Você está na página 1de 115

CADERNO DE ORIENTAÇÕES DE EMPREENDIMENTO

1. Manual Técnico de Engenharia


2. Manual do Trabalho Social

MANUAL TÉCNICO DE ENGENHARIA

ORIENTAÇÃO PARA APRESENTAÇÃO DE


EMPREENDIMENTOS HABITACIONAIS DO SETOR PRIVADO

CAIXA ECONÔMICA FEDERAL

Vigência: 01.08.2002

0
APRESENTAÇÃO
SOBRE O CADERNO DE ORIENTAÇÕES DE EMPREENDIMENTO - COE:

O Caderno de Orientações de Empreendimento contempla todos os procedimentos da CAIXA para concessão de


financiamento ao Setor Privado, sendo constituído pelos seguintes Manuais:
• Manual Técnico de Engenharia
• Manual Técnico do Serviço Social

Os Manuais têm por princípios:


• Uniformizar os documentos a serem apresentados;
• Orientar o preenchimento dos documentos;
• Tornar transparentes os aspectos relevantes das análises da Caixa;
• Agilizar o trâmite do processo na Caixa.

SOBRE O MANUAL TÉCNICO DE ENGENHARIA – MTE:

Aplicabilidade do MTE-SP

O MTE aplica-se aos empreendimentos passíveis de enquadramento nos seguintes programas de financiamento:
• Imóvel na Planta e/ou em Construção - Recursos FGTS – SFH (antigo Associativo);
• Imóvel na Planta e/ou em Construção - Recursos FGTS – Parceria – SFH;
• Imóvel na Planta e/ou em Construção - Recursos CAIXA – SFI (antigo Prodecar);
• Imóvel na Planta e/ou em Construção - Recursos FAT HABITAÇÃO – SFI.
Mesmo obedecendo a uma estruturação de assuntos padronizada nacionalmente, predominantemente o MTE respeita
as peculiaridades estaduais, assim, o presente MTE tem aplicabilidade apenas no Estado de São Paulo.

Histórico da Elaboração

A versão inicial, editada em 12.12.99, esteve sendo revista entre Mar/01 e Mar/02, acolhendo contribuições diversas
dos empregados da CAIXA: Escritórios de Negócios e GIDUR – Gerência Filial de Apoio ao Desenvolvimento Urbano,
em especial do corpo de Engenheiros e Arquitetos; e também, acolhendo contribuições significativas dos Construtores
e Incorporadores.
As soluções de consenso foram incorporadas à esta segunda versão, portanto o MTE-SP é fruto de um trabalho
conjunto entre a CAIXA e Entidades Representativas da Indústria da Construção Civil no Estado de São Paulo -
SINDUSCON, SECOVI e APEOP.

Síntese do Conteúdo

O Manual inicialmente apresenta a documentação de engenharia exigida pela CAIXA para concessão de
financiamento, informando quando prescindíveis e instruindo como elaborar os documentos.
No Capítulo 2 são apresentados os aspectos relevantes das Análises da CAIXA, tornando transparentes e uniformes
os critérios de análise técnica pelo corpo de Engenheiros e Arquitetos.
No Capítulo 3 são apresentados aspectos relevantes durante o acompanhamento de obras e conseqüente liberação de
recursos.
No Capítulo 4, a título informativo, apresentamos assuntos que tendem a interferir em todo o macro-setor da construção
civil: programas de qualidade, evolução tecnológica, impacto ambiental, etc...
E finalmente, concluímos apresentando todos os modelos padronizados pela CAIXA, auxiliares na montagem das
peças técnicas pelos Proponentes.

Vigência

O MTE-SP, versão 2, entra em vigor a partir de 01.08.02, contudo haverá um período de transição, entre 01.08.02 e
30.11.02, de forma a não prejudicar as empresas que já iniciaram aprovação de projetos junto às Prefeituras, projetos
estes eventualmente elaborados seguindo regras da versão inicial do MTE.

Críticas e sugestões

Sabedores da complexidade do tema, e reconhecendo que o assunto não se esgota nesta edição, deixamos o Manual
permanentemente aberto a críticas e sugestões que venham enriquecer o seu conteúdo.

Eventuais críticas ou sugestões poderão ser encaminhadas para: CAIXA ECONÔMICA FEDERAL – GIDUR/SP
Endereço eletrônico: gidursp@caixa.gov.br

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

APRESENTAÇÃO 1
ÍNDICE

CAPÍTULO PÁGINA

1 DOCUMENTAÇÃO DE ENGENHARIA

1.1 Relação de Documentos ........................................................................................................ 04


1.2 Instruções de Elaboração....................................................................................................... 05

2 PARÂMETROS CAIXA PARA ANÁLISE DE VIABILIDADE DE ENGENHARIA

2.1 - Princípios Básicos ................................................................................................................. 09


2.2 - Local do empreendimento e infra-estrutura externa ...............................................................10
2.3 - Projeto .................................................................................................................................... 11
2.4 - Condições Mínimas: da região do empreendimento, da infra-estrutura e da habitação........ 12
2.5 - Memorial Descritivo................................................................................................................ 27
2.6 - Orçamento.............................................................................................................................. 28
2.7- Cronograma ........................................................................................................................... 29
2.8 - Quadros da NBR 12.721 ........................................................................................................ 30
2.9 - Ficha Resumo de Empreendimento - FRE ............................................................................ 34
2.10 - Conformidade com a Legislação Ambiental........................................................................... 36
2.11 - Conclusão da Análise: Viabilidade Técnica e Viabilidade Mercadológica ............................. 37
2.12 - Empreendimento em Módulos ................................................................................................38

3 PARÂMETROS CAIXA PARA ACOMPANHAMENTO DE OBRA

3.1 - Informações Gerais ................................................................................................................ 42


3.2 - Placa de Obra..........................................................................................................................44
3.3 - Critérios CAIXA para Mensuração de Obra ........................................................................... 45
3.4 - Planilha de Levantamento de Serviços - PLS ........................................................................ 47

4 INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES

4.1 - Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade do Habitat – PBQP-h........................... . 51


4.2 - Concepção de Projeto ........................................................................................................... 54
4.3 - Construção Sustentável.................................................................................................... ..... 56
4.4 - Acessibilidade..................................................................................................................... ... 60
4.5 - Segurança e Saúde no Trabalho......................................................................................... .. 62

5 ANEXOS

A- Carta Proposta ....................................................................................................................... 66


B- Ficha Resumo do Empreendimento – FRE............................................................................ 67
C- Memorial Descritivo – Habitação/Equipamento Comunitário................................................. 69
D- Memorial Descritivo – Infra-estrutura ..................................................................................... 80
E- Orçamento Discriminativo e Folha Resumo – Habitação/Equipamento Comunitário............ 93
F- Orçamento Discriminativo e Folha Resumo – Infra-estrutura................................................100
G- Cronograma – Habitação/Equipamento Comunitário.............................................................104
H- Cronograma – Infra-estrutura.................................................................................................105
I - Cronograma Global................................................................................................................106
J- Declaração de Viabilidade de Atendimento pela Concessionária de Energia Elétrica..........107
K- Declaração de Viabilidade de Atendimento pela Concessionária de Água e Esgoto............108
L- Planilha de Levantamento de Serviços – PLS – APARTAMENTO........................................109
M- Planilha de Levantamento de Serviços – PLS – CASAS.......................................................110
N- Planilha de Levantamento de Serviços – PLS - EQUIPAMENTO COMUNITÁRIO...............111
O- Planilha de Levantamento de Serviços – PLS - INFRA-ESTRUTURA..................................112
P- Quadro Complementar para Condomínios Horizontais.........................................................113
Q- Padrão de Acabamentos – Critério SINAPI...........................................................................114

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ÍNDICE 2
1 DOCUMENTAÇÃO DE ENGENHARIA

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

DOCUMENTAÇÃO DE ENGENHARIA 3
1.1 RELAÇÃO DE DOCUMENTOS
NECESSIDADE DE MODELO ELABORAÇÃO
FASE DOCUMENTO APRESENTAÇÃO VIDE ANEXO VIDE ITENS

1 CARTA PROPOSTA IMPRESCINDÍVEL A -


2 FICHA RESUMO DO EMPREENDIMENTO – FRE IMPRESCINDÍVEL B 2.9
3 MAPA DA CIDADE RESTRITO A REGIÃO DO EMPREENDIMENTO IMPRESCINDÍVEL - 1.2.1 e 2.2
4 PROJETOS LEVANTAMENTO PLANIALTIMÉTRICO VIDE I - 1.2.2
LOTEAMENTO VIDE II - 1.2.3
ARQUITETÔNICO IMPRESCINDÍVEL - 1.2.4, 2.3, 2.4
e 4.2 a 4.4
PLANTA COM MOBILIÁRIO DE CADA TIPO DE UNIDADE (layout) IMPRESCINDÍVEL - 1.2.5
COMPLEMENTARES (fundação, estrutura, inst. hidr./elétrica, etc) VIDE III - 1.2.6
INFRA-ESTRUTURA (água, esgoto, drenagem, paviment., etc) VIDE IV - 1.2.7
TERRAPLENAGEM VIDE I - 1.2.8
5 MEMORIAL HABITAÇÃO IMPRESCINDÍVEL C 2.5
DESCRITIVO
EQUIPAMENTO COMUNITÁRIO VIDE V C 2.5
INFRA-ESTRUTURA VIDE IV D 2.5
ANÁLISE

6 ORÇAMENTO HABITAÇÃO IMPRESCINDÍVEL E 2.6


DISCRIMINATIVO
EQUIPAMENTO COMUNITÁRIO VIDE V E 2.6
E FOLHA RESUMO
INFRA-ESTRUTURA VIDE IV F 2.6
7 CRONOGRAMA HABITAÇÃO IMPRESCINDÍVEL G 2.7
FÍSICO- EQUIPAMENTO COMUNITÁRIO VIDE V G 2.7
FINANCEIRO INFRA-ESTRUTURA VIDE IV H 2.7
GLOBAL VIDE VI I 2.7
8 INCORPORAÇÃO MINUTA DO MEMORIAL DE INCORPORAÇÃO OU DA VIDE VII - 1.2.9 e 2.8
IMOBILIÁRIA INSTITUIÇÃO DE CONDOMÍNIO
MINUTA DA CONVENÇÃO DE CONDOMÍNIO VIDE VII - 1.2.9 e 2.8
QUADROS DE I A VIII DA NBR 12.721 VIDE VII - 1.2.9 e 2.8
9 DOCUMENTAÇÃO CERTIDÃO DE INTEIRO TEOR DA MATRÍCULA DO IMÓVEL IMPRESCINDÍVEL - 1.2.10
DO TERRENO
TERMO DE OPÇÃO DE COMPRA E VENDA DO TERRENO VIDE VIII - 1.2.11
10 DECLARAÇÃÕES E VIABILIDADE DE ATENDIMENTO DA CONCES. DE ENERGIA IMPRESCINDÍVEL J -
MANIFESTAÇÕES
VIABILIDADE DE ATENDIMENTO DA CONCES. DE ÁGUA/ESGOTO IMRESCINDÍVEL K -
MANIFESTAÇÃO DOS ÓRGÃOS DO MEIO AMBIENTE VIDE IX - 2.10
11 ATESTADO DE QUALIFICAÇÃO DA CONSTRUTORA IMPRESCINDÍVEL - 4.1
12 PROJETOS APROVADOS (arquitetura e infra-estrutura) IMPRESCINDÍVEL - -
ATÉ CONTRATAÇÃO

13 ALVARÁ DE CONSTRUÇÃO OU DOCUMENTO EQUIVALENTE IMPRESCINDÍVEL - 1.2.12

14 REGISTRO DA INCORPORAÇÃO OU DA INSTITUIÇÃO DE CONDOMÍNIO VIDE VII - -

15 CERTIDÃO DE REGISTRO DE PESSOA JURÍDICA NO CREA (Construtor) IMPRESCINDÍVEL - 1.2.13

16 A.R.T. DO RESPONSÁVEL TÉCNICO PELA CONSTRUÇÃO IMPRESCINDÍVEL - 1.2.14

17 A.R.T. DOS PROJETISTAS (arquitetura. e infra-estrutura) IMPRESCINDÍVEL - -

18 A.R.T. DOS PROJETISTAS (projetos complementares) IMPRESCINDÍVEL - -


1º DESEMBOLSO

19 PROJETOS DE DETALHES CONSTRUTIVOS (impermeabilização, alvenaria, esquadria, ...) VIDE III - 1.2.15

20 A.R.T. DE FISCALIZAÇÃO PELO PROPONENTE VIDE X - -

21 PLANILHA DE LEVANTAMENTO DE SERVIÇOS – PLS IMPRESCINDÍVEL L, M, N e O 3.1.9 e 3.4


CONSTRUÇÃO

22 HABITE-SE IMPRESCINDÍVEL - -
FINAL

23 TERMO DE RECEBIMENTO DA INFRA PELAS CONCESSIONÁRIAS E/OU PREFEITURA VIDE XI - 1.2.16


24 MANUAL DO PROPRIETÁRIO IMPRESCINDÍVEL - 1.2.17

OBSERVAÇÃO SOBRE NECESSIDADE DE APRESENTAÇÃO

I Exigível a critério da engenharia. VII Exigível para empreendimento em condomínio (vertical ou horizontal).
II Exigível nos casos de parcelamento de solo (lei 6766 e lei 9785/99). VIII Exigível quando o terreno não for do Proponente ou da Construtora.
III Exigível a critério da engenharia, contudo é obrigatório o arquivo dos mesmos em canteiro de obra. IX Os casos exigíveis são citados no item 2.10.
Para empreendimentos verticais o projeto de fundações é dispensável na fase de análise. X Dispensável quando o Proponente for a Construtora.
IV Exigível apenas para empreendimento que contemple ruas redes internas e com solicitação da eng. XI Dispensável quando as redes e ruas não forem sujeitas à manutenção
V Exigível apenas para empreendimento que contemple equip. com. (creche, escola, posto de saúde). pela Concessionária/Prefeitura.
VI Exigível quando existir obra de infra-estrutura e/ou equipamento comunitário.

ATENÇÃO: para EMPREENDIMENTO EM MÓDULOS vide relação de documentos no sub-item 2.12.5.


________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

DOCUMENTAÇÃO DE ENGENHARIA 4
1.2 INSTRUÇÕES DE ELABORAÇÃO

1.2.1 CÓPIA DO MAPA DA CIDADE RESTRITO À REGIÃO DO EMPREENDIMENTO


• preferencialmente, apresentar em papel tamanho A4;
• o mapa deve estar em escala;
• desenhar circunferências centradas no empreendimento com raios múltiplos de 500 m;
• indicar em planta, através de numeração, as ocorrências: supermercado, hospital, escola, creche, área
de lazer, indústria, aeroporto, favela, etc. .
• informar os seguintes serviços junto ao empreendimento: rede de água, esgoto, drenagem, energia e
telefone, iluminação pública, guias, pavimentação e gás, trajeto da coleta de lixo e transporte coletivo;
• realçar as principais vias de acesso.

1.2.2 LEVANTAMENTO PLANIALTIMÉTRICO


Em terrenos planos é dispensável a altimetria, contudo, os níveis de projeto e as cotas do terreno natural
devem ser indicados no projeto de implantação.

1.2.3 PROJETO DE LOTEAMENTO


Devem ser "iluminados" (identificados) os lotes objeto de financiamento, e também demonstrada a implantação
das unidades nesses lotes.

1.2.4 PROJETO ARQUITETÔNICO


O projeto de arquitetura deve conter, no mínimo:
• planta de situação do terreno, cotando as distâncias em relação às esquinas (amarrações);
• implantação das edificações no terreno demonstrando os afastamentos;
• planta dos pavimentos;
• planta de previsão de ampliação para residências térreas;
• cortes transversais e longitudinais;
• fachadas;
• planta da garagem em escala e com locação de pilares, demonstrando comportar a quantidade de
veículos e condições de manobra;
• planta da cobertura.

IMPORTANTE:

• O Projeto Arquitetônico deve contemplar os complementos externos, tais como piscina, guarita,
playground, quadras, quiosques, salão de festas, passeio para pedestres, bancos, rampas, jardins,
etc., indicados em uma das seguintes pranchas: habitação, implantação, urbanização ou paisagismo.

• Equipamentos Comunitários internos ao empreendimento, entendidos como escolas, creches, centros


de saúde, etc., devem ser objeto de Projeto específico.

• Todos os projetos (urbanístico, arquitetônico, infra e complementares) podem ser apresentados para
análise sem aprovação dos Órgãos Públicos, contudo devem estar aprovados, até a contratação.
Alterações de projeto que por ventura venham a ocorrer durante a aprovação devem ser comunicadas
tempestivamente à CAIXA, e podem ensejar nova análise ou parecer complementar.

• Apesar da CAIXA não exigir Certidão de Diretrizes da Prefeitura, sugere-se que toda elaboração de
projeto seja precedida de consulta sobre: parcelamento, ocupação, etc... Para Equipamento
Comunitário, verificar condições de dimensionamento, operação e manutenção pela Prefeitura.

• Sobre projetos, veja também: sub-itens 2.3, 2.4, 4.2, 4.3 e 4.4, e Anexos C e D.

1.2.5 PLANTA COM MOBILIÁRIO DE CADA TIPO DE UNIDADE (Layout)


Apresentar a disposição do mobiliário (sugestão), louças, bancadas, armários e sentido de abertura de folhas
de portas/janelas/armários, e etc., na mesma escala (planta da unidade e mobiliário).

1.2.6 PROJETOS COMPLEMENTARES


O conjunto de projetos complementares inclui projetos de:
• fundações, inclusive contenções, se for o caso;
• estrutura;
• instalações elétricas e telefônicas prediais;
• instalações hidro-sanitárias prediais, inclusive de águas pluviais; e
• prevenção e combate a incêndios.

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

DOCUMENTAÇÃO DE ENGENHARIA 5
1.2.7 PROJETOS DE INFRA-ESTRUTURA
O conjunto de projetos de infra-estrutura inclui projetos de:
• abastecimento de água;
• esgotamento sanitário (inclusive elevatórias e ETE);
• pavimentação;
• drenagem de águas pluviais;
• energia elétrica;
• iluminação pública; e
• obras especiais (muros de arrimo, muros divisórios, etc.)
Os projetos de rede de drenagem e esgotamento sanitário devem conter: curvas de nível, cotas de caixa,
bitolas e comprimento de tubos, detalhes de assentamento, de poços de visita, de caixas e de bocas de lobo.
Quando previstas fossas e sumidouros devem ser apresentados os testes de permeabilidade do solo,
comprovando a adequação da solução proposta.
Para os casos de abastecimento de água através de poços artesianos, deve ser comprovada a existência de
água potável, com vazão suficiente para abastecimento do empreendimento projetado e estimativa de vida útil
do poço.
Na fase de análise pode ser apresentado o ante-projeto das obras de infra-estrutura desde que contenha:
• largura das vias;
• traçado das redes com diâmetros e declividades, e
• curvas de nível.
Na primeira mensuração devem ser apresentados os projetos definitivos ou executivos, devidamente
aprovados pela Prefeitura ou Concessionária, quando for o caso.

1.2.8 PROJETO DE TERRAPLENAGEM


O projeto de terraplenagem compõe-se dos seguintes elementos gráficos:
• perfis dos trechos naturais de cada seção;
• indicação do greide das ruas e cotas das estacas nas esquinas;
• planta de terraceamento ou patamarização dos lotes com indicação das respectivas seções
transversais, áreas e volumes de corte e aterro.
Na fase de análise é facultada a apresentação de ante-projeto contendo:
• curvas de nível;
• cotas de implantação de ruas e lotes, quando empreendimento horizontal;
• cotas de implantação de ruas e platô de prédios, quando empreendimento vertical.

1.2.9 INCORPORAÇÃO IMOBILIÁRIA E QUADROS DA NBR 12.721


Pode ser apresentada minuta do Memorial de Incorporação ou minuta da Instituição de Condomínio.
Caso a incorporação já esteja registrada, apresentar Certidão do Registro da Incorporação ou Instituição de
Condomínio.
No documento apresentado deve constar a discriminação das partes de propriedade exclusiva e das partes de
condomínio, com especificação das áreas, frações ideais e confrontações.
O Registro da Incorporação deve preceder o início das vendas.
Os quadros de I a VIII da NBR 12.721 podem ser apresentados em forma de minuta.
Ainda sobre os quadros da NBR vide sub-item 2.8.

1.2.10 CERTIDÃO DE INTEIRO TEOR DA MATRÍCULA DO IMÓVEL NO REGISTRO DE IMÓVEIS


Havendo averbação de restrição de uso (servidões, área “non aedificandi”), tais locais devem estar
perfeitamente demarcados nos projetos.

1.2.11 TERMO DE OPÇÃO DE COMPRA E VENDA DO TERRENO


Deve conter: identificação das partes, caracterização do objeto, definição de valor, forma de pagamento e
prazo de validade.

1.2.12 ALVARÁ DE CONSTRUÇÃO OU DOCUMENTO EQUIVALENTE


Emitido em nome da Construtora, caso contrário, deve ser providenciado apostilamento junto à Prefeitura.

1.2.13 CERTIDÃO DE REGISTRO DE PESSOA JURÍDICA DO CREA


Define responsáveis técnicos da Construtora (citados no Alvará e A.R.T. de execução).

1.2.14 A.R.T. DO RESPONSÁVEL TÉCNICO PELA CONSTRUÇÃO


Emitida em nome da Construtora, citando também o nome do Responsável Técnico pela obra.
Este Responsável Técnico pela Obra deve constar na Certidão do CREA citada no item anterior.
A atividade que define a responsabilidade técnica perante o CREA é a atividade de DIREÇÃO TÉCNICA.

1.2.15 PROJETOS DE DETALHES CONSTRUTIVOS


O conjunto de projetos de detalhes construtivos inclui, entre outros, projetos de:
• Impermeabilização;
• Alvenaria;
• Esquadrias.

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

DOCUMENTAÇÃO DE ENGENHARIA 6
1.2.16 TERMO DE RECEBIMENTO DA INFRA-ESTRUTURA PELAS CONCESSIONÁRIAS E PREFEITURA
Emitido pelas Concessionárias (água, esgoto, energia) e Prefeitura (arruamento, drenagem e iluminação
pública), assumindo responsabilidade pela manutenção e operação do sistema.

1.2.17 MANUAL DO PROPRIETÁRIO


Este documento deve ser entregue aos usuários ao final da construção, com uma cópia para arquivo na
CAIXA.
O assunto é regido pela Norma Brasileira – NBR 14.037/98.
Quando condomínio, além do Manual do Proprietário, devem ser fornecidos ao Síndico os seguintes
documentos:
• cópia de todos os projetos de aprovação (prefeitura, bombeiros, etc.);
• cópia dos projetos como construído (“as built”);
• alvará e licenças;
• termos de garantia de materiais, máquinas e equipamentos;
• manual de uso e manutenção das máquinas e equipamentos.

IMPORTANTE:

• Todos os documentos devem estar coerentes entre si, datados e assinados sob identificação, tanto
pelo representante legal do Proponente, como pela Construtora.

• Havendo divergência entre documentos são adotados os seguintes procedimentos:


 Na fase de análise: refazer os documentos divergentes;
 Na fase de construção: prevalece o arbítrio do adquirente, desde que não comprometa a garantia
da CAIXA.

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

DOCUMENTAÇÃO DE ENGENHARIA 7
2 PARÂMETROS CAIXA PARA ANÁLISE
DE VIABILIDADE DE ENGENHARIA

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

PARÂMETROS CAIXA PARA ANÁLISE DE VIABILIDADE DE ENGENHARIA 8


2.1 PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ANÁLISE

A análise da CAIXA abrange desde a concepção do produto até sua viabilidade mercadológica, sem perder de
vista os princípios básicos norteadores, como :

• A SATISFAÇÃO DO CLIENTE

O produto ofertado deve atender aos anseios do cliente (adquirente final), suprindo suas necessidades
de moradia, com qualidade e preço justo.

• RESPEITO AO MEIO-AMBIENTE

Toda construção interfere no meio ambiente.


São valorizadas pela CAIXA as concepções que preservem o meio ambiente, que promovam melhoria
aos bairros e, consequentemente, que elevem as condições de vida da população.

• A GARANTIA DO FINANCIAMENTO

O empreendimento é garantia financeira da operação. Assim, deve representar um produto final de


qualidade compatível com o valor financiado, ao longo do prazo de retorno previsto.

• MANUTENÇÃO DO EMPREENDIMENTO

Concepção de projetos, bem como utilização de materiais, que conduzam a um baixo custo de
manutenção durante a vida do empreendimento.

IMPORTANTE:

• São analisados também: o potencial do município, o deficit e a demanda habitacionais, a existência de


empreendimentos concorrentes ou empreendimentos problemas, visando a perfeita adequação do
porte do empreendimento.

• Normalmente, empreendimentos menores oferecem simplificação operacional e redução do risco.

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

PARÂMETROS CAIXA PARA ANÁLISE DE VIABILIDADE DE ENGENHARIA 9


2.2 LOCAL DO EMPREENDIMENTO E INFRA-ESTRUTURA EXTERNA

2.2.1 ANÁLISE DA CAIXA

Verifica se o empreendimento está em harmonia com a região.

Verifica a existência de infra-estrutura básica no entorno (água, esgoto, energia elétrica, coleta de lixo,
transporte coletivo, telefone, iluminação pública, drenagem pluvial, guias e sarjetas, pavimentação e gás). São
considerados imprescindíveis: água, esgoto, energia elétrica e pavimentação. Os demais são ponderados caso
a caso.

Verifica se a Prefeitura e as Concessionárias têm condições de atender a demanda gerada pelo


empreendimento, nos serviços de água, esgoto e energia elétrica.

Em decorrência, é obrigatória a apresentação de Declarações de Viabilidade de Atendimento, conforme


sugestão de modelos apresentada em:

• item 5 - Anexo J: Declaração de Viabilidade de Atendimento pela Concessionária de Energia;


• item 5 - Anexo K: Declaração de Viabilidade de Atendimento pela Concessionária de Água e Esgoto.

Verifica a existência dos equipamentos públicos comunitários: escolas, hospitais, creches, lazer, etc. Para
empreendimentos de maior impacto (acima de 200 unidades em municípios até 100.000 hab, ou acima de 400
unidades para municípios acima de 100.000 hab) cabe uma análise mais detalhada sobre a capacidade de
atendimento à nova demanda.

Verifica a existência ou probabilidade de instalação futura dos equipamentos comerciais: padaria, açougue,
farmácia, mercearia, etc.

Verifica a existência e nível de influência de fatores desvalorizantes, tais como:

• Topografia excessivamente acidentada, ou implantação inadequada (com risco de erosão ou


desmoronamento);
• Proximidade de sub-habitações;
• Precariedade de transporte coletivo;
• Limítrofe a córrego sem curso definido;
• Proximidade de locais como: lixão, lagoa de tratamento, matadouro, fábrica poluente, penitenciária, etc..
• Pólos pioneiros de urbanização (ilhas urbanas descontínuas da malha urbana).

Não são aceitos locais com as seguintes características:

• Alagadiços ou sujeitos a inundação;


• Aterrados com material nocivo à saúde pública;
• Onde as condições geológicas não aconselhem edificações;
• Área de preservação ambiental;
• Em áreas sob a influência de conjunto considerado “problema” pela CAIXA.

IMPORTANTE:

• A prioridade da CAIXA é para locais dotados de infra-estrutura.


Nos locais que necessitem de ampliação ou execução de obras de infra-estrutura externa, essas
deverão ser executadas até a Contratação do financiamento. Excepcionalmente, a critério do Escritório
de Negócios, a infra-externa pode ser executada em paralelo com as obras do empreendimento, desde
que haja capacidade financeira para suportar o custo desta infra-externa.

• No caso de condomínios e loteamentos não implantados, entende-se por infra-estrutura externa as


obras fora do limite da área do terreno que permitirá a formação do condomínio ou da gleba a ser
transformada em loteamento.

• Nos loteamentos já implantados, ou seja, dotados de redes, entende-se por infra-estrutura externa as
obras fora do limite de cada um dos lotes.

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

PARÂMETROS CAIXA PARA ANÁLISE DE VIABILIDADE DE ENGENHARIA 10


2.3 PROJETO

2.3.1 OBJETIVO

O objetivo do PROJETO é permitir a execução do empreendimento, partindo de uma concepção que otimize o
seu DESEMPENHO e, portanto o seu VALOR.

Em outras palavras, o PROJETO é a representação gráfica dos estudos e soluções arquitetônicas e


urbanísticas que busca traduzir em espaços as necessidades vivenciais do homem que ali habitará,
propiciando-lhe um abrigo seguro, saudável, duradouro, e ainda, compatível com sua condição social,
econômica e cultural.

A elaboração do PROJETO é a forma mais eficaz e barata de identificar problemas, antecipar e aperfeiçoar as
soluções a serem adotadas, ou seja, é a forma mais econômica de prevenir patologias ou situações
inadequadas às condições e necessidade do futuro morador.

2.3.2 CONCEPÇÃO DE PROJETO

Ainda que não caracterizando exigências, apresentamos no capítulo 4 alguns temas que enriquecem a
elaboração de projetos, sob os seguintes títulos:

• 4.2 –Concepção de Projeto;


• 4.3 –Construção Sustentável;
• 4.4 – Acessibilidade.

2.3.3 ANÁLISE DA CAIXA

A análise da CAIXA tende a valorizar as soluções arquitetônicas e urbanísticas que não visem somente
atender às condições mínimas dos órgãos públicos.
Convém esclarecer que tais condições mínimas existem para oferecer o menor parâmetro para determinado
aspecto, sem compromisso quanto ao conjunto de itens que formam a solução final de um projeto.

A análise do projeto verifica:

• o atendimento às condições estabelecidas pela CAIXA (vide sub-item 2.4 e Anexos C e D - Memorial
Descritivo).
• o atendimento às exigências dos órgãos públicos (aprovação);

IMPORTANTE:

• Havendo divergências entre as condições mínimas da CAIXA e da Legislação Local, deve ser atendida
a mais restritiva.

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

PARÂMETROS CAIXA PARA ANÁLISE DE VIABILIDADE DE ENGENHARIA 11


2.4 CONDIÇÕES MÍNIMAS E EXIGÊNCIAS DA CAIXA – ESTADO SP

• O conceito de condição mínima adotada pela CAIXA não deve ser confundido com o conceito de
habitabilidade mínima.

A condição da CAIXA almeja atingir um padrão de qualidade adequado às características regionais, de


ordem cultural, econômica e social, enquanto que o conceito de habitabilidade mínima é único em qualquer
situação.

Em outras palavras, as Condições Mínimas da CAIXA são diretrizes de cunho, ora técnico, ora negocial,
enquanto que a habitabilidade mínima é uma diretriz exclusivamente técnica.

• O conceito de condição mínima adotado pela CAIXA, também, não deve ser confundido com outros
conceitos que classificam padrões de acabamento, sendo mais conhecidos:
 padrões alto, normal e baixo, definidos pela NB 12.721, utilizados para cálculo do CUB-
SINDUSCON;
 padrões alto, normal, baixo e mínimo, definidos pelo SINAPI (Sistema Nacional de Pesquisa de
Custos e Índices da Construção Civil), utilizado pela CAIXA – vide item 5 anexo Q;
 padrões alto, normal e baixo, definidos pela Editora PINI.

Portanto, empreendimentos que adotem as condições mínimas deste MTE não estarão enquadrados
necessariamente como Padrão de Acabamentos Mínimo do SINAPI.

• As Condições Mínimas da CAIXA variam em função:

 da região: as exigências para as cidades do interior podem ser diferentes das exigências para a
região metropolitana da Capital e Baixada Santista;
 do público alvo;
 do programa habitacional da CAIXA.

• Em virtude das diferenças regionais, o Estado de São Paulo foi dividido em três regiões conforme abaixo:

Região SP: Região Metropolitana de São Paulo, Baixada Santista e Jundiaí (somente municípios
integrantes da região metropolitana de São Paulo)

Região CP: Região de Campinas, Limeira, Sorocaba, São José dos Campos e Jundiaí (exceto
municípios da região metropolitana de SP)

Região BU: Região de Bauru, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto e Presidente Prudente

• Nos itens seguintes são apresentadas as CONDIÇÕES MÍNIMAS E EXIGÊNCIAS da CAIXA, agrupadas
da seguinte forma:

 item 2.4.1 - CASAS – Condições Mínimas e Exigências (Valor de Venda a partir de R$ 17.000,00)

 item 2.4.2 - Flexibilização para Casas com Valor de Venda abaixo de R$ 17.000,00

 item 2.4.3 - APARTAMENTOS – Condições Mínimas e Exigências

 item 2.4.4 - Quadro de Dimensões Mínimas de Mobiliário e Circulação – Casas e Apartamentos

IMPORTANTE:

• Recomenda-se a adoção dos ”mínimos” em situações excepcionais, e de forma parcial.

• O valor de R$ 17.000,00 para casas, acima citado, e o valor de R$ 38.000,00, citado nas tabelas do
item 2.4.3 estão sujeitos a revisão sempre que houver alteração nos limites de valor de venda ou de
financiamento dos programas da CAIXA.

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

PARÂMETROS CAIXA PARA ANÁLISE DE VIABILIDADE DE ENGENHARIA 12


2.4.1 CASAS - CONDIÇÕES MÍNIMAS E EXIGÊNCIAS – Valor de Venda a partir de R$ 17.000,00

REGIÕES
CASAS: CONDIÇÕES MÍNIMAS E EXIGÊNCIAS
Em Loteamentos e Condomínios Horizontais SP CP BU

Redes Água Estas redes devem tangenciar, em algum ponto, o perímetro do


Esgoto empreendimento;
Devem oferecer vazão, dimensionamento e capacidade para atender # # #
Infra Externa

Energia Elétrica ao Empreendimento.


Iluminação Pública No acesso principal do empreendimento # # #
Pavimentação
Guias e Sarjetas No acesso principal do empreendimento # # #
Transporte Coletivo, Coleta de
Lixo, Escola, Creche e Posto de No entorno do empreendimento # # #
Saúde
As obras de infra-externa devem estar concluídas até a contratação do financiamento. Excepcionalmente, a critério do
Escritório de Negócios, a infra-externa pode ser executada em paralelo com as obras do empreendimento, desde que
haja capacidade financeira para suportar o custo desta infra-externa.

Testada Para 10,00 m #


Mínima Loteamentos 8,50 m, em condições excepcionais, para loteamentos antigos onde o
projeto das casas agregue valorização ao produto #
Lote

7,00 m #
5,00 m, em condições excepcionais, para loteamentos antigos onde o
projeto das casas agregue valorização ao produto #
5,00 m #
Para Condomínios Horizontais acata-se a Legislação Municipal # # #

Terraplenagem Compactação Em camadas com espessura máxima de 20 cm;


Grau de compactação mínimo de 95 % do proctor normal.

Cota de nível dos Lotes em aclive: 15 cm acima do greide da rua, com declividade de
Lotes 0,5% para a rua frontal;
Lotes em declive (perfil natural do terreno): a cota de soleira deve ficar
15 cm acima do greide da rua e deve-se executar rede de drenagem e
esgotamento subterrâneos com captação no fundo do lote, sem deitar # # #
águas em terreno vizinho.
Controle
Tecnológico Executar em conformidade com a Norma Brasileira

Taludes Inclinação máxima de 45o em relação à horizontal;


A linha de divisa lateral dos lotes deve coincidir com o centro do talude.
A linha de divisa do fundo dos lotes deve coincidir com o topo do
talude
Somente é permitido deitar saia (ponto mais baixo) do talude em
Infra Interna

terreno externo ao empreendimento com autorização escrita do


vizinho.

Nas divisas Desnível máximo de 1,50m.


Contenções
laterais do Lote Desnível até 1,00m: talude sem proteção vegetal, salvo os casos onde
a estabilidade do solo esteja comprometida. # # #
Desnível de 1,00m a 1,50m: muro de arrimo com altura do desnível,
em toda a divisa lateral.

Na divisa de Desnível máximo de 6,00m. # # #


fundo do Lote Desnível até 1,00m: talude sem proteção vegetal, salvo os casos onde
a estabilidade do solo esteja comprometida. # # #
Desnível entre 1,00m e 1,50m: talude protegido do pé ao topo com
grama em placas #
Desnível entre 1,00m e 2,00m: talude protegido do pé ao topo com
grama em placas # #
Desnível de 1,50m a 6,00m: muro de arrimo com altura correspondente
ao desnível #
Desnível de 2,00m a 6,00m: muro de arrimo com altura correspondente # #
ao desnível
Guarda corpo no topo do arrimo para desníveis a partir de 2,00m. # # #
Nas áreas
públicas ou de Talude com proteção vegetal para qualquer desnível.
# # #
uso comum

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

PARÂMETROS CAIXA PARA ANÁLISE DE VIABILIDADE DE ENGENHARIA 13


REGIÕES
CASAS: CONDIÇÕES MÍNIMAS E EXIGÊNCIAS
Em Loteamentos e Condomínios Horizontais SP CP BU

Acesso ao empreendimento Acessos distintos para pedestres e veículos;


(somente para condomínios) Preferencialmente, prever apenas uma entrada para veículos # # #

Acesso às casas Desnível até 1,00m (da guia à soleira): rampa com declividade máxima
de 20% ou escada.
Quando forem previstas unidades habitacionais para portadores de
# # #
deficiência física o desnível, porventura existente, deve ser por rampa
com largura mínima de 80cm e declividade máxima de 8%
Desnível acima de 1,00m: somente escada.
Água
Redes Esgoto Devem atender todos os lotes a financiar.
Energia Elétrica Devem obedecer às regras das Concessionárias. # # #
Iluminação Interna
Drenagem Deve contemplar a área de contribuição do empreendimento e as
contribuições à montante;
Prever rede subterrânea para escoamento dos lotes em declive. # # #
Devem ser pavimentadas todas as ruas do empreendimento, de forma
Pavimentação Ruas que todos os lotes financiados tenham acesso através de ruas
pavimentadas.
Infra Interna

No caso de empreendimento em módulo, além das ruas internas ao


módulo, devem ser pavimentadas as ruas onde houver rede
subterrânea de drenagem ou que servirem de acesso aos lotes com # # #
solicitação de financiamento.
O dimensionamento deve ocorrer em função do tráfego e obedecer às
normas da Prefeitura;
A especificação para a pavimentação deve ser asfalto, paralelepípedo
ou blocos de concreto, executado com controle tecnológico em
conformidade com a Norma Brasileira.
Estacionamento Deve ser pavimentada toda a área de estacionamento.
(somente para Excepcionalmente, no local das vagas, serão admitidos pavimentos # # #
condomínios) intercalados com grama.

Guias e Sarjetas Devem ser previstas em todas as ruas pavimentadas, inclusive em


estacionamento, além de atender às normas da Prefeitura. # # #

Instalações Elétricas e Prever a instalação de portão de pedestres com fechadura elétrica.


Equipamentos em Prever a instalação de portão de veículos com acionamento elétrico
(tubulação, fiação e equipamento)
Áreas de Uso Comum
Quando houver portaria: instalar interfones (tubulação, fiação e
(portões elétricos, interfone, aparelhos) # # #
porteiro eletrônico e antena) Quando não houver portaria: instalar porteiro eletrônico (tubulação,
fiação e aparelhos)
(somente para condomínios) Nos financiamentos com Recursos do FGTS: instalar antena coletiva
(tubulação, fiação e antena)
Nos financiamentos com Recursos da CAIXA ou do FAT HABITAÇÃO
é opcional a fiação e a antena, sendo obrigatória a tubulação.
Prever instalação de luminárias nas áreas de uso comum.

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

PARÂMETROS CAIXA PARA ANÁLISE DE VIABILIDADE DE ENGENHARIA 14


REGIÕES
CASAS: CONDIÇÕES MÍNIMAS E EXIGÊNCIAS
Em Loteamentos e Condomínios Horizontais SP CP BU

Geminação Para Apenas em uma das divisas laterais, no caso de casas térreas
# # #
Loteamentos Nas duas divisas laterais, no caso de sobrados
Para Condomínios Horizontais adota-se a Legislação Municipal # # #

Paredes Divisórias entre Casas Espessura mínima de 14 cm, sem incluir o revestimento;
Geminadas Prolongamento da parede até o nível do telhado # # #

Casa tipo embrião 22,00 m2. Compartimentada em banheiro, cozinha e


Área Mínima de Construção e cômodo múltiplo uso, devidamente isolados entre si. #
Compartimentação Casa de 1 dormitório 30,00 m2. Compartimentada em sala, quarto,
banheiro e cozinha, devidamente isolados entre si. # #

Mínimo de 2,60 m # # #
Pé direito
Vide quadro: DIMENSÕES MÍNIMAS DE MOBILIÁRIO E # # #
Dimensões dos Ambientes
CIRCULAÇÃO – CASAS E APARTAMENTOS, no item 2.4.4
Ventilação e iluminação naturais (direta ou indireta) nos banheiros.
Ventilação e Iluminação Admite-se ventilação mecânica e iluminação artificial apenas em # # #
lavabo.

Espaço para área de serviço e Prever piso para área de serviço externa (tanque), com largura mínima
de 1,50 m # # #
calçada perimetral
Prever calçada perimetral com largura de 10 cm além da projeção do
Unidade Habitacional

beiral e mínimo de 60 cm
Espaço externo para botijão de Prever local no exterior da casa, com tubulação interligada ao local do
gás fogão. Instalar argolas com grapas para afixação de corrente. # # #

Vagas de Dimensões Mínimo de 2,20m x 4,80m, quando no recuo frontal.


Mínimo de 2,80m x 4,80m, quando houver parede contínua nas duas
garagem
laterais.
Quantidade Mínimo de uma vaga por casa, preferencialmente no recuo lateral. # # #
Bolsões e Apenas para Condomínios Horizontais são permitidos bolsões de
enclausuramento estacionamento, com enclausuramento máximo de duas vagas,
desde que pertençam a mesma casa.

Fundações Sapata corrida de acordo com projeto específico;


Ou Radier, com a seguinte especificação mínima: lastro de 3cm de
brita compactada, lona plástica (1,50 micra), concreto com 8cm de
espessura, rebaixo no box e na calçada perimetral, armada em tela # # #
Q-61 com reforço de armadura em uma faixa de 60 cm de largura sob
as paredes e cobrimento de 2cm, e reforço de espessura nas bordas.
Optando por radier, prever ampliação para 2º dormitório, no caso de
embrião ou casa de 1 dormitório
Especificações

Laje em toda a unidade


Estrutura Laje Pré (vigotas e lajotas) com ferragem negativa
Adotar ações preventivas para evitar fissuras no encontro da laje com a
alvenaria.
Cinta de amarração no respaldo da alvenaria
Vergas e contra-vergas nos vãos com transpasse de 20 cm # # #
Somente para paredes com espessura a partir de 11,5 cm, é permitida
fôrma em canaletas para vergas e cintas.
Não é permitido substituir a verga por ferragem embutida na
argamassa de assentamento de fiadas.
Pilares nos encontros de parede, quando utilizar alvenaria com
espessura de 9 cm (sem revestimento) executada com tijolo cerâmico
ou bloco de concreto, não estruturais

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

PARÂMETROS CAIXA PARA ANÁLISE DE VIABILIDADE DE ENGENHARIA 15


REGIÕES
CASAS: CONDIÇÕES MÍNIMAS E EXIGÊNCIAS
Em Loteamentos e Condomínios Horizontais SP CP BU

Alvenaria Em casa térrea com paredes executadas em bloco Estrutural


cerâmico ou de concreto: espessura mínima de 9 cm (sem
revestimento)
Em casa térrea com paredes executadas em tijolo cerâmico maciço,
blocos cerâmicos ou de concreto, Não Estruturais: espessura mínima
de 11 cm (sem revestimento)
Em sobrado com paredes executadas em bloco Estrutural cerâmico
ou de concreto: espessura mínima de 14 cm (sem revestimento) para
paredes estruturais.
No encontro entre paredes efetuar amarração das fiadas ou executar
pilar. # # #
Utilizar grampos ou telas somente quando a modulação de tijolos o
exigir, e neste caso, efetuar amarração a cada duas fiadas.
Paredes em contato com o solo:
- solução de projeto através de parede dupla, impermeabilizada na
face em contato com o solo e com espaçamento mínimo de 5cm
entre as paredes, dotadas de dispositivo de drenagem; ou solução
em caixão perdido com parede impermeabilizada na face voltada
para o solo e dispositivo de drenagem.
- evitar em ambientes de permanência prolongada.
- aceitável o uso em no máximo 10% das unidades do
empreendimento.

Esquadrias Janelas em dormitório com veneziana e vidro


Portas externas com folha de 80 cm de largura.
Unidade Habitacional

Ou alçapão, ou portinhola ventilada, para acesso ao forro


Quando utilizar esquadrias de alumínio:
- perfis adequados aos vãos, atendendo aos requisitos quanto a não
Especificações

vibração, rigidez, vedação e durabilidade;


- proteção de fábrica (com plástico ou madeirite) até conclusão do
revestimento de paredes # # #
Quando utilizar esquadrias de aço:
- tratamento anti-ferruginosa de fábrica;
- proteção de fábrica (com plástico ou madeirite) até conclusão do
revestimento de paredes
Quando utilizar madeira:
- que a mesma seja selecionada, evitando-se madeiras verdes,
empenadas ou com existência de nós, brocas ou cupins;
- que as folhas de porta externa e janelas sejam maciças e tenham
espessura mínima de 3 cm;
- que as folhas de porta em chapa compensada sejam encabeçadas
e tenham espessura mínima de 3,5 cm.

Cobertura Telhas em cerâmica


Telha em fibrocimento somente ocultada por elemento construtivo
como platibanda.
Estrutura em madeira de lei imunizada
Frechais com seção contínua sobre as paredes e no beiral
# # #
Beiral com madeiramento aparente: execução com ripamento dobrado,
colocação de tabeiras e testeiras e acabamento com pintura.
Emboçamento de beirais (quando o tipo de telha permitir) e cumeeiras
com argamassa de cimento, cal e areia
Largura dos rufos acima de 25 cm
Prever solução para extensão da cobertura na área de serviço sobre o
tanque, inclusive sobre o usuário, com projeção mínima de 1,20 m.

Impermeabilização Impermeabilização nos seguintes locais:


- fundações (baldrame ou alvenaria de embasamento);
- pisos ou lastros em contato com o solo (principalmente radier).
# # #
Assentamento das 3 primeiras fiadas com aditivo impermeabilizante
Barra impermeável no perímetro da parede externa, altura de 50 cm

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

PARÂMETROS CAIXA PARA ANÁLISE DE VIABILIDADE DE ENGENHARIA 16


REGIÕES
CASAS: CONDIÇÕES MÍNIMAS E EXIGÊNCIAS
Em Loteamentos e Condomínios Horizontais SP CP BU

Revestimento Azulejo até o teto no box e até 1,50 m nas paredes do banheiro
Azulejo até o teto apenas na parede hidráulica ou até 1,50m em todas
Interno e as paredes, na cozinha
Azulejo até 1,50m na parede do tanque
Pintura Chapisco, massa única ou emboço paulista, e pintura látex nas
paredes e tetos.
Excepcionalmente, é permitido revestimento em gesso para:
- casas em condomínio que não utilizem janelas e batentes de ferro, # # #
não possuam paredes em contato com o solo, tenham valor de
venda acima de R$ 38.000,00, e ainda apresentem projeto
detalhado de impermeabilização de fundação.
No caso de lajes maciças com acabamento liso, pode haver apenas
regularização da superfície e posterior pintura
Para esquadrias de madeira: tratamento e pintura a óleo.
Para esquadrias metálicas: tratamento prévio, pintura anti-ferruginosa
de fábrica e pintura final em esmalte.

Revestimento Chapisco, massa única ou emboço paulista, e pintura látex acrílica.


Adotar ações preventivas para evitar fissuras no encontro da laje com a # # #
Externo
alvenaria.
Unidade Habitacional

Pisos e Calçada externa no perímetro da edificação com largura mínima de


60 cm, devendo superar em 10 cm a projeção do beiral e possuir
Especificações

caimento mínimo de 2% para o exterior.


Calçadas
Calçada ao redor do local do tanque, com dimensão mínima de 1,50 m
Cerâmica no banheiro e na cozinha e cimentado áspero nos demais
compartimentos # # #
Onde houver revestimento do piso deve ser executado rodapé
Cota do piso interno, no mínimo, 2 cm acima da cota da calçada
externa
Piso do box rebaixado em 2 cm, com caimento exclusivo para o ralo.

Soleira e peitoril Soleira das portas externas com desnível mínimo de 2 cm # # #


Peitoril das janelas com caimento para o exterior

Instalações Obedecer a regra da Concessionária quanto à voltagem de entrada de


energia (monofásico ou bifásico)
Elétricas As instalações devem ser embutidas na alvenaria
Prever circuito específico para aparelhos com consumo superior a
e Telefonia 2.500W e, preferencialmente, com voltagem de 220V
Prever circuitos independentes para tomadas e para iluminação
Adotar codificação por cores para a fiação
Utilizar fiação de 6 mm2 para ponto de chuveiro e 2,5 mm2 para
demais tomadas # # #
Não executar emendas de fios dentro de eletrodutos
Utilizar pontos de luz no teto. Pontos na parede são auxiliares.
Prever arandelas externas na porta de entrada e área de serviço
1 ponto de telefone, 1 de antena e, no mínimo, as seguintes
quantidades de pontos de tomada elétrica: 2 na sala, 4 na cozinha, 1
na área de serviço, 2 em cada dormitório (sendo uma baixa) e 1
tomada no banheiro e mais 1 tomada quando houver chuveiro elétrico.

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

PARÂMETROS CAIXA PARA ANÁLISE DE VIABILIDADE DE ENGENHARIA 17


REGIÕES
CASAS: CONDIÇÕES MÍNIMAS E EXIGÊNCIAS
Em Loteamentos e Condomínios Horizontais SP CP BU

Instalações As instalações devem ser embutidas na alvenaria.


Excepcionalmente, pode ser adotado tubulação aparente com
Hidro-sanitárias carenagem sob bancadas, lavatórios, tanques e atrás de fogão e
geladeira, desde que não haja comprometimento visual ou estético.
Prever pontos de água para filtro na cozinha, ducha higiênica no
banheiro e para máquina de lavar na área de serviço.
Caixa d’água com capacidade mínima de 500 litros, provida de # # #
extravasor e dreno para limpeza.
Para condomínios pode haver reservatório comum.
Prever instalação de registros de gaveta internos à unidade em cada
ramal de distribuição de água. Evitar registros no forro.
Tanque de concreto
Pia de cozinha com bancada e cuba em marmorite de 1,20m.
Quando a bancada for inferior a 1,50m prever a colocação de pedra de # #
apoio para filtro
Vaso sanitário com caixa de louça acoplada
Metais cromados com canoplas
Unidade Habitacional

Sifões de plástico flexível (corrugado). Não utilizar sifão de borracha


(tipo “maria-mole”).
Especificações

Prever instalação de papeleira e saboneteira no banheiro quando não


houver revestimento de azulejos até o teto no banheiro
Havendo “divisão física” do box, é necessário ralo no banheiro, além do
ralo do box. # # #
Evitar passagem de tubulação de esgoto sob pisos de salas e
dormitórios, exceto em Condomínios com sobrados geminados nas
duas divisas laterais.
Prever caixa de gordura apenas quando exigido pela Concessionária
Prever pontos de inspeção nos pontos de mudança de direção da
tubulação de esgoto e na divisa do lote, para lançamento em rede
externa, mesmo que haja fossa e sumidouro.

Complementos Placas para identificação das ruas e unidades habitacionais


Marcação dos lotes com piquetes de concreto ou ferro nos vértices
Para Condomínios, o fechamento na divisa deve ter altura mínima de
1,80 m, podendo ser em tela ou em alvenaria
Plantio de 1 muda de árvore, com altura de 1,00 m, por lote
Para Condomínios, prever o plantio de grama em placas no recuo # # #
frontal dos lotes, bem como tratamento estético das fachadas das
unidades habitacionais
Para Condomínios, prever a instalação de caixa de correio quando não
houver guarita
Limpeza final
Ao final das obras as instalações internas das edificações e das redes
de condomínio devem estar interligadas às redes públicas, testadas e
em perfeito estado de funcionamento

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

PARÂMETROS CAIXA PARA ANÁLISE DE VIABILIDADE DE ENGENHARIA 18


2.4.2 FLEXIBILIZAÇÃO PARA CASAS COM VALOR DE VENDA ABAIXO DE R$ 17.000,00.

Pode ser adotada flexibilização nas exigências, se esgotadas todas as outras alternativas para redução do
valor de venda da unidade relacionados a itens como: valor de terreno, corretagem, lucro da Construtora.

Tal flexibilização é admitida em caráter de excepcionalidade, sempre com o intuito de atender um público de
poder aquisitivo mais baixo, adquirente de casas com Valor de Venda abaixo de R$ 17.000,00.

Primeiramente, as concessões são realizadas em itens que apresentem menor interferência no desempenho
da habitação ou itens nos quais o usuário terá menor dificuldade para promover reformas futuras.

Nesse sentido, sugerimos obedecer a hierarquia abaixo, quanto às especificações que podem ser suprimidas
ou alteradas:

1o Exclusão pintura interna.


o
2 Exclusão da cerâmica do piso.
3o Exclusão de azulejo, desde que mantendo barra impermeável no box e paredes onde hajam instalações
hidráulicas.
4o Exclusão da folha de portas internas (cozinha e dormitório).
5o Substituição da pintura externa látex por pintura a cal.
o
6 Eliminação da estrutura de telhado, utilizando laje inclinada.
o o
7 Exclusão da ampliação de radier do 2 dormitório.
o
8 Redução do número de tomadas; eliminar ponto de água de filtro, ducha higiênica e máquina de lavar;
substituir caixa acoplada de vaso por caixa de descarga suspensa (externa), com “cordinha”.
9o Execução das tubulações aparentes.
o
10 Utilização do forro de madeira e laje somente sobre o banheiro.
11o Exclusão do forro, mantendo somente a laje sobre o banheiro.

Caso ainda não se tenha alcançado Valor de Venda para as unidades habitacionais compatível com o poder
aquisitivo do público alvo, pode ser estudada alternativa complementar relacionada com redução de áreas de
ambiente interno, aquém do mínimo previsto no quadro de Dimensões Mínimas de Mobiliário e Circulação –
item 2.4.4.

Em paralelo, podem ser estudadas outras flexibilizações, tais como:

• dimensões dos lotes;


• implantação no lote (geminação),
• contenções (substituição das contenções com muros de arrimo por taludes com previsão de bermas,
drenagem e proteção vegetal).

IMPORTANTE:

• Não são permitidas reduções na infra-estrutura dos loteamentos, sendo imprescindível abastecimento
de água, esgoto, energia, iluminação pública, guias/sarjetas, drenagem e pavimentação.

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

PARÂMETROS CAIXA PARA ANÁLISE DE VIABILIDADE DE ENGENHARIA 19


2.4.3 APARTAMENTOS - CONDIÇÕES MÍNIMAS E EXIGÊNCIAS

APARTAMENTOS: CONDIÇÕES MÍNIMAS E EXIGÊNCIAS REGIÕES


Em Condomínios Verticais
SP CP BU

Redes Água Estas redes devem tangenciar em algum ponto o perímetro do


Esgoto empreendimento;
Devem oferecer vazão, dimensionamento e capacidade para atender # # #
Energia Elétrica
Infra Externa

ao Empreendimento.
Iluminação Pública
No acesso principal do empreendimento # # #
Pavimentação
Guias e Sarjetas No acesso principal do empreendimento # # #
Transporte Coletivo, Coleta de
Lixo, Escola, Creche, Posto de No entorno do empreendimento # # #
Saúde
As obras de infra externa devem estar concluídas até a contratação do financiamento. Excepcionalmente, a critério do
Escritório de Negócios, a infra externa pode ser executada em paralelo com as obras do empreendimento, desde que
haja capacidade financeira para suportar o custo desta infra externa.

Terraplenagem Compactação Em camadas com espessura máxima de 20 cm; # # #


Grau de compactação mínimo de 95 % do proctor normal.

Cota de nível do Em terreno em aclive: Cota de soleira do hall térreo, no mínimo, com
Prédio 30 cm acima do greide da rua interna mais próxima, quando existir, ou
da rua externa (na ausência da rua interna); # # #
Em terreno em declive: Cota de soleira do hall térreo, no mínimo, com
15 cm acima da calçada ou jardim que circunda o edifício.
Controle
tecnológico Executar em conformidade com as Normas Brasileiras # # #

Taludes e Inclinação máxima de 45o em relação à horizontal;


Contenções Somente é permitido deitar saia de talude em terreno externo ao
empreendimento com autorização escrita do vizinho. # # #
Talude com proteção vegetal para qualquer desnível.
Nos desníveis a partir de 3,00m prever a execução de bermas providas
de canaleta.

Acesso ao Pedestres Preferencialmente, por rampa com declividade máxima de 8 %.


Infra Interna

Empreendimento Prever acessos distintos para pedestres e veículos.


# # #
Veículos Preferencialmente, prever apenas um acesso para entrada e saída de
veículos.

Redes Água Devem ser dimensionadas para atender todo o empreendimento,


Esgoto mesmo havendo unidades não financiadas.
Devem ser obedecidas as normas das Concessionárias, mesmo # # #
Energia Elétrica
quando se tratar de sistemas internos específicos para o Condomínio.
Iluminação Interna

Drenagem As águas pluviais coletadas por calhas e condutores devem ser # # #


conduzidas por sistema de drenagem superficial ou subterrânea.

Pavimentação Ruas Devem ser pavimentadas as ruas de acesso aos prédios financiados
Devem, também, ser pavimentadas todas as ruas onde houver rede
subterrânea de drenagem;
# # #
Devem ser dimensionadas em função do tráfego;
O pavimento pode ser em asfalto, paralelepípedo ou blocos de
concreto, com controle tecnológico de acordo com a Norma Brasileira.

Estacionamento Deve ser pavimentada toda a área de estacionamento.


Excepcionalmente, no local das vagas, são admitidos pavimentos # # #
intercalados com grama.

Guias e Sarjetas Devem acompanhar todas as ruas pavimentadas, inclusive # # #


estacionamento.

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

PARÂMETROS CAIXA PARA ANÁLISE DE VIABILIDADE DE ENGENHARIA 20


APARTAMENTOS: CONDIÇÕES MÍNIMAS E EXIGÊNCIAS REGIÕES
Em Condomínios Verticais
SP CP BU

Instalações Elétricas e Quando houver portaria: instalar interfones (tubulação, fiação e


Equipamentos aparelhos)
Quando não houver portaria: instalar porteiro eletrônico (tubulação,
(interfone, porteiro eletrônico e
fiação e aparelhos)
antena coletiva) e
Infra Interna

Nos financiamentos com Recursos do FGTS: instalar antena coletiva


Número mínimo de pontos em (tubulação, fiação e antena) # # #
Áreas de Uso Comum Nos financiamentos com Recursos da CAIXA ou do FAT HABITAÇÃO
é opcional a fiação e a antena, sendo obrigatória a tubulação.
Prever instalação de luminárias nas áreas de uso comum.
Número mínimo de pontos:
Tomadas - 1 para porteiro eletrônico, 1 na guarita e 2 no hall térreo;
Campainha - 1 de campainha no hall para cada apartamento;
De luz - 2 no hall (1 para luz de emergência), 2 no hall térreo (1 para
luz externa);
Interfone – 1 de interfone no hall térreo.

Dimensões dos Ambientes Vide quadro: DIMENSÕES MÍNIMAS DE MOBILIÁRIO E # # #


CIRCULAÇÃO – CASAS E APARTAMENTOS, no item 2.4.4
# #
Ventilação e Iluminação Ventilação e iluminação naturais (direta ou indireta) no banheiro
Ventilação e iluminação naturais (direta ou indireta) no banheiro
principal. Nos demais banheiros admite-se ventilação/exaustão #
mecânica e iluminação artificial.
Pé direito
Mínimo de 2,30 m nos banheiros e 2,50 m no restante # # #

Sem elevador: até 4 pavimentos. Excepcionalmente, pode ser


Tipologia e # # #
acatada solução de blocos com solução mista de 4 e 5 pavimentos,
desde que o acesso seja pela projeção de 4 pavimentos.
Número de Elevadores Sem elevador: até 4 pavimentos. Excepcionalmente, pode ser
Unidade Habitacional

acatada solução até 5 pavimentos, quando os apartamentos tiverem #


valor de venda máximo de R$ 38.000,00.
Um elevador: até 8 pavimentos (térreo + 7 pavimentos tipo) e até 4
apartamentos por pavimento. Os pavimentos de subsolo, para # #
garagens, não devem ser computados nesta contagem.
Um elevador: até 10 pavimentos (térreo + 9 pavimentos tipo) e até 4
apartamentos por pavimento. Os pavimentos de subsolo, para #
garagens, não devem ser computados nesta contagem.
Dois elevadores: acima de 8 pavimentos ou acima de 4 apartamentos # #
por andar.
Dois elevadores: acima de 9 pavimentos ou acima de 4 apartamentos #
por andar.

Quantidade Mínimo de uma vaga por apartamento # # #


Vagas de
Garagem Largura de 2,20 m para automóvel pequeno ou médio;
Dimensões Largura de 2,50 m para automóvel grande.
Largura de 2,80 m quando houver parede contínua nas duas laterais.
A distribuição de vagas pequenas, médias e grandes deve atender à
# # #
legislação municipal.
Profundidade das vagas e circulação de veículos conforme legislação
municipal.
Implantação As vagas devem estar, preferencialmente, em local plano. Evitar
locação ao longo de rampas # # #
Enclausuramento máximo de uma vaga, desde que do mesmo
Enclausuramento apartamento # #
Adota-se a Legislação Municipal,
#

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

PARÂMETROS CAIXA PARA ANÁLISE DE VIABILIDADE DE ENGENHARIA 21


APARTAMENTOS: CONDIÇÕES MÍNIMAS E EXIGÊNCIAS REGIÕES
Em Condomínios Verticais
SP CP BU

Fundações Conforme projeto específico # # #

Estrutura Conforme projeto específico


Adotar ações preventivas para evitar fissuras no encontro da laje com a # # #
Reticulada de
Concreto alvenaria.

Estrutura em Conforme projeto específico


Alvenaria Espessura mínima das paredes estruturais igual a 14 cm
Estrutural Adotar ações preventivas para evitar fissuras no encontro da laje com a
alvenaria.
Cinta de amarração no respaldo da alvenaria # # #
Vergas e contra-vergas nos vãos, com transpasse de 20cm
Somente para paredes com espessura a partir de 11,5 cm, é permitida
fôrma em canaletas para vergas e cintas.
Não é permitido substituir a verga por ferragem embutida na
argamassa de assentamento de fiadas.

Alvenaria de No encontro entre paredes efetuar amarração das fiadas ou executar


pilar. # # #
vedação
Utilizar grampos ou telas somente quando a modulação de tijolos o
Unidade Habitacional

exigir, e neste caso, efetuar amarração a cada duas fiadas.

Alvenaria em Paredes em contato com o solo:


Especificações

contato com solo - solução de projeto através de parede dupla, impermeabilizada na


face em contato com o solo e com espaçamento mínimo de 5cm
# # #
entre as paredes, dotadas de dispositivo de drenagem; ou solução
em caixão perdido com parede impermeabilizada na face voltada
para o solo e dispositivo de drenagem.
- evitar em ambientes de permanência prolongada.

Armários como Nos financiamentos com Recursos do FGTS não é permitida utilização
Parede Divisória de armários como parede divisória entre dormitórios. # # #
Nos financiamentos com Recursos da CAIXA ou do FAT HABITAÇÃO
é permitido somente para apartamentos com mais de 3 dormitórios

Esquadrias Janelas em dormitório com veneziana além da folha de vidro


Portas externas com folha de 80 cm de largura.
Ou alçapão, ou portinhola ventilada, para acesso ao forro
Quando utilizar esquadrias de alumínio:
- perfis adequados aos vãos, atendendo aos requisitos quanto a não
vibração, rigidez, vedação e durabilidade;
- proteção de fábrica (com plástico ou madeirite) até conclusão do
revestimento de paredes # # #
Quando utilizar esquadrias de aço:
- tratamento anti-ferruginosa de fábrica;
- proteção de fábrica (com plástico ou madeirite) até conclusão do
revestimento de paredes
Quando utilizar madeira:
- que a mesma seja selecionada, evitando-se madeiras verdes,
empenadas ou com existência de nós, brocas e cupins;
- que as folhas de porta externa e janelas sejam maciças e tenham
espessura mínima de 3 cm;
- que as folhas de porta em chapa compensada sejam encabeçadas
e tenham espessura mínima de 3,5 cm.

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

PARÂMETROS CAIXA PARA ANÁLISE DE VIABILIDADE DE ENGENHARIA 22


APARTAMENTOS: CONDIÇÕES MÍNIMAS E EXIGÊNCIAS REGIÕES
Em Condomínios Verticais
SP CP BU

Cobertura Telhas de fibrocimento com espessura mínima de 8 mm, encoberta por


platibanda.
Estrutura do telhado em madeira de lei imunizada
Calhas com declividade mínima de 2%
Rufos com largura acima de 25 cm.
Ralos com grelha hemisférica nas entradas dos condutores
Para telhado com telhas de barro e beiral aparente:
- Emboçamento de beirais e cumieiras com argamassa de cimento, # # #
cal e areia;
- Acabamento do beiral com tabeira, testeira, ripamento final
dobrado, e pintura do madeiramento;
- Calhas e rufos em chapa de zinco galvanizada, com pintura anti-
corrosiva para prédios acima de 5 pavimentos. Até 5 pavimentos as
calhas podem ser substituídas pela execução da calçada periférica
com 20 cm além da projeção do beiral.
Barrilete concentrado, de fácil acesso, com identificação e iluminação
Evitar passagem sobre telhas para acessar calhas, antenas, abertura
de tubos de ventilação

Impermeabilização Impermeabilização nos seguintes locais:


- fundações (baldrame ou alvenaria de embasamento);
- pisos ou lastros em contato com o solo (principalmente piso de
apartamento térreo);
- alvenarias em contato com o solo (parede dupla);
- reservatórios;
Unidade Habitacional

- lajes expostas (coberturas de sub-solo e outras). Não é permitido o # # #


uso lajes descobertas, exceto: cobertura de casa de máquinas e
barrilete, terraços e pisos de áreas molháveis.
Especificações

Assentamento das 3 primeiras fiadas com aditivo impermeabilizante


Barrado impermeável no perímetro da parede externa dos prédios,
com altura de 50cm.

Revestimento Azulejo até o teto no box e 1,50m nas paredes do banheiro


Azulejo até o teto apenas na parede hidráulica ou até 1,50m em todas
Interno e as paredes, na cozinha
Azulejo até 1,50m na parede do tanque
Pintura Gesso nas paredes e tetos, com exceção das paredes das áreas
molháveis (box) e áreas úmidas (cozinha, banheiro, área de serviço).
Optando por gesso nas paredes do térreo, executar:
- baldrames ou radier impermeabilizados;
- camada drenante de brita sob o piso de no mínimo 5 cm;
- piso acabado interno com no mínimo 15 cm acima da calçada
perimetral externa; apenas no hall de acesso este desnível pode
ser de 1,5 cm
- argamassa de assentamento dos blocos com aditivo
a
impermeabilizante até a 3 fiada;
- revestimento externo impermeável em faixa com no mínimo 50 cm
de altura. # # #
Para prédios sem elevador não é permitido o revestimento da caixa de
escada e do hall com gesso, necessitando chapisco e emboço
paulista.
Para prédios com elevador, optando por revestimento de gesso nas
áreas comuns, há necessidade de aplicar rodapé impermeável
(cerâmica, ardósia, etc...)
No caso de lajes maciças com acabamento liso, pode haver apenas
regularização da superfície e posterior pintura.
Pintura à cal nos áticos e sub-solos
Pintura impermeável nos hall de elevadores, hall do térreo, salão de
festas/jogos e guarita. Para prédios sem elevador acrescentar pintura
impermeável na escadaria.
Para esquadrias de madeira: tratamento e pintura a óleo.
Para esquadrias metálicas: tratamento prévio, pintura anti-ferruginosa
de fábrica e pintura final em esmalte.

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

PARÂMETROS CAIXA PARA ANÁLISE DE VIABILIDADE DE ENGENHARIA 23


APARTAMENTOS: CONDIÇÕES MÍNIMAS E EXIGÊNCIAS REGIÕES
Em Condomínios Verticais
SP CP BU

Revestimento Chapisco, massa única ou emboço paulista, e pintura látex acrílica.


Externo Excepcionalmente, revestimentos sem execução prévia de chapisco
podem ser aceitos, mediante comprovação de desempenho do produto
# # #
através de ensaios, e com garantia de 10 anos do Fabricante e
Construtor.
Adotar ações preventivas para evitar fissuras no encontro da laje com a
alvenaria.

Pisos Calçada Perimétrica: largura mínima de 60 cm, devendo superar em


10 cm a projeção do beiral e possuir caimento mínimo de 2% para o
exterior.
Para prédios até 5 pavimentos, com beiral aparente e sem calha, a
calçada deve superar em 20 cm a projeção do beiral.
Cerâmica no banheiro e na cozinha e cimentado no resto # # #
Onde houver revestimento do piso deverá ser executado rodapé
Pisos em madeira devem ser entregues raspados, calafetados e
tratados
Piso do box com desnível em 2 cm, com caimento exclusivo para o
ralo. Opcionalmente ao desnível, é facultado o uso de
“bit/baguete/filete” , em pedra, com altura mínima de 2 cm.

Soleira e peitoril Soleira ou “bit/baguete/filete” nas portas externas com desnível mínimo
de 1,5 cm em relação ao piso acabado externo # # #
Peitoril nas janelas com caimento para o exterior
Unidade Habitacional

Instalações As instalações devem ser embutidas na alvenaria


Prever circuito específico para aparelhos com consumo superior a
Especificações

Elétricas e 2.500W e preferencialmente com voltagem de 220V


Prever circuitos independentes para tomadas e iluminação
Telefonia Adotar codificação por cores para a fiação
Utilizar fiação de 6 mm2 para ponto de chuveiro e 2,5 mm2 para
demais tomadas
Não executar emendas de fios dentro de eletrodutos
Utilizar pontos de luz no teto. Pontos na parede são auxiliares.
1 ponto de telefone e 1 de campainha, 1 ponto de interfone, 1 ponto de
antena e, no mínimo de pontos de tomada elétrica: 2 na sala, 4 na
cozinha, 2 na área de serviço, 2 em cada dormitório (sendo uma
baixa), 1 tomada no banheiro e mais 1 tomada quando houver chuveiro # # #
elétrico.
Nos financiamentos com Recursos do FGTS: instalar antena coletiva
(tubulação, fiação e antena)
Nos financiamentos com Recursos da CAIXA ou do FAT HABITAÇÃO
é opcional a fiação e a antena, sendo obrigatória a tubulação.
Prever a instalação de portão de pedestres com fechadura elétrica
Prever a instalação de portão de veículos com acionamento elétrico
(tubulação, fiação e equipamento)
Quando houver portaria: instalar interfones (tubulação, fiação e
aparelhos)
Quando não houver portaria: instalar porteiro eletrônico (tubulação,
fiação e aparelhos)
Prever instalação de luminárias, com lâmpadas, nas áreas de uso
comum.
Bombas de recalque:
- Compartimento de fácil acesso;
- Instalação de no mínimo 2 bombas com manobra simultânea, por
sistema de recalque;
- O circuito para deve de protegido com chaves magnéticas e chaves
reversoras, todas em quadro de comando com identificação,
guarnecido com portas com iluminação;
- Tubulação de recalque com válvula de retenção, registro de gaveta
e uniões que facilitem a retirada das bombas.
Não é permitido o uso de pára-raio radioativo

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

PARÂMETROS CAIXA PARA ANÁLISE DE VIABILIDADE DE ENGENHARIA 24


APARTAMENTOS: CONDIÇÕES MÍNIMAS E EXIGÊNCIAS REGIÕES
Em Condomínios Verticais
SP CP BU

Instalações As instalações devem ser embutidas na alvenaria


Excepcionalmente, pode ser utilizada tubulação aparente com
Hidro-sanitárias carenagem sob bancadas, lavatórios, tanques e atrás de fogão e
geladeira desde que não haja comprometimento visual ou estético.
Prever pontos de água: para filtro na cozinha, para ducha higiênica no
banheiro e para máquina de lavar na área de serviço.
Efetuar teste de fumaça com as tubulações ainda aparentes
Prever registros de gaveta, internos aos apartamentos, nas derivações
de prumada de água.
Tanque de louça.
Vaso sanitário com caixa de louça acoplada.
Pia de cozinha e cuba em marmorite de 1,20m.
Metais cromados com canoplas
Sifões de plástico flexível (corrugado). Não utilizar sifão de borracha
(tipo “maria-mole”). # # #
Engate flexível (“rabicho”) metálico para prédio com elevador
Prever Instalação de papeleira e saboneteira no banheiro quando não
houver revestimento de azulejos até o teto no banheiro
Prever ralo com condutor em sacadas com área maior que 2,40 m2 e
Unidade Habitacional

profundidade maior que 80 cm


Para profundidades até 80 cm pode ser dispensado ralo com condutor
desde que sejam previstas pingadeiras.
Especificações

Prever ralo na área de serviço.


Havendo “divisão física” do box, é necessário ralo no banheiro, além do
ralo do box.
Evitar passagem de tubulação de esgoto sob compartimentos de
apartamentos térreos.
Prever caixa de gordura apenas quando exigido pela Concessionária
Prever caixas de inspeção nos pontos de mudança de direção da
tubulação de esgoto e na divisa do lote, para lançamento em rede
externa, mesmo que haja fossa e sumidouro.
Tubo de ventilação em todos os banheiros, cozinha e área de serviço

Instalações de Bateria de bujão de gás no térreo (central de gás), bem como, toda a
Gás rede de distribuição de gás para os apartamentos.
# # #
Para empreendimentos sem elevador com instalação de sistema de
aquecimento de água à gás deve-se fornecer o aquecedor ou instalar
um ponto de energia para chuveiro elétrico.

Complementos Placas para identificação das ruas, blocos e unidades habitacionais


O fechamento na divisa deve ter altura mínima de 1,80 m podendo ser
em tela ou alvenaria
Prever o paisagismo das áreas de uso comum
Prever a instalação de equipamentos de playground # # #
Prever a execução do passeio público
Prever a instalação de caixa de correio quando não houver guarita
Limpeza final
As instalações devem estar interligadas às redes públicas, testadas e
em perfeito estado de funcionamento

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

PARÂMETROS CAIXA PARA ANÁLISE DE VIABILIDADE DE ENGENHARIA 25


2.4.4 DIMENSÕES MÍNIMAS DE MOBILIÁRIO E CIRCULAÇÃO – CASAS E APARTAMENTOS

MOBILIÁRIO
CIRCULAÇÃO OBSERVAÇÕES
AMBIENTE (m)
MÓVEL OU DIMENSÕES (m)
EQUIPAMENTO Largura Profund

Sofá de 3 lugares com braço 1,70 0,70


Sala de Estar Capital: prever espaço de Largura mínima sala de estar :
Sofá de 2 lugares com braço 1,20 0,70 0,50 m na frente do assento 2,40m.
Poltrona com braço 0,80 0,70 para sentar, levantar e
circular. Quantidade mínima de móveis
Sofá de 3 lugares sem braço 1,50 0,70 CP e BU: prever 0,60 m. determinada pelo número de
habitantes da unidade. Os sofás
Sofá de 2 lugares sem braço 1,00 0,70 devem prever número de assentos
no mínimo igual ao número de
Poltrona sem braço 0,50 0,70
leitos.
Capital: 0,50 m.
Estante/armário para TV 0,80 0,50 CP-BU: 0,60 m. Espaço para o móvel obrigatório.
Mesinha centro ou cadeira apoio - - - Espaço para os móveis opcional.

Mesa redonda para 4 pessoas ∅ 1,00 - Largura mínima da sala de


Sala Estar/Jantar Circulação mínima de 0,75 m estar/jantar e da sala de jantar
Mesa redonda para 6 pessoas ∅ 1,20 - a partir da borda da mesa (isolada): 2,40 m.
Sala de Jantar
Mesa quadrada para 4 pessoas 1,00 1,00 (espaço para afastar a Quantidade mínima: 1 mesa de 4
Copa cadeira e levantar) pessoas.
Copa/Cozinha Mesa quadrada para 6 pessoas 1,20 1,20 Admite-se layout com cabeceira
de mesa encostada na parede,
Mesa retangular para 4 pessoas 1,20 0,80 desde que haja espaço suficiente
para seu afastamento, quando da
Mesa retangular para 6 pessoas 1,50 0,80
utilização
Pia 1,20 0,60 Circulação mínima de 0,90 m Largura mínima da cozinha:
Cozinha frontal à pia, fogão e 1,60 m.
Fogão 0,60 0,60 geladeira.
Geladeira 0,70 0,70 Quantidade mínima: pia, fogão e
geladeira.
Armário sobre a pia e gabinete - - - Espaço para o móvel obrigatório.

Apoio para refeição ( 2 pessoas) - - - Espaço para o móvel opcional.

Cama de casal 1,40 2,00 Capital: circulação mínima Quantidade mínima: 1 cama, 2
Dormitório Casal entre o mobiliário de 0,50 m. criados e 1 guarda-roupa.
Criado-mudo 0,50 0,50 Admite-se apenas 1 criado-mudo,
(dormitório principal)
Guarda-roupa 1,60 0,55 CP e BU: mínimo 0,60 m. quando o segundo interferir na
abertura de portas do guarda-
roupa.
Duas camas de solteiro 0,80 2,00 Circulação mínima entre as
Dormitório para 2 camas: 0,80 m. Quantidade mínima: 2 camas, 1
Criado-mudo 0,50 0,50 Demais circulações: 0,50 m criado e 1 guarda-roupa.
Pessoas
( 2o dormitório) Guarda-roupa 1,60 0,55 na Capital e 0,60 m em CP e Admite-se a substituição do criado-
BU. mudo por mesa de estudo.
Mesa de estudo 0,80 0,60 - Espaço para o móvel opcional.

Cama de solteiro 0,80 2,00 Capital: circulação mínima Dimensão mínima: a que permita
Dormitório para 1 entre o mobiliário de 0,50 m. inscrever um círculo de ∅ 2,10m.
Criado-mudo 0,50 0,50 Quantidade mínima: 1 cama, 1
Pessoa
( 3o dormitório) Armário 1,20 0,55 CP e BU: mínimo 0,60 m. criado e 1 guarda-roupa.

Mesa de estudo 0,80 0,60 - Espaço para o móvel opcional.

Lavatório tamanho médio


Banheiro Circulação mínima de 0,50 m Largura mínima do banheiro:
Lavatório com bancada 0,80 0,55 frontal ao lavatório, vaso e 1,20 m.
Vaso sanitário (caixa acoplada) 0,60 0,70 bidê. Admite-se circulação
de 0,45 m, quando vaso Quantidade mínima: 1 lavatório, 1
Vaso sanitário 0,60 0,60 sanitário de 0,70 m. vaso e 1 box.

Box quadrado 0,80 0,80


Box retangular 0,70 0,90
Bidê 0,60 0,60 Peça opcional.

Tanque 0,60 0,55 Circulação mínima de 0,50 m Quantidade mínima: 1 tanque e 1


Área de serviço frontal ao tanque e máquina máquina, (tanque de no mínimo 20
Máquina de lavar roupa 0,60 0,65 de lavar. litros).

Corredor/Escada 0,80 - -

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

PARÂMETROS CAIXA PARA ANÁLISE DE VIABILIDADE DE ENGENHARIA 26


2.5 MEMORIAL DESCRITIVO

2.5.1 OBJETIVO DO DOCUMENTO

O Memorial Descritivo objetiva, em forma dissertativa, esclarecer os materiais, equipamentos e técnicas de


execução a serem utilizados na obra, caracterizando previamente como ficará a construção após concluída.
O Memorial Descritivo é um complemento do projeto, ou seja, é um complemento dissertativo da peça gráfica
PROJETO.

2.5.2 ANÁLISE DA CAIXA

Verifica se o Memorial caracteriza perfeitamente o objeto a ser construído, sem omissões, sem
incompatibilidades e sem indeterminações que possam gerar dúvidas.

Enquadra o “Padrão de Acabamentos” do empreendimento, através de comparação do Memorial proposto


com as tipologias do SINAPI – Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil,
desenvolvido e mantido pela CAIXA.
Os parâmetros SINAPI para enquadramento nos padrões Alto, Normal, Baixo e Mínimo são apresentados no
item 5 – Anexo Q.

Verifica a coerência entre os documentos: Memorial Descritivo, Quadros da NBR 12.721, Projeto e Orçamento.

Observa se os materiais atendem a um padrão de qualidade que confira às obras condições de habitabilidade,
garantindo vida útil prolongada e minimizando os custos de manutenção.

2.5.3 PREENCHENDO O MEMORIAL DESCRITIVO

Utilizar os modelos padronizados do item 5:


• ANEXO C: Memorial Descritivo - Habitação/Equipamentos Comunitários
• ANEXO D: Memorial Descritivo - Infra-Estrutura

IMPORTANTE:

• O conceito de qualidade da obra deve ser entendido como resultado da boa técnica de execução,
devendo estar presente em todos os serviços independentemente do padrão de acabamento ou tipo de
material utilizado.

• O Memorial Descritivo apresentado à CAIXA deve estar coerente com aquele apresentado à Prefeitura,
com as citações em stand de vendas (material publicitário), que não necessitam apresentação à
CAIXA.

• Qualquer alteração nas especificações, após a contratação, deve ser previamente comunicada por
escrito à CAIXA, estando sua aplicação condicionada à análise e aprovação por parte da Engenharia
da CAIXA.

• Não é admitida a utilização do termo “SIMILAR”, podendo-se especificar até 3 marcas, com
desempenho técnico equivalente, que servirão de balizamento de qualidade.

• Se o desempenho técnico não for equivalente, adotar-se-á, em qualquer decisão a ser tomada, o de
melhor desempenho técnico.

• Devem ser especificados materiais de longa durabilidade, principalmente, nos acabamentos de áreas
externas (cobertura, parede e piso) e áreas internas de uso comum.

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

PARÂMETROS CAIXA PARA ANÁLISE DE VIABILIDADE DE ENGENHARIA 27


2.6 ORÇAMENTO

2.6.1 OBJETIVO DO DOCUMENTO

Tem por objetivo detalhar o custo da obra.

2.6.2 ANÁLISE DA CAIXA

A análise da CAIXA prioriza a aferição do custo por serviço, que é analisado por comparação com:
• custos praticados na região;
• sistema de custo do SINAPI.

A análise da CAIXA, secundariamente, afere o indicador de custo unitário de construção (R$/m2) do


empreendimento, que é comparado com índices de custo praticados na região e no SINAPI.

A análise da CAIXA também verifica a incidência percentual de cada serviço em relação ao custo da obra.

2.6.3 PREENCHENDO O ORÇAMENTO

Utilizar modelos padronizados dom item 5 – Anexos D e E, separados em: habitação, equipamentos
comunitários e infra-estrutura.

A planilha fornecida solicita primeiramente o lançamento dos quantitativos e custos por serviço, sendo gerado a
partir disso o ORÇAMENTO DISCRIMINATIVO, a folha ORÇAMENTO RESUMO e o CRONOGRAMA FÍSICO-
FINANCEIRO (coluna de valores dos itens).

No preenchimento do ORÇAMENTO DISCRIMINATIVO os valores devem estar sem BDI.


O BDI deve ter seu percentual informado em campo específico, no último item do orçamento, assim,
automaticamente a folha ORÇAMENTO RESUMO será gerada com o BDI incluso.

Para o item "Serviços Preliminares e Gerais" o máximo aceito é 6% do total da obra, sendo admitido até 60%
deste item para “Preliminares”.
O custo de projetos deve estar incluído em “Preliminares”.
Para o item "Ligações e Habite-se" o mínimo aceito é 2% do total da obra.
O uso de valores como “verba” deve ser restrito.

PARA EMPREENDIMENTOS HORIZONTAIS:


• elaborar um Orçamento Discriminativo e uma folha Orçamento Resumo para cada unidade tipo;
• elaborar uma folha Orçamento Resumo global contemplando todas as unidades (o cronograma de
habitação global deve ser gerado deste orçamento).
• elaborar um Orçamento Discriminativo e uma folha Orçamento Resumo para equipamentos
comunitários internos (escola, creche, ...), quando houver;
• elaborar um Orçamento Discriminativo e uma folha Orçamento Resumo para infra-estrutura.

PARA EMPREENDIMENTOS VERTICAIS:


• elaborar um Orçamento Discriminativo e uma folha Orçamento Resumo para cada bloco tipo.
• elaborar uma folha Orçamento Resumo global contemplando todos os blocos (o cronograma de
habitação global deve ser gerado deste orçamento global).
• elaborar um Orçamento Discriminativo e uma folha Orçamento Resumo para equipamentos
comunitários internos (escola, creche, posto de saúde, ...), quando houver.
• elaborar um Orçamento Discriminativo e uma folha Orçamento Resumo para infra-estrutura.

IMPORTANTE:
• Complementos, tais como: piscina, playground, guarita, salão de festas, etc.. são considerados
serviços complementares e devem constar nos modelos da seguinte forma:
 Nos empreendimentos horizontais, tais Complementos devem ser lançados no Orçamento de
Infra-Estrutura, campo “12. Outros”;
 Nos empreendimentos verticais até duas torres, tais Complementos devem ser lançados no
Orçamento de Habitação, campo “9.3 Outros”;
 Nos empreendimentos verticais com mais de duas torres, tais Complementos devem ser
lançados no Orçamento de Infra-Estrutura, campo “12. Outros”, se separados do corpo da torre.
• Em caso de empreendimentos em módulos, vide instruções adicionais no ítem 2.12.
• Os itens “Serviços Preliminares” e “Outros” constam nos dois modelos ( Habitação/Equip. Comunitário
e Infra-Estrutura), contudo devem ser preenchidos em apenas um dos modelos, evitando duplicidade.

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

PARÂMETROS CAIXA PARA ANÁLISE DE VIABILIDADE DE ENGENHARIA 28


2.7 CRONOGRAMA

2.7.1 OBJETIVO DO DOCUMENTO

Tem por objetivo programar o desenvolvimento da obra ao longo do prazo de construção, traduzindo a
evolução física da obra em recursos financeiros.

2.7.2 ANÁLISE DA CAIXA

A análise da CAIXA observa prioritariamente a coerência da distribuição dos serviços ao longo do tempo, ou
seja, a seqüência lógica de serviços de acordo com as etapas de obra, bem como os serviços programados e
respectivos prazos. Contudo, também é analisado o cumprimento de exigências operacionais, que são citadas
a seguir.

2.7.3 PREENCHENDO O CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO

Utilizar modelos padronizados da CAIXA, separados em habitação, equipamentos comunitários e infra-


estrutura, apresentados nos anexos deste Manual, e que são fornecidos em planilhas EXCEL.

A coluna “VALOR DOS SERVIÇOS” do Cronograma é preenchida automaticamente a partir do lançamento dos
quantitativos e custos unitários no ORÇAMENTO DISCRIMINATIVO.

No CRONOGRAMA deve ser lançada a distribuição dos serviços ao longo dos meses, ou melhor, a
porcentagem de distribuição do serviço ao longo dos meses; os demais dados são preenchidos
automaticamente, a partir da folha Orçamento Resumo.

Quando houver serviços já realizados, devem ser lançados na coluna “Executado”.

Elaborar um cronograma de Habitação para cada conjunto de casas ou bloco tipo sempre que essas obras não
forem executadas concomitantemente.

Elaborar um cronograma de Habitação global, gerado da folha Orçamento Resumo Habitação global.

Elaborar um cronograma para Equipamentos Comunitários (quando houver).

Elaborar um cronograma para Infra-Estrutura (quando houver).

Elaborar um cronograma global (resultante da superposição dos três últimos citados anteriormente).
Sendo este o cronograma que orienta o desembolso de recursos pela CAIXA.

Quando houver diferentes tipologias de casas ou blocos e essas obras não forem executadas
concomitantemente, recomenda-se abrir uma linha para cada tipologia de casas ou blocos no cronograma
global.

Os três últimos meses do cronograma global deverão somar no mínimo 20% do valor total da obra, sendo
que o último mês não poderá ser inferior a 5%.

IMPORTANTE: não confundir Cronograma Físico-Financeiro de Obra com Cronograma de Desembolso.

CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO DE OBRA CRONOGRAMA DE DESEMBOLSO

• elaborado pela Construtora • elaborado pela CAIXA


• contempla o custo total de construção • contempla: terreno, construção, despesas
(habitação, equip comunit, infra) diversas e lucro.

• elaborado em função da evolução física da • é decorrente do cronograma de obra


obra. conjugado com as regras do programa de
financiamento.
• não demonstra a utilização de recursos • demonstra a utilização de recursos próprios,
próprios, financiamento e FGTS. financiamento e FGTS.

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

PARÂMETROS CAIXA PARA ANÁLISE DE VIABILIDADE DE ENGENHARIA 29


2.8 QUADROS DA NBR 12.721

2.8.1 OBJETIVO DO DOCUMENTO

Os quadros da NBR 12.721 foram introduzidos pela lei federal 4591/64 (Lei de Incorporações), sendo exigidos
nos empreendimentos que constituam condomínio. Os quadros são parte integrante do Memorial de
Incorporação.

Os quadros têm por objetivo:


• definir a área de cada unidade (privativa, comum e total);
• definir o coeficiente de proporcionalidade, que normalmente (não obrigatoriamente) é adotado como
fração ideal;
• apresentar uma estimativa de custo do empreendimento com base no Custo Unitário SINDUSCON;
• caracterizar o produto através da especificação de acabamento dos materiais de piso, parede e teto,
bem como da especificação dos equipamentos (elevadores, bombas, ...).

2.8.2 ANÁLISE DA CAIXA

A análise da CAIXA verifica:


• a perfeita individualização da área das unidades autônomas (quadros I e II) e sua coerência com o
projeto arquitetônico;
• a concordância entre as áreas constantes no Memorial de Incorporação ou Convenção de Condomínio
com os Quadros I e II da NBR 12721;
• a concordância entre o enquadramento das vagas de garagem nos Quadros I e II e a descrição
constante no Memorial de Incorporação ou Convenção de Condomínio;
• a concordância entre o especificado em memorial e projeto com os quadros V, VI, VII e VIII.

Verificada incoerência apenas nas Áreas Equivalentes de Construção, podem ser mantidos os documentos do
Proponente, desde que não contrariem os critérios da NBR 12.721.

Verificada incoerência nos demais dados dos quadros, é necessária retificação dos documentos.

IMPORTANTE:

• Via de regra, o conceito de área construída adotado nas Prefeituras é diferente do conceito adotado
pela NBR 12.721.

• O conceito de área equivalente é ligado ao custo. É definido em norma como área fictícia que, ao
custo unitário básico, tenha o mesmo valor construtivo que o efetivamente estimado para a área
coberta padrão correspondente. O conceito de equivalência está, portanto, vinculado ao custo
unitário básico e este, vinculado ao projeto padrão.

• O coeficiente de proporcionalidade é obtido através de cálculo no Quadro II, já as frações ideais são
arbitradas pelo Incorporador e definidas no memorial de incorporação/convenção de condomínio, e
constituem uma ficção legal definindo direitos de propriedade do terreno. Nas edificações mistas
(comercial e residencial), a diferença entre a fração ideal e o coeficiente de proporcionalidade pode
ficar bastante evidenciada devido a valorização do térreo em relação aos andares superiores.

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

PARÂMETROS CAIXA PARA ANÁLISE DE VIABILIDADE DE ENGENHARIA 30


2.8.3 SOBRE CONDOMÍNIOS HORIZONTAIS

A principal distinção entre Incorporação de Condomínio Vertical e de Condomínio Horizontal é que neste
último cada unidade autônoma possui uma área de terreno de utilização exclusiva.

No Condomínio Vertical calcula-se um coeficiente de proporcionalidade em função das áreas de construção, e,


normalmente, adota-se o mesmo percentual como Coeficiente de Fração Ideal.

No Condomínio Horizontal, em virtude da existência de área de terreno de uso exclusivo, existirão dois
coeficientes de proporcionalidade: um calculado em função das áreas construídas e outro em função das
áreas de terreno exclusivas. O Coeficiente de Fração Ideal, definidor do direito de propriedade do terreno
comum e das coisas comuns, pode seguir qualquer dos coeficientes de proporcionalidade.

Devem ser elaborados os documentos rotineiros de Incorporação: Memorial de Incorporação, Convenção de


Condomínio e Quadros da NBR 12721.

Além destes rotineiros, convém elaborar um QUADRO COMPLEMENTAR PARA CONDOMÍNIOS


HORIZONTAIS, contemplando: as áreas de terreno de utilização exclusiva, o coeficiente de proporcionalidade,
as áreas não exclusivas e as áreas totais de terreno de cada unidade autônoma.

Na elaboração do Memorial de Incorporação transcrever dos Quadros as seguintes informações sobre a


Unidade Autônoma:
• Quanto ao terreno de cada unidade:
 Área de utilização exclusiva (privativa);
 Área de utilização não exclusiva (uso comum);
 Área total de terreno da unidade autônoma e o percentual de Fração Ideal.
• Quanto à edificação:
 Área real privativa (Quadro II – Área de Divisão não Proporcional - Real - soma das colunas
23 e 28);
 Área real de uso comum (Quadro II – Área de Divisão Proporcional - Real - coluna 35);
 Área real total (Quadro II – Área da Unidade - Real - coluna 37).

Como sugestão, apresentamos no “Item 5: Anexo P” um modelo opcional de QUADRO COMPLEMENTAR


PARA CONDOMÍNIOS HORIZONTAIS.

IMPORTANTE:

• Sugerimos que nos Condomínios Horizontais seja adotado como Fração Ideal o coeficiente de
proporcionalidade calculado em função das áreas de terreno privativas.

• As áreas de terreno de uso não exclusivo são calculadas proporcionalmente aos coeficientes de
frações ideais.

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

PARÂMETROS CAIXA PARA ANÁLISE DE VIABILIDADE DE ENGENHARIA 31


2.8.4 SOBRE VAGAS DE GARAGEM - QUADROS I e II :

As vagas de garagem podem ser classificadas em dois agrupamentos, a saber:

a) VAGAS VINCULADAS A APARTAMENTO:

• são preenchidas na mesma linha dos apartamentos, sendo a unidade autônoma constituída pelo
conjunto apartamento/vaga.
• admitem três enquadramentos nas colunas do quadro II:
 Área de Divisão Não Proporcional - Privativa (coluna 21);
 Área de Divisão Não Proporcional - Uso Comum (coluna 26);
 Área de Divisão Proporcional - Uso Comum (coluna 33).
• necessitam de apenas uma matrícula no Cartório de Registro de Imóveis para o conjunto
apartamento/vaga.

b) VAGAS DESVINCULADAS DE APARTAMENTO:

• também chamadas “vagas autônomas” ou “vagas extras”.


• são preenchidas em linha diferente dos apartamentos.
• admitem dois enquadramentos nas colunas do quadro II:
 Área de Divisão Não Proporcional - Privativa (coluna 21);
 Área de Divisão Não Proporcional - Uso Comum (coluna 26).
• necessitam de matrículas individualizadas, separadas dos apartamentos, no Cartório de Registro de
Imóveis.

IMPORTANTE:

• Para enquadramento das vagas de garagem nas colunas do quadro II, deve-se observar:

 Coluna 21 (Área de Divisão Não Proporcional - Privativa):


 vaga determinada (demarcada, numerada), com possibilidade de fechamento (boxes).

 Coluna 26 (Área de Divisão Não Proporcional - Uso Comum):


 vaga determinada (demarcada, numerada), porém sem possibilidade de fechamento
(permite passagem sobre a mesma).

 Coluna 33 (Área de Divisão Proporcional - Uso Comum):


 pode ser determinada (demarcada, numerada) e pode ser indeterminada (escolha em
sorteio pelo condomínio).
 quando indeterminada deve estar perfeitamente descrito no memorial de incorporação e na
convenção de condomínio que haverá sorteio posteriormente.
 no quadro de áreas aparecerá somada às demais áreas de uso comum pertinentes ao
apartamento.

• Em qualquer das hipóteses anteriores, a área de circulação das garagens deve constar na coluna 33,
agrupada às demais áreas comuns do prédio.

• Área de apartamento e área de garagem sempre devem ser apresentadas distintamente, ou em


linhas separadas (unidades autônomas, desvinculadas) ou em colunas separadas (unidades com
vagas vinculadas).

• Por dificuldade de realização da garantia da CAIXA em casos de adjudicação, deve-se evitar, na


medida do possível, o financiamento de empreendimentos com garagens registradas como VAGA
DESVINCULADA (unidade autônoma).

• Vagas enclausuradas devem ser evitadas.

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

PARÂMETROS CAIXA PARA ANÁLISE DE VIABILIDADE DE ENGENHARIA 32


2.8.5 SOBRE PONDERAÇÃO DE ÁREA EQUIVALENTE – QUADROS I e II

A ÁREA EQUIVALENTE assume maior relevância na análise da CAIXA somente quando o engenheiro opta por aferir o
Orçamento do Proponente através de comparação de custos unitários de construção.

Nesta opção, o custo unitário do empreendimento é calculado dividindo-se o proposto em orçamento pela ÁREA
EQUIVALENTE calculada nos padrões da CAIXA. Este unitário obtido é comparado com o unitário do SINAPI.

Visando padronização, as análises da CAIXA adotam no cálculo da ÁREA EQUIVALENTE os valores tabelados abaixo.

Podem ocorrer divergências entre a área equivalente apresentada pelo Proponente e aquela calculada conforme ponderação
sugerida neste item. Contudo, somente será exigida alteração dos quadros do Proponente, quando sua ponderação estiver
ferindo aquela permitida pela NBR 12.721.

CONDOMÍNIO VERTICAL

a) GARAGENS:
• Em pilotis, ou pavimento elevado de garagem ......................................... 0,50
• Cobertas e pavimentos abaixo do greide da rua (subsolos):
 1 subsolo ........................................................................................
º
0,75
 2 subsolo ........................................................................................
º
0,85
 com mais de 2 subsolos .................................................................. 1,00
(Considere-se a média ponderada, de forma a utilizar um único peso
para todos os subsolos. Tais pesos supõe subsolo com escavação
total do pavimento, pintura de paredes e tetos, faixas de piso e barra
lisa de 1 m nas paredes)
• Descobertas (pavimentação sobre laje) .................................................... 0,00 (vide quadro “Importante”)

b) TÉRREO:
• Fechado ..................................................................................................... 1,00 a 1,50
• Pilotis .......................................................................................................... 0,50 a 1,00
• Guaritas, Salão de festas............................................................................ 0,50 a 1,00
• Áreas Descobertas: pavimentação (sobre laje), jardins e áreas
não tratadas (sobre solo natural), piscinas, quadras, etc........................... 0,00 (vide quadro “Importante”)

c) PAVIMENTO:
• Pavimento Tipo e outras coberta padrão .................................................. 1,00
• Sacadas e Terraços Cobertos ................................................................... 1,00

d) ÁTICO:
• Terraço superior descoberto ..................................................................... 0,50
• Casa de Máquinas, Barrilete e Caixa D’água ........................................... 0,75
Obs: Telhado não pode ser incluído nem como área real, nem como área equivalente.

CONDOMÍNIO HORIZONTAL

a) CORPO PRINCIPAL ou EDIFÍCIO.................................................................. 1,00

b) CORPO SECUNDÁRIO ou EDÍCULA (quarto de empregada, wc,


lavanderias, abrigo para veículos, etc..., independentemente de estarem
isoladas ou ligadas ao corpo principal)............................................................. 0,60 a 1,00

c) ÁREAS DESCOBERTAS
• Em terreno de uso exclusivo da unidade (recuo frontal, lateral, quintal) .. 0,00 (vide quadro “Importante”)
• Em terreno de uso não exclusivo (ruas, estacionamento, quadras,
jardins, playground, piscina e áreas não tratadas).................................... 0,00 (vide quadro “Importante”)

d) ÁREA COBERTA EM TERRENO DE USO COMUM


• Guarita, Salão de Festas, etc.................................................................... 1,00

IMPORTANTE:
• Sobre ponderação nula (0,00): Embora as áreas descobertas do térreo sejam rotineiramente aceitas como
ÁREA REAL, a análise da CAIXA evita computar o custo destas áreas através de ponderação ou equivalência
(daí adotar peso 0,00). Este custo é conferido, internamente, através de orçamentação dos serviços;
eventualmente, em Empreendimentos Verticais com até duas torres, o custo das áreas descobertas do térreo é
conferido através de equivalência de áreas.
Esta metodologia de análise da CAIXA não obriga o Proponente a alterar seus lançamentos nos Quadros da
NBR. Se os Quadros forem aceitos pelo Registro de Imóveis, serão acatados pela CAIXA.
Somente os casos de equívoco nas ÁREAS REAIS exigirão alteração dos Quadros junto ao Registro de Imóveis.

• Na montagem dos quadros da NBR 12721 o Proponente deve atentar para a não duplicidade de custos, ou seja, o
custo das áreas externas descobertas deve ser considerado uma única vez, ou através de sua Área Equivalente
nos Quadros I e II, ou através de seu orçamento no Quadro III.

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

PARÂMETROS CAIXA PARA ANÁLISE DE VIABILIDADE DE ENGENHARIA 33


2.9 FICHA RESUMO DO EMPREENDIMENTO - FRE

2.9.1 OBJETIVO DO DOCUMENTO

O documento tem por objetivo descrever resumidamente o pleito do Proponente quanto ao empreendimento a
ser financiado.

Contém campos para informação preliminar sobre as CARACTERÍSTICAS do EMPREENDIMENTO e da


REGIÃO, sobre os CUSTOS para produção, sobre os VALORES DE VENDA PROPOSTOS para
comercialização das unidades habitacionais e sobre o VALOR DE FINANCIAMENTO pretendido.

2.9.2 ANÁLISE DA CAIXA

Considerando ser um documento informativo preliminar, cujos dados, via de regra, são alteráveis após
elaboração do Laudo de Análise do Empreendimento, a análise da CAIXA limita-se a verificar se o documento
tem todos os seus campos preenchidos, permitindo uma visão geral do pleito.

Eventuais divergências entre a Análise da CAIXA e os dados informados na FRE são toleráveis, não
necessitando refazer a FRE.

2.9.3 PREENCHENDO A FRE

Utilizar o modelo padronizado CAIXA do item 5 – Anexo B.

As informações da FRE devem estar compatíveis com os demais documentos: Projeto, Memorial, Cronograma,
Opção de Compra e Venda e Orçamento.

Instruções para preenchimento do item 3 da FRE:

• Por “infra-estrutura” entenda-se: rede de água, esgoto, energia, telefone, iluminação pública,
pavimentação, guias e sarjetas, gás canalizado e águas pluviais.

• Por “serviços públicos e equipamentos comunitários” entenda-se: coleta de lixo, escola, creche,
saúde pública, comércio, segurança pública e lazer.

• Por “infra-estrutura junto ao empreendimento” entenda-se:

 “disponível - atendendo satisfatoriamente” : quando a rede (ou a pavimentação) estiver


tangenciando algum ponto da divisa do empreendimento, apresentar dimensionamento
suficiente (vazão, carga, ...) e acesso viável, já considerando a nova demanda gerada
pelo empreendimento;
 “disponível – atendendo precariamente” : quando estiver tangenciando e não tiver dimensionamento
suficiente e acesso viável para atender ao empreendimento;
 “não disponível” : quando não estiver tangenciando o empreendimento.

Observações:
a) Apenas a rede de drenagem de águas pluviais subterrânea pode estar distante do empreendimento e
ainda assim ser considerada satisfatória, neste caso deve existir drenagem superficial (sarjetas).
b) Mesmo que o Proponente ou as Concessionárias comprometam-se a atender futuramente ao
empreendimento (até a conclusão das obras), esta condição não deve ser considerada no
preenchimento da FRE. Contudo, estes compromissos futuros podem ser ponderados pelo
engenheiro da CAIXA, quando da análise de Risco do Empreendimento.

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

PARÂMETROS CAIXA PARA ANÁLISE DE VIABILIDADE DE ENGENHARIA 34


• Por “serviços públicos e equipamentos comunitários no entorno” entenda-se:

 “disponível - atendendo satisfatoriamente” : quando houver indícios de que, nos bairros do entorno
(raio de 2 km), o serviço em questão (coleta de lixo, escola, creche, saúde, comércio,
segurança e lazer) terá condição de atender ou absorver a nova demanda gerada pelo
empreendimento;
 “disponível – atendendo precariamente” : quando houver indícios de que, nos bairros do entorno, o
serviço esteja saturado, ou não haja atendimento regular ;
 “não disponível” : quando não houver o serviço nos bairros no entorno.

Observações:
a) O serviço de comércio, via de regra, pode ser considerado “disponível - atendendo satisfatoriamente”,
posto que se estabelece automaticamente em decorrência da implantação dos empreendimentos.
b) Para empreendimentos de maior impacto (acima de 200 unidades em municípios até 100.000
habitantes, ou acima de 400 unidades para municípios acima de 100.000 habitantes) cabe uma
análise mais detalhada sobre atendimento pelos serviços públicos.

• Por “infra-estrutura no empreendimento” entenda-se:

 “serviço já existente” : quando as ruas internas já dispuserem de rede (ou pavimentação, guia, ...),
com capacidade suficiente e já interligadas na rede da concessionária;
 “serviço a executar” : quando as ruas internas não dispuserem de rede (ou pavimentação, guia, ...),
ou as mesmas não tiverem capacidade suficiente, ou não estiverem interligadas à
rede da concessionária.
 “serviço não necessário” : pode ser preenchido somente para: telefone (pois a concessionária faz o
serviço gratuitamente), gás canalizado (quando houver distribuidoras de botijão) e
drenagem subterrânea (quando o escoamento for somente superficial).

• Os campos relativos a “serviços públicos e equipamentos comunitários no empreendimento”, não devem


ser preenchidos, por estarem contemplados nas condições do entorno. Apenas o campo referente a lazer
deve ser preenchido tanto no entorno como no empreendimento.

No item 4 da FRE, o campo “Valor de Venda Proposto para a Unidade Tipo” deve englobar também o Valor
da Quota de Terreno.

No item 5 da FRE, observar:

• O campo “Valor de Venda Proposto” deve ser igual ao campo de soma da coluna “Valor de Venda
Proposto para a Unidade Tipo (R$)” do item 4.

• o campo “Valor Proposto para o Terreno” deve ser igual ao campo de soma da coluna “Valor da Quota de
Terreno (R$)” do item 4.

• Na coluna “Custo Unitário (R$) – médio por unidade”, quando houver várias unidades-tipo (apartamentos de
2 e 3 dormitórios, etc...), preencher a coluna com os custos da unidade-tipo de maior quantidade.

No item 6 da FRE, deve ser informado sobre: número de unidades comercializadas, número de unidades
quitadas, número de unidades reservadas, fatores valorizantes ou desvalorizantes na região, etc..

IMPORTANTE:

• O cálculo do valor máximo a financiar é estabelecido em função do menor valor entre VALOR DE
VENDA PROPOSTO e VALOR DE AVALIAÇÃO CAIXA, respeitados os limites máximos de cada
programa.

• O cálculo para enquadramento no programa de financiamento é estabelecido em função do maior


valor entre VALOR DE VENDA PROPOSTO e VALOR DE AVALIAÇÃO CAIXA.

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

PARÂMETROS CAIXA PARA ANÁLISE DE VIABILIDADE DE ENGENHARIA 35


2.10 MANIFESTAÇÃO DOS ÓRGÃOS DO MEIO AMBIENTE

2.10.1 OBJETIVO

Atender à legislação quanto à ocupação do solo e meio ambiente.

2.10.2 ANÁLISE DA CAIXA

Verifica se foram apresentados os “Licenciamentos” (Certidões ou Manifestações) dos Órgãos Públicos


responsáveis pela aprovação federal e/ou estadual: GRAPROHAB, CETESB, DEPRN, DAIA e DAEE.
Bem como, se estão sendo atendidas as exigências citadas nesses “Licenciamentos”.

2.10.3 SOBRE A NECESSIDADE OU DISPENSA DAS CERTIDÕES/MANIFESTAÇÕES

GRAPROHAB: O principal documento exigido em São Paulo é a CERTIDÃO DE APROVAÇÃO DO


EMPREENDIMENTO NO GRAPROHAB, necessário nas seguintes situações:

• para área bruta, onde haverá loteamentos caracterizados pela abertura de ruas públicas e
parcelamento em lotes;

• para empreendimentos em condomínio, quando ocorrer alguma das seguintes situações:

 condomínio com mais de 200 unidades e desprovidos de infra-estrutura (não existir


condição de interligação às redes públicas) de água, esgoto, drenagem e coleta de lixo;
 condomínio com área de terreno maior que 15.000 m2;
 condomínio com área de terreno maior que 10.000 m2, em área de proteção ambiental
especial, APM, APA e áreas de relevante interesse ecológico.

Eventualmente, mesmo para empreendimentos não enquadrados nas situações anteriores,


pode a Engenharia da CAIXA, através de justificativa escrita, solicitar a apresentação de
Manifestação do GRAPROHAB isentando o empreendimento de análise.

CETESB: Via de regra, é necessária quando há indício de poluição atmosférica, sonora, poluição dos
recursos hídricos, etc... É dispensável se o empreendimento houver sido analisado no
GRAPROHAB.

DEPRN: Via de regra, é necessária quando há: córrego, nascente e mata nativa, internos ou lindeiros à
área do empreendimento. É dispensável se o empreendimento houver sido analisado no
GRAPROHAB.

DAIA: Via de regra, é necessária quando os esgotos não forem lançados em rede pública, quando o
local for área de proteção ambiental. É dispensável se o empreendimento houver sido
analisado no GRAPROHAB.

DAEE: Via de regra, é necessária quando se usar de recursos hídricos (lençol subterrâneo, lagoa,
córrego, ...) para abastecimento do empreendimento, quando os esgotos não forem lançados
em rede pública e quando houver canalização/retificação de córrego. É exigível, mesmo
quando houver sido analisado no GRAPROHAB.

IMPORTANTE:

• Empreendimentos isentos de análise pelo GRAPROHAB, podem necessitar análise individual junto
ao DAEE, DPRN, CETESB, etc.

• Empreendimentos efetivamente analisados pelo GRAPROHAB dispensam manifestação de qualquer


outro órgão estadual, à exceção daqueles que não tenham assento no Grupo, tais como:
CONDEPHAT, DAEE, etc.

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

PARÂMETROS CAIXA PARA ANÁLISE DE VIABILIDADE DE ENGENHARIA 36


2.11 CONCLUSÃO DA ANÁLISE:
VIABILIDADE TÉCNICA E VIABILIDADE MERCADOLÓGICA

A Viabilidade Técnica e Mercadológica é a síntese de todas as análises de engenharia a que é submetido o


empreendimento.

A Viabilidade Técnica compreende:

• aferição da correção de preenchimento de cada documento apresentado;


• aferição da compatibilidade entre os diversos documentos técnicos;
• aferição da compatibilidade entre os documentos e a realidade do terreno “in loco”;
• aferição da funcionalidade e adequabilidade do projeto com a região e com o público alvo;
• aferição se os documentos apresentados são suficientemente claros para caracterizar o produto a
financiar;
• aferição da compatibilidade dos projetos e memoriais aos custos propostos, garantindo a exeqüibilidade
do empreendimento;
• aferição da compatibilidade entre prazo e evolução mensal da obra com o porte do empreendimento;
• aferição do atendimento às normas de incorporação (quando condomínios);
• aferição da documentação de atendimento à legislação ambiental;
• aferição da condição de habitabilidade do produto.

Além destas aferições, na análise técnica estima-se o CUSTO TOTAL do empreendimento.

A Viabilidade Mercadológica compreende:

• pesquisa do valor de mercado para pagamento à vista para uma unidade isolada como se pronta
estivesse;
• aferição do valor de aluguel de unidades assemelhadas;
• consideração sobre a retração do valor de mercado em função do porte do empreendimento;
• consideração sobre o comportamento do mercado imobiliário, para o tipo e porte de empreendimento,
na região.

Com base nestas aferições e considerações arbitra-se o VALOR DE AVALIAÇÃO DAS UNIDADES DO
EMPREENDIMENTO.

A Viabilidade Técnica e Mercadológica:

• Estando toda a documentação e os custos compatíveis com os parâmetros da CAIXA, conclui-se que o
empreendimento é viável tecnicamente sob o aspecto documental de engenharia.

• Se o VALOR DE AVALIAÇÃO GLOBAL for igual ou superior ao CUSTO TOTAL DO


EMPREENDIMENTO, conclui-se que o empreendimento é viável técnica e mercadologicamente.

• Se o VALOR DE AVALIAÇÃO GLOBAL for inferior ao CUSTO TOTAL DO EMPREENDIMENTO,


conclui-se que o empreendimento é inviável.

IMPORTANTE:

• O resultado da análise de engenharia pela CAIXA culmina com a conclusão: recomenda ou não o
empreendimento.

• Pode ocorrer que o resultado da análise demonstre que o empreendimento torna-se viável mediante
adequações nos documentos ou valores propostos. Neste caso o Proponente, estando de acordo,
deve proceder as alterações pertinentes.

• A análise da Engenharia representa uma das etapas do processo de contratação; todavia, ultrapassar
esta etapa não assegura a realização/concretização do negócio, pois outras áreas da empresa
devem sinalizar positivamente para que seja finalmente contratado o empreendimento, por exemplo:
a Área de Risco de Crédito deve aprovar a saúde financeira da Construtora, a Agência deve aprovar
a capacidade financeira dos promitentes compradores, etc...

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

PARÂMETROS CAIXA PARA ANÁLISE DE VIABILIDADE DE ENGENHARIA 37


2.12 EMPREENDIMENTO EM MÓDULOS

2.12.1 DEFINIÇÃO / OBJETIVO

Módulo é uma divisão teórica do empreendimento, prevendo a sua execução em fases.

O objetivo básico de desmembrar um empreendimento em módulos é possibilitar a comercialização parcial do


empreendimento, propiciando o alongamento de prazos, redução da aplicação de recursos próprios, redução
de riscos, facilitando a viabilização do negócio.

Exemplo hipotético: Num empreendimento com 320 apartamentos (10 blocos) a CAIXA exige, via de
regra, cerca de 192 apartamentos vendidos (6 blocos – demanda em torno de 60%)
para contratar a operação; havendo opção por modulação do empreendimento, e
havendo possibilidade técnica de se transformar cada bloco em um módulo, pode-se
viabilizar a contratação com a demanda de apenas 32 apartamentos vendidos
(100% das unidades do bloco).

Contudo, uma modulação sem planejamento pode apresentar inconvenientes como: infra-estrutura provisória,
serviços complementares (piscinas, play-ground, quadras, etc...) executados parcialmente, transtorno aos
moradores decorrente do desenvolvimento das obras posteriores, etc... E ainda, módulos muito pequenos
podem não gerar receita suficiente para cobrir os custos com infra, complementos e equipamentos.

2.12.2 EXIGÊNCIAS CAIXA PARA MODULAÇÃO DE EMPREENDIMENTOS VERTICAIS

• Módulo mínimo:
 um bloco. Não é permitida a modulação de blocos que apresentem paredes geminadas;
 o módulo mínimo deve ter valor de mercado igual ou superior ao seu custo (terreno, habitação,
complementos, equipamentos, infra e outras despesas). Atentar que, no módulo inicial, o custo de
infra, complementos e equipamentos, nem sempre é proporcional apenas às unidades do módulo.

• Infra-estrutura mínima:
 aquela que permita plena condição de habitabilidade ao módulo;
 entrada de água, caixa d’água geral, cabine primária, entrada de telefonia, saída de esgoto e saída de
drenagem devem ser executados junto com o 1o módulo;
 os tapumes para delimitação do módulo e o acesso independente para os módulos subsequentes
devem ser executados junto com o 1o módulo.
 deve ser previsto um acesso independente e devidamente protegido para as obras dos módulos
subseqüentes;

• Serviços complementares e equipamentos comunitários mínimos:


 devem ser executados junto com o 1o módulo os complementos: piscinas, play-ground, churrasqueira,
quadra, guarita, muros, salão de festas, etc...
 devem ser executados junto com o 1o módulo todos os equip. comunitários (creche, escola,...);
 se o empreendimento tiver algum complemento/equipamento em duplicidade, pode ser executado
apenas um, no 1o módulo, a critério da Engenharia da CAIXA. O(s) outro(s) será(ão) executado(s) nos
módulos subsequentes.

• Vagas de garagem e pavimentação:


 pode ser executada apenas a quantidade de vagas suficiente para o módulo;
 devem ser pavimentados os acessos e circulações do módulo.

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

PARÂMETROS CAIXA PARA ANÁLISE DE VIABILIDADE DE ENGENHARIA 38


2.12.3 EXIGÊNCIAS CAIXA PARA MODULAÇÃO DE EMPREENDIMENTOS HORIZONTAIS
(LOTEAMENTO E CONDOMÍNIO HORIZONTAL)

• Módulo mínimo:
 loteamento: duas casas;
 condomínio: quantidade que permita isolamento das unidades sem interferência das obras dos
Engenharia da CAIXA);
 o módulo mínimo deve ter valor de mercado igual ou superior ao seu custo (terreno, habitação,
complementos, equipamentos, infra e outras despesas). Atentar que, no módulo inicial, o custo de
infra, complementos e equipamentos, nem sempre é proporcional apenas às unidades do módulo.

• Infra-estrutura mínima:
 aquela que permita plena condição de habitabilidade ao módulo;
 caixa d’água geral, coletores tronco de esgoto, emissários, ETE e saídas de drenagem devem ser
executados junto com o 1o módulo;
 o sistema de drenagem deve ser projetado de forma a impedir que a pavimentação do módulo e as
áreas institucionais e as áreas de lazer/verdes venham a ser danificadas;
 para condomínio: os tapumes de delimitação do módulo e o acesso independente para os módulos
subsequentes devem ser executados junto com o 1o módulo.

• Serviços complementares e equipamentos comunitários mínimos:


 devem ser executados junto com o 1o módulo os complementos: piscinas, playground, churrasqueira,
quadra, guarita, muros, salão de festas, etc...
 devem ser executados junto com o 1o módulo todos os equip. comunitários (creche, escola,...);
 se o empreendimento tiver algum complemento/equipamento em duplicidade, pode ser executado
apenas um, no 1o módulo, a critério da Engenharia da CAIXA. O(s) outro(s) será(ão) executado(s) nos
módulos subsequentes.

• Pavimentação:
 devem ser pavimentados junto com o 1o módulo: o acesso, o contorno dos complementos externos, o
contorno dos equipamentos comunitários e o contorno de áreas verdes/lazer;
 para condomínio: deve ser previsto um acesso, independente e devidamente protegido para as obras
dos módulos subseqüentes.

2.12.4 ANÁLISE DA CAIXA

• verifica se a documentação apresentada permite caracterizar todo o empreendimento, e também, se está


suficientemente identificado o módulo a executar.

• confere se foram atendidas as orientações anteriores sobre: módulo mínimo, infra, serviços
complementares, garagem e pavimentação.

• verifica se o custo de infra, complementos e habitação referentes ao módulo em questão, pode ser
absorvido pelo valor de venda das unidades que o compõe.

IMPORTANTE:

• A análise de risco de crédito do EMPREENDIMENTO refere-se ao empreendimento global. Portanto,


ao aprovar um empreendimento, estão automaticamente aprovados todos os módulos futuros
(respeitado o prazo de validade do Laudo de Análise do Empreendimento ou da avaliação).

• Durante a fase de análise inicial de engenharia, não há necessidade de se definir a modulação


pretendida, tendo em vista o empreendimento ser obrigatoriamente analisado como um todo. Após a
aprovação pela CAIXA e a conseqüente obtenção da Carta de Garantia do Financiamento, o
Proponente pode optar pela contratação de forma modular, apresentando assim os documentos
relativos ao módulo.

• Caso o custo da obra (habitação+infra+complementares+ despesas) seja superior ao resultado da


venda do módulo, a proposta é inviável. Para viabilizá-la existem as possibilidades:

 ampliar o número de unidades do módulo;


 “aproximar” as casas para reduzir o custo da infra (empreendimento horizontal);

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

PARÂMETROS CAIXA PARA ANÁLISE DE VIABILIDADE DE ENGENHARIA 39


2.12.5 DOCUMENTAÇÃO COMPLEMENTAR PARA MODULAÇÃO

Além da documentação do empreendimento como um todo, já entregue e devidamente analisada, deve ser
apresentada a seguinte documentação para o módulo:

• FRE (Ficha Resumo do Empreendimento) relacionada ao módulo;

• duas vias extras da planta de loteamento, “iluminando” os lotes que compõem o módulo, “iluminando”
também a área de lazer, complementos e equipamentos comunitários que serão executados junto com o
módulo (para LOTEAMENTO);

• duas vias extras da planta de implantação, “iluminando” os prédios que compõem o módulo, indicando onde
será executada a divisão física (tapumes), indicando os acessos de moradores e do prosseguimento das
obras das próximas etapas, além de salientar-se a área comum e complementos que serão executados
nesta fase (para Condomínio fechado vertical e horizontal);

• via extra dos projetos de infra-estrutura, “iluminando” os trechos de infra a executar;

• folha resumo de orçamento e orçamento discriminativo referente à habitação das edificações integrantes do
módulo;

• folha resumo de orçamento e orçamento discriminativo referente aos equipamentos comunitários


integrantes do módulo;

• folha resumo de orçamento e orçamento discriminativo referente à infra-estrutura necessária ao módulo;

• cronograma físico-financeiro habitação relacionado ao módulo;

• cronograma físico-financeiro equipamentos comunitários relacionados ao módulo;

• cronograma físico-financeiro infra-estrutura relacionado ao módulo;

• cronograma físico-financeiro global relacionado ao módulo.

IMPORTANTE:

• todos os documentos devem estar coerentes entre si, datados e assinados sobre identificação, tanto
pelo Proponente quanto pela Construtora;

• anotar em todas as folhas dos documentos a identificação do módulo objeto de análise.

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

PARÂMETROS CAIXA PARA ANÁLISE DE VIABILIDADE DE ENGENHARIA 40


3 PARÂMETROS CAIXA PARA
ACOMPANHAMENTO DE OBRA

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

PARÂMETROS CAIXA PARA ACOMPANHAMENTO DE OBRA 41


3.1 INFORMAÇÕES GERAIS SOBRE ACOMPANHAMENTO DE OBRAS

3.1.1 OBJETIVO DO ACOMPANHAMENTO DE OBRA PELA CAIXA

O objetivo é verificar o cumprimento do objetivo do contrato, verificando a evolução da obra sob a óptica de
garantia de um financiamento, assim, dois fatores ganham maior importância:
1o - a confirmação de que o volume de obra é compatível com a quantidade de recursos aportados;
2o - o efetivo cumprimento do prazo de obra.
A responsabilidade por verificar a qualidade de execução do produto é atividade inerente ao Proponente.
A verificação de qualidade pela CAIXA está relacionada a fatores que venham comprometer sua garantia.

3.1.2 RESPONSABILIDADE CIVIL SOBRE A OBRA

A responsabilidade técnica sobre a obra é da Construtora.


Os responsáveis pela fiscalização são: o Proponente e os Proprietários.

3.1.3 PERIODICIDADE DE LIBERAÇÃO DE RECURSOS

É aquela estabelecida em contrato. Via de regra, as liberações são mensais, na data de aniversário do
contrato, consequentemente, as visitas de engenheiros da CAIXA também são mensais, entre 3 a 5 dias antes
do aniversário do contrato.

3.1.4 AGENDAMENTO DE VISITAS PARA MENSURAÇÕES

O dia e hora de visita à obra para mensuração, devem estar compreendidos em horário comercial, e são
comunicados ao Construtor com no mínimo 24 horas de antecedência, através de contato telefônico.
Cabe ao profissional responsável pela mensuração definir dia e hora.

3.1.5 REMUNERAÇÃO DO SERVIÇO DE VISTORIA

A taxa pelo acompanhamento de obra está incluída na taxa de serviço debitada mensalmente pela CAIXA
(uma vistoria por mês). Havendo solicitação extra de serviço de engenharia (mudança de cronograma,
mudança de especificação, nova vistoria) haverá cobrança de taxa de serviço pela CAIXA.

3.1.6 MENSURAÇÃO DE OBRA PRONTA x MENSURAÇÃO DE MATERIAL

Somente são objeto de mensuração os materiais já aplicados.


Não podem ser objeto de mensuração os materiais estocados em canteiro, mesmo aqueles comprados e com
nota fiscal.
Excepcionalmente, os elevadores podem ser objeto de liberação mediante nota fiscal, conforme abaixo.

3.1.6.1 ELEVADORES

Podem ser considerados na mensuração, desde que solicitado pelo Proponente, mediante a apresentação do
contrato de fornecimento dos elevadores e contra a apresentação de cópia da fatura mensal quitada, limitado a
50% do elevador orçado. A partir daí, somente com instalação física executada, conforme distribuição sugerida
na tabela do item 3.3.

3.1.7 DOCUMENTO ORIENTADOR DAS LIBERAÇÕES (ORÇAMENTO CONTRATADO)

As operações da CAIXA com o setor privado prevêem o regime de construção por Empreitada Global (Preço
Fechado).
Consequentemente, as mensurações de obra relacionam-se com o cumprimento de etapas previamente
definidas e não com o valor dos serviços realizados.
Por exemplo:
• o contrato inicial previa no orçamento estaqueamento com 10 m de profundidade (R$ 10.000,00), porém
ocorreu a “nega” com 15m (R$ 15.000,00). Será mensurado o previsto, ou seja, 10 m de profundidade
(R$ 10.000,00);
• o contrato inicial previa no orçamento elevadores a R$ 30.000,00, porém fechou-se contrato com o
fornecedor por R$ 25.000,00. Será mensurado o previsto, ou seja, R$ 30.000,00.

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

PARÂMETROS CAIXA PARA ACOMPANHAMENTO DE OBRA 42


3.1.8 ALTERAÇÕES DE PROJETO, DE ESPECIFICAÇÃO OU DE CRONOGRAMA

Na fase de acompanhamento de obras, caso seja verificada a necessidade de alteração de algum documento
técnico, essas alterações podem ser processadas, devendo ser previamente comunicada por escrito à CAIXA,
ficando sua aplicação condicionada à análise e aprovação por parte da CAIXA.
Tal comunicação deve ser feita pelo Proponente. Excepcionalmente, pode ser feita pela Construtora, desde
que contenha a anuência do Proponente.

3.1.9 PLANILHA DE LEVANTAMENTO DE SERVIÇOS – PLS

A confecção da PLS é obrigatória para todos os empreendimentos e deve estar disponibilizada no canteiro
por ocasião da vistoria da CAIXA, com antecedência de 5 dias do aniversário do contrato.

A PLS subsidia as mensurações da CAIXA. Havendo divergências entre os dados apresentados na PLS e a
mensuração da CAIXA, deve ser procedida a adequação da PLS.

Informações detalhadas sobre PLS constam no item 3.4.

3.1.10 DIVERGÊNCIAS NA DOCUMENTAÇÃO

Na fase de acompanhamento de obras, caso sejam constatadas divergências entre os documentos, a CAIXA
adota o seguinte procedimento:

1º Consultar o Proprietário (adquirente final) sobre qual o documento que deve prevalecer;
2º Com base na decisão do Proprietário, é verificado o comprometimento da garantia da Caixa e as
implicações legais (Prefeitura, Concessionárias, Cartório, etc.)

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

PARÂMETROS CAIXA PARA ACOMPANHAMENTO DE OBRA 43


3.2 PLACA DE OBRA

As obras contratadas devem ter placa de obra da CAIXA, condicionando-se os respectivos desembolsos à
verificação pela Engenharia da CAIXA do cumprimento desta exigência.

A placa de obra deve ser afixada em lugar visível, em posição de destaque. Não devendo ser menor que a
maior placa afixada (exceto placas promocionais).

A placa deve ser confeccionada em chapas planas, com material resistente às intempéries, metálicas
galvanizadas ou de madeira compensada impermeabilizada, com pintura à óleo ou esmalte, nas cores e
tonalidades especificadas.

Devem ser obedecidas as cores, medidas, proporções e demais orientações estabelecidas pela CAIXA.
Estas orientações podem ser obtidas nas Agências.

Devem ser fornecidas e fixadas pelo Proponente ou Construtor e mantidas em bom estado de conservação,
inclusive quanto à integridade do padrão das cores durante todo o período de execução das obras, devendo
ser recuperada/substituída, quando verificado o seu desgaste, precariedade ou por solicitação da CAIXA.

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

PARÂMETROS CAIXA PARA ACOMPANHAMENTO DE OBRA 44


3.3 CRITÉRIOS CAIXA PARA MENSURAÇÃO DE OBRA

A mensuração, obrigatoriamente, é orientada pelo Orçamento e Cronograma aprovados pela CAIXA,


integrantes do processo de financiamento. Os itens do orçamento são detalhados pela PLS.

Somente quando houver dúvida ou omissão sobre valor de serviços no Orçamento contratado ou na PLS,
a engenharia da CAIXA pode arbitrar o valor do serviço. Neste caso são utilizados os critérios abaixo:

CRITÉRIOS DE MENSURAÇÃO PELA CAIXA


(utilizada somente em caso de dúvida ou omissão no Orçamento contratado ou na PLS)

1. Fundações e embasamento: 100% 12. Pintura interna (latex) 100%


- estaqueamento 60% - emassamento 60%
a
- escavação 8% - 1 demão 20%
a
- sapatas, cintas, cortinas 26% - 2 demão 20%
- rebaixamento do lençol 8%
- escoramento dos vizinhos 4% 13. Pintura sobre madeira 100%
- seladora 40%
2. Supra-estrutura 100% - 1a demão 30%
a
- medir proporcionalmente ao n° paviment - 2 demão 30%

3. Alvenaria 100% 14. Pintura externa (latex acrílico) 100%


- medir proporcionalmente ao n° paviment - seladora 20%
a
- 1 demão 40%
4. Esquadria de Alumínio 100% - 2a demão 40%
- contramarco 30%
- folha 70% 15. Pintura externa (cal com fixador) 100%
- 1a demão 30%
5. Esquadria de Madeira 100% - 2a demão 30%
- aduela 35% - 3a demão 40%
- folha 60%
- alizar ou guarnição 5% 16. Azulejos 100%
- chapisco 5%
6. Ferragem 100% - emboço 15%
- dobradiça 20% - assentamento 75%
- fechadura 70% - rejuntamento 5%
- maçanetas e espelhos 10%
17. Piso cerâmico ou madeira 100%
7. Cobertura 100% - contrapiso 35%
- madeiramento 45% - cerâmica ou madeira (taco) 65%
- telha 45%
- arremates (rufos, calhas, tabeira) 10% 18. Piso em carpete 100%
- contrapiso 50%
8. Impermeabilização 100% - carpete 50%
- medição proporcional à área de aplicação
19. Louças e metais (imóvel c/1 banheiro) 100%
9. Revestimento interno 100% - cozinha e área de serviço 45%
- chapisco 10% - banheiro 55%
- emboço 20%
- reboco (gesso) 70% 20. Louças e metais (imóvel c/2 banheiro) 100%
- cozinha e área de serviço 35%
10. Revestimento externo 100% - banheiros 65%
- chapisco 20%
- emboço alisado (reboco paulista) 80% 21. Elevadores 100%
- adiantamento mediante fatura paga 50%
11. Pintura interna 100% - guias verticais 10%
- Paredes e Tetos 75% - máquina montada 10%
- Esquadrias 15% - soleiras 2%
- Áreas e poços 5% - controle casa de máquinas 10%
- Rodapé, corrimão, quadros, etc... 5% - contrapesos 3%
- portas instaladas e cabine montada 10%
- funcionamento 5%

IMPORTANTE:

• Esta tabela não deve induzir a confecção do orçamento ou da “PLS”. Deve ser utilizada
somente quando houver dúvidas ou omissões nos documentos citados.

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

PARÂMETROS CAIXA PARA ACOMPANHAMENTO DE OBRA 45


CRITÉRIOS DE MENSURAÇÃO PELA CAIXA – INSTALAÇÕES
(utilizada somente em caso de dúvida ou omissão no Orçamento contratado ou na PLS)

EDIFICAÇÕES VERTICAIS (PRÉDIOS) EDIFICAÇÕES HORIZONTAIS (CASAS)

1. Instalações elétricas e telefônicas 100% 1. Instalações elétricas e telefônicas 100%


- tubulação nas lajes 20% - tubulação nas lajes 30%
- tubulação nas alvenarias e caixas 20% - tubulação nas alvenarias e caixas 30%
- prumadas gerais 10% - enfiação 20%
- enfiação dos apartamentos 15% - disjuntores/tomadas/interruptores 10%
- enfiação das prumadas/áreas comuns 10% - entrada de energia e quadros 10%
- disjuntores/tomadas/interruptores 10%
- quadros de medição e entrada energia 15% 2. Água fria e água quente 100%
- tubulação no piso 20%
2. Água fria e água quente 100% - tubulação na alvenaria 60%
- barrilete superior 15% - barrilete e caixa d’água 20%
- prumadas 20%
- distribuição nos pavimentos 60% 3. Esgoto e águas pluviais 100%
- entrada do hidrômetro à cisterna 5% - tubulação no piso 40%
- tubulação na alvenaria 10%
3. Esgoto e águas pluviais 100% - caixas, fossa e sumidouro 50%
- prumadas esgoto e ventilação 30%
- ramais de esgoto 35% 4. Instalação de gás 100%
- rede do térreo de esgoto 10% - tubulação no piso 70%
- prumadas pluviais 15% - tubulação na alvenaria 30%
- rede térrea (coletores) 5%
- captação (caixas, ralos, calhas,...) 5%

4. Gás canalizado (gás de rua) 100%


- prumadas 70%
- distribuição nos pavimentos 20%
- alimentação (da rua ao medidor) 10%

5. Central de gás (gás de botijão) 100%


- prumadas 30%
- distribuição nos pavimentos 45%
- medidores de gás 15%
- cilindros e equipamentos 10%

IMPORTANTE:

• Esta tabela não deve induzir a confecção do orçamento ou da “PLS”. Deve ser utilizada
somente quando houver dúvidas ou omissões nos documentos citados.

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

PARÂMETROS CAIXA PARA ACOMPANHAMENTO DE OBRA 46


3.4 PLANILHA DE LEVANTAMENTO DE SERVIÇOS – PLS

3.4.1 OBJETIVO DO DOCUMENTO

A PLS tem por objetivo definir uma regra para levantamento da execução física das obras que compõem o
empreendimento.

Esta regra deve assegurar objetividade ao levantamento e permitir rastreabilidade dos serviços ou etapas,
através da identificando da época e/ou local onde foram executados.

Na estruturação da PLS convencionou-se por:


• “serviço” : aqueles itens discriminados no orçamento;
• “eventos” : as etapas de execução de um serviço.

Os eventos devem ser definidos de forma que só sejam considerados no levantamento quando estiverem
totalmente concluídos.

Para melhor entendimento quanto à decomposição dos serviços em eventos, apresentamos os exemplos:

SERVIÇO : Alvenaria (em casas) SERVIÇO : Pintura


EVENTOS: Alvenaria até ½ altura EVENTOS: 1a. demão
Alvenaria até laje 2a. demão
Alvenaria do oitão Acabamento final

Através da PLS o Proponente/Construtor efetua o levantamento para posterior aferição por parte da CAIXA nas
mensurações.

3.4.2 ANÁLISE INICIAL DA PLS E DURANTE AS MENSURAÇÕES

A análise inicial da PLS ocorre antes da 1a mensuração e consiste em verificar:

• o critério de medição adotado pelo Construtor: se por unidades, por pavimentos, por blocos ou por obra;
• a decomposição dos serviços em eventos e suas respectivas unidades de medição, quantidades e
incidências;
• se as PLS’s contemplam todas os obras que compõem o empreendimento.

Nas mensurações verifica-se:

• a identificação da medição, o período de referência e a data do levantamento;


• se foram alterados campos já preenchidos nas PLS anteriores;
• a compatibilidade entre obra executada e eventos informados como executados.

3.4.3 MODELOS DE PLS

Foram desenvolvidos quatro modelos específicos para cada tipo de obra, a saber:

• PLS - APARTAMETOS;
• PLS - CASAS;
• PLS – EQUIPAMENTO COMUNITÁRIO;
• PLS – INFRA-ESTRUTURA.

São fornecidos em planilhas vinculadas às pastas de Orçamento de Habitação/Equipamentos Comunitários e


Orçamento de Infra-Estrutura, sendo que parte dos seus campos já são preenchidos automaticamente.

Os modelos contêm uma sugestão de decomposição dos serviços em eventos, porém, podem ser adaptados à
realidade de cada obra.

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

PARÂMETROS CAIXA PARA ACOMPANHAMENTO DE OBRA 47


3.4.4 PREENCHENDO A PLS

Inicialmente deve-se proceder a estruturação da matriz da PLS, a qual permanece inalterada até o final da
obra, preenchendo os campos em “verde claro”.
Esta estruturação compreende:
• a definição do critério de mensuração: se mensuração por unidades, por pavimentos, por blocos ou por
obra;
• a definição dos eventos em função do critério de mensuração;
• a unidade de medição adotada para cada evento (mês, pavimento,casa, bloco, trecho de rua, etc.);
• a quantidade de vezes que cada evento repete-se durante a obra;
• a incidência de cada evento nos macro-itens do orçamento em função de seu custo;
• a compatibilidade do fracionamento do campo local e/ou época de execução do evento em relação à
unidade de medição adotada.

Após o preenchimento da matriz (campos em “verde claro”), para cada medição, somente devem ser
preenchidos os campos em “amarelo”.
Os campos em “amarelo” compreendem:
• o número da medição;
• o período de referência;
• a data do levantamento;
• a época e/ou local de execução de cada evento.

Sobre a época e/ou local de realização dos eventos, convém informar:


• Os eventos realizados devem ter sua quadrícula preenchida com o número da medição, lembrando que:
para obras habitacionais as quadrículas referem-se a casas, apartamentos ou pavimentos;
para obras de equipamento comunitário e infra-estrutura as quadrículas referem-se aos meses em que
ocorreram os eventos;
• os campos já preenchidos em meses anteriores e consignados nas mensurações da CAIXA não podem
ser alterados, em hipótese alguma.

Após o preenchimento dos campos em “amarelo”, a planilha desenvolve os cálculos sobre quantidades e
percentuais executados, preenchendo automaticamente os demais campos da planilha.

Os campos em “azul claro” , indicando a evolução dos macro-itens do orçamento, são utilizados pela CAIXA
para elaboração dos Relatórios de Acompanhamento de Obra (RAE).

Quando houver necessidade de alterações nas linhas ou colunas, proceder da seguinte forma:
• Inclusão de linha: posicionar o cursor na linha acima do local onde se pretende incluir e clicar no botão
“INSERIR LINHA” ou utilizar os recursos convencionais do EXCEL. No primeiro procedimento as linhas
são criadas já com os formatos e fórmulas. No segundo caso é necessário incluir as fórmulas.
• Exclusão de linha: utilizar os recursos convencionais do EXCEL.
• Inclusão ou exclusão de coluna: utilizar os recursos convencionais do EXCEL.

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

PARÂMETROS CAIXA PARA ACOMPANHAMENTO DE OBRA 48


IMPORTANTE:

• A soma de incidência de eventos deve totalizar 100% de cada macro-item do orçamento.

• Nas PLS-APARTAMENTOS, PLS-CASAS, PLS-EQUIPAMENTO COMUNITÁRIO e PLS-INFRA-


ESTRUTURA o macro-item “SERVIÇOS PRELIMINARES E GERAIS” pode ser decomposto em 2
eventos:
 Primeiro “SERVIÇOS PRELIMINARES” : aglutinando Serviços Técnicos, Despesas Iniciais e
Instalações Provisórias. Este evento poderá ser considerado concluído já na primeira medição;
 Segundo “SERVIÇOS GERAIS” : aglutinando Máquinas, Consumos, Limpeza, Transporte, etc.
A quantidade deste evento deve corresponder ao número de meses da obra.
Atentar que a medição deste evento não deve ocorrer para obras em atraso.

• Na PLS-APARTAMENTOS o item “Elevadores” pode ser decomposto nos seguintes eventos:


 Fatura de elevadores: a unidade de medição deve ser em meses até o limite de 50% do item;
 Obra física: decompor o serviço nos seguintes eventos: guias verticais (10%), máquina montada
(10%), soleiras (2%), controle casa máq (10%), contrapesos (3%), portas instaladas e cabine
montada (10%) e funcionamento (5%).

• Somente será mensurado pela CAIXA o evento que estiver 100% concluído.

• Quando houver tipologias diferenciadas de obras de mesma natureza, habitacionais ou equipamentos


comunitários, é necessário elaborar uma PLS para cada tipologia. Nestes casos, a mensuração da
CAIXA resulta da média ponderada dos percentuais dos macro-itens dessas obras.

• Para mensuração global do empreendimento é considerado pela CAIXA o somatório dos percentuais
executados das obras (habitação, equipamento comunitário e infra-estrutura), observando a
incidência de cada uma no empreendimento.

• Prazos:
 A matriz da PLS deve ser encaminhada para análise da CAIXA, no máximo até 15 dias após a
contratação;
 A PLS mensal deve estar disponível no canteiro 5 dias antes da data prevista para liberação de
recursos.

• Simplificação na apresentação mensal da PLS (impressa):


 É facultado ocultar as linhas de evento sempre que o percentual mensurado do macro-
item seja 0% ou 100%. Nestes casos, deixar visível somente a linha de subtotal;
 É facultado ocultar as colunas correspondentes ao local e/ou época de execução do evento,
quando não houver nenhum dado anotado nas mesmas.

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

PARÂMETROS CAIXA PARA ACOMPANHAMENTO DE OBRA 49


4 INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES 50
4.1 PBQP-H – Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade no Habitat

4.1.1 HISTÓRICO

Acompanhando o movimento internacional de Qualidade da década de 80, e também motivado pela abertura
do mercado brasileiro a empresas estrangeiras na década de 90, o Governo Brasileiro implementa desde 1990
um abrangente programa de modernização, em diversos setores: saúde, educação, habitação, agricultura,
etc... denominado Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade – PBQP.

Em 1998 inicia-se a implantação do PBQP na Indústria da Construção Civil, no setor habitacional, criando-se o
derivado Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade da Construção Habitacional, de sigla PBQP-H.
Posteriormente, em 2000, foi ampliado o programa para o saneamento, infra-estrutura e transporte urbano,
alterando-se sua nomenclatura para Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade no HABITAT, porém
mantendo a sigla PBQP-H.

4.1.2 OBJETIVOS

O PBQP-H tem por objetivos:


• melhoria da qualidade;
• aumento da produtividade e, conseqüente;
• redução de custos da construção.

4.1.3 PROJETOS

O Programa é constituído dos seguintes projetos:

1. Estruturação e Gestão do PBQP-H


2. Sistema Nacional de Aprovações Técnicas
3. Apoio à Utilização de Materiais, Componentes e Sistemas Construtivos
4. Sistema de Qualificação de Empresas de Serviços e Obras
5. Qualidade de Materiais e Componentes (Meta Mobilizadora Nacional da Habitação)
6. Sistema Nacional de Comunicação e Troca de Informações
7. Formação e Requalificação dos Profissionais da Construção Civil
8. Qualidade de Laboratórios
9. Aperfeiçoamento da Normalização Técnica para a Habitação
10. Assistência Técnica à Auto-Construção e ao Mutirão
11. Cooperação Técnica Bilateral Brasil/França/BID
12. Programa Regional: Desafios Sociais e Econômicos Ligados à Melhoria da Qualidade das Habitações
no Mercosul e Chile (Cooperação Técnica Bilateral Brasil/UE)

4.1.4 PROJETOS DE IMPACTO IMEDIATO

Todos os projetos citados anteriormente produzirão efeitos futuros sobre os participantes da indústria da
construção civil, contudo, dois projetos já causam impacto imediato, afetando diretamente Construtores e
Fabricantes de Materiais. Estes projetos são apresentados a seguir:

4.1.4.1 Projeto: Qualidade de Materiais e Componentes (Meta Mobilizadora)

• Objetiva elevar a qualidade, aumentar a produtividade e, consequentemente, reduzir os custos dos


materiais de construção;
• Estabelece níveis de qualificação progressivos (C, B e A) para os Materiais. Registre-se que a
qualificação é para o produto e não para o fabricante;
• Tais níveis de qualificação, futuramente, passarão a condicionar as compras diretas do poder público,
bem como, condicionarão as compras para obras financiadas pelo governo;
• Para que os produtos atinjam os níveis mencionados, as linhas de montagem dos fabricantes passarão
por auditagens de Organizações Certificadoras Credenciadas (OCC);
• A qualificação expedida pelas Certificadoras tem validade para todo o território nacional;
• As regras e os prazos para qualificação dos materiais ou produtos, são variados, sendo definidos por
ACORDO SETORIAL firmado entre o Governo e Entidades Representativas dos Fabricantes (ABCP,
IBS, ASFAMAS, SIAMFESP, AFAP-PVC, ANFACER, SINPROCIM, ABITAM, ABCEM, etc...);
• A meta prevista é de, até o ano 2002, elevar para 90% o percentual médio de conformidade com as
normas técnicas dos produtos que compõem a cesta básica de materiais de construção.

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES 51
4.1.4.2 Projeto: Sistema de Qualificação de Empresas de Serviços e Obras

• Objetiva elevar a qualidade, aumentar a produtividade e, consequentemente, reduzir os custos das


obras de construção civil;
• Estabelece níveis de qualificação progressivos(D, C, B e A) para Empresas intervenientes na
construção: Construtoras, Incorporadoras, Projetistas, Gerenciadoras, Empreiteiras, etc...
• Tais níveis de qualificação condicionarão as contratações de obras e de financiamentos do poder
público.
• Para galgar tais níveis, as Empresas passarão por auditagem de Organizações Certificadoras
Credenciadas (OCC);
• A qualificação expedida pelas Certificadoras tem validade para todo o território nacional;
• As regras e os prazos para qualificação das Empresas são variados, sendo definidos por ACORDO
SETORIAL firmado entre o Governo (SEDU/PR, Estados, Municípios e CAIXA) e Entidades
Representativas da Indústria da Construção Civil (SINDUSCON, SECOVI, etc...);

4.1.4.2.1 SISTEMA DE QUALIFICAÇÃO DE EMPRESAS DE SERVIÇOS E OBRAS - CONSTRUTORAS ( SiQ-C )

• Dentro do Projeto está prevista a qualificação de todos os intervenientes da construção, contudo,


foram priorizadas as EMPRESAS CONSTRUTORAS, devido sua ascendência sobre os demais
intervenientes. Assim, o primeiro sistema implantado visa qualificar as CONSTRUTORAS, e é
conhecido como SiQ-C.

• A regra geral que orienta a Qualificação de Empresas é denominada Regimento do Sistema de


Qualificação de Empresas de Serviços e Obras, e foi instituída em 21.11.2000, através da Portaria 67
da SEDU/PR

• Complementarmente, foi editada a regra específica para CONSTRUTORAS, definindo os ITENS E


REQUISITOS que devem ser atendidos para obtenção de Qualificação, conforme a seguir:

SIQ-Construtoras Níveis de qualificação


ITEM REQUISITO D C B A
1. Responsabilidade da Direção 1 1 Política da Qualidade I II III IIII
1.2. Representante da Administração I I I I
1.3. Responsabilidade, autoridade e recurso I I I I
1.4. Analise crítica da direção I II
2. Sistemas da Qualidade 2.1. Sistema evolutivo I I I I
2.2. Planej. de desenv. e implant. do sistema I I I I
2.3. Manual da Qualidade e procedimentos I I I I
2.4. Plano da Qualidade de Obras I II
3. Análise crítica de contrato I I
4. Controle de Projeto (Item não aplicável)
5. Controle de documentos e dados I I II II
6. Aquisição 6.1. Materiais controlados I II III
6.2. Dados para aquisição I I I
6.3. Qualificação e avaliação de I I
6.4 Verificação do produto adquirido I I
7. Controle produtos fornecidos I
8. Identificação e rastreabilidade 8.1. Identificação I I
8.2. Rastreabilidade I
9. Controle de processo 9.1. Condições controladas I II
9.2. Serviços de execução controlados I II III
10. Inspeção e ensaios 10.1. Inspeção e ensaios no recebimento I II III
10.2. Inspeção e ensaios durante o processo I II III
10.3. Inspeção e ensaios finais I
11. Controle equip inspeção, med e I I
12. Situação de inspeção e ensaios I I I
13. Controle de produto não - I I
14. Ação corretiva e ação 14.1. Ação corretiva I I
preventiva 14.2. Ação preventiva I
15. Manuseio, armazenamento, 15.1. Controle do manuseio e armaz do I I I
preservação e entrega 15.2. Proteção dos serviços executados I
15.3. Entrega da obra e Manual do I
16. Registros da qualidade I I
17. Auditorias internas da qualidade I
18. Treinamento I I I
19. Serviços associados I
20. Técnicas estatísticas I

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES 52
Informações adicionais sobre o SiQ-C:

• O documento conclusivo do SiQ-C é o ATESTADO DE QUALIFICAÇÃO DO PBQP-H, que possui as


seguintes características:
 é de conhecimento público;
 é emitido por Organização Certificadora Credenciada, de livre escolha do Construtor;
 tem validade de 01 ano, renovável até 3 anos;
 é válido em todo o território nacional. Existem Certificados aceitos apenas nos Estados
(QUALIHAB-SP, QUALIPARÁ-PA, QUALIOP-BA, QUALIPAV-RJ, etc...).
 é direcionado para o setor da Construção Civil. Não confundir com Certificados do segmento
industrial (Certificação ISO 9000).

• O ATESTADO DE QUALIFICAÇÃO DO PBQP-H no Nível A supera ligeiramente o Certificado ISO


9000 pelo seguinte motivo:
 o SiQ-C impõe auditoria na empresa e nas obras, enquanto a ISO 9000 exige apenas auditoria da
empresa;
 o SiQ-C exige controle de 25 serviços de obra pré-definidos pelo sistema, e também o controle de
pelo menos 30 materiais de construção definidos pelo Construtor. Na certificação ISO 9000
inexistem tais exigências.

4.1.5 IMPACTO DO PBQP-H NOS FINANCIAMENTOS DA CAIXA

A utilização de materiais qualificados ainda não é exigida pela CAIXA, contudo, existe previsão de passar a
ser exigida no futuro, de forma gradativa.

Já a QUALIFICAÇÃO DE CONSTRUTORAS pelo PBQP-H começou a ser exigida pela CAIXA desde 01.06.01.

O cronograma abaixo apresenta os Níveis de Qualificação de Construtoras exigidos pela CAIXA para
concessão de financiamento nos Estados onde foram firmados os Acordos Setoriais.

Estado Nível D Nível C Nível B Nível A


Bahia Dez/2001 Não divulgado Não divulgado Não divulgado
Ceará Jan/2002 Out/2002 Jul/2003 Jul/2004
Distrito Federal Dez/2001 Jun/2002 Dez/2002 Jun/2003
Espírito Santo Dez/2001 Jun/2002 Dez/2002 Jun/2003
Goiás Dez/2001 Jun/2002 Dez/2002 Jun/2003
Maranhão Jan/2002 Jul/2002 Jan/2003 Jul/2003
Minas Gerais Jun/2001 Dez/2001 Jun/2002 Dez/2002
Pará Abr/2002 Out/2002 Abr/2003 Out/2003
Paraná Jan/2002 Jul/2002 Jan/2003 Jul/2003
Pernambuco Jul/2002 Jan/2003 Jul/2003 Jan/2004
Rio de Janeiro Out/2001 Jul/2002 Jan/2003 Jul/2003
Rio Grande do Norte Jan/2002 Jul/2002 Jan/2003 Jul/2003
São Paulo Jun/2001 Dez/2001 Jun/2002 Dez/2002

4.1.6 APOIO DAS ENTIDADES DO SETOR DA CONSTRUÇÃO CIVIL AO PBQP-H

No intuito de atender o interesse dos associados, o SINDUSCON/SP e o SECOVI/SP estão dispensando


atendimento especial às Construtoras interessadas, disponibilizando instruções, organizando cursos e
incentivando a montagem de grupos para qualificação, como forma de redução de custos.

IMPORTANTE:

Para maiores informações, visite o site www.pbqp-h.gov.br

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES 53
4.2 CONCEPÇÃO DE PROJETO

O processo de elaboração de um projeto é composto por diversas etapas que abrangem desde o levantamento
de dados até o registro das especificações e soluções adotadas, podendo envolver também a coordenação e
integração com os demais projetos, bem como a assistência à execução.

Após a etapa de levantamento de dados vem a etapa de elaboração do programa de necessidades, onde são
definidas as exigências de caráter prescritivo ou de desempenho a serem atendidas pela edificação, tanto nos
seus aspectos qualitativos como quantitativos.

Nesse sentido, na concepção do projeto, convém identificar preliminarmente as necessidades e expectativas


do usuário quanto à edificação em termos de desempenho, considerando as condições de uso a que estará
submetida.

Além de atender às exigências do usuário o projeto deve atender às exigências da sociedade, normalmente
citadas em legislação municipal, estadual e federal. Outro fator a ser ponderado pelo projetista é a adequação
do produto ao meio-ambiente, sendo interessante uma leitura do item 4.3 – Construção Sustentável.

Paralelamente às necessidades e expectativas do usuário, há que se considerar o impacto das soluções de


projeto nos custos de produção e nos custos de manutenção ao longo da vida útil da edificação.

Também merecem destaques aspectos sobre qualidade de projeto e a sua influência na qualidade do produto
final.

4.2.1 EXIGÊNCIAS DO USUÁRIO

As exigências do usuário, quanto às edificações, podem ser sintetizadas na forma de requisitos de


desempenho, conforme abaixo:

• SEGURANÇA
 Estrutural
 Contra Incêndio
 No Uso e Operação

• HABITABILIDADE
 Estanqueidade
 Conforto Térmico
 Conforto Acústico
 Conforto Lumínico
 Conforto Tátil e Antropodinâmico
 Saúde, Higiene e Qualidade do Ar
 Funcionalidade e Acessibilidade

• SUSTENTABILIDADE
 Durabilidade e Manutenabilidade
 Adequação Ambiental

4.2.2 EXIGÊNCIAS DA SOCIEDADE E AMBIENTAIS

As exigências da sociedade são traduzidas pelas legislações: municipal, estadual e federal.


Além das exigências legais, devem ser observados aspectos urbanísticos, como:

• RESPEITO AO MEIO-AMBIENTE
 Adequada coleta e disposição de resíduos (esgoto e lixo); adequado direcionamento de águas
pluviais e fluviais, e respeito à fauna e flora nativos.

• HARMONIA COM O ENTORNO


 Compatibilidade do projeto com as condições locais, de forma a valorizar o contexto urbano.

• HARMONIA INTERNA
 Adequado dimensionamento de vias de circulação e áreas verdes; tratamento de fachadas e
muros (detalhes construtivos e uso de cores); paisagismo de praças e jardins; espaços para lazer

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES 54
4.2.3 IMPACTO DAS DEFINIÇÕES DE PROJETO NOS CUSTOS

Dentre os processos isolados envolvidos na construção de um empreendimento imobiliário, o PROJETO é


aquele cujas definições causam maior impacto no VALOR do empreendimento.

As soluções adotadas na elaboração do Projeto repercutem em todo o processo da construção, na medida que
definem partidos, detalhes construtivos e especificações que permitem uma maior ou menor facilidade de
construir e, conseqüentemente, afetam diretamente os custos de construção.

O projeto detêm ainda um grande potencial de racionalização do processo de execução das obras e, portanto,
de elevação da produtividade global a partir da simplificação dos métodos e técnicas construtivas. A este
conceito foi atribuído o termo “construtibilidade”, podendo ser interpretado como “facilidade de construir”.

Ao se conceber um Projeto há que observar também, além dos custos de produção, os custos ao longo da
vida útil do edifício, ou seja, custos de operação e custos de manutenção.

As atividades que dão origem aos custos de manutenção provêm de três fontes básicas estritamente ligadas
ao projeto:

• Durabilidade dos materiais e componentes;


• Ocorrência de manifestações patológicas;
• Alterações das necessidades dos usuários.

Através da especificação correta de materiais – considerando-se os requisitos de desempenho e de sua


combinação no detalhamento construtivo, bem como as características de dimensionamento -, pode-se
assegurar condições adequadas de durabilidade ao longo da vida útil e, portanto, minimizar os custos de
manutenção.

A partir das considerações anteriores, a respeito da repercussão das decisões de projeto sobre a
produtividade, sobre os custos de execução e os custos ao longo da vida útil, verifica-se que é na fase de
projeto que o empreendedor tem o maior poder de intervir sobre os custos totais do empreendimento.

A título ilustrativo, apresentamos alguns aspectos que merecem atenção especial durante a elaboração do
projeto arquitetônico/urbanístico, devido sua forte influência nos custos, no meio-ambiente e no contexto
urbano:

• traçado da malha viária em relação à topografia existente, declividades e integração das ruas com o
entorno;
• dimensionamento dos lotes, quadras e das vias de circulação de veículos e pedestres;
• traçado de redes de drenagem, água, esgoto, energia e iluminação;
• destino final de águas pluviais e esgoto, bem como disposição de resíduos sólidos;
• movimento de terra e necessidade de obras de contenção;
• partido adotado para as unidades habitacionais, considerada a implantação, as tipologias, as condições
de insolação e de ventilação, as dimensões, os acabamentos, as ampliações e a possibilidade de
modulação do empreendimento.

4.2.4 QUALIDADE DE PROJETO

A aferição da qualidade de um projeto é um processo complexo, envolvendo inúmeras variáveis.


Um caminho para aferir a qualidade de um projeto pode ser a identificação e avaliação das etapas do seu
desenvolvimento, classificando-as quanto à qualidade da seguinte forma:

• qualidade da solução: traduzida pela qualidade do produto final, pela facilidade de construir, pelos
custos de produção e pelos custos de manutenção futura da edificação;

• qualidade da descrição da solução ou da apresentação: resultante da clareza e da precisão do


projeto executivo, dos memoriais de cálculo e dimensionamento e das especificações técnicas;

• qualidade no seu processo de elaboração: compreende a uniformização de procedimentos na


definição de diretrizes e parâmetros, na integração entre projetos, na análise crítica e no controle de
recebimento.

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES 55
4.3 CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL

4.3.1 HISTÓRICO SOBRE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

O atual modelo de desenvolvimento mundial, baseado na exploração intensiva e descontrolada de recursos


naturais do planeta, que acelerou-se bruscamente nos últimos 50 anos, tem beneficiado apenas pequena
porção da população mundial, mormente aquela concentrada nos países desenvolvidos, propiciando-lhe
condições dignas de alimentação, segurança, saúde, educação, lazer, etc...

Mesmo atendendo pequena porção da população mundial, esta exploração dos recursos naturais começa a
dar sinais de esgotamento, interferindo danosamente no equilíbrio ambiental do planeta.

A se tentar expandir o nível de dignidade para todos os povos, o impacto ambiental tende a assumir
proporções catastróficas, podendo inclusive vir a comprometer a sobrevivência da espécie humana.

São exemplos de desequilíbrio ambiental gerados pelo atual modelo de desenvolvimento:

• O aquecimento global, também conhecido como efeito estufa:


 causa: principalmente pela queima de combustíveis fósseis, para movimentar máquinas
(automóveis, turbinas, tratores, etc...) e para gerar energia;
 conseqüência: o degelo da calota polar e consequente elevação do nível dos oceanos e a elevação
da velocidade máxima dos ventos.
• A destruição da camada de ozônio, expondo os habitantes a excessos de raio ultra-violeta:
 causa: lançamento de gases carbono halogenados, sendo mais conhecidos os gases CFC
utilizados em sistemas de ar condicionado e geladeiras, e também em aerossóis;
 conseqüência: o aumento de câncer de pele e outras.
• A poluição do solo com nutrientes:
 causa: uso excessivo de fertilizantes que contêm nitrogênio, fósforo e potássio;
 conseqüência: crescimento descontrolado de algumas espécies, rompendo o equilíbrio do
ecossistema, servindo como exemplo o crescimento exagerado de algas em corpos d’
água, levando à contaminação e mortandade de peixes.
O nitrogênio também está associado à chuva ácida e contribui para a geração do
ozônio de baixa altitude, um dos principais problemas ambientais das grandes
cidades.
• A redução das reservas de água potável por diversos motivos:
 causa: ora ocasionada pela desertificação de vastas regiões; ora pela contaminação de
mananciais superficiais oriunda despejo direto de esgotos industriais e domésticos;
ora pela contaminação de lençóis subterrâneos decorrente de infiltrações de despejos
industriais, de infiltrações do chorume de aterros sanitários, etc...

O risco de se exaurir e envenenar o planeta devido à manutenção do modelo atual de desenvolvimento, vem
sendo denunciado há décadas, porém atitudes abrangentes e planejadas, visando enfrentar efetivamente o
problema, formalizam-se somente a partir de 1987, quando a ONU divulga o conceito de
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL, cunhado pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e
Desenvolvimento:

“O Desenvolvimento Sustentável é aquele que atende às necessidades do presente sem


comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem às suas próprias necessidades”
(Gro Brundtland, presidente da Comissão Mundial sobre Meio
Ambiente e Desenvolvimento, no relatório Nosso Futuro Comum).

O relatório Nosso Futuro Comum, reconhecendo o modelo vigente como injusto socialmente e perdulário
ambientalmente, e demonstrando que devem ser tratados conjuntamente os interesses ambientais,
econômicos e sociais, aponta que o Desenvolvimento Sustentável deve ser o princípio organizador para todos
os governos do mundo.

A Conferência Mundial da ONU de 1992 - conhecida como EC0-92 -, no Rio de Janeiro-BR, reunindo a Cúpula
de Governantes Mundiais, ratificou o relatório Nosso Futuro Comum e, mais ainda, naquela ocasião os
líderes comprometeram-se a fazer cumprir tais princípios, inclusive agendando compromissos, com prazos e
metas, redundando daí o documento conclusivo do Encontro: A Agenda Mundial para o Novo Século -
AGENDA 21.

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES 56
AGENDA 21: MUNDIAL, NACIONAL, LOCAL

De caráter descentralizado, a Agenda 21 Mundial sinaliza que todos (países, cidades, comunidades) devem
estabelecer seus planos de desenvolvimento, devem criar agendas locais;
de caráter democrático, sinaliza que as Agendas locais devem ser obtidas de consenso, com atores e grupos
sociais opinando e comprometendo-se com o plano.

No Brasil encontram-se em discussão diversas Agendas 21 locais: nas empresas, nas escolas, nos bairros,
nos municípios e nos estados da federação.

De maior amplitude, encontra-se em elaboração a AGENDA 21 NACIONAL, coordenada pela Comissão de


Políticas de Desenvolvimento Sustentável e da Agenda 21, no âmbito do Ministério do Meio Ambiente,
havendo previsão de conclusão para Nov/2002.
Esta Agenda 21 Brasileira está estruturada em seis capítulos:

1. Agricultura Sustentável
2. Cidades Sustentáveis
3. Infra-Estrutura e Integração Regional
4. Gestão dos Recursos Naturais
5. Redução das Desigualdades Sociais
6. Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Sustentável

Ainda que todos tenham alguma relação com o complexo da construção civil habitacional, destacaremos o
item Cidades Sustentáveis como de maior interesse para o setor.

CIDADES SUSTENTÁVEIS

Duas Conferências da ONU trataram especificamente das cidades.

• Na primeira em 1976 – Habitat I – as grandes cidades eram vistas como desgraça a ser evitada,
incentivava-se a fixação do homem no campo para evitar o êxodo rural e conseqüente inchaço das
cidades.
• Na segunda em 1996 – Istambul – Assentamentos Humanos e Habitat II -, já com a sociedade permeada
de conceitos de sustentabilidade, e reconhecendo que as grandes cidades, em que pese suas deficiências,
minoravam os sofrimentos da população rural, passou-se a incorporar o conceito de que as cidades
merecem ser priorizadas, cabendo humanizá-las. Reconheceu-se que nos conglomerados urbanos reside
a origem dos mais fortes processos de degradação ambiental: poluição do ar, dos rios, dos lençóis,
geração de resíduos, consumo exagerado e desperdício.

Em Conferência de 1994 no Cairo, a ONU põe em foco o tema População e Desenvolvimento;


em 1995 o tema da Conferência de Copenhague é Pobreza e Desenvolvimento Social.

Abarcando e conectando todos estes temas, o Consórcio Parceria 21 elaborou um longo texto-base sobre o
Plano Estratégico que deverá compor o capítulo 2 – Cidades Sustentáveis, da Agenda 21 Brasileira.

Este texto-base estabelece quatro estratégias prioritárias:

Estratégia 1: Aperfeiçoar a regulamentação do uso e da ocupação do solo urbano e promover o ordenamento do território,
contribuindo para a melhoria das condições de vida da população, considerando a promoção da eqüidade a
eficiência e a qualidade ambiental.
Estratégia 2: Promover o desenvolvimento institucional e o fortalecimento da capacidade de planejamento e de gestão
democrática da cidade, incorporando no processo a dimensão ambiental e assegurando a efetiva
participação da sociedade.
Estratégia 3: Promover mudanças nos padrões de produção e de consumo da cidade, reduzindo custos e desperdícios e
fomentando o desenvolvimento de tecnologias urbanas sustentáveis.
Estratégia 4: Desenvolver e estimular a aplicação de instrumentos econômicos no gerenciamento dos recursos naturais
visando à sustentabilidade urbana.

AGENDAS DO ESTADO DE SÃO PAULO

Também dentro do tema desenvolvimento sustentável, o Estado de SP elaborou Agendas específicas:

Agenda Marrom: Prevenção e controle da degradação ambiental decorrente de atividades poluidoras, e pelo desempenho
de atividades correlatas como a realização de pesquisas sobre poluição, qualidade do ar, da água e do
solo.
Agenda Azul: Gestão de Recursos Hídricos
Agenda Verde: Responsável pela formulação e execução da política florestal, de forma a promover a preservação da
biodiversidade e o desenvolvimento sustentável dos recursos naturais renováveis.

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES 57
4.3.2 CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL

A cadeia da construção civil é tida como o maior setor industrial de um país (no Brasil, cerca de 14% do PIB).
Além desta expressiva participação na economia, o setor produz os bens de maiores dimensões físicas
(estradas, pontes, edifícios, barragens, etc...), sendo portanto o maior consumidor de recursos naturais e,
conseqüentemente, o maior gerador de resíduos.

Portanto, para se implementar um novo modelo de Desenvolvimento Sustentável, necessariamente há que


se rever todo o macro-setor da construção, desde a exploração de jazidas, até a obra acabada e posterior
manutenção.

IMPACTOS DA CONSTRUÇÃO NO MEIO AMBIENTE

São exemplos de impactos da construção no meio ambiente:

• consumo de recursos naturais ou extração em jazidas: de areia, de pedra, de calcário, de minério de


ferro, etc...
• consumo de energia elétrica nas fases de: extração, transformação, fabricação, transporte, aplicação
em obra, etc...
• geração de resíduos decorrentes de perdas, desperdício e demolição, estimando-se que a quantidade de
resíduos da construção, medidos em peso, já se aproximam da quantidade de todo o lixo produzido pelas
cidades.
• desmatamento, alteração de relevo e erosão de solo, presente em obras de rodovias e grandes
empreendimentos habitacionais.

ATITUDES DO SETOR FRENTE À NOVA REALIDADE

Consciente de sua responsabilidade, o setor da construção civil, inicialmente através do meio acadêmico
vem contribuindo com esta mudança de paradigma, sendo considerado um marco deste processo, o momento
em que o CIB (International Council for Research and Innovation in Building and Construction), sistematizando todos os
estudos das últimas duas décadas sobre o assunto, promoveu seu Congresso Mundial da Construção CIB,
em 1998, na cidade de Gävle – Suécia, com o tema: A Construção e o Ambiente.

Este Congresso estabeleceu um roteiro para a "AGENDA 21 PARA A CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL".

O sumário executivo do encontro relata que a mesma pretende ser um elo de ligação global entre o relatório
Brundtland, a Agenda Habitat II e as Agendas 21 Nacionais/Regionais, no que concerne ao ambiente
construído.

Sobre o conceito de Construção Sustentável, transcrevemos o sumário executivo do Congresso:

"A construção sustentável adota diferentes enfoques e confere diferentes prioridades em diferentes países.
Não é raro, verificar a existência de posições e interpretações muito diferentes entre vários países com
diferenças marcadas entre economias de mercado desenvolvidas, economias em transição e países em
desenvolvimento. As economias maduras estão em condições de dedicar maior atenção na criação de um
mercado imobiliário mais sustentável, quer seja pela renovação, por novos empreendimentos ou pela invenção
e uso de novas tecnologias, enquanto as economias em desenvolvimento, naturalmente, dedicarão maior
atenção na igualdade social e na sustentabilidade econômica."

"O entendimento ou a interpretação da sustentabilidade na edificação na construção civil também sofreu


mudanças ao longo dos anos. No início, a ênfase era em como lidar com o problema da limitação de recursos,
especialmente energia, e em como reduzir o impacto na natureza.
Nessa mesma época, a ênfase era colocada mais em problemas técnicos da construção tais como: materiais,
componentes da construção, tecnologias construtivas e em conceitos de projeto ligados à energia.
Atualmente, uma apreciação do significado dos aspectos não-técnicos está crescendo e percebe-se que os
chamados aspectos "leves" são, também, cruciais para um desenvolvimento sustentável na construção.
Sustentabilidade econômica e social devem ter uma definição clara e de consenso. Mais recentemente,
também os aspectos culturais e as implicações do patrimônio cultural do ambiente construído passaram a ser
considerados como aspectos preeminentes na construção sustentável."

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES 58
EXEMPLO DE TEMAS ENVOLVENDO CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL

A seguir apresentamos temas de diversos países sobre construção sustentável:

• O edifício deve consumir uma quantidade mínima de água e de energia durante toda sua vida útil;
• O edifício deve ser durável, de forma a não necessitar de manutenção;
• Quando o conceito de projeto prever ampliações ou modificações futuras, os materiais empregados
devem ser facilmente remomíveis e reaproveitáveis (desmontabilidade);
• Devem ser incentivados processos industrializados que demandem um mínimo de desperdício;
• O edifício deve ocupar área mínima de terreno;
• O edifício deve ter ambiente interior saudável;
• Incentivar o uso de materiais reciclados e recicláveis;
• Evitar o avanço das áreas urbanas sobre as áreas rurais (verticalização das cidades);
• Projetar espaços para lixeiras seletivas;
• Evitar movimento de terra (no presente e no futuro pós-ocupado);
• Utilizar materiais com menor demanda de energia para fabricação;
• Utilizar materiais com menor demanda de energia em transporte;
• Incentivar iluminação e ventilação naturais;
• Reutilizar água de lavagem para irrigação;
• Permitir a infiltração de águas de chuva no solo;
• Desenvolver sistemas para recolher água de chuva;
• Desenvolver métodos de avaliação de impacto ambiental de empreendimentos;

ENCERRAMENTO

Finalizando, emprestamos palavras do Prof. Dr. Wanderley M. John, no artigo Construção e Desenvolvimento
Sustentável:

"Se a última década foi a década da qualidade, as próximas serão dedicadas à questão ambiental,...
A revolução da qualidade pode ser simbolizada na série de normas ISO 9000. Do mesmo modo, a série de
normas ISO 14000 simboliza a chegada da preocupação ambiental ao mundo dos negócios.
.....
Neste momento, a construção civil tem a opção de desenvolver sua própria agenda ambiental, antecipando-se
à tendência de sofrer regulamentos unilaterais por parte dos órgãos governamentais.
....
As empresas que adotarem esta visão (os conceitos de sustentabilidade) ganharão capacidade competitiva.
Adicionalmente, os profissionais envolvidos receberão uma forma de pagamento única: o orgulho de
contribuir para a preservação ambiental."

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES 59
4.4 ACESSIBILIDADE

4.4.1 ACESSIBILIDADE EM GERAL

4.4.1.1 Conceito

O bem estar de uma população também tem relação com sua autonomia de mobilidade de forma segura e
confortável.
O termo ACESSIBILIDADE tem sido empregado no estudo das condições de mobilidade das pessoas.
Acessibilidade abrange princípios de ergonomia, que devem respeitar características antroprométricas do
público alvo.
Os princípios de acessibilidade guardam estreita relação com princípios de segurança contra incêndio, ao
propiciarem rotas de fuga seguras, na ocorrência de sinistros.
Os princípios de acessibilidade também se relacionam com princípios de conforto antropodinâmico.
Os princípios de acessibilidade devem estar presentes no ambiente interior das edificações, no meio urbano,
nos transportes, etc...

4.4.1.2 Soluções de Projeto

Na elaboração de projetos, deve-se atentar para:


• Sinalização objetiva e adequada;
• Eliminação de barreiras em passeios, vias de acesso e áreas comuns;
• Vias de transporte vertical adaptadas às diversas necessidades;
• Dimensionamento de cômodos ou espaços de circulação de forma a garantir segurança e conforto,
considerando medidas de mobiliário padrão;
• Eliminação sistemática de desníveis;
• Especificação de pisos e materiais de revestimento que garantam segurança de uso, em especial em
áreas molhadas;
• Uso de corrimãos, guarda-corpos e barras de apoio em áreas de risco;
• Rígida observação de medidas mínimas necessárias em portas e aberturas, quanto a vãos luz e altura
de peitoris;
• Observação de medidas básicas de alcance de aparelhos e equipamentos fixos;
• Soluções de saída e escape de emergência sem obstáculos.

4.4.2 ACESSIBILIDADE PARA PORTADORES DE DEFICIÊNCIA

4.4.2.1 Caracterização de Portadores de Deficiência

Estudos sobre ACESSIBILIDADE PARA PORTADORES DE DEFICIÊNCIA indicam a existência de barreiras


visíveis e invisíveis:
• as barreiras visíveis são entendidas como impedimentos concretos (obstáculos físicos, falta de
sinalização);
• já as barreiras invisíveis são decorrentes da discriminação às pessoas que vêem reduzida sua
capacidade de mobilidade.
A eliminação das barreiras visíveis contribui para a diminuição das barreiras invisíveis, pois ao se permitir maior
mobilidade aos portadores de deficiência, facilita-se a integração dos mesmos à sociedade.

O conceito de deficiência diz respeito a uma alteração num órgão ou estrutura do corpo humano.
Cruzando dados da Organização Mundial de Saúde – OMS com dados do IBGE de 1992, o quadro de
portadores de deficiência no Brasil é o seguinte:

TIPO DE DEFICIÊNCIA POPULAÇÃO %


Deficiência Mental 8.000.000 5
Deficiência Física (paraplegia, hemiplegia, tetraplegia, amputação) 3.200.000 2
Deficiência Auditiva 2.400.000 1,5
Deficiência Múltipla 1.600.000 1
Deficiência Visual 800.000 0,5
TOTAL 16.000.000 10

Perante o conceito de acessibilidade, merecem atenção especial os portadores de deficiência física, visual e
múltipla.

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES 60
4.4.2.2 Soluções de Projeto para Portadores de Deficiência

Considerando que a acessibilidade de deficientes está cotejada na Constituição Brasileira, entende-se como
ideal que os princípios de acessibilidade sejam contemplados durante a elaboração de projetos.

A adaptação interna das unidades habitacionais, no que concerne à dimensão de ambientes e instalação de
dispositivos específicos, pode, ou ser incorporada, ou prever a possibilidade de incorporação futura, quando
da efetiva ocupação.
Tal adaptação interna é aplicável apenas a um número reduzido de unidades dentro de um empreendimento
habitacional, via de regra, guardando-se relação com a proporção da população brasileira portadora de
deficiência.

Em relação ao ambiente exterior à unidade habitacional, convém incorporar soluções que proporcionem
mobilidade aos portadores de deficiência.

Além das soluções de projeto citadas anteriormente, há necessidade de adoção de projetos especiais
destinados a deficientes físicos, visuais ou auditivos, que devem atender aos dispositivos normativos
específicos, observando:

• Dimensionamento de acessos;
• Declividade de rampas;
• Adequação de acessórios e aparelhos sanitários;
• Adequação de elevadores;
• Adequadas condições de iluminação.

4.4.3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS

NBR 9050/94 - ABNT – Acessibilidade de pessoas portadoras de deficiência a edificações, espaço, mobiliário e
equipamentos urbanos;
NBR 9077/93 - ABNT – Saídas de emergência em edifícios;
NBR 13994/97 - ABNT – Elevadores para transporte de pessoa portadora de deficiência;
Normas estaduais e municipais quanto a segurança contra incêndio e acessibilidade a portadores de
deficência.

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES 61
4.5 SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO

Os acidentes e doenças do trabalho constituem hoje no Brasil um grave problema.


As estatísticas oficiais indicam que ocorrem cerca de três mil acidentes do trabalho por dia, dos quais doze
resultam em morte.
Estes números ainda são elevados, mas as ocorrências de acidentes já reduziram a um terço em comparação
aos registros da segunda metade da década de 80.
Na Indústria da Construção Civil, via de regra, as causas de acidentes estão relacionadas à falta de
planejamento, falha de projeto, materiais, ferramentas e equipamentos inadequados, execução de obras sem
procedimentos operacionais claros ou treinamento adequado dos operários.
Nos últimos anos, o setor da Construção Civil, preocupado com essas estatísticas, vem participando
ativamente na discussão e elaboração de normas voltadas à prevenção de acidentes e preservação da vida.
Estas normas, na medida que disciplinam procedimentos, acabam contribuindo também para melhoria da
qualidade e da produtividade das obras, em virtude de investimentos em educação, treinamento e motivação
dos trabalhadores.
Muitas empresas adotam esses procedimentos como diferencial competitivo, conseguindo melhores resultados
para a empresa e para o produto final.

4.5.1 OBJETIVO DAS NORMAS DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO

Estabelecer diretrizes de ordem administrativa, de planejamento e organização, que objetivem a


implementação e manutenção de medidas de controle e sistemas preventivos de segurança nos processos,
nas condições e no meio ambiente de trabalho, no sentido de manter salubridade e evitar doenças
ocupacionais e acidentes.

4.5.2 CONCEITO DE ACIDENTE DO TRABALHO

A Lei 8.213/91/91 define o conceito de acidente de trabalho como aquele que ocorre pelo exercício do trabalho
a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, ou perda, ou
redução permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.
Os acidentes de trabalho são classificados em três espécies:
• Doenças do trabalho: aquelas que não têm no trabalho sua causa única ou exclusiva; as condições
excepcionais ou especiais do trabalho determinam a quebra da resistência orgânica, fazendo eclodir ou
agravar a doença;
• Doenças profissionais: têm no trabalho a sua causa única, eficiente por sua própria natureza, ou seja,
a insalubridade;
• Acidentes do trabalho tipo: são aqueles de causa e resultado imediato, ao contrário das doenças que
possuem progressividade.

4.5.3 REGULAMENTAÇÃO E PROGRAMAS

As normas básicas referentes a SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO estão previstas nos artigos 154 a
201 da CLT com redação dada pela Lei 6.514/77 e Portaria 3.214/78 do Ministério do Trabalho, e suas
atualizações.
A Portaria 3.214/78 contém um conjunto de Normas Regulamentadoras – NR, que devem ser observadas na
implementação dos programas preventivos.
Dentre as Normas Regulamentadoras, destacam-se:
• NR 05: estabelece a implantação de uma Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA,
constituídas de representantes de empregados e empregadores;
• NR 06: as empresas são obrigadas a fornecer, gratuitamente, Equipamento de Proteção Individual –
EPI, adequado e em perfeito estado de conservação e funcionamento;
• NR 07: estabelece a obrigatoriedade de elaboração e implementação de um Programa de Controle
Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO, por parte de todos os empregadores e instituições que
admitam trabalhadores como empregados;
• NR 08: estabelece os requisitos técnicos mínimos que devem ser observados nas edificações para
segurança aos que nela trabalham;
• NR 09: estabelece a obrigatoriedade de elaboração e implementação de um Programa de Prevenção de
Riscos Ambientais – PPRA, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam
trabalhadores como empregados;
• NR 18: instituiu a obrigatoriedade de implantação de um Programa de Condições e Meio Ambiente de
Trabalho na Indústria da Construção – PCMAT, em locais onde trabalhem vinte, ou mais trabalhadores.

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES 62
CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes

A CIPA tem como objetivo precípuo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, mediante
controle dos riscos presentes no ambiente, nas condições e na organização do trabalho, de modo a obter a
permanente compatibilização do trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde dos
trabalhadores.

PCMSO – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional

O PCMSO tem como objetivo a promoção e preservação da saúde do conjunto de trabalhadores bem como o
levantamento dos riscos à saúde.

PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais

O PPRA visa a preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, através da antecipação,


reconhecimento, avaliação e conseqüente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que
venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos
naturais.

PCMAT – Programa de Condições e Meio ambiente de Trabalho na Indústria da Construção

O PCMAT tem por objetivo básico garantir a saúde e a integridade dos trabalhadores através da prevenção dos
riscos inerentes ao processo de execução das obras.
Para tanto, é necessário estabelecer ações de reconhecimento, avaliação e controle destes riscos.
Este programa deve conter no mínimo:
• memória descritiva da segurança;
• projeto das proteções coletivas;
• especificações técnicas dos equipamentos de proteção individual;
• cronograma de implantação das medidas preventivas;
• layout do canteiro de obras e áreas de vivência;
• programa educativo.

4.5.4 IMPLEMENTAÇÃO

Na implementação dos programas em obras da Construção Civil, deve-se observar, principalmente, as


seguintes ações:
• instituição da CIPA;
• implantação de sistema de controles de equipamentos de proteção individual e coletiva adequados às
atividades;
• observância ao contido na NR 08 quanto a locais, circulação e proteção contra intempéries;
• elaboração e manutenção de programa de prevenção de riscos ambientais, conforme NR 09, com o
reconhecimento dos agentes de risco, implementação de medidas de controle, avaliação dos níveis de
exposição ao risco, com elaboração do PPRA;
• atendimento ao disposto na NR 18, estabelecer medidas de ordem administrativa, de planejamento e
organização, na implementação de medidas de controle e segurança no processo construtivo, com
elaboração do PCMAT;
• promoção de treinamentos e divulgação de técnicas de segurança no trabalho;
• sinalização adequada.

4.5.5 OUTRAS NORMAS DE REFERÊNCIA

Legislação específica de alçada municipal e estadual


Código Sanitário
NBR 7678 – ABNT – Segurança na Execução de Obras e Serviços de Construção

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES 63
5 ANEXOS

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXOS 64
ANEXO A : CARTA PROPOSTA

ANEXO B : FICHA RESUMO DO EMPREENDIMENTO - FRE

ANEXO C : MEMORIAL DESCRITIVO – HABITAÇÃO/EQUIPAMENTO COMUNITÁRIO

ANEXO D : MEMORIAL DESCRITIVO – INFRA-ESTRUTURA

ANEXO E : ORÇAMENTO DISCRIMINATIVO E FOLHA RESUMO –


HABITAÇÃO/EQUIPAMENTO COMUNITÁRIO

ANEXO F : ORÇAMENTO DISCRIMINATIVO E FOLHA RESUMO – INFRA-ESTRUTURA

ANEXO G : CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO – HABITAÇÃO/EQUIPAMENTO


COMUNITÁRIO

ANEXO H : CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO – INFRA-ESTRUTURA

ANEXO I : CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO – GLOBAL

ANEXO J : DECLARAÇÃO DE VIABILIDADE DE ATENDIMENTO PELA CONCESSIONÁRIA


DE ENERGIA ELÉTRICA

ANEXO K : DECLARAÇÃO DE VIABILIDADE DE ATENDIMENTO PELA CONCESSIONÁRIA


DE ÁGUA E ESGOTO

ANEXO L : PLANILHA DE LEVANTAMENTO DE SERVIÇOS – PLS – APARTAMENTOS

ANEXO M: PLANILHA DE LEVANTAMENTO DE SERVIÇOS – PLS - CASAS

ANEXO N : PLANILHA DE LEVANTAMENTO DE SERVIÇOS – PLS - EQUIPAMENTO


COMUNITÁRIO

ANEXO O : PLANILHA DE LEVANTAMENTO DE SERVIÇOS – PLS - INFRA-ESTRUTURA

ANEXO P : QUADRO COMPLEMENTAR PARA CONDOMÍNIOS HORIZONTAIS

ANEXO Q : PADRÃO DE ACABAMENTOS – CRITÉRIO SINAPI

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXOS 65
ANEXO A : CARTA PROPOSTA

(Utilizar papel timbrado da proponente)

Local, ......../......../.........

À
CAIXA ECONÔMICA FEDERAL
Escritório de Negócios ..........................................................

Assunto: Proposta de Financiamento

Senhor Superintendente de Negócios,

1 Vimos pleitear financiamento imobiliário junto à CAIXA, e para tanto informamos:

Proponente/Entidade Organizadora
Nome
CGC
Endereço
Município/UF CEP:
Nome para contato
Telefones e fax
e-mail

Construtora
Nome
CGC CREA:
Endereço
Município/UF CEP:
Nome para contato
Telefones e fax
e-mail
Responsável Técnico
CREA do Resp. Técnico CPF:

Empreendimento
Nome
Endereço
Município/UF CEP:
Número de Unidades
Responsável Técnico
CREA do Resp. Técnico CPF:

Financiamento Pleiteado na CAIXA


Programa e Modalidade
Financiamento Global
Financ. Médio por Unidade
Valor Venda por Unidade

2 Encaminhamos em anexo, a documentação requerida pela CAIXA.

Atenciosamente

____________________________________
Responsável pela Proponente
Carimbo/Assinatura

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO A – CARTA PROPOSTA 66


ANEXO B : FICHA RESUMO DO EMPREENDIMENTO - FRE

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO B – FICHA RESUMO DO EMPREENDIMENTO - FRE 67


________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO B – FICHA RESUMO DO EMPREENDIMENTO - FRE 68


ANEXO C: MEMORIAL DESCRITIVO - HABITAÇÃO/EQUIPAMENTO COMUNITÁRIO

MEMORIAL DESCRITIVO

1 HABITAÇÃO
1 EQUIPAMENTO COMUNITÁRIO

IDENTIFICAÇÃO:

Proponente : .......................................................................................................................................................
Construtora : .......................................................................................................................................................
Empreendimento : .......................................................................................................................................................
Endereço : ......................................................................................... Cidade: ...........................................

MEMORIAL DESCRITIVO

1 SERVIÇOS PRELIMINARES E GERAIS

1.1 SERVIÇOS TÉCNICOS


Descrever o tipo de sondagem (trado, percussão,...), número de pontos e espaçamento de acordo com a NBR.

1.2 CANTEIROS E INSTALAÇÕES PROVISÓRIAS


Declarar: “Será implantado canteiro de obras dimensionado de acordo com o porte e necessidades da obra”.

IMPORTANTE

Exige-se:
• Placa da CAIXA, conforme modelo padronizado (vide item 3.2), a ser fixada em local frontal à obra e em posição
de destaque. Esta placa nunca poderá ser menor que a maior placa afixada (exceto placas promocionais de venda).

1.3 MÁQUINAS E FERRAMENTAS


Declarar: “Serão fornecidos todos os equipamentos e ferramentas adequadas de modo a garantir o bom desempenho da
obra”.

1.4 LIMPEZA PERMANENTE DA OBRA


Declarar: “A obra será mantida permanentemente limpa”.

1.5 DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO E SEGURANÇA


Declarar: “A obra será suprida de todos os materiais e equipamentos necessários para garantir a segurança e higiene
dos operários”.

1.6 CONTROLE DE QUALIDADE


Declarar: “A Construtora implantará um Programa de Controle de Qualidade Total, incluindo procedimentos de
execução e inspeção, tanto de serviços como de materiais, em conformidade com o PBQP-H”.

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO C – MEMORIAL DESCRITIVO - HABITAÇÃO/EQUIPAMENTO COMUNITÁRIO 69


2 INFRA ESTRUTURA

2.1 TRABALHOS EM TERRA


Informar edificações a demolir.
Informar serviços de locação de obra a serem utilizados (topografia, gabaritos, etc...)
Descrever a execução de serviço de terraplanagem, informando os serviços a serem executados, espessura de
raspagem da camada vegetal, grau de compactação de aterros, espessuras das camadas a compactar, necessidade de
importação e/ou remoção para bota-fora.
Descrever medidas preventivas a adotar quanto à estabilidade e contenção de taludes e terrenos vizinhos.
Declarar: "Será executada contenção com muro de arrimo sempre que o desnível ultrapassar o limite estabelecido pela
CAIXA no Manual Técnico de Empreendimento.

2.2 FUNDAÇÕES
Informar o tipo de fundação a ser utilizada, em função do tipo e características do solo.
Informar o FCK do concreto, tipo de formas e de armação previstos.
Descrever o processo de impermeabilização (lona plástica, aditivo no concreto, pintura asfáltica, respaldo com
argamassa aditivada, etc...)

No caso de fundação em radier, informar: espessura do lastro de brita, da camada de concreto do piso interno, da
calçada externa, e o tipo de armação a ser utilizado.

3 SUPRA ESTRUTURA

Descrever o tipo de sistema estrutural: convencional (pilar, viga, laje), alvenaria auto-portante, alvenaria estrutural
(“grout”), etc...
Informar o FCK do concreto, tipo de forma e de armação previstas.
Informar espessura, tipo e local de utilização de lajes (para casas).
No caso de alvenaria estrutural ou auto-portante, informar: tipo, dimensões e resistência de blocos, e o traço de
assentamento da argamassa e “grout”.

4 PAREDES E PAINEIS

4.1 ALVENARIA
Especificar tipo e dimensões de tijolos e blocos e traço da argamassa de assentamento.
Especificar o tipo, a seção e o transpasse de vergas e contra-vergas.
Descrever o sistema de amarração entre blocos, entre paredes, entre paredes e lajes, entre paredes e pisos.

4.2 ESQUADRIAS

Descrever as portas e janelas no nível de detalhe do exemplo abaixo:

PORTAS

AMBIENTE MATERIAL TIPO E MODELO DIMENSÃO MARCA

Sala Metálica 2 folhas de correr, para vidro 3mm, veneziana ventilada inferior, 1,20 x 2,20
estrutura em chapa 18 A, B, C
Dormitório 1 Madeira 1 folha de abrir, lisa, compensada, encabeçada, miolo colméia 0,70 x 2,10 “

Dormitório (suíte) Madeira 1 folha de abrir, lisa, compensada, encabeçada, miolo colméia 0,70 x 2,10 “
Cozinha (porta Metálica 1 folha de abrir, c/vidro liso, estrutura em chapa 18, com 0,80 x 2,10 ”
externa) batente acoplado e fechadura acoplada
Banheiro Alumínio 1 folha de abrir, estrutura em perfil 10, veneziana fixa. 0,60 x 2,10 “
Social
Metálica 1 folha de abrir, atendendo às especificações dos Bombeiros 0,80 x 2,10 “
Escadaria Corta-Fogo

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO C – MEMORIAL DESCRITIVO - HABITAÇÃO/EQUIPAMENTO COMUNITÁRIO 70


JANELAS E BASCULANTES

AMBIENTE MATERIAL TIPO E MODELO DIMENSÃO MARCA

Sala Metálico 4 folhas cegas (2fixas e duas móveis 1,80 x 1,20 A, B, C


c/veneziana) e 2 folhas para vidro, em chapa 18,
com caixilho e trinco acoplados.
Dormitório 1 Madeira 4 folhas: 2 de abrir venezianas e duas 1,20 x 1,20 “
guilhotinas para vidro.
Dormitório Alumínio e PVC 3 folhas: 1 fixa em PVC cega, 1 móvel em PVC 1,20 x 1,20 “
(suíte) veneziana e 1 móvel p/ vidro, c/caixilho e trinco
acoplado
Cozinha Metálica Basculante c/ 4 folhas móveis, em chapa dobrada 1,20 x 1,00 “
18, caixilho e alavanca acoplados
Banheiro Alumínio Basculante c/2 folhas móveis, caixilho, alavanca 0,80 x 0,80 ”
Social e vidro acoplados
Banheiro Vidro Temperado Maxim-ar, vidro 10 mm, cor bronze, com 0,60 x 0,60 “
Suíte alavanca acoplada

4.2.1 ESQUADRIAS ESPECIAIS, PORTÕES, GRADES, BOX, CORRIMÃOS, ETC...


Descrever no nível de detalhe do exemplo abaixo:

ESQUADRIAS ESPECIAIS, PORTÕES, GRADES, BOX, CORRIMÃOS

AMBIENTE MATERIAL TIPO E MODELO DIMENSÃO MARCA

Caixa D’água Metálico Alçapão, com caixilho e trinco acoplados. 0,50 x 0,50 A, B, C

Garagem Metálico Portão de abrir, c/2 folhas, em ferro redondo, 3,00 x 1,00
desenho a projetar
Área Serviço Alumínio Porta de correr com 2 folhas, tipo box, em 1,20 x 2,20 “
alumínio e folha acrílica
Quintal Metálico Escada Marinheiro, barra de ferro redonda ½”, a 0,40 x 5,00 ”
projetar
Escada Metálico Escada helicoidal, 15 degraus, degrau médio 15 1,00 diâmetro
cm, chapa ..., a projetar
Escada Madeira Corrimão em seção retangular 7x5cm, canto 4,00 m
boleado, fixador com grapas

4.2.2 BATENTES E GUARNIÇÕES


Descrever: material, dimensões, modelo, perfil, marca e local de aplicação.

4.3 FERRAGENS
Descrever no nível de detalhe do exemplo a seguir:

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO C – MEMORIAL DESCRITIVO - HABITAÇÃO/EQUIPAMENTO COMUNITÁRIO 71


FECHADURAS

ESQUADRIA TIPO E MODELO MARCA

Porta Entrada Em latão cromado, com maçaneta tipo bola, externa fixa, chave A, B, C
em cilindro espelho de chave separado, de 1a linha.
Porta Cozinha Niquelado, tipo alavanca, com chave externa. “
(externa)
Porta Dormit 1 e Suíte Cromado, tipo alavanca, com chave interna “

Janela Dormit 1 Dourado, colonial, tipo cremona. “

4.4 VIDROS

Descrever no nível de detalhe do exemplo abaixo:

VIDROS

ESQUADRIA ESPESSURA, MODELO E ASSENTAMENTO

Porta Entrada 3 mm, martelado, assentado com massa de vidro

Porta Cozinha 3 mm, martelado, assentado com massa de vidro


(externa)
Janela Dormitório 1 3mm, liso, assentado com baguete de madeira.

Janela Dormitório Suíte 4 mm, liso, fornecido junto com a esquadria

Basculante Banheiro Suíte 10 mm, temperado, fornecido junto com a esquadria

IMPORTANTE:

Sugerem-se as seguintes espessuras mínimas:


• semiperímetro até 200 cm ......... 3 mm
• semiperímetro até 300 cm ......... 4 mm
• semiperímetro até 400 cm ......... 5 mm
• acima de 400 cm a espessura deverá ser estudada.

5 COBERTURA E PROTEÇÕES

5.1 TELHADO
Definir os materiais para execução de sua estrutura.
Especificar as telhas por tipo e sistema para fixação das peças, no caso de telhas de fibrocimento, especificar também a
marca e a espessura.
Definir sistema de captação de águas, (calhas, rufos e condutores) especificando os materiais a serem utilizados.
Descrever a vedação no encontro da alvenaria com o madeiramento do telhado.
Descrever o acabamento dos beirais (tabeira, testeira, arremates, etc...) e forros dos beirais.
Relacionar os locais cobertos com telhas (eventualmente omissos no projeto de cobertura).

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO C – MEMORIAL DESCRITIVO - HABITAÇÃO/EQUIPAMENTO COMUNITÁRIO 72


5.2 IMPERMEABILIZAÇÕES
Descrever separadamente os tipos de impermeabilização (rígidas, pinturas, membranas, especiais, ...) para:
• caixa d’água
• box de banheiro, sacada ou varanda
• pisos ou radier (para casas)
• alvenaria de embasamento ou baldrame (quando este funcionar como embasamento)
• laje descoberta
• piscina
Especificar a execução de barrados impermeáveis internos e externos (altura, material, etc...)

5.3 TRATAMENTOS
Especificar os materiais e técnicas utilizados no tratamento de concreto armado aparente e juntas se dilatação.

6 REVESTIMENTOS, ACABAMENTOS E PINTURA

6.1 INTERIORES
Descrever no nível de detalhe do exemplo abaixo:

REVESTIMENTOS, ACABAMENTOS E PINTURA

AMBIENTE PISO PAREDE TETO

Sala Contrapiso alisado, 3 cm, no Chapisco no traço 1:3 Chapisco no traço 1:3
traço 1:3, sobre radier, Emboço no traço 1:2:5, esp 1 cm Emboço no traço 1:2:5, esp 1 cm
revestido com carpete 6mm, e Reboco c/massa pronta, 2mm. Reboco c/gesso, 2mm.
rodapé em cordão. Pintura latex sobre massa corrida, em Caiação sobre reboco, em 2
2 demãos. demãos.

Dormitórios e Radier desempenado, Chapisco no traço 1:3 Chapisco no traço 1:3


circulação revestido com ardósia cinza Emboço no traço 1:2:5, esp 1 cm Emboço no traço 1:2:5, esp 1 cm.
50x50cm, com rodapé 5cm Pintura latex sobre emboço. Pintura latex sobre emboço, em 2
em ardósia. demãos.

ª
Banheiro Social Cerâmica 20 x 20 de 1 linha, Chapisco no traço 1:3 Forro em placas de gesso de 50
marca A, B ou C, sobre Emboço no traço 1:2:5, esp 1 cm cm x 50 cm, liso.
ÁREA PRIVATIVA

contrapiso 3 cm, no traço 1:3, Azulejo 15 x 15 liso de 1ª linha, marca Pintura latex sobre gesso, em 2
com rodapé 7 cm do mesmo A, B ou C, até o teto no box e na demãos.
material. parede hidráulica.
Pintura latex acrílica sobre emboço
em 2 demãos nas demais paredes.

ª
Cozinha Cerâmica 20 x 20 de 1 linha, Chapisco no traço 1:3 Chapisco no traço 1:3
marca A, B ou C, sobre Emboço no traço 1:2:5, esp 1 cm Emboço no traço 1:2:5, esp 1 cm
contrapiso 3 cm, no traço 1:3, Azulejo 15 x 15 liso de 1ª linha, marca Pintura latex sobre emboço em 2
com rodapé 7 cm do mesmo A, B ou C , até o teto na parede demãos.
material. hidráulica.
Pintura latex acrílica sobre emboço
em 2 demãos nas demais paredes.

Área Serviço

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO C – MEMORIAL DESCRITIVO - HABITAÇÃO/EQUIPAMENTO COMUNITÁRIO 73


REVESTIMENTOS, ACABAMENTOS E PINTURA

AMBIENTE PISO PAREDE TETO

Guarita Contrapiso desempenado 8 Chapisco no traço 1:3 Chapisco no traço 1:3


cm no traço 1:4:5, sobre lastro Emboço no traço 1:2:5, esp 1 cm Emboço no traço 1:2:5, esp 1 cm
de brita Pintura latex acrílica sobre emboço Reboco c/gesso, 2mm
em 2 demãos. Pintura latex sobre emboço em 2
demãos.

Salão Festas e Contrapiso desempenado 8 Chapisco no traço 1:3 Chapisco no traço 1:3
Jogos cm no traço 1:3, sobre lastro Emboço no traço 1:2:5, esp 1 cm Emboço no traço 1:2:5, esp 1 cm
de brita, revestido com lajota Reboco c/massa pronta, 2mm Pintura latex sobre emboço em 2
esmaltada 50x50cm e rodapé Pintura latex acrílica sobre emboço demãos.
em cerâmica 7 cm. em 2 demãos.

Banheiros do Contrapiso desempenado 8 Chapisco no traço 1:3 Forro em placas de gesso de 50


Salão Festas, e cm no traço 1:3, sobre lastro Emboço no traço 1:2:5, esp 1 cm cm x 50 cm, liso.
WC Guarita de brita, revestido com lajota Azulejo colorido até o teto, de 1a Pintura latex sobre gesso em 2
esmaltada 50x50cm e rodapé linha, 15x15cm. demãos.
em cerâmica 7 cm.

Copa Salão de Contrapiso 3 cm, no traço 1:3, Chapisco no traço 1:3 Chapisco no traço 1:3
Festas sobre radier, com acabamento Emboço no traço 1:2:5, esp 1 cm Emboço no traço 1:2:5, esp 1 cm
alisado (cimento queimado) Azulejo colorido até o teto, de 1a Pintura latex sobre emboço em 2
linha, 15x15cm. demãos.
ÁREA COMUM

Sala de
Ginástica

Hall Térreo

Hall Andares

Caixa de Degraus em concreto, Chapisco no traço 1:3 Chapisco no traço 1:3


Escada revestido com granilite cinza, Emboço no traço 1:2:5, esp 1 cm Emboço no traço 1:2:5, esp 1 cm
e rodapé em granilite 7 cm. Pintura acrílica sobre massa Caiação sobre emboço, em 2
texturizada acrílica, tipo Quantil. demãos.

Garagem Contrapiso 10cm em concreto Chapisco no traço 1:3 Chapisco no traço 1:3
Subsolo sarrafeado e desempenado, Emboço no traço 1:2:5, esp 1 cm Emboço no traço 1:2:5, esp 1 cm
fck 15 mpa, 10 cm, entremea- Pintura à cal sobre emboço, em 2 Caiação sobre emboço, em 2
do de ferragem (tela), sobre demãos. demãos.
lastro de brita.

Quadra
Poliesportiva

Garagem
Térreo

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO C – MEMORIAL DESCRITIVO - HABITAÇÃO/EQUIPAMENTO COMUNITÁRIO 74


6.2 EXTERIORES, FACHADAS E MUROS
Descrever o tipo de revestimento das paredes externas (chapisco, emboço, reboco, ...), especificando o traço.
Descrever os barrados impermeáveis (barra de chapisco): altura, local.
Descrever o tipo de revestimento dos pisos externos (calçadas perimétricas, pátios, área de serviço, ...)
Citar a largura e espessura da calçada perimétrica.
Nos casos de revestimento especiais (pastilhas, cerâmicas, tijolo maciço, etc.) devem ser especificados o material e o
local a ser aplicado.

6.3 PINTURA DE ESQUADRIAS


Descrever:
• o local de aplicação.
• a preparação das superfícies (lixamento ou emassamento)
• o fundo preparador (anticorrosivo metálico, seladora para madeira).
• o recobrimento final (tinta óleo, tinta esmalte, etc...).
• o número de demãos.

IMPORTANTE: SOBRE REVESTIMENTOS, PINTURA E PISOS

Sugere-se:
• quando usar piso em carpete, que este seja instalado somente quando da entrega da unidade, ou fornecida
carta de crédito ao adquirente referente ao material e respectiva instalação;
• passarela cimentada, ou com placas de concreto, desde a testada do lote até a porta de entrada;
• passeio público pavimentado, com largura mínima de 1,00 m.

7 SOLEIRAS E PEITORIS
Definir, de acordo com os locais de aplicação os diversos materiais utilizados para , soleiras e peitoris, especificando
tipos e dimensões.

IMPORTANTE

Sugere-se:
• utilizar soleiras ou filetes na transição de materiais de piso, ou em desníveis de piso interno.

8 INSTALAÇÕES E APARELHOS

8.1 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E TELEFÔNICAS


Especificar tipos de eletroduto, condutores e cabos, caixas, interruptores, tomadas e pontos de telefone, quadros geral e
secundários.
Especificar marcas e tipos de luminárias a serem utilizadas nas áreas comuns.
Especificar o tipo de pára-raios.
Esclarecer se haverá fiação para: antena, telefone e interfone, ou se haverá apenas duto seco.
Informar locais onde serão instalados pontos de iluminação nas áreas de uso comum externas.

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO C – MEMORIAL DESCRITIVO - HABITAÇÃO/EQUIPAMENTO COMUNITÁRIO 75


Relacionar o número de pontos de cada compartimento de acordo com o quadro de resumo abaixo:

INSTALAÇÕES ELÉTRICAS – NÚMERO DE PONTOS

AMBIENTE Luz Arandela Interrupt Tomada Antena Telefone Interfone


Teto

Sala

Dormitório 1

Dormitório Suíte

Banheiro Social
ÁREA PRIVATIVA

Banheiro Suíte

Circulação

Varanda

Cozinha

Área Serviço
ÁREA DE USO COMUM

Guarita

Salão de Festas

Hall de Entrada

8.2 INSTALAÇÕES HIDRAULICAS E DE ESGOTO


Definir todos os materiais a serem empregados, separando claramente as especificações de água fria, água quente,
águas pluviais, gordura, esgoto primário e secundário, definindo tanto os tubos como as conexões.
Especificar o sistema de aquecimento e os pontos de utilização das instalações de água quente.

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO C – MEMORIAL DESCRITIVO - HABITAÇÃO/EQUIPAMENTO COMUNITÁRIO 76


Relacionar o número mínimo de pontos de cada compartimento de acordo com o quadro resumo abaixo:

INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS – NÚMERO DE PONTOS

AMBIENTE Água Fria Água Quente Esgoto

Banheiro Social
ÁREA PRIVATIVA

Banheiro Suíte

Cozinha

Área de Serviço

Quintal
ÁREA DE USO COMUM

8.3 INSTALAÇÕES DE COMBATE A INCÊNDIO


Declarar: “As instalações de combate a incêndio serão executadas de acordo com projeto aprovado pelo Corpo de
Bombeiros”.

8.4 INSTALAÇÕES DE GÁS


Especificar os materiais a serem utilizados na entrada e na rede de distribuição.
Esclarecer se haverá ambiente de estocagem de gás de bujão.

8.5 INSTALAÇÕES MECÂNICAS


Compactador de lixo: Deve ser especificado de acordo com suas características de funcionamento e capacidade.
Exaustão mecânica: Descrever o sistema, de acordo com o projeto.

8.6 ELEVADORES
Informar a quantidade e o número de paradas e marcas.

8.7 APARELHOS SANITÁRIOS


Descrever a marca e acabamento de todas as peças a serem fornecidas e instaladas nos diversos compartimentos,
inclusive saboneteiras, papeleiras, cabides, etc
Descrever a marca, modelo, linha e acabamento dos metais sanitários.
Descrever os tampos, bancadas e cubas, bem como o local de instalação.

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO C – MEMORIAL DESCRITIVO - HABITAÇÃO/EQUIPAMENTO COMUNITÁRIO 77


9 COMPLEMENTAÇÃO

9.1 BENFEITORIAS
Descrever os serviços complementares à edificação, tais como: equipamentos de playground, piscinas, equipamentos
de lazer, calçadas e escadas de acesso, passeios, etc...

9.1.1 FECHAMENTO PERIMETRAL DE CONDOMÍNIO


Informar os locais onde serão executados os fechamentos.
Informar o tipo de fechamento que será executado.
Especificar os materiais que serão utilizados, inclusive portões.
Descrever a execução dos serviços compreendendo as fundações, elevações (altura, espessura, etc.), estrutura, juntas
de dilatação (material e distanciamento) e acabamentos.
Declarar: “ Os fechamentos perimetrais do condomínio terão altura mínima de 1,80 m”.

IMPORTANTE:

Sugere-se:
• Utilizar muros com altura mínima de 1,80m;
• Quando utilizar FECHAMENTO COM TELA:
 Utilizar tela de arame galvanizado número 8, malha 12;
 Utilizar mourões de concreto armado de 2,70m, seção de 0,10m x 0,10m, com inclinação superior para
receber 3 fios de arame farpado galvanizado;
 Fixá-los ao solo com bases de concreto de 0,50m de profundidade e espaçamento máximo de 2,50m;
 A cada 20,00m, e nas deflexões, colocar mestres e escoras;
 Colocar a tela de arame perfeitamente esticada, sem abaulamentos, utilizando para tanto arames
galvanizados corridos, pré-esticados, nas extremidades superior e inferior.
 Executar as amarrações entre a tela e os mourões com arame galvanizado número 8.
• Quando utilizar FECHAMENTO EM ALVENARIA:
 Executar as fundações com brocas e baldrames, a estrutura de concreto com pilares espaçados de no
máximo 2,50m;
 Prever juntas de dilatação no máximo a cada 10,00m.

9.1.2 PAISAGISMO
Informar os locais onde será executado o paisagismo.
Especificar as espécies de grama, arbustos e árvores que serão plantadas.
Especificar as características como, tamanhos e quantidades das plantas que comporão o paisagismo. ( ex.: grama em
placas justapostas ou semeadura).
Descrever a execução dos serviços compreendendo movimento de terra, plantio, irrigação, etc.
Declarar: “Serão plantadas no mínimo uma muda de árvore por unidade habitacional, com altura de mínima de 1,00 m,
fixadas em tutores e envoltas por protetores”.
Especificar as características dos tutores e protetores das árvores.
Declarar: “ A manutenção da grama, árvores e arbustos será feita até a entrega da obra”.

9.2 PLACA DE IDENTIFICAÇÃO


Declarar: “A obra será entregue com placas de identificação de casas, ruas, blocos e apartamentos”.

9.3 MARCAÇÃO DOS LOTES


No caso de LOTEAMENTOS e que não for previsto muros de fechamento, declarar: “ Os lotes serão entregues
devidamente demarcados por piquetes”.
Especificar as dimensões e o tipo de piquete (ferro, concreto) que será utilizado.

9.4 LIMPEZA FINAL


Descrever a execução da calafetação e a limpeza final de obra.
Declarar: “Será efetuada a limpeza final de toda o obra”.

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO C – MEMORIAL DESCRITIVO - HABITAÇÃO/EQUIPAMENTO COMUNITÁRIO 78


10 DECLARAÇÕES FINAIS

10.1 Declarar: “A obra obedecerá à boa técnica, atendendo às recomendações da ABNT e das Concessionárias locais”.

10.2 Declarar: “Esta empresa tem ciência das exigências do Manual Técnico de Engenharia da CAIXA, mais precisamente,
das Condições Mínimas e Exigências, comprometendo-se a cumprir tais instruções”.

10.3 Declarar: "Esta empresa responsabiliza-se pela execução e ônus financeiro de eventuais serviços extras, indispensáveis
à perfeita habitabilidade das Unidades Habitacionais, mesmo que não constem no projeto, memorial e orçamento”.

10.4 Declarar: “A obra será entregue completamente limpa, com cerâmicas e azulejos totalmente rejuntados e lavados, com
aparelhos, vidros, bancadas e peitoris isentos de respingos. As instalações serão ligadas definitivamente à rede pública
existente, sendo entregues devidamente testadas e em perfeito estado de funcionamento. A obra oferecerá total
condição de habitabilidade, comprovada com a expedição do “ habite-se” pela Prefeitura Municipal”.

10.5 Declarar: “Estará disponibilizada em canteiro a seguinte documentação: todos os projetos (inclusive complementares),
orçamento, cronograma, memorial, diário de obra, alvará de construção e documentação do Programa de Qualidade”.

10.6 Declarar: “Em função da diversidade de marcas existentes no mercado, eventuais substituições serão possíveis, desde
que apresentadas com antecedência à CAIXA, devendo os produtos apresentarem desempenho técnico equivalente
àqueles anteriormente especificados, mediante comprovação através de ensaios desenvolvidos pelos fabricantes, de
acordo com as Normas Brasileiras”.

Local e data

_____________________________________ ______________________________________
Construtora Proponente

______________________________________
CAIXA - Visto do Engenheiro

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO C – MEMORIAL DESCRITIVO - HABITAÇÃO/EQUIPAMENTO COMUNITÁRIO 79


ANEXO D : MEMORIAL DESCRITIVO - INFRA-ESTRUTURA

MEMORIAL DESCRITIVO

1 INFRA - ESTRUTURA

IDENTIFICAÇÃO:

Proponente : .......................................................................................................................................................
Construtora : .......................................................................................................................................................
Empreendimento : .......................................................................................................................................................
Endereço : ......................................................................................... Cidade: ...........................................

MEMORIAL DESCRITIVO DE INFRA-ESTRUTURA

1 SERVIÇOS PRELIMINARES E GERAIS

1.1 SERVIÇOS TÉCNICOS


Declarar: “ Os serviços técnicos de topografia e sondagem e controle tecnológico serão descritos nos itens relativos a
terraplenagem, esgoto, drenagem e pavimentação”.

1.2 CANTEIRO E INSTALAÇÕES PROVISÓRIAS


Declarar: “Será implantado canteiro de obras dimensionado de acordo com o porte e necessidades da obra”.

IMPORTANTE

Exige-se:
• Placa da CAIXA, conforme modelo padronizado (vide item 3.2), a ser fixada em local frontal à obra e em posição
de destaque. Esta placa nunca poderá ser menor que a maior placa afixada (exceto placas promocionais de venda).

1.3 MÁQUINAS E FERRAMENTAS


Declarar: “Serão fornecidos todos os equipamentos e ferramentas adequadas de modo a garantir o bom desempenho da
obra”.

1.4 LIMPEZA PERMANENTE DA OBRA


Declarar: “A obra será mantida permanentemente limpa”.

1.5 DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO E SEGURANÇA


Declarar: “A obra será suprida de todos os materiais e equipamentos necessários para garantir a segurança e higiene
dos operários”.

1.6 CONTROLE DE QUALIDADE


Declarar: “A Construtora implantará um Programa de Controle de Qualidade Total, incluindo procedimentos de
execução e inspeção, tanto de serviços como de materiais, em conformidade com o PBQP-H”.

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO D – MEMORIAL DESCRITIVO - INFRA-ESTRUTURA 80


2 TERRAPLENAGEM

2.1 SONDAGEM E CONTROLE TECNOLÓGICO


Descrever os serviços de sondagem

2.2 TRABALHOS EM TERRA


Descrever os serviços de topografia específicos para terraplenagem.
Citar quais serviços e materiais serão submetidos obrigatoriamente a ensaios tecnológicos e testes.
Declarar: “Os controles e ensaios tecnológicos citados anteriormente serão executados em conformidade com as Normas
Brasileiras”.
Informar as medidas preventivas a adotar quanto à estabilidade do solo e edificações de vizinhos (vistoria “Ad Perpetuam
rei Memoriam”).
Informar os equipamentos que serão utilizados.
Informar sobre a necessidade de serviços de empréstimo de solo e bota-fora e distância de transporte.
Declarar: “ Havendo serviços de empréstimo de solo ou bota-fora, tais serviços serão realizados em locais autorizados
pelo Poder Público”.
Declarar: “ Para lotes em aclive, a cota do platô ficará no mínimo 15 cm acima do greide da rua e a declividade mínima
em direção à rua será de 0,5%. Para lotes em declive, haverá uma rede específica, subterrânea, para drenagem de
águas pluviais no fundo destes lotes”.

2.2.1 DESMATAMENTO, DESTOCAMENTO E LIMPEZA SUPERFICIAL


Declarar: “Será realizado o corte e remoção da vegetação (incluindo tocos e raízes) e do solo orgânico, na profundidade
necessária, nos locais definidos em projeto”.
Informar a espessura média de raspagem da camada vegetal superficial.

2.2.2 CORTES
Declarar: “ Os taludes de corte obedecerão às inclinações definidas em projeto. Havendo omissão de projeto, a
o
inclinação máxima do talude será de 45 em relação à horizontal”.
Declarar: “ Nos locais de corte, uma camada de no mínimo 60 cm abaixo da cota de projeto ficará livre de tocos e
raízes”.

2.2.3 ATERROS
Declarar: “ Os taludes de aterro terão inclinação máxima de 45o em relação à horizontal”.
a
Declarar: “ Os materiais utilizados para aterro serão de 1 qualidade e estarão isentos de matéria orgânica e impurezas.
O aterro será compactado em camadas com espessura compatível com o tipo de solo e com o equipamento utilizado, na
umidade ideal, e grau de compactação mínimo de 95% do proctor normal”.

2.2.4 TALUDES
No caso de CONDOMÍNIOS HORIZONTAIS e LOTEAMENTOS, declarar:
• " Os taludes entre lotes com altura inferior a 1,00 m não receberão proteção, salvo os casos onde a estabilidade do
solo esteja comprometida”.
• “ Os taludes entre fundos de lotes com altura entre 1,00 m e 1,50 m na região de Bauru, ou altura entre 1,00 m e
2,00 m nas regiões São Paulo e Campinas, serão protegidos do pé à crista com grama em placas”;
• “ Nas áreas de uso comum (Condomínios) e áreas públicas (Loteamento) todos os taludes, de qualquer altura,
receberão proteção com grama em placas. Os taludes de altura superior a 2,00 m receberão dispositivos de
drenagem na crista e no pé do talude, sendo que a descida das águas deverá ocorrer através de canaletas ou
escadarias de dissipação interligadas ao sistema de captação. Os taludes de altura superior a 3,00 m serão, ainda,
interrompidos com bermas providas de canaleta. Para estes taludes com altura superior a 3,00 m poderá ser
adotada outra solução de contenção e proteção, mediante parecer de consultores de solo”.
No caso de CONDOMÍNIOS VERTICAIS, declarar:
• “ Todos os taludes, de qualquer altura, receberão proteção com grama em placas. Os taludes de altura superior a
2,00 m receberão dispositivos de drenagem na crista e no pé do talude, sendo que a descida das águas deverá
ocorrer através de canaletas ou escadarias de dissipação interligadas ao sistema de captação. Os taludes de altura
superior a 3,00 m serão, ainda, interrompidos com bermas providas de canaleta. Para estes taludes com altura
superior a 3,00 m poderá ser adotada outra solução de contenção e proteção, mediante parecer de consultores de
solo.
• A cota do platô de cada prédio, ficará no mínimo 15 cm acima do nível das circulações de uso comum do entorno do
prédio”.

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO D – MEMORIAL DESCRITIVO - INFRA-ESTRUTURA 81


Declarar: “Qualquer talude poderá ser substituído por muro de arrimo, a critério do Construtor”.
Declarar: “Taludes nas divisas do empreendimento, que necessitarem deitar saia em terreno externo ao
empreendimento, terão prévia anuência do proprietário vizinho”.

Sugere-se:

• Que o movimento de terra seja iniciado somente após a conclusão das operações de desmatamento, destocamento
e limpeza.
• Preparação da “ caixa” da via pública acrescida de 50 cm para cada lado além do alinhamento da guia, de forma a
garantir que a sarjeta e a guia sejam assentados sobre terreno devidamente compactado.
• Cota de platô de prédios com apartamento no térreo, no mínimo, 1,00 m acima do nível das circulações de uso
comum, garantindo maior privacidade e conseqüente valorização destes apartamentos.
• Atentar para a anuência dos Órgãos Ambientais durante os serviços de terraplenagem, mormente quando a área
envolver mata nativa, ou regiões de proteção ambiental.

3 ABASTECIMENTO DE ÁGUA POTÁVEL

Declarar: “O projeto obedecerá às Normas da Concessionária ou Órgão Responsável.”


Descrever a concepção geral do sistema: captação, tratamento, reservação e distribuição.
Informar sobre a captação: se for em rede existente, informar o ponto de interligação; se for através de poço profundo,
informar vazão, potabilidade, vida útil do lençol e autorização do Órgão Competente ; se for através de manancial de
superfície, informar vazão, vida útil, tratamento para potabilidade e autorização do Órgão Competente.
Descrever como será o tratamento da água.
Descrever como serão a adução e recalque.
Descrever a forma de reservação: reservatório enterrado, semi-enterrado ou elevado.
Especificar os materiais a serem empregados, indicando claramente as especificações dos tubos, conexões e tipos de
juntas.
Descrever a execução dos serviços de rede: locação, cadastramento de interferências, escavação de valas (indicando
largura e profundidade), escoramento, esgotamento de valas, regularização de fundo, assentamento de tubulação,
caixas de registro, ancoragem, reaterro e compactação.
Informar como serão executadas as ligações domiciliares (tomada de água da rede, ramal predial, montagem e
instalação de cavalete).
Informar a quem caberá a responsabilidade de fornecimento e instalação de hidrômetros.
Informar a quem caberão as providências e eventuais ônus junto à Concessionária quanto às ligações domiciliares.
Declarar: “Serão de responsabilidade do Construtor as providências e eventuais ônus junto à Concessionária quanto à
fiscalização, vistorias e interligações”.
Informar se o sistema será público ou privado (exclusivo do condomínio), definindo inclusive a responsabilidade sobre a
operação e manutenção do sistema.
Informar se, após concluído, o sistema será doado à Concessionária.
Declarar: “ O Construtor disponibilizará ao operador o projeto completo do sistema (levantamento cadastral)”.

Sugere-se:

• Quanto à ESCAVAÇÃO:
 Para LARGURA de vala, utilizar a Tabela da página seguinte
 Para PROFUNDIDADE de vala, adotar:
 mínimo de 0,70 para valas no passeio;
 mínimo de 1,00 m para valas sob via pavimentada ou com greide definido por guias e sarjetas;
 mínimo de 1,20 m para valas sob via de terra ou greide indefinido.
 Colocar os materiais provenientes das escavações e que se prestarem ao aterro ao lado das valas a uma
distância das bordas nunca inferior à medida de sua largura;
 Se no decorrer da escavação for atingido terreno rochoso, desmontá-lo a fogo quando se apresentar sob forma
maciça e contínua, ou simplesmente retirá-lo se constituído por matacões de até 0,50m3 de volume;

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO D – MEMORIAL DESCRITIVO - INFRA-ESTRUTURA 82


Sugere-se: (continuação)

• Quanto ao ESCORAMENTO DE VALAS:


 Executar o escoramento nas paredes das valas com profundidade superior a 1,50m., bem como em locais onde,
pela natureza do terreno, for necessária sua utilização;
 Quanto utilizar PONTALETAMENTO conter o solo lateral da cava com tábuas de 2,7cm x 16cm., espaçadas de
1,35m e travadas horizontalmente com estroncas de 20cm de diâmetro;
 Quando utilizar ESCORAMENTO DESCONTÍNUO conter o solo lateral da cava com tábuas de 2,7cm x 16cm,
espaçadas de 16cm e travadas horizontalmente por longarinas de 6cm x 16cm em toda a sua extensão, e
estroncas de 20cm de diâmetro a cada 1,35m, à exceção das extremidades das longarinas onde as estroncas
estarão a 0,40m;
 Quando utilizar ESCORAMENTO CONTÍNUO conter o solo lateral da cava com tábuas de 2,7cm x 16cm.,
encostadas umas as outras, travadas horizontalmente por longarinas de 6cm x 16cm em toda a sua extensão e
estroncas de 20cm de diâmetro, espaçadas de 1,35m, à exceção das extremidades das longarinas, onde as
estroncas estarão a 0,40m;
 Quando utilizar ESCORAMENTO ESPECIAL conter o solo lateral por pranchas de 6cm x 16cm., do tipo macho
e fêmea, travadas horizontalmente por longarinas de 8cm x 18cm., em toda a sua extensão e estroncas de
25cm de diâmetro, espaçadas de 1,35m., a menos nas extremidades das longarinas onde as estroncas estarão
a 0,40m.

• Quanto ao ESGOTAMENTO DE VALAS:


 Efetuar o seu esgotamento por meio de bombas, sendo executados drenos laterais nos fundos das valas para
que a água seja coletada pelas bombas em pontos adequados, permitindo o assentamento de tubos e
confecção de juntas a seco.
 Colocar os crivos das bombas em poços, recobertos de brita a fim de evitar a erosão.

• Quanto à REGULARIZAÇÃO DO FUNDO DE VALAS:


 Efetuar uma regularização do fundo da vala de forma a permitir um apoio uniforme da tubulação;
 Caso o fundo da vala apresente rocha ou material indeformável, interpor uma camada de areia ou de terra de
espessura não inferior a 0,10m.

• Quanto ao ASSENTAMENTO DE TUBULAÇÕES:


 Que as tubulações de ferro com diâmetro até 250mm possuam junta elástica; com diâmetro entre 300mm e
500mm possuam juntas de chumbo; e diâmetros superiores possuam juntas mecânicas;
 Seguir as instruções dos fabricantes para montagem.

• Quanto às CAIXAS DE REGISTRO:


 Proteger os registros com caixas de concreto ou alvenaria com tampa de ferro fundido;
 Utilizar tampas do tipo T 9 / 202 x 122 x 114mm / 9 kg nos passeios e nos leitos carroçáveis onde o diâmetro da
rede for inferior a 600mm, ou aquela que a Concessionária recomendar;
 Utilizar tampas do tipo T 120 / 760 x 100 x 120 mm / 120 kg nos leitos carroçáveis quando a rede tiver diâmetro
superior a 600mm, ou aquela que a Concessionária recomendar.

• Quanto à ANCORAGEM:
 Que as ancoragens sejam de concreto, dimensionadas de formar a evitar deformações na tubulação.

• Quanto ao REATERRO:
 O espaço compreendido entre a base de assentamento e a cota definida pela geratriz externa superior do tubo,
acrescida de 20cm, seja preenchido com aterro isento de pedras e corpos estranhos, adensado com soquetes
manuais e aplicado em camadas de espessuras não superior a 20cm;
 Para tubulações assentadas nos passeios, que o restante do aterro seja executado de maneira que resulte
densidade aproximadamente igual ao do solo que se apresenta nas paredes das valas, utilizando-se, de
preferência o mesmo solo isento de corpos estranhos;
 No caso de tubulações assentadas sob o leito carroçável, efetuar a compactação mecânica a 95% do Proctor
Normal, utilizando-se equipamento apropriado;
 Quando o material proveniente da escavação não se prestar para a execução do aterro, substituí-lo por material
adequado, proveniente de empréstimo;
 Após a execução do aterro, remover ao bota-fora todo o material proveniente da escavação não utilizado.

• Quanto às LIGAÇÕES DOMICILIARES:


 Fornecer e instalar hidrômetros de acordo com as normas da Concessionária local;

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO D – MEMORIAL DESCRITIVO - INFRA-ESTRUTURA 83


3.1 INSTALAÇÕES DE COMBATE A INCÊNDIO
Havendo necessidade de rede, declarar: “ O projeto obedecerá às Normas da Concessionária ou Órgão Responsável”.

4 ESGOTAMENTO SANITÁRIO

Declarar: “O projeto obedecerá às Normas da Concessionária ou Órgão Responsável”.


Descrever a concepção geral do sistema de esgotamento: coleta, tratamento e lançamento final dos efluentes.
Descrever os serviços de topografia relativos ao esgotamento sanitário;
Especificar os materiais e descrever a execução dos serviços de rede: locação, escavação (indicando largura e
profundidade das valas), escoramento, esgotamento, regularização das valas (apiloamento e lastros), assentamento de
tubulações, reaterro e compactação.
Descrever a execução dos poços de visita e de inspeção: escavação, lastros e lajes de fundo, alvenaria, revestimento,
impermeabilização, aterro e colocação de tampão.
Informar a declividade mínima da rede e também a distância máxima entre poços de inspeção.
Informar se os efluentes serão lançados em rede pública.
Informar se o esgoto receberá tratamento antes do lançamento final.
Descrever o tipo de tratamento e informar sobre a autorização dos Órgãos Competentes.
Informar sobre o lançamento final: se for em rede existente, indicar o ponto de interligação; se for em curso d’água,
dissertar sobre a autorização dos Órgãos Competentes.
Nos casos de CONDOMÍNIO HORIZONTAL e LOTEAMENTO, declarar: “ A interligação da caixa de inspeção final ao
coletor será realizada juntamente com a rede coletora, para todos lotes do empreendimento, evitando rasgos futuros na
pavimentação”.
Informar a quem caberá as providências e eventuais ônus junto a Concessionária quanto às ligações domiciliares.
Declarar: “Serão de responsabilidade do Construtor as providências e eventuais ônus junto à Concessionária quanto a
fiscalização, vistorias e interligações”.
Informar se a rede e o tratamento serão públicos ou privados (exclusivos do condomínio), definindo inclusive a
responsabilidade sobre a operação e manutenção do sistema.
Declarar: “ O Construtor disponibilizará ao operador o projeto completo do sistema (levantamento cadastral)”.

Sugere-se:

• Quanto a: ESCAVAÇÃO, ESCORAMENTO DE VALAS, ESGOTAMENTO DE VALAS, REGULARIZAÇÃO DO


FUNDO e REATERRO, vide sugestões do item anterior;:

5 DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS

5.1 DRENAGEM EM RUAS DE LOTEAMENTO


Declarar: “O projeto obedecerá às Normas da Prefeitura ou Órgão Responsável”.
Declarar: “No dimensionamento da drenagem foi considerada a área de contribuição do empreendimento, bem como as
contribuições a montante”;
Informar os locais onde haverá drenagem superficial e drenagem subterrânea.
Descrever os serviços de topografia relativos à rede de drenagem;
Especificar os materiais e descrever a execução dos serviços de rede: locação, escavação (indicando largura e
profundidade das valas), escoramento, esgotamento, regularização das valas (apiloamento e lastros), assentamento de
tubulações, reaterro e compactação.
Descrever os dispositivos de drenagem: poços de visita, caixas de passagem, tampões e bocas de lobo.
Informar a declividade mínima da rede.
Informar como e onde será o lançamento final das águas pluviais.
Declarar: “ Serão de responsabilidade do Construtor as providências e eventuais ônus junto ao Órgão Responsável
quanto a fiscalização, vistorias e interligações”.
Informar se após concluído o sistema, o mesmo será doado ao Órgão Responsável.
Declarar: “ O Construtor disponibilizará ao operador o projeto completo do sistema (levantamento cadastral)”.

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO D – MEMORIAL DESCRITIVO - INFRA-ESTRUTURA 84


5.2 DRENAGEM DE LOTES
Informar se haverá rede de drenagem interna à quadra, ou se haverá caimento dos lotes para a rua.
Informar se a drenagem interna aos lotes será em área pública (viela) ou atravessando os lotes (servidão de passagem).
Informar os locais onde haverá drenagem superficial e drenagem subterrânea.
Especificar os materiais e descrever a execução dos serviços de rede: locação, escavação (indicando largura e
profundidade das valas), escoramento, esgotamento, regularização das valas (apiloamento e lastros), assentamento de
tubulações, reaterro e compactação.
Descrever os dispositivos de drenagem: poços de visita, caixas de passagem, tampões e bocas de lobo.
Informar a declividade mínima da rede.
Informar como e onde será o lançamento final das águas pluviais.
Declarar: “ Serão de responsabilidade do Construtor as providências e eventuais ônus junto a Concessionária quanto à
fiscalização, vistorias e interligações”.
Informar se a rede de drenagem em viela, após concluída, será doada à Prefeitura ou Órgão Responsável.
Declarar: “ O Construtor disponibilizará ao operador o projeto completo do sistema (levantamento cadastral)”.

5.3 DRENAGEM EM ÁREAS DE USO COMUM DE CONDOMÍNIOS


Declarar: “No dimensionamento da drenagem foi considerada a área de contribuição do empreendimento, bem como as
contribuições a montante”.
Informar os locais onde haverá drenagem superficial e drenagem subterrânea.
Especificar os materiais e descrever a execução dos serviços de rede, : locação, escavação (indicando largura e
profundidade das valas), escoramento, regularização das valas (apiloamento e lastros), assentamento de tubulações,
reaterro e compactação.
Descrever os dispositivos de drenagem: poços de visita, caixas de passagem, tampões e bocas de lobo.
Informar a declividade mínima da rede.

Sugere-se:

• Declividade mínima de 0,5 %;


• Bocas de lobo, caixas de areia e caixas de passagem com dimensões adequadas à limpeza, revestimento interno
liso e tampa removível;
• Que os lotes fiquem em aclive, permitindo escoamento superficial em direção à rua frontal. Ocorrendo lotes em
declive, prever em projeto o sistema de drenagem interna aos lotes.

6 PAVIMENTAÇÃO, GUIAS, SARJETAS E SARJETÕES

6.1 PAVIMENTAÇÃO EM RUAS DE LOTEAMENTO


Declarar: “O projeto obedecerá às Normas da Prefeitura ou Órgão Responsável”.
Informar os controles tecnológicos que serão utilizados.
Declarar: “Será efetuada a terraplenagem com grau de compactação igual a 95% do Proctor Normal”.
Descrever os serviços de topografia e sondagem relativos à pavimentação;
Descrever os trabalhos em terra quanto ao PREPARO DA CAIXA DO PAVIMENTO, conforme a seguir:
• Descrever os serviços de PREPARO DO SUBLEITO: escarificação, pulverização, umedecimento ou secagem,
regularização de camada solta, compactação e regularização final, bem como os equipamentos utilizados.
• Descrever os serviços de REFORÇO DO SUB-LEITO: transporte, esparrame, pulverização, umedecimento ou
secagem, regularização da camada solta, compactação e regularização final.
• Descrever o serviço de camada de bloqueio: distribuição do material e compressão.
Declarar: “ Os serviços de PREPARO e REFORÇO DO SUB-LEITO consistem na execução, sobre a terraplenagem
acabada, de todas as operações necessárias à compactação do sub-leito na profundidade de 0,15 m, para a obtenção
da superfície definida nos alinhamentos, perfis e seções transversais do projeto.”
Informar os locais e os tipos de pavimento que serão utilizados em função do tráfego a que estarão sujeitos.
Informar os materiais e a execução dos serviços que serão empregados.
Informar a declividade do centro do pavimento em direção à sarjeta.

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO D – MEMORIAL DESCRITIVO - INFRA-ESTRUTURA 85


No caso de PAVIMENTAÇÃO ASFÁLTICA, especificar os materiais e a execução dos serviços que comporão o
pavimento:
• Preparo da caixa do pavimento (sub-leito, reforço do sub-leito, camada de bloqueio);
• Sub-base e base (macadame hidráulico, camada estabilizada granulometricamente, brita graduada, solo-cimento,
solo-brita, concreto rolado, macadame betuminoso);
• Imprimação (imprimação impermeabilizante e imprimação ligante);
• Revestimento (tratamento superficial, pré-misturado a frio, concreto betuminoso usinado a quente – CBUQ).
Informar a espessura das camadas do pavimento: sub-base, base, imprimação, revestimento asfáltico.
No caso de PAVIMENTAÇÃO COM PARALELEPÍPEDOS ou PAVIMENTAÇÃO COM BLOCOS PRÉ-MOLDADOS DE
CONCRETO, especificar os materias e a execução dos serviços que comporão o pavimento:
• Colchão de assentamento;
• Assentamento;
• Travamento;
• Rejuntamento;
• Compressão.
Informar a espessura das camadas do pavimento: colchão de assentamento e paralelepípedos ou blocos de concreto.
Declarar: “O Controle tecnológico do pavimento será realizado por laboratório especializado à razão de um ensaio a
cada 60 metros de pista, alternando eixo, bordos direito e esquerdo”.
Declarar: “Serão de responsabilidade do Construtor as providências e eventuais ônus junto quanto a fiscalização,
vistorias e recebimento do serviço”.
Declarar: “Após concluído o pavimento, o mesmo será doado à Prefeitura ou Órgão Responsável”.
Declarar: “O Construtor disponibilizará à Prefeitura ou Órgão Responsável o projeto do pavimento (levantamento
cadastral)”.

Sugere-se:

• Solicitar Certidão de Diretrizes de Pavimentação junto à Prefeitura, onde constem as especificações e normas a
serem atendidas para execução dos serviços.

6.2 GUIAS, SARJETAS E SARJETÕES DE CONCRETO


Declarar: “O projeto obedecerá as Normas da Prefeitura ou Órgão Responsável.”
Descrever o tipo de guias , sarjetas e sarjetões que serão utilizados (pré-moldados, moldados no local, guias e sarjetas
monolíticas).
Informar as dimensões das guias, sarjetas e sarjetões;
Informar a resistência mínima do concreto para guias, lastros, sarjetas e sarjetões.
Especificar os materiais a serem empregados, bem como ensaios e controle tecnológico.
Descrever os serviços de topografia relacionados com guias e sarjetas;
Descrever a execução dos serviços de preparo do terreno (terraplenagem, compactação, regularização) e execução das
guias ( base, assentamento, encostamento de terra), sarjetas (base, execução da sarjeta, juntas) e sarjetões.
Declarar: “As guias e sarjetas serão assentadas sobre terreno mecanicamente compactado”.
No caso de guias pré moldadas, declarar ; “Serão executados “travesseiros” de apoio de concreto na face externa das
junções das peças ( lado calçada ), para evitar seu tombamento”.
Declarar: “A faixa de no mínimo 0,50 m contígua à anteface das guias, deverá ser aterrada e compactada com material
de boa qualidade, após a execução dos travesseiros ou bolas de apoio”.
Declarar: “ As guias serão executadas em concreto com resistência mínima de 20 Mpa ou conforme norma da
Prefeitura”.
Declarar: “Serão de responsabilidade do Construtor as providências e eventuais ônus junto quanto a fiscalização,
vistorias e recebimento do serviço”.
Declarar: “Após concluído o pavimento, o mesmo será doado à Prefeitura ou Órgão Responsável”.
Declarar: “O Construtor disponibilizará à Prefeitura ou Órgão Responsável o projeto do pavimento (levantamento
cadastral)”.

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO D – MEMORIAL DESCRITIVO - INFRA-ESTRUTURA 86


Sugere-se:

• Quanto ao PREPARO DO SUB-LEITO:


 Nos aterros, os solos a serem utilizados deverão ter características uniformes e possuir qualidade idênticas ou
superiores as do material previsto no projeto do pavimento;
 Em qualquer caso, não utilizar solos turfosos, micáceos ou que contenham substâncias orgânicas.

• Quanto a GUIAS MOLDADAS NO LOCAL:


 Utilizar as dimensões de 30 cm de altura e 12 cm de espessura na base reduzindo para 10 cm no topo. A
aresta formada pelo piso e espelho, voltada para a pista de rolamento deverá ser arredondada, inscrevendo-se
um arco de 3 cm de raio;
 No caso da moldagem " in loco " no sistema de guias e sarjetas monolíticas, deverá ser utilizado concreto de
20 Mpa e seu acabamento não deve apresentar torturas superiores a 5mm, constatadas pela colocação de uma
régua de 3,00m na face superior e lateral da guia;
 Utilizar juntas tipo " seção enfraquecida " a cada 6,00m.

• Quanto a GUIAS PRÉ-MOLDADAS:


 Utilizar dimensões de 13cm de topo, 15cm de base e 30cm de altura, e resistência de 20 Mpa;
 Prever o assentamento sobre lastro de concreto (base), com resistência mínima de 10 Mpa e com consistência
suficiente para assegurar as guias um assentamento estável ainda antes do endurecimento, de forma a sempre
obedecer o perfil e o alinhamento do projeto.
 As guias devem ser escoradas nas juntas por meio de blocos de concreto (travesseiros ou bolas), com a mesma
resistência do concreto da base, preenchendo-se suas juntas com argamassa de cimento e areia, traço 1:3;
 A faixa de 0,50m, contígua a anteface das guias, deve ser aterrada com material de boa qualidade.

• Quanto a SARJETAS DE CONCRETO:


 Utilizar sarjetas com 40 cm de largura e 15 cm de espessura, com caimento em direção à guia igual a 10%.
 Para pavimentos asfálticos, a aresta da sarjeta deve ser chanfrada formando ângulo de 45º com a superfície
superior;
 O concreto para execução das sarjetas devem ter resistência mínima de 20 MPa, aos 28 dias, plasticidade e
umidade que permita ser facilmente lançado nas formas, onde, convenientemente apiloado e alisado, deve
constituir uma massa compacta sem buracos ou ninhos;
 Após o adensamento, a superfície da sarjeta deve ser alisada com gabarito de madeira até apresentar uma
superfície lisa e uniforme;
 As juntas serão do tipo " seção enfraquecida ", com espaçamento de 4,00m a 6,00m.

• Quanto aos SARJETÕES DE CONCRETO


 Os sarjetões de concreto, moldados no local devem ter a largura indicada no projeto ou, na falta desta, ter o
dobro da largura da sarjeta.
 Utilizar espessura mínima de 15 cm, com declividade de 10% no sentido do eixo da largura.
 O preparo do terreno de fundações, as formas, a resistência do concreto, etc. , devem obedecer as
especificações determinadas para as sarjetas.

6.3 PISO DE ESTACIONAMENTO e ACESSO DE VEÍCULOS em CONDOMÍNIOS


Definir o tipo de piso a ser utilizado.
Descrever os materiais que serão empregados, bem como a espessura final do pavimento, juntas e declividades.
Descrever a forma de execução dos serviços.
Informar como serão demarcadas e numeradas as vagas.

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO D – MEMORIAL DESCRITIVO - INFRA-ESTRUTURA 87


Sugere-se:

• Os pisos poderão ser executados em concreto, pavimento asfáltico ou também em blocos poliédricos intertravados
de concreto assentes sobre base de areia fortemente compactada e com dimensionamento compatível com as
cargas previstas;
• Para execução de piso em concreto:
 Executar lastro de pedra britada, sobre esta assentar malha de ferro, e em seguida lançar o concreto simples
desempenado-o com argamassa de cimento e areia.
 Antes da aplicação de pedra britada, o solo deve estar regularizado e fortemente compactado.
 Após o assentamento do lastro, efetuar novo apiloamento.
 Caso a caixa receba aterro, o solo utilizado deverá ser de boa qualidade, aplicado em camadas de 0,20m, no
máximo, umedecido e compactado.
 Utilizar lastro com pedra britada número 2 e espessura de 3 cm.
 Utilizar concreto com resistência de 25 Mpa e 7 cm de espessura, no mínimo, dimensionado conforme a carga
prevista.
 O capeamento com argamassa de cimento e areia, traço 1:3, deve ter a espessura suficiente para permitir
desempenamento do concreto e acabamento liso, sendo aplicado logo após a concretagem.
 Lançar o concreto em duas etapas e de forma alternada, em quadros de pontalete previamente preparados e
bem travados.
 Após a concretagem da primeira etapa, retirar os pontaletes e pintar a face de contato com material betuminoso
formando juntas " secas " de dilatação.
 Recomenda-se um intervalo de 24 horas entre a primeira e a segunda concretagem.
 Os quadros devem ter dimensão máxima de 2,00m x 2,00m de área.
• Demarcar e numerar as vagas com tinta própria para tráfego, de cor amarela e 10 cm de largura.
• Prever caimento suficiente dos pisos para impedir o empoçamento de águas pluviais.

6.4 PASSEIO PÚBLICO em LOTEAMENTOS


Definir o tipo de piso a ser utilizado e se abrangerá a largura total do passeio público.
Descrever os materiais que serão empregados, bem como a espessura final do pavimento, juntas e declividades.
Descrever a forma de execução dos serviços.

Sugere-se:
• Se for necessária a execução de aterros, utilizar solo de boa qualidade aplicado em camadas nunca superiores de
20 cm, devidamente umedecidas e apiloadas;
• Para execução de piso em concreto:
 Preparar os quadros, com formas de madeira de 7 cm de altura, fixadas firmemente ao solo para evitar sua
movimentação e consequentemente a falta de alinhamento das calçadas, principalmente em suas emendas.
 Os quadros devem possuir altura de 7 cm, largura de 1,00m, e comprimento de 1,00m, ou a dimensão mais
próxima desta medida, mas nunca superior a 1,25m.
 Ajustar as dimensões dos quadros para coincidência das juntas de dilatação com as divisas dos lotes.
 Sua posição no passeio depende da largura deste, reservando uma parte em terra, junto ao passeio, nunca
inferior a 0,40m. A parte em terra receberá o plantio de grama em placas.
 Encher os quadros com concreto simples, com resistência de 8 Mpa, convenientemente adensado e
desempenado.
 Efetuar o lançamento do concreto em duas etapas, alternando os quadros.
 Após o lançamento da primeira etapa, remover as divisões transversais das formas e pintar estas faces de
concreto com betume para evitar aderência com o concreto da segunda etapa, formando uma junta " seca ".
 Recomenda-se um intervalo de 24 horas antes da segunda concretagem.

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO D – MEMORIAL DESCRITIVO - INFRA-ESTRUTURA 88


6.5 VIA DE PEDESTRE em CONDOMÍNIOS
Definir o tipo de piso a ser utilizado e se abrangerá a largura total da via de pedestre.
Descrever os materiais que serão empregados, bem como a espessura final do pavimento e declividades.
Descrever a forma de execução dos serviços.

Sugere-se:
• Vide sugestões do item anterior “PASSEIOS PÚBLICOS EM LOTEAMENTOS”.

7 ENERGIA E ILUMINAÇÃO

7.1 REDE DE ENERGIA


Declarar: “O projeto obedecerá às Normas da Concessionária”.
Informar se a rede será pública ou privativa do condomínio.
Informar o tipo de instalação que será utilizado: subterrânea ou aérea.
Especificar os materiais como postes (material, distância entre eles, etc.), fiação e luminárias.
Declarar: “Serão de responsabilidade do Construtor as providências e eventuais ônus junto quanto a fiscalização,
vistorias e recebimento do serviço”.

7.2 ILUMINAÇÃO EXTERNA


Informar os tipos de luminárias e lâmpadas a serem utilizadas.
Informar os locais onde serão instalados pontos de iluminação.

7.3 EQUIPAMENTOS: PORTEIRO ELETRÔNICO, INTERFONE, ANTENA COLETIVA, PORTÃO AUTOMÁTICO, ETC...
Informar os equipamentos que serão instalados.
Esclarecer se haverá fiação para: antena, telefone e interfone, ou se haverá apenas duto seco. (CONFIRMAR)
Declarar: “Serão executadas todos serviços para permitir a utilização imediata dos equipamentos instalados, sem
necessidade de obras complementares, à exceção das ligações definitivas “.

8 TELEFONE/INTERFONE/ANTENA
Declarar: “O projeto obedecerá as Normas da Concessionária”.
Informar os tipos de instalações que serão utilizados: aérea ou subterrânea.
Especificar dutos e fiação.
Declarar: “A construtora fará o pedido de inspeção junto a Concessionária para obtenção do Atestado de Recebimento”.

9 GÁS
Declarar: O projeto obedecerá as normas da Concessionária local”.
Especificar os materiais a serem utilizados e descrever a execução dos serviços.
Esclarecer se haverá ambiente de estocagem de cilindros de gás.

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO D – MEMORIAL DESCRITIVO - INFRA-ESTRUTURA 89


10 OBRAS ESPECIAIS

10.1 MUROS DE ARRIMO/CONTENÇÃO


Informar os locais onde serão executados.
Informar o tipo de muro de arrimo que será executado: de alvenaria ou concreto armado.
Descrever a execução dos serviços compreendendo as fundações, elevações (altura, espessura, etc.), estrutura,
contraventamento, juntas de dilatação (material e distanciamento) e sistema de drenagem.
Declarar: "Serão executados muros de arrimo nos seguintes casos:
• Nas laterais de lote quando o desnível superar 1,00 m;
• Nos fundos de lote quando o desnível superar 1,50m na região de Bauru e 2,00 m no restante do Estado;
• Muros de arrimo abaixo desses limites dependendo da natureza do solo”.
Declarar: “Os muros de arrimo que possuírem altura superior a 2,00 m serão providos de Guarda Corpo de Proteção”.
Especificar os materiais e execução do Guarda Corpo de Proteção.
Declarar: “Os muros de arrimo serão objeto de projeto específico, elaborado por profissional habilitado”.

10.2 OUTROS

10.2.1 BENFEITORIAS
Descrever os serviços complementares que serão executados, tais como: equipamentos de play-ground, piscinas,
escadas de acesso, etc.

10.2.2 PLACAS DE IDENTIFICAÇÃO


Declarar: “A obra será entregue com placas de identificação de casas, ruas, blocos e apartamentos”.

10.2.3 MARCAÇÃO DOS LOTES


No caso de LOTEAMENTOS e que não for previsto muros de fechamento, declarar: “ Os lotes serão entregues
devidamente demarcados por piquetes”.
Especificar as dimensões e o tipo de piquete (ferro, concreto) que será utilizado.

10.2.4 LIMPEZA FINAL


Declarar: “Será efetuada a limpeza final de toda o obra”.

10.2.5 FECHAMENTO PERIMETRAL DE CONDOMÍNIO


Informar os locais onde serão executados os fechamentos.
Informar o tipo de fechamento que será executado.
Especificar os materiais que serão utilizados, inclusive portões.
Descrever a execução dos serviços compreendendo as fundações, elevações (altura, espessura, etc.), estrutura, juntas
de dilatação (material e distanciamento) e acabamentos.
Declarar: “ Os fechamentos perimetrais do condomínio terão altura mínima de 1,80 m”.

Sugere-se:

• Utilizar muros com altura mínima de 1,80m;


• Quando utilizar FECHAMENTO COM TELA:
 Utilizar tela de arame galvanizado número 8, malha 12;
 Utilizar mourões de concreto armado de 2,70m, seção de 0,10m x 0,10m, com inclinação superior para receber 3 fios
de arame farpado galvanizado;
 Fixá-los ao solo com bases de concreto de 0,50m de profundidade e espaçamento máximo de 2,50m;
 A cada 20,00m, e nas deflexões, colocar mestres e escoras;
 Colocar a tela de arame perfeitamente esticada, sem abaulamentos, utilizando para tanto arames galvanizados
corridos, pré-esticados, nas extremidades superior e inferior.
 Executar as amarrações entre a tela e os mourões com arame galvanizado número 8.
• Quando utilizar FECHAMENTO EM ALVENARIA:
 Executar as fundações com brocas e baldrames, a estrutura de concreto com pilares espaçados de no máximo
2,50m;
 Prever juntas de dilatação no máximo a cada 10,00m.

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO D – MEMORIAL DESCRITIVO - INFRA-ESTRUTURA 90


11 PAISAGISMO
Informar os locais onde será executado o paisagismo.
Especificar as espécies de grama, arbustos e árvores que serão plantadas.
Especificar as características como, tamanhos e quantidades das plantas que comporão o paisagismo. ( ex.: grama em
placas justapostas ou semeadura).
Descrever a execução dos serviços compreendendo movimento de terra, plantio, irrigação, etc.
Declarar: “Serão plantadas no mínimo uma muda de árvore por unidade habitacional, com altura de mínima de 1,00 m,
fixadas em tutores e envoltas por protetores”.
Especificar as características dos tutores e protetores das árvores.
Declarar: “ A manutenção da grama, árvores e arbustos será feita até a entrega da obra”.

12 DECLARAÇÕES FINAIS

12.1 Declarar: “A obra obedecerá à boa técnica, atendendo às recomendações da ABNT e das Concessionárias locais”.

12.2 Declarar: “Esta empresa tem ciência das exigências do Manual Técnico de Engenharia da CAIXA, mais precisamente,
das Condições Mínimas e Exigências, comprometendo-se a cumprir tais instruções”.

12.3 Declarar: "Esta empresa responsabiliza-se pela execução e ônus financeiro de eventuais serviços extras, indispensáveis
à perfeita habitabilidade das Unidades Habitacionais, mesmo que não constem no projeto, memorial e orçamento”.

12.4 Declarar: “A obra será entregue completamente limpa, com cerâmicas e azulejos totalmente rejuntados e lavados, com
aparelhos, vidros, bancadas e peitoris isentos de respingos. As instalações serão ligadas definitivamente à rede pública
existente, sendo entregues devidamente testadas e em perfeito estado de funcionamento. A obra oferecerá total
condição de habitabilidade, comprovada com a expedição do “ habite-se” pela Prefeitura Municipal”.

12.5 Declarar: “Estará disponibilizada em canteiro a seguinte documentação: todos os projetos (inclusive complementares),
orçamento, cronograma, memorial, diário de obra, alvará de construção e documentação do Programa de Qualidade”.

12.6 Declarar: “Em função da diversidade de marcas existentes no mercado, eventuais substituições serão possíveis, desde
que apresentadas com antecedência à CAIXA, devendo os produtos apresentarem desempenho técnico equivalente
àqueles anteriormente especificados, mediante comprovação através de ensaios desenvolvidos pelos fabricantes, de
acordo com as Normas Brasileiras”.

Local e data

_____________________________________ ______________________________________
Construtora Proponente

______________________________________
CAIXA - Visto do Engenheiro

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO D – MEMORIAL DESCRITIVO - INFRA-ESTRUTURA 91


Como sugestão, apresentamos a seguir uma tabela com as larguras mínimas recomendadas para valas, em função do
diâmetro da tubulação, da profundidade da vala e do tipo de escoramento:

TABELA DE LARGURA DA VALA (em metros )


Tipo de Escoramento
Diâmetro da Cota de
tubulação corte Pontalete Contínuo e Especial
Descontínuo
0,15 0a2 0,65 0,65 0,75
2a4 0,75 0,85 1,05
4a6 0,85 1,05 1,35
6a8 0,95 1,25 1,65
0,20 0a2 0,70 0,70 0,80
2a4 0,80 0,90 1,10
4a6 0,90 1,10 1,40
6a8 1,00 1,30 1,70
0,30 0a2 0,80 0,80 0,90
2a4 0,90 1,00 1,20
4a6 1,00 1,20 1,50
6a8 1,10 1,40 1,80
0,40 0a2 0,90 1,10 1,20
2a4 1,00 1,30 1,50
4a6 1,10 1,50 1,80
6a8 1,20 1,70 2,10
0,50 0a2 1,10 1,30 1,40
2a4 1,20 1,50 1,70
4a6 1,30 1,70 2,00
6a8 1,40 1,90 2,30
0,60 0a2 1,20 1,40 1,50
2a4 1,30 1,60 1,80
4a6 1,40 1,80 2,10
6a8 1,50 2,00 2,40
0,70 0a2 1,30 1,50 1,60
2a4 1,40 1,70 1,90
4a6 1,50 1,90 2,20
6a8 1,60 2,10 2,50
0,80 0a2 1,40 1,60 1,70
2a4 1,50 1,80 2,00
4a6 1,60 2,00 2,30
6a8 1,70 2,20 2,60
1,00 0a2 1,60 1,80 1,90
2a4 1,70 2,00 2,10
4a6 1,80 2,20 2,50
6a8 1,90 2,40 2,80

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO D – MEMORIAL DESCRITIVO - INFRA-ESTRUTURA 92


ANEXO E : ORÇAMENTO DISCRIMINATIVO E FOLHA RESUMO -
HABITAÇÃO/EQUIPAMENTO COMUNITÁRIO

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO E – ORÇAMENTO DISCRIMINATIVO E FOLHA RESUMO - HABITAÇÃO/EQUIPAMENTO COMUNITÁRIO 93


________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO E – ORÇAMENTO DISCRIMINATIVO E FOLHA RESUMO - HABITAÇÃO/EQUIPAMENTO COMUNITÁRIO 94


________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO E – ORÇAMENTO DISCRIMINATIVO E FOLHA RESUMO - HABITAÇÃO/EQUIPAMENTO COMUNITÁRIO 95


________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO E – ORÇAMENTO DISCRIMINATIVO E FOLHA RESUMO - HABITAÇÃO/EQUIPAMENTO COMUNITÁRIO 96


________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO E – ORÇAMENTO DISCRIMINATIVO E FOLHA RESUMO - HABITAÇÃO/EQUIPAMENTO COMUNITÁRIO 97


________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO E – ORÇAMENTO DISCRIMINATIVO E FOLHA RESUMO - HABITAÇÃO/EQUIPAMENTO COMUNITÁRIO 98


________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO E – ORÇAMENTO DISCRIMINATIVO E FOLHA RESUMO - HABITAÇÃO/EQUIPAMENTO COMUNITÁRIO 99


ANEXO F : ORÇAMENTO DISCRIMINATIVO E ORÇAMENTO RESUMO –
INFRA-ESTRUTURA

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO F: ORÇAMENTO DISCRIMINATIVO E RESUMO – INFRA-ESTRUTURA 100


________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO F: ORÇAMENTO DISCRIMINATIVO E RESUMO – INFRA-ESTRUTURA 101


________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO F: ORÇAMENTO DISCRIMINATIVO E RESUMO – INFRA-ESTRUTURA 102


________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO F: ORÇAMENTO DISCRIMINATIVO E RESUMO – INFRA-ESTRUTURA 103


ANEXO G : CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO –
HABITAÇÃO/EQUIPAMENTO COMUNITÁRIO

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO G: CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO – HABITAÇÃO/EQUIPAMENTO COMUNITÁRIO 104


ANEXO H : CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO – INFRA-ESTRUTURA

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO H: CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO – INFRA - ESTRUTURA 105


ANEXO I : CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO - GLOBAL

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO I: CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO – GLOBAL 106


ANEXO J : DECLARAÇÃO DE VIABILIDADE DE ATENDIMENTO PELA
CONCESSIONÁRIA DE ENERGIA ELÉTRICA

( papel timbrado da concessionária)

( local ), ......./........./.............

À
( nome da empresa solicitante )

Assunto : VIABILIDADE DE FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA


Ref :( nome do empreendimento e número de unidades )
( endereço do empreendimento )

Prezados Senhores,

1 Em atendimento à consulta formulada por V.S., informamos que esta concessionária tem
condições de fornecer ENERGIA ELÉTRICA, na carga solicitada, para o empreendimento supra-
citado, a partir do dia ......../........../..................

2 Exigências desta concessionária para viabilizar o atendimento:

- .....................................................................................

- .....................................................................................

2 Informamos que o ônus pela execução dos serviços será de responsabilidade de .........................
.....................................................................

3 Esclarecemos que esta Concessionária assumirá a operação e manutenção do sistema em pauta.

Atenciosamente

____________________________________
Responsável pela Concessionária
Carimbo/Assinatura

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO J: DECLARAÇÃO DE VIABILIDADE DE ATENDIMENTO PELA CONCESSIONÁRIA DE ENERGIA ELÉTRICA 107


ANEXO K : DECLARAÇÃO DE VIABILIDADE DE ATENDIMENTO PELA
CONCESSIONÁRIA DE ÁGUA E ESGOTO

( papel timbrado da concessionária)

( local ), ......./......../...............

À
( nome da empresa solicitante )

Assunto : VIABILIDADE DE FORNECIMENTO DE ÁGUA E DE COLETA DE ESGOTO SANITÁRIO


Ref :( nome do empreendimento e número de unidades )
( endereço do empreendimento )

Prezados Senhores,

1 Em atendimento à consulta formulada por V.S., informamos:

a) Esta concessionária tem condições de fornecer água potável, na vazão necessária, para o
empreendimento supra-citado, a partir do dia ....../........./.............. ,com interligação ao ponto
localizado em ............................................................................................................................

b) O esgoto sanitário deverá ser lançado no POÇO DE VISITA número .............., localizado na
rua ........................................................................

2 Exigências desta concessionária para viabilizar o atendimento:

- .....................................................................................

- .....................................................................................

3 Informamos que o ônus pela execução dos serviços será de responsabilidade de ...............
...........................................................................................

4 Esclarecemos que esta Concessionária assumirá a operação e manutenção do sistema em pauta.

Atenciosamente

____________________________________
Responsável pela Concessionária
Carimbo/Assinatura

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO K: DECLARAÇÃO DE VIABILIDADE DE ATENDIMENTO PELA CONCESSIONÁRIA DE ÁGUA E ESGOTO 108


ANEXO L : PLANILHA DE LEVANTAMENTO DE SERVIÇOS
PLS -APARTAMENTOS

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO L – PLANILHA DE LEVANTAMENTO DE SERVIÇOS – PLS - APARTAMENTOS 109


ANEXO M : PLANILHA DE LEVANTAMENTO DE SERVIÇOS
PLS - CASAS

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO M – PLANILHA DE LEVANTAMENTO DE SERVIÇOS – PLS - CASAS 110


ANEXO N : PLANILHA DE LEVANTAMENTO DE SERVIÇOS
PLS -EQUIPAMENTO COMUNITÁRIO

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO N – PLANILHA DE LEVANTAMENTO DE SERVIÇOS – PLS – EQUIPAMENTO COMUNITÁRIO 111


ANEXO O : PLANILHA DE LEVANTAMENTO DE SERVIÇOS
PLS - INFRA-ESTRUTURA

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO O: PLANILHA DE LEVANTAMENTO DE SERVIÇOS – PLS – INFRA-ESTRUTURA 112


ANEXO P : QUADRO COMPLEMENTAR PARA CONDOMÍNIOS HORIZONTAIS

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO P: QUADRO COMPLEMENTAR PARA CONDOMÍNIOS HORIZONTAIS 113


ANEXO Q : PADRÃO DE ACABAMENTOS – CRITÉRIO SINAPI

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO Q: PADRÃO DE ACABAMENTOS – CRITÉRIO SINAPI 114

Você também pode gostar