carga
central foi escolhida de modo que seu valor fosse q/ϵ0 = 1 para as três questões.
O programa é executado pelo arquivo ’programa’. A execução dá a possibilidade ao usuário de pedir um número
N especı́fico de pontos. A subrotina ’DEFINIR PONTOS’ toma o número fornecido pelo usuário e, se necessário,
o corrige, sugerindo o valor que atenda melhor às necessidades do problema.
A interface permite pedidos de N = 9×9×9 até N = 201×201×201 pontos. Todos os gráficos deste documento
foram criados a partir de matrizes com N = 25 × 25 × 25 pontos.
QUESTÃO 1. O cálculo pelo Método de Relaxamento de Jacobi é feito pela subrotina ’CALCULAR Q1 JACOBI’
que desencadeia por duas vezes a rotina ’ATUALIZAR’, tal como indicado no livro texto (Giordano). O critério
de convergência foi tomado em função da quantidade N de pontos do sistema. O programa para de atualizar os
valores da matriz potencial quando a quantidade acumulada dV é menor do que N · 10−5 e após um mı́nimo de
X iterações, sendo X o menor número par maior do que a quantidade de pontos que compõe um comprimento da
caixa (isso se dá por conta deste método executar as iterações em pares).
QUESTÃO 2. Semelhantemente à Questão 1, a Questão 2 invoca a subrotina ’ATUALIZAR’ ao executar os
cálculos de potencial. Entretanto ela o faz apenas uma vez por ciclo, operando a mesma matriz de potencial sobre
si através da subrotina CALCULAR Q2Q3 GAUSS SEIDEL que executa o Método de Gauss-Seidel. Isso causou
uma redução do número de iterações de 66 para 38 em relação à Questão 1, para o caso de N = 9 × 9 × 9, e uma
redução de 382 para 232, no caso de N = 25 × 25 × 25. Os critérios de parada são os mesmos, com exceção de que
o Método de Gauss-Siedel não limita o critério ”menor”a um número par de iterações.
Tanto para a Questão 2 quanto para a 3, a subrotina CALCULAR CAMPO calcula o campo elétrico ignorando
a componente Ez que, além de resultar em zero pela teoria, fica de fora de uma representação bidimensional como
a dos gráficos de campo da Figura 3. A subrotina ’REGISTRAR DADOS’ registra os valores das matrizes de
potencial V (x, y, z) e campo elétrico Ex e Ey nos arquivos ’questao2 dados.dat’ e ’questao3 dados.dat’ respectivos
ás questões 2 e 3.
Os dados do tópico ’d’ da Questão 2 são calculados e registrados pela subrotina ’REGISTRAR Q2D’ e os
resultados respectivos ao potencial em função das distâncias em x̂, x̂ + ŷ e x̂ + ŷ + ẑ são armazenados nos arquivos
’pot x dados.dat’, ’pot x y dados.dat’ e ’pot x y z dados.dat’.
QUESTÃO 3. O código foi feito de tal forma que esta questão pôde ser resolvida pelas mesmas subrotinas
usadas para a Questão 2, alterando-se apenas as posições iniciais x0 , y0 e z0 . No caso, foram escolhidas as posições
x0 = 0.5 e y0 = −0.75, enquanto z0 teria de ser nulo. No programa são usadas variáveis na forma x0, não são
estas as posições espaciais de fato, mas sim as coordenadas de referência dos pontos na matriz e seu valor muda de
acordo com o valor de N .
Maiores detalhes encontram-se discriminados na forma de comentários no próprio código.

2 Os Gráficos
Os gráficos encontram-se expostos nas figuras 1, 2, 3 e 4 ao final deste relatório. Todos foram gerados pelo
GnuPlot a partir dos resultados da computação das Questões 2 e 3, como anteriormente descrito, para um número
N = 25 × 25 × 25 de pontos.

1
O código carregado no GnuPlot para gerar os gráficos encontra-se em anexo na pasta com o nome de ’gnuplo-
code.txt’.
Os gráficos das Figuras 1b e 2b são as representações das equipotenciais traçadas a partir dos potenciais V (x, y, 0)
calculados para as Questões 2 e 3 respectivamente.
Os gráficos 3a e 3b são representações vetoriais do campo elétrico das respectivas Questões 2 e 3. A grandeza
dos vetores teve de ser dividida por 50 pela clareza da figura, mas a proporção foi mantida.
No gráfico 4 estão plotados os dados do potencial V (x, y, z) em função da distância ao centro comparada à
função teórica do potencial já conhecida (com q/ϵ0 = 1) para o caso de uma carga pontual sem caixa metálica.
Nota-se que os primeiros pontos coincidem melhor com a função de referência, mas se defasam com a distância.
Isso se deve justamente à existência da caixa metálica no problema. Ao aumentar o Valor de lado L da caixa de
2 (valor usado) para 4, já se nota uma aproximação dos dados com a função de referência. A tendência é ambos
coincidirem quanto maior o valor de L.

Figura 1: Gráficos das equipotenciais da Questão 2.

(a) Visão geral de V(x,y,0). (b) Linhas equipotenciais de V(x,y,0).

1
’questao2 dados.dat’ u 1:2:3
2.5
2
1.5
4 0.5 1
3 0.5
2
V(x,y)
1
0 0
y

−1
1
0.5
−1 0
−0.5 y −0.5
0 −0.5
x 0.5
1 −1

−1
−1 −0.5 0 0.5 1
x

2
Figura 2: Gráficos das equipotenciais da questão 3.

(a) Visão geral de V(x,y,0). (b) Linhas equipotenciais de V(x,y,0).

1
’questao3 dados.dat’ u 1:2:3
2.5
2
1.5
4 0.5 1
3 0.5
2
V(x,y)
1
0 0

y
−1
1
0.5
−1 0
−0.5 y −0.5
0 −0.5
x 0.5
1 −1

−1
−1 −0.5 0 0.5 1
x

Figura 3: Gráficos dos campos vetoriais elétricos das Questões 2 e 3.

(a) Campo Vetorial E(x,y,0) da Questão 2. (b) Campo Vetorial E(x,y,0) da Questão 3.
1 1

’questao2 dados.dat’ u 1:2:4:5 ’questao3 dados.dat’ u 1:2:4:5


0.5 0.5

0 0
y

−0.5 −0.5

−1 −1
−1 −0.5 0 0.5 1 −1 −0.5 0 0.5 1
x x

3
Figura 4: Dados do potencial elétrico da questão 2 comparados com a equação teórica para uma carga pontual.

1
”pot x dados.dat”
”pot x y dados.dat”
”pot x y z dados.dat”
0.8
q/(4ϵ0 πx)

0.6
potencial

0.4

0.2

0
0 0.5 1 1.5 2
distância da carga

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