CAPÍTULO 11

Exercícios 11.1

1
1. d) f(x, y)
.
xy
Nos pontos (x, y), x
0 ou y
0, f(x, y) não está definida, logo nestes pontos f não é
diferenciável. Seja, então, (x, y), com x  0 e y  0.

Ï
Ôa) f admite derivadas parciais em ( x, y)
Ô
f é diferenciável em ( x, y) ¤ Ì
Ô E (h, k )
Ôb) ( h, klim
0
Ó )Æ ( 0, 0 )
( h, k )

onde:
∂f ∂f
E(h, k)
f (x  h, y  k)  f(x, y)  ( x, y) ◊ h  ( x, y) ◊ k .
∂x ∂y

1 1 h k
E(h, k )
  
( x  k )( y  k ) xy x 2 y xy 2

∂f 1 df 1
pois
 2 e
 2 .
∂x x y dy xy

h 2 y 2  h 2 ky  k 2 x 2  hkxy  hk 2 x
E(h, k )
. Temos
( x  h) ( y  k ) x 2 y 2

E(h, k ) 1 h 2 y 2  h 2 ky  k 2 x 2  hkxy  hk 2 x
lim
lim ◊
( h, k ) Æ ( 0, 0 )
(h, k )
( h, k )Æ ( 0, 0 ) ( x  h)( y  k ) x y
2 2
h2  k 2

1 1
lim
3 3
( h, k )Æ ( 0, 0 ) ( x  h)( y  k ) x y
2 2 x y
0
h2 y2 h
lim
lim hy2
0
( h, k ) Æ ( 0, 0 ) h2  y2 ( h, k ) Æ ( 0, 0 ) h2  k 2

limitada
 0
k
lim h2 y
0
( h, k ) Æ ( 0, 0 ) h2  k 2

limitada
0 0
k k
lim kx 2
0 lim hxy
0
( h, k ) Æ ( 0, 0 ) h2  k 2 ( h, k ) Æ ( 0, 0 ) h2  k 2

limitada limitada
0
h E(h, k )
lim k2x
0. Logo lim
0.
( h, k ) Æ ( 0, 0 ) h2  k 2 ( h, k ) Æ ( 0, 0 )
(h, k )

limitada
1
f(x, y)
é uma função diferenciável em todo (x, y), com x  0 e y  0.
xy

f) f(x, y)
x2  y2

Vamos provar que f é diferenciável em todo (x, y) de ⺢2. Temos

∂f ∂f
( x, y)
2 x e ( x, y)
2 y.
∂x ∂x

Além disso:

∂f ∂f
E(h, k)
f(x  h, y  k)  f(x, y)  ( x, y) ◊ h  ( x, y) ◊ k
∂x ∂y
2 2 2 2

(x  h)  (y  k)  x  y  2xh  2yk

h2  k2

E(h, k ) h2  k 2
e lim
lim
( h, k )Æ ( 0, 0 )
( h, k )

3 ( h, k ) Æ ( 0, 0 ) h  k
2 2
12
4 4


È h k ù

lim Íh k ú
0.
( h, k ) Æ ( 0, 0 ) Í h2  k 2 h 2  k 2 úû
Î

E(h, k )
Como f admite derivadas parciais em todo (x, y) 僆 Df
⺢2 e lim
0
( h, k ) Æ ( 0, 0 )
(h, k )

então f é diferenciável em ⺢2.
82
Exercícios 11.2

1. f) Seja f(x, y)
arctg xy. Temos

∂f y ∂f x
( x, y)
e ( x, y)
.
∂x 1 x 2 y2 ∂y 1 x 2 y2

Então f(x, y) é uma função de classe C1 em ⺢2, isto é, ∂f e ∂f são funções

∂x ∂y
contínuas em ⺢2.
Logo f(x, y)
arctg xy é diferenciável em ⺢2.

Exercícios 11.3

1. e) Seja f(x, y)
arctg (x  2y) .

1 1 1
Para que f admita plano tangente no ponto (2, , f(2, )) f deve ser diferenciável em (2, ).
2 2 2
∂f 1 ∂f 2
( x, y)
e ( x, y)
.
∂x 1  ( x  2 y)2 ∂y 1  ( x  2 y)2

Da continuidade de ∂f e ∂f em ⺢2, segue que f é diferenciável em ⺢2, logo f é

∂x ∂y
1
diferenciável em (2, ).
2
∂f 1 1 ∂f 1
(2, )
e (2, )
1
∂x 2 2 ∂y 2
Equação do plano tangente:

∂f ∂f
z  z0
( x 0 , y0 ) ( x  x 0 )  ( x 0 , y0 ) ( y  y0 ),
∂x ∂y
 1 1
z
(x  2)  (y  ) e, portanto,
4 2 2
x 1 
z
y 
2 2 4
Equação da reta normal:
1  1
(x, y, z)
(2, , )   ( , 1, 1).
2 4 2

f) Temos
∂f ∂f
( x, y)
y , ( x, y)
x ,
∂x ∂y

∂f Ê 1 1 ˆ 1 ∂f Ê 1 1 ˆ 1
,
e ,
.
Ë
∂x 2 2 ¯ 2 ∂y Ë 2 2 ¯ 2
83
Plano tangente:
1 1 1 1 1 x y 1
z
( x  )  ( y  ) ou seja, z
  .
4 2 2 2 2 2 2 4
Reta normal:
1 1 1 1 1
(x, y, z)
( , , )   ( , , 1),  僆 ⺢.
2 2 4 2 2

5. a) Plano tangente em (1, 1, 1)

2 1
2x  y  3z
6 ou seja, z
 x  y2.
3 3

Por outro lado:

∂f ∂f
z 1
(1, 1) ( x  1)  (1, 1) ( y  1)
∂x ∂y
e daí

∂f ∂f ∂f ∂f
z
(1, 1) ◊ x  (1, 1) ◊ y  (1, 1)  (1, 1)  1.
∂x
12
4 4 3 ∂y
12
4 43 ∂x
1444 ∂y
42444 4
3
2 1 2
 
3 3

∂f 2 ∂f 1
Portanto, (1, 1)
 e (1, 1)
 .
∂x 3 ∂y 3

b) Reta normal:

2 1
(x, y, z)
(1, 1, 1)  ( ,  , 1) 僆⺢
3 3
ou seja,
(x, y, z)
(1, 1, 1)   (2, 1, 3).

x3
7. Seja f ( x, y)
. O plano tangente em (x0, y0, z0), z0
f(x0, y0), é
x 2  y2
∂f ∂f
z  z0
( x 0 , y0 ) ( x  x 0 )  ( x 0 , y0 ) ( y  y0 ). Para que tal plano passe pela
∂x ∂y
origem, devemos ter
∂f ∂f
f ( x 0 , y0 )
x 0 ( x 0 , y0 )  y0 ( x 0 , y0 ).
∂x ∂y
De

∂f x 4  3 x 2 y2 ∂f 2 x 3 y

2 e
2
∂x (x  y ) 2 2 ∂y ( x  y 2 )2
84
segue
∂f ∂f x 5  x 3 y2 x3
x y
2
2
f ( x, y).
∂x ∂y ( x  y ) 2 2 x  y2
Logo, o plano tangente em (x0, y0, z0) passa pela origem.

10. Sejam f(x, y)
2  x2  y2 e

g(x, y)
x2  y2.

Equação do plano tangente  em (a, b, f(a, b)):

∂f ∂f
z  f ( a, b)
( a, b) ( x  a)  ( a, b) ( y  b)
∂x ∂y
z
2  a2  b2  2a(x  a)  2b(y  b)
z
2  a2  b2  2ax  2by. 햲

Reta normal ao gráfico de f em (a, b, f(a, b))

(x, y, z)
(a, b, f(a, b))  (2a, 2b, 1).

Seja (x0, y0, f(x0, y0)) o ponto em que  tangencia o gráfico de g.

Reta normal ao gráfico de g em (x0, y0, f(x0, y0)):

(x, y, z)
(x0, y0, z0)  (2x0, 2y0, 1).

Os vetores (2a, 2b, 1) e (2x0, 2y0, 1) são paralelos. Logo o produto vetorial é
nulo.

r r r
i j k r r r
2a 2b 1
0 Þ (2 b  2 y0 ) i  (2 x 0  2 a) j  ( 4bx 0  4 ay0 ) k
0
2 x 0 2 y0 1 Daí x 0
a e y0
b.

(a, b, g(a, b))
(a, b, a2  b2) 僆  (plano tangente)

Substituindo em 햲:

a2  b2
2  a2  b2  2a (a)  2b (b) Þ

Þ 2a2  2b2
2 Þ
Þ a2  b2
1.

13. Considere f(x, y)
x · g( x 2  y 2 ) onde g(u) é função derivável de uma variável.

1424 3
u
Temos

∂f

x ◊ g(u) ◊ 2 x  g(u)
2 x 2 g(u)  g(u)
∂x
85
∂f

x ◊ g(u) ◊ (2 y)
2 xy g(u).
∂y

Daí
∂f ∂f
f ( a, a)
a ( a, a)  a ( a, a)
∂x ∂y
que é a condição para que o plano tangente em (a, a, f(a, a))
∂f ∂f
z  f ( a, a)
( a, a) ( x  a)  ( a, a)( y  a)
∂x ∂y
passe pela origem.

15. lim E( x, y)
0, pois, para (x, y)  (x0, y0), tem-se

( x , y )Æ ( x 0 , y0 )
E( x, y)
E( x, y)

( x, y)  ( x 0 , y0 )
. .

( x, y)  ( x 0 , y0 )

Sendo f(x, y) diferenciável em (x0, y0), será também contínua neste ponto. Segue que
lim [ f ( x, y)  a( x  x 0 )  b( y  y0 )  c]
f ( x 0 , y0 )  c
0,
( x , y )Æ ( x , y ) 1444444
0 0
424444444 3
E( x, y)

logo, c
f(x0, y0). Fazendo y
y0 em E( x, y) resulta

( x, y)  ( x 0 , y0 )

E( x, y) E( x, y0 ) f ( x, y0 )  f ( x 0 , y0 )  a( x  x 0 )


.

( x, y0 )  ( x 0 , y0 )
x  x 0  x  x 0 

E( x, y) E( x, y0 )
De lim
0 resulta lim
0 que é equivalente a
( x , y )Æ ( x 0 , y0 )
( x, y )  ( x 0 , y0 )
x Æ x 0 x  x 0 
E( x, y0 )
lim
0. Segue que
x Æ x0 x  x0
f ( x, y0 )  f ( x 0 , y0 )  a( x  x 0 )
lim
0.
x Æ x0 x  x0
f ( x, y0 )  f ( x 0 , y0 ) ∂f
Daí, lim
a e, portanto, ( x 0 , y0 )
a. Com raciocínio
x Æ x0 x  x0 ∂x
∂f
análogo, verifica-se que ( x 0 , y0 )
b.
∂x

Exercícios 11.4
V2
6. P
. Temos
R
P ⬵ dP.
2 VRdV  V 2 dR
dP
.
R2
86
dV
0,2 volt e
dR
0,01 ohm.

Substituindo
2
100
10
(0, 2)  10 4
0, 01
dP

5 . Logo P ⬵ 5W.
10 2

Exercícios 11.5

1.
a) f(x, y)
x2y. Temos

Ê ∂f ∂f ˆ
 f ( x, y)
Á , ˜ Þ  f ( x, y)
(2 xy, x 2 )
Ë ∂x ∂y ¯
r r
ou  f ( x, y)
2 xyi  x 2 j .
b) f ( x, y)
e x 2 y 2 . Temos

Ê ∂f ∂f ˆ
 f ( x, y)
Á , ˜
(2 xe x y , 2 y e x y )
2 2 2 2
Ë ∂x ∂y ¯

ou

2 y 2 r r
 f ( x, y)
e x (2 xi  2 yj ) .

c) f(x, y)
x . Temos
y
Ê ∂f ∂f ˆ Ê 1 x ˆ
 f ( x, y)
Á , ˜
Á ,  2 ˜
Ë ∂x ∂y ¯ Ë y y ¯
1 r x r
ou  f ( x, y)
i  2 j .
y y
x
d) f(x, y)
arctg . Temos
y
Ê ∂f ∂f ˆ Ê y x ˆ
 f ( x, y)
Á , ˜
Á 2 , ˜
Ë ∂x ∂y ¯ Ë x  y 2 x 2  y 2 ¯
ou
y r x r
 f ( x, y)
2 i  j.
x  y2 x 2  y2
6. Como estamos admitindo que a imagem de  está contida na superfície de nível
f (x, y, z)
1, teremos (x(t))2  (y(t))2  (z(t))2
1, para todo t no domínio de .
Derivando em relação a t, resulta
87
2x(t) x(t)  2y(t) y(t)  2z(t) z(t)
0.

Para t
t0,
(2x0, 2y0, 2z0) · (t0)
0
e, portanto,
f(x0, y0) · (t0)
0.
Como a curva  é qualquer, podemos interpretar f(x0, y0) como um vetor normal em
(x0, y0, z0) à superfície x2  y2  z2
1.

8. Seja f(x, y)
xy.

(t)
(x(t), y(t)), t 僆 I, é diferenciável e sua imagem está contida na curva de nível
f(x, y)
2.
Assim, para todo t em I, temos
x(t) y(t)
2.
Derivando em relação a t, resulta
x(t) y(t)  x(t) y(t)
0,
ou seja,
(y(t), x(t)) · (x(t), y(t))
0
e, portanto, para todo t em I,
f((t)) · (t)
0.
Ê 2ˆ
A imagem da curva  (t )
Ë t, ¯ , t 0, está contida na curva de nível xy
2.
t

9. Sejam f(x, y)
y  x2 e (t)
(sen t, sen2 t).

a) De x(t)
sen t e y(t)
sen2 t resulta

y(t)  x2(t)
sen2 t  sen2 t
0 para todo t. Logo,

Im está contida na curva de nível f(x, y)
0.

b)

A imagem de  é o arco da parábola y
x2, 1  x  1.

c) (t) · f((t))
(cos t, 2 sen t cos t)·(2 sen t, 1)

2 sen t cos t  2 sen t cos t
0
88
 ∂f ∂f
pois
2 x,
1, (t)
(x(t), y(t))
(cos t, 2 sen t cos t) e
∂x ∂y

f((t))
(2 sen t, 1).

10. Seja f(x, y, z)
x2  4y2  9z2.

Ê 1 ˆ
a) A imagem de (t)
Ë sen t, cos t, 0¯ está contida na superfície, pois
2

1
x2(t)  4 y2(t)  9 z2(t)
sen2 t  cos2 t  9 · 0
1, para todo t.
4

b) Sendo (t) a curva do item a), temos

f((t))
(2 sen t, 4 cos t, 0)

Ê 1 ˆ
(t)
Ë cos t,  sen t, 0¯ .
2
Segue que

Ê 1 ˆ
f((t)) · (t)
(2 sen t, 4 cos t, 0) ◊ Ë cos t,  sen t, 0¯
2

2 sen t cos t  2 sen t cos t
0.

Ê 1 ˆ
O gradiente é normal em Ë sen t, cos t, 0¯ à curva (t).
2

89