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Sumário

1. Introdução 11

1.1. Arqu�tetura B�oc�


�má�ca 11

1.2. Energia solar Fototérmica 11

1.3. Energia Solar Fotovoltaica 12

2. Sistemas fotovoltaicos 14

2.1. C�
ass�i cação dos s�
stemas fotovo�
ta�
cos 14

2.1.1. Sistemas Isolados 14

2.1.1.1. Sistemas Híbridos 15

2.1.1.2. Sistemas Autônomos (Puros) 15

2.1.1.3. Sistemas Autônomos Sem Armazenamento 15

2.1.2. Componentes de Um Sistema Fotovoltaico Autônomo 16

2.1.3. Sistemas Conectados à Rede (On-Grid) 17

2.1.3.1. Beneí c�os ao usuár�o 17

2.1.3.2. Componentes de Um S�stema Fotovolta�


co Conectado À Rede (On-Gr�
d) 18

3. Radiação Solar e Efeito Fotovoltaico 20

3.1. Geometria Solar 21

3.2. Radiação Solar ao Nível do Solo 22

3.3. Medindo o Potencial Solar 24

3.3.1. Horas de Sol Pico 25

3
3.4. Efeito Fotovoltaico 26

3.4.1. Princípios de funcionamento 26

4. Células Fotovoltaicas 32

4.1. Tipos de Células fotovoltaicas 32

4.1.1. Silício Cristalizado 32

4.1.1.1. S�
l�
c�o Monocr�stal�
no 33

4.1.1.2. S�
l�
c�o Pol�cr�
stal�
no 33

4.1.2. Células de Película Fina 34

4.1.2.1. S�
l�
c�o Amorfo (a-S�) 35

4.1.2.2. Disseleneto de Cobre e Índio (CIS) 36

4.1.2.3. Telureto de Cádm�o (CdTe) 37

4.1.3. Tabe�
a de Ei c�ênc�
as 39

5. Módulos Fotovoltaicos 40

5.1. Caracter�s�cas dos Módu�os Fotovo�


ta�cos 43

5.1.1. Caracter�s�cas F�
s�cas e Mecân�cas 43

5.1.2. Caracter�s�cas E�
étr�cas 45

5.2. Condições de Teste e Operação 46

5.3. Assoc�
ação de Módu�os Fotovo�ta�cos 49

5.4. Sombreamento, Pontos Quentes e Diodos de Proteção 50

5.4.1. Diodos de By-Pass 51

5.4.2. Diodos de Bloqueio 54

4
4
6. Painel e Arranjo Fotovoltaico 55

6.1. Estruturas de Suporte e Ancoragem 55

6.1.1. Suportes para telhado 55

6.1.2. Suportes Para Instalação Em Plano Horizontal 57

6.1.2.1. Or�entação do Pa�nel Fotovolta�


co 58

6.1.2.2. Incl�nação do Pa�nel Fotovolta�co 59

6.1.3. Suporte em Forma de Mastro 59

6.2. Cálculos de Sombreamento 60

7. Sistemas Fotovoltaicos Conectados à Rede 64

7.1. Inversores On-Grid 64

7.1.1. C�ass�
i cação e T�
pos de Inversores Gr�
d-T�e 65

7.1.1.1. Inversores Controlados/ Chaveados pela Rede 65

7.1.1.2. Inversores Autorregulados (Auto Chaveados) 66

7.1.1.2.1. Inversores Auto-Chaveados com Transformador de Ba�


xa Frequênc�a (LF) 67

7.1.1.2.2. Inversores com Tranformadores de Alta Frequenc�a (HF) 68

7.1.1.2.3. Inversores sem Transformadores 68

7.1.1.3. Caracter�
s�cas e Propr�edades dos Inversores Gr�
d-T�e 68

7.1.1.4. Ei c�ênc�
a de Conversão (Convers�on E�c�
ency) – ηCON 69

7.1.1.5. Ei c�ênc�
a de Rastreamento (Track�
ng E�c�ency) – ηTR 69

7.1.1.6. Ei c�ênc�
a Está�ca (Sta�c E�c�ency) – ηINV 69

7.1.1.7. Ei c�ênc�
a Europé�
a (Euro E�c�ency) – ηEURO 70

5
7.1.1.8. Comportamento em Sobrecarga 71

7.1.1.9. Reg�
stro de Dados Operac�
ona�
s 71

7.1.1.10. Outras Caracter�


s�cas dos Inversores Gr�
d-T�e 72

7.2. Painel Fotovoltaico Para Sistemas On-Grid 74

7.2.1. Caixas de Junção 74

7.2.2. Coni gurações e Conce�tos 75

7.2.2.1. S�stemas com Inversor Central 75

7.2.2.1.1. S�stema com ba�


xa tensão de entrada (<120 VCC) 75

7.2.2.1.2. S�stemas com Alta Tensão de Entrada (>120 VCC) 76

7.2.2.1.3. S�stema Mestre-Escravo (Master-Slave) 77

7.2.2.2. S�stemas de Grupos de Módulos 77

7.2.2.3. S�stemas com Módulos CA 78

8. Sistemas Fotovoltaicos Autônomos 81

8.1. Painel Fotovoltaico 81

8.2. Banco de baterias 81

8.2.1. Funções do banco de baterias 82

8.2.2. Baterias para Sistemas Fotovoltaicos 82

8.2.2.1. Cons�tu�
ção e func�
onamento de uma Bater�a de Chumbo Ác�
do 82

8.2.2.2. T�pos de Bater�


as de Chumbo-Ác�do 85

8.2.3. Desempenho e Caracter�


s�cas das Bater�as de Chumbo-Ác�do 87

8.2.4. Efe�tos do Enve�hec�


mento nas Bater�
as 89

6
6
8.2.5. Cu�
dados com Bater�as Estac�
onár�as: 89

8.3. Contro�
ador/ Regu�
ador de Cargas 90

8.3.1. Formas de Contro�e de Carga 92

8.3.1.1. Controladores Sér�e 92

8.3.1.2. Controladores Shunt 92

8.3.1.3. Controladores com MPPT 92

8.3.2. Cr�tér�os de Se�eção de um Contro�ador 93

8.4. Inversores Autônomos 93

8.4.1. Caracter�
s�cas dos �
nversores Autônomos 94

8.4.2. Cr�tér�os de Se�eção de Inversor Autônomo 95

9. D�mens�onando S�stemas Fotovo�ta�


cos Autônomos 98

9.1. Banco de baterias 101

9.2. Painel Fotovoltaico 105

9.2.1. Inl uênc�a do Contro�ador de Carga 105

9.2.2. Inl uênc�a da D�spon�b�


��
dade So�ar no Loca� 105

9.2.3. Inl uênc�a da Inc��


nação do Pa�
ne�Fotovo�
ta�
co 107

9.2.4. Calculando o número de Módulos Fotovoltaicos 108

9.2.5. Esco�
ha do Contro�ador de Carga 109

10. B�b��
ograi a 113

7
Prefácio

8
8
Prefácio
Es�a�apos�� a�fo�
�cr�
ada�para�dar�supor�e�a��odos�os��n�eressados�em�conhecer�a��ecno�og�
a�por��rás�
da�Energ�a�
So� ar�
Fo�ovo� �a�
ca.�
Apresen�a� uma� �
n�rodução�às��ecno�og�as�
de�geração�
de�e�e�r�c�
dade�por�
fon�e�
fo�ovo�
�a�ca,�seus�usos�e�ap��
cações�no�Bras�
�.
Os�cap� �u�
os�1�e�2�exp� �
cam�o�que�são�os�s� s�emas�fo�ovo� �a�cos,�sua�c�ass�
i cação�e�u�� �
zação.�O�
cap��u�
o�3�fa�a�sobre�a�Energ�a�So�ar,�o�po�enc� a��bras��
e�ro�e�sobre�o�efe��o�fo�ovo��a�co.�Os�cap� �u�
os�4�e�
5�de�a�ham�as��ecno�og� as�das�cé�
u�as�fo�ovo� �a�cas�u���zadas�para�a�fabr�cação�dos�módu� os.�O�cap��u�o�6�
aborda�aspec�os�da�concepção�dos�pa� né� s�fo�ovo��a�cos,�fa�
ando�sobre�or� en�ação,��nc��
nação�e�es�udo�de�
poss�ve�s�causadores�de�sombras.�O�cap� �u�o�7�fa�a�de�s�
s�emas� fo�ovo��a�
cos� conec�ados� à�rede�e�por�i m,�o�
cap��u�
o� 8�aborda�os�
s�s�emas�fo�ovo� �a�cos� au�ônomos.
Esperamos�que�com�es�a�apos�� a�o�� e��or�possa�i car�comp� e�amen�e�fam� �
�ar�
zado�com�os�
equ� pamen�os�e�conce� �os�empregados�nes�a��ecno� og�
a.�Ten�amos�apresen�ar�o�con�eúdo�de�forma�que�
e�e�seja�ú����an�o�para�pessoas�com�conhec� men�os��écn� cos�prév�
os,�quan�o�para��
e�gos�em�e�e�r�
c�dade�
e�engenhar� a.�Obv�amen�e,�é��nev��áve�
�que�a�guns��ermos��écn� cos�apareçam,�mas�nada��ão�comp� exo�a�
pon�o� de�prejud�car�
o�compreend� men�o� do��odo.
Conv�damos�você,��e��or,�a�frequen�ar�e�par�c�
par�de�nossos�grupos�de�d� scussões�em�nossas�
redes�soc�
a�s,�onde��ncen�vamos�a�formação�de�uma�comun� dade�v�
r�ua��sobre�o��ema�como�forma�de�
enr�
quec� men�o� do�
aprend�zado.
B�og da B�ue So�- No�c�as do setor e textos técn�cos
www.b�
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og
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Autor

Ron�
�son�
d��
Souza�
(ron�
�sond�
souza@b�
ue-so�
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Edição e diagramação

Lu�
z�Rafae�
�Passar�
�(�
u�zrafae�
@b�
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Todos�
os�
d�re�
�os�
reservados�
a�B�
ue�
So�
�Energ�
a�So�
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Av.�
An�ôn�
o�D�
eder�
chsen�
400�
-�Sa�
a�808

Jard�
m�Amér�
ca�
/�R�
be�
rão�
Pre�o�
-�SP

CEP:�
14020-250

9
Introdução

10
10
1. Introdução
O�
desenvo� v�men�o� da�soc�edade�humana� es�á�a�re�ado�à��ransformação� do�me� o�amb� en�e�e�ob�enção
de�energ�a.�Duran�e�o�desenvo� v�men�o�da�nossa�soc� edade�i cou�ev� den�e�a�carênc�a�de�energ� a�em��odos�
poss�ve�
s��oca�s�
da�conv�vênc� a�humana,�e�nas�ú��mas� décadas��emos� v�
s�o�o�ape�o�de�vár�as�vozes�que� nos�
mos�ram� o��m�nen�e�do�i m�dos� combus�ve� s�
fósse�s,�
o� �
menso� �mpac�o� amb� en�a��causado� por�essas�fon�es�
de�energ�a�e�a�
�nsus�en�ab���
dade� do�
modo� como� ob�emos� a�
energ� a�que�nos� move.
Enquan�o��
sso,�
em�mu� �as�
fren�es,��emos�o�desenvo�v�men�o� de�
novas� formas� de�
geração�de�
energ�a�
e�
recen�emen�e�
�vemos� o�
reconhec� men�o� das�
fon�es�renováve�s,�
não�ma�s�
como� fon�es�
de�energ�
a�a�
�erna�va,�
mas�como�fon�es�
de�energ�a�
pr�már�as,�cujas�
pr�nc�pa�s�
represen�an�es�são:
• Energ�
a�H�
dre�
é�r�
ca;
• B�
omassa
• Energ�
a�Eó�
�ca
• Energ�
a�So�
ar
Todas�as�formas�de�energ� a�que�conhecemos�der� vam�da�energ� a�so� ar.��a�energ�a�do�so� �que�a��era�
o es�ado�í s�co�da�água,�fazendo�com�que�essa�m� gre�e�possa�ser�represada�e�aprove� �ada�nas�us� nas
h�dre�é�r�
cas.�O�aquec�men�o� das�massas� de�ar�provoca� os�ven�os,� que�são� aprove� �ados� nos� aerogeradores
dos�parques�eó� �
cos�
�a�energ� a�so�ar,�
absorv�da�na�fo�oss�n�ese,�que� dá�v�da� às�p�an�as�u�� �
zadas� como� fon�e
de�energ�a�de�b�omassa.�A�é�mesmo�o�pe�ró� eo,�que�vem�de�res�os�de�vege�ação�e�an� ma� s�pré-h�s�ór�cos,
�ambém�é�der� vado�do�so� ,�po�s�es�e�deu�a�energ� a�necessár�a�ao�aparec� men�o�da�v� da�na��erra�em�eras
passadas.�Podemos,� a�ravés� desse�pon�o�de�v�s�a,�
cons� derar�que� �odas�as�formas� de�energ� a�são�renováve� s,
�nfe�
�zmen�e� não�em�esca� a�humana.� As�
formas� de�energ� a�renováve� �c�
�adas� ac�ma� são�as�que� se�renovam� a
cada�d�a,�
perm� �ndo� um� desenvo� v�
men�o� sus�en�áve� �da�v�da�e�soc�edade� humana.
A�energ�a�so�ar�que�chega�à�Terra�e�um�ano�é�mu��o�ma�or�que�o�consumo�humano�de�energ�
a�no�
mesmo� per�odo.�Infe�
�zmen�e��odo�esse�po�enc�
a��
não�é�
aprove��ado.�O�aprove�
�amen�o�
ar�i c�
a��
da�
energ�
a�
so�
ar�
pode� ser�
fe��o�de��rês�
modos:
• Arqu�
�e�ura�
B�oc�
�má�ca
• Efe�
�o�
Fo�o�érm�
co
• Efe�
�o�
Fo�ovo�
�a�
co

1.1. Arqu�tetura B�oc�


�má�ca
A�arqu��e�ura�b�
oc��má�ca�cons�s�e�em�formas�de�
aprove��amen�o�da��
uz�na�ura�
�do�so�
,�do�ca�
or�-�ou�
ev�
�ando-o�-�
a�ravés�de�formas�
de��n�egração�arqu�
�e�ôn�ca�
às�
cond�ções��
oca�s.
Para�aprove��ar�corre�amen�e� as�cond�ções�na�ura�s,�
a�ed�
i cação�deve�
ser�p�
anejada� cu�dadosamen�e,�
o que�pode�s�gn�i car�um�a� �o�rend�men�o�no�aprove� �amen�o�da�energ� a�na�ura��do�so�,�econom�zando
ou�ras�
formas�de�energ� a�ma� s�
soi s�cadas.�Temos� como� exemp� o,�
os�
s�s�emas�
que� aprove��am� me�hor�
a��
uz
na�ura�
�duran�e�o�d�a,�econom� zando� e�e�r�
c�dade.

1.2. Energia Solar Térmica


O efeito fototérmico�cons�
s�e�na�cap�ação�da�Irrad�
ação�So�ar�e�conversão�d�
re�a�em�ca�
or.��o�que�
ocorre�
com� os�
Sistemas de Aquecimento Solar que�
u�� �
zam�os�
Coletores Solares�
como�d�spos�
�vo�de�cap�ação�
energé�ca.�
Os Sistemas de Aquecimento Solar� es�ão�d�
fund�dos�
no�Bras�
�,�pr�
nc�
pa� men�e�dev�do� à�sua��ecno�
og�a�
ma�s�s�mp� es�e�aos�bons�preços.�São�ó�mos�comp� emen�os�aos�s�s�emas�fo�ovo�
�a�cos,�po�s�fornecem�de�
mane� ra�ei caz�e�bara�a,�a�energ�
a�necessár�
a�ao�aquec�
men�o�da�água�para�uso�san��ár�o,�aquec� men�o�de�
p�
sc�nas�e�c��ma�zação� amb� en�e.

11
boiler

olar

nte

Figura 1 - Sistema de aquecimento solar

1.3. Energia Solar Fotovoltaica


O�efe��o�fo�ovo��a� co,�observado�por�Edmond�Bequere� �em�1839,�cons�s�e�no�aparec�
men�o�de�uma�
d�ferença�de�po�enc�a� �nos� ex�remos�de�um� sem�condu�or,�
quando�esse�absorve�a��
uz�v�
s�ve�
.�
��
o�obje�o�
de�
es�udo�des�e� �
�vre�o�
e� a�forma� de�cap�ação�de�energ�
a�so�
ar�ma�s�
prom� ssora.�
São�
�ncon�es�áve�
s�as�
van�agens�
da�
energ�
a�so�
ar�
fo�ovo�
�a�
ca:
• A�
matéria prima�
�
nesgo�áve�
• Não�
há�
em�
ssão�
de�
po�
uen�es�
duran�e�
a geração�
da�
e�e�r�
c�dade
• Os�
s�s�emas�
podem�
ser�
�ns�a�
ados�
em�
�odo�
o�g�
obo
Infe�
�zmen�e�
a�energ�
a�so�
ar�
fo�ovo�
�a�
ca�
�em�
suas�
dei c�
ênc�
as:
• A�dens�
dade�(o�l uxo�de�po�enc�
a��que�chega�à�superí c�
e��erres�re)�é�pequeno�(<1kW/m²),�se
comparado�às�fon�es�fósse�
s.
• A�energ�a�so�ar�d�
spon�ve��em�uma��
oca�
�dade�var�
a�sazona�
men�e,�a�
ém�de�ser�afe�ada�pe�
as
cond�ções�c��
ma�o� óg�
cas.
• Os�equ�
pamen�os�de�cap�ação�e�conversão�requerem��
nves�men�os�i nance�
ros��
n�c�
a�s�ma�
s
e�
evados�que�
os�
s�s�emas�convenc�ona�s.
O�ba� xo�l uxo�de�po�enc�a��so�
ar�requer�grande�área�cap�adora,�para�ob�er�ma�ores�po�ênc� as.�A�
var�ab��
�dade�da�Irradiação Solar��
mp� �
ca�no�uso�de�s�
s�emas�de�armazenamen�o,�que�são,�em�gera�,�pouco�
ei c�
en�es.�Já�o�a��o��
nves�men�o� �
n�c�
a�,�
�eva�
a�cons�derar�
a�v�ab�
��
dade�econôm�ca�de�um�proje�o,�
�endo� em�
con�a�sua�v�da�ú�� �e�
�odas�
as�van�agens�da�u���
zação�dessa�forma�de�
energ�a.
Nas�pág�nas�segu�n�es�conheceremos�um�pouco�ma� s�sobre�a�cap�ação�da�energ�
a�so�
ar�e�conversão�
em�energ�a�e�
é�r�ca�ú��;�os�d�
spos��vos�u��
�zados,�e�a�
guns�de�a�hes�que�perm� �ram�um�bom�começo�de�
es�udos�
nessa��n�eressan�e�área.�
O�es�udo�sér�
o�da�energ�
a�so�
ar�fo�ovo�
�a�
ca�se�desenvo�
ve�em�vár�os�ramos�da�c�
ênc�a�como:�í s�
ca,�
qu�
m�ca,�
ma�emá�ca,�as�ronom�a,�
e�c.�
�um�mundo�de�conhec�men�o,�
no�qua� �
pene�ramos�a�
par�r�de�
agora.

12
12
Sistemas Fotovoltaicos

13
2. Sistemas fotovoltaicos
Um�s�
s�ema�fo�ovo�
�a�
co�é�
uma�fon�e�de�po�ênc�
a�e�
é�r�
ca,�
na�
qua�
�as�
células fotovoltaicas�
�ransformam
a�
Rad�
ação�
So�ar�
d�re�amen�e�
em� energ�
a�e�é�r�
ca.
Os�s�
s�emas�fo�ovo��a�
cos�podem�ser�� mp�an�ados�em�qua� quer��
oca��dade�que��enha�rad�ação�so�ar�
sui c�
en�e.�S�s�emas�fo�ovo�
�a� cos�não�u��
�zam�combus�ve� s,�não�possuem�par�es�móve� s,�e�por�serem�
d�spos��vos�de�es�ado�só�
�do,�requerem�menor�manu�enção.�Duran�e�o�seu�func� onamen�o�não�produzem�
ru�do�acús�co� ou�
e�e�romagné�co,� e��ampouco�
em� �em�gases��óx�
cos�ou�ou�ro�
�po� de�
po�u�ção�amb� en�a�.
A�coni ab�
��dade�dos�s�
s�emas�fo�ovo��a�cos�é��ão�a�
�a,�que�são�u��
�zados�em��
oca�
s��
nósp�
�os�como:�
espaço,�
deser�os,�se�
vas,�
reg�
ões�remo�as,�
e�c.

2.1. C�ass�
i cação dos s�stemas fotovo�ta�
cos
Os�s�s�emas�fo�ovo�
�a�
cos�são�c�
ass�
i cados�de�acordo�à�forma�como�é�fe�
�a�a�geração�ou�en�rega�da�
energ�
a�e�é�r�ca�
em:
• S�
s�emas�
Iso�
ados
• S�
s�emas�
conec�ados�
à�rede�
(On-Gr�
d)

e g a So a

j g

o bas e g a So a Co ge ação

es de c a s
u ação So a ó ca

ed ções e os ate as

o és cos

e eco

Figura 2 - Tipos de Sistemas Fotovoltaicos

2.1.1. Sistemas Isolados


Um S�
stema Fotovolta�
co Isolado�é�aque�
e�que�não��em�con�a�o�com�a�rede�de�d�
s�r�
bu�
ção�de�

14
14
e�e�r�
c�dade�das�concess�
onár�
as.�Os�s�
s�emas��
so�
ados�podem�ser�c�
ass�
i cados�em�H�
br�
dos�ou�Au�ônomos�
(Puros).�
Os�s�
s�emas�au�ônomos� podem� ser�
com,�
ou�
sem� armazenamen�o� e�é�r�
co.

2.1.1.1. Sistemas Híbridos

Figura 3 - Sistema híbrido eólico fotovoltaico

Um�s� s�ema�fo�ovo�
�a�co�h�
br�do��raba�
ha�em�conjun�o�com�ou�ro�s� s�ema�de�geração�e�
é�r�
ca,�que�
pode�ser�um�aerogerador (no�caso�de�um�s�s�ema�h�br�
do�solar-eólico),�um�mo�o-gerador�a�combus�ve� �

�qu�
do�(ex.:�d�ese�
),�
ou�
qua�quer�ou�ro�
s�s�ema�de�
geração�e�
é�r�ca.
Um�s�
s�ema�h�
br�do�pode�ou�não�possu�r�s�
s�ema�de�armazenamen�o�de�energ�
a.�Quando�possu�
,�
gera�
men�e�
o�s�
s�ema�de�
armazenamen�o� �em�au�onom�a�menor�ou��
gua�
�a�
um� d�
a.�

2.1.1.2. Sistemas Autônomos (Puros)


Um�s� s�ema�fo�ovo� �a�
co�puro�é�aque� e�que�não�possu� �ou�ra�forma�de�geração�de�e� e�r�c�
dade.�
Dev�do�ao�fa�o�de�o�s�s�ema�só�gerar�e�e�r�
c�dade�nas�horas�de�so� ,�os�s�
s�emas�au�ônomos�são�do�ados�de�
acumu� adores� que�armazenam� a�energ�a�
para�os�
per�odos�sem�so� ,�o�que�acon�ece�
�odas�as�
no��es,�e�
�ambém�
nos�per�odos�chuvosos�ou�nub� ados.�Os�acumu� adores�são�d�mens� onados�de�acordo�à�au�onom� a�que�o�
s�
s�ema�deve��er,�e�essa�var�a�de�acordo�às�cond�ções�c�
�ma�o� óg� cas�da��oca�
�dade�onde�ser�
mp� an�ado�o�
s�
s�ema� fo�ovo� �a�
co.�

2.1.1.3. Sistemas Autônomos Sem Armazenamento


São�s�s�emas�que�func�onam�somen�e�duran�e�as�horas�de�so� .�Temos�como�exemp� o�os�s�
s�emas�de�
bombeamen�o� de�água.�As�
carac�er�s�cas�das�bombas� são�
ca�cu�
adas�
�evando�em�cons� deração� a�
necess�
dade�
água�e�o�po�enc�a�
�Solar�da��
oca��dade.�O�pa� ne�
�fo�ovo��a�
co�é�d�
mens� onado�para�fornecer�po�enc� a�
�para�
a�bomba.�Apesar�de,�gera�men�e,�não�u�� �zarem�s�s�emas�de�armazenamen�o�e� é�r�co,�o�armazenamen�o�
energé�co�é�fe�
�o�na�forma�de�água� no�reserva�ór�o.

15
Figura 4 - Sistema de bombeamento fotovoltaico

2.1.2. Componentes de Um Sistema Fotovoltaico Autônomo

Um�
s�s�ema�
fo�ovo�
�a�
co�
res�
denc�
a��
au�ônomo,�
gera�
men�e,�
possu�
�os�
segu�
n�es�
componen�es:

2
1

Figura 5-Componentes de um sistema fotovoltaico autônomo

1�–�
Pa�ne��fo�ovo��a�
co;
2�–�
Con�ro� ador�de�Carga/ Descarga�das�
ba�er�as;
3�–�
Banco� de�ba�er�as;
4�–�
Inversor�au�ônomo,� para�cargas�em�CA;
5�–�
Cargas� CC�ou�CA;
Nos�cap��u�os�segu�n�es�
serão� exp�
�cados�os�
de�a� hes�
sobre�
cada�
um�
dos�
componen�es�
de�
um�
s�s�ema�
fo�ovo��a�
co�au�ônomo.

16
16
2.1.3. Sistemas Conectados à Rede (On-Grid)
Os�s�s�emas�fo�ovo�
�a�
cos�conec�ados�à�rede�fornecem�energ�
a�para�as�redes�de�d�
s�r�
bu�ção.�Todo�o�
po�enc�
a��gerado�é�rap�
damen�e� escoado�
para� a�
rede,�que�age�
como�uma�carga,�absorvendo�a�energ�a.�
Os�s�
s�emas�conec�ados�à�rede,��ambém�chamados�de�on-grid,�gera�
men�e�não�u��
�zam�s�s�emas�de�
armazenamen�o� de�energ�
a,�
e�por��
sso�são�
ma�s�
ei c�
en�es�
que�
os�
s�s�emas� au�ônomos,�
a�ém�de,�
gera�men�e,�
serem�ma�s�bara�os.
Os�s�
s�emas�On-Grid�dependem�de�regu�
amen�ação�e��eg�
s�ação�favoráve�
,�po�
s�usam�a�rede�de�
d�
s�r�
bu�ção�
das�
concess�
onár�as�
para�
o�escoamento�
da�
energ�
a�gerada.�

2
3 5 4 6

Figura 6 - Sistema conectado à rede

1�–�Módu� os�Fo�ovo� �a�cos


2�–�Inversor�Gr� d-T� e�–Transforma�a� corren�e�con�nua�do�pa�
ne� �em�
corren�e�a�
�ernada�de� 127�V/ 220�
V�
e�60Hz,� compa�ve� �com� a�e� e�r�c�dade�da� rede.
3�–�In�errup�or� de�Segurança.
4�–�Quadro� de�Luz� -�d�s�r�bu� �
energ�a� para�casa.
5�–�A� e�e�r�c�dade�a� �men�a� os� u�ens���os�
e�e�e�rodomés�cos
6�–�O� exceden�e� vo� �a�para� a�rede�e�é�r�ca�
a�ravés�do�
med�dor�fazendo-o�
rodar ao contrario,�
reduz�ndo�
a�
�ar�
fa�de� energ� a�e�é�r�ca.
2.1.3.1. Componentes de Um S�stema Fotovolta�
co Conectado À Rede (On-Gr�
d)
Um�
s�s�ema�
fo�ovo�
�a�
co�
conec�ado�
à�rede,�
gera�
men�e,�
possu�
�os�
segu�
n�es�
componen�es:

17
3
2

Figura 7 - Componentes de um sistema fotovoltaico on-grid

1�–�
Pa�ne��fo�ovo��a�co;
2�–�
Ca�xa�de�Junção� do� pa�
ne��
fo�ovo��a�
co;
3�–�
Cabeamen�o;
4�–�
Inversor�Grid-Tie;
5�–�
Med� dor(es)�de�energ� a;
Nos�cap��u�os�segu�n�es�serão�de�a�
hados�os�pr�
nc�
pa�
s�equ�
pamen�os�de�uma��
ns�a�
ação�fo�ovo�
�a�
ca�
conec�ada�à�
rede.

18
18
Radiação Solar e
Efeito Fotovoltaico

19
19
3. Radiação Solar e Efeito Fotovoltaico
A�
Energ�
a��
rrad�
ada�pe�o�
so��em�um� segundo� é�mu��o�
ma�or�que� a�
energ� a�
consum�da�pe�a�human� dade
desde�o�seu�aparec�men�o�na�face�da�Terra,�a�é�os�d�
as�de�hoje.�Toda�essa�energ�
a,�c�
aro,�não�chega�a�é�a�
Terra.

Figura 8 - Compara�vo entre a energ�


a so�
ar e outras formas de energ�
a

A�energ�a�so�ar�é�produz�da�pe�as�reações�nuc�eares�que�acon�ecem�no�� n�er�
or�do�so� �a�grandes�
profund�dades.�
Em� uma� dessas�
reações�os�á�omos� de�
h�drogên� o�se�
comb� nam�formando�á�omos� de�hé� �
o,�
e��
�beram�energ�a.�
Es�a�energ�a�
v�aja�
do��n�er�
or�do�so�
�a�é�a�sua�superí c�
e�(chamada�de�fo�osfera),�
e�da��se�

rrad�a�em��odas�
as�d�reções.
Essa�energ�a��rrad�
ada�chega�à�Terra�v�
nda�do�espaço�a�ravés�das�par�cu�as�de�energ�
a�chamadas�de�
fótons.�Os�fó�ons�se�des�ocam�a�uma�ve� oc�dade�de�300.000�km/s,�por��sso�demoram�cerca�de�8�m�nu�os�
para�chegar�à�Terra,�que�es�á�
a�aprox�
madamen�e� 150�m��hões�de�qu��
ôme�ros� do�so�.
A�
rad�
ação�
so�
ar�
é�rad�
ação�
e�e�romagné�ca�
que�
�em�
d�s�r�
bu�
ção�
espec�ra�
�conforme�
a�i gura�
aba�
xo:

20
20
Figura 9 - Espectro da rad�ação e�etromagné�ca do so�

3.1. Geometria Solar


Sabemos�que�o�
so��
nasce�
no�
�es�e�
e�se�
põe�
no�
oes�e,�
e�evando�
no�
céu.�
Essa�
e�evação�
é�ma�
or�
ou�
menor�
de�
acordo�
à�época�
do�ano.
A�
�erra�se�
move� em� uma� órb�
�a�e��
p�ca� em��orno�do� so��e�
o�e�xo�
de�ro�ação� da�Terra�
forma� um�ângu�o�
de�23,5°�com�a�normal�ao�p�ano�da�e��pse�da�órb��a�da�Terra.�Esse�ângu�o�é�o�responsáve��pe�a�duração�do�
d�
a�e�da�no��e�nas�
d�s�n�as�es�ações�do�ano,�e��ambém� é�o�responsáve��pe�a�var�ação�da�e�evação�do�so�
�no�
hor�zon�e�à�
mesma� hora,�
ao��ongo�do�ano.
A�pos�
ção�angu�ar�do�
so��ao�
me�o�d�
a�so�
ar,�em�re�
ação�ao�equador� é�
chamada� de�Decl�nação Solar (δ).�
A�dec�
�nação�var�
a�de�acordo�com�o�d�
a�do�ano,�com�va�ores�en�re:�-23,45°�≤�δ�≤�23,45°,�sendo�pos�
�vo�ao�
Nor�e�
e�nega�vo�ao�Su�:

Figura 10 - Delinação solar e as estações do ano

A�observação�
da�
�a��ude�
da�
�oca�
�dade�
e�da�
dec�
�nação�
de�erm�
na�
a��raje�ór�
a�do�
so�
�no�
céu,�
para�
um�
d�
a�de�erm�nado.
A�segu�
r,�de�a�
hamos�as�re�
ações�geomé�r�cas�en�re�a�superí c�
e��erres�res�e�os�ra�
os�so�
ares.�Es�es�
ângu�
os�
var�
am� de�acordo�
ao�
mov� men�o�aparen�e�do�so��
na�abóbada� ce�es�e:

21
Figura 11 - Relações geométrica sol-Terra-painel solar

• Ângu�o de Inc�dênc�a�(γ):�
é�formado�
en�re�os�ra�
os�so�
ares�
e�a�
norma�
�à�
superí c�
e�de�
cap�ação.
Quan�o�menor� esse�
ângu� o,�ma�s�
energ�
a�será�cap�ada.
• Ângu�o Az� muta�De Superí c�e�(aw):�En�re�a�projeção�da�norma� �à�superí c�e�do�pa� ne��so�ar
e�a�d�reção�nor�e-su�
.�Para�o�hem� sfér�
o�su��o�azimute�é�o�nor�e�e,�por�an�o,�o�des�ocamen�o
angu� ar�
será�à�
par�r�des�e�pon�o� cardea�,�
sendo� pos��vo�em� sen�do� horár�o�(�es�e)�
e�nega�vo
no�sen�do� an�-horár�o�(oes�e).�
O�ângu�o�Az�mu�a� �de�
superí c�e�
es�ará� -180° ≤ aw ≤ 180°.
en�re:�
In�ernac�ona�men�e�convenc� ona-se�o�az�mu�e�0°�como�sendo�o�Su� ,�e�o�Nor�e��em�ângu� o
az�mu�a� �
de�180°.
• Ângulo Azimutal do Sol (as):�
é�o�
ângu�
o�en�re�
a�projeção�
dos�
ra�os�so�
ares�
no�p�
ano�hor� zon�a�
e�
a�d�
reção�Nor�e-Su�.�
Tem� as�mesmas�convenções�que�o�
Ângu�o�Az�mu�a��
de�
Superí c�
e.
• Altura Solar (α):�
ângu�
o�en�re�
os�
ra�
os�
so�
ares�
e�sua�
projeção�
sobre�
um�
p�ano�
hor�
zon�a�
.
• Inclinação (β):�
ângu�
o�en�re�
o�pa�
ne�
�so�
ar�
e�o�
p�ano�
hor�
zon�a�
.
• Ângulo Horário do Sol ou Hora Angular (ω):�
é�o�
des�ocamen�o�angu� ar�
do�so�,�
no� sen�do�Les�e-
Oes�e,�
à�par�r�do�mer� d�ano��oca�
,�dev�
do�ao�mov� men�o�de�ro�ação�da�Terra.�A�Terra�
dá�uma
vo�
�a�comp�e�a�(360°)�em� �orno�de�s�
�mesma� em�24�horas.�
Por�an�o,�
cada�hora� corresponde�a
um�des�ocamen�o� de�15°.
• Ângulo Zenital (θz):�é�o�ângu�o�formado�en�re�os�ra� os�so�ares�e�a�ver�ca�
�(Zên��e).�O�ângu� o
zen��a�
�é�o��nverso�da�a��ura�so�ar.�O�so�
�só�alcança�o�Zên��e�nas��oca��
dades�en�re�os��róp� cos
(zona��rop�ca�).�Fora�dos��róp�
cos,�em�nenhuma�� oca��
dade�haverá,�ao�me� o�d�a�so� ar,�ângu�o
zen��a�
��gua��a�zero.
O�conhec�
men�o�desses��ermos�é�de�ex�rema��
mpor�ânc�
a�para�o�es�udo�de�qua�
quer�s�
s�ema�de�
aprove�
�amen�o�de�
energ�
a�so�
ar.

3.2. Radiação Solar ao Nível do Solo


A��
n�ens�dade�da�rad�
ação�so�ar�que�chega�à�Terra�é�em��orno�de�1,3�kW/ m²�ac� ma�da�a�mosfera.�A�
quan�dade�de�Radiação que�chega�ao�chão,�no�p� ano�hor� zon�a�
�depende�da�� oca��zação�geográi ca,�mas�
�ambém�das�cond�ções�a�mosfér�cas,�ass�
m�como�do�per� odo�(es�ação)�do�ano.�A�a�mosfera��erres�re�age�
como�um� i�
�ro,�
que�b�
oque�a�uma� par�e�dessa�
energ�a.�Quan�o� ma�s�espessa�for�
a�camada� a�mosfér�ca�a�ser�

22
22
vencida,�
menor� será�a�
Irradiância solar�
ao�n�ve��
do�so�o.�A�camada� a�mosfér� ca�será�ma� s�
ou� menos� espessa,�
de�acordo�à�e�evação�do�so�,�no�momen�o� da�med� ção.�Essa�espessura�é�med� da�a�ravés�de�um�coei c�en�e�
chamado� Massa de Ar� (AM).� A�massa�de�ar��
nl uenc�a�a�ravés�dos�efe��os�de�absorção� e�d�spersão�(Ray�e�
gh�
e�M�e),�
por��
sso,�quan�o�ma� s�e�evado�o�
so��es�ver�no�céu,�menores� serão� os�
efe��os�da�camada� a�mosfér�ca.�
��
mpor�an�e� sa��
en�ar�que�a� po�u�
ção�a�mosfér� ca�
po�enc� a��
za�esses�efe��os�
de� absorção� e�d�spersão.

Figura 12 - Re�ação entre o Ângu�


o de Inc�
dênc�
a e a Massa de Ar

A�
re�
ação�
en�re�
o�coei c�
en�e�
AM�
e�a�
a��ura�
so�
ar�
e��
ângu�
o�zen��a�
�é�
a�segu�
n�e:

Dev� do�a�esses�fa�ores,�a�
máx� ma�Irrad�ânc� a�
que�
chega� à�superí c�e��erres�re�
é�em��orno�de�1.000� W/
m².�A�rad�ação�que� vem� d�re�amen�e� do�so� �
é�chamada�de�Rad� ação�D�re�a,� e�
a�que�vem�da�abóbada celeste
é�chamada� de�difusa.�A�ém� dessas�duas,��emos� �ambém� a�
Rad� ação�de� Albedo,� que�a�
energ�a�
so�ar�rel e�da�
da�Terra,�seja�por�vege�ação,�cons�ruções,�e�c.�A�Irrad�ânc�a�de�A�bedo�é�mu� �o�pequena.�A�soma�dessas�
Irrad�
ações� é�chamada� de�Irrad�ação�So�
ar� To�a�.

23
Figura 13 - Grái co do espectro da rad�
ação so�ar dentro e fora da atmosfera terrestre

3.3. Medindo o Potencial Solar


Para�v�ab���
zar�os�
proje�os�comerc� a�s�de�s�s�emas� de� aprove��amen�o� de� energ�a�
so�ar�
são�necessár�os�
es�udos� sobre�a�rad�ação�so�
ar�na�superí c�e��erres�re.�Esses� es�udos��êm� como� base�a�
med� ção�da�rad�ação�
ex�ra�erres�re�(rea��
zada�por�sa�é���es�me�eoro� óg�cos),�jun�amen�e�com�a�adoção�de�mé�odos�de�cá� cu�os�
ma�emá�cos�e�a�med� ção�da�rad�ação�so� ar�ao�n�ve��do�so� o.�Para�ca�cu�ar�a�rad�ação�ao�n�ve�
�do�so�o�são�
u���zados�d�spos��vos�espec�i cos�
norma�zados� pe� a�
Organ� zação� Mund� a�

de� Me�eoro� og�a.�
Os�p�
ranôme�ros,�
p�re��
ôme�ros,� he��ógrafos�e�
ac�nógrafos� são� a�guns�desses� apare�hos.

Esses�
es�udos�
�evam�a�guns�
anos�
para�re�ornarem�
dados�
concre�os,�
já�
que�
�em�
que�
cons�
derar�
vár�
os�
fa�ores�
como,�por�
exemp�o,�as�
mudanças�c�
�má�cas.

Figura 14 - Piranômetro

No�Bras� ���emos�do� s�pr�nc�pa�s�es�udos�sobre�a�rad�ação�so�ar�em��err�


�ór�
o�bras��e�
ro:�o�“A��
as�
So�
ar�mé�r�co�do� Bras��
”�–�
produz� do�pe�o�
CRESESB� (Cen�ro�
de�Referênc�a�
em�Energ�a�
So�ar�
e�Eó��
ca�Serg�o�
de�
Sa�
vo�Br��o);�
e�o�“A��as�
Bras��
e�ro�de�Energ�a�So�
ar”�–�produz�do�
pe�a�Un�vers�
dade�Federa��
de�San�a�Ca�ar�
na�
em�conjun�o/ para�com� o�Proje�o�
SWERA.�
Os�do�
s�es�udos�são�comp�emen�ares�e�mos�ram�as�var�
ações�na�rad�
ação�cap�ada�na�superí c�
e�do�
�err�
�ór�
o�bras�
�e�ro�
ao��
ongo� de�
um�ano.

24
24
O�A��
as�So�
ar�
mé�r� co�apresen�a�os�va�
ores�da�rad�
ação�no�p�
ano�hor�
zon�a�
�(H)�em�mega�jou�
es�por�
me�ro�quadrado�
(MJ/ m²).

Figura 15 - Radiação Solar Global Anual - Atlas Solarimétrico do Brasil

O�A��
as�Bras�
�e�
ro�
de�Energ�
a�So�
ar�apresen�a�
os�resu��ados�em�
qu��owa�s� hora�por�
me�ro�
quadrado.�
O�
va�
or�
dado�em�kWh/ m²�é�
chamado� de�
Horas de Sol Pico (HSP)�
ou�Horas de Sol Pleno.

Figura 16 -Mapas de Radiação Solar - Atlas Brasileiro de Energia Solar

3.3.1. Horas de Sol Pico


A�
Rad�
ação�
so�
ar�
var�
a�duran�e�
o�d�
a�e�
�em�
sua�
ma�
or�
�n�ens�
dade�
ao�
meio-dia-solar.
À�
par�r�do�momen�o� em� que�o�
so��
aparece�no�hor�
zon�e�
a�é� o�
ocaso,�
a�rad�ação�so�ar�va��do�m� n�
mo� ao�
máx�mo�(ao�
me� o-d�a-so�ar),�
e�de�vo�
�a�
ao�m�n�mo.�As�nuvens�
�nl uenc�am�a�Irradiância Direta,�fazendo�com�
que�
mesmo� ao�me� o-d�a-so�ar�possamos�cap�ar�
menos� energ�
a�que�no� começo� da�manhã� ou�i na��da�
�arde.�
Se�
co�ocarmos� em�um�grái co�
a�var�
ação�da�Irrad�
ânc�a�
em�um�
d�a�
méd�
o,�
podemos�
observar�
as�
horas�
do�
d�a�em�que�a�Irrad�
ânc�
a�é�próx�ma�ou��gua�
�a�
1000� W/ m².�

25
Figura 17 - Grái co das Horas de So�P�
co

Esse� va�or�
é�de�ex�rema� �mpor�ânc�a�para�o�cá�cu�o�de� s�s�emas� fo�ovo��a�cos,�po�s�
é�nessas�horas�
que�
um� pa�ne��fo�ovo��a�
co�es�ará�gerando�o�seu�máx�mo� duran�e� o� d�a.�
As�
horas� de�so��
p�co�es�ão�
compreend� das�
en�re�duas� a�
�rês�
horas�an�es� e�
depo�s�do�me� o-d�a-so�ar.�O�me� o-d�a-so�ar�acon�ece� quando�os�ra�os�
de�so��
es�ão�se�proje�ando� na�d�reção�Nor�e-Su�,�
no�mer� d�ano� �oca� .�Como� o�me� o�d�a�so�
ar�var�a�
ao��ongo�do�ano,�
na�ma� or�a�das�vezes�ser�
d�feren�e�
do�me� o�d�a�no�horár� o�c� v��
.
O� CRESESB� d� spon�b��
�za� uma� ferramen�a� de� acesso� ao� banco� de� dados� de� rad�
ação�
so�
ar�em��err� �ór�
o�bras��e�ro.�Acesse�es�a�ferramen�a�de�nome�Sunda�a�pe� o�segu�n�e���nk:�
h�p:/ / www.cresesb.cepe�
.br/sunda�a/ �
ndex.php.

3.4. Efeito Fotovoltaico


O��ermo�fotovoltaico�s�gn�i ca�a��ransformação�da�rad�
ação�so�ar�d�
re�amen�e�em�corren�e�e�
é�r�
ca,�
u��
�zando�as�
cé�u�as�
fo�ovo� �a�cas,��ambém� chamadas�de�cé�
u�as�
so�ares.
As�cé�
u�as�
fo�ovo��a�cas�são�
cons��u�
das�de�materiais semicondutores� como:�silício,�arseneto de gálio,�
telureto de cádmio ou disseleneto de cobre e índio�(gálio).�O�s�
��
c�o�cr�
s�a�
�no�é�o�ma� s�u���zado,�mas�as�
�ecno�og�as�de�
pe��cu�
a�i na�ganharam�mercado�com� a�produção� em��arga�
esca�a.

3.4.1. Princípios de funcionamento


Os�sem�condu�ores�possuem�a�banda de valência��o�a�men�e�preench� da�e�a�banda de condução
�o�a�
men�e�vaz�
a�a��empera�uras�mu�
�o�ba�
xas.�A�separação�en�re�as�duas�bandas�de�energ�
a,�chamada�de�

26
26
gap de energia,�
é�em�
�orno�
de�
1�eV.�

Figura 18 - Gap de enegia nos semicondutores

Nos�
�so�
an�es�
o�gap�
é�de�
vár�
os�
eVs,�
var�
ando�
conforme�
o�ma�er�
a�.

Figura 19 - Compara�vo do gap entre os �pos de matér�as

Isso�dá�aos�sem� condu�ores�de�erm� nadas�carac�er�


s�cas�espec� a�s,�como�o�aumen�o�da�sua�
condu�v� dade�com�o�aumen�o�da��empera�ura,�dev� do�à�exc�
�ação�dos�e�é�rons�da�banda�de�va� ênc�
a�para�
a�banda� de�condução.� Ou�ra�carac�er� s�ca��
mpor�an�e,�
é�a�poss�b�
��dade�de�fó�ons,�
na�fa�xa�do�v�
s�ve�
�e�com�
energ� a�sui c� en�e,�
exc��arem� os�
e� é�rons.�
Esse�efe�
�o�
que�acon�ece�nos�sem�condu�ores� puros,�chamados� de�
�n�r�
nsecos� (�),�
por�s�
�só�não�perm� �e�o�func�
onamen�o� do�ma�er�a��
com� cé�
u�a�fo�ovo��a�
ca,�po�s�
a�ma�or�a�dos�
e�é�rons� vo� �a�a�se�
reconb� nar.
Será�
descr�
�o�
a�segu�
r�o�
func�
onamen�o�
e�a�
preparação�
de�
uma�
cé�
u�a�
fo�ovo�
�a�
ca�
de�
s��
�c�
o.�
Cada�á�omo�
de�s�
��
c�o��em�
qua�ro�
e�é�rons�de�
va�ênc�a,�
e�para�a�ng�
r�uma�coni guração� es�áve�
�se�
��
gam�
a�
qua�ro�
á�omos�
v�z�
nhos,�formando�uma�rede�cr�
s�a�
�na.�
Nesse� caso,�
não�há�
e�é�rons���
vres.

27
Figura 20 - Cristal de Silício Intrínseco (i)

Para�potencializar�o�efe� �o�fo�ovo� �a�


co�o�cr�
s�a�
�de�s�
��c�o�é�dopado�com�subs�ânc� as�que�a��eram�a�
sua�rede� cr�
s�a��
na.�Se�ao�s��
�c�o�for�m� s�urado�á�omos�de�Arsên� o�ou�
de�Fósforo�que�possuem� 5�e�
é�rons� de�
va�ênc�a,�um� desses�e�é�rons�i cará���
vre,�perm� �ndo�que�
com� pouca�energ�
a��érm� ca�
esse�e�
é�ron�salte para
a�banda� de�condução.� Esse��po� de�impureza� é�chamado�de�doadora� de�e�
é�rons,�ou�dopante n.

Figura 21 - Silício dopado com fósforo

Se�doparmos�o�s���c�o�com�ma�er� a�
s�como�o�A� um� n�
o�ou�Boro,�que�possuem�3�e�
é�rons�de�va�
ênc�a,�
fa��ará�um�e� é�ron�para�cr�ar�uma�� �
gação�cova�en�e.�Esse�buraco�se�compor�a�como�uma�carga pos� �va,�
já�que�com�pouca�energ� a��érm�ca�um�e�é�ron�v�
z�nho�vem�ocupar�esse�buraco,�de�
xando�um�buraco�onde�
es�ava� fazendo�com�que�haja� uma�movimentação do buraco.� Esse�
�po�de��
mpureza�é�
chamado� de�dopante p.

28
28
Figura 22 - Silício dopado com boro

Se�comb�narmos�as�duas�� mpurezas�no�mesmo�cr� s�a�


�intrínseco�de�s�
��c�
o,�formamos�uma�Junção
P-N.�Na�área�de�con�a�o�da�junção,�os�e�
é�rons��
�vres�do�sem�condu�or�Tipo-N�l uem�para�os�buracos�do
sem� condu�or�
Tipo-P�a�é�
que� se�
forme� um�campo elétrico�
que��mpede� o�
l uxo�
permanen�e� de�
e�é�rons.

Figura 23 - Difusão de elétrons na junção P-N

Se�a�Junção�P-N�for�expos�a�à�rad�
ação�so�ar,�os�fó�ons�com�energ� a�super�
or�ao�gap��
�beram�ma�
s�
buracos-elétrons �
�vres�
que�cr�
am�uma� corren�e�
e�é�r�ca�na�área�da�
junção.
A�guns�dos�e�
é�rons��
�berados�são�recomb�
nados,�se�não�forem�capturados.�A�
ém�d�
sso,�nem��odo�o�
espec�ro�
da�rad�
ação�é�aprove��ado.�

29
Figura 24 - Aproveitamento da radiação solar pelas células fotovoltaicas

Fó�ons�com�energ� a�super�or�ou��nfer�or�à�necess�
dade�geram�ca�or�desnecessár�
o,�que�d�m�nu��a�
ei c�
ênc�a�da�cé�u�
a�fo�ovo��a�
ca.�Veja�na��abe�a�aba�
xo�o�ba�
anço�energé�co�de�uma�cé�u�a�fo�ovo�
�a�
ca�de�
s��
�c�
o�cr�
s�a��
no:

Tabela 1 - Aproveitamento da radiação solar pelas células de silício cristalino


100% Irradiação Solar Total
-3,0% Rel exão� e�sombreamen�o� dos�con�a�os� fron�a�
s
-23,0% Fó�ons� com� energ� a��nsui c�en�e�na� Irrad� ânc�a�
de�ondas�compr� das
-32,0% Fó�ons� com� energ� a�exceden�e� na�Irrad� ânc�a�de�ondas�cur�as
-8,5% Recomb� nação� de�e�é�rons
-20,0% Grad� en�e�e� é�r�
ca,�espec� a�men�e� na� reg�ão�do�campo�e�é�r� co
-0,5% Res�s�ênc� a�em� sér�e�(perdas� �érm�cas� na�condução�e�é�r�ca)
= 13,0% Energ� a e�étr�ca u�� �
záve� .

30
30
Células Fotovoltaicas

31
31
4. Células Fotovoltaicas
Uma� cé�u�a�
fo�ovo��a�
ca�é�
a�un�
dade�
bás�
ca�
de�
um�
s�s�ema�
fo�ovo�
�a�
co.�
�a�
responsáve�
�pe�
a�conversão
da�
rad�ação�so�ar�
em� e�
e�r�c�
dade.
Como�uma� ún�ca�
cé�u�
a�não�
é�sui c�
en�e�
para�gerar�
po�ênc�as�
e�é�r�
cas�
e�evadas,�
os�fabr�
can�es�
assoc�
am�
vár�
as�
cé�
u�as,�
e�as�encapsu�am�para�pro�eção,�
formando� ass�
m�um� módu� o�
fo�ovo��a�
co.
Os�módu�os�comerc�a�s�d�ferem�en�re�s�
�por�vár�
os�fa�ores,�como�a�capac�dade�de�gerar�po�enc�a�
,�
chamado� de�po�ênc�a-p�
co,�
fa�or�de�forma,�
área,�
e�c.�
E�esses�va�
ores�se�
a��eram�de�acordo�
ao��po� de�
cé�u�a�
fo�ovo��a�
ca�
u���zada.

4.1. Tipos de Células fotovoltaicas

Figura 25 - Representação de uma célula fotovoltaica de silício cristalizado

A�segu�r,�os�pr�
nc�
pa�
s��pos�de�cé�
u�as�fo�ovo�
�a�
cas�produz�
das�em�esca�
a�comerc�
a��e�suas�pr�
nc�
pa�
s�
carac�er�s�cas.

4.1.1. Silício Cristalizado


O�s��
�c�o�é�o�segundo�ma�er� a�
�ma� s�abundan�e�na�na�ureza,�perdendo�apenas�para�o�ox� gên�o.�
En�re�an�o,�o�s�
��
c�o�es�á�
na�ura�men�e� comb� nado�
a�ou�ros�
ma�er� a�s,�e�
se�
apresen�a�como� d�óx�do� de�s��
�c�
o�
e�s�
��
ca�os.�A�are�a�e�o�quar�zo�são�as�formas�ma�s�comuns.�A�are�a�con�ém�demas� ado��eor�de�� mpurezas�
para�ser�processada.,�já�os�depós��os�de�quar�z�
�o�chegam�a�possu� r�99%�de�S�
.�É�essa�areia sílica�que�é�
processada� para�a�ob�enção�da�ma�ér� a�pura.
�Para�a�u��
�zação�
do�s�
��
c�o�como�
ma�ér�
a�pr�
ma�para�a�fabr�
cação�das�cé�
u�as�
fo�ovo�
�a�
cas,�esse�deve�
ser�
pur�i cado.
São�
do�
s,�
os�
graus�
de�
pur�
i cação�
do�
s��
�c�
o:
1�–�S���
c�o�me�a�
úrg�
co,�onde�se�comb�na�ao�quar�z�
�o�quan�dades�con�ro�
adas�de�carbono�a�a��as�
�empera�uras.�
O�ox�
gên�o�
presen�e�
no�quar�z�
�o�
é�remov�do�na�forma� CO2�
de� e,�depo�
s�de�
ou�ros�processos,�

32
32
serão�
ob�das�
barras�
de�
s��
�c�
o�com�
pureza�
de�
98%.
2�–�S��
�c�
o�grau�sem� condu�or�(e�
e�rôn�co� e�
so�ar),�
onde�o�
s��
�c�o�
é�conver�do� a�ravés�de� ác�
do� c�
or�dr�
co�
(HC�)�a��r�c�
osano:�S��+�3�HC��=>�S�
�H�C�3
�+�H2.�Dev�do�ao�seu�ba�xo�pon�o�de�ebu� �ção�(31,8�°C),�es�e�pode�
ser�pur�i cado�pe�o�mé�odo�de�des�� ação�frac� onada,�processo�seme� han�e�ao�u�� �zado�em�rei nar� as�de�
pe�ró�eo.� Com�a�ad�ção�de�H2�acon�ece�a�segu� n�e�
reação�qu�m�ca:�S�
�H�C�3
�+�
H 2
�=>�S��
+�3�HC�.
Após�essa�pur�
i cação,�
�eremos�cr�
ado�
um�cr�s�a�
�de�
s��
�c�
o�com�a�é�99,9999%�de�pureza,�que�
é�um� dos�
ma�er�a�
s�ma�s�puros�produz�dos�pe�
o�homem.��jus�amen�e�esse�processo�de�pur�
i cação�que�encarece�a�
cr�
ação�das�
cé�u�as�
fo�ovo��a�
cas.

4.1.1.1. S�
l�
c�o Monocr�stal�
no
Uma�das�formas�de�se�ob�er�o�cristal único�de�s���
c�o,�é�a�ravés�do�mé�odo�Czochra�sk�.�Duran�e�esse�
processo,�uma�semente� de�cr�
s�a��de�s�
��
c�o��
nser�da�numa�ca� de�ra�com�s���
c�o�
po��
cr�
s�a�
�no�e,�enquan�o� o�
conjun�o�g�ra��
en�amen�e,�essa�semente� é�ergu�da.�
A� semen�e� de�s�
��
c�o�orienta�
os�
á�omos� do� mosto�que�se�
cr�
s�a�
�za�em� uma�ún�
ca�formação� cr�
s�a��
na,�por��
sso�o�nome:� monocristal.
Após� o�
cor�e�
do� cr�s�a�
�em�pas�� has,�
é�depos��ado�o�
fósforo,�a�ravés�
de�d�fusão�de�
vapor�a�
�empera�uras�
en�re�
800-1200°C,� e�cr�ada�a�rede�de�con�a�os�fron�a�
s�e�
�rase�ras�que�recolherão�os�e�
é�rons��
�berados�
pe�o�
efe�
�o�fo�ovo�
�a�co.�Também� é�
fe��o�
um� �ra�amen�o� an�rrel exo�na�par�e�
pos�er�or.
Ei c�
ênc�
a:�
15�
–�18%�
(Czochra�
sk�
)
Forma:�
Gera�
men�e�
arredondadas,�
ou�
em�
forma�o�
de�
fa�a de p�
zza.
Tamanho: gera�
men�e�
10x10�
cm²�
ou�
12,5x12,5�
cm²;�
d�âme�ro�
10,�
12,5�
ou�
15�
cm.
Espessura:�
0,3�
mm.
Cor: gera�
men�e�azu�
-escuro�ou�quase�pre�o�(com�an�rrel exo),�c�
nza�ou�azu�
-ac�
nzen�ado�(sem�
an�rrel exo).
Fabricantes:�a�As�ro�Power,�Bhara��E�
ec�ron� cs,�BHEL,�BP�So�
ar,�Canrom,�CEL,�Ce�
�S�
Co,�Deu�sche�Ce�
�,�
Euroso�
are,�GE�Energy,�GPV,�He�
�os,�Humae� ,�Isofo�on,�Ka�
feng�So�ar�
Ce� �
Fac�ory,�
Kwazar�
JSC,�
Mahar�
sh�
,�
Ma�sush�
�a�
Se�
ko,�
M�croso�
power,�
N�ngbo�
So�
ar
Energy�
Power,�
Pen�afour�
So�
ec�
Techno�
ogy,�
Pho�owa�,�
RWE�
Scho��
So�
ar,�
Sharp,
She�
��
So�
ar,�
So�
ar�ec,�
So�
ar�
W�nd�
Europe,�
So�
ec,�
So�
mecs,�
So�
�erra,�
Sun�ech,�
Sunways,
Te�
ekom-STV,�
T�anj�
n�J�
nneng�
So�
ar�
Ce�
�,�
V�va�
So�
ar,�
Webe�
�SL,�
Yunnan�
Sem�
conduc�or.

Figura 26 - Células de silício monocristalino

4.1.1.2. S�
l�
c�o Pol�
cr�
stal�no
Um�dos�processos�de�cr�
ação�de�s�
��
c�o�po�
�cr�
s�a�
�no�ma�
s�u��
�zado�é�o�de�fundição de lingotes,�onde�

33
o s�
��
c�o�em�es�ado�bru�o�é�aquec�do�no�vácuo�a�é�uma��empera�ura�de�1.500°C�e�depo� s�resfr�
ado�a�é
uma��empera�ura�de�800°C.�Pode-se�aproveitar�o�processo�de�pur�i cação�do�s���
c�o,�e�já�ad�c�
onar�o�Boro.
Nesse�processo�é�u���
zado�menos�energ� a.�Serão�cr�
ados�b�ocos�de�s� �
�c�o�de�40x40�cm²�com�a� �ura�de�30
cm. O�processo�segue�como�o�do�s�
��
c�o�monocr� s�a��
no,�com�o�cor�e,��ra�amen�o�an�rrel exo�e�cr� ação�dos
con�a�os�
fron�a�
s.
Ei c�ênc�
a: 13�
–�15%�
(com�
an�rrel exo)
Forma:�
gera�
men�e�
quadrada.
Tamanho:�
10x10�
cm²,�
12,5x12,5�
cm²,�
15x15�
cm².
Espessura:�
0,3�
mm.
Estrutura:�duran�e�
o�resfr�
amen�o,�formam-se�
vár�
os�cr�
s�a�
s�de�s�
��
c�o�com�or�
en�ações�d�
versas.�
Essa�
formação�mu� �cr�s�a�
�na�
é�fac�
�men�e�
reconhec�da.
Cor:�
azu�
�(com�
an�rrel exo),�
c�nza�
pra�eado�
(sem�
an�rrel exo).
Fabricantes:�
�A�-Afand�,�
BP�So�ar,�
Deu�sche�
Ce��
,�
ErSo�,�
Euroso�
are,�
GPV,� Kwazar�JSC,�
Kyocera,�
Mahar�sh�
,�
M� �sub�sh�,�Mo�ech,�Pho�ovo� �ech,�Pho�owa�,�Q-Ce��
s,�RWE�Scho��So� ar,�Sharp,�She��
�So�
ar,�So�
ar�Power�
Indus�r�es,�So�
ar�ec,�
So��erra,�
Sun�ech,�Sunways,�
T�anj�
n�J�
nneng�So�ar�
Ce��.

Figura 27 - Celulas de silício policristalino

4.1.2. Células de Película Fina


O�desenvo� v�men�o�das�cé� u�as�fo�ovo� �a�
cas�de�pe� �cu�a�i na�vem�desde�a�década�de�90.�O�ma�er� a��
sem� condu�or�é�ap� �cado�em�um�subs�ra�o,�gera� men�e�v� dro,�a�ravés�de�depos� ção�por�vapor� zação,�
depos� ção�ca�ód� ca�ou�banho�e� e�ro���co.�Os�sem� condu�ores�ma� s�u���zados�são�o�silício amorfo�(a-Si),�
o disseleneto de cobre e índio�(gálio)�(CIS-CIGS)�e�o�telureto de cádmio�(CdTe).�Dev� do�à�a��a�absorção
�um� nosa,�camadas� de� menor�espessura� (0,001 mm)� são,�
em� �eor�a,�sui c�
en�es�para�
conver�er� a�
�uz�
so�ar�
em
e�e�r�c�dade.�A�ém�d�sso,�esses�ma�er� a� s�são�ma� s�fac��men�e�dopados�e�requerem�menores��empera�uras
(en�re�200°Ce 500°C)� para�
sua�fabr�cação,� o�que,�comb� nado�com� a�
capac� dade�de�au�omação� para�
produção
em� �arga�esca�a,�
pode� bara�ear�o�preço� i na��dos�módu� os.
As�cé� u�
as�de�pe�
�cu�
a�i nam�não��em�o��amanho�e�o�forma�o�res�r�
�o,�como�as�cé�
u�as�de�s�
��
c�o�
cr�
s�a�
�zado.

34
34
4.1.2.1. S�
l�
c�o Amorfo (a-S�
)

Figura 28 - Representação de uma célula de silício amorfo

O�s���c�
o�amorfo�(sem�forma)�não�possu��uma�es�ru�ura�cr�s�a��
na,�mas�s�m�uma�rede�� rregu�ar.�Por�
�sso�se�formam���gações���
vres�que�absorvem�h�drogên�o�a�é�a�sa�uração.�Esse�s�
��
c�o�amorfo�h�drogenado�
(a-Si:H)�é�cr�
ando�em�rea�ores�p�asmá�cos,�a�ravés�de�vapor�zação�qu� m�ca�de�s��ano�gasoso�(SiH4),�que�
requer� �empera�uras�re�
a�vamen�e� ba�xas,�
em��orno�de�
200°C a 250°C.
A�grande�desvan�agem�das�cé�u�
as�de�a-S�
�é�a�sua�ba�
xa�ei c�
ênc�a,�que�d�
m�nu��nos�pr�me�ros�6�a�12�
meses�de�func�onamen�o,�dev�
da�à�degradação�provocada�pe�a��uz,�pe�
o�chamado�Efeito Staebler-Wronski,�
a�é�
a�ng�r�um�va�or�
es�áve�
.�
Ei c�
ênc�
a:�
en�re�
5%�
a�9%�
de�
ei c�
ênc�
a�do�
módu�
o.
Forma:�
forma�o�
��
vre.
Tamanho:�
módu�
o�s�andard�
0,77x2,44�
m4;�
módu�
os�
espec�
a�s�
2x3�
m².
Espessura:�1-3�mm�para�o�subs�ra�o�(p�
ás�co,�v�
dro,�e�c.),�com�um�reves�men�o�de�s�
��
c�o�amorfo�de�
aprox�
madamen�e� 0,001�
mm.
Cor:�
cas�anho�
averme�
hado�
a�azu�
�escuro.
Fabricantes: �
BP�So� ar,�
Canon,�
Dunaso� ar,�
ECD�Ovon� cs,�
EPV,�Free�
Energy�Europe,�
Fuj��E�
ec�r�c,�
ICP,�
Iowa�
Th�n�F��
m�Techno� og�es,�Kaneka,�MHI,�RWE�Scho��So� ar,�Sanyo,�ShenzhenTopray�So�ar,�S�
nonar,�So�ar�Ce�
�s,�
Terra�
So� ar,�
T�anj�
n�J�
nneng� So�ar�
Ce�
�,�
Un��ed�So�ar�
Ovon� c,�
VHF� Techno�og�
es.

35
Figura 29 - Módulo de silíco amorfo

4.1.2.2. Disseleneto de Cobre e Índio (CIS)

Figura 30 - Representação de uma célula CIS

Para� se�fabr� car�


as�cé�u�
as�CIS�
o�subs�ra�o�é�reves�do� com� uma� i na�camada� de�mo� �bdên�o� a�ravés�de�
depos� ção�ca�ód� ca,�e�
a�camada� CIS�
do��po�P�pode� ser�
fabr�cada�a�ravés� da�vapor�zação�s�mu� �ânea� do�cobre,�
�nd�o�e�se�ên� o,�numa�câmara�de�vácuo�a�500°C,�ou�a�ravés�da�depos� ção�camada�a�camada�dos�ma�er� a�s.�
O�óx�do�de�z� nco�con�am� nado�com�a� um�n�o�(ZnO:Al)�é�u�� �zado�como�con�a�o�fron�a� ��ransparen�e.�Esse�
ma�er� a��é�do��po�N e�é�depos� �ada�uma�camada�� n�ermed� ár�a�de�óx� do�de�z�nco�intrínseco�(i-ZnO).�Uma�
camada�de�su� fa�o�de�cádm� o�(CdS)�do��po�N�é�u�� �zada�para�reduz� r�as�perdas�causadas�comb� nação�
�nadequada� das� redes�cr�
s�a��
nas�das�camada� de�CIS�e�ZnO.
D�feren�emen�e�
do� s�
��
c�o�
amorfo,�cé�u�as�
CIS�não�são�
suscep�ve�s�
à�degradação� causada�
pe� a�
�uz,�
mas�
apresen�am�prob�emas�de�es�ab���
dade�em�amb� en�es�quen�es�e�húm�
dos.�Por��
sso,�os�módu�os�fabr�
cados�
com�esse��po�de�
cé�u�
a��em� que��er�
boa�se�agem.
Os�módu� os�CIS�são�os�ma�s�ei c�
en�es,�den�re�os�mos�rados�aqu� ,�e�é�prováve��que�a�produção�em�
massa��orne�os�seus�preços�ma�s�
a�ra�vos�que�os�de�s���
c�o�amorfo.�Infe�
�zmen�e�as�reservas�de��nd�
o�es�ão�
cada�
vez�ma� s�
reservadas�à�produção� das�
�e�as�touch-screen�dos�
smartphones� e�
tablets,�
comprome�endo� o�

36
36
uso�
desse�
ma�er�
a��
para�
a��
ndús�r�
a�fo�ovo�
�a�
ca.
Ei c�
ênc�
a:�
7,5%�
a�9,5�
%�de�
ei c�
ênc�
a�do�
módu�
o.
Forma: forma�o�
��
vre.
Tamanho: gera�
men�e�
en�re�
1,2�
x�0,6�
m².
Espessura:�
3�mm�
para�
o�subs�ra�o�
com�
reves�men�o�
de�
0,003�
mm.
Cor:�
pre�o.
Fabricantes:�
She�
��
So�
ar,�
Wür�h�
So�
ar,�
Showa�
She�
�,�
EPV,�
G�oba�
�So�
ar,�
Days�ar.

Figura 31 - Células CIS

4.1.2.3. Telureto de Cádm�


o (CdTe)
As�
cé�u�
as�de�CdTe�são�fabr�cadas� sobre� um�subs�ra�o�de�v�
dro,� com�uma� camada�de�óx�do�de�
es�anho�
�nd�o�
(OTI)�
como� con�a�o�fron�a�,�
que� é�reves�do� com�uma� camada� �ransparen�e�de�
su�
fa�o�de�cádm�o�(CdS)�
do��po�N, e�depo�s�com�a�camada�de��e� ure�o�de�cádm� o�(CdTe)�do��po�P.�Podem�ser�fabr�cados�por�silk
screen,�
depos�ção�ga�vân�ca�ou�pirólise pulverizada.

Figura 32 - Representação de uma célula CdTe

Ass�
m� como�o�CIS,�
a��ecno�og�
a�de�fabr�cação�do�CdTe�pode�i car�
a�nda� ma�s�bara�a�
com� o�
aumen�o� da�
produção�em�esca�a.�
A�desvan�agem� es�á�na��ox�c�
dade�do�cádm� o.�O�CdTe� é�um� compos�o�a�óx�co�es�áve�,�
mas�pode�apresen�ar�
um� r�sco�
para�
o�amb� en�e�e�a�saúde�
na�cond� ção�de�gás.�Fe�
�zmen�e�o�es�ado�gasoso�só�
ocorre�
duran�e�a�
sua�fabr�cação,�
em�cen�ros�de� produção�con�ro�
ados.
Ei c�
ênc�
a: 6�
–�9%�
de�
ei c�
ênc�
a�dos�
módu�
os.

37
Forma: forma�o�
��
vre.
Espessura: 3�
mm�
para�
o�subs�ra�o�
com�
0,008�
mm�
de�
reves�men�o.
Tamanho: gera�
men�e�
1,2�
x�0,6�
m².
Cor:�
verde-escuro�
a�pre�o
Fabricantes: An�ec,�
F�rs��
So�
ar,�
Ma�sush�
�a.

Figura 33 - Módulo de CdTe

4.1.3. Tabe�
a de Ei c�ênc�
as

Tabela 2 - Ei c�
ênc�a dos d�ferentes �pos de cé�
u�as fotovo�
ta�cas
Ma�er�
a� Ei c�
ênc�a�
em Ei c�
ênc�
a�em Ei c�
ênc�a�
em
Labora�ór�
o produção produção� em�sér�
e
S��
�c�
o�Mono 24,7% 18% 14%
S��
�c�
o�Po�
y 19,8% 15% 13%
S��
�c�
o�Amorfo 13% 10,5% 7,5%
CIS,�
CIGS 18,8% 14% 10%
CdTe 16,4% 10% 9%

38
38
Módulos Fotovoltaico

39
39
5. Módulos Fotovoltaicos
Uma�cé� u�a�fo�ovo�
�a�
ca�de�s�
��
c�o�cr�
s�a�
�zado�produz�uma��ensão�de�aprox�
madamen�e�0,46�a�0,56
vo�
�s�e�uma� corren�e�aprox�
madamen�e� 30�mA/cm².�As�cé�
u�as�comerc�
a�s�
geram�em��orno�de�
1 A,�
2,5 A,�3
A,�
5 A�e�7 A.
Para�a�cançar�as�po�ênc� as�comerc� a�s,�os�fabr�can�es�de�módu� os�fo�ovo��a�cos�conec�am�cé�
u�as�
fo�ovo��a�cas�en�re�s�,�gera�men�e�em� sér�e,�em� um�processo�de�conexão�que� é�
fe��o�so�
dando�os��erm�
na�s�
da�par�e�fron�a��
de� uma� cé�u�a�à�par�e�
�rase�ra�da�segu�n�e,�e�
ass�m�por�d�
an�e.�Para�cons�ru�r�
um�módu�o�de�
�ensão�nom� na��
em� 12� vo��s,�
serão�conec�adas� en�re�30�e�40�
cé�u�as�
(gera�
men�e� 33,�36�ou�40).

Figura 34 - Conexão de células fotovoltaicas em série

O�processo�de�mon�agem�do�módu�o�fo�ovo�
�a�
co�pode�ser�fe�
�o�de�mane�
ra�au�omá�ca,�a�ravés�de�
maqu�
nár�o�
espec�a��
zado,�
ou�por�
manufa�ura,�
onde�
o�processo�
de�produção�não�
perm� �e�
uma�
a��a�produção�
em�
esca�
a.

Figura 35 - Máqu�
na para conexão automá�ca de cé�
u�as

Após�
a�conexão,�
as�
cé�
u�as�
serão�
encapsu�
adas�
na�
segu�
n�e�
ordem:
• Uma�
�âm�
na�
de�
v�dro�
�emperado;
• Um�
ma�er�
a��
orgân�
co,�
como�
o�EVA�
(e��
eno-v�
n��
-ace�a�o);
• As�
cé�
u�as�
conec�adas;

40
40
• Ma�
s�uma�
�âm�
na�
de�
EVA�
(ou�
s�m�
�ar)
• Uma�
cober�ura,�
que�
pode�
ser�
v�dro,�
�ed�
ar,�
PVC,�
ou�
ou�ros�
po�
�meros

Figura 36 - Máquina de corte dos materiais de encapsulamento

O�conjun�o�ser�
evado�a�uma�máqu�
na��
am�
nadora,�que�i na�
�za�a��
am�
nagem,�dando�es�anque�
dade�
ao�
conjun�o.

Figura 37 - Lam�nadora de módu�


os fotovo�ta�cos

Por�i m�o�conjun�o�será�emo�durado�(u��
�zando�gera�
men�e�a�
um� n�
o�anod� zado),�serão��
nser�
das�as�
ca�
xas�de�
conexão� (e�cabos/conec�ores)�
e�o�
módu� o�
ser�
evado�
a�um�Simulador Solar.

41
Figura 38 - Máquina de molduragem de módulos fotovoltaicos

A�
ém�
do�
s�mu�
ador�
so�
ar,�
os�
módu�
os�
passam�
por�
�es�es�
mecân�
cos�
como:
• Var�
ação�
de�
�empera�ura�
en�re�
-40°C�
a�é�
+�85°C;
• Tes�es�
de�
�so�
amen�o�
sob�
hum�
dade�
e�conge�
amen�o;
• Carga�
mecân�
ca,�
res�
s�ênc�
a�a�
gran�
zo�
e��orções;
• Res�
s�ênc�
a�de�
�erm�
na�
s,�
e�c.

Figura 39 - Simulador Solar

Os��es�es�mecân�cos�de�erm�nam�a�capac�dade�dos�módu� os�res�s�rem�às��
n�empér�es,�os��es�es�de�

so�amen�o�são� para�
os�
e�emen�os�condu�ores�e�
mo� dura.�
Os��es�es�
de� �orção�
de�ec�am�defe�
�os�que� possam�
aparecer�
em� caso�de�mon�agem� de�módu�os�em�es�ru�ura��
nadequada.

42
42
Figura 40 - Módulos fotovoltaicos comerciais

5.1. Caracter�
s�cas dos Módu�
os Fotovo�ta�
cos
Cada��po�de�módu� o,�de�acordo�com�a��ecno� og�a�u��
�zada�na�cé�u�a,��em�suas�carac�er�s�cas�
par�cu�
ares.�Apresen�aremos�aqu�,�as�carac�er�
s�cas�dos�módu�
os�de�s��
�c�
o�cr�s�a�
�zado,�po�
s�são�os�ma�s�
u���
zados�
a�ua�men�e.
Os�
módu� os�
são�c�ass�
i cados�no�
mercado� de�
acordo�à�
sua�po�ênc�a-p�
co�(Wp),�e�
ao�
�po�
de�
cé�
u�a.�
Mas�
para�
um��écn�
co�ou�proje�s�a,�ex�
s�em�ou�ras�
carac�er�
s�cas�
a�serem�cons�deradas.

5.1.1. Caracter�
s�cas F�s�cas e Mecân�
cas
Os�módu�os� fo�ovo�
�a�cos�comerc�a�
s��em�forma�
quadrada� ou�re�angu�
ar.�
A�espessura,�sem�a�
mo� dura,�
não�cos�uma�u��rapassar�4�cm.�Não�são�mu� �o�pesados�e,�apesar�da�aparênc�a�r�
g�da,�supor�am��
�ge�ras�
deformações,�
adap�ando-se� a�
esforços�
mecân� cos.

Figura 41 - Corte transversal de um módulo fotovoltaico

As�
ca�xas�de�
conexão�possuem�o�
�so�amen�o� necessár�
o�para�a�conexão�
dos�cabos�e�a�
ou�ros�módu�os.�
A�ém�d�
sso,�os�módu�os��êm�um�pon�o�de�a�erramen�o,�para�os�casos�em�que�as�conexões�en�re�módu�
os�
cheguem�a��ensões�ma�ores.

43
Figura 42 - Caixas de conexões de módulos fotovoltaicos

As�d�mensões�e�o�peso�dos�módu� os�var�
am�de�acordo�ao�fabr�can�e�e�à�po�ênc� a-p�co,�mas�seguem�
padrões�
gera�s�segu�
dos�por��odos.�
Módu� os�
para�
s�s�emas�on-grid�
cos�umam� v�r�
de fábrica�com�os�conec�ores�
espec�
a�s�para�conexão�ráp�da.�Os�ma�s�comuns�são�os�mode� os�MC3 e MC4,�desenvo� v�dos�pe�a�empresa�
Mu��con�ac�,�mas�que�são�fabr�cados�
por� d�
versos�ou�ros�
fabr�can�es�
no�mesmo� padrão.

Figura 43 - Conectores MC3 e MC4

Ou�ro�
mode�
o�de�
conec�or�
para�
s�s�emas�
fo�ovo�
�a�
cos�
é�desenvo�
v�do�
pe�
a�empresa�
Tyco�
E�e�ron�
cs.�

Figura 44 - Conectores Tyco

Os�mode� os�não�são�compa�ve�s�en�re�s�,�e�a�
guns�fabr�
can�es�usam�d� feren�es�mode�
os�de�conec�or�
em�seus�d�feren�es�mode� os�de�módu� o.�A�fa��a�de�compa�b� ��dade�en�re�os�conec�ores�serve�como�o�

nd�ca�vo�da�recomendação� de�
não�
se�agrupar� módu� os�
de�carac�er�
s�cas�d�s�n�as.�
Tenha�bas�an�e�a�enção�quan�o�ao�conec�or�u���
zado�pe�o�fabr�
can�e,�na�fase�de�proje�o�do�s�
s�ema�
PV,�
po�s�
a�remoção�e/ou� �roca�
do�
conec�or,�
em�mu��os�casos,�
�nva�
�da�a�
garan�a�con�ra�defe��os�de�
fabr�cação�
do�módu� o.�
�poss�
ve��contornar�
a��
ncompa�b� ��
dade� en�re�
os�conec�ores�dos�módu� os�e�os�conec�ores�dos�

44
44
d�
spos��vos�de�cond�c�onamen�o�de�po�ênc�
a�(como�os�
�nversores)�a�ravés�das�ca�
xas�
de�junção�de�i�
e�ra�e�
pa�
né�s�(v�
s�o�
aba�xo).
Nem� �odos�
os�mode�os�
de�
módu� os�
fo�ovo�
�a�cos�vêm�com� conec�ores.�
Os�mode� os�
de�
menor� po�ênc�a�
gera�men�e�não�os��êm.�Mesmo�módu� os�de�ma� or�po�ênc�a,�mas�com�foco�em�s� s�emas�fo�ovo�
�a�cos�
�so�
ados,�
�ambém� não�cos�uma�
�er�
os�
conec�ores.�
Possuem� apenas�a�
ca�xa�de�conexão.

5.1.2. Caracter�
s�cas E�étr�
cas
Tensão Nominal:�
é�a�
�ensão�padrão�
para�
a�qua��
o�módu�o�fo�
�desenvo�v�
do�
para�
�raba�
har.�
A�quan�dade�
cé�
u�as�
fo�ovo��a�
cas�
de�erm�na�esse�
parâme�ro,�segundo�
a��abe�a�aba�
xo:

Tabela 3 - Tensões nominais e Voc de módulos Standard


Número de Células Tensão Nominal Tensão em Circuito
Aberto (Voc)
18�
cé�
u�as 6�
vo��s 9,�
2�vo��s
36�
cé�
u�as 12�
vo��s 17,4�vo��s
72�
cé�
u�as 24�
vo��s 40,15�vo��s

A��abe�a�
an�er�or�
se�
ap� �
ca�
aos�módu� os�Standard�que�são�
os�ma� s�
adequados�para�s�
s�emas�fo�ovo��a�cos�
�so�ados.�Há,�
no�mercado,� módu�os�non-standard,� que�possuem� var�ados�números�de�cé�u�
as�(ex.:�
40�
ou� 60)�
e�só�são�adequados�para�s� s�emas�fo�ovo��a�cos�conec�ados�à�rede,�ass�
m�como�os�módu� os�s�andard.�Em�
c�rcuns�ânc�as�espec�a�
s,�
os�módu� os�non-s�andard� pode�ser�
u�� �
zados�em� s�
s�emas��
so�ados.
Tensão de Máx�ma Potênc�a (Vmpp): é�a��ensão�máx�
ma�que�o�módu�
o�gerará,�em�seu�pon�o�de�
máx�
ma�po�ênc�a,�
sob�
as�
condições padrão de teste�
(STC)
Tensão em Circuito Aberto (Voc): �ensão�
máx� ma�que�o�modu�o�
fornece�
em� seus�
�erm�
na�s,�
sem�
a�
presença�
de�uma� carga�
(em� vaz�
o).�É�uma��ensão�
de��es�e.�
Podemos�med�-�
a�com�um�mu��me�ro.
Corrente em Máx�ma Potênc�
a (Imp):�
corren�e�
máx�
ma�
que�
um�
módu�
o�fo�ovo�
�a�
co�
pode�
fornecer�
a�
uma� carga,�
em�
cond�
ções�padrão�de�
�es�e.
Corrente de Curto Circuito (Isc):�corren�e�máx� ma� que�o�módu� o�fo�ovo��a�
co�fornece,�quando� seus�
�erm�na� s�
es�ão�em� cur�o�
c�rcu��o,� sob�as�
cond� ções�padrão�de��es�e.�D�
feren�e�das�ba�er�as�e�ou�ras�
fon�es�de�energ�a,�podemos� med� r�a�
corren�e�em� cur�o�c�
rcu�
�o�de� um�módu� o�fo�ovo��a�co.�A�corren�e�
em� cur�o�c�
rcu��o,�
gera�men�e� é� 5%� super�or�
à�corren�e�máx� ma.
Potênc� a Máx�ma: a� corren�e� e�é�r�ca�gerada� por� um�módu� o�var�a�
de�zero� ao�Isc,�enquan�o� a��ensão�
en�re� os��erm� na�s�var�a�de�zero�a�é� o�Voc� sob�d�feren�es� cond�ções�de�Irrad�ânc�a�e� �empera�ura.� Como�
a�po�ênc� a�
é�o�produ�o� da��ensão� pe� a�corren�e,�essa�só� será�
a�máx� ma� para�uma� ún� ca�comb� nação�
de� �ensão� e�
corren�e.� Um� módu� o�fo�ovo� �a�co�es�ará�fornecendo� a�máx� ma� po�ênc� a,�quando� o�
c�rcu��o�ex�erno� possu� r�uma� res�s�ênc� a��a�,�
que� de�erm� ne�os�va�ores�
máx� mos� de� �ensão� e�corren�e�
e,�por�an�o� o�seu�produ�o� será�o�máx� mo.� Ex�s�em� apare� hos�
que� conseguem� alcançar o� pon�o� de�
máx� ma� po�ênc�a� (MPP� ��Max� mum� Power� Po�n�)�em�d� versas�cond�ções� de��
rrad� ânc� a�e��empera�ura.�
São� os�Seguidores do Ponto de Máxima Potência� (MPP� Trackers).

45
Figura 45 - Curva I V de um módulo fotovoltaico comercial

Ei c�
ênc�
a: é�
o�quoc�
en�e�
en�re�
a�po�ênc�
a�gerada�
e�a�
�rrad�
ânc�
a��
nc�
den�e�
sobre�
o�módu�
o.
Fator de Forma (Preenchimento): é�
um�
conceito teórico�
que�
mede�
a�forma�
da�
curva�
dei n�
da�
pe�
as�
var�
áve�s�I�
e�V�
na�segu�n�e�
equação:

Figura 46 - Fator de forma de um módulo comercial

5.2. Condições de Teste e Operação


Para�os��es�e�de�performance�e�ro�u� agem�dos�módu� os�fo�ovo� �a�
cos,�é�u���zado�um�padrão�de�
�rrad�ânc�
a,�massa�de�
ar�e�
�empera�ura.� Esse�
padrão,�chamado� de�Cond�ções Padrão de Teste (STC– Standard
Test Cond� �ons)�
é�consegu� do�em� �
abora�ór�o�a�ravés�do�s�
mu� ador� so�ar.�Em�s��uações�prá�cas,�
não�
�emos�
as�mesmas�cond� ções�para�o��raba�ho�dos�módu� os�fo�ovo��a�cos.�Veja�aba� xo�os�va�
ores�compara�vos�em�
�rês�cond�ções:

46
46
Tabela 4 - Condições de teste e operação dos módulos fotovoltaicos
Parâmetros STC NON-STC G-NOCT
Irrad�ânc�a (G) 1.000�
W/ m² 800�W/ m² 200�W/ m²
Massa de Ar (AM) 1,5 2 2
Temperatura da célula 25°C 45°C 45
Temperatura do ar 0°C 20°C 20°C

Todos�os�módu� os�comerc�a�s��êm�em�suas�i chas�de�dados�os�resu��ados�dos��es�es�em�STC.�É�


recomen�ado�aos�fabr�can�es,�pe�
a�norma�DIN EM 50380,�que�os�fabr�
can�es�acrescen�em�as��nformações�
dos��es�es�em�Condições Normais de Operação,��
nc�
us�ve�em�ba�
xas��
rrad�ânc�
as,�como�mos�rado�na��abe�a�
ac�ma.�
A�grande� �
mpor�ânc� a�
d�sso�es�á�no�fa�o�
de�a�
po�ênc�a�
máx� ma� de�um�módu� o�comerc� a��ser�
d�feren�e�
da�nom� na��quando�es�e�es�á�recebendo�Irrad� ânc�
as�menores,�ou�quando�suas�cé�u�as�es�ão�subme�das�a�
�empera�uras� d�feren�es�de�
25°C.�
Aba� xo�a�var�
ação�de�
�ensão�
em� c�rcu�
�o�aber�o�
e�corren�e�de�cur�o�c�rcu�
�o�
de�acordo�à�Irrad�ânc�a.

Figura 47 - Var�
ação de Voc e Isc de acordo à Irrad�
ânc�
a

Segundo� o� grái co�


ac�ma,�
podemos�ver�
que�
a��ensão�var�a�menos�que�a�
corren�e.�
Is�o�
porque� um�fó�on�
(com� energ�a�sui c�en�e)�energ�
za�
um�e�
é�ron.�
Com�ma� or�
�rrad�ânc�
a,�
ma� or�
a�quan�dade� de�fó�ons,�
e�ma�or�
a�corren�e�e�é�r�ca�gerada.
As�var�
ações�de��empera�ura��ambém��nl uenc�
am�o�desempenho�das�cé� u�as�fo�ovo�
�a�
cas.�Com�o�
aumen�o�da�
�empera�ura,�
a��ensão�
de�c�
rcu�
�o�
aber�o�ca�
�e�
a�corren�e�
de�
cur�o�
c�rcu��o�aumen�a.

47
Figura 48 - Variação da tensão e corrente de um módulo em função da temperatura

A�queda�
de��ensão�é�
ma� or�
que�
o��
ncremen�o�
de�
corren�e,�
por�an�o�
o�aumen�o�
da�
�empera�ura�
reduz�
s�
gn�
i ca�vamen�e�a�po�ênc�
a�dos�módu�
os.�
A��empera�ura� das�cé�
u�as�
fo�ovo��a�cas�não�é�a�mesma� do�amb� en�e,�
po� s�
as�cé�
u�as�
sofrem�um�aumen�o�
de��empera�ura�ao�receber�a�rad� ação�so�ar,�por�con�a�do�efe��o�fo�ovo��a�co.�A�d�
ferença�de��empera�ura�
var�a�
de� acordo�às�carac�er�
s�cas�cons�ru�vas� da�cé� u�
a�(a-S�
,�
p-S�,�
m-S�,�
e�c.)�e�
do� módu�o.�Podemos�es�mar�
essa�d�ferença�de��empera�ura� a�ravés�
da� segu�n�e� equação:

Onde:
G:�
é�a�
�rrad�
ânc�
a�em�
w/ m²
Nas�fo�has�de�dados�dos�fabr�
can�es�encon�ramos� os�coei c�en�es�de� �empera�ura,� po�s�esse�dado�é�de�
ex�rema� �
mpor�ânc� a,�
pr�nc�
pa� men�e�para�o�
cá�cu�o�de� s�
s�emas� conec�ados� à�rede,�po�s�esses,�gera�men�e,�
u���zam�grandes�quan�dades�de�módu� os�assoc�ados�em�sér� e,�e�as��ensões�são�a� �as.�Com�a�var� ação�da�
�empera�ura� a�d�ferença�de��ensão�pode�não�ser�sui c�en�e�para� o�
�raba� ho�de� um��nversor�on-grid�duran�e�
os�d�as�
quen�es� de�verão,�mas�pode�a�cançar�va�
ores� capazes�de� dan�i car�um��nversor� subd�mens� onado�em�
um� d�a�
fr�
o� de��
nverno.

Figura 49 - Coei c�
entes de temperatura de um módu�
o comerc�a�

Em�gera���emos�os�segu�
n�es�va�
ores�méd�
os,�caso�o�fabr�
can�e�não�forneça�os�dados,�para�cada�1°C�
ac�
ma�de�
25°C:

48
48
Tabela 5 - Coei c�
entes de temperatura de módu�os fotovo�
ta�
cos
Coei c�ente Silício Cristalizado Película Fina
Corren�e�
de�
Cur�o-C�
rcu�
�o�
(Isc) +15x10-6�
A�por�
cm²�
de�
cé�
u�a +1,3x10-5�
A�por�
cm²�
de�
cé�
u�a
Tensão�
em�
C�rcu�
�o�
Aber�o�
(Voc) -2,3x10-3 V�
por�
cé�
u�a -2,8x10-3�
V�por�
cé�
u�a
Po�ênc�
a�do�
Módu�
o�(Wp) -0,5%�
por�
módu�
o -0,5%�
por�
módu�
o

5.3. Associação de Módulos Fotovoltaicos


D� i c�
�men�e�um�ún� co�módu�o�fo�ovo� �a�co�será�sui c�
en�e�para�cons��u� r�o�painel fotovoltaico�de�
um�s�s�ema�fo�ovo� �a�co.�Um�pa�ne��fo�ovo��a�co�é�um�conjun�o�de�módu� os�fo�ovo��a�cos�e�e�r�
camen�e�
��
gados�en�re�s�,�que�fornecem�de�erm� nado�po�enc� a�,�e�gera�
men�e�es�arão�� �
gados�a�um�d� spos��vo�de�
cond�c�onamen�o� de�
po�ênc� a�
e/ou�con�ro�e.
Na�assoc�ação�em�sér�
e,�chamada�de�i �e�ra,�os�módu�os��erão�suas��ensões�somadas,�e�a��ensão�do�
pa�
ne�
�será�
a�soma� das�
�ensões��
nd�v�
dua� s�
de�cada�módu� o.�
A�corren�e�será�a�
méd� a�das�
corren�es�de�cada�
módu�
o,�por��
sso�não�é�
aconse�háve��
a�assoc�ação�de� módu�os�de�capac�dades�d�s�n�as.

Figura 50 - Comportamento de uma associação em série de módulos fotovoltaicos

Na�assoc�ação�em�para�
e�o��eremos�o�aumen�o�d�
re�o�da�corren�e�que�será,�no�pa�
ne�
,�a�soma�das�
corren�es�
�nd�
v�dua�s�
de�
cada�módu� o.�
A��ensão�
será�
a�méd�a�
das��ensões�geradas.

Figura 51 - Comportamento de uma associação de módulos em paralelo

Na�ma� or�a�dos�casos,�será�necessár�
o�assoc�ar�os�módu�os�em�sér�e,�para�a�cançar�a��ensão�nom� na��
do�s�s�ema,�e��ambém� em�para� e�o,�
para�a�
cançar�
a� po�ênc�
a-p�co�ca�
cu�ada�no� proje�o.�
Nesses� casos,�
�emos�
as�carac�er�s�cas�das�duas�assoc� ações�an�er�
ores,�e�ma�ores�perdas�ao�u���zar�módu� os�de�carac�er�s�cas�
d�feren�es.

49
Figura 52 - Associação mista de módulos fotovoltaicos

5.4. Sombreamento, Pontos Quentes e Diodos de Proteção


Sob�de�erm� nadas�cond� ções�de�operação,�uma�cé�u�a�fo�ovo�
�a�
ca,�ao�receber�uma�sombra,�pode�
aquecer��an�o,�que�o�ma�er�a�
�sem� condu�or�
pode� ser�
dan�
i cado�pe�o�
ca�
or.�Aparecem�os�chamados�pontos-
quentes�(hot-spots),�que�dan�
i cam�o�módu� o�permanen�emen�e.�Isso�acon�ece�quando,�ao��
nvés�de�gerar,�
o módu� o�recebe�corren�e.

Figura 53 - Ponto-quente em uma célula fotovoltaica

Vejamos�as�
c�rcuns�ânc�
as�
que��evam� ao�
aparec�men�o�dos�ho�-spo�s�e,�
em�segu�da,�
as�
formas�de�ev��á-

os.�
Quando� operando�norma� men�e,�a�
corren�e�
e�é�r�
ca�
gerada�por�uma� cé�u�a�
fo�ovo�
�a�ca�
é�consumida por
uma�carga.

50
50
Figura 54 - Funcionamento normal de um conjunto de células fotovoltaicas

Se�uma�fo� ha�ca��sobre�o�módu� o,�de�forma�a�cobr�r�uma�cé� u�a,�es�a�es�ará�inversamente polarizada


e�passará�a�ag� r�como�uma�carga,�conver�endo�e� e�r�
c�dade�em�ca� or.�Se�a�corren�e�que�a�ravessa�a�cé�u�a�
for�a�
�a�o�sui c�en�e,��eremos�a�formação�do�ho�-spo�.�A�ma� or�corren�e�que�uma�cé� u�a,�nessas�cond�ções�
pode�receber,� é�a�corren�e� de�cur�o�c�
rcu��o,�o�
que�acon�ece� frequen�emen�e� em� s�
s�emas� fo�ovo��a�cos�
com�
controladores shunt� (v�s�os�aba�xo).

Figura 55 - Célula sombreada convertendo eletricidade em calor

5.4.1. Diodos de By-Pass


Um�conjun�o�de�18�a�20�cé� u�as�em�sér�e�pode�gerar�uma��ensão�em��orno�de�12�V,�e�a��ensão�de�
b�oque� o�de�uma�cé� u�a�fo�ovo��a�
ca�es�á�en�re�12�V�e�50�V.�Com�uma�assoc� ação�de�qua�ro�módu� os�em�
sér�e��eremos� a�fa�xa�de��ensão�onde� é�
poss�ve��
que�a�corren�e��nversa�a�ravesse� as�cé�u�as�sombreadas.� Para�
ev��ar�a�formação� dos�ho�-spo�s,�a�
corren�e�deve�ser�desviada�das�cé�u�as,�a�ravés�de� um� diodo de derivação
– �ambém� chamado� de� diodo de by-pass�
–�conec�ado� de�mane� ra��
nversamen�e� po� ar�zada�em� re�
ação� a�um
conjun�o� de�cé�
u� as.�
Os� d�odos�são�conec�ados�a�grupos�de�18�ou�20�cé� u�as,�de�mane� ra�
que� um� módu� o�de
36�cé� u�
as� �em�2�d� odos�e�um� módu� o�de�72�cé�u�
as��em�4�d�odos.

51
Figura 58 - Fileiras de módulos com diodos de bloqueio

Como�os�d� odos�de�b�
oque�o�fazem�par�e�da�instalação elétrica�do�s�
s�ema,�serão��ns�a�ados�pe�o�
�écn�
co�responsáve�,�
gera�
men�e�no�quadro�de�
conexão� dos�módu� os,�jun�amen�e�com�os�fus�ve�s�
de�i�e�
ras�
que�pro�egem�o�cabeamen�o�con�ra�
corren�es�
excess�vas.

Figura 59 - Diodos de bloqueio e fusíveis de proteção na caixa de conexão dos módulos

52
52
Figura 56 - Diodos de derivação desviando a corrente reversa

Os�d�
odos�de�der�
vação�são,�gera�men�e,�mon�ados�nas�ca�
xas�de�conexão,�mas�os�fabr�
can�es�só�
cos�umam�usar�
os�
d�odos�em�módu� os�com�po�ênc�
a�super�
or�a�
40�Wp.

Figura 57 - Diodos de by-pass nas caixas de conexão dos módulos

5.4.2. Diodos de Bloqueio


Os�d�odos�de�b� oque�o�são�u�� �zados�nas�i �e�
ras�de�módu�os�em�sér� e,�para�ev�
�ar�que�um�módu� o�
sombreado��ransforme�a�i � e�ra��n�e�ra�em�uma�carga.�Em�a� guns�s�s�emas�autorregulados,�os�d�odos�são�
u���zados�para�ev��ar�que�a�ba�er�a�se�descarregue�sobre�o�pa�ne��fo�ovo��a�co.�Nos�s�
s�emas�que�u���
zam�
con�ro�adores�não�é�necessár� o,�sendo�a�é�desencorajado�o�seu�uso,�po� s�o�d�odo�provoca�uma�queda�de�
�ensão,�que�em� s�
s�emas� menores� pode� ser�s�
gn�i ca�va.�
De� acordo�com�a�
norma�IEC6036-7-712,� os�d�odos�de�b�
oque�o�
não�são�
necessár�
os�
se�
forem�u���
zados�
módu�os�do� mesmo��po,�
com� pro�eção�C�asse�
II�
e�cer�i cados�
para�
func�
onar�com�50%�da�
corren�e�
nom�na��
de�
cur�o-c�rcu�
�o,�
quando�po�
ar�zados��nversamen�e.

53
Painel e Arranjo
Fotovoltaico

54
54
6. Painel e Arranjo Fotovoltaico
Dei ne-se�painel fotovoltaico�como�sendo�um�conjun�o�de�módu�
os�fo�ovo�
�a�
cos.�Um�conjun�o�de
painéis fotovoltaicos�
é�um�Arranjo Fotovoltaico.�
Em�d� versas��
ns�a�ações�fo�ovo��a�cas�vemos�um�ún� co�pa� ne��formado�por�um�grande�número�de�
módu� os,�mas,�na�verdade,�podemos��er�vár� os�pa�né�s,�do�pon�o�de�v� s�a�e�é�r�
co.�Quando�a�po�ênc�a�de�
um�pa�ne� �é�mu��o�grande,�de��a�
�mane� ra�que�as�corren�es�e�é�r�cas�geradas� são�demas�adamen�e� grandes�
para�
os�d� spos��vos�de�con�ro�e,�
é�prefer�ve��
subd� v�
d�-�
o� em�pa�né� s�menores,� que�podem� ser�acomodados�
em�uma�es�ru�ura�ún� ca,�e�seus�conec�ores�serão�� evados�a�d� feren�es�ca� xas�de�conexão,�e�da�
�para�os�
d�
spos��vos� de�con�ro�e�corresponden�es.
Veremos� agora�os�
cu�dados�
e�formas�
de��
ns�a�
ação�de�um�pa�
ne�
�fo�ovo�
�a�
co,�
que�
podem�
ser�
u��
�zadas�
�an�o�
para�
s�s�emas��so�ados,�
quan�o�s�
s�emas�
on-gr�d,�
po�s�
os�
conce�
�os�são�
os�
mesmos.

6.1. Estruturas de Suporte e Ancoragem


Tão��
mpor�an�es�quan�o�os�módu� os�fo�ovo�
�a�
cos,�são�as�es�ru�uras�que�os�con�êm.�O�mau
funcionamento�
dos�supor�es�
faz�
ca�
r�por�
�erra�
o��
nves�men�o�na��ecno�
og�a��
�mpa�da�energ�
a�so�
ar.
Para�cada�caso,�há�uma�so� ução.�No�caso�de��e�hados,�deve�ser�ver�i cado�o��po�de��e� ha�ou�de�
made�ramen�o� –�a�
es�ru�ura�que�
supor�a� o�
�e�
hado.�
Nas��ns�a�
ações�em�p�ano�hor� zon�a�
�deve�
ser�ver�
i cada�
a�
a�
�ura�
m� n�ma�e��ambém� as�cargas de vento�
que�
ad�c�onam� um�esforço�
mecân� co� aos�
supor�es�
e�ancoragens.
Em��odos�os�casos�deve�ser�observada�a�corre�a�or� en�ação�e��nc��nação�do�pa� ne�.�A�corre�a�
or�en�ação�perm��e�cap�ar�o�máx� mo�de�energ�a�ao�me� o�d�a�so�
ar�e�horas�próx�mas,�que�é�o�momen�o�
de�ma� or�concen�ração�da�rad�ação�so�ar.�A��nc�
�nação�adequada�perm� �e�a�me� hor�cap�ação�duran�e�
o ano,�compensando�a�menor�� rrad�
ânc�a�nos�per�odos�de��nverno,�no�caso�dos�s�s�emas�au�ônomos,�ou
max� m�zando�a�
cap�ação�e�geração�nos�per�odos�de�verão,�
no�caso�das��
ns�a�ações�on-gr�
d.

Figura 60 - Painel fotovoltaico montado em telhado

6.1.1. Suportes para telhado


Para�i xar�os�módu�
os�em��e�
hados,�é�necessár�
o��ns�a�
ar�um�peri �
�de�supor�e�que�pode�ser�ai xado�
nas��e�has�(no�caso�de�
�e�
has�me�á�
�cas)�ou�
no�supor�e�do��e�
hado�(no�
caso�de��e�
has� de�
cerâm�ca/arg� �
a�ou�
concre�o_.

55
Figura 61 - Presilha para telhas de argila

Em��odos�os�casos�deve-se��er�espec�a��cu�
dado�quando��
mpermeab�
��
zação,��an�o�pe�
o�s�
s�ema�
fo�ovo��a�
co,�
quan�o�pe�a�
própr�a�ed�i cação.�

Figura 62 - Presilha para telhas de metal

As�pres�
�has�são�d�spos�as�para�receber�o�peri �de suporte�que�será�d�mens�
onado�e�pos�c�onado�de�
acordo�aos�módu� os�que�comporão�o�pa� ne��fo�ovo��a�
co.�Por�
�sso�uma�e�apa��mpor�an�e�duran�e�o�es�udo�
de�caso�e�propos�a�de�proje�o�
é�a�fase�de�med� ção�dos�espaços�d�spon�ve�s.

Figura 63 - Módu�os montado sobre o peri �de suporte

O�que�prende�os�módu�os�ao�peri �
�de�supor�e�são�as�pres�
�has�rosqueadas,�que�são�adap�áve�
s�à�
grande�
ma�or�a�
dos�módu�os,�
�an�o�
os�s�andard�quando� os�
non-s�andard,�desde�
que�sejam�emo� durados�
e�a�

56
56
sua�
mo�
dura�
es�eja�
den�ro�
dos�
padrões�
(com�
espessura�
en�re�
3�e�
4,5cm).

Figura 64 - Deta�hes das pres�


�has e peri �de suporte dos módu�
os para te�hados

Nas�es�ru�uras�em��e� hado�� nc��


nado,�pr� nc�pa�men�e�os�de��e� has�de�arg� �
a,�não�é�recomendáve� �
u�� �
zar�de�ajustes�para�corr�g�r�a��
nc� �
nação,�que��ornam�a�� ns�a�
ação�ma� s�d�í c�
�,�po�s�o�supor�e�deverá�
supor�ar�cargas�de�ven�o�ma� ores.�A�ém�d� sso,�o�esforço�ex�ra�no��e�hado�pode�ser�per� goso,�se�es�e�não�
for�sui c�
en�emen�e�for�e�para�supor�á-� o.�O�me� hor�ser�a�arqu��e�ar�o��e�hado�com�a�dev� da�or�en�ação�e�
�nc��
nação,�mas� �
sso�só�é�poss�ve��na�fase�
de� proje�o�da�ed�i cação.�
Depo� s�
de�pron�a,� se�
não� há�
necess� dade�
de�reformas,�um� ajus�e�para�
a� �
ns�a�ação� do�s�
s�ema� fo�ovo� �a�
co�pode� �
nv� ab��
�zar�o�proje�o.

Figura 65 - Suporte com correção da inclinação, instalado em telhado metálico

6.1.2. Suportes Para Instalação Em Plano Horizontal


A�cons�rução�do�pa� ne�
�fo�ovo��a�
co�no�chão�ou�cober�ura�perm� �e�ma�or�l ex�
b��
�dade�quan�o�à�
or�
en�ação�e��
nc��nação.�É�a�esco�ha�para�grandes��
ns�a�ações,�onde�a�
guns�cu�
dados�devem�ser��omados,�
pr�
nc�pa�
men�e� quan�o�ao� sombreamen�o� que,�
como� já�
v�mos,�pode�ser�
prejud�
c�a�
�às�cé�
u�as�
fo�ovo�
�a�
cas.

57
Figura 66 - Painéis fotovoltaicos montados no chão, com inclinação adequada

Para��ns�a�ação�
no�chão,�
o�pa�ne�
�dever�er�a�
�ura�
m� n�ma�de�
30�cm� do�chão,�
para�ev��ar�
o�sombreamen�o�
causado�pe� o�cresc�
men�o�de�ervas,�ou�a�suje�ra�na�base�dos�módu� os�ma� s�ba�
xos,�causada�pe�as�go�as�de�
chuva.�Esses�cu�dados�são�espec�a�men�e��mpor�an�es�para�os�s�s�emas�� ns�a�ados�em�� oca�
�dades�remo�as�
e/ou��
nósp� �as.
Para�pa�
né�s�
mon�ados� em� cober�ura,�
a�a�
�ura�m�
n�ma� recomendáve��
é�de�
5�cm.�Is�o�
é�para�perm��r�o�
escoamen�o�da�água�da�chuva,�e�a�quebra�
da�força�
do�ven�o�em�duas�componen�es,�
o� que�d�
m� nu��
a�carga�
de�ven�o�
sobre�o�
pa�ne�.

Figura 67 - Suporte para instalação em plano horizontal

6.1.2.1. Or�
entação do Pa�
nel Fotovolta�
co
Os�pa� né�s�fo�ovo��a�
cos�devem�es�ar�or� en�ados�para�o�pon�o�az� mu�a� ,�e�de�preferênc�a�com�ângu� o�
az�mu�a� �de�superí c�e��gua��a�zero.�O�az� mu�e�é�o�equador,�por�an�o�no�hem� sfér�
o�nor�e�os�pa�né� s�são�
or�en�ados�para�o�su� ,�e�no�hem� sfér�o�su� �são�or�en�ados�para�o�nor�e.�Den�ro�da�zona��rop� ca�,�o�so��
dec��na�para�nor�e�e�para�su� �duran�e�as�d� feren�es�es�ações�do�ano,�o�que�pode�fazer�com�que�um�pa� ne��
corre�amen�e� or�en�ado,�não� receba� os�ra�os�so�ares�d�re�amen�e�em� a�guns�per� odos�do�ano.�
Nesses� casos�
é�recomendáve� �
a� u��
�zação�de� mas�ros,� �an�o�para�as�pequenas��ns�a�ações,�quan�o� para�as�
grandes� us�nas.�
Es�e�ú��mo�caso�se�benei c� a�dos�s�s�emas�de�segu� men�o�do�so� �(sun-tracking).�No�caso�das�� ns�a�ações�
res�denc� a�
s,�ou�as�que�aprove� �am�o�espaço�� �vre�dos��e�hados,�o�me� hor�é�compensar�essa�d� i cu�dade�

58
58
duran�e�
os�
cá�
cu�
os�
do�
proje�o.
Em��odo�caso�devem�ser�ev� �ados�os�ângu�os�ma�ores�que�30°,��an�o�para�Les�e,�quan�o�para�Oes�e.�
Para�cada� 15°�
de�desv� o�
do�Nor�e�geográi co,�
�eremos� uma� hora�
de�d�ferença�para�a�cap�ação� máx� ma.�Para�
Les�e,�haverá�um� adiantamento,�e�para�Oes�e�haverá�atraso.�
O�ad�an�amen�o� em� de�erm� nadas� �
oca��
dades�
pode� ser�benéi co,�como�em��oca�s��rop�
ca�s,�
onde� chove�no�me� o�
ou�i m�da��arde,�prejud� cando�a�geração.�
A�ém� d�sso,�
a�ma� or��
rrad�
ânc�
a�que� acon�ece�ao�me� o�d�a�
so�ar�
não�será�aprove��ada� em� sua��o�a��
dade.
Também� não�
é�recomendáve�
�distribuir�
os�
módu� os�nas�
duas�águas�
de�um��e�
hado�não�or�
en�ado� para�
o nor�e,�
po�
s��er�
amos�pouco�
ma�s�
da�me�ade� da�
geração�duran�e�
a�manhã,�e�
o�mesmo�va�
or�duran�e�
a��arde.

6.1.2.2. Incl�nação do Pa�nel Fotovolta�co


A��nc��
nação� �dea��
dos�pa�né�s�
fo�ovo��a�cos�var�a�de�acordo�à�La��ude�da��
oca��dade,�e�
�ambém� quan�o�
ao��po�de�s�
s�ema� fo�ovo��a�
co.�Para�
s�s�emas� �
so�ados�um� pa�ne��
com� ma�or�
�nc��
nação�é�recomendáve� ,�
po�s�
garan�e�ma�or�cap�ação� nos�
per�odos�de�menor� �
rrad�ânc�a,�próx�mo�ao�so�
s�c�o�de��
nverno.�Para�os�s�
s�emas�
conec�ados�à�rede,��nc��nações�menores�prop� c�am�ma� or�cap�ação�nos�per� odos�próx�mos�ao�so� s�c�o�de�
verão,�
o�que�gera�ma� s�energ�a�
e,�nos�pa�ses�
com� �ar�
fas�d�ferenc�adas,�
ma�ores�ganhos�i nance�ros.
�
poss�
ve�
�ca�
cu�
ar�
a�me�
hor�
�nc�
�nação,�
para�
um�
s�s�ema�
�so�
ado,�
u��
�zando�
a�segu�
n�e�
equação:
β = φ + (φ/ 4)
Onde:
Β�
=��
nc�
�nação�
do�
pa�
ne�
�em�
re�
ação�
ao�
p�ano�
hor�
zon�a�
.
Φ�
=�La��ude�
da�
�oca�
�dade
Es�a�equação�re�orna�um�va�
or�aprox�
mado,�e�a��
nc�
�nação�rea�
�pode�ser�arredondada�em�a�é�5°�sem�
perda�
de� desempenho.
Para�
os�
s�s�emas�
conec�ados�
à�rede,�
podemos�
u��
�zar�
a�segu�
n�e�
equação:
β = 3,7+0,69φ
Em�
�a��udes�
ac�
ma�
de�
en�re�
15°�
e�30°�
podemos�
aprox�
mar�
os�
cá�
cu�
os�
em:
• La��ude�
+�5°,�
para�
s�s�emas�
au�ônomos.
• La��ude�
–�5°,�
para�
s�s�emas�
on-gr�
d.
Em�nenhum�dos�casos�é�recomendáve� ��
nc��nações�menores�que�10°,�po�s�a��
�mpeza�na�ura��dos�
módu�os�pe�
a�água�da�chuva�será�prejud�cada.�Isso�é�espec�a�
men�e��mpor�an�e�em�s�s�emas�au�ônomos�

ns�a�
ados�em��
oca��
dades�remo�as� ou��nósp��as,�
nas�qua� s�
a�manu�enção�
é�reduz�da.

6.1.3. Suporte em Forma de Mastro


Os�mas�ros�compor�am�bem�os�s�
s�emas�de�ras�reamen�o�so�
ar,�que�só�são�rentáveis�nos�grandes�
s�
s�emas.

59
Figura 68 - Painel fotovoltaico com sistema de rastreio solar

No�caso�
de�pequenos�
s�s�emas�
den�ro�
da�zona�
�rop�ca�
,�
mesmos� os�
res�denc�a�
s,�
o�uso�
de�um�supor�e�
em�
mas�ro�
perm� �e�
a�mudança�manua��da�
�nc��
nação�e�
or�en�ação,�
pe�
o��écn�co�responsáve��
pe�a�manu�enção.

Figura 69 - Painel fotovoltaico em mastro

6.2. Cálculos de Sombreamento


Tan�o�nos�s�
s�emas�ma� ores,�quan�o�nas�pequenas��
ns�a�
ações,�é��
mpor�an�e�ev�
�ar�a�projeção�de�
sombras�
sobre�
o�pa�ne�
�fo�ovo��a�
co.�
No�caso�das��
ns�a�ações�menores,�
as�
sombras� a�
serem� ev�
�adas�
são�das�
árvores�
e�ed�
i cações�ao�
redor.�
Para�se�ca�cu�
ar�a�projeção�das�sombras�duran�e�o�d�a,�é�necessár�
o�conhecer�a�pos�
ção�do�so��em�cada�
momen�o,� nas�d�
feren�es�es�ações�
do�
ano.

60
60
Figura 70 - Diferenças na posição do sol nas diferentes estações do ano

Para�
fazer�cá�
cu�os�
de�
sombreamen�o�ma�s�
soi s�cados,�
é�recomendáve��o�
uso�de�sot wares�
espec�i cos,�
que�
a�ravés�de�uma� �
magem� d�
g��a�
,�
dev�
damen�e�or�en�ada,�
descrevem�a�
�raje�ór�
a�do�so��
e�as�
projeções�de�
sombras.
Para�ca�cu�
ar�uma�sombra� s�mp�es,�
podemos� recorrer�a�
equações�s�
mp� �i cadas�
que�dão�
bons�resu��ados,�
podendo� ser�
ad�c�onadas�a�
p�an��has�
au�omá�cas� de�d�mens� onamen�o,�fac��
��ando�o�seu�
uso.�
Essas�equações�
não�são�recomendadas�para�s� s�emas�comp� exos,�em��oca� �
dades�urbanas�com�grande�quan�dade�de�a� �os�
ed�
í c�os�
c�rcunv�z�
nhos�ao��
oca� �de�
�ns�a�
ação�do�pa�ne��fo�ovo��a�
co.�

Figura 71 - Relações geométricas entre possíveis geradores de sombra

No�caso� de�sombras� causadas� por�obje�os�fron�a�


s,�
podemos� ca�cu�ar�
a�sombra� no�so�
s�c�o�de��
nverno,�
quando�a�projeção�é�ma� or.�Se�consegu�rmos�evitar�essa�sombra,�nesse�per� odo,�ev�
�aremos�as�sombras�o�
ano��odo.�Nas�La��udes�aba� xo�de�20°�há�o�r�
sco�de�obje�os�an�er�
ores�proje�arem�sombras,�já�que�em��a�s�
�oca��
dades�o�so� �dec��na�a�su� �em�a�guns�per� odos�do�ano.�Em��oca��dades�com�La��ude�en�re�0°�e�15°�a�
s��uação�é�ma� s�cr��ca,�po�s�o�so��
dec��na�a�
su��em� me�ade� do�
ano.�Por�an�o�o�entorno�do�pa�ne�
�fo�ovo�
�a�co�
deve� ser�
v�s�or�ado� a�
procura� de�poss�ve�s�
causadores� de�sombra.
A�
segu�
n�e�
equação�
perm�
�e�
o�cá�
cu�
o�da�
projeção�
de�
sombras�
fron�a�
s:
d = z/ tan h0
Onde:
d�
=�d�
s�ânc�
a�en�re�
o�pa�
ne�
�e�
um�
obs�ácu�
o�fron�a�
;
z =�
a��ura�
do�
obs�ácu�
o;

61
h0�
=�a�
�ura�
so�
ar,�
no�
so�
s�c�
o�de�
�nverno,�
ao�
me�
o�d�
a�so�
ar;
O�
fa�or�
h0�
pode�
ser�
ca�
cu�
ado�
med�
an�e�
a�segu�
n�e�
equação:
h0 = (90° – �a�tude da �
oca��
dade) – 23,5°

Figura 72 - D�
stânc�a m�
n�ma entre o pa�ne�e um obstácu�
o fronta�

No�
caso�de�
�ns�a�
ações�
que�
d�spõem�
de�
grande�
quan�dade�
de�
pa�
né�
s,�
como�
a�mos�rada�
na�
i gura�
62,�
u��
�zamos�a�
segu�
n�e�equação:
d = l * (sin ß / tang h0 + cos ß)
Onde:
l =�
a��ura�
do�
pa�
ne�
�em�
me�ros;
�
=��
nc�
�nação�
do�
pa�
ne�
�em�
graus;

Figura 73 - Cá�
cu�
o da d�
stânc�
a entre pa�
ne�
s

d2 = Z * cos ß
Es�as�
equações�ca�
cu�am�a�
projeção�
de�
sombra�
ao�
me�
o-d�
a-so�
ar.�
Para�
es�ender�
às�
duas�
horas�
próx�
mas,�
ad�
c�one�25%�ao�va�
or�encon�rado�
para�d.

62
62
Sistemas Fotovoltaicos
Conectados a Rede

63
63
7. Sistemas Fotovoltaicos Conectados à Rede
Como,�nos�s�
s�emas�on-grid,�a�energ�a�e�
é�r�ca�gerada�é�entregue�d�
re�amen�e�à�rede,�os�d�
spos�
�vos
de�
cond�c�onamen�o� de�
po�ênc�a�devem� se�
adequar� ao�modo� como� a�e�
e�r�
c�dade�
es�á�l u�
ndo�nas���
nhas�
de�
d�
s�r�
bu�ção,�
cop�ando�esse�
padrão� e�fornecendo� o�mesmo� �po� de�s�na�
�e�
é�r�
co.
Para�a�conexão�à�rede,�u���
zamos�d�
spos�
�vos�e�coni gurações�espec�i cas�para��a�
.�Veremos�agora�os�
componen�es�e�coni gurações�comumen�e�u���
zados�em�s�s�emas�fo�ovo��a�cos�conec�ados� à�rede.

7.1. Inversores On-Grid


O�d�spos��vo�responsáve� �
pe� a�
�njeção�
de�energ�a�na�
rede�é�o��
nversor gr�
d-�e.�
Dev�do�ao�seu�a��o�
grau�
de�soi s�cação,�os��nversores�gr�d-�e�não�são�comparáve� s�aos��
nversores�autônomos.�Es�es�NÃO�PODEM�
ser���
gados�d�re�amen�e�às�redes�de�d� s�r�
bu�ção,�po�
s�não�possuem�o�mesmo�con�ro� e�sobre�a��ensão,�fase�
e�frequênc�a�que�os��nversores�gr�d-�e possuem.

Figura 74 - Diagrama de ligação com a rede, de um sistema PV on-gr�d

Os�
�nversores�
gr�
d-�e�
são�
conec�ados�
à�de�
duas�
formas:
• D�re�amen�e�à�rede�–�onde�a�energ�
a�é�rap�
damen�e�escoada�para�o�s�
s�ema�e�u��
�zada�pe�
os
consum�dores�ma� s�
próx�mos.
• A�ravés�do�pon�o�de�conexão�da�ed�i cação�com�a�concess�onár�
a�–�onde�a�energ� a�e�
é�r�
ca
gerada�é�consum�da�pe�a�própr�
a�ed�
i cação/res�
dênc�a,�e�somen�e�o�exceden�e�é�fornec�
do�à
rede.
Os��
nversores�gr�
d-�e�
para�s�s�emas�
com� po�ênc�a-p�co�a�é�
5 kWp�são,�
gera�men�e,�monofás� cos.�
Para�
s�
s�emas�de�ma� or�po�ênc�
a,�gera�men�e��r�
fás�
cos.�Ex�s�em��an�o�grandes��nversores�cen�ra�s��r�
fás�cos,�
quan�o�
�nversores�
monofás�cos�que� podem�ser�
agrupados,� formando�se�ass�
m,�um� s�
s�ema��r�fás�
co.

64
64
Figura 75 - Inversores Grid-Tie

Para�fornecer�o�máx�mo� de�energ�
a�à�
rede,�
o��
nversor�
gr�d-�e�deve�
operar�
no�ponto de máxima potência
(MPP)�do�arranjo�fo�ovo��a�co.�Como�o�MPP�muda�de�acordo�às�cond� ções�c�
�ma�o�óg�cas,�o��nversor�deve�
possuir um sistema de seguimento do ponto de máxima potência�(MPPT���s� g�
a�em�� ng�ês�de�maximum
power point tracker),�
que�ajus�a�au�oma�camen�e� a�
�ensão�de�en�rada�
do��
nversor,�
de�acordo� à��ensão�MPP
a�
cada� �
ns�an�e.
São�
funções�
do�
�nversor�
gr�
d-�e:
1. Conver�er�
a�corren�e�
con�nua,�
gerada� pe�
o�arranjo�
fo�ovo�
�a�
co,�
em�
corren�e�
a��ernada,�
de�
acordo
com�func�onamen�o� da�
rede�
de�d�s�r�
bu�ção;
2. Ajus�ar-se�ao�
ponto de máxima potência�(MPP)�do�arranjo�fo�ovo�
�a�
co,�consegu�
ndo�o�seu�ma�
or
rend�men�o;
3. Reg�s�ro�Operac�ona�
,�guardando/ �ransm��do�os�dados�duran�e�o�seu�func�
onamen�o,�a�ravés�de
displays,�
car�ões�
de�memór� a,�
�ransm� ssão�
d�re�a�
a�compu�ador,�e�c.
4. Possu�r�
d�spos��vos�de�pro�eção�em�CC�e�
CA,�como� por�
exemp� o:�
pro�eção�con�ra�cur�os-c�rcu�
�os
(CC/CA),�pro�eção�con�ra��
nversão�de�po�ar�
dade,�pro�eção�con�ra�sobrecargas�e�sobre��ensões,
pro�eção�para�a�
conexão� com�a�rede.
Fabr�
can�es�
de�
�nversores�
gr�
d-�e:

Até 10 kWp: A�xcon,�


ASP,�Conergy,�Dorfm�� �
er,�E�e�ron� ca�San�erno,�Exend� s,�
Fron� us,�
G�&�H�E�ek�ron�
c,�
Inge�eam,�Kaco,�Karschny,�Kyocera,�Magne�ek,�Mas�ervo� �,�Pa�ran,�Ph��
�ps,�Phoen� x�ec,�RES,�S�
emens,�SMA,�
So�ar-Fabr�k,�
So�
ar�Konzep�,�So�ars�occ,�
So�arwor�d,�So� on,�So� u�ron�c,�
Spu�n� k,�
Sun� Power,� Sunse�,�
Sunways,�
To�a��Energy,�
UfE,�
V�c�ron,�
W� �r�h�
So�ergy,�
Wuse� �ron� k,�
Xan�rex.
Acima de 10 kWp:� ACE,�Conergy,�E�e�ron�ca�San�erno,� Energe�ca,� Kaco,�RES,�Sa�Con,� S�emens,�SMA,� So�ar�
Konzep�,�Spu�n�k,�
Xan�rex

7.1.1. C�ass�
i cação e T�
pos de Inversores Gr�
d-T�e
De�acordo�ao�seu�
modo� de�operação,�os��nversores�gr�
d-�e�podem�
ser�
c�ass�
i cados�
em�
inversores
controlados/chaveados pela rede�
e�inversores autocontrolados.

7.1.1.1. Inversores Controlados/ Chaveados pela Rede

A�cons��u� ção�bás�ca�de�um� inversor controlado/chaveado pela rede é� um� a�de�uma� pon�e�de��r�s�ores.�


O�uso� de��
nversores��r�stor�zados�em� s�
s�emas� de� au�omação�(ex:�con�ro�
adores� de�mo�ores),��evou�ao�
uso�de� �r�
s�ores�nos�pr�me� ros��
nversores� para� uso�fo�ovo�
�a�
co.�Es�e��po�de��nversor�a�
nda� é�
u�� �
zado�
em� s�s�emas�de�grande� po�ênc� a.�
Para� os�
s�s�emas� menores,�
com� po�ênc�as�a�é�5�kWp,�ex�s�em� poucos�
fabr�can�es�que�a�nda�u�� �
zam� essa��ecno� og�a.

65
Figura 76 - Inversor chaveado pe�
a rede com ponte de �r�stores

O inversor controlado pela rede�u���za�


a�frequênc� a�
e��ensão�da�
rede� para�
chavear�os��r�s�ores,�por��
sso�
o seu�nome.� Se�houver�uma� queda�na�rede,�o��
nversor�des��
ga-se�au�oma�camen�e,� o�que�faz�com� que
esse��po�de� �
nversor�não�possa� func�onar�de�modo� au�ônomo.� Duran�e� o�
seu�func�
onamen�o� são�gerados
pu�sos�de�corren�e�de�onda� quadrada,�por� �
sso�es�e�
�po� de�
�nversor��ambém� é�chamado� de�inversor de
onda quadrada.

Figura 77 - Formato da tensão e da corrente de um inversor comutado pela rede

As�d�ferenças�da�forma�de�onda�seno� da� �da�rede�e� é�r�ca�provocam�o�aparec� men�o�de�grandes�


d�
s�orções�harmôn� cas�e�a�
�o�consumo�de�po�ênc� a�rea�va.�Dev� do�a��sso�são�u���
zados�i ��ros�de�sa�
da�e�
d�
spos� �vos�para��
�m��ar�os�
harmônicos.�Para�
�so� ar�a�rede,�é�u���zado�um� �ransformador�pr�nc� pa��
(de�50 Hz,�
para�s�s�emas�europeus).�Nos��nversores�ma�s�recen�es,�os�pu� sos�são�em� �dos�por�um�m� croprocessador.�
Re�ardando� o��mpu�so�(con�ro�
e�por�ângu�o�
de� fase)�é� poss�ve���
mp� emen�ar� um�s�
s�ema�de� MPPT.

7.1.1.2. Inversores Autorregulados (Auto Chaveados)


Nos inversores autorregulados�são�u�� �
zados�d�spos��vos�sem� condu�ores�que�podem�ser�ligados e
desligados,�em�um�c� rcu��o�em�pon�e.�De�acordo�ao�n�ve�
�de��ensão�e�desempenho�do�s�s�ema,�podem�ser�
u���zados�
os� segu�n�es�componen�es:
• MOSFET�
(Trans�
s�ores�
de�
efe�
�o�
de�
campo�
de�
sem�
condu�or�
de�
óx�
do�
me�á�
�co);
• Trans�
s�ores�
b�po�
ares;
• GTO�
(T�
r�s�or�
de�
Des�
�gamen�o�
Pe�
a�Por�a�
–�a�é�
1kHz);
• IGBT�
(Trans�
s�or�
b�po�
ar�
de�
por�a�
�so�
ada);

66
66
Figura 78 - Diagrama de ponte de MOSFET’s em inversor auto-chaveado

A�ravés�do�pr�nc�p�
o�de�modulação por largura de pulso (PWM)�es�es�componen�es�e�
e�rôn�
cos�
conseguem� reproduz�r�
mu� �o�
bem�
uma� onda�
seno� da�
.
A�ravés�do�chaveamen�o� ráp�
do�do�es�ado�
dos�componen�es�em� frequênc�
as�
em� �orno�de�10-100 kHz,�
são�formados�pu� sos,�com�duração�e�espaçamen�o�seme�han�es�aos�de�uma�onda�seno�da�.�Após�o�uso�de�
um i �tro passa-ba�xa,��eremos�um�s�na��
e�é�r�
co�
compa�ve��com� a�
rede.
Dev� do�à�a��a�frequênc�a�de�chaveamen�o�para�a�formação�dos�pu� sos,�es�es�d�spos�
�vos�cr� am�

n�erferênc�as�
em� a��a�frequênc�
a,�
ex�g�ndo�med�das�
de�compa�b� �
�dade�e�
e�romagné�ca� (EMC),�
a�ravés�do�
uso�de�c�rcu�
�os�de�pro�eção�e�b��
ndagem�Os�� nversores�com�a�marca CE,�e�que�possuem�cer�i cado�de�
Conform�dade� com� a�Comun� dade�Europé�a�
(EC)�
gera�men�e�man�ém�os�va�ores�de�EMC� aba�xo�
dos���
m� �es.
Os��
nversores�au�o-chaveados� são�adequados,�a�pr�
nc�p�o,�
para�s�s�emas�fo�ovo�
�a�
cos�au�ônomos.� Se�
forem�conec�ados�à�rede,�a�frequênc�
a�da�po�ênc�a��
nje�ada�deve�ser�s�ncron�
zada�com�a�da�rede,�gerando�
os�pu�
sos�de�
chaveamen�o� de� acordo�
com� essa�
frequênc�a.

7.1.1.2.1. Inversores Auto-Chaveados com Transformador de Ba�


xa Frequênc�a (LF)
Nos��nversores�auto-chaveados�e�nos�inversores chaveados pela rede,�podem�ser�u�� �zados�
�ransformadores�de�ba�
xa�frequênc�
a�(LF)�–�
50 Hz no�
padrão�europeu���
para�
ajus�ar�
a��ensão�de�sa�da�com�a�
�ensão�da�
rede.�O�campo�magné�co� do� �ransformador�
isola�
e�e�r�
camen�e�
o�c�
rcu��o�CC�do�
c�rcu��o�CA.

Figura 79 - Diagrama de um Inversor com transformador

Dev�
do�ao�� so�amen�o,�o��nversor�perm��e�que�o�arranjo�fo�ovo� �a�
co�forneça��ensões�menores,�
�orna�desnecessár�o�o�aterramento conjunto�do��
nversor�e�do�arranjo�fo�ovo�
�a�co�e�reduz��
n�erferênc�
as�
e�e�romagné�cas.

67
As�desvan�agens�são�aumen�o�da�perda�de�po�ênc�
a�e�do��amanho�e�peso�do��
nversor,�fazendo�com�
que�
a�guns�fabr�
can�es�u���
zassem��ransformadores�menores�ou�os�
e��
m�nassem� por�
comp� e�o.

7.1.1.2.2. Inversores com Tranformadores de Alta Frequenc�


a (HF)
U���zando��ransformadores�em�a��a�frequênc� a�–�10-50 kHz,�conseguem-se�menores��amanhos,�
menores�perdas,�
menor� peso�
e�menor�
cus�o.�En�re�an�o,�o�c�
rcu��o�
des�e�
�po�
de�
�nversor�
é�ma�
s�comp�
exo,�
fazendo�
com� que�a�d�
ferença�de�
preço�
não�seja��ão�s�
gn�i ca�va.

7.1.1.2.3. Inversores sem Transformadores


Para�
po�ênc�as�menores,��emos� os�
�nversores�sem� �ransformadores,� cujas�
van�agens�são�os�
menores:�
�amanho,�peso,�perdas�e�cus�o.�Nes�e��po�de��nversor,�a��ensão�de�en�rada�dever�ser�ma�or�que�a��ensão�
de�p�co�da�rede,�ou�deve�ser�e�evada�a�ravés�de�um�conversor�CC/ CC,�gera� men�e��n�egrado�ao�c�rcu��o�
do��nversor�que,��
nfe��
zmen�e�aumen�am�as�perdas�energé�cas,�d� m�nu� do�a�van�agem�de�não�possu� r�o�
�ransformador.
Como�não� possuem��
so�amen�o� e�é�r�co,�
necess��am�de�severas�med�das�de�segurança�na�
sua��
ns�a�ação,�
ex�g�
ndo�a��ns�a�ação�de�d�spos��vos�de�pro�eção�con�ra�corren�e�res� dua�,��an�o�do��ado�CC,�quan�o�no�
�ado�CA.�Deve-se�observar�que,�duran�e�o�func� onamen�o�dos�s� s�emas�fo�ovo� �a�
cos�com��nversores�sem�
�ransformador,�formam-se�corren�es�res�dua� s�capac��vas�de�ma�s�de�30 mA�en�re�os�módu� os�e�a��erra,�o�
que��nv�ab�
��
za�o�uso�de�
In�errup�ores�D�ferenc� a�
s�Res�dua�s�
(IDR)�
comuns,� que� desconec�am�em� 30 mA.

Tabela 6 - Comparação entre os �pos de �nversores


Com Transformador Sem Transformador
Caracter�s�cas •Tensões�de�en�rada�e�sa� da�e�
e�r�
camen�e •Tensão�do�arranjo�PV�deve�ser
�so�
adas ma�or�que�a�da�rede�(ou�usar
•Mu� �o�d�
fund�do Conversor�
CC/ CC
•A�ma� or�
a�dos�
Inversores�
Cen�ra�s •A�ma�or�
a�dos��
nversores�
de�
i�e�
ra

Vantagens •Pode��raba� har�com� �ensões�reduz�das�na�en�rada •Ma� or�ei c�ênc�a�(se�não��em


(V�
<�120� V) conversor�CC/ CC)
•Menores� �n�erferênc� as�e�
e�romagné�cas •Menor� peso
•Não�necess� �a�de��
�gação�equ� po�enc�a��ao�pon�o •Menor� vo�ume
de�a�erramen�o� do�arranjo�PV •Ins�a�
ação�CC�menor,�(para�os
�nversores�
de�i�e� ras�
e�de�
módulos
CA)

Desvantagens •Perdas�no��ransformador •Uso�de�d� spos�


�vos�de�pro�eção
•Ma�or�peso ad�c�ona� s
•Ma�or�vo�ume •F�u�uação� do� pon�o� de
func�onamen�o
•Ins�a�ação� comp�e�a�
com� Pro�eção
C�asse�II
•Ma� ores� �n�erferênc�
as
e�e�romagné�cas

7.1.1.3. Caracter�
s�cas e Propr�
edades dos Inversores Gr�d-T�
e
A�
segu�
r�veremos�
as�
pr�
nc�
pa�
s�carac�er�
s�cas�
que�
se�
des�acam�
nos�
�nversores�
gr�
d-�e�
comerc�
a�s.�

68
68
7.1.1.4. Ei c�ênc�
a de Conversão (Convers�on E�c�
ency) – ηCON
A�Ei c�ênc�a de Conversão�represen�a�as�perdas�na�conversão�d�re�a�de�corren�e�con�nua�(CC),�em�
corren�e�a��ernada�(CA),�compreendendo�as�perdas�causadas�pe� o��ransformador�–�nos�� nversores�que�o�
possuem� –,�nos�d�spos�
�vos�chaveadores�e�o�con�ro�
ador,�nos�
d�spos��vos�de�co�e�a�de�
dados,�e�c.

Onde:
PCA�
=�Po�ênc�
a�de�
Sa�
da�
Efe�va
PCC�
=�Po�ênc�
a�de�
En�rada�
Efe�va
A�Ei c�
ênc�a de Conversão�é�
mu��o�dependen�e�da�
po�ênc�a�de�en�rada.�
A�porcen�agem��ambém� var�
a�
de�
acordo�à��ensão�
de� en�rada�
do��
nversor,�
um�fa�o�
�mpor�an�e�
que�fo��
desprezado�por�mu��o��empo.

7.1.1.5. Ei c�ênc�
a de Rastreamento (Track�
ng E�c�ency) – ηTR
Os�pr�me�ros��nversores�gr�d-�e�possu�am�um�con�ro� e�i xo�–�o�pon�o�de�operação�do��nversor�
era�dei n�
do�para�de�erm�nado�n� ve��de��ensão,�e�qua�
quer�ajus�e�em�função�da�var�
ação�de�cond�ções�
me�eoro� óg�
cas�
eram� ma�s�res�r�
�os.
Os�modernos�� nversores�a�ua�s,�para�s�s�emas�fo�ovo��a�
cos�conec�ados�à�rede�devem�garan�r�uma�
perfe��a�adap�ação�às�curvas�carac�er�s�cas�do�arranjo�fo�ovo�
�a�co�(curvas�I-V),�mesmo�com�as�var�ações�
de�Irrad�ânc�a�e�
�empera�ura,�que�mudam� o�Ponto de Máxima Potência� (MPP).� A�capac�
dade�
do��nversor�de�
ajus�ar�o�seu�pon�o�
�raba�ho,�
é�descr��a�pe�a�Ei c�
ênc�
a de Rastreamento.

Onde:
PPV =�
Po�ênc�
a�máx�
ma�
�ns�an�ânea�
do�
�nversor
A�l u�uação�do�pon�o�de�operação�–�causada�pe�o��
ndesejado�acoplamento da frequênc�a�da�rede�na�
parte CC– deve� ser�
a�menor� poss�
ve�,�
efe��o�ma�s�
ev�den�e�nos�
�nversores�
sem��ransformador.

7.1.1.6. Ei c�ênc�
a Está�ca (Sta�c E�c�ency) – ηINV
A�Ei c�
ênc�a Está�ca�é�
o�produ�o�da�
Ei c�
ênc�
a de Conversão�
pe�
a�Ei c�
ênc�
a de Rastreamento�
e�pode�
ser�
ca�
cu�
ada� para�
vár�os�reg�
mes�de�carga.

Gera� men�e,�apenas�a�Ei c�
ênc�a De Conversão�ob�da�duran�e�cond� ções�nom� na�s�de�operação�é�
apresen�ada,�como�ei c�
ênc�a�nom� na�,�nas�fo�
has�de�dados�(data-sheets).�A�ém�d�sso,�frequen�emen�e,�é�
ex�
b�da�a�ei c�
ênc�
a máx�ma,�que� gera�
men�e� é�
en�re�
50%� e�
80%� da�po�enc� a�nom� na�
.
Essa�máx� ma�ei c�ênc� a�só�e�a� cançada�sob�de�erm� nadas�cond�ções�de�Irrad�ânc�a�e��empera�ura,�
cujas�var�ações�são�responsáve� s�pe�o�frequen�e�func� onamen�o�do��nversor�em�es�ado�parc� a�
�de�carga�e�
raramen�e�em�es�ado�nom� na�.�A�re�ação�en�re�a�ei c�
ênc�a�do��
nversor,��ensão�do�arranjo�fo�ovo�
�a�co�e�o�
reg�me� de�carga��em�a��a�
�nl uenc� a�na�produção anual de energia.�

69
Figura 80 - Curvas caracter�
s�ca de vár�
os �
nversores (espec�
i cações dos fabr�
cantes)

As�curvas�de�ei c�
ênc�a�são�prec�
sas�sob�de�erm�
nada��empera�ura�amb�
en�e�para�o��
nversor�e�
dependem� da��ensão�
de�en�rada.

7.1.1.7. Ei c�
ênc�a Europé�a (Euro E�c�
ency) – ηEURO

De�mane� ra�a�fac��
��ar�a�comparação�en�re�� nversores�baseando-se�na�sua�ei c� ênc�
a,�fo�
�cr�
ado�um�
padrão�europeu�de�med� ção� da�ei c�ênc�a,�
a�Ei c�ênc�a Europe�a (Euro),�
que� é�
ca�cu�
ada�para�
um� �p�co�
c��ma�
europeu.�A�
i gura�
aba� xo�mos�ra� a�frequênc� a�
e� a�energ�a�de�
d�feren�es�classes de�
rad�
ação�so�ar�
em� um�ano�
�p�co�
na�A�emanha� (�embre-se� que� é�
ei c�
ênc� a�europé� a).

Figura 81 - Frequênc�
a e energ�a de d�
ferentes c�asses de �rrad�
ânc�
a, baseado em um s�stema �
nc��
nado em 30° em Mun�
que,
Alemanha

Observamos�que,�nessa�reg�ão,�raramen�e�há��rrad�
ânc� as�em��orno�de�800 W/ m²,�o�que�faz�os�
�nversores�func�
onarem�em�reg�me�parc� a�.�Cons�
derando�d�feren�es�cenár�
o�de�carga,�a�Ei c�
ênc�a Euro�é�
ca�cu�ada�
a�ravés�da�
méd�a�
de�
ei c�
ênc� as�
es�á�cas�em�6�
reg�mes� –�
�carga�
nom�na��
e�ma�s�c�nco�cargas�
parc�a�s:
ηEURO = (0,03 * η5%) + (0,06 * η10%) + (0,13 * η20%) + (0,1 * η30%) + (0,48 * η50%) + (0,2 * η100%)
Os�va� ηn%�
ores� represen�am� as�ei c�ênc�as�
es�á�cas�–�
η100%�
=�100%�de�
ei c�
ênc� a,�
η5%�=�5%�de�ei c�ênc�
a.�
Os�
va�ores�como� 0,03 ou 0,48�represen�am�a�fração�do�ano� em�que�o��
nversor�es�á�na�ei c�
ênc�a��
nd� cada�–�
em�48% do� �empo� es�ará�
func�onando� com� 50%�da�ei c�
ênc�a.

70
70
Apesar�de�a�Ei c�ênc�a Euro�oferecer�um�bom�parâme�ro�de�comparação�en�re��
nversores,�é�um�
conce��o�não�mu��o�ap��
cáve��
em� �err�
�ór�
o�bras�
�e�
ro,�
dev�
do�
às�
d�ferenças�
en�re�
as�
cond�
ções�
c��
ma�o� óg�cas�
e�de�
Irrad�ânc�
a�so�ar.

7.1.1.8. Comportamento em Sobrecarga


Em�s�s�emas�que�não��em�uma�corre�a�or� en�ação�que�max� m�ze�a�cap�ação�da�energ�
a�so�ar�–�como�
s�s�ema�de��n�egração�arqu�
�e�ôn�ca�(BIPV)�–�ou�que�es�ejam�suje�
�os�a�sombreamen�os�parc� a�s,�pode�ser�
�n�eressan�e�subdimensionar�o��
nversor,�desde�que�es�e�possua�uma�reação�adequada�à�sobrecarga,�que�
pode� ser:
1. Var�
ação�
do�
pon�o�
de�
operação;
2. L�
m��ação�
da�
po�ênc�
a;
3. Des�
�gamen�o/cor�e;
Quando�o��nversor�recebe�uma�po�ênc� a�super�or�à�sua�nom�na�,�seus�componen�es�es�arão�suje��os�
a�uma�for�e�
carga�
�érm� ca,�o�que�a�va�o�s�
s�ema� de��
�m��ação�de�po�ênc� a�
(no�caso�2).�Quando�é�
a�ng� da�a�
�empera�ura���
m��e�dos�componen�es,�a� guns��
nversores�se�des��gam�(caso�3),�ou�ros�a�vam�exaus�ores�e/
ou�var�
am�o�pon�o�de��raba� ho.�Os��pos�1 e�2�são�os�adequados�a�subd� mens� onamen�os�nas�cond�ções�
descr�
�as�ac�
ma.

7.1.1.9. Reg�
stro de Dados Operac�ona�s
A�ma�or�a�dos�fabr�
can�es�oferecem�s� s�emas�de�aqu� s�
ção�dos�dados�de�operação�dos�� nversores,�
gera� men�e��n�egrados�a�es�es,�ou�com�d�spos��vos�ex�ernos�que�apresen�am�d� re�amen�e�os�dados�ou�os�
env� a�para�
um� compu�ador,�perm� �ndo�a�ava��ação�dos�
s�s�emas�fo�ovo�
�a�cos,�em�mu��os�casos�em��empo�
rea�.

Figura 82 - D�
spos�
�vos de aqu�
s�ção de dados para �
nversores SMA

Em�
gera�
�os�
d�spos�
�vos�
co�
e�am�
as�
segu�
n�es�
�nformações:
• Entrada:�
Tensão�
VDC,�
corren�e�
IDC�
e�po�ênc�
a�PDC
• Saida:�
�ensão�
VAC,�
corren�e�
IAC,�
po�ênc�
a�PAC�
e�frequênc�
a�f|
• Tempo de operação
• Volume de energia gerada
• Status e falhas
Os�ma�s�novos�mode�os�possuem�a�nda,��
n�erfaces�ma�s�modernas,�como�USB,�Bluetooth�e�Wi-Fi,�
perm��ndo�a�comun�cação�de�um�d�spos�
�vo�com�os�que�es�ão�próx�
mos,�e�a�un�
i cação�ma�
s�s�
mp�es�dos�
dados�
de�vár�
os�apare�
hos.

71
7.1.1.10. Outras Caracter�
s�cas dos Inversores Gr�
d-T�e
As��abe�as�aba� xo�demons�ram�as�carac�er�s�cas�que�cos�umam�aparecer�nas��abe�
as�de�dados�dos�
�nversores�gr�
d-�e,�e�são�de�
ex�rema��
mpor�ânc� a�na�hora�de�
esco�her�
o�me�
hor�d�
spos��vo�para�
de�erm�nado�
s�s�ema�fo�ovo��a�co.

72
72
Parâmetro Símbolo Unidade Descrição
POTÊNCIAS
Po�ênc�
a�Nom�
na�
�CC Pn DC W Po�ênc�
a� fo�ovo�
�a�
ca� para� a� qua�
� o� �
nversor� fo�

d�
mens� onado.

Po�ênc�
a�Máx�
ma PDC m ax W Máx�
ma�
po�ênc�
a�fo�ovo�
�a�
ca�
que�
o��
nversor�
ace�
�a.
Fo�ovo�
�a�
ca

Pon�ênc�
a�Nom�
na�
�CA Pn AC W Po�ênc�
a�CA�que�o��
nversor�pode�fornecer�de�modo�
con�nuo.

Máx�
ma�
Po�ênc�
a�CA PAC m ax W Máx�ma�po�ênc� a�
em�
CA�
que�
o��
nversor�
pode�
fornecer�
por�
�empo�
��
m� �ado.

Ei c�
ênc�
a�Parc�
a� η 5% % Ei c�
ênc�a�parc�a��
com�5%�da�
po�ênc�a�
CC�nom�na�
.
η 10% % Ei c�
ênc�a�parc�a��
com�10%�da�
po�ênc�a�
CC�nom�na�.
η 20% % Ei c�
ênc�a�parc�a��
com�20%�da�
po�ênc�a�
CC�nom�na�.
η 30% % Ei c�
ênc�a�parc�a��
com�30%�da�
po�ênc�a�
CC�nom�na�.
η 50% % Ei c�
ênc�a�parc�a��
com�50%�da�
po�ênc�a�
CC�nom�na�.
η 100% % Ei c�
ênc�a�parc�a��
com�100%�da�
po�ênc�a�
CC�nom�na� .
η 110% % Ei c�
ênc�a�parc�a��
com�110%�da�
po�ênc�a�
CC�nom�na� .
Ei c�ênc�
a�Euro η EURO % Veja�sessão�7.1.2.4
Ei c�ênc�
a�por�
d�ferença� Δη T %/ C Redução� da�ei c�
ênc�a�
por�
�empera�ura�
amb�en�e�
ac� ma�
de�
de� �empera�ura 25°C.

Fa�or�
de�
Po�ênc�
a Cos φ Fa�or�
de� con�ro�
e�da�
po�ênc�
a�rea�va,�
que�
dever�
ser�
ma�
or�
que�0,9.

Po�ênc�
a�de�
a�vação PON W Po�ênc�
a�fo�ovo�
�a�
ca�para�
ligar�
o��
nversor.
Po�ênc�
a�de�
desa�vação POFF W Po�ênc�
a�fo�ovo�
�a�
ca�onde�o��nversor�é�au�oma�camen�e�
des��
gado.

Po�ênc�
a�em�
Stand-By PSTAND- W Energ�a�(da�rede)�consum�
da�pe�
o��
nversor�em�modo�de�
espera,�
an�es�de�en�rar�
no�
modo�no�urno.
BY

Po�ênc�
a�no�urna PNI GHT W Energ�a�(da�rede)�consum�
da�pe�
o��
nversor�em�modo�
no�urno.

TENSÕES
Tensão�CC�Nom�na� VnDC V Tensão� fo�ovo��a�
ca�
para�a�
qua��o�
�nversor�
fo��
desenvo� v�
do.
Fa�
xa�de�Tensões�
MPP VMPP V In�erva�o�de��ensões�de�en�rada�onde�o��nversor�segue o
pon�o� de�máx�ma� po�ênc�a

Tensão�
CC�
Máx�ma VDCm ax V Tensão�fo�ovo�
�a�
ca�máx�ma�que� o�
�nversor�supor�a.
Tensão�
de�
des�
�gamen�o VDCof V M�n�ma��ensão�fo�ovo�
�a�ca�para�a�qua��o��nversor�a�
nda�
opera.

Fa�
xa�
de�
Tensão�
CA VAC V Fa�xa�de��ensão�da�rede�em�que�o��
nversor�opera,�se�
ajus�ando�au�oma�camen�e.

Tensão�
CA�
Nom�
na� VnAC V Tensão�nom�
na�
�do�
�nversor,�
que�
para�
os�
padrões�
europeus�
é�230�
V.

CORRENTES
Corren�e�
CC�
Nom�
na� I nDC A Corren�e�
fo�ovo�
�a�
ca�
para�
a�
qua�

o�nversor�
é�
d�mens�
onado.

73
Corren�e�
DC�
Máx�
ma I DCm ax A Máx� ma�corren�e�fo�ovo�
�a�
ca�que�o��
nversor�supor�a�na�
en�rada.

Corren�e�
CA�
Nom�
na� I nAC A Máx�ma�corren�e�que�o��nversor��
nje�a�na�rede�de�
d�
s�r�
bu�
ção�
de�modo�con�nuo.

Corren�e�CA�
Máx�
ma I ACm ax A Inje�ada�na�
rede�em� cur�o�per�
odo.
Fa�or� de� D� s�orção� k % Fa�or�de�qua� �
dade�da�corren�e�e/ou��ensão��nje�ada�na�
Harmôn� ca rede.�Ca�cu�ada�a�par�r�da�razão�en�re�o�va�
or�RMS�das�
componen�es�harmôn� cas�e�a�fundamen�a� .�Deve�ser�
�nfer�or�
a�5%.

OUTROS
N�
ve�
�de�
Ru�
do dB(A) De�acordo�ao��po�e�c�
asse�de�desempenho,�vár�os�n�
ve�s�
de�ru�
do�em�operação�podem� ser�
gerados,�
o�que�
dever�ser�
cons�derado�
na�esco�ha�
do��oca��
de��
ns�a�
ação.

D�mensões/ Vo�
ume h, l, w m ou mm A��ura�(he�gh�),�
�argura�
(w�d�h),�
profund�dade� (�
eng�h).
Fa�
xa�
de��empera�ura T °C Em�re� ação�à�c� asse�de�desempenho�e��po,�há�vár� as�
fa�xas�de��empera�ura�de�func� onamen�o,�que�devem�ser�
cons� deradas�na�hora�da�esco�
ha� do�
�nversor.

7.2. Painel Fotovoltaico Para Sistemas On-Grid


A�coni guração�
e�é�r�ca�
do� pa�
ne��fo�ovo�
�a�
co�
es�á�
�n�mamen�e�
��
gada�
à�forma�
de�
�raba�
ho�
do�
�nversor�
Grid-Tie�esco�h�
do�para�o�proje�o�do�s�
s�ema.�
A�coni guração�ma� s�comum�a�ua� men�e�é�a�de�alta tensão de entrada�para�os�� nversores�sem�
�ransformador.�Os��nversores�de�i �e�ra�(string-inverters),�com�po�ênc� as�nom�na�s�en�re�1�kWp�e�3�kWp,�
que�requerem�i �e�ras�(strings)�com�assoc� ações�de�6�a�18�módu� os,�são�os�ma�s�u���
zados�em�� ns�a�ações�
res�denc�a�
s�ou�comerc� a�s�de�pequeno�e�méd� o�por�e.�Deve�ser��evada�em�cons� deração�a��ensão�máx� ma�
supor�áve��
pe� os�
módu� os� que�é,�
gera�men�e,� em� �orno�de� 600�
V.�
Os�pa�né�s�fo�ovo��a�
cos�para��nversores�sem��ransformador�necess��am�de�um�s�s�ema�de�pro�eção�
e�
é�r�
ca�ma�s�apr�morado,� mas�a�guns�fabr�can�es�já�
�ncorporam�em�seus�
produ�os�essas�pro�eções,�
i cando�
para�
a�equ�pe�de��ns�a�
ação� mon�ar�as�ca�
xas�de�junção�de�i�e�
ras�
ou�pa�
né� s.�

7.2.1. Caixas de Junção


Essas�
ca�
xas�
es�anques�
�erão�
em�
seu�
�n�er�
or�
�odos�
os�
e�emen�os�
de�
pro�eção�
das�
i�e�
ras�
e�módu�
os:
• Fus�
ve�
s,�
que�
pro�egerão�
os�
cabos�
de�
excessos�
de�
corren�e.
• D�
odos�
de�
b�oque�
o,�
que�
pro�egerão�
as�
i�e�
ras�
e�módu�
os�
em�
casos�
de�
sombreamen�o�
parc�
a�.
• D�spos�
�vos�de�
pro�eção�
con�ra�sur�os,�
�mpresc�
nd�
ve�
s��an�o�
do�
�ado�
CC�
(pa�
ne�
�fo�ovo�
�a�
co),
quan�o�do�
�ado�
CA�(rede�
de�
d�s�r�bu�ção).
• In�errup�or�
DC,�
que�
perm�
�a�
o�des�
�gamen�o�
do�
pa�
ne�
�ou�
i�e�
ra�
para�
�arefas�
de�
manu�enção.
Para�
fac��
��ar�
a�conexão�dos�módu� os�
em� um� pa�ne�,�a�
guns� fabr�
can�es�de�
ma�er�a�
s�e�
é�r�cos�
possuem�
en�re�seus�produ�os,�ca�
xas�de�junção�pron�as.�Es�as�ca�xas�de�junção�já�vêm�com��odos�os�e�emen�os�de�

74
74
pro�eção,�
den�ro�
de�
uma�
ca�
xa�
es�anque,�
que�
es�á�
de�
acordo�
às�
vár�
as�
normas�
�n�ernac�
ona�
s.

Figura 83 - Caixa de junção comercial

As�ca�
xas�de�junção�podem�ser�de�i �
e�ras�(s�r�
ng-box)�ou�de�pa�
ne�/arranjo�(array-box)�e�já�possuem�
os�
�erm�na�s�
para�a�conexão�d�re�a�dos�
cabos,�
u�� �zando�os�
conec�ores�padrão�MC3,� MC4� ou�
Tyco.� A�grande�
ma�or�
a�já�
possu��
o� �
n�errup�or�gera��
DC.

7.2.2. Coni gurações e Conce�


tos
Os�s� s�emas�fo�ovo��a�cos�on-grid�são���
m� �ados�pe�a�área�d�
spon�ve�.�Is�o�quer�d�zer�que,�duran�e�a�
concepção� do�
s�s�ema,�é�poss�ve��
a�arqu��e�ura�de�s�
s�emas� de�qua�quer�
�amanho� e�capac�dade.�Nos�pa�ses�
que�possuem� �
ncen�vos� �
nserção�de�energ� as�
renováve� s,�
a�capac�
dade��ns�a� ada�pode��
nl uenc�ar�no�preço
da eletricidade,�o�que�faz�
os�proje�s�as��omarem� cu�dados�espec�a�
s�quan�o� à�po�ênc�a��
ns�a�ada.
Vejamos�agora�a�
guns�conce�
�os�de�s�
s�emas�fo�ovo�
�a�
cos,�que�podem�ser�u��
�zados�como�base�para�
vár�
os�proje�os.

7.2.2.1. S�
stemas com Inversor Central
Nos�s�
s�emas�com��nversor�
cen�ra�
,�um�ún�co��
nversor�
toma conta�do�arranjo�fo�ovo� �a�
co.�Podem�ser�
c�
ass�
i cados�
de�acordo�
à�forma�como� o�
�nversor�
(ou��
nversores)�
são�
�n�egrados�ao�proje�o.

7.2.2.1.1. S�stema com ba�xa tensão de entrada (<120 VCC)


�u���
zado�com�� nversores�com��ransformador.�As�corren�es�e�
é�r�cas�são�ma� ores,�mas�as��ensões�
são�menores.��Por�possu�rem�i �e�
ras�com�menos�módu� os,�são�menos�prejud� cados�pe�os�sombreamen�os�
parc�
a�s.�
Dev�do�à�grande�quan�dade� de�i� e�
ras�
em�
para�e�o,�
�em�ma� ores�perdas�de�corren�e�
e�demandam�
cabeamen�o� com� ma�or�seção��ransversa�.

75
Figura 84 - Sistema com Inversor central com transformador.

7.2.2.1.2. S�
stemas com Alta Tensão de Entrada (>120 VCC)
U���
zado�com�os��nversores�sem��ransformador.�As��ensões�são�ma�
ores,�com�ma�or�r�
sco�de�choque�
e�
é�r�
co.�
As�corren�es�
são�menores,� o�
que�reduz�as�
perdas� por�
efe��o�
Jou�
e�e�
a�bitola�
dos�
cabos.

Figura 85 - Sistema com alta tensão de entrada (120 VCC)

Nes�e��po�de�coni guração�é�
necessár�o�s�
s�emas�de�pro�eção�Classe II,�
dev�do�
à�ausênc�a�do�
�so�amen�o�
proporc�onado�pe� o��ransformador.�Também�sofrem�ma� s�com�os�sombreamen�os�parc� a�s,�po�
s�as�i �
e�ras�
são�mu��o��ongas,�e�caso�um�módu� o�venha�a�receber�sombra,�uma�parce� a�mu��o�grande�da�po�ênc� a�do�
pa�ne�
�de�xa�de�
ser� gerada�(a�
i�e�
ra��n�e�
ra�
pode� func�
onar� aba�xo�
do� esperado).

76
76
7.2.2.1.3. S�stema Mestre-Escravo (Master-Slave)
No�
caso�de�s�
s�emas� grandes,�é�poss�ve��
o�uso�de�vár�
os��nversores�que�
en�ram� em�
func�onamen�o�
de�acordo�ao�n�ve�
�de�Irrad� ânc�
a�So�ar.�Um�dos��nversores�es��
�gado�o��empo��odo�e,�à�med�da�que�
aumen�a�o�potencial solar,�a�va�os�dema� s��
nversores,�que��ambém�são�desa�vados�em�caso�de�ba� xa�
Irrad�
ânc�
a.�Para�ev��ar�o�excess�vo�desgas�e�de�apenas�um�� nversor,�acon�ece�au�oma�camen�e�um�
revezamento�de�qua� �
�nversor�é�o�máster.

Figura 86 - s�stema com coni guração master-s�


ave

7.2.2.2. S�
stemas de Grupos de Módulos
No�caso�de�arranjos�com�pa�né�s�de�d�feren�es�or�
en�ações,��
nc�
�nações�ou�sombreamen�os�parc�a�
s,�
é�recomendáve� �o�uso�de�um�� nversor�para�cada�grupo,�o�que�perm� �e�um�me� hor�aprove�
�amen�o�das�
cond�ções�de��
rrad�ação.�As�pr�
nc�pa�s�
van�agens� desse��po�de�
s�s�ema�são���
s�adas�
a�segu�r:
• Om�
ssão�
da�
ca�
xa�
de�
junção�
PV
• Om�
ssão�
do�
cabo�
pr�
nc�
pa�
�DC
• Redução�
no�
cabeamen�o�
para�
as�
��
gações�
em�
sér�
e
Os��nversores�são�� ns�a�ados,�gera�men�e,�próx�mos�aos� pa�né�s.�Dev�
do�a�
�sso�devem��er�a��o�
grau�de�
pro�eção�–�IP65.�Mesmo�cons� derando-se�essa�pro�eção,�as�cond� ções�de�c��
má�cas�ma� s�adversas�podem�
causar�fa�
has�e�d�m� nu�r�a�v�da�ú���dos��nversores.�Por��
sso�é�recomendáve� �que�sejam��ns�a�
ados�em��oca��
pro�eg�do�da�rad�ação�so� ar�
d�re�a�
e� de�ou�ras�
�n�empér� es.
A�u���
zação�de��
nversores�de�grupos�
de�
módu�
os�
fac�
��
�a�
a��
ns�a�
ação�
dos�
s�s�emas�
fo�ovo�
�a�
cos�
e�reduz,�
em�
cer�os�
casos,�
os�cus�os�
de��ns�a�ação.�

77
Figura 87 - Sistemas de Grupos de módulos

S�s�ema�a�é�3�kWp�são,�em�sua�grande�ma� or�
a,�conceb�
dos�no�conce�
�o�de�grupos�(ou�cade�
as)�de�
módu�os,�
u���
zando� �
nversores�
de�
i�e�ras�
(string-inverters).

7.2.2.3. S�
stemas com Módulos CA
Nesse��po�de�s�s�ema�é�u�� �zado�um�� nversor�para�cada�módu� o,�cons��u�ndo�um�módulo CA,�já�
d�spon� ve�
�no�
mercado.�Ex�
s�em��nversores�de�
�amanho� reduz�
do� o�
bas�an�e�para�caber�na�ca�
xa�
de�conexão�
do�
módu� o.�
Cada�módu�o��endo�seu�própr�o�
�nversor�perm� �e�
que��raba�hem� em� seu�pon�o�de�máx�ma�po�ênc�
a�

nd� v�
dua� men�e,�
o�que�não�acon�ece� em�ou�ras�coni gurações.�Ou�ra�van�agem� es�á�na�modu�ar�dade,�
que�
perm� �e�uma�expansão�do�s�
s�ema� que�em� ou�ros�conce��os�
não� ser�
a��ão�s�
mp� es.
Como� desvan�agem� dos�módu� os�
CA,�podemos� c�
�ar�
a�menor�ei c�
ênc�a�
dos�m�cro-�
nversores�em�
re�
ação�
aos�de�grupos�de�módu� os�
e�seu�preço� a�nda�proporc�ona�
men�e� super�or�
ao�dos��
nversores�convenc�
ona�s.�
Esse�conce��o�
�n�eressan�e�para�
o� caso�de�s�
s�emas�fo�ovo��a�
cos��
n�egrados�à�
arqu��e�ura�
em� que�
são�
ma� s�
comuns� os�sombreamen�os� parc�a�s.

78
78
Figura 88 - sistemas com módulos CA

Figura 89 - Micro inversores para módulos PV

79
Sistemas Fotovoltaicos
Autônomos

80
80
8. Sistemas Fotovoltaicos Autônomos
Um�s� s�ema�fo�ovo��a�co��
so�
ado�(o�-gr�d)�é�aque�
e�que�não�es�á�em�con�a�o�com�a�rede�e�
é�r�
ca�da
concess�onár� a.�
Um�s�
s�ema� �so�
ado�pode�
ser�fe��o�numa�c�
dade�sem�prob�ema� a�
gum.� O�
“isolado”�
do�nome�
d�z�
respe��o��ambém� ao�afas�amen�o�da�
rede�e�é�r�ca.

8.1. Painel Fotovoltaico


O� pa� ne�� fo�ovo� �a�
co� para� s�s�emas� au�ônomos� é� coni gurado� para� fornecer� �ensões�
en�re�12�e�48�vo� �s,�sendo�as��ensões�de�12�V�e�24�V�as�ma� s�comuns,�enquan�o�a��ensão�de�48�
Vo��s�é�u���zada�em�s� s�emas�ma� ores.�O�pa�
ne��é�d�
mens�onado�para�fornecer�o�po�enc�
a��e�é�r�
co�para�
um�d� a�méd� o�de�uso.�Essa�energ�
a�será�armazenada�em�ba�er�
as�ou�u��
�zada��
med� a�amen�e,�no�caso�dos�
s�
s�emas� fo�ovo��a�cos�sem� armazenamen�o.

Figura 90 - Painel fotovoltaico 24 V de sistema autônomo

Gera�
men�e� são�u���
zados�módu�os�de�36�ou�72�cé�u�
as,�
que��em�as�
�ensões�nom�na�
s�adequadas�
para�
os�con�ro�
adores�de�carga�
sem�MPPT.�A�ém� d�sso,�
os�módu� os�
para�s�
s�emas��
so�ados,�
não�
possuem,�em�sua�
grande�ma� or�
a,�
cabos�de�conexão�
com� conec�ores� padrão.�

8.2. Banco de baterias


Um�banco� de�ba�er�
as�é�
cons��u� do� por�uma�quan�dade� ca�cu�
ada�de� e�
emen�os�conec�ados�
em� ser�
e�
e/ou�
para�
e�o,�
que� fornecerão�a�po�ênc�a�demandada� pe�as�
cargas,�no�per�odo�de�
au�onom�a�em�que�devem�
func�
onar�
sem� receber�recarga�do�arranjo�fo�ovo�
�a�co�nos�d�as�sem��nso�ação.

81
Figura 91 - Banco de baterias em uma grande central PV

8.2.1. Funções do banco de baterias


Em�
s�s�emas�
�so�
ados,�
a�ba�er�
as�
�em�
as�
segu�
n�es�
funções:
• Autonomia:� essa�é�
a�função�ma� s��
mpor�an�e,� que�é�supr�r�
a�energ�a�
para�os�consumos,�
quando
o pa�ne�
�não�é�capaz�de�gerar�
energ� a�sui c�
en�e.�
Isso�acon�ece��odas�
as�no��es,�
e��ambém�nos
per�odos�chuvosos�ou�nub� ados,�que�podem� var�
a�duran�e�o�d�
a.
• Estabilizar a tensão:� os�módu�os�fo�ovo��a�cos�
�em� uma� grande�var�
ação�de� �ensão,�de�acordo�à

rrad�ânc� a�receb� da.�A�conexão�
de� cargas�de�consumo� d�re�amen�e�aos�módu� os�
pode�expô-� os
a��ensões� mu� �o�a��as�ou�mu��o�
ba� xas�
para� o�
seu�func�onamen�o.� As�ba�er�as�possuem� uma� fa�
xa
de��ensões� ma� s�es�re��a�que�
os�módu� os�fo�ovo��a�cos,�e�garan�rão�uma� fa�xa�de�operação�ma� s
un�forme� para� as�cargas.
• Fornecer correntes elevadas:� a�ba�er�
a�opera�
como� um� bu�er,�fornecendo� corren�es� de�par�da
e�evadas.�A�guns�d�spos��vos�(como� mo�ores)�
requerem� a��as�
corren�es� (de�4�a�é�9�vezes�a�corren�e
nom� na�)�
para��n�c�
ar�o�seu�func�onamen�o,�es�ab�
��zando� e�u���
zando� corren�es�ma� s�ba�xas�depo�s
de�a�guns�segundos.� Ou�ros�d�spos��vos�ma�s�
vorazes�en�rarão� em� func�onamen�o� por�cur�o
per�odo�de��empo,� mas� consum� rão�mu��a�
po�ênc�a.�As�
ba�er� as�fornecerão� essa�a��a�po�ênc� a
momen�ânea,� e�serão�carregadas� �
en�amen�e�pe�o�pa�ne��fo�ovo� �a�co�duran�e�o�d�a.

8.2.2. Baterias para Sistemas Fotovoltaicos


As�ba�er�
as�para�uso�fo�ovo��a�
co�cos�umam� ser�
de�chumbo-ác�
do� ou�de�n�que�-cadm�o.�
As�ba�er�as�
de�
n�que�-cádm� o�
supor�am� descargas�ma�ores�e��em�ma�or�v�
da-ú��
,�
mas�seu� a�
�o�cus�o�e�
ba�xa�
d�spon�b��
�dade�
as��ornam� v�
áve�s�
em� s�s�emas�mu� �o�espec�i cos�
que�necess�
�am�de�
a��a�coni ab��
�dade.�
Ou�ros��pos�
de�ba�er�
as,�
como� as�de�Íons�de�L��o,�
não� são�v�áve�s�
para�s�
s�emas�fo�ovo��a�
cos,�
dev�
do�
à�capac�
dade�dos�bancos�de�ba�er�
as�para�essa�ap� �
cação.�É�a�re�ação�cus�o-beneí c�
o�que�faz�com�que�as�
ba�er�
as�de�
chumbo-ác�do�sejam�as�esco�h�
das� para�a�ma�or�a�dos�s�s�emas�PV��
so�ados.
� Como�
são�
as�
ma�
s�u��
�zadas,�
as�
ba�er�
as�
de�
chumbo-ác�
do�
serão�
o�obje�o�
do�
nosso�
es�udo�
a�par�r�
de�
agora.

8.2.2.1. Cons�tu�
ção e func�
onamento de uma Bater�a de Chumbo Ác�do
Ba�er�
as�de�chumbo-ác� do�são�cons��u�das�de�células��nd�v�
dua�
s�–��ambém�chamadas�de�p� �
has�–�
com��ensão�nom� na��
de�2�
V�cada�uma,�que�nas�ba�er�
as�em� monob� oco�
são���
gadas�
em�sér�
e�para�
a�cançar�
a�
�ensão�
nom� na�.(6�
cé�u�
as�
cons��uem� uma�ba�er�a�de�12�vo��s).�

82
82
Cada célula�é�cons��u� da�bas�camen�e�por�duas�p� acas�de�me�a� s�d�
feren�es�(uma�pos� �va,�ou�ra�
nega�va)�� so�
adas�por�separadores�e�� mersas�em�uma�so� ução�aquosa�de�ác� do�su� fúr�
co�(H2SO4).�As�p�acas�
são�e�e�rodos�de�chumbo�em�forma�o�de�grade�com�a�função�de�segurar a matér�a a�va�e�conduz� r�a�
corren�e�e�é�r�ca.�
�a�
matér� a a�va�porosa�que�armazena� a�energ�a,�
com� sua�es�ru�ura�esponjosa� fornecendo�
área�de�superí c�e�para�a�reação�e�e�roqu�m�ca.�Na�ba�er�a�carregada,�a�ma�ér� a�a�va�da�p�aca�nega�va�é�o�
chumbo� (Pb)�e�a�ma�ér�a�a�va�da�p�aca�pos�
�va� é�
o�d�óx�do de chumbo� (PbO2).

Figura 92 - Bateria de chumbo-ácido

Ao�se�fechar�um�c� rcu��o,�os�e�
é�rons�l uem�do�po� o�nega�vo�para�o�po�o�pos��vo,�provocando�uma�
reação�qu�m�ca�en�re�as�p�acas�e�o�ác�do�su�fúr�
co,�que��
eva�à�formação�de�sulfato de chumbo�(PbSO4)�nas�
duas�p�acas�–�reação�chamada�de�dup� a�sulfatação�–�que�consome�o�ác� do,��ornando�o�e� e�ró�
��o�ma�
s�
aquoso,�processo�que�pode� ser�med� do�com� um�densímetro.

Tabela 7 - Estado de carga de uma bateria pela densidade do eletrólito.


Estado de Carga Densidade do Eletrólito
100%�
(p�
ena�
carga) 1,225�
g/cm³
90% 1,216�
g/cm³
80% 1,207�
g/cm³
70% 1,198�
g/cm³
60% 1,189�
g/cm³
50% 1,180�
g/cm³
40% 1,171�
g/cm³
30% 1,162�
g/cm³
20% 1,153�
g/cm³
10% 1,444�
g/cm³
0%(descarga�
�o�a�
) 1,135�
g/cm³

Quando�o�s�s�ema�PV�recarrega�a�ba�er�a,�os�e�é�rons�l uem�em�sen�do�con�rár� o�–�do�po� o�pos�


�vo�
para�
o�po�
o�nega�vo� –�
rever�endo�a�
reação� qu�
m� ca.�O�processo� não�é��o�a�
men�e�revers�ve�,�po�
s�pequenas�
quan�dades�de�su� fa�o�de�chumbo�não�se�d� sso�vem,�processo�chamado�de�sulfatação�que�aumen�a�à�
med�da�que�os�c�
c�os�de�carga�e�descarga�acon�ecem,�d� m�nu� ndo�a�capac�dade�da�ba�er�a.�Quan�o�ma� or�

83
for�a�profundidade de descarga�–�o�n�ve��de�reação�qu�
m�ca�que�acon�ece�duran�e�a�descarga,�an�es�que�a�
ba�er�a�vo��e�
a�ser�
carregada�–�ma�or�será�a�
perda� de�
capac�
dade.�Com�profund�dades� de�descarga�menores,�
mais c�clos�de�
carga�e�descarga�a�
ba�er�a�supor�ará.�

Figura 93 - Expecta�va de v�
da ú��de uma bater�
a pe�a profund�
dade de descarga

A�res�s�ênc�a��
n�erna�de�uma�ba�er� a�de�chumbo-ác� do�var�
a�de�acordo�à�carga,�sendo�ma� or�quando�
a�ba�er�a�es�á�descarregada� dev�da�à�
menor� concen�ração�de�ác�do�no�e�
e�ró� �
�o�e�à�presença�do�su�fa�o�
de�
chumbo� nas�p�acas.�À�med� da�que�a�ba�er�
a�va��
sendo�carregada,�a�
sua�res�s�ênc�a��n�erna�
d�m� nu�,�
fazendo�
com� que�a�ba�er�a�aceite�
me� hor�a�
carga.�
Por��
sso�uma�ba�er�a�
com� menor� profund� dade� de�
descarga�duran�e�
o c�
c�o�é�recarregada� ma�s�rap�damen�e.
Quando�a�nge�a��ensão�i na��
de�
carga�
nas�cé�
u�as,�
a�ba�er�
a�deve�
ser�desconectada�
do�
carregador,�
po�
s�
se�
�n�
c�a�
um�processo�de�e�e�ró��se�
da�
água�presen�e�
no�e�e�ró��
�o�que�
�eva�a�
do�s�
�nconven�
en�es:
1�
–�Perda�de�água,�
que�faz�
o�ác�
do�
se�
concen�rar�
ma�
s,�
se�
�ornando�
noc�
vo�
às�
p�acas�
a�é�
a�secagem�
�o�a�

que�
de�erm� nar�a�
o�i m�da�
ba�er�a.
2�–�L�
beração�de�ox�gên�o�e�h� drogên�o.�Esse�ú�
�mo,�mesmo�em�pequenas�proporções��orna�o�
amb�en�e�po�enc�
a�men�e�exp�os�vo,�o�que�faz�com�que�os�bancos�de�ba�er�
as�devam�ser�� ns�a�
ados�em�

oca�
s�ven��ados.�
O�h�
drogên�o�é�14�vezes�ma�s��
eve�que�o�ar�
e�pode�
se�
acumu� ar�
em� fres�as.

Tabela 8 - Estado de carga de uma bateria pela tensão entre os terminais


Estado de carga Tensão em Circuito Aberto
100%�
(p�
ena�
carga) 12,72�
V
90% 12,48�
V
80% 12,42�
V
70% 12,30�
V
60% 12,18�
V
50% 12,06�
V
40% 11,88�
V
30% 11,76�
V
20% 11,58�
V
10% 11,34�
V
0%�
(descarga�
�o�a�
) 10,50�
V

84
84
8.2.2.2. T�
pos de Bater�as de Chumbo-Ác�
do
De�acordo�ao��po�de�e�
e�ró�
��o�
e�a�
�ecno�
og�
a�de�
cons�rução�
das�
p�acas,�as�
ba�er�
as�
de�
chumbo�ác�
do�
pode�
ser�
c�ass�
i cadas�
em:
• Bater�as de E�etró� �to L�qu�do:�as�ba�er� as�ma� s�comuns�em�� ns�a�ações�fo�ovo� �a�cas,�são
compos�as�pe� as�p� acas�e�pe� o�e�e�ró� �
�o�em�es�ado�� �qu�do.�Essa�é�a�concepção�das�ba�er� as
au�omo�vas,� produz� das�em� �
arga� esca�a,�por� �
sso�são�as�ma�s�bara�as�e�fac��men�e� encon�radas
no�mercado.�Nas�ba�er� as�au�omo�vas,�chamadas�de�ba�er� as�de�par�da�ou�SLI,�s� g�a�em
�ng�ês�
para�Star�ng-L� gh�n� ng-Ign��on,� os�e�e�rodos� pos��vos� e�nega�vos� são�grades� onde� são
depos� �ados�
as�ma�ér� as�a�vas,�chumbo� e�d�óx�do�de�chumbo.� Essas�
ba�er� as�u���zadas� para�a
par�da�de�mo�ores�—�que�requerem�a� �as�corren�es�(a�é�200 A)�por�a� guns�segundos�—�não
são�adequadas� para� s�s�emas� fo�ovo� �a�cos,�po�s�são�cons�ru�das� para�fornecerem� apenas� uma
fração�da�sua�capac� dade�(a�é�10%)�em�descargas�mu� �o�a��as�e�per�odos�mu� �os�cur�os.�Suas
p�acas�são�ma� s�i nas�e�em�ma� or�número,�a� ém�do�e� e�ró��
�o�possu� r�ma� or��eor�de�ác� do.�Se
forem� subme�das� a�profund� dade� de�descarga� ma� or�
que� 50%,� podem� fa�har�em�poucos� d�as.
As�ba�er�
as�para�s�s�emas�fo�ovo��a�cos�são�desenvo�v�das�para�func�onamen�o�� n�erm��en�e.
D�ferenc�
am-se� das�an�er�
ores�pe�a�sua�capac�dade�de�supor�ar�mu��os�c�
c�os�de�
descarga,�com
descarga�profunda.�Possuem�p� acas�com�ma� s�matér�a a�va�e�em�menor�número,�e� o�ác�do�é
menos�concen�rado.�Dev� do�a�esses�fa�ores,�esse��po�de�ba�er�a�não�é�recomendado�para�a
par�da�de�mo�ores,� ou�mesmo� para�uso� em�ve�cu�os�
e�é�r�
cos.

Figura 94 - BAteria de eletrólito líquido

• Baterias de Eletrólito Imobilizado:�possuem� o�


e�e�ró�
��o�
�mob���zado,�
seja�na�
forma�
de�ge�
�(com
a�ad�ção�de�d� óx�do�de�s��
�c�o),�ou�pe�o�s�s�ema�AGM�(Absorbed Glass Material),�nas�qua�s�o
e�e�ró�
��o�es�á�em� forma�cr�s�a��na�
envo� �o�em�esponjas�de�
i bra�de�v�
dro.
Ao�con�rár� o�das�ba�er� as�de�e� e�ró���o��
�qu�do,�as�ba�er� as�de�e�e�ró��
�o��mob� �
�zado�não
necess��am�serem�� ns�a�adas�em�� oca�s�ven��ados,�po�s�são�fechadas�e�possuem�um�s� s�ema
com�vá� vu�a�de�segurança�que�� �m� �am�a�sa�da�dos�gases���berados�em�casos�de�sobrecargas,
por��sso�são�chamadas��ambém�de�baterias de chumbo-ácido reguladas por válvula�(VRLA,
do��ng�ês:�Va� ve Regu� ated Lead Ac� d).�Não�requerem�a�repos� ção�de�água,�por�� sso�são
se�adas�e�não�necess� �am�de�manu�enção.�Os�con�ro� adores�de�carga�devem�ser�espec� i cos
ou�ajus�ados�para��raba� har�com�as�ba�er� as�de�e�e�ró��
�o��mob� �
�zado,�po�s�es�as�não�podem
receber�sobrecargas.�São�ba�er� as�com�grande�v� da�ú��,�gera�men�e�o�dobro�da�v� da�ú�� �das
ba�er�as�de�e�e�ró�
��o��
�qu�do,�sob�as�mesma� cond�ções�de�profund� dade�de�descarga.� Dev� do� a
�a�
s�carac�er�s�cas,�são�ma�s�caras�que� as�
ba�er�as�comuns.

85
Figura 95 - Bater�
a de e�
etró�
�to �mob��
�zado (VRLA)

• Baterias Estacionárias de Placa Tubular (OPzS e OPzV):�são�as�ba�er�


as�cer�as�para�s�
s�emas
robus�os,�de�uso�permanen�e� em� per�
odos� en�re�
10�a�
20� anos.
Podem�ser�do��po�OPzS,�s� g�
a�em�a� emão�(Ortsfeste Panzerp� a�e Spez� a�
)�que�s� gn�
i ca�Placa
Tubular Estacionária Especial,�
com�e� e�ró�
��o��
�qu� do�e�separadores� espec�
a�s;�ou�do��po� OPzV
(Ortsfeste Panzerp�
a�e Versch� ossen)�que�s�gn�i ca�Placa Tubular Estacionária Selada,�que��em
e�e�ró��
�o�em� ge�
�e�
regu�adas�por�vá�vu�a.
A�d�ferença� en�re�essas�ba�er�
as�e�as�an�er�
ores�
es�á�na�forma� dos�e�e�rodos�pos�
�vos,�
que�são
�ubu� ares,�com�tubos�permeáve� s�em��orno�das�varetas,�a�ravés�dos�qua�s�c�
rcu�
a�o�e�
e�ró�
��o.
Esses��ubos� man�em� a�ma�ér�a�
a�va� coni nada,�
ev��ando�a�guns�dos�efe��os�do�
enve�hec�men�o
das�ba�er� as�(veja�
8.2.4),�
aumen�ando� o��empo�de� v�
da�das�ba�er�as.
Es�as�
ba�er�as�
�em� v�
da�ú�� �
mu� �o�super�
or�às�
ba�er�as�
comuns,� mas�
são�ma�s�
vo� umosas,�ma�s
pesadas�e��em�ma� or�cus�o�de��ns�a�
ação,��
nc�us�
ve�nos�preços�comerc�
a�s�mu��o�super�
ores�a
ou�ros��pos�de�ba�er�
as.
As�ba�er�
as�OPzS�necess�
�am�de�manu�enção�em�per�odos�de�6�meses�a�3�anos,�enquan�o�as
ba�er�
as�OPzV�não�requerem�manu�enção�duran�e�
a�sua�
v�da�ú��.

Figura 96 - E�
etrodos pos�
�vos de uma bater�
as OPzS

• Bater�as de B� oco com P� acas Pos��vas P�anas (B� ocos OG�):�as�ba�er� as�OGi�(do�a� emão:
Ortsfeste G� �erp� a�en,�que�s� gn� i ca:�P�acas�Es�ac�
onár�as�Rad� a�s)�são�do��po�es�ac� onár�a,
com� os�e�e�rodos� pos� �vos�em� forma�o� de�p�aca�p�
ana�com� uma� coni guração� que�es�á�
en�re�a
das�ba�er�as� de�grade� e�
as�ba�er� as�de�e�e�rodo��ubu�ar.�
As�varetas� enca�xadas� em�um� pro�e�or
comum,�que�poss� b���
�a�a�
fabr�cação�de� p�acas�p�anas�
ma� s�bara�as�que� as��ubu�ares,�mas�com
v�da�
ú�� �mu� �o�ma� or.�
Os�e�e�rodos� nega�vos� de�uma�bateria de bloco�são�em� forma�o�de�grade.

86
86
As�ba�er�
as�OGi�a� cançam�1300�c� c�
os�com�profund� dade�de�descarga�de�75%�e�4500�c�c�os�
com�30%� de�Pd.�Dev�do�à�grande�reserva�
de�ác�do�no�vaso,�a�
manu�enção�será�
necessár�a�em�
per�odos�en�re�3�a�5�anos.�São�mu��o�u��
�zadas�nos�s�s�emas�PV�au�ônomos�na�Europa,�po�s�
conseguem� ser�recarregadas�mesmo� com�ba�xas�corren�es.

Figura 97 - P�
aca pos��va de bateria OGi

As�ba�er�as�es�ac�onár�
as�podem� ser�d�spon�b��
�zadas�em� monob� oco�(quando� os�vasos� que�compõem�
a�ba�er�a�es�ão�den�ro�de�uma�carcaça�ún� ca)�ou�em�vasos�� ndependen�es�(quando��emos�vár� os�vasos,�
gera�men�e��ransparen�es�que�devem�ser�� �gados�em�sér� e�para�a�
cançar�a��ensão�nom� na� ).�Os�vasos��em�
ma� or�capac�dade�de�carga�(em�Ampère�hora),�mas�a��ensão�é�menor�(2�vo� �s�nom� na� s,�nas�ba�er� as�de�
chumbo-ác� do)�e�são�os�ma� s��
nd�cados�para�s�s�emas�mu� �o�grandes.�As�ba�er� as�espec� a�s�para�s�s�emas�
fo�ovo��a�cos�(OPzS, OPzV�e�OGi) são�d� spon� b���
zadas,�gera�men�e,�em�forma�o�se�vasos��ransparen�es.�
Ba�er�as�espec�a�s,�pe�a�sua��ecno�og�
a,�são�desenvo� v�das�para�v�da�ú���en�re�10�e�20�anos.�As�ba�er� as�
monob� oco��em� v�da�ú���
en�re�2�e�
5�anos.

Figura 98 - Vaso de 2V e bateria monobloco de 12V

É�poss�ve�,�mas�não�é�recomendáve�,�a�conexão�de�ba�er�as�em�para�e�o�para�aumen�o�de�corren�e.�
Como�os�e� emen�os�podem��er�enve� hec�men�o�não�un� forme,�podem�surg� r�corren�es�paras��as�en�re�as�
ba�er�
as.�Em��ns�a�ações�de�ba�xa�po�ênc�
a,�esse�efe�
�o�não�é��ão�noc� vo�quan�o�em�� ns�a�ações�de�a� �a�
po�ênc�a.�
�Recomenda� o�número�máx�mo�de� 6�
conexões�em� para�e�o.�
Por�mo�vo� de�segurança,�
recomenda-
se�
pe�o�menos� 2� b�
ocos�em�para�e�
o.

8.2.3. Desempenho e Caracter�


s�cas das Bater�
as de Chumbo-Ác�
do
Vejamos�a�guns��ermos�re�
a�vos�às�ba�er�
as�que�devemos�cons�
derar,�no�momen�o�de�proje�ar�um�
banco�de�ba�er�
as:
• Carga/ Descarga:�
processo�
de�
conversão�
da�
energ�
a�e�
é�r�
ca�
em�
energ�
a�qu�
m�ca�
e�v�
ce�
versa.

87
Duran�e� o�processo� de�carga�a��ensão� da�ba�er� a�aumen�a� grada�vamen�e� e,�depo�s�
de�cer�o�
va�or,�
�n�c�
a-se�o�processo� de�gase� i cação� (e�
e�ró��se�e�
��
beração� dos�gases).�
Próx�mo�da� �ensão�de�
gase�i cação,�o�
fabr�can�e� de�erm� na� o�va�or�máx� mo� de��ensão�para�a�
carga�da�ba�er�a,�
depo� s�do�
qua��o�processo�de� carga��
n�erromp� do.�Essa�é�a�função� do�Regu�ador�de�Carga,�
que� ap��ca�
a�nda�a�
�ensão� corre�a�
de�acordo� �empera�ura� amb� en�e.�
À�med� da�que� a�ba�er�a�
se�descarrega�a��ensão�d�m�nu�.�
Ca� �
rap�
damen�e� no��n�c�
o�dev�do�às�perdas�
ôhm� cas,�
depo� s�ca��
con�nuamen�e� a�é�
o� i m�
da�carga,�
quando� ca�
�rap�
damen�e� e�a�nge�o�va�or�
��
m��e�
a�par�r�do�qua� �a�concen�ração�
do� ác�do�d� m�
nu��mu��o�e�começam� os�
efe��os�noc�vos�
da�su�fa�ação�
(c�
�ado�aba� xo).�
• Capacidade:�é�
a�quan�dade�
de�carga�
e�é�r�
ca�
que� uma�ba�er�
a�pode� fornecer�
a�é�i car�
�o�a�men�e
descarregada.�
A�capac�
dade�
é�o�
produ�o�da�descarga�
cons�an�e�(In)�
pe�o��empo�de� descarga�
(t n):
Cn�
=�In * t n.
��
a�forma� e�o�número� de� pilhas��
�gadas� em� para�e�o�
que� de�erm� nam� a�capac� dade� de�uma�ba�er�a.�
Esse�va�or�depende� da��empera�ura� de� operação,� da��ensão� i na��
e�pr�nc�pa� men�e� da�corren�e�
de�descarga.� Com� corren�es� de�descarga� menores,� a�depos� ção� do�su�
fa�o� nas�p�acas�acon�ece�
vagarosamen�e,� o�que�perm� �e�
ma� or�penetração� do�su�fa�o.�Com� ma� ores� corren�es�de�descarga�a�
depos� ção�do� su�fa�o�acon�ece� ma� s�rap� damen�e,� as�mo� écu� as�se�depos� �am� no�começo� das�p�acas�e�
atrapalham� as�mo� écu�as�segu�n�es.�Ou� seja,�é�
poss�ve��re�rar� ma�s�energ� a�da�ba�er�a�quando�é�fe��a�
uma descarga lenta,� do�que� quando� é�fe��a�uma� descarga rápida.� É�por��sso�que� a�capac�dade�nom� na��
(Cn)�
da� ba�er�a��em� que� ser�espec�i cada� de� acordo�à�corren�e� de�descarga,� ou�de� acordo�ao��empo� de�
descarga.
o Capac�dade nom� nal Cn:�quan�dade� de� carga� ex�ra� ve��de�uma� ba�er� a� (ou� e�emen�o)� em
n�horas,�em� uma� �empera�ura� méd� a�de� 25�°�C,�e�de�erm� nada� corren�e,� a�é� que� a��ensão
da�ba�er� a�
ca�a�para� 1,8� V/e�emen�o� (10,5� V� numa� ba�er� a�monob� oco� de�12� V�nom� na�s).
Se�a�capac� dade� �o�a� �
de� uma� ba�er� a�for�u�� �zada� em� 10�horas,�será� drenada� uma� corren�e
mu� �o�ma� or�do�que� se�a�descarga� for� fe�
�a�em� um� per� odo�de�100� horas.� Uma� ba�er� a
de�C100 = 100 Ah,� pode� ser� descarregada� em� 100� horas� com� uma� corren�e� de� 1 A.�Se
dessa�ba�er� a�for�drenada� uma� corren�e� de� 8 A,�e�a� a�ng� rá�a�
�ensão� i na�� em� 10 horas.
Sua�capac� dade� em� C10�será�de�80 Ah� (C10 = 80 Ah).� O� fabr�can�e� é�quem� �
nd� ca�qua� �
é�a
capac� dade� nom� na��da� ba�er�a,�sendo� que�para� as� ba�er� as�
es�ác� onár� as� (para� s�
s�emas� de
backup)� é�de�C10,�para� ba�er�as�de� par�da� é�de� C20�e�para� as�ba�er� as�fo�ovo� �a�cas�é�de�C100.
o Capac�dade ú�l:�
capac�
dade�u��
�záve�
�da�
ba�er�
a.�
�o�
produ�o�
da�
capac�
dade�
nom�
na�
�pe�
a
profund�
dade�de�descarga.
• Profundidade de Descarga:�
quoc�en�e�
en�re�a�
carga�ex�ra�
da�
e�a�capac�dade�
nom� na��
de�uma
ba�er�
a,�
expressa�em�porcen�agem.�A�máx�ma�profund�dade�de�descarga,�
em�uma� ba�er�
a�de
chumbo-ác�do,�deve�
ser�de�80%.�
Ac�ma�d�sso,�
a�ba�er�
a�pode�
não� se�
recuperar�
e�ser�
recarregada
novamen�e.
• Autodescarga:� perda�de�carga�da�
ba�er�a�quando� es�a�es�á�
em�c�rcu�
�o�
aber�o.�
�provocada�pe� a
cons�an�e�reação�qu�m� ca�no�
�n�er�
or�da�ba�er� a.�
Gera�men�e� é�
expressa�em�porcen�agem,�med� da
por�
mês.� A�au�odescarga� é�ma�or�
ou�menor,� segundo� a��empera�ura�
no�amb�en�e�das�ba�er�
as.
Dev�do�à�essa�perda�energé�ca,�ba�er�as�
não� podem� ser�armazenadas,�ou�
de�xadas�sem�recarga,
em�s�s�emas�fo�ovo��a�cos�de�uso�
esporád� co.
• Ciclo:�sequênc�a�completa� de�carga�e�descarga�da�ba�er�a�em� de�erm� nada� profund� dade�de
descarga.�Quan�o� menor� a�profund� dade�de�descarga,� ma�s�c�
c�os�uma� ba�er�a�
supor�a.�Um� c�c�o�
é
aber�o� quando�a�ba�er�a�começa� a�se�descarregar,�
e�é�fechado� quando� a�ba�er�
a�é�completamente
recarregada.�Em� um�s�s�ema� fo�ovo��a�co�
que� não�recebeu� sui c�en�e�rad�ação�so�ar,�
o�banco� de
ba�er�as�não�será�comp� e�amen�e� carregado� e�o�
c�c�o�
con�nua,� com� profund� dade�de� descarga
ma� or.
• Corrente:�
ass�
m�como�
a�capac�
dade,�
é�de�erm�
nada�
baseando-se�
no�
per�
odo�
descarga/ descarga�
da
ba�er�
a:

88
88
I20 = C20/ 20 h
I100 = C100/ 100 h

8.2.4. Efeitos do Envelhecimento nas Baterias


O�grande�� nconven� en�e�das�ba�er�as�é�a�sua�cur�a�v�
da�ú��,�en�re�2�e�6�anos�(de�10�a�15�anos,�para�
as�ba�er�as�fo�ovo��a�cas�espec�a�
s).�Os�mo�vos�da�v� da�ú���reduz�da�são�os�processos�de�enve� hec�
men�o�
sofr�
dos�pe� os�e�emen�os.�Esses�processos�revers� ve�s�ou�não,�que�podem�se�� nl uenc�ar�e��n�ens�i car�
mu�uamen�e,� são��
�s�ados�a�segu�
r:
• Estra�i cação do E� etró��to (reversível):�
com� o�processo� de� carga�e�
descarga,�o�ác�
do�no�e� e�ró��
�o
�ende� a�descer� para� o�
fundo� da�ba�er�a,�
dev� do� à�sua�ma� or�dens� dade� em�re�ação�à�água� que�é
��
berada� no�processo.� Duran�e� o�processo� de�recarga,� o�ác�do�va��se�recomb� nando� com� a�água,
mas�con�nua�ma� s�concen�rado�na�par�e�� nfer�or,�provocando�ma� or�d�ferença�de�po�enc� a�
�e
ma� or�desgas�e�na�par�e�� nfer� or�das�cé�u�as.�Para�ev� �ar�a�es�ra�i cação�é�recomendáve� �uma
pequena�gase� i cação�con�ro� ada�do�e� e�ró���o,�a�ravés�de�uma�carga de equal�zação,�que
cons�s�e�em�uma�sobrecarga�por�cur�o�per� odo. Os�con�ro� adores�de�carga�ma� s�soi s�cados
são�capazes�de�ap� �car�cargas�de�manu�enção.�Caso�o�s� s�ema�PV�não�d� sponha�desse��po�de
con�ro� ador,�o��écn� co�pe� a�manu�enção�deve�por�ar�um�carregador�ou��ranspor�ar�a�ba�er� a
para�essa��arefa.
Ba�er�
as�de�e�e�ró�
��o��
mob� ��
zado�não�sofrem�esse�efe��o�e�não�podem�receber�as�cargas�de
equa��
zação,�que�as�dan�i car�
a,�
a�ém�de�ou�ros�
r�scos�operac�ona�s.
• Corrosão (irreversível): a�corrosão�da�grade�de�chumbo�do�po� o�pos��vo�é�causada�pe�o�a��o
po�enc�a��
pos� �vo,�
que� provoca� o�aumen�o� da�res�s�ênc� a�
da�grade.�Ocorre�
com� ma�s�
frequênc� a
quando� a�
�ensão� u��rapassa� os�2,4 V�
ou�i ca�
aba� xo�dos� 2,0 V.�
As�escamas�de�ma�er�a��corro�
do
que�caem� das�p�acas�podem� provocar�cur�os-c�rcu��os.
• Sulfatação (Irreversível): Se�a�ba�er�a�não�for�sui c�en�emen�e�carregada�depo� s�de�uma
descarga,�começam�a�se�formar�cr� s�a�
s�de�su�fa�o�que�não�são�ma� s�conver�dos�em�chumbo
ou�óx�do�de�chumbo� duran�e�a�recarga.�
Com� �sso�a�ma�ér�a�a�va�
d� m�nu� �
e�jun�o,�
a�capac�dade
de�carga�da�ba�er�a.�A�par�e��nfer�
or�da�cé�u�a�e�a�ma�s�afe�ada,�po�s�raramen�e�recebe�uma
recarga��o�a�
.
• Sedimentação (irreversível): a�var�ação�de�vo�ume�duran�e�os�processos�de�carga�e�descarga
provoca�o�desprend�men�o� de� ma�ér� a�a�va�que,�
com� a�
formação� de�gás�
no�
e� e�ró�
��o�
i ca�
so�
�o
e�ca�
�no�fundo�do�vaso.�Se�o�espaço�en�re� o�fundo�e�as�p�acas�for�pequeno,�esses�pedaços�de
ma�ér�a�a�va�podem� causar� cur�o-c�rcu��o�
en�re�as�
p�acas.
• Ba�er�
as�
de�
e�e�ró�
��o�
�mob�
��
zado�
não�
sofrem�
desse�
prob�
ema.
• Secagem (irreversível): se�
ocorrer�
a�gase�
i cação��o�a�
�do�
e�e�ró�
��o�
e�a�
água�
(des��
ada)�
não�
for
repos�a,�
a�ba�er�
a�secará� e�não�
func�onará�ma�s.
Ba�er�
as�
de�
e�e�ró�
��o�
�mob�
��
zado�
não�
sofrem�
desse�
prob�
ema.

8.2.5. Cuidados com Baterias Estacionárias:


Para�
uma�
ma�
or�
v�da�
ú��
�do�
banco�
de�
ba�er�
as,�
a�guns�
cu�
dados�
devem�
ser�
�omados:
• Ev�
�ar�
descargas�
d�ár�
as�
ma�
ores�
que�
30%�
de�
profund�
dade.
• Ev�
�ar�
descargas�
no�
i m�
da�
au�onom�
a�ma�
ores�
que�
60%.
• Sempre� �
ns�a�
ar�
as�
ba�er�
as�
em�
�oca�
s�ven��
ados�
(exce�o�
as�
de�
e�e�ró�
��o�
�mob�
��
zado)�
e�de�
acesso
res�r�
�o.
• Confer�
r�per�
od�
camen�e�
o�n�
ve�
�de�
e�e�ró�
��o�
das�
ba�er�
as�
úmidas,�
po�
s�a�
secagem�
do�
e�e�ró�
��o

89
de�erm�
na�
o�i m�
da�
ba�er�
a.
• Man�er�os��erm�na�s�
��
mpos�e�aper�ados,�
ev��ando�
aumen�o�
de�
res�
s�ênc�
a�ou�
poss�
b��
�dade�
de
cur�o-c�
rcu��o�
causado�pe�
o�acúmu� o�
de�suje�ra�
úm�da.
• Usar�EPI�
duran�e� o�
�raba�ho� com� as�
ba�er�as.�
As�ba�er�as� são�a�ma�or�fon�e�de�per�go�numa
�ns�a�
ação�PV�au�ônoma.� As�med� das�de�segurança� são�ap� �
cadas��an�o�às�par�e�e�é�r�
ca,�quan�o
à�par�e�
qu�m� ca,�
po�s�o�ác�do�su�fúr�
co�é�noc�vo�para�seres� humanos� e�para�o�me� o�amb� en�e,
podendo� provocar�sér�as�que� maduras� em�con�a�o�com� a�pe�e.�
Os�o�hos�e�nar�nas�devem� es�ar
pro�eg�dos�duran�e�o�manuse� o�das�ba�er�
as.�As�ba�er�as�de�e�e�ró��
�o��mob� �
�zado��êm� a�van�agem
serem� menos� cr�
�cas�quan�o� à�segurança.
• Fazer�
manu�enção�per�ód�
ca,�
no�m�n�mo�a�cada�
6�meses,�
ao�
u���
zar�
ba�er�
as� de�
e�e�ró�
��o�
úm�
do.
Nas�ba�er�
as�
de�
e�e�ró�
��o�
�mob��
�zado�
é�recomendáve��
a�manu�enção�anua�.
• Ev�
�ar�ba�er�
as�
au�omo�vas�
para�a�
concepção�do�banco�
de�
ba�er�
as,�
po�
s�não�
são�
adequadas�
e��erão
que�ser�
subs��u�das�
em�
per�odos�mu�
�o�cur�os.
Quan�o�
à�rec�
c�agem,�
o�Bras�
��
já�
�em�
�eg�
s�ação�
que�
ex�
ge�
que�
o�fabr�
can�e�
reco�
ha�
uma�
ba�er�
a�para�
cada�
un�dade�
vend�da.�
O�chumbo� e�a�
carcaça� podem� ser�
rec�c�
ados�para�
a�cr�
ação�de�
uma�nova� un�dade,�
enquan�o�os�
res�os�
de�ác�do�podem� ser��ra�ados�an�es�
de�serem�depos�os.�
Esses�
proced�men�os� m�n�m�zam�o��
mpac�o�
amb� en�a��
de�se�u���
zar�as�
ba�er� as�
de�chumbo� para�
acumu� ar�
energ�a�
em��ns�a�ações�
fo�ovo��a�
cos�
au�ônomas.

8.3. Controlador/ Regulador de Cargas


Em�um�s�
s�ema�fo�ovo�
�a�
co�au�ônomo,�a��ensão�do�arranjo�fo�ovo�
�a�co�deve�ser�compa�ve�
�com�a�
�ensão�
nom�na�
�do�banco�de�
ba�er�
as,�
que�
cos�uma� ser�
de�12 V,�24 V,�ou�
48 V.
O controlador�(ou�regu� ador)�de�carga/ descarga�aumen�a�o�rend� men�o�do�s� s�ema�fo�ovo� �a�co�e�
a�v�da�ú���(quan�dade�de�c� c�
os)�das�ba�er�as.�As��ensões�de�carga�e�equa� �
zação�devem�ser�ma� ores�que�
a��ensão�nom� na�,�podendo�ser�em��orno�de�14,4 V�numa�ba�er� a�com��ensão�nom� na� �de�12 V.�Módu� os�
standard,�com�36 a 40�cé�u� as�fo�ovo��a�
cas�de�s���
c�o�cr�s�a��zado,�geram��ensões�nom� na� s�en�re�15 V�e�18
V. Com� o�aumen�o� da��empera�ura,� a��ensão�dos�módu� os� PV� d�
m� nu� ,�
mas� a�nda�ass�m� deve� ser�ma� or�que
a��ensão�de�carga�das�ba�er� as.�Quando�a��empera�ura�é�menor,�a��ensão�em�pon�o�de�máx� ma�po�ênc� a
(Vmpp)� do� módu�o�c��ado�ac�ma� será�
de�aprox� madamen�e� 21 V�e�a��ensão�em� c�rcu��o�aber�o� será� de�25 V,
u��rapassando�o��
�m� �e�máx�mo� de��ensão�para�recarga� das�ba�er�as.�Um� con�ro�ador�de� carga� mede� a��ensão
das�ba�er�as�e�
as�
pro�ege� de�sobrecargas� �
ndev� das,�de�uma� das�segu� n�es�formas:
• Desconec�ando�o�arranjo�fo�ovo�
�a�co�quando�sua��ensão�u�
�rapassa�a��ensão��
�m�
�e�para
recarga,�
como�
fazem�os�con�ro�adores�em�sér�
e.
• Ap�
�cando�
um�
curto-circuito�
no�
arranjo�
PV�
a�ravés�
de�
um�
con�ro�
ador�
shunt.
• Ajus�ando�
a��ensão�
do�
arranjo,�
como�
fazem�
os�
con�ro�
adores�
com�
MPPT.
Quando�o�n�ve��de��
rrad�ânc�a�é�ba�xo,�o�n�
ve�
�de��ensão�do�arranjo�PV�será��nfer�or�à�das�ba�er�
as,�
fazendo�com�que�as�ba�er�as�se�descarreguem�nos�módu� os.�Para�ev�
�ar��
s�o,�os�con�ro�adores�possuem�
d�odos�
de�b�oque�
o��n�egrados.�

90
90
Figura 99 - Controladores de carga

As�
funções�
fundamen�a�
s�de�
um�
con�ro�
ador�
de�
carga�
são:
• Con�ro�
e�da�
perfe�
�a�
recarga�
do�
banco�
de�
ba�er�
as.
• Pro�eção�
con�ra�
sobrecargas�
�ndev�
das.
• Pro�eção�
con�ra�
descarga�
excess�
va�
(ac�
ma�
de�
80%,�
ou�
ajus�áve�
).
• Informação�
do�
n�ve�
�de�
carga�
do�
banco�
de�
ba�er�
as.
O�me� hor�func�onamen�o�das�ba�er�
as�para�um�� ongo�per�odo�de�v�da,�requer�cer�a�inteligência�dos�
con�ro�
adores�de�carga,�que�devem�se�adequar�as��ensões�de�carga,�ao�n�
ve��de�carga,��
dade,��empera�ura�
de�operação�e�
�po� (ge�
,�e�
e�ró�
��o�
��
qu�do,�
e�c.)�
de�ba�er�a.�
Como�a��ensão�de�recarga�deve�var�ar�em�função�da��empera�ura,�os�con�ro�adores�de�carga�devem�
possu�r�
um�sensor,�
que�
se�for�
�n�egrado�ao�con�ro�
ador,�
esse�deve�
ser��
ns�a�ado�próx�mo�ao�banco�de�ba�er�
as.�
Em�a�guns�
mode� os�o�
sensor�é�ex�erno,�perm� �ndo�
sua��ns�a�
ação�sobre�as�
ba�er�as.
Os�con�ro�adores�de�carga�e�descarga�possuem�um�s� s�ema�de�Desconexão em Baixa Tensão�(LVD�
—�Low Vo� tage D�sconnect),�que�pro�egem�as�ba�er�
as�de�descargas�excess�
vas�que�ev�
�am�profund�dades�
de�descarga�ma�ores�que�80%.�Essa�pro�eção�é�a�va�quando�a��ensão�do�banco�de�ba�er�as�ca�
�aba�
xo�de�
de�erm�nado� va�
or,�
e�pode�ser�ajus�ado�em�
a�guns�mode� os�de�con�ro�
adores.�
Os�con�ro� adores�supor�am�corren�es�� �m��adas,��an�o�de�en�rada�(do�arranjo�fo�ovo� �a�
co),�quan�o�
de�sa�da�(das�cargas�CC).�Possuem�fus� ve�s�de�pro�eção�para�os�componen�es�sens� ve�s�con�ra�o�excesso�
de�corren�e�e,�gera� men�e�possuem�o�mesmo�� �
m� �e��an�o�na�en�rada�quan�o�na�sa� da.�Os�con�ro�adores�
comerc� a�s�
�em� capac� dade� que�
vão� de�5 A�
a�é�60 A.�
Para� arranjos�
fo�ovo� �a�
cos�ma�ores,� podem� ser�
u�� �
zados�
vár�
os�con�ro� adores�em�para� e�o,�ou�o�arranjo�é�d�
v� d�do�em�painéis menores�� �
gados�ao�mesmo�banco�de�
ba�er�as.�Es�a�ú� �ma�coni guração�dá�ma� s�segurança�e�l ex�b��
�dade�ao�s� s�ema�po� s,�no�caso�de�fa�ha�de�
um�dos�pa� né�s,�os�dema� s�con�nuam�fornecendo�po�enc� a�
.�Nos�do�s�casos,�não�é�recomendado�o�uso�de�
con�ro�adores� d� feren�es.

91
8.3.1. Formas de Controle de Carga
De�acordo�à�forma�como�con�ro�am�a�carga�do�banco�de�ba�er�
as,�os�con�ro�
adores�podem�ser�
c�ass�
i cados�em:�con�ro�
adores�sér�
e,�con�ro�
adores�shunt�ou�con�ro�adores�com�MPPT. Vejamos�o�
func�onamen�o�de�cada�um�desses�
�pos.

8.3.1.1. Controladores Sér�


e
Quando�o�banco�de�ba�er� as�a�
cança�a��ensão�máx� ma�de�carga,�esse��po�de�con�ro�ador�desconec�a�
o arranjo�fo�ovo��a�co�a�ravés�de�um�re�ê�ou�uma�chave de estado sólido,�vo��ando�a�conec�ar�o�arranjo�PV
quando� a��ensão� ca��
para� de�erm�nado�va� or.�
Essas�conexões�
e�desconexões� cr�am�uma� oscilação�de��ensão
próx�ma� à��ensão�máx� ma� de�carga,�mas��ambém� cr�a�
perdas�
de�energ� a.

Figura 100 – Esquema de func�onamento de um contro�ador de carga do �po Sér�


e

8.3.1.2. Controladores Shunt


Um�con�ro�ador�shunt�reduz�con�nuamen�e�a�po�ênc� a�do�arranjo�fo�ovo��a�
co,�a�par�r�do�momen�o�
em�que�a��ensão�máx� ma�de�carga�é�a�cançada.�Como�o�arranjo�con�nua�gerando�energ� a,�a�corren�e�
excedente�é�usada�como�corrente de curto circuito�no�arranjo�PV,�que�pode��raba�har�em�cur�o�c� rcu�
�o�–�
sofrendo�apenas�um� �
eve�aumen�o� de�
�empera�ura.� Es�e�
é�o�mé�odo� �dea��para�
as�ba�er�as,�
po�s�a�
recarga�é�
fe�
�a�de�
forma� segura�
e�ei c�
en�e.

Figura 101 - Esquema de func�


onamento de um contro�
ador de carga do �po Shunt

92
92
8.3.1.3. Controladores com MPPT
Como�é�a��ensão�das�ba�er� as�que�de�erm� na�o�pon�o�de�operação�do�arranjo�fo�ovo� �a�co,�fazendo�
com� es�es��raba�hem� fora�do� pon�o�de�máx�ma� po�ênc� a�na�
ma� or�par�e� do��empo,�os�con�ro�
adores� de�carga�
do��po� shunt� ou�sér� e�nem� sempre� conseguem� aprove� �ar�
o�máx� mo� da�energ�a�so�ar�
d�spon�ve� .�
As�perdas�
energé�cas� podem� i car�en�re�10%� e�
40%,� de�acordo� à��ensão� das�ba�er� as,�
da��
rrad�ânc�a�
e�da��empera�ura.�
Essas�perdas�podem�ser�ev� �adas�ao�se�u���zar�um�s� s�ema�de�seguimento do ponto de máxima potência
(MPPT)� que� é,�bas�camen�e,� um�conversor�DC/ DC� regu� ado.�A�regu� agem� é�fe�
�a�por�um� MPPT� que� a�cada�5�
m� nu�os�(aprox� madamen�e)�estuda�a�curva�carac�er� s�ca�I-V�do�arranjo�fo�ovo� �a�
co�e�de�erm� na�o�ponto
de máxima potência,�regu� ando�o�conversor�DC/ DC�para�aprove� �ar�ao�máx� mo�a�po�ênc� a�do�arranjo�e�
ajus�ando-o�em�função�da��ensão�de� carga�das�ba�er�as.�A�ei c�ênc� a�do�conversor�DC/ DC�es�á�em��orno�de�
90% a 96%.

Figura 102 - Esquema de funcionamento de um controlador com MPPT

O�uso�de�con�ro�adores�MPPT� só�é�ei c�
en�e� em�s�s�ema� com� po�ênc�a�p�co�super�or�
a�200Wp,�po�s�em�
po�ênc� as�
menores� as�perdas�no�
conversor� DC/ DC�são�
ma� ores�que�os�ganhos.�Dev� do�
à�ma�or�comp�ex�dade�
e�soi s�cação�do�c�rcu��o�e�
e�rôn�co,�os�con�ro� adores�MPPT são�ma� s�caros�que�os�con�ro�adores�do��po�
Sér�e�ou�Shunt,�e�
seu�uso� é�
benéi co�em� s�
s�ema� com�po�ênc� a�p�co�super�or�a�500Wp.

8.3.2. Critérios de Seleção de um Controlador


Na�
hora�
de�
esco�
her�
o�regu�
ador/con�ro�
ador�
para�
um�
s�s�ema�
fo�ovo�
�a�
co,�
�evamos�
em�
cons�
deração:
• Tensão Nominal do Sistema PV:�o�
con�ro�ador�deve��er��ensão�nom�na�
��
gua��
à��ensão�
do�
banco
de�ba�er�as,�
que�é�
a��ensão�nom�na��
do�s�
s�ema� fo�ovo��a�co,�
que�é�
quem�de�erm�na�o�
modo�de
assoc�ação�dos�
módu� os�
fo�ovo�
�a�
cos�e�
das�ba�er�as.
• Corrente de Curto Circuito do Arranjo Fotovoltaico:� os�con�ro�adores�
devem� ser�capazes�de
receber�a��o�a��dade�de�corren�e�env�ada�pe�o�arranjo�fo�ovo��a�co,�
que�é�
a�corren�e�de�cur�o-
c�rcu�
�o.�A�corren�e�de�cur�o-c�
rcu� �o�
do�arranjo�
é�a�soma� das�
corren�es�dos�módu� os��
�gados�em
para�e�o.�
Deve-se� cons�derar�um� fa�or�de�
segurança� en�re�10%� e�25%,�
e�a��
�gação�de�fus�ve�
s�en�re�
o
arranjo�PV�e�o�con�ro�ador�de�carga.
• Corrente de Saída:�
no�caso�
de�cargas�CC�
��gadas�ao�con�ro�ador,�deve-se�cons�derar�um� fa�or
de�segurança�en�re�
10% e�25%� para�
a�corren�e�que�va��
das�ba�er� as�
parras�essas�cargas.�Para
ca�
cu�ar�a�
corren�e�de�
sa�da,�
somam-se� as�corren�es�de�par�da� de��odas�as�cargas�
que� func�onarão
s�
mu� �aneamen�e.
Fabr�
can�es� de�con�ro�adores�de�
carga:�ATT�TBB,�He�
�o�rope,�Mas�ervo��,�
Meyer�
So�
ar�Techno� og�
c,�
Morn�
ngs�ar,�Phocos,�Reuso�ar,�
Schams�E�ec�ron�c,�
So�arwa�,�S�eca,�
SunSe�ec�or,�
Sun�
Ware,�Trace,�
Uh�
mann�So� are�
ec�ron� c,�
Xan�rex.

93
8.4. Inversores Autônomos
Nos�s�s�emas�fo�ovo��a�
cos,�a�geração,�armazenamen�o�e�d� spon�b��
�zação�da�e�
e�r�
c�dade�é�na�forma�
de�corren�e�con�nua�(CC).�Para�a�u�� �
zação�de�apare�hos�que�func�onam�com�corren�e�a� �ernada�(CA)�é�
necessár�o�um�conversor�que��ransforme�a�corren�e�con�nua�com��ensões�en�re�12 V�e�48 V,�em�corren�e�
a��ernada�com� �ensões�de�
127 V ou 240 V.�Essa�é�
a�função�
dos�Inversores Autônomos,� u��
�zados�em�s�s�ema�
fo�ovo��a�
cos� �
so�ados.

Figura 103 - Inversores para uso fotovoltaico.

8.4.1. Caracter�
s�cas dos �nversores Autônomos
As�
carac�er�s�cas�
desejáve�
s�para�
a�esco�
ha�
de�
um�
bom�

nversor�
para�
um�
s�s�ema�
fo�ovo�
�a�
co�
au�ônomo�
são�
��
s�adas�
aba� xo:
• Boa ei c�
ênc�a na conversão e�étr�ca:�

.�
�recomendado� que�o(s)�
�nversor(es)�
�enha(m)�ei c�
ênc�a
ac�ma�de�80%. A�ei c� ênc�a�máx�ma�de�um�� nversor�acon�ece,�gera�men�e,�quando�es�e�es�á
fornecendo�en�re� 50%�e�70%�de�sua�capac�dade�nom� na��
con�nua.� Inversores�
ma� s�
soi s�cados
conseguem� a��as�ei c�
ênc�as��
mesmo� quando�parc�a�
men�e� carregado,� ou�com�carga�próx�ma�à
máx�ma� nom� na�.
• Alta capacidade de sobrecarga: um�� nversor�deve�ser�capaz�de�fornecer�uma�po�ênc� a

ns�an�ânea�bem�ma� or�que�a�po�ênc� a�nom� na�,�o�que�perm� �rá�a�par�da�de�d�spos��vos
e�é�r�
cos�que�consumam�a� �a�corren�e�de�par�da�(ex.:�mo�ores),�sem�a�necess�
dade�de�super
dimensionar�o��nversor�
na�fase�de�proje�o.
• To�erânc�a para as l utuações de tensão das bater�
as:�duran�e�
os�processos�de�carga�
e
descarga,�a��ensão�das�ba�er�
as�var�a�
de��a��
mane� ra,�
que�pode�ser�noc�
va�a�d�spos��vos�
ma�
s
sens�ve�
s.
• Baixo autoconsumo:�
(quando�
em�
stand-by)�
e�de�ecção�
au�omá�ca�
de�
cargas.
• Proteção contra curto-circuito na saída CA.
• A�
�a�
pro�eção�
e�e�romagné�ca.
• Baixa distorção harmônica: se�refere�à�qua�
�dade�da�forma�de�onda�de�sa�da�da�corren�e
a�
�ernada.�Quan�o� menor�a�
d�s�orção,�ma�s�
qua��
dade��em� a�
corren�e�
de�
sa�
da.
• Proteção contra surtos.
A�guns��nversores�
possuem� um� s�
s�ema�possuem� um�s�s�ema� de�con�ro�e�que��hes�
perm� �e�carregar�
o�
banco� de�ba�er�as�
por�uma� fon�e�de�energ�a�
e�é�r�
ca�em�corren�e�a��ernada.�Esses��
nversores,�
chamados� de�
�nversor-carregador,�não�são��nversores�gr�
d-�e�e�não�
podem� ser�
u�� �
zados�em� �s�
s�ema�on-grid.
T�
pos�
de�
Inversores
De�
acordo�
ao�
forma�o�
de�
onda�
de�
sa�
da�
os�
�nversores�
au�ônomos�
podem�
ser�
c�ass�
i cados�
em:
• Inversores de onda quadrada:�São�os�
ma� s�
bara�os.�A�
onda�
de� sa�da��em�uma� grande� quan�dade
de�harmônicos� �
ndesejados,�que�geram��
n�erferênc�as�
em�a�
guns� apare� hos,�
e��ambém� perdas
de�po�ênc�a.�
Cos�umam� ser�
u���zados�
com� cargas�
pequenas (ex.:�
�v’s,�
no�ebooks,�e�c.)�e�
não�são

94
94
adequados�
para�
mo�ores.�
Tem�
d�s�orção�
harmôn�
ca�
que�
pode�
chegar�
a�a�é�
40%,�
e�rend�
men�os�
em�
�orno�
de�
60%.
• Inversores de onda seno�da�mod�i cada:�São�os�que�apresen�am� a�
me� hor�re�
ação�cus�o-beneí c� o.
O�forma�o�da�onda�de�sa�da�
não�é�uma� senó�de�pura,�
mas� se�
aprox�ma�mu� �o.�
Podem� alimentar
quase��odo��po� de�
carga,�
mas�não�são�recomendados� para�apare�hos�
e�e�rôn�cos�
ma� s�delicados.
Tem� d�
s�orção�harmôn� ca�
em��orno�de�
20%,� e�rend�men�os� em��orno�de�90%.
• Inversores de onda senoidal pura:�São�os�que�
�êm� forma�o�de�onda� de�sa�da��
gua��à�
rede�e�é�r�
ca
das�concess�onár�as.�
São� �
nd�cados�pra�a��
men�ar� d�spos��vos�e�e�roe�e�rôn�cos�ma�s�
sens�ve�s
e�a�ua�men�e�es�ão�sendo� ma�s�u���
zados� que�
os� ou�ros��pos�de��nversores.�Não�apresen�am
prob�emas� quan�o�a�d�s�orções�
harmôn� cas�
ou�es�ab� �
�dade�da��ensão.�São�ma� s�
caros�que�os
�nversores�
de�onda� quadrada� ou�seno�da��mod�i cada.

8.4.2. Critérios de Seleção de Inversor Autônomo


Fon�es�de�energ� a�em�corren�e�con�nua�de�12 V ou 24 V�a� cançam�seus�� �
m� �es�quando�é�necessár�o�
a��
men�ar�cargas�ma� s�poderosas�ou�quando�é�necessár� o�um�segmen�o�de�cabo�mu� �o�compr�
do.�Ba�xas�
�ensões�requerem�a� �as�corren�es�para�fornecerem�o�mesmo�po�enc� a��e�
é�r�
co,�e��sso�de�erm�na�o�uso�de�
cabeamen�o�com�grande�seção��ransversa� .�Soma-se�a�es�es�fa�ores�a�não�d�spon� b��
�dade�da�ma�or�a�dos�
e�e�rodomés�cos�e�ou�ros�apare� hos�em�corren�e�con�nua.�Em�a� guns�casos,�a�é�mesmo�os�s� s�ema�de�
��
um� nação�i ca�
ma�s�ei c�en�e,�
se�a�
�men�ado� por�
um��nversor.
Em�s�
s�emas� fo�ovo��a�cos�
au�ônomos� (�so�adas)�o��
nversor� é�conec�ado�d�re�amen�e� à�ba�er�a,�desde�
que�possua�s�s�ema�de�desconexão por baixa tensão�(LVD).�Esses�� nversores�são,�gera�men�e,�monofás� cos�
em� �ensão�
de� 110/ 115�vo�
�s�(padrão�amer�cano)� com� frequênc� a�de�60�Hz,�e�
�ensão� nom�na� �
de� en�rada�de�
12�e�24�vo�
�s.�
Temos�no�mercado�grande�d� spon� b��
�dade� de��nversores�em�vár�as�po�ênc�as,�que�vão�desde�
a�guns�Wa�s� a�é�qu��owa�s.�Os��nversores�para�po�enc� as�ma� ores�que�500 W� gera�men�e�possuem� �ensão�
de�en�rada�de�24 V.�Inversores�ac�ma�de�5 kW�de�po�ênc� a,�gera�men�e,��em��ensões�de�en�rada�� gua��ou�
ma� or�
que�48 V.�Os� �
nversores��
nl uenc�am�d� re�amen�e� a��ensão� nom� na�
�d�s�
s�ema� fo�ovo��a�co,�po�s�
não�é�
recomendáve� �
u�� �
zar�um�conversor�CC/ CC,�o�que�ba�xar�a�o�rend�men�o� g�oba��do�s�
s�ema�PV.
Para�
a�esco�
ha�
da�
po�ênc�
a�nom�
na�
�do�
�nversor,�
u��
�zamos�
a�segu�
n�e�
equação:

Onde:
PI =�
Po�ênc�
a�nom�
na�
�do�
�nversor
WAC�
=�Po�ênc�
a�das�
cargas�
CA�
��
gadas�
s�mu�
�aneamen�e
FS�
=�Fa�or�
de�
segurança.
O�fa�or�de�segurança�será�d�mens�
onado�de�acordo�à�quan�dade�de�cargas�com�a�
�as�po�ênc�
as�de�
par�da,�
como� ge�
ade�ra,�
�avadora�de�
roupas,�
ferramen�as�
e�ou�ros�
mo�ores.
S�s�emas�fo�ovo� �a�cos�au�ônomos�res� denc�a�
s�podem�se�benei c� ar�do�uso�de�vár� os��nversores,�
d�v�
d�ndo� as�
cargas�de�acordo� ao�
peri ��
de�uso�e�s�
mu� �ane�dade.�Como� exemp� o,�
poder� a��odo�o�c�
rcu��o�do�
s�
s�ema�de�� �
um� nação�es�ar�concen�rado�em�um�� nversor�de�menor�capac� dade;�os�apare�hos�e�e�rôn�cos�
comuns�às�sa� as�de�es�ar�poder� am�ser���gados�a�ou�ro��nversor;�a�ge�ade�ra�poder� a��er�um�� nversor�
dev�damen�e�ca� cu�ado�para�as�suas�necess� dades;�enquan�o�os�pequenos�e� e�rodomés�cos�comuns�à�
coz�nha�poder� a�fazer�uso�do��nversor�ded�cado��
avadora�de�roupas�e�m� cro-ondas,�que�não�são�a�vados�
s�
mu� �aneamen�e.�Ta� �coni guração�pode��ornar�o�s�s�ema�ma� s�coni áve�
,�a�ém�de�ma� s�bara�o�em�a� guns�
casos,�po�s�um��nversor�que� supor�asse��odas�as�
cargas�ser�
a�ma�s�caro�que�vár�
os��nversores�menores.
t

95
F�
gura�
104�
-�
Esquema�
de�
��
gações�
s�mp�
�i cado.

96
96
Dimensionamento de
Sistemas
Fotovoltaicos Autônomos.

97
97
9. Dimensionando Sistemas Fotovoltaicos Autônomos
Nes�e�
cap�
�u�
o�faremos�
o�d�
mens�
onamen�o�
de�
um�
S�s�ema�
Fo�ovo�
�a�
co�
Au�ônomo.�

O�exemp�o�
de�cá�
cu�o�
será�um�pequeno�s�
s�ema�
que�
supr�
rá�
de�
energ�
a�e�
é�r�
ca�
uma�
pequena�
res�
dênc�
a�rura�

s�
�uada�
nas�prox�
m�dades�da�C�
dade�de�
São�Pau�
o.

Para�
dei n�
r��odos�
os�e�
emen�os�que�comporão�
SFA�
em�
ques�ão�
vamos�
segu�
r�uma�
�óg�
ca�
de�
rac�
oc�
n�o�
no�
cá�
cu�
o�de�
cada�
componen�e,� segundo�
a��
�s�a�
a�segu�
r:

1. Carac�er�
s�cas�
do�
S�s�ema�
Fo�ovo�
�a�
co.

1. Demanda�
d�ár�
a�méd�
a

2. Po�ênc�
a�do(s)�
Inversor(s)�
Au�ônomo(s)

2. Banco�
de�
Ba�er�
as.

1. Capac�
dade�
��

2. Profund�
dade�
de�
descarga

3. Capac�
dade�
Rea�

4. Coni guração�
dos�
e�emen�os

3. Pa�
ne�
�Fo�ovo�
�a�
co.

1. D�
spon�
b��
�dade�
so�
ar

2. Po�enc�
a��
so�
ar�
no�
p�ano�
do�
pa�
ne�
�fo�ovo�
�a�
co

3. Cá�
cu�
o�e�
coni guração�
de�
e�emen�os

4. Con�ro�
ador(es)�
de�
carga

4. Cabeamen�o

Duran�e�o�d�mens�
onamen�o�do�SFA�faremos�
uso�
de�
d�versas�
fórmulas rápidas�
que,�
se�
memor�
zadas,�
perm�
�rão�
o�
cá�
cu�o�ráp�do�
em�qua�
quer�
s��uação.

Acos�ume-se�com�as�
fórmu�as�e�
os��ermos�u���
zados�nes�e�
�ex�o.�
Para�
fac�
��
�ar�
a�memor�
zação,�
�ranscrevemos�
cada�
um�dos��ermos�em�uma�s�
g�a.�
Vejas�as�
fórmu�as�e�
s�g�
as�
�ogo�aba�xo.

No�decorrer�do�
exerc�
c�o�comen�ado�des�e�cap��u�
o�faremos�
uso�
de�
cada�
uma�
dessas�
fórmu�
as.�
Se�
prefer�
r�(cop�
e�e)�
des�aque�es�a�
pág�na�
e�faça�
vár�
os�exerc�
c�os.�

O�
mé�odo�de�
cá�
cu�o�
apresen�ado�aqu��
só�
deve�
ser�u��
�zado�para�
s�s�emas�fo�ovo�
�a�
cos�au�ônomos�
que�
u��
�zem�
módu�
os�
fo�ovo�
�a�
cos�para�
s�s�emas�
au�ônomos�(módu�os�
S�andard)� de�
36�ou�72�
cé�u�
as.�

98
98
NB = BS * BP Nomenc�
a�uras:

NB�
=�Número�
de�
Ba�er�
as
BS = BS�
=�Ba�er�
as�
em�
sér�
e�(para�
a�cançar�
a��ensão�
de�
proje�o).

BP�=�
Ba�er�as�
em�
para�
e�o�
(para�
a�cançar�
a�capac�
dade�
de�
acumu�
ação�
necessár�
a).
BP =
V�
�=�
Tensão�
de�
operação�
do�
s�s�ema�
(em�
Vo�
�s).

VB�
=�Tensão�
nom�
na�
�da�
ba�er�
a/e�
emen�o�
(em�
Vo�
�s).
CR =
CR�
=�Capac�
dade�
Rea�
�do�
Banco�
de�
Ba�er�
as�
(em�
Amperes�
hora�
Ah).

CN�
=�Capac�
dade�
Nom�
na�
�da�
Ba�er�
a/e�
emen�o�
(em�
Ah).
CU =
CU�
=�Capac�
dade�
ú��
�do�
Banco�
de�
Ba�er�
as�
(em�
Ah).

Pd�=�
Profund�dade�
de�descarga�
das�
ba�er�
as/e�
emen�os�
no�
i m�
da�
ER = au�onom� a�
(40%�=�
0,4).

ER�
=�Energ�
a�Rea�
�d�
ár�
a�(já�
compu�adas�
as�
perdas).
N m = mS * mP
ED�
=�Energ�
a�D�
ár�
a�a�
ser�
fornec�
das�
às�
cargas.
R�
=�Rend�
men�o�
G�oba�
�da�
Ins�a�
ação�
em�
dec�
ma�
�(89%�
=�0,89).
mS =
Nm�
=�Número�
�o�a�
�de�
módu�
os�
fo�ovo�
�a�
cos.

mS =�Módu�os�em�sér�e�(para�a�cançar�a��ensão�de�proje�o).

mP = mP�=�Módu�os�em�para�e�o�(para�a�cançar�a�corren�e�de�proje�o).
V�
�=�
Tensão�
nom�
na�
�de�
operação�
da�
�ns�a�
ação�
(em�
Vo�
�s).


=�Tensão�
nom�
na�
�do�
módu�
o�fo�ovo�
�a�
co�
esco�
h�do�
(em�
Vo�
�s).


=�Energ�
a�que�
o�Pa�
ne�
�deverá�
gerar�
d�ar�
amen�e�
(em�
Wh/ d�
a)
=

=�Corren�e�
de�
Máx�
ma�
Po�ênc�
a�do�
Módu�
o�esco�
h�do�
(em�
A)
H SP =
�=�Po�enc�
a��
energé�co�do��
oca��da�
�ns�a�ação,�
no� p�
ano�
do�
pa�
ne�
�(Horas�de�
So��
P�eno�
em� kWh/ d�a�
em� méd� a�mensa�)

ER�
=�Energ�
a�Rea�
�d�
ár�
a�(já�
compu�adas�
as�
perdas).

HC�
=�Energ�
a�so�
ar�
�nc�
den�e�
no�
�oca�
�da�
�ns�a�
ação�
(em�
kWh/ m²)

�=�
Coei c�
en�e�de�
re�ação�da�
energ�a�
�nc�
den�e�num�
p�ano�
�nc�
�nado�
or�
en�ado�ao�equador,�
e�o�
p�ano�hor�
zon�a��
(chão).

Análise da Curva de Carga


O�pr�me�ro�passo� é�a�aná��
se�dos� consumos,�onde� ver�
i camos� a�
po�ênc�a�e�o��empo� de�uso�de�cada�apare�ho�consum� dor� de�energ�a�
e�é�r�
ca.�
No� caso�da� res�
dênc� a�rura�
,�
�eremos� os�
segu�n�es� apare�hos�
e�e�roe�
e�rôn� cos�que� deverão�receber�po�ênc� a�
e�é�r�
ca,�cada�um� em�
seu��empo� de� uso:

99
Qt Descrição Potênc�
a Tempo de Consumo Diário
(Wh) uso (h) (Wh/ Dia)
2 Lâmpadas�na�sa�
a�(l uorescen�e) 9�
W 4�
h 72�
Wh/ d�a
1 Lâmpada�na�coz�
nha� (l uorescen�e) 9�
W 6�
h 54�
Wh/ d�a
3 Lâmpadas�do�quar�os� �(l uorescen�e) 9�
W 3�
h 81�
Wh/ d�a
1 Tv�
+�An�ena�
parabó� �
ca 120�
W 5�
h 600�Wh/ d�a
Subtotal 807 Wh/ dia

No�e� que�mu��p� �
camos� a�
po�ênc�a�em� Wa�s�do�apare�ho�
pe�o��empo� de�uso,�
e�ass�
m� ob�emos�o�seu�
consumo�
e�é�r�co�em�Wa�� hora�por�
d�a�(Wh/ d�a).�
Soma-se�o�consumo�de� �odos�os�
apare�hos�e��eremos�o�
po�enc�a��
e�é�r�
co�
que� o�s�
s�ema�fo�ovo��a�
co�deverá�fornecer�às�
cargas.�
Esse�
é�o�pr�me�ro�dado,�e�
um� dos�ma�s�
�mpor�an�es,�
para�a�
concepção� de�
um� s�
s�ema�fo�ovo��a�co.

Todos�os�apare�hos� c�
�ados� ac�ma�são� de�uso�comum� e�func�onam� em� corren�e�a��ernada�(CA)�em� 127�Vo��s.�
Por�an�o�deverão� ser�conec�ados� às�ba�er�as�por��n�erméd� o�
de� um� Inversor de Corrente Autônomo� com� sa� da�em�
127�Vo��s.�
An�es� de�ver�i car�
nos�ca�á�ogos� de�fornecedores,�prec�samos� saber�a�po�ênc�a�de��a��
�nversor.�
Para� �
sso�
ver�
i camos� a�potência instantânea� que� o��
nversor� deverá�con�ro�ar,�
somando� a�po�ênc� a�
dos� apare�hos�que� serão�
��
gados�s�mu� �aneamen�e.� No�exemp� o�em� que�es�amos� �raba�hando,� cons�deramos� a�
poss�b���dade�de��odos� os�
apare�hos�serem� ��
gado� ao� mesmo� �empo:

Qt Descrição Potênc�a
(Wh)
2 Lâmpadas� na�sa�
a�(l uorescen�e) 9�
W
1 Lâmpada� na�coz�
nha� (l uorescen�e) 9�
W
3 Lâmpadas� nos�quar�os� (l uorescen�es) 9�
W
1 Tv�
+�an�ena�parabó� �ca 120W
Total 174 W

A�po�ênc�a�que� o�
�nversor�
deverá�con�ro�ar�
será�de�174 W� de�mane�ra�permanen�e.�Como� os�
conversores�
de�
corren�e,�
�êm� sua�máx� ma�ei c�
ênc�
a�ao��raba�ho�na�fa�xa�
en�re�50%�e�
70%� da�sua�
capac�
dade� máx�
ma,� devemos�
prever�uma� folga�
ao�d�mens� onar�
o��
nversor.�No�caso� apresen�ado�
agora,��eremos�o�
segu�n�e�
cá�
cu�o:

Podemos�
esco�
her,�
na��
�s�a�
de�produ�os�
de�
um�
dos�
�fornecedores,�
um�
�nversor�
com�
po�ênc�
a�con�nua�
en�re�
250�
W�e�
350�
W,�
com�sa�
da�para�
127� Vo�
�s.

Nes�e�exerc�
c�o�
exemp� o�u��
�zaremos�
um�
Inversor�
Au�ônomo�
do�
fabr�
can�e�
Xan�rex,�
mode�
o�Prowa� 250,�
com�
as�
segu�n�es�
carac�er�
s�cas:

Máx� ma Potênc� a Coní nua 250 Wa�s


Potência de Surto/ Pico 500 Wa�s
Tensão de Saída CA 115 V�(padrão�
amer�
cano)
Tensão de Entrada CC 12 V ou 24 V
Ei c�
ênc�a Máx�ma 90%
Formato de Onda de Saída Onda� Seno�da�
�Mod�
i cada

No�e�
que�
o�fabr�
can�e�
não�
c��a�
a�fa�
xa�
de�
máx�
ma�
ei c�
ênc�
a,�
apenas�
o�seu�
va�
or:�
90%.�
Esse�
�nversor�
au�ônomo�
�em�

po�ênc�a�de� sur�o/ p�co�de�


500 Wa�s� e�
a�sa�da�é�
em� onda� seno�
da��mod� i cada,�
não�sendo�
adequado�para�a�
par�da�
de�mo�ores.� A��ensão� de�en�rada�pode�
ser��an�o�12�Vo��s�
quan�o�24�Vo��s.�Recomenda-se�a�
�ensão�
de�24�Vo��s,�
po�
s�
assim a bitola�dos�i os�poderá�ser�
menor,�sem�que� hajam�perdas�de�po�ênc� a�
e�é�r�
ca.

Dev�do�ao� fa�o�do��
nversor�au�ônomo� �er�
ei c�ênc�a�
máx� ma�de�
90%,�deve-se�
cons�derar�um�novo�va�or�para�
a�
energ�
a�e� é�r�ca�a�
ser�gerada�d�
ar�amen�e�pe� o�s�
s�ema�fo�ovo�
�a�co�
(ED),�
que�
�eve�
em� con�a�o�au�oconsumo� do�

nversor.�Para� �
sso,�
d�v�d�mos�o�va�
or�
encon�rado� an�er�
ormen�e�(807 Wh)�pe�
o�va�
or�da�ei c�
ênc�a�
do��nversor�
em�
dec�
ma� �(0,90):

100
100
= 897 Wh/ d�a

O�va�
or�mos�rado�ac�
ma�é�o�
que�deve�chegar�
a�é�
os�
�erm�na�s�
do��nversor,�
em� corren�e�
a��ernada,�
e�que�
será�
conver�do�
em� corren�e�
con�nua�para�a�
a��
men�ação�das�
cargas�
ca�cu�adas�an�er�ormen�e.�

Dev�do�às� perdas�em� �odos�os� e�emen�os� que�compõem� o�s�


s�ema� fo�ovo��a�co,�
devemos� cons� derar�um� po�enc�a�

ac�ma�do� es�pu�ado� ac�ma,�no� qua� �seja�
compu�ado� o�Rend�mento Global� do�SFA.�
O� va�o�méd� o�
do�Rend� mento
Global�é�de�89%� (0,89)�que�é�ca� cu�ado� med�an�e�os�fa�ores�
de� perdas� poss�ve�s�
que� envo� vem� desde�a�perda�
por�conversão� e�e�roqu�m�ca� no� �n�er�or�
das�ba�er�as�a�é�
um� fa�or�ad�mens� ona� �
que� �eva�em� cons�deração� a�
poss�b�
��dade� de�mau� uso.�Esse� coei c�en�e�de�perdas�ad�mens� ona� �é�ensinado�nas�facu�dades� de�engenhar� a�
e�é�
jocosamen�e� chamado� de�
FC,� sendo� que�aqu��o�nomeamos� de�Coei c� ente de perdas por Ver�i cação� (KV).�
Caso�você�
�enha��
n�eresse� em� conhecer� os� coei c�en�es�e�me�odo� og�a�
de� cá�cu�o�do�rend� men�o� g�oba��de�um� SFA,�en�re�
em�
con�a�o�com� o�seu��u�or�e�
peça� o� documen�o:� Rend�mento G� oba�.�Por�hora�cons�deramos� o�va�or�méd� o�padrão:

R = 0,89

A��ensão�
da�
par�e�
CCd�(corren�e�
con�nua)�
do�
SFA�
será�
de�
24 Volts,�
dev�
do�
ao�
�nversor�
au�ônomo�
esco�
h�do,�
conforme�d�
�a�
an�er�
ormen�e:

Vi = 24 V

A�au�onom� a�
var�
a�de� acordo�ao�n�
ve��
de��nso�ação�da�
�oca�
�dade�onde�ser�
ns�a�ado�o�s�
s�ema�
fo�ovo�
�a�co�
e�o�n�
ve�

de�segurança,�
ao�
cus�o� de�ma� s�
ba�er�
as.�
Suponhamos� que�rea�
�zaremos�es�a�es�ação�
geradora�
PV�numa��oca��
dade�
benei c�
ada�pe�o�
so�,�
onde� raramen�e��emos� do�s�
d�as�
sem��nso�ação�d�
re�a.�
Por�an�o�podemos�esco�her�
uma�
Autonomia de 3 dias.

N=3

9.1. Banco de baterias


O� banco�de�ba�er�as�
será� compos�o� por�ba�er�
as�Moura 12MF105,� que� são�ba�er�
as�de�12 V�de��ensão�nom� na�,�
e��em� capac�dade�C20 = 105 Ah.�A�me� hor�
profund�dade�de�descarga�para�es�e�mode�o�(para�um� �empo� de�
v�da�
es�mado� em� 2�
anos)� é�de�45 %.�Com� 3�d�
as�de�
au�onom� a�
e�profund� dade�de�descarga�no�i m�da�au�onom� a�em�
60%,� �emos�em� �orno� de�20%�de� profund�dade�de�
descarga�d�
ár�a,�
e�a�projeção�de�ma�s�de�1800� c�
c�os�
de�carga�e�
descarga.�

Nos�s�s�emas�fo�ovo��a�
cos�au�ônomos� as�ba�er� as�
�raba�ham�com� c�
c�agem� d�
ár�a,�
ou�seja,�
são�descarregadas�e�
descarregadas�d�ar�amen�e.�É�necessár�
o�cons� derar�a�probab��
�dade�das�ba�er�as�
não�“fecharem� o�
c�c�o”�no�d�
a�
segu�n�e,�
e�con�nuarem� se�
descarregando� em� uma� profund�
dade�ma� or.�
Observando� no�grái co�
do�fabr�can�e�
podemos,� en�ão,�es�mar� a�
v�da�ú��
�da�ba�er�a,�com� base�na�
profund�dade� de�descarga:

Figura 1 - Grái co da v�
da ú��pe�a profund�dade de descarga das Bater�
as Moura

Com� base�nesse�
grái co�
podemos�
es�mar�
que�
as�
ba�er�
as�
‘v�
verão’�
en�re�
2�anos�
(300�
c�c�
os�
–�a�
40%)�
e�5�
anos�
(1800�
c�
c�os�–�
a�20%).

101
Segu�
ndo�
com�
os�
cá�
cu�
os,�
usaremos�
as�
segu�
n�es�
carac�er�
s�cas�
para�
es�e�
mode�
o�de�
ba�er�
a:

Vb = 12 V

Cn = 105 Ah

Pd = 0,6

Es�as�
carac�er�s�cas�
var�am�en�re�fabr�can�es�
e�mode�os,�
dev�do�às��ecno�og�
as�
que�
es�es�
u��
�zam�
em�
seus�
d�spos��vos.�
Os� manua�s�e�
ca�á�ogos��écn�cos�
�razem�
es�as�carac�er�s�cas.

Aplicação do Método de Cálculo:

J�emos�
dados�sui c�
en�es�
para�
ca�
cu�
ar�
as�
carac�er�
s�cas�
de�
um�
banco�
de�
ba�er�
as�
para�
supr�
r�as�
necess�
dades�
da�
res�dênc�
a�ensa�
ada:

ED = 897 Wh/ D�
a

N=3

Vi = 24 V

R = 0,89

VB = 12 V

CN = 105 Ah

Pd = 0,60

Vamos�
ca�
cu�
ar�
a�Energ�
a�Rea�
�a�
ser�
fornec�
da�
pe�
a��
ns�a�
ação,�
que�
é�a�
Energ�
a�D�
ár�
a�somadas�
as�
perdas:

= 1.008 ER = 1.008 Wh/ Dia

Sabendo�
a�Energ�
a�Rea�
,�
podemos�
ca�
cu�
ar�
a�Capac�
dade�
��
�do�
banco�
de�
ba�er�
as�
para�
3�d�
as�
de�
au�onom�
a:

CU = CU = = 126 CU = 126 Ah

As�ba�er�
as�não�podem� se�
descarregar��o�a�men�e,�po�s�
ocas�onar�a�
a�i m�da�
sua� v�da�ú��.�Podemos� aprove��ar�
apenas�uma� par�e� da�energ�a�
acumu� ada�nas�
ba�er�as,�
o�que�equ�va�
e� à�
profund� dade� de�descarga.�
Por��sso�a�
Capac�dade�Rea� �do� banco�de�ba�er�
as�deverá�ser�
ma� or�que�
a�Capac�dade� Ú��:�para�que�“sobre”�carga�acumu� ada�
nas�ba�er�
as.�
Como� já�v�
mos,�quan�o�menor� a�profund�dade�de�descarga,�ma�s�c�c�
os�de�carga�e�descarga�a�ba�er�
a�
supor�a.�
Só�que� uma� menor�profund� dade�de�descarga�demanda� uma� ma�or�Capac� dade� Rea�,�
o�que�encarece�o�
banco�de�ba�er�as.

Vamos�
aos�
cá�
cu�
os:

CR = CR = = 210 CR = 210 Ah

Por�an�o�o�
banco�de�
ba�er�
as�dever�er�
a�Capacidade Real de 210 Ah�para�
prover�
a�po�ênc� a�
de�
1.008 Wh/ Dia por
3 dias.�
Dev�
do�a�
perdas�em��oda�a�
�ns�a�ação,�
devemos� fornecer�
um� pouco�ma�s�
às�cargas,�
que�demandam� 897 Wh/
Dia.

Ca�cu�
aremos�
a�quan�dade,�
e�o�
modo�
assoc�
ação�
das�
ba�er�
as�
Moura 10MF105�
para�
mon�armos�
esse�
banco�
de�
ba�er�
as.

102
102
Pr�
me�
ro�
o�número�
de�
ba�er�
as�
em�
para�
e�o:

BP�
=�� �
��
��
��
��
��
��
BP�
=� �
=�2�
��
��
��
��
��
��
BP�
=�2

Teremos,�
por�an�o�
3�ba�er�
as�
em�
para�
e�o.

Vejamos�
a�quan�dade�
de�
ba�er�
as�
em�
sér�
e:

BS�
=�� �
��
��
��
��
�BS�
=� �
=�2�
��
��
��
��
�BS�
=�2

Usaremos,�
en�ão�
2�ba�er�
as�
em�
sér�
e.

Já�
sabemos�
en�ão�
o�número�
�o�a�
�de�
ba�er�
as:

NB�
=�BS�
*�BP�
��
��
��
��
��
��
��
��
��
�NB�
=�2�
*�2�
=�4�
��
��
��
��
��
��
�NB�
=�4
Nosso�
banco�
de�
ba�er�
as�
será�
cons��u�
do�
por�
4�ba�er�
as�
Moura 12MF105,�
que�
serão�
assoc�
adas�
da�
segu�
n�e�
forma:

1�
–�2�
ba�er�
as�
em�
sér�
e,�
�o�a�
�zando�
24�
V

2�
–�2�
conjun�os�
�gua�
s�aos�
an�er�
ores�
comp�
e�ando�
a�capac�
dade�
de�
carga�
necessár�
a.

103
Dicas Importantes:

Os�fabr�
can�es�
dão�cer�as�
recomendações�em�re�
ação�
aos�
bancos�
de�
ba�er�
as,�
�an�o�
para�
ma�
or�
segurança�
dos�
s�
s�emas,�quan�o�
para�ma� or�
v�da�
ú��
�das�
ba�er�
as:

1�
–� Ev�
�ar�
ma� s�de�
6�ramos/ b�
ocos�
(ba�er�
as�
em�
sér�
e)�
em�
para�
e�o,�
para�
ev�
�ar�
os�
efe�
�os�
do�
enve�
hec�
men�o�
‘não�
un�forme’�das�ba�er�
as;

2�–�Ter�no�
m�n�
mo�
2�ramos/ b�
ocos�
em�
para�
e�o,�
para�
ma�
or�
segurança,�
no�
caso�
de�
um�
e�emen�o�
em�
sér�
e�apresen�ar�
fa�has;

3�–�Ev�
�ar�mon�ar� bancos�
de�ba�er�
as�com� capac�dade�
�o�a�
�mu� �o�
ma� or�que�a�corren�e�
máx�ma�do�pa�ne�

fo�ovo��a�co.�
�recomendado� que�o�banco� de�ba�er�
as�
�enha�capac�dade� máx� ma�en�re�10�
vezes�
a�15�
vezes�a�
corren�e�
máx� ma� do(s)�
pa�ne�(e�
s)�
fo�ovo�
�a�co(s),�
e�o���
m��e�máx�mo�de�25�vezes�a�corren�e�máx�ma.

104
104
9.2. Painel Fotovoltaico

9.2.1. Inl uênc�


a do Contro�ador de Carga
Há�uma��mpor�an�e�cons�
deração�a�
ser�
fe�
�a,�
quando�
se�
ca�
cu�
a�o�
pa�
ne�
�fo�ovo�
�a�
co,�
em�
re�
ação�
ao(s)�
con�ro�
ador(es)�
de�carga�
u���
zado:

Con�ro�adores�com�MPPT� (Seguidor do Ponto de Máxima Potência)�por�


possu� rem� um�conversor�
DC/ DC�en�re�o�
pa�
ne��fo�ovo��a�
co�e�
o�banco� de�ba�er�as,�
conseguem� aprove��ar�
me� hor�a��
rrad�ânc�a�
encon�rando�sempre� o�pon�o�
de�
máx� ma� po�ênc�a�
(por��
sso� o�
nome)� e�fornecem�uma� �ensão�cons�an�e�com� corren�e�
var�
áve�,�
ex�ra�
ndo�po�ênc� as�
ap�
�cáve�s�mesmo� em�s��uações�de�rad�ação�aba�xo�
do�umbra� .

Con�ro� adores� sem� MPPT desperdiçam� par�e� da�energ� a�so�ar�nas�pr�


me� ras�
e�ú��mas� horas�
do�d� a,�bem� como�em�
per�odos� de�ba�xa��
nso� ação.�Como� NÃO� se�adaptam� às�cond� ções�de��rrad�ânc�a�e��empera�ura�(como� fazem�os�
MPPT’s)� as��
rrad�ânc� a�aba�xo�do�umbra� �não� são�sui c�en�es� para�a�var� seus�c�
rcu��os�(no�
caso�dos� con�ro�adores�
ma� s�soi s�cados)� ou� vencer�a�barreira�
�mpos�a� pe�os� d�odos� �
n�erno� de�pro�eção,�fazendo�com� que� a�energ�a�
conver�da� pe� os�módu� os�não�seja�
ap� �
cada� às�ba�er�as.�A� ém� d�
sso,�a�forma� de�a�uação�dos��
nversores� menos�
soi s�cados,� que� não� sua�grande�ma� or�a�é�
do� �po�série,�provoca� um� grande� perda� em�re�
ação�à�po�ênc� a�
p�co�
do�
pa�ne� �
fo�ovo� �a�co.

Quando�p�
anejamos�um� pa�
ne��fo�ovo��a�
co�para�s�s�emas�au�ônomos�que�possua�
um� con�ro�
ador�de�carga�
com�
MPPT podemos�cons�derar�
a�Energia que o Painel deve gerar�
(Ep)�
como�sendo��
gua��
à�Energ�a Real�
(ER):

Se�
o�proje�o�não�possu�
r�um�
con�ro�ador�
de�carga�com�MPPT� devemos�cons�derar�
que�a�Energ�
a�que�
o�Pa�
ne��deve�
Gerar�
(Ep)�deve�ser�
10% super�
or�que�a�
Energ�a�Rea��
(ER)�
para�compensar�essas�
perdas�(e�
ou�ras)�
no�
con�ro�
ador:

Nes�e�exerc�
c�o,�
cons�
deramos�
um�
con�ro�
ador�
de�
carga�
SEM�
Segu�
dor�
do�
Pon�o�
de�
Máx�
ma�
Po�ênc�
a�(MPPT),�
por�

sso��eremos:

9.2.2. Inl uênc�


a da D�
spon�
b���
dade So�
ar no Loca�
O�S�s�ema�
Fo�ovo��a�co�Au�ônomo� será��ns�a�ado�em� uma� fazendo�próx�ma� à�São�Pau�o.�
Para�saber�o�po�enc� a��
so�
ar�
de�qua�quer�
�oca��
dade� (ou�c�
dade�de�referênc� a)�
do�Bras��
�fazemos� uso�do�banco� de�
dados�de� Rad�ação� So�
ar�do�
CRESESB�–�Cen�ro�de�Referênc�a�
para�Energ� a�So�ar�
e�Eó��
ca� Serg�
o�de�Sa�vo�Br��o�
(www.cresesb.cepe�.br).

O�CRESESB�
d�spon�
b��
�za�
uma�
ferramen�a�
de�
consu�
�a�
aos�
dados�
chamado�
de�
Sunda�a,�
d�spon�
ve�
�a�ravés�
do�
segu�
n�e�

�nk:

h�p:/ / b�t.�
y/ qDhZhr

105
Para�
consu��ar�
os�dados�é�
necessár�o�
�nformar�
a��
a��ude�
e� �
ong�
�ude�
do�
�oca�
�de�
�ns�a�
ação�
do�
SFA.�
Essa�
�nformação�
pode�ser�
adqu�r�da�
fac�
�men�e�a�ravés�
do�Goog�e®�Maps®:

h�p:/ / maps.goog�e.com.br/
Apenas�‘encon�re’�
a��
oca�
�dade�a�ser�pesqu�sada�e�c�
�que�com�o�
bo�ão�d�re�
�o�
do�
seu�
mouse,�
se�
ec�
one:�
“O�
que�
aqu�
?”,�
e� as�
coordenadas�geográi cas�aparecerão�na�barra�
de�
pesqu�sa.�

Lance�
a��
a��ude�
e� �ong�
�ude�
no�
Sundata�
para�
a�consu�
�a,�
que�
re�ornará�
uma�
�abe�
a�com�
os�
va�
ores�
de�
Rad�
ação�
So�
ar�
em�méd�a�mensa�.

106
106
Para�
o�d�mens�onamen�o� do�pa�ne�
�fo�ovo��a�
co�de�um�s�
s�ema� au�ônomo,�
cons�deramos� o�
menor�va�
or�de�Rad�
ação,�
que�no�caso�
ac�ma�se�
refere�ao�mês�de�Junho:�2,94 kWh/ m².d�a�
no�p�
ano�
hor�zon�a�,�
a�ém�dos�
va�
ores�da�
Rad�ação�
em��rês��
nc��
nações�d�
feren�es.

A�suje�ra�sobre�os�módu� os� fo�ovo��a�cos� é�


�ão�represen�a�va�na�geração,�que� u���
zamos� um� coei c�
en�e�para�
ava�
�ar�
a�sua�ação� sobre�a�geração.� Em� �
oca�s�de� a�
�a�
po� u�
ção�a�mosfér�ca�sub�ra�mos� um� percen�ua��de�5%�da�Rad�ação�
So�ar�d�ár�a;�
em� �
oca� s�
afas�ados� dos�cen�ros� urbanos�podemos� cons� derar�um� ganho�de�5%� dev�do�à�menor�
absorção� dos�ra�os�so�ares� pe� as�
par�cu� as�suspensas.�Pode�ser�
u�� �zado�o�fa�o�1�
para�os�casos�de�desconhec�men�o�
sobre�os�n� ve�
s�de�suje�ra/ po� u�ção�do�ar.


Na� c�dade�de�
São�Pau�
o,�
o�coei c�
en�e�
de�
correção�
será�
de�
c = 0,95�
e�o�
po�enc�
a��
energé�co�
corr�
g�do�
(Hc)�
será�
de�
2,94* 0,95,�
ou�
seja:

Hc = 2,94* 0,95 = 2,79 kWh/ m².d�


a

Gera�
men�e�
a�me�
hor�
�nc�
�nação�
para�
um�
pa�
ne�
�fo�ovo�
�a�
co�
é�dada�
pe�
a�segu�
n�e�
fórmu�
a:�

β�
=��
a��
+�(�
a�/4)

β�
=�Inc�
�nação�
do�
pa�
ne�
�fo�ovo�
�a�
co�
em�
graus,�
em�
re�
ação�
ao�
p�ano�
hor�
zon�a�
.


a��
=��
a��ude�
da�
�oca�
�dade�
em�
graus

Essa�
fórmu� a�
dá�um�va�
or�aprox�
mado.�O�banco�de�dados�
Sunda�a�
do�CRESESB�sugere�
a�me�
hor�
�nc�
�nação�
para�
o�
pa�ne�
�fo�ovo��a�
co�
que,�
se�cons�
derada�
no�proje�o,�
produz�ó�mos�
resu�
�ados.

�Como�a�c�
dade�
de�
São�
Pau�
o�es�á�
s��uada�
na�
�a��ude�
de�
23,32°�
a�me�
hor�
�nc�
�nação�
para�
um�
pa�
ne�
�fo�ovo�
�a�
co�
de�
s�s�ema�
au�ônomo�
é:

Β�
=�23,32°�
+�(23,32°/ 4)�
=�29,15°�
≈�30°�
de�
�nc�
�nação�
(o�
Sunda�a�
sugere�
28°).

9.2.3. Inl uênc�a da Inc��


nação do Pa�
ne�Fotovo�
ta�
co
O conjunt o de t abelas “Fat or de Cor r eção k par a super fícies inclinadas”, disponível par a download no
ender eço ht t p://www.blue-sol.com/downloads/H SP-e-Fat or K .xls, most r a a difer ença ent r e a ener gia
capt ada por uma super fície or ient ada par a o equador e inclinada em det er minado ângulo, e a ener gia
capt ada por uma super fície semelhant e sem inclinação em r elação ao plano hor izont al. Na planilha
t emos os fat or es k par a a lat it ude de 23° (23,32° se apr oxima mais de 23°.). Se t omar mos como base a
inclinação de 30° (ar r edondamos par a cima a inclinação ideal de 29,15° em São Paulo) obser var emos
no mês de Junho o fat or k de 1,22. De acor do à inclinação, t er emos uma difer ença anual (mês a mês)
ent r e a ener gia no plano hor izont al (Sundada — CRESESB) e a super fície inclinada.

107
�Enquan�o� �emos� um� �ncremen�o� (pos�c�
onando� e�
�nc��nando� corre�amen�e� o�pa�
ne� )�
nos�meses�de�menor�
Irrad�
ânc� a,��eremos� uma� d�
m�nu� ção,�nos�
meses� de�ma� or�
�rrad�ânc�a�(ex.:�
veja�
o�fa�or�k�
para�o�
mês� de�novembro�
e�mu��p� �
que� pe�
o�H�desse� mês.�
O� Resu��ado�é:�0,88* 5�=�
4,4�kWh/ m².d� a.)�
Devemos� esco�
her�a��
nc��
nação� que�dê�
o máx�mo� �ncremen�o� no�meses� com� pouca�irradiação solar,�mas� que�
não� provoque� uma� grande�d�
m� nu�ção�nos
meses� com� mu� �a�
irradiação solar.

K = 1,22 (no�
mês�
com�
menor�
�rrad�
ação�
–�Junho).

Com� esses�
va�
ores��eremos�como�resu��ado�as�
Horas�
de�
So��P�
co,�
que�são�o�
equ�va�en�e�em�
Qu�
�owa�s�
hora�
�nc�
dem�
sobre�um�me�ro�quadrado�de�superí c�
e�or�
en�ada�
para�
o�equador�e�
�nc�
�nada,�
na�reg�ão:

HSP = 2,79* 1,22 = 3,4 kWh/ d�a (no�


mês�
de�
Junho�
em�
São�
Pau�
o,�
em�
um�
pa�
ne�
��
nc�
�nado�
a�30°�
e�or�
en�ado�
para�
o�
Nor�e�geográi co)

9.2.4. Calculando o número de Módulos Fotovoltaicos


Para�
cons�ru�r�
o�pa�
ne��
fo�ovo��a�co�
des�e�exemp� o�
u���zaremos�
os�
módu�
os�
fo�ovo�
�a�
cos�
STP050D-12/ MEA�
da�
Sun�ech.�
Esses�módu�os��em�as�segu�n�es�
carac�er�
s�cas:

Potênc�a P�
co (Wp): 50w

Tensão Nominal de trabalho (Vm): 12 v

Tensão em Máxima Potencia (Vmpp): 17,4 V

Corrente em Máx�
ma Potênc�a (Impp): 2,93 A

Tensão em Circuito Aberto (Voc): 21,8 V

Corrente de Curto Circuito (Isc): 3,13 A

Ap�
�cando�
o�mé�odo�
de�
cá�
cu�
o,�
poderemos�
saber�
quan�os�
módu�
os,�
e�qua�
�a�
coni guração�
serão�
adequados�
ao�

108
108
pa�
ne�
�so�
ar�
do�
nosso�
s�s�ema:

Para�
a�cançar�a��ensão�
de��raba�ho�do�nosso�
s�s�ema,�
assoc�
aremos�módu�os�
em�sér�
e.�
Módu�
os�
em�
sér�
e�recebem�
o�
nome� de�
Fileiras.�
Cada�i�
e�ra��erá�
a�segu�
n�e�quan�dade�de�módu�os�
em�sér�
e:

mS�= è mS�= Cada i �


e�ra�
será�
formada�
por�
2�módu�
os�
em�
sér�
e.

Ca�
cu�aremos�a�
quan�dade� de�
i�e�ras�
em�
para�
e�o�
para�
supr�
r�a�
corren�e�
necessár�
a�à�
carga�
das�
ba�er�
as�
que�
provém�
energ�
a�e�
é�r�
ca�
ao�nosso�
s�s�ema:

mP�
=�� è mP�
= è

...�
por�an�o�
o�pa�
ne�
��erá�
5�i�
e�ras�
em�
para�
e�o.

O�
número�
�o�a�
�de�
módu�
os�
Nm�
será:
Nm = mS* mP è 2 * 5 = 10

O�
pa� ne��
fo�ovo��a�co�
será�
compos�o�
por�
10�
módu�
os�
Sun�ech�
STP050D-12/ MEA,�
�nc�
�nado�
em�
30°�
e�or�
en�ado�
para�
o�
Nor�e�geográi co,�
em�São�Pau�
o.

O�pa�ne�
�fo�ovo��a�co�gerará�um� po�enc�a��
energé�co�var�áve�
,�de�acordo�à�
Irrad� ação�
So�ar�
�nc�den�e.�
Em�meses�
de�ma�or��
rrad�ação,�o�po�enc� a��
será�ma�or,�
as�
ba�er�
as�serão�carregadas�ma� s�rap�damen�e,�e�o�
exceden�e�
de�
energ�a�
pode� ser�perd�do,�po�s�o�con�ro�
ador�desconec�ará�o�
pa� ne��
fo�ovo��a�co�do�banco�de�ba�er�
as,�
após�
es�e�
ser�
�o�a�
men�e� carregado.�

9.2.5. Escolha do Controlador de Carga


O�con�ro�ador�
de�carga�
é�o�
responsáve��por�
usar�essa�energ�a�
exceden�e�para�
as�
�arefas�
de�
manu�enção�
do�banco�de�
ba�er�
as�como,�por�exemp�o,�
as�
cargas de equalização.�
Um� con�ro�
ador�de�má�qua��
dade�s�
mp�
esmen�e�desperdiçará
a�
energ�a�exceden�e.

O�con�ro�ador�de�carga�
deverá�
ser�
d�mens�
onado�com�um�fa�or�
de�segurança�de�
25%�da�corren�e�
de�
cur�o-c�
rcu�
�o�
do�painel�fo�ovo�
�a�co.�
O�pa�
ne��
que�d�
mens�onamos��em�
a�segu�n�e�corren�e�
de�
cur�o-c�
rcu��o:

ISCpainel = mp * ISCmodulo è ISCpainel = 5 * 3,13 = 15,65 A

Cons�
derando�
o�fa�or�
de�
segurança,�
�eremos:

109
IE = 15,65 * 1,23 = 19,56 A (IE =�corren�e�de�en�rada)
Podemos�
esco�
her�
um�
con�ro�
ador�
de�
carga�
de�
20 A.

No�caso�de�possu�rmos�carga�em� CC���
gadas�ao�con�ro�ador,�
devemos� ca�cu�ar�
a�corren�e�
de�sa�da�(IS),��
evando�
em�cons� deração�
as�corren�es�das�cargas�
s�mu��âneas�e�ad�c�onando�um� fa�or�
de�segurança,��ambém� de�25%�.�
No�
s�
s�ema� que�ensa�
amos� nesse�
anexo,� não�
�eremos� cargas�em� CC,�
e�por�
�sso�não��eremos�o�cá�cu�
o�da� corren�e�de�
sa�
da�(IE).

110
110
111
Bibliografia

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Sa�vo�Br�
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