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Palhoça
2017
JULIO BERTON MASO
Palhoça
2017
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a meus pais e toda minha família, pela educação que me
proporcionaram, pelo apoio, incentivo e compreensão durante estes anos de estudo e na
realização deste trabalho.
A meus professores, pela dedicação e comprometimento com o ensino transferido
e principalmente a meu professor orientador, Valdi Henrique Spohr, pelo tempo e atenção
dedicados na tirada de dúvidas e orientação para que este trabalho fosse realizado conforme o
esperado.
A meus colegas de turma, que tornaram estes anos de estudo uma experiência
única, dividindo seu conhecimento e contribuindo para que mais esse objetivo fosse
alcançado.
RESUMO
Quadro 1 - Designações dos perfis de aço formados a frio para uso em Light Steel Framing e
suas respectivas aplicações. ...................................................................................................... 31
Quadro 2 - Dimensões, peso e aplicações das placas OSB. ..................................................... 44
Quadro 3 - Dimensões, peso e aplicações das placas cimentícias. ........................................... 45
Quadro 4 - Perfis utilizados no projeto de LSF. ....................................................................... 81
Quadro 5 - Análise das principais diferenças de custos entre as etapas dos sistemas. ............. 89
Quadro 6 - Coeficientes utilizados no Levantamento Quantitativo do Fechamento. ............... 92
Quadro 7 - Composição para Alvenaria Estrutural. ................................................................. 95
Quadro 8 - Composição para Light Steel Framing. .................................................................. 96
LISTA DE SIGLAS
cm - centímetros
fbk – resistência a compressão característica
fy – resistência ao escoamento
g/m² - gramas por metro quadrado
h - horas
kg – kilogramas
kg/m³ - kilogramas por metro cúbico
l - litros
m – metros
m² - metros quadrados
m³ - metros cúbicos
mm – milímetros
un - unidades
un/m² - unidades por metro quadrado
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO................................................................................................................. 16
1.1 OBJETIVOS .................................................................................................................... 17
1.1.1 Objetivo Geral ............................................................................................................. 17
1.1.2 Objetivos Específicos................................................................................................... 17
1.2 JUSTIFICATIVA ............................................................................................................ 18
1.3 PROBLEMA DA PESQUISA ......................................................................................... 19
1.4 LIMITAÇÕES DA PESQUISA ...................................................................................... 19
1.5 TIPO DE PESQUISA ...................................................................................................... 20
1.6 ESTRUTURA DO TRABALHO .................................................................................... 20
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ........................................................................................ 22
2.1 RACIONALIZAÇÃO, INDUSTRIALIZAÇÃO E SUSTENTABILIDADE NA
CONSTRUÇÃO CIVIL ........................................................................................................... 22
2.2 LIGHT STEEL FRAMING ............................................................................................... 24
2.2.1 Origens do Sistema ...................................................................................................... 24
2.2.2 Características do Sistema.......................................................................................... 25
2.2.3 Aplicações ..................................................................................................................... 27
2.2.4 Perfis de Aço Formados a Frio................................................................................... 29
2.2.5 Métodos de Construção .............................................................................................. 31
2.2.6 Fundações ..................................................................................................................... 33
2.2.6.1 Ancoragem ................................................................................................................. 33
2.2.7 Painéis ........................................................................................................................... 34
2.2.7.1 Estabilização da Estrutura .......................................................................................... 37
2.2.8 Lajes.............................................................................................................................. 39
2.2.9 Coberturas ................................................................................................................... 41
2.2.10 Fechamento Vertical ................................................................................................... 43
2.2.11 Revestimentos .............................................................................................................. 47
2.2.12 Ligações e Montagem .................................................................................................. 48
2.2.13 Instalações .................................................................................................................... 50
2.2.14 Vantagens e Desvantagens do Light Steel Framing ................................................. 51
2.3 ALVENARIA ESTRUTURAL ....................................................................................... 53
2.3.1 Histórico ....................................................................................................................... 53
2.3.2 Aplicações ..................................................................................................................... 54
2.3.3 Classificação................................................................................................................. 56
2.3.4 Componentes................................................................................................................ 57
2.3.4.1 Unidade....................................................................................................................... 57
2.3.4.2 Argamassa .................................................................................................................. 59
2.3.4.3 Graute ......................................................................................................................... 60
2.3.4.4 Armadura .................................................................................................................... 60
2.3.5 Modulação .................................................................................................................... 60
2.3.6 Elementos ..................................................................................................................... 61
2.3.6.1 Paredes ........................................................................................................................ 61
2.3.6.1.1 Levantamento das paredes ...................................................................................... 62
2.3.6.1.2 Amarração das paredes ........................................................................................... 64
2.3.6.1.3 Juntas de dilatação e juntas de controle ................................................................. 65
2.3.6.2 Lajes ........................................................................................................................... 66
2.3.6.3 Vergas, Contra vergas e Cintas .................................................................................. 66
2.3.6.4 Contraventamento....................................................................................................... 67
2.3.7 Instalações .................................................................................................................... 68
2.3.8 Revestimentos .............................................................................................................. 69
2.3.9 Vantagens e Desvantagens da Alvenaria Estrutural................................................ 70
2.4 ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL.................................................................. 72
3 DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA ....................................................................... 75
3.1 PROJETO ........................................................................................................................ 76
3.1.1 Projeto em Alvenaria Estrutural ............................................................................... 77
3.1.1.1 Serviços Preliminares ................................................................................................. 78
3.1.1.2 Fundação..................................................................................................................... 78
3.1.1.3 Laje ............................................................................................................................. 78
3.1.1.4 Estrutura das paredes .................................................................................................. 78
3.1.1.5 Cobertura .................................................................................................................... 80
3.1.1.6 Acabamento das Paredes ............................................................................................ 80
3.1.1.7 Esquadrias................................................................................................................... 80
3.1.1.8 Instalações Elétricas e Hidrossanitárias...................................................................... 81
3.1.1.9 Materiais de Acabamento ........................................................................................... 81
3.1.2 Projeto em Light Steel Framing ................................................................................. 81
3.1.2.1 Serviços Preliminares ................................................................................................. 83
3.1.2.2 Fundação..................................................................................................................... 83
3.1.2.3 Estrutura das paredes .................................................................................................. 83
3.1.2.4 Estrutura da Cobertura ................................................................................................ 84
3.1.2.5 Fechamento dos painéis .............................................................................................. 85
3.1.2.6 Isolamento .................................................................................................................. 86
3.1.2.7 Esquadrias................................................................................................................... 86
3.1.2.8 Instalações Elétricas e Hidrossanitárias...................................................................... 87
3.1.2.9 Acabamentos .............................................................................................................. 87
3.2 LEVANTAMENTO QUANTITATIVO ......................................................................... 88
3.2.1 Quantitativo da Alvenaria Estrutural ....................................................................... 89
3.2.2 Quantitativo Light Steel Framing .............................................................................. 91
3.3 COMPOSIÇÃO DE CUSTO UNITÁRIO....................................................................... 94
3.3.1 Composição para a Alvenaria Estrutural ................................................................. 95
3.3.2 Composição para o Light Steel Framing .................................................................. 96
3.4 ANÁLISE DOS RESULTADOS .................................................................................... 98
3.4.1 Superestrutura ............................................................................................................. 98
3.4.2 Cobertura ................................................................................................................... 100
3.4.3 Revestimentos ............................................................................................................ 101
3.4.4 Forros ......................................................................................................................... 103
3.4.5 Pintura ........................................................................................................................ 104
3.4.6 Total ............................................................................................................................ 105
4 CONCLUSÃO ................................................................................................................. 108
5 SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS ........................................................ 110
REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 111
APÊNDICES ......................................................................................................................... 113
APÊNDICE A: Projeto em Light Steel Framing e Detalhamento dos Painéis. .............. 114
APÊNDICE B: Composição de Custo Unitário para Alvenaria Estrutural. .................. 139
APÊNDICE C: Composição de Custo Unitário para Light Steel Framing. ................... 143
ANEXOS ............................................................................................................................... 150
ANEXO A: Projeto Arquitetônico. ..................................................................................... 151
ANEXO B: Projeto em Alvenaria Estrutural. ................................................................... 154
16
1 INTRODUÇÃO
Japão nesta mesma época, uma vez que, o país necessitava reconstruir quatro milhões de
moradias de forma rápida após a guerra (SANTIAGO; FREITAS; CASTRO, 2012). No
Brasil, este sistema construtivo ainda é pouco conhecido e utilizado, entretanto vem ganhando
espaço no setor. A racionalização, geração de resíduos mínima, qualidade e a rapidez na
construção são algumas das características do sistema em LSF que mais chamam atenção para
quem busca novas tecnologias e métodos mais industrializados para construir.
A Alvenaria Estrutural e o Light Steel Framing possuem aspectos construtivos
semelhantes, em ambos, o sistema de vedação funciona como elemento estrutural da
edificação, na concepção de um projeto utiliza-se a modulação através das dimensões dos
blocos e painéis estruturais, respectivamente, e, além disso, existe um conceito muito presente
nestes dois métodos de construção, já citado anteriormente, que é a racionalização.
Neste trabalho será abordado as principais características dos sistemas acima
citados, avaliando as particularidades de cada um e verificando o custo de uma construção em
LSF de uma residência do tipo geminada de pequeno porte em Santa Catarina, com isso, o
trabalho espera auxiliar na difusão de conhecimento sobre o sistema e os benefícios que sua
adoção proporciona.
1.1 OBJETIVOS
1.2 JUSTIFICATIVA
Por se tratar de um sistema considerado novo o Light Steel Framing conta com
pouca literatura e conteúdo técnico disponível no Brasil o que dificulta a difusão do sistema
na sociedade. Uma forma de provocar o interesse quanto a busca de informação sobre algo
inovador é realizar uma comparação com um respectivo mais conhecido, neste caso, o Light
Steel Framing com o sistema construtivo em Alvenaria Estrutural, e em se tratando de
comparação entre sistemas construtivos é possível destacar que os fatores econômicos são
fundamentais e bastante representativos na pesquisa.
Desta forma pretende-se na pesquisa responder a seguinte questão: Analisando os
dois sistemas construtivos Light Steel Framing e Alvenaria Estrutural, suas características e
particularidades, qual a diferença de custos diretos que apresenta uma residência de pequeno
porte se executada com ambos os sistemas?
disso, somente para as etapas da construção que apresentam diferenças significativas no custo
como: a superestrutura, cobertura, revestimento, forro e pintura, de acordo com outros estudos
e pesquisas utilizados como referência.
Assim, esta pesquisa pode ser classificada como qualitativa, onde a comparação
entre o Light Steel Framing e Alvenaria Estrutural parte da apresentação das principais
características destes sistemas, mostrando as diferenças de materiais e dos processos adotados
em cada um deles de forma a proporcionar familiaridade com o assunto, e então, a partir desta
base teórica é levantada uma questão muito relevante ao estudo comparativo de sistemas
construtivos que é a análise da diferença dos custos diretos para um projeto executado em
cada um destes sistemas.
Quanto ao objetivo, a pesquisa é exploratória, uma vez que procura proporcionar
maior familiaridade com o objeto de estudo (MOTTA, 2013), neste caso, apresentando as
principais características de cada sistema construtivo estudado.
Quanto aos procedimentos a pesquisa é bibliográfica e documental (MOTTA,
2013). Bibliográfica, pois os conceitos e conteúdo da revisão foram obtidos de fontes como:
manuais, livros, dissertações, trabalhos de conclusão de cursos, artigos, meios eletrônicos, etc.
E documental, através da consulta em tabelas oficiais de composição de preços, utilizadas
para elaboração do orçamento na pesquisa.
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Segundo Santiago, Freitas e Crasto (2012, p.12) o Light Steel Framing (LSF) “é
um sistema construtivo de concepção racional, que tem como principal característica uma
estrutura constituída por perfis formados a frio de aço galvanizado”. A utilização de aço como
alternativa estrutural em edificações vem ganhando espaço no mercado devido sua origem
industrializada com maior controle de qualidade e também pela rapidez de execução
proporcionada.
Ainda segundo o autor, uma edificação em LSF pode ser entendida como um
esqueleto estrutural em aço formado por diversos elementos individuais ligados entre si,
passando estes a funcionar em conjunto para resistir às cargas que solicitam a edificação e
dando forma a mesma.
Por ser um sistema pouco conhecido e pouco discutido no cotidiano local, este
tópico tem o objetivo de apresentar as suas características mais detalhadamente demonstrando
seus principais componentes e seu processo construtivo.
qualidade alcançada nos perfis, que já começava a sobrepor a madeira. Outro país que
também aderiu a este sistema após a Segunda Guerra Mundial foi o Japão que na época
apresentava um imenso déficit habitacional causado pelos conflitos da guerra e necessitava
uma forma de construir rápida e resistente, esta demanda acabou por estimular o
desenvolvimento das indústrias ligadas à construção com perfis leves de aço no país. A partir
da década de 80 e 90, o custo dos perfis metálicos passou a ser competitivo para obras
residenciais, o que fez com que o sistema LSF acabasse ganhando mais mercado nestes países
(SANTIAGO; FREITAS; CRASTO, 2012).
No Brasil, o LSF ainda é considerado inovador, o mercado nacional, apesar de
possuir uma das maiores indústrias de aço do mundo e já ser capaz de produzir todos os
materiais e componentes necessários no próprio país, não é conhecido por um setor de
construção civil industrializado, mas sim artesanal. Segundo uma pesquisa de 2015 realizada
pelo Centro Brasileiro da Construção em Aço (CBCA) e o Instituto de Metais Não Ferrosos
(ICZ) sobre empresas fabricantes dos perfis para LSF, o crescimento do setor ocorreu ano a
ano em áreas como: quantidade de empresas, produção de perfis, número de funcionários e
faturamento anual, a pesquisa ainda apontou um crescimento previsto pela maior parte das
empresas de 5 e 10% para o ano seguinte.
2.2.3 Aplicações
Fonte: http://www.360construtora.com.br/casa-steel-frame-campinas/.
Fonte: http://www.riomediacenter.rio/sobre-o-rmc/.
manual, Rodrigues e Caldas (2016) apresentam alguns dos principais elementos utilizados no
sistema LSF e sua definição, sendo:
• Bloqueador: Utilizado como travamento horizontal de montantes e vigas;
• Cantoneira: Perfil utilizado para fazer conexões de elementos;
• Fita de aço Galvanizado: Utilizada como contraventamento de painéis de parede, piso
e cobertura, também como travamento horizontal de vigas de piso ou cobertura, e
quando combinada com os bloqueadores e utilizadas na horizontal, diminuem a altura
de flambagem dos montantes;
• Guia: Utilizada na base e topo dos montantes formando os painéis;
• Montante: Perfil vertical que compõe os painéis estruturais formando as paredes;
• Ombreira: Perfil vertical usado como apoio das vergas nas aberturas;
• Ripa: Perfil utilizado para apoio das telhas na cobertura;
• Sanefa: Perfil responsável por ligar as extremidades das vigas de piso;
• Viga: Perfis utilizados horizontalmente formando as lajes;
• Verga: Perfil estrutural utilizado na parte superior de aberturas como janelas e portas.
O tipo de perfil utilizado em cada elemento pode variar. Conforme a NBR 15253
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2014), as secções e suas
aplicações mais usuais são representadas no quadro 1.
31
Quadro 1 - Designações dos perfis de aço formados a frio para uso em Light Steel Framing e
suas respectivas aplicações.
Fonte: NBR 15253 (ABNT, 2005 apud Manual Steel Framing: Arquitetura, 2012, p.23).
recebem maior controle na produção apresentando medidas mais precisas e maior qualidade
final no produto (SANTIAGO; FREITAS; CRASTO, 2012).
Ainda para os autores, a construção modular é conhecida por unidades
completamente pré-fabricadas com ambientes prontos, incluindo acabamento interno e
mobiliário fixos. Estes módulos podem ser estocados nas fábricas lado a lado ou um sobre o
outro e sua movimentação é realizada por guindastes.
O “Balloom Framing” e “Platform Framing” são formas de montagem que podem
ser realizadas a partir da estrutura obtida nos métodos stick e método por painéis. Na
construção “Balloon”, os pisos são fixados nas laterais dos montantes e os painéis podem ser
maiores que o comum podendo atingir a altura total da edificação, neste método a carga é
distribuída de forma excêntrica para a laje intermediária. A forma “Platform Framing” é a
mais utilizada atualmente e é a qual este trabalho se baseará para demonstrar as etapas e
elementos constituintes do sistema, ela consiste em construir de forma sequencial pisos e
paredes um pavimento de cada vez, as lajes dividem os painéis e apoiam suas vigas sobre os
montantes dos painéis, desta forma a distribuição de cargas ocorre em relação a um eixo
principal (SANTIAGO; FREITAS; CRASTO, 2012).
Na Figura 7 é possível identificar a construção do tipo “Balloon”, ao lado
esquerdo, onde existe um montante único para toda a altura da edificação, e, ao lado direito a
forma de montagem por “Platform”, cuja a execução é feita em etapas.
2.2.6 Fundações
2.2.6.1 Ancoragem
painéis estruturais na fundação e impedir o deslocamento dos mesmos. Estes elementos são
chamados de ancoragem (SANTIAGO; FREITAS; CRASTO, 2012).
Existem vários tipos de ancoragem disponíveis e que podem ser aplicados em
estruturas de LSF, os mais empregados são: ancoragem química com barra roscada (Figura 9)
e a ancoragem expansível com Parabolts. Segundo o Construcción con Acero Liviano -
Manual de Procedimiento ConsulSteel (2002 apud SANTIAGO; FREITAS e CRASTO, 2012,
p.28), “A escolha da ancoragem mais eficiente depende do tipo de fundação e das solicitações
que ocorrem na estrutura devido às cargas, condições climáticas e ocorrência de abalos
sísmicos. ”
No processo de montagem dos painéis do térreo se utiliza uma ancoragem
provisória através de pinos fixados na fundação utilizando uma pistola a pólvora, o objetivo
da ancoragem provisória é facilitar a montagem mantendo os painéis no prumo, também é
utilizada em painéis não estruturais para evitar deslocamentos indesejados (SANTIAGO;
FREITAS; CRASTO, 2012).
2.2.7 Painéis
edificação transferindo carga para a fundação, em outros casos não desempenham papel
estrutural e tem função unicamente de elemento de vedação ou fechamento de áreas.
Para os autores, quando o painel exerce função estrutural, seu objetivo é transferir
as cargas horizontais provenientes da força do vento ou sismos e cargas verticais provenientes
do peso próprio dos elementos estruturais da edificação assim como sua carga de uso, para a
fundação. Para evitar excentricidades das cargas os painéis de dois pavimentos diferentes
devem ser dispostos de forma que seus montantes fiquem alinhados e a carga seja transferida
verticalmente pelo contato entre a alma dos dois perfis, esse é o conceito de estrutural
alinhada (Figura 10).
Os painéis estruturais (Figura 11) são formados por perfis Ue dispostos na vertical
chamados de montantes e por perfis U dispostos horizontalmente na base e no topo dos
montantes denominados guias inferiores e superiores, respectivamente. A modulação é a
distância em que são espaçados os montantes, podendo variar de 400 a 600 mm ou ainda,
quando houver cargas atuantes muito elevadas, como caixas d’água, espaçados em 200 mm
(SANTIAGO; FREITAS; CRASTO, 2012).
36
Santiago, Freitas e Crasto (2012), dizem que enquanto a função dos montantes é
transferir as cargas para a fundação, vigas ou outros painéis, as guias funcionam como
elementos para fixar os montantes e formar os quadros/painéis, essa ligação entre perfis é
realizada com parafusos auto perfurantes e auto atarraxantes dimensionados conforme projeto.
As aberturas em painéis estruturais requerem a utilização vergas e ombreiras para
redistribuir as cargas, uma vez que, a abertura irá interromper um ou mais montantes
provenientes dos painéis (Figura 12). A verga pode apresentar várias composições
dependendo do projeto, mas geralmente é composta por dois perfis Ue conectadas por uma
peça parafusada nas extremidades e também nas ombreiras que servem como apoio e evitam o
movimento de rotação (SANTIAGO; FREITAS; CRASTO, 2012). Segundo Construcción
con Acero Liviano - Manual de Procedimiento ConsulSteel (2002 apud SANTIAGO;
FREITAS e CRASTO, 2012), a quantidade de ombreiras a ser colocada de cada lado da
abertura será o número de montantes interrompidos pela verga dividido por 2.
37
Fonte: http://www.imobiliariaemgramado.com.br/blog/conheca-os-metodos-de-construcao-a-seco-wood-frame-
e-steel-frame/.
2.2.8 Lajes
Já a laje seca (Figura 16), para os autores, é caracterizada pela não utilização de
água em sua composição e por ser uma estrutura mais leve e rápida. Geralmente são utilizadas
placas de OSB estruturais ou placas cimentícias dependendo do local de aplicação. A
espessura das placas é definida pelo carregamento sobre a laje a fim de evitar deformações, e
assim como na laje úmida, também são adotados elementos isolantes de efeitos térmico-
acústicos, neste caso, é utilizado lã de vidro entre as vigas e uma manta de polietileno
expandido entre o contrapiso e a estrutura.
41
2.2.9 Coberturas
caibros estejam alinhados com a dos montantes a fim de garantir a transferência somente de
esforços axiais na estrutura.
Os telhados podem ser executados somente com caibros e vigas, economizando
aço quando comparado a uma tesoura. Formados por perfis U e Ue ou ainda perfis duplos
conforme vão e carregamento. Os caibros são apoiados no montante dos painéis estruturais e
conforme inclinações projetadas encontram-se na cumeeira, caso necessário utiliza-se também
vigas de teto, aumentando a rigidez e impedindo deformações nos painéis geradas pelo
carregamento do telhado. Em coberturas também se deve realizar contraventamento através
de perfis U e Ue ou fitas de aço galvanizado, tanto nos caibros como vigas de teto, ou ainda
placas estruturais atuando como diafragma rígido.
Outra opção de construção é utilizando tesouras, estas podem apresentar diversos
formatos e ser montadas no local ou adquiridas pré-moldadas facilitando a execução. Assim
como as demais estruturas, são compostas por perfis U e Ue conectados formando os banzos
superior e inferior, montantes, diagonais, enrijecedores e contraventamentos.
É possível a aplicação de qualquer tipo de telha em coberturas de LSF uma vez
que se tenham os elementos necessários para aplicação. Telhas cerâmicas e shingle, por
exemplo, necessitam de um elemento ou substrato de apoio, para as primeiras, são
empregados perfis do tipo cartola que funcionam como ripas, já para o shingle utiliza-se
placas de OSB devidamente impermeabilizadas (Figura 17). Telhas metálicas podem ser
aplicadas somente com os caibros sem necessidade de outros elementos em cobertura de vigas
e caibros, já em telhados com tesouras é fixada nos perfis de contraventamento lateral do
banzo superior.
Fonte: http://www.praticaconstr.com.br/site/steelframing.php.
43
As placas de OSB (Figura 18) possuem diversas aplicações no LSF como em pisos,
forros, substrato para a cobertura do telhado e também neste caso, como fechamento de
paredes externas e internas. Devido ao seu baixo peso próprio podem ser movimentadas
manualmente facilitando o processo de montagem. A resistência mecânica, e resistência a
impactos das placas permitem que elas sejam utilizadas com função estrutural, formando um
diafragma rígido em pisos e painéis estruturais (SANTIAGO; FREITAS e CRASTO, 2012).
Fonte: http://www.espacosmart.com.br/economia-de-agua-com-construcao-seca/.
44
A espessura das placas de OSB varia conforme sua aplicação (Quadro 2), a fixação é
realizada por meio de parafusos auto brocantes e auto atarraxantes que devem obedecer a um
distanciamento mínimo para fixação que é definido em 15 mm quando fixados na
extremidade das placas e 30 mm quando fixados no interior da placa no encontro dos
montantes, também se deve deixar um espaçamento mínimo de 3 mm entre as placas devido a
dilatação do material (SANTIAGO; FREITAS e CRASTO, 2012).
• Placas Cimentícias
As placas cimentícias (Figura 19), conforme Santiago, Freitas e Crasto (2012) são
compostas por cimento Portland, fibras de celulose ou sintéticas e agregados. Devido sua
característica mais resistente à umidade sua aplicação é apropriada para áreas úmidas e que
sofrem a ação de intempéries. Outras características incluem elevada resistência a impactos,
incombustibilidade, baixo peso-próprio e possibilidade de uma execução de montagem rápida.
45
Fonte: http://www.cemear.com.br/produtos/steel-frame/.
De acordo com os autores, as placas são comercializadas com largura de 1,2 metros e a
espessura varia de acordo com sua função e aplicação (Quadro 3), a montagem é realizada
com parafusos auto atarraxantes próprios. A placa é compatível com diversos tipos de
acabamentos e é recomendável a aplicação de uma demão de selador de base acrílica em
paredes externas expostas às intempéries, além de prever um sistema de impermeabilização
nas junções da parede com o piso em ambientes úmidos como cozinha e banheiros por
exemplo. Assim como nas placas de OSB, também é necessário deixar o espaçamento mínimo
de 3 mm entre as placas devido a dilatação térmica.
garantindo uma ventilação adequada das paredes, evitando o acumulo de água e proliferação
de fungos. A barreira também é conhecida como ‘membrana hidrófuga’.
Para a autora, quando o fechamento externo é realizado com placas cimentícias a
membrana hidrófuga, deve ser aplicada diretamente nos perfis de aço galvanizado e
parafusada com distanciamento de 400 mm e 600 mm. Quando são utilizadas placas de OSB
como fechamento, a membrana deve ser fixada sobre a placa utilizando grampos galvanizados
espaçados em 400 mm. Conforme Santiago, Freitas e Crasto (2012), as membranas devem ser
“sobrepostas de 15 a 30 cm em suas juntas para criar uma superfície contínua e efetiva [...] ”.
Fonte: http://www.espacosmart.com.br/membrana/.
2.2.11 Revestimentos
• Pintura
deve-se utilizar uma malha metálica ou de fibra de vidro para dar aderência a argamassa que
então poderá ser pintada.
• Pisos
Assim como a cerâmica deve-se utilizar argamassas e rejuntes flexíveis para evitar
ruptura do revestimento devido a deformação da estrutura. Também podem ser utilizados
revestimentos como piso vinílico, carpetes e laminados.
• Revestimentos Modulares
São alternativas muito comuns em sistemas construtivos a seco por sua aplicação
mais rápida e limpa. As peças têm o formato de régua ou placas e são postas em paralelo na
direção horizontal ou vertical. Alguns exemplos mais conhecidos são: o siding vinílico, onde
as placas de PVC não necessitam de pintura e tem baixa manutenção podendo ser lavadas, o
siding de madeira, onde as placas são feitas com OSB e aparência de madeira natural podendo
receber acabamento como pintura, o siding cimentício, formado por cimento reforçado com
fios sintéticos, podem ser pintados ou somente impermeabilizados e por último o siding
metálico que são chapas metálicas galvanizadas, resistente a corrosão, nos formatos ondulado
e trapezoidal (GLOBALPLAC, 2014).
2.2.13 Instalações
O Light Steel Frame possibilita todo tipo de instalação. Segundo Santiago, Freitas
e Crasto (2012), os materiais e formas de instalação para o LSF são os mesmos que para uma
construção convencional, com o diferencial de que as paredes neste sistema não possuem
massa em seu interior e, portanto, são necessários suportes e elementos para a fixação dessas
instalações. Para Campos (2014), um dos maiores benefícios do sistema LSF em relação às
instalações é a redução de entulho que é gerado uma vez que não é necessário quebrar paredes
recém-executadas para a passagem dos dutos e tubulações.
As instalações passam por furos ou aberturas nos montantes e vigas de piso
executados conforme os parâmetros impostos pela NBR 15253 (ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2014). Entre os painéis, as instalações passam no
espaço vazio das paredes facilitando a execução do serviço e possíveis manutenções futuras.
O caminho da passagem das instalações é definido pelo projeto e deve ser respeitado tomando
cuidado principalmente com a locação das tubulações e dutos na fundação para que sejam
posicionados de forma correta evitando problemas após a concretagem da mesma.
Segundo Campos (2014), para as instalações elétricas e hidrossanitárias podem ser
utilizados os mesmos materiais empregados na construção convencional, como tubos de PVC,
cobre e eletrodutos de PVC, PP (polipropileno) ou PE (polietileno), sendo mais recomendado
o uso de dutos corrugados que facilitam a execução e geram menos desperdício. Conforme
Santiago, Freitas e Crasto (2012, p.112), “dos sistemas de instalações hidráulicas de água
quente e água fria disponíveis no mercado, aquele que melhor se adapta ao Light Steel Frame
é o sistema PEX, devido a sua grande flexibilidade, velocidade e facilidade de instalação”.
Para evitar problemas causados pela vibração ou cortes acidentais nas tubulações
hidráulicas como o PEX ou nos eletrodutos, as passagens pelos furos dos montantes devem
apresentar elementos para proteção e fixação como espuma de poliuretano expansível ou
anéis de plástico ou borracha.
A Figura 21 demonstra como é realizada a instalação hidrossanitária no interior
dos painéis metálicos.
51
Fonte: http://fastcon.com.br/steel-frame-passo-a-passo/.
Assim como todo sistema construtivo, o LSF também apresenta pontos negativos
a serem avaliados como:
2.3.1 Histórico
Portland, assim como surgiram também alternativas à pedra, como os tijolos cerâmicos
queimados, e atualmente diversos tipos de blocos de concreto, cerâmica e sílico-calcáreas.
Segundo Ramalho e Corrêa (2003), alguns monumentos em alvenaria estrutural ainda hoje
tem importância histórica, porém, existem outras obras que representam marcos do sistema
em alvenaria estrutural no mundo como o Farol de Alexandria com seus 193 metros de altura,
o Coliseu com seus 500 metros de diâmetro, 50 metros de altura e 80 portais formado por
pilares e arcos, a Catedral de Reims com grandes vãos permitidos pela utilização de arcos, e o
Edifício Monadnok do século XIX em Chicago com 16 pavimentos e paredes da base com 1,8
metros de espessura que se tornou o símbolo clássico da alvenaria estrutural moderna.
A partir do século XIX, começou-se a utilizar o aço nas construções civis e mais
tarde o concreto armado. Devido a menor área útil, menor custo e possibilidade de edificações
de maior porte destes, a alvenaria estrutural acabou perdendo espaço e passou a ser utilizada
somente como vedação nas edificações, deixando de ter função estrutural.
Conforme Camacho (2006), no século XX a busca por novas técnicas construtivas
além do concreto armado e aço fizeram com que se voltassem os olhos novamente para a
alvenaria estrutural como uma solução, surgindo daí pesquisas em materiais e normas que
permitiam cálculos de dimensionamento de forma que a estrutura passasse a se tornar
competitiva novamente.
No Brasil, a alvenaria estrutural foi introduzida após a década de 1960 com a
construção dos primeiros edifícios com 4 pavimentos em São Paulo, a partir de então, o
método passou a ser utilizado principalmente em edificações de padrão baixo e médio com até
12 pavimentos devido sua execução mais rápida e custo mais baixo.
2.3.2 Aplicações
Fonte: http://www.casasdynamica.com.br/alvenaria-estrutural-campinas.
Fonte: http://www.comunidadedaconstrucao.com.br/banco-obras/1/alvenaria-estrutural.
56
Fonte: http://maringa.odiario.com/imoveis/2011/05/predio-em-alvenaria-estrutural-mais-alto-do-sul-do-brasil-
esta-em-londrina/413679/.
2.3.3 Classificação
2.3.4 Componentes
2.3.4.1 Unidade
Fonte: http://equipedeobra.pini.com.br/construcao-reforma/37/blocos-ceramicos-220703-1.aspx.
2.3.4.2 Argamassa
2.3.4.3 Graute
2.3.4.4 Armadura
2.3.5 Modulação
Fonte: http://www.selectablocos.com.br/alvenaria_estrutural_detalhes_construtivos_07.html.
2.3.6 Elementos
2.3.6.1 Paredes
Segundo Santos (1998, p.17), parede pode ser entendida como um “elemento
lamiar vertical, apoiado de modo contínuo em toda a sua base, com comprimento maior que
cinco vezes a espessura”. As paredes são o principal elemento da alvenaria estrutural e podem
62
ser estruturais ou não estruturais, entretanto ambas também são responsáveis pela vedação,
passagem dos dutos elétricos e isolamento térmico e acústico do sistema.
Para Tauil e Nese (2010, p.39), “A geometria e volumetria de uma edificação
informam quais serão as paredes portantes, de contraventamento e de vedação”, o projeto,
portanto, definirá o tipo de cada parede e sua função, na Figura 27 é possível observar dois
exemplos de divisão das paredes e a função que estas desempenham na estrutura e
influenciam na armação das lajes.
primeira fiada carece de maior atenção quanto a marcação e alinhamento para evitar
propagação de erros. O assentamento dos blocos deve ocorrer enquanto a argamassa
apresentar características de trabalhabilidade e plasticidade. A seguir, na Figura 28, é
mostrado um fluxograma com o processo de levantamento das paredes conforme Richter
(2007) descreveu.
Fonte: http://www.selectablocos.com.br/alvenaria_estrutural_detalhes_construtivos_10.html.
2.3.6.2 Lajes
As vergas são elementos estruturais lineares utilizados na parte superior dos vãos
de aberturas com a função de resistir aos esforços verticais causados pela interrupção da
parede e também os esforços gerados nos cantos das aberturas onde ocorre um ponto de
concentração de tensões, elas devem ser capazes também de transmitir estes esforços para as
paredes adjacentes à abertura.
Segundo a NBR 15961-2 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS
TÉCNICAS, 2011), tanto as vergas como as contravergas e cintas podem ser executadas in
loco com um bloco do tipo canaleta preenchido com concreto do tipo graute e com armadura
calculada em projeto, porém, ainda existe a possibilidade de se utilizar vergas e contravergas
pré-fabricadas.
As contra vergas, assim como as vergas, são responsáveis por absorver os
esforços dos cantos das aberturas na sua base, evitando a formação de fissuras e distribuindo
melhor os esforços das paredes. A Figura 32 a seguir faz uma representação destes elementos
estruturais citados.
67
Fonte: http://www.selectablocos.com.br/alvenaria_estrutural_detalhes_construtivos_12.html.
2.3.6.4 Contraventamento
lajes tornando mais difícil a distribuição dos esforços tanto na etapa do projeto como para a
estrutura em si.
Além das lajes que funcionam como diafragma rígido, também são dimensionadas
paredes para distribuir estes esforços funcionando como travamento da estrutura.
2.3.7 Instalações
Fonte: http://construcaomercado.pini.com.br/negocios-incorporacao-construcao/177/veja-o-que-considerar-
para-a-execucao-das-instalacoes-prediais-369750-1.aspx.
2.3.8 Revestimentos
→ Quando comparada para uso em edifícios com muitos pavimentos ou muito alto, pode
ser tornar inviável devido ao crescimento das cargas verticais e horizontais tornando
necessário o uso de armadura e graute em grande quantidade (RAMALHO; CORRÊA,
2003).
→ Não permite improvisos como rasgos nas paredes estruturais para passagem de
tubulações e dutos elétricos, sendo necessário atender o especificado nos projetos
arquitetônico, estrutural, hidrossanitário e elétrico, que devem estar compatibilizados
para tirar o maior proveito do sistema e facilitar a execução (NONATO,2013).
3 DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA
3.1 PROJETO
3.1.1.2 Fundação
3.1.1.3 Laje
aço CA50 de 8mm nas contravergas, sendo que o transpasse considerado das aberturas é de
25 cm para cada lado.
3.1.1.5 Cobertura
3.1.1.7 Esquadrias
3.1.2.2 Fundação
tipo parabolt com diâmetro de 1/2” (12,7mm) e comprimento 4.1/4” (107,95 mm) e nos
montantes por parafusos ponta e broca 4,8X19 mm.
O contraventamento das paredes foi realizado através das placas de fechamento
considerando a formação de um diafragma rígido de forma a simplificar o processo
construtivo e reduzir custos com outros materiais como chapas gusset e fitas metálicas.
Outro elemento utilizado nas paredes estruturais são as vergas posicionadas sobre
as aberturas, formadas por 2 perfis Ue 90x40x12#0,95mm ou Ue 90x40x12x#1,25mm
conectados por um perfil U 92x38#0,95mm, a fixação entre os perfis é feita por parafusos
ponta e broca 4,2x13mm. A Figura 41 demonstra um esquema do tipo de verga adotada no
projeto.
A cobertura em Light Steel Framing foi dimensionada como uma treliça com
somente dois painéis formada por perfis montantes e guias, considerando o modelo in-line o
espaçamento considerado entre as treliças foi de 400 mm permitindo que se apoiassem sobre
os montantes das paredes. A estrutura ainda conta com perfis Cartola 30X20X12#0,8 que
funcionam como ripas para o posicionamento das telhas.
O contraventamento foi realizado com perfis Ue de 90X40X12#0,95 na metade
dos banzos superior e inferior e também foi adotado um contraventamento em ‘X’ no
montante da tesoura com os mesmos perfis.
85
O fechamento dos painéis foi realizado com dois tipos de materiais: placas
cimentícias e placas de gesso acartonado ST, além da utilização de isolantes térmico-acústicos
no interior da estrutura.
Nas paredes externas, a face externa foi fechada com placas cimentícias de
1200x2400 mm e 10 mm de espessura, fixadas nos montantes por parafusos cabeça trombeta
e ponta broca com asas de 4,2x32 mm posicionados a cada 15 cm no perímetro da placa e a
cada 30 cm nos montantes intermediários. A placa cimentícia atua como diafragma rígido e,
portanto, as juntas devem estar defasadas e não devem coincidir com os vértices de aberturas.
As placas apresentam juntas que devem ser tratadas, este tratamento é realizado com primer,
um cordão delimitador de juntas, massa para juntas, telas de fibra de vidro, e massa para
acabamento, após o tratamento das juntas o acabamento é realizado com selador e textura
acrílica, na Figura 42 é possível observar o tratamento das juntas das placas cimentícias em
um corte esquemático.
Outro material empregado no fechamento externo é a membrana hidrófuga que
garante a estanqueidade à água da estrutura, impedindo que a mesma atinja os perfis metálicos
ao mesmo tempo em que permite a saída de vapor e umidade do interior da edificação. Ela é
colocada logo após os painéis, antes da fixação das placas cimentícias.
86
A face interna das paredes, quando voltadas para áreas secas, serão fechadas por
placas de gesso acartonado ST de 1200x2400 mm e 12,5mm de espessura fixados por
parafusos ponta broca de 3,5x25mm e posicionados a cada 25 cm e a 1 cm da borda. Quando
a face interna está para áreas molhadas como a cozinha, e o banheiro, o fechamento será
realizado com placas cimentícias iguais as utilizadas no fechamento externo.
Assim como as placas cimentícias, no gesso acartonado também é necessário
realizar o tratamento das juntas com massas e fitas. O acabamento das paredes nas áreas secas
é feito com aplicação de selador e tinta, e nas áreas molhadas com a aplicação de revestimento
cerâmico.
3.1.2.6 Isolamento
3.1.2.7 Esquadrias
3.1.2.9 Acabamentos
Para se obter as diferenças entre os itens dos orçamentos destes trabalhos dividiu-
se o montante encontrado para a estrutura em LSF pelo obtido para Alvenaria Estrutural,
sendo que quanto mais distante de 1 maior é a diferença entre os itens. O resultado obtido está
demonstrado no Quadro 5.
89
Quadro 5 - Análise das principais diferenças de custos entre as etapas dos sistemas.
1 – Light Steel 2 – Light Steel
Etapa
Framing/Alvenaria Estrutural Framing/Alvenaria Estrutural
Revestimento 0,54 0,54
Cobertura 1,32 1,32
Pintura 0,74 0,74
Superestrutura e Fechamento 1,13 1,12
Serviços Preliminares 0,99 1,00
Instalações Hidrossanitárias 1,00 1,00
Infraestrutura 1,00 1,00
Esquadrias 1,00 1,00
Instalações Elétricas 1,00 1,00
Pisos 1,00 1,00
Serviços Complementares 1,00 1,00
Fonte: do autor (2017).
Desta forma, este orçamento se aterá a obtenção das diferenças entre os itens mais
representativos acima citados. É importante destacar que para o levantamento não foi
considerado coeficientes de perda em nenhum dos itens e, portanto, as quantidades são
exatamente aquelas obtidas nos projetos, além disso, neste trabalho será montada uma
composição unitária mais detalhada dos serviços necessários em cada sistema e que não
necessariamente seja formulada de acordo com os trabalhos citados na tabela acima, podendo
ao final encontrar coeficientes de relação entre os custos diferentes destes apresentados.
A cobertura do projeto é composta por uma treliça metálica formada por perfis
metálicos e suportes de fixação e por outra parte estruturada em madeira formando os caibros
e as ripas. O quantitativo obtido para o telhado da edificação pode ser conferido na Tabela 2.
2.1.6 Primer 9 kg
2.1.7 Massa para tratamento de Juntas 94 kg
2.1.8 Massa para Acabamento de Juntas 19 kg
2.2 Placa de Gesso Acartonado
2.2.1 Placa de Gesso Acartonado 120 x240 e=12,5mm 111,6675 m²
2.2.2 Massa para Rejunte 39 kg
2.2.3 Fita Papel 168 m
2.2.4 Parafusos 3,5x25mm ponta broca 1396 un.
Fonte: do autor (2017).
A cobertura assim como a estrutura das paredes, é composta por perfis metálicos,
parafusos e as próprias telhas. Conforme o tipo de cobertura adotada, foram obtidas as
seguintes quantidades de materiais descritas na Tabela 8:
Como as paredes no Light Steel Framing são mais esbeltas e o pé direito utilizado
também foi maior, a área dos revestimentos foram superiores as obtidas no projeto em
Alvenaria Estrutural.
94
O levantamento dos custos unitários foi realizado através das tabelas TCPO da
Pini, SINAPI da Caixa Econômica Federal, e de lojas especializadas nos materiais de cada
sistema para o estado de Santa Catarina.
Os custos dos insumos caracterizados como mão-de-obra não consideram uma
porcentagem de encargos sociais ou taxas adicionais. Também não foi utilizado nenhuma
porcentagem de BDI nos orçamentos apresentados, desta forma os valores utilizados são
puramente os obtidos das pesquisas nas fontes descritas acima.
A seguir será discriminado as composições utilizadas com os materiais e serviços
de acordo com o definido nos projetos.
3.0 REVESTIMENTOS
3.1 Revestimento Interno m²
3.2 Revestimento Cerâmico m²
3.3 Revestimento Externo m²
4.0 FORRO
4.1 Forro de Gesso Acartonado m²
4.2 Forro em PVC m²
4.3 Lã de Vidro
5.0 PINTURA
5.1 Pintura Externa com tinta Acrílica m²
5.2 Pintura Interna com tinta Látex PVA m²
Fonte: do autor (2017).
3.4.1 Superestrutura
Superestrutura
R$18.000,00
R$15.546,93
R$16.000,00
R$14.000,00
R$12.000,00
Custo Total
R$10.000,00
R$8.000,00 R$6.982,44
R$6.000,00
R$4.000,00
R$2.000,00
R$0,00
Alvenaria Estrutural Light Steel Framing
Sistema Construtivo
É importante destacar também que por se tratar de uma casa de pequeno porte
com somente um pavimento para a Alvenaria Estrutural foram utilizados blocos de classe C
com 11,5 cm que tem um menor custo e acabam por tornar a estrutura mais barata. Além
disso, o projeto em LSF foi elaborado a partir de uma planta arquitetônica já definida e que
não estava desenhada de acordo com a modulação deste sistema, assim fez-se necessário
alguns ajustes para manter a estrutura e principalmente as aberturas com os tamanhos
originais o que influenciou no coeficiente de perfis ‘montantes’ por metro quadrado elevando
o custo final da superestrutura.
3.4.2 Cobertura
Cobertura
R$9.000,00
R$8.576,70
R$8.500,00
Custo Total (R$)
R$8.000,00
R$7.500,00 R$7.254,15
R$7.000,00
R$6.500,00
Alvenaria Estrutural Light Steel Framing
Sistema Construtivo
Novamente a diferença pode ser explicada pelo custo dos perfis metálicos
utilizados na estrutura em Light Steel Framing, sendo que a estrutura da cobertura para este
101
sistema é executada com o mesmo material empregado nas paredes. A alvenaria estrutural por
outro lado, conforme o projeto apresentado, tem a cobertura estruturada com uma treliça
metálica e outra parte em madeira, o que influenciou para o menor custo unitário deste
sistema.
A cobertura com telhas de concreto foi adotada para ambos os sistemas e por isso
seu custo é igual para eles. Na Tabela 15 é representado o custo por metro quadrado para as
composições da cobertura de cada sistema.
3.4.3 Revestimentos
Revestimentos
R$8.000,00
R$7.000,00 R$6.692,51
R$6.000,00
Custo Total (R$)
R$5.000,00
R$4.000,00
R$3.000,00
R$2.000,00 R$1.641,70
R$1.000,00
R$0,00
Alvenaria Estrutural Light Steel Framing
Sistema Construtivo
3.4.4 Forros
Para o item de forro (Gráfico 4) a estrutura em Light Steel Framing ficou mais
cara apresentando uma diferença de R$715,38 ou 40,09% maior que o valor encontrado para
Alvenaria Estrutural. O gráfico abaixo mostra o valor total para cada sistema.
Forros
R$3.000,00
R$2.499,84
R$2.500,00
R$2.000,00 R$1.784,46
Custo Total (R$)
R$1.500,00
R$1.000,00
R$500,00
R$0,00
Alvenaria Estrutural Light Steel Framing
Sistema Construtivo
3.4.5 Pintura
Outro item em que a estrutura em Steel Framing apresentou ser mais econômica
frente a Alvenaria Estrutural foi a pintura (Gráfico 5). A diferença total atingiu R$ 1.434,61
representando um custo 41% menor que o outro sistema.
Pintura
R$4.000,00
R$3.502,84
R$3.500,00
R$3.000,00
Custo Total (R$)
R$2.500,00
R$2.068,23
R$2.000,00
R$1.500,00
R$1.000,00
R$500,00
R$0,00
Alvenaria Estrutural Light Steel Framing
Sistema Construtivo
3.4.6 Total
Total
R$31.000,00
R$30.333,40
R$30.000,00
R$29.000,00
Custo Total (R$)
R$28.000,00
R$27.000,00
R$26.216,40
R$26.000,00
R$25.000,00
R$24.000,00
Alvenaria Estrutural Light Steel Framing
Alvenaria Estrutural
13,36%
26,63%
6,81%
25,53%
27,67%
5,41%
51,25%
28,27%
Nota-se pelos gráficos que o custo de cada item é mais bem distribuído no sistema
em Alvenaria Estrutural, sendo que para este projeto o custo da cobertura foi o mais
representativo no total com 27,67% dos custos, seguido pela superestrutura e revestimento
com 26,63% e 25,53%, respectivamente.
Já para o sistema em Light Steel Framing, os custos da superestrutura e da
cobertura se sobrepuseram aos demais consideravelmente, com 51,25% e 28,27%,
respectivamente. A partir desta informação é possível perceber como o custo dos materiais
107
4 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
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de Obras. Florianópolis: UNISUL – Universidade do Sul de Santa Catarina, 2003.
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p. Disponível em: < http://www.brasilit.com.br/produtos/placa-cimenticia>. Acesso em: 12
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CAMPOS, Patrícia Farrielo de. Light Steel Framing: Uso em construções habitacionais
empregando a modelagem virtual como processo de projeto e planejamento. 2014. 196 f.
Dissertação (Mestrado) - Curso de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São
Paulo, 2014. Disponível em: <http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16132/tde-
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CAVALHEIRO, Odilon Pancaro. Alvenaria Estrutural: tão antiga e tão atual. In: Grupo
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Revista Téchne, São Paulo, n° 112, julho. 2006. Disponível em:
<http://techne.pini.com.br/engenharia-civil/112/artigo285545-1.aspx>. Acesso em: 20 de mar.
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MATTOS, Aldo Dórea. Como preparar orçamentos de obras: dicas para orçamentistas,
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TAUIL, Carlos Alberto; NESE, Flávio José Martins. Alvenaria Estrutural: Metodologia do
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TERNI, Antonio Wanderley; SANTIAGO, Alexandre Kokke; PIANHERI, José. Steel frame:
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http://techne.pini.com.br/engenharia-civil/139/steel-frame-fechamento-parte-3-286547-
1.aspx>. Acesso em: 16 maio 2017.
APÊNDICES
117
P1 P2 P3
P14
P17 COZINHA
269.50
269.50
260.00
P15
264.00
BANHEIRO
A = 4,63 P4
A = 3,87
A = 9,31
P18 P19
160.00 182.00
110.50
115.00
110.00
P13 P5
P16
260.00 96.00
P20 P21
SALA DE ESTAR/JANTAR
A = 12,58
255.00
P6
255.00
P12 P22
255.00
P11 P10
P9 P7
P8
246.00
DATA:
UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA - UNISUL 24/08/2017
DISCIPLINA: ESCALA:
JULIO BERTON MASO 1:50
CURSO - TCC
CURSO: FOLHA:
ENGENHARIA CIVIL 556173
1/2
PROJETO EM LIGHT STEEL FRAMING
CURSO:
PERFIL CARTOLA
DISCIPLINA:
Cr (30X20X12X0,8)
PERFIL Ue
Ue (90X40X12X0,95)
ENGENHARIA CIVIL
499
Contraventamento do Banzo Superior
.23 Ue (90X40X12X0,95) 499
. 23
CURSO - TCC
190.78
Contraventamento em X do pendural
Ue (90X40X12X0,95)
DA COBERTURA
Sanefa 759.00
U (92X38X0,95) Sanefa
U (92X38X0,95)
556173
DETALHAMENTO DA ESTRUTURA DA COBERTURA
FOLHA:
ESCALA:
VARIAS
2/2
24/08/2017
PAINEL 1
166.00
60.00
120.00
P2
270.00
150.00
90.00
40.00
45.00
49.00
80.00
120.00
160.00
203.00
207.00
240.00
252.00
256.00
TABELA
PERFIS QUANTIDADE UNIDADE
Ue 90X40X12 # 0,95 25.74 m
Ue 90X40X12 # 1,25 3.32 m
U 92X38 # 0,95 10,18 m
6.91
DATA:
UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA - UNISUL 24/08/2017
DISCIPLINA: ESCALA:
JULIO BERTON MASO 1:25
CURSO - TCC
CURSO: FOLHA:
ENGENHARIA CIVIL 556173
1/22
ESTRUTURA EM LIGHT STEEL FRAMING
PAINEL 2
9.00
88.00
P1 51.00
60.00 P3
80.00
270.00
150.00
34.00
40.00
80.00
118.00
122.00
152.00
156.00
TABELA
PERFIS QUANTIDADE UNIDADE
Ue 90X40X12 # 0,95 19.10 m
U 92X38 # 0,95 6,00 m
4.21
DATA:
UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA - UNISUL 24/08/2017
DISCIPLINA: ESCALA:
JULIO BERTON MASO 1:25
CURSO - TCC
CURSO: FOLHA:
ENGENHARIA CIVIL 556173
2/22
ESTRUTURA EM LIGHT STEEL FRAMING
PAINEL 3
9.00
88.00
51.00
80.00
P2 P4
270.00
210.00
40.00
74.00
80.00
120.00
158.00
182.10
186.00
TABELA
PERFIS QUANTIDADE UNIDADE
Ue 90X40X12 # 0,95 16.16 m
U 92X38 # 0,95 5,60 m
5.02
DATA:
UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA - UNISUL 24/08/2017
DISCIPLINA: ESCALA:
JULIO BERTON MASO 1:25
CURSO - TCC
CURSO: FOLHA:
ENGENHARIA CIVIL 556173
3/22
ESTRUTURA EM LIGHT STEEL FRAMING
PAINEL 4
P3 P5
270.00
16.50
56.50
96.50
136.50
176.50
216.50
256.50
260.50
265.50
269.50
TABELA
PERFIS QUANTIDADE UNIDADE
Ue 90X40X12 # 0,95 27.00 m
U 92X38 # 0,95 5,39 m
7.38
DATA:
UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA - UNISUL 24/08/2017
DISCIPLINA: ESCALA:
JULIO BERTON MASO 1:25
CURSO - TCC
CURSO: FOLHA:
ENGENHARIA CIVIL 556173
4/22
ESTRUTURA EM LIGHT STEEL FRAMING
PAINEL 5
P4 P6
270.00
31.00
71.00
111.00
115.00
TABELA
PERFIS QUANTIDADE UNIDADE
Ue 90X40X12 # 0,95 10.80 m
U 92X38 # 0,95 2,30 m
3.11
DATA:
UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA - UNISUL 24/08/2017
DISCIPLINA: ESCALA:
JULIO BERTON MASO 1:25
CURSO - TCC
CURSO: FOLHA:
ENGENHARIA CIVIL 556173
5/22
ESTRUTURA EM LIGHT STEEL FRAMING
PAINEL 6
P5 P7
40.00
80.00
120.00
160.00
200.00
240.00
251.00
255.00
TABELA
PERFIS QUANTIDADE UNIDADE
Ue 90X40X12 # 0,95 21.60 m
U 92X38 # 0,95 5,10 m
6.89
DATA:
UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA - UNISUL 24/08/2017
DISCIPLINA: ESCALA:
JULIO BERTON MASO 1:25
CURSO - TCC
CURSO: FOLHA:
ENGENHARIA CIVIL 556173
6/22
ESTRUTURA EM LIGHT STEEL FRAMING
PAINEL 7
P6 P8
270.00
9.00
49.00
89.00
115.50
119.50
TABELA
PERFIS QUANTIDADE UNIDADE
Ue 90X40X12 # 0,95 16.20 m
U 92X38 # 0,95 2,38 m
3.23
DATA:
UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA - UNISUL 24/08/2017
DISCIPLINA: ESCALA:
JULIO BERTON MASO 1:25
CURSO - TCC
CURSO: FOLHA:
ENGENHARIA CIVIL 556173
7/22
ESTRUTURA EM LIGHT STEEL FRAMING
PAINEL 8
166.00
9.00
51.00
120.00
P7 P9
270.00
150.00
90.00
15.00
40.00
44.00
53.50
100.00
140.00
180.00
198.00
202.00
220.00
242.00
246.00
TABELA
PERFIS QUANTIDADE UNIDADE
Ue 90X40X12 # 0,95 26.88 m
Ue 90X40X12 # 1,25 3.32 m
U 92X38 # 0,95 9,98 m
6.64
DATA:
UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA - UNISUL 24/08/2017
DISCIPLINA: ESCALA:
JULIO BERTON MASO 1:25
CURSO - TCC
CURSO: FOLHA:
ENGENHARIA CIVIL 556173
8/22
ESTRUTURA EM LIGHT STEEL FRAMING
PAINEL 9
9.00
98.00
51.00
90.00
P8 P10
270.00
210.00
9.00
13.00
49.00
89.00
107.00
111.00
115.00
TABELA
PERFIS QUANTIDADE UNIDADE
Ue 90X40X12 # 0,95 12.76 m
U 92X38 # 0,95 3,40 m
3.11
DATA:
UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA - UNISUL 24/08/2017
DISCIPLINA: ESCALA:
JULIO BERTON MASO 1:25
CURSO - TCC
CURSO: FOLHA:
ENGENHARIA CIVIL 556173
9/22
ESTRUTURA EM LIGHT STEEL FRAMING
PAINEL 10
P9 270.00 P11
41.50
81.50
93.50
97.50
101.50
TABELA
PERFIS QUANTIDADE UNIDADE
Ue 90X40X12 # 0,95 13.50 m
U 92X38 # 0,95 2,03 m
2.74
DATA:
UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA - UNISUL 24/08/2017
DISCIPLINA: ESCALA:
JULIO BERTON MASO 1:25
CURSO - TCC
CURSO: FOLHA:
ENGENHARIA CIVIL 556173
10/22
ESTRUTURA EM LIGHT STEEL FRAMING
PAINEL 11
9.00
166.00
51.00
120.00
P10 P12
270.00
150.00
90.00
40.00
80.00
97.50
101.50
120.00
160.00
200.00
240.00
255.50
259.50
263.50
TABELA
PERFIS QUANTIDADE UNIDADE
Ue 90X40X12 # 0,95 24.18 m
Ue 90X40X12 # 1,25 3.32 m
U 92X38 # 0,95 10,33 m
7.11
DATA:
UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA - UNISUL 24/08/2017
DISCIPLINA: ESCALA:
JULIO BERTON MASO 1:25
CURSO - TCC
CURSO: FOLHA:
ENGENHARIA CIVIL 556173
11/22
ESTRUTURA EM LIGHT STEEL FRAMING
PAINEL 12
P11 P13
270.00
42.00
82.00
122.00
162.00
202.00
242.00
246.00
255.00
TABELA
PERFIS QUANTIDADE UNIDADE
Ue 90X40X12 # 0,95 24.30 m
U 92X38 #0,95 5.10 m
6.89
DATA:
UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA - UNISUL 24/08/2017
DISCIPLINA: ESCALA:
JULIO BERTON MASO 1:25
CURSO - TCC
CURSO: FOLHA:
ENGENHARIA CIVIL 556173
12/22
ESTRUTURA EM LIGHT STEEL FRAMING
PAINEL 13
P12 P14
270.00
40.00
80.00
106.50
110.50
TABELA
PERFIS QUANTIDADE UNIDADE
Ue 90X40X12 # 0,95 10.80 m
U 92X38 # 0,95 2,21 m
2.98
DATA:
UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA - UNISUL 24/08/2017
DISCIPLINA: ESCALA:
JULIO BERTON MASO 1:25
CURSO - TCC
CURSO: FOLHA:
ENGENHARIA CIVIL 556173
13/22
ESTRUTURA EM LIGHT STEEL FRAMING
PAINEL 14
P13 P15
270.00
9.00
49.00
89.00
129.00
169.00
209.00
249.00
265.50
269.50
TABELA
PERFIS QUANTIDADE UNIDADE
Ue 90X40X12 # 0,95 27.00 m
U 92X38 # 0,95 5,39 m
7.38
DATA:
UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA - UNISUL 24/08/2017
DISCIPLINA: ESCALA:
JULIO BERTON MASO 1:25
CURSO - TCC
CURSO: FOLHA:
ENGENHARIA CIVIL 556173
14/22
ESTRUTURA EM LIGHT STEEL FRAMING
PAINEL 15
P14 P16
270.00
4.00
12.00
72.00
132.00
192.00
252.00
256.00
260.00
TABELA
PERFIS QUANTIDADE UNIDADE
Ue 90X40X12 # 0,95 18.90 m
U 92X38 # 0,95 5,20 m
7.02
DATA:
UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA - UNISUL 24/08/2017
DISCIPLINA: ESCALA:
JULIO BERTON MASO 1:25
CURSO - TCC
CURSO: FOLHA:
ENGENHARIA CIVIL 556173
15/22
ESTRUTURA EM LIGHT STEEL FRAMING
PAINEL 16
60.00
P15 270.00
P17
210.00
4.00
8.00
64.00
88.00
106.00
110.00
TABELA
PERFIS QUANTIDADE UNIDADE
Ue 90X40X12 # 0,95 11.40 m
U 92X38 # 0,95 3,20 m
2.97
DATA:
UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA - UNISUL 24/08/2017
DISCIPLINA: ESCALA:
JULIO BERTON MASO 1:25
CURSO - TCC
CURSO: FOLHA:
ENGENHARIA CIVIL 556173
16/22
ESTRUTURA EM LIGHT STEEL FRAMING
PAINEL 17
P16 P18
270.00
4.00
64.00
124.00
184.00
244.00
256.00
260.00
264.00
TABELA
PERFIS QUANTIDADE UNIDADE
Ue 90X40X12 # 0,95 21.60 m
U 92X38 # 0,95 5,28 m
7.13
DATA:
UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA - UNISUL 24/08/2017
DISCIPLINA: ESCALA:
JULIO BERTON MASO 1:25
CURSO - TCC
CURSO: FOLHA:
ENGENHARIA CIVIL 556173
17/22
ESTRUTURA EM LIGHT STEEL FRAMING
PAINEL 18
60.00
P17 P19
270.00
210.00
4.00
64.00
88.00
124.00
156.00
160.00
TABELA
PERFIS QUANTIDADE UNIDADE
Ue 90X40X12 # 0,95 14.10 m
U 92X38 # 0,95 4,20 m
4.32
DATA:
UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA - UNISUL 24/08/2017
DISCIPLINA: ESCALA:
JULIO BERTON MASO 1:25
CURSO - TCC
CURSO: FOLHA:
ENGENHARIA CIVIL 556173
18/22
ESTRUTURA EM LIGHT STEEL FRAMING
PAINEL 19
60.00
P18 P20
270.00
210.00
60.00
78.00
120.00
182.00
186.00
TABELA
PERFIS QUANTIDADE UNIDADE
Ue 90X40X12 # 0,95 11.40 m
U 92X38 # 0,95 4,92 m
5.02
DATA:
UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA - UNISUL 24/08/2017
DISCIPLINA: ESCALA:
JULIO BERTON MASO 1:25
CURSO - TCC
CURSO: FOLHA:
ENGENHARIA CIVIL 556173
19/22
ESTRUTURA EM LIGHT STEEL FRAMING
PAINEL 20
P19 P21
270.00
4.00
64.00
124.00
184.00
244.00
256.00
260.00
TABELA
PERFIS QUANTIDADE UNIDADE
Ue 90X40X12 # 0,95 18.90 m
U 92X38 # 0,95 5,20 m
7.02
DATA:
UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA - UNISUL 24/08/2017
DISCIPLINA: ESCALA:
JULIO BERTON MASO 1:25
CURSO - TCC
CURSO: FOLHA:
ENGENHARIA CIVIL 556173
20/22
ESTRUTURA EM LIGHT STEEL FRAMING
PAINEL 21
P21
60.00
P20 P22
270.00
210.00
4.00
28.00
88.00
92.00
96.00
TABELA
PERFIS QUANTIDADE UNIDADE
Ue 90X40X12 # 0,95 11.40 m
U 92X38 # 0,95 2,92 m
2.59
DATA:
UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA - UNISUL 24/08/2017
DISCIPLINA: ESCALA:
JULIO BERTON MASO 1:25
CURSO - TCC
CURSO: FOLHA:
ENGENHARIA CIVIL 556173
21/22
ESTRUTURA EM LIGHT STEEL FRAMING
PAINEL 22
P21
270.00
60.00
120.00
180.00
242.00
246.00
255.00
TABELA
PERFIS QUANTIDADE UNIDADE
Ue 90X40X12 # 0,95 18.90 m
U 92X38 # 0,95 5,10 m
6.89
DATA:
UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA - UNISUL 24/08/2017
DISCIPLINA: ESCALA:
JULIO BERTON MASO 1:25
CURSO - TCC
CURSO: FOLHA:
ENGENHARIA CIVIL 556173
22/22
ESTRUTURA EM LIGHT STEEL FRAMING
142
4.1.9 Parafuso TA (cabeça trombeta e ponta agulha) 3,5 x 25mm MAT un 12 R$0,05 R$0,60
4.1.10 Regulador S47 MAT un 1,5 R$1,50 R$2,25
4.1.11 Tirante Nº10 MAT un 1,5 R$0,61 R$0,92
TOTAL R$34,88
4.2 Forro em PVC m²
4.2.1 Montador MOD h 0,750 R$8,82 R$6,62
4.2.2 Ajudante MOD h 0,750 R$5,86 R$4,40
4.2.3 Prego com cabeça 18 x 27, 62,1 mm x Ø 3,4 mm MAT kg 0,028 R$9,07 R$0,25
4.2.4 Arame galvanizado 18 BWG, Ø 1,25 mm, 0,010 kg/m MAT kg 0,400 R$13,74 R$5,50
4.2.5 Lamina PVC para forro 600 x 10 cm, esp 8 mm MAT m² 1,000 R$17,18 R$17,18
4.2.6 Arremate em perfil "U" para forro PVC MAT m 0,400 R$3,33 R$1,33
TOTAL R$35,27
4.3 Lã de Vidro m²
4.3.1 Lã de vidro e= 50mm MAT m² 1,05 R$8,27 R$8,68
TOTAL R$8,68
5.0 PINTURA
5.1 Pintura Externa com tinta Acrílica m²
5.1.1 Pintor MOD h 0,4 R$8,82 R$3,53
5.1.2 Ajudante de pintor MOD h 0,35 R$6,43 R$2,25
5.1.3 Líquido preparador de superfícies lata com 18 litros MAT l 0,12 R$10,81 R$1,30
COMPOSIÇÃO DE CUSTO UNITÁRIO: LIGHT STEEL FRAMING
ITEM DESCRIÇÃO CLASS. UM. COEF. PREÇO UNITÁRIO (R$) TOTAL (R$)
5.1.4 Tinta látex acrílica fosca MAT l 0,17 R$13,96 R$2,37
TOTAL R$9,45
5.2 Pintura Interna com tinta Látex PVA m²
5.2.1 Pintor MOD h 0,4 R$8,82 R$3,53
5.2.2 Ajudante de pintor MOD h 0,35 R$6,43 R$2,25
5.2.3 Selador base PVA para pintura látex MAT l 0,12 R$10,53 R$1,26
5.2.4 Tinta látex PVA fosca MAT l 0,17 R$11,11 R$1,89
TOTAL R$8,93
150
ANEXOS
151
2.00
640.00 640.00
piso concreto
desempenado
60.00
60.00 15.00
50.00
50.00
15.00
15.00 15.00 15.00 15.0015.00 15.00 15.00 15.00
80.00
80.00
50.00 180.00 150.00 250.00 2.00 250.00 150.00 180.00 50.00
25.00 Azulejo
250.00
teto
250.00
25.00
250.00
250.00
365.00
365.00
75.00 15.00 15.00 75.00
105.00 105.00
15.00
15.00
15.00
15.00
100.00
100.00
105.00 105.00
765.00
765.00
885.00
15.00
15.00
240.00
2.00
15.0015.00
470.00
470.00
15.00 240.00 15.00 355.00 355.00 15.00 240.00 15.00 60.00
240.00
15.00 60.00
15.00
60.00
115.00
115.00
15.0050.00
15.0050.00
50.00
50.00
50.00 270.00 90.00 90.00 270.00 50.00
Telha de Concreto i=50%
80.00
Telha de concreto i=50%
188.75 188.75 Argamassa 1:2:8
219.19
(cimento, cal e areia)
94.50
Ripa 2,5x5
188.75 188.75
Caibro
Forro Gesso Acartonado 4x10
0,60
30.00
30.00
50.00
Forro Gesso Acartonado
60.00 Teto
60.00
165.00
120.00
1,00
Forro Madeira
260.00
210.00
170.00
110.00
piso concreto
desempenado
Telha de concretoi=50%
Pilarete de
Pilarete de concreto
concreto
30.00
30.00
50.00
50.00
50.00
Forro Gesso Acartonado Forro Gesso Acartonado
0,60 60.00
120.00
260.00
260.00
210.00
210.00
210.00
110.00
110.00
piso concreto
desempenado
154
11.50
pf
Par1
251.00
BANHEIRO
COZINHA
Par9
363.50
363.50
Par7
P80
11.50
Par10
Par2
642.76
101.00
P80
761.51
P80
11.50
pf
Par6
Par3
244.76
Par8
SALA ESTAR/JANTAR
375.01
375.01
Par4
11.50
J150
118.75
P80
Par5
11.50
J150
244.75 357.25
11.50 11.50 11.50
Resumo de Materiais
Elemento Quant.
BLOCO INTEIRO 11,5x19x36,5 1166
BLOCOS CONCRETO 11,5cm