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SUBCOMPONENTE 1.1.

: ÁGUA LEGAL

PLANO DE GESTÃO SOCIOAMBIENTAL DE OBRAS - PGSA

Prestação de serviços de engenharia para redução de perdas em áreas de alta


vulnerabilidade social por meio de ações de regularização de ligações de água com
supressão da infraestrutura irregular e recuperação de clientes por meio de contrato
de performance, visando ao aumento da eficiência operacional nos Setores de
Abastecimento Vila Jaguara, Jaraguá, Perus, Pirituba e Parque Anhanguera - Unidade
de Gerenciamento Regional (UGR) Pirituba - Unidade de Negócio Norte (MN) -
Diretoria Metropolitana (M) - Sabesp.

Número do Contrato: SDO º 03.201/22

Elaboração: Aprovação:

Camila Cardoso – Engenheira Ambiental Wilson Bretas – Gestor do contrato


Rosa M R da Silva – Supervisora Social Gabriel Mancini – Coordenador / Engenheiro
Responsável Técnico/Eng.Seg do Trabalho

Plano de Gestão Socioambiental de Obras - Pirituba lV


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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.....................................................................................................................4
1.1. Descrição de Localização da Obra...............................................................................................5
1.2. Relação de Trechos ou Núcleos..................................................................................................6
2. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL.........................................................................................7
3. GESTÃO DE LICENCIAMENTO.............................................................................................8
4. CONTROLE DO LICENCIAMENTO E REQUISITOS LEGAIS....................................................8
5. PLANO SOCIOAMBIENTAL DAS OBRAS............................................................................10
5.1. Canteiro de Obras.....................................................................................................................10
5.2. Plano de Ataque das Obras.......................................................................................................14
5.2.1. Plano detalhado para o Período de 3 Meses........................................................................15
5.3. Riscos e Impactos Identificados e Medidas Preventivas e Mitigadoras....................................16
5.4. Interferências imprevistas e soluções.......................................................................................19
5.5. Planos, programas e controles ambientais...............................................................................19
a) Plano de Controle de Trânsito.........................................................................................................19
b) Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos................................................................................20
c) Plano de Gerenciamento de Riscos e Ações de Emergência...........................................................22
d) Controle de Efluentes Líquidos........................................................................................................22
e) Monitoramento de Ruídos..............................................................................................................22
f) Monitoramento de Poluição Atmosférica.......................................................................................24
g) Interferência em APP e controle de proteção e supressão de vegetação.......................................24
h) Controle de Emissão de Poeira........................................................................................................25
i) Controle de Erosão e Assoreamento de cursos d’água...................................................................25
j) Procedimentos para desmobilização de frente de trabalho............................................................25
k) Plano de Gestão de Segurança, Higiene, Medicina, Vivência e Meio Ambiente do Trabalho..........26
l) Educação Sanitária e Ambiental e Código de Conduta dos Trabalhadores.....................................26
6. PLANO SOCIAL.................................................................................................................28
6.1 Perfil das Comunidades...................................................................................................................28
6.2 Riscos e impactos sociais identificados e Medidas Preventivas e Mitigadoras................................33
6.3 Salvaguarda de Reassentamento....................................................................................................35
6.4 Participação Comunitária................................................................................................................35
6.5 Indicadores......................................................................................................................................44
6.6 Pesquisa de Satisfação....................................................................................................................45
6.7 Cadastro Socioeconômico e Mapeamento das expectativas...........................................................46

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7. Plano de Comunicação....................................................................................................46
7.1 Monitoramento de Manifestações.................................................................................................48
8. PLANEJAMENTO AS AÇÕES SOCIAIS NO PERÍODO DE PERFORMANCE (PÓS-OBRAS)......49
9. RELATÓRIO SOCIAMBIENTAL DE ACOMPANHAMENTO...................................................49
10.ANEXOS...........................................................................................................................50

Tabela 1 - Áreas pré-selecionadas UGR Pirituba – Tabela informada no formulário


socioambiental.................................................................................................................6
Tabela 2 - Requisitos Legais...........................................................................................9
Tabela 3 - Plano Global de Obras.................................................................................14
Tabela 4 - Cronograma de Implantação do Projeto......................................................15
Tabela 5 - Matriz de Riscos e Impactos Ambientais.....................................................16
Tabela 6 - Matriz de Riscos e Impactos Sociais............................................................34
Tabela 7 - Ações Socioambientais por Eix....................................................................38
Tabela 8 - Indicadores do Programa Saneamento Sustentável e Inclusivo..................44
Tabela 9 - Ferramentas de comunicação já aprovadas pela Comunicação Sabesp....47

Figura 1 - Áreas abrangidas pelos Setores de Abastecimento Vila Jaguara, Jaraguá,


Perus, Pirituba e Parque Anhanguera, da Unidade de Gerenciamento Regional (UGR)
Pirituba – Informação do Formulário Socioambiental......................................................6
Figura 2 - Organograma de fluxo de comunicação.........................................................7
Figura 3 - Localização do canteiro - Fonte: Google Earth.............................................10
Figura 4 - Localização do canteiro de apoio – Fonte: Google Earth.............................11
Figura 5 - Croqui do Canteiro........................................................................................13
Figura 6 - Mapa IPVS 2010 da UGR Pirituba................................................................28
Figura 7 - Foto Aérea Núcleo Capadócia......................................................................30
Figura 8 – Fotos Comunidade Capadócia.....................................................................31

Foto 1 – Comunicação visual muro do canteiro............................................................11


Foto 2 - Canteiro de obras em adequação....................................................................11
Foto 3 - Escritório e área administrativa........................................................................11
Foto 4 - Refeitório..........................................................................................................11

Plano de Gestão Socioambiental de Obras - Pirituba lV


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1. INTRODUÇÃO

O presente documento constitui o Plano de Gestão Socioambiental das Obras


(PGSA), norteador das ações que serão desenvolvidas dentro do escopo do
contrato 03.201/22, firmado entre a Companhia de Saneamento Básico do
Estado de São Paulo - SABESP e o Consórcio Operacional Norte, formado
pelas empresas LTD Engenharia e a empresa Construrise Engenharia.

Esta obra faz parte do Programa Saneamento Sustentável e Inclusivo -


Componente 1 – subcomponente 1.1. Água Legal, objeto de Acordo de
Empréstimo firmado pela Sabesp com o Banco Mundial (BIRD).
Este PGSA – Plano de Gestão Socioambiental, foi desenvolvido seguindo
orientações do MGSA (Marco de Gestão Socioambiental do Programa
Saneamento Sustentável e Inclusivo), para prestação de serviços no Programa
Água Legal. O programa visa à regularização de ligações de água e esgoto em
áreas de alta vulnerabilidade social; o aumento do faturamento decorrente das
vendas do volume utilizado e recuperado em ligações de água; o aumento do
faturamento das ligações de esgoto dos domicílios objeto do projeto; nos
setores de abastecimento da área de abrangência da Unidade de
Gerenciamento Regional Pirituba - UGR Pirituba, com recuperação de clientes
e/ou adesão de novos clientes e supressão da infraestrutura irregular. Há
também os objetivos do PGSA como a elaboração e implementação das
estratégias e propostas socioambientais que envolvem os beneficiários das
comunidades atendidas com ações antes, durante e após as etapas de obras,
procurando garantir a identificação dos possíveis impactos ambientais e
sociais, decorrentes da implantação e operação , bem como , as respectivas
medidas mitigadoras de controle e redução destes em consonância com as
políticas de salvaguardas socioambientais , descritas no Marco de Gestão
Socioambiental do Programa Saneamento Sustentável Inclusivo, seus anexos ,
e no Marco de Desapropriação e Reassentamento e Envolvimento dos
beneficiários com o objetivo do projeto.

A atuação do Consórcio Operacional Norte, será por meio de contrato de


performance e abrangerá 6.000 novas ligações, 1450 ligações de esgoto, 100
regularizações de ligações inativas e 100 regularizações de ligações com
consumo zero.
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Por meio da implantação de novas redes de distribuição de água bem como a
melhoria da infraestrutura local, nas áreas de operação da Unidade de
Gerenciamento Regional (UGR) Pirituba, na área de abrangência da Unidade
de Negócio Norte(MN) - Diretoria Metropolitana (M) - Sabesp.
A execução de todo o escopo mínimo obrigatório deverá resultar no aumento
de volume medido, estabelecido como Meta de Aumento VM, admitindo
consumo médio de 10 m3/ligações e volumes equivalentes de ligações de água
e de esgoto. Assim as metas de aumento VM são: UGR Pirituba: Volume de
Água
62.000 m³/mês e Volume de Esgoto: 14.500 m³/mês. Considerando o período de
12 meses da Fase de apuração de performance do Projeto, essa meta
corresponde ao volume total micromedido 918.000 de m³ esperado ao final do
período de apuração de performance.

1.1. Descrição de Localização da Obra

O presente documento (PGSA) visa contextualizar como será realizada a


prestação de serviços de engenharia para redução de perdas em áreas de alta
vulnerabilidade social por meio de ações de regularização de ligações de água
e esgoto com supressão da infraestrutura irregular e recuperação de clientes
por meio de contrato de Performance.
A adesão das famílias potencialmente beneficiárias às redes de água e,
complementarmente, de esgotos, operadas pela Sabesp, busca contribuir, para
a meta da universalização da cobertura dos serviços, melhorar as condições de
saúde pública e de meio ambiente, elevar o padrão de qualidade de vida, pela
extensão de serviços básicos e pelos aspectos de inclusão social e de
formalização urbana nos núcleos inseridos na Unidade de Gerenciamento
Regional (UGR) Pirituba – Unidade de Negócio Norte – Diretoria Metropolitana
– M.
O contrato seguirá a área selecionada no Formulário de Análise Socioambiental
das Atividades do Projeto, elaborado pela Sabesp.
Ressaltando que, a UGR Pirituba recebeu da Secretaria Municipal de Habitação
– Coordenadoria de Regularização Fundiária a devolutiva de manifestação de
não objeção para execução da obra no núcleo analisado, conforme Anexo VIII.
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A seguir divulgamos os mapas com imagem do limite do Município de Pirituba
– Área de abrangência da Unidade de Gerenciamento Regional – UGR
Pirituba, área de intervenção da obra.

Figura 1 - Áreas abrangidas pelos Setores de Abastecimento Vila Jaguara, Jaraguá, Perus, Pirituba e
Parque Anhanguera, da Unidade de Gerenciamento Regional (UGR) Pirituba – Informação do
Formulário Socioambiental.

1.2. Relação de Trechos ou Núcleos.

O quadro a seguir indica as área pré-selecionadas para atendimento, conforme


o andamento dos trabalhos e/ou o comportamento da demanda, a seleção de
áreas poderá apresentar alteração, a critério da Sabesp.

UGR Nome do Núcleo Regularizações

Pirituba Capadócia 6.000

Pirituba Jardim Líder

Pirituba Via Norte

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Pirituba Vila Cuiabá

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Tabela 1 - Áreas pré-selecionadas UGR Pirituba – Tabela informada no formulário socioambiental

2. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

Abaixo está apresentado o organograma que ilustra o posicionamento do Setor


de Gestão Socioambiental dentro da estrutura geral a ser implantada para a
gestão do contrato. Estão descritos todos os fluxos de comunicação entre
todos os setores.

Figura 2 - Organograma de fluxo de comunicação

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3. GESTÃO DE LICENCIAMENTO

O artigo 1º da Resolução SMA 54/2007 enumera obras e atividades que visam


a implantação de projetos considerados de utilidade pública ou de interesse
social necessárias à melhoria das condições urbanísticas de moradias
populares, favelas, assentamentos ou reassentamentos urbanos, bem como
obras de saneamento básico, que necessitam de licenciamento ambiental
sendo eles:
“ I. sistemas de tratamento de água, sem previsão de transposição de bacia
hidrográfica, represamento e obras correlatas; II. adutoras de água, com
diâmetro superior a 1 metro; III. obras de desassoreamento, retificação e
demais obras de drenagem, com extensão superior a 5 km; IV. sistemas de
Tratamento de Esgotos Sanitários, projetados para atender população de até
150.000 habitantes (final de plano); V. coletores troncos e interceptores de
esgoto isolados, com diâmetro superior a 1 metro;VI. estações elevatórias de
esgoto isoladas.”

Portanto, como tais obras e atividades não estão no escopo do contrato e o


diâmetro das tubulações a serem utilizadas no projeto serão menores que 1
metro, não se faz necessário o licenciamento ambiental.

Além disso, como não haverá interferência em área de APP, essa obra também
está dispensada de autorização ambiental.

4. CONTROLE DO LICENCIAMENTO E REQUISITOS LEGAIS

Além da Resolução SMA Nº 54, que dispõe sobre o licenciamento ambiental e


regularização de empreendimentos urbanísticos e de saneamento, leis
complementares, normas vigentes e resoluções que norteiam o processo de
execução das obras, mesmo que de baixo impacto e não sujeitas a
licenciamento, destacam-se:

Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente


Lei Federal nº 6.938/81 (PNMA), seus fins e mecanismos de formulação e
aplicação, e dá outras providências.
Lei Federal nº 12.651/2012 Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa

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Estabelece critérios para exercício da competência
para o licenciamento a que se refere o artigo 10 da
Resolução Conama nº 237/97 Lei Federal nº 6.938, de 31 de agosto de 1981,
dentre outros
Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e
diretrizes ambientais para o seu enquadramento,
Resolução Conama nº 357/05 bem como estabelece as condições e padrões de
lançamento de efluentes (Resolução Conama nº
430/2011), e dá outras providências
Gestão de Emissão Atmosférica
Dispõe sobre a emissão de fumaça por veículos
Portaria Minter n° 100 / 1980
movidos a óleo diesel e dá outras providências
Aprova o Regulamento da Lei nº 997, de 31 de maio
Decreto Estadual 8468/76 de 1976, que dispõe sobre a Prevenção e o
Controle da Poluição do Meio Ambiente
Gestão de Emissão Sonora
Medição e avaliação de níveis de pressão sonora
NBR 10.151:2019 – Acústica
em áreas habitadas — Aplicação de uso geral
Níveis de pressão sonora em ambientes internos a
NBR 10.152:2017 – Acústica
edificações
Gerenciamento de Resíduos Sólidos
Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos
Lei Federal nº 12.305/10
(PNRS)
NBR 12.235/92 Armazenamento de resíduos sólidos perigosos
Dispõe sobre o descarte, coleta, reutilização,
reciclagem e tratamento de pilhas e baterias que
Resolução CONAMA Nº 257/99 contenham em suas composições chumbo, cádmio,
mercúrio e seus compostos.
Altera resolução Conama nº307 de 05/07/2002,
Resolução CONAMA Nº 348/04 incluindo o amianto na classe de resíduos perigosos.

Dispõe sobre o tratamento e a disposição final de


Resolução CONAMA Nº 358/05 resíduos dos serviços de saúde e dá outras
providências.
Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para
Resolução CONAMA Nº 307/02
a gestão dos resíduos da construção civil.

Tabela 2 - Requisitos Legais

Além disso, será solicitada toda documentação que comprovem a situação


legal dos prestadores de serviços e terceiros, como:

Licenças estadual e municipal; Alvarás; Cadastro Federal IBAMA; Cadastro


Estadual de Comerciante de produtos de origem nativa da Flora Brasileira –
CADMADEIRA; Cadastro municipal para transporte de resíduos – AMLURB.

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5. PLANO SOCIOAMBIENTAL DAS OBRAS

5.1. Canteiro de Obras

Nosso canteiro de obras principal está situado na Rua Belo Jardim, 326 A -
Bairro Jardim Mutinga – CEP 05159-200. Buscando atender os critérios
preconizados no MGSA e na norma da ABNT - Associação Brasileira de
Normas Técnicas, a NB – 1367 (Áreas de Vivência em Canteiros de Obras),
para permanência de trabalhadores nos canteiros de obras (alojados ou não),
além dos requisitos ambientais.
Desta forma, temos um local que foi definido pela sua estrutura e grande
espaço alocado, ótimo para atender ao Programa Água Legal. Próximo aos
comércios, e frente a um ponto de ônibus para melhor atendimento a
colaboradores, comunidade e com infraestrutura de serviços públicos de água
e esgoto e energia elétrica (Sabesp e Enel Energia). A documentação está
disponível no canteiro para fiscalização.
O canteiro de obras não está localizado próximo a unidades de conservação,
áreas de preservação permanente ou áreas com cobertura natural preservada.
Bem como, não houve necessidade de supressão de vegetação nativa para
sua instalação, desta forma, a ASV não será necessária.
Além disso contamos com uma base de apoio na comunidade, localizada na R.
Azaléia, 29 - Jardim Paulistano (Zona Norte), São Paulo - SP, 02675-031, onde
os colaboradores poderão usufruir do espaço e também teremos um pequeno
estoque emergencial de materiais a pronta retirada para eventuais imprevistos.
O local por se tratar de área irregular não está interligado em rede de esgoto
certificada, mas será regularizado com o andamento das obras. Enquanto isso,
serão utilizados banheiros químicos.

O documento de vistoria do corpo de bombeiros está disponível com validade


até 21/09/2026. (Anexo VII).

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Figura 3 - Localização do canteiro - Fonte: Google Eart

Figura 4 - Localização da base de apoio. - Fonte: Google Eart


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Foto 1 – Entrada Canteiro Foto 2 - Canteiro de obras em adequação

Foto 3 - Escritório e área administrativa Foto 4 – Refeitório

O canteiro já está implantado, os colaboradores terão à disposição uma


infraestrutura com; banheiro feminino, banheiro masculino, vestiário, refeitório,
setor administrativo (gerência e RH) e almoxarifado. Bem como, área de bota
espera de resíduos inertes, baia de BGS, baia de areia e lixeiras de recicláveis.

O consórcio está ciente que deverá contatar a Prefeitura, órgãos de trânsito,


segurança pública, sistema hospitalar e concessionária de água, esgoto,
energia elétrica, telefone, gás, etc., para qualquer intervenção em suas áreas e
redes de atuação, face à implantação do canteiro de obras. Bem como, ao
tráfego de caminhões e de equipamentos pesados deve se restringir aos
horários que causem a menor perturbação na vida cotidiana da população.
Esses horários devem ser pré-estabelecidos e submetidos à aprovação da
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Fiscalização, que

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deverá obter a anuência do órgão de trânsito. As atividades de manutenção e
lavagem de equipamentos serão realizados em oficinas mecânicas e postos de
combustíveis.

Figura 5 - Croqui do Canteiro

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5.2. Plano de Ataque das Obras

5.2.1. Plano Global


5.2.1 - Plano detalhado para o Período de 5 Meses

Tabela 4 - Cronograma de Implantação do Projeto


Ativação do Canteiro: Será feita a adequação do canteiro de obras conforme
todos os requisitos em contrato para que possa atender a todas as necessidades
do projeto, bem como total suporte a obra.

Planejamento dos serviços: Os serviços serão estruturados com base nas


condições do local para execução da obra, e serão realizados para atender ao
escopo do contrato com excelência.

Conhecimento da Situação Cadastral: Será feito um levantamento quantitativo


para efeito da situação cadastral das áreas, como logradouro e imóveis, para
que dessa maneira possa ser planejada a forma mais efetiva de atuação.

Cartografia das áreas: As áreas serão relacionadas, medidas e mapeadas para


que possa ser oficializada a nomenclatura e numeração das ruas e vielas de
forma definitiva, atividade fundamental no auxílio do gerenciamento dos
cadastros bem como no planejamento da implantação da rede.

Reconhecimento das áreas, captação de parceiras e reuniões de entrada:


Com base nos estudos das outras etapas serão feitas visitas para
reconhecimento das áreas e a busca por parcerias de possíveis interessados
visando facilitar o andamento do projeto bem como reuniões com as lideranças e
responsáveis das áreas para viabilização da obra.

Plano de gestão Socio Ambiental (PGSA) – Planejamento e Diagnostico:


Será elaborado o PGSA de acordo com os requisitos solicitados visando atender
a todas as especificações necessárias para liberação dos trabalhos.

Contratação de mão de obra local: Será disponibilizado um canal para envio


de currículos e indicações de mão de obra para que possamos contratar efetivo
local e fortalecer nossa equipe na execução da obra.

Capacitação e treinamento para os contratados – equipe de obras e social:

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IV
Haverá treinamento para a equipe operacional atendendo aos requisitos e
certificações exigidas para desempenho das atividades e em paralelo a isso
também o treinamento da equipe social que atuará na parte de cadastro e
comunicação com os moradores.

Implantação do escopo social e cadastro dos moradores: Com a equipe


social apta e autorizada a desempenhar suas funções pelas áreas de atuação
serão iniciadas as atividades de cadastro dos imóveis e moradores através de
um aplicativo onde as informações são atualizadas em tempo real, sendo de fácil
análise para a equipe social e comercial.

Implantação de escopo: Assentamento de rede de água e esgoto: Nessa


etapa iniciaremos as atividades operacionais para assentamento da rede de
água e esgoto de ruas e vielas com excelência atendendo ao escopo do
contrato.

Implantação de escopo: Regularizações: Serão regularizadas todas as


ligações irregulares existentes e também criadas ligações novas com instalação
de caixas UMAS para todos os interessados visando o fornecimento e
abastecimento continuo proporcionando a segurança de uma água de qualidade
para todos.

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IV
5.3. Riscos e Impactos Identificados e Medidas Preventivas e Mitigadoras

Apresentamos a seguir a matriz de riscos e impactos ambientais que mostra a relação entre os aspectos exercidos pela
obra e os impactos gerados, elencando as medidas preventivas tomadas para mitigar os impactos ambientais e promovera
proteção do meio ambiente.
MEDIDAS
NATUREZA DO
ATIVIDADES ASPECTO IMPACTO MAGNITUDE TEMPORALIDADE IMPORTÂNCIA DURAÇÃO REVERSIBILI-DADE MITIGÁVEL? PREVENTIVAS
IMPACTO
E
MITIGADORAS
CONFORME PLANO DE
DURANTE A CONTROLE DE
POLUIÇÃO
POEIRA NEGATIVO PEQUENA TEMPORÁRIO NÂO SIGNIFICATIVA EXECUÇÃO REVERSÍVEL SIM MATERIAL
ATMOSFERICA
DAS OBRAS. PARTICULADO - Item
5.5.f)

CONFORME PLANO DE
DURANTE
FRENTE DE RESÍDUOS POLUIÇÃO DO SOLO GERENCIAMENTO DE
NEGATIVO PEQUENA TEMPORÁRIO NÂO SIGNIFICATIVA TODA FASE DA REVERSÍVEL SIM
TRABALHO DA OBRA EÁGUA RESIDUOS SÓLIDOS -
OBRA.
ATIVIDADES Item 5.5.b)
OPERACIONAIS,
COMO: LOGÍSTICA/ SUPRESSÃO DE ESGOTAMENTO DE NÃO HÁ PREVISÃO DE
MOBILIZAÇÃO/ RECURSOS − − − − − − − INTERVENÇÃO
VEGETAÇÃO
ABERTURA DE NATURAIS EM APP – Item 5.5.k)
VALAS/
ESCAVAÇÕES/ FALTA DE RISCO PARA CONFORME PLANO DE
ASSENTAMENTO SINALIZAÇÃO MOBILIDADE NEGATIVO PEQUENA TEMPORÁRIO NÂO SIGNIFICATIVA CURTA REVERSÍVEL SIM CONTROLE DE
DE TUBULAÇÃO/ P/ URBANA TRÂNSITO Item 5.5.a)
ESCORAMENTO/ PEDESTRES
REATERRO / ESGOTAMENTO DE NÃO HÁ PREVISÃO DE
RECOMPOSIÇÃO OBRAS EM APP RECURSOS − − − − − − − INTERVENÇÃO
DE VIAS. SEM OCUPAÇÃO NATURAIS EM APP – Item 5.5.k)
ALTERAÇÃO DA DURANTE CONFORME
IMPACTO EM EXECUÇÃO
QUALIDADE DO NEGATIVO PEQUENA TEMPORÁRIO NÃO SIGNIFICATIVA REVERSÍVEL SIM PROGRAMA DE
CURSOS D’ÁGUA DAS OBRAS
CORPO D’ÁGUA CONTROLE DE EROSÃO
E ASSOREAMENTO
FUMAÇA DE CONFORME PLANO DE
POLUIÇÃO
MOTORES DE NEGATIVO PEQUENA TEMPORÁRIO NÂO SIGNIFICATIVA CURTA REVERSÍVEL SIM MONITORAMENTO DE
ATMOSFERICA
VEICULOS E POLUIÇÃO
MEDIDAS
NATUREZA DO
ATIVIDADES ASPECTO IMPACTO MAGNITUDE TEMPORALIDADE IMPORTÂNCIA DURAÇÃO REVERSIBILI-DADE MITIGÁVEL? PREVENTIVAS
IMPACTO
E
MITIGADORAS
EQUIPAMEN- ATMOSTERICA - Item
TOS 5.5.f)

ALTERAÇÃO DA CONFORME
A QUALIDADE DO PROCEDIMENTOS PARA
BURACOS NA VI SOLO/RISCO PARA NEGATIVO PEQUENA TEMPORÁRIO NÂO SIGNIFICATIVA CURTA REVERSÍVEL SIM DESMOBILIZAÇÃO DE
MOBILIDADE FRENTE DE TRABALHO -
URBANA Item5.5.h)
CONFORME PLANODE
CONTROLE DE
ALTERAÇÃO DA
TRÂNSITO - Item 5.5.a)
QUALIDADE DO
ABERTURA DE CONFORME
SOLO/RISCO PARA NEGATIVO PEQUENA TEMPORÁRIO NÂO SIGNIFICATIVA CURTA REVERSÍVEL SIM
VALAS PROCEDIMENTOS PARA
MOBILIDADE
DESMOBILIZAÇÃO DE
URBANA
FRENTE DE TRABALHO

Item 5.5.h)
DURANTE CONFORME PLANO
RUÍDO POLUIÇÃO SONORA NEGATIVO PEQUENA PERMANENTE SIGNIFICATIVA TODA FASE DA REVERSÍVEL SIM DEMONITORAMENTO
OBRA. DE RUIDO - Item 5.5.e)

USO DE DISPOSITIVO
DE CONTENÇÃO E
POLUIÇÃO DURANTE
SUBSTÂNCI-AS ABSORÇÃO PARA O
ATMOSFERICA/ NEGATIVO PEQUENA PERMANENTE SIGNIFICATIVA TODA FASE DA IRREVERSÍVEL SIM
POLUENTES CASO DE EVENTUAIS
SOLOE ÁGUA OBRA.
VAZAMENTOS – Item
5.5.f)

RISCO PARA CONFORME PLANO DE


ACIDENTES COM
MOBILIDADE NEGATIVO PEQUENA TEMPORÁRIO SIGNIFICATIVA CURTA IRREVERSÍVEL SIM CONTROLE DE
VEÍCULOS
URBANA TRÂNSITO - Item 5.5.a)
MEDIDAS
NATUREZA DO
ATIVIDADES ASPECTO IMPACTO MAGNITUDE TEMPORALIDADE IMPORTÂNCIA DURAÇÃO REVERSIBILI-DADE MITIGÁVEL? PREVENTIVAS
IMPACTO
E
MITIGADORAS
CONFORME
ESGOTAMENTO DE PROCEDIMENTOS PARA
PAVIMENTA-
RECURSOS NEGATIVO PEQUENA PERMANENTE SIGNIFICATIVA CURTA REVERSÍVEL SIM DESMOBILIZAÇÃO DE
ÇÃO
NATURAIS FRENTE DE TRABALHO -
Item5.5.h)

Tabela 5 - Matriz de Riscos e Impactos Ambientais


5.4. Interferências (im)previstas e soluções

Nas visitas prévias realizadas nas comunidades pelo Consórcio ON e a Sabesp, não
foram identificadas interferências como:
 Infraestrutura de outras concessionárias, pois esses núcleos não são
consolidados;
 Áreas de APP e cursos d’água, pois não está previsto supressão de
vegetação e realização de travessias.
Destacamos que serão tomadas todas as providências para adequação do traçado
da obra, com o objetivo de minimizar e/ou eliminar a necessidade de remanejamento
das interferências.
As interferências imprevistas serão tratadas individualmente com o corpo técnico da
contratada e Sabesp buscando soluções adequadas e cabíveis.

5.5. Planos, programas e controles ambientais.

Os Planos, Programas e Controles Ambientais que serão implantados para


cumprimento da mitigação dos impactos causados pela obra durante sua execução
serão detalhados abaixo:

a) Plano de Controle de Trânsito

Por se tratar de ruas irregulares, sem pavimentação, becos e vielas, de trânsito local,
o trabalho realizado pelo Consórcio será orientativo, com a divulgação das atividades
realizadas aos diretamente impactados e com a sinalização das frentes de serviço.
Para execução das frentes de serviços será realizada a interdição parcial da via, não
sendo necessário a solicitação de TPOV (Termo de Permissão de Ocupação da Via).
Em caso de intervenção em um local mais consolidado, CET e/ou outros órgãos
competentes serão informados, se houver a necessidade será solicitado a
autorização.
Dentro do núcleo será utilizado cavaletes, cerquites e pequenas placas com
indicação de passagem para os moradores e veículos. As frentes serão isoladas,
sempre que

Plano de Gestão Socioambiental de Obras - Pirituba IV


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possível, pois em alguns casos, devido a largura das vielas, não é possível o
isolamento da mesma, sendo apresentadas as evidências da execução do programa
nos relatórios socioambientais.

b) Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos

O Gerenciamento de Resíduos Sólidos da construção civil é de extrema


importância, por isso as evidências e comprovações de destinação dos resíduos
serão apresentadas nos relatórios socioambientais mensais, visto que os
impactos negativos que tais aspectos ambientais podem ocasionar ao meio
ambiente, seu entorno, comunidade, patrimônio, dentre outras.

 Segregação e Armazenamento dos Resíduos Sólidos Gerados


A segregação será realizada no momento da geração do resíduo em coletores
que ficaram disponíveis nas frentes e canteiros de obras, de acordo com resíduos
gerados para a execução daquela atividade.
Os resíduos recicláveis gerados pelos colaboradores nas áreas de vivência e
canteiro serão armazenados em lixeiras seletivas e destinados junto à coleta
seletiva municipal, os resíduos orgânicos serão segregados em lixeiras
identificadas e destinados à coleta municipal. Já os resíduos recicláveis gerados
nas frentes de serviços serão armazenados no canteiro de apoio localizado na
comunidade e fará parte do nosso projeto de reciclagem sustentável Recicla AI. O
solo escavado durante a abertura das atividades de vala a céu aberto será
utilizado para o reaterro dessas mesmas valas. O solo excedente e os restos de
alvenaria e demais resíduos, provenientes das obras, serão transportados pelos
veículos de apoio ao bota-espera no canteiro de obras, e assim que obtiver uma
quantidade adequada serão encaminhados através de uma empresa
especializada a um aterro licenciado, para o seu destino final.

 Resíduos Classe D
Os resíduos perigosos quando gerados nas frentes de serviço serão
acondicionados em recipientes/coletores com tampa, identificados e com bandeja

Plano de Gestão Socioambiental de Obras - Pirituba IV


20
de contenção (caso se aplique). Próximo ao local de armazenamento estará
disponível kit de emergência ambiental ou equivalente e extintores de incêndio.
Pilhas e baterias portáteis e os cartuchos/tonners de impressoras e copiadoras
usados, serão armazenados no canteiro de obras sob a responsabilidade do
Engenheiro Ambiental e assim que obtiver uma quantidade adequada serão
destinados a postos de entregas voluntárias do Descarte Green disponíveis na
cidade de Guarulhos. O Descarte Green se trata de um Programa de Logística
Reversa firmado entre a Secretaria da Infraestrutura e Meio Ambiente, CETESB
e Empresa Green Eletron. Os pontos de coletas próximos a obra serão
consultados através do site da CETESB, no link:
https://cetesb.sp.gov.br/logisticareversa/descarte-green-pilhas-e-baterias-
portateis/ . No caso dos cartuchos/tonners, as empresas fabricantes possuem
logística reversa e as formas de coleta são encontrados no site da fabricante.
As lâmpadas fluorescentes queimadas serão acondicionadas em caixas
devidamente identificadas de modo a evitar a sua quebra. Sua destinação final
será realizada em aterros licenciados e/ou empresas especializadas em
descontaminação.
Em caso de restos de óleo usados/lubrificantes, o armazenamento será
temporário em tambores/bombonas com tampa e acondicionados em local
apropriado até sua destinação final que deverá ser realizado por empresa
licenciada como a Lwart.
Quando da troca dos cartuchos/tonners de impressoras e copiadoras o cartucho
usado será armazenado até envio ao fornecedor.

 Transporte e destinação
Para o transporte de resíduos perigosos serão pesquisadas e escolhidas
empresas licenciadas para este fim e que portem toda a documentação para o
transporte de produtos perigosos citada na Lei 11.368/1993. Esses resíduos

Plano de Gestão Socioambiental de Obras - Pirituba IV


21
serão destinados, somente após a emissão do CADRI, para aterros regularizados
pelo órgão ambiental.

c) Plano de Gerenciamento de Riscos e Ações de Emergência

O PAE foi elaborado com o objetivo de estabelecer procedimentos técnicos e


administrativos a serem adotados em situações emergenciais que eventualmente
possam ocorrer durante o desenvolvimento das atividades que envolvem as
obras executadas pelo Consórcio na área indicada no item 1.2 do presente
documento, a fim de minimizar as consequências dos acidentes e extensão dos
danos às propriedades, através da correta e ordenada ação dos recursos
humanos e materiais destinados a tais atividades. Serão apresentadas
evidências da execução nos relatórios socioambientais.

d) Controle de Efluentes Líquidos

 Esgoto Sanitário
Nas frentes de obras, serão disponibilizados banheiros químicos, em número
adequado em relação a quantidade de trabalhadores. Os resíduos líquidos
provenientes dos banheiros químicos serão coletados e transportados por
empresas licenciadas pela CETESB e tratados em Estações de Tratamentos de
Esgotos da SABESP ou particulares que portem licença ambiental. As
documentações das empresas responsáveis por esse serviço serão
apresentadas nos relatórios socioambientais mensais.
O canteiro de obras tem rede de esgoto ligado ao sistema de esgotamento
sanitário da SABESP.
Também serão realizados os controles de óleos e graxas que porventura possam
cair nas vias, bem como ação imediata para eliminação do impacto, onde serão
evidenciados nos relatórios socioambientais.

e) Monitoramento de Ruídos

Os monitoramentos de ruídos consistem em medições dos ruídos gerados pelas

Plano de Gestão Socioambiental de Obras - Pirituba IV


22
atividades de obras, sendo por equipamentos ou ferramentas dispostos nas
frentes de serviços durante a execução da obra. Através dessas medições é
possível diagnosticar se o ruído exercido está dentro do previsto na NBR
10151/2019.
Todas as medições serão georreferenciadas, realizadas quinzenalmente pela
engenheira ambiental, através de um aplicativo instalado no celular. Os dados
serão evidenciados através de registros fotográficos, que serão apresentados no
relatório socioambiental de acompanhamento mensal. O cronograma de
medições será encaminhado à fiscalização da Sabesp para aprovação, conforma
MGSA.
O nível medido será comparado ao Nível Critério de Avaliação (NCA) admissível
estipulado na norma. Caso a medição de ruído prévia seja maior que o NCA
estipulado na norma, o NCA para comparação, assume o valor da medição
prévia. Quando as fontes de ruído forem responsáveis pela geração da energia
sonora acima do NCA, serão aplicadas ações mitigadoras como a implantação de
barreiras acústicas, definição de horários e locais específicos para atividades
ruidosas ou substituição de componentes desgastados.

 Método de Medição
De acordo com a NBR 10.151:2019 as medições não podem ser realizadas
durante precipitações pluviométricas, trovoadas ou sob condições ambientais de
vento, temperatura e umidade relativa do ar em desacordo com as especificações
das condições de operação dos instrumentos de medição estabelecidas pelos
fabricantes. Caso seja necessário executar as medições sob as condições
ambientais adversas, devem constar no relatório os parâmetros ambientais
registrados durante a medição.
O microfone deve ser posicionado preferencialmente entre 1,2 m e 1,5 m do solo
e deve ser posicionado distante pelo menos 2 m de paredes, muros, veículos ou
outros objetos que possam refletir as ondas sonoras.
O tempo de medição deve ser escolhido de forma a permitir a caracterização do
ruído em questão, utilizaremos um período de 02 minutos para cada medição.

Plano de Gestão Socioambiental de Obras - Pirituba IV


23
f) Monitoramento de Poluição Atmosférica

 Monitoramento de Fumaça
As medições de fumaça preta serão realizadas pela engenheira ambiental,
quinzenalmente, nos veículos e equipamentos à óleo diesel que estiverem
atuando nas frentes de serviço através do método de Ringelmann, que consiste
na comparação do grau de enegrecimento da fumaça com um dos padrões
colorimétricos da escala de Ringelmann reduzida. As evidências dessas
medições serão realizadas através de registro fotográfico e preenchimento de
uma planilha de dados e serão apresentadas nos relatórios socioambientais de
acompanhamento mensais.
Caso seja constatado, durante as medições, que a fumaça expelida esteja acima
dos padrões aceitáveis pela CETESB deverá ser solicitada a manutenção
corretiva do veículo ou equipamento. Caso o problema persista deverá ser
solicitada a troca do mesmo pela Engenheira Ambiental.
A manutenção preventiva das máquinas e equipamentos locados e próprios será
controlada e acompanhada mensalmente em planilhas de controle.

g) Interferência em APP e controle de proteção e supressão de vegetação

Não está prevista interferência em APP ou supressão de vegetação. Caso haja a


necessidade de supressão durante o andamento das obras, sendo arbustos ou
árvores, será informado à SABESP de forma antecipada, e se houver a
necessidade, posteriormente, será solicitada a autorização dos órgãos
responsáveis. Caso haja algum trecho com indivíduos arboréos próximos será
fiscalizado pela engenheira ambiental se existe algum tipo de risco, em caso
positivo, serão feitas as tratativas necessárias de prevenção, sinalização e
contenção, e evidenciadas nos relatórios socioambientais.
Serão realizadas medidas de controle através de treinamento dos colaboradores
diretamente envolvido com as obras para esclarecimentos de temas ambientais,
aplicados pela engenheira ambiental e Técnico de Segurança, legislação
pertinente e medidas de controle para proteção ambiental. O reforço das
Plano de Gestão Socioambiental de Obras - Pirituba IV
24
informações passadas deverá ser realizado por meio de cartilhas ou DDS
realizados nas frentes de serviços, evidenciados nos relatórios socioambientais.

h) Controle de Emissão de Poeira


A umectação da via será realizada vinculada as condições climáticas, em período
de estiagem para minimização da emissão de material particulado para a
atmosfera, serão realizadas durante a execução das atividades que resultam em
movimentos de terra ou tráfego de veículos e maquinários.
O transporte de solo, areia e materiais granel serão realizados com caminhão
cobertos por lonas ou similares conforme Resolução CONTRAN Nº 441/2013.
Serão apresentadas evidências da execução do programa nos relatórios
socioambientais.

i) Controle de Erosão e Assoreamento de cursos d’água

Será evitada a retirada de vegetação de taludes por onde, eventualmente, for


executada a obra.
Sempre que necessário o bombeamento para curso de água, serão utilizados
dispositivos que levem o efluente bombeado diretamente para o leito do curso de
água, evitando assim atrito com talude e o início de processos erosivos.
Sempre que necessário será utilizado sistema de decantação e retenção de
partículas suspensas no efluente bombeado dos poços e valas para se evitar que
essas partículas sedimentem em sarjetas, galerias de águas pluviais e/ou cursos
d’água, e armazenamento em caçambas.
O sistema de decantação e retenção poderão variar, com a utilização de 1 ou
mais bombonas de 200 ou 1000 litros, a quantidade necessária será determinada
pela equipe do Consórcio de acordo com a realidade de cada área. Serão
apresentadas evidências da execução nos relatórios socioambientais.
O material escavado na abertura de valas a céu aberto por máquinas de
escavação serão armazenados em caminhões e, posteriormente, utilizado para o
reaterro das mesmas. Caso haja alguma sobra deste material, o mesmo será
destinado ao bota-espera no canteiro de obras, e assim que obtiver uma
quantidade adequada serão encaminhados através de uma empresa
Plano de Gestão Socioambiental de Obras - Pirituba IV
25
especializada a um aterro licenciado, para o seu destino final.
Já o material escavado manualmente será acondicionado em sacos de ráfia ou
baldes e reaterrados, posteriormente. Caso haja alguma sobra, será
encaminhado à caçamba ou ao bota-espera, conforme informado anteriormente.

j) Procedimentos para desmobilização de frente de trabalho

Ao final das obras, não deverá haver passivos ambientais, assim, todas as áreas
deverão ser recuperadas. Os registros fotográficos realizados antes e depois da
execução da obra serão apresentados em relatório mensal subsequente à
desmobilização para que se possa comparar as condições originais com a final.
Destacamos que na desmobilização diária da frente de obra, as valas abertas
serão aterradas e será realizada a limpeza da área e retirada de todo material de
obra, de modo que não haja o carreamento para galeria de águas pluviais e/ou
corpos d’água, sendo evidenciadas nos relatórios socioambientais.
Os passivos que forem observados ainda durante a realização das obras serão
tratados imediatamente, para que no final das obras o trecho tenha aspecto
natural.

k) Plano de Gestão de Segurança, Higiene, Medicina, Vivência e Meio


Ambiente do Trabalho.

Visando a preservação da saúde e da integridade dos colaboradores, será feito o


monitoramento, pelo técnico de segurança do trabalho, e o controle de possíveis
danos à saúde do trabalhador, como doenças e acidentes de trabalho, por meio
da detecção prévia de riscos na atividade exercida pelo colaborador e no local de
trabalho, conforme Programas específicos, como:
 Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR);
 Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO);
 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA);
 Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do
Trabalho (SESMT);
Pelo dimensionamento da equipe não será necessária a constituição da CIPA,

Plano de Gestão Socioambiental de Obras - Pirituba IV


26
mas será designado um representante do empregador para acompanhamento da
obra, mas em contrapartida serão aplicados DDSs e pequenos treinamentos
sobre o tópico, serão apresentadas evidências da execução nos relatórios
socioambientais atendendo o PRH003, onde estão ditados todos os
procedimentos Sabesp.

l) Educação Sanitária e Ambiental e Código de Conduta dos


Trabalhadores.

O treinamento Admissional será oferecido a todos trabalhadores, antes do início


das obras.

Mensalmente serão ministrados treinamentos ambientais, pela equipe


socioambiental, no canteiro ou nas frentes de serviços ativas. Nesses
treinamentos serão abordados temas como: gerenciamento de resíduos sólidos;
medidas mitigadoras e corretivas; contaminação do solo; legislação ambiental;
erosão; assoreamento; contato entre trabalhadores e comunidade local;
preservação da fauna; preservação da flora; organização e limpeza; entre outros
temas que serão acrescentados no decorrer da obra, sempre que necessário.

Também ocorrerão diálogos de segurança, realizadas pelo técnico de segurança,


coordenador, engenheiro ambiental ou encarregado da obra, quinzenalmente
conforme mencionado no PGR, no canteiro, abordando temas como sinalização
das frentes de serviço; sinalização de segurança; direção defensiva; meio
ambiente e condutas relativas ao Código de ética e Conduta da Sabesp e do
Consórcio.

Em todos os treinamentos serão realizados registros fotográficos e a assinatura


de uma lista de presença. Essas evidências serão apresentadas em relatórios
socioambientais de acompanhamento mensais.

Todos os colaboradores, independentes da frente de trabalho, serão orientados


sobre o “Monitoramento de Manifestações”, mesmo que este colaborador, não
saiba responder sobre o “questionamento”, deverá saber indicar o local de
atendimento à população e o responsável. Salientando que, as manifestações

Plano de Gestão Socioambiental de Obras - Pirituba IV


27
obtidas nas frentes de trabalho serão diariamente enviadas ao setor responsável
pelo atendimento e devidas providências serão relatadas em planilha mensal
para envio, anexo ao relatório socioambiental (Anexo - Quadro Síntese
Monitoramento de Manifestações).

Plano de ações relacionadas ao cumprimento das medidas de prevenção


contra a COVID-19

Orientamos os colaboradores sobre a importância de estar com a vacinação contra


do COVID 19 em dia e também sobre a lavagem das mãos e higienização com
alcool em gel quando possível. Hoje em dia com a relevante diminuição dos casos
de COVID 19 não há mais medidas de prevenção impostas pela prefeitura ou
governo a serem aplicadas.

6. PLANO SOCIAL

6.1 Perfil das Comunidades

O Subdistrito de Pirituba está situado na zona noroeste do Município de São Paulo.


Com população em média de 161.732 habitantes, conforme estimativa da
Subprefeitura de Pirituba/Jaraguá.

Pirituba possui características socioeconômicas diversificadas há bairros bem


estruturados, que possuem ruas largas, calçadas arborizadas, residências que
variam de médio a alto padrão, comercio variado e atendimento particular de saúde
a disposição da população da classe média e média alta.
Por outro lado, também é possível encontrar comunidades carentes, cujas
características são ruas estreitas, pouca ou nenhuma arborização, residências de
padrões baixo e médio baixo e alta densidade demográfica.
Esse fenômeno se deu em virtude dos diferentes processos de urbanização que
ocorreram na região, e algumas áreas foram urbanizadas sem planejamento, com
base na ocupação irregular, culminando no surgimento de comunidades carentes.
As comunidades que serão beneficiadas pelo Programa Água Legal estão
classificadas com IPVS 5 - vulnerabilidade social alta.

O projeto que será realizado nessas comunidades tem como objetivo melhorar a
Plano de Gestão Socioambiental de Obras - Pirituba IV
28
qualidade de vida da população residente nessas áreas de maior vulnerabilidade
social, estendendo os serviços de abastecimento de água de qualidade da Sabesp,
melhorando assim a saúde dos beneficiários, regularizando as ligações clandestinas
onde por vezes os moradores ficavam sem o fornecimento e promovendo ações
socioambientais e diálogos sobre saneamento que sugerem a melhora na qualidade
de vida da população das áreas diretamente afetadas e no entorno. Abaixo o mapa
IPVS de Pirituba.

Figura 6 - Mapa IPVS 2010 da UGR Pirituba

Fonte: DATAGEO – Sistema Ambiental Paulista – Informação do Formulário Socioambiental

Todas as áreas ficam em região urbana, sem vegetação natural. Vale ressaltar
que todos os núcleos estão em área com o IPVS 5 e 6, destacando-se o Setor de
Abastecimento Jaraguá, onde 90% das áreas a serem regularizadas estão nesse
setor e dentro dessa classificação, cabe salientar que toda região citada está
ocupada por edificações, e não apresenta áreas verdes próximas aos núcleos a
serem regularizados. Abaixo seguiremos as informações do Formulário
Socioambiental elaborado pela UGR Pirituba, apontando as áreas que serão
beneficiadas com o Programa Água Legal.
Lembrando que antes de iniciarmos as atividades na comunidade existe sempre
Plano de Gestão Socioambiental de Obras - Pirituba IV
29
um contato prévio com as lideranças locais onde é informado tudo o que será
realizado de maneira a ficar acordado entre as partes a liberação para aplicação
do projeto bem como também são feitas reuniões com os moradores da
comunidade para informação e interação de todos.

 Comunidade Capadócia – Localizada na Brasilândia, está entre os grupos


do Índice Paulista de Vulnerabilidade Social – IPVS, 5 e 6 vulnerabilidade
social alta ou muito alta. As ruas e vielas em sua grande maioria não são
pavimentadas, os imóveis são de alvenaria, sem acabamento e em algumas
vielas os imóveis são de madeira, nas moradias os dejetos são despejados no
córrego que existe na comunidade. Os serviços públicos de atendimento de
energia elétrica e limpeza urbana são atendidos parcialmente, de forma geral
as condições de infraestrutura da comunidade são bastante precárias.

Os equipamentos públicos como; escolas, creches, estão presentes no


território.

A contratada irá realizar reunião com a liderança e moradores para apresentar


o projeto, esclarecer o objetivo, os benefícios e impactos positivos e negativos
que poderão ocorrer durante o processo de implantação.

Os cadastros serão feitos através do aplicativo FORMS da Google, onde as


informações inseridas são vistas internamente pelo Consórcio em tempo real
e convertidas em planilhas onde faremos o tratamento dos dados.

Plano de Gestão Socioambiental de Obras - Pirituba IV


30
Abaixo imagem aérea:

Figura 7 – Foto aérea núcleo capadócia.

Plano de Gestão Socioambiental de Obras - Pirituba IV


31
Abaixo fotos da Comunidade Capadocia.

Foto 1 – Entrada Comunidade Foto 2 – Quadra Comunidade

Foto 3 – Rua dos Pallets Foto 4 – Viela de acesso

Figura 8 - Fotos Comunidade Capadócia

Conforme relatado acima, a equipe socioambiental do Consórcio Operacional


Norte em parceria com os responsáveis pelo contrato na UGR Pirituba está
realizando a busca por contatos com as lideranças das comunidades que serão
beneficiadas pelo Programa Água Legal, entendemos que encontros com as
lideranças e moradores é fundamental para a realização de um projeto que
atenda os objetivos comerciais do contrato, e que beneficie de forma efetiva a

Plano de Gestão Socioambiental de Obras - Pirituba IV


32
população diretamente afetada pelas obras nas comunidades e no entorno
delas.

Entretanto, a realização de ações dentro das comunidades, beneficiadas com


qualquer tipo de programa, ação social ou intervenção, passam pela aprovação
e permissão das várias lideranças dominantes do território, como é do
conhecimento de qualquer órgão acostumado a realizar este tipo de projeto ou
intervenção.

Mesmo diante deste dificultador, o Consórcio Operacional Norte, reitera seu


entendimento da importância do trabalho socioambiental exigido no projeto
conforme direcionamentos do MGSA e obrigatoriedade contratual. Ressaltando
que, o consórcio irá se empenhar em realizar as reuniões com os interessados,
e promover ações relevantes para a população, conforme item 6.2, assim que o
consórcio e a UGR, localizem as lideranças das comunidades beneficiadas
para apresentar o Programa e através do diálogo, obter a permissão e
principalmente a colaboração e parceria para realizar o projeto que irá
beneficiar os moradores, o entorno e desta forma, o território.

Plano de Gestão Socioambiental de Obras - Pirituba IV


33
6.2 Riscos e impactos sociais identificados e Medidas Preventivas e Mitigadoras

A seguir identificamos possíveis riscos e impactos à sociedade, decorrentes da execução da obra nos núcleos
beneficiados e elencamos as medidas preventivas e mitigatórias que serão tomadas pela contratada.

Natureza do
Impactos Sociais Temporalidade Importância Medida Preventivas e Mitigadoras
Impacto
Conflitos entre mão-de-obra e Treinamento e capacitação dos trabalhadores e terceiros envolvidos,
Negativo Temporário Significativa
moradores ações voltadas para um comportamento ético, educado e respeitoso.
Medidas de comunicação e discussão antecipada com os interessados
Dificuldades para comercio local Negativo Temporário Significativa
sobre mitigação / limpeza na obra.
Ações de comunicação social, reuniões, divulgação adequada dos canais
Mobilização - informação Positivo Temporário Significativa
de comunicação disponibilizados aos interessados.
Sinalizações de acordo com normativas, distribuição de comunicados,
Mobilização - transparência e
Positivo Temporário Significativa cartazes, faixas, folders (dentro do padrão SABESP) e DDS periódicos
confiança
sobre a postura, ética e comportamento no trabalho de campo.
Uso racional da água e combate ao Demonstrar o valor do saneamento à população local por meio de ações
Positivo Permanente Significativa
desperdício. de comunicação e sensibilização
Regularização dos serviços de
fornecimento de água com
Positivo Permanente Significativa Cadastro dos moradores na tarifa social da Sabesp
tarifa social aplicável à
população de
baixa renda.
Redução de perdas no sistema de Regularizar as ligações clandestinas e outras ações comerciais junto as
Positivo Permanente Significativa
distribuição de água. ligações com consumo zero

Plano de Gestão Socioambiental de Obras - Pirituba IV


33
Natureza do
Impactos Sociais Temporalidade Importância Medida Preventivas e Mitigadoras Eixos
Impacto

Melhorias da infraestrutura existente (vias,


Mobilidade urbana e acessibilidade Positivo Permanente Significativa calçadas, lixeiras e etc.), incluindo a acessibilidade Fortalecimento Comunitário
local (construção de rampas, corrimão e escadas)

Contratação de mão de obra local, realização de Fortalecimento Comunitário;


Fortalecer a economia local. Positivo Permanente Significativa
oficinas de geração de trabalho e renda.
Geração de Trabalho e Renda

Informação adequa à população e


PLANTÃO SOCIAL
disponibilização de
Monitoramento de manifestações Positivo/Negativo Temporário Significativa
instrumentos adequados para Fortalecimento Comunitário
reclamações/sugestões com plantão de
atendimento semanal.

Danos e sinistros Negativo Temporário Significativa N/A.

Melhoria das condições de saúde Mostrar a importância das


pública e do ambiente urbano no Positivo Permanente Significativa Educação Sanitária Ambiental e Fortalecimento campanhas de vacinação e
qual a população residente Comunitário. prevenção de doenças

Tabela 6 - Matriz de Riscos e Impactos Social

Plano de Gestão Socioambiental de Obras - Pirituba IV


34
6.3 Salvaguarda de Reassentamento

As ações previstas no contrato 3.201/22 não incluem a aquisição de áreas, por


isso, não há previsão de que eventos de remoção, desapropriação ou
reassentamento de famílias venham a ocorrer no núcleo a ser beneficiado pelo
Programa. Entretanto, caso ocorra algum impacto desta natureza causado pela
obra, providências serão tomadas conforme Marco de Desapropriação e
Reassentamento.

6.4 Participação Comunitária

Cada comunidade possui as suas características que passam pelo nível de


organização social e liderança. Um trabalho social para gerar resultados positivos
deve respeitar as características e particularidades de cada comunidade, desta
forma a equipe social irá realizar diálogos com as lideranças, com os moradores,
comerciantes e realizar visitas aos equipamentos públicos no território na busca
de parcerias.
É importante destacar que esses diálogos buscam formas de fortalecer a
confiança das comunidades na equipe socioambiental e desta forma, garantir o
apoio para a realização do Programa. Esses diálogos objetivam fomentar as
discussões em grupos e fortalecer as lideranças existentes, bem como, direcionar
a realização de ações relevantes nas comunidades, como por exemplo, uma
comissão de moradores para acompanhar as obras ou rodas de conversas com
grupos de jovens para discutir as questões de saneamento e preservação do
meio ambiente ou grupo de mulheres, idosos e crianças.
Durante o cadastro dos moradores são feitas algumas perguntas para se obter
um perfil socioeconômico das famílias, é possível inserir nessa sondagem quais
os temas eles gostariam de obter maior conhecimento, qual o melhor dia e
horário para sua participação ou quais as questões relevantes para a
comunidade, entre outras informações. Esse questionário está sendo montado a
partir de modelo fornecido pela Gerenciadora e de discussões com a equipe
comercial e socioambiental da UGR Pirituba. No primeiro relatório socioambiental
mensal apresentaremos essa ferramenta de sondagem.
Plano de Gestão Socioambiental de Obras - Pirituba IV - 35
Na tabela abaixo informaremos às ações que pretendemos realizar, mas que podem ser substituídas ou adaptadas conforme o
resultado do levantamento de demandas que será realizada em cada comunidade.

EIXO AÇÃO TEMA PÚBLICO ÁLVO DESCRIÇÃO

Mapeamento das lideranças e Liderança constituída e Atuar por meio da liderança local como forma de engajá-la
Consolidação das organizações
atuação em parceria para moradores com perfil de no Programa, fortalecendo sua atuação junto à população
representativas
mobilização social liderança. do núcleo.
Fortalecimento
Realizar palestras e roda de conversa com os jovens
Comunitário
abordando temas como; meio ambiente (saneamento,
Liderança Jovem Jovens da comunidade
Bate Papo com os jovens crise hídrica, efeito estufa), ODS, questões de gênero,
etc.

Plano de Gestão Socioambiental de Obras – Pirituba lV


36
EIXO AÇÃO TEMA PÚBLICO ÁLVO DESCRIÇÃO

Organizar brincadeiras e jogos resgatando as brincadeiras


Dia de brincar Brincando nas Férias Crianças
antigas.
Fortalecimento Montar grupo com as equipes de saúde e de assistência
Comunitário
Formalização de parcerias social para a divulgação de informações e realizar
Ações integradas Parceiros
com a saúde eventos/ações em conjunto

Reuniões para
Palestras educativas sobre o uso racional da água e
entendimento da conta da Processo educativo Moradores
seus impactos na conta de serviços da Sabesp.
Sabesp
Criar circuito com várias atividades onde as crianças
Educação Gincana Gincana Ambiental Crianças possam despertar para a importância de
Sanitária preservação
e do meio ambiente.
A partir do que seria descartado, as crianças podem
Ambiental Oficina de produção de
Reciclagem: produzir brinquedos como carrinhos, vai-e-vem,
brinquedos com materiais Crianças
reduzir, reaproveitar e reciclar bilboquê, boliche etc.
recicláveis

Plano de Gestão Socioambiental de Obras – Pirituba lV


37
EIXO AÇÃO TEMA PÚBLICO ÁLVO DESCRIÇÃO

Projeto - Construção de Instalação de equipamentos coletores de


Recicla Ai Moradores
Projeto infraestrutura para o retorno determinados resíduos em troca de cashback,

do resíduo pós-consumo. pontos e até produtos e descontos de marcas


parceiras.
Oficinas onde os participantes aprendem a transformar
Empreendedorismo e economia
As oficinas de geração de Moradoras da comunidade – materiais que seriam descartados. Combinando
familiar, cidadania - Bijuterias /
renda mulheres e jovens proteção ambiental e eficiência econômica, geração de
Fuxico / Decoupage/ Tricô e
renda e desperta as habilidades dos participantes.
crochê.

Oferecer aprendizado e direcionamento profissional


Geração de Workshop de profissões Aprendizagem é desenvolvimento Moradores
para a população beneficiada.
trabalho e renda
local Será realizada a contratação de mão de obra local
Contratação de mão de obra
Vagas temporárias de emprego Homens/Mulheres/Jovens preferencialmente mulheres e jovens, para realizar o
local
cadastro e regularização de água e ajudantes de obra.
Confecção de sabão, pasta para brilho e sabonetes,
Reaproveitamento do óleo Projeto – Reciclo óleo utilizando óleo de cozinha usado podemos gerar renda
Moradores
de cozinha Sustentabilidade em Ação!” além de minimizar os impactos negativos provocados
pelo descarte incorreto do óleo de cozinha.

Tabela 7 - Ações Socioambientais planejadas por eixos do Programa

Plano de Gestão Socioambiental de Obras – Pirituba lV


38
Segue nova tabela de eixos, apresentado pelo Banco Mundial :

O Plano de Ações Sociais deverá definir o conjunto de atividades sociais a serem


realizadas. Considerando a experiência pré-existente da SABESP com o Programa
Água Legal, fica estipulado a realização de no mínimo 5 ações sociais, por
comunidade atendida, sendo uma para cada Eixo Social. Para comunidades com o
número de ligações previstas inferior a 100 (cem), deverá ser realizada no mínimo,
uma das ações, a equipe socioambiental irá realizar as ações buscando atender as
demandas de cada comunidade, levando em conta as características,
particularidades e necessidades locais apresentadas durante os encontros para
levantamento de demandas que serão realizados com as lideranças e moradores.

As ações sociais mínimas são:

• Geração de Trabalho e Renda: Capacitação e contratação de mão de obra das


comunidades atendidas;

• Empoderamento de Mulheres: Capacitação de mulheres, preferencialmente em


temas relacionados ao setor de saneamento;

• Fortalecimento Comunitário: Governança colaborativa com foco na manutenção do


Programa Água Legal;

• Educação Sanitária e Ambiental: Ações informativas e educacionais com foco em


preservação dos corpos d´água, economia de água, descarte do óleo de cozinha e
resíduos;

 Cidadania – ser cliente de saneamento: Orientações aos beneficiários para


adesão aos serviços de saneamento, com direito e deveres, entendimento da conta
e tarifas, canais de relacionamento da SABESP., ou seja, podem ser aplicadas em
qualquer território, mas sobretudo são voltadas ao atendimento dos eixos centrais do
trabalho social, presentes no MGSA, e em conformidade com o estabelecido em
contrato sendo eles; Fortalecimento Comunitário; Fortalecimento de Gênero;
Educação Ambiental e Geração de trabalho e Renda, tais eixos são as premissas
básicas do trabalho social, no Programa Saneamento Sustentável e Inclusivo.
Abaixo detalhamos as ações citadas na tabela 7.

Plano de Gestão Socioambiental de Obras - Pirituba lV


39
Curso profissionalizante - Realização do curso de manutenção hidráulica em
parceria com a MN Sabesp, curso online da plataforma Ensinando a Pescar,
onde o Consórcio Operacional Norte busca direcionar o curso para a
capacitação de mulheres da comunidade, com o tema “Mulheres á Frente:
Capacitação e Ação!”. Beneficiários – Mulheres e jovens.

Oficina de reaproveitamento de alimento – Realização da oficina de


reaproveitamento de alimentos em todas as comunidades beneficiadas,
buscando promover a economia solidária e formas de auxiliar as famílias a
economizar, promover a reflexão sobre consumo consciente a escassez e o
desperdício de alimentos, assim entender como poderão utilizar os alimentos
como legumes e frutas de forma integral.
Utilizaremos informações do Programa MESABRASIL disponível na internet;
https://mesabrasil.sescsp.org.br, com as receitas, vídeo aulas e livretos que
serão confeccionados e distribuídos aos participantes durante as oficinas de
aulas práticas. As aulas práticas serão realizadas conforme espaços
disponibilizados nas comunidades, a equipe irá realizar visitas para identificar
locais apropriados para a realização da proposta. Beneficiários – Mulheres e
jovens.

Oficina de artesanato – Buscando fomentar o Empreendedorismo, a economia


familiar, o reaproveitamento de material reciclável. O consórcio irá promover
oficinas de Decoupage em vidros, potes plásticos, garrafas pet entre outros,
que poderão surgir durante os encontros com os moradores. Tais oficinas
além de promover a integração social, irão promover a reflexões sobre
práticas importantes como sustentabilidade e preservação do meio ambiente.
Beneficiários – Mulheres e jovens.

 Fortalecimento Comunitário
Mapeamento das lideranças e atuação em parceria para mobilização social –
Realização de mapeamento de lideranças constituídas e moradores com perfil
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de liderança, onde o consórcio irá promover diálogos para engajá-los no
Programa, fortalecendo sua atuação junto à população e demais setores
públicos. Propor uma comissão de moradores para fiscalização das obras e
ações do projeto. Beneficiários – Lideranças e moradores.

Bate Papo com os Jovens – Realização de palestras e roda de conversa com


os jovens abordando temas como; meio ambiente (saneamento, crise hídrica,
efeito estufa, etc.), ODS, questões de gênero, racismo, orientação sexual
entre outros. Estimular a participação social no desenvolvimento das
atividades, mostrando que os moradores são a voz dos que ali vivem , sendo
por tanto , os que conhecem melhor a realidade local e através de diálogos,
serão os responsáveis , por apontar as melhores ações da região. Buscar
nesses encontros lideranças jovens e apoiar ações estabelecidas no território
através de parcerias. Beneficiários – Jovens.

Dia de Brincar - Organizar brincadeiras e jogos resgatando as brincadeiras


antigas e atuais que promovam a integração social, a reflexões sobre as
questões ambientais de forma lúdica e prazerosas pertinentes a faixa etária.
Beneficiários – Crianças.

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41
Formação de Parcerias – O consórcio pretende realizar parcerias com as
equipes de saúde e de assistência social e educação para a divulgação de
informações e realizar eventos/ações em conjunto. Essas ações integradas
podem atingir a população de forma mais eficiente e trazer resultados
positivos, visto que, esses equipamentos já atuam nas comunidades e
conhecem as necessidades da população. Beneficiários – Moradores.

 Educação Ambiental

Entenda sua Conta O Consórcio irá realizar reuniões, palestras, rodas de


conversa e demais ações educativas com as famílias para entendimento da
conta de água, podendo oferecer palestras sobre educação financeira, para
apresentar formas de economia para manter a adimplência dos clientes da
Sabesp. Beneficiários – Moradores.
Consciência Ambiental - Através de parceria com o grupo teatral, promover a
realização da peça sobre o meio ambiente seus impactos. A equipe
socioambiental irá planejar com o grupo teatral uma apresentação em cada
comunidade atendida pelo projeto. Beneficiários – Crianças e jovens.

Gincana – Realização de gincana ambiental, com jogos e brincadeiras


voltadas para as questões ambientais, a escassez de recursos hídricos e a
importância da reciclagem. Poderá ser utilizado o tapete ambiental ou jogos
elaborados pela equipe socioambiental do consórcio. Beneficiários – Crianças
e jovens.

Oficina de produção de brinquedos com materiais recicláveis – Baseado nos


3Rs (Reutilizar, reduzir e reciclar) a equipe socioambiental do consórcio irá
promover oficinas de produção de brinquedos com materiais reciclados, como
carrinhos, vai-e-vem, bilboquê, boliche, porta treco e etc. Proporcionar
atividades lúdicas que levem os participantes a desenvolver hábitos de
consumo mais saudáveis. Beneficiários – Crianças e adolescentes.

Recicla AI" – Projeto – “O sucesso está na colaboração!”, dando continuidade


a parceria com o projeto Recicla AI, o desafio é construir a infraestrutura para
o retorno do resíduo pós-consumo! O Consórcio irá promover a instalação de
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equipamentos inteligentes de descarte, no qual os moradores poderão

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descartar as embalagens vazias e ganharem em troca pontos, cashback e
troca por produtos e descontos da Marca representante. Além disso, haverá
treinamento online, incentivos patrocinados, comunicação das marcas
parceiras e Interface com midias sociais. A destinação do material recebido
será para cooperativas de catadores – Moradores.

 Geração de trabalho e renda local


As oficinas de geração de renda – Oficinas de confecção de Bijuterias / Fuxico
/ Decoupage / Tricô e Crochê, onde os participantes aprendem a transformar
materiais que seriam descartados. Combinando proteção ambiental e
eficiência econômica, geração de renda e o despertar de suas habilidades. O
Consórcio irá buscar parcerias para a realização das oficinas, mas, como as
comunidades são territórios de grandes potências, certamente será possível
encontrar voluntários nas próprias comunidades para realizar as oficinas .
Beneficiários – Mulheres e jovens.

Workshop de Profissões – Visando contribuir com a formação de cidadãos


que busquem o desenvolvimento pessoal e promova o desenvolvimento local,
o consórcio irá buscar parcerias para realizar um Workshop de Profissões,
este evento irá envolver todas as comunidades beneficiadas e será realizado
ao final das obras, para que todos os participantes possam avaliar as obras
realizadas e os benefícios trazidos pelo projeto em sua comunidade.
Beneficiários – Moradores das comunidades.

Contratação de mão de obra local – Visando atender os direcionamentos do


MGSA, o Consórcio irá realizar a contratação de mão de obra local para
compor a equipe de cadastro de regularização da água e esgoto, dando
prioridade para mulheres e jovens e para compor sua equipe operacional, irá
contratar pessoal para a organização e limpeza do canteiro e vagas para
ajudantes de obra. Salientando que, a contratação será em regime de CLT e
que não será exigida experiência prévia, pois o consorcio irá fornecer
treinamento para os cadastradores. Beneficiários – Homens, mulheres e
jovens.

Reaproveitamento do óleo de cozinha – Projeto – “Reciclo óleo


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Sustentabilidade em Ação!” – Dando continuidade ao projeto, o consórcio irá

Plano de Gestão Socioambiental de Obras - Pirituba lV


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buscar parceria para trabalhar com óleo de cozinha usado na confecção de
sabão, pasta para brilho e sabonetes, pois esses produtos podem ser
comercializados e desta forma auxiliar no aumento da renda familiar. As
palestras que serão realizadas sobre o que podemos fazer para minimizar os
impactos negativos provocados pelo descarte incorreto do óleo no meio
ambiente e nas redes de esgoto, deverão esclarecer sobre a necessidade de
armazenar corretamente o óleo até seu destino final. Beneficiários –
Moradores.

Conforme descrito acima, o consórcio listou ações que podem ser realizadas em
qualquer comunidade, entretanto salientamos que, durante os encontros para
levantamento de demandas que serão realizados com as lideranças e moradores e
levando em conta as características, particularidades e necessidades locais outras
ações poderão ser realizadas para atender a necessidade das comunidades.
As ações serão planejadas a curto (2meses) e médio (4meses) e relatadas no
relatório socioambiental mensal, assim como as ações realizadas no período e suas
evidências.

Após a execução de cada ação/atividade, a equipe social irá aplicar a Pesquisa de


Satisfação – Atividades Sociais (adulto ou infantil), bem como aplicar ao término da
frente de trabalho, em cada território/comunidade a Pesquisa de Satisfação Final das
Ações Socioambientais através dos instrumentais do Programa Saneamento
Sustentável e Inclusivo, aprovado pelo Banco Mundial, descrito no item 6.6 –
Pesquisa de Satisfação.

6.5 Indicadores

Os indicadores são baseados para o cumprimento dos ODS – ONU (Objetivos de


Desenvolvimento Sustentável) e através destes dados, o Banco Mundial constrói
seus índices de atendimentos.
Dentro das perspectivas socioambientais a tabela descreve os indicadores do
Programa, bem como as definições, tal qual o Manual de Operação do Programa
(MOP) – Marco Lógico: Indicadores de Monitoramento do Programa.
O Programa irá construir os indicares, através da relação Cadastro x Número de
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46
Ligações e com os dados das pesquisas de Satisfação (Adulto e Final). Por isso

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ressaltamos o compromisso do consórcio em realizara deforma correta a coleta e
correta execução do cadastro de regularização e das pesquisas de satisfação das
ações que serão realizadas durante o projeto. Abaixo os indicadores do Programa.

Indicador Definição
Número acumulado de pessoas que se beneficiaram pelas
Pessoas atendidas com acesso a serviços de
melhorias no sistema de esgotos (número de ligações
saneamento melhorados
executadas x 3,5 pessoas)
Beneficiários que percebem que os serviços Pesquisa com os beneficiários informada de forma
de água e esgoto nas áreas de intervenção do desagregada por gênero.
Programa Água Legal apoiadas pelo Projeto Percentual de beneficiários do Água Legal apoiado pelo
refletem suas necessidades. Projeto que o avaliaram positivamente.
Pesquisa com os beneficiários informada de forma
Beneficiários satisfeitos com as atividades desagregada por gênero.
sociais realizadas nas áreas de intervenção do Percentual de beneficiários do Água Legal apoiado pelo
Programa Água Legal apoiadas pelo Projeto Projeto que avaliaram positivamente as atividades sociais
realizadas pelo Projeto.

Tabela 8 - Indicadores do Programa Saneamento Sustentável e Inclusivo

6.6 Pesquisa de Satisfação

Como já descrito acima, a aplicação das pesquisas de satisfação é uma exigência


do Banco Mundial e que o Consórcio Operacional Norte se compromete em realizar.

O Programa irá construir os indicares, através da relação Cadastro x Número de


Ligações e com os dados das pesquisas de Satisfação (Adulto e Final). Por isso é
ressaltada a importância da coleta e correta execução do cadastro e das pesquisas
de satisfação.

A contratada por meio do Agente Comercial irá realizar treinamento para os


cadastradores e para a equipe social que irá realizar ou auxiliar na aplicação das
pesquisas após a execução de cada ação/atividade, a Pesquisa de Satisfação –
Atividades Sociais (adulto ou infantil), bem como aplicar ao término da frente de
trabalho, em cada território/comunidade a Pesquisa de Satisfação Final das Ações
Socioambientais através dos instrumentais do Programa Saneamento Sustentável e
Inclusivo, aprovado pelo Banco Mundial.
Entendendo que, toda pesquisa de satisfação é voluntária e anônima, e que, embora
o dever do usuário em respondê-la não seja obrigatório, a equipe social buscará
sensibilizar os participantes da sua importância para melhoria dos trabalhos e aplicar
ao maior número de participantes possível, colaborando na construção dos indicares
Plano de Gestão Socioambiental de Obras - Pirituba lV
48
do Programa. Será utilizado o modelo disponibilizado pela SABESP seguindo o
padrão estipulado.
Existem três instrumentais de avaliação das atividades socioambientais aprovados
pelo Banco Mundial e a Gerenciadora irá disponibilizar para o consórcio.

O formulário de Tabulação Pesquisas de Satisfação, contendo os resultados da


aplicação da pesquisa será enviado mensalmente anexo do Relatório
Socioambiental Mensal.

6.7 Cadastro Socioeconômico e Mapeamento das expectativas

O cadastro para regularização de ligação de água será aplicado pelos agentes


sociais através de aplicativo dimensionado para essa finalidade onde serão
coletados os dados relacionando os cadastros e a tabulação das informações para
regularização de ligação de água.

A seguir descrevemos a sequência de atividades junto às famílias beneficiadas para


realização do cadastro de regularização familiar:
a) Identificar lideranças locais e traçar em conjunto a melhor forma de divulgação
das ações dentro da comunidade, podendo ser por meio de faixas,reuniões,
cartazes, convites impressos ou enviados via Whatsapp etc.;
b) Selecionar e contratar moradores das comunidades a serem beneficiadas
para a formação da equipe de cadastro, dando preferência para mulheres e
jovens;
c) Elaborar roteiro para os agentes realizarem a visita domiciliar e de
sensibilização com o objetivo de esclarecer os benefícios das obras e a
importância de autorizar a execução da ligação domiciliar à rede pública;
d) Preencher e coletar a assinatura do morador no “Formulário de Cadastro para
a Regularização de Ligação de Água” e nos formulários para a adesão ao
sistema de coleta de esgotos, realizar a pesquisa de mapeamento das
expectativas, via aplicativo.
A equipe de cadastro se apresentará uniformizada (camiseta), identificada como
representante da Sabesp.

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7. Plano de Comunicação

O objetivo deste Plano é o de divulgar adequadamente os serviços a serem


executados, mantendo a população, beneficiada e diretamente impactada, informada
a respeito de todas as etapas, contribuindo para a redução da ansiedade e
expectativa da população e principalmente, sensibilizando sobre os benefícios do
Programa, as características, medidas de segurança, possíveis impactos
relacionados às obras e canal de relacionamento com a Sabesp. Esse trabalho será
feito por meio do contato direto com as pessoas beneficiadas pelo Programa Água
Legal.
Além dos canais oficiais da Sabesp, será implantado serviço de atendimento
telefônico, divulgado e acessível às comunidades beneficiadas pelo Programa.
Também poderão ser usados aplicativos como o Whatsapp.
O Consórcio irá utilizar ferramentas e peças de comunicação já aprovadas pela
Sabesp e seguindo suas orientações.

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Destacamos que, alinhados às diretrizes da Comunicação Sabesp, não serão
desenvolvidas atividades relacionadas à assessoria de imprensa, como o contato
com rádios comunitárias e jornais de bairro, pois essas atividades são de
responsabilidade da comunicação institucional da Sabesp.
Nos relatórios mensais serão divulgadas as mídias espontâneas de moradores e
lideranças que chegarem ao nosso conhecimento, pois será uma das formas da
população manifestarem apoio e a satisfação com o trabalho realizado. Quanto à
divulgação das ações do Consórcio nas mídias sociais, serão monitoradas e os
dados dessas publicações, como número de curtidas e compartilhamentos serão
divulgados nos relatórios mensais.
Abaixo apresentamos a tabela com o plano de comunicação que será utilizado pelo
Consórcio Operacional Norte, durante o projeto.

MATERIAL CONTEÚDO DISTRIBUÍDO PARA PERIODICIDADE


Moradores e comerciantes do
Comunicado Informação sobre início de obra 1ª abordagem
núcleo beneficiado
Frases divulgando o início do No início do cadastro
Moradores e comerciantes do
Faixas informativas trabalho e a importância do e/ou durante as obras
núcleo beneficiado
programa

Camiseta/uniforme
Identificar a equipe de cadastro e Colaboradores do
(identificação da Durante o Projeto
obras Consórcio
equipe)
Operacional Norte
Em reuniões de
Folheto Água Legal – Moradores e comerciantes do apresentação, na 1ª
Informação sobre o Programa
folheto Sabesp núcleo beneficiado abordagem e durante
o cadastro.
Moradores, lideranças e
Informação sobre a realização
Cartazes e convites nos grupos de Whatsapp da Durante o projeto
das ações/atividades
comunidade.
Identificação do programa em
Banner Participantes de eventos Em qualquer etapa
eventos

Apoio a sinalização da obra,


Acesso a informação de
Cavalete indicando que tipo de serviço Durante as obras
Moradores e comerciantes do
está sendo feito
núcleo beneficiado
Mensagem sobre o início dos Moradores de grupos de
Card No início das obras
trabalhos Whatsapp de lideranças
Informação sobre início da
Comunicado Moradores e comerciantes do Antes do início de
verificação de consumo pelo
núcleo beneficiado leitura
TACE

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MATERIAL CONTEÚDO DISTRIBUÍDO PARA PERIODICIDADE

Apresentação do Programa Água


Sempre que o morador
Carta para imóvel Legal e solicitação para que o
Morador ausente não é encontrado –
fechado morador faça o agendamento do
imóvel fechado
cadastro

Infográfico para Informações para fazer pesquisa


Moradores e comerciantes do Após a ligação à rede
pesquisa de de vazamento nas instalações
núcleo beneficiado pública
vazamentos internas

Tabela 9 - Ferramentas de comunicação já aprovadas pela Comunicação Sabesp

7.1 Monitoramento de Manifestações

Além do acompanhamento das manifestações via Whatsapp conforme mencionado


texto acima, as equipes social e ambiental percorrerão permanentemente as frentes
de obras antes e durante a realização dos serviços, atendendo, informando,
conscientizando sobre os benefícios, esclarecendo dúvidas, minimizando os
problemas ocasionados pela obra, como dificuldades de trânsito, poeira, ruídos e
divulgando material específico do Programa aos moradores do entorno das frentes
de serviço.
Todos os meios de comunicação servirão ao relacionamento com os moradores
beneficiados, permitindo o atendimento de demandas, eventuais reclamações e
dúvidas relacionadas aos serviços e obras em execução.

O instrumental de coleta de reclamação, sugestão, elogios, duvidas, utilizado no


campo, contém o registro em todas as etapas: registro inicial, devolução final para o
interessado e registro do encerramento do processo. Conforme planilha – Quadro
Síntese de Monitoramento de Manifestações, que será enviada anexa ao Relatório
Socioambiental Mensal.

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8. PLANEJAMENTO AS AÇÕES SOCIAIS NO PERÍODO DE PERFORMANCE (PÓS-
OBRAS)

O Programa Água Legal, prevê o cumprimento de metas para além das obras
realizadas, assim sendo, o Consórcio Operacional Norte, irá manter o trabalho
socioeducativo durante o período de performance conforme exigências do MGSA. As
atividades/ações serão focadas nas seguintes questões: I- Uso racional da água; II -
a tarifa social e suas características; III - leitura e entendimento de contas e IV -
vantagens da formalização junto à rede regular de abastecimento. Essas atividades
deverão persistir nas comunidades através de ações bimensais, que devem gerar
relatório associado aos dados de adimplência e consumo das famílias.

Tais ações serão apresentadas de forma detalhada (quadro de ações) na revisão do


PGSA para validação do PGSA Final no 8º mês do contrato.

Ressaltamos que, o monitoramento das manifestações será acompanhado e seus


resultados serão apresentados junto aos demais anexos comprobatórios de
realização e monitoramento das ações no período de performance.

9. RELATÓRIO SOCIAMBIENTAL DE ACOMPANHAMENTO

O Relatório Socioambiental Mensal irá apresentar as comprovações dos planos,


programas e controles ambientais realizados no período, bem como, das
atividades/ações sociais, as pesquisas de satisfações, total de cadastros,
mapeamento das expectativas e o monitoramento de manifestações. Os resultados
dos monitoramentos ambientais realizados no período, como por exemplo, medições
de ruído, medições de fumaça, entre outros, bem como os quantitativos de resíduos,
efluentes e materiais excedentes destinados no período, juntamente com seus
respectivos registros (manifestos de carga, certificados de destinação etc.),
resultados dos treinamentos realizados, entre outros dados relevantes para
acompanhamento da gestão socioambiental, de saúde e segurança das obras,

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demonstrar a identificação de não conformidades ambientais, medidas corretivas
associadas e reportar incidentes ou incidentes que eventualmente ocorra na obra.
A apresentação destes itens e documentos comprobatórios será enviada nos
modelos de anexos enviados pela Gerenciadora, no Relatório Socioambiental de
Acompanhamento de Obras mensal.
Todavia, o desenvolvimento e evolução dos trabalhos serão registrados no corpo do
relatório cumprindo assim, as exigências do Programa.
Os Relatórios Socioambientais de Acompanhamento serão mensais, do período do
dia 26 ao dia 25, conforme contrato, sendo entregues até o 2º dia útil do mês e serão
elaborados conforme proposta e organização apresentada pelo modelo de Relatório
Socioambiental de Acompanhamento. Assim como a apresentação dos documentos
comprobatórios e tabulações.
No período de performance deverão ser entregues os relatórios socioambientais
bimestrais, até o segundo dia útil subsequente a cada bimestre, com os registros e
relatos das atividades referentes ao trabalho socioeducativo realizado em
cumprimento ao planejamento citado no item 8 e anexos necessários para a
comprovação dos trabalhos.
Informamos ainda que, o Relatório Final deverá ser apresentado 15 dias após o
vencimento do prazo de Apuração de Performance, onde deverá contemplar as
atividades, resultados dos indicadores, ações realizadas, aprendizados, eventuais
problemas técnicos e ajustes/redirecionamento técnicos efetivados.

10. ANEXOS

Todas as ações realizadas no decorrer de cada período sejam elas ambientais ou


sociais, serão evidenciadas através de fotos, listas de presença, imagens,
tabulações em planilhas, relatórios ou outros documentos comprobatórios que se
fizerem necessários e enviados anexos ao Relatório Socioambiental Mensal.

Anexo I – APR – Análise Preliminar de Risco


Anexo II – PCMSO – Programa de Controle Médico Ocupacional
Anexo III – PGR – Programa de Gerenciamento de Risco
Anexo IV – PAE – Plano de Emergência
Anexo V – Relação dos Profissionais SEMT
Anexo VI – Carta Preposto
Anexo VII - CLCB - Certificado de Licença do Corpo de Bombeiros
Anexo VIII - Ofício 35/2021 - Autorização SEHAB – Comunidade Capadócia e
Requerimento MNED – 012/21

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