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de Impactos
Ambientais - AIA tem
por objetivo subsidiar
a elaboração dos
projetos de Requa-
lificação Urbana da
Orla Lagunar de
Maceió, gerando
subsídios técnicos,
do ponto de vista
ambiental, neces-
sários para as
tomadas de decisões
por parte dos
projetistas e dos
PROGRAMA DE REQUALIFICAÇÃO URBANA DA ORLA órgãos de análise.
LAGUNAR DE MACEIÓ (BR – L1430).
Avaliação de Impactos Ambientais - AIA
1
Identificação do Executor
Prefeitura Municipal de Maceió
R. Desembargador Almeida Guimarães, 87, Pajuçara, Maceió/AL CEP: 57030-160
Telefones: 3315-5070/3315-5072
Prefeito Rui Soares Palmeira
Profissão: Advogado
2
CONTROLE DE REVISÕES
3
SUMÁRIO
Sumário ..................................................................................................................................... 4
APRESENTAÇÃO ......................................................................................................................... 9
INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 12
4
Projeto de Abastecimento de Água ....................................................................................... 10
População Estimada no Projeto ..................................................................................................24
Consumo e Vazões Estimadas no Projeto ...................................................................................24
PROJETO DE MACRODRENAGEM .......................................................................................... 26
Concepção Geral do Projeto .......................................................................................................26
Dados, Critérios e Metodologia Adota .......................................................................................27
Dimencionamento e Caracterização do Reservatório de Detenção e Equipamentos
Eletromecânicos ..........................................................................................................................32
PROJETO DE MICRODRENAGEM ........................................................................................... 40
Concepção do Sistema de Microdrenagem ................................................................................40
Microdrenagem das Áreas que Permanecerão Nas Quotas no Bairro do Bom Parto ...............41
Microdrenagem das Áreas dos Conjuntos Habitacionais (1 a 5) ................................................45
Microdrenagem da Via Lagunar..................................................................................................50
PAISAGISMO DAS ÁREAS URBANIZADAS ............................................................................... 55
5
CONSTITUIÇÃO FEDERAL ...................................................................................................... 69
POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE ............................................................................. 71
AVALIAÇÃO DE INTACTOS AMBIENTAIS ................................................................................ 72
LICENCIAMENTO AMBIENTAL ............................................................................................... 75
REGULAÇÃO AMBIENTAL NO ENTORNO DAS ÁGUAS............................................................. 78
LEGISLAÇÃO SOBRE A FAUNA SILVESTRE............................................................................... 83
LIMITAÇÕES AADMINISTRATIVAS AO DIREITO DE PROPRIEDADE E DESAPROPRIAÇÕES ......... 83
COMPENSAÇÃO AMBIENTAL ................................................................................................ 87
ANÁLISE E CONSIDERAÇÕES SOBRE A LEGISLAÇÃO AMBIENTAL ............................................ 88
Breve Histórico ............................................................................................................................89
Proteção ao Patrimônio Arqueológico .......................................................................................93
Proteção às Comunidades Indíginas e Quilombolas ...................................................................96
Investigação de Passivos Ambientais..........................................................................................97
Regulação de Uso do Solo ...........................................................................................................98
PARECER DA VIABILIDADE JURÍDICA ..................................................................................... 98
6
Área de Influência Direta e Diretamente Afetada (AID e ADA) ................................................212
Fauna .........................................................................................................................................250
Diagnóstico Ambiental do Meio Socioeconômico (Meio Antrópico)..................................... 284
Apresentação ............................................................................................................................284
Contextualização .......................................................................................................................284
Principais Características Sociais e Econômicas do Município .................................................291
Características Socioeconômicas da População Afetada..........................................................313
Plano de Reassentamento Involuntário (PRI) – Documento Completo Incluso no TOMO II –
Volume 2 ...................................................................................................................................325
7
Programa de Saúde dos Colaboradores e Comunidades Envolvidas .......................................548
Programa de Controle de Ruídos e Emissões Atmósféricas .....................................................552
Programa de Monitoramento de Supressão Vegetal ...............................................................557
Programa de Monitoramento das Águas Superficiais ..............................................................561
Programa de Recuperação de Área Degradada........................................................................567
QUADRO RESUMO DOS PROGRAMAS AMBIENTAIS ............................................................ 652
8
APRESENTAÇÃO
Entre as décadas 1960 e 1980, o Brasil se deparou com o inchamento das suas cidades
com a intensificação do êxodo rural e a consequente queda na qualidade de vida dos
indivíduos que residiam nesses locais. Segundo estudos publicados pela Embrapa
(Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), o êxodo rural, nas duas primeiras
décadas citadas, contribuiu com quase 20% de toda a urbanização do país, passando
para 3,5% entre os anos 2000 e 2010. Nesse contexto, formaram-se os maiores
problemas vivenciados pelas grandes metrópoles brasileiras. A invasão de áreas
protegidas, a ausência de planejamento e a precariedade das habitações - retratos da
realidade dos municípios populosos do Brasil.
9
A ocupação irregular das APPs é resultante do crescimento acelerado e desordenado das
cidades. No que diz respeito ao manguezal, que existia outrora na área ocupada, é
importante observar que, no Brasil, essa ocupação danosa é mais flagrante por suas
consequências. Como a previsão das ocorrências é muito complexa, elas são atribuídas,
na maioria das vezes, a desastres naturais, num cômodo alinhamento com as enchentes,
chuvas, e etc., não associando a relação que esses processos têm com as condições de
vidas humanas que se estabelecem nesses espaços.
Diante dos problemas identificados na área do programa, medidas deverão ser adotadas
para mitigá-los, tais como a atuação do Estado nas áreas de segurança pública,
saneamento básico, habitação, planejamento urbano, planejamento social e ambiental.
Algumas das ações são: transferência dos moradores que vivem em condições sub-
humanas para unidades multifamiliares; planejamento de vias locais; construção de áreas
de lazer, centro de saúde, comércio e rede de tratamento do esgoto, além de drenagem,
transporte público eficiente e desenvolvimento de políticas que contribuam para a
melhoria da qualidade de vida das pessoas que vivem na comunidade da área do
programa.
10
A correção de erros cometidos no passado pelo não planejamento do uso e ocupação do
solo é uma tarefa difícil e de longo prazo, mas deve ser o primeiro objetivo do Estado em
todas as esferas, seja Federal, Municipal ou Estadual, independentemente da corrente
política que esteja no poder. Para isso, é necessário que haja integração entre as
dimensões econômicas e sociais na criação de novas estratégias, visando a um melhor
planejamento das cidades. Dentro dessas considerações, precisamos buscar com esse
programa a melhor qualidade de vida de todos os cidadãos que fazem parte da
comunidade do Bom Parto e que não estão vivendo hoje em condições que lhe tragam
dignidade, saúde e bem-estar.
11
INTRODUÇÃO
A delimitação das áreas de influência, que são as áreas onde são esperados os impactos
(positivos e negativos), mediante a instalação de um determinado empreendimento, é o
ponto de partida para a elaboração do Estudo de Avaliação de Impacto Ambiental (AIA).
Segundo o Ministério Público Federal (2004 e 2007), a área de influência deverá ser
delimitada para cada fator do ambiente natural e para os componentes culturais,
econômicos, sociais e políticos, devendo ser apresentados e justificados os critérios
utilizados em sua definição.
Vale ressaltar que o AIA também integra as políticas e diretrizes ambientais do Banco
Interamericano de Desenvolvimento (OP-703/79 e GN-2208-4). Buscando adequação,
utilizamos o Termo de Referência do PROGRAMA DE REQUALIFICAÇÃO URBANA DA
ORLA LAGUNAR DE MACEIÓ (BR – L1430).
12
CAPÍTULO 1 – DESCRIÇÃO DO EMPREENDIMENTO
CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES
13
No tocante ao reassentamento necessário para a abertura de frentes para a implantação
do Programa, o censo realizado em 2017 nas áreas de remoções, identificou um total
2.487 imóveis diretamente atingidos, onde residem 2.272 famílias, sendo 429 famílias
ocupando esses imóveis na condição de inquilinas.
USO QTD %
RESIDENCIAL 2220 90
COMERCIAL 38 1
MISTO (Res/Com) 52 2
TERRENO 177 7
TOTAL 2487 100
SITUAÇÃO QTD %
PROPRIETÁRIO 1871 79
ALUGADO 429 15
CEDIDO 10 0
TERRENO SEM MORADOS 177 6
TOTAL 2487 100
14
EQUIPAMENTOS COMUNITÁRIOS
Escolas
15
Creches
16
Os edifícios de educação infantil projetados são térreos com cerca de 4,40m de altura,
29,00 m de largura e 43,40m de comprimento, que estão inseridos nos miolos de quadra
das áreas reurbanizadas em posições estratégicas em relação aos edifícios habitacionais
e arruamentos do entorno.
O projeto é constituído por: sala dos professores, sala multiuso, salas de aula, berçário,
fraldário, lactários, higienização, rouparia, vestiários, lavanderia, despensa copa cozinha,
almoxarifado, sanitários, solário, pátios (coberto e descoberto), refeitório, área para
secagem de roupas e acesso principal e de serviços.
17
Centro Comunitário
18
O edifício do Centro Comunitário foi concebido com o objetivo de prover infraestrutura e
de abrigar atividades e reuniões promovidas pela comunidade local. Trata-se de um
pequeno edifício térreo com 1 auditório, 2 salas multiuso, 1 escritório/sala de reunião,
refeitório, cozinha, sanitários e um pátio coberto.
19
20
Campo de Futebol
Em área pouco superior a 6.000 m², o campo já existente, espaço idolatrado, como de
praxe, em todo o país, situado à margem da futura Via Lagunar, aproximadamente a meia
distância do eixo longitudinal do bairro.
O campo de futebol será reconstruído acima da laje do piscinão semienterrado e, com
isso, não poderá ser considerado como área permeável. Sendo assim, decidiu-se que tal
equipamento de lazer seria pavimentado com grama sintética, garantindo assim um
menor custo-benefício na sua manutenção ao longo do tempo.
21
Situação Atual
22
Situação Projetada
Situação Projetada
23
Situação Projetada
O Edifício de Apoio foi concebido com o objetivo de abrigar as seguintes estruturas: sala
de controle da sala de bombas do piscinão, bebedouros de apoio ao campo de futebol,
posto policial, sala multiuso e sanitários. Ele foi estrategicamente locado junto ao campo
e ao piscinão uma vez que suas funções estão diretamente ligadas.
Situação Projetada
24
Situação Projetada
Situação Projetada
Parque Lagunar
O Parque Lagunar, com 9.000m2e cerca de 1.000m de extensão, terá duas áreas de
recreação e lazer com equipamentos de exercícios físicos, deck e solarium (Figura No 3).
25
Ao longo do Parque Lagunar, para caminhadas, contemplação da paisagem e acesso aos
Parques de Recreação e Lazer será implantada uma passarela suspensa de 2,5m de
largura
26
27
PROJETO DE URBANIZAÇÃO DA ÁREA 1
A chamada “Área 1” foi alocada em um grande terreno industrial (de cerca de 17.700 m²)
ocupado predominantemente pela Salgema Industrias Químicas S/A e habitado apenas
por 2 famílias. Um grande número de unidades habitacionais será alocado nesta área,
minimizando assim os impactos sociais da realocação de famílias para fora do bairro
nesta fase inicial.
O terreno é cortado por uma importante linha de drenagem que concentra e organiza o
escoamento de águas tanto da parte baixa quanto da alta de trechos da cidade no
entorno. Dentro da “Área 1” esta linha de drenagem é materializada como um canal a
céu aberto com generosas margens de vegetação. Assim, esta linha de infraestrutura
passa a ser incorporada urbanisticamente como um qualificador positivo do espaço
urbano, ao invés de passar despercebido ou até impactar negativamente no entorno
onde foi inserido sem o devido cuidado.
28
No terreno serão implantados 18 dos edifícios habitacionais (com ou sem térreos
comerciais) totalizando 340 novas moradias, 1 escola de educação infantil além de
pequenas construções de apoio, tais como reservatórios de água e gás.
A tabela abaixo resume o número de edifícios residenciais por tipo na “área 1”:
TIPO DE EDIFÍCIO
CÓDIGO DO TIPO D
TIPO C
EDIFÍCIO TIPO A TIPO B (Habitação
(Habitação +
(Habitação) (Comércio) Acessível +
Comércio)
Comércio)
1.1 X
1.2 X
1.3 X
1.4 X
1.5 X
1.6 X
1.7 X
1.8 X
29
1.9 X
1.10 X
1.11 X
1.12 X
1.13 X
1.14 X
1.15 X
1.16 X
1.17 X
1.18 X
TOTAL POR
10 2 6
TIPO
TOTAL 18
30
TOTAL DE HABITAÇÕES
TOTAL DE
NOVAS NOVAS COMÉRCIOS
HABITAÇÕES
HABITAÇÕES ACESSÍVEIS
328 12 340 20
Foram criados generosos canteiros para plantio de vegetação junto aos edifícios de
habitação fazendo com que 23% do terreno seja 100% permeável. Tais canteiros
distanciam a circulação de pedestres das janelas e elementos vazados da fachada dos
edifícios, dando assim privacidade às unidades localizadas nos pavimentos mais baixos.
Os abrigos para cilindros de gás foram estrategicamente locados junto às vias por onde
os caminhões abastecedores pudessem acessá-los. São pequenas construções de
alvenaria e concreto (de aproximadamente 4 metros de largura, 3 metros de
comprimento e 3 de altura) fechadas com portas em gradis, mantendo assim uma
ventilação permanente. Com isso, 3 abrigos com suas respectivas baias de
estacionamento foram locados em 3 dos 4 vértices do terreno. Maiores informações
sobre o sistema e sua distribuição estão descritas no memorial específico.
Todos os pavimentos das calçadas e passeios de pedestres nas bordas e miolos das
quadras serão executados com blocos de concreto intertravado 20x10x10 cm rejuntados
com areia. Com isso, mesmo fora dos canteiros, algum grau de permeabilidade estará
garantido.
Com o objetivo de assegurar a estrutura das vias por onde circulam veículos leves e,
eventualmente, veículos pesados, o bolsão de estacionamento será pavimentado com
paralelepípedos rejuntados com cimento.
31
PROJETO DE URBANIZAÇÃO DA ÁREA 2
Com cerca de 15.000 m² a chamada “Área 2” foi projetada próxima à estação Bom Parto
e junto à Avenida Francisco de Meneses. É composta de um quarteirão de
aproximadamente 100m x 100m junto à avenida, um terreno de aproximadamente 700
m² junto à nova Via Lagunar e uma ligação entre esses 2 terrenos.
O quarteirão de 100m x 100m é definido pela Rua do Campo a sudoeste, pela Avenida
Francisco de Meneses a noroeste e pela Rua Francisco no sudeste. A face sudoeste
atualmente é definida apenas parcialmente por uma viela sem nome. Assim, tal viela foi
alargada e continuada até se unir à Rua Francisco. O ponto mais alto deste terreno se
localiza na esquina norte e será mantido na cota + 3,77 m.
Este terreno é circundado por ruas existentes que serão mantidas e, portanto, as
calçadas deste novo quarteirão acompanharão o relevo original. O ponto mais baixo está
na esquina sul, localizada na cota + 1,58 m. Neste ponto, o lote foi alteado cerca de 1
metro, ficando na cota + 2,60 m. A mesma ação foi adotada na esquina leste do lote que,
com o alteamento de cerca de 0,60 m, foi elevado à cota 2,37 m. Com isso, as águas
pluviais superficiais e enterradas podem ser naturalmente direcionadas para a esquina
sul do terreno e, posteriormente, para o canal novo de drenagem, sem passar portanto
pelo sistema de bombeamento do reservatório de detenção de águas (“piscinão”). Além
disso, o local fica totalmente protegido das cheias e marés.
As unidades comerciais propostas concentram-se nos térreos dos edifícios junto a 2 vias
carroçáveis mais movimentadas: a Av. Francisco de Meneses e a Rua São Francisco. A
32
quadra poliesportiva foi alocada estrategicamente no centro do terreno, longe do
movimento dos automóveis.
A tabela abaixo resume o número de edifícios residenciais por tipo na “área 2”.
TIPO DE EDIFÍCIO
2.1 X
2.2 X
2.3 X
2.4 X
2.5 X
2.6 X
2.7 X
33
2.8 X
2.9 X
2.10 X
2.11 X
2.12 X
TOTAL 12
Os abrigos para cilindros de gás foram estrategicamente locados junto às vias por onde
os caminhões abastecedores pudessem acessá-los. São pequenas construções de
alvenaria e concreto (de aproximadamente 4 metros de largura, 3 metros de
comprimento e 3 de altura) fechadas com portas em gradis, mantendo assim uma
ventilação permanente. Com isso, 3 abrigos com suas respectivas baias de
estacionamento de caminhões foram locados em 3 pontos do terreno. Maiores
informações sobre o sistema e sua distribuição estão descritas no memorial específico.
A ligação entre as 2 áreas foi projetada a partir do alargamento da calha da Rua São
Francisco desde a Av. Francisco de Meneses até a nova Via Lagunar e da criação de
uma importante linha de drenagem que concentra e organiza o escoamento de águas
34
tanto da parte baixa quanto da alta de trechos da cidade no entorno até a Lagoa do
Mundaú. Dentro da “Área 2” esta linha de drenagem é materializada como um canal a
céu aberto com generosas margens de vegetação. Assim esta infraestrutura passa a ser
incorporada urbanisticamente como um qualificador positivo do espaço urbano, ao invés
de passar despercebido ou até impactar negativamente no entorno onde inserido sem o
devido cuidado.
A Rua Francisco de Meneses não se conecta à nova Via Lagunar já que uma rotatória de
retorno foi inserida antes do cruzamento dessas vias. Tal atitude atende às diretrizes do
estudo de tráfego de veículos.
No trecho final da nova via alargada foi criado um pequeno terreno delimitado pelas ruas
Vilela, Via Lagunar e uma via sem nome. Ele foi alocado na cota + 2,10 m, em nível com
a nova Via Lagunar. Com isso, o sistema de drenagem direciona as águas para a Lagoa
Mundaú sem passar pelo sistema do piscinão e fica totalmente protegido das cheias e
marés. Neste terreno, foi implantado um edifício de habitação com térreo comercial.
Foram criados canteiros para plantio de vegetação junto aos edifícios de habitação
fazendo com que, na totalidade dos lotes da “Área 2”, 20% do terreno sejam 100%
permeáveis. Tais canteiros distanciam a circulação de pedestres das janelas e elementos
vazados da fachada dos edifícios, dando assim privacidade às unidades localizadas nos
pavimentos mais baixos.
HABITAÇÕES
HABITAÇÕES TOTAL DE
NOVAS COMÉRCIOS
NOVAS HABITAÇÕES
ACESSÍVEIS
220 8 228 12
Com cerca de 14.500 m² a chamada “Área 3” foi projetada próxima à estação Bom Parto
e junto à Avenida Francisco de Meneses. Ela ocupa o miolo de um grande quarteirão
35
entremeado por vielas e construções precárias que fica entre a Rua Dr. Luís Eugênio e
Rua São Sebastião. A chamada “área 4” faz parte da intervenção neste mesmo
quarteirão, mas, por uma questão de faseamento das obras e desapropriações, foi
separada da “área 3”.
A nova área a ser urbanizada nesta fase é definida pelo fundo dos lotes localizados nas
ruas Dr. Luiz Eugênio e São Sebastião. Esta faixa irregular se estende desde a Av.
Francisco de Meneses até o alinhamento aproximado da rua dr. Leite Jr.
O terreno tem uma suave declividade que desce cerca de 70 centímetros desde sua face
mais elevada junto à avenida (na cota + 3,50 m) até o miolo da quadra no alinhamento
da rua Dr. Leite Jr. Não foram necessários aterros significativos nesta área a fim de
garantir que as águas pluviais superficiais e enterradas fossem naturalmente
direcionadas para a Lagoa do Mundaú e sem passar, portanto, pelo sistema de
bombeamento do reservatório de detenção de águas (“piscinão”). Além disso, o local
naturalmente já estava protegido das cheias e marés.
Neste novo quarteirão foram implantados 14 edifícios de habitação (com e sem térreos
comerciais), além de pequenas construções de apoio, tais como reservatórios de água e
gás. As unidades comerciais propostas concentram-se nos térreos dos edifícios
implantados ao longo do boulevard.
A tabela abaixo resume o número de edifícios residenciais por tipo na “área 3”:
36
TIPO D
TIPO C
TIPO A TIPO B (Habitação
(Habitação +
(Habitação) (Comércio) Acessível +
Comércio)
Comércio)
3.1 X
3.2 X
3.3 X
3.4 X
3.5 X
3.6 X
3.7 X
3.8 X
3.9 X
3.10 X
3.11 X
3.12 X
3.13 X
3.14 X
TOTAL 14
Os abrigos para cilindros de gás foram estrategicamente locados junto às vias por onde
os caminhões abastecedores pudessem acessá-los. São pequenas construções de
alvenaria e concreto (de aproximadamente 4 metros de largura, 3 metros de
comprimento e 3 de altura) fechadas com portas em gradis, mantendo assim uma
37
ventilação permanente. Com isso, 3 abrigos com suas respectivas baias de
estacionamento de caminhões foram locados em 3 pontos do terreno. Maiores
informações sobre o sistema e sua distribuição estão descritas no memorial específico.
Foram criados grandes canteiros para plantio de vegetação junto aos edifícios de
habitação fazendo com que 23% do terreno sejam 100% permeável. Tais canteiros
distanciam a circulação de pedestres das janelas e elementos vazados da fachada dos
edifícios, dando assim privacidade às unidades localizadas nos pavimentos mais baixos.
HABITAÇÕES
HABITAÇÕES TOTAL DE
NOVAS COMÉRCIOS
NOVAS HABITAÇÕES
ACESSÍVEIS
260 10 270 10
O terreno tem uma suave declividade que desce cerca de 70 centímetros desde sua face
mais elevada junto à área 3 (na cota + 2,70 m) até o grande calçadão da nova Via
Lagunar na cota + 2,00 m. Para atingir a cota desta via um grande trecho da área foi
38
aterrada de 1,70 m a 1,00 m e, com isso, foi possível garantir que as águas pluviais
superficiais e enterradas fossem naturalmente direcionadas para a Lagoa do Mundaú e
sem passar, portanto, pelo sistema de bombeamento do reservatório de detenção de
águas (“piscinão”). Além disso, o local passou a ser protegido das cheias e marés.
Na extremidade sudoeste da área, num quarteirão formado pelas ruas Dr. Luís Zagalo,
Dr. Leite Jr e Travessa Dr. Leite Jr., atualmente existe um campo de futebol de terra
batida. Este local foi escolhido para a construção de um grande reservatório de detenção
de águas pluviais (“piscinão). O campo de futebol será reconstruído acima da laje do
piscinão semienterrado e, com isso, não poderá ser considerado como área permeável.
Sendo assim, decidiu-se que tal equipamento de lazer seria pavimentado com grama
sintética, garantindo assim um menor custo-benefício na sua manutenção ao longo do
tempo.
Ainda próximo a esta área central do bairro, junto a uma nova praça rebaixada, foi
implantado um centro comunitário. Este pequeno edifício térreo provê infraestrutura para
atividades de interesse da comunidade do bairro.
Foi também implantado nesta área um edifício de educação infantil. Ele foi
estrategicamente locado numa parte central do terreno, no miolo desta grande quadra,
longe dos ruídos e perigos associados à circulação de automóveis.
39
Assim, nesta nova área foram implantados 35 edifícios de habitação (com e sem térreos
comerciais),1 escola de educação infantil, 1 centro comunitário, 1 edifício de apoio, 3
quadras poliesportivas, além de pequenas construções de apoio, tais como reservatórios
de água e gás. As unidades comerciais propostas concentram-se nos térreos dos
edifícios implantados ao longo do boulevard, da Via Lagunar e da Rua São Sebastião.
A tabela abaixo resume o número de edifícios residenciais por tipo na “área 4”:
TIPO DE EDIFÍCIO
CÓDIGO DO TIPO D
TIPO C
EDIFÍCIO TIPO A TIPO B (Habitação
(Habitação +
(Habitação) (Comércio) Acessível +
Comércio)
Comércio)
4.1 X
4.2 X
4.3 X
4.4 X
4.5 X
4.6 X
4.7 X
4.8 X
40
4.9 X
4.10 X
4.11 X
4.12 X
4.13 X
4.14 X
4.15 X
4.16 X
4.17 X
4.18 X
4.19 X
4.20 X
4.21 X
4.22 X
4.23 X
4.24 X
4.25 X
4.26 X
4.27 X
4.28 X
4.29 X
4.30 X
4.31 X
4.32 X
4.33 X
4.34 X
4.35 X
TOTAL POR
16 4 5 10
TIPO
TOTAL 35
41
Dois grandes bolsões de estacionamento foram criados permeando o terreno. O bolsão
mais a leste possui 30 vagas e é contínuo ao bolsão localizado na “área 3” e, portanto, é
acessado pela Rua São Sebastião em 2 pontos. O segundo bolsão fica a oeste do
terreno, com 54 vagas, e pode ser acessado pela Rua Vilela e pela Rua Dr. Leite
Jr.Bicicletários foram também dispersados ao longo do terreno criando 182 vagas para
bicicletas.
Os abrigos para cilindros de gás foram estrategicamente locados junto às vias por onde
os caminhões abastecedores pudessem acessá-los. São pequenas construções de
alvenaria e concreto (de aproximadamente 4 metros de largura, 3 metros de
comprimento e 3 de altura) fechadas com portas em gradis, mantendo assim uma
ventilação permanente. Com isso, 3 abrigos com suas respectivas baias de
estacionamento de caminhões foram locados em 3 pontos do terreno. Maiores
informações sobre o sistema e sua distribuição estão descritas no memorial específico.
Os reservatórios de água foram projetados em anéis pré-moldados de concreto
sobrepostos até uma altura de aproximadamente 10 m. Foram distribuídos de forma a
não obstruir ou interferir significativamente nas aberturas e janelas dos apartamentos.
Foram criados grandes canteiros para plantio de vegetação junto aos edifícios de
habitação fazendo com que 15% do terreno sejam 100% permeáveis. Tais canteiros
distanciam a circulação de pedestres das janelas e elementos vazados da fachada dos
edifícios, dando assim privacidade às unidades localizadas nos pavimentos mais baixos.
A tabela abaixo resume os números de unidades implantadas na “área 4”:
HABITAÇÕES
HABITAÇÕES TOTAL DE
NOVAS COMÉRCIOS
NOVAS HABITAÇÕES
ACESSÍVEIS
634 20 654 46
42
PROJETO DE URBANIZAÇÃO DA ÁREA 5
Com cerca de 15.700 m² a chamada “Área 5” será a última área a ser implantada no
projeto de reurbanização. Foi projetada preponderantemente ao longo da nova Via
Lagunar num trecho que vai desde a Rua São Sebastião até a Rua Nova.
O terreno original foi aterrado cerca de 1,00 m a fim de elevá-lo até próximo à cota +2,00
m da nova Via Lagunar. A nova configuração é praticamente plana com pequenas
variações que visam principalmente ao escoamento das águas pluviais de superfície em
direção à Lagoa. Assim foi possível garantir que as águas pluviais não passassem pelo
sistema de bombeamento do reservatório de detenção de águas (“piscinão”). Além disso,
o local passou a ser protegido das cheias e marés.
Nesta nova área foram implantados 16 edifícios de habitação (com e sem térreos
comerciais), 1 escola de educação infantil, além de pequenas construções de apoio, tais
como reservatórios de água e gás. As unidades comerciais propostas concentram-se nos
térreos dos edifícios implantados ao longo da Via Lagunar, Rua São Sebastião e Rua
Nova.
A tabela abaixo resume o número de edifícios residenciais por tipo na “área 4”:
43
TIPO DE EDIFÍCIO
CÓDIGO DO TIPO D
TIPO C
EDIFÍCIO TIPO A TIPO B (Habitação
(Habitação +
(Habitação) (Comércio) Acessível +
Comércio)
Comércio)
5.1 X
5.2 X
5.3 X
5.4 X
5.5 X
5.6 X
5.7 X
5.8 X
5.9 X
5.10 X
5.11 X
5.12 X
5.13 X
5.14 X
5.15 X
5.16 X
TOTAL POR
3 1 6 6
TIPO
TOTAL 16
Um bolsão de estacionamento foi criado junto ao limite leste do terreno, ligando as ruas
São Sebastião e Nova. Juntamente com outro pequeno bolsão próximo à Rua Brejal, a
“área 5” conta com 49 vagas para automóveis. Bicicletários foram também dispersados
ao longo do terreno, criando 102 vagas para bicicletas.
44
Os abrigos para cilindros de gás foram estrategicamente locados junto aos acessos dos
bolsões de estacionamento, onde os caminhões abastecedores pudessem acessá-los.
São pequenas construções de alvenaria e concreto fechadas com portas em gradis,
mantendo assim uma ventilação permanente. Com isso, abrigos com suas respectivas
baias de estacionamento de caminhões foram locados em 3 pontos do terreno. Maiores
informações sobre o sistema e sua distribuição estão descritas no memorial específico.
Foram criados grandes canteiros para plantio de vegetação junto aos edifícios de
habitação fazendo com que 15% do terreno sejam 100% permeáveis. Tais canteiros
distanciam a circulação de pedestres das janelas e elementos vazados da fachada dos
edifícios, dando assim privacidade às unidades localizadas nos pavimentos mais baixos.
HABITAÇÕES
HABITAÇÕES TOTAL DE
NOVAS COMÉRCIOS
NOVAS HABITAÇÕES
ACESSÍVEIS
280 12 292 28
O Projeto inicia próximo ao canal da Levada e concorda com a Av. Major Cícero de Góes
Monteiro, no bairro do Pinheiro. O percurso projetado traz melhorias à população dos
bairros próximos à Lagoa Mundaú (Bom Parto, Pinheiro, Chã de Bebedouro, Chã da
Jaqueira).
45
A Via Lagunar foi concebida em duas etapas, sendo a primeira com extensão aproximada
de 1.700m, construída sob aterro, com uma faixa de rolamento por sentido, e na segunda
etapa será implantada mais uma faixa de rolamento por sentido no trecho acima e será
ampliada a extensão total da via com a implantação de duas faixas por sentido em
continuação à primeira etapa, adicionando mais de 290m de extensão sobaterro e
1.425,00m sobestrutura. O trecho concebido com solução em estrutura são aqueles a
serem implantados sobre mangue e têm por objetivo permitir o fluxo de água em ambos
os lados da estrutura, mantendo desta forma as condições atuais do mangue, não
interferindo no seu desenvolvimento e na hidrodinâmica da laguna.
46
Imagem Satélite do Trecho estudado
A necessidade de projetar uma nova via na Cidade de Maceió é devido ao alto volume de
veículos, que circula pelas avenidas Major Cícero de Góes Monteiro e General Hermes
indo em direção ao centro da cidade no período matinal e retornando no final do dia,
gerando demorados congestionamentos nos períodos de pico, período da manhã e
período da tarde.
Devido ao grande transtorno, a Prefeitura estudou e concluiu que a melhor solução para a
região é a construção de uma via (Via Lagunar), entre a Lagoa Mundaú e o bairro do Bom
Parto, possibilitando a requalificação do bairro do Bom Parto e a redução das invasões na
47
área da Lagoa. Este bairro se desenvolveu de forma irregular, sem saneamento básico e
com um grande número de pessoas morando em palafitas.
A Via Lagunar trará melhor viabilidade ao tráfego, e tem característica de uma “via
expressa”, seguindo as premissas da Prefeitura. Esta via foi projetada com curvas e
traçado vertical, que permite velocidade operacional de 50 Km/h.
A seção tipo da pista apresenta passeio de 2,00 m, guia de 0,45 m, pistas duplas, sendo
duas faixas de 3,50 m sentido Bairro x Centro, um canteiro central de 2,00 m, duas faixas
de 3,50 m sentido Centro x Bairro, guia de 0,45 m, passeio de 2,50 m, refúgio de 1,00 m,
ciclovia de 2,50 m e passeio de 4,00 m.
48
Fonte: Seção Típica da Via Lagunar
A seção tipo da pista apresenta passeio de 2,00 m, guia de 0,45 m, pistas duplas, sendo
duas faixas de 3,50 m sentido Bairro x Centro, um canteiro central de 2,00 m, duas faixas
de 3,50 m sentido Centro x Bairro, guia de 0,45 m, passeio de 2,50 m, refúgio de 1,00 m e
ciclovia de 2,50 m.
49
50
ÁREA DE EMPRÉSTIMO
O acesso à área é feito por dentro da cidade de Maceió, pelas ruas Dr. Passos de
Miranda; Av. Fernandes de Lima; Av. Rotary; Av. Márcio Canuto; Av. Josefa de Melo; e
Av. Comendador Gustavo Paiva com uma distância média de transporte (DMT) de 10,1
km.
51
Acesso à área de empréstimo
A estimativa do volume de empréstimo foi feita a partir da área do local, prevendo uma
escavação de até 5m de altura.
67.714,41m³
ANECESSÁRIA 13.542,88m²
5,0m
52
Vista aérea do local
A Orla Lagunar de Maceió situa-se na baixada litorânea lagunar, no extremo sul da área
urbana da cidade, em estreita faixa de terra entre o Oceano Atlântico e a Lagoa Mundaú.
Possui cerca de 24 km de extensão, percorrendo dez dos cinquenta bairros da cidade,
indo do Bairro do Pontal da Barra até o Bairro de Rio Novo. A área de intervenção,
portanto, está situada nas proximidades de um dos ecossistemas mais importantes de
Alagoas, que por sua vez vem sofrendo grandes impactos decorrentes da ação antrópica.
A Lagoa Mundaú possui cerca de 27 km² e profundidade que varia de 2 a 7 metros, sendo
receptora do Rio Mundaú. A bacia de drenagem é de 4.126km² e o clima predominante é
53
o semiárido quente, com chuvas no inverno. A temperatura média anual é superior aos
18°.
A bacia do Rio Mundaú vem sofrendo, desde o início do desenvolvimento da região, uma
intensiva ação antrópica que tem implicado em importantes mudanças no meio ambiente:
as florestas que ocupavam a área foram sendo substituídas pelas plantações de cana-de-
açúcar e pastagens, mesmo em áreas onde a preservação da floresta nativa seria
fundamental, como também nas encostas que margeiam os rios. Nas áreas urbanas, a
cobertura vegetal deu lugar às construções e os corpos d´água passaram a ser
receptores dos efluentes urbanos.
Ao recortar o Mapa abaixo elaborado pela ANA (2006), podemos identificar questões
ambientais e de infraestrutura bastante importantes para compreensão da situação na
área que sofrerá a primeira etapa de intervenção. Através do mapa podemos identificar
num primeiro momento alguns elementos que compõem a infraestrutura urbana do lugar,
como a malha urbana, a ferrovia que corta o trecho, a subestação de energia localizada
no bairro do Mutange e os hospitais localizados entre os bairros do Bebedouro e do
Mutange. Podemos notar ainda que nos bairros do Bebedouro e Mutange há uma área de
manguezal e que nos bairros do Bom Parto e Levada a rede de drenagem urbana é
compartilhada com a rede de esgoto. Há na região do Bebedouro uma área sujeita à
erosão, que corresponde à Encosta do Tabuleiro. Por fim, é importante atentar também
para o fato de que praticamente toda a Orla Lagunar está sujeita a riscos de inundações e
enchentes.
54
Recorte do Mapa de Áreas de Risco em Maceió com influência na Lagoa Mundaú, para
detalhamento da situação na área de intervenção (Fonte: ANA, 2006, p. 18).
Com relação ao esgotamento sanitário, temos que apenas 20% dos domicílios da Orla
Lagunar declararam estar ligados à rede. Segundo Melo (2010) o sistema coletor de
Maceió atende apenas à área central (Centro, Jaraguá, Farol, Trapiche da Barra, Levada,
55
Bom Parto e Ponta Grossa), a planície costeira (Pajuçara, Ponta Verde e Jatiúca) e
pequena parcela do Tabuleiro (Benedito Bentes). Sendo assim, o mais provável é que os
outros bairros utilizem as ligações de drenagem pluvial para conectar as ligações de
esgotamento sanitário, o que significa uma sobrecarga na rede de drenagem pluvial, que
pode trazer grandes prejuízos ambientais e econômicos, além de prejudicar a
infraestrutura urbana existente no município, onerando futuramente os cofres públicos.
É importante salientar também que, de acordo com o Gráfico a seguir elaborado por Melo
(2010), a maior parte das residências presentes nos 10 bairros da Orla Lagunar utiliza
soluções individuais de esgotamento sanitário, como a fossa rudimentar ou negra
(35,7%), que conduz os resíduos para o lençol freático, e a fossa séptica (27,8%), que
quando adequada utiliza um filtro anaeróbio capaz de depurar o efluente e reduzir o
impacto ambiental. Porém, é importante salientar que, quando não há manutenção
adequada da fossa séptica, seu funcionamento pode se assemelhar muito a uma fossa
negra.
56
seguir podemos notar que o bairro do Bom Parto é responsável por 41% dos despejos de
esgoto em local inapropriado, o que pode ser devido a este bairro ter uma das maiores
densidades demográficas da região. Em seguida aparece o bairro de Fernão Velho com
15% e o bairro do Bebedouro, que faz parte do primeiro trecho de intervenção aqui
proposto, com 13%. Ainda destacando os bairros da área de intervenção, temos que 2%
dos domicílios do bairro da Levada e nenhum domicílio do bairro do Mutange realizam
despejo no corpo d‟água.
Onde se localizam os bairros que despejam esgoto diretamente nos canais e na Lagoa
Mundaú
É importante destacar também que 17% dos domicílios sem banheiro ou sanitário
localizam-se no bairro do Bom Parto, 7% no bairro da Levada, 3% no bairro do Bebedouro
e nenhum no bairro do Mutange, conforme pode ser observado no Gráfico a seguir.
Somados os percentuais, temos que 27% dos domicílios situados na área de intervenção
não possuem banheiro ou sanitário.
57
Onde se localizam os domicílios sem banheiro e/ou sanitário:
1) Área 1
58
2) Área 2
3) Área 3
a. Creche
4) Área 4
a. CRAS/CREAS+Creche;
b. Galpão comunitário;
59
g. Vagas para automóveis 84;
5) Área 5
a. Museu Lagunar;
6) Piscinão;
8) Implantação de uma Via Lagunar que irá fazer a conexão da Av. Senador Rui
Palmeira até a Av. Marechal Hermes
60
61
7
ÁREA ÁREA
SUB-BACIA ESTÁGIO SUB-BACIA ESTÁGIO
(ha) (ha)
7
8
Conforme analisado na planta geral com a concepção do sistema, é verificado que a EEE-
12, localizado no bairro do Bom Parto, recebe contribuições das Sub-Bacias SBSO-15C,
SBSO-15B, SBSO-15A, SBSO-14 e SBSO13, assim como recebe contribuições de parte
de sua própria bacia (SBSO-12). Desta elevatória parte uma linha de recalque com
lançamento na EEE-C, sendo que há indícios desta já ser existente.
A SBSO-11 já possui projeto executivo da rede de esgoto a ser executado, sendo que só
as propriedades entre a Av. Senador Rui Palmeira e a Lagoa Mundaú não possuem rede
de esgotamento sanitário.
Conforme citado anteriormente, a Via Lagunar segue por trechos das Sub-Bacias SBSO-
15, SBSO-14, SBSO-12 e SBSO-11, porém só há grandes alterações do cenário atual na
SBSO-12, que corresponde ao bairro de Bom Parto.
Nos outros bairros as intervenções são mínimas na reurbanização e não alteram o quadro
em que foi desenvolvida a concepção anterior do projeto. Sendo assim, este projeto tem
como foco a adequação do Sistema de Esgotamento do bairro do Bom Parto.
8
9
Na região no bairro da Levada, no trecho situado entre a Av. Senador Rui Palmeira e a
Lagoa Mundaú, onde será estabelecida uma rotatória para ligação entre as vias
existentes, deverá ser promovido o esgotamento das edificações que não forem
desapropriadas. Neste trecho, não foi considerado no projeto elaborado pela CASAL a
rede de esgotamento sanitário.
Nesta alternativa propõem-se isolar o bairro do Bom Parto de maneira que seu
esgotamento possa ser feito de forma independente da expansão da CASAL.
Devido à reurbanização do local, será necessário alterar o local da EEE-12, pois a mesma
se encontra em local destinado a implantação dos equipamentos urbanos do parque
linear. Sendo assim, propõe-se que esta elevatória seja realocada em terreno vago na
esquina da Av. Francisco de Menezes e Travessa Senador Herner, contudo a EEE-12
deixará de fazer o esgotamento do bairro do Bom Parto e se tornará apenas um ponto de
passagem para recalque e esgotamento das Sub-Bacias SBSO-15C, SBSO-15B, SBSO-
15A, SBSO-14 e SBSO13, a ser executado conforme plano de expansão da CASAL.
Para continuidade do fluxo será implantada uma Estação Elevatória de Esgoto em terreno
próximo à margem direita do Canal do Brejão, onde irão convergir as contribuições do
bairro do Bom Parto e da área remanescente, descrita anteriormente, do bairro da
Levada.
9
10
A jusante da elevatória será executada uma Linha de Recalque com lançamento na EEE-
C, em conformidade com a proposta original da CASAL, que já considerava o
esgotamento destas áreas nesta elevatória.
Quando o tema é abastecimento de água, os números do censo 2010 apontam que esse
serviço não é universalizado, atendendo 69% dos domicílios da área de intervenção,
sendo o bairro da Levada o que tem pior índice de atendimento - somente 37% da
população.
Com abastecimento
Bairro Domicílios %(atendimento)
de água
10
11
11
24
Para efeito do presente trabalho, optou-se por admitir perda física de 25%, como indicado,
o que leva às seguintes vazões totais a serem captadas no ponto de interligação com a
rede da CASAL.
Qmax Qmax
Área Habitações População Qmédia
diária horária
Vale observar ainda que durante a fase de implantação das obras o sistema existente de
abastecimento de água deverá continuar em operação, de forma que a vazão consumida
durante este período deverá manter-se aproximadamente nos níveis atuais, alterando-se
gradativamente para a configuração de projeto.
25
26
PROJETO DE MACRODRENAGEM
Não se podendo desocupar extensas áreas de moradias, com posterior aterro dos
terrenos e nova implantação das moradias, a solução que remanesce é a implantação de
sistema de polders em torno das áreas baixas afetadas e a implantação de sistema de
drenagem com recalque forçado de suas águas pluviais.
26
27
Galerias coletoras de águas pluviais G-R e H-R, ao longo da Via Lagunar, que
coletarão e parcialmente acumularão as águas pluviais geradas na área interna de
polderização, descarregando-as no Reservatório de Detenção;
As áreas de implantação dos conjuntos habitacionais, que ficarão dentro da área a ser
polderizada, deverão apresentar cotas de elevação compatíveis para que as respectivas
drenagens se façam convencionalmente (por gravidade), sem sobrecarregar o sistema de
detenção e bombeamento previsto.
Em praticamente todo o trecho da Av. Senador Palmeira situado entre a Via Lagunar e a
travessia da Av. Francisco de Menezes, o canal deverá receber um muro de contenção de
concreto, com o fim de impedir os frequentes extravasamentos e os alagamentos da pista
da avenida.
Marés
27
28
Precipitações Intensas
Para o cálculo das descargas máximas de cheia afluentes foi utilizado o método Racional,
método amplamente recomendado para pequenas bacias urbanas contribuintes.
28
29
Q = (A . Rh 2/3. i1 /2 ) / n , onde
29
30
30
31
31
32
- Área polderizada = 24,4 hectares (exclusive área reurbanizada com drenagem direta);
- Cálculo do Volume Afluente, V1 = Coef. Runoff x Precipitação x Área polderizada;
- Coef. Runoff, C = 0,90;
- Precipitação intensa correspondente a duração determinada (t) e com TR = 25 anos;
32
33
33
Capac.
34
Precipitação Volume Acuml. Bombea/ Volume bomb. Diferença de Vol. Útil Necess
Duração (mIn)
P (mm) (m3) Selecionada (m3) volumes (m3) (m3)
(l/s)
10 18,6 4.085 800 480 3.605
34
35
Resultados Obtidos
35
36
a) Reservatório de Detenção
- Características estruturais:
36
37
O fundo do reservatório foi concebido com ligeira inclinação, para orientar o escoamento e
esvaziamento do mesmo, além de facilitar os trabalhos de limpeza da sua superfície
interna.
38
39
O fato de o reservatório ser fechado confina e reduz em parte o impacto visual destes
problemas.
Por outro lado, no caso do reservatório em foco, convém salientar alguns aspectos que
devem reduzir sobremaneira os problemas apontados:
PROJETO DE MICRODRENAGEM
Também a Via Lagunar deverá ser drenada com as descargas encaminhadas diretamente
para a lagoa.
40
41
Nos pontos baixos destas vias serão inseridas caixas de bocas de lobo ou caixas de
grelhas horizontais para a captação das águas e o encaminhamento através de galerias
circulares de concreto premoldado até o destino final: as galerias coletoras e/ou
armazenadoras implantadas junto à Via Lagunar. Em alguns casos, estas captações e
galerias de pequeno diâmetro descarregarão diretamente no Reservatorio de Detenção a
ser localizado sob o campo de futebol existente no bairro.
Q = C .i . A, onde:
41
42
Q = (A . Rh2/3. i1 /2 ) / n , onde:
Resultados do Dimensionamento
tc Q 10
P 10anos i 10 anos
CANAL AD (ha) L (m) adotado C anos
(mm) (mm/min)
(min) (m³/s)
Sarjeta central
3 300 10 16,6 1,66 0,7 0,581
Via Local
Sarjeta lateral
3 300 10 16,6 1,66 0,7 0,581
Via Local
42
43
Coletora.
43
44
44
45
As canaletas retangulares de concreto nos canteiros e sob trechos de calçadas e/ou vias
transitáveis por veículos, apresentarão seção transversal medindo 0,60 x 0,50 m e
declividade longitudinal mínima de 0,25%.
Nas extremidades inferiores dos trechos de canaletas, ou mesmo sarjetões centrais das
vias ou calçadas, serão introduzidas caixas ou bocas de lobo conectando com trechos de
galerias em tubos de concreto, que encaminharão as águas pluviais em direção à lagoa
Mundaú.
Para travessia da Via Lagunar, as galerias oriundas das áreas dos conjuntos
habitacionais deverão se compor com as galerias ou bueiros de travessia específicos dos
sistemas de drenagem da via.
45
46
Q = C .i . A, onde:
Q = (A . Rh2/3. i1 /2 ) / n , onde
46
47
Resultados do Dimensionamento
Canaleta central
2 200 10 16,6 1,66 0,7 0,387
Conj. Habit.
47
48
Desenhos e
Detalhes Esquemáticos
48
49
49
50
50
51
Q = C .i . A, onde:
51
52
Q = (A . Rh2/3. i1 /2 ) / n , onde
Resultados do Dimensionamento
Q 10
tc P 10anos i 10 anos
CANAL AD (ha) L (m) C anos
(min) (mm) (mm/min)
(m³/s)
Canaleta/sarjet
a lateral Via 0,078 40 5 9,8 1,96 0,9 0,023
Lagunar
Bueiro
travessia Via 0,156 25 5 9,8 1,96 0,9 0,046
Lagunar
52
53
n yn Diâm.Cal Diâm.Co
CANAL B (m) m i (m/m) V(m/s) F yc Vel.(m/s)
(m) c. (m) ml. (m)
Canaleta/sarjeta
0,00 0,78 0,016 0,0025 0,222 0,60 0,57 0,18
lateral Via Lagunar
Bueiro travessia
0,016 0,0050 0,26 0,60 0,19
Via Lagunar
53
54
54
55
RAIO DA
COD. NOME CIENTÍFICO NOME POPULAR
COPA
ÁRVORES
A1 INGA EDULIS INGÁ R=5m
A2 HIBISCUS ARRUDA R=3m
55
56
FERNAMBUCENSIS
A3 INGA LAURINA INGÁ BRANCO R=5m
ERITHRINA CRISTA-
A4 CORTICEIRA R=2,5m
GALLI
SCHINUS
A5 AROEIRA R=4m
TEREBINTHIFOLIUS
PAU D'ARCO
A6 TABEBUIA ELLIPTICA R=3,5m
BRANCO
HIMANTHUS JANAÚBA -
A7 R=2m
DRASTICUS TIBORNA
A8 COCCOLOBA ROSEA CABAÇU R=2,5m
A9 CASSIA GRANDIS CANAFÍSTULA R=5m
A10 BIXA ORELANA URUCUM R=2m
PALMEIRAS
P1 ATTALEA OLEIFERA PINDOBA -
SYAGRUS
P2 OURICURI -
CORONATA
ARBUSTOS
CLUSIA DA PEDRA
B1 CLÚSIA -
AZUL
B2 CLUSIA LANCEOLATA CLÚSIA -
B3 LANTANA ONDULATA CLÚSIA -
56
57
57
58
O território objeto dos estudos é aquele formado ao sul pela Lagoa Mundaú, ao
norte pela Av. General Hermes e Av. Cícero de Góes Monteiro, a leste pelo
Canal do Brejão (ou Canal da Brejal) e a oeste pelo Riacho do Silva,
abrangendo os bairros do Bom Parto, Mutange e Bebedouro.
58
59
a) Via Lagunar com final na Av. Sen. Rui Palmeira e início na Av. General
Hermes na altura do IMA – Instituto do Meio Ambiente de Alagoas, composta
de duas pistas com uma mão de direção, em Sistema Binário com a Av.
General Hermes. O trecho da Av. Major Cícero de Góes Monteiro, desde o
Bairro do Bebedouro até o encontro com a Via Lagunar seria duplicado; a qual
designamos Alternativa 1;
b) Via Lagunar com final na Av. Sen. Rui Palmeira e início na Av. General
Hermes na altura do IMA – Instituto do Meio Ambiente de Alagoas, composta
de três pistas com uma mão de direção, sendo uma faixa exclusiva para
transporte público que se conecta com a Rua Francisco de Menezes, em
Sistema Binário com a Av. General Hermes. O trecho da Av. Major Cícero de
Góes Monteiro, desde o Bairro do Bebedouro até o encontro com a Via
Lagunar seria duplicado; a qual designamos Alternativa 2;
c) Via Lagunar com final na Av. Sen. Rui Palmeira e início na Av. General
Hermes na altura do IMA – Instituto do Meio Ambiente de Alagoas, composta
de quatro pistas com duas mãos de direção, reservando a Av. General Hermes
preferencialmente para o transporte público. O trecho da Av. Major Cícero de
Góes Monteiro, desde o Bairro do Bebedouro até o encontro com a Via
Lagunar seria duplicado; a qual designamos Alternativa 3;
59
60
Análise da Alternativa 1
Como descrito anteriormente, nessa alternativa a Via Lagunar tem seu final na
Av. Sen. Rui Palmeira e início na Av. General Hermes na altura do IMA –
Instituto do Meio Ambiente de Alagoas, sendo composta de duas pistas com
uma mão de direção, fazendo Binário com a Av. General Hermes.
60
61
61
62
Análise da Alternativa 2
62
63
Análise da Alternativa 3
63
64
64
65
Análise da Alternativa 4
65
66
66
67
67
68
Dispositivos Legais
Constituição Federal
Leis
Novo Código Florestal - LEI Nº 12.651/2012
Lei Estadual 6787/2006 – Licenciamento Ambiental
Lei 6938 de 31.08.1981 - Política Nacional do Meio Ambiente – PNMA
Lei 5197/67 – Fauna silvestre
Lei 9.433/97 - Política Nacional de Recursos Hídricos
Lei 4132/62 - Desapropriação por interesse social
Decretos
Decreto 95733/88- Compensação Ambiental
Decreto 3365/41 – Desapropriação por utilidade pública
Decreto 24.643/34 - Código das águas
Resoluções
Resolução nº 307/2002 – Geração de Resíduos da Construção Civil
Resolução Nº 448, DE 18 de janeiro de 2012 - Altera os arts. 2º, 4º, 5º, 6º,
8º, 9º, 10 e 11 da Resolução nº 307, de 5 de julho de 2002, do Conselho
Nacional do Meio Ambiente - CONAMA
Resolução CONAMA 01/86 – Estudo de Impacto Ambiental
Resolução CONAMA 09/87 - Audiência Pública
Resolução CONAMA 237/97 – Licenciamento Ambiental
Resolução CONAMA 20/86 - Classificação da água
68
69
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Para assegurar a efetividade desse direito, diz o § 1º, que incumbe ao poder
público, dentre outras atribuições: preservar e restaurar os processos
ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico das espécies e
ecossistemas;
69
70
Competências
Proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas
formas; (VI)
Preservar as florestas, a fauna e a fauna; (VII)
Proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico,
artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os
sítios arqueológicos; (III)
Proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência; (V)
Quanto aos poderes para legislar, o Art. 24 estabelece que compete
tanto à, como aos Estados e ao Distrito Federal, legislar
concorrentemente sobre:
Florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo
e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da
poluição; (VI)
Proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e
paisagístico; (VII)
Responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e
direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico;
(VIII)
70
71
Competências
Legislar sobre assuntos de interesse local (I);
Suplementar a legislação federal e a estadual no que couber (II);
Promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante
planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do
solo urbano (VIII);
Promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a
legislação e a ação fiscalizadora federal e estadual (IX).
Princípios e objetivos
Ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico,
considerando o meio ambiente como um patrimônio público a ser
necessariamente assegurado e protegido, tendo em vista o uso
coletivo;
Racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar;
Planejamento e fiscalização do uso dos recursos ambientais;
Proteção dos ecossistemas, com a preservação de áreas
representativas;
Controle e zoneamento das atividades potencial ou efetivamente
71
72
poluidoras;
Acompanhamento do estado da qualidade ambiental.
Diretrizes Gerais
Contemplar todas as alternativas tecnológicas e de localização do
projeto, confrontando-as com a hipótese de sua não execução;
Identificar e avaliar sistematicamente os impactos ambientais gerados
nas fases de implantação e operação da atividade;
Definir os limites da área geográfica a ser direta ou indiretamente
afetada pelos impactos;
Denominada área de influência do projeto, considerando, em todos os
casos, a bacia hidrográfica na qual se localiza;
Considerar os planos e programas governamentais, propostos e em
implantação na área de influência do projeto, e sua compatibilidade.
Atividades Técnicas
Diagnóstico ambiental da área de influência do projeto, o que inclui uma
completa descrição e análise dos recursos ambientais e suas
72
73
Conteúdo
Os objetivos e justificativas do projeto, sua relação e compatibilidade
com as políticas setoriais, planos e programas governamentais;
73
74
74
75
LICENCIAMENTO AMBIENTA L
75
76
Licenças
Licença Prévia (LP), na fase preliminar do planejamento do
empreendimento ou da atividade, contendo requisitos básicos a serem
atendidos nas fases de localização, instalação e operação, observados
os planos municipais, estaduais ou federais de uso do solo. O prazo de
validade da LP deverá ser, no mínimo, o estabelecido pelo cronograma
de elaboração dos planos, programas e projetos relativos ao
empreendimento, não podendo ser superior a 5 (cinco) anos;
Licença de Instalação (LI), autorizando o início da implantação, de
acordo com as especificações constantes dos planos, programas e
projetos aprovados, incluindo as medidas de controle ambiental e
condicionantes determinados para a operação. O prazo de validade da
LI deverá ser, no mínimo, o estabelecido pelo cronograma de instalação
do empreendimento, não podendo ser superior a 6 (seis) anos;
Licença de Operação (LO) autorizando, após as verificações
necessárias, a operação e o funcionamento de seus equipamentos de
controle da poluição, de acordo com o previsto nas Licenças Prévia e
de Instalação. O prazo de validade da LO deverá considerar os planos
de controle ambiental e será de, no mínimo, 4 (quatro) anos e, no
máximo de 10 (dez) anos, podendo ser renovada.
Etapas
Definição pelo órgão ambiental competente, com a participação do
empreendedor, dos documentos, projetos e estudos ambientais,
necessários ao início do processo de licenciamento correspondente à
licença requerida;
Requerimento de licença ambiental pelo empreendedor, acompanhado
76
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77
78
A Constituição Federal estabelece que são bens da União, dentre outros: “os
lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que
banhem mais de um estado, sirvam de limites com outros países ou se
estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos
marginais e as praias fluviais” (Art. 20, III).
A Resolução CONAMA 20/86 (Art. 1º, VII) enquadrou as águas doces, salobras
e salinas em nove classes, obedecendo não necessariamente o seu estado
atual, mas os níveis de qualidade que deveriam possuir para atender as
necessidades humanas e o equilíbrio ecológico aquático.
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Fundamentos
A água é um bem de domínio público;
A água é um recurso natural limitado, dotado de valor econômico;
Em situações de escassez, o uso prioritário dos recursos hídricos é o consumo
humano e a dessedentação de animais;
A gestão dos recursos hídricos deve sempre proporcionar o uso múltiplo das águas;
A bacia hidrográfica é a unidade territorial para implementação da Política Nacional de
Recursos Hídricos e atuação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos
Hídricos;
A gestão dos recursos hídricos deve ser descentralizada e contar com a participação
do Poder Público, dos usuários e das comunidades.
Flora Terrestre
Pelo Código Civil, as florestas são bens imóveis (Art. 43, I) e seguem a sorte
das terras que aderem.
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80
80
81
a) 100 (cem) metros, em zonas rurais, exceto para o corpo d‟água com até
20 (vinte) hectares de superfície, cuja faixa marginal será de 50
(cinquenta) metros;
81
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82
83
A Lei 5197, de 03.01.67, apresenta-se hoje como uma das mais importantes na
legislação federal, pois especifica e estabelece normas de proteção à fauna
silvestre, dando premissas básicas de defesa à vida animal.
Uma grande inovação que se apresentou nesta Lei foi à determinação de que
tais animais passaram à propriedade do Estado. Tendo a fauna silvestre se
incorporado ao patrimônio do Estado, resulta que, a proibição da caça e a
regulamentação da pesca deixaram de constituir limitação administrativa ao
direito de propriedade consubstanciado na apanha das coisas.
II-14 que, segundo o Código Civil eram sem dono, sujeitas à apropriação
dentro dos limites territoriais da propriedade imóvel para se tornarem atividades
sujeitas à permissão e fiscalização do Poder Público.
Essas limitações não são absolutas, nem arbitrárias. Encontram seus lindes
nos direitos individuais assegurados pela Constituição e devem expressar-se
em forma legal. Só são legítimas quando representem razoáveis medidas de
condicionamento do uso da propriedade, em benefício do bem-estar social
(Const. da Rep., Art. 170, III), e não impedem sua utilização segundo a sua
destinação natural.
O Código Civil explicita no Art. 530 que a propriedade imóvel é adquirida pela
transcrição do título de transferência no Registro de Imóveis, pela acessão,
pelo usucapião e pelo direito II-16 hereditário. Da mesma forma, enuncia a
perda da propriedade imóvel pela alienação, pela renúncia, pelo abandono,
pelo perecimento do imóvel (Art. 589) e mediante desapropriação por
necessidade ou utilidade pública.
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85
86
A sentença que fixar o valor da indenização quando este for superior ao preço
oferecido, condenará o expropriante a pagar honorários de advogado sobre o
valor da diferença.
Os juros de mora serão devidos na base de seis por cento ao ano, calculados a
partir do trânsito em julgado da sentença que fixa a indenização (Súmula 70, do
TFR), e os juros compensatórios correrão desde a antecipada imissão de
posse ordenada pelo Juiz por motivo de urgência (Súmula 164 do STF), na
base de doze por cento ao ano, (Súmula 618, do STF), calculados até a data
do laudo, sobre o valor simples da indenização, desde então, sobre referido
valor corrigido monetariamente (Súmula 74, do TFR).
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COMPENSAÇÃO AMBIENTAL
Vale observar que essas imposições legais justificam-se pelo fato de que a
execução de alguns projetos e a construção de obras federais, podem causar
impactos de natureza ambiental, cultural e social que exijam medidas corretivas
por parte do Poder Público, envolvendo, em muitos casos, os Estados e
Municípios onde se situam esses empreendimentos, considerando que nem
sempre as Administrações Estaduais e Municipais dispõem de recursos e
infraestrutura necessários para agir prontamente no sentido de evitar esses
87
88
Assim, vemos abaixo os tópicos que serão discutidos nesta análise, os quais
não se exaurem por se tratar de matéria difusa e controversa, mas se
coadunam com o ordenamento pátrio atual e agem na defesa de um
desenvolvimento sustentável, na garantia do patrimônio ecológico, histórico,
cultural e arqueológico que se deve buscar.
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Breve Histórico
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Na citada Lei da Política Nacional de Meio Ambiente, em seu artigo 10, temos
que são passíveis de licenciamento ambiental: “a construção, instalação,
ampliação, funcionamento de estabelecimentos e as atividades utilizadoras de
recursos ambientais, considerados efetiva e potencialmente poluidores, bem
como os capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental,
dependerão de prévio licenciamento ambiental por órgão Estadual
competente, integrante do SISNAMA”. (grifos nossos)
90
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O que temos é que nem todo impacto tem a característica necessária à sua
vinculação ao EIA/RIMA. Ou está presente em norma (RC, por exemplo) ou
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Figura 1: Área Diretamente Afetada para os Meios Físico (Geologia, Geomorfologia e Solos) e
Biótico (Fauna e Flora).
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Figura 2: Área de Influência Direta para os Meios Físico (Geologia, Geomorfologia e Solos) e
Biótico (Fauna e Flora).
Meio Socioeconômico
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Figura 3: Área de Influência Indireta para os Meios Físico (Geologia, Geomorfologia e Solos) e
Biótico (Fauna e Flora).
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Meio Socioeconômico
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106
Neste contexto, neste capítulo sobre o meio físico, estaremos dando ênfase às
áreas de influência que envolvem o Complexo Estuarino Lagunar, mais
precisamente sobre sua porção que referente à cidade de Maceió e às
principais microbacias hidrográficas que se inserem diretamente na área do
Programa de Requalificação Urbana da Orla Lagunar de Maceió.
Aspectos Climáticos
Em função de sua localização nas baixas latitudes tropicais, esta área recebe
alta taxa de insolação, fazendo com que a temperatura seja alta durante todo o
ano, com média anual de 24°C.
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Temperatura e Pluviometria
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1961-1990 78,1 88,3 194,5 268,8 382,2 331,9 273,7 155,2 130,3 73,5 31,7 62,5 2070,5
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110
Período Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano
1961/1990 100,1 89,6 109,4 121,4 149,7 137,4 104,2 91,3 109,3 90,0 48,1 54,8 149,7
Ano 1966 1978 1970 1979 1977 1977 1967 1968 1978 1977 1976 1976 1977
Umidade Relativa do Ar
Período Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano
1961/1990 75,4 76,6 78,3 81,5 82,6 82,4 82,1 79,5 77,2 76,0 74,7 75,8 78,5
Ventos
Período Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano
1961/1990 3,84 3,28 3,01 2,96 3,09 3,78 3,76 3,71 3,93 4,32 4,48 4,10 3,69
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113
Região de estudo, com verificação da delimitação das bacias afluentes à área onde atualmente
se pretende implantar a via lagunar.
113
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Estudos Hidrológicos
Precipitações Totais
Meses
(mm)
Janeiro 56
Fevereiro 83
Março 136
Abril 230
Maio 286
Junho 275
Julho 264
Agosto 151
Setembro 110
Outubro 55
Novembro 39
Dezembro 41
Totais 1726
115
116
Nessa região está localizada o bairro do „Bolão‟, que possui uma forma de
ocupação desordenada e sem controle nenhum do poder público.
Este bairro possui, também, uma atividade comercial intrínseca, com realização
de feiras livres em diversos dias da semana.
Com relação à rede coletora de esgoto, esta região não apresenta rede
implantada.
116
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Imagem da região de estudo, onde evidencia-se a quase ausência da presença de área verde
ou vegetação, ocorrendo uma maior quantidade de residências de baixa renda
117
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Naquele trabalho, por ser uma bacia de características urbanas, mas que
abrange boa parte da cidade de Maceió, uma característica evidente no
mapeamento do CN das sub-bacias do Riacho Reginaldo mostra valores mais
baixos na parte mais alta da bacia. Tal resultado já era esperado,
considerando-se que sua ocupação é reconhecidamente menos intensa nesta
região, onde ainda pode ser observada a presença de sítios e de grandes
condomínios fechados, com extensas áreas verdes e, ainda, em áreas mais
restritas, alguns remanescentes da vegetação natural. Diferente da parte média
e baixa da bacia, onde o CN tem valores mais elevados devido à intensa
urbanização (apud Holz, 2010). A aplicação dessa metodologia para a região
de intervenção da via lagunar, segue os mesmos parâmetros do terço médio e
inferior do Riacho Reginaldo, tendo sido considerado os valores de
precipitação, também, como referência para as bacias de intervenção.
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121
(1)
Onde:
P= a precipitação máxima em mm;
t = duração da precipitação em horas;
a, b e c são constantes para cada posto onde a equação foi ajustada;
R= fator de probabilidade definido como:
⎟⎠⎞ (2)
Sendo,
Tr = tempo de retorno em anos, que para este caso foram adotados os tempos
de 2, 4, 5, 10, 20, 50 anos;
γ uma constante adotada para todos os postos igual a 0,25;
α e β são valores que dependem da duração da precipitação que são
apresentados na seguinte Tabela a seguir:
Tabela Valores de α e β (Pfafstetter).
122
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Tempo de Retorno
123
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Tempo de Concentração
(3)
Sendo:
tc: tempo de concentração [min];
L: comprimento total da bacia, medido ao longo do
talvegue principal até o divisor de águas [km];
Δ H: diferença de nível entre o ponto mais a montante da
bacia e seu exutório, em [m].
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Este hidrograma determinado para uma chuva unitária equivalente a 1 cm possui forma
triangular (figura a seguir).
Bacia 1
CN= 86
Comprimento do talvegue de 0,56 km
Duração da chuva de 24 horas
Área de drenagem de 0,15 km2
Vazão de Pico: 0,15 m³/s
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Bacia 2
CN= 86
Comprimento do talvegue de 0,86 km
Duração da chuva de 24 horas
Área de drenagem de 0,26 km2
Vazão de Pico: 0,16 m³/s
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Bacia 3
CN= 86
Comprimento do talvegue de 0,84 km
Duração da chuva de 24 horas
Área de drenagem de 0,24 km2
Vazão de Pico: 0,15 m³/s
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Bacia 4
CN= 86
Comprimento do talvegue de 0,51 km
Duração da chuva de 24 horas
Área de drenagem de 0,17 km2
Vazão de Pico: 0,16 m³/s
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Bacia 5
CN= 92
Comprimento do talvegue de 0,70 km
Duração da chuva de 24 horas
Área de drenagem de 0,10 km2
Vazão de Pico: 0,06 m³/s
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Bacia 6
CN= 80
Comprimento do talvegue de 2,17 km
Duração da chuva de 24 horas
Área de drenagem de 1,29 km2
Vazão de Pico: 0,64 m³/s
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Bacia 7
CN= 92
Comprimento do talvegue de 1,78 km
Duração da chuva de 24 horas
Área de drenagem de 0,86 km2
Vazão de Pico: 0,64 m³/s
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Valores de Q em m³/s)
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155
156
Análise da Geologia
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Geologia Regional
Bacia Alagoas
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Formação Barreiras
160
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Geologia Local
Aspectos Minerários
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Geomorfologia e Relevo
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Carta hipsométrica da Área Diretamente Afetada pelo projeto. A área de intervenção está
predominantemente situada na faixa de 5,0 a 7,0 m de altitude
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Carta hipsométrica da Área de Influência Indireta do projeto. Os vales dos rios que compõem a
bacia hidrográfica do Riacho do Silva e Reginaldo ficam evidentes na AII
166
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Carta clinográfica da Área Diretamente Afetada pelo projeto. A área de intervenção está
predominantemente situada em declives que não ultrapassam os 2,0°
167
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Carta clinográfica da Área de Influência Direta do projeto. Observa-se a faixa paralela à área de
intervenção com altos declives. Representa o plano de ruptura entre a Planície Flúviolagunar e
os Tabuleiros Costeiros. Esse ambiente é totalmente tomado por ocupações irregulares
168
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Unidades Geomorfológicas
Tabuleiro Costeiro
169
170
Encosta situada na AID do projeto. Esta área possui altimetria entre 44 e 55m e declividades
superiores a 30°, podendo ultrapassar os 60°. São áreas densamente ocupadas por
populações de baixa renda que sofrem com a alta suscetibilidade a escorregamentos nos
períodos de chuva a mais de cinco décadas
170
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Perspectiva de trecho da AID do projeto – Área de encosta atingida por deslizamentos. Foto:
Micaelle Morais/G1, (Julho de 2015)
Planície Flúviolagunar
Perspectiva de trecho da Rua Cônego Costa, em Bebedouro. A ponte sobre o riacho do Silva
foi totalmente tomada pelas águas, inundando estabelecimentos comerciais e dificultando o
trânsito na região. Foto: Heliana Gonçalves/TV Gazeta, (Outubro de 2014)
173
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Trecho da ADA, na Avenida Senador Rui Palmeira, próximo ao canal da Levada. A área sofre
periodicamente com trasbordos, principalmente na maré alta, devido ao asfalto da via está
abaixo do nível da Laguna. Foto: Heliana Gonçalves/TV Gazeta, (Abril de 2015).
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Solos
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Latossolo Amarelo com horizonte A antrópico presente na ADA do projeto. Área pertencente à
Braskem
Figura 8: Área de Latossolo Amarelo com horizonte A antrópico presente na ADA do projeto. A
área está destinada para a construção de unidades multifamiliares provenientes do projeto de
reassentamento
179
180
Gleissolo
181
182
REFERÊNCIAS
______. (Coord.). Relatório de Impacto Ambiental do Projeto Via Mangue. Recife (PE).
Consulplan. Acesso em Novembro de 2015.
182
183
FEIJÓ, F. J. Sequências das fases pré-rift e rift da Sub-bacia de Alagoas Central. Porto
Alegre, UFRGS. Dissertação de Mestrado, 1992. 165p.
183
184
OMunicípio de Maceió
A cidade espalha-se por dois planos distintos, parte dela está sobre terrenos
arenosos a beira mar, e parte sobre os tabuleiros costeiros, o que lhe confere
uma altitude que varia de 5 a 10metros acima do nível do mar na Planície
Costeira e entre 45 e 80 metros no Planalto Sedimentar dos Tabuleiros (figura
26 e 27).
184
185
Nota-se que a partir do centro da cidade existem ladeiras que dão acesso a um
ponto mais elevado, onde estão os bairros do Farol, Pitanguinha, Serraria,
entre tantos outros. Neste trecho encontramos o planalto Sedimentar dos
Tabuleiros, desta vez atingindo cotas de 40,0 metros de altitude.
185
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Vegetação e Flora
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A cidade de Maceió em trecho da planície arenosa costeira, entre o mar e a Laguna Mundaú.
Foto: Iremar Bayma
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Distrito de Pescaria – foto de trecho da fazenda Saúde mostrando (abaixo a direita) a antiga
fábrica de fios e tecelagem. Ao centro o povoado de Saúde e as encostas de tabuleiro com
vegetação de Cerrado/Mata Atlântica. Na porção direita superior da foto os manguezais do rio
Meirim (Mirim). Foto: Iremar Bayma
191
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Um desses trabalhos foi desenvolvido por Silva (2006) e tem como título a
“Composição Florística da Mata da Usina Cachoeira no município de Maceió”.
Segundo a autora, a área de preservação de propriedade da Usina Cachoeira
do Meirim constitui um importante remanescente da Mata Atlântica que
recobria grande parte do território alagoano.
192
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Sendo marcado por uma topografia bastante irregular, a área está situada em
um vale ladeado por encosta com altitude máxima de 75 m (Maceió, 2004).
Segundo Assis (2000), encontra-se sobre rochas sedimentares do grupo
barreiras, ocupando as encostas do pequeno vale profundamente em forma de
“V”.
193
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A mancha contendo esses dois tipos de vegetação que fazem contato entre si,
ainda continua protegida porque envolve a reserva hídrica que abastece
grande parte da população de Maceió. Todavia, essa proteção não é suficiente,
pois a expansão espontânea de habitações continua em andamento sem
qualquer planejamento, principalmente o ambiental, sobretudo pelas bordas do
tabuleiro onde o lixo e os dejetos são jogados, e que, durante as chuvas, são
conduzidos para as nascentes formadoras dos reservatórios.
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199
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200
201
Reserva do Catolé, entre Maceió e Satuba, onde resguarda açude da Casal que abastece
parte da cidade de Maceió. Foto Iremar Bayma
APA do Pratagy
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Imagem Google mostrando a localização da bacia do Pratagy, com sua respectiva APA,
estando a mesma fora dos limites da Área de Influência Indireta do empreendimento
203
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204
205
A vegetação original foi substituída por cultivos de coqueiros desde a praia até
a base das falésias fósseis do tabuleiro costeiro. A vegetação de praia foi
completamente suprimida, resistindo apenas em pequenos trechos arenosos
na foz, onde ocorrem as salsas-de-praia (Ipomoea littoralis e I. pes-caprae), o
feijão-de-praia (Canavalia rosea), e pinheiro-de-praia (Mariscus pedunculatus),
espécies adaptadas ao solo arenoso e ambiente salino.
205
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O Rio Pratagy, após percorrer sinuosos trechos nos tabuleiros costeiros, desce
as encostas e drena uma planície que foi sendo escavada ao longo de milhares
de anos. A rica vegetação de Mata Atlântica que acompanhava a calha do rio
foi paulatinamente substituída pela cultura do coco, pelo pasto e cultivo da
cana-de-açúcar.
Dessa forma, a mata ciliar foi reduzida a níveis máximos, restando apenas
vestígios caracterizados como fragmentos, onde se registra a presença de
indivíduos isolados de espécies comuns a esse tipo de ambiente, a exemplo
das ingazeiras (Inga edulis) e jenipapo (Genipa americana), e em áreas mais
preservadas, em baixios inundáveis, encontra-se o bulandi (Symphonia
globulifera), o coco-dendê (Elaeis guineensis), a jaqueira-do-brejo (Richeria
grandis) e a Cupiuba (Tapirira guianensis).
207
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208
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209
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Figura 9: Localização da APA Costa dos Corais no litoral norte de Maceió, apresentando-se
fora dos limites da Área de Influência Indireta ao empreendimento. Fonte Google Earth – IMA
AL.
210
211
Imagem Google Earth mostrando o perímetro e limites da APA de Santa Rita, englobando os
municípios de Maceió, Coqueiro Seco e Marechal Deodoro
211
212
Esta mistura de águas interioranas com as águas do oceano forma uma região
estuarina que favorece o desenvolvimento de extensas áreas de manguezais e
propiciam condições de alta produtividade aquática. Também, pode ser
encontrada a vegetação típica de restinga e alguns trechos remanescentes de
mata atlântica, porém estes de aspecto secundário.
212
213
Desta forma, A área de Influência Direta tende sempre a ser um pouco maior
que a ADA, e para tal estima-se que os efeitos (positivos e negativos) atinjam
uma área no entorno dos limites do empreendimento com um distanciamento
de 500 metros, conforme mapa em anexo. Já a ADA engloba o trecho
diretamente sob ação do projeto, que inclui as novas rodovias, ruas, acessos, e
as áreas urbanas contempladas com as melhorias em infraestrutura de água,
luz, esgoto e moradias.
Os bairros atingidos pela ADA e AID estão distribuídos nos3 planos ou zonas
ecológicas distintas. O primeiro plano inclui a Baixada Litorânea na orla da
laguna Mundaú. Inclui os bairros do Bom Parto, Mutange, Bebedouro e Levada.
O segundo refere-se às encostas de tabuleiro, onde atingem parte dos bairros
de Bebedouro e Mutange. E o terceiro refere-se aos bairros distribuídos no
Planalto Sedimentar ou Tabuleiro, onde listamos os bairros do Petrópolis, Chã
de Bebedouro, Farol, Gruta e Lourdes, Pitanguinha e Pinheiro.
Vegetação e Flora
213
214
Por meio da observação direta foi possível compor uma listagem de espécies
típicas da flora urbana espontânea ou cultivada sem pretensões de arborização
ou paisagismo na área de influência direta e diretamente afetada. A seguir
apresenta-se a listagem dividida em plantas espontâneas (aquelas que não
foram cultivadas pelo homem), e as plantas cultivadas para diversos fins, tanto
na ADA quanto na AID.
214
215
Lista de espécies vegetais encontradas nos terrenos baldios e áreas verdes (Ruderais e
Espontâneas*)
Família Gênero e espécie Nome vulgar
Anacardiaceae Mangifera indica Mangueira
Schinus terebinthifolius Aroeira
Apocynaceae Mandevillahirsuta
Amaranthaceae Amaranthus spinosus L. Crista-de-galo
Asclepiadaceae Asclepias curassavica L.
Oxypetalum sp.
Asteraceae Acanthospermum hispidum D.C.
Ageratum conyzoides L. Mentrasto
Ageratum sp
Bidens pilosa L.
Emilia sonchifolia D.C.
Pterocaulons sp.
Wedellia paludosa Bem-me-quer
Boraginaceae Heliotropium sp.
Caricaceae Carica papaya Mamoeiro
Chenopodiaceae Chenopodium ambrozioides Mastruz
Commelinaceae Commelinanudiflora
Convolvulaceae Ipomoea pes-caprae Salsa-da-praia
Cyperaceae Cyperusligularis
Cyperus sp. Tiririca
Cucurbitaceae Cucurbita sp. Abóbora
Mormodica charantia L. Melão-de-são-caetano
Dilleniaceae Curatella americana Lixeira
Euphorbiaceae Chamaesyce sp. Porca-parideira
Chamaesyce sp. Perpétua
Croton campestris Velame
Croton lachnocladus mart. Velame
Euphorbia heterophilla Bico-de-papagaio
Phyllanthus niruri Quebra-pedra
Ricinus comunis Carrapateira
Jatropha sp. Pinhão-roxo
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216
217
verdes, praças, jardineiras, passeios, frestas de edificações, e áreas alagadas. Estas plantas podem ser
úteis como medicinais ou ornamentais
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218
218
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221
221
222
223
224
Esta vegetação exótica acompanha quase que toda a faixa entre o mangue e o
continente. É fruto do uso do solo pelas comunidades ao longo dos anos e
possuem estrutura florística diversa, bem como fisionomia que varia de
arbustiva a arbórea, com árvores e palmeiras com mais de 10,0 metros de
altura.
225
226
226
227
Lista florística das espécies ocorrentes na área de influência direta da bacia do riacho
Jacarecica – Mata Atlântica e Cerrado
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233
234
Registros Fotográficos
Mangues
Laguna Mundaú, na área de Influência Direta, entre os bairros da Levada e Ponta Grossa,
trecho do Dique Estrada. Vegetação da margem da lagoa completamente antropizada,
arborizada com espécies exóticas. Ocupação desordenada, muito lixo lançado pela população
local. (Foto: Iremar Bayma)
234
235
Ponto de lançamento de parte do esgoto de Maceió – canal da Vila Brejal. Área de Influência
Direta ao empreendimento. (Foto: Alvaro Borba)
235
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Bairro do Bom Parto invadido por residências subnormais, ocupando a margem da laguna por
meio de aterros. A população local lança o lixo e o esgoto diretamente nas águas da laguna.
(Foto: Álvaro Borba)
236
237
Limite entre os bairros do Bom Parto e Mutange. No Bom Parto todo o mangue foi suprimido,
enquanto no Mutange uma grande mancha e manguezal se mantem. Aos poucos a favela vai
ocupando novos trechos de mangue, ano após ano.(Foto: Iremar Bayma)
237
238
A medida que se navega laguna acima nota-se que a vegetação de mangue surge em “bancos”
de vegetação, com plantas isoladas. Troncos de plantas mortas indicam cortes sucessivos para
a retirada de madeira. Outra situação observada foi a de árvores tombadas pelo vento,
indicando uma desestruturação do sistema de raízes. Árvores isoladas acabam perdendo o
suporte e tombam, diminuindo assim a cobertura vegetal original
(Foto: Iremar Bayma)
238
239
A imagem mostra que o mangue neste ponto apresentava uma fisionomia arbórea
surpreendente. O mangue preto (Avicennia sp.), completamente ressecado e morto, mostra o
recuo na vegetação resultado de diversos fatores: poluição na laguna, desmatamento,
alteração no regime hídrico das marés com pouco aporte de água salgada do mar, etc.
(Foto: Iremar Bayma)
Na imagem acima vê-se uma das causas da redução dos mangues. Pescadores utilizam ainda
hoje galharia do mangue para construir as “caiçaras”, armadilhas de pesca usando ramos e
galhos e troncos de plantas do mangue. (Foto: Alvaro Borba)
239
240
Os mangues costumam ocupar bancos arenosos ou as margens das lagunas. Todavia o que
se percebe é o dissolvimento desses bancos e redução dos maciços de mangue. Provável
causa, antropismo.
Entre os bairros do Mutange e Bebedouro, os mangues vão ficando cada vez mais rarefeitos. O
porte cai abruptamente para menos de 3,0 metros de altura. O solo é inundado em 100% do
ano, o que pode alterar processos biológicos comuns a esse tipo de ambiente. Diferentemente
de manguezais mais conservados, onde é possível ver a lama do mangue, neste caso o solo
fica completamente inundado. Nesta imagem é possível notar que plantas exóticas ao mangue
acabam invadindo o espaço. Neste caso a presença de uma espécie de gramínea que forma
verdadeiros “batumes” flutuantes de plantas aquáticas incomum aos ambientes de mangue.
Neste caso é possível aferir que o mangue esteja em fase de transição e isso graças a fatores
naturais e antrópicos que influenciam diretamente em sua estrutura e composição. Esses
“batumes” podem também significar claros sinais de perturbação no manguezal na área de
influência direta, já que neste ponto uma das rodovias a ser implantada deverá ser construída
sobre pilotis ou colunas cravadas no leito da laguna.
240
241
A origem dos batumes de grama – margem desmatada com acesso das plantas ruderais e
espontâneas que avançam no interior da laguna ocupando o espaço do mangue. (Foto: Alvaro
Borba)
241
242
Ambientes Terrestres
Bairro do Bom Parto, linha de trem da CBTU. Muitas ruas não possuem pavimentação e sem
arborização. (Foto: Iremar Bayma)
242
243
Canais de drenagem levam o esgoto in natura diretamente para a laguna Mundaú (Foto: Iremar
Bayma)
243
244
Entre o Bom Parto e o Mutange, antigo sítio de coco mostra como eram ocupados os terrenos
à beira da laguna. Atualmente estão abandonados e tomados por favelas. Em alguns trechos a
vegetação espontânea é bastante densa, competindo com o coqueiral e invadindo as áreas de
manguezal remanescente (Foto: Iremar Bayma)
244
245
Novas áreas sendo invadidas e ocupadas por habitações subnormais. Ao fundo vegetação
mista com plantas exóticas, frutíferas, espontâneas e mangue(Foto: Iremar Bayma)
Entre o bairro do Bom Parto e Mutange, resquícios de um coqueiral bastante infestado por
plantas espontâneas, nativas e exóticas (Foto: Iremar Bayma)
245
246
Trecho no fundo das casas no bairro do Mutange, próximo ao Instituto do Meio Ambiente.
Deposição de lixo doméstico e vegetação composta por plantas exóticas antes de atingir a
faixa de manguezal (Foto: Iremar Bayma)
246
247
247
248
Outra visão da vegetação que se desenvolveu entre o mangue e o fundo das casas no bairro
do Mutange. Espécies exóticas e espontâneas em sua grande maioria
(Foto: Iremar Bayma)
Outro terreno ocupado pela Braskem para instalação de tubulações na extração de sal-gema.
Entorno ocupado por residência e pequenos estabelecimentos comerciais
(Foto: Iremar Bayma)
248
249
Ainda no terreno pertencente à Braskem, vê-se os fundo de residências que dão para a laguna
Mundaú. O mangue neste ponto se mistura a uma vegetação espontânea e trechos abertos ou
de mangue rarefeito (Foto: Iremar Bayma)
249
250
Fauna
Metodologia
Foi realizada uma expedição a campo, tendo sido percorrido todo o trecho
previsto para implantação da gleba do empreendimento.
250
251
Macrofauna Bentônica
251
252
252
253
Abaixo segue um check list com as espécies que compõem a fauna aquática,
seu nome vulgar (quando existente) e área de ocorrência.
253
254
Área de
Táxons Nome Vulgar
Ocorrência
Família Ocypodidae
Uca burgersi Holthuis, 1962 Xié AII
Uca leptodactyla Rathbun, 1898 Xié AII
POLYCHAETA
Família Nereididae Verme AII
Nereis zonata Malmgren, 1867
Família Capitellidae
Capitella sp. Verme AII
Família Questidae
Questa sp. Verme AII
MOLLUSCA
Família Mytilidae
Mytella charruana (d‟Orbigny, 1842) Sururu ADA e AID
Família Solecurtidae
Tagelus plebeius (Lightfoot, 1786) Unha-de-velho AII
Família Neritidae
Neritina virgínea (Linnaeus, 1758) Caramujinho ADA e AII
Neritina zebra (Bruguière, 1792) Caramujinho ADA e AII
PISCES
Família Ariidae
Arius luniscutis Valenciennes, 1840 Bagre AID e AII
Arius spixi (Spix & Agassiz, 1829) Mandim ADA, AID e AII
Bagre bagre (Linnaeus, 1766) Bagre-bandeira AID e AII
Bagre marinus (Mitchill, 1815) Bagre-fita AID e AII
Família Cichlidae
Sarotherodon niloticus (Linnaeus, 1758) Tilapia-do-nilo AID e AII
Família Centropomidae
Centropomus undecimalis (Bloch, 1792) Camurim AID e AII
Família Engraulidae
Cetengraulis edentulus (Cuvier, 1829) Anchova AID e AII
Família Gerreidae
Diapterus rhombeus (Cuvier, 1829) Carapeba AID e AII
254
255
Área de
Táxons Nome Vulgar
Ocorrência
Família Haemulidae
Pomadasys corvinaeformis (Steindachner, 1868) Coró AID e AII
FamíliaPristigasteridae
Chirocentrodon bleekerianus (Poey, 1867) Sardinha AID e AII
Pellona harroweri (Fowler, 1917) Sardinha AID e AII
Família Synbranchidae
Synbranchus marmoratus Bloch, 1975 Muçum ADA e AID
255
256
Balanus amphitrite conhecido popularmente como craca colonizam, junto com o sururu,
estacas de madeira utilizadas para a confecção das caiçaras (ADA). O mesmo acontece em
outros substratos artificiais. As pilastras que sustentarão o trecho elevado da pista deverão ser
rapidamente colonizadas por essas duas espécies (Foto: Alvaro Borba)
256
257
Exemplar de Aratus pisonii conhecido popularmente como sapinho, espécie arborícola e pouco
frequente, foi observado caminhando sobre os caules do mangue, entro da ADA. Depois do
sururu a craca foi o animal aquático mais representativo (Foto: Alvaro Borba)
257
258
A caiçara é uma arte de pesca bastante utilizada dentro de CELMM. Dentro da área de
influência do empreendimento foram observadas nove. Na foto acima (AID), pescador retirando
a rede e ao fundo observamos a ADA do empreendimento(Foto: Alvaro Borba)
258
259
A B
C D
Gráficos mostrando a dispersão dos grandes táxons nas diferentes áreas de influência do
empreendimento. No gráfico D os círculos representam: preto = ADD; verde = AID e vermelho
= AII
Dentro da ADA (figura 8A) observamos a forte presença dos moluscos, cuja
espécie mais significativa foi Mytella charruana. Já as espécies do grupo dos
Polychaeta estiveram ausentes, fato se deve as características do sedimento
na área, assim como os avanços (aterros) nas áreas de mangue.
259
260
Gráfico mostrando a frequência de ocorrência de cada uma das 30 espécies que compões a
macrofauna bentônica dentro de cada área de influência
260
A Pesca do Sururu em Alagoas
O valor cultural do sururu pode ser mensurado através das várias obras que
relatam esse importante molusco e deve ser levado em consideração na hora
de valorar economicamente um recurso ambiental.
261
beneficiem as populações no entorno do CELMM, assim sendo, o sururu
serviria como um símbolo para toda essas populações.
262
Foi observado que exemplares com pequeno comprimento já são pescados. A alteração no
gradiente de salinidade dentro do CELMM vem gradativamente alterando o crescimento dessa
espécie (Foto: Alvaro Borba)
263
para Alagoas, devido as suas utilidades gastronômicas, artesanais, filtradoras,
medicinais e outros.
O que está em jogo aqui não seria a quantidade de sururu que deixará de ser
produzida, mais sim, a melhoria da condição qualitativa do mesmo, e com
certeza a natureza irá buscar o equilíbrio de produção adequada para aquele
local que será diretamente afetado por esta ação (saneamento Básico) do
Programa de Requalificação Urbana da Orla Lagunar de Maceió.
264
Ainda dentro da Área de Influência Indireta do empreendimento encontramos a
bacia hidrográfica do riacho do Silva, que se encontra completamente
degradada pelo crescimento desordenado da cidade de Maceió, suprimindo
sua mata ciliar, lançando seus efluentes sanitários diretamente do riacho,
assim como, seus resíduos sólidos, tal quadro gerou a substituição da fauna
natural, por espécies típicas de áreas antropizadas.
Um dos grupos mais sensíveis a tais alterações são os anuros, que deveriam
ser comuns nas áreas de influência do empreendimento, bem como ocorrem
na APA do Catolé Unidade de Conservação não integrante das áreas de
influência do empreendimento. Foram observados com mais frequência à rã
(Leptodactylus vastus) e o sapo-cururu (Rhinella jimi) respectivamente. E nas
áreas urbanas houve o domínio da catenga (Tropidurus hispidus).
265
Check list com as espécies que compõem a fauna terrestre e aérea, seu nome vulgar (quando
existente) e área de ocorrência.
267
Nome científico Nome Vulgar Hábitats
Família Tyrannidae
Machetornis rixosa (Vieillot, 1819) Suiriri-cavaleiro AID e AII
Tolmomyias flaviventris (Wied, 1831) Bico-chato-amarelo AII
Tyrannus melancholicus (Vieillot, 1819) Suiriri AID e AII
Pitangus sulphuratus (Linnaeus, 1766) Bem-te-vi ADA, AID e
AII
Família Turdidae
Turdus rufiventris (Vieillot, 1818) Sabiá-gonga AII
Turdus Leucomelas (Vieillot, 1818) Sabiá-branco AII
Família Thraupidae
Tangara sayaca (Linnaeus, 1766) Sanhaço-cinzento AII
Ammodramus humeralis (Bosc, 1792) Tico-tico AII
Volatinia jacarina (Linnaeus, 1766) Tiziu AII
Família Passeridae
Passer domesticus (Linnaeus, 1758) Pardal ADA, AID e
AII
Família Picidae
Campephilus melanoleucos (Gmelin, 1718) Pica-pau AII
Família Psittacidae
Diopsittaca nobilis (Linnaeus, 1758) Maracanã pequena ADA e AID
Família Alcedinidae
Megaceryle torquata (Linnaeus, 1766) Martim-pescador-grande ADA e AID
Família Rallidae
Porphyrio martinicus (Linnaeus, 1766) Frango-d‟água ADA e AID
MAMMALIA
Família Caviidae
Galea spixii (Wagler, 1831) Preá AII
Família Cebidae
Callithrix jacchus (Linnaeus, 1758) Sagui-de-tufo-branco AII
Família Didelphidae
Didelphis albiventris Lund, 1840 Cassaco AID e AII
268
A B
C
Três momentos da espécie Ardea alba (garça-branca-grande) a com maior ocorrência dentro
das áreas de influência do empreendimento (ADA, AID e AII). (A) exemplares utilizam as
caiçaras para descanso dentro da AII. (B) interação ecológica (presa – predador) foi observada,
dentro da AID, entre A. alba e uma espécie de bagre. Tal relação demonstra que, mesmo com
um elevado processo de degradação, o ecossistema ainda mantém suas relações. (C)
Exemplar de A. Alba sobre o mangue, dentro da ADA do empreendimento
269
Exemplar de Tachycineta albiventer conhecida popularmente como andorinha-do-rio,
observada sobre a vegetação, na ADA do empreendimento. Tal espécie foi a segunda mais
avistada, dentre as que compõem a fauna terrestre e aérea
Rhinella Jimi conhecido como sapo-cururu-grande, foi observado nas áreas alagadiças, dentro
da ADA e ocorrendo também na AII, dentro do remanescente de mata do IBAMA
270
Megaceryle torquata, conhecido popularmente como martim-pescador-grande foi observado na
ADA e AID do empreendimento
Vanellus chilensis, conhecido vulgarmente como quero-quero foram observados grupos com
até quatro espécimes, dentro da ADA e AIA do empreendimento
271
A B
C D
Gráficos mostrando a dispersão dos grandes táxons nas diferentes áreas de influência do
empreendimento. No gráfico D os círculos representam: preto = ADD; verde = AID e vermelho = AII
272
No contexto geral da fauna (aquática, terrestre e aérea) não observamos
nenhuma espécie ameaçada de extinção ou endêmica, fato que não diminui a
necessidade de medidas (ver prognósticos) a serem tomadas durante a
execução do empreendimento.
Referências
273
Conservação no Município de Pilar – Alagoas: Vale das Marrecas & Complexo
Grujaú – Lamarão – Camurupim. Instituto Eco Engenho. Dezembro de 2008
(não publicado).
274
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Brasil. Versão 10/2/2007. [Disponível em] <http://www.ib.usp.br/cbro>. Acesso
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de mamíferos no Brasil. Mega diversidade, n.1, v.1. 2005.
275
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276
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277
LIMA, I.F. Maceió, a cidade Restinga. Contribuição ao estudo geomorfológico
do litoral alagoano. Edufal, 1990.
LIMA, I.F. Geografia de Alagoas. Editora do Brasil S/A, São Paulo, 1965, 347p.
279
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281
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282
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bacias hidrográficas de Alagoas. SEMA/SUDENE/Governo de Alagoas –
Coordenação do Meio Ambiente. Maceió, 1979
283
Diagnóstico Ambient al do Meio Socioeconômico
(Meio Antrópico)
Apresentação
Contextualização
286
Distribuição de pessoas residentes em domicílios particulares por classes de rendimento
mensal familiar per capita em Alagoas
Rendimento (salário Pessoas (mil) Percentual (%)
mínimo)
Sem rendimento 76,1 2,4
Até ¼ 942,4 29,7
Mais de ¼ a ½ 863,1 27,2
Mais de ½ a 1 780,6 24,6
Mais de 1 a 2 301,4 9,5
Mais de 2 a 3 73,0 2,3
Mais de 3 a 5 70,0 2,2
Mais de 5 50,8 1,6
Não declararam 22,2 0,7
Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD), 2008
Esse panorama contribui para que a elite alagoana mantenha poder influência
e responsabilidade pelo resultado de suas decisões e, por isso, dispõe de
meios para acelerar ou retardar os processos de mudanças sociais,
condenando o Estado a uma situação social extremamente perversa e
selvagem, colocando-o no ranking dos piores indicadores sociais, e a sua
capital – Maceió como uma das cidades mais violentas do mundo.
287
população nacional. A oferta de serviços de saneamento básico também
apresenta dados alarmantes. 30% da população não possui rede de esgoto ou
fossa séptica. Além disso, segundo os estudos da Fundação João Pinheiro o
déficit habitacional em Alagoas é de 91 mil unidades habitacionais.
Logo, o processo de urbanização de Alagoas não foi realizado pela atração das
oportunidades nas novas empresas e, por isso esse aumento espetacular da
população nas cidades [logicamente também em Maceió] fez crescer dois
setores urbanos distintos. O primeiro é o da economia informal, principalmente
na área de serviços e comércio. Concentrada nos bairros periféricos da capital,
a economia informal emprega ou dá ocupação a dois de cada três
trabalhadores urbanos. O segundo é a parcela marginalizada. A população
sobrevive de atividades irregulares como a que está concentrada nos quase
300 aglomerados da capital. (CARVALHO, 2005, p.17)
288
A intervenção proposta será no Complexo Estuarino Lagunar Mundaú-
Manguaba (CELMM), que é um dos ecossistemas mais importantes do estado
de Alagoas, sendo constituído pelas lagunas Mundaú e Manguaba, além dos
rios que nelas deságuam Mundaú e Paraíba do Meio, respectivamente.
Também contribuem para o CELMM vários outros rios de pequeno porte como
o Sumaúma Grande e dos Remédios. Essas lagunas foram constituídas pelo
barramento da foz dos rios Mundaú e Paraíba, por deposição dos sedimentos
marinhos e o consequente afogamento de seus leitos.
289
O processo de uso e apropriação indevida do solo nessa região foi gerado por
sua localização estratégica e pela potencialidade dos seus recursos
ambientais, que determinaram as características do desenvolvimento local.
Foram geradas oportunidades de emprego e renda, mas, ao mesmo tempo, se
comprometeu o patrimônio natural através da degradação das características e
valores culturais locais.
290
Principais Características Sociais e Econômicas do Município
1
É uma ferramenta de gestão, que possibilita a análise dos principais problemas e necessidades das famílias
cadastradas e auxilia o poder público na formulação de políticas públicas que atendam a essa demanda. Em suma, o uso do
cadastro por programas com foco em distintos aspectos das condições de Vida da população vulnerável é essencial, uma vez
que, neste caso, cada programa irá colocar em xeque, aspectos distintos das informações cadastrais.
2
Segundo o CADÚNICO, na categoria dos que trabalham está incluso: trabalhador sem carteira assinada,
trabalhador com carteira, trabalhador rural, autônomo com previdência, autônomo sem previdência.
291
fornecidos pelo Mapa da Violência 2013, na população geral de Maceió houve
um aumento de 116,1% das mortes por homicídio de 2001 a 2011.
Em 1999 Maceió ocupava a 14ª posição no ranking da taxa por 100 mil de
homicídios nas capitais brasileiras, e chegou ao topo deste ranking em 2011,
quando obteve taxa relativa a 100 mil habitantes de 111,1%.
292
A média de alunos por turma é de 17,8 alunos para o ensino infantil e pré-
escolar, de 27,6 para o ensino fundamental nos dois ciclos e de 38 alunos no
ensino médio, nas escolas públicas.
293
Composição do Produto Interno Bruto (PIB) de Maceió
2011
Discriminação Participação
Valor
(%)
Valor adicionado de Serviços (R$1.000) 8.991.253,94 75,80
Valor adicionado de Indústria (R$1.000) 2.836.708,22 23,91
Valor adicionado de Agropecuária
33.994,80 0,29
(R$1.000)
Valor adicionado Total (R$1.000) 11.861.956,96 100,00
Produto Interno Bruto (R$1.000) 13.743.390,95 -
PIB per capita municipal (R$1,00) 14.572,42 -
Fonte: IBGE/SEPLANDE
294
População economicamente ativa de Maceió - Fonte: IBGE, 2010.
295
De acordo com Melo (2010) 46% da população do município mora em
assentamentos precários. No levantamento do Instituto Brasileiro de
Administração Municipal – IBAM a cidade de Maceió apresenta um crescimento
urbano acelerado, e, por conseguinte desordenado, acentuando as carências e
deficiências de infraestrutura. A habitação de interesse social inicia seus
processos primários em meados dos anos 80, sendo implantados em sua
maioria, conjuntos habitacionais na parte alta da cidade.
296
No que se refere à cultura, temos que as suas principais manifestações são a
culinária, o folclore, o artesanato e os bordados, considerados um dos mais
bonitos do Nordeste. Em Maceió a produção de artesanatos confeccionados
em palha, cerâmica, madeira, couro, casca de coco, fibra de bananeira, além
de bordados variados é uma das principais fontes de renda das comunidades e
insere-se entre as atividades do mercado informal do município. No que se
refere ao bordado, por exemplo, uma das grandes referências é o bairro do
Pontal da Barra, onde os homens dedicam-se à pesca e mulheres artesãs
produzem desenhos em filé, renda e labirinto. Há também uma produção
bastante valorizada de trançados de palha de Ouricuri e cipó, além das rendas.
A produção de cerâmica utilitária como panelas, moringas e potes também
podem ser encontradas nas feiras livres e mercados de artesanato da cidade.
297
Dessa maneira, os primeiros eventos carnavalescos apresentam desfiles
luxuosos, não apenas como espetáculos de descontração, mas funcionando
como uma espécie de pedagogia massiva de orientação civilizadora. Ao
contrário do que aconteceu em cidades como Salvador e Recife, onde
intelectuais e artistas tomaram partido do mundo dos candomblés, legitimando
a autoridade de babalorixás e ialorixás, em Maceió nunca houve iniciativa
semelhante, o que reprimiu em parte as manifestações populares durante um
longo período. Contudo algumas manifestações se mantiveram resistindo ao
longo dos anos. É o caso dos “Sambas de Matuto” e do “Xangô Rezado Baixo”.
O modelo de festa de frevo em Maceió foi denominado de “passo quebrado”.
Outras danças típicas que merecem destaque são o “Coco” e o “Bate Coxa”.
298
Guerreiro - Grupo multicolorido de dançadores e cantores, semelhante
aos Reisados mas com maior número de figurantes e episódios, maior riquezas
nos trajes e enfeites e maior beleza nas músicas.
Maracatu - Dança processional e cortejo real, parte dos Reinados dos
Gongos. Não se deve confundir com o Auto dos Gongos, porque é uma
reinterpretação deste. A palavra Maracatu é termo africano que significa dança
ou batuque. O Maracatu já foi chamado de "Candomblé de Rua", porque é um
grupo de adeptos das religiões afro-brasileiras que saem às ruas para fazer
saudação aos orixás, ou "santos" dessas religiões.
Marujada - A Marujada que ressurge em Alagoas possui elementos de
folguedos náuticos, Reisados, Taieiras, Pastoris.
Pastoril - O Pastoril é o mais conhecido e difundido folguedo popular de
Alagoas. É uma fragmentação do Presépio, sem os textos declamados e sem
os diálogos. É constituído apenas por jornadas soltas, canções e danças
religiosas ou profanas, de épocas e estilos variados.
Quilombo - Durante muito tempo pensou-se ser os Quilombos um auto
que rememorava o acontecimento dos Quilombos dos Palmares. Mas porque
não existe, de nenhum modo, ligação entre o fato histórico e o folguedo, e
existe identificação desse auto com similares do Brasil e do estrangeiro
(Congadas, Cucumbis, Caboclinhos, Mouriscadas etc.) chegou-se à conclusão
que é uma adaptação local ou reinterpretação de origem branca e erudita de
danças brasileiras e europeias que demonstram lutas, ora entre negros e
brancos, ou mouros e cristãos, ou negros e índios (caboclos).
Reisado -Auto popular profano-religioso formado por grupos de
músicos, cantores e dançadores, que vão de porta em porta, no período de 24
de dezembro a 6 de janeiro, anunciar a Chegada do Messias, homenagear os
Três Reis Magos e fazer louvações aos donos das casas onde dançam.
Taieiras - Dança-cortejo de caráter religioso afro-brasileiro que faz
louvação a São Benedito e a Nossa Senhora do Rosário, padroeira dos pretos.
De aculturação africana, ligada aos Reinados dos Congos e estruturada na
época da escravidão.
299
Descrição e características socioambientais da área de intervenção
A ocupação da Orla Lagunar teve início no séc. XIX com o bairro da Levada,
expandindo-se em seguida por Bebedouro e Mutange, para depois chegar aos
outros bairros. Já no início do séc. XX existiam três portos na lagoa: Levada,
Trapiche e Bebedouro; eram através desses portos que se promovia o
comércio na cidade.
Os bairros que compõem a Orla Lagunar são: Rio Novo, Fernão Velho,
Bebedouro, Mutange, Bom Parto, Levada, Vergel do Lago, Ponta Grossa,
Trapiche da Barra e Pontal da Barra, sendo este último o bairro onde está
localizado o Complexo Cloroquímico. Em quase todos esses bairros, sobre as
águas da Lagoa ou bem próxima a elas, podemos encontrar habitações
precárias, como barracos de madeira, papelão e lona. Na figura abaixo é
apresentado o primeiro trecho da área de intervenção aqui proposta.
301
Área de intervenção - Fonte: elaboração da Urbaniza, 2015
O primeiro trecho que será objeto de reurbanização, por sua vez, é composto
pelos seguintes bairros: Bebedouro, Mutange, Bom Parto e Levada,
compreendendo uma área total de 161,67ha, que engloba 28 setores
censitários.
302
A Orla Lagunar de Maceió situa-se na baixada litorânea lagunar, no extremo
sul da área urbana da cidade, em estreita faixa de terra entre o oceano
Atlântico e a lagoa Mundaú. Possui cerca de 24 km de extensão, percorrendo
dez dos cinquenta bairros da cidade, indo do Bairro do Pontal da Barra até o
Bairro de Rio Novo. A área de intervenção, portanto, está situada nas
proximidades de um dos ecossistemas mais importantes de Alagoas, que por
sua vez vem sofrendo grandes impactos decorrentes da ação antrópica.
303
Parque Municipal de Maceió. Na porção norte, localiza-se a Área de
Preservação Ambiental do Catolé.
304
Ao observar o recortedo mapa elaborado pela ANA (2006) apresentado abaixo,
podemos identificar questões ambientais e de infraestrutura bastante
importantes para compreensão da situação na área que sofrerá a primeira
etapa de intervenção. Através do mapa podemos identificar num primeiro
momento alguns elementos que compõe a infraestrutura urbana do lugar, como
a malha urbana, a ferrovia que corta o trecho, a subestação de energia
localizada no bairro do Mutange, e os hospitais localizados entre o bairro do
Bebedouro e do Mutange.
Podemos notar ainda que nos bairros do Bebedouro e Mutange há uma área
de manguezal e que nos bairros do Bom Parto e Levada a rede de drenagem
urbana é compartilhada com a rede de esgoto. Há na região do Bebedouro
uma área sujeita à erosão, que corresponde à Encosta do Tabuleiro. Por fim, é
importante
atentar também para o fato de que praticamente toda a orla lagunar está
sujeitaa riscos de inundações e enchentes.
305
Recorte do Mapa de Áreas de Risco em Maceió com influência na Lagoa Mundaú, para
detalhamento da situação na área de intervenção. - Fonte: ANA, 2006, p. 18
306
Inundação no bairro do Bebedouro em 2014.
Fonte: <http://www.alagoas24horas.com.br/382785/alagamentos-canoas-dividem-espaco-com-
veiculos-em-bebedouro/> . Acesso em: 22 set. 2015. Crédito de Sandro Quintela.
307
Onde localizam-se os domicílios que despejam lixo nos canais e na Lagoa Mundaú - Fonte:
IBGE – Censo de 2000. Elaboração: Melo (2010)
Com relação ao esgotamento sanitário, temos que apenas 20% dos domicílios
da Orla Lagunar declarou estar ligado à rede. Segundo Melo (2010) o sistema
coletor de Maceió atende apenas a área central (Centro, Jaraguá, Farol,
Trapiche da Barra, Levada, Bom Parto e Ponta Grossa), a planície costeira
(Pajuçara, Ponta Verde e Jatiúca) e pequena parcela do tabuleiro (Benedito
Bentes).
308
séptica (27,8%), que quando adequada utiliza um filtro anaeróbio capaz de
depurar o efluente e reduzir o impacto ambiental. Porém quando não há
manutenção adequada da fossa séptica, seu funcionamento pode se
assemelhar muito a uma fossa negra.
Destino do esgoto nos bairros às margens da Lagoa Mundaú (% dos domicílios) - Fonte: IBGE
– Censo de 2000. Elaboração: Melo (2010)
No Gráfico abaixo podemos notar que o bairro do Bom Parto é responsável por
41% dos despejos de esgoto em local inapropriado, o que pode ser devido a
este bairro ter uma das maiores densidades demográficas da região. Em
seguida aparece o bairro de Fernão Velho com 15% e o bairro do Bebedouro,
que faz parte do primeiro trecho de intervenção aqui proposto, com 13%. Ainda
destacando os bairros da área de intervenção, temos que 2% dos domicílios do
bairro da Levada e nenhum domicílio do bairro do Mutange realizam despejo
no corpo d‟água.
309
Onde se localizam os bairros que despejam esgoto diretamente nos canais e na Lagoa
Mundaú - Fonte: IBGE – Censo de 2000. Elaboração: Melo (2010)
310
Onde se localizam os domicílios sem banheiro e/ou sanitário - Fonte: IBGE – Censo de 2000.
Elaboração: Melo (2010)
312
Em relação às unidades especiais de preservação cultural, no bairro de
Bebedouro tem-se ainda a Vila Lilota - Casa de Saúde Dr. José Lopes de
Mendonça situada na Avenida Major Cícero de Góes Monteiro. É importante
ressaltar ainda que este bairro é considerado como berço cultural de Maceió.
4
Disponível em: <http://www.bairrosdemaceio.net/site/index.php?Canal=Bairros&Id=6>.
Acesso em 21 set. 2015.
313
Densidade demográfica nos setores censitários do primeiro trecho de intervenção. Fonte:
Prefeitura de Maceió, 2015
Renda per capita nos setores censitários do primeiro trecho de intervenção. Fonte: Prefeitura
de Maceió, 2015
315
localidade estudada nos dão indícios ainda da má distribuição de renda em
Maceió.
Os pobres não têm mais como esperar pelo Estado para se inserir nos
mercados produtivos. Sem emprego no mercado formal, buscam diversas
formas para garantir sua própria renda e sobrevivência.
Além de buscarem os mais variados tipos de alternativa para “se virar”, que vão
desde produzir alimentos em casa, até comercializar mercadorias nas ruas
como camelôs e ambulantes, essas pessoas incorporam hábitos na zona
urbana que são típicos da zona rural.
Assim é comum observar nos bairros mais pobres a criação de animais, por
exemplo, conforme observado nas Figuras abaixo, em registros realizados em
visita a um dos bairros da área de intervenção.
316
Criação de animais nos bairros da área de intervenção.
Fonte: Emiliano, 2015
317
De acordo com Lautenschalager (2006) a maioria das famílias pesquisadas em
Maceió pelo Centro de Educação Ambiental São Bartolomeu - CEASB vive
exclusivamente da catação de recicláveis, tanto nos lixões quanto no centro da
cidade, e sobrevivem de uma renda familiar menor que um salário mínimo.
Vale salientar ainda que as famílias em situação mais vulnerável se encontram
localizadas predominantemente em áreas como a Orla Lagunar, onde se
inserem os bairros da área de intervenção.
5
Na Região Administrativa 2 de Maceió estão inseridos os seguintes bairros: Centro, Levada,
Ponta Grossa, Pontal da Barra, Prado, Trapiche da Barra, Vergel do Lago. Já na Região
Administrativa 4 estão inseridos os seguintes bairros: Bom Parto, Mutange, Bebedouro, Chã de
Bebedouro, Chã de Jaqueira, Petrópolis, Fernão Velho, Rio Novo, Santa Amélia.
318
No Gráfico abaixo podemos notar que o percentual de escolas do Ensino
Fundamental da rede municipal que ultrapassaram a meta do IDEB6 nos anos
iniciais (1º ao 5º ano) na RA 4 foi de 60%, valor que supera o índice de 42,9%
alcançado pelo município de Maceió como um todo. Já o percentual de escolas
que alcançaram esse mesmo índice na RA 2 ficou um pouco abaixo da média
do município, sendo atingido por 40% das escolas.
6
O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) foi criado pelo Inep em 2007 e
representa a iniciativa pioneira de reunir em um só indicador dois conceitos igualmente
importantes para a qualidade da educação: fluxo escolar e médias de desempenho nas avaliações.
Ele agrega ao enfoque pedagógico dos resultados das avaliações em larga escala do Inep a
possibilidade de resultados sintéticos, facilmente assimiláveis, e que permitem traçar metas de
qualidade educacional para os sistemas. O indicador é calculado a partir dos dados sobre aprovação
escolar, obtidos no Censo Escolar, e médias de desempenho nas avaliações do Inep.
319
RA‟s da área de estudo. No Gráfico podemos notar que apenas 14,3% das
escolas na RA 2 alcançaram as metas do IDEB, enquanto que nenhuma da RA
4 o alcançou. Para o município de Maceió a média de escolas que atingiu o
índice foi de apenas 25% das escolas.
320
Percentual de Escolas do Ensino Fundamental da Rede Pública que Atingiram ou
Ultrapassaram a Meta do IDEB - Regiões Administrativas, 2011. Fonte: INEP e Censo Escolar
– MEC
Com relação ao ensino médio, temos que nos 04 bairros com que estamos
trabalhando existem 5 escolas estaduais (Quadro seguinte), contudo elas estão
localizadas nos bairros do Bebedouro e Bom Parto. Nos bairros da Levada e
Mutange não há nenhuma escola.
321
Escolas Existentes na Área de Intervenção
BAIRRO ESCOLAS
Ainda no que se refere à educação, de acordo com o IBGE (2000), 26,25% dos
habitantes da área de intervenção são analfabetos com 5 anos ou mais.
Analisando essa informação por bairro, temos que o bairro que apresenta o
menor índice de analfabetismo é o de Mutange, onde há entre 61 e 120
pessoas com 5 anos ou mais que são analfabetas.
322
Analfabetos com 5 anos ou mais nos setores censitários do primeiro trecho de intervenção.
Fonte: Prefeitura de Maceió, 2015
7
A divisão dos Distritos Sanitários é bastante semelhante à organização das Regiões
Administrativas. Assim, no Distrito Sanitário 2 de Maceió estão inseridos os seguintes bairros:
Centro, Levada, Ponta Grossa, Pontal da Barra, Prado, Trapiche da Barra, Vergel do Lago. Já no
Distrito Sanitário 4 estão inseridos os seguintes bairros: Bom Parto, Mutange, Bebedouro, Chã de
Bebedouro, Chã de Jaqueira, Petrópolis, Fernão Velho, Rio Novo, Santa Amélia.
323
homicídios para o total da população do município ficou num índice de 116,35
homicídios para cada 100.000 jovens. Apesar de não estarmos analisando a
realidade de todos os bairros dos Distritos Sanitários, é importante chamar
atenção para o fato de no DS 2 está inserido o bairro da Levada, que tem o
maior número de analfabetos com 5 anos ou mais, nenhuma escola Ensino
Médio e onde apenas 22,5% das escolas de Ensino Fundamental conseguiram
ultrapassar os índices do IDEB. É também no bairro da Levada onde a maior
parte da população possui renda per capita de no máximo R$200,00.
8
Disponível em: <http://www.bairrosdemaceio.net/site/index.php?Canal=Bairros&Id=27>.
Acesso em 21 set. 2015.
324
localizada na Av. Dr. Francisco de Menezes, Rua Dr. Jonas Montenegro e Rua
Saldanha Marinho.
325
CAPÍTULO 5 –PROGNÓSTICO AMBIENTAL
Introdução
326
A elaboração do Prognóstico Ambiental levou em consideração as condições
ambientais e sociais emergentes, com e sem a implantação do projeto,
conduzindo à proposição de medidas destinadas ao equacionamento dos
potenciais impactos. Além disso, foram analisados os potenciais impactos do
Programa de Requalificação Urbana da Orla Lagunar de Maceió, sobre o meio
ambiente, integrando suas fases de planejamento, implantação e operação.
Esta avaliação, abrangendo os potenciais impactos negativos e positivos das
obras, leva em conta o fator tempo, determinando, na medida do possível, uma
projeção dos potenciais impactos imediatos, a médio e longo prazo;
temporários, permanentes e cíclicos; reversíveis e irreversíveis; locais e
regionais; e se são diretos ou indiretos.
327
informações bibliográficas coletadas, permitiram a confecção de mapas
preliminares antes da viagem de reconhecimento à área.
328
Nessa matriz estão listadas as fases estruturais do Programa, por fase de
ocorrência, que poderão impactar os diversos fatores ambientais (definidos em
função do diagnóstico). Cada uma dessas interações foi avaliada,
evidenciando-se os principais impactos resultantes. Para a
classificação/valoração dos impactos identificados, de forma a permitir melhor
análise dos mesmos, foi utilizado um algoritmo ponderado, onde os impactos
foram avaliados quanto ao seu tipo, categoria, extensão, duração,
reversibilidade, magnitude, tendo sido adotados os seguintes critérios:
330
valor a atribuir para cada impacto sob análise, respeitando-se os intervalos
previamente dimensionados para as subdivisões de classes.
Vp = {(Dx1)+(Ax1,5)+(Tx2) +
(Rx2,5)+(Mx3)} / 10
Onde:
Vp = Valoração ponderada;
331
A= Valoração simples obtida para a Abrangência Espacial;
333
potenciais sobre os itens ambientais destacados, as quais têm por objetivo
atenuar ou eliminar tais eventos.
334
importantes, visto que sinaliza para a uma aproximação da compreensão da
viabilidade ambiental, ademais é um rito determinado pela Norma vigente.
335
impactos segundo as classes e suas subdivisões, correspondendo ao
somatório das valorações obtidas em cada coluna.
337
Os impactos sobre o meio físico foram identificados a partir de uma ampla
discussão sobre o diagnóstico específico anteriormente elaborado, na análise
detalhada dos projetos básicos do empreendimento e na literatura consultada.
Posteriormente, cada evento impactante foi listado com suas expectativas de
impactos.
338
Utilizando como base a Matriz de Fontes de Poluição (ANA, 2006),
descrevemos o estado atual (sem o empreendimento) e fazemos um
prognóstico dos impactos com a implementação do empreendimento.
339
A principal fonte, já é vista analisando o traçado da obra, observamos a
necessidade da cobertura vegetal que exerce papel fundamental na proteção
dos solos.
340
Avaliação dos Impactos Ambientais
341
Impactos sobre o Meio Socioeconômico
Os impactos sobre o meio biótico sempre, de uma primeira vista, acabam por
se projetar nos ambientes naturais e antrópicos, que de alguma forma,
resguardam organismos vivos e que, conjuntamente ao meio físico, constituem
os ecossistemas.
Seja ele qual for o ecossistema, qualquer obra que venha a alterar sua
estrutura primária irá ocasionar impactos. Estes podem ser taxados como
positivos ou negativos, caso os mesmos degradem ou melhorem as atuais
condições desses ecossistemas.
342
Onde havia manguezais ou ambientes úmidos, palustres, ou encostas
vegetadas, e tabuleiros com florestas, só restam rumores, vestígios, claros
sinais de urbanização, desenfreada e desordenada.
No trecho onde a Via passa pelo complexo populacional do bairro Bom Parto,
será necessário que seja desocupada totalmente a área de APP ocupada de
forma irregular pela população local. Essa área encontra-se altamente
antropizada uma vez que a ambiência foi altamente degradada, onde foi
343
retirada sua vegetação e e fauna local. Anseia-se que, com a implantação dos
Programas Ambientais, esta condição negativa a padrões aceitáveis e que os
ecossistemas venham a se regenenerar gradativamente ao longo dos anos
subsequentes.
345
Fiscalização e manutenção periódica da APP durante a fase de
operação minimizando os riscos de invasão.
346
A partir destes conceitos, seram definidos os impactos ambientais esperados
nas fases de Planejamento (P), Instalação (I) e Operação (O), levando em
consideração a implantação das Via Lagunar e as outras obras de urbanização
definidas no Programa, tratados de forma distintas.
350
Quadro 1: Impactos ambientais na fase de Planejamento
Meio Biótico
Fatores Geradores Descrição Mitigação
de Impactos
Abertura de A abertura de caminhos Não é necessário mitigar,
caminhos para ser utilizado pela uma vez que o
equipe de topografia na procedimento é
execução do levantamento temporário. Porem deve-
topográficos da área do se abrir espaços
Programa.Essaação causa estritamente necessários
o afugentamento da fauna, para realização desses
compactação do solo, trabalhos.
supressão de vegetação e
geração de ruídos.
Geração de ruídos Os ruídos gerados na fase Não é necessário mitigar,
de estudos, onde veículos uma vez que o
e equipes técnicas procedimento é
estiveram na área e, temporário. No entanto,
através dos ruídos deverá ser evitado o
inerentes, promoverão o trânsito de veículos
afugentamento da fauna e durante o período
incomodo a população da noturno em áreas
área do entorno. Essa habitadas.
intervenção extremamente
pequena e esporádica, não
materializando o impacto.
Meio Antrópico
Fatores Geradores Descrição Mitigação
de Impactos
Geração de ruídos Os ruídos gerados na fase Não é necessário mitigar,
de estudos, onde veículos uma vez que o
e equipe técnica estiveram procedimento é
na área e, através dos temporário. No entanto,
ruídos inerentes, deverá ser evitado o
promoverão o trânsito de veículos
afugentamento da fauna e durante o período
incomodo a população da noturno em áreas
área do entorno. Essa habitadas.
intervenção extremamente
pequena e esporádica, não
materializando o impacto.
351
Meio Biótico
Fatores Geradores Descrição Mitigação
de Impactos
Abertura de A abertura de caminhos Não é necessário mitigar,
caminhos para ser utilizado pela uma vez que o
equipe de topografia na procedimento é
execução do levantamento temporário. Porem deve-
topográficos da área do se abrir espaços
Programa.Essaação causa estritamente necessários
o afugentamento da fauna, para realização desses
compactação do solo, trabalhos.
supressão de vegetação e
geração de ruídos.
Meio Antrópico
Fatores Geradores Descrição Mitigação
de Impactos
Geração de Trata-se de um impacto na Disponibilizar versões do
conhecimento geração da cultura local. Relatório de Impacto
Os estudos com os sobre o Meio Ambiente
levantamentos realizados (RIMA) nas bibliotecas
de forma multidisciplinar e, públicas do município de
ao seu final, é integrado no Maceió, nas Associações
sentido mais amplo da do bairro do Bom Parto e
geração de conhecimento. no órgão ambiental
Trata-se do conhecimento responsável pelo
crítico e aprofundado do licenciamento ambiental
meio físico, meio biótico e do Programa.
do meio antrópico, de suas
capacidades e limitações
e, sobretudo, dos níveis de
necessidades adicionais
voltadas a sustentabilidade
do(s) ecossistema(s)
envolvido(s). São estudos
que podem e devem ser
disponibilizados para
permitir ampliar a geração
de conhecimento através
de bibliotecas públicas
locais.
Geração de Renda Com a contratação dos Sem mitigação.
serviços voltados à
geração de Projetos e
352
Meio Biótico
Fatores Geradores Descrição Mitigação
de Impactos
Abertura de A abertura de caminhos Não é necessário mitigar,
caminhos para ser utilizado pela uma vez que o
equipe de topografia na procedimento é
execução do levantamento temporário. Porem deve-
topográficos da área do se abrir espaços
Programa.Essaação causa estritamente necessários
o afugentamento da fauna, para realização desses
compactação do solo, trabalhos.
supressão de vegetação e
geração de ruídos.
Estudos Ambientais, são
disponibilizados recursos
que, de forma indireta,
circulam na área de
influência direta, na forma
de insumos, transporte,
etc.
Geração de É ainda fruto dos serviços Sem mitigação.
Trabalho voltados a elaboração de
Projetos e Estudos
Ambientais. Com estes,
são contratados
consultores para esta
finalidade que contribuem
com seus conhecimentos
e, por consequência, são
remunerados pelos
trabalhos realizados.
Meio Antrópico
Fatores Geradores Descrição Mitigação
de Impactos
Valorização de Com as mobilizações Elaborar um
imóveis sociais e reuniões de planejamento voltado a
esclarecimentos, verifica- atender os anseios, de
se que a população forma social e econômica
demonstra considerável justas.
ansiedade voltada ao
conhecimento dos
parâmetros de segurança,
dos valores que serão
353
Meio Biótico
Fatores Geradores Descrição Mitigação
de Impactos
Abertura de A abertura de caminhos Não é necessário mitigar,
caminhos para ser utilizado pela uma vez que o
equipe de topografia na procedimento é
execução do levantamento temporário. Porem deve-
topográficos da área do se abrir espaços
Programa.Essaação causa estritamente necessários
o afugentamento da fauna, para realização desses
compactação do solo, trabalhos.
supressão de vegetação e
geração de ruídos.
praticados na indenização
de moradias e benfeitorias
e, sobretudo, dos
procedimentos voltados ao
reassentamento das
famílias que serão
diretamente atingidas.
Trata-se de um laboratório
do pleno exercício
democrático voltado aos
ajustes de ansiedades e
necessidades. Nessas
ocasiões é comum a
polarização de aceitação
do Programa. Essa
polarização é benéfica no
sentido de que, naquele
momento, as dúvidas são
dissipadas e naturalmente
surgem idéias sustentáveis
que podem ser
incorporadas ao processo.
354
Quadro 2: Impactos ambientais na fase de Implantação.
Meio Físico
Fatores Geradores Descrição Mitigação
de Impactos
Instalação do Como apoio às 1- Monitorar
canteiro de obras atividades durante a sistematicamente o
implantação das obras, processo construtivo no
será instalado um que concerne à geração,
canteiro de obras, que segregação, reutilização,
deverá estar localizado reciclagem, transporte e
dentro da gleba. destinação final dos
resíduos sólidos.
Neste canteiro estarão
2- Os efluentes
localizados escritório,
sanitários, face à
almoxarifado, refeitório
pequena quantidade
e instalações de outros
gerada, deverão ser
serviços de apoio.
dispostos através de
A operação do canteiro fossas e valas de
gera principalmente infiltração;
resíduos sólidos e 3- As máquinas e
esgotos sanitários, pela equipamentos deverão
presença dos ter um local próprio e
trabalhadores. Também exclusivo para
é possível a geração de estacionamento,
efluentes oleosos pernoite e manutenção,
decorrente da concentrando os
manutenção do acidentes de
maquinário na área. vazamentos e facilitando
a recuperação (retirada
e descarte) imediata do
solo contaminado.
360
Meio Físico
são altamente poluentes empresa especializada. Na
e a contaminação do eventualidade de
solo por contaminação do solo por
hidrocarbonetos combustíveis, óleos e/ou
compromete graxos, esse solo deve ser
definitivamente esses removido e conduzido para
solos, impedindo-os de incineração.
qualquer uso. Poderá
comprometer, inclusive,
os recursos hídricos de
superfície, se os
poluentes forem
carreados pelo
escoamento superficial.
Abertura de Para a real operação do As aberturas de caminhos de
Caminhos canteiro de obras torna- serviços devem estar
se necessário a concentrados na área
abertura de estradas de diretamente afetada e
acesso e de serviços - excepcionalmente limitados
os caminhos. Tal às áreas circunscritas pelo
procedimento exigirá a polígono da desapropriação.
regularização Nas áreas mais externas,
morfométrica de alguns devem estar limitas às vias já
trechos através de existentes. Com isso,
“cortes” e “aterros” impede-se a
através de “raspagem. abertura/degradação de
novas áreas. E, por
consequência, otimiza-se a
utilização dos trechos viários
já implantados para as
necessidades de serviços
internos.
Alteração da Desde a implantação Sem Mitigação
paisagem até a sua fase de
operação, serão
percebidas mudanças
no cenário paisagístico,
como a desocupação e
recuperação da APP,
melhoria da qualidade
das moradias, melhoria
no escoamento do
tráfego de veículos na
parte alta da cidade e
361
Meio Físico
com melhoria no
abastecimento de água
potável, no manejo de
água pluvial, na coleta e
tratamento de esgoto,
na limpeza urbana, no
manejo de resíduos
sólidos e o controle de
vetores, visando à
saúde das
comunidades.
Emissão de gases Esse impacto está Realizar manutenção
relacionado com o preventiva visando a ideal
tráfego de veículos e regulagem dos motores de
presença de caminhões máquinas, caminhões e
e máquinas, nas veículos.
estradas que dão
acesso a obra, durante
a fase de implantação
do Programa, que
deverá provocar um
aumento de poluentes
na atmosfera devido aos
gases dos
escapamentos dos
veículos.
Os gases produzidos na
combustão de
hidrocarbonetos são
CO, CO2, NOX, SO2,
cloreto na forma iônica
(Cl-), e, também, as
fases voláteis do próprio
combustível
(hidrocarbonetos).
Todos os parâmetros
relacionados à
qualidade do ar devem
apresentam-se abaixo
dos padrões definidos
pela Resolução
CONAMA nº 003/90.
Geração de Os resíduos sólidos da Reaproveitar o máximo
362
Meio Físico
resíduos da construção civil no possível os resíduos de
construção Civil Programa de Classe A e promover a
Requalificação Urbana destinação correta a todos
da Orla Lagunar de os tipos de resíduos
Maceió apresentam produzidos nas obras do
grandes problemas Programa.
ambientais devido Todo o transporte de
principalmente à grande
resíduos devem ser
quantidade produzida, realizados com caminhões
principalmente aquele utilizando lona no trajeto até
proveniente da a destinação final.
demolição das
habitações que serão
removidas da área de
preservação
permanente e as da
adequação urbanística
do bairro.
A construção civil gera
significativa quantidade
de resíduos. Esse
volume chega a
comprometer a vida útil
dos aterros sanitários
quando ali dispostos
esses resíduos. Dentre
eles estão às sobras de
papel, papelão,
plásticos, madeira, ferro,
etc. Nessa rota, o
Conselho Nacional de
Meio Ambiente editou a
Resolução Nº 307 que
classifica esses
resíduos e define
procedimentos.
Os resíduos da
construção civil serão
reaproveitados na obra,
sempre que possível,
como os da classe A.
Aqueles não reutilizados
serão destinados ao
Aterro Sanitário do
363
Meio Físico
município de Maceió.
Os da Classe B serão
segregados e colocados
a disposição das
Associações de
catadores de Maceió.
Geração de A instalação do canteiro Para impedir o agravamento
efluentes sanitários de obras fatalmente se do problema deve-se
situará às margens da promover a utilização de
Lagoa Mundaú. Este banheiros químicos no
fato permite que mesmo interior do canteiro, com a
involuntariamente, permanente coleta dos
materiais diversos esgotos por empresa
sejam lançados no especializada e, dando-se
corpo hídrico, com isso, a destinação
principalmente os adequada a esses poluentes.
efluentes sanitários
gerados. Esse
procedimento induzirá
ao comprometimento da
qualidade da água no
que tange a coliformes
totais, nitritos e nitratos.
Promove assim a
alteração adversa do
corpo hídrico, poluindo-
o. A Lagoa, no que diz
respeito ao transporte
de sedimentos e ou
poluentes, encontra-se
em relativo estado de
desequilíbrio dinâmico,
haja vista o
desenvolvimento urbano
com lançamento de
esgotos e águas
servidas.
Direcionamento das Será exigida da Elaboração de um Plano de
águas pluviais construtora responsável Controle Ambiental que trate,
pela obra, a instalação também desse tipo de
de bacias de contenção, impacto.
nos locais de
armazenamento de
óleos e combustíveis,
364
Meio Físico
bem como caixas
separadoras de óleo e
graxas, na saída do
sistema de drenagem
das áreas de oficina e
posto de combustível
(se houver) do canteiro
de obras. Assim, as
águas superficiais da
AID não deverão sofrer
contaminação por estes
tipos de efluentes.
A única alteração
esperada refere-se ao
aumento da turbidez
das águas, decorrente
da intervenção direta
próxima aos córregos e
da ação de chuvas e
enxurradas durante os
trabalhos de escavação,
execução de aterros,
que será mitigada com a
adoção de medidas de
controle de erosão e
assoreamento. Assim,
não são esperadas
alterações significativas
na qualidade das águas,
que por sinal já estão
bastante poluídas por
lixo e esgoto.
Alteração da A alteração da Instalação de redes de
qualidade da água qualidade das águas drenagem e sistemas de
superficial superficiais poderá tratamento de efluentes;
ocorrer através do Monitoramento de qualidade
lançamento de efluentes dos efluentes e dos corpos
sanitários, águas receptores.
servidas contaminadas,
derrames ou
vazamentos de óleos,
graxas ou produtos
químicos, diretamente
no solo ou nos corpos
365
Meio Físico
d‟água receptores,
neste caso, a Lagoa
Mundaú. Também
causam alterações na
qualidade das águas os
carreamentos de
resíduos de solo
decorrentes de
processos erosivos
Meio Antrópico
Fatores Descrição Mitigação
Geradores de
Impactos
Geração de Nessa fase, várias Recomenda-se a utilização de
Ruídos máquinas e veículos Equipamentos de Proteção
adentrarão a área e lá Individual (EPIs) para os
permanecerão por trabalhadores;
vários meses, com Executar o serviço com
funcionamento diário. O intensidade de ruídos e
ruído dos motores, dos vibrações dentro das exigências
escapamentos e dos normativas;
deslocamentos dessas Diminuindo a emissão de ruídos
máquinas e veículos e vibrações que possam
somam-se no sentido de perturbar demasiadamente a
promover significativo população local, quando
incremento com fortes possível;
incômodos auditivos. Evitar trabalhos no período
Esse impacto também noturno
ocorreria durante a
operação da Via
Lagunar obra que
também faz parte do
Programa de
Requalificação Urbana
da Orla Lagunar de
Maceió.
Risco de A Área Diretamente Recomenda-se a implantação de
Inundação Afetada possui um dispositivos de drenagem bem
histórico considerável dimensionados e remoção das
de alagamentos e famílias das áreas sujeitas a
encharcamentos. Sua inundação.
declividade é suave,
366
Meio Antrópico
indicando que as águas
drenam para a Laguna
Mundaú. Este fato
sinaliza para a
necessidade de um
sistema de drenagem
eficiente, buscando-se
eliminar a possibilidade
de carreamento de
detritos para a Laguna.
Também a influência
das marés na área é
muito intensa
provocando
alagamentos
constantes. A Via
Lagunar servirá como
contenção da influência
das marés na área.
Eliminação de Os focos de vetores são Com a implantação de
foco de vetores próprios de ambientes dispositivos de drenagem, evitar-
de acúmulo de lixo e/ou se-ão áreas alagadas na área de
de inundações. estudo e com a coleta periódica
de lixo e disposição adequada
desses resíduos, igualmente
será superada a expectativa de
incômodos.
368
Meio Antrópico
implantação do atendimento de primeiros
programa podem socorros quando
oferecer aos necessário;
funcionários e 5- Para a operação de
moradores envolvidos. máquinas e
equipamentos, todas as
medidas de segurança
devem ser tomadas para
proteção aos
trabalhadores, e as
máquinas devem ser
utilizadas sempre em
boas condições.
369
Meio Antrópico
após a implantação total
do Programa, este
impacto direto e
adverso, deverá ser
temporário, reversível,
imediato e local, restrito
à ADA. Isto no primeiro
momento deverá gerar
um conflito de interesse
até que a comunidade
entenda realmente os
objetivos do programa.
Doenças de Um indicativo de : O Programa contemplará
veiculação potencial contaminação dentre varia ações também a
hídrica por esgotos nas áreas implantação de saneamento
visitadas durante as básico do Bairro do Bom Parto
pesquisas de campo. A circunvizinhos a Lagoa.
contaminação pelo
esgoto pode promover o
surgimento de doenças
como a hepatite,
diarréias e
esquistossomose. Essa
última apresenta
elevada relevância em
regiões onde o
saneamento básico não
se apresenta
amplamente
implementado. Fato
comum na região
Nordeste. Um impacto
de alta relevância,
irreversível e de grande
abrangência.
Melhoria na Pode-se então destacar, Sem mitigação
Qualidade de na história brasileira
Vida recente, alguns
momentos em que
houve um processo
acelerado de
desenvolvimento
econômico, cujos
reflexos se fizeram notar
370
Meio Antrópico
através da implantação
de grandes obras. A
expectativa maior é a
possibilidade de
crescimento econômico
e social, mediante a
instalação das obras do
Programa e que, com
isso, frutifique a
melhoria da qualidade
de vida (alimentação,
educação, moradia,
saneamento e saúde).
Observa-se que a
grande massa da
população se encontra
subempregada
(economia informal) ou
recebendo baixos
salários, quando não
desempregada.
Paralelamente, com a
implantação de um
empreendimento
localmente de porte
diferenciado,
potencialmente gerador
de emprego e renda, a
população tende a se
mobilizar e pressionar
seus governantes por
mais e melhor
infraestrutura e por mais
e melhor qualidade de
vida.
Geração de O empreendimento Preferência de contratação da
Empregos induzirá a criação de mão-de-obra local
Diretos empregos diretos. Os
novos postos de
trabalho serão
destinados
preferencialmente para
a contratação da mão
de obra local. Nesse
371
Meio Antrópico
contingente de
trabalhadores serão
contratados de todos os
níveis, desde que
localmente disponíveis,
com destaque para a
mão-de-obra operária.
Geração de Na atividade da Preferência de contratação da
Empregos construção civil existe mão-de-obra local.
Indiretos uma relação de geração
mínima de 2 empregos
indiretos para cada
emprego direto gerado.
Será alto o contingente
de trabalhadores que de
forma direta ou indireta
estarão envolvidos com
a implantação do
Programa.
Geração de É um procedimento Sem mitigação.
tributos natural da contratação
de pessoal e da
contratação de serviços,
onde o Poder Público
Municipal irá contar com
a injeção de significativa
quantia em tributos.
Nessa fase, destaque
para o Imposto sobre
Serviços (ISS) a ser
recolhido junto a
Prefeitura Municipal de
Maceió.
Dinamização da A dinamização de Divulgação das ações do
economia local economia aqui tratada Programa de Requalificação
se refere a um Urbana da Orla Lagunar de
segmento novo que Maceió através da implantação
fatalmente despontará de um Programa de
no município. Serão Comunicação Social.
muitas as empresas
prestadoras de serviço
que de forma periférica
se instalarão nas
372
Meio Antrópico
proximidades. Com isso
é forte a tendência do
surgimento de novos
negócios que possuem
uma capacidade
diferenciada de
consumo e de geração
de novos postos de
trabalho.
Transtorno no A movimentação de Recomenda-se o uso da malha
transito local máquinas e veículos urbana com o mínimo de
leves e pesados, nessa veículos e máquinas nos
fase do horários de picos de trânsito,
empreendimento, aliviando a densidade de
fatalmente implicará em equipamentos e minimizando os
um acréscimo de congestionamentos e
trânsito e, com isso, transtornos;
ocasionará transtornos. Recomenda-se a adoção de
informes educativos sobre o
trânsito e o meio ambiente,
utilizando-se de prospectos e/ou
placas orientativas e educativas
que tenham o empreendimento
por foco, minimizando o impacto
sobre a população de usuários
do sistema viário.
373
Meio Biótico -
Implantação
Fatores Geradores Descrição Mitigação
de Impactos
Geração de Ruídos Nessa fase, várias 1- Executar o serviço
máquinas e veículos com intensidade de ruídos
adentrarão a área e lá e vibrações dentro das
permanecerão por vários exigências normativas;
meses, com 2- Remoção da fauna
funcionamento diário. O existente, quando ocorrer;
ruído dos motores, dos 3- Diminuindo a
escapamentos e dos emissão de ruídos e
deslocamentos dessas vibrações que possam
máquinas e veículos perturbar demasiadamente
somam-se no sentido de os animais quando
promover significativo possível;
incremento com fortes 4- Evitar trabalhos no
incômodos auditivos. Esse período noturno.
impacto também ocorreria
durante a operação da Via
Lagunar obra que também
faz parte do Programa de
Requalificação Urbana da
Orla Lagunar de Maceió.
Grande parte da Área já
estará desprovida de
vegetação, de habitats de
fauna de baixa mobilidade.
A expectativa é que o
meio biótico seja pouco
afetado por este impacto.
Abertura de Para a real operação do As aberturas de caminhos
caminhos canteiro de obras torna-se de serviços devem estar
necessário a abertura de concentradas na área
estradas de acesso e de diretamente afetada e
serviços - os caminhos. excepcionalmente limitados
Tal procedimento exigirá a às áreas circunscritas pelo
regularização polígono da
morfométrica de alguns desapropriação. Nas áreas
trechos através de “cortes” mais externas, devem estar
e “aterros” através de limitas às vias já existentes.
“raspagem. Esse impacto Com isso, impede-se a
374
Meio Biótico -
Implantação
causa transtorno a fauna abertura/degradação de
da área onde está novas áreas. E, por
ocorrendo as atividades, consequência, otimiza-se a
como também, a utilização dos trechos
supressão esporádica de viários já implantados para
alguma vegetação as necessidades de
existente no trecho de serviços internos. Remoção
abertura dos caminhos. da fauna existente no local
da intervenção.
375
Meio Biótico -
Implantação
afetar as comunidades
aquáticas locais durante o
período de construção.
Impacto sobre a Na etapa de implantação Instalar placas
Fauna do Programa aumentará sinalizadoras nas principais
consideravelmente a vias de acesso à área de
circulação de veículos, implantação das obras do
sobretudo caminhões e Programa e informar e
carretas, nas principais conscientizar os condutores
vias de acesso ao de veículos quanto à
empreendimento, e nas direção defensiva.
vias internas do bairro e
nos acessos abertos nas
áreas menos ocupadas,
ampliando o risco de
atropelamentos de
animais.
Supressão de A área projetada para as Realizar compensação
vegetação e obras é ambiental pela supressão;
Impacto sobre a predominantemente Implantar o Programa de
flora antropizada. Ora por Acompanhamento,
tratar-se de sítios de Monitoramento e Resgate
frutíferas e manguezal da Flora;
bastante antropizado, ora Dispor adequadamente os
por trata-se de áreas resíduos orgânicos e
abertas onde ocorre vegetação da atividade de
vegetação rasteira, supressão. A madeira não
representada por poderá ser comercializada.
gramíneas. Prioritariamente deverá ser
doada a interessados nas
A vegetação original foi
áreas de influência dos
quase que completamente
impactos, aproveitada
removida da área ao longo
localmente para edificação
dos anos de ocupação,
de cercas delimitadoras de
restando fragmentos de
áreas e/ou trituradas para
mangues, sítios de
utilização em recuperação
frutíferas e árvores
de áreas degradadas e/ou
exóticas em geral, além de
compostagem;
áreas desnudas
abandonadas. Fazer supressão das áreas
estritamente necessárias
Toda vegetação na área
dos acessos e do trecho
onde será implantada a
376
Meio Biótico -
Implantação
Via Lagunar deve ser
suprimida e removida do
local para que não ocorra
o comprometimento da
qualidade da água. Dessa
forma, serão suprimidas
espécies da flora que
estão restritas a essas
áreas. Tais medidas
ocasionarão perturbações
ao meio terrestre,
acarretando
principalmente mudanças
no habitat de diversos
animais, forçando-os a
buscar novos ambientes.
A atividade de supressão
também deve ocasionar
alterações nos ambientes
próximos às áreas de
intervenções. Animais
buscarão novos habitats,
onde os mesmos também
poderão invadir os sítios
existentes na área de
influência do Programa em
busca de lugares seguros.
Neste caso a população
deve ser alertada para que
nenhum tipo de acidente
possa vir a ocorrer. Como
a área é pouco habitada
nos trechos onde irá
ocorrer a supressão,
esses riscos serão
mínimos.
O impacto pode ser
compensado por meio de
enriquecimento e manejo
de vegetação em áreas de
preservação dentro e
próximas as de
intervenção do Programa.
377
Meio Biótico -
Implantação
Haverá a supressão de
vegetação em volumes
ainda não calculados, que
necessita de mensurar a
volumetria e receber
destinação adequada.
Este será um dos
impactos mais
significativos por afetar
todo o meio biótico.
Embora seja uma
pequena faixa de
vegetação original que
será removida, algumas
espécies são afetadas.
Para a Flora, além da
perda direta dos
indivíduos, a supressão
vegetal ainda acarreta os
processos erosivos e de
lixiviação do solo, que
pode dificultar o
estabelecimento de novas
comunidades após o
desmatamento. Com a
supressão da vegetação
original, as espécies da
fauna serão privadas de
seus habitats. As espécies
que apresentarem maior
agilidade serão
afugentadas de seus
territórios pela própria
atividade de
desmatamento. Quando
as espécies saem de suas
áreas de vida originais,
elas devem estabelecer
novas áreas domiciliares,
o que pode levar a
competição intra ou
interespecífica, resultando
em flutuações negativas
378
Meio Biótico -
Implantação
nas populações.
Alteração da A paisagem é fatalmente Trata-se de um impacto
paisagem alterada pelas obras de inevitável. Seu caráter
engenharia, onde temporário e de curto prazo,
máquinas e caminhões em confere o entendimento de
movimento, os que o meio ambiente e seus
particulados, os ruídos e a ecossistemas envolvidos
movimentação de absorvem esses impactos
trabalhadores e materiais sem problemas.
de construção impõem a
“poluição visual” da área.
Essa alteração promove o
afugentamento da fauna
local, em termos de
espécies da avifauna
plenamente adaptadas e
que com as alterações
fatalmente serão alvo de
algum stress.
Afugentamento da O aumento da pressão Trata-se de um impacto
fauna antrópica com a presença inevitável. Seu caráter
do pessoal envolvido nas temporário e de curto prazo,
obras, aumento do nível confere o entendimento de
de ruídos e de veículos na que o meio ambiente e seus
área das ações do ecossistemas envolvidos
Programa afugenta a absorvem esses impactos
fauna, principalmente de sem problemas.
vertebrados,
especificamente nas áreas
menos ocupadas. A
remoção da vegetação
altera os habitats
existentes deslocando ou
suprimindo a fauna
associada.
É caracteristicamente um
impacto negativo e direto
e de ocorrência imediata.
Abrange a Área de
Influência Direta. Sua
duração é temporária e
reversível, pois cessado o
379
Meio Biótico -
Implantação
impacto retornam as
possibilidades de
ocupação da área. É um
impacto de baixa
magnitude, pois o impacto
é bastante limitado no
espaço, e de baixa
importância, pois as
espécies encontradas na
área são comuns em
ambientes alterados
devendo recolonizar a
área rapidamente.
Dispersão de Dentre os prováveis Deve ser observada a
animais impactos negativos sobre necessidade de captura e,
peçonhentos a fauna, pode-se citar a se vier a ser o caso,
destruição de habitats de solicitar a presença do
algumas espécies IBAMA.
adaptadas ao ambiente,
algumas delas são cobras
peçonhentas, que deverão
migrar para outros trechos
provocando competição
por alimento e espaço.
Enriquecimento da O enriquecimento da flora Trata-se de um impacto
flora e fauna se dá indiretamente por eminentemente positivo.
conta da necessidade de Seus efeitos serão
recompor a faixa ciliar da consideravelmente
Lagoa. A fauna terá seu ampliados com a criação da
enriquecimento na Área de Preservação
proporção direta do Permanente no entorno da
enriquecimento da flora. Lagoa no trecho de
influência do Programa.
382
Meio Antrópico
Fatores Descrição Mitigação
Geradores de
Impactos
comunidade. Esta sobre as vantagens
expectativa está voltada econômicas a que se
para a possibilidade de submeterão e os reais
contratação de riscos aos quais estão
trabalhadores, expostos.
principalmente para as
atividades voltadas
diretamente para as áreas
de serviços gerais. Isso de
certa forma vem
mobilizando as pessoas,
visto que pode significar a
possibilidade de se obter
uma renda que venha ao
encontro de seus anseios
mais elementares.
Paralelamente, outro tipo
de expectativa gerada diz
respeito à crença de parte
da população, onde se
acredita na idéia da sua
exposição física à toxidade
e a explosividade e que, o
empreendimento interessa
apenas à aquele que o
comercializa.
Impacto cultural O impacto cultural ocorre Distribuição de folhetos e
pelo conhecimento da divulgação através de
população por uma nova todos os tipos de mídia da
alternativa de escoamento importância da obra para
do trânsito da parte alta da cidade de Maceió
cidade e sua importância
no bem-estar da população
do município.
Melhoria na A qualidade da saúde Trata-se de um impacto
qualidade da pública é razão direta da positivo.
saúde pública qualidade de vida. Com a
conclusão das obras do
Programa, quando
tratamos de saneamento
383
Meio Antrópico
Fatores Descrição Mitigação
Geradores de
Impactos
básico, vai melhorar
consideravelmente as
condições de qualidade de
vida da população local,
isso reflete diretamente na
melhoria da qualidade da
saúde pública.
Melhoria na Um dos objetivos do Não existe mitigação para
qualidade do Programa é a melhoria do este impacto.
transporte público trafego da região e
transformação da via em
corredor de transporte
público, com isto,
automaticamente irá ter
uma oferta melhor de linhas
urbanas para a
comunidade do Bom Parto.
Melhoria na Com as ações de Não se mitiga esse
segurança pública requalificação do bairro do impacto, se potencializa
Bom Parto, uma delas é com a ampliação da
implantação de um presença de policiamento
desenho urbanístico na ostensivo no bairro.
região central do bairro que
melhore o deslocamento de
veículos e acabe com a
falta de acesso a
determinadas áreas.
Melhoria do O Programa tem ações de Sem mitigação.
tráfego da região requalificação do tráfego da
região e da parte alta da
cidade de Maceió, visando
sua melhoria de fluidez e
de melhoria na qualidade
no transporte público.
Melhoria da O Programa tem ações de Sem mitigação.
qualidade das reassentamento das
moradias locais famílias diretamente
atingidas na remoção das
moradias da APP e na
384
Meio Antrópico
Fatores Descrição Mitigação
Geradores de
Impactos
requalificação das vias do
bairro. Com isso
proporcionará uma
melhoria na qualidade de
moradias para estas
famílias e
consequentemente a
melhoria de qualidade de
vida.
Meio Biótico
Impacto Descrição Mitigação
Obstrução da Luz Pelo fato da Via em Manter a vegetação nos
do Sol determinado trecho será espaços vazados da via.
construída sob estacas e Fazer um monitoramento
variando de 1 a 3,5 metros da vegetação que está
de altura, criando um abaixo da estrutura da via
espaço vazado, com isto, durante a fase de operação
haverá obstrução de luz do empreendimento.
solar resultando em
sombreamento parcial da
área inferior. Na maior
parte da área sombreada
existe a presença de
vegetações antropizadas
que sofre diretamente a
influencia das marés
(mangue, capim molhado,
etc.).
Recuperação das O traçado da Via Lagunar A única forma de minimizar
Áreas de será implantado esse impacto será com o
Preservação paralelamente a margem correto manejo das
Permanente - APP da Lagoa Mundaú e atividades nestas áreas,
obedecendo ao que não permitindo a alteração
determina o Novo Código descontrolada do solo em
Florestal que para essa áreas desnecessárias
situação orienta uma próxima ao leito do corpo
distância de 30 metros em hídrico e a supressão de
toda extensão da Via. A vegetação deve ser
mata ciliar deste manancial realizada nos trechos
385
Meio Antrópico
Fatores Descrição Mitigação
Geradores de
Impactos
encontra-se com sinais estritamente necessários.
intensos de antropização, Outra medida se dará
com a supressão total e/ou através da recuperação
parcial das espécies dessas áreas diretamente
arbóreas de médio e afetadas, com a elaboração
grande porte e a de um Plano de
predominância de solo Recuperação de Área
exposto e gramíneas. Degradada – PRAD.
Para a implantação do É recomendado por esta
projeto proposto, torna-se equipe o isolamento dessa
inevitável a interferência de área através de cercas
alguns trechos nestas com modelos disponíveis
áreas, há momento que no mercado que
essa distância não será harmonizem com o
obedecida, porém a ambiente, no trecho onde a
interferência dos impactos via passar pela
será mínima, pois a Via comunidade diretamente
passará suspensa, com afetada, evitando a
altura variando entre 1 ocorrência de prováveis
metro a 3,5 metros de invasões da área de APP e
altura. também preservando as
atividades desenvolvidas
Por apresentarem elevada
para sua recuperação.
importância no que diz
respeito à disponibilização
de recursos à fauna e
proteção aos recursos
hídricos, qualquer
modificação desses
ambientes é significativa.
Impacto sobre a Na etapa de operação do Instalar placas
Fauna Programa aumentará sinalizadoras nos trechos
consideravelmente a onde pode ocorrer a
circulação de veículos na travessia da fauna local e
via construída (Via informar e conscientizar os
Lagunar), ampliando o risco condutores de veículos
de atropelamentos de quanto à direção defensiva.
animais. Esse impacto é
menos significativo quando
a Via será construída sob
estacas, variando de 1 a
386
Meio Antrópico
Fatores Descrição Mitigação
Geradores de
Impactos
3,5 metros de altura, pois
facilita a passagem da
fauna por baixo da mesma.
387
388
DESCRIÇÃO DOS
FATORES ABRANGENCIA TOTAL DA
NATUREZA DO IMPACTO DURAÇÃO
ESPACIAL
TEMPORALIDADE REVERSIBILIDADE MAGNITUDE
VALORAÇÃO
IMPACTO
GERADORES DOS
IMPACTOS
IRREVERSÍVEL
MÉDIO PRAZO
PERMANENTE
TEMPORÁRIO
REVERSÍVEL
VALORAÇÃO SIMPLES
REGIONAL
NACIONAL
IMEDIATO
CÍCLICO
LOCAL
MÉDIA
BAIXA
ALTA
MITIGAVAVEL
COMPENSAR
ACEITAVEL
FASE PLANEJAMENTO 8 < 10
8 < 10
8 < 10
6 < 10
8 < 10
1<3
4<7
1<3
4<7
1<3
4<7
1<5
1<3
4<7
(+/-)
Vp = {(Dx1)+(Ax1,5)+(Tx2) + (Rx2,5)+(Mx3)} / 10
MEIO ANTRÓPICO
388
389
DESCRIÇÃO DOS
FATORES ABRANGENCIA TOTAL DA
NATUREZA DO IMPACTO
IRREVERSÍVEL
MÉDIO PRAZO
PERMANENTE
TEMPORÁRIO
REVERSÍVEL
VALORAÇÃO SIMPLES
REGIONAL
NACIONAL
IMEDIATO
CÍCLICO
LOCAL
MÉDIA
BAIXA
ALTA
MITIGAVAVEL
COMPENSAR
ACEITAVEL
FASE PLANEJAMENTO
8 < 10
8 < 10
8 < 10
6 < 10
8 < 10
1<3
4<7
1<3
4<7
1<3
4<7
1<5
1<3
4<7
(+/-)
389
390
390
FATORES
IMPACTOS
MEIO FISICO
DESCRIÇÃO DOS
GERADORES DOS
FASE IMPLANTAÇÃO
NATUREZA DO IMPACTO
(+/-)
1<3 TEMPORÁRIO
4<7 CÍCLICO
DURAÇÃO
8 < 10 PERMANENTE
1<3 LOCAL
4<7 REGIONAL
ESPACIAL
ABRANGENCIA
8 < 10 NACIONAL
8 < 10 IMEDIATO
TEMPORALIDADE
1<5 REVERSÍVEL
6 < 10 IRREVERSÍVEL
REVERSIBILIDADE
1<3 BAIXA
Vp = {(Dx1)+(Ax1,5)+(Tx2) + (Rx2,5)+(Mx3)} / 10
4<7 MÉDIA
MAGNITUDE
8 < 10 ALTA
VALORAÇÃO SIMPLES
VALORAÇÃO PONDERADA
TOTAL DA
(VP)
VALORAÇÃO
ACEITAVEL
MITIGAVAVEL
IMPACTO
391
391
COMPENSAR
392
Instalação do Canteiro de
obra
- 2 1 3 2 2 -10 2,05 x
Alteração da qualidade
do ar pelo aumento da
concentração de material - 2 2 8 1 2 -15 2,95 x
particulado em
suspensão
Geração de ruídos - 3 1 8 1 1 -14 2,6 x
Contaminação do solo - 3 2 1 1 2 -9 1,65 x
Risco de inundação - 4 2 5 3 4 -18 3,65 x
Eliminação de foco de
vetores
+ 6 3 5 10 6 +30 6,35 x
Desencadeamento de
processos erosivos
- 4 3 10 3 5 -25 5,10 x
Compactação do solo - 9 1 5 10 1 -26 4,85 x
TOTAL -21 -9 -35 -11 -11 -87
392
393
DESCRIÇÃO DOS
NATUREZA DO IMPACTO
FATORES ABRANGENCIA TOTAL DA
DURAÇÃO TEMPORALIDADE REVERSIBILIDADE MAGNITUDE IMPACTO
GERADORES DOS ESPACIAL VALORAÇÃO
IMPACTOS
VALORAÇÃO PONDERADA
LONGO PRAZO
IRREVERSÍVEL
MÉDIO PRAZO
PERMANENTE
TEMPORÁRIO
VALORAÇÃO SIMPLES
REVERSÍVEL
REGIONAL
NACIONAL
IMEDIATO
CÍCLICO
LOCAL
MÉDIA
BAIXA
ALTA
MITIGAVAVEL
COMPENSAR
ACEITAVEL
(VP)
FASE IMPLANTAÇÃO
8 < 10
8 < 10
8 < 10
8 < 10
6 < 10
1<3
4<7
1<3
4<7
1<3
4<7
1<5
1<3
4<7
(+/-)
393
394
DURAÇÃO -10
ABRANGENCIA ESPACIAL -3
TEMPORALIDADE -50
REVERSIBILIDADE +16
MAGNITUDE -13
TOTAL -60
394
395
395
396
DESCRIÇÃO DOS
NATUREZA DO IMPACTO
FATORES ABRANGENCIA TOTAL DA
DURAÇÃO TEMPORALIDADE REVERSIBILIDADE MAGNITUDE IMPACTO
GERADORES DOS ESPACIAL VALORAÇÃO
IMPACTOS
VALORAÇÃO PONDERADA
LONGO PRAZO
IRREVERSÍVEL
MÉDIO PRAZO
PERMANENTE
TEMPORÁRIO
VALORAÇÃO SIMPLES
REVERSÍVEL
REGIONAL
NACIONAL
IMEDIATO
CÍCLICO
LOCAL
MÉDIA
BAIXA
ALTA
MITIGAVAVEL
COMPENSAR
ACEITAVEL
(VP)
FASE IMPLANTAÇÃO
8 < 10
8 < 10
8 < 10
6 < 10
8 < 10
1<3
4<7
1<3
4<7
1<3
4<7
1<5
1<3
4<7
(+/-)
396
397
TOTAL
+31 +14 +22 +29 +30 +126
DESCRIÇÃO DOS
NATUREZA DO IMPACTO
VALORAÇÃO PONDERADA
LONGO PRAZO
IRREVERSÍVEL
MÉDIO PRAZO
PERMANENTE
TEMPORÁRIO
VALORAÇÃO SIMPLES
REVERSÍVEL
REGIONAL
NACIONAL
IMEDIATO
CÍCLICO
LOCAL
MÉDIA
BAIXA
ALTA
MITIGAVAVEL
COMPENSAR
ACEITAVEL
(VP)
FASE IMPLANTAÇÃO
8 < 10
8 < 10
8 < 10
6 < 10
8 < 10
1<3
4<7
1<3
4<7
1<3
4<7
1<5
1<3
4<7
(+/-)
397
398
Alteração da qualidade do
ar pelo aumento da
concentração de material
- 3 3 10 5 10 -31
particulado em suspensão 7,00 X
TOTAL
0 -1 -6 +15 -15 -7
VALORAÇÃO MEIO
VALOR
ANTRÓPICO
DURAÇÃO +31
TEMPORALIDADE +16
REVERSIBILIDADE +44
398
399
MAGNITUDE +15
DESCRIÇÃO DOS
ABRANGENCIA TOTAL DA
FATORES GERADORES DURAÇÃO TEMPORALIDADE REVERSIBILIDADE MAGNITUDE IMPACTO
ESPACIAL VALORAÇÃO
DOS IMPACTOS
VALORAÇÃO SIMPLES
6 < 10 IRREVERSÍVEL
MÉDIO PRAZO
8 < 10 PERMANENTE
TEMPORÁRIO
REVERSÍVEL
REGIONAL
NACIONAL
PONDERADA (VP)
IMEDIATO
CÍCLICO
LOCAL
MÉDIA
MITIGAVAVEL
BAIXA
COMPENSAR
VALORAÇÃO
ALTA
ACEITAVEL
FASE IMPLANTAÇÃO
8 < 10
8 < 10
8 < 10
1<3
4<7
1<3
4<7
4<7
1<5
1<3
4<7
(+/-)
399
400
VALORAÇÃO MEIO
VALOR
BIÓTICO
400
401
DURAÇÃO -31
TEMPORALIDADE -71
REVERSIBILIDADE -26
MAGNITUDE -29
TOTAL -178
401
402
ABRANGENCIA
MEIO ANTRÓPICO +119 -3 +13 -21
ESPACIAL
BALANÇO DA SINERGIA
-119 REVERSIBILIDADE +16 +44 -26
POR FASE
402
403
DESCRIÇÃO DOS
NATUREZA DO IMPACTO
VALORAÇÃO PONDERADA
LONGO PRAZO
IRREVERSÍVEL
MÉDIO PRAZO
PERMANENTE
TEMPORÁRIO
VALORAÇÃO SIMPLES
REVERSÍVEL
REGIONAL
NACIONAL
IMEDIATO
CÍCLICO
LOCAL
MÉDIA
BAIXA
ALTA
MITIGAVAVEL
COMPENSAR
ACEITAVEL
(VP)
FASE OPERAÇÃO
8 < 10
8 < 10
8 < 10
6 < 10
8 < 10
1<3
4<7
1<3
4<7
1<3
4<7
1<5
1<3
4<7
(+/-)
403
404
DURAÇÃO +60
TEMPORALIDADE +47
REVERSIBILIDADE +60
MAGNITUDE +54
404
IMPACTO
NATURE
DESCRIÇÃO DOS FATORES
ZA DO
ABRANGENCIA TOTAL DA
GERADORES DOS DURAÇÃO
ESPACIAL
TEMPORALIDADE REVERSIBILIDADE MAGNITUDE
VALORAÇÃO
IMPACTO
IMPACTOS 405
TOTAL +251
405
406
VALORAÇÃO PONDERADA
LONGO PRAZO
IRREVERSÍVEL
MÉDIO PRAZO
PERMANENTE
TEMPORÁRIO
VALORAÇÃO SIMPLES
REVERSÍVEL
REGIONAL
NACIONAL
IMEDIATO
CÍCLICO
LOCAL
MÉDIA
BAIXA
ALTA
MITIGAVAVEL
COMPENSAR
ACEITAVEL
(VP)
FASE OPERAÇÃO
8 < 10
8 < 10
8 < 10
6 < 10
8 < 10
1<3
1<3
4<7
1<3
4<7
4<7
1<5
1<3
4<7
(+/-)
406
407
DURAÇÃO +85
TEMPORALIDADE +77
407
FATORES
GERADORES
DOS IMPACTOS
DESCRIÇÃO DOS
FASE OPERAÇÃO
NATUREZA DO IMPACTO
TEMPORÁRIO
CÍCLICO
DURAÇÃO
PERMANENTE
LOCAL
REGIONAL
TOTAL
ESPACIAL
ABRANGENCIA
NACIONAL
MAGNITUDE
LONGO PRAZO
REVERSIBILIDADE
MÉDIO PRAZO
IMEDIATO
TEMPORALIDADE
REVERSÍVEL
IRREVERSÍVEL
REVERSIBILIDADE
+75
+92
+385
BAIXA
MÉDIA
MAGNITUDE
ALTA
VALORAÇÃO
SIMPLES
VALORAÇÃO
TOTAL DA
PONDERADA (VP)
VALORAÇÃO
ACEITAVEL
MITIGAVAVEL
IMPACTO
COMPENSAR
408
408
409
8 < 10
8 < 10
8 < 10
6 < 10
8 < 10
1<3
4<7
1<3
4<7
1<3
4<7
1<5
1<3
4<7
(+/-)
Vp = {(Dx1)+(Ax1,5)+(Tx2) + (Rx2,5)+(Mx3)} / 10
MEIO BIÓTICO
409
410
DURAÇÃO -8
ABRANGENCIA ESPACIAL -1
TEMPORALIDADE -9
REVERSIBILIDADE -6
MAGNITUDE -2
TOTAL -26
410
411
MEIO MEIO
VALORAÇÃ VALORAÇÃO POR MEIO
RESUMO ANTRÓPIC BIÓTIC
O SIMPLES FASE FÍSICO
O O
ABRANGENCIA
MEIO ANTRÓPICO +385 +30 +56 -1
ESPACIAL
411
412
POR FASE
412
413
ABRANGENCIA ESPACIAL 0,0 10,0 -1,0 -3,0 13,0 -21 +30 +56 -1
413
414
Os impactos também foram analisados segundo três fases distintas do processo: a fase
de planejamento, a fase de instalação e a fase de operação do Programa de
Requalificação Urbana da Orla Lagunar de Maceió, no que tange as obras das unidades
residenciais, comerciais, cras/creas, creche, galpão comunitário, posto guarda civil,
parque lagunar e piscinão.
A seguir serão identificados, relatados e indicadas às medidas mitigadoras e
compensatórias de cada um deles.
Meio Físico -
Implantação
414
415
Meio Físico -
Implantação
103.648,50 toneladas.
415
416
Meio Físico -
Implantação
máquinas em vias.
416
417
Meio Físico -
Implantação
pequenos reparos em
máquinas e equipamentos
podem, em caso de
acidentes, causarem
contaminação dos recursos
hídricos e dos solos por
resíduos oleosos, por esgotos
sanitários e por resíduos
diversos.
Assim, as principais
atividades causadoras de
impactos potenciais sobre a
qualidade das águas e do
solo estão relacionadas com
a geração de esgotos
sanitários nos canteiros de
obras, e geração de efluentes
oleosos em atividades de
manutenção de veículos,
máquinas e equipamentos, e
além do armazenamento de
óleo, combustíveis e
resíduos.
417
418
Meio Físico -
Implantação
418
419
Meio Físico -
Implantação
419
420
Meio Físico -
Implantação
420
421
Meio Físico -
Implantação
421
422
Meio Físico -
Implantação
422
423
Meio Físico -
Implantação
423
424
Meio Físico -
Implantação
solo decorrentes de
processos erosivos ou
lançamento de efluentes não
tratados direto na Lagoa ou
Córregos de drenagem.
424
425
Meio Físico -
Implantação
425
426
Meio Físico -
Implantação
Meio Antrópico -
Implantação
426
427
Meio Antrópico -
Implantação
427
428
Meio Antrópico -
Implantação
das comunidades.
428
429
Meio Antrópico -
Implantação
do Programa.
429
430
Meio Antrópico -
Implantação
Programa de Requalificação
Urbana da Orla Lagunar de
Maceió analisados neste AIA,
haverá uma redução de
unidades habitacionais, de
atividades econômicas, entre
comércio e serviços. Isto
resultará em demanda por
novas unidades habitacionais
e de novas unidades para
atividades econômicas que
está previsto no programa a
construção de 1.784 unidades
habitacionais e 116 unidades
comerciais.
430
431
Meio Antrópico -
Implantação
431
432
Meio Antrópico -
Implantação
de desenvolvimento
econômico, cujos reflexos se
fizeram notar através da
implantação de grandes
obras. A expectativa maior é
a possibilidade de
crescimento econômico e
social, mediante a instalação
das obras do Programa e
que, com isso, frutifique a
melhoria da qualidade de vida
(alimentação, educação,
moradia, saneamento e
saúde). Observa-se que a
grande massa da população
se encontra subempregada
(economia informal) ou
recebendo baixos salários,
quando não desempregada.
Paralelamente, com a
implantação de um
empreendimento localmente
de porte diferenciado,
potencialmente gerador de
emprego e renda, a
população tende a se
432
433
Meio Antrópico -
Implantação
433
434
Meio Antrópico -
Implantação
Recomenda-se a adoção de
informes educativos sobre o
trânsito e o meio ambiente,
utilizando-se de prospectos e/ou
placas orientativas e educativas
que tenham o empreendimento
por foco, minimizando o impacto
sobre a população de usuários
do sistema viário.
434
435
Meio Antrópico -
Implantação
435
436
Meio Antrópico -
Implantação
436
437
Meio Antrópico -
Implantação
explosividade e que, o
empreendimento interessa
apenas àquele que o
comercializa.
Ordenamento do Uso O uso e ocupação do solo Para esse impacto positivo não
do Solo urbano no Bairro do Bom Parto, será proposta ação de
tem-se dado, ao longo do tempo, ampliação.
de forma bastante desordenada.
O Programa proposto, com sua
forma planejada de ocupar o
solo, tende a ser uma referência
para as formas sustentáveis da
ocupação urbana.
437
438
Meio Biótico –
Implantação
438
439
Meio Biótico –
Implantação
439
440
Meio Biótico –
Implantação
440
441
Meio Biótico –
Implantação
441
442
Meio Biótico –
Implantação
442
443
Meio Físico -
Operação
Meio Biótico –
Implantação
443
444
444
445
vazão/escoamento
e/ou infiltração.
Proteção do Os efluentes sanitários, ao longo Implantação de um Programa
Ecossistema Aquático dos tempos têm de Monitoramento da
encontrado como Qualidade da água.
destino de seus
despejos in natura, o
corpo hídrico próximo
a área de
intervenção. Como
uma das medidas e a
implantação de
saneamento básico
na área. Assim, o
empreendimento
estará promovendo a
proteção do
ecossistema
aquático.
Meio Antrópico -
Operação
445
446
Meio Antrópico -
Operação
446
447
Meio Antrópico -
Operação
determinadas áreas.
447
448
Meio Antrópico -
Operação
448
449
Meio Antrópico -
Operação
apresenta amplamente
implementado. Fato comum na
região Nordeste. Um impacto
de alta relevância, irreversível e
de grande abrangência.
Meio Biótico -
Operação
449
450
Meio Antrópico -
Operação
A seguir apresentamos as matrizes de avaliação de impacto que estão divididas nas três
diferentes fases: planejamento, instalação e operação.
450
451
TOTAL DA
FATORES GERADORES DURAÇÃO ABRANGENCIA ESPACIAL TEMPORALIDADE REVERSIBILIDADE MAGNITUDE IMPACTO
VALORAÇÃO
DOS IMPACTOS
IRREVERSÍVEL
MÉDIO PRAZO
PERMANENTE
TEMPORÁRIO
REVERSÍVEL
VALORAÇÃO SIMPLES
REGIONAL
NACIONAL
IMEDIATO
CÍCLICO
LOCAL
MÉDIA
BAIXA
ALTA
MITIGAVAVEL
COMPENSAR
ACEITAVEL
MEIO FÍSICO
8 < 10
8 < 10
8 < 10
6 < 10
8 < 10
1<3
4<7
1<3
4<7
1<3
4<7
1<5
1<3
4<7
(+/-)
Vp = {(Dx1)+(Ax1,5)+(Tx2) + (Rx2,5)+(Mx3)} / 10
Geração Resíduos Sólidos
- -3 -7 -10 -5 -10 - 35 7,6 X
Demolição
Emissão de particulados - -4 -3 -8 -2 -4 - 21 4,15 X
Geração de ruídos - -3 -4 -8 -2 -4 - 21 4,0 X
Contaminação do solo - -4 -2 -4 -2 -3 - 15 2,9 X
Geração de RCC - -9 -5 -5 -5 -5 - 29 5,4 X
Risco de inundação - -5 -2 -4 -2 -2 - 15 2,7 X
Remoção de material
- -8 -2 -5 -8 -4 - 27 5,3 X
inerte
Risco de erosão - -6 -2 -6 -5 -5 - 24 4,85 X
Implantação das - -3 -3 -5 -9 -7 - 27 6,1 X
451
452
estruturas de fundação
- 45 - 30 - 55 - 40 - 44 - 214
VALORAÇÃO
DOS IMPACTOS
IMPACTO
LONGO PRAZO
REVERSÍVEL
VALORAÇÃO SIMPLES
REGIONAL
NACIONAL
IMEDIATO
CÍCLICO
LOCAL
MÉDIA
BAIXA
ALTA
MITIGAVAVEL
COMPENSAR
ACEITAVEL
MEIO FÍSICO
8 < 10
8 < 10
8 < 10
6 < 10
8 < 10
1<3
4<7
1<3
4<7
1<3
4<7
1<5
1<3
4<7
(+/-)
Vp = {(Dx1)+(Ax1,5)+(Tx2) + (Rx2,5)+(Mx3)} / 10
Aquisição de Material
- -9 -6 -6 -9 -7 - 37 7,35 X
Inerte
Alteração de paisagem + +10 +7 +3 +10 +10 + 40 8,15 X
Emissão de gases - -2 -2 -8 -4 -6 - 22 4,9 X
Impermeabilização do solo - -8 -2 -8 -9 -6 - 33 6,75 X
Desnudamento do solo - -8 -2 -8 -6 -4 - 28 5,4 X
Regularização drenagem + +10 +3 +3 +10 +10 + 36 7,55 X
Alteração na qualidade
- -5 -3 -9 -4 5 - 26 5,25 X
das águas superficiais
452
453
Desgaste e Manutenção
- -8 -3 -8 -2 -2 - 23 3,95 X
da Via de Acesso
Abertura de valas - -9 -3 -8 -8 -3 - 31 5,85 X
-29 -11 -49 -22 -13 -124
453
454
DESCRIÇÃO DOS
NATUREZA DO IMPACTO
FATORES TOTAL DA
DURAÇÃO ABRANGENCIA ESPACIAL TEMPORALIDADE REVERSIBILIDADE MAGNITUDE IMPACTO
GERADORES VALORAÇÃO
DOS IMPACTOS
IRREVERSÍVEL
MÉDIO PRAZO
PERMANENTE
TEMPORÁRIO
REVERSÍVEL
VALORAÇÃO SIMPLES
REGIONAL
NACIONAL
IMEDIATO
CÍCLICO
LOCAL
MÉDIA
BAIXA
ALTA
MITIGAVAVEL
COMPENSAR
ACEITAVEL
MEIO
ANTROPIC
O
6 < 10
8 < 10
8 < 10
8 < 10
8 < 10
1<3
4<7
1<3
4<7
1<3
4<7
1<5
1<3
4<7
(+/-)
Vp = {(Dx1)+(Ax1,5)+(Tx2) + (Rx2,5)+(Mx3)} / 10
Aumento na
quantidade de - -4 -3 -8 -6 -4 - 25 5,15 X
vetores
Manutenção do
patrimônio + +8 +4 +2 +8 +4 + 26 5,0 X
arqueológico
Alteração de
+ +10 +4 +3 +9 10 + 36 7,45 X
paisagem
Geração de
+ +3 +5 +9 +3 8 + 28 6,0 X
empregos diretos
Geração de
+ +5 +3 +8 +4 +4 + 24 4,75 X
empregos
454
455
indiretos
Geração de
+ +5 +6 +9 +8 +7 + 35 7,3 X
tributos
Risco de acidentes - -3 -3 -9 -4 -5 - 24 5,05 X
Remoção de lixo + +10 +3 +10 +10 +7 + 40 8,05 X
+ 34 + 19 + 24 + 32 + 31 + 140
455
456
FATORES TOTAL DA
DURAÇÃO ABRANGENCIA ESPACIAL TEMPORALIDADE REVERSIBILIDADE MAGNITUDE IMPACTO
GERADORES VALORAÇÃO
DOS IMPACTOS
IRREVERSÍVEL
MÉDIO PRAZO
PERMANENTE
TEMPORÁRIO
REVERSÍVEL
VALORAÇÃO SIMPLES
REGIONAL
NACIONAL
IMEDIATO
CÍCLICO
LOCAL
MÉDIA
BAIXA
ALTA
MITIGAVAVEL
COMPENSAR
ACEITAVEL
MEIO
ANTROPIC
O
8 < 10
8 < 10
8 < 10
6 < 10
8 < 10
1<3
4<7
1<3
4<7
1<3
4<7
1<5
1<3
4<7
(+/-)
Vp = {(Dx1)+(Ax1,5)+(Tx2) + (Rx2,5)+(Mx3)} / 10
Remoção de
edificações precárias
+ +10 +3 +10 +10 +10 +43 8,95 X
Melhoria na
qualidade de vida
+ +10 +3 3 +10 +10 +36 7,55 X
456
457
Dinamização da
economia local
+ +5 +5 +3 +8 +5 +26 5,35 X
Transtorno no
trânsito local
- -3 -6 -9 -5 -4 -27 5,45 X
Geração de ruídos - -7 -3 -10 -8 -7 -35 7,25 X
Geração de
expectativas
+ +10 +3 +10 +10 +10 +43 8,95 X
Mudança no
cotidiano da - -10 -5 -10 -5 -9 -39 7,70 X
população
Ordenamento doUso
do Solo
+ +10 +3 +3 +10 +10 +36 7,55 X
+25 +3 0 +30 +25 +83
FATORES TOTAL DA
DURAÇÃO ABRANGENCIA ESPACIAL TEMPORALIDADE REVERSIBILIDADE MAGNITUDE IMPACTO
GERADORES VALORAÇÃO
DOS IMPACTOS
IRREVERSÍVEL
MÉDIO PRAZO
PERMANENTE
TEMPORÁRIO
REVERSÍVEL
VALORAÇÃO SIMPLES
REGIONAL
NACIONAL
IMEDIATO
CÍCLICO
LOCAL
MÉDIA
BAIXA
ALTA
MITIGAVAVEL
COMPENSAR
ACEITAVEL
MEIO
BIOTICO
8 < 10
8 < 10
8 < 10
6 < 10
8 < 10
1<5
1<3
4<7
1<3
4<7
1<3
4<7
1<3
4<7
(+/-)
Vp = {(Dx1)+(Ax1,5)+(Tx2) + (Rx2,5)+(Mx3)} / 10
457
458
DURAÇÃO - 45 - 29 + 34 + 25 - 30
ABRANGENCIA ESPACIAL - 30 - 11 + 19 +3 - 15
TEMPORALIDADE - 55 - 49 + 24 0 - 43
458
459
REVERSIBILIDADE - 40 - 22 + 32 + 30 - 28
MAGNITUDE - 44 - 13 + 31 + 25 - 23
DESCRIÇÃO DOS
ZA DO
FATORES TOTAL DA
DURAÇÃO ABRANGENCIA ESPACIAL TEMPORALIDADE REVERSIBILIDADE MAGNITUDE IMPACTO
GERADORES VALORAÇÃO
DOS IMPACTOS
459
460
IRREVERSÍVEL
MÉDIO PRAZO
PERMANENTE
TEMPORÁRIO
REVERSÍVEL
VALORAÇÃO SIMPLES
REGIONAL
NACIONAL
IMEDIATO
CÍCLICO
LOCAL
MÉDIA
BAIXA
ALTA
MITIGAVAVEL
COMPENSAR
ACEITAVEL
MEIO
FÍSICO
6 < 10
8 < 10
8 < 10
8 < 10
8 < 10
1<3
4<7
1<3
4<7
1<3
4<7
1<5
1<3
4<7
(+/-)
Vp = {(Dx1)+(Ax1,5)+(Tx2) + (Rx2,5)+(Mx3)} / 10
Eliminação de
+
vetores +10 +3 +5 +10 +10 +38 7,95 X
Melhoria do
+
aspecto visual +10 +7 +3 +10 +10 +40 8,15 X
Minimização de
+
alagamentos +10 +3 +7 +10 +5 +35 6,85 X
Proteção do
ecossistema +
aquático +10 +5 +3 +9 +8 +35 7,00 X
+40 +18 +18 +39 +33 +149
O
N
U
R
C
A
P
A
A
T
T
I
DESCRIÇÃO DOS DURAÇÃO ABRANGENCIA ESPACIAL TEMPORALIDADE REVERSIBILIDADE MAGNITUDE TOTAL DA IMPACTO
460
461
FATORES VALORAÇÃO
GERADORES
DOS IMPACTOS
IRREVERSÍVEL
MÉDIO PRAZO
PERMANENTE
TEMPORÁRIO
REVERSÍVEL
VALORAÇÃO SIMPLES
REGIONAL
NACIONAL
IMEDIATO
CÍCLICO
LOCAL
MÉDIA
BAIXA
ALTA
MITIGAVAVEL
COMPENSAR
ACEITAVEL
MEIO
ANTRÓPIC
O
8 < 10
8 < 10
8 < 10
6 < 10
8 < 10
1<3
1<3
4<7
1<3
4<7
1<3
4<7
1<5
4<7
(+/-)
Vp = {(Dx1)+(Ax1,5)+(Tx2) + (Rx2,5)+(Mx3)} / 10
Impacto cultural + +8 +3 +7 +8 +4 +30 5,85 X
Melhoria na
qualidade dos + +10 +3 +5 +8 +4 +30 5,65 X
serviços públicos
Melhoria na
segurança pública
+ +8 +2 +4 +6 +2 +22 4,00 X
Melhoria do trafego
da região
+ +10 +7 +10 +10 +10 +47 9,55 X
Melhoria da
qualidade das + +10 +3 +7 +10 +10 +40 8,35 X
moradias locais
Valorização das
propriedades locais
+ +10 +3 +7 +10 +10 +40 8,35 X
Doenças de
veiculação hídrica
+ +10 +7 +3 +10 +10 +40 8,15 X
+66 +28 +43 +62 +50 +249
461
462
DESCRIÇÃO DOS
FATORES TOTAL DA
DURAÇÃO ABRANGENCIA ESPACIAL TEMPORALIDADE REVERSIBILIDADE MAGNITUDE IMPACTO
GERADORES VALORAÇÃO
NATUREZA DO IMPACTO
DOS IMPACTOS
IRREVERSÍVEL
MÉDIO PRAZO
PERMANENTE
TEMPORÁRIO
REVERSÍVEL
VALORAÇÃO SIMPLES
REGIONAL
NACIONAL
IMEDIATO
CÍCLICO
LOCAL
MÉDIA
BAIXA
ALTA
MITIGAVAVEL
COMPENSAR
ACEITAVEL
MEIO
BIÓTICO
6 < 10
8 < 10
8 < 10
8 < 10
8 < 10
1<3
4<7
1<3
4<7
1<3
4<7
1<5
1<3
4<7
(+/-)
Vp = {(Dx1)+(Ax1,5)+(Tx2) + (Rx2,5)+(Mx3)} / 10
Impacto sobre a
+
fauna +8 +6 +7 +10 +3 +34 6,50 X
Impacto sobre a
+
flora +10 +3 +3 +10 +7 +33 6,65 X
+18 +9 +10 +20 +10 +67
462
463
DURAÇÃO + 40 + 66 + 18
ABRANGENCIA ESPACIAL + 18 + 28 +9
TEMPORALIDADE + 18 + 43 + 10
REVERSIBILIDADE + 39 + 62 + 20
MAGNITUDE + 33 + 50 + 10
463
464
TOTAIS POR
RESUMO IMPLANTAÇÃO OPERAÇÃO
MEIO
IMPLANTAÇÃO OPERAÇÃO
464
465
DURAÇÃO - 74 + 59 - 30 + 40 + 66 + 18
ABRANGENCIA ESPACIAL - 41 + 22 - 15 + 18 + 28 +9
TEMPORALIDADE - 104 + 24 - 43 + 18 + 43 + 10
REVERSIBILIDADE - 62 +62 - 28 + 39 + 62 + 20
MAGNITUDE - 57 + 56 - 23 + 33 + 50 + 10
465
466
300
200
100
0 FÍSICO
ANTRÓPICO
-100
BIÓTICO
-200
-300
-400
IMPLANTAÇÃO OPERAÇÃO
O Balanço final dos impactos ambientais, analisados de forma sinérgica, mostra que na fase de implantação,
são atingidos negativamente o meio físico e o meio biótico. Na fase de operação, os meios físico, antrópico e
biótico mostram-se impactados positivamente. A compreensão de que a fase de implantação é finita a curto,
médio prazo e longo prazo, mostra que os impactos negativos cessam com o final dessas fases. Na fase de
operação, considerada permanente, o balanço dos impactos nos meios Antrópico, Físico e Biótico destaca que
os mesmos são atingidos de forma positiva, porém com alguns impactos variando entre baixa, média e alta
466
467
magnitude. Essa análise conduz ao entendimento da plena viabilidade ambiental da intervenção pretendida já
que o balaço total da analise sinérgica dos impactos deu positivo em + 211 pontos de valoração.
TOTAIS POR
RESUMO IMPLANTAÇÃO OPERAÇÃO PLANEJAMENTO IMPLANTAÇÃO OPERAÇÃO
MEIO
467
468
Impactos Cumulativos
468
469
469
470
vida.
470
Matriz de Impactos Cumulativos
Impacto pouco
Sim significativo em
Sim
Utilização de
máquinas e
equipamentos
Os ruídos gerados são
geradores de ruído,
decorrentes da
particularmente na
Impacto potencialmente
movimentação de
Com as ações de movimentação de
Sim significativo.
veículos que transitam
Geração de implantação das obras terra (escavadeiras,
na área, e que
ruídos e Direto, Negativo, Sim a movimentação de pás carregadeiras, Sujeito a medidas
aumentou após a
vibrações veículos aumentará serra elétrica, mitigadoras
Significativo pavimentação
significativamente. caminhões e outros), relacionadas
realizada em algumas
fundações anteriormente.
das ruas do bairro
(marteletes
recentemente.
pneumáticos,
compactadores e
outros) e obras civis
(betoneiras,
vibradores).
472
A emissão de CO2 é
decorrente da Com as ações de
Sim Impacto potencialmente
Sim movimentação de implantação das obras
significativo.
veículos que transitam a movimentação de
Esse impacto se
Direto, Negativo,
na área, e que veículos e
Emissão de CO2 Sim soma regionalmente Sujeito a medidas
aumentou após a consequentemente a
Significativo e contribui para o mitigadoras
pavimentação emissão de CO2
aumento da camada relacionadas
realizada em algumas aumentará
de ozônio. anteriormente.
das ruas do bairro significativamente.
recentemente.
Impacto pouco
Sim significativo.
Sim Segregação A empresa será
Geração de desordenada dos responsável pela
Quando se soma Empresa é responsável
Resíduos Direto, Negativo e Sim resíduos sólidos destinação de seus
aos resíduos
Sólidos Pouco gerados pela resíduos sólidos
produzidos pela pela destinação a
Significativo comunidade. gerados nas obras.
comunidade. locais devidamente
licenciados.
Impacto bastante
Após demolição das
Sim significativo, pois a
moradias precárias os
Sim geração de resíduos
Ocupação e geração resíduos serão
Geração de Esse impacto é será expressiva e
de RCC totalmente direcionados para
resíduos da Direto, Negativo e Não cumulativo quando deverá seguir as
irregular, colocadas empresas
construção Civil Muito tratamos a cidade de recomendações das
em terrenos baldios. especializadas em
Significativo Maceió como um medidas mitigadoras do
reciclagem desse tipo
todo. estudo referente a esse
de material.
impacto.
473
Sim
Impacto Muito
As águas pluviais se Ordenação do
Sim significativo e
Direcionamento juntam ao esgoto das direcionamento das Vai se somar com
proporcionará a
das águas Não casas e carreiam águas pluviais livre de toda a drenagem os
Direto, Positivo e melhoria da qualidade
pluviais diretamente para a esgoto pois existira o bairros adjacentes.
Muito significativo da água na Lagoa
Lagoa Mundaú. tratamento do mesmo. Porém de forma
Mundaú.
sustentável.
474
As atividades do
Sim Impacto significativo
Programa vão gerar
Sim
tributos e depois de
Geração de Comunidade pobre e Melhora os Incentivar o
Não implantado também
tributos Direto, Positivo e comércio informal investimentos na direcionamento de
vai haver a
Significativo infraestrutura da Investimentos ao bairro
incrementação do
cidade de Maceió. do Bom Parto
comercio local.
Sim
Com a falta de Com a implantação do
Saneamento Básico Programa os índices
Pois diminuíram os
Sim
Doenças de no bairro os índices de de pessoas
números desse tipo
veiculação Sim pessoas acometidas acometidas de Impacto significativo
Direto, Positivo e de enfermidades nos
hídrica de doenças de doenças de veiculação
Significativo relatórios da
veiculação hídrica são hídrica irão diminuir
Secretaria de Saúde
grandes. drasticamente.
de Maceió.
As atividades do Sim
Sim Impacto significativo
Programa vão gerar
Dinamização do Comunidade pobre e
Não condições para Melhoria da
comercio local Direto, Positivo e comércio informal Potencializar esse
melhoria do comercio economia local e
Significativo impacto.
local. regional.
Sim
Geração de estudos Impacto significativo,
Geração de Sim
Não O levantamento social que mostra as Melhoria na
conhecimento
e ambiental da área é questões sociais e Disponibilizar
Direto, Positivo e qualidade de
técnico-
bastante precário. ambientais atuais do conhecimento as
Significativo conhecimentos
científico
bairro do Bom Parto. pessoas interessadas.
disponibilizados a
comunidade
475
cientifica.
Impacto muito
significativo
As atividades do Sim
Sim
Programa vão gerar
Geração de Comunidade pobre e Potencializar esse
condições para Aumento das
expectativa na Direto, Positivo e Não baixa qualidade de impacto
melhoria da qualidade pessoas envolvidas
população local Muito vida. proporcionando o bem
de vida gerando com a melhoria do
Significativo estar das pessoas
expectativas. bairro.
envolvidas no
processo.
Impacto muito
significativo
As atividades do Sim
Sim
Programa vão gerar
Comunidade pobre e Potencializar esse
Bem-estar condições para Aumento das
Direto, Positivo e Não baixa qualidade de impacto
psicossocial melhoria da qualidade pessoas envolvidas
Muito vida. proporcionando o bem
de vida gerando bem com a melhoria do
Significativo estar das pessoas
estar Psíquico. bairro.
envolvidas no
processo.
476
Significativo envolvimento da bairro. proporcionando o
comunidade nos envolvimento das
programas ambientais. pessoas envolvidas no
processo.
Sim
Quando a todas as
atividades do Impacto muito
Programa forem significativo
Sim Ocupação com
Urbanização do bairro concluídas irá
moradias precárias e Potencializar esse
Valorização de respeitando critérios ocorrer um efeito
Direto, Positivo e Não ausência total de impacto
imóveis locais técnicos de uso e automático de
Muito infraestrutura urbana proporcionando o
ocupação do solo. valorização de
Significativo adequada. envolvimento das
imóveis em toda
pessoas envolvidas no
região atingida de
processo.
forma direta ou
indireta pelo
Programa.
Prevalece o Sim
sentimento de O Programa irá
Sim Aos poucos as Impacto Muito
abandono, despertar nas pessoas
Não ações do Programa significativo
esquecimento, da comunidade que é
Impacto cultural Direto, Positivo e
vão mudando a
desprezo nas pessoas possível viver de forma
Muito Deve ser
forma de pensar e
da comunidade devido digna melhorando a
Significativo potencializado.
agir das
o abandono pelo sua qualidade de vida.
comunidades
poder público.
envolvidas
477
diretamente ou
indiretamente no
processo.
O trânsito é
decorrente da
movimentação de Sim Impacto significativo.
Com as ações de
Sim veículos que transitam
Aumento no implantação das obras
na área, e que O trânsito se somará Sujeito a medidas
trânsito nas vias Direto, Negativo, Sim a movimentação de
aumentou após a com o existente nas mitigadoras
de acesso veículos aumentará
pavimentação vias do entorno do relacionadas
Significativo
significativamente.
realizada em algumas bairro anteriormente.
478
CAPITULO 6 –PROGRAMAS, PLANOS DE CONTROLE E
MONITORAMENTO AMBIENTAL
479
respectiva avaliação, indicaram à necessidade de estabelecer medidas destinadas a
atenuação daqueles considerados negativos, assim como, a potencialização dos
positivos. Essas medidas podem ser mitigadoras, quando da necessidade de
diminuição dos níveis de um impacto negativo, ou compensatórias, nos casos em
que os procedimentos de perdas sejam de elevada magnitude e apresentam um
processo de irreversibilidade do dano.
Na maior parte dos casos, estas medidas apresentam um caráter pontual, destinado
a resolver ou atenuar impactos localizados em termos espaciais e temporais. Trata-
se de ações, descritas a seguir em forma de programas ambientais, que deverão
necessariamente ser implantadas ou agrupadas as fases de planejamento e
instalação do empreendimento.
Meio Físico
Progama Descrição
As obras de instalação irão gerar resíduos de duas
categorias: domésticos e de construção civil.
Em ambas as categorias o Projeto de Gerenciamento de
Resíduos da Construção Civil – PGRCC trata do
adequado manejo e destino final. Esse projeto deverá
ser elaborado por empresa especializada, considerando
os ditames da Resolução CONAMA 307/2001 e o
previsto na Lei Federal 12.305/2010. A sua correta
execução deverá ser uma das premissas da obra,
Gestão dos garantindo que o assunto seja disseminado no
resíduos sólidos Programa de Educação Ambiental ou em ações de
capacitação isoladas.
Inicialmente o empreendedor, conhecendo a
precariedade do saneamento da região, deverá
identificar aterros, cooperativas de catadores e
empresas que loquem contêineres para que os resíduos
possam ser acondicionados e posteriormente serem
transportados com segurança ao seu destino final. Caso
contate cooperativas que se interessem pela aquisição
de materiais recicláveis, os mesmos fazem a coleta no
local. Isso deverá ser melhor discriminado nos PGRCC.
Programa de Estabelece diretrizes para a gestão dos resíduos
gestão dos gerados pela demolição das residências precárias, com
resíduos da o objetivo de disciplinar as ações necessárias de forma
demolição das a minimizar os impactos ambientais.
480
habitações
precárias
482
Meio Antrópico
Progama Descrição
Ao interagirmos com o ambiente em que vivemos,
nossas ações o influenciam positiva ou negativamente.
Um dos impactos gerados por essa interação é a
geração desordenada de resíduos, a qual tem sido
considerada uma ação humana de grandes e negativas
proporções para o ambiente tornando-se, assim, um
problema complexo para a sociedade moderna. Dessa
forma, torna-se essencial a minimização dos impactos
Programa de potencialmente promovidos pela geração de resíduos e
Educação o provimento da disposição eco-compatível.
Ambiental
Considerando-se a importância de promover a
educação ambiental no âmbito da comunidade, está
previsto um programa voltado para a capacitação de
recursos humanos em educação ambiental. O Programa
de Educação Ambiental visa desenvolver
conhecimentos no que se refere à temática
socioambiental, além de estimular no indivíduo uma
conduta responsável pelo meio ambiente.
O objetivo deste Programa é dispor dos instrumentos
e técnicas da Comunicação Social tanto como recurso
de apoio, para que as obras do Programa sejam
Programa de percebidas pela comunidade como uma ação positiva
Comunicação para a redução da violência e melhoria do
Social. atendimento à saúde como, também, uma ferramenta
de sensibilização para que as intervenções possam
ocorrer de forma adequada e ambientalmente
sustentável.
O objetivo deste programa é capacitar os empregados
das empresas construtoras para que todos tenham
Programa de conhecimento das praticas gerais de gestão ambiental
Treinamento e associadas às suas atividades. Assegura que todos
Capacitação dos realizem suas atividades de acordo com os
Colaboradores procedimentos adequados, considerando os cuidados
com o meio ambiente, as comunidades e o patrimônio.
O objetivo do programa, no que se refere à saúde e
Programa de
segurança dos empregados, é o estabelecimento de
Saúde dos
padrões mínimos de atendimento à legislação de
Colaboradores e
controle e saúde e segurança operacional, aplicáveis
comunidades
aos empregados das empreiteiras das obras.
envolvidas
483
Meio Biótico
Progama Descrição
O programa de salvamento da fauna se justifica devido
ao nível de intervenção em ambientes naturais e
antrópicos, como é o caso de manguezais e trechos
com vegetação antrópica arbórea.
484
Do ponto de vista científico, o desenvolvimento deste
programa propiciará uma melhor informação acerca da
história natural de espécies animais na área, pois o
monitoramento da fauna é uma das formas mais
eficazes de efetuar estudos quantitativos e qualitativos
sobre a fauna local e regional.
Numa fase inicial à implantação das obras, iniciam-se as
atividades de salvamento da fauna atrave´s de equipe
técnica competente. Após a instalação das obras segue
o programa, desta vez através do monitoramento da
fauna local, observando seu comportamento, e atuando
diretamente nos casos onde houver conflitos entre as
comunidades humanas e a fauna remanescente que
voltará a ocupar seus velhos nichos ecológicos.
O principal ecossistema costeiro a ser fetado na
impantação do presente projeto de requalificação é o
manguezal. Este deverá ser impactado tanto de forma
positiva quanto negativa.
Será de forma positiva quando houver a limpeza de área
marginal da laguna mundaú ocupada de forma irregular
na altura do bairro do Bom Parto.
Neste trecho uma faixa com pelo menos 30 metros de
largura será devidamente limpa e destinada para
reflorestamento de mangue, aumentando assim a
cobertura vegetal existente.
Todavia, um trecho de manguezal deverá ser
diretamente impactado para a implantação da via
lagunar sobre estacas. Será necessário, portanto, a
Programa de supressão de trecho de mangue.
Reabilitação das Como forma de mitigar este impacto prevê-se a escolha
Áreas de APP’s de áreas passíveis de reflorestamento de manguezal
dentro dos limites da Área Diretamente Afetada. O
objetivo é o enriquecimento das formações de mangue
existentes e ampliação da cobertura vegetal em trechos
degradados nesta faixa.
Com a implantação deste programa proporcionará,
dentre outras, as seguintes vantagens:
• Aumento de benefícios sociais pela presença destas
florestas marginais, vinculados à saúde e ao lazer das
populações do entorno e à recomposição da paisagem
alterada pelas ações do Programa de Requalificação
Urbana da Orla Lagunar de Maceió na área de
influencia da Lagoa;
• Redução do carreamento de sedimentos para o Corpo
Hídrico, levados pelas enxurradas, ou seja, proteção
485
contra assoreamento;
• Contribui para o melhoramento da Qualidade da água;
• Aumento da resistência das margens do referido Corpo
Hídrico à erosão provocada pela dinâmica das marés;
• Sustentação da fauna terrestre e aquática que
depende da vegetação marginal.
Além dos manguezais, as demais áreas naturais que
forem, de alguma forma, impactadas durante a fase de
implantação do projeto, deverão ser recuperadas tanto
do ponto de vista físico quanto biológico, e neste caso
recuperando o relevo, o solo e proporcionando a
restauração da vegetação original local.
A metodologia adotada para reabilitação da APP está
inserida no Programa de Recuperação de Área
Degradada – PRAD descrito posteriormente.
O programa visa aproveitar-se dos efeitos benéficos
ambientais e paisagísticos da arborização, que contribui
para a purificação do ar pela fixação de poeiras e gases
tóxicos e pela reciclagem de gases através de
mecanismos fotossintéticos; a melhoria do microclima
da cidade, devido à retenção de umidade do solo e do
ar e também pela geração de sombra, evitando que os
raios solares incidam diretamente sobre as pessoas,
auxiliando no equilíbrio térmico; a atenuação da
poluição sonora; a redução da velocidade dos ventos e
do impacto das chuvas, promovendo a melhoria da
qualidade de vida dos seus moradores.
O objetivo é incrementar o número de árvores, na região
de Implantação do Programa de Requalificação Urbana
Programa de
da Orla Lagunar de Maceió, neste caso, os bairros do
Arborização
Bom Parto, Mutange, Bebedouro, Pinheiroe demais
Urbana
bairros na Área de Influência Direta, aproveitando com
isto os benefícios proporcionados pela arborização
urbana.
O efeito imediato da arborização contra o aquecimento
global é perceptível pelo controle da temperatura, pois
sua influência está relacionada ao controle da radiação
solar, da ventilação e da umidade relativa do ar. A
educação ambiental também é meta do programa e
podem ser criadas atividades que envolvam os alunos
das escolas locais relacionados com plantios de mudas
nas áreas definidas pela Secretaria de Proteção ao Meio
Ambiente de Maceió - SEMPMA, além da produção de
um guia prático para a arborização urbana, entre outras
ações.
486
Também será solicitada a SEMPMA uma vistoria
conjunta para identificar os locais onde exista a
possibilidade de plantio de novas mudas de arborização
urbana nos Bairrossupracitados. Este programa deve
disponibilizar mudas de espécies nativas adequadas à
região e de porte compatível às áreas disponíveis para
plantio.
A principal meta do Programa é proporcionar um
incremento na cobertura vegetal arbórea na Área de
Influência Direta, principalmente no bairro do Bom Parto,
pois se trata de uma região urbana cujo índice de
cobertura vegetal é baixo. Para atingir essa meta serão
criadas sete linhas de ação, sendo elas: plantios para
proteção de cursos d‟água; arborização de áreas livres;
arborização de canteiros centrais; arborização de
passeio público; educação ambiental; proteção à
arborização existente e aquisição de mudas.
Programa inserido no Programa de Recuperação de
Área Degradada - PRAD
Classificação
487
Marcos conceituais
488
utilização da área, utilizando princípios de engenharia para confiná-los ao menor
volume possível, sem causar danos à saúde pública e ao meio ambiente.
489
Programa de Gerenciamento de Resíduos da Construção Cívil -
PGRCC
Introdução
A cada dia percebe-se uma evolução na legislação brasileira com uma maior rigidez
no que atine as questões ambientais, trazendo benefícios a todos, uma tendência
mundial para evitar degradação e proporcionar uma vida mais saudável,
representando Qualidade de Vida.
490
elaboração de leis, decretos, portarias e outros instrumentos legais como parte da
construção da política pública que discipline a destinação dos RCC.
Este instrumento jurídico identifica como responsáveis pela gestão dos resíduos
sólidos os participantes do processo construtivo (setor produtivo) e o setor público.
Os primeiros incluem os geradores e transportador dos resíduos sólidos seja os
construtores e os responsáveis por obras (mestres, arquitetos, engenheiros etc.) e
os que transportam os entulhos, também conhecidos por caçambeiros ou coletores
de entulhos.
491
oriundos de pequenos volumes, em conformidade com o ponto da área urbana
municipal, possibilitando a destinação posterior dos resíduos oriundos de pequenos
geradores às áreas de beneficiamento;
492
É importante destacar que com a implantação da política de qualidade na
construção, comparativamente aos valores apresentados na década passada, houve
uma sensível redução, com vistas principalmente à redução de custos que,
invariavelmente, incorre também em uma minimização dos impactos ambientais
gerados. No começo da década passada já se tinha constatado que os RCC
correspondiam a aproximadamente 40% dos resíduos recebidos diariamente nos
equipamentos públicos, resultando em um elevado custo ambiental inclusive por
conta da disposição inadequada.
493
Destaca-se que a definição do nível ótimo de geração do resíduo envolve
dificuldades como considerar os custos sociais e ambientais (principalmente pela
deficiência das metodologias disponíveis para obterem-se os cálculos destes
custos). Também se observa as dificuldades do Estado e setor público no que diz
respeito à informação como quantidade de resíduos gerados, qualidade dos
resíduos, estrutura do sistema de gestão como um todo, e as deficiências da
legislação e mercado. Portanto, não será objeto de discussão, em nenhum
momento, a primeira questão.
o Reciclagem;
o Aterro sanitário;
494
Objetivo
Etapas de Desenvolvimento
495
Um dos primeiros itens é a realização de um diagnóstico das perdas nos serviços
previstos pela obra, o responsável pela execução da mesma, estabeleça
indicadores, que ao longo do seu processo de produção poderá subsidiar decisões
com relação ao uso de tecnologia, buscando minimizar a geração de resíduo. Para
este conhecimento, deverá ser efetuado um acompanhamento para constatação da
aplicabilidade dos índices empregados pelas empresas envolvidas em seus
empreendimentos, para cada etapa do desenvolvimento da obra, conforme
cronograma de trabalho.
Nessa fase devem ser tomadas importantes decisões. Tendo em vista que os
processos tecnológicos interferem no meio ambiente, as decisões foram tomadas
buscando o mínimo de impactos ambientais da tecnologia a ser utilizada. A melhor
496
decisão em geral é aquela que proporcionará a menor agressividade possível ao
meio ambiente, o que, por exemplo, leva à consideração da reforma de um edifício
existente no lugar de construir uma nova edificação. Entretanto, como não é o caso,
o responsável pela execução das obras estabelecerá o mínimo de critérios para
racionalização, padronização, utilização de agregados reciclados, e mesmo
tecnologia que minimize a agressão ao meio ambiente.
Fase de Manutenção
Além disto, existem dois tipos de manutenção, a preventiva e a corretiva, sendo que
a primeira é a que se deve dar maior ênfase, já que vai permitir um aumento da vida
497
útil da obra, não permitindo que hajam desgastes prematuros devido à falta de
manutenção.
Perdas e Desperdício
Reciclagem
498
utilização de um material ou componente implica em uma série de operações, em
geral de coleta, desmonte e tratamento, podendo voltar ao processo de produção.
499
internamente até o contêiner de armazenamento para coleta, ou contêiner para
reutilização.
• Demolição
500
ÁREA QUANTIDADE DE MORADIAS VOLUME DE DEMOLIÇÃO
DEMOLIDAS (M³)
1 2 97,80
2 148 7.237,20
3 110 5.379,00
4 327 21.956,10
5 327 16.948,80
6 62 1.726,44
7 871 45.623,70
8 49 2.396,10
Os resíduos selecionados, que não sejam possíveis ser enviados para uma unidade
9 82 2.283,36
de reciclagem de RCC, deverá ser levado para um aterro sanitário ou cooperativas
de Reciclagem, aptos para receber esse tipo de material. (plástico, metal, lixo
orgânico, madeira, etc.)
501
mecânicas, de modo a garantir a integridade dos materiais para o seu possível
reaproveitamento.
FASES DA
MEDIDAS DE CONTROLE
ATIVIDADE
502
Antes do início da demolição de um pavimento devem ser fechadas todas as aberturas
existentes no piso, salvo as utilizadas para escoamento de materiais, sendo proibida a
permanência de pessoas nos pavimentos que possam ter a estabilidade comprometida
no processo de demolição.
Areia – 4%
Argamassa – 24%
Brita – 6%
Cerâmica – 1%
503
Concreto – 14%
Gesso – 4%
Madeira – 2%
Metal – 2%
Pedregulho – 3%
Solo – 23%
Tijolo – 17%
Alumínio B Doação/venda/reaproveitamento
Arame B Doação/venda/aproveitamento
Areia A Reaproveitamento
Brita A Reciclagem
Cerâmica A Reciclagem
1
Concreto endurecido A Reciclagem
504
Fio ou cabo de cobre B Doação/venda
2
Gesso C Aterro sanitário ou outro específico
Louça A Doação/vazadouro/aterro
Prego B Doação/venda
PVC B Doação/venda
3
Saco de papelão de cimento ou argamassa B Aterro sanitário/vazadouro
4
Sobra de demolição de blocos cerâmicos B Reaproveitamento e reciclagem
505
Solo orgânico e vegetação A Aterro sanitário/vazadouro
Vidro B Doação/venda
Observa-se, ainda, que as cores dos recipientes que vão abrigar os resíduos devem
estar em conformidade com a Resolução Conama 275/01, conforme abaixo:
MATERIAL COR
PAPEL AZUL
PLÁSTICO VERMELHO
VIDRO VERDE
METAL AMARELO
ORGÂNICO MARROM
MADEIRA PRETO
RESÍDUO NÃO RECICLÁVEL CINZA
RESÍDUO PERIGOSO LARANJA
RESÍDUO RADIOATIVO ROXO
Classificação Classificação
RESÍDUO DESCRIÇÃO
(CONAMA 307/02) (NBR 10.004)
Amianto Materiais que contenham amianto. D I
Embalagens
Latas, caixas, plásticos, papéis,
diversas etc. contaminados com produtos
D I
contaminadas químicos (tintas, solventes, óleos,
graxas e afins)
506
Classificação Classificação
RESÍDUO DESCRIÇÃO
(CONAMA 307/02) (NBR 10.004)
Classificação Classificação
RESÍDUO DESCRIÇÃO
(CONAMA 307/02) (NBR 10.004)
507
Classificação Classificação
RESÍDUO DESCRIÇÃO
(CONAMA 307/02) (NBR 10.004)
Todo o resíduo gerado na obra deve ser identificado e quantificado, de acordo com o
tipo de depósito, baia ou contêiner, que serão separados em classes A, B, C e D. A
quantificação deverá ser registrada em relatórios bimestrais, permitindo que a
empresa verifique os índices de geração de resíduos e estabelecimento de controle
e parâmetros da quantidade e tipo de resíduo gerado.
Estes dados mais tarde serão cruzados com o de outros empreendimentos e mesmo
deste de maneira a permitir comparações entre processos construtivos. Os dados
também permitirão que a empresa responsável pela gestão obra identifique o
número de caçambas economizadas, a partir do momento que há a coleta seletiva e
escoamento dos resíduos recicláveis na porta do canteiro.
508
Principais Resíduos Gerados
Fases da
obra Solo Aço/sobra Outros Papel/plástico Vidros Gesso Tintas
Concreto 5 Materiais e papelão
de corte
1
Demolição* NE/VB NE NE/VB NE NE NE NE
2
Escavação VB NE NE NE NE NE NE
3 6 9
Fundação NE NE NE NE NE NE NE
3 6 17 9
Estrutura NE VB VB VB NE NE NE
4 9
Alvenaria SG NE NE MSG NE NE/VB NE
8,9 11 12 13
Acabamentos SG NE SG SG NE/VB MSG VB
509
2º passo: Mobilizar o pessoal envolvido por meio de palestras, para a chefia da
obra, funcionários e outros colaboradores contratados ou terceirizados pela empresa
responsável pela gestão obra. A periodicidade será definida após avaliação do
desempenho nos primeiros meses da obra e deve ser complementada através da
afixação de cartazes, mensagens em contracheque e/ou forma de pagamento e
outros meios;
4º passo: Nesta etapa será efetuada uma avaliação da viabilidade do uso de todos
os componentes dos resíduos gerados. Para os resíduos de Classe A, devem ser
verificados a possibilidade de serem aproveitados mesmo na própria obra ou como
agregado em sub-base de estrada, fato que ocorre com os resíduos destinados ao
atual vazadouro do município de Maceió. Os de classe B e D irão voltar ao ciclo de
produção, ou seja, deverão ser reciclados;
7º passo: A destinação provisória na obra dos resíduos não deve permanecer por
tempo prolongado, a depender do tipo de resíduo e da fase da obra. Para isto deve
se planejar uma logística de transporte do material para disposição e/ou destinação
final;
510
Atividades Descrição
Resíduos orgânicos
Segregação
Demais tipos de resíduos
511
Descrição dos Procedimentos Adotados na Obra
Ações Propostas
Segregação
A triagem dos resíduos deve ocorrer o mais próximo possível dos locais de sua
geração, sendo o tratamento realizado de acordo com a Tabela de Tratamento de
Resíduos. A frequência da coleta é determinada pela quantidade dos resíduos, de
forma a impedir o seu acúmulo e o comprometimento da sua segregação e posterior
destinação e dos demais serviços na obra.
512
tijolos, argamassa, fazem a retirada do material. inertes, devidamente
licenciados;
concreto, ladrilhos e
Áreas de transbordo e
demais qualificados triagem, cadastrada na
UGP.
pela CONAMA
307/2002
_
Em recipientes identificados (tambor ou Reutilização dos resíduos
Serragem caixote), localizados no local de nos derramamentos de óleo
geração (carpintaria). para absorção e secagem; e
Aterro sanitário.
Cestos de lixo (saco plástico para lixo). Sacos plásticos contendo os Aterro para resíduos
Restos de alimentos resíduos adequados para a domésticos, por meio da
coleta pública; coleta pública municipal (esta
e suas embalagens e
destinação não precisa ser
papéis sujos registrada).
(refeitório, sanitários
etc.)
513
Resíduos perigosos recomendados pelo fabricante; sinalizados e de uso restrito pelos específicos para esses tipos
Imediato transporte pelo usuário para o responsáveis pelo manuseio de resíduos
(solos contaminado
local de armazenamento final. desses resíduos; (Classe I).
com esgoto Os resíduos da caixa separa-dora
de óleos e graxas e os
doméstico ou óleos,
decorrentes de derramamen-tos
embalagens ou outro de óleos devem ser
acondicionados em tampados e
material
identificados, armazenados em
contaminado com local destinado para este fim, com
solo impermeabilizado, conforme
óleo, tinta, asfalto,
P.O.02 – Implantação, Operação
e Desmobilização de Canteiro de
Impermeabilizantes Obras.
etc.), pilhas, baterias
e lâmpadas
fluorescentes.
Acondicionamento
514
Manejo
Transporte Interno
Educação Ambiental
Destinação Final
A destinação dos resíduos deve ser indicada pela empresa construtora e aprovada pela
Unidade Gestora do Programa - UGP. O local deverá ser selecionado considerando os
seguintes fatores:
A destinação dos resíduos pode ser realizada por empresa terceirizada, desde que
credenciada na SEDET e aprovada pela UGP, que deve acompanhar, mensalmente,
se a empresa Construtora ou terceirizada contratada para os serviços estão dando aos
resíduos a destinação e disposição adequadas. Os resíduos devem ser acompanhados
até sua destinação final por meio de licenças e comprovantes de recebimento.
515
Segregação (Alguns Exemplos)
Baias
Contêineres
516
Acondicionamento Provisório no Canteiro (Alguns Exemplos)
517
Disposição Definitiva Provável no Canteiro Principal
Manejo
- Carrinho de mão
Educação Ambiental
518
O treinamento para os futuros colaboradores da empresa responsável pela gestão
obra e terceirizados é fundamental para que o PGRCC funcione como previsto
O transporte e recepção final dos resíduos deverão ser feitos por empresas
devidamente licenciadas pelo órgão ambiental competente. A fiscalização se dará
pela apresentação dos manifestos, mensalmente ao órgão ambiental, gerados pelas
obras devidamente assinados pelas pessoas responsáveis pela gestão dos
resíduos, neste caso, o gerador, o transportador e o destinatário final.
Na cidade de Maceió temos dois possíveis receptores desses resíduos que fazem a
reciclagem de entulhos, são eles: Usina de Asfalto da Prefeitura de Maceió e CTR
Maceió (V2 Ambiental).
519
Entulhos da construção civil são reciclados na Usina de Asfalto da Prefeitura. Foto: Marco Antônio/
Secom Maceió
Destinação
520
RESÍDUO DESTINAÇÃO
RESÍDUO DESTINAÇÃO
Madeira - Empresas e entidades que utilizem à madeira
como energético ou matéria prima, desde que
não o empreguem em fornos de alimentos tais
como pizzarias e padarias.
Metais - Empresas de reciclagem de materiais metálicos
que existam na região;
- Cooperativa e associações de catadores.
- Depósitos de ferro-velho, desde que
521
devidamente autorizados pelo órgão ambiental
competente.
Embalagens de papel, - Empresas de reciclagem de materiais plásticos
papelão e papelão;
- Cooperativa e associações de catadores.
- Depósitos devidamente autorizados pelo órgão
ambiental competente.
Embalagens de plásticos Idem anterior.
Vidros - Empresas de reciclagem de vidros;
- Cooperativas e associações de catadores;
- Depósitos devidamente autorizados pelo órgão
ambiental competente.
Ex: Gesso, estopas, isopor, lixas, mantas asfáltica, massas de vidro, sacos de
cimento e tubos de poliuretano.
522
RESÍDUO DESTINAÇÃO
- Empresas de co-processamento, caso sejam
identificadas;
- Como não existe uma destinação adequada
Resíduos perigosos e para grande parte dos resíduos perigosos
contaminados (óleos, tintas, gerados, deve ser de responsabilidade do
vernizes, produtos químicos e Programa buscar soluções. Uma grande parte
amianto) destes resíduos poderá ser destinada, após
verificação, ao aterro industrial, município de
Igarassú, ou outro local que possibilite a
destinação correta.
RESÍDUO DESTINAÇÃO
Acondicionar os resíduos produzidos durante as
refeições em sacos plásticos para que os
Resíduos Orgânicos
mesmos sejam colocados nos locais e horários
previstos para a coleta efetuada pela Prefeitura
de Maceió (localização do Canteiro Principal).
Transporte
• Razão Social
523
• Nome Fantasia
• Endereço Completo
• CNPJ
a identificação do resíduo;
a quantidade de resíduo no dispositivo de acondicionamento;
a segregação dos resíduos.
524
Destinação dos resíduos, observando-se:
525
o Identificar soluções para destinação responsável dos resíduos
gerados;
Treinamento Inicial:
Planejamento:
526
Gestão de Áreas Contaminadas
527
A metodologia a ser aplicada na Avaliação Preliminar deverá atender as orientações
do Manual de Gerenciamento de Áreas Contaminadas da Companhia Ambiental do
Estado de São Paulo (CETESB), que contém o Procedimento de Gerenciamento de
Áreas Contaminadas, devendo contemplar, no mínimo, os seguintes itens: i)
levantamento histórico do uso e ocupação do solo da área de intervenção e um
envoltório de 500m; ii) análise multitemporal de imagens históricas, visando à
identificação de fontes pretéritas com potencial de contaminação; iii) coleta de dados
existentes e produção de dados adicionais em campo; iv) inspeção de
reconhecimento da área, com levantamento de informações coletadas em
entrevistas com moradores do entorno; v) indicação das fontes potenciais e bens a
proteger identificados, apresentando figuras e mapas em escalas adequadas
(envoltória de cerca de 500 m); vi) elaboração do modelo conceitual, apresentando um
relato escrito e/ou representação gráfica da área estudada, do meio físico e dos
processos físicos, químicos e biológicos que determinam o transporte de contaminantes
da(s) fonte(s) através dos meios que compõem este sistema, até os potenciais
receptores dentro deste sistema. Este modelo deverá ser base para a classificação da
área de estudo; e vii) laboração de um Plano de Investigação, quando houver
necessidade de prosseguimento nos estudos ambientais por meio de uma
Investigação Confirmatória, da área de estudo contemplando a localização das
Áreas Suspeitas identificadas e indicando a quantidade de sondagens e poços de
monitoramento a serem realizados, bem como os parâmetros pertinentes a
investigação proposta.
Indicadores e Custos
Os custos deste programa serão diluídos nos custos das obras, devendo
ser executado pelo empreiteiro e fiscalizado pela Prefeitura Municipal de
Maceió.
528
Programa de Educação Ambiental
Justificativa
529
A educação, nesse contexto, pode ser compreendida como uma forma de
intervenção no mundo e como uma importante ferramenta na construção de
sociedades participativas. Portanto, a educação ambiental seria um dos
instrumentais estratégicos de planejamento e está baseada em conceitos de
envolvimento, participação e noção de pertencimento nos diferentes públicos a
serem estabelecidos no Programa.
Objetivo
Objetivo Geral
530
relativos à conservação dos sistemas de drenagem implantados, disposição de
resíduos,conservação de APPs, valorização da orla lagunar e respectivo Parque
Linear.
Objetivos Específicos
Indicadores Socioambientais
531
Alguns indicadores serão aqui expostos, em âmbito mais geral, como norteadores
do processo de avaliação e monitoramento a ser implementado neste Programa.
São eles:
Público Alvo
532
Dessa maneira, deverão ser realizadas ações nas escolas estaduais e municipais
mais próximas do Programa de Requalificação Urbana da Orla Lagunar de Maceió.
Concepção Metodológica
533
escolhas, soluções e ações de cunho prático. Tal proposta pressupõe que os atores
envolvidos no processo ensino-aprendizagem serão os sujeitos das ações e não
apenas receptores de informações ambientais ou normas de conduta, a partir de
discursos e valores pré-estabelecidos.
Por fim, ressalta-se que a concepção metodológica deste PEA se utiliza também das
diretrizes e os objetivos fundamentais da Política Nacional de Educação Ambiental
estabelecidos pela Lei nº. 9.795/99 e regulamentada pelo Decreto nº. 4.881/02.
534
Seleção, contratação e o treinamento da equipe de educadores contratados
do PEA;
Visitas técnicas de campo para mapeamento de dados e informações, de
cunho mais específico, visando o ajuste final da metodologia a ser aplicada;
Realização de cursos de capacitação dos docentes e funcionários das
unidades de ensino e de saúde das áreas de influência, transformando-os em
agentes multiplicadores das práticas ambientalmente sustentáveis;
Articulações junto às secretarias municipais de educação, de meio ambiente e
agricultura; comitês gestores existentes, à direção das escolas do município
localizadas na área de influência das obras; às lideranças locais, associações
de moradores, ONG‟s e demais atores estratégicos;
Confecção de material de divulgação das ações do Programa de
Requalificação Urbana da Orla Lagunar de Maceió. (folhetos, foldes, cartilhas,
etc)
Elaboração de Plano de Trabalho detalhado do PEA;
Elaboração de calendário de eventos e suas respectivas pautas para datas
comemorativas ambientais, para divulgação e troca de experiências em
educação ambiental e sanitária, que tenham como abrangência o Município
de Maceió
Reuniões;
Palestras (sobre o uso racional dos recursos naturais);
Promover gincanas ecológicas para os alunos da rede pública de ensino das
comunidades do entorno do Programa de Requalificação Urbana da Orla
Lagunar de Maceió.
Envolvimento de alunos das escolas públicas em ações ambientais realizadas
pela gestão do Programa de Requalificação Urbana da Orla Lagunar de
Maceió. (Ex: plantio de mudas);
Disponibilização das informações sobre o PEA para que a equipe de
comunicação social faça a divulgação das ações do programa;
Levantamento para posterior divulgação de trabalhos realizados na área
ambiental e educacional, entre todos os setores envolvidos, que possam ser
535
incluídos em link com a rede nacional e outras redes de Educação Sanitária e
Ambiental;
Confecção de material, em conjunto com a equipe do Programa de
Comunicação Social, que demonstre a importância do Programa de
Requalificação Urbana da Orla Lagunar de Maceiópara a recuperação para a
qualidade de vida da população e, ainda, aponte ações de conservação e
manutenção;
realização de mini cursos com os diferentes grupos locais de treinamento
para implantação de práticas inovadoras no trato do ambiente;
Elaboração de material educativo como cartazes, folhetos, cartilhas e outros,
contendo orientação para o uso adequado dos equipamentos de
infraestrutura urbana, bem como das novas moradias;
Realização de eventos no interior de cada reassentamento, trabalhando
temáticas relativas a questões ambientais e inserindo a população local nas
atividades;
Estas ações têm como intuito principal propiciar a troca de experiências entre
educadores, poder público, alunos e demais interessados na temática
socioambiental, com ênfase em uma discussão mais aprofundada sobre o Programa
de Requalificação Urbana da Orla Lagunar de Maceió. Desta forma, propõe-se a
partir desse marco inicial a construção de um processo de diálogo continuado sobre
o Programa de Requalificação, o contexto local e regional no qual se insere as
obras, os processos educativos, sociais e ambientais e a articulação de ações em
conjunto com os atores locais. O referido marco será realizado no município
abrangido pelo PEA, com a duração estimada de 02 horas e destinado ao público
anteriormente citado.
536
Agrupar os principais movimentos organizados presentes na área de
influência direta e indireta do Programa de Requalificação, ampliando o
processo de articulação entre os atores sociais envolvidos;
Criar um espaço a mais de intercâmbio e difusão de informação para
educadores ambientais e profissionais ligados à Educação Ambiental;
Potencializar o efeito multiplicador do PEA através transferência de
informações e conhecimentos sobre as obras e sobre o programa;
Estabelecer mecanismos de monitoramento e fiscalização compartilhada
entre comunidade e o Programa de Requalificação Urbana da Orla Lagunar
de Maceió.
537
Planejamento e Execução do PEA
Produtos
Material Pedagógico
538
Elaboração e Produção de um Fanzine dos Professores do PEA
Termo fanzine vem do inglês "Fanatic Magazine", que literalmente significa "Revista
de fãs". E é justamente a partir da tradução literal do termo que incide a proposta de
ação a ser realizada, ou seja, ter o professor como objeto central da publicação
possibilitando-se dessa forma o conhecimento de sua rotina diária e de trabalho;
conhecendo um pouco do município onde o mesmo leciona e valorizando ainda mais
a sua atuação.
Vale destacar que durante a fase de elaboração do AIA foram mapeadas algumas
questões socioambientais tais como: problemas de descarte de resíduos sólidos e
medidas mitigadoras que irão ser aplicadas nas obras do Programa de
Requalificação Urbana e que deverão ser contempladas nesse material.
Face ao exposto será elaborada e produzida 01 (uma) apostila para professores
com as características supracitadas e que aborde temas cuja discussão seja
relevante em sala de aula.
539
Relatórios Trimestrais e Relatório Final
Monitoramento e Avaliação
Reitera-se que esse tipo de processo avaliativo funcionará como um marco zero que
contribuirá não somente para subsidiar as fases seguintes como também para
eleger indicadores de progresso e de sucesso do PEA.
540
Avaliação de Processo - propõe o monitoramento das ações durante a
execução do Programa, buscando apreender seus processos de
implementação e execução. O monitoramento durante a implementação e
execução é imprescindível, pois fornece informações importantes sobre
dificuldades ou desvios no desempenho do projeto que podem afetar a
obtenção das metas ou resultados propostos, o que permite correções no
decorrer da ação.
Cronograma
A equipe técnica responsável pela gestão do PEA será composta por especialistas
das áreas social e ambiental, uma vez que as ações propostas serão desenvolvidas
nessas áreas. Caberá a essas duas áreas coordenar todas as ações propostas, seja
a partir de elaboração interna, seja a partir da contratação de consultoria
especializada para a consecução dos trabalhos. São atribuições dessa equipe
técnica: i) coordenar a execução das ações principais propostas pelo PEA; ii)
garantir a inter-relação constante dessas ações; iii) garantir a consecução dos
objetivos propostos pelo Programa; iv) promover a avaliação constante dos
resultados do Programa,propondo adaptações e complementações ao mesmo,
quando for necessário.
Recursos humanos
541
Infra-estrutura Necessária
Veículo para o deslocamento dos técnicos, diárias para viagens de campo, notebook
e datashow e locais para realização das oficinas.
Recursos Materiais
Indicadores
Custos
Objetivos
542
esclarecer a população em geral sob os vários projetos que serão
executados e subsidiar a divulgação de aspectos socioambientais vinculados aos
projetos;
informar as comunidades das áreas de influencia das obras, sobre os
transtornos temporários que as obras poderão causar em seu cotidiano; e
auxiliar a UGP na interlocução com a população da área de influência das
obras, em articulação com o trabalho socioambiental.
Justificativa
543
situações de risco de acidentes, em razão do tráfego de veículos e da operação
das máquinas e equipamentos.
Desta forma, inicialmente deve ser desenvolvida uma atividade voltada para a
organização e sistematização de informações técnicas, que devem ser
constantemente atualizadas, com dados e informações sobre as intervenções
previstas, os procedimentos adotados pela UGP face aos problemas
socioambientais identificados e quais medidas serão adotadas para mitigá-los ou
compensá-los, o cronograma e as etapas de implantação das obras e outras
informações pertinentes. Deverão ser preparadas as peças e os materiais de
informação (cartazes, “folders”, folhetos de divulgação, “data-show” etc.) sobre o
Programa, que serão utilizados pela equipe de comunicação social na realização
de eventos, apresentações, audiências, etc.
Poderá ser criado e designado o cargo de Ouvidor, com ampla divulgação nos
mais diversos meios de comunicação. Esta ação tem como objetivo dar a maior
visibilidade à gestão e ampliar a presença institucional da UGP e PMM na
implementação do Programa.
544
Estrutura
As funções que deverão ser cumpridas por essa equipe podem ser caracterizadas
como: identificar eventuais problemas emergentes e encaminhar as soluções
pertinentes; responder prontamente as demandas e necessidades decorrentes do
andamento das obras; e oferecer respostas rápidas às necessidades de
informação e interação com diferentes segmentos da sociedade local.
Por sua vez, a Ouvidoria, além de criar novos canais de comunicação com a
população, terá a função maior de aproximar os cidadãos da UGP e da PMM,
constituindo um canal de comunicação direta e fomentando a efetiva participação da
comunidade, por meio do exercício da crítica e de denúncias, sugestões, cobranças
e elogios às ações e medidas adotadas ao longo da implementação do Programa.
Custos
545
Programa de Treinamento e Capacitação de Colaboradores
Objetivos
Atividades
Responsabilidades
Custos
547
Programa de Saúde dos Colaboradores e Comunidades Envolvidas
Considerações
548
Objetivos
O Programa tem como meta a conclusão da obra com índice zero de acidentes,
com afastamento e transmissão de doenças infectocontagiosas entre os
empregados e, ainda, a conclusão da obra sem nenhuma notificação de não -
conformidade decorrente da inobservância dos Procedimentos de Trabalho
Seguro.
Atividades
550
• elaboração de Procedimentos de Trabalho Seguro;
• treinamento em segurança do trabalho;
• gerenciamento da segurança do trabalho; e
• atribuição de responsabilidades.
Indicadores
551
Custos
Justificativa
Legislação Pertinente
Objetivo
Metas
Metodologia
553
Avaliação do Impacto Ambiental
Ruído
Emissões Atmosféricas
554
A movimentação de veículos e equipamentos movidos a motores a combustão e a
utilização de máquinas para a execução de obras gerarão emissões atmosféricas na
forma de gases de combustão.
Medidas Mitigadoras
Ruído
Emissões Atmosféricas
Para a fase de implantação, as medidas previstas para minimizar e até mesmo evitar
a ocorrência deste impacto envolvem o controle de emissões nas atividades de
preparação e limpeza do terreno, na movimentação de materiais, equipamentos e
veículos de carga, por meio da umectação das áreas de trabalho e acessos,
cascalhamento de vias internas, lavagem dos pneus dos caminhões na saída da
área de influência para vias públicas e a regulagem de veículos de acordo com as
normas do PROCONVE.
Etapas de Execução
Cronograma
Este plano deverá ter início quando das atividades de construção da obra e deverá
se tornar um programa permanente.
a) Recursos Humanos
556
b) Recursos Materiais
Decibelímetro ou medidor de nível de pressão sonora;
Bomba para amostragem de gases e poeira e;
Escala de Ringelmann.
Justificativa
557
Legislação Pertinente
Objetivo
Detalhar ações que buscam otimizar os esforços para limpeza e vias, não só
da implantação do projeto e com as intervenções de apoio, incluídas as obras
de adequação ambiental.
Propiciar o aproveitamento racional do material oriundo da supressão de
vegetação.
Metas
Metodologia
A supressão da vegetação gera impactos não só para a flora como para a fauna das
regiões afetadas pelo Programa de Requalificação Urbana da Orla Lagunar de
Maceió. Para mitigar esses impactos, é necessário que haja um planejamento do
desmatamento. O desmatamento deverá ocorrer sempre no sentido de outras áreas
de vegetação natural, para que os animais possam ser direcionados para esses
refúgios fora da área desmatada.
Para minimizar o impacto à fauna, o desmatamento deverá ser feito, seguindo todas
as etapas de forma cronológica: treinamento da equipe de corte, vistoria das áreas
de corte, acompanhamento do desmatamento.
559
lenhosa foi efetuada multiplicando-se o volume de madeira pelo peso específico da
espécie. Deverá ser calculado uma regressão para o total das espécies sem
considerar os grupos específicos.
Etapas de Execução
Cronograma
560
Equipe Técnica
Introdução
Objetivo
561
Metodologia
562
Fonte: ANA, 2006, p. 18
563
Marco Zero ou Nível de Referência
Para servir de “marco zero” será feita uma campanha inicial, com a aquisição dos
dados de coleta antes do início das obras seguindo os procedimentos exigidos pelo
órgão ambiental responsável para coleta de amostras de água.
564
As análises serão realizadas pelo profissional contratado seguindo os procedimentos
descritos pelo Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater
(APHA, 1998).
Serão identificado 10 locais para coletas que deverão ser escolhidos e monitorados
antes do início das obras do Programa de Requalificação Urbana da Orla Lagunar
de Maceió e informado ao órgão ambiental responsável pelo licenciamento.
Monitoramento
Indicadores
O Programa terá início juntamente com o início das obras e se manterá ativo durante
todo o período de construção, bem como no período considerado como pós-
implantação.
565
Custos
566
Programa de Recuperação de Área Degradada
Os estudos foram realizados por técnicos devidamente qualificados para este tipo de
trabalho, que responde pelas informações levantadas que compõem o documento
apresentado ao Grupo de trabalho do BID.
Informações Gerais
567
Recomendação para elaboração de um Programa de Arborização Urbana.
Nome do Empreendimento
Metodologia
Características Ambientais
Meio Físico
Geologia
568
A área de estudo está situada num contexto geológico regional representado pela
faixa sedimentar litorânea do Estado de Alagoas, fazendo parte da Bacia de Alagoas
compreendendo a Formação Barreiras e Sedimentos de Praia e Aluvião.
Bacia Alagoas
A bacia assenta-se sobre as rochas das formações Penedo, Coqueiro Seco, Ponta
Verde, Maceió e Poção, do Grupo Coruripe, correspondentes à fase de intensa
atividade tectônica.
569
Carta estratigráfica da Bacia Sedimentar de Alagoas (modificada de Feijó, 1994).
570
Formação Barreiras
Geologia Local
571
Depósitos Flúviolagunares – Situado em toda a faixa estreita na margem
esquerda da Laguna Mundaú, contemplando todo o projeto urbanístico e grande
parte do eixo principal da via;
Terraços Marinhos Holocênicos – Situado ao sul na porção inicial do
projeto. Contempla algumas unidades habitacionais provenientes do projeto de
reassentamento e um pequeno trecho do eixo principal da via.
Geomorfologia
572
Unidades Geomorfológicas
Tabuleiro Costeiro
Encosta situada na AID do projeto. Esta área possui altimetria entre 44 e 55m e
declividades superiores a 30°, podendo ultrapassar os 60°. São áreas densamente
ocupadas por populações de baixa renda que sofrem com a alta suscetibilidade a
escorregamentos nos períodos de chuva a mais de cinco décadas.
573
Perspectiva de trecho da AID do projeto – Área de encosta atingida por
deslizamentos. Foto: Micaelle Morais/G1, (Julho de 2015).
Planície Flúviolagunar
574
A porção que compreende a ADA da Via e Orla Lagunar inerentes à Unidade
Geomorfológica da Planície Flúviolagunar, apresenta cotas altimétricas
predominantemente menores que 7,0 m associados comumente a valores
clinométricos (declividade) predominantemente abaixo dos 2,0º de inclinação.
576
desordenadas nas encostas, potencializando o risco de deslizamentos, ambas no
bairro do Bom Parto, na AID e ADA do projeto
Solos
577
Determinadas características e propriedades do solo podem oferecer diferentes tipos
e graus de limitação no tocante ao seu uso, vindo a impedir a utilização de algumas
porções ou até mesmo da gleba como um todo; além disso, interferem em obras de
decapeamento, terraplanagem, paisagismo, fundação, arruamento, obras de
conservação e demais atividades em que haja necessidade de mobilização do solo.
Estas limitações são definidas pela erodibilidade, compactação, drenagem,
capacidade de troca de cátions (CTC) do solo, textura, profundidade, água no solo,
antropismo, entre outras.
578
Já os setores de encostas conformadas por esta tipologia pedológica – terços
superiores, médios e inferiores de rampas - apresentam baixa aptidão para a
instalação do empreendimento, visto que oferece restrições moderadas a alta em
função da considerável erodibilidade de seus materiais constituintes.
579
Área de Latossolo Amarelo com horizonte A antrópico presente na ADA do projeto. A
área está destinada para a construção de unidades multifamiliares provenientes do
projeto de reassentamento. Estes Latossolos por estarem situados em região plana,
não possuem nenhuma limitação quanto a quaisquer intervenções
Além disso, os solos presentes na AID e ADA apresentam baixo ou nenhum uso
potencial como material de empréstimo ou insumo para as obras de construção civil
a serem realizadas na fase de implantação do projeto.
Gleissolo
Os Gleissolos estão presentes apenas na AII do projeto, localizados nos vales dos
riachos do Silva e Reginaldo.
581
Apresentam um horizonte subsuperficial de coloração acinzentada, cinzenta, com
mosqueados amarelados ou avermelhados, oriundos da oxidação do ferro na matriz
do solo, em consequência dos fenômenos de oxirredução. São solos bastante
diversificados em suas características físicas, químicas e morfológicas, devido às
circunstâncias em que são formados, de aporte de sedimentos e sob condição
hidromórfica. Podem ser eutróficos, distróficos, com argilas de atividade alta ou
baixa, acidez moderada a forte.
Clima
Em função de sua localização nas baixas latitudes tropicais, esta área recebe alta
taxa de insolação, fazendo com que a temperatura seja alta durante todo o ano, com
média anual de 24°C.
A ação do fluxo dos alísios no litoral, carregados de umidade e calor recebidos pela
sua passagem sobre as águas de correntes marítimas quentes, mantém a
regularidade da temperatura na faixa de influência oceânica.
582
Normais climatológicas anuais para um período de 30 anos (1961-1990).
Temperatura e Pluviometria
583
Temperaturas médias, máximas e mínimas mensais (°C) – Estação
Meteorológica de Maceió.
Mês Temp. Mín. (°C) Temp. Máx. (°C) Temp. Média (°C)
Janeiro 22,4 30,2 26,5
Fevereiro 22,6 30,4 26,5
Março 22,7 30,2 26,4
Abril 22,5 29,6 26,0
Maio 21,0 28,5 25,2
Junho 21,3 27,6 24,3
Julho 20,5 27.0 23,6
Agosto 20,2 27,1 23,6
Setembro 20,7 27,8 24,3
Outubro 21,2 29,0 25,3
Novembro 21,6 29,9 25,9
Dezembro 22,0 30,0 26,2
Ano 21,8 28,9 24,8
A precipitação anual média de longo período (período de 1961/1990) foi 2070,5 mm,
ocorrendo a maior média mensal no mês de maio (382,2 mm) e a menor média
mensal no mês de novembro (31,7 mm).
A máxima precipitação de 24 horas para o período de 1961 a 1990 foi 149,7 mm,
tendo ocorrido em um mês de maio.
584
Gráfico ombrotérmico da cidade de Maceió representando uma média do período de
1961-1990. Fonte: SOMAR Meteorologia.
Meio biótico
Vegetação e Flora
585
Outro fator que motiva o surgimento de áreas naturais ou antrópicas com vegetação
decorre do cercamento de áreas públicas e privadas, impedindo o acesso à
população, ou mesmo inibindo que a mesma se aproprie indevidamente, mesmo
sendo áreas de proteção permanente em encostas ou na margem da laguna
Mundaú.
Por meio da observação direta foi possível compor uma listagem de espécies típicas
da flora urbana espontânea ou cultivada sem pretensões de arborização ou
paisagismo na área de influência direta e diretamente afetada. A seguir apresenta-se
a listagem dividida em plantas espontâneas (aquelas que não foram cultivadas pelo
homem), e as plantas cultivadas para diversos fins, tanto na ADA quanto na AID.
586
Família Gênero e espécie Nome vulgar
Ageratum sp
Bidens pilosa L.
Emilia sonchifolia D.C.
Pterocaulons sp.
Wedellia paludosa Bem-me-quer
Boraginaceae Heliotropium sp.
Caricaceae Carica papaya Mamoeiro
Chenopodiaceae Chenopodium ambrozioides Mastruz
Commelinaceae Commelinanudiflora
Convolvulaceae Ipomoea pes-caprae Salsa-da-praia
Cyperaceae Cyperusligularis
Cyperus sp. Tiririca
Cucurbitaceae Cucurbita sp. Abóbora
Mormodica charantia L. Melão-de-são-caetano
Dilleniaceae Curatella americana Lixeira
Euphorbiaceae Chamaesyce sp. Porca-parideira
Chamaesyce sp. Perpétua
Croton campestris Velame
Croton lachnocladus mart. Velame
Euphorbia heterophilla Bico-de-papagaio
Phyllanthus niruri Quebra-pedra
Ricinus comunis Carrapateira
Jatropha sp. Pinhão-roxo
Gramineae Bambusa sp. Bambu
(Poaceae)
Cenchrus echinatus Carrapicho
Chloris inflata
Cynodon dactylon
Digitaria insularis
Eleusine indica
Paspalum densum
587
Família Gênero e espécie Nome vulgar
Panicum sp.
Labiatae Hyptis pectinata
(Lamiaceae)
Lippia alba Erva-cidreira
Leguminosae Crotalaria retusa Maracá
Cassia tora.
Cassia occidentalis
Cassia patelaria
Clitoria sp.
Dioclea sp.
Indigofera suffruticosa Anil
Mimosa pudica Sensitiva
Malpighiaceae Stigmaphyllon paralias
Malvaceae Gossypium sp. Algodão-de-praia
Sida rhombifolia
Sida urens
Urena lobata
Waltheria indica
Waltheria sp.
Corchorus hirtus
Melastomataceae Clidemia hirta
Moraceae Cecropia sp. Embaúba
Myrtaceae Psidium guajava Goiabeira
Nictaginaceae Boerhavia coccinea Pega-pinto
Piperaceae Piper sp.
Polygalaceae Polygala paniculata
Polygonaceae Antigonum sp.
Pontederiaceae Eichornia crassipes Baronesa
Pontederia sp. Aguapé
Portulacaceae Portulaca oleracea Beldroega
Talinun patens
588
Família Gênero e espécie Nome vulgar
PTERIDOPHYTA Ligodium sp. Avenca
Rubiaceae Borreria verticilata Vassourinha
Solanaceae Physalissp.
Solanum asperum Jurubeba
Solanum paniculatum Jurubeba
Solanum sp.
Turneraceae Turnera ulmifolia Chanana
Ulmaceae Trema micrantha
Verbenaceae Citarexylum sp
Lantana camara Chumbinho/camará
Priva bahiensis
Stachytarpheta sp
*Plantas herbáceo-arbustivas e árvores que ocorrem espontaneamente em terrenos
baldios, áreas verdes, praças, jardineiras, passeios, frestas de edificações, e áreas
alagadas. Estas plantas podem ser úteis como medicinais ou ornamentais.
589
Família Gênero e espécie Nome vulgar
Annona muricata Graviola
Apocynaceae Allamanda sp Alamanda
Nerium oleander Espirradeira
Araceae Philodendron imbe Imbé
Caladium sp
Anthurium Antúrio
Monstera sp Monstera
Araliaceae Hedera sp Hera
Arecaceae Cocos nucifera Coqueiro
Euterpe catinga Jussara
Bixaceae Bixa orelana Urucum
Bombacaceae Pachira aquatica Munguba
Caprifoliaceae Rosmarinus officinalis Sabugueiro
Caricaceae Carica papaya Mamoeiro
Chenopodiaceae Chenopodium ambrozioides Mastruz
Combretaceae Terminalia cattapa Amendoeira
Convolvulaceae Ipomoea sp. Salsa
Euphorbiaceae Jatropha sp. Pinhão-roxo
Euphorbia heterophilla Bico-de-papagaio
Euphorbia sp. Coroa-de-cristo
Gramineae Cymbopogom citratus Capim-santo
(Poaceae)
Lauraceae Persea americana Abacate
Leguminosae Cassia japonica Cassia-japonesa
Cassia sp Chuva-de-ouro
Bauhinia sp Mororó
Caesalpinia echinata Pau-brasil
Clitoria fairchildiana Sombreiro
Delonix regia Flamboyant
Leucaena sp. Leucena
Mimosa caesalpiniifolia Sabiá
590
Família Gênero e espécie Nome vulgar
Mimosa sp. Sombreiro
Tamarindus sp Tamarindo
Liliaceae Sansevieria sp. Espada-de-são-jorge
Malpighiaceae Malpighia glabra Acerola
Malvaceae Hibiscus sp. Papoula
Melastomataceae Tibouchina sp. Quaresmeira
Moraceae Ficus microcarpa Ficus-benjamim
Arthocarpus sp Fruta-pão
Musaceae Musa paradisiaca Bananeira
Myrtaceae Eugenia uniflora Pitanga
Eugenia sp. Jambo-vermelho
Psidium guajava Goiabeira
Nictaginaceae Bougainvillea Burguenvilia
Oxalidaceae Averrhoa carambola Carambola
Pinaceae Pinus sp. Pinheiro
Polygonaceae Antigonum sp.
Portulacaceae Portulaca sp. Onze-horas
Punicaceae Punica granatum Romã
Rosaceae Rosa sp. Roseira
Zingiberaceae Hedychium sp Colônia
591
carreados pelos rios durante milhares de anos durante o período de formação do
relevo de nosso território.
592
Laguna Mundaú. Devido às condições topográficas, hidrológicas, pedológicas e,
principalmente, a gênese do uso antrópico do solo, são observadas nesta bacia
diversas características próprias descritas em parte como se segue.
Tal situação agrava-se devido ao estado das matas ciliares localizadas ao longo dos
corpos d‟água e canais de drenagem.
Além das faixas de Mata Atlântica propriamente dita, alguns trechos remanescentes
indicam uma composição florística típica de ambientes de Cerrado. Em Alagoas,
esta vegetação apresenta-se como encraves de Cerrado na Mata Atlântica, sendo
assim classificados tanto por sua fisionomia, quanto por sua composição florística,
que apresenta grande variedade de espécies típicas, a exemplo do murici-de-
tabuleiro (Byrsonima verbascifolia), cabaçu (Coccoloba latifolia) e lixeira (Curatella
americana), todas elas bioindicadores deste ambiente tão característico.
Bairros como o Bom Parto (na ADA) também chegou a crescer desordenadamente e
ocupar os manguezais na margem da laguna Mundaú, ampliando assim a supressão
maciça deste ecossistema no âmbito do CELMM (Complexo Estuarino Lagunar
Mundaú – Manguaba).
594
principalmente nos bairros onde ocorrem habitações subnormais, comumente
chamadas de “favelas”.
Na ADA, o bairro do Bom Parto mostra que houve completa supressão da vegetação
original de mangue e ambientes associados. A cada dia a população carente aterra
a margem da laguna com entulhos e restos de construção, instalam residência
subnormais e implantam pocilgas, lançando todo dejeto das casa e pocilgas
diretamente na laguna, além do lixo doméstico. A arborização do bairro é incipiente,
com ruas e calçadas estreitas sobram poucos locais para a arborização. Em
algumas residências e terrenos baldios vislumbra-se algumas arvoretas e arvores,
mas há ruas inteiras sem um único pé de árvore em toda sua extensão.
O mangue então foi sendo comprimido. O solo aterrado e assim surgiram rodovias,
ferrovias, e terrenos para casas, sítios e chácaras. Observa-se também, que, nos
fundos de muitas propriedades, surge uma vegetação arbórea densa. O solo é
turfoso e anualmente inundável, restringindo a ampliação das moradias. Contudo,
esta vegetação é composta por plantas exóticas, indicando que se trata de um
ambiente que outrora era manguezal e que fora abandonado ou subutilizado
(mudança dos hábitos da população; mudança das populações tradicionais por
populações mais urbanas e pouco preocupadas em manter quintais ou chácaras de
coco e frutíferas, muito comuns na metade do século XX).
Esta vegetação exótica acompanha quase que toda a faixa entre o mangue e o
continente. É fruto do uso do solo pelas comunidades ao longo dos anos e possuem
estrutura florística diversa, bem como fisionomia que varia de arbustiva a arbórea,
com árvores e palmeiras com mais de 10,0 metros de altura.
Muitos trechos da margem foram aterrados com argila e utilizados por indústrias
químicas (Braskem). Nesses locais a vegetação foi completamente suprimida. Os
mangues ainda resistem na margem que se mantem totalmente inundada ao longo
de todo o ano.
596
Na desembocadura do riacho do Silva omanguezal recebe toda sorte de entulho, e
esgoto, asquatro espécies típicas do mangue estão presentes: mangue-branco e
mangue-preto (Avicennia germinans e A. schaueriana), e mangue-vermelho
(Rhizophora mangle).
597
Distribuição de áreas dos tipos vegetacionais ocorrentes na ADA e AID.
Tipo vegetacional N° de Área total em hectares
fragmentos
Manguezal 02 26,01
Vegetação antrópica margem 06 17,40
da laguna (arbustivo-arbórea)
Mata em encosta de tabuleiro 11 15,38
(capoeiras)
Várzea do riacho Silva 01 3,36
Total 20 62,15
Área da AID 625,00
Percentagem de cobertura 9,94%
vegetal (natural e antrópica)
Superfície hídrica (laguna 139,26 hectares
Mundaú)
*valores aproximados
598
Família Gênero e espécie Nome vulgar
Acanthaceae Avicennia germinans (L.) L. Mangue preto
Avicennia schauerianaStapf & Mangue preto
Leech.
Ruellia sp
Anacardiaceae Anacardium occidentale Linn. Cajueiro
Schinusterebinthifolius Raddi. Aroeira
Tapiriraguianensis Aubl. Cupiuba
Thyrsodium spruceanum Benth. Cabotã
Annonaceae Duguetia sp.
Xylopia frutescens Aubl Araticum
Xylopia laevigata (Mart.) R. E. Fr.
Apocynaceae Allamanda sp.
Aspidosperma subincanum Mart. Peroba
Hancornia speciosa Gomez. Mangabeira
Himatanthus phagedaenicus Banana-de-papagaio
(Mart.)R.E.Woodson
Rauwolfia sp.
Mandevilla hirsuta (A.Rich.)
K.Schum.
Araceae Anthurium affine Schott
Philodendron fragrantissimum
(Hook.) G.Don
Philodendron imbe Schott.
Montrichardia linifera (Arruda) Aninga
Schott.
Araliaceae Schefflera morototoni Decne & Sambacuim
Planch.
Arecaceae Bactris ferruginea Burret. Tucum
Cocos nucifera L. Coqueiro (exótica)
Elaeis guineensis Jacq. Dendê
Syagrus coronata Mart. Ouricuri
599
Família Gênero e espécie Nome vulgar
Asteraceae Ageratum conyzoides
Acanthospermum hispidum
DC.
Emilia sonchifolia L.(DC.)
Mikania sp.
Sonchus sp.
Vernonia sp.
Begoniaceae Begonia sp
Bignoniaceae Androanthus sp. Ipê
Lundia cordata Pyr.
Bixaceae Bixa orellana L. Urucum
Boraginaceae Cordia superba Cham. Grão-de-galo
Cordia sellowiana Cham.
Cordia verbenacea D.C.
Heliotropium sp.
Bromeliaceae Aechmea fulgens Brongn.
Aechmea lingulata(L.) Baker
Aechmea tomentosa Mez
Tillandsia bulbosa Hooker
Burseraceae Protium heptaphyllum March. Amescla
Cabombaceae Cabomba aquatica Aubl. Cabomba
Cecropiaceae Cecropia pachystachya Trécul.
Celastraceae Maytenus cf. distichophylla Bom-nome
Mart. ex. Reiss.
Chrysobalanaceae Hirtella ciliata Lam.
Clusiaceae Clusia nemorosa G. F.W. Mey. Pororoca
Symphonia globulifera Linn. Bulandi
Vismia guianensis (Aubl.) Pau-lacre
Choisy.
Caraipa densiflora Mart. Camaçari
Tovomita guyanensis Aubl. Mangue-da-mata
600
Família Gênero e espécie Nome vulgar
Combretaceae Laguncularia racemosa(L.) Mangue-branco
Gaertn.
Terminalia cattapaL. Amendoeira
Commelinaceae Commelina sp.
Crassulaceae Kalanchoe brasiliensis
Cambess.
Cyperaceae Cyperus surinamensis Rottb
Cyperus laxus Lam.
Cyperus rotundus L.
Cyperus ligularis L.
Rhynchospora cephalotes (L.)
Vahl.
Rhynchospora comata (Link)
Schult
Rhynchospora exaltataKunth
Scleria sp. Capim-navalha
Dilleniaceae Curatella americana Linn. Lixeira
Doliocarpus sp.
Elaeocarpaceae Sloanea garkeana Schum. Cabaçu
Erythroxylaceae Erythroxyllum sp.
Euphorbiaceae Cnidoscolus urens L. Cansanção
Croton sp. Velame
Dalechampia sp.
Richeria grandis Vahl. Jaqueira-do-Brejo
Flacourtiaceae Casearia sylvestris S.W.
Gentianaceae Coutoubea spicata Aubl.
Gyrocarpaceae Sparattanthelium botocudorum Arco-de-barril
Mart
Graminae Digittaria sp.
(Poaceae)
Eleusine indica (L.)Gaertn
601
Família Gênero e espécie Nome vulgar
Olyra sp.
Paspalum sp.
Panicum sp.
Heliconiaceae Heliconia sp. Língua-de-cutia
Leguminosae Caesalpinia ferrea Mart. Pau-ferro
Caesalpinioideae Cassia sp
Chamaecrista ensiformes (Vell) Coração-de-negro
Irwin & Barneby
Apuleia cf. leiocarpa (Vog.) Gitaí
Macbr.
Hymenaea sp. Jatobá
Peltogyne cf. angustiflora
Ducke.
Leguminosae- Abarema cochliocarpus Barbatimão
Mimosoideae (Gómez.)Barneby & Gomez
Parkia pendula Benth. ex. Visgueiro
Walp.
Mimosa pudica L. Mata-pasto
Inga edulis Mart Ingá
Stryphnodendron cf. Jaguarana
pulcherimum (Wild.) Hochr.
Leguminosae Bowdichia virgilioides H.B.& K. Sucupira
Papilionoideae Andira cf. inermis H.B.& K. Angelim
Crotalaria retusa L.
Clitoria sp.
Centrosema brasilianum
L.Benth.
Swartzia apetala Raddi. Enxúndia
Desmodium sp.
Dioclea sp
Rhynchosia phaseoloides DC.
602
Família Gênero e espécie Nome vulgar
Stylosanthes sp
Lauraceae Ocotea longifolia H.B.& K. Louro-preto
Ocotea bracteosa Mex. Louro
Ocotea glomerata (Ness) Mex Louro
Lecythidaceae Lecythis lurida (Miers.) Mori.
Lecythis pisonis Cambess. Sapucaia
Eschweilera ovata Mart. ex Embiriba
Miers.
Loganiaceae Spigelia sp
Loranthaceae Struthanthus sp
Lythraceae Cuphea aperta Koehne.
Cuphea racemosa (L.f.)
Spreng.
Malpighiaceae Banisteriopsis lutea
Byrsonima sericea DC. Murici
Byrsonima coccolobifolia (Spr.)
Kunth.
Byrsonima verbacifolia (L.) Murici-do-tabuleiro
H.B.K.
Malvaceae Lopimia malacophylla Nees e
Mart.
Pavonia cancelata (L.)Cav.
Eriotheca crenulaticalyx A. Munguba
Robyns.
Sida carpinifolia L.f.
Sida rhombifolia L.
Sida urens L.
Urena lobata L.
Sida planicaulis
Corchorus sp.
Guazuma ulmifolia Lam. Mutamba
603
Família Gênero e espécie Nome vulgar
Melochia tomentosa L.
Waltheria indica L.
Luehea divaricata Mart. Açoita-cavalo
Apeiba tibourbou Aubl. Pau-de-jangada
Melastomataceae Miconia amoena Triana.
Miconia albicans A.W.Bennet
Miconia ciliata Benth.
Menyantheaceae Nimphoides sp.
Myrtaceae Calyptranthes sp.
Eucalyptus sp. Eucalipto
Eugenia sp. Murta
Myrcia sylvatica (Mey.) DC. Murta-roxa
Myrcia cf. alagoensis Berg. Murta-branca
Myrcia cf. bergiana Berg.
Myrcia sp. bracteata DC
Myrcia cf.falax (Taub.)Yakovl.
Psidium guajava L. Goiaba
Psidium guineensis S.W. Araçá
Syzygium cumini (L.) Skeels Brinco de viúva
Moraceae Artocarpus altilis (Parkinson) Fruta-pão
Fosberg
Artocarpus heterophyllus Lam. Jaca
Brosimum guianense Huber ex Macaxeira
Ducke.
Helicostylis cf. tomentosa (Poepp & Endl) Macbride
Nyctaginaceae Pisonia cf. ambigua Heimert. João-mole
Nympheaceae Nymphaea ampla (Salisb.) DC. Pataca
Ochnaceae Ouratea nitida Engl. Cabotã-de-leite
Orchidaceae Catassetum sp.
Oeceoclades maculata (Lindl)
Lindl.
604
Família Gênero e espécie Nome vulgar
Passifloraceae Passiflora edulis Sims Maracujá-do-mato
Papaveraceae Hybanthus sp.
Polygalaceae Polygala sp
Polygonaceae Coccoloba latifolia Lam. Cabaçu
Coccoloba confusa Howard. Cabaçu
Pontederiaceae Eichornia crassipes Mart. e Aguapé
Solms,
Pontederia sp
Rhamnaceae Gouania blanchetianaMiq.
Rhizophoraceae Rhizophora mangle L.
Rubiaceae Coutarea hexandra K. Schum Quina-quina
Chioccoca sp.
Genipa americanaL. Jenipapo
Salzmannia nitida DC.
Psychotria capitata Ruiz & Pav.
Rutaceae Esenbeckia grandiflora Mart.
Salviniaceae Salvinia sp.
Sapindaceae Cupania platycarpa Radlk. Cabotã
Allophylus edulis (A.St. Hill) Farinha-seca
Radlk.
Serjania salzmanniana Schltdl.
Talisia sp. Pitomba
Sapotaceae Manilkara salzmannii A. D.C. Maçaranduba
Pouteria venosa (Mart.) Leiteiro
Baehni.
Simaroubaceae Simarouba amara Aubl. Praíba
Solanaceae Cestrum laevigatum Schlecht.
Solanum asperumVahl.
Solanum aspero-lanatum Ruiz.
& Pav.
Solanum paniculatum L. Jurubeba
605
Família Gênero e espécie Nome vulgar
Turneraceae Turnera ulmifolia L. Chanana
Typhaceae Typha dominguensis Pers. Taboa
Verbenaceae Lantana camara L. Chumbinho
Stachytarpheta sp.
Tamonea sp.
A vegetação rasteira (apicuns) não deve ser retirada até a fixação definitiva
das mudas plantadas;
Não deve nenhum dos trabalhadores fumar na área objeto, evitando assim
o risco de incêndio;
606
Supressão de vegetação e mudança das características físicas do solo
Poluição Difusa
Principais conseqüências:
607
O despejo de esgoto sem tratamento na Lagoa está afetando a qualidade de suas
águas e têm se tornado um problema ambiental, social e de saúde pública naquela
região.
Para piorar esse quadro, ainda temos a falta de saneamento no bairro, com
presença de muitas fossas que diretamente contaminam o lençol freático da região e
consequentemente a Lagoa Mundaú.
Existem os lançamentos que são feitos pelas moradias dos entornos dos canais da
levada como também daqueles que sai diretamente das casas e são lançados na
Lagoa, isso causou uma sedimentação de lixos e material orgânicos nas saídas dos
canais.
Arborização Urbana
O bairro do Bom Parto possui uma deficiência visível de Arborização Urbana, que é
de grande importância para manter aquele ambiente urbano mais agradável e
confortável, seja termicamente ou como purificação do ar local, além de contribuir
para o embelezamento do bairro. Por isso ficou definido que trataríamos essa
deficiência como passivo decorrente da ocupação desordenada do bairro e será
desenvolvido um Programa de Arborização Urbana durante o processo de
licenciamento para suprir essa necessidade do bairro.
608
Todas as ações do Programa de Requalificação Urbana terão como prioridade a
implantação da Arborização Urbana em todas as áreas físicas envolvidas na obra.
Considerações
Supressão Vegetal
Toda supressão decorrente das ações executoras das obras será compensada e
mitigada acompanhando um cronograma especifico que será definido no final da
elaboração deste PRAD.
Após essa ação de abertura do terreno, onde será implantada a rodovia, em local de
menos antropização e com característica de ecossistema natural, teremos algumas
ações desenvolvidas pelo PRAD, são elas:
609
Na área de domínio da rodovia deverão ser plantadas gramíneas em toda a
saia do aterro implantado, visando à contenção de erosão por influência das
águas de chuva e da drenagem da rodovia;
Onde a saia do aterro sofrer influência das marés deve ser feito enrocamento
com pedras rachão;
Toda descida d‟água deve ter dissipador de energia para evitar principio de
erosão.
a) Adubo orgânico
c) Calcário dolomítico
Espécies vegetais
610
O plantio a ser realizado para contenção das saias de aterros será através do plantio
de sementes de leguminosas e gramíneas.
611
Características das Espécies escolhidas
Nome científico: Brachiaria humidicola (Rendle) Schweick vr. Lanero (ex Brachiaria
dictyoneura).
612
Modo de plantio: a lanço e em covas.
Temperatura: 32 a 35°C.
Origem: Moçambique
Temperatura: 30 a 35º
Origem: África
613
Altura da planta: Cipó
Temperatura: 30 a 35º
Altura da planta: 3 a 4 m
Temperatura: 22 a 30º
Ferramentas
614
As ferramentas manuais utilizadas são: pás, mini-enxadas, cavadeiras, picaretas,
EPI‟s, etc.
Estes insumos serão aplicados manualmente e a quantidade a ser aplicada deve ser
previamente estabelecida pelo técnico responsável pelo projeto.
615
Medidas compensatórias
Objetivo
Isolamento da Área
Controle de Pragas
616
Caso se identifique qualquer infestação de pragas que não sejam naturais das áreas
(insetos), deverá ser capturado e levado para algum especialista para
posteriormente ser indicado o produto para combater a infestação.
Formigas
617
formigueiros. Este sistema apresenta ação de curto prazo (imediato por
contato); recomendado para as situações em que as mudas já estejam
para chegar, ou que tenham sido plantadas.
FORMICIDAS RECOMENDADOS
618
com o desconhecimento dos efeitos colaterais dos agrotóxicos, corretivos e
fertilizantes, que, por sua vez, estão gerando a necessidade do uso cada vez maior
de agrotóxicos nas culturas.
Com esta visão, o controle biológico surge como uma alternativa racional,
extremamente necessária e essencial à agricultura na atualidade. O controle
biológico de pragas é feito através de espécies que fazem parte da própria cadeia
alimentar da praga, no caso, superior a ela. Ou seja, utilizando seus próprios
predadores naturais e sem causar desequilíbrio ambiental a praga é eliminada.
619
não estejam ainda presentes. Os métodos de propagação requerem contínuo
controle e não representam uma solução permanente como podem os
métodos da importação e da conservação.
Conservação de inimigos naturais: parte importante de qualquer prática de
controle biológico. Isto envolve a identificação de quaisquer fatores que
limitam a efetividade de um inimigo natural particular e alterá-los para auxiliar
a espécie benéfica. Esta abordagem envolve ou a redução de fatores que
interferem com os inimigos naturais ou o fornecimento dos recursos
requeridos que auxiliem os predadores naturais.
Caso ocorra alguma infestação, deve ser identificada a praga para posteriormente,
ser definido o uso de controle biológico a ser utilizado definindo o um planejamento e
gerenciamento da situação.
O controle de plantas invasoras pode ser feito manualmente, com corte das
gramíneas e demais ervas daninhas. A eliminação deverá ser seletiva com o corte e
controle dessas invasoras.
Após abertura das covas deve ser colocada matéria orgânica para o plantio das
mudas, pois durante a implantação da rodovia e vias de serviços a camada mais rica
do solo foi removida.
620
*Abertura manual das covas: as covas previamente alinhadas ou demarcadas
deverão ser abertas com o uso de cavadeiras ou enxadões, que resultam em maior
rendimento operacional, cujo volume de terra retirado, servirá para misturar-se aos
insumos e fazer o posterior aterramento da cova antes do plantio, devendo-se,
entretanto, serem retiradas as eventuais touceiras de gramíneas, de forma que os
propágulos não sejam reconduzidos para o interior da cova.
621
adubação por cobertura ou calagem, consiste na aplicação de fertilizante
nitrogenado. Seguem abaixo sugestões de dosagens e aplicação para utilização de
fertilizantes químicos que atende as necessidades da planta, caso não seja feita a
analise do solo:
FERTILIZANTE QUANTIDADE /
FÓRMULA COVA APLICAÇÃO
Plantio
622
Método de Plantio, obedecendo os estágios sucessionais. Fonte:
Projeto de Restauração de área Fazenda Lindo Vale (Satuba/AL) –
Projeto Clickarvore/2006.
Replantio
623
O replantio deve ser planejado, prevendo uma avaliação do índice de mortalidade
das mudas entre 30 a 45 dias após o plantio. Sempre que possível, as mudas
utilizadas devem ser das mesmas espécies, ou do mesmo grupo sucessional das
mudas que não vingaram, exceto se o insucesso do plantio de determinada espécie,
deu-se por negligência, maus tratos ou escolha inadequada em relação ao seu
habitat. A celeridade neste processo evita a desigualdade de crescimento do lote de
árvores plantadas, observadas as mesmas recomendações de plantio.
Manutenção
Regeneração Natural
624
longo do tempo, modificando as condições ecológicas locais até chegar a uma
comunidade bem estruturada, mais estável.
Propõem-se diversos tipos de poleiros artificiais, entre eles: poleiro seco, poleiro
vivo, “torre de cipó” e poleiro de cabo aéreo. O poleiro seco imita galhos secos de
árvores para que as aves os utilizem principalmente como locais de observação para
o forrageamento, principalmente de insetos. O poleiro vivo imita o aspecto de galhos
de árvores com folhagem, sendo que as aves podem usá-lo para repouso,
visualização de caça e também para alimentação. A “torre de cipó” imita árvores
dominadas por cipós em bordas de mata que têm o papel de abrigo para aves e,
principalmente morcegos, além de propiciar um microclima favorável no interior de
sua estrutura. As torres de cipó merecem mais estudos devido ao seu potencial
diversificado no controle de microclima e no abrigo para morcegos.
O poleiro de cabo aéreo imita a fiação dos postes da rede elétrica, forma de poleiro
já integrada na paisagem para muitos pássaros. Esta técnica pode ser utilizada de
forma a ampliar a função dos poleiros secos, através da união dos mesmos com
cordas ou qualquer outro material disponível.
626
Cercas com mourões também funcionam como poleiros artificiais.
627
Cabos aéreos aumentam as superfícies de poleiros
artificiais, bem como a área de deposição de sementes
devido ao pouso de aves sob o cabo.
(a (b
) ) (c)
Os poleiros de cipós podem formar uma barreira contra os ventos dominantes, além
de imitarem árvores dominadas por lianas na borda das matas que têm o papel de
abrigo para morcegos. a) torre de cipó; b) torre de cipó circular; c) torre de cipó em
“V”.
628
supressão, deverá ser solicitada uma autorização específica de supressão para
esses casos.
Essas árvores que por ventura, venha sofrer supressão, serão compensadas no
momento da implantação do Programa de Arborização Urbana.
Poluição Difusa
Criar programa de educação ambiental com temas que tratem desse assunto,
durante o processo de licenciamento ambiental;
Nesse impacto, assim como, na Poluição Difusa o qual esse item também faz parte,
também serão estabelecidos medidas e programas que estão descritos
anteriormente, são eles:
Criar programa de educação ambiental com temas que tratem desse assunto.
O problema ambiental gerado pelos resíduos dessas demolições deve ser removido
para uma Central de Tratamento de Resíduo apta em receber esse tipo de material
e devidamente licenciada ambientalmente. Com esta ação teríamos uma
significativa mitigação no impacto de geração de resíduos sólidos pelas ações das
obras do Programa.
630
produzido um Plano de Gerenciamento da Construção Civil – PGRCC durante o
processo de licenciamento ambiental.
Metodologia de Restauração
Medidas Compensatórias
Objetivo
A área que fará parte da restauração florestal são 3,60 hectares demarcados pelo
Programa de Requalificação Urbana da Orla Lagunar de Maceió, o qual trabalhará
utilizando a metodologia descrita neste capitulo.
631
Área da APP a ser recuperada – 3,60 hectares
Após a remoção de todo resíduo gerado pela demolição das casas existentes no
local da área de preservação permanente por parte da empresa executora da obra e
632
responsável por esta ação, será realizada uma vistoria técnica para avaliar se tem
necessidade de realizar mais ações de remoção de material.
Parte ou todo o material inerte a ser utilizada será proveniente de ações de remoção
de material da obra, implantação da rodovia, visando encontrar um solo mais
propicia para implantação de alguns segmentos da mesma, como por exemplo,
trechos da rodovia onde será assentada em solo firme e terreno natural.
Após a colocação da matéria orgânica, deixaremos que a área fique sob ação direta
das marés para começar a propiciar uma qualidade de solo com melhores condições
para receber as mudas de mangue.
Controle de Pragas
Formigas
634
Não fumar ou comer enquanto estiver manipulando o produto;
Controle de invasoras
O controle de plantas invasoras pode ser feito manualmente, com corte das
gramíneas e demais ervas daninhas e também pode ser feito por controle biológico.
A eliminação deverá ser seletiva com o corte e controle dessas invasoras.
635
desconhecimento dos efeitos colaterais dos agrotóxicos, corretivos e fertilizantes,
que, por sua vez, estão gerando a necessidade do uso cada vez maior de
agrotóxicos nas culturas.
Com esta visão, o controle biológico surge como uma alternativa racional,
extremamente necessária e essencial situações como a da área a ser restaurada. O
controle biológico de pragas é feito através de espécies que fazem parte da própria
cadeia alimentar da praga, no caso, superior a ela. Ou seja, utilizando seus próprios
predadores naturais e sem causar desequilíbrio ambiental a praga é eliminada.
Adubação
637
Preferencialmente deve ser utilizado a adubação orgânica na área de plantio do
mangue.
Plantio
638
Após a zonação da área devem-se identificar as mudas produzidas ou disponíveis
no mercado e fazer o plantio obedecendo às especificações técnicas definidas neste
PRAD.
Podem ser transplantadas mudas com raízes nuas ou com solo agregado,
selecionando altura média de 25 a 50 cm de altura. Preferencialmente priorizar as
mudas com solo agregados nas raízes, pois tem um melhor desenvolvimento em
campo.
639
O transplante deve ser realizado na fase de maré seca e recomendamos
preferencialmente dias nublados, em horas menos quentes.
A operação deve ser auxiliada com a utilização de um trado, que facilita a extração
das mudas e evita danos as suas raízes.
640
Trado extrator de mudas de mangue
Replantio
Manutenção
641
das plantas. A área será abandonada de todas as técnicas especifica de plantio
após o período de 4 anos do plantio.
Mangue Vermelho
Características gerais:
Porte arbóreo com copa dispersa e tronco de casca cinza-amarronzado, pode atingir
altura entre 20 a 30 metros.
Mangue Branco
Habita áreas banhadas por água de baixa salinidade, não tolerando locais com
amplas flutuações no nível das preamares.
642
Mangue Siriúba
Arbusto ou árvore, altura entre 4 a 6 metros, tronco reto e cilíndrico de casca lisa e
tonalidade cinzenta, com fissuras.
Mangue de Botão
Não é considerada espécie típica do Manguezal, pois não ocorre no solo lodoso do
interior do Manguezal e não possui adaptações fisiológicas e estruturais específicas
de espécies típicas desse ecossistema.
643
Para recuperação das áreas serão necessárias 8.335 mudas de espécies nativas da
Mata Atlântica típicas da região.
Custos
Indicadores
Relação de Mudas
Listagem de algumas espécies arbóreas nativas da Mata Atlântica que podem ser
plantadas na região:
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Nome Comum P/NP Nome Científico
Caboatã P Cupania oblongifolia
Cajá P Spondias mombin
Cajueiro P Anacardium occidentale
Camaçari NP Caraipa densifolia
Cambuí P Myrciaria tenella
Canela NP Aniba firmula
Catiguá P Trichilia silvatica
Craibeira NP Tabebuia caraiba
Coração-de-negro NP Poecilanthe parviflora
Cunduru NP Brosimum sp.
Cupiúba P Tapirira guianensis
Embaúba P Cecropia sp.
Embira-vermelha P Xylopia frutescens
Enxundia P Swartzia oblata
Espinheiro P Piptadenia viridiflora
Falso barbatimão P Cassia leptophylla
Ficheira P Schizolobium parahyba
Gameleira P Fícus calyptroceras
Gargaúba NP Cordia sellowiana
General P Gustavia augusta
Gitó P Guarea guidonia
Goiaba P Psidium guajava
Goiti NP Couepia rufa
Grão-de-galo P Cordia nodosa
Guabiraba NP Campomanesia xanthocarpa
Imbiriba NP Eschweilera ovata
Ingá-de-porco P Inga marginata
Ingá-de-metro P Inga edulis
Ingaí NP Inga laurina
Ingarana P Abarema jupunba
Ipê-amarelo NP Tabebuia serratifolia
Ipê-roxo NP Tabebuia avellanedae
Ipê-roxo-de-bola NP Tabebuia impetiginosa
Jatobá NP Hymenaea courbaril
Jitaí NP Apuleia leiocarpa
Juazeiro P Zizyphus joazeiro
Leiteiro-preto NP Pouteira ramiflora
Mal-vizinho P Machaerium aculeatum
Mamão jaracatiá P Jacaratia spinosa
Mangabeira P Hancornia speciosa
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Nome Comum P/NP Nome Científico
Maria-preta P Vitex polygama
Mirindiba NP Terminalia brasiliensis
Mulungu P Erythrina velutina
Munguba NP Eriotheca gracilipes
Murici P Byrsonima sericea
Mutamba P Guazuma ulmifolia
Orelha-de-burro P Clusia nemorosa
Ouricuri P Syagros coronata
Pau d'alho NP Gallezia gorazama
Pau-jangada P Apeiba tibourbou
Pau-ferro NP Caesalpinia ferrea var. leiostachya
Pau-formiga/ Pau-de-formiga P Triplaris americana
Praíba P Clusia nemorosa
Piáca P Lonchocarpus sericeus
Pitanga P Eugenia uniflora
Quiri P Brosimum guianensis
Sabonete P Sapindus saponaria
Salgueiro /Pau-viola P Cytharexyllum myrianthum
Sapucaia NP Lecythis pisonis
Sapucarana P Holopyxidium latifolium
Sambaqui P Didymopanax morototonii
Silva P Mimosa bimucronata
Sucupira NP Bowdichia virgilioides
Sucupira-branca P Pterogyne nitens
Tamanqueira P Aegiphila sellowiana
Tamboril P Enterolobium contortisiliguum
Trapiá P Crataeva tapia
Urucum P Bixa orelana
Urucuba P Virola surinamensis
Visgueiro NP Parkia pendula
P: Pioneira e Secundária Inicial
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Cronograma Físico
Plantio
Manutenção
Remoção entulhos
Isolamento da área
Preparo da área
Analise solo e água
Controle de Pragas
Controle de Invasoras
Coveamento
Adubação
ANO 2
Plantio/Replantio
Manutenção
Remoção entulhos
Isolamento da área
Preparo da área
Analise solo e água
Controle de Pragas
Controle de Invasoras
Coveamento
Adubação
ANO 3
Plantio/Replantio
Manutenção
Remoção entulhos
Isolamento da área
ANO 4
Preparo da área
Analise solo e água
647
Controle de Pragas
Controle de Invasoras
Plantio/Replantio
Manutenção
Período de Chuvas na região Período de Estiagens
Plantio
Manutenção
Isolamento da área
Preparo da área
Controle de Pragas
Controle de Invasoras
Coveamento
Adubação
ANO 2
Plantio/Replantio
Manutenção
Isolamento da área
Preparo da área
Controle de Pragas
Controle de Invasoras
Coveamento
Adubação de cobertura
ANO 3
Plantio/Replantio
Manutenção
Isolamento da área
Preparo da área
Controle de Pragas
Controle de Invasoras
Coveamento
Adubação de cobertura
ANO 4
Plantio/Replantio
Manutenção
Período de Chuvas na região Período de Estiagens
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Responsabilidade, Acompanhamento e Avaliação
649
Quadro Resumo das Medidas de Controle Ambiental no PRAD
Ação Descrição
Área de Essas áreas deverão ser previamente licenciadas pelo órgão ambiental
competente, com base no Plano de Recuperação de Área Degradada –
Empréstimo e
PRAD;
Bota-fora Deve ser evitado o uso irregular da área por terceiros, por meio de
vigilância e restrição de acesso;
As áreas de empréstimo deverão ser exploradas de acordo com o
PRAD e as condicionantes da Licença de Instalação e, mesmo se
tratando de propriedade de terceiros, deverão ser objeto de inspeção
ambiental em atendimento da Diretriz B-17 da OP-703 do BID;
Nos bota-foras, poderão ser dispostos restos vegetais (basicamente
raízes e tocos picados), respeitando-se o limite interno de, pelo menos,
5,0m da área a ser utilizada, de maneira que o material fique
totalmente contido no interior do aterro. Será necessário adequar á
acomodação do material antes da sua cobertura com terra, para
garantir que as cavidades sejam preenchidas para minimizar os riscos
de desestabilização do bota-fora;
Deve se evitado a formação de poças de água que propiciam a
formação de ambientes favoráveis à proliferação de vetores
transmissores de doenças;
A camada de solo orgânico será removida e estocada em local plano,
antes da deposição de material no bota-fora, para posterior utilização
na recuperação final da área. Essa estocagem poderá ser em pilhas.
Caso ocorra carreamento desses solos, deverão der adotadas medidas
complementares que incluem a implantação de bacias de retenção a
jusante ou a proteção com filme plástico; e
Toda ocorrência de erosões e assoreamentos exigirá ação corretiva
imediata.
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áreas remanescentes; e
Recuperação das vias de acesso.
Ação Descrição
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QUADRO RESUMO DOS PROGRAMAS AMBIENTAIS
TOTAL R$ 2.480.000,00
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CAPÍTULO 7 – CONCLUSÕES DA AVALIAÇÃO DE
IMPÁCTO AMBIENTAL DO PROGRAMA DE
REQUALIFICAÇÃO URBANA DA ORLA LAGUNAR DE
MACEIÓ
O projeto apresentou soluções sociais que não são excludentes, prevendo locar o
maior número de famílias dentro da mesma área onde já habitam, disponibilizando
além das moradias um local com toda a infraestrutura de saneamento básico,
contemplando coleta de lixo, drenagem de águas pluviais, esgoamento sanitário e
abastecimento de água. O projeto também prevê a implantações de equipamentos
comunitários importantes, como áreas verdes, equipamentos esportivos,
educacionais e de saúde.
Com relação aos aspectos legais, observando todo o arcabouço jurídico em vigência
apresentado, evidencia-se que o empreendimento proposto atende legalmente a
todos os dispositivos da legislação ambiental. Portanto, não há evidências de óbice
que inviabilize a sua implantação.
Com relação aos aspectos bióticos,apesar de alguns trechos com vegetação nativa
serem afetados, de uma forma geral, podemos considerar que o projeto também se
653
apresenta como uma solução para recuperação de uma área degradada, onde a
ação antrópica apresenta sua face mais cruel. Na maior parte das áreas que
sofrerão intervenções, o que podemos observar foram inúmeros impactos que
deverão se mitigados ou mesmo cessados com a implantação do Programa de
Requalificação Urbana sob análise, com destaque para a contaminação da lagoa por
efluentes sanitários domésticos, acumulo lixo, avanço de aterros clandestinos
provocando o assoreamento da lagoa e a retirada da vegetação natural. O projeto
prevê a recuperação dessas áreas, deixando uma área destinada a recuperação das
APPs, implantação de saneamento básico, fiscalização e monitoramento.
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