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DESENHO TÉCNICO

UMA ABORDAGEM DOS FUNDAMENTOS PARA O


DESENHO TÉCNICO AUXILIADO POR COMPUTADOR

Prof. Carlos Alberto Duarte


DESENHO TÉCNICO – UMA ABORDAGEM DOS FUNDAMENTOS

APRESENTAÇÃO

A Disciplina de Desenho Técnico é inerente a formação básica de todas as


modalidades de engenharia e arquitetura com a finalidade de desenvolver a
visão espacial e capacidade de abstração dos discentes de modo que estejam
habilitados a ler, interpretar e executar desenhos técnicos utilizando
corretamente as normas brasileiras (ABNT) e convenções internacionais para
atendimento da globalização. Tendo em vista que muitos têm dificuldades com
as bases de Desenho Técnico (salvo os que realizaram cursos técnicos), a
proposta é justamente mostrar desde os princípios Geométricos dando uma
base de entendimento para o Desenho Projetivo, posteriormente entrar nas
representações ortogonais e finalmente o Desenho Técnico em si, com as
ferramentas básicas do software de uso mais difundido no mercado. Expondo
de maneira básica e direta, sem a pretensão de detalhar ou aprofundar os
temas, mas disponibilizar ao discente o meio de criação de conhecimento
necessário, ressalto que o objetivo desta obra é de ser um material de apoio ao
docente para a integração do conjunto de bibliografia recomendada da
disciplina.

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DESENHO TÉCNICO – UMA ABORDAGEM DOS FUNDAMENTOS

SUMÁRIO

1 – INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 6

1.1 - DEFINIÇÃO .................................................................................................................... 6

1.2 - FINALIDADE .................................................................................................................. 6

1.3 - IMPORTÂNCIA .............................................................................................................. 6

1.4 - APLICAÇÃO ................................................................................................................... 6

1.5 - ELABORAÇÃO DE DESENHOS PROJETIVOS EM CAD E PROGRAMAS


COMPLEMENTARES CAM E CAE ..................................................................................... 8

2 - DESENHO GEOMÉTRICO ................................................................................................. 9

2.1 – ELEMENTOS GEOMÉTRICOS FUNDAMENTAIS................................................. 9

2.1.1 - PONTO .................................................................................................................... 9

2.1.2 - LINHA..................................................................................................................... 10

2.1.2.1- RETA ................................................................................................................... 10

2.1.2.1- CURVA ................................................................................................................ 10

2.1.3 – PLANO .................................................................................................................. 10

2.1.4 - ESPAÇO ................................................................................................................ 11

2.2 - DEFINIÇÕES DAS RELAÇÕES GEOMÉTRICAS................................................. 11

2.3 – ÂNGULO ...................................................................................................................... 15

2.3.1 – DEFINIÇÃO .......................................................................................................... 15

2.3.2 - BISSETRIZ ............................................................................................................ 15

2.3.3 - ÂNGULO RASO ................................................................................................... 15

2.3.4 - ÂNGULO RETO ................................................................................................... 16

2.3.5 - ÂNGULO NULO ................................................................................................... 16

2.3.6 - ÂNGULO AGUDO ................................................................................................ 16

2.3.7 - ÂNGULO OBTUSO.............................................................................................. 17

2.3.8 - ÂNGULO CÔNCAVO .......................................................................................... 17

2.3.9 - ÂNGULOS COMPLEMENTARES ..................................................................... 17


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2.3.10 - ÂNGULOS SUPLEMENTARES ...................................................................... 18

2.3.11 – ANGULOS FORMADOS POR RETAS PARALELAS CORTADAS .......... 18

2.4 – CIRCUNFERENCIA ................................................................................................... 19

2.4.1 - DEFINIÇÃO........................................................................................................... 19

2.4.2 - RAIO DA CIRCUNFERENCIA ........................................................................... 19

2.4.3 – DIAMETRO DA CIRCUNFERENCIA ............................................................... 20

2.4.4 - CORDA .................................................................................................................. 20

2.4.5 - ARCO ..................................................................................................................... 20

2.4.6 – RETA TANGENTE .............................................................................................. 21

2.4.7 – RAIO PERPENDICULAR A RETA TANGENTE ............................................ 21

2.4.8 – RETA SECANTE ................................................................................................. 21

2.4.9 – RAIO PERPENDICULAR A RETA SECANTE ............................................... 22

2.4.10 – FLECHA.............................................................................................................. 22

2.4.11 – RELAÇÕES ENTRE CIRCUNFERENCIAS ................................................. 22

2.5 - ÂNGULOS NA CIRCUNFÊRENCIA ......................................................................... 23

2.5.1 – ÂNGULO CENTRAL ........................................................................................... 23

2.5.2 – MEDIDA DE UM ARCO ..................................................................................... 23

2.5.3 – GRAU .................................................................................................................... 23

2.5.4 – ANGULOS NA CIRCUNFERENCIA................................................................. 24

2.6 – POLIGONOS ............................................................................................................... 24

2.6.1 – DEFINIÇÃO .......................................................................................................... 24

2.6.2 – LINHA POLIGONAL............................................................................................ 24

2.6.3 – ELEMENTOS DO POLIGONO ......................................................................... 24

2.6.4 – EQUAÇÕES PARA POLIGONOS .................................................................... 25

2.6.5 – POLIGINO REGULAR ........................................................................................ 25

2.6.5.1 – POLIGONO INSCRITO ................................................................................... 25

2.6.5.1 – POLIGONO CIRCUNSCRITO ....................................................................... 26


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2.6.6 – ÁREAS E PERÍMETROS DE ALGUMAS FORMAS GEOMÉTRICAS ....... 27

2.7 – PROJEÇÃO ORTOGONAL ...................................................................................... 28

2.7.1 – DEFINIÇÃO .......................................................................................................... 28

2.7.2 – PROJEÇÃO ORTOGONAL DE UM SEGMENTO DE RETA....................... 28

2.7.3 – PROJEÇÃO ORTOGONAL DE UM POLIGONO........................................... 29

2.7.3 – PROJEÇÃO ORTOGONAL DE UMA CIRCUNFERENCIA.......................... 29

3 – PROJEÇÕES ORTOGONAIS NO DESENHO TÉCNICO .......................................... 30

3.1 – DIEDROS..................................................................................................................... 30

4 – A Padronização dos Desenhos Técnicos ...................................................................... 35

4.1 – TIPOS DE LINHAS..................................................................................................... 35

4.2 – FORMATOS ................................................................................................................ 36

4.2.1 – LEGENDA ............................................................................................................ 36

4.3 – UNIDADES DE MEDIDAS ........................................................................................ 37

4.4 – COTAGEM................................................................................................................... 38

4.5 – ESCALA ....................................................................................................................... 39

4.5.1 – NATURAL ............................................................................................................. 39

4.5.2 – REDUÇÃO............................................................................................................ 39

4.5.3 – AMPLIAÇÃO ........................................................................................................ 39

4.5.4 – ESCALAS RECOMENDADAS PELA NBR8196: ........................................... 40

4.6 – CORTES E SEÇÕES................................................................................................. 40

4.6.1 – CORTE TOTAL.................................................................................................... 41

4.6.2 – CORTE CONCORRENTE ................................................................................. 41

4.6.3 – MEIO CORTE ...................................................................................................... 41

4.6.4 – CORTE PARCIAL ............................................................................................... 42

4.6.5 – SEÇÃO COM PLANO DE CORTE ................................................................... 42

4.6.6 – SEÇÃO DENTRO DA VISTA ............................................................................ 43

4.6.7 – SEÇÃO COM INTERRUPÇÃO DA VISTA...................................................... 43


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4.6.8 – SEÇÃO ENEGRECIDA ...................................................................................... 43

4.7 – ENCURTAMENTO E VISTAS AUXILIARES ......................................................... 44

4.7.1 – ENCURTAMENTO .............................................................................................. 44

4.7.2 – VISTAS AUXILIARES ......................................................................................... 44

4.8 – HACHURAS ................................................................................................................ 44

4.9 – ROSCAS ...................................................................................................................... 46

4.10 – ENGRENAGENS ..................................................................................................... 47

4.11 – TIPOS DE COTAGEM............................................................................................. 48

5 – DESENHOS EM CAD ....................................................................................................... 50

5.1 – ÁREA DE TRABALHO............................................................................................... 50

5.2 – SISTEMA E UNIDADE DE MEDIDA ....................................................................... 51

5.3 – ESCALA ....................................................................................................................... 51

5.4 – COTAGEM................................................................................................................... 52

5.5 – ENTENDIMENTO DO SOFTWARE CAD 2 D ....................................................... 52

5.6 – USO DOS COMANDOS ACIONADOS PELOS PERIFÉRICOS ........................ 53

5.6.1 – TECLADO............................................................................................................. 53

5.6.2 – MOUSE ................................................................................................................. 54

5.7 – CONFIGURAÇÕES BÁSICAS ................................................................................. 54

5.7.1 – LAYERS.................................................................................................................... 54

5.8 – COMANDOS DE DESENHO .................................................................................... 57

5.9 – FERRAMENTA OBJECT SNAP .............................................................................. 62

5.10 – ATIVAÇÃO DO MÓDULO DE DESENHO ISOMÉTRICO ................................. 63


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1 – INTRODUÇÃO

1.1 - DEFINIÇÃO

O desenho técnico é uma forma de expressão gráfica universal (constituído por


linhas, números, símbolos e indicações escritas normalizadas) para a
representação de resultados, indicações, forma, dimensão e posição de acordo
com as diferentes necessidades requeridas da Engenharia e nas diversas
áreas de exatas.

1.2 - FINALIDADE

Nos trabalhos que envolvem os conhecimentos tecnológicos, sua viabilização


depende de cálculos, estudos econômicos, análise de riscos etc. que, na
maioria dos casos, são resumidos em desenhos com a finalidade de mostrar os
resultados e de que maneira serão conduzidos e/ou realizados.

1.3 - IMPORTÂNCIA

Todo o processo de análise, desenvolvimento e criação dentro da engenharia e


nas diversas áreas de exatas estão intimamente ligados à expressão gráfica.
Apesar da evolução tecnológica e dos meios disponíveis pela computação
gráfica, o desenho técnico ainda é imprescindível na formação de qualquer
modalidade de engenharia e arquitetura, pois, além do aspecto da linguagem
gráfica que permite que as ideias concebidas sejam entendidas e/ou
executadas por terceiros, o desenho técnico desenvolve o raciocínio, o senso
de rigor geométrico, o espírito de iniciativa e de organização.
Assim, o aprendizado ou o exercício de qualquer modalidade de engenharia e
arquitetura irá depender de uma forma ou de outra, do desenho técnico.

1.4 - APLICAÇÃO

O desenho técnico é dividido em dois grandes grupos:

• Desenho não projetivo – São desenhos resultantes dos cálculos algébricos e


aritméticos que compreendem os desenhos de fluxogramas, diagramas,
gráficos etc.
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FIGURAS CAPTADAS DA WEB SOMENTE A TITULO DE ILUSTRAÇÃO


• Desenho projetivo – são os desenhos resultantes de projeções do (s) objeto
(s) em um ou mais planos de projeção e correspondem às vistas ortográficas e
às perspectivas que os representam.

FIGURA CAPTADA DA WEB SOMENTE A TITULO DE ILUSTRAÇÃO

Os desenhos projetivos compreendem a maior parte dos desenhos feitos nas


indústrias de manufatura. Os primeiros desenhos que darão início à
viabilização das ideias são desenhos elaborados à mão livre, chamados de
esboços. A partir dos esboços, são elaborados os desenhos preliminares que
correspondem ao estágio intermediário dos estudos que são chamados de
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anteprojeto. Finalmente, a partir dos anteprojetos devidamente modificados e


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corrigidos são elaborados os desenhos definitivos que servirão para execução


dos estudos feitos.
A perspectiva é um recurso, dentro dos desenhos projetivos, para transmitir a
“sensação” volumétrica (profundidade e relevo) representando graficamente as
três dimensões de um objeto em um único plano.

1.5 - ELABORAÇÃO DE DESENHOS PROJETIVOS EM CAD E


PROGRAMAS COMPLEMENTARES CAM E CAE
Atualmente, são muito difundidos e utilizados os desenhos elaborados através
de computadores utilizando sistemas computacionais (softwares) conhecidos
pelo nome genérico de CAD (do inglês: Computer Aided Design) ou Desenho
Assistido por Computador para facilitar os projetos e desenhos técnicos.
Estes sistemas fornecem uma série de ferramentas para construção de
entidades geométricas planas (linhas, curvas e polígonos) ou objetos
tridimensionais. Uma divisão básica entre os softwares CAD é feita com base
na capacidade do programa em desenhar com geometria plana, ou seja,
apenas em 2D (dimensões nos eixos X e Y, incluindo isométricos) ou criar
modelos tridimensionais com geometria espacial 3D (dimensões nos eixos X, Y
e Z), sendo estes últimos subdivididos ainda em relação a tecnologia que usam
como modelador 3D.
As capacidades dos sistemas de CAD modernos incluem:
• Capacidade de criação de biblioteca de peças e conjuntos para uso em
outros projetos,
• Facilidade na conversão do projeto do modelo para demais versões de
softwares de sistemas CAD, CAM e CAE,
• Funções paramétricas 3D para modelação de sólidos,
• Modelação de superfícies Freeform,
• Gerar automaticamente desenhos 2D a partir dos modelos sólidos 3D,
• Criação de geometria em Wireframe,
• Simulação de projetos sem a necessidade do protótipo físico,
• Criação de documentação como listas de materiais,
• Saída de modelos diretamente para a fabricação,
• Calcular as propriedades de massa de peças e conjuntos,
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• Verificação de cinemáticas e interferências em conjuntos de peças.


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Existem modelos de softwares específicos que simulam as condições de


fabricação, ou seja, as ferramentas usadas no software são as mesmas
disponíveis no chão de fábrica (estes são geralmente chamados programas
CAM - Computer Aided Manufacturing, ou seja, Manufatura Auxiliada por
Computador) além de modelos de CAD que permitem não apenas definir as
dimensões do produto concebido, mas também outras características, como
materiais, acabamentos, processos de fabricação e de montagem e até
interações com elementos externos, como forças aplicadas, temperatura, etc.
(comumente conhecidos como CAE- Computer Aided Engineering ou
Engenharia Auxiliada por Computador), ressaltando que o CAE não mostra
qual o problema, apenas processam e exibem os resultados que por sua vez
necessitam de passar por uma mão-de-obra especializada para interpretá-los e
analisados, além de não ser possível realizar todas as simulações necessárias
a fim de assegurar a qualidade do produto final através do software
(rugosidade, imperfeições de fabricação do mundo real etc.).

2 - DESENHO GEOMÉTRICO
O Desenho Geométrico consiste de um conjunto de processos para a
construção de formas geométricas e resolução de problemas com a utilização
dos elementos geométricos. As formas geométricas aparecem com frequência
nas obras humanas, independentemente da localização ou cultura, sendo
importante na aplicação de conceitos da geometria em áreas significativas do
conhecimento.

2.1 – ELEMENTOS GEOMÉTRICOS FUNDAMENTAIS

2.1.1 - PONTO

É uma entidade geométrica que não tem altura, comprimento ou largura, ou


seja, é adimensional. Toda figura geométrica é considerada um conjunto de
pontos. O ponto é identificado por uma letra maiúscula do alfabeto.
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2.1.2 - LINHA

É a sucessão contínua de pontos, ou seja, um conjunto infinito de pontos. Tem


uma única dimensão, o comprimento (que tende ao infinito); sendo assim
unidimensional (1D). A linha é identificada por uma letra minúscula do alfabeto
ou por dois pontos pertencentes e identificados dela.
As linhas podem ser classificadas como:

2.1.2.1- RETA
Dois pontos distintos interligados pela menor distancia de uma sucessão
continua de pontos que passam por eles.

2.1.2.1- CURVA
Dois pontos distintos interligados por uma distância maior que a menor
distância de uma sucessão continua de pontos que passam por eles e estão
equidistantes de um ponto fixo.

2.1.3 – PLANO

Um único plano passa por três pontos não colineares, que podem ou não
pertencer a uma reta. O plano tem duas dimensões, comprimento e largura
(que tendem ao infinito); sendo assim bidimensional (2D). O plano é
identificado por uma letra do alfabeto grego.
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2.1.4 - ESPAÇO

É o conjunto de todos os pontos.

2.2 - DEFINIÇÕES DAS RELAÇÕES GEOMÉTRICAS

- COLINEARES são 2 ou mais pontos que estão na mesma linha.

- COPLANARES são 2 ou mais linhas que estão no mesmo plano

- Por um único Ponto, passam infinitas Retas.

- Por dois Pontos distintos passa uma única Reta.

- Seguimento de Reta é a parte delimitada por dois pontos identificados que


pertence ao conjunto de pontos da Reta, ou seja, tem início e fim.

- Semirreta tem origem em um ponto identificado que pertence ao conjunto de


pontos da Reta, ou seja, tem início e é ilimitado no sentido oposto.
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- Por uma Reta podem ser traçados uma infinidade de planos.

- Uma Reta com dois pontos distintos num mesmo Plano está contida neste
Plano.

- Retas distintas em um mesmo Plano (coplanares), podem ser:

- Retas distintas em planos distintos (não coplanares), podem ser:


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Assim:
- Retas Reversas é quando não existem um plano que contenha as Retas q e u
simultaneamente. Ou seja, uma Reta em cada Plano.
- Reta Reversa é considerada perpendicular ao Plano se for perpendicular ao
menos duas linhas concorrentes (coplanares) contidas neste plano.
- Retas Reversas e Perpendiculares são chamadas Retas Ortogonais (do
Grego "Ortho" que significa justo, reto e "gonia" que significa ângulo).

- Segmento de Plano é a parte delimitada por Retas.

- Semiplano tem origem em uma Reta, ou seja, tem início e é ilimitado nos
demais sentidos.

- Planos Concorrentes ou Secantes são quando sua intercessão é uma única


Reta.
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- Planos Paralelos quando sua intercessão é vazia (não há nenhum ponto ou


reta em comum).

- Planos Ortogonais são quando uma reta de um deles é perpendicular ao outro


Plano.

- Dois Semiplanos não-coplanares, com origem numa mesma reta, determinam


uma figura geométrica chamada ângulo diédrico, ou simplesmente diedro (di =
duas + edro = faces planas), onde os Semiplanos são as faces e a Reta a
aresta.

-Três semirretas não-coplanares, com origem num mesmo ponto, determinam


três ângulos (Semiplanos) que formam uma figura geométrica chamada ângulo
triédrico, ou simplesmente triedro (tri = três + edro = faces planas), onde os
Semiplanos são as faces e as Retas as arestas.
- Onde n (> 3) Semirretas de mesma origem, de maneira que nunca fiquem três
num mesmo Semiplano. Essas Semirretas determinam n ângulos (Semiplanos)
em mesmo Semiespaço. A figura formada por esses ângulos é o ângulo
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poliédrico (poli = várias + edro = faces).


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2.3 – ÂNGULO

2.3.1 – DEFINIÇÃO

Ângulo é a região de um plano determinada pelo encontro de


duas Semirretas coplanares que possuem uma origem em comum,
chamada vértice do ângulo.

2.3.2 - BISSETRIZ

Bissetriz de um ângulo é a Semirreta que tem a origem no vértice deste ângulo


dividindo-o em duas partes exatamente iguais.

2.3.3 - ÂNGULO RASO

É determinado por duas Semirretas que pertencem a mesma reta que possuem
uma origem em comum e estão em sentido opostos.
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2.3.4 - ÂNGULO RETO

É determinado pela Bissetriz de um Ângulo Raso.

2.3.5 - ÂNGULO NULO

É determinado por duas Semirretas que pertencem a mesma reta que possuem
uma origem em comum e estão no mesmo sentido.

2.3.6 - ÂNGULO AGUDO

É a região de um plano menor que um Ângulo Reto.


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2.3.7 - ÂNGULO OBTUSO

É a região de um plano maior que um Ângulo Reto e menor que um Ângulo


Raso.

2.3.8 - ÂNGULO CÔNCAVO

É a região de um plano maior que um Ângulo Raso.

2.3.9 - ÂNGULOS COMPLEMENTARES

São dois ângulos cuja a soma de suas medidas é igual ao Ângulo Reto. Neste
caso, um é o complemento do outro.
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2.3.10 - ÂNGULOS SUPLEMENTARES

São dois ângulos cuja a soma de suas medidas é igual ao Ângulo Raso. Neste
caso, um é o suplemento do outro.

2.3.11 – ANGULOS FORMADOS POR RETAS PARALELAS CORTADAS

Duas Retas Paralelas cortadas por uma terceira Reta transversal (todas
Coplanares) geram uma série de ângulos que podem ser classificados como
segue:

- Os ângulos formados pelas retas t e q são exatamente iguais aos ângulos


formados pelas retas t e r.
- Os ângulos formados entre as retas q e r são considerados ângulos internos:
3,4,6 e 5.
- Os ângulos formados fora das retas q e r são considerados ângulos externos:
1,2,7 e 8.
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- Os ângulos formados em relação a Reta t podem estar à esquerda ou à


direita, então:
- Ângulos Colaterais (do mesmo lado) à direita = 1,4,5 e 8.
- Ângulos Colaterais (do mesmo lado) à esquerda = 2,3,6 e 7.
- Ângulos Alternos (do outro lado) = 1 e 2, 4 e 3, 5 e 6, 8 e 7.
- As Retas t e q tem ângulos correspondentes entre as Retas t e r = 1 e 5, 2 e
6, 3 e 7, 4 e 8.
- Ângulos Idênticos entre si: 1,3,5 e 7 (assim como) 2,4,6 e 8.
- É importante notar que nos ângulos formados pelas Retas t e q, assim como
pelas Retas t e r, nos seus pares sempre teremos um ângulo suplementar do
outro: 1 e 2, 2 e 3, 3 e 4, 4 e 5, 6 e 7, 7 e 8, 8 e 1......

2.4 – CIRCUNFERENCIA

2.4.1 - DEFINIÇÃO

Circunferência é um conjunto de pontos equidistantes de um ponto fixo, onde


todos pertencem ao mesmo plano.

2.4.2 - RAIO DA CIRCUNFERENCIA

- Um Segmento de Reta do ponto fixo (denominado Centro da Circunferência)


até qualquer ponto do conjunto de pontos equidistantes, é denominado Raio da
Circunferência.
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2.4.3 – DIAMETRO DA CIRCUNFERENCIA

- Um Segmento de Reta que contenha dois pontos conjunto de pontos


equidistantes e o Centro da Circunferência, é denominado Diâmetro da
Circunferência.

2.4.4 - CORDA

- Um Segmento de Reta cujas extremidades pertençam a Circunferência é


denominada Corda.

2.4.5 - ARCO

- Dois pontos distintos da Circunferência interligados pelo conjunto de pontos


pertencente a ela é denominado Arco.
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2.4.6 – RETA TANGENTE

- Uma Reta que tem um único ponto em interseção ao conjunto de pontos da


Circunferência é denominada Reta Tangente.

2.4.7 – RAIO PERPENDICULAR A RETA TANGENTE

- O Segmento de Reta que parte do Centro da Circunferência até o Ponto de


Tangência é perpendicular à Reta Tangente.

2.4.8 – RETA SECANTE

- Uma Reta que tem um dois pontos em interseção ao conjunto de pontos da


Circunferência é denominada Reta Secante.
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DESENHO TÉCNICO – UMA ABORDAGEM DOS FUNDAMENTOS

2.4.9 – RAIO PERPENDICULAR A RETA SECANTE

- O Segmento de Reta que parte do Centro da Circunferência até o Ponto de


Médio da Corda da Reta Secante é perpendicular à Reta Secante.

2.4.10 – FLECHA

- O Segmento de Reta que parte do Ponto de Médio da Corda da Reta Secante


até o Ponto Médio do Arco é denominado Flecha.

2.4.11 – RELAÇÕES ENTRE CIRCUNFERENCIAS


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DESENHO TÉCNICO – UMA ABORDAGEM DOS FUNDAMENTOS

2.5 - ÂNGULOS NA CIRCUNFÊRENCIA

2.5.1 – ÂNGULO CENTRAL

- Ângulo Central é todo o ângulo que possui o vértice no centro da


circunferência.

2.5.2 – MEDIDA DE UM ARCO

- A medida de um arco é, por definição, a medida do ângulo central


correspondente.

2.5.3 – GRAU

- Um grau é um arco de circunferência cujo comprimento equivale a 1/360º da


circunferência que contém o arco a ser medido. Portanto, a medida, em graus,
de um arco de uma volta completa (uma circunferência) é 360º.
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2.5.4 – ANGULOS NA CIRCUNFERENCIA

- Assim a expressão geral dos Ângulos na Circunferência (GRAUS) em relação


ao ciclo trigonométrico, tem por definição:

2.6 – POLIGONOS

2.6.1 – DEFINIÇÃO

- Polígono (do grego poli = muitos + gono = ângulos) é uma superfície plana
limitada por uma linha poligonal fechada. O número de lados de um polígono
coincide com o número de ângulos e vértices.

2.6.2 – LINHA POLIGONAL

- Linha Poligonal é uma sucessão de Seguimentos de Retas consecutivos não


colineares.

2.6.3 – ELEMENTOS DO POLIGONO

-Lado: Segmento que forma o Polígono


-Vértice: Extremo de um dos Segmentos que forma o Polígono
-Ângulo Interno: Ângulo formado por dois lados consecutivos
-Ângulo Externo: Ângulo Suplementar e adjacente ao ângulo interno
-Diagonal: Segmento que liga um Vértice não consecutivo a outro
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DESENHO TÉCNICO – UMA ABORDAGEM DOS FUNDAMENTOS

2.6.4 – EQUAÇÕES PARA POLIGONOS

- As quantidades de Diagonais de um Polígono é dado por

- A soma dos Ângulos Internos de um Polígono é dado por

- A medida de um Ângulo Interno de um Polígono é dado por

- A medida do Ângulo Central de um Polígono Regular é dado por

2.6.5 – POLIGINO REGULAR

- Polígono é Regular quando tem todos os seus lados e ângulos iguais e pode
ser inscrito em uma circunferência.

2.6.5.1 – POLIGONO INSCRITO

- Polígono é inscrito quando todos os seus vértices estão em interseção com a


circunferência.
2016

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DESENHO TÉCNICO – UMA ABORDAGEM DOS FUNDAMENTOS

2.6.5.1 – POLIGONO CIRCUNSCRITO

- Polígono é circunscrito quando todos os seus vértices estão em interseção


com a circunferência.

- Existem Polígonos que são inscritos em uma circunferência, mas não são
regulares, pois não tem ângulos e/ou lados iguais.

2016

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DESENHO TÉCNICO – UMA ABORDAGEM DOS FUNDAMENTOS

2.6.6 – ÁREAS E PERÍMETROS DE ALGUMAS FORMAS GEOMÉTRICAS

2016

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DESENHO TÉCNICO – UMA ABORDAGEM DOS FUNDAMENTOS

2.7 – PROJEÇÃO ORTOGONAL

2.7.1 – DEFINIÇÃO

- Projeção Ortogonal é a Reta que passa por um Ponto sendo perpendicular a


um plano. A Reta Perpendicular é denominada de projetante do ponto e o
plano de incidência é denominado Plano de Projeção.

2.7.2 – PROJEÇÃO ORTOGONAL DE UM SEGMENTO DE RETA

- Um Segmento de Reta (que é formado por um conjunto de Pontos) também


tem sua Projeção Ortogonal, independente se o Segmento de Reta está
paralelo ou não ao Plano de Projeção.

2016

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DESENHO TÉCNICO – UMA ABORDAGEM DOS FUNDAMENTOS

2.7.3 – PROJEÇÃO ORTOGONAL DE UM POLIGONO

- Um Polígono que é formado por uma Linha Poligonal (uma sucessão de


Seguimentos de Retas consecutivos não colineares), também segue o mesmo
critério.

2.7.3 – PROJEÇÃO ORTOGONAL DE UMA CIRCUNFERENCIA

- Uma Circunferência (que é formada por um conjunto de Pontos) também tem


sua Projeção Ortogonal, independente se está paralela ou não ao Plano de
Projeção.

2016

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DESENHO TÉCNICO – UMA ABORDAGEM DOS FUNDAMENTOS

3 – PROJEÇÕES ORTOGONAIS NO DESENHO TÉCNICO

No Desenho Técnico existe uma forma de representar a projeção das vistas de


um desenho chamada projeções ortogonais (projeção por meio de
perpendiculares ao eixo ou ao plano de projeção), que são aplicadas através
de diedros. Quando um profissional está interpretando ou realizando um
desenho técnico, é necessário se atentar muito bem em qual diedro a peça foi
ou será desenhada. ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas)
determina que deve ser utilizado o 1º para desenhos técnicos, no entanto há
desenhos com padrão a norma ANSI (American National Standards Institute)
que diz que o desenho deve ser feito em 3º diedro, gerando erros de
interpretação e execução dos elementos que constam do desenho técnico.

3.1 – DIEDROS
Se considerarmos dois planos (vertical e horizontal) que se cruzam a 90º cuja
interseção é uma reta (Z), teremos um diedro que é a figura formada pela união
de dois Semi Planos com origem numa mesma reta. Esta reta é chamada de
aresta do diedro e os Semi Planos são chamados de faces do diedro.
A designação 1º, 2º, 3º e 4º diedro vêm da matemática, mais concretamente
dos quadrantes do círculo trigonométrico. O primeiro diedro é assim o primeiro
quadrante, que vai desde o ângulo 0º até aos 90º. O segundo diedro é assim o
segundo quadrante, que vai desde o ângulo 90º até aos 180º. O terceiro será o
que se situa dos 180º aos 270º. O quarto diedro é o que vai de 270º aos 360º. 2016

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DESENHO TÉCNICO – UMA ABORDAGEM DOS FUNDAMENTOS

Assim se acrescentarmos mais um plano perpendicular, teremos:

Destacando o 1º Diedro e aplicando um elemento, teremos as projeções


ortogonais como segue:
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DESENHO TÉCNICO – UMA ABORDAGEM DOS FUNDAMENTOS

2016

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DESENHO TÉCNICO – UMA ABORDAGEM DOS FUNDAMENTOS

Ao acrescentar mais planos perpendiculares, teremos uma figura tridimensional


(cubo) neste diedro, gerando mais projeções ortogonais.

2016

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DESENHO TÉCNICO – UMA ABORDAGEM DOS FUNDAMENTOS

Comparando as projeções ortogonais geradas no 1º Diedro com o 3º Diedro.

Para executar as demais projeções ortogonais (vistas) necessárias para


compreensão do elemento, a partir de uma vista já estabelecida, faz-se o uso
de linhas de construção. Por exemplo:
2016

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DESENHO TÉCNICO – UMA ABORDAGEM DOS FUNDAMENTOS

4 – A Padronização dos Desenhos Técnicos


Existem padronizações de procedimentos de representações gráficas afim de
transformar o desenho técnico em uma linguagem gráfica através de normas
técnicas reconhecidas e adotadas internacionalmente, resultantes dos
interessados em estabelecer normas que regulem relações do corpo técnico de
uma ou mais entidades. O conjunto de normas técnicas para estas finalidades
são adotadas e/ou incrementadas por cada país, sendo aceitas em seus
territórios. Lembrando que com a globalização das economias é comum o uso
de normas de outros países, desde que reconhecidas, mencionadas e aceitas
nas diretrizes do setor de uso delas. A ABNT - Associação Brasileira de
Normas Técnicas – é o órgão no Brasil que regula, aprova e edita as normas
técnicas.

4.1 – TIPOS DE LINHAS


• LINHA CONTÍNUA
LARGA – Contornos e Arestas Visíveis

ESTREITA – Auxiliares, Cota, Chamada e


hachuras
SINUOSA ESTREITA – Interrupção

ZIG-ZAG ESTREITA – Interrupção

• LINHA TRACEJADA

LARGA – Contornos e Arestas Não Visíveis


• TRAÇO PONTO

LARGA – Indicação Especial em Superfícies


ESTREITA – Centro, Simetria e Trajetórias
ESTREITA – Centro de Gravidade, Detalhes situados
antes do plano de Corte e Limites de Secção sobre Peça
2016

ESTREITA/GROSSA– Localização Plano de Corte

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DESENHO TÉCNICO – UMA ABORDAGEM DOS FUNDAMENTOS

4.2 – FORMATOS

4.2.1 – LEGENDA

Usada para informação e identificação do desenho, devendo constar como


itens básicos: Logotipo da empresa, responsável pela elaboração e/ou
validação, data, símbolo de projeção, escala, denominação e número do
desenho, sendo demais itens (material, massa, tratamento térmico etc.)
opcionais a realidade de execução e/ou necessidade de cada empresa.
Lembrando que demais informações (rugosidade, pintura etc.) podem ser
empregadas fora da legenda e dentro das margens do formato.
2016

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4.3 – UNIDADES DE MEDIDAS

Em todo Desenho Técnico Projetivo são indicadas medidas que dimensionam e


caracterizam o (s) objeto (s) representado.
O sistema de medida, bem como sua unidade, é de suma importância para
interpretação, compreensão e execução.
Existem dois sistemas de medidas:
- Sistema Métrico
- Sistema de Unidade Inglesa
Os dois sistemas são reconhecidos e aprovados pelas normas internacionais e
brasileiras, sendo o Sistema Métrico o preferencial, mas não exclusivo. Desta
maneira existem algumas regras que devem ser observadas e cumpridas.
- Procurar na legenda do formulário, ou próxima a ela, a indicação do sistema
ou a norma que indique qual sistema está sendo utilizado no desenho.
- Se não houver indicação na legenda será utilizado preferencialmente o
Sistema Métrico.
- A unidade de medida empregada será conforme a ordem da grandeza do
projeto, ou seja, para objetos com tamanhos até 1 metro emprega-se o
milímetro (mm) sendo que para medidas maiores o emprego da unidade metro
(m) e podendo ainda ser empregado o quilometro (km). Por exemplo as
medidas de cotagem de um parafuso será em mm, já para a cotagem de uma
planta baixa de uma casa será o m e para a planta de uma hidroelétrica o km.
- A unidade de medida empregada não precisa ser indicada (Ex: 10,5 mm;
basta o valor 10,5) mas caso seja necessário a indicação de outra unidade no
mesmo desenho (mesmo sendo do sistema da unidade inglesa), DEVE SER
INDICADA A UNIDADE DIFERENTE DA QUAL ESTÁ SENDO EMPREGADA.
Exemplos de Unidades de Medidas e suas equivalências:
1 milímetro = 1mm = 0,001m = 0,000001 km
1 metro = 1 m = 1000 mm
1 quilometro = 1 km = 1000 m
1 polegada = 1” = 1 inch = 25,4 mm = 2,54 cm
1 pé = 1’ = 1 ft = 12” = 12 inch
1 jarda = 1’’’ = 1 yd = 3’ = 3 ft
2016

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4.4 – COTAGEM

“É a representação gráfica no desenho das características do elemento,


através de linhas, símbolos, notas e valores numéricos em uma unidade de
medida” (NBR 10126).

O valor da cota, bem como o símbolo, deve seguir preferencialmente paralelo a


linha de cota sempre com a leitura da esquerda para direita (horizontais) e de
baixo para cima (verticais). Quando não seguirem paralelamente a linha de
cota, devem estar obrigatoriamente na horizontal.

As formas de representação da indicação da delimitação da cota mais usuais:


2016

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DESENHO TÉCNICO – UMA ABORDAGEM DOS FUNDAMENTOS

Cada cota deve ser indicada na vista que mais claramente representar a
forma do elemento cotado.
A cotagem deve ser realizada preferencialmente fora da peça.
Não se cota através de linhas tracejadas (contornos e arestas não
visíveis).
Não deve haver intercepção entre as linhas de cotas e/ou de chamada.
A localização de elementos circulares é feita em função do centro.
As linhas de centro e eixos de simetria podem ser usadas como linha de
chamada, mas não devem interceptar a linha de cota.
Utilizar sempre o mesmo sistema (métrico ou inglês) e unidade de
medida durante a cotagem. Caso ocorra a necessidade, indica-se junto
ao valor da cota a unidade que se refere aquele valor (inch, “, mm etc.)
para diferenciar das demais cotas.

4.5 – ESCALA

4.5.1 – NATURAL
As medidas do desenho correspondem exatamente às medidas do elemento.
Exemplo ► Esc. 1:1 ou 1/1.

4.5.2 – REDUÇÃO
As medidas do desenho são menores que às medidas do elemento,
correspondendo a divisão do valor da cota pelo número de vezes indicados na
escala.
Exemplo ► Esc. 1:2. Valor da cota 20, medida do elemento 10.
Esc. 1:5. Valor da cota 20, medida do elemento 4.

4.5.3 – AMPLIAÇÃO
As medidas do desenho são maiores que às medidas do elemento,
correspondendo a multiplicação do valor da cota pelo número de vezes
indicados na escala.
Exemplo ► Esc. 2:1. Valor da cota 20, medida do elemento 40.
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Esc. 5:1. Valor da cota 20, medida do elemento 100.

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4.5.4 – ESCALAS RECOMENDADAS PELA NBR8196:

REDUÇÃO: 1:2; 1:5; 1:10; 1:20; 1:50


AMPLIAÇÃO: 2:1; 5:1; 10:1; 20:1; 50:1
As escalas podem ser reduzidas ou ampliadas em razão de 10.

4.6 – CORTES E SEÇÕES

A complexidade de arestas não visíveis (tracejadas) que ocorrem nas


projeções ortogonais de um elemento ou quando a sua importância é da
mesma ordem que as arestas exteriores, inviabilizam em termos práticos a
representação nos moldes apresentados. Se tomado um edifício com a
representação de seus detalhes internos com as linhas não visíveis (paredes,
fosso de elevadores, escadarias etc.), seriam inviáveis a compreensão e a
clareza das definições do projeto.
O processo de representação de Corte (efetivamente um corte na peça)
constitui o modo mais simples e exato de tornar clara e legível a representação
do interior dos elementos.

Este processo requer critérios e convenções específicas, como segue:


Não representar linhas não visíveis (tracejadas) onde está hachurado.
Deve ser hachurada toda a área seccionada do corte.
O traçado da hachura deve ser feito de preferência à 45º.
A hachura sempre no mesmo sentido para cada peça.
Não se deve representar o corte de elementos de fixação (parafusos,
porcas, arruelas, pinos, rebites etc.) e de nervuras de reforço se
estiverem no sentido longitudinal do plano de corte.
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DESENHO TÉCNICO – UMA ABORDAGEM DOS FUNDAMENTOS

4.6.1 – CORTE TOTAL

Secciona o elemento de lado a lado indicado o plano de corte, que pode ser
simples ou composto.

4.6.2 – CORTE CONCORRENTE

Secciona o elemento que possui regiões com eixo de centro.

4.6.3 – MEIO CORTE

É aplicado em elementos simétricos.


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4.6.4 – CORTE PARCIAL

É aplicado em apenas uma parte do elemento para focalizar o detalhe.

4.6.5 – SEÇÃO COM PLANO DE CORTE

É aplicado para detalhar apenas a parte hachura do plano de corte do


elemento, sem mais nenhum detalhe. Segue as comparações entre a
designação de um corte e de uma seção.

2016

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4.6.6 – SEÇÃO DENTRO DA VISTA

É aplicado diretamente na vista, simplificando a compreensão e definição do


elemento.

4.6.7 – SEÇÃO COM INTERRUPÇÃO DA VISTA


Alternativa da opção anterior.

4.6.8 – SEÇÃO ENEGRECIDA

Aplicada quando a espessura do elemento for muito delgada.


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4.7 – ENCURTAMENTO E VISTAS AUXILIARES

4.7.1 – ENCURTAMENTO

Aplicado quando um elemento possui um segmento muito longo sem alteração


de sua seção.

4.7.2 – VISTAS AUXILIARES

Aplicadas onde existem faces do elemento em relação aos planos das


projeções ortogonais, ou destacar algum detalhe sem a necessidade de
representar toda a projeção ortogonal.

4.8 – HACHURAS

Quando da aplicação de um corte ou seção sempre haverá necessidade da


aplicação da hachura, que são constituídas de linhas estreitas contínuas
equidistantes traçadas a 45°em relação aos contornos ou aos eixos de simetria
da peça, onde o espaçamento deve variar com o tamanho da área a ser
hachurada, sendo dispostas com a inclinação à esquerda ou direita (mantendo
2016

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um único sentido em uma mesma peça). Em desenhos de conjuntos, as peças


devem ser hachuradas em sentido divergente permitindo a interpretação dos
limites de cada peça. Se houver necessidade de fazer uma cotagem ou inserir
qualquer outra informação na área hachurada, podem-se interromper as
hachuras para manter nítida a informação feita.

Para cada material existe uma hachura determinada. Segue alguns exemplos:

2016

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4.9 – ROSCAS

As roscas podem ser representadas exatamente como são no elemento (altura


do filete, passo, ângulo da hélice, formato do perfil etc.), tanto externas quanto
as internas, porém por se tratar de configurações que seguem padronizações
normalizadas não há necessidade de executa-las no rigor do detalhe (salvo
necessidade maior), bastando apresenta-la de forma simplificada, onde as
linhas paralelas que indicam a “localização” da rosca tem a altura do filete da
rosca a ser representada (externas e internas).

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DESENHO TÉCNICO – UMA ABORDAGEM DOS FUNDAMENTOS

4.10 – ENGRENAGENS

As engrenagens podem ser representadas exatamente como são no elemento


(altura do dente, passo, ângulo da hélice etc.), tanto externas quanto as
internas, porém por se tratar de configurações que seguem padronizações
normalizadas não há necessidade de executa-las no rigor do detalhe (salvo
necessidade maior), bastando apresenta-la de forma simplificada, onde as
linhas do diâmetro externo e diâmetro primitivo que indicam a “localização” dos
dentes tem a altura necessária dos dentes a ser representado (externas e
internas).

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4.11 – TIPOS DE COTAGEM

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5 – DESENHOS EM CAD

Atualmente, na maioria dos casos, os desenhos são elaborados por


computadores através do CAD que é o nome genérico de sistemas
computacionais (software) para facilitar o projeto e desenhos técnicos.
Estes sistemas fornecem uma série de ferramentas para construção de
entidades geométricas (linhas, curvas e polígonos), seus posicionamentos e
demais recursos, que em conjunto geram objetos planos que são a base tanto
para desenhos técnicos em 2 D como para 3 D. Vale salientar que os desenhos
para execução do objeto são gerados em vistas ortogonais com as devidas
indicações, cotas e anotações necessárias conforme normas específicas da
aplicação, podendo ter a imagem tridimensional (perspectiva) do objeto no
desenho com intuito de “auxiliar” o seu entendimento.

5.1 – ÁREA DE TRABALHO

A área de trabalho de qualquer sistema computacional CAD (2 D ou 3 D) é


ilimitada, ou seja, não tem limitações em nenhuma dimensão, mas tendo
quando necessário ou por opção de uso, um ponto de origem de coordenadas
(0.0, 0.0, 0.0). É importante salientar que em qualquer CAD (2 D ou 3 D) toda
informação de inserção de dados deve utilizar ponto. Exemplo: Inserir o valor
do raio do círculo com 15,5. O sistema entenderá que estão sendo inseridas
coordenadas, então o correto é inserir o valor com 15.5.
Outro ponto a salientar é quanto a posição angular pré-configurada no sistema,
onde 0º, 90º, 180º etc. é análogo ao círculo das relações trigonométricas.
2016

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DESENHO TÉCNICO – UMA ABORDAGEM DOS FUNDAMENTOS

5.2 – SISTEMA E UNIDADE DE MEDIDA

Os sistemas CAD em geral vêm pré-configurado com o sistema de medida


métrico. Sendo que a unidade de medida segue a necessidade do projeto a ser
desenvolvido, observando o critério das referidas normas empregadas.
Exemplo: Projetos mecânicos em milímetros (mm), projetos arquitetônicos em
metros (m) etc.
Caso ocorra a necessidade de criar objetos em outro sistema de medida
diferente ao que está configurado, basta assumir no sistema configurado as
medidas do sistema requerido. Exemplo: O sistema configurado é métrico e a
necessidade de representar um objeto no sistema imperial basta empregar a
unidade usada do métrico e aplica-la na razão equivalente na imperial (25,4mm
= 1”). Lembrando que sempre que houver a necessidade de indicação de outro
sistema e/ou unidade diferente do padrão adotado para o desenho do objeto,
deve-se fazer a indicação da unidade. Exemplos: 2 ½”; 30’; 1,75m.

5.3 – ESCALA

Como foram observados nos tópicos anteriores, nos sistemas CAD não há
limitações dimensionais e tão poucas unidades estabelecidas, não gerando
restrições quanto ao tamanho do desenho a ser criado, sendo oportuno o
desenvolvimento do desenho do objeto em escala real (1:1), o que minimiza os
erros e gera uma melhor percepção de grandeza.
Se estivermos utilizando um sistema CAD 2 D, devemos ampliar ou reduzir na
escala o formato escolhido que será inserido o desenho, além de colocar a
indicação da escala na legenda inversa ao escalonamento do formato.
Exemplo: Um desenho pequeno demais (desproporcional) para um formato A4.
Escalona-se o formato A4 para uma escala de redução 1:2, insere-se o
desenho e indica-se na legenda escala de ampliação 2:1 (pois
proporcionalmente o desenho impresso ficará com o dobro do tamanho em
relação ao formato A4). Lembrando que neste sistema (CAD 2 D) o
escalonamento sempre se dá inserindo um fator multiplicador, ou seja:
- Escala de Ampliação ► 2:1 (fator=2 ► 2 x n); 5:1 (fator=5 ► 5 x n) ...
- Escala de Redução ► 1:2 (fator=0,5 ► 0,5 x n); 1:5 (fator=0,2 ► 0,2 x n) ...
2016

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DESENHO TÉCNICO – UMA ABORDAGEM DOS FUNDAMENTOS

Se estivermos utilizando um sistema CAD 3 D, quando for criado o desenho


propriamente dito (em vistas ortogonais) devemos selecionar o formato que
iremos inserir o objeto, sendo que a escala do desenho em relação ao formato
será proposta automaticamente pelo sistema (que não considera as vistas que
serão selecionadas nem tão pouco a cotagem que será aplicada) podendo ser
posteriormente ser modificada de forma geral (mudança da escala de todo o
desenho) ou particularizada (detalhes, cortes etc.). Lembrando que qualquer
modificação necessária na forma ou dimensionamento do objeto, que está no
sistema CAD 3 D, deve ser feita diretamente no objeto (solido) e não no
desenho, pois por se tratar de um sistema parametrizado o mesmo se
encarregará de realizar a modificação no desenho.

5.4 – COTAGEM

Os sistemas CAD veem pré-configurados com estilo da cota quanto à linha de


chamada, linha de cota, tipos de setas, tamanho da seta, formatação da escrita
da cota, precisão da cota, unidade entre outras. Todas estas características
podem ser alteradas para toda a cotagem do desenho, quanto particularizada
(uma ou mais cotas). O que deve ser salientado é que, apesar do sistema CAD
3 D oferecer uma cotagem “automática”, as cotas são as indicações
dimensionais e funcionais do objeto desenhado, devendo estar de forma clara
(indicando exatamente a que se refere) e precisa (nível de precisão a ser
alcançado), pois enquanto as formas geométricas do desenho indicam o valor
qualitativo as cotas indicam o valor quantitativo do objeto desenhado.
Ou seja, é exatamente neste requisito que são gerados a maior quantidade de
retrabalhos nos projetos de engenharia.

5.5 – ENTENDIMENTO DO SOFTWARE CAD 2 D

As abordagens a seguir terão como base os comandos e ferramentas do


software AutoCAD. Auto é a designação da empresa Autodesk, Inc.
desenvolvedora e detentora da patente AutoCAD (cuja extensão do arquivo é
2016

.dwg) que é o software com a maior profusão no mercado (estando desde


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DESENHO TÉCNICO – UMA ABORDAGEM DOS FUNDAMENTOS

1982) inicialmente operando com sistemas operacionais DOS (Disk Operating


System ou Sistema Operacional em Disco) e Unix, sendo que atualmente com
sistemas operacionais Microsoft Windows e Mac OS, mas mantendo a
característica marcante do AutoCAD que é o uso de uma programação
consolidada em linguagem interpretada, conhecida como AutoLISP (derivado
da linguagem LISP) ou uma variação do Visual Basic que permitem
personalizações de rotinas e comandos.

5.6 – USO DOS COMANDOS ACIONADOS PELOS PERIFÉRICOS


Como em qualquer outro sistema operacional é através dos periféricos (teclado
e mouse) que é possível escolherem os comandos/ferramentas e determinar
como serão aplicados à necessidade recorrente.

5.6.1 – TECLADO

F1- Tela de ajuda ao usuário (Help)


F2- Comuta entre a tela de texto (comandos realizados) e a tela de
desenho.
F3- Ativa/Desativa o OSNAP (Object Snap – Center, Endpoint etc.).
F4- Ativa/Desativa o OSNAP 3D
F5- Comuta entre o plano isométrico de topo, esquerda e direita
(Isometric Grid)
F6- Ativa/Desativa o UCS (User Coordinate System) dinâmico.
F7- Ativa/Desativa a grade auxiliar de pontos (Grid)
F8- Ativa/Desativa o modo ortogonal
F9- Ativa/Desativa o SNAP (atração p/ pontos imaginários podendo ser
ou não coincidentes com o Grid)
F10- Ativa/Desativa o modo Polar do Auto Tracking
F11- Ativa/Desativa o modo de visualização de determinados pontos,
combinando de pontos notáveis (selecionados) de objetos (OSNAP
Tracking)
F12- Ativa/Desativa Dynamic Input
Enter- Entrada e Saída de Comando
Espaçador- Mesma função da tecla Enter
2016

Escape- Saída ou Anulação do comando.


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5.6.2 – MOUSE

5.7 – CONFIGURAÇÕES BÁSICAS

5.7.1 – LAYERS

A importância da definição do layers (camadas) é garantir que cada objeto


inserido no workspace corresponda a uma definição de uso. Como por
exemplo: linhas de contorno, tracejada, centro, cotas ou ainda legendas, textos,
blocos etc.
Para acessar as configurações click no ícone
2016

Ou simplesmente digite LA e tecle ENTER.

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DESENHO TÉCNICO – UMA ABORDAGEM DOS FUNDAMENTOS

Acessando das duas maneiras conforme segue:

STATUS: Indica qual layer está atualmente sendo usado.


NAME: O nome dado a aquele layer
ON: Acende ou Apaga o layer
FREEZE: Congela ou Descongela o layer
LOCK: Trava ou Destrava o Layer
COLOR: A cor da camada
LINETYPE: Tipo de Linha
LINEWEIGHT: Espessura da Linha
Sempre haverá um layer previamente definido com o name 0 (zero) pelo
próprio software, que pode ser modificado, mas jamais deletado.
Acionando o ícone New Layer (no canto superior à esquerda) ou
digitando (Alt+N), será aberta uma nova linha para acrescentar um novo layer,
como segue:

Clicando ao lado onde está escrito Layer 1, podemos nomear o layer.


Clicando na coluna Color, podemos definir a cor deste layer.
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DESENHO TÉCNICO – UMA ABORDAGEM DOS FUNDAMENTOS

Clicando na coluna Linetype, podemos definir o tipo de linha do layer. É normal


que sejam carregados os tipos de linhas já definidos até então. No caso
aparecerá o pré-definido pelo software (continuous), como segue:

Clicando no botão Load será exibida uma caixa de diálogo com uma série de
linhas que podemos selecionar de acordo com o layer que estamos definindo.

Por exemplo para um Layer de linha Tracejada, selecionamos a Linetype


tracejada (clicando sobre ACAD_ISO02W100) e confirmando em OK.

Reaparecerá a caixa de diálogo Select Linetype com os dois tipos de linhas.


2016

Click em cima da nova linha inserida e confirme no botão OK.

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DESENHO TÉCNICO – UMA ABORDAGEM DOS FUNDAMENTOS

Então reaparecerá a caixa de diálogo Layers Properties Manager com o layer


pré-definido e o layer recém definido.

5.8 – COMANDOS DE DESENHO

Neste tópico serão abordados os comandos básicos (são demandados em pelo


menos 90% de qualquer desenho) com duas maneiras de acesso ao comando,
tanto com o Mouse (Botão de Seleção sobre o ícone do comando) como pelo
Teclado (Digitando o comando). Onde estiver marcado “click” use o mouse e
onde estiver marcado “digite” use o teclado.
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DESENHO TÉCNICO – UMA ABORDAGEM DOS FUNDAMENTOS

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DESENHO TÉCNICO – UMA ABORDAGEM DOS FUNDAMENTOS

NOTA: Todos os pontos (partida e/ou final) podem ser inseridos através de
coordenadas absolutas ou relativas como demonstrado nos comandos Line.
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NOTA: O Undo tem a mesma função que em outros programas como Word,
Excel etc., ou seja, desfazer o (s) ultimo (s) comando (s), podendo ser utilizado
também Crtl+Z, sendo o Redo (também como em outros programas) voltar ao
(s) ultimo (s) comando (s) desfeito (s).

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DESENHO TÉCNICO – UMA ABORDAGEM DOS FUNDAMENTOS

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5.9 – FERRAMENTA OBJECT SNAP


A ferramenta é acessada rapidamente usando o comando Ctrl+Enter.
►ENDPOINT = Extremidade da linha
►MIDPOINT= Meio da Linha
►CENTER= Centro da circunferência ou do arco
►QUADRANT= Quadrante da circunferência
►INTERSECTION= Interseção de linhas
►PERPENDICULAR= Ponto perpendicular da linha em relação a outra
►TANGENT= Ponto tangente da circunferência em relação a linha
►NEAREST= Ponto mais próxima da outra linha.
2016

PROF. CARLOS ALBERTO DUARTE


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DESENHO TÉCNICO – UMA ABORDAGEM DOS FUNDAMENTOS

5.10 – ATIVAÇÃO DO MÓDULO DE DESENHO ISOMÉTRICO

Através da aba Tools>Drafting Settings (ou digitando DS) irá abrir uma
caixa de diálogo, como segue:

ALTERAR

DE: RECTANGULAR SNAP

PARA: ISOMETRIC SNAP

Confirmar em no botão OK.

Para alternar entre os Isoplanes TOP; RIGHT E LEFT basta clicar F5.

Para voltar a ativação de módulo de desenho ortogonal basta acessar

novamente a mesma caixa de diálogo e marcar Rectangular Snap.


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