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Professor em Casa

Professora: Marjorie
Aluna: Luísa

SINTAXE

A sintaxe é uma área da gramática que estuda a função e a relação entre as palavras e as orações.
Embora muitas pessoas usem os termos frase, oração e período como sinônimos, eles apresentam conceitos
distintos:
Frase: enunciado linguístico que possui um sentido completo.
Oração: enunciado que contém um verbo ou locução verbal e que pode não apresentar um sentido completo.
Período: enunciado que contém uma ou mais orações de sentido completo.

O QUE É FRASE?
Frase é todo o enunciado linguístico que tem sentido completo e termina com uma pausa pontuada.
Não é necessário haver verbo para a formação de uma frase quando o que foi enunciado tem sentido completo.

Exemplos de frases:
Silêncio!
E agora, José?
Choveu.
Não sei o que dizer ...

As frases são marcadas por entonação que, na escrita, ocorrem com o recurso dos sinais de pontuação. Sem a
pontuação, as palavras são apenas vocábulos soltos. Tipos de frases:

Frases declarativas: o emissor da mensagem constata algum fato de maneira afirmativa ou negativa.
Exemplos: O curso termina esse ano (afirmativa); O curso não termina esse ano negativa).
Frases interrogativas: o emissor da mensagem interroga sobre algo direta ou indiretamente. Exemplos: —
Você quer comer? (pergunta direta); Gostaria de saber se você quer comer (pergunta indireta).
Frases exclamativas: o emissor da mensagem manifesta emoção, surpresa. Exemplos: Que lindo! ; Puxa vida!
Frases imperativas: o emissor da mensagem emite uma ordem, conselho ou pedido, seja de maneira
afirmativa ou negativa. Exemplos: Faça o almoço (afirmativa); Não faça o almoço (negativa).
Frases optativas: o emissor da mensagem expressa o desejo sobre algo. Exemplo: Que Deus te acompanhe!;
Muitas felicidades nessa nova fase!

O QUE É ORAÇÃO?
A oração é o enunciado que se organiza em torno de um verbo ou de uma locução verbal. Elas podem ou não
ter sentido completo.

Exemplos de oração:
Acabamos, finalmente!
Levaram tudo.
É provável.
Estamos indo ...
Tipos de oração
Dependendo da relação sintática estabelecida, as orações são classificadas de duas maneiras:

Orações coordenadas: são orações independentes onde não existe relação sintática entre elas e, por isso,
possuem um sentido completo. Exemplo: Fomos para o Congresso e apresentamos o artigo. (Oração 1: Fomos
ao Congresso; Oração 2: apresentamos o artigo.).

Orações subordinadas: são orações dependentes onde uma está subordinada à outra e, por isso, sozinhas não
possuem um sentido completo.
Exemplo: É possível que Juliana não faça a prova. (Oração 1: É possível; Oração 2: que Juliana não faça a
prova.). As orações são estruturadas em torno de um sujeito e de um predicado que, por isso, são chamados
de termos essenciais da oração.
O sujeito é o elemento da oração sobre o qual se declara algo, enquanto predicado é a declaração feita sobre
o sujeito.

Exemplo: Os alunos homenagearam o professor.


Sujeito: Os alunos.

Predicado: homenagearam o professor.

Há outros termos que completam o sentido de outros (termos integrantes da oração) e termos presentes na
oração que poderiam ser retirados da mesma sem que o seu sentido fosse afetado (termos acessórios da
oração).

O QUE É PERÍODO?
Período é frase organizada em uma ou mais orações. O período pode ser simples ou composto.
Tipos de período
1. Período Simples
O período simples é formado por somente uma oração agrupada em torno de um único verbo ou de uma única
locução verbal. Quando isso ocorre, o período é denominado oração absoluta.
Exemplos de período simples:
Estamos felizes com os resultados.
Faltam apenas alguns dias.
Talvez eu vá.
2. Período Composto
O período composto é formado por mais de uma oração. Nesse caso, a quantidade de orações é sujeita ao
número de verbos ou de locuções verbais.
Exemplos de período composto:
Faça como eu pedi.
Não sei se tenho coragem.
Começou a gritar enquanto ele ia passando

CLASSIFICAÇÃO DO PERÍODO COMPOSTO


Conforme a sua formação, o período composto é classificado em:

Período Composto por Coordenação - quando as orações são independentes entre si, ou seja, cada uma delas
têm sentido completo.
Exemplos:
Levantou e começou a trabalhar.
Assaltou a loja e correu pela porta dos fundos.
Período Composto por Subordinação - quando as orações relacionam-se entre si.
Exemplos:
Espero terminar os enfeites até que os convidados comecem a chegar.
Fiz a receita mesmo sem saber quais ingredientes levava.
Período Misto - quando há a presença de orações coordenadas e subordinadas.
Exemplos:
Levantei, embora ainda estivesse cheio de sono.
Enquanto ele falar, nós vamos escutar.

Orações Coordenadas
As orações coordenadas podem ser sindéticas ou assindéticas, respectivamente, conforme são utilizadas ou
não conjunções.
Exemplos:
Ora fala, ora não fala. (oração coordenada sindética, marcada pelo uso da conjunção “ora...ora”).
As aulas começaram, os deveres começaram e a preguiça deu lugar à determinação. (orações coordenadas
assindéticas: “As aulas começaram, os deveres começaram”, oração coordenada sindética: “e a preguiça deu
lugar à determinação”.)
As orações coordenadas sindéticas podem ser:
• Aditivas: quando as orações expressam soma. Exemplo: Gosta de praia, mas também gosta de campo.
• Adversativas: quando as orações expressam adversidade. Exemplo: Gostava do curso, contudo não
havia vaga na sua cidade.
• Alternativas: quando as orações expressam alternativa. Exemplo: Vai ele ou vou eu.
• Conclusivas: quando as orações expressam conclusão. Exemplo: Estão de acordo, então vamos.
• Explicativas: quando as orações expressam explicação. Exemplo: Fizemos o trabalho
hoje porque tivemos tempo.

Orações Subordinadas
As orações subordinadas podem ser substantivas, adjetivas ou adverbiais, conforme a sua função.
Exemplos:
• Substantivas: quando as orações têm função de substantivo. Exemplo: Espero que vocês consigam.
• Adjetivas: quando as orações têm função de adjetivo. Exemplo: Os concorrentes que dormem mais
têm um desempenho melhor.
• Adverbiais: quando as orações têm função de advérbio. Exemplo: À medida que crescem, aumentam
as preocupações.
VAMOS RELEMBRAR?

Nas orações coordenadas, por exemplo, não há relação sintática entre elas e, por isso, são orações
independentes.
Já as orações subordinadas recebem esse nome pois uma está subordinada à outra. Desse modo, elas
dependem umas das outras para ter sentido completo e, portanto, possuem uma relação sintática

O QUE SÃO ORAÇÕES COORDENADAS?


As orações coordenadas são orações independentes que já possuem sozinhas um significado completo.
Dessa forma, não existe uma relação sintática entre elas.

TIPOS DE ORAÇÕES COORDENADAS


Esse tipo de oração é classificada de duas maneiras: as orações coordenadas sindéticas e assindéticas.

Oração coordenada sindética


Nas orações coordenadas sindéticas, há uma conjunção coordenativa que conecta as palavras ou termos das
frases e, dependendo da conjunção utilizada, elas podem ser de cinco tipos: aditivas, adversativas,
alternativas, conclusivas e explicativas.

Oração coordenada sindética aditiva


As orações coordenadas sindéticas aditivas são aquelas em que o uso das conjunções (ou locuções
conjuntivas) transmite a ideia de adição. As conjunções aditivas são: e, nem, não só, mas também, mas
ainda, como, assim, etc.
Exemplos:
Fomos para a escola e fizemos o exame final.
Oração 1: Fomos para a escola
Oração 2: fizemos o exame final
Joelma adora pescar, mas também gosta muito de navegar.
Oração 1: Joelma adora pescar
Oração 2: gosta muito de navegar

Com os exemplos, podemos perceber que esse tipo de conjunção adiciona informações ao que foi dito
anteriormente. Além disso, é importante perceber que as orações acima, quando separadas, são
independentes, uma vez que possuem um sentido completo.

Oração coordenada sindética adversativa


As orações coordenadas sindéticas adversativas são aquelas que transmitem, por meio das conjunções
utilizadas, uma ideia de oposição ou de contraste. As conjunções adversativas são: e, mas, contudo,
todavia, entretanto, porém, no entanto, ainda, assim, senão, etc.
Exemplos:
Pedro Henrique estuda muito, porém não passa no vestibular.
Oração 1: Pedro Henrique estuda muito
Oração 2: não passa no vestibular
Daiana combinou com os amigos de ir à festa, no entanto, estava chovendo muito naquela noite.
Oração 1: Daiana combinou com os amigos de ir à festa
Oração 2: estava chovendo muito naquela noite
Note que as conjunções utilizadas nas orações acima transmitem a ideia de oposição ao que foi dito
anteriormente. Além disso, as frases são independentes, uma vez que, se separadas, possuem um sentido
completo.
Oração coordenada sindética alternativa
Nas orações coordenadas sindéticas alternativas, as conjunções enfatizam uma escolha dentre as opções
existentes. As conjunções alternativas utilizadas são: ou, ou… ou; ora…ora; quer…quer; seja…seja, etc.
Exemplos:
Manuela ora quer comer hambúrguer, ora quer comer pizza.
Oração 1: Manuela ora quer comer hambúrguer
Oração 2: ora quer comer pizza
Faça o que sua mãe manda ou ficará de castigo o resto do dia.
Oração 1: Faça o que sua mãe manda
Oração 2: ficará de castigo o resto do dia
Em ambos os exemplos, as orações são independentes, e as conjunções utilizadas indicam opções e, por isso,
são chamadas de alternativas.

Oração coordenada sindética conclusiva


As orações coordenadas sindéticas conclusivas expressam conclusões e, por isso, fazem uso das conjunções
(ou locuções) conclusivas: logo, assim, portanto, por fim, por conseguinte, pois, então, consequentemente,
etc.
Exemplos:
Não gostamos do restaurante, portanto não iremos mais lá.
Oração 1: Não gostamos do restaurante
Oração 2: não iremos mais lá
Alice não realizou a prova, assim fará a substitutiva no final do ano.
Oração 1: Alice não realizou a prova
Oração 2: fará a substitutiva no final do ano
Nos exemplos, as palavras em destaque são conjunções conclusivas que transmitem a ideia de conclusão
sobre algo que foi mencionado na oração principal.

Oração coordenada sindética explicativa


Nas orações coordenadas sindéticas explicativas, as conjunções ou locuções que ligam as orações expressam
uma explicação. São elas: isto é, ou seja, a saber, na verdade, porque, que, pois, etc.
Exemplos:
Marina não queria falar, ou seja, ela estava de mau humor.
Oração 1: Marina não queria falar
Oração 2: ela estava de mau humor
Pedro não foi ao jogo de futebol porque estava cansado.
Oração 1: Pedro não foi ao jogo de futebol
Oração 2: estava cansado
O
s exemplos mostram que com o uso das conjunções explicativas, as orações independentes se unem com o
intuito de explicar sobre o que foi dito anteriormente.
Oração coordenada assindética
Diferente das orações coordenadas sindéticas, as orações coordenadas assindéticas não exigem
conjunções que conectam os termos ou palavras da frase.
Exemplos:
Lena estava triste, cansada, decepcionada.
Ao chegar à escola conversamos, estudamos, lanchamos
Nos exemplos acima não existe nenhuma conjunção (ou locução conjuntiva) que liga as orações e, portanto,
temos orações coordenadas assindéticas.
O que são orações subordinadas?
As orações subordinadas, diferente das coordenadas, são orações dependentes. Assim, quando separadas,
não possuem um sentido completo e, por isso, recebem esse nome, de forma que uma está subordinada à
outra.

TIPOS DE ORAÇÕES SUBORDINADAS


As orações subordinadas são classificadas de três maneiras: substantivas, adjetivas e adverbiais. Isso irá
depender da relação sintática estabelecida.

ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS


As orações subordinadas substantivas são aquelas que exercem a função de substantivo. Vale lembrar que
o substantivo é uma das classes de palavras que nomeia os seres, objetos, fenômenos, etc.
Esse tipo de oração pode se apresentar de duas maneiras: orações desenvolvidas ou orações reduzidas.
Nas orações desenvolvidas, as conjunções integrantes “que” e “se” estão no início das orações, e podem
acompanhar pronomes, conjunções ou locuções conjuntivas.
Já as orações reduzidas não apresentam uma conjunção integrante, e surgem com o verbo no infinitivo, no
particípio ou no gerúndio.
Dito isso, as orações desenvolvidas podem desempenhar o papel de sujeito, predicado, complemento
nominal, objeto direto, objeto indireto e aposto, sendo classificadas em seis tipos: subjetiva, predicativa,
completiva nominal, objetiva direta, objetiva indireta, apositiva.

Oração subordinada substantiva subjetiva


As orações subordinadas substantivas subjetivas exercem a função de sujeito da oração principal. Lembre-se
que o sujeito é aquele ou aquilo de que(m) se fala.
Exemplos:
É importante que você beba água.
Oração principal: É importante
Oração subordinada: que você beba água
É possível que Paloma saia outra vez.
Oração principal: É possível
Oração subordinada: que Paloma saia outra vez
Note que a oração principal não apresenta sujeito e a oração subordinada, além de completar o sentido da
primeira, desempenha o papel de sujeito da oração.

Oração subordinada substantiva predicativa


As orações subordinadas substantivas predicativas exercem a função de predicativo do sujeito da oração
principal e sempre apresentam um verbo de ligação (ser, estar, parecer, permanecer, continuar, ficar, etc.).
Vale lembrar que o predicativo do sujeito é o termo que tem a função de atribuir uma qualidade ao sujeito.
Exemplos:
Meu medo é que ela não vença o campeonato.
Oração principal: Meu medo é
Oração subordinada: que ela não vença o campeonato
Nosso desejo é que ele passe nos exames finais.
Oração principal: Nosso desejo é
Oração subordinada: que ele passe nos exames finais
Nos exemplos, notamos que a partir da presença do verbo de ligação, qualifica-se o sujeito da oração.

Oração subordinada substantiva completiva nominal


As orações subordinadas substantivas completivas nominais exercem a função de complemento nominal do
verbo da oração principal, completando o sentido do nome da oração principal. Esse tipo de oração sempre é
iniciada com uma preposição.
Note que o complemento nominal completa o sentido de um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio).
Exemplos:
Tenho esperança de que a humanidade se conscientize.
Oração principal: Tenho esperança
Oração subordinada: de que a humanidade se conscientize
Tínhamos certeza de que ela passaria na prova.
Oração principal: Tínhamos certeza
Oração subordinada: de que ela passaria na prova
Nos exemplos acima, as orações subordinadas completivas sempre começam com uma preposição: "de".
Ambas complementam os nomes (substantivos) da oração principal: esperança; certeza.

Oração subordinada substantiva objetiva direta


As orações subordinadas substantivas objetivas diretas exercem a função de objeto direto do verbo da
oração principal e, por isso, o complemento não vem acompanhado de preposição.
Vale destacar que o objeto direto é um complemento verbal que completa o sentido dos verbos transitivos
das orações.
Exemplos:
Desejo que todos tenham um bom dia.
Oração principal: Desejo
Oração subordinada: que todos tenham um bom dia
Espero que você passe no concurso.
Oração principal: Espero
Oração subordinada: que você passe no concurso
Nos exemplos acima, as orações subordinadas não apresentam preposição e possuem o valor de objeto direto
da oração principal.
Assim, elas completam o sentido do verbo transitivo, visto que sozinho ele não fornece a informação
completa. Exemplo: quem deseja, deseja algo; quem espera, espera algo.

Oração subordinada substantiva objetiva indireta


As orações subordinadas substantivas objetivas indiretas exercem a função de objeto indireto do verbo da
oração principal, complementando-o.
Vale lembrar que o objeto indireto tem a função de completar o sentido do verbo transitivo na oração.
Assim, nesse tipo de oração, a conjunção subordinativa integrante é sempre precedida de uma preposição
(que ou se).
Exemplos:
Necessito de que você preencha o formulário novamente.
Oração principal: Necessito
Oração subordinada: de que você preencha o formulário novamente
Gostaria de que todas as pessoas se conscientizassem.
Oração principal: Gostaria
Oração subordinada: de que todas as pessoas se conscientizassem
Nos exemplos acima, as orações subordinadas completam o sentido dos verbos transitivos da oração
principal, pois sozinhos eles não possuem um sentido completo (quem necessita, necessita de algo; quem
gosta, gosta de algo ou de alguém). Além disso, podemos notar que antes das conjunções (que) temos as
preposições (de).

Oração subordinada substantiva apositiva


As orações subordinadas substantivas apositivas exercem a função de aposto de qualquer termo presente na
oração principal. Nesse caso, a oração principal pode terminar com dois pontos, ponto e vírgula ou vírgula.
Vale lembrar que o aposto é um termo que tem como função exemplificar ou especificar outro já
mencionado anteriormente na oração.
Exemplos:
Meu único desejo: vencer as olimpíadas.
Oração principal: Meu único desejo
Oração subordinada: vencer as olimpíadas
Só lhe peço isso: que nos ajude.
Oração principal: Só lhe peço isso
Oração subordinada: que nos ajude
Nos exemplos acima, as frases subordinadas têm a função de aposto, visto que especificam melhor algo
mencionado na oração principal.

ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS


As orações subordinadas adjetivas são aquelas que funcionam como adjunto adnominal, as quais possuem
a mesma função do adjetivo e, por isso, recebem esse nome.
Essas orações podem ser desenvolvidas ou reduzidas. Nas orações desenvolvidas, os verbos aparecem nos
modos indicativo e subjuntivo e sempre iniciam-se com um pronome relativo (que, quem, qual, quanto,
onde, cujo, etc.), os quais exercem a função de adjunto adnominal do termo antecedente
Já nas orações reduzidas, os verbos aparecem no infinitivo, gerúndio ou particípio e não começam com um
pronome relativo.
Dito isso, as oração subordinadas adjetivas desenvolvidas são classificadas em dois tipos: explicativa e
restritiva.

Oração subordinada adjetiva explicativa


As orações subordinadas adjetivas explicativas, recebem esse nome pois tem o intuito de explicar algo que
foi dito anteriormente. Esse tipo de oração subordinada é separada por algum sinal de pontuação, geralmente
vírgulas.
Exemplos:
Os livros de José de Alencar, que foram indicados pela professora, são muito bons.
Oração principal: Os livros de José de Alencar são muito bons
Oração subordinada: que foram indicados pela professora
O sistema de aprendizado, que foi desenvolvido pela escola, surpreendeu todos.
Oração principal: O sistema de aprendizado surpreendeu todos
Oração subordinada: que foi desenvolvido pela escola
Nos exemplos acima, as orações subordinadas adjetivas explicativas aparecem entre vírgulas, adicionando
um comentário extra sobre o antecedente da oração principal
Note que, nesses casos, as orações subordinadas aproximam-se de um aposto explicativo e podem ser
retiradas sem que isso afete o significado da outra.

Oração subordinada adjetiva restritiva


As orações subordinadas adjetivas restritivas, ao contrário das explicativas, que ampliam a explicação sobre
algo, restringem, especificam ou particularizam o termo antecedente. Aqui, elas não são separadas por
sinais de pontuação.
Exemplos:
Os estudantes que não leem costumam ter mais dificuldades para escrever um texto.
Oração principal: Os estudantes costumam ter mais dificuldades para escrever um texto
Oração subordinada: que não leem.
As pessoas que fazem exercícios todos os dias tendem a viver mais.
Oração principal: As pessoas tendem a viver mais
Oração subordinada: que fazem exercícios todos os dias
A partir dos exemplos acima, nota-se que, diferente das orações adjetivas explicativas, se as orações
subordinadas foram removidas, afetarão o significado da oração principal.
Outra coisa a se destacar é que essas não apresentam vírgulas e restringem o termo antecedente, em vez de
explicá-los.
Orações Subordinadas Adverbiais
As orações subordinadas adverbiais são aquelas que exercem a função de advérbio funcionando como
adjunto adverbial.
As orações desse tipo são iniciadas por uma conjunção ou locução subordinativa, as quais têm a função de
conectar as orações (principal e subordinada).
Assim, dependendo do termo utilizados são classificadas em nove tipos: causais, comparativas, concessivas,
condicionais, conformativas, consecutivas, finais, temporais, proporcionais.

Oração subordinada adverbial causal


As orações subordinadas adverbiais causais exprimem a causa ou motivo que a oração principal faz
referência. As conjunções ou locuções integrantes adverbiais utilizadas são: porque, que, como, pois que,
porquanto, visto que, uma vez que, já que, desde que, etc.
Exemplos:
Não fomos à praia já que estava chovendo muito.
Oração principal: Não fomos à praia
Oração subordinada: já que estava chovendo muito
Não vou estudar hoje porque estou com dor de cabeça.
Oração principal: Não vou estudar hoje
Oração subordinada: porque estou com dor de cabeça
As orações subordinadas exemplificadas acima, destacam o motivo que a oração principal faz referência. As
conjunções integrantes que expressam isso são: "já que" e "porque".

Oração subordinada adverbial comparativa


As orações subordinadas adverbiais comparativas expressam comparação entre as orações principal e
subordinada.
As conjunções ou locuções integrantes adverbiais utilizadas são: como, assim como, tal como, tanto como,
tanto quanto, como se, do que, quanto, tal, qual, tal qual, que nem, que (combinado com menos ou mais),
etc.
Exemplos:
Minha mãe está muito nervosa como eu estava antes.
Oração principal: Minha mãe está muito nervosa
Oração subordinada: como eu estava antes
Ela não estudou para a prova o tanto quanto deveria.
Oração principal: Ela não estudou para a prova
Oração subordinada: o tanto quanto deveria
Nos exemplos acima, as orações subordinadas fazem uma comparação utilizando as conjunções integrantes:
"como" e "tanto quanto".

Oração subordinada adverbial concessiva


As orações subordinadas adverbiais concessivas expressam concessão ou permissão em relação à oração
principal. Dessa forma, elas apresentam uma ideia contrária ou oposta.
As conjunções ou locuções integrantes adverbiais utilizadas nessas orações são: embora, conquanto, por
mais que, posto que, ainda que, apesar de que, se bem que, mesmo que, em que pese, etc.
Exemplos:
Embora não queira, vou lhe fazer o jantar.
Oração principal: vou lhe fazer o jantar
Oração subordinada: Embora não queira
Mesmo que goste da sandália, não vou comprar.
Oração principal: não vou comprar
Oração subordinada: Mesmo que goste da sandália
Acima, podemos ver que a conjunção "embora" e a locução concessiva "mesmo que" presentes nas orações
subordinadas expressam uma ideia oposta em relação às orações principais.

Oração subordinada adverbial condicional


As orações subordinadas adverbiais condicionais expressam condição. As conjunções ou locuções
integrantes adverbiais utilizadas são: se, caso, contanto que, salvo se, a não ser que, desde que, a menos que,
sem que, etc.
Exemplos:
Se estiver chovendo, não iremos ao evento.
Oração principal: não iremos ao evento
Oração subordinada: Se estiver chovendo
Caso ele não esteja na escola, irei visitá-lo.
Oração principal: irei visitá-lo
Oração subordinada: Caso ele não esteja na escola
As orações subordinadas dos exemplos acima, exprimem uma condição por meio do uso das conjunções
integrantes utilizadas: "se" e "caso".

Oração subordinada adverbial conformativa


As orações subordinadas adverbiais conformativas expressam conformidade em relação ao que foi expresso
na oração principal. As conjunções integrantes adverbiais utilizadas são: conforme, segundo, como,
consoante, de acordo, etc.
Exemplos:
Segundo as regras impostas pelo governo, a quarentena deverá ser respeitada.
Oração principal: a quarentena deverá ser respeitada
Oração subordinada: Segundo as regras impostas pelo governo
Farei a massa do pão consoante os ensinamentos da minha mãe.
Oração principal: Farei a receita de pão
Oração subordinada: consoante os ensinamentos da minha mãe
Conforme os exemplos acima, as orações subordinadas expressam conformidade sobre a oração principal
enfatizada pelas conjunções utilizadas: "segundo" e "consoante".

Oração subordinada adverbial consecutiva


As orações subordinadas adverbiais consecutivas expressam consequência. As locuções conjuntivas
integrantes adverbiais utilizadas são: de modo que, de sorte que, sem que, de forma que, de jeito que, etc.
Exemplos:
A palestra foi ruim, de forma que não entendemos nada.
Oração principal: A palestra foi ruim
Oração subordinada: de forma que não entendemos nada
Nunca abandonou seus sonhos, de sorte que acabou concretizando-os.
Oração principal: Nunca abandonou seus sonhos
Oração subordinada: de sorte que acabou concretizando-os
Em ambos os exemplos, as orações subordinadas exprimem as consequências expressas nas orações
principais. Para isso, as locuções conjuntivas utilizadas foram: "de modo que", "de sorte que".

Oração subordinada adverbial final


As orações subordinadas adverbiais finais expressam finalidade. As conjunções e locuções integrantes
adverbiais utilizadas nesse caso são: a fim de que, para que, que, porque, etc.
Exemplos:
Nós estamos na faculdade para que possamos aprender mais.
Oração principal: Nós estamos na faculdade
Oração subordinada: para que possamos aprender mais
O atleta treinou dias a fim de que atingisse a melhor pontuação na prova final.
Oração principal: O atleta treinou dias
Oração subordinada: a fim de que atingisse a melhor pontuação na prova final
As orações subordinadas acima, utilizaram as locuções conjuntivas ("para que" e "a fim de que") com o
intuito de indicar a finalidade de algo que foi mencionado na oração principal.

Oração subordinada adverbial temporal


As orações subordinadas adverbiais temporais expressam circunstância de tempo. As conjunções e locuções
integrantes adverbiais utilizadas são: enquanto, quando, desde que, sempre que, assim que, agora que, antes
que, depois que, logo que, etc.
Exemplos:
Você ficará famoso quando publicar seu livro.
Oração principal: Você ficará famoso
Oração subordinada: quando publicar seu livro
Eu ficarei mais feliz assim que souber a nota final do exame.
Oração principal: Eu ficarei mais feliz
Oração subordinada: assim que souber a nota final do exame
Com o uso da conjunção "quando" e da locução conjuntiva "assim que", as orações subordinadas dos
exemplos indicam circunstâncias temporais.

Oração subordinada adverbial proporcional


As orações subordinadas adverbiais proporcionais expressam proporcionalidade. As locuções conjuntivas
integrantes adverbiais utilizadas são: à proporção que, à medida que, ao passo que, tanto mais, tanto menos,
quanto mais, quanto menos, etc.
Exemplos:
A chuva piorava à medida que o furacão chegava mais perto.
Oração principal: A chuva piorava
Oração subordinada: à medida que o furacão chegava mais perto
Quanto mais se esforçava no treino, mais feliz ficava.
Oração principal: mais feliz ficava
Oração subordinada: Quanto mais se esforçava no treino
As locuções conjuntivas integrantes dos exemplos ("à medida que" e "quanto mais") enfatizam a proporção
expressa na oração principal.

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