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O que é Oração?

A oração é o conjunto de palavras que transmitem uma mensagem, tendo um verbo como núcleo. A
oração é constituída pelos termos:

Essenciais (ou fundamentais): sujeito e predicado;

Integrantes: complementos verbais, complementos nominais e agente da passiva;

Acessórios: adjuntos adnominais, adjuntos adverbiais e apostos.

Orações coordenadas e subordinadas.

No português, as orações coordenadas e subordinadas são tipos de orações em que existem (ou não)
relações sintáticas.

Vale lembrar que a sintaxe é a parte da gramática que estuda a função das palavras nas orações.

Nas orações coordenadas, por exemplo, não há relação sintática entre elas e, por isso, são orações
independentes.

Já as orações subordinadas recebem esse nome pois uma está subordinada à outra. Desse modo, elas
dependem umas das outras para ter sentido completo e, portanto, possuem uma relação sintática.

Confira abaixo, as explicações sobre cada uma delas, as classificações das orações e muitos exemplos de
orações coordenadas e subordinadas.

O que são orações coordenadas?

As orações coordenadas são orações independentes que já possuem sozinhas um significado completo.
Dessa forma, não existe uma relação sintática entre elas.
Tipos de orações coordenadas

Esse tipo de oração é classificada de duas maneiras: as orações coordenadas sindéticas e assindéticas.

Oração coordenada sindética

Nas orações coordenadas sindéticas, há uma conjunção coordenativa que conecta as palavras ou termos
das frases e, dependendo da conjunção utilizada, elas pode ser de cinco tipos: aditivas, adversativas,
alternativas, conclusivas e explicativas.

1. Oração coordenada sindética aditiva

As orações coordenadas sindéticas aditivas são aquelas em que o uso das conjunções (ou locuções
conjuntivas) transmite a ideia de adição. As conjunções aditivas são: e, nem, não só, mas também, mas
ainda, como, assim, etc.

Exemplos:

Fomos para a escola e fizemos o exame final.

Oração 1: Fomos para a escola

Oração 2: fizemos o exame final

Joelma adora pescar, mas também gosta muito de navegar.

Oração 1: Joelma adora pescar

Oração 2: gosta muito de navegar

Com os exemplos, podemos perceber que esse tipo de conjunção adiciona informações ao que foi dito
anteriormente. Além disso, é importante perceber que as orações acima, quando separadas, são
independentes, uma vez que possuem um sentido completo.
2. Oração coordenada sindética adversativa

As orações coordenadas sindéticas adversativas são aquelas que transmitem, por meio das conjunções
utilizadas, uma ideia de oposição ou de contraste. As conjunções adversativas são: e, mas, contudo,
todavia, entretanto, porém, no entanto, ainda, assim, senão, etc.

Exemplos:

Pedro Henrique estuda muito, porém não passa no vestibular.

Oração 1: Pedro Henrique estuda muito

Oração 2: não passa no vestibular

Daiana combinou com os amigos de ir à festa, no entanto, estava chovendo muito naquela noite.

Oração 1: Daiana combinou com os amigos de ir à festa

Oração 2: estava chovendo muito naquela noite

Note que as conjunções utilizadas nas orações acima transmitem a ideia de oposição ao que foi dito
anteriormente. Além disso, as frases são independentes, uma vez que, se separadas, possuem um
sentido completo.

3. Oração coordenada sindética alternativa

Nas orações coordenadas sindéticas alternativas, as conjunções enfatizam uma escolha dentre as
opções existentes. As conjunções alternativas utilizadas são: ou, ou… ou; ora…ora; quer…quer; seja…
seja, etc.

Exemplos:

Manuela ora quer comer hambúrguer, ora quer comer pizza.


Oração 1: Manuela ora quer comer hambúrguer

Oração 2: ora quer comer pizza

Faça o que sua mãe manda ou ficará de castigo o resto do dia.

Oração 1: Faça o que sua mãe manda

Oração 2: ficará de castigo o resto do dia

Em ambos os exemplos, as orações são independentes, e as conjunções utilizadas indicam opções e, por
isso, são chamadas de alternativas.

4. Oração coordenada sindética conclusiva

As orações coordenadas sindéticas conclusivas expressam conclusões e, por isso, fazem uso das
conjunções (ou locuções) conclusivas: logo, assim, portanto, por fim, por conseguinte, pois, então,
consequentemente, etc.

Exemplos:

Não gostamos do restaurante, portanto não iremos mais lá.

Oração 1: Não gostamos do restaurante

Oração 2: não iremos mais lá

Alice não realizou a prova, assim fará a substitutiva no final do ano.

Oração 1: Alice não realizou a prova

Oração 2: fará a substitutiva no final do ano


Nos exemplos, as palavras em destaque são conjunções conclusivas que transmitem a ideia de
conclusão sobre algo que foi mencionado na oração principal.

5. Oração coordenada sindética explicativa

Nas orações coordenadas sindéticas explicativas, as conjunções ou locuções que ligam as orações
expressam uma explicação. São elas: isto é, ou seja, a saber, na verdade, porque, que, pois, etc.

Exemplos:

Marina não queria falar, ou seja, ela estava de mau humor.

Oração 1: Marina não queria falar

Oração 2: ela estava de mau humor

Pedro não foi ao jogo de futebol porque estava cansado.

Oração 1: Pedro não foi ao jogo de futebol

Oração 2: estava cansado

Os exemplos mostram que com o uso das conjunções explicativas, as orações independentes se unem
com o intuito de explicar sobre o que foi dito anteriormente.

Oração coordenada assindética

Diferente das orações coordenadas sindéticas, as orações coordenadas assindéticas não exigem
conjunções que conectam os termos ou palavras da frase.

Exemplos:
Lena estava triste, cansada, decepcionada.

Ao chegar à escola conversamos, estudamos, lanchamos

Nos exemplos acima não existe nenhuma conjunção (ou locução conjuntiva) que liga as orações e,
portanto, temos orações coordenadas assindéticas.

Conjunções Coordenativas

As Conjunções Coordenativas, ou Conjunções Coordenadas, são as que ligam as orações coordenadas.


Estas orações não dependem sintaticamente das outras, bem como ligam termos que têm a mesma
função gramatical.

As conjunções coordenativas recebem o mesmo nome dos tipos de orações coordenadas sindéticas:

Aditivas - expressam soma.

Adversativas - expressam oposição.

Alternativas - expressam alternância.

Conclusivas - expressam conclusão.

Explicativas - expressam explicação.

Lembramos que as conjunções indicadas acima são as principais de cada tipo. Elas podem assumir
diferentes valores, sendo necessário entender o seu sentido para classificá-las.

Exemplos:

Dê mais uma palavra e verá o que acontece.

Estudo e não aprendo.

Nos exemplos acima foi utilizada a conjunção “e”, que nestes casos, não exprimem soma, mas conclusão
e adversidade. Vejamos:
Dê mais uma palavra, logo verá o que acontece.

Estudo, mas não aprendo.

Conjunções Subordinativas

As conjunções subordinativas, por sua vez, são aquelas que ligam uma oração principal com orações
subordinadas a ela, ou seja que dela dependem sintaticamente.

As conjunções subordinativas classificam-se em: causais, concessivas, condicionais, comparativas, finais,


proporcionais, temporais, comparativas, consecutivas e integrantes.

Período Composto por Coordenação

Período Composto por Coordenação é aquele cujas orações não dependem sintaticamente umas das
outras porque são independentes.

Gritou com o irmão/ e correu para o quarto.

Descansei,/ fui à praia/ e visitei lugares maravilhosos.

As orações coordenadas podem ser Sindéticas ou Assindéticas. Nas sindéticas é utilizada conjunção,
enquanto nas assindéticas, não.

Exemplos:

Não coma bolo quente;/ ficará com dores de barriga. (Oração Coordenada Assindética)

Vou sair/ e já volto! (Oração Coordenada Sindética)

Para recordar, leia: Conjunção.

Classificação das Orações Coordenadas Sindéticas


As orações coordenadas sindéticas podem ser de 5 tipos:

1) Aditiva - expressam ideia de soma. As conjunções mais frequentes são: e, bem como, como também,
mas ainda, mas também.

Exemplos:

Gosto de cinema, bem como de teatro.

Conheceu a Europa, como também a Ásia.

2) Adversativa - expressam ideia de adversidade, oposição. As conjunções mais frequentes são: contudo,
entretanto, mas, no entanto, porém, todavia.

Exemplos:

Vou caminhar hoje, contudo só posso depois do jantar.

O jantar estava delicioso, mas deveria ter reduzido o sal.

3) Alternativa - expressam ideia de alternância, escolha. As conjunções mais frequentes são: já...já, ou,
ora…ora, ou…ou, quer ...quer, seja… seja.

Exemplos:

Ora está bem, ora não está.

Assistirei um filme ou lerei um livro.

4) Conclusiva - expressam ideia de conclusão. As conjunções mais frequentes são: assim, então, logo,
pois, por isso, portanto.

Exemplos:
Faço tudo o que tenho de fazer pela manhã, pois fico com a tarde toda livre.

Ela tirou péssimas notas, por isso, não viajará nas férias.

5) Explicativa - expressam ideia de explicação, justificação. As conjunções mais frequentes são: pois,
porque, que.

Exemplos:

Não fui te visitar porque não sabia que você já tinha chegado de viagem.

Foi recompensado, pois foi bom aluno.

Leia também Orações Coordenadas e Conjunções Coordenativas.

Período Composto por Subordinação

Ao contrário do período composto por coordenação, no período composto por subordinação, as orações
dependem sintaticamente uma das outras.

Exemplos:

Tudo o que queria/ era a verdade.

Não sei/ o que fazer.

Ignoro/ por que você agiu assim.

Período Composto por Coordenação e Subordinação

Há períodos que são formados por orações coordenadas e por orações subordinadas. Assim, esse
período apresenta oração independente ao mesmo tempo que apresenta oração dependente em
termos sintáticos.

Exemplo:
Comecei a ler/ e terminei o livro/ que tinha ganhado naquele dia.

Comecei a ler é uma oração coordenada.

e terminei o livro é também uma oração coordenada.

que tinha ganhado naquele dia é oração subordinada.

Logo, estamos diante de um período composto por coordenação e subordinação

O que são orações subordinadas?

As orações subordinadas, diferente das coordenadas, são orações dependentes. Assim, quando
separadas, não possuem um sentido completo e, por isso, recebem esse nome, de forma que uma está
subordinada à outra.

Tipos de orações subordinadas

As orações subordinadas são classificadas de três maneiras: substantivas, adjetivas e adverbiais. Isso irá
depender da relação sintática estabelecida.

Orações Subordinadas Substantivas

As orações subordinadas substantivas são aquelas que exercem a função de substantivo. Vale lembrar
que o substantivo é uma das classes de palavras que nomeia os seres, objetos, fenômenos, etc.

Esse tipo de oração pode se apresentar de duas maneiras: orações desenvolvidas ou orações reduzidas.

Nas orações desenvolvidas, as conjunções integrantes “que” e “se” estão no início das orações, e podem
acompanhar pronomes, conjunções ou locuções conjuntivas.
Já as orações reduzidas não apresentam uma conjunção integrante, e surgem com o verbo no infinitivo,
no particípio ou no gerúndio.

Dito isso, as orações desenvolvidas podem desempenhar o papel de sujeito, predicado, complemento
nominal, objeto direto, objeto indireto e aposto, sendo classificadas em seis tipos: subjetiva, predicativa,
completiva nominal, objetiva direta, objetiva indireta, apositiva.

1. Oração subordinada substantiva subjetiva

As orações subordinadas substantivas subjetivas exercem a função de sujeito da oração principal.


Lembre-se que o sujeito é aquele ou aquilo de que(m) se fala.

Exemplos:

É importante que você beba água.

Oração principal: É importante

Oração subordinada: que você beba água

É possível que Paloma saia outra vez.

Oração principal: É possível

Oração subordinada: que Paloma saia outra vez

Note que a oração principal não apresenta sujeito e a oração subordinada, além de completar o sentido
da primeira, desempenha o papel de sujeito da oração.
2. Oração subordinada substantiva predicativa

As orações subordinadas substantivas predicativas exercem a função de predicativo do sujeito da oração


principal e sempre apresentam um verbo de ligação (ser, estar, parecer, permanecer, continuar, ficar,
etc.).

Vale lembrar que o predicativo do sujeito é o termo que tem a função de atribuir uma qualidade ao
sujeito.

Exemplos:

Meu medo é que ela não vença o campeonato.

Oração principal: Meu medo é

Oração subordinada: que ela não vença o campeonato

Nosso desejo é que ele passe nos exames finais.

Oração principal: Nosso desejo é

Oração subordinada: que ele passe nos exames finais

Nos exemplos, notamos que a partir da presença do verbo de ligação, qualifica-se o sujeito da oração.

3. Oração subordinada substantiva completiva nominal

As orações subordinadas substantivas completivas nominais exercem a função de complemento nominal


do verbo da oração principal, completando o sentido do nome da oração principal. Esse tipo de oração
sempre é iniciada com uma preposição.
Note que o complemento nominal completa o sentido de um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio).

Exemplos:

Tenho esperança de que a humanidade se conscientize.

Oração principal: Tenho esperança

Oração subordinada: de que a humanidade se conscientize

Tínhamos certeza de que ela passaria na prova.

Oração principal: Tínhamos certeza

Oração subordinada: de que ela passaria na prova

Nos exemplos acima, as orações subordinadas completivas sempre começam com uma preposição:
"de". Ambas complementam os nomes (substantivos) da oração principal: esperança; certeza.

4. Oração subordinada substantiva objetiva direta

As orações subordinadas substantivas objetivas diretas exercem a função de objeto direto do verbo da
oração principal e, por isso, o complemento não vem acompanhado de preposição.

Vale destacar que o objeto direto é um complemento verbal que completa o sentido dos verbos
transitivos das orações.
Exemplos:

Desejo que todos tenham um bom dia.

Oração principal: Desejo

Oração subordinada: que todos tenham um bom dia

Espero que você passe no concurso.

Oração principal: Espero

Oração subordinada: que você passe no concurso

Nos exemplos acima, as orações subordinadas não apresentam preposição e possuem o valor de objeto
direto da oração principal.

Assim, elas completam o sentido do verbo transitivo, visto que sozinho ele não fornece a informação
completa. Exemplo: quem deseja, deseja algo; quem espera, espera algo.

5. Oração subordinada substantiva objetiva indireta

As orações subordinadas substantivas objetivas indiretas exercem a função de objeto indireto do verbo
da oração principal, complementando-o.

Vale lembrar que o objeto indireto tem a função de completar o sentido do verbo transitivo na oração.
Assim, nesse tipo de oração, a conjunção subordinativa integrante é sempre precedida de uma
preposição (que ou se).

Exemplos:
Necessito de que você preencha o formulário novamente.

Oração principal: Necessito

Oração subordinada: de que você preencha o formulário novamente

Gostaria de que todas as pessoas se conscientizassem.

Oração principal: Gostaria

Oração subordinada: de que todas as pessoas se conscientizassem

Nos exemplos acima, as orações subordinadas completam o sentido dos verbos transitivos da oração
principal, pois sozinhos eles não possuem um sentido completo (quem necessita, necessita de algo;
quem gosta, gosta de algo ou de alguém). Além disso, podemos notar que antes das conjunções (que)
temos as preposições (de).

6. Oração subordinada substantiva apositiva

As orações subordinadas substantivas apositivas exercem a função de aposto de qualquer termo


presente na oração principal. Nesse caso, a oração principal pode terminar com dois pontos, ponto e
vírgula ou vírgula.

Vale lembrar que o aposto é um termo que tem como função exemplificar ou especificar outro já
mencionado anteriormente na oração.

Exemplos:

Meu único desejo: vencer as olimpíadas.

Oração principal: Meu único desejo

Oração subordinada: vencer as olimpíadas


Só lhe peço isso: que nos ajude.

Oração principal: Só lhe peço isso

Oração subordinada: que nos ajude

Nos exemplos acima, as frases subordinadas têm a função de aposto, visto que especificam melhor algo
mencionado na oração principal.

Amplie seus conhecimentos sobre esse tipo de oração:

Orações Subordinadas Substantivas

Exercícios de Orações Subordinadas Substantivas

Orações Subordinadas Adjetivas

As orações subordinadas adjetivas são aquelas que funcionam como adjunto adnominal, as quais
possuem a mesma função do adjetivo e, por isso, recebem esse nome.

Essas orações podem ser desenvolvidas ou reduzidas. Nas orações desenvolvidas, os verbos aparecem
nos modos indicativo e subjuntivo e sempre iniciam-se com um pronome relativo (que, quem, qual,
quanto, onde, cujo, etc.), os quais exercem a função de adjunto adnominal do termo antecedente.

Já nas orações reduzidas, os verbos aparecem no infinitivo, gerúndio ou particípio e não começam com
um pronome relativo.

Dito isso, as oração subordinadas adjetivas desenvolvidas são classificadas em dois tipos: explicativa e
restritiva.

1. Oração subordinada adjetiva explicativa


As orações subordinadas adjetivas explicativas, recebem esse nome pois tem o intuito de explicar algo
que foi dito anteriormente. Esse tipo de oração subordinada é separada por algum sinal de pontuação,
geralmente vírgulas.

Exemplos:

Os livros de José de Alencar, que foram indicados pela professora, são muito bons.

Oração principal: Os livros de José de Alencar são muito bons

Oração subordinada: que foram indicados pela professora

O sistema de aprendizado, que foi desenvolvido pela escola, surpreendeu todos.

Oração principal: O sistema de aprendizado surpreendeu todos

Oração subordinada: que foi desenvolvido pela escola

Nos exemplos acima, as orações subordinadas adjetivas explicativas aparecem entre vírgulas,
adicionando um comentário extra sobre o antecedente da oração principal.

Note que, nesses casos, as orações subordinadas aproximam-se de um aposto explicativo e podem ser
retiradas sem que isso afete o significado da outra.

2. Oração subordinada adjetiva restritiva

As orações subordinadas adjetivas restritivas, ao contrário das explicativas, que ampliam a explicação
sobre algo, restringem, especificam ou particularizam o termo antecedente. Aqui, elas não são
separadas por sinais de pontuação.

Exemplos:
Os estudantes que não leem costumam ter mais dificuldades para escrever um texto.

Oração principal: Os estudantes costumam ter mais dificuldades para escrever um texto

Oração subordinada: que não leem

As pessoas que fazem exercícios todos os dias tendem a viver mais.

Oração principal: As pessoas tendem a viver mais

Oração subordinada: que fazem exercícios todos os dias

A partir dos exemplos acima, nota-se que, diferente das orações adjetivas explicativas, se as orações
subordinadas foram removidas, afetarão o significado da oração principal.

Outra coisa a se destacar é que essas não apresentam vírgulas e restringem o termo antecedente, em
vez de explicá-los.

Veja também os textos:

Orações subordinadas adjetivas

Conjunções subordinativas

Orações Subordinadas Adverbiais

As orações subordinadas adverbiais são aquelas que exercem a função de advérbio funcionando como
adjunto adverbial.

As orações desse tipo são iniciadas por uma conjunção ou locução subordinativa, as quais têm a função
de conectar as orações (principal e subordinada).
Assim, dependendo do termo utilizados são classificadas em nove tipos: causais, comparativas,
concessivas, condicionais, conformativas, consecutivas, finais, temporais, proporcionais.

1. Oração subordinada adverbial causal

As orações subordinadas adverbiais causais exprimem a causa ou motivo que a oração principal faz
referência. As conjunções ou locuções integrantes adverbiais utilizadas são: porque, que, como, pois
que, porquanto, visto que, uma vez que, já que, desde que, etc.

Exemplos:

Não fomos à praia já que estava chovendo muito.

Oração principal: Não fomos à praia

Oração subordinada: já que estava chovendo muito

Não vou estudar hoje porque estou com dor de cabeça.

Oração principal: Não vou estudar hoje

Oração subordinada: porque estou com dor de cabeça

As orações subordinadas exemplificadas acima, destacam o motivo que a oração principal faz referência.
As conjunções integrantes que expressam isso são: "já que" e "porque".

2. Oração subordinada adverbial comparativa

As orações subordinadas adverbiais comparativas expressam comparação entre as orações principal e


subordinada.
As conjunções ou locuções integrantes adverbiais utilizadas são: como, assim como, tal como, tanto
como, tanto quanto, como se, do que, quanto, tal, qual, tal qual, que nem, que (combinado com menos
ou mais), etc.

Exemplos:

Minha mãe está muito nervosa como eu estava antes.

Oração principal: Minha mãe está muito nervosa

Oração subordinada: como eu estava antes

Ela não estudou para a prova o tanto quanto deveria.

Oração principal: Ela não estudou para a prova

Oração subordinada: o tanto quanto deveria

Nos exemplos acima, as orações subordinadas fazem uma comparação utilizando as conjunções
integrantes: "como" e "tanto quanto".

3. Oração subordinada adverbial concessiva

As orações subordinadas adverbiais concessivas expressam concessão ou permissão em relação à


oração principal. Dessa forma, elas apresentam uma ideia contrária ou oposta.

As conjunções ou locuções integrantes adverbiais utilizadas nessas orações são: embora, conquanto, por
mais que, posto que, ainda que, apesar de que, se bem que, mesmo que, em que pese, etc.

Exemplos:
Embora não queira, vou lhe fazer o jantar.

Oração principal: vou lhe fazer o jantar

Oração subordinada: Embora não queira

Mesmo que goste da sandália, não vou comprar.

Oração principal: não vou comprar

Oração subordinada: Mesmo que goste da sandália

Acima, podemos ver que a conjunção "embora" e a locução concessiva "mesmo que" presentes nas
orações subordinadas expressam uma ideia oposta em relação às orações principais.

4. Oração subordinada adverbial condicional

As orações subordinadas adverbiais condicionais expressam condição. As conjunções ou locuções


integrantes adverbiais utilizadas são: se, caso, contanto que, salvo se, a não ser que, desde que, a menos
que, sem que, etc.

Exemplos:

Se estiver chovendo, não iremos ao evento.

Oração principal: não iremos ao evento

Oração subordinada: Se estiver chovendo

Caso ele não esteja na escola, irei visitá-lo.

Oração principal: irei visitá-lo


Oração subordinada: Caso ele não esteja na escola

As orações subordinadas dos exemplos acima, exprimem uma condição por meio do uso das conjunções
integrantes utilizadas: "se" e "caso".

5. Oração subordinada adverbial conformativa

As orações subordinadas adverbiais conformativas expressam conformidade em relação ao que foi


expresso na oração principal. As conjunções integrantes adverbiais utilizadas são: conforme, segundo,
como, consoante, de acordo, etc.

Exemplos:

Segundo as regras impostas pelo governo, a quarentena deverá ser respeitada.

Oração principal: a quarentena deverá ser respeitada

Oração subordinada: Segundo as regras impostas pelo governo

Farei a massa do pão consoante os ensinamentos da minha mãe.

Oração principal: Farei a receita de pão

Oração subordinada: consoante os ensinamentos da minha mãe

Conforme os exemplos acima, as orações subordinadas expressam conformidade sobre a oração


principal enfatizada pelas conjunções utilizadas: "segundo" e "consoante".

6. Oração subordinada adverbial consecutiva

As orações subordinadas adverbiais consecutivas expressam consequência. As locuções conjuntivas


integrantes adverbiais utilizadas são: de modo que, de sorte que, sem que, de forma que, de jeito que,
etc.
Exemplos:

A palestra foi ruim, de forma que não entendemos nada.

Oração principal: A palestra foi ruim

Oração subordinada: de forma que não entendemos nada

Nunca abandonou seus sonhos, de sorte que acabou concretizando-os.

Oração principal: Nunca abandonou seus sonhos

Oração subordinada: de sorte que acabou concretizando-os

Em ambos os exemplos, as orações subordinadas exprimem as consequências expressas na orações


principais. Para isso, as locuções conjuntivas utilizadas foram: "de modo que", "de sorte que".

7. Oração subordinada adverbial final

As orações subordinadas adverbiais finais expressam finalidade. As conjunções e locuções integrantes


adverbiais utilizadas nesse caso são: a fim de que, para que, que, porque, etc.

Exemplos:

Nós estamos na faculdade para que possamos aprender mais.

Oração principal: Nós estamos na faculdade

Oração subordinada: para que possamos aprender mais

O atleta treinou dias a fim de que atingisse a melhor pontuação na prova final.
Oração principal: O atleta treinou dias

Oração subordinada: a fim de que atingisse a melhor pontuação na prova final

As orações subordinadas acima, utilizaram as locuções conjuntivas ("para que" e "a fim de que") com o
intuito de indicar a finalidade de algo que foi mencionado na oração principal.

8. Oração subordinada adverbial temporal

As orações subordinadas adverbiais temporais expressam circunstância de tempo. As conjunções e


locuções integrantes adverbiais utilizadas são: enquanto, quando, desde que, sempre que, assim que,
agora que, antes que, depois que, logo que, etc.

Exemplos:

Você ficará famoso quando publicar seu livro.

Oração principal: Você ficará famoso

Oração subordinada: quando publicar seu livro

Eu ficarei mais feliz assim que souber a nota final do exame.

Oração principal: Eu ficarei mais feliz

Oração subordinada: assim que souber a nota final do exame

Com o uso da conjunção "quando" e da locução conjuntiva "assim que", as orações subordinadas dos
exemplos indicam circunstâncias temporais.

As orações subordinadas adverbiais são aquelas que possuem a função do advérbio, funcionado como
adjunto adverbial na frase.
Dependendo da função que exercem, as orações subordinadas adverbiais são classificadas em 9 tipos:
causais, comparativas, concessivas, condicionais, conformativas, consecutivas, finais, temporais,
proporcionais.

Vale lembrar que uma oração é subordinada quando estabelece uma função sintática sobre outras, ou
seja, depende de outra para que apresente seu sentido completo.

Dependendo da função sintática exercida na frase, as orações subordinadas são classificadas em três
tipos: adverbiais, adjetivas e substantivas.

Classificação das orações subordinadas adverbiais

As orações subordinadas adverbiais são iniciadas com uma conjunção subordinativa (ou locução), isto é,
aquelas que ligam as frases (principal e a subordinada).

Elas são classificadas em nove tipos, de acordo com a circunstância que exprimem na frase:

1. Oração subordinada adverbial causal

As orações subordinadas adverbiais causais exprimem causa ou o motivo.

As conjunções subordinativas adverbiais utilizadas são: porque, que, como, pois que, porquanto, visto
que, uma vez que, já que, etc.

Exemplos:

Não fomos à festa, pois estava chovendo muito.

Ele não foi à escola hoje, porque estava doente.

2. Oração subordinada adverbial comparativa

As orações subordinadas adverbiais comparativas exprimem comparação.


As conjunções subordinativas adverbiais utilizadas são: como, assim como, tal como, tanto como, tanto
quanto, como se, do que, quanto, tal, qual, tal qual, que nem, que (combinado com menos ou mais).

Exemplos:

Paula é estudiosa tanto quanto seu irmão (é).

Luísa estava nervosa na reunião tal como eu (estava).

3. Oração subordinada adverbial concessiva

As orações subordinadas adverbiais concessivas exprimem permissão.

As conjunções subordinativas adverbiais utilizadas são: embora, conquanto, por mais que, posto que,
ainda que, apesar de que, se bem que, mesmo que, em que pese, etc.

Exemplos:

Luciana gosta muito de dançar, embora esteja com o pé quebrado.

Por mais que Rosana não queira, ela vai à apresentação.

4. Oração subordinada adverbial condicional

As orações subordinadas adverbiais condicionais exprimem condição.

As conjunções subordinativas adverbiais utilizadas são: se, caso, contanto que, salvo se, a não ser que,
desde que, a menos que, sem que, etc.

Exemplos:
Iremos à festa, desde que não chova.

Caso José apareça, falaremos sobre a reunião.

5. Oração subordinada adverbial conformativa

As orações subordinadas adverbiais conformativas exprimem conformidade.

As conjunções subordinativas adverbiais utilizadas são: conforme, segundo, como, consoante, de


acordo, etc.

Exemplos:

Consoante às regras de conduta criadas, Antenor preferiu alertar seus colegas de trabalho.

Faremos o bolo conforme as dicas dadas pela Maria Elisa.

6. Oração subordinada adverbial consecutiva

As orações subordinadas adverbiais consecutivas exprimem consequência.

As conjunções subordinativas adverbiais utilizadas são: de modo que, de sorte que, sem que, de forma
que, de jeito que, etc.

Exemplos:

O palestrante falou tão baixo, de forma que não conseguimos ouvir a apresentação.

Nunca abandonou seus sonhos, de sorte que acabou concretizando-os.

7. Oração subordinada adverbial final

As orações subordinadas adverbiais finais exprimem finalidade.

As conjunções subordinativas adverbiais utilizadas são: a fim de que, para que, que, porque, etc.
Exemplos:

Estamos aqui para trabalhar.

Escolhemos fazer o curso para que possamos trabalhar na área desejada.

8. Oração subordinada adverbial temporal

As orações subordinadas adverbiais temporais exprimem circunstância de tempo.

As conjunções subordinativas adverbiais utilizadas são: enquanto, quando, desde que, sempre que,
assim que, agora que, antes que, depois que, logo que, etc.

Exemplos:

Enquanto eles se divertem, nós trabalhamos.

Assim que passar no exame final, irei de férias.

9. Oração subordinada adverbial proporcional

As orações subordinadas adverbiais proporcionais exprimem proporção.

As conjunções subordinativas adverbiais utilizadas são: à proporção que, à medida que, ao passo que,
tanto mais, tanto menos, quanto mais, quanto menos, etc.

Exemplos:

À medida que o tempo passa, estamos mais distantes.

Quanto mais estudava para a prova, mais confiante ficava.


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Conjunção Introdução.

PublicouAnna Arantes Pacheco

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Mais detalhes
Apresentação em tema: "Conjunção Introdução."— Transcrição da apresentação:

1 Conjunção

Introdução

2 Definição

As palavras que ligam dois elementos da mesma natureza (substantivo + substantivo) (advérbio +
advérbio), etc. Ou ligam orações chamam-se conjunções.

3 Conjunção coordenativa

A conjunção que liga orações independentes sintaticamente é chamada de conjunção coordenativa.

Os elementos unidos pela conjunção coordenativa entram numa ordenação em sequência, sem que seja
estabelecida uma relação de hierárquica entre eles.

4 Conjunção Subordinativa

A conjunção que relaciona orações, de forma que haja uma relação hierárquica, na qual um elemento é
determinante e outro é determinado, recebe o nome de conjunção subordinativa.

5 Locução conjuntiva

É o conjunto de palavras que exerce a função de uma conjunção.

6 Aditivas

Ligam dois termos ou duas orações, expressando a ideia de adição, soma ou acréscimo: e, nem , (e não),
mas ainda, mas também e como também (empregadas depois de não só), etc.

7 Exemplo - Aditiva

A praça continuava ensolarada e havia babás com crianças.

O médico não só examinou o cliente, mas ainda prescreveu-lhe uma dieta.


8 Adversativa

Estabelecem uma relação de oposição, contraste ou sentido adverso entre dois termos ou duas orações:
mas, porém, todavia, contudo, e (com valor de mas), senão, entretanto, no entanto, não obstante, etc.

9 Exemplos - Adversativas

Mariana revirou todas as gavetas, porém não encontrou a carta.

O sapato serviu-lhe com perfeição, contudo a cliente não ficou satisfeita.

10 Alternativas

Ligam palavras ou orações, estabelecendo entre elas uma relação de alternãncia ou exclusão: ou...ou,
ora...ora, já...já, quer...quer, seja...seja, etc.

11 Exemplos - Alternativas

A criança ora agitava-se no berço, ora adormecia febril.

Ficarão juntos, quer a viagem seja de ônibus, quer seja de avião.

12 Conclusivas

Iniciam orações que expressam uma conclusão ou uma ideia consequente do que se disse
anteriormente: logo, pois (posposto ao verbo), portanto, assim, por isso, por conseguinte, etc.

13 Exemplos - Conclusivas

Não guardou nenhuma economia, logo vive de favores.

A chuva caíra mansa durante dias; acaba, pois, a seca.

14 Explicativas
Ocorre quando a segunda oração coordenada dá uma explicação sobre o motivo ou a razão do que se
afirmou na primeira: que (porque), pois (quando vem antes do verbo), porque, porquanto.

15 Exemplos - Explicativas

Os hóspedes ficaram satisfeitos, pois foram bem atendidos.

Não insista, que ele não virá ao encontro. (porque)

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Conjunção.

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PREPOSIÇÃO; CONJUNÇÃO;

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Período composto Um período pode ser composto por coordenação ou por subordinação. Quando é
composto por coordenação, as orações possuem uma.

Período composto Um período pode ser composto por coordenação ou por subordinação. Quando é
composto por coordenação, as orações possuem uma.

Orações Subordinadas Um período pode ser composto por coordenação ou por subordinação. Quando é
composto por coordenação, as orações possuem.

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composto por coordenação, as orações possuem.

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segunda-feira, 14 de setembro de 2020

AAS - INTRODUÇÃO ÀS CONJUNÇÕES

INTRODUÇÃO ÀS CONJUNÇÕES

PESQUISA DE ADELAIDE ABREU-DOS-SANTOS

O QUE É CONJUNÇÃO?

De acordo com o Dicionário da Língua Portuguesa, de Silveira Bueno, pg. 189, é: “União; conjuntura;
oportunidade; (Astr.) encontro aparente dos astros no mesmo ponto em relação à Terra; (Gram.)
partícula que liga duas orações ou partes coordenadas da mesma oração.

Já Houaiss pg. 803, nos dá uma dissertação sobre a conjunção, então vamos lá: 1. ato ou efeito de
conjungir (conjungir: fazer ficar juntos ou ficar ligados; juntar-se; ligar-se; unir-se...) 2. Fato ou condição
de estar conjungido; 3. união sexual...10. GRAM. vocábulo ou sintagma invariável, us. Para ligar uma
oração subordinada à sua principal, ou para coordenar períodos ou sintagmas do mesmo tipo ou função.
Cf. conjunção coordenativa e conjunção subordinativa; 11. LÒG. Conexão entre duas ou mais sentenças,
formando uma unidade que somente será verdadeira se todas as proposições isoladas que a compõem
também forem verdadeiras c aditiva cada uma das conjunções coordenativas que ligam dois termos
equivalentes da mesma oração ou duas orações coordenadas (p.ex.: e, nem)...

Conjunções

Agora o que é conjunção sob A ótica de evanildo Bechara? Pg 319/320

Conector e transpositor – A língua possui unidades que têm por missão reunir orações num mesmo
enunciado.
Essas unidades são tradicionalmente chamadas conjunções, que se repartem em dois tipos:
coordenadas e subordinadas.

As conjunções coordenadas reúnem orações que pertencem ao mesmo nível sintático: dizem-se
independentes umas das outras e, por isso mesmo, podem aparecer em enunciados separados.

Ex.: Pedro fez concurso para medicina e Maria se prepara para a mesma profissão.

Podíamos desta maneira, em dois enunciados independentes:

Ex.: Pedro fez concurso para medicina.

Maria se prepara para a mesma profissão.

Daí a ser a conjunção coordenativa um conector.

Como a sua função é reunir unidades independentes, pode também “conectar” duas unidades menores
que a oração, desde que do mesmo valor funcional dentro do mesmo enunciado. Assim:

Ex: Pedro e Maria. (dois substantivos)

Ele e ela. (dois pronomes)

Ele e Maria. (um pronome e um substantivo)

Rico e inteligente. (dois adjetivos)

Ontem e hoje. (dois advérbios)

Saiu e voltou. (dois verbos)

Com e sem dinheiro.(duas preposições)

Bem diferente é, entretanto, o papel da conjunção subordinada. No enunciado:

Ex.: Soubemos que vai chover,

a missão da conjunção subordinada é assinalar que a oração que poderia ser sozinha um enunciado:

Ex.: Vai chover.

se insere num enunciado complexo em que ela (vai chover) perde a característica de enunciado
independente , de oração, para exercer, um nível inferior da estruturação gramatical, a função de
palavra, já que vai chover é agora objeto direto do núcleo verbal soubemos.
Baseando-me novamente no Houaiss, pg. 2033/2034, esclarecerei a palavra núcleo: (...) 2.p. ext. fig.
Qualquer elemento que ocupa a posição central na composição de uma estrutura; centro (...) 16.
GRAM.GENER. Palavra de uma categoria gramatical que é o centro do sintagma correspondente (p. ex.:
o sintagma nominal a casa amarela tem o substantivo casa como núcleo): cabeça.

Portanto, quando se fala em núcleo verbal, referimo-nos ao verbo, o verbo é o centro ou a cabeça, da
frase, ou melhor dizendo da oração.

Prosseguindo com a gramática:

Assim a conjunção subordinada é um transpositor de um enunciado que passa a uma função de palavra,
portanto de nível inferior das camadas de estruturação gramatical. Diz-se, por isso, que que vai chover é
uma oração “degradada” ao nível da palavra, e isto se deveu ao fenômeno de hipotaxe ou subordinação

Hipotaxe: GRAM. Relação sintática em que existe dependência ou subordinação de uma palavra ou de
uma oração a outra palavra da frase ou a outra oração do período; subordinação(sujeição)

A oração degradada ou subordinada passa a exercer uma das funções sintáticas próprias do substantivo,
do adjetivo e do advérbio, como veremos mais adiante

Podemos aproximar o papel do transpositor que ao pronome relativo – que é um transpositor de oração
degradada ao nível do adjetivo – e das preposições que, como vimos, transpõe uma unidade a exercer
papel de outra unidade. Na oração: Ninguém é de ferro, a preposição de transpõe o substantivo ferro à
função de predicativo por ter de ferro passado a equivalente de adjetivo [AL. 1, 229]

Adelaide Abreu dos Santos às 08:56

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