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Companhia de Água e Esgoto do Ceará

DEN - Diretoria de Engenharia


GPROJ - Gerência de Projetos de Engenharia

Fortaleza - CE

Projeto Básico de Melhorias da Estação Elevatória


Praia do Futuro II e Linha de Recalque

VOLUME I - TOMO I
Memorial Descritivo, Memorial de Cálculo e
Especificações de Equipamentos e Materiais

JUNHO/2020
Cagece - Companhia de Água e Esgoto do Ceará

DEN – Diretoria de Engenharia


GPROJ – Gerência de Projetos

EQUIPE TÉCNICA DA GPROJ – Gerência de Projetos


Produto: Projeto Básico de Melhorias da Estação Elevatória Praia do
Futuro 2 e Linha de Recalque.

Gerente de Projetos
Engº. Raul Tigre de Arruda Leitão

Coordenação de Projetos Técnicos


Engº. Bruno Cavalcante de Queiroz

Coordenação de Serviços Técnicos de Apoio


Engº. Jorge Humberto Leal de Saboia

Coordenação de Custos e Orçamentos de Obras


Engº. Ernandes Freire Alves

Engenheira Projetista
Eng. Larissa Gonçalves Maia Caracas

Desenhos
João Maurício e Silva Neto

Edição
Sibelle Mendes Lima

Arquivo Técnico
Patrícia dos Santos Silva

Colaboração
Ana Beatriz Caetano de Oliveira
Gleiciane Cavalcante Gomes
I - APRESENTAÇÃO

O presente relatório consiste na readequação da Estação Elevatória de Esgoto Praia do


Futuro 2 no município de Fortaleza/CE. O projeto é composto por estação elevatória e linha
de recalque. No quadro 01, encontra-se o resumo do projeto.

Processo motivador do projeto


Processo Data Interessado Assunto

Projeto de tratamento preliminar


0766.000689/2017-23 01/11/2017 DDO
da PF-2

Este documento é parte integrante do seguinte conjunto:

Volume I

Tomo I – Memorial Descritivo, Memória de Cálculo, Especificações de


Equipamentos e Materiais e ART

Tomo II – Especificações Técnicas

Tomo III – Peças Gráficas

Volume II – Projeto Elétrico

Volume III – Projeto de Automação

Volume IV – Geotecnia

Volume V – Projeto Estrutural


II - SUMÁRIO

1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS ......................................................................... 8


2 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE PROJETO ............................................ 11
2.1 DADOS GERAIS ............................................................................................... 11
2.2 ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DE ESGOTO PRAIA DO FUTURO 2 .................................... 12
2.3 POPULAÇÃO E CARACTERÍSTICAS URBANA ........................................................ 12
2.4 ECONOMIA ...................................................................................................... 13
2.5 SANEAMENTO ................................................................................................. 14
2.6 SAÚDE ........................................................................................................... 15
2.7 VEGETAÇÃO ................................................................................................... 15
2.8 SOLO ............................................................................................................. 16
2.9 OCUPAÇÃO E USO DO SOLO ............................................................................ 16
2.10 RELEVO E GEOLOGIA....................................................................................... 16
2.11 HIDROLOGIA ................................................................................................... 17
3 ELEMENTOS PARA CONCEPÇÃO DO SISTEMA ...................................... 19
4 ESTUDO DE ALTERNATIVAS ..................................................................... 22
5 PROJETO PROPOSTO ............................................................................... 24
5.1 DESCRIÇÃO GERAL ......................................................................................... 24
6 PLANILHAS DE CÁLCULO .......................................................................... 27
6.1 PLANILHA DE VAZÕES ...................................................................................... 27
6.2 TRATAMENTO PRELIMINAR ............................................................................... 29
6.3 ESTAÇÃO ELEVATÓRIA E LINHA DE RECALQUE ................................................... 35
6.4 POÇO DE SUCÇÃO........................................................................................... 41
6.5 DIMENSIONAMENTO DA LINHA PIEZOMÉTRICA .................................................... 44
6.6 TRANSIENTE HIDRÁULICO ................................................................................ 45
7 ESPECIFICAÇÕES DE MATERIAIS E EQUIPAMENTOS ........................... 51
7.1 FIBRA PULTURADA .......................................................................................... 51
7.1.1 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO ........................................................................... 51
7.1.2 DESCRIÇÃO DOS PRODUTOS E/OU SERVIÇOS .................................................... 51
7.1.3 RESINA UTILIZADA ........................................................................................... 51
7.1.4 NORMAS RELACIONADAS ................................................................................. 51
7.1.5 IMPERMEABILIZAÇÃO POLIMÉRICA ..................................................................... 52
7.2 VÁLVULA VENTOSA COMBINADA (CINÉTICA E AUTOMÁTICA COM DUPLO ORIFÍCIO)
DE TRÍPLICE FUNÇÃO PARA ESGOTO CARACTERÍSTICAS DE PROJETO E OPERACIONAIS

BÁSICAS MÍNIMAS DE REFERÊNCIA ................................................................................ 52


7.2.1 MATERIAIS DE FABRICAÇÃO DO CORPO E NORMAS CONSTRUTIVAS ..................... 52
7.2.2 DISPOSIÇÕES COMPLEMENTARES..................................................................... 53
7.3 COMPORTAS DESLIZANTES .............................................................................. 54
7.4 VÁLVULA DE RETENÇÃO PARA ESGOTO ............................................................ 54
7.5 VÁLVULA ESFERA EXCÊNTRICA ........................................................................ 55
7.6 TANQUE HIDROPNEUMÁTICO ............................................................................ 55
7.7 BOMBAS SUBMERSÍVEIS .................................................................................. 56
7.7.1 CARACTERÍSTICAS DA BOMBA .......................................................................... 56
7.7.2 CURVA DA BOMBA EEE PF2 PROJETADA ......................................................... 57
7.8 MEDIDOR DE NÍVEL ULTRASSÔNICO PARA CANAIS ABERTOS .............................. 58
8 ANEXOS ....................................................................................................... 60
8.1 ATA................................................................................................................60
8.2 ART .............................................................................................................. 63

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3
III - SUMÁRIO DE FIGURAS

FIGURA 1- LOCALIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DE FORTALEZA .................................................. 11


FIGURA 2 - EEE-PF2 ................................................................................................... 12
FIGURA 3 - POPULAÇÃO FORTALEZA.............................................................................. 13
FIGURA 4 - PIB FORTALEZA - 2013 ............................................................................... 14
FIGURA 5 - UNIDADES FITOECOLÓGICAS DE FORTALEZA ................................................. 16
FIGURA 6 - CROQUI DO SISTEMA PROPOSTO .................................................................. 25
FIGURA 7- PERFIL DA LINHA PIEZOMÉTRICA PF2 ............................................................ 45
FIGURA 8 - REGIME PERMANENTE (LINHA PIEZOMÉTRICA) - SEM PROTEÇÃO .................... 45
FIGURA 9 - REGIME TRANSITÓRIO - COM PROTEÇÃO ....................................................... 46
FIGURA 10- CURVA DE DESEMPENHO DA BOMBA UTILIZADA ............................................ 57

IV - SUMÁRIO DE TABELAS

TABELA 1 - ABASTECIMENTO DE ÁGUA ........................................................................... 14


TABELA 2 - ESGOTAMENTO SANITÁRIO .......................................................................... 15
TABELA 3 - PRINCIPAIS INDICADORES DE SAÚDE ............................................................ 15
TABELA 4 - RESUMO DAS VAZÕES DE PROJETO - FINAL DE PLANO ................................... 20
TABELA 5 - PLANILHA DE CÁLCULO DA LINHA PIEZOMÉTRICA ........................................... 44
TABELA 6 - RESULTADOS COM PROTEÇÃO ..................................................................... 46
Ficha Técnica
V - FICHA TÉCNICA

Informações do Projeto:
Projeto
Projeto Básico de Melhorias da Estação Elevatória Praia do Futuro 2 e Linha de Recalque.

Responsável Técnico (Projeto) Programa


Larissa Gonçalves Maia Caracas -

Município Localidade Data de Elaboração do Projeto


Fortaleza Fortaleza/Bairro Antônio Diogo Abril/2020

Dados da População:
Método de Alcance Ano de População População
Taxa de Ano Final
Estimativa do Início do Inicial de Final de
Crescimento de Projeto
Populacional Projeto Projeto Projeto Projeto

- - 20 anos 2017 2037 77.276

Vazões do Projeto:
Vazão – Início de Projeto (L/s) Vazão – Final de Projeto (L/s)

Qmin Qmed Qmáx Qmin Qmed Qmáx


68,05 136,11 245 89,6 208,4 351,15

Dados da Estação Elevatória de Esgoto PF2:

Altura
Microbacia Vazões (L/s) Manométrica Potência (cv) Nº de Bombas
(mca)
1º estágio = 202 l/s 1º estágio = 30,6
E3 110 cv (cada) 2A+1R
2º Estágio = 245 l/s 2º estágio = 37,9

Linha de Recalque PF2:


Ponto de
Nº da LR Extensão (m) Diâmetro (mm) Material
Injetamento
Existente a ser Existente a ser Caixa de entrada de
substituída = 2.800 substituída = 500 quebra de pressão
LREEE-PF2 Existente a ser Existente a ser FoFo k7 existente e em
aproveitada = 2.050 aproveitada = 500 seguida no
Interceptor Leste (IL)

6
Considerações Iniciais
1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Tendo em vista a ocorrência de extravasamentos no Interceptor Leste (IL), e o alto índice de


assoreamento do mesmo, foi solicitado para a GPROJ, a construção de um sistema de
tratamento preliminar na Estação Elevatória de Esgoto Praia do Futuro 2 (EEE-PF2),
compreendido de gradeamento, caixa de areia e calha Parshall, com medidor ultrassônico
de vazão.

Atualmente, a EEE-PF2 recebe contribuição das sub-bacias CE-1 e E3 e lança seu efluente
no coletor tronco localizado na Rua Frei Mansueto, que posteriormente é encaminhado para
o IL. Este projeto contempla a readequação/melhorias da estação elevatória. Esta
readequação/melhoria será compreendida pela desativação do tanque pulmão, a fim de
aproveitar a área atual para construção do tratamento preliminar, além da mudança de
bombas centrífugas para bombas submersíveis e substituição de parte da linha de recalque,
solicitado pela Unidade de Negócios Metropolitana de Tratamento de Esgoto (UNMTE) na
reunião do dia 28/02/2020 registrado na ata n° 12.

A linha existente, que consta de aproximadamente 4,85 quilômetros será parcialmente


aproveitada, pois foi solicitado pela UNMTL em reunião dia 16/01/2018 registrado na ata n°
11, que o trecho compreendido entre a estação elevatória e estaca 140, seja substituído por
uma nova tubulação, conservando seu material e diâmetro (500mm em FoFo), sendo
executada paralela à existente. Após a construção da nova linha, a tubulação existente, a
ser desativada, será totalmente preenchida com concreto não estrutural. Será aproveitado
2,06 quilômetros da linha existente (500mm em DEFoFo).

A linha de recalque foi dimensionada para atender uma vazão máxima de 245 L/s (vazão
atual), enquanto o tratamento preliminar e estrutura física da elevatória, foram
dimensionados para atender a vazão de final de plano (2037) de 351,15 L/s. Caso a vazão
de final de plano seja realmente lançada na EEE-PF2, a mesma terá capacidade de
tratamento preliminar e poço de sucção sendo necessário apenas a ampliação de conjuntos
moto-bomba e verificação da linha de recalque.

Portanto, o presente relatório apresenta as alterações e melhorias na estação elevatória e


em sua linha de recalque, tendo em vista a minimização de extravasamentos no IL. As
alterações foram desenvolvidas baseadas em dados fornecidos pela UN-MTE, responsável
por fornecer a topografia da área. As interferências possíveis no decorrer do caminhamento

8
da linha de recalque, não foram consideradas, já que os mesmos não foram cadastrados na
topografia em questão e esta premissa foi levantada em reunião, com isso, deverá ser
verificado essas possíveis interferências antes do início da obra, para detalhamento se
necessário.

Deverá ser adotada a metodologia construtiva de jet grouting nas cortinas de contenção
laterais de contorno e no fundo da estação elevatória PF2, considerando a incidência de
lençol freático, profundidade, além da segurança das estruturas circunvizinhas.

9
Caracterização da Área de
Projeto
2 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE PROJETO

2.1 Dados Gerais

Fortaleza, Capital do Estado do Ceará, localiza-se na região nordeste do Brasil, a 3º31'23"


de latitude sul e 38º31'23" de longitude oeste de Greenwich, distando em linha reta 1.685Km
da Capital do País. A Figura 1 a seguir mostra o mapa de localização da cidade de Fortaleza
dentro do contexto da região metropolitana.

Figura 1- Localização do Município de Fortaleza

Fonte: Cagece (2017)

Com uma área de 314,930 km2, o município limita-se ao norte e leste com o Oceano
Atlântico, a oeste com o município de Caucaia e ao sul com os municípios de Maracanaú,
Pacatuba, Itaitinga, Eusébio e Aquiraz, todos integrantes da RMF.

11
2.2 Estação Elevatória de Esgoto Praia do Futuro 2

A EEE-PF2, ilustrada na figura 2, localiza-se no município de Fortaleza, na Avenida Clóvis


Arrais Maia, a 3°43'13.86" latitude sul e 38°27'49.67" longitude oeste, compreendendo uma
área de aproximadamente 1.633 metros quadrados. Recebe contribuição da Sub-bacia CE-1
e E3 e, atualmente, recalca seu efluente para o Interceptor Leste (IL), por uma linha de
recalque com extensão de 4.850 metros. Sua operação é dada por um número de bombas
de 2+1, vazão de 494 m3/h, potência de 50 CV e com uma altura manométrica de 16 m.

Figura 2 - EEE-PF2

Fonte: Cagece (2017)

2.3 População e Características Urbana

Segundo o último Censo do IBGE (2010), a população residente no município de Fortaleza


era de 2.452.185 habitantes, para o ano de estima-se um crescimento de aproximadamente
7%, havendo 2.627.482 habitantes. A taxa de urbanização do município é de 100%. A

12
densidade demográfica do município é de 7.786,44 hab/km². A figura 3 mostra a distri-
buição de habitantes no município de Fortaleza por bairros.

Figura 3 - População Fortaleza

Fonte: Fortaleza em Mapas (2015)

2.4 Economia

De acordo com dados do IPECE, a estrutura setorial do PIB do município de Fortaleza é


dividida em: setor agropecuário 0,20%, setor secundário que engloba atividades indústrias
20,30% e o setor terciário, comércio e demais serviços 79,60%. Como pode ser observado
na figura 4.

13
Figura 4 - PIB Fortaleza - 2013

Fonte: IPECE (2013)

Segundo o IBGE, o PIB per capita de Fortaleza em 2015 foi de R$ 22.092,58, sendo 54,4%
das receitas do município oriunda de fontes externas e, segundo o Censo de 2010 o índice
de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) foi de 0,754, deixando Fortaleza no 1º lugar
do ranking do estado do Ceará, seguido por Maracanaú (2º) e Caucaia (3º).

2.5 Saneamento

Apesar de apontar um alto índice de acesso à água tratada (99,72%), Fortaleza possui
somente 57,72% da população com coleta de esgotos. Entre as capitais, Fortaleza aparece
entre as 10 melhores no resumo dos índices de população com água tratada, população
com coleta de esgotos, esgoto tratado x água consumida e perdas de água. Observando a
tabela 2.1 e 2.2 é possível fazer uma relação entre o abastecimento de água e a coleta de
esgoto da capital.
Tabela 1 - Abastecimento de Água

Fonte: IPECE (2016)


14
Tabela 2 - Esgotamento Sanitário

Fonte: IPECE (2016)

2.6 Saúde

No ano de 2015 foram notificados no município 459 óbitos, a taxa de mortalidade infantil era
de 11,65%. No município de Fortaleza, em 2015, foi constatado dentre as crianças
acompanhadas pelo Programa Saúde da Família (PSF), um percentual de 66,22% até
quatro meses só mamando, 89,40% de 0 a 11 meses com vacinas em dia, 0,63% de 0 a 11
meses subnutridas e 7,85% de crianças com peso inferior a 2,5kg ao nascer.
Em 2015, o município dispunha de 20.239 profissionais de saúde ligados ao SUS, sistema
único de saúde. Sendo 5.031 médicos, 661 dentistas e 2.459 enfermeiros.
Nesse mesmo ano, 286 unidades de saúde estavam ligadas ao SUS, sendo 194 na zona
pública, correspondendo a 67,83% e 92 na área privada, correspondendo a 32,17%.
Os principais indicadores de saúde são mostrados abaixo.

Tabela 3 - Principais Indicadores de Saúde

Fonte: IPECE (2016)

2.7 Vegetação

A vegetação de Fortaleza é tipicamente litorânea com áreas de mangue e restinga. As áreas


de restinga encontram-se nas proximidades das dunas ao sul da cidade e perto da foz dos
rios Ceará, Cocó e Pacoti. Nos leitos destes rios a mata predominante é a de mangue. Estas
matas estão protegidas por lei e constituem-se na maior área verde da cidade.

15
Figura 5 - Unidades Fitoecológicas de Fortaleza

Fonte: IPECE (2013)

2.8 Solo

O solo do município é do tipo Areias Quartzosas Marinhas, Planossolo Solódico, Podzólico


Vermelho-Amarelo e Solonchak. A localidade a ser beneficiada está inserida numa região de
solo tipo Gleissolo (Solonchak).

2.9 Ocupação e Uso do Solo

O uso do solo no município é composto principalmente de área urbana edificável, de


vegetação natural, agricultura, pastagem natural, campo antrópico, solo e substrato exposto
e dunas.

2.10 Relevo e Geologia

A região do EEE-PF2 tem relevo acidentado, composto de Planície Litorânea e Tabuleiros


Pré-Litorâneos. O município de Fortaleza apresenta um quadro geológico caracterizada pela
presença de terrenos cristalinos (rochas metamórficas e ígneas), datados da era

16
proterozóica, e coberturas sedimentares da era cenozóica. As principais classes
pedológicas existentes em Fortaleza são: podzólico vermelho amarelo, planosolos, bruno
não cálcico, solos arenoquartzosos, solos halomórficos, solos litólicos e vertisolos.

2.11 Hidrologia

A hidrografia pode ser dita rica denotando-se a presença de vários riachos e lagoas.
Fortaleza é cortada por dois rios e alguns riachos, que correm riscos de desaparecer em
razão dos aterramentos.

17
Elementos para Concepção do
Sistema
3 ELEMENTOS PARA CONCEPÇÃO DO SISTEMA

O projeto em questão constou na readequação da EEEE-PF2, a partir do projeto já existente


da sub-bacia E-3, a substituição de um trecho da linha existente por uma tubulação nova,
com o mesmo material e diâmetro.

Segue lista do material fornecido para elaboração do SES do projeto em questão:

 Topografia elaborada pela UNMTE;

 Ficou acordado em reunião dia 28/11/2017 e registrado em ata n° 64 que o projeto


seria dividido em duas etapas, a estação elevatória seria projetada para um
horizonte de final de plano e a linha e recalque e o bombeamento para metade da
vazão de final de plano, sendo modificada quando necessário.

 Ficou acordado em reunião dia 16/01/2018, registrado na ata n° 11, que o trecho
compreendido entre a estação elevatória e estaca 140 seria substituído por uma
nova tubulação, conservando seu material e diâmetro. A nova tubulação será
assentada ao lado da existente. A tubulação a ser desativada terá em toda sua
extensão preenchimento com concreto não estrutural.

 Ficou acordado em reunião dia 28/02/2020 e registrado em ata n° 12 que o projeto


deveria ser constituído apenas pelas melhorias da estação elevatória e substituição
departe da linha de recalque.

Para o cálculo das vazões, foram utilizados os seguintes parâmetros de dimensionamento:

 Alcance do Projeto ................................................................................... 20 anos;

 População Atendida Final de Plano (Pa) ..............................................77.276 hab;

 Coeficiente do dia de maior consumo (K1) ...................................................... 1,20

 Coeficiente da hora de maior consumo (K2) ................................................... 1,50

 Coeficiente da hora de menor consumo (K3) .................................................. 0,50

 Coeficiente de retorno (q) ............................................................................... 0,80

 Consumo Per-Capta (C) ................................................................... 250 L/hab.dia

 Índice de atendimento................................................................................100,00 %

19
*Todos os parâmetros foram baseados no projeto SANEAR II

Equação 1: Vazão Mínima

Qmáx(d) = (Pa x q x C x K3) / 86.400

Equação 2: Vazão máxima

Qmáx(h) = (Pa x q x C x K1 x K2 ) / 86.400

Equação 3: Vazão Média

Qméd = (Pa x C x q) / 86.400

A tabela 3.1 traz o resumo das vazões utilizadas no projeto:

Tabela 4 - Resumo das Vazões de Projeto - Final de Plano


VAZÃO – Início de Projeto (L/s) VAZÃO – Final de Projeto (L/s)

Qmin Qmed Qmáx Qmin Qmed Qmáx

68,05 136,11 245 118,61 208,05 351,15

20
Estudo das Alternativas
4 ESTUDO DE ALTERNATIVAS

O projeto proposto não dispõe de estudo de alternativas da concepção do sistema definida,


pois esta foi prevista em reunião do dia 28/11/2017 e registrada na ata n° 64, além da
reunião do dia 28/02/2020 e registrada na ata 20.

22
Projeto Proposto
5 PROJETO PROPOSTO

5.1 Descrição Geral

O projeto proposto compreende a construção de um sistema preliminar na Estação


Elevatória Praia do Futuro 2, a substituição parcial da linha de recalque existente (500 mm
em FoFo).

O projeto proposto foi divido em 2 etapas. Primeiramente, o sistema preliminar, contendo


gradeamento, caixa de areia e calha parshal com medidor ultrassônico e poço de sucção,
foram projetados para um horizonte de 20 anos (final de plano), atendendo a vazão de
351,15 L/s. Já a linha de recalque e o sistema motor-bomba foram projetados para um
horizonte de 10 anos, suportando atender uma vazão de 245 L/s. Caso tenha acréscimo de
vazão, a linha de recalque deverá ser verificada e acrescentado conjuntos motor-bomba (já
previsto na parte civil da elevatória).

A necessidade de uma divisão em 2 etapas diferentes, foi baseada na urgência de


melhorias na elevatória, já que a mesma, não contempla um sistema de tratamento
preliminar que reduza a carga de sedimentos lançada ao IL, visando diminuir esse
assoreamento no Interceptor Leste (IL).

A substituição parcial da linha de recalque existente foi solicitada devido à incerteza quanto
ao estado atual da tubulação, visando garantir o bom funcionamento do sistema durante os
próximos 20 anos. O diâmetro e material da linha será conservado, não havendo
necessidade de um novo dimensionamento. A tubulação a ser substituída será assentada
paralela à existente. A tubulação a ser desativada terá em toda sua extensão preenchimento
com concreto não estrutural.

O objetivo maior do tratamento proposto para a tubulação desativada, é garantir que não
haverá, no futuro, carreamento de material (solo) para dentro da tubulação, ocasionando
abatimento das estruturas executadas sobre a mesma.

O preenchimento proposto será através de concreto bombeado, com a adição de aditivo


expansor na proporção de 1% da massa de cimento. O preenchimento ocorrerá através de
seções retangulares, 30x30 cm, a serem abertas no dorso do tubo a cada 40m, quando
possível.

24
O preenchimento deverá iniciar nas tubulações assentes em cotas menores. Este procedimento garantirá que toda a tubulação será
preenchida.

Figura 6 - Croqui do Sistema Proposto

25
Planilhas de Cálculo
6 PLANILHAS DE CÁLCULO

6.1 Planilha de Vazões

27
Sistema de Esgotamento Sanitário de Fortaleza Atualização:
Estação Elevatória de Esgoto da Praia do Futuro 2 1/4/20
VAZÕES 17:34

DADOS DO PROJETO

População de final de Plano PF 77.276 hab


Consumo per capita q 250 L/hab.d
Coeficiente de retorno C 0,8 -
Coeficiente do dia de maior consumo k1 1,2 -
Coeficiente da hora de maior consumo k2 1,5 -
Coeficiente da hora de menor consumo k3 0,5 -
Taxa de infiltração Ti 0,00025 L/s
Comprimento da rede L 116680 m

VAZÕES DE PROJETO

Vazões de final de plano


EEE PF2 - ANO 2037
Q (l/s) Q (m³/s) (m³/min) Q(m³/h) Q(m³/d)
Máx 351,15 0,35115 21,07 1264,15 30339,65
Méd 208,05 0,20805 12,48 748,98 17975,49
Mín 118,61 0,11861 7,12 427,00 10247,89

Obs: Para dimensionamento das vazões de final de plano, foram considerados os dados do
Plano Diretor e PMSB, de acordo com as sub-bacias contribuintes. Para a vazão de Inicío de
plano (para atendimento atual), foi considerada a vazão medida e acordada com equipe técnica
da Cagece.
6.2 Tratamento Preliminar

29
Sistema de Esgotamento Sanitário de Fortaleza Atualização:
Estação Elevatória de Esgoto da Praia do Futuro 2
1/4/2020
Sistema Preliminar

CONSIDERAÇÕES INICIAIS
O sistema preliminar será composto por gradeamento, caixa de areia e medidor de vazão do tipo Parshall. Os sistemas foram
dimensionados considerando as condições de final de plano.

MEDIDOR DE VAZÃO: CALHA PARSHAL


A partir das vazões máximas e mínimas da EEE, pela Tabela 1
define-se suas dimensões, especificando-o pela largura de
sua seção estrangulada (garganta).

As vazões a serem consideradas para o dimensionamento são:


Vazão
Q mín (início) 118,61 L/s
Q med(meio) 208,05 L/s
Q máx (final) 351,15 L/s
Será adotada a Calha Parshall com capacidade de atendimento
entre a Qmin (início de plano) e a Qmax (final de plano).

Especificação: 1 1/2

W A B C D E F G K N Q min Q max
(pol) (cm) (l/s)
1pol 2,5 36,3 35,6 9,3 16,8 22,9 7,6 20,3 1,9 2,9
3pol 7,6 46,6 45,7 17,8 25,9 38,1 15,2 30,5 2,5 5,7 0,85 53,8
6pol 15,2 62,1 61,0 39,4 40,3 45,7 30,5 61,0 7,6 11,4 1,52 110,4
9pol 22,9 88,0 86,4 38,0 57,5 61,0 30,5 45,7 7,6 11,4 2,55 251,9
12 pol 30,5 137,2 134,4 61,0 84,5 91,5 61,0 91,5 7,6 22,9 3,11 455,6
1 1/2 45,7 144,9 142,0 76,2 102,6 91,5 61,0 91,5 7,6 22,9 4,25 696,2
2 61,0 152,5 149,6 91,5 120,7 91,5 61,0 91,5 7,6 22,9 11,89 936,7
3 91,5 167,7 164,5 122,0 157,2 91,5 61,0 91,5 7,6 22,9 17,26 1426,3
4 122,0 183,0 179,5 152,5 193,8 91,5 61,0 91,5 7,6 22,9 36,79 1921,5
5 152,5 198,3 194,1 183,0 230,3 91,5 61,0 91,5 7,6 22,9 62,80 2422,0
6 183,0 213,5 209,0 213,5 266,7 91,5 61,0 91,5 7,6 22,9 74,40 2929,0
7 213,5 228,8 224,0 244,0 303,0 91,5 61,0 91,5 7,6 22,9 115,40 3440,0
8 244,0 244,0 239,2 274,5 340,0 91,5 61,0 91,5 7,6 22,9 130,70 3950,0
10 305,0 274,5 427,0 366,0 475,9 122,0 91,5 183,0 15,3 34,3 200,00 5660,0

Para relacionar a vazão com a altura da lâmina de água, utiliza-se a seguinte equação: Q k Hn
onde "k" e "n" são em função da calha parshall adotada, conforme se verifica na tabela abaixo:

W cm n K Para W = 1,5
3pol 7,6 1,547 0,176 K n
6pol 15,2 1,580 0,381 1,054 1,538
9pol 22,9 1,530 0,535
12 pol 30,5 1,522 0,690 A equação ficará igual a:
1,5 45,7 1,538 1,054
1,538
2 61 1,550 1,426 Q = 1,054 H
3 91,5 1,566 2,182
4 122 1,578 2,935
5 152,5 1,587 3,728
6 183 1,595 4,515
7 213,5 1,601 5,306
8 244 1,606 6,101

A determinação da lâmina de esgoto é dada pela equação da calha Parshall:


Qmax Hmin Qmin Hmax
z
Vazão L/s m³/s H Qmax Qmin
Q min 118,61 0,1186 0,242 m
Q max 351,15 0,3512 0,489 m
Q méd 208,05 0,2081 0,348 m
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Estação Elevatória de Esgoto da Praia do Futuro 2
1/4/2020
Sistema Preliminar

Rebaixo da calha Parshall (z) 0,12 m h H z


max
Altura máxima da lâmina d'água (hmáx) 0,37 m

Vazão (Q) H H-z


Qmin 0,1186 m³/s 0,242 m 0,122 m
Qmed 0,2081 m³/s 0,348 m 0,228 m
Qmax 0,3512 m³/s 0,489 m 0,369 m

DESARENADOR (CAIXA DE AREIA) - MECANIZADA


A caixa de areia ficará à montante da calha Parshall e será circular com fundo cônico, agitador na sua parte superior e classificador de aria
com rosca transportadora acoplada, conforme detalhes construtivos nos projetos, constando dos seguintes itens:

1. Caixa de areia circular com fundo cônico completa, constituída por: tanque em aço inoxidável, misturador acoplado a estrutura e bomba
centrífuga (conforme projeto);
1.1 Tanque circular com fundo cônico totalmente em aço inox 316, confome projeto;
1.2 Misturador acoplado a estrutura incluíndo a estrutura de fixação do equipamento, totalmente em aço inox, conforme projeto;
1.3 Bomba para recaque da areia à superfície (ao classificador de areia), incluindo-se a tubulação de recalque e conexões em aço inox;

1.4 Painel elétrico de controle acoplado ao equipamento.


2. Classificador de areia com a rosca transportadora acoplada, o equipamento deverá ser carenado (com tampas para visualização e acesso)
evitando sujeiras, inclusive a rosca transportadora, com tubo de despejo de material até a altura do contêiner, além de um sifão para eliminar
partículas menores e extravasor, conforme projeto;
2.1 Classificador de areia de 9", totalmente em aço inox, incluíndo a tubulação na saída do parafuso até a altura do contêiner em aço inox e
na entrada do equipamento podendo ser em PEAD, conforme projeto;
2.2 Sifão na parte superior do classificador de areia ou seja na entrada da areia ao equipamento, juntando-se a tubulação de extravasor do
classificador e tubulação de partículas menores, totalmente em aço inox, conforme projeto ;
2.3 O equipamento deverá ser equipado com tubulação de retorno ao desarenador do líquido percolado, totalmente em aço inox, conforme
projeto;
2.4 Painel elétrico de controle acoplado ao equipamento.

3. Escada e plataforma (se necessário) para acesso á parte superior do equipamento, também em aço inox.

DESARENADOR (CIRCULAR)

Os parâmetros a serem consideradas para o dimensionamento são:

Parâmetros

Tempo de detenção Hidráulica 0,025 h

Q med 748,98 m³/h

Q máx 1264,14 m³/h

V
V
V M
TD tTpVMQDme d
pDA
LDA
T
BDA

Volume da Caixa de Areia:

Volume da Caixa de Areia

Volume total 18,725 m³

Número de Caixa de areia 1 unid.

Volume untário 18,72 m³

Dimensões da Caixa de Areia:

Dimensões da Caixa de Areia

Altura útil 1,50 m³

Área 12,48 m²

Diâmetro 5,00 m
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Sistema Preliminar

Verificação de Área, Volume e TDH Corrigidos:

Verificação da Caixa de Areia

Área corrigida 19,63 m²

Volume corrigido 29,44 m³

Tempo de detenção Hidráulica corrigida 0,039 h

Tempo de detenção Hidráulica corrigida 2,358 min

DESARENADOR (CÔNICO)

Altura útil

Taxa produção de material retido 0,00006 m³/m³

Período de limpeza 1,00 dia

Volume diário de material retido 1,08 m³

Volume do depósito 1,079 m³

Base maior do depósito de areia 1,50 m

Base menor do depósito de areia 0,500 m

Profundidade útil do depósito de areia 1,175 m

Profundidade útil do depósito de areia (adotada) 1,350 m

Volume máximo do depósito cônico 1,15 m³

GRADEAMENTO
O gradeamento é a primeira parte da remoção dos sólidos no tratamento preliminar de resíduos domésticos ou industriais. São dispositivos
de retenção e,serão barras em aço inox dispostas paralelamente em vertical ou inclinada de modo a permitir o fluxo normal do esgoto. O
espaçamento das barras é definido em termos das dimensões dos sólidos a serem retidos:

a) Grades grosseiras: 4 a 10 cm
b) Grades médias: 2 a 4 cm
c) Grades finas: 1 a 2 cm

Tipo Grade Seção da Barra


3/8 X 2
3/8 X 2 1/2
Grosseira
1/2 X 1 1/2
1/2 X 2
5/16 X 2
Média 3/8 X 1 1/2
3/8 X 2
1/4 X 1 1/2
Fina 5/16 X 1 1/2
3/8 X 1 1/2

O gradeamento será realizado através dois tipos de grades, maual e mecanizada. Devido a limitação de área, será considerada apenas a grade
média para ambos os tipos. Tanto a manual quanto a mecanizada serão do tipo média. A limpeza das grades se dará de forma mecanizada para
as grades do tipo mecanizada e manual para grade do tipo manual, conforme detalhes construtivos nos projetos, através dos seguintes
equipamentos:
1. Grade de barras com limpeza mecanizada - tipo corrente 20mm totalmente em aço inoxidável 316L
2. Grade de barras com limpeza manual - 20mm em aço inoxidável 316L

Obs: A grade manual só será usada em caso de by-pass, ou seja, caso de manutenção ou parada ocasionada no canal principal.
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GRADEAMENTO MECANIZADO
Fórmulas e Observações:
Tipo de gradeamento Médio

t
Especificação das barras:

a a
Largura (t) 9,5 mm 0,0095
Espessura (e) 50 mm 0,05
Espaçamento (a) 20 mm 0,02 e
Inclinação das barras ( ): 80 º
e
Velocidade entre as barras (v): 0,8 m/s E
e t
Vazão de dimensionamento
Qmin 118,61 L/s
Qmed 208,05 L/s Q max t'
Lg
Qmax 351,15 L/s At
com t' 3s
Obstrução máxima (R) 50%
Dimensionamento
Área útil (Au) 0,439 m²
Eficiência da grade (E) 67,8% Q max t'
Lg
Área efetiva (At) 0,647 m² At
com t' 3s
Comprimento do canal (Lg) 1,60 m
Largura do canal (Bg) 1,80 m
Bg a
Largura do canal adotado (Bg) 2,00 m N
t a
Largura do canal adotado com folga (Bg) 2,50 m
Número de barras (N) 67,12 unid
O número de barras da grade adotado 67,00 unid

Verificação das velocidades


Vazão (Q) H H-z At = Bg . (H-z) Au = At . E V
Qmin 0,1186 m³/s 0,242 m 0,122 m 0,2433 m² 0,1649 m² 0,72 m/s
Qmed 0,2081 m³/s 0,348 m 0,228 m 0,4564 m² 0,3094 m² 0,67 m/s
Qmax 0,3512 m³/s 0,489 m 0,369 m 0,7387 m² 0,5008 m² 0,70 m/s

Como os valores de velocidade obtidos situam-se inferior a 1,20m/s (conforme NBR 12209:2011), o dimensionamento está
adequado.

Verificação da perda de carga.


Utilizando a equação abaixo, estima-se a perda de carga através da grade. Deve-se verificá-la tanto para a grade limpa
como para a grade obstruída, geralmente considerando 50% suja.

(Metcalf & Eddy)

Obstrução v v' hf
Grade Limpa 0,80m/s 0,54m/s 0,025 m
50%Obstruída 1,60m/s 0,54m/s 0,165 m

GRADEAMENTO MANUAL
Gradeamento - 1ª Grade Fórmulas e Observações:
Tipo de gradeamento Médio
Especificação das barras:
t

a a

Largura (t) 9,5 mm 0,0095


Espessura (e) 50 mm 0,05
Espaçamento (a) 20 mm 0,02 e
Inclinação das barras ( ): 60 º
Velocidade entre as barras (v): 0,6 m/s
Vazão de dimensionamento
Qmin 118,61 L/s
Qmed 208,05 L/s
Qmax 351,15 L/s
Obstrução máxima (R) 50%
Dimensionamento
Área útil (Au) 0,585 m²
Q max t'
Eficiência da grade (E) 67,8% Lg
At
Área efetiva (At) 0,863 m² com t' 3s
Comprimento do canal (Lg) 1,20 m
Largura do canal (Bg) 2,30 m
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Sistema Preliminar

Largura do canal adotado (Bg) 2,50 m Bg a


Número de barras (N) 84,07 unid N
t a
O número de barras da grade adotado 84,00 unid

Verificação das velocidades


Vazão (Q) H H-z At = Bg . (H-z) Au = At . E V
Qmin 0,1186 m³/s 0,242 m 0,122 m 0,3041 m² 0,2061 m² 0,58 m/s
Qmed 0,2081 m³/s 0,348 m 0,228 m 0,5705 m² 0,3868 m² 0,54 m/s
Qmax 0,3512 m³/s 0,489 m 0,369 m 0,9234 m² 0,6260 m² 0,56 m/s

Como os valores de velocidade obtidos situam-se próximos a 0,60m/s (+/- 20%), o dimensionamento está adequado.

Verificação da perda de carga.


Utilizando a equação abaixo, estima-se a perda de carga através da grade. Deve-se verificá-la tanto para a grade limpa
como para a grade obstruída, geralmente considerando 50% suja.
(Metcalf & Eddy)
Obstrução v v' hf
Grade Limpa 0,80m/s 0,54m/s 0,025 m
50%Obstruída 1,60m/s 0,54m/s 0,165 m
6.3 Estação Elevatória e Linha de Recalque

35
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Obs: A bomba para final de plano deverá ser selecionada quando a vazão desta etapa inicial for superada, 1ª Estágio 2ª Estágio
sendo apresentada neste momento as bombas para início de plano. 1ª Etapa - Atual - Início de Plano
CARACTERÍSTICAS GERAIS

LINHA DE RECALQUE 1ª Estágio 2ª Estágio


Tipo de material da tubulação FoFo FoFo
Qmáx = Vazão máxima de bombeamento 202,0 L/s 245,0 L/s
L = Comprimento da tubulação 4.850,00 m 4.850,00 m

ESTAÇÃO ELEVATÓRIA
Nb = Número de bombas em funcionamento simultâneo (ativas) 1 bombas 2 bombas
Nbr = Número de bombas reservas 1 bomba 1 bomba
Tipo de bombas: Submersíveis Submersíveis

DIMENSIONAMENTO DAS TUBULAÇÕES

O cálculo do diâmetro econômico é obtido pela fórmula de Bresse (Equação 01): Equação 01:
Onde:
D K Q
D = Diâmetro econômico
K = Coeficiente da fórmula de Bresse 1,20 1,20
Q = Vazão máxima de fim de plano, em m³/s 0,202 m³/s 0,245 m³/s
Equação 02:

4 Q2
Para o cálculo da velocidade do fluxo na tubulação usou-se a Equação 02: V
D2
Onde:
Q = Vazão na tubulação, em m³/s 0,2020 m³/s 0,2450 m³/s
D = Diâmetro de recalque, em m 500 mm 500 mm

RECALQUE

A partir da equação do diâmetro econômico, a tubulação de recalque (DR) seria de: 539 mm 594 mm

Dr = Diâmetro de recalque, em mm 500 mm 500 mm


V = Velocidade do fluxo na tubulação, em m/s 1,03 m/s 1,25 m/s

BARRILETE

O diâmetro do barrilete pode variar em função da vazão prevista para cada trecho, considerando
o arranjo das bombas. Neste sentido, as vazões e os diâmetros previstos para cada
trechos do barrilete são:
C E
Trechos Qac = Qbc = Qde Qce
Qdf = 0,202 m³/s 0,245 m³/s
Diâmetros calculados: fac = fbc = fde = 539 mm 594 mm
Diâmetros adotados: fac = fbc = fde = 500 mm 500 mm
Velocidade no trecho, em m/s 1,03 m/s 1,25 m/s

A B D
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CÁLCULO DA PERDA DE CARGA LINEAR

Pela fórmula de HAZEN-WILLIAMS, obtém-se a perda de carga linear Equação 03:


na tubulação de recalque, conforme equação a seguir:
10,643 Q 1,85
j
Onde:
C 1,85 D 4 ,87
j = Perda de carga linear
Q = Vazão no trecho 0,2020 m³/s 0,2450 m³/s
D = Diâmetro no tubo 0,500 m 0,500 m
C = Coeficiente de Hazen-Williams 105 105

Por esta equação, a perda de carga linear na tubulação é igual à:


j = perda de carga linear 0,00294m/m 0,00421m/m

CÁLCULO DA PERDA DE CARGA LOCALIZADA


Equação 04:

Vb 2 Vr 2
Segundo Azevedo Netto, as perdas de carga localizadas são função do quadrado da velocidade e do coeficiente "K". h f Kb Kr
2g 2g
O valor deste coeficiente diz respeito aos tipos de singularidades existentes nas tubulações. Ver a Equação 04:

Onde:
Kb = Coeficiente relacionado às singularidades no barrilete 15,58 15,58
Kr = Coeficiente relacionado às singularidades na linha de recalque 19,30 19,30
Vb = Velocidade do fluxo no barrilete 1,03 m/s 1,25 m/s
Vr = Velocidade do fluxo na linha de recalque 1,03 m/s 1,25 m/s
g = Aceleração da gravidade 9,81 m/s² 9,81 m/s²
hb = Perda de carga localizada no barrilete 0,84 m 1,24 m
hr = Perda de carga localizada na linha de recalque 1,04 m 1,53 m
hf = Perda de carga localizada total 1,88 m 2,77 m

OBS: K foi obtido através do somatório de todos os K(s) relativos à todas as singularidades na linha de recalque e
sucção. Ver tabela a seguir:

BARRILETE
TIPO K QUANT. K PARCIAL
Curva 45o 0,20 3,00 0,60
Ampliação 0,19 2,00 0,38
Redução 0,33 0,00 0,00
Curva 90º 0,40 3,00 1,20
Tê (passagem direta) 0,90 2,00 1,80
Tê (saída lateral) 2,00 2,00 4,00
Te bilateral 1,80 0,00
Registro de gaveta 0,20 3,00 0,60
Válvula de retenção 3,00 2,00 6,00
Outros 1,00 1,00 1,00
Kb 15,58 15,58
RECALQUE
TIPO K QUANT. K PARCIAL
Curva 45o 0,20 0,00
Curva 22o 0,10 6,00 0,60
Ampliação 0,19 0,00
Redução 0,33 0,00
Curva 90º 0,40 5,00 2,00
Tê (passagem direta) 0,90 15,00 13,50
Tê (saída lateral) 2,00 1,00 2,00
Te bilateral 1,80 0,00
Válvula de gaveta 0,20 1,00 0,20
Válvula de retenção 3,00 0,00
Outros 1,00 1,00 1,00
Kr 19,30 19,30
K Total 34,88 34,88

A perda de carga localizada será (hf) : 1,88 m 2,77 m


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CÁLCULO DA PERDA DE CARGA TOTAL


Equação 05:
A perda de carga total na tubulação é obtida pela equação a seguir: Hj L j hf
Onde:
L = Comprimento da tubulação 4.850,00 m 4.850,00 m
j = Perda de carga linear 0,00294m/m 0,00421m/m
hf = Perda de carga localizada 1,88 m 2,77 m
hj = Perda de carga distribuída 14,27 m 20,40 m
Hj = Perda de carga total na tubulação 16,15 m 23,17 m

DIMENSIONAMENTO DA ESTAÇÃO ELEVATÓRIA

CÁLCULO DA ALTURA MANOMÉTRICA

Para o cálculo da altura manométrica total da(s) bomba(s), somou-se ao desnível geométrico o valor da perda de
carga distribuída ao longo da tubulação de recalque e a perda de carga localizada total.

O desnível geométrico é dado pela diferença entre a cota mais alta do ponto de recalque e a cota mínima do líquido Equação 06:
no poço de sucção. Ver a Equação 06: Hg C MAX ,rec C MIN ,suc
Onde:
Cmáx,rec = Cota do ponto mais alto da linha de recalque 13,135 13,135
Cmín,suc = Cota do nível mínimo do poço de sucção -0,351 -0,351

Desta forma obtém-se o seguinte desnível geométrico


Hg = Desnível Geométrico 13,49 m 13,49 m
h' = Acréscimo de desnível como coeficiente de segurança 1,00 m 1,00 m

Adotaremos um valor de 1 m como coeficiente de segurança a ser acrescentado no desnível geométrico a fim de
garantir um bom funcionamento da linha de recalque, ficando o desnível geométrico igual a 14,49 m. Equação 07:
Hg* = Hg + h'
Hg* = 14,49 m 14,49 m
Equação 08:
A altura manométrica total (AMT) será dada pela equação a seguir: *
AMT Hg Hj
Onde:
Hg* = Desnível Geométrico 14,49 m 14,49 m
Hj = Perda de carga total 23,17 m
AMT = Altura Manométrica Total 37,66 m

CÁLCULO DA POTÊNCIA DOS MOTORES


Equação 09:
A potência dos motores foi calculada utilizando-se a equação a seguir. Para isto levou-se em conta o número de
motores em funcionamento simultâneo.
W Q max AMT
P Fs
Nb 75
Onde:
P = Potência instalada para cada conj. motor-bomba da estação elevatória
W = Peso específico do líquido a ser recalcado 1000 Kg/m³
Qmáx = Vazão de bombeamento para fim de plano 0,2450 m³/s
Hg* = desnível geométrico 14,49 m
AMT = Altura Manométrica Total 37,66 m
Nb = Número de conjuntos motor-bomba em funcionamento simultâneo 2 bomba(s)
h = Rendimento do conjunto motor-bomba 61,0%
FS = Fator de segurança 1,10

Para o cálculo, adotou-se as bombas com as seguintes características


Tipo de bombas: Submersíveis
Modelo avaliado: NP3231/665 3- 60 HZ
hb = Rendimento da bomba 67,0% 67,0%
hm = Rendimento do motor 91,0% 91,0%
Sistema de Esgotamento Sanitário de Fortaleza Atualização:
Estação Elevatória de Esgoto da Praia do Futuro 2 1/4/2020
Linha de Recalque e Conjunto Motor-Bomba 17:34
Aplicando a Equação 09, a potência instalada em cada conjunto motor-bomba é igual à: 111,0 CV
109,4 HP
P = Potência instalada por conjunto motor-bomba: 81,56 kW
Os motores elétricos normalmente não possuem a potência especificada, portanto foi necessário utilizar as seguintes
potências comerciais:
Potência comercial em cada conjunto motor-bomba da estação elevatória: 110,0 CV
Potência comercial total da estação elevatória: 220,0 CV
Rotação da bomba: 1185 rpm

CURVAS CARACTERÍSTICAS

Na Figura a seguir, estão apresentadas as curvas características da bomba e do sistema. A curva do sistema foi
caracterizada em função da vazão, conforme equação abaixo:

Equação 10:

hf L j
AMT Hg Q2 Q1,85
Q2 Q1,85

Aplicando os valores obtidos ao longo do dimensionamento, chega-se à seguinte curva do sistema:

AMT = 14,49 + 0,000046 . Q² + 0,000776 . Q^(1,85)

O gráfico abaixo foi obtido a partir do software disponibilizado pela FLYGT, bombas submersíveis, onde, a partir de
da altura geométrica e da manométrica calculada, define-se a curva do sistema.

CURVA CARACTERÍSTICA DA BOMBA E DO SISTEMA 1 BOMBA 2 BOMBAS


EQUAÇÃO DO SISTEMA: Hmt (m) x Q (l/s) Q= 202,0 L/s Q= 245,0 L/s
AMT = 14,49 + 0,000046 . Q² + 0,000776 . Q^(1,85) Hman = 30,6 m Hman = 37,9 m

46
45
44
43
42
41
40
39
38
Altura manométrica (m)

37
36
35
34
33
32
31
30
29
28
27
26
25
24
23
22
21
20
195 197 199 201 203 205 207 209 211 213 215 217 219 221 223 225 227 229 231 233 235 237 239 241 243 245 247 249 251 253 255 257 259 261 263 265 267 269
Vazão (L/s)
Curva do Sistema Curva da Bomba - 1Ativa Curva da Bomba - 2 Ativas

Equação 11:
CÁLCULO DO NPSH
Z hbomba hmín, suc
A sigla NPSH (Net Positive Succion Head ) é adotada universalmente para designar a energia disponível na sucção.
Há dois valores a considerar: NPSH requerido que é uma característica da bomba, fornecida pelo fabricante e o
Equação 12:
NPSH disponível, que é uma característica das instalações de sucção, que pode ser calculada pelas equações 11 e
12: Pa Pv
NPSHdisp. Z Hf
Sistema de Esgotamento Sanitário de Fortaleza Atualização:
Estação Elevatória de Esgoto da Praia do Futuro 2 1/4/2020
Linha de Recalque e Conjunto Motor-Bomba 17:34
Onde:
hbomba = Cota do eixo da bomba -0,701 -0,701
hmín,suc = Cota do NA mínimo do poço de sucção -0,351 -0,351
Z = altura de sucção -0,35 m -0,35 m
Pa = Pressão atmosférica 9.400,00 Kg/m² 9.400,00 Kg/m²
Pv = Pressão de vapor 343,00 Kg/m² 343,00 Kg/m²
g = Peso específico da água 996,60 Kg/m³ 996,60 Kg/m³
hf = Perda de carga localizada na sucção 0,60 m 0,60 m

NPSHreq. 2,45 m 2,45 m


NPSHdisp. 8,81 m 8,81 m
Como NPSHdisp. > HPSHreq. o sistema funcionará normalmente
6.4 Poço de Sucção

41
Sistema de Esgotamento Sanitário de Fortaleza Atualização:
Estação Elevatória de Esgoto da Praia do Futuro 2 1/4/2020
Poço de Sucção - Dimensionamento 17:34
Obs:O poço de sucção foi dimensionado para atender a vazão de final de plano, assim como o preliminar. Mas a
Início de Plano 1º Início de Plano 2º
bomba para final de plano deverá só deverá ser selecionada quando a vazão da etapa inicial for superada, sendo Final de plano
Estágio Estágio
apresentada neste momento as bombas para início de plano.
MÁXIMA AFLUENTE DE FIM DE PLANO - Qmax (L/s) 202,00 245,00 351,15
VAZÕES
MÉDIA AFLUENTE DE INÍCIO DE PLANO - Qmed (L/s) 112,22 136,11 195,08
Nº DE BOMBAS ATIVA(S ) 01 02 04
BOMBAS Nº DE BOMBAS RESERVA(S) 01 01 01
TIPO DE BOMBA submersível submersível submersível
COTA DO TERRENO APÓS TERRAPLENAGEM - CT (m) 6,100 6,100 6,100
COTA DO TAMPÃO DO PV 6,200 6,200 6,200
COTA DO CANAL DE CHEGADA 0,599 0,599 0,599
FOLGA ENTRE O NA.max E A SOLEIRA DO TUBO - F (m) 0,35 0,35 0,35
SUBMERGÊNCIA MÍNIMA - Sbm (m) 0,80 0,80 0,80
SECÇÃO TRANSVERSAL DO POÇO DE SUCÇÃO - S (m²) RETANGULAR RETANGULAR RETANGULAR
LARGURA DO LADO INTERNO DO POÇO 7,00 7,00 7,00
COMPRIMENTO INTERNO DO LADO DO POÇO (m) 13,00 13,00 13,00
PROFUNDIDADE DO POÇO EM RELAÇÃO AO TERRENO - P (m) 7,25 7,25 7,25
POÇO DE
SUCÇÃO Início de Plano 1º Início de Plano 2º
Final de plano
estágio estágio
VAZÃO DE BOMBEAMENTO - Qbom (L/s) 202,0 245,0 351,2
VOLUME ÚTIL CALCULADO (VUcalc , em m3) 30,30 36,75 52,67
ALTURA ÚTIL CALCULADA - hUcalc (m) 0,33 0,40 0,58
ALTURA ÚTIL ADOTADA - hUadot (m) 0,35 0,50 0,60
VOLUME ÚTIL ADOTADO VUadot (m3) 31,85 45,50 54,60
COTA DO NÍVEL D'ÁGUA MÁXIMO - NAmáx (m) 0,249 0,249 0,249
COTA DO NÍVEL D'ÁGUA MÍNIMO - NAmín (m) (0,001) 0,149 (0,351)
COTA DO FUNDO DO POÇO - CFp (m) (1,151) (1,151) (1,151)
ÁREA INTERNA DO POÇO - A (m²) 91,00 91,00 91,00
ALTURA MÉDIA DO NA - hmed (m) 0,98 1,05 1,10
VOLUME MÉDIO DO POÇO - Vmed (m³) 88,73 95,55 100,10
VERIFICAÇÃO
TEMPO DE DETENÇÃO MÉDIA - Td (minutos) 13,18 11,70 8,55
TEMPO DE CICLO MÍNIMO (min) - Tc 10,51 12,38 10,37
NÚMERO MÁXIMO DE PARTIDAS POR HORA - Npar 5,71 4,85 5,79

Vu 2,5 Q max h uadot .


hi C NAmín C fundo
2
Vuadot. A huadot
V int 60 (min/ hor ) Vu
EQUAÇÕES V int A .h i Td Npar hu
Q MED T cmín A
Cfundo CNAmín hRB Vuadot. Vuadot.
Tcm ín.
CNA mín CNA máx h uadot . Qmín Qbom Qmín

TEMPO DE CICLO
Esta elevatória é constituída de dois conjuntos elevatórios, sendo que cada um será implantado em poços de sucção distintos, de mesma capacidade, operando isoladamente entre si, em
dias ou semana alternados, conforme necessidade operacional.
Para o tempo de ciclo, serão considerados dois tempos:

T1: corresponde ao tempo que o poço tem seu seu nível


elevado para Namax em função da vazão afluente;
Namax T2: corresponde ao tempo que o poço tem seu nível de água
T2 Liga Bomba 1 rebaixado para NA min.
T1 V1
NA min Equação 1: Equação 2:

V1 V1
T1 T2
QA Q 1B QA
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Poço de Sucção - Dimensionamento 17:34
Obs:O poço de sucção foi dimensionado para atender a vazão de final de plano, assim como o preliminar. Mas a
Início de Plano 1º Início de Plano 2º
bomba para final de plano deverá só deverá ser selecionada quando a vazão da etapa inicial for superada, sendo Final de plano
Estágio Estágio
apresentada neste momento as bombas para início de plano.
Condição de Funcionamento Proposto: Uma bomba ativa em cada poço.

O poço levará o tempo T1 para seu nível alcançar o NAmax. Neste momento a bomba B1 é acionada, levando o tempo T2 para retornar ao nível NAmin. O reversamento com a outra
bomba e respectivo poço, deverá ocorrer conforme necessidade da operação.

Os fluxogramas de funcionamento das bombas estão apresentadas nas Fig. 1.

Figura 1: Fluxograma de funcionamento


Alternancia entre a bomba ativa e a reserva.
NAmin NA.max NA.min NA.max NA.min NA.max Nmin NA.min NA.max NA.min NA.min
enche esvazia enche esvazia enche esvazia esvazia enche esvazia esvazia
B1 TF1=T2 TF1=T2 TF1=T3 TF1=T4
TEMPOS T1 T2 T1 T2 T1 T3 T2 T1 T2 T2

Pelo fluxograma acima, obtem-se as equações que irão regir o tempo de ciclo e funcionamento de cada bomba:
Equação 3: TF T2
Equação 4: TC ( T1 T2 )

onde:
TF - tempo de funcionamento
TC - temp de ciclo
T1 - tempo que o nível do poço se eleva até NA max, conforme Equação 1
T3 - tempo que a bomba leva para esgotar o poço até NA min, conforme Equação 2

Abaixo segue a tabela de verificação do tempo de ciclo para diferentes vazões afluentes no sistema. Os tempos foram determinados a partir das equações acima:

Início de Plano - 1º Estágio Início de Plano - 2º Estágio

Tempo
Quant. para Quant.
Tempo Vazão Tempo para encher
Vazão afluente Bombas encher Bombas Tempo
Esvaziamen TEMPO DE afluente poço até N1 (T1)
Func. poço até Func. Esvaziamento TEMPO DE CICLO
N1 (T1) to Namin CICLO
Namin (T2)
(T2)

Eq. 01 Eq. 02 TC=T2+T1 Eq. 01 Eq. 02 TC=T2+T1


(L/s) (min) (min) (min) (L/s) (min) (min) (min)
20,20 1 26,28 2,92 29,20 24,50 1 30,95 3,44 34,39
50,50 1 10,51 3,50 14,02 61,25 1 12,38 4,13 16,51
101,00 1 5,26 5,26 10,51 122,50 1 6,19 6,19 12,38
141,40 1 3,75 8,76 12,51 171,50 1 4,42 10,32 14,74
181,80 1 2,92 26,28 29,20 220,50 1 3,44 30,95 34,39
MENOR TC 10,51 MENOR TC 12,38

Final de Plano
Quant. Tempo para
Vazão Tempo
Bombas encher poço TEMPO DE
afluente Esvaziamento
Func. até N1 (T1) CICLO
Namin (T2)

Eq. 01 Eq. 02 TC=T2+T1


(L/s) (min) (min) (min)
35,12 1 25,91 2,88 28,79
87,79 1 10,37 3,46 13,82
175,58 1 5,18 5,18 10,37
245,81 1 3,70 8,64 12,34
316,04 1 2,88 25,91 28,79
MENOR TC 10,37
6.5 Dimensionamento da Linha Piezométrica

Para dimensionamento da linha piezométrica foram utilizados os seguintes dados:


Vazão (Ano 2037): 245 L/s
Altura manométrica total: 37,9 m
Coeficiente de Hazen – Williams: 105

O escoamento interno em tubulações sofre forte influência das paredes, dissipando energias
devido ao atrito. Essa dissipação de energia provoca um abaixamento da pressão total do
fluido ao longo do escoamento, esse fenômeno é conhecido como perda de carga.

Para dimensionamento da linha piezométrica, deve-se levar em consideração a perda de


carga total de cada trecho, sendo calculada através da equação de Hazen-Williams abaixo:

A tabela abaixo mostra os resultados do dimensionamento do perfil da linha piezométrica


em toda a extensão da tubulação.

Tabela 5 - Planilha de Cálculo da Linha Piezométrica

CÁLCULO LINHA PIEZOMÉTRICA

Cota Cota Perda de


L acum. Diâmetro Vazão J Piezométrica
L (m) Estaca + comp. Terreno Tubo V (m/s) Carga do ∆p (m)
(m) (mm) (l/s) (m/m) (m)
(m) (m) Trecho (m)

0 0 0 + 0,00 6,100 -0,351 508 245 1,21 0,000 0,00 37,851 38,202
60 60 3 + 0,00 6,076 4,676 508 245 1,21 0,004 0,23 37,62 32,941
260 320 16 + 0,00 4,525 2,885 508 245 1,21 0,004 1,01 36,61 33,721
580 900 45 + 0,00 7,404 6,004 508 245 1,21 0,004 2,26 34,35 28,344
140 1040 52 + 0,00 5,236 3,667 508 245 1,21 0,004 0,54 33,80 30,136
260 1300 65 + 0,00 6,156 4,746 508 245 1,21 0,004 1,01 32,79 28,045
40 1340 67 + 0,00 5,715 4,126 508 245 1,21 0,004 0,16 32,64 28,510
260 1600 80 + 0,00 6,483 5,083 508 245 1,21 0,004 1,01 31,62 26,541
260 1860 93 + 0,00 4,444 2,653 508 245 1,21 0,004 1,01 30,61 27,959
680 2540 127 + 0,00 4,636 3,236 508 245 1,21 0,004 2,65 27,97 24,729
320 2860 143 + 0,00 4,354 2,649 508 245 1,21 0,004 1,25 26,72 24,071
120 2980 149 + 0,00 4,534 3,134 508 245 1,21 0,004 0,47 26,25 23,119
180 3160 158 + 0,00 4,089 2,351 508 245 1,21 0,004 0,70 25,55 23,201
1220 4380 219 + 0,00 14,535 13,135 508 245 1,21 0,004 4,75 20,80 7,669
320 4700 235 + 0,00 8,525 6,829 508 245 1,21 0,004 1,25 19,56 12,729
100 4800 240 + 0,00 9,810 8,410 508 245 1,21 0,004 0,39 19,17 10,759
50 4850 242 + 10,00 8,927 7,234 508 245 1,21 0,004 0,19 18,97 11,740

44
O perfil da linha piezométrica é ilustrado abaixo:

Figura 7- Perfil da Linha Piezométrica PF2


60,000

50,000

40,000
ALTURA (M)

30,000

20,000

10,000

0,000

-10,000
-150 350 850 1350 1850 2350 2850 3350 3850 4350 4850
DISTÂNCIA (M)

Cota Terreno (m) Cota Tubo (m) Piezométrica (m)

6.6 Transiente Hidráulico

Dados de projeto:
Vazão (Atual) – 245 L/s
Extensão – 4.850 m
Tubulação – DN 500 FoFo

Figura 8 - Regime Permanente (Linha Piezométrica) - Sem proteção

45
Após a realização dos cálculos com o software de análise do golpe de aríete, DYAGATS,
pode-se concluir que houve a necessidade de utilização de um tanque hidropneumático com
o volume de 4.000L como dispositivo de proteção. Este equipamento será responsável por
garantir que as pressões máximas e mínimas estejam dentro da faixa de suporte da
tubulação adotada (figura 6.2).

Figura 9 - Regime Transitório - Com proteção

As tabelas com os resultados da simulação com proteção são demonstradas abaixo:

Tabela 6 - Resultados com Proteção


REGIMEN PERMANENTE
Caudal Régimen (m³/seg) 0,25
Altura que da la Bomba (m) 35,73
Rendimiento Bomba (%) 70,62

PRESIONES POR TRAMO Tramo 1 Tramo 2 Tramo 3 Tramo 4 Tramo 5


Altura inicial (m) 35,375 35,167 34,265 32,253 31,768
Altura final (m) 35,167 34,265 32,253 31,768 30,866

PRESIONES POR TRAMO Tramo 6 Tramo 7 Tramo 8 Tramo 9 Tramo 10


Altura inicial (m) 30,866 30,727 29,825 28,924 26,565
Altura final (m) 30,727 29,825 28,924 26,565 25,455

PRESIONES POR TRAMO Tramo 11 Tramo 12 Tramo 13 Tramo 14 Tramo 15


Altura inicial (m) 25,455 25,039 24,415 20,183 19,073
Altura final (m) 25,039 24,415 20,183 19,073 18,726

46
PRESIONES POR TRAMO Tramo 16
Altura inicial (m) 18,726
Altura final (m) 18,553

PRESIONES MÁXIMAS Y MÍNIMAS


NODOS TRAMO 1 1 2 4 6

Presión Máxima (mca) 35,726 34,853 33,108 31,363


Instante (s) 0 0 0,018 0,036
Presión Mínima (mca) 3,783 3,128 1,818 0,509
Instante (s) 30,108 30,063 30,162 30,27
NODOS TRAMO 2 1 2 8 14 20 26

Presión Máxima (mca) 30,491 30,526 30,74 30,953 31,167 31,38


Instante (s) 0,009 0,018 0,072 0,126 0,18 0,009
Presión Mínima (mca) -0,204 -0,471 -0,838 -0,31 0,262 0,807
Instante (s) 31,812 32,305 49,085 49,138 49,192 49,245
NODOS TRAMO 3 1 2 16 30 44

Presión Máxima (mca) 31,38 31,287 29,981 28,675 27,369


Instante (s) 0,009 0 0,369 0,243 0,495
Presión Mínima (mca) 0,807 0,771 0,322 0,006 -0,297
Instante (s) 49,245 49,254 49,379 41,112 32,772
NODOS TRAMO 4 1 2 6 10 14

Presión Máxima (mca) 26,249 26,392 26,961 27,531 28,101


Instante (s) 0,387 0,378 0,342 0,829 0,27
Presión Mínima (mca) 0 -0,013 0,541 1,562 2,442
Instante (s) 49,736 49,674 49,7 41,326 23,522
NODOS TRAMO 5 1 2 8 14 20 26

Presión Máxima (mca) 28,101 28,021 27,546 27,071 26,595 26,12


Instante (s) 0,27 0,892 0,928 0,982 0,928 0,874
Presión Mínima (mca) 2,442 2,37 2,034 1,852 1,713 1,594
Instante (s) 23,522 39,923 39,977 31,481 31,534 23,675
NODOS TRAMO 6 1 2 3 4 5

Presión Máxima (mca) 26,12 26,24 26,361 26,481 26,601


Instante (s) 0,874 0,865 0,856 0,648 0,639
Presión Mínima (mca) 1,594 1,762 1,929 2,095 2,263
Instante (s) 23,675 23,684 23,693 23,702 23,702
NODOS TRAMO 7 1 2 8 14 20 26

Presión Máxima (mca) 26,601 26,527 26,081 25,635 25,189 24,742


Instante (s) 0,639 0,531 0,567 0,513 0,459 0,405
Presión Mínima (mca) 2,263 2,239 2,102 1,999 1,898 1,782

47
Instante (s) 23,702 23,711 23,747 23,693 23,639 31,848
NODOS TRAMO 8 1 2 8 14 20 26

Presión Máxima (mca) 24,742 24,804 25,17 25,537 25,904 26,271


Instante (s) 0,405 0,297 0,351 1,108 1,468 1
Presión Mínima (mca) 1,782 1,896 2,588 3,28 3,976 4,642
Instante (s) 31,848 31,857 31,911 31,965 32,019 32,072
NODOS TRAMO 9 1 2 18 34 50 66

Presión Máxima (mca) 26,271 26,225 25,501 24,777 24,053 23,329


Instante (s) 1 1,423 0,72 0,702 0,558 2,017
Presión Mínima (mca) 4,642 4,648 5,018 5,26 5,535 5,851
Instante (s) 32,072 32,081 23,207 23,063 22,919 22,775
NODOS TRAMO 10 1 2 10 18 26

Presión Máxima (mca) 23,329 23,312 23,172 23,033 22,893


Instante (s) 2,017 2,026 2,098 2,17 2,261
Presión Mínima (mca) 5,851 5,899 6,289 6,687 7,089
Instante (s) 22,775 22,766 22,694 22,622 22,55
NODOS TRAMO 11 1 2 5 8 11

Presión Máxima (mca) 22,806 22,724 22,479 22,233 21,987


Instante (s) 2,288 2,297 2,342 2,387 2,378
Presión Mínima (mca) 7,343 7,33 7,29 7,252 7,215
Instante (s) 22,505 22,496 22,469 22,442 22,415
NODOS TRAMO 12 1 2 6 10 14 18

Presión Máxima (mca) 21,905 21,914 21,952 21,989 22,026 22,064


Instante (s) 2,387 2,396 2,45 2,468 2,522 2,54
Presión Mínima (mca) 7,203 7,282 7,601 7,921 8,244 8,568
Instante (s) 22,406 22,397 22,361 22,325 22,289 22,253
NODOS TRAMO 13 1 2 31 60 89

Presión Máxima (mca) 22,064 21,934 18,18 14,426 10,673


Instante (s) 2,54 2,549 2,81 2,513 3,134
Presión Mínima (mca) 8,568 8,511 6,786 5,076 3,518
Instante (s) 22,253 22,244 30,799 47,273 47,015
NODOS TRAMO 14 1 2 10 18 26

Presión Máxima (mca) 7,048 7,221 8,607 9,993 11,797


Instante (s) 2,161 2,837 2,801 2,729 53,402
Presión Mínima (mca) 2,057 2,315 4,295 6,309 8,324
Instante (s) 46,765 46,756 46,684 46,613 46,541
NODOS TRAMO 15 1 2 5 8 11

Presión Máxima (mca) 12,945 12,804 12,386 11,968 11,551

48
Instante (s) 53,358 53,349 53,322 53,295 53,269
Presión Mínima (mca) 9,592 9,47 9,124 8,789 8,485
Instante (s) 46,497 46,488 46,461 46,434 46,408
NODOS TRAMO 16 1 2 4 6
Presión Máxima (mca) 11,551 11,76 11,867 11,2
Instante (s) 53,269 53,26 53,251 0,009
Presión Mínima (mca) 8,485 8,805 9,722 11,2
Instante (s) 46,408 54,687 29,641 0

49
Especificação de Materiais e
Equipamentos
7 ESPECIFICAÇÕES DE MATERIAIS E EQUIPAMENTOS

7.1 Fibra Pulturada

7.1.1 Processos de Fabricação

O processo utilizado é a pultrusão, que consiste na fabricação de perfis contínuos com


excelente acabamento superficial e pigmentação durante o processo de produção. Possui
teor de fibra na ordem de 70% e 30% de resina, o que confere ao material desempenho
mecânico superior com elevada resistência à ataques químicos.

7.1.2 Descrição dos Produtos e/ou Serviços

Guarda corpo modelo GCS02 em fibra de vidro e resina éster vinílica, fornecido em perfis
pultrudados para serem montados e instalados em campo, composto dos seguintes itens:

 Montantes: tubo quadrado 50,8 mm x 1100 mm para serem instalados a cada 1200
mm;

 Passa mão: Perfil U 58,9mm x 25 mm x 4 mm;

 Barra intermediária: barra ômega 58 mm x 25 mm;

 Rodapé: Barra “W” 102 mm x 25 mm;

 Sapata: base quadrada 150mm x 150mm x 65mm, com 4 furos;

 Acessórios de fixação em aço inox 316.

7.1.3 Resina Utilizada

Possui como característica a sua alta resistência à corrosão, principalmente em ambientes


quimicamente mais agressivos; aditivada para proteção a raios UV, excelentes propriedades
de isolamento térmico e elétrico, características antichama (auto extinguível), alta resistência
mecânica e baixo peso.

7.1.4 Normas Relacionadas

ASTM-D-2583:1995 (Dureza Barcol), IEC 60092-101-(ensaios de queima), ASTM E 84


(resistência ao fogo), ASTM D 2565 (intemperismo), IMO MSC 61 (67) (emissão de fumaça
e toxidade) e USCG (ABS) Integridade ao fogo.

51
7.1.5 Impermeabilização Polimérica

BAUCRYL 10.000 é um látex acrílico, apresentado na forma de emulsão, aniônico, isento de


plastificantes, formulado a partir de um copolímero de éster de ácido acrílico, estireno e
aditivos especiais. Como impermeabilizante, pode ser aplicado tanto na forma de
argamassa polimérica como de membrana acrílica, especialmente indicada para
impermeabilização de áreas sujeitas a movimentações, com grande elasticidade e inodoro.

Sólidos - 40% ± 1
PH - 8,0 a 10,0
Densidade - 1,00 ± 0,05 g/cm³
Viscosidade (Brookfield RVT 3/20) - 4500 a 5500 CPS

Aplicado na forma de argamassa polimérica (AP20), numa única operação executa-se a


regularização, a impermeabilização e a proteção mecânica.

Argamassa polimérica (AP20) - 0,9 kg/m2 espessura 1 cm.

7.2 Válvula Ventosa Combinada (Cinética e Automática com Duplo Orifício) de


Tríplice Função para Esgoto Características de Projeto e Operacionais Básicas
Mínimas de Referência

As ventosas deverão ter as seguintes especificações:

Modelo de referência .................................................................. ARI D-023 NS ou similar


Tipo ................................................................................ Tríplice Função de Alto
Desempenho Material do Corpo ............................................. Aço Fundido ou Inoxidável
Classe de Carga ..................................................................................................... PN 10
Diâmetro ....................................................................................................... 4” (100 mm)
Taxa de admissão de ar por subpressão .................................................... 67 m³/min.bar
Taxa de expulsão de ar por sobrepressão .................................................... 4 m³/min.bar
Número de orifícios (Non Slam) .................................................................................... 01

O corpo da ventosa deve ser revestido com epóxi em conformidade com a norma DIN
30677-2.

7.2.1 Materiais de Fabricação do Corpo e Normas Construtivas

Os materiais de fabricação dos componentes da válvula tipo ventosa combinada (cinética +


automática) serão os indicados a seguir, ou com características mínimas similares, se forem
comprovados e aceitos pela CAGECE:

52
 Curva superior de descarga..............................................................polipropileno

 Conjunto de fechamento….............................................................nylon reforçado

 Boia (válvula de pequena vazão)…..................................polipropileno expandido

 Corpo da válvula automática…....................nylon reforçado ou aço inox SAE 316

 Tampa e flange de ligação…..........................................................aço DIN ST-37

 Juntas…...................................................................................................BUNA-N

 Molas….......................................................................................aço inox SAE 316

 Arruelas…...................................................................................aço inox SAE 316

 Parafusos e porcas…..................................................................aço inox SAE 316

 Hastes…......................................................................................aço inox SAE 316

 Boia (válvula de grande vazão)...................................................aço inox SAE 316

 Válvula de esfera de drenagem....................latão ASTM A124/ aço inox SAE 316

 Corpo da válvula de grande vazão..................................................aço DIN ST-37

As ventosas deverão ser fornecidas para atender os requisitos da NBR 7675 com referência
a flanges. A montagem se dará através de juntas flangeadas e o fornecimento das ventosas
incluirá os respectivos parafusos, porcas e arruelas.

Todos os equipamentos a serem fornecidos deverão ter punçadas, no seu corpo, as


seguintes informações:

 Nome do fabricante;
 Número de série da peça;
 Diâmetro e classe de pressão.

7.2.2 Disposições Complementares

Deverão ser fornecidos à CAGECE desenhos de projeto detalhado, completamente cotados


e com indicação de todos os materiais a serem empregados para aprovação.

A aprovação por parte da CAGECE, não eximirá o FORNECEDOR da total responsabilidade


pela perfeita fabricação do equipamento.

O início da fabricação só será permitido após a aprovação do projeto detalhado do


FORNECEDOR.

53
O FORNECEDOR deverá providenciar, sempre que solicitado, os seguintes serviços
adicionais, cujos custos estarão embutidos nos preços unitários propostos:

 Supervisão das operações de instalação e montagem no local de instalação dos


materiais e equipamentos a serem fornecidos;
 Visitas técnicas da CAGECE aos locais de fabricação;
 Fornecimento de todas as ferramentas necessárias para a montagem e/ou
manutenção dos equipamentos;
 Fornecimento de manuais detalhados, em língua portuguesa, de operação e
manutenção para cada unidade apropriada dos materiais e equipamentos fornecidos;
e,
 Treinamento de pessoal para a operação, manutenção e/ou reparos dos
equipamentos e materiais fornecidos.

O fornecimento das válvulas deverá ser realizado segundo um programa previamente


aprovado pela CAGECE.

7.3 Comportas Comportas Deslizantes

Comportas deslizantes: Quadro estrutural: ASTM A240 TP 316; comporta: ASTM A240 TP
316; haste ascendente: ASTM A276 TP 316; vedação lateral: UHMW (polietileno de ultra
alta densidade molecular); cordão compressão: borracha nitrílica; vedação inferior: borracha
nitrílica; classe de vedação: superior AWWA C513; parafusos e porcas: AISI 316;
chumbadores de fixação: chumbadores químicos + prisioneiros de AISI 316; tipo de fixação:
embutido no concreto; pintura padrão fornecedor (peças não inox); identificação: plaquetas
de aço inoxidável. Acionamento: atuador elétrico integral com acionamento emergencial
volante (440VAC, 60 hz, trifásico, IP 68); 2 chaves limites de curso (abrir e fechar); 2 chaves
limites de torque (abrir e fechar); painel elétrico integral para comando local e remoto.
Acessórios: prolongamento completo (guias laterais prolongadas, eixo, luva, mancal e
prisioneiros). As comportas deverão vir com botoeira de Emergência.

7.4 Válvula de Retenção Para Esgoto

Válvula de Retenção para Esgoto, constituída em uma única peça móvel, isenta de eixos,
mancais, molas ou pesos. Ângulo de Abertura de 35º, proporcionando fechamento rápido.
Corpo e Tampa em Fo. Nodular ASTM A536 Grau 65.45.12. Possibilita a retirada da tampa,
para manutenção, de todas as peças internas sem a necessidade de desmontar o corpo da
tubulação. Extremidades flangeadas de acordo com a ABNT NBR 7675 – PN10; Obturador
em Buna-N (ASTM D2000 BG) com alma em aço e reforço em Nylon na área de flexão.

54
Face-a-face de acordo com a Norma DIN 3202 – Coluna F6, Instalação entre flanges com
furação ABNT NBR 7675 – PN10. Acionamento: Auto Operada.

Terão válvulas deste modelo, com as mesmas especificações acima nos diâmetros de 400
mm e 500 mm.

7.5 Válvula Esfera Excêntrica

Válvula de esfera excêntrica, passagem circular plena, duplo excêntrico, ¼ de volta. Corpo
em FoFo Nodular ASTM A536 Grau 65.45.12; Extremidades Flangeadas de acordo com a
ABNT NBR 7675 – PN 10. Tampa em FoFo Nodular ASTM A536 Grau 65.45.12. Permite a
retirada, para manutenção, de todas as peças internas sem a necessidade de desmontar o
corpo da válvula da tubulação. Obturador em Aço INOX ASTM A743 CA40, revestido em
Buna N vulcanizada, em forma de segmento de esfera fundido em uma única peça com os
eixos. Fixação com Flanges ABNT NBR 7675 – PN 10, com a tampa aparafusada. Face a
face de acordo com a Norma ISO 5752 – SÉRIE 03. Acionamento por atuador
eletromecânico composto por um redutor ¼ de volta tipo coroa sem fim, acoplamento a
válvula de acordo com a norma ISSO 5211, mais um atuador elétrico tipo standard + TAM,
trifásico, 220V, IP 67, com chaves fim de curso, indicador mecânico de posição 4-20 mA e
volante de emergência.

Terão válvulas deste modelo, com as mesmas especificações acima nos diâmetros de 400
mm e 500 mm.

7.6 Tanque Hidropneumático

Deverá ser empregado, como dispositivo de proteção para a linha de recalque, um


reservatório hidropneumático do tipo multiencapsulado com esferas em poliuretano ou do
tipo com bolsa elastomérica interna em butil (espessura mínima de 2 mm) para esgoto com
as seguintes especificações:

 Modelos de referência ...................................... Hidroballs, Charlatte ou similar


 Volume mínimo ..................................................................................... 10.000L
 Material ............................................................. Aço Carbono ASTM A 36 Gr. C
 Diâmetro mínimo da inspeção ............................................................... 450 mm
 Diâmetro mínimo da entrada ................................................................... 50 mm

O reservatório deverá ser fabricado conforme norma ASME em formato cilíndrico. O interior
do tanque deverá ser recoberto com tinta epóxi anticorrosão. O exterior do tanque deverá
ser recoberto com pintura de poliuretano anticorrosão. No dimensionamento da parede do

55
tanque, deverá ser considerada uma corrosão interna mínima de 2 mm. Não será permitida
a execução de soldagem no tanque após o processo de alívio do stress do material
construtivo.

O tanque deverá dispor de uma conexão roscada em sua parte superior, que permita a
instalação de um manômetro para monitoramento da pressão de pré-carga e uma válvula
para admissão do gás comprimido. Além disso, deverá dispor de um indicador de nível
através de transmissor de pressão diferencial, com display LCD local e saída 4 a 20 mA,
para permitir o monitoramento do gás em seu interior.

7.7 Bombas Submersíveis

7.7.1 Características da Bomba

Bombas para transporte de efluentes;

Tipo de instalação: semipermanente;

Rotor: aberto auto limpante;

Frequência: 60Hz;

Nº de fase: trifásico;

Nº de polos: 4;

Tensão de operação: 380V;

Potência nominal: 185 hp;

Diâmetro de recalque: 200 mm;

Diâmetro de sucção: 250 mm.

As bombas submersíveis deverão apresentar rotor antiabrasivo e anticorrosivo, além do


agitador mecânico acoplado a bomba.

56
7.7.2 Curva da Bomba EEE PF2 Projetada

Figura 10- Curva de Desempenho da Bomba Utilizada

57
7.8 Medidor de Nível Ultrassônico Para Canais Abertos

O sensor de nível deverá atender as seguintes características:

• Medição sem contato com o meio medido;

• Aplicação: medir vazão de esgoto em estações;

• Fluido: Esgoto a 29º - 30ºC;

• Material: Polipropileno com conexão de 1.1/2 BSP;

• Grau de proteção: IP68;

• Faixa de operação: 0,2 e 4,0 m;

• Ângulo de emissão: 5 a 6°;

• Temperatura de operação: -30º C à +90º C;

• Compensação de temperatura incorporada e automática;

O conversor deverá atender as seguintes características:

• Vazão: 0 a 800 l/s.

• Grau de proteção: IP65;

• Circuito eletrônico: microprocessado;

• Material: plástico PBT reforçado com fibra de vidro e Display LCD (Vazão instantânea);

• Indicação simultânea ou alternada de vazão e totalização, contendo também as unidades


de engenharia e o valor medido. Duas funções de totalização (resetável e acumulativa).

• Escala: configurável através do teclado frontal;

• Linearização: até 32 pontos;

• Função: programação completa, medição de nível, medição de vazão em canal aberto;

• Pressão Atmosférica;

• Possuir saídas analógicas (4-20mA) e digital. Frequência de trabalho: 80KHZ (Nominal);

• Alimentação: 12 a 36 VCC e Conexão elétrica: prensa cabo 2x m20x1,5 + 2x ½ NPT(F).

58
Anexos
8 ANEXOS

8.1 ATA

 
 

60
Página:
Ata de Reunião
1/ 2

Área/Comitê/Coordenação/Escopo: Número:
GERENCIA DE PROJETOS DE ENGENHARIA 12

Tipo de Reunião:
CÂMARA TÉCNICA

Local: Data: Hora de Início: Hora de Término:


Sala de Reunião - GPROJ 28/02/2020 15:15 17:00

Objetivo:
Concepção do projeto da PF II

Convocado Unidade Cargo Perfil na Reunião Frequência


PETRONIO HELENO VIEIRA LEITE UN-MTE TEC PROJETOS III - GERENTE MEMBRO PARTICIPANTE Sim

EMIDIO XIMENES PINTO GEMAE ENG FISC OBRAS II - GERENTE MEMBRO PARTICIPANTE Sim

BRUNO CAVALCANTE DE QUEIROZ ENG FISC OBRAS I - Sim


GPROJ PRJ REDATOR
COORDENADOR
RAUL TIGRE DE ARRUDA LEITAO ENG O M ELETROM II - Sim
GPROJ COORDENADOR
GERENTE
LUCIO SAMPAIO CASTRO GEMAE EMA ENG TECNOL DES III MEMBRO PARTICIPANTE Sim

Assunto(s) / Deliberações:
1 Assunto: Projeto SES PF II.
Deliberação: - Foi apresentado por Raul Tigre a concepção aprovada inicialmente para projeto da PF II, considerando bomba submersível dentre outros itens
para objetivo de reduzir areia que chega no interceptor leste.

- Foi questionado sobre viabilidade de seguir o projeto readequado para reduzir escopo do projeto visando otimizar operação e redução da
contribuição que chega no interceptor leste.

- A UN-MTE informou que executou diversas ações de melhorias operacionais no IL, com a limpeza constante e instalação de elevatórias na
Tereza Hinko e EMIL.

- A UN-MTE informou ainda que a PF II e o Parque Ecológico operam todo tempo e extravasam apenas em período de chuva.
Página:
Ata de Reunião
2/ 2

Área/Comitê/Coordenação/Escopo: Número:
GERENCIA DE PROJETOS DE ENGENHARIA 12

Tipo de Reunião:
CÂMARA TÉCNICA
Dessa forma, para a vazão da primeira etapa da EE PF II, não será necessário a execução da linha de recalque da rua Frei Mansueto até a EPC.

- Sendo assim, foi definido, com consenso de todos, que deverá ser executada a ampliação de PF II e a substituição do trecho inicial da elevatória
até Newland. Devendo o CMB ser readequado para a nova condição.

- Em paralelo a GEMAE e UN-MTE pediu para fazer um estudo para um coletor gravitário a partir da Tereza Hinko para as vazões da PF II,
Parque Ecológico, Bauchita e Alberto Sá. Assim, possibilitará, a ampliação de vazão da PF II (2ª etapa) e Parque Ecológico.

- Em resumo, a linha da Frei Mansueto até a EPC terá que ser gravitária para comportar a vazão de outros setores.

Observações
O objetivo principal do projeto será a redução de areia lançada no IL com origem da Praia do Futuro.
8.2 ART

63

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