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ELETRICIDADE
Educação Profissional
1 - FUNDAMENTOS DA ELETRICIDADE 03
1.1 - CONCEITOS FUNDAMENTAIS DA ELETRICIDADE 03
1.2 – MATÉRIA 03
2 - CIRCUITO ELÉTRICO 06
2.1 – CIRCUITO 06
2.2 - CIRCUITO ELÉTRICO 06
2.3 - ELEMENTOS DOS CIRCUITOS ELÉTRICOS 06
3 - GRANDEZAS ELÉTRICAS 08
3.1 - GRANDEZAS ELÉTRICAS 09
3.2 - CARGAS ELÉTRICAS 09
3.3 - CORRENTE ELÉTRICA 09
3.4 - TENSÃO ELÉTRICA (F.E.M.) 10
3.5 - RESISTÊNCIA ELÉTRICA E CONDUTÂNCIA ELÉTRICA 11
3.6 - MÚLTIPLO E SUBMÚLTIPLOS DAS GRANDEZAS ELÉTRICAS 12
4 - LEI DE OHM 13
4.1 - CÁLCULO DE TENSÃO 14
4.2 - CÁLCULO DE RESISTÊNCIA 15
4.3 - CÁLCULO DE CORRENTE 15
4.4 - EFEITOS DO CHOQUE ELÉTRICO 17
4.5 - DICAS E REGRAS (SEGURANÇA ELÉTRICA) 17
5 – RESISTIVIDADE 18
5.1 - NATUREZA DO MATERIAL 18
5.2 - COMPRIMENTO DO MATERIAL 19
5.3 - SEÇÃO TRANSVERSAL DO MATERIAL 20
5.4 - TEMPERATURA DO MATERIAL 20
6 - ASSOCIAÇÃO DE RESISTORES 21
6.1 - LIGAÇÃO DE RESISTORES 21
6.2 - ASSOCIAÇÃO EM SÉRIE 22
6.3 - ASSOCIAÇÃO EM PARALELO 22
6.4 - ASSOCIAÇÃO MISTA 22
6.5 - CIRCUITO SÉRIE 23
7 - POTÊNCIA EM C.C. 23
7.1 - TRABALHO MECÂNICO 28
7.2 - CAVALO-VAPOR (C.V.) 29
7.3 - HORSE-POWER (H.P.) 30
8 – MAGNETISMO 31
8.1 – INTRODUÇÃO 31
8.2 - IMÃS ARTIFICIAIS 32
8.3 - PÓLOS DOS ÍMÃS 33
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9 – ELETROMAGNETISMO 35
9.1 – INTRODUÇÃO 35
9.2 - CAMPO MAGNÉTICO DO CONDUTOR RETILÍNEO 36
9.3 - CAMPO MAGNÉTICO DA ESPIRA 37
9.4 – SOLENÓIDE 38
9.5 - REGRA DA MÃO ESQUERDA 38
10 - CORRENTE ALTERNADA 39
10.1 - CORRENTE ALTERNADA E TENSÃO MONOFÁSICA 39
15 – ANEXO 71
BIBLIOGRAFIA 76
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1.2 - MATÉRIA
1.2.1 - Estudo do Átomo
Os átomos são tão pequenos, que 100 milhões deles, um ao lado do outro, formarão uma reta de
10mm de comprimento.
Elétrons sub-atômicas
Elétrons
São partículas sub-atômicas que possuem cargas elétricas negativas.
Prótons
São partículas sub-atômicas que possuem cargas elétricas positivas.
Nêutrons
São partículas sub-atômicas que não possuem cargas elétricas.
Núcleo
É o centro do átomo, onde se encontram as partículas sub-atômicas prótons e nêutrons.
Eletrosfera
São as camadas ou órbitas formadas pelos elétrons, que se movimentam em trajetórias circulares
em volta do núcleo.
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Elétrons
Nêutrons
Figura 1.1
Prótons
Eletrosfera
Núcleo
A eletrosfera pode ser composta por camadas, identificadas pelas letras maiúsculas K, L, M, N,
O, P e Q.
Figura 1.2
Cada camada da eletrosfera é formada por um número máximo de elétrons, conforme você pode
observar na tabela abaixo.
Tabela 1.1
CAMADA Nº MÁXIMO DE
ELÉTRONS
K 2
L 8
M 18
N 32
O 32
P 18
Q 2
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Condutores Isolantes
Prata Ar seco
Cobre Vidro
Alumínio Mica
Zinco Borracha
Latão Amianto
Ferro Baquelite
Observação: Semicondutores são materiais que não sendo bons condutores, não são tampouco
bons isolantes. O germânio e o silício são substâncias semicondutoras. Esses materiais, devido ás
suas estruturas cristalinas, podem sob certas condições, se comportar como condutores e sob
outras como isolantes.
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2.1 - CIRCUITO
É todo percurso que representa um caminho fechado.
Vamos acompanhar o percurso da corrente elétrica ao ligar um aparelho?
Para facilitar, vamos observar um “rádio de pilha” aberto, para você ver o caminho por onde passa
a corrente.
A corrente elétrica:
Sai da pilha;
Passa para o condutor de saída;
Passa pelo interruptor;
Caminha pelos componentes de rádio;
Retorna à pilha pelo condutor de entrada;
Figura 2.2
Note que a corrente tem que percorrer o mesmo caminho, continuamente. É um caminho fechado;
é um circuito... um circuito elétrico.
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Condutor elétrico
O condutor elétrico faz a ligação entre o consumidor e a fonte geradora, permitindo a circulação
da corrente. Cada tipo de condutor pode ser preparado com características variadas, dependendo
de sua aplicação. Podem ser rígidas ou flexíveis, isolados ou não, com proteção adicional (além da
isolação) ou outras características.
Rede externa: Condutor elétrico rígido, com ou sem proteção.
Furadeira: Condutor elétrico flexível, com adicional.
Figura 2.4
Como você vê, cada aplicação exige tipos diferentes de condutor elétrico. Mas sua função no
circuito será sempre a mesma.
Função do condutor
O condutor liga os demais componentes do circuito elétrico, conduzindo a corrente: da fonte ao
consumidor e de retorno à fonte.
3 - GRANDEZAS ELÉTRICAS
São grandezas
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Figura 3.2
Figura 3.3
Figura 3.4
Então, para se poder realmente medir e comparar a corrente elétrica, houve a necessidade de se
medir a intensidade da corrente em relação ao tempo.
Portanto, criou-se uma unidade prática, o ampère, que é representado pela letra (A) e equivale a 1
Coulomb por segundo.
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No condutor A: 3x6,25x1018 = 18 750 000 000 000 000 000 elétrons por segundo.
No condutor B: 1x6,25x1018 = 6 250 000 000 000 000 000 elétrons por segundo.
Figura 3.7
Essas são fontes geradoras, que produzem uma força eletromotriz (f.e.m.), a qual provoca o
deslocamento dos elétrons, de um para o outro extremo do material.
Força eletromotriz – é a força que movimenta os elétrons.
Figura 3.8
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Figura 3.9
Se dois materiais tiverem um mesmo potencial elétrico neutro, isto é, sem carga, não haverá
d.d.p. entre eles.
Figura 3.10
Para existir diferença de potencial entre dois materiais, é preciso que haja uma diferença na
qualidade de elétrons que eles possuem.
Figura 3.11
CONGUTÂNCIA:
Facilidade encontrada pela corrente elétrica, ao atravessar
|
um material.
G
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RESISTÊNCIA:
Dificuldade encontrada pela corrente elétrica, ao atravessar
|
R um material.
Por exemplo:
No cobre, a condutância é muito maior que a resistência. Já no plástico, a resistência é muito
maior que a condutância.
A unidade utilizada para medir a resistência é o OHM, representada pela letra (lê-se ômega).
Como a condutância é o inverso da resistência, de início, foi denominada MHO (inverso de OHM),
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µ A mA A kA 1mA
µ V mV V kV 1mV
µ Ω mΩ Ω kΩ 1mΩ
4 - LEI DE OHM
Figura 4.1
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Figura 4.2
Figura 4.3
Figura 4.4
- O que ficou?
- Ficou a fórmula R . I
- Muito bem! Basta multiplicar R x I e você
terá, como resultado, o valor da ( E ).
Figura 4.5
Por exemplo:
Figura 4.6
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- Ficou a fórmula E -
I
- Muito bem! Basta dividir E -, e o resultado será ( R ).
Figura 4.7 I
Por exemplo:
- Ficou a fórmula E -
R
- Muito bem! Basta dividir E -, e o resultado será ( I ).
R
Figura 4.9
Por exemplo:
I= E = 50 = 5A
R 10
Figura 4.10
Dessa forma, você não mais se esquecerá de como encontrar estes três valores:
Figura 4.11
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Figura 4.12
Qual a incógnita?
Vamos montar o triângulo:
Resistência
Figura 4.13
R= E = 110 = 5,5 Ω
I 20
O seu chuveiro deverá ter uma resistência de 5,5 Ω para 110 V. Se você for usá-lo em 220 V, ele
terá que ter a resistência em dobro.
Ele deverá ter, então: 5,5 x 2 = 11 Ω
Ao compará-la, compare com esse valor, para que o seu chuveiro funcione bem.
Vamos ao outro exemplo:
Você quer instalar um fusível ou disjuntor, para o seu ferro de passar. A tensão é de 110 V e sua
resistência tem 25Ω.
Qual seria a corrente elétrica em Ampères do ferro de passar?
Voltemos ao triângulo:
Qual é a incógnita?
Corrente
No triângulo aparece E ; então I = E .
R R
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Figura 4.15
Figura 4.16
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5 - RESISTIVIDADE
Para qualquer condutor dado, a resistividade de um determinado comprimento depende da
resistividade do material, do comprimento do fio e da área da seção reta do fio de acordo com a
fórmula.
Onde:
R = resistência do condutor, Ω
l = comprimento do fio, m
S = área da seção reta do fio, cm²
ρ = resistência específica ou resistividade, cm².Ω/m
O fator ρ (letra grega que se lê “rô”) permite a comparação da resistência de diferentes
materiais de acordo com natureza, independentemente de seus comprimentos ou áreas. Valores
mais altos de ρ representam maior resistência. Os valores de resistência elétrica variam de
acordo com certos fatores. Esses quatro fatores são: natureza, comprimento, seção transversal
e temperatura do material.
Figura 5.1
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Figura 5.4
Note que, os átomos que constituem o carbono, alumínio e cobre são diferentes entre si. A
diferença nos valores de resistência e condutância oferecidas pelos diferentes materiais, deve-
se principalmente ao fato de que cada material tem um tipo de constituição atômica diferente.
Por isso, para a determinação dos valores de resistência e condutância, é importante levarmos em
consideração a constituição atômica, ou seja, a natureza do material.
Figura 5.6
Figura 5.5
Na figura acima, temos dois materiais da mesma natureza; porém, com comprimento diferente:
COMPRIMENTO DO MATERIAL RESISTÊNCIA
3 metros ____________________________________ 2
8 metros ____________________________________ Maior que 2
Os valores apresentados servem apenas para exemplificar. A partir daí você pode concluir que em
dois ou mais materiais da mesma natureza...
aumentando o comprimento diminuindo o comprimento
aumentará a resistência diminuirá a resistência
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Figura 5.7
Sabendo-se o que é seção transversal, vamos agora ver qual é a sua interferência nos valores de
resistência:
Figura 5.8
Figura 5.9
Na figura acima, vemos dois materiais de mesma natureza e de igual comprimento, porém, com
seção transversal diferente:
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Percebemos que:
6 - ASSOCIAÇÃO DE RESISTORES
Figura 6.1
Agora, imagine-se de posse de vários resistores! Você poderia associá-los de várias maneiras;
observe algumas delas:
1ª Situação
2ª Situação
3ª Situação
4ª Situação
Figura 6.2
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Figura 6.3
Figura 6.4
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Figura 6.6
Nesta associação estão representados resistores associados em série. Note que, neste tipo de
associação, a corrente elétrica “ I ” não se divide.
Substituindo os resistores componentes pela resistência total que os representa, temos:
7 - POTÊNCIA EM C.C.
Como sabemos, para medir alguma coisa, temos que ter uma unidade padrão.
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O Volt e o Ampere
Simplificando, temos:
(P = E . I)
Figura 7.2
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Vamos a um exemplo:
Que potência em KW tem um consumidor de 3500 watts?
Potência em KW = W então... Potência em KW = 3500 Portanto:
1000 1000
P = 3,5 KW
Que tal um outro exemplo?
Você deseja saber a potência em KW de um circuito de lâmpada de 120 V e 5 A.
Figura 7.3
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P=ExI
Porém não temos o valor de “I”. Mas temos o
valor de “E” e de “R”. Pela Lei de Ohm calculamos
o valor de “I“, que é igual a E -
R
.
I = 120 . . I = 5A
24
Então, a potência do resistor será ...
Figura 7.4 P = E x I P =120 x 5 P = 600W
Vamos calcular a forma direta a potência do circuito do exemplo anterior, empregando somente
os valores de E de R.
Figura 7.5
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Figura 7.6
Veja o exemplo:
Figura 7.7
Figura 7.8
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Figura 7.9
As bombas d’água da ilustração acima encheram caixas iguais. Portanto, realizaram o mesmo
trabalho.
Porém, examine novamente os relógios da ilustração.
A bomba d’água A gastou 15 minutos para encher a caixa. A bomba B precisou de 25 minutos para
realizar o mesmo trabalho.
Se o trabalho realizado foi o mesmo, a bomba mais eficiente foi àquela que gastou menos tempo.
Portanto foi a bomba A, que tem maior potência que a bomba B.
Para o seu estudo é, importante o conhecimento de potência mecânica e potência elétrica.
Como você já estudou a potência elétrica, resta o estudo da potência mecânica. Portanto,
Potência Mecânica é o resultado do trabalho realizado, pelo tempo gasto para realizá-lo.
Matematicamente, temos:
P = Trabalho .
t(tempo)
Como você já sabe, trabalho é igual ao produto da força pela distância, isto é: T = F x d
Assim, substituindo, na fórmula, T por F x d, temos:
P = Fxd .
T
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Note que, além das unidades - joule por segundo (j/s) ou watt (W) - você encontrará, no dia-a-dia,
outras unidades de potência que não pertencem ao Sistema Internacional de Unidades.
Essas Unidades. Essas unidades são chamadas de unidades práticas, são elas:
Atenção!
No dia-a-dia, costuma-se usar também o quilowatt (KW), que é múltiplo do watt.
Com a existência de todas essas unidades de potência, torna-se necessário fazer certos cálculos,
transformando unidade que estão em determinado sistema para outro sistema de medida.
Portanto, vamos estudar, a seguir, a transformação de cada uma dessas unidades.
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Cálculo para transformar essa unidade é feito mediante a aplicação da regra de três simples.
Acompanhe os cálculos de cada transformação:
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8 - MAGNETISMO
8.1 – INTRODUÇÃO
Dá-se o nome de magnetismo à propriedade de que certos corpos possuem de atrair pedaços de
materiais ferrosos.
Em época bastante remota os gregos descobriram que um certo tipo de rocha, encontrada na
cidade de Magnésia, na Ásia Menor, tinha o poder de atrair pequenos pedaços de ferro.
A rocha era construída por um tipo de minério de ferro chamado magnetita e por isso o seu poder
de atração foi chamado magnetismo.
Mais tarde descobriu-se que se prendendo um pedaço dessa rocha ou imã natural na extremidade
de um barbante com liberdade de movimento o mesmo gira de tal maneira que uma de suas
extremidades apontará sempre para o norte da terra.
Esses pedaços de rochas, suspensos por um fio receberam o nome de “pedras-guia” e foram
usadas pelos chineses, há mais de 2 mil anos, para viagens no deserto e também pelos marinheiros
nos primeiros descobrimentos marítimos.
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Bússolas primitivas
Essas pedras receberam o nome de imãs
naturais.
Figura 8.1
O pólo norte geográfico da terra é na realidade o pólo sul magnético e o pólo sul geográfico é o
pólo norte magnético.
Esta é a razão pelo qual o pólo norte da agulha de uma bússola aponta sempre para o pólo sul
geográfico.
Figura 8.2
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Figura 8.3
Linha Neutra
Figura 8.4
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Figura 8.5
Figura 8.6
Figura 8.7
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Figura 8.10
9 - ELETROMAGNETISMO
9.1 – INTRODUÇÃO
Uma corrente elétrica pode ser produzida pelo movimento de uma bobina em um campo magnético
fato este da maior importância na eletricidade. Este é o modo mais geral de produção de
eletricidade para fins domésticos, industriais e marítimos.
Como o magnetismo pode gerar eletricidade, bastaria um pouco de imaginação para que se fizesse
uma pergunta: será que a eletricidade pode gerar campos magnéticos? A seguir, veremos que isto
realmente acontece.
Observamos, anteriormente, que a corrente elétrica é movimento de elétrons no circuito.
Analisemos, agora, as linhas de força eletrostática e as linhas magnéticas concêntricas ao
condutor, produzidas pelo elétron imóvel e em movimento.
Linhas de força eletrostática
Figura 9.1
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Quando o elétron percorre um condutor, ele cria um campo magnético concêntrico ao condutor,
cujas linhas de força giram no sentido dos ponteiros do relógio, quando o sentido do movimento
do elétron é da direita para a esquerda.
O elétron em movimento tem os dois campos; o elétrico e o eletromagnético.
O espaço em que atuam as força de atração e repulsão tem o nome de “campo de força”; assim,
tem-se um “campo eletrostático” ou simplesmente “campo elétrico” na figura da esquerda e têm-
se “campos magnéticos” na figura à direita.
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Verificação do sentido do
campo magnético usando
bússolas
e a regra da mão
esquerda
Bússolas
A experiência de Oersted demonstra que, estando o condutor acima da agulha com a corrente na
direção N, a ponta da agulha desvia-se para a esquerda.
Figura 9.6
Na falta da bússola, aplica-se o processo do Voltâmetro; com um pouco d’água salgada (1% sal)
num prato de louça, mergulham-se as pontas dos fios como mostra a figura abaixo, sendo que no
pólo negativo formam-se bolhas de gás hidrogênio.
Figura 9.7
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Figura 9.10
9.4 – SOLENÓIDE
Para conhecer a polaridade de bobinas, aplicamos as seguintes regras:
Figura 9.11
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10 - CORRENTE ALTERNADA
Figura 10.1
Vemos aí que, no instante inicial, a corrente tem valor nulo, crescendo até um valor máximo,
caindo novamente a zero; neste instante, a corrente muda de sentido, porém, seus valores são os
mesmos da primeira parte. O mesmo acontece com a tensão.
A essa variação completa, em ambos os sentido, sofrida pela corrente alternada, dá-se o nome de
ciclo. O número de ciclos descritos pela corrente alternada, na unidade de tempo, chama-se
freqüência. Sua unidade é o ciclo/segundo ou Hertz. É medida em instrumentos chamados
freqüencímetros. As freqüências mais comumentes usadas são 50 c/s e 60 c/s.
Durante um ciclo, a corrente e a tensão tomam valores diferentes de instante a instante; esses
são ditos valores momentâneos ou instantâneos, dentre os quais cumpre destacar o valor máximo
(Imax).
Entretanto, na prática, não é o valor máximo o empregado e sim o valor eficaz. Por exemplo, um
motor absorve uma corrente de 5 A que é o valor eficaz. Define-se como valor eficaz de uma
corrente alternada ao valor de uma corrente contínua que produzisse a mesma quantidade de
calor numa mesma resistência (Lei de Joule).
Esse valor é expresso por: Ief = Imax = 0,707 Imax
2
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Figura 11.2
Figura 11.1
Estator ou Carcaça Rotor
monofásico
de CA
trifásico
Motores elétricos
de CC
Os motores elétricos de corrente alternada funcionam quando ligados à uma rede de tensão
alternada; são monofásicos ou trifásicos se necessitam de tensão monofásica ou de tensão
trifásica.
Os motores elétricos de corrente contínua funcionam quando ligados à uma rede de tensão
contínua. Os motores de CA são hoje os mais utilizados; podemos encontrá-los em refrigeradores
domésticos. em máquinas ferramentas etc. Os motores de CC são de emprego mais restrito,
sendo encontrados na tração elétrica, grandes laminadores etc.
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síncrono
de arranque capacitativo e
marcha indutiva (fase dividida)
de indução ou assíncrono
Existem outros tipos de motores de CA, que se encontram mais raramente. Os motores de
indução (tanto trifásicos como monofásicos) possuem no estator um jogo de bobinas que
produzem um campo magnético. No interior do motor, apoiando-se sobre mancais, encontra-se a
parte móvel, ou rotor. Este rotor dispõe de um enrolamento constituído por simples condutores
ou barras postas em curto-circuito entre si (rotor em curto ou em gaiola de esquilo) ou podem
também possuir um outro tipo de enrolamento, cujos extremos são levados a anéis coletores
eletricamente isolados do eixo e entre si e sobre os quais se apóiam escovas de carvão, fixas ao
estator, que nos permitem ligar o motor a um circuito externo.
Figura 11.4
Figura 11.3
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motores séries
auto excitados motores paralelos
motores mistos ou compound
Motores de CC
Num motor de CC distinguimos o estator com pólos indutores, o rotor com enrolamento induzido e
o comutador.
Eles são empregados em razão de terem suas velocidades variáveis, conforme a corrente no
campo indutor.
De acordo, com as normas brasileiras de eletrotécnica NB-3, todos os motores elétricos devem
possuir uma placa metálica firmemente presa ao estator, na qual são marcadas, de maneira
legível, pelo menos as seguintes características:
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Figura 11.5
Nas ranhuras do estator são alojadas as bobinas de campo (geralmente duas), necessárias para a
formação do campo indutor. Nas ranhuras do rotor são enroladas diretamente as bobinas
induzidas, cujas pontas terminais são ligadas devidamente nas lâminas que formam o coletor.
Figura 11.6
O induzido I e o campo indutor C, são ligados em série, como mostra o diagrama. Para a mudança
do sentido de rotação, basta inverter as ligações nos porta-escovas, ou as ligações das bobinas do
campo indutor, quando a colagem de ligações ao coletor, são equivalentes aos dois sentidos.
Figura 11.7
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Figura 11.8
É criado pelos anéis, um fluxo, devido as correntes induzidas produzidas pelo fluxo variável,
defasado em atraso do fluxo originado pelas bobinas dos pólos indutores, surgindo com a
resultante, um campo giratório. O rotor dentro dele é forçado a girar no mesmo sentido devido
ao campo produzido pelas correntes induzidas nas barras alojadas nas ranhuras do rotor.
Figura 11.9
São construídos para tensões de 110V e 220V, 50 ou 60 Hz, 25W a 120W e normalmente para 2 -
4 e 6 pólos para velocidades de 900 a 2800 R.P.M. em 50 Hz e 1000 a 3400 R.P.M. para 60 Hz.
tem velocidade constante não admite regulagem e nem reversibilidade.
A aplicação desses motores se faz em pequenas máquinas tais como: toca-discos, relógios, servo-
mecanismos, etc; porque é um motor de baixo conjugado de partida e baixo rendimento.
Educação Profissional 44
Para duas tensões, basta desdobrar o enrolamento do principal calculado inicialmente para 110V
em duas vezes o número de condutores, com sua seção reduzida pela metade, dividido em dois
circuitos, para que possibilite ligar em paralelo para 110V e em série para 220V.
Figura 11.11
O enrolamento auxiliar não deve ser modificado para 220V, mas seus terminais deverão ser
ligados um num dos extremos e o outro no centro da ligação série do principal, para que o
condensador que fica ligado em série com o auxiliar, não receba uma tensão além de 110V.
Geralmente é usado o enrolamento auxiliar somente para o arranque, depois, por intermédio de
um interruptor comandado por um dispositivo centrífugo o auxiliar é desligado, permanecendo o
campo rotativo pela ação do sentido de rotação do rotor e pelo componente de campo criado pelas
correntes induzidas nas barras do tipo gaiola (rotor em curto).
Atualmente estes motores são fabricados para duas tensões 110V e 220V, para as freqüências de
50 Hz ou 60 Hz, para as potências, de 1/6 a 2 c.v.
Sobre o motor é colocado um condensador eletrolítico com sua proteção conforme a figura
abaixo.
Figura 11.12
Nas tabelas abaixo temos as características principais dos motores monofásicos de fase auxiliar.
Educação Profissional 45
Tabela 11.2
Para velocidade em vazio foi tomada a velocidade de sincronismo, embora, na prática, essa
velocidade seja ligeiramente menor.
A velocidade marcada na placa dos motores refere-se àquela medida à plena carga.
Os motores monofásicos de indução têm os seguintes inconvenientes:
Pequena capacidade para suportar sobrecarga;
Baixo rendimento;
Baixo fator de potência;
Manutenção de custo elevado.
Os motores monofásicos de indução de fase auxiliar são utilizados em máquinas de lavar roupas,
em eletrobombas, em geladeiras, enceradeiras de potência elevadas, etc.
O condensador aplicado nos motores de fase auxiliar tem dupla finalidade:
Dar maior conjugado no arranque;
Produzir maior defasamento entre os campos magnéticos principais e auxiliar.
A capacidade dos condensadores de partida, determinada experimentalmente pelos fabricantes
de motores, varia ao variar a potência do motor, conforme a tabela abaixo com limite máximo até
1 c.v.
Tabela 11.3
Condensadores de Partida
C.V. microfarads (µF)
1/6 de 161 até 193
1/4 de 216 até 259
1/3 de 270 até 324
1/2 de 340 até 408
3/4 de 430 até 516
1 de 540 até 648
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Figura 11.13
Figura 11.14
O campo magnético rotativo gira com velocidade uniforme, fazendo uma rotação em cada período
da corrente de alimentação.
O sentido de giro está subordinado à seqüência de fases das correntes nos três enrolamentos
das fases do motor que para girar ao contrário é preciso inverter-se a corrente de dois
enrolamentos. Em geral, os três enrolamentos são ligados em estrela ou triângulo, para receber
ligação de uma linha trifásica com três fios. O sentido de giro do campo poderá ser invertido,
trocando-se simplesmente dois fios da linha ligados aos terminais do motor.
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O gráfico abaixo mostra uma curva senoidal que é a representação da f.e.m. da corrente
alternativa, e do campo magnético variável produzido por uma corrente que varia periodicamente
seu sentido e sua intensidade.
O motor trifásico de indução tem rotação de campo girante de acordo com a freqüência da rede
e do número de pares de pólos: n = 120 x ƒ onde: ƒ = freqüência de rede elétrica e P = número
P
de pólos do motor
Escorregamento
A diferença entre a velocidade do campo girante e a do rotor dá-se o nome de escorregamento.
Geralmente o escorregamento é expresso percentualmente em relação à velocidade de
sincronismo. Seu valor é baixo quando o motor funciona à vazio.
O escorregamento é calculado pela relação: s = ns - n x 100
ns
Onde:
s = escorregamento, em %;
ns = velocidade síncrona;
n = velocidade do rotor.
O rotor do motor à plena carga dá um escorregamento que varia de 3% para os motores potentes
até 6% para os de pequena potência.
Estes motores levam vantagem sobre o motor síncrono, pelo fato de poder partir com carga.
Há dois tipos de motores de indução, conforme a forma do enrolamento do seu induzido:
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Figura 11.18
O conjugado que vem relacionado com o escorregamento, no gráfico seguinte é baixo no início do
funcionamento, sendo próprio para arranques sem carga. Quando se necessita maior conjugado no
início do funcionamento eleva-se a resistência do induzido usando-se rotores com dupla ou tripla
gaiola, ou ainda com ranhuras profundas.
Figura 11.19
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Rotor Bobinado
O enrolamento do induzido é constituído por condutores de cobre isolados entre si e montados
nas ranhuras do rotor. O conjugado no arranque, deste tipo de motor, é bem melhor que o
anterior, porque podemos inserir resistores em série com as fases do enrolamento do rotor. Há
tipos em que os resistores são montados no rotor e eliminados, quando a máquina atinge a sua
velocidade normal, através de mecanismos centrífugos.
Outro tipo de rotor bobinado é aquele em que seus enrolamentos se ligam à anéis coletores sobre
os quais apóiam-se as escovas. Para estes tipos usam-se reostatos, em estrela (γ), ligados em
série com os enrolamentos do rotor através de escovas e anéis coletores. A medida que o motor
aumenta a sua velocidade, manobra-se o reostato a fim de retirar gradativamente os resistores
do circuito até ligar os enrolamentos em estrela. Em alguns tipos de motores, para que as escovas
não fiquem desgastando-se durante a marcha normal, elas são suspensas e, através de alavancas,
os anéis são curto circuitados.
Com a adição de reostatos além de se melhorar o conjugado do motor pode-se variar a velocidade
do mesmo, porém com o inconveniente de aumentar a perda por efeito Joule nos resistores,
diminuindo o seu rendimento.
O motor com rotor bobinado é usado quando se necessita arrancar com carga e ainda quando se
precisa variar a velocidade, como no caso das gruas, elevadores, etc.
Os motores de indução, gaiola ou rotor bobinado, apresentam as seguintes vantagens: São
simples, robustos, de arranque próprio e bom rendimento.
O tipo gaiola de esquilo deve ser utilizado em todos os locais onde haja perigo de explosão, visto
não produzir faíscas, pois não contém contatos deslizantes (coletor, escovas, etc.).
O tipo com rotor bobinado é empregado quando há necessidade de arranque e paradas freqüentes
(serviço intermitente) que exige maior conjugado inicial. Além disso, com reostatos se tem
velocidade regulável.
Como desvantagens dos motores assíncronos citamos: o fator de potência não igual a unidade,
sendo baixo nos motores de pequena potência, salvo no caso de serem bem construídos. O tipo
gaiola de esquilo apresenta um baixo conjugado inicial, exceto nos de gaiolas especiais, e sua
velocidade não pode ser regulada por meios comuns.
Quando for necessário a velocidade na proporção de 2 para 1 ou vice-versa, usa-se efetuar
enrolamentos especiais de estator.
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11.3.2 - Motor não permanece com sua velocidade nominal com carga
Tensão baixa
Com a diminuição da tensão, à velocidade decresce, pois a potência é proporcional a ela. Com um
voltímetro devemos conferir o valor da tensão e ajustá-la ao devido valor, quando possível.
Ligação trocada
Corrige-se o defeito trocando-se as ligações.
Ligação trocada
Corrige-se o defeito, mudando-se as ligações. Caso se mude as ligações e o motor continue
apresentando o problema, é por que o defeito é interno.
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Pode acontecer que, na fundição, o alumínio não encha completamente as ranhuras, ficando as
barras defeituosas, ou ainda, partirem-se devido ao esforço a que o rotor está submetido. Em se
tratando de barras de cobre, ligadas ao anel de curto circuito, com solda fraca, podem elas, por
aquecimento, dessoldarem-se. Essas irregularidades trazem consigo aumento de resistência do
rotor, o motor se aquece e a velocidade será inferior à do regime. Inspecionando-se o rotor,
constata-se o defeito e substitui-se o induzido ou refaz-se a solda conforme o caso.
É sempre preferível usar a solda forte ao invés da solda fraca, pois o ponto de fusão da solda
forte é mais elevado que o da fraca.
Ligações erradas
Engano nas ligações das fases ou nos grupos de bobinas de uma fase, ou ainda desigualdade do
número de espiras nas fases dão lugar a desequilíbrios de correntes. Comumente a corrente
resulta ser superior a do regime e o aquecimento será anormal. Com três amperímetros inseridos
em série nas fases do motor verificam-se as diferenças das correntes.
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Figura 11.20
Indução excessiva
Sobre carga, tensão superior à normal, e freqüência inferior a de regime fazem com que a
indução se eleve, provocando aquecimento do motor e funcionamento ruidoso.
A sobrecarga eleva a corrente acima do normal, aumentando por conseguinte o número de
ampère-espiras, o que determina excesso de indução. A tensão superior à normal e a freqüência
inferior à do regime produzem o mesmo efeito da sobrecarga.
A indução excessiva se elimina fazendo com que o motor trabalhe dentro de suas características
que estão indicadas na placa fixada na carcaça.
12 - TRANSFORMADOR
Figura 12.1
A grande maioria dos equipamentos eletrônicos emprega transformadores, seja como elevador ou
abaixador de tensões.
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Quando uma bobina é conectada a uma fonte de C.A. surge um campo magnético variável ao seu
redor.
CAMPO MAGNÉTICO
VARIÁVEL
Figura 12.3
Aproximando-se outra bobina a primeira o campo magnético variável gerado na primeira bobina
“corta” as espiras da segunda bobina.
TENSÃO
APLICADA
Figura 12.4
Como conseqüência da variação de campo magnético sobre suas espiras surge na segunda bobina
uma tensão induzida.
TENSÃO TENSÃO
APLICADA INDUZIDA
Figura 12.5
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Figura 12.6
É importante observar que as bobinas primária e secundária são eletricamente isoladas entre si.
A transferência de energia de uma para a outra se dá exclusivamente através das linhas de força
magnéticas.
A tensão induzida no secundário de um transformador é proporcional ao número de linhas
magnéticas que corta a bobina secundária.
Por esta razão, o primário e o secundário de um transformador são montados sobre um núcleo de
material ferromagnético.
Núcleo de ferro
Secundário
Primário
Figura 12.7
O núcleo diminui a dispersão do campo magnético, fazendo com que o secundário seja cortado
pelo maior número de linhas magnéticas possível, obtendo uma melhor transferência de energia
entre primário e secundário. As figuras abaixo ilustram o efeito provocado pela colocação do
núcleo no transformador.
Figura 12.8
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Figura 12.9
Figura 12.12
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TENSÃO
INDUZIDA
Figura 12.14
Figura 12.15
Verifica-se através dos exemplos das figuras acima que, no transformador tomado com exemplo;
a tensão do secundário é sempre a metade da tensão aplicada no primário.
A relação entre as tensões no primário e secundário depende fundamentalmente da relação entre
o número de espiras no primário e secundário.
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Figura 12.16
Verifica-se que o resultado da relação NS/NP é o mesmo da relação VS/VP. Logo, pode-se
escrever:
Um transformador pode ser construído de forma a ter qualquer relação de transformação que se
necessite. Por exemplo:
Tabela 12.1
Relação de Tensões
Transformador
3 VS = 3 x VP
5,2 VS = 5,2 x VP
0,3 VS = 0,3 x VP
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Desta forma, a manutenção é rápida e segura, pois a gaveta pode ser retirada do compartimento
sem interrupção de serviço dos outros compartimentos do C.C.M.
A figura abaixo mostra um Centro de Controle de Motores (C.C.M.).
Figura 13.1
Figura 13.2
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14.1 - DISJUNTORES
Denominam-se disjuntores os dispositivos de manobra e proteção, capazes de estabelecer,
conduzir e interromper correntes em condições normais do circuito, assim como estabelecer,
conduzir por tempo especificado e interromper correntes em condições anormais especificadas
do circuito, tais como as de curto-circuito e/ou sobrecarga.
Os disjuntores denominados térmicos possuem um dispositivo de interrupção da corrente
constituído por lâminas de metais de coeficientes de dilatação térmica diferentes (latão e aço),
soldados. A dilatação desigual das lâminas, por efeito do aquecimento, provocado por uma
corrente de sobrecarga moderada de longa duração, faz interromper a passagem da corrente no
circuito, porque a dilatação desigual das lâminas determina que as mesmas se curvem e desliguem
o dispositivo.
Esses dispositivos bimetálicos são relés térmicos e, em certos tipos de disjuntores, são
ajustáveis em função da temperatura ambiente. Além dos relés bimetálicos, muitos disjuntores
são providos de relés magnéticos (bobinas de abertura), que atuam mecanicamente, desligando o
disjuntor quando a corrente é intensa e de curta duração (relés de máxima). Desarmam, também,
quando ocorre um curto-circuito em uma ou nas três fases.
Figura 14.1
Disjuntor tripolar a seco 3VE0 para correntes até 16 A, os tipos que possuem “bobina de mínima”
desarmam quando falta tensão em uma das fases. A figura abaixo mostra como atua o elemento
térmico bimetálico.
a) Ligado b) Desligado
Disjuntor com proteção térmica apenas
Figura 14.2
Quando ocorre um aumento de intensidade da corrente, o elemento bimetálico (1) se desloca,
provocando o desarmamento da peça (2), a qual recebe a ação de uma mola.
Este tipo de disjuntor é ideal para proteção contra sobrecarga.
O disjuntor representado esquematicamente na figura abaixo é do tipo eletromagnético.
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Quando uma corrente de determinada intensidade percorre a bobina (1), a haste (2) é atraída; a
peça (3) destrava a alavanca (4), que, pela ação de uma mola, desliga o contato (5).
Este tipo de disjuntor é ideal para proteção contra curto-circuito.
A figura abaixo representa um disjuntor com proteção térmica e eletromagnética.
a) Ligado b) Desligado
Disjuntor com proteção térmica e eletromagnética
Figura 14.4
Figura 14.5
Existem disjuntores que desarmam as três fases quando a sobrecarga ocorre em apenas uma das
fases.
O tipo de disjuntor usado na proteção de circuitos de baixa-tensão são os disjuntores em caixa
moldada (caixa suporte de material isolante). Para a proteção de circuitos de iluminação e
tomadas são usados os disjuntores em caixa moldada monofásicos, como o QUICKLAG, da
Eletromar-Westinghouse;
Diaquick, da Siemens; TQC, da General Eletric etc.
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Figura 14.6
Réle de mínima tensão
Poderemos ter também um relé de sobrecorrente que atuará sempre que a corrente atingir
valores elevados. Ele tem o mesmo funcionamento do relé térmico já mencionado.
Figura 14.7
Disjuntor tripolar a seco 3VE4, Siemens, com relé térmico bimetálico ajustável, relé magnético
não ajustável, relé de subtensão (bobina de mínima) e relé de disparo (para acionamento a
distância).
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O fusível possui um corpo de porcelana (fig. 14.12) de seção retangular, com suficiente
resistência mecânica, contendo nas extremidades facas prateadas. Dentro do corpo de porcelana
se alojam o elo fusível e o elo indicador de queima, imersos em areia especial, de granulação
adequada.
Figura 14.12
Corpo de porcelana
O elo fusível é feito de cobre, em forma de laminas, vazadas em determinados pontos para
reduzir a seção condutora (fig. 14.13). Existem ainda elos fusíveis feitos de fita de prata virgem.
Figura 14.13
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Figura 14.14
Figura 14.15
Figura 14.16
O anel
É também um elemento de porcelana, roscado internamente, que protege a rosca metálica da base
aberta, evitando a possibilidade de contatos acidentais, na troca do fusível (fig. 14.17).
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O fusível
É constituído de um corpo de porcelana em cujos extremos metálicos se fixa um fio de cobre
puro ou recoberto com uma camada de zinco, imerso em areia especial, de granulação adequada,
que funciona como meio extintor do arco voltaico, evitando o perigo de explosão, no caso da
queima do fusível (figs 14.18 e 14.19).
Fusão dos elos e expulsão da espoleta
Espoleta
Mola
Contato superior
Areia
Contato inferior
Possui um indicador, visível através da tampa, denominado espoleta, com cores correspondentes
em caso de queima.
O elo indicador de quem é constituído de um fio muito fino, que está ligado em paralelo com o elo
fusível. No caso de fusão do elo fusível, o fio do indicador de queima também se fundirá,
provocando o desprendimento da espoleta.
Figura 14.20
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Figura 14.22
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As botoeiras podem ter diversos botões agrupados em painéis ou caixas, e cada botão pode
acionar também diversos contatos, abridores ou fechadores.
Externamente, são construídas com proteção contra ligação acidental (fig. 14.25), sem proteção
fig. 14.26) ou com chave tipo fechadura, denominada comutador de comando (fig. 14.27).
As botoeiras protegidas (fig. 14.25) possuem uma guarnição que impede a ligação acidental e
possuem longo curso para a ligação.
As botoeiras com chave (fig. 14.27) são do tipo comutadoras, que tem por finalidade impedir que
qualquer pessoa ligue o circuito.
As botoeiras ainda podem ser apresentadas no tipo pendente.
Nesse caso, sua utilização destina-se ao comando de pontes rolantes, falhas elétricas ou, ainda,
máquinas operatrizes em que o operador tem de ligá-las em várias posições diferentes (fig.
14.28). Elas possuem formato anatômico.
As botoeiras luminosas são dotadas de lâmpadas internas, que se iluminam quando os botões são
acionados (fig. 14.29).
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Observação: Não devem ser usadas para desligar nem para ligar emergência.
14.6 – CONTATORES
São dispositivos de manobra mecânica, acionados eletromagneticamente, construídos para uma
elevada freqüência de operação, e cujo arco é extinto no ar, sem afetar o seu funcionamento.
O contator é, de acordo com a potência (carga), um dispositivo de comando de motor, e pode ser
utilizado individualmente, acoplado a relés de sobrecorrente, na proteção contra sobrecarga. Há
certos tipos de contatores com capacidade de estabelecer e interromper correntes de curto-
circuito.
Basicamente existem contatores para motores e contatores auxiliares.
14.6.1 - Construção
Os contatores são construídos de um grande número de peças, tendo como elementos principais
os representados na figura abaixo.
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Figura 14.32
Figura 14.33
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Esse sistema resulta numa indução eletrostática muito intensa, que leva a uma grande capacidade
de armazenamento de carga elétrica e de energia potencial elétrica.
Os condutores que formam o capacitor denominam-se armaduras.
15 - ANEXO
15.1. Esta Norma Regulamentadora - NR fixa as condições mínimas exigíveis para garantir a
segurança dos empregados que trabalham em instalações elétricas, em suas diversas etapas,
incluindo projeto, execução, operação, manutenção, reforma e ampliação e, ainda, a segurança de
usuários e terceiros.
15.1.1. As prescrições aqui estabelecidas abrangem todos os que trabalham em eletricidade, em
qualquer das fases de geração, transmissão, distribuição e consumo de energia elétrica.
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(110.006-8 / I2)
15.2.1.6. As instalações elétricas, quando a natureza do risco exigir e sempre que tecnicamente
possível, devem ser providas de proteção complementar, através de controle à distância, manual
e/ou automático. (110.007-6 / I2)
15.2.1.7. As instalações elétricas que estejam em contato direto ou indireto com a água e que
possam permitir fuga de corrente devem ser projetadas e executadas, considerando-se as
prescrições previstas no subitem 10.1.2, em especial quanto à blindagem, estanqueidade,
isolamento e aterramento. (110.008-4 / I2)
15.2.2. Proteção contra riscos de incêndio e explosão.
15.2.2.1. Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadas, executadas e
conservadas de acordo com as prescrições do subitem 10.1.2, para prevenir os riscos de incêndio
e explosão. (110.009-2 / I2)
15.2.2.2. As instalações elétricas sujeitas a maior risco de incêndio e explosão devem ser
projetadas e executadas com dispositivos automáticos de proteção contra sobrecorrente e
sobretensão, além de outras complementares, de acordo com as prescrições previstas no subitem
15.1.2. (110.010-6 / I3)
15.2.2.3. Os ambientes das instalações elétricas, que contenham risco de incêndio, devem ter
proteção contra fogo, de acordo com as normas técnicas vigentes no País. (110.011-4 / I2)
15.2.2.4. As partes das instalações elétricas sujeitas à acumulação de eletricidade estática
devem ser aterradas, seguindo-se as prescrições previstas no subitem 10.1.2. (110.012-2 / I2)
15.2.3. Componentes das instalações.
15.2.3.1. Os transformadores e capacitores devem ser instalados, consideradas as
recomendações do fabricante e normas específicas, no que se refere à localização, distância de
isolamento e condições de operação, respeitando-se as prescrições previstas no subitem 10.1.2,
em especial, e as prescrições dos subitens 10.2.1.3 e 10.2.1.4. (110.013-0 / I2)
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15.4.2. Responsabilidade.
10.4.2.1. Todo responsável pelas instalações elétricas e os profissionais qualificados e autorizados
a trabalhar em instalações elétricas devem zelar pelo cumprimento desta Norma
Regulamentadora.
BIBLIOGRAFIA
de manutenção).
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