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Escola Municipal

Padre Machado Data: ___/___/___

1° Bimestre Professor: César Vieira


Disciplina: Língua Portuguesa
Ano: 9° Ano Turma: __________
Conjunção
Conjunção reúne orações ou termos em um mesmo enunciado. Ela pode ser classificada
como coordenativa ou subordinativa, conforme o grau de independência entre os termos.
As conjunções são vocábulos gramaticais cuja função é reunir ou relacionar orações em
um mesmo enunciado. Quando houver duas ou mais palavras com a função de conjunção,
dizemos que se trata de uma locução conjuntiva. As conjunções e locuções conjuntivas têm o
objetivo de unir duas ou mais orações ou palavras.
Essa classe de palavras pode ser dividida em conjunções subordinativas e
conjunções coordenativas, e cada uma dessas classificações possui suas subdivisões conforme a
estrutura e o sentido determinados.

Uso das conjunções nas orações


Antes de iniciarmos a explicação sobre as conjunções propriamente, é importante recordarmos
o conceito básico de orações. A oração é uma unidade linguística em que se encontra
obrigatoriamente um verbo ou uma locução verbal. Observe os exemplos a seguir:
 Ela esperou pela amiga durante a tarde toda.
 O cachorro fugiu de casa. O cachorro voltou no dia seguinte.
No primeiro exemplo, temos apenas uma oração, já que temos apenas um verbo. No segundo
exemplo, temos duas orações pela quantidade de verbos observados, e não necessariamente pelo
ponto final. Entretanto podemos usar uma conjunção para transformar os dois enunciados do
segundo exemplo em apenas um:
O cachorro fugiu de casa, mas voltou no dia seguinte.
Acompanhe mais um exemplo que segue a mesma linha de raciocínio, iniciando com duas
orações e dois enunciados e depois transformando-os em um só:
 Você se machucou. Eu soube.
 Eu soube que você se machucou.
Nos dois casos, temos um enunciado com duas orações, já que em cada um temos dois
verbos.
As palavras marcadas em vermelho são as conjunções que ligaram uma oração a outra no
mesmo enunciado.
Entretanto, a conjunção, mas e a conjunção que possuem classificações diferentes: a primeira
é uma conjunção coordenativa, e a segunda, subordinativa. Vamos aprender a diferença entre
elas?

Conjunções coordenativas
Quando duas orações são independentes entre si e podem ser completamente entendidas
uma sem a outra, dizemos que são orações coordenadas, ou seja, elas estão ordenadas em
conjunto, embora não necessariamente precisem estar juntas. Logo, as conjunções coordenativas
são responsáveis por juntar essas orações independentes no mesmo enunciado, como no
exemplo anterior.
Por reunirem termos independentes, as conjunções coordenativas podem juntar termos
menores do que uma oração, contanto que tenham a mesma função dentro do enunciado. Assim,
podem juntar substantivos, adjetivos, advérbios, verbos, orações etc.

→ Classificação das conjunções coordenativas


Recebem sua classificação de acordo com a relação que estabelecem entre os termos que
são ligados por elas. É importante ressaltar que a conjunção coordenativa não se altera com a
mudança de construção em uma frase, pois ela liga elementos independentes.
As conjunções coordenativas podem ser aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e
explicativas.
→ Conjunções coordenativas aditivas
Estabelecem relação de adição entre as orações ou os termos conectados. Como exemplos
de conjunções aditivas, temos “e” (para sentido positivo), “nem” (para sentido negativo), entre
outros.
 Era uma pessoa brincalhona e ativa.
 Corria e brincava e cantava.
 Não estava feliz nem triste.

→ Conjunções coordenativas adversativas


Estabelecem relação de oposição entre as orações ou os termos conectados. Como exemplos
de conjunções adversativas, temos “mas”, “porém”, “todavia”, “contudo” e “senão” (quando possui
significado de “mas”), entre outros.
 Não gostava dele, porém tinha um bom convívio.
 Não falava, mas gritava desesperadamente.
 Sabia de muitas coisas, contudo não foi capaz de resolver aquele enigma.

→ Conjunções coordenativas alternativas


Estabelecem relação de alternância entre as orações ou os termos conectados. Essa
alternância pode dizer respeito à incompatibilidade ou à equivalência entre eles. Como exemplo de
conjunções alternativas temos o “ou”. Dependendo do contexto, temos também as conjunções
alternativas “já”, “bem”, “talvez”, “ora”, entre outras. Elas podem ou não aparecer repetidas entre os
termos que ligam.
 Vamos resolver isso ou não nos encontramos mais.
 Ora ficava interessado, ora ficava disperso.
 Talvez a fruta esteja madura, talvez ainda esteja verde.
Embora não seja consenso entre os gramáticos, alguns consideram, ainda, mais dois tipos de
conjunções coordenativas: as conclusivas e as explicativas.

→ Conjunções coordenativas conclusivas


Estabelecem relação de conclusão entre as orações ou os termos conectados. Como
exemplos de conjunções aditivas, temos “pois”, “portanto”, “logo”, “assim”, “então”, entre outros.
 Eu saí de casa atrasado, logo, perdi o voo.
 Era muito gulosa, então, não sobrou comida.
 O céu estava muito escuro, portanto, ia chover.

→ Conjunções coordenativas explicativas


Estabelecem relação de explicação entre as orações ou os termos conectados. Como
exemplos de conjunções aditivas, temos “pois”, “porque”, “porquanto”, “que”, entre outros.
 Bebeu toda a água, porque tinha muita sede.
 Amava o verão, pois sempre ia para a praia.
 Era uma criança muito tímida, porquanto a família toda era assim.

Conjunções subordinativas
As conjunções subordinativas ligam termos que não têm o mesmo nível hierárquico, de
modo que geralmente existe uma oração principal e uma oração subordinada à principal. A
oração subordinada isolada não possui sentido completo, dependendo da oração principal para
fazer sentido.
Dessa forma, as conjunções subordinativas ligam duas orações, porém uma depende da
outra. A partir do sentido que estabelece entre as duas, a conjunção subordinativa pode ser
subclassificada em adverbial ou integrante.

 Conjunções subordinativas adverbiais


As conjunções subordinativas adverbiais introduzem orações subordinadas a orações
principais, traduzindo uma ideia de circunstância entre elas. Há nove subclassificações entre
essas conjunções.
• Causais: iniciam orações subordinadas estabelecendo relação de causa, motivo. As
principais conjunções subordinativas adverbiais causais são “porque”, “como”, “que”.
Exemplos:
“Como não tinha dinheiro, desistiu do presente.”
“Teve as melhores fotos porque esperou o entardecer.”
• Consecutivas: iniciam orações subordinadas estabelecendo relação de consequência. As
principais conjunções subordinativas adverbiais consecutivas são “que”, “de modo que”, “de
forma que”.
Exemplos:
“Arrumou-se muito, de modo que era o mais bonito da festa.”
“Viajava muito ao redor do mundo, de maneira que sentia necessidade de aprender novos
idiomas.”
• Comparativas: iniciam orações subordinadas estabelecendo relação de comparação em
relação à oração principal. As principais conjunções subordinativas adverbiais comparativas são
“como”, “(tal) qual”, “(tanto) quanto”.
Exemplos:
“Era forte como um touro.”
“Cantava lindamente, tal qual sua mãe.”
• Conformativas: iniciam orações subordinadas estabelecendo relação de conformidade. As
principais conjunções subordinativas adverbiais conformativas são “conforme”, “segundo”,
“consoante”.
Exemplos:
“As mudanças foram implementadas conforme a maioria havia decidido.”
“Executou todas as ações segundo constavam no manual.”
• Concessivas: iniciam orações subordinadas estabelecendo relação de concessão. As
principais conjunções subordinativas adverbiais concessivas são “apesar de”, “embora”, “ainda
que”.
Exemplos:
“Ainda que saibamos chegar lá, não temos como nos locomover.”
“Fui mal na prova, embora tenha estudado muito.”
• Condicionais: iniciam orações subordinadas estabelecendo relação de condição em relação
a outra oração. As principais conjunções subordinativas adverbiais condicionais são “se”, “caso”,
“desde que”.
Exemplos:
“Deixo de me intrometer se você prometer que vai buscar ajuda.”
“Caso esfrie, use este casaco.”
• Proporcionais: iniciam orações subordinadas estabelecendo relação de proporção. As
principais conjunções subordinativas adverbiais proporcionais são “à medida que”, “quanto
mais... mais”, “quanto menos... menos”, “tanto quanto”.
Exemplos:
“Parece até que, quanto menos você sabe, menos você sofre.”
“À medida que nos aproximávamos, o lugar ficava mais encantador!”
• Finais: iniciam orações subordinadas estabelecendo relação de finalidade. As principais
conjunções subordinativas adverbiais finais são “a fim de que”, “para que”.
Exemplos:
“Passaremos a emitir informes regulares, a fim de que todos se cuidem.”
“Para não perder a viagem, aproveitei e trouxe também suas encomendas.”
• Temporais: iniciam orações subordinadas estabelecendo relação de tempo. As principais
conjunções subordinativas adverbiais temporais são “quando”, “enquanto”, “logo que”.
Exemplos:
“Enquanto ela não me avisar, eu não vou conseguir dormir.”
“Estaremos aí assim que chegarmos!”
 Conjunções subordinativas integrantes
As conjunções subordinativas integrantes introduzem orações subordinadas que exerçam
função de substantivo no enunciado (as chamadas orações subordinadas substantivas ).
As conjunções subordinativas integrantes são “que” e “se”.
Exemplos:
“Veja se a comida já esfriou.” (“Veja a temperatura da comida.”)
“Pedi que me devolvesse o pote!” (“Pedi a devolução do pote.”)
Atividades
1. Leia os enunciados, identifique as conjunções e classifique-as:
a) Iza abre o jogo e revela motivo do fim do casamento com Sérgio Santos.
b) Após 'sumir' das redes sociais, Anitta retorna à web e curativos chamam atenção de internautas.
c) TSE amplia seu poder de polícia para remover fake news nas eleições.
d) Hyundai traz seu primeiro híbrido para o Brasil, contudo apenas por assinatura.
e) Na Copa, seleções da América do Sul atraem mais patrocinadores que europeus.
f) Vale a pena antecipar o 13º para compras ou quitar dívidas?
g) Jogadores do Corinthians ganham prêmios apesar de derrota na Copa do Brasil
h) França está negociando preços de combustíveis à medida que escassez piora
i) Colocar sal na comida aumenta em 28% o risco de morte, segundo estudo.0
j) Você será julgado de qualquer forma, portanto seja você mesmo.
k) Prefeitura de Mogi diz que uniforme escolar não foi entregue porque empresas não cumpriram prazos.
l) Se você demorar eu não vou te procurar.
m) Espero que alguém fale sobre a situação do clube", diz Luciano, do São Paulo.
n) Não posso te levar ao médico, pois estou trabalhando.
o) Tomou tanto remédio que ficou dependente.
p) Mesmo que eu me esforce, não consigo vos agradar.
q) A Terra não é “tão brilhante quanto antes”, dizem cientistas.

2. Enumere os parênteses de acordo com o efeito de sentido da conjunção em destaque:


(1)adição (2) oposição (3) escolha (4) conclusão
(5) explicação (6) causa (7) consequência (8) Finalidade
(9) concessão (10) conformidade (11) comparação
(12) condição (13) proporção (14) tempo
( ) Como estava frio, resolvemos adiar o passeio.
( ) Tamanha foi a treta, que a escola suspendeu a aluna.
( ) A menina era delicada como uma flor.
( ) Consoante o combinado entregamos o resumo.
( ) Embora fosse muito inteligente, era egoísta.
( ) Quando chegar de viagem, avise-me.
( ) Terá sua falta justificada, a menos que me avise.
( ) Estude bastante a fim de passar no concurso.
( ) Quanto mais te conheço, mais me decepciono.
( ) Comprou um carro novo, entretanto não sabe dirigir.
( ) Vou a Campina Grande, mas também a João Pessoa.
( ) Ora o bebê quer estar no colo ora quer ficar no chão.
( ) Não estudou nada, portanto não espero um 10,00.
( ) Traga seu caderno, porque preciso avaliar.

3. Reescreva os enunciados, substituindo o ponto final por uma conjunção que esteja de
acordo com o efeito de sentido indicado nos parênteses:
a) Ele era o artilheiro do time. Ele não marcou nenhum gol no campeonato. (contrariedade)
b) Ouvimos um ruído. É impressão nossa? (alternância)
c) Devolva-me o livro. Estou precisando dele. (explicação)
d) Ele saiu. Eu cheguei. (adição)
e) O dia está agradável. Devemos aproveitar o dia. (conclusão)

4. Diferencie quando as conjunções “PORQUE” destacadas são COORDENATIVA


EXPLICATIVA ou SUBORDINATIVA CAUSAL nos enunciados:
a) O bebe fez xixi na fralda, porque ele está chorando.
b) Ela sente-se feliz, porque está de férias
c) Maria acertou a questão, porque sorriu.
d) A mãe está preocupada, porque o filho saiu.
e) Leve água e repelente, porque lá não dispõe disso.

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