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SUMÁRIO EXECUTIVO
Junho de 2009
Consultoria Ambiental
CONSÓRCIO RES Planejamento em Drenagem Urbana
Sumário Executivo
Consultoria Ambiental
Junho de 2009
Súmario Executivo 2
CONSÓRCIO RES Planejamento em Drenagem Urbana
APRESENTAÇÃO
O Plano Diretor de Drenagem Urbana de Campo Grande foi contratado pela
Prefeitura Municipal de Campo Grande com fundos do Ministério das Cidades,
desembolsados e fiscalizados pela Caixa Econômica Federal.
Este Plano foi elaborado pelo consórcio RES - Planejamento em Drenagem
Urbana, formado pelas empresas Rhama Consultora Ambiental Ltda., com sede
em Porto Alegre/RS, e Ecoprime - Engenharia em Meio Ambiente Ltda. e Schettini
Engenharia Ltda., ambas com sede em Campo Grande, MS.
Os resultados do Plano estão organizados em volumes de acordo conforme
segue:
R1 - Dados e Informações Coletadas e Definição da Base Cartográfica
R2 - Formulação de Cenários, Diagnóstico e Prognóstico das Inundações
R3 - Estudo de Alternativas e Medidas de Controle Estruturais
R4 - Medidas de Controle Não-Estruturais
R5 - Diagnóstico Ambiental Analítico das Bacias hidrográficas
R6 - Levantamentos Complementares de Campo
R7 - Anteprojeto das Medidas de Controle Estruturais
R8 - Análises Benefício-Custo
R9 - Programa Municipal de Drenagem
R 10 - Manual de Drenagem Urbana
R 11 - Banco de Dados Georreferenciados
R 12 - Síntese das atividades de divulgação do plano
Este volume não estava previsto no contrato e termo de referência, mas foi
identificado a sua necessidade para permitir uma visão de conjunto dos produtos
gerados e introduzir as recomendações do estudo. O volume foi construído de
forma a obter um texto sintético visando permitir aos decisores um bom
entendimento do Plano sem que necessitem se aprofundar sobre todos os
aspectos técnicos.
No primeiro capítulo deste volume são apresentados os conceitos que nortearam
o desenvolvimento do Plano Diretor de Drenagem Urbana, onde são identificados
os impactos, estrutura do plano, princípios e objetivos, medidas e programas.
No segundo capítulo é apresentado um resumo do diagnóstico das condições da
cidade quanto a inundações. No terceiro capítulo são destacadas as medidas
estruturais de controle dos impactos. No quarto capítulo são apresentadas as
medidas não-estruturais e No quinto capítulo são apresentadas as conclusões e
recomendações.
Campo Grande, Junho de 2009
Consórcio RES Planejamento em Drenagem Urbana
Súmario Executivo 3
CONSÓRCIO RES Planejamento em Drenagem Urbana
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ................................................................................................. 3
2 DIAGNÓSTICO ............................................................................................. 14
Súmario Executivo 4
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4.3 Programas............................................................................................... 35
ELABORAÇÃO .................................................................................................... 39
Súmario Executivo 5
CONSÓRCIO RES Planejamento em Drenagem Urbana
LISTA DE FIGURAS
Figura 1.1 – Estrutura do Plano Diretor de Drenagem Urbana............................. 11
Figura 2.1 – Bacias Hidrográficas em Campo Grande e ocupação em 2005. ...... 15
Figura 2.2 – Localização dos pontos principais de alagamento na cidade.
(legenda: vermelho: é local de inundação grave; amarelo: local de inundação
moderada; verde: local de inundação moderada). ............................................... 16
Figura 2.3 – Área impermeável média (%) em cada bairro da cidade de Campo
Grande: Cenário Atual de urbanização. ............................................................... 17
Figura 2.4 – Área impermeável média (%) em cada bairro da cidade de Campo
Grande: Cenário Futuro de Urbanização: Máximo. .............................................. 18
Figura 2.5 – Área impermeável média (%) em cada bairro da cidade de Campo
Grande: Cenário Futuro de Urbanização: Tendencial. ......................................... 19
Figura 2.6 – Caracterização do córrego Anhanduí e identificação de locais críticos
durante o evento de diagnóstico – TR = 10 anos. ................................................ 20
Figura 2.7 – Perfil longitudinal da linha da água no córrego Anhanduí para TR= 10
anos. .................................................................................................................... 20
Figura 2.8 – Perfil longitudinal da linha da água no córrego Segredo para TR= 10
anos. .................................................................................................................... 21
Figura 3.1 – Etapas das Medidas Estruturais ....................................................... 25
Figura 3.2 – Estrutura metodológica do estudo de alternativas............................ 25
Figura 3.3 – Trechos críticos destacados em vermelho no dianóstico. ............... 27
Figura 3.4 – Locais finalmente utilizados para a análise da Alternativa II. ........... 29
Figura 3.5 – Comparação dos hidrogramas no exutório do sistema para as
Alternativas I e II................................................................................................... 30
Figura 4.1 – Estrutura de Gestão. ........................................................................ 34
Súmario Executivo 6
CONSÓRCIO RES Planejamento em Drenagem Urbana
LISTA DE QUADRO
Quadro 1.1 – Princípios do Plano de Drenagem Urbana de Campo Grande. ...... 12
LISTA DE TABELA
Tabela 2.1 – Características das macro-bacias da área urbana de Campo Grande.
............................................................................................................................. 14
Tabela 3.1 – Volumes excedentes para o risco de 10 anos de tempo de
recorrência e os cenários de ocupação urbana atual e tendencial....................... 26
Tabela 3.2 – Características dos reservatórios dimensionados para o controle do
escoamento na bacia do córrego Prosa. .............................................................. 29
Tabela 3.3 – Custos da altertnativa selecionada consideando diferentes riscos de
inundação. ............................................................................................................ 30
Tabela 3.4 – Indicadores econômicos de cada alternativa de dimensionamento. 31
Súmario Executivo 7
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As inundações em áreas urbanas têm ocorrido com uma freqüência muito grande,
aumentando os prejuízos econômicos e sociais nas cidades brasileiras. Somente
em janeiro de 2004 morreram 84 pessoas em função de eventos chuvosos no
Brasil.
O crescimento urbano ocorrido nas últimas décadas transformou o Brasil num
país essencialmente urbano (83 % da população é urbana). Esse processo se
deu principalmente nas regiões metropolitanas (RM) e nas cidades que se
transformaram em pólos regionais. Essas regiões metropolitanas (RM) possuem
um núcleo principal com várias cidades circunvizinhas. A taxa de crescimento na
cidade núcleo da RM é pequena enquanto que o crescimento da periferia é muito
alto. Cidades acima de 1 milhão crescem a uma taxa média de 0,9 % anual,
enquanto os pólos regionais de população entre 100 e 500 mil (cidades médias
segundo IPEA/IBGE, MMA, 2000), crescem a taxa de 4,8% (IBGE, 1998). Todos
os processos inadequados de urbanização e impacto ambiental que se
observaram nas RMs estão se reproduzindo nessas cidades de médio porte.
Cidades com população entre 50 mil e 800 mil habitantes têm aumentado a sua
participação no total da população urbana brasileira, chegando a 29%, enquanto
que as RM representam 34,8% do conjunto da população, em 1996 (MMA,2000).
O crescimento urbano tem sido caracterizado por expansão irregular da periferia
com pouca obediência da regulamentação urbana relacionada com o Plano
Diretor e normas específicas de loteamentos, além da ocupação irregular de
áreas públicas por população de baixa renda. Em algumas cidades a população
em área irregular ou informal chega a 50% (MMA,2000). O crescimento da
população favelada tem sido significativo e mesmo o seu adensamento é
preocupante. O crescimento populacional ocorre principalmente na população de
baixa renda e a população favela deve dobrar nos próximos dez anos, chegando
a 13,5 milhões de pessoas (Veja, 2004). Isto reflete o déficit habitacional resultado
da situação econômica, já que a participação do Estado no aumento da moradia
foi da ordem de 27% (MMA,2000). Nas regiões mais pobres toda a infra-estrutura
urbana (transporte, água, saneamento, coleta de lixo e drenagem) é mais
deficiente, com conseqüências evidentes para os próximos moradores.
Os principais problemas relacionados com a ocupação do espaço podem ser
resumidos no seguinte:
• A expansão irregular mencionada acima ocorre sobre as áreas de
mananciais de abastecimento humano, comprometendo a sustentabilidade
hídrica das cidades;
• A população de baixa renda tende a ocupar de áreas de risco de encostas
e de áreas de inundações ribeirinhas devido à falta de planejamento e
fiscalização;
• Aumento da densidade habitacional, com conseqüente aumento demanda
de água e do aumento da carga de poluentes sem tratamento lançados nos
rios próximos às cidades (veja item seguinte);
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Súmario Executivo 9
CONSÓRCIO RES Planejamento em Drenagem Urbana
1.3.1 Estrutura
A gestão das águas pluviais é realizada através do Plano de Águas Pluviais, cuja
estrutura é apresentada na Figura 1.1, onde se destacam os seguintes
componentes básicos:
Política de Águas Pluviais: trata dos Princípios e objetivos do controle das
águas pluviais; Estratégias de desenvolvimento do plano; Definição de cenários
de desenvolvimento urbano e riscos para as inundações.
Diagnóstico: No diagnóstico foram avaliados os impactos distribuídos no
tempo e espaço dentro da cidade para o cenário atual e examinado as
conseqüências para os cenários futuros da cidade.
Medidas: são estruturais e não-estruturais. As medidas não-estruturais atuam
na prevenção e na gestão da drenagem. As principais medidas não-estruturais
são as seguintes: legislação e regulamentação sobre o aumento da vazão
devido a urbanização para futuros desenvolvimentos e gestão dos serviços
urbanos relacionados com as águas pluviais como: fiscalização dos serviços,
avaliação e fiscalização da implementação de loteamentos e obras
relacionadas com a legislação e regulamentação além da implementação dos
programas previstos.
As medidas estruturais atuam no controle dos impactos existentes de cada
sub-bacia. O planejamento é realizado para que as intervenções controlem o
escoamento dentro da bacia. O Plano de cada sub-bacia deve resultar num
plano de obras, com esboço das intervenções e custos relacionados, além das
ações de prevenções.
Produtos: Os produtos do Plano são: Regulamentação do Plano Diretor de
Desenvolvimento Urbano e Ambiental nos artigos relacionados com a
drenagem urbana; Plano de Ação: controle das bacias hidrográficas urbanas da
cidade; Proposta de gestão para a cidade; Manual de Drenagem.
O manual de drenagem orienta as atividades de planejadores e projetistas na
cidade quanto ao desenvolvimento da drenagem e inundações ribeirinhas.
Os programas são os estudos complementares de médio e longo prazo que
são recomendados no Plano visando melhorar as deficiências encontradas na
elaboração do Plano desenvolvido
Súmario Executivo 10
CONSÓRCIO RES Planejamento em
e Drenagem Urbana
Princípios
Os princípios do plano são a base conceitual que orienta as ações do Plano
dentro de sua estrutura principal. Estes princípios são destacados no Quadro 1.1
e caracterizam principalmente a visão integrada espacial e metodológica das
atividades desenvolvidas no Plano de Drenagem de Campo Grande, baseados
nos conceitos de gestão integrada e desenvolvimento
desenvolvimento sustentável urbano.
Objetivos
O Plano Diretor de Drenagem Urbana tem o objetivo de criar os mecanismos de
gestão da infra-estrutura
estrutura urbana relacionado com o escoamento das águas
pluviais e dos rios na área urbana. Este planejamento visa evitar perdas
pe
econômicas, e melhorar as condições de saúde e meio ambiente da cidade,
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Cenários
Os seguintes cenários foram estabelecidos para o Plano de Desenvolvimento
Urbano da cidade:
Atual: Condições de urbanização atual, obtida de acordo com estimativas
demográficas e imagens de satélite. Para efeito do Plano de Drenagem as
variáveis fundamentais para o Plano são a impermeabilização das superfícies
urbanas e a alteração do sistema de drenagem por meio de condutos e canais.
Futuro: Cenário atual acrescido do Plano de Desenvolvimento urbano: Este
cenário representa a ocupação urbana atual acrescida da previsão existente no
Plano de Desenvolvimento Urbano da cidade
Quadro 1.1 – Princípios do Plano de Drenagem Urbana de Campo Grande.
1. O Plano Diretor de Drenagem Urbana se baseia no Plano de
Desenvolvimento Urbano da cidade para considerar os cenários de
ocupação e fornece subsídios a aprimoramento;
2. As medidas de controle das águas pluviais devem priorizar os mecanismos
naturais do escoamento por meio da infiltração, armazenamento
temporário e diminuição da velocidade e erosão e melhoria da qualidade
da água;
3. Todas as medidas de controle previstas na cidade em nível de macro ou
microdrenagem não podem transferir impactos sem a sua devida
mitigação;
4. O plano de controle de quaisquer medidas estruturais deve ser realizado
por bacias hidrográficas urbanas, evitando ou mitigando qualquer impacto
para jusante;
5. O Plano de drenagem prevê a compatibilização com o planejamento do
saneamento ambiental, controle da erosão, dos sedimentos e do material
sólido e a redução da carga poluente nas águas pluviais que escoam para
o sistema fluvial interno e externo à cidade;
6. O Plano Diretor de Drenagem urbana, na sua regulamentação contempla o
planejamento das áreas a serem desenvolvidas e a densificação das áreas
atualmente loteadas para os cenários futuros de desenvolvimento urbano
da cidade previsto no seu Plano Diretor de Uso do Solo;
Estratégias
O Plano Diretor de Drenagem Urbana foi desenvolvido segundo duas estratégias
básicas:
Para as áreas não-ocupadas: desenvolvimento de medidas não-estruturais
relacionadas com a regulamentação da drenagem urbana e ocupação dos
espaços de risco, visando conter os impactos de futuros desenvolvimentos. Estas
medidas buscam transferir o ônus do controle das alterações hidrológicas devido
à urbanização para quem efetivamente produz as alterações;
Para as áreas que estão ocupadas o Plano desenvolve estudos específicos por
macro-bacias urbanas visando planejar as medidas necessárias para o controle
dos impactos dentro destas bacias, sem que as mesmas transfiram para jusante
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2 DIAGNÓSTICO
2.1 Características
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Figura 2.3 – Área impermeável média (%) em cada bairro da cidade de Campo
Grande: Cenário Atual de urbanização.
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Figura 2.4 – Área impermeável média (%) em cada bairro da cidade de Campo
Grande: Cenário Futuro de Urbanização: Máximo.
Anhanduí
Nas Figura 2.6 é a apresentada as áreas que são alagadas para o cenário atual
no rio Anhanduí para o cenário, entre a confluência do Prosa com o Segredo e o
Rodoanel. Nas Figura 2.7 é apresentado o perfil da linha de d’água dos dois
cenários: atual e tendencial do rio Anhanduí para o mesmo trecho. Pode-se
observar o comprometimento destes trechos a inundação deste risco. Nas Figura
2.7, quando o nível de escoamento é superior as duas margens, o rio está
inundando as áreas marginais para este risco de inundação. Os resultados do
cenário tendencial mostraram que os níveis de inundações aumentam com
pequeno aumento do trechos das áreas já inundadas.
O detalhamento de cada um trechos com suas condições nos cenários é
destacado no volume R2, capítulos 8 e 9.
Prosa
Os resultados da simulação de diagnóstico do córrego Prosa corroboram os locais
de inundação, conforme informação coletada em campo e no relatório de
“Avaliação das medidas de controle de inundações emergenciais em Campo
Grande” do ano de 2007. Mesmo com a obra de canalização, atualmente em
construção, existem pontos críticos à passagem do escoamento para as cheias
de diagnóstico avaliadas. Colaboram para isso, o grande número de
estrangulamentos causados pelas pontes e mudanças de direção dos condutos,
além da falta de capacidade hidráulica de alguns segmentos do córrego.
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Figura 2.5 – Área impermeável média (%) em cada bairro da cidade de Campo
Grande: Cenário Futuro de Urbanização: Tendencial.
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Figura 2.7 – Perfil longitudinal da linha da água no córrego Anhanduí para TR= 10
anos.
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Segredo
Confluência tributário
margem esquerda
Figura 2.8 – Perfil longitudinal da linha da água no córrego Segredo para TR= 10
anos.
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DIAGNÓSTICO e
PROGNÓSTICO
ESTUDO DE ANÁLISE
ALTERNATIVAS ECONÔMICA
ANTE-PROJETO
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3.3.2 Alternativas
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Alternativa I
A adoção dessa Alternativa I tem implicações particularmente importantes para a
cidade de Campo Grande, pois o Córrego Prosa localiza-se na bacia hidrográfica
do Rio Anhanduí, que também atravessa a mancha urbana.
Assim, o aumento da eficiência hidráulica nas redes de drenagem da bacia do
Córrego Prosa fará com que a vazão e um maior volume de água atinjam a calha
principal do Rio Anhanduí, devido à eliminação dos pontos de alagamento. Assim,
regiões do Rio Anhanduí que não se caracterizavam como locais críticos ao
escoamento podem passar a sofrer os impactos das obras realizadas na bacia do
Córrego Prosa. Portanto, a aplicação da Alternativa I à bacia hidrográfica do
córrego Prosa deve ser seguida de uma análise de seus impactos à bacia do rio
Anhanduí, à jusante.
Sob o ponto de vista econômico, a Alternativa I normalmente é a mais onerosa,
pois o aumento de uma canalização à montante deve ser seguido de posteriores
ampliações à jusante. Ambientalmente essa alternativa também é a menos
sustentável, pois ela transfere o impacto gerado em uma área para outra.
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Alternativa II
A Alternativa II utiliza o conceito de controle do escoamento, com reservatórios,
buscando a não transferência de impactos para jusante, sendo, portanto, mais
sustentável. O uso de reservatórios visa amortecer os hidrogramas afluentes e
absorver os volumes excedentes em diferentes trechos de canais ou galerias.
Nessa segunda alternativa, a ampliação das redes de macrodrenagem é
contemplada, somente quando técnica, ou economicamente, não é viável o uso
de reservatórios.
Os reservatórios de detenção são uma medida estrutural, utilizados para
controlarem o pico das enchentes através do armazenamento de volumes em
áreas devidamente projetadas. Embora com a utilização dos reservatórios, deve-
se considerar que, principalmente os trechos das redes de microdrenagem,
localizados nas regiões de cabeceira das bacias, deverão estar funcionando
adequadamente, de forma a garantir que a água consiga atingir os reservatórios.
Além destes trechos mencionados, trechos à jusante ou à montante dos
reservatórios também foram ampliados, quando necessário.
A Alternativa II, quando comparada à Alternativa I apresenta a grande vantagem
de não transferência de impacto à jusante e, normalmente, menor custo de
implantação associada.
Nesta alternativa foram identificados todos os locais potenciais para controle das
inundações, apresentados a Prefeitura que selecionou os locais que poderiam ser
utilizados e com base nos selecionados foi realizada a otimização de custos desta
alternativa. Na Figura 3.4 são apresentados os locais identificados e os volumes
identificados para o cenário tendencial são apresentados na Tabela 3.2. O custo
total desta alternativa, sem transferência de impacto para jusante é de R$ 42
milhões de reais, menor que o da Alternativa I e não transfere impactos para
jusante.
Na Figura 3.5 pode-se observar os hidrogramas simulados para as duas
alternativas, mostrando que esta segunda alternativa amortece o escoamento,
mantendo dentro das capacidade existentes dos canais atualmente existentes. As
intervenções são essencialmente sobre espaços e volumes ao longo dos locais
de extravazamento.
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6
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3.5 Conclusões
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4 MEDIDAS NÃO-ESTRUTURAIS
As medidas não – estruturais objetivam controlar os potenciais impactos futuros
devido a urbanização e melhorar a gestão da drenagem urbana para atender o
conjunto de medidas estruturais e não-estruturais. Os componentes das medidas
não estruturais são as seguintes:
• Legislação municipal para controle dos impactos devido ao
desenvolvimento sobre o sistema de rios urbanos;
• Gestão municipal para gerenciamento da drenagem urbana e controle dos
impactos
• Programas: estudos e projetos complementares ao plano para
sustentabilidade a gestão da drenagem urbana na cidade.
• Manual de drenagem urbana: O manual tem a finalidade de orientar os
projetistas e a própria Prefeitura dos projetos dentro da cidade.
4.1 Legislação
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Instituições
Agência Reguladora
PLANURB SESOP
SEMADES
Atividades
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Investimentos
4.3 Programas
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dos riscos dos projetos de drenagem urbana. Estes estudos utilizam dos
dados obtidos no programa de monitoramento.
• Recuperação de áreas degradadas – Este programa deve buscar a
recuperação das áreas degradadas na cidade através do planejamento de
ações de mitigação visando a sua eliminação;
• Redução da Contaminação de aqüíferos – identificação das principais
fontes de contaminação dos aqüíferos e desenvolver ações para mitigação
destes impactos.
Os programas dentro deste Plano foram previstos como atividades de médio e
longo prazo necessárias para a melhoria do planejamento da drenagem urbana
cada cidade. A programação destas atividades dependerá da definição da
Prefeitura, mas os programas de Capacitação e Gestão devem ser programados
para iniciar primeiro, seguido do programa de monitoramento, e dos demais. Os
dois últimos programas devem apresentar uma longevidade maior e devem
necessitar de mais recursos.
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5 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
5.1 Conclusões
5.2 Recomendações
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ELABORAÇÃO
Consultoria Ambiental
EcoPrime - Engenharia em Meio
Rhama Consultoria Ambiental Ltda.
Ambiente Ltda; Schettini Engenharia Ltda
CNPJ 05.093.565/0001-84;
CNPJ 08.345.907/0001-02; CNPJ: 37.534.039/0001-07
CREA 132508-RS
CREA 6661-MS CREA: 3865-MS
Rua Lavradio, 150/1
Rua Caixeta, 244 Rua Dr. Paulo Machado, 1092
Bairro Petrópolis- CEP 90.690-370
Vila Carandá Bosque II - CEP 79032-180 Jardim Autonomista - CEP: 79021-300
Porto Alegre-RS
Campo Grande-MS Campo Grande-MS
Fones: (51) 8146-7659 / 8112-7749
Fones: (67) 8146-3770 / (67) 3042-1096 Fone: (67) 3042-0681
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