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Brumadinho
2023
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Brumadinho
2023
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SUMÁRIO
1. DELIMITAÇÃO DO PROBLEMA.........................................................................7
2. OBJETIVOS...............................................................................................................8
2.1. Objetivo Geral............................................................................................................8
2.2. Objetivos Específicos..................................................................................................8
3. HIPÓTESES...............................................................................................................9
4. JUSTIFICATIVA.....................................................................................................10
5. REFERENCIAL TEÓRICO......................................Erro! Indicador não definido.9
5.1. A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD)Erro! Indicador não definido.9
5.2 Tratamento de dados pessoais..........................................................................................11
5.3 A privacidade como DIREITO fundamental..................................................................18
5.4 Colisão entre o direito fundamental à privacidade e a internet....................................19
5.5 A legislação pertinente para delimitar a privacidade no ambiente da rede virtual....22
6. METODOLOGIA....................................................................................................25
7. CRONOGRAMA ...............................................................................................................26
REFERÊNCIAS......................................................................................................................30
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1 DELIMITAÇÃO DO PROBLEMA
O objetivo geral deste estudo é analisar o impacto da Lei Geral de Proteção de Dados
(LGPD) no Brasil em relação à proteção da privacidade, práticas empresariais e
conscientização pública.
3 HIPÓTESES
A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) teve um impacto geral positivo na proteção
da privacidade dos indivíduos no Brasil, promovendo práticas empresariais mais éticas e
transparentes. No entanto, essa legislação pode enfrentar desafios na sua implementação
efetiva devido à complexidade das regulamentações e à necessidade de adaptação por parte
das organizações. Além disso, é plausível que a supervisão e a aplicação da LGPD por parte
das autoridades competentes enfrentem obstáculos, como recursos limitados e falta de clareza
em certas disposições legais. Quanto à conscientização pública, espera-se que tenha havido
um aumento na percepção dos direitos de proteção de dados, mas ainda pode haver lacunas na
compreensão completa das implicações da LGPD.
Esta pesquisa buscará confirmar ou refutar essa hipótese por meio de uma análise
abrangente das implicações da LGPD no Brasil, incluindo a avaliação das práticas de proteção
de dados das empresas, a eficácia da supervisão governamental e o nível de conscientização
da população em relação aos seus direitos de privacidade.
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4 JUSTIFICATIVA
5 REFERENCIAL TEÓRICO
Processo Empresa
Como parte do plano, devem ser incluídos os processos e procedimentos que permitam
a gestão efetiva dos dados armazenados nas fontes de informação institucionais, garantindo
sua qualidade. Os processos propostos são orientados para:
I. Supervisão e monitoramento: recomenda-se definir indicadores que medem o
desempenho de conjuntos de dados específicos, além de determinar a métrica, meta,
objetiva e responsável.
II. Resolução de problemas: Recomenda-se definir os temas que poderiam ser abordados
por cada grupo de trabalho, de acordo com seu nível de decisão, bem como as regras
para as etapas deste procedimento.
III. Auditoria e Monitoramento de Dados: Recomenda-se definir o procedimento para a
realização de um processo de auditoria anual destinado ao monitoramento dos dados,
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Recomenda-se definir estratégias, projetos e serviços que apoiem a GD, para o estudo
de caso na Tabela 2 são apresentadas as iniciativas definidas no PPD da empresa.
Acerca deste direito e as suas garantias Walber Agra (2018, p. 231-232) aduz que:
São garantias para a proteção dos cidadãos contra os avanços tecnológicos que
permitem devassar a vida das pessoas. [...] Intimidade é a esfera de vida que só ao cidadão em
particular diz respeito, não pertencendo a mais ninguém; é o espaço de sua individualidade.
[...] Vida privada significa as relações pertinentes ao cidadão e aos seus familiares,
englobando as pessoas que partilham do seu cotidiano.
O seu surgimento se deu em razão do processo de erosão e degradação dos direitos e
liberdades fundamentais, sobretudo em face do uso de novas tecnologias (SARLET, 2017).
Sobre o assunto Martinelli (2015, p. 45) sinaliza ser necessário diferenciar liberdade da
liberdade jurídica[6], pois a primeira está intrínseca ao ser, já a segunda é a sua positivação.
Sendo que a liberdade demonstra ser inalcançável para outro indivíduo, mesmo que cerceada,
ou seja, ao “afirma que o homem é livre, isso não quer dizer que o ordenamento jurídico não
se aplique a ele, mas tão-somente que ele é livre ainda que suas ações resultem numa sanção
legal”
“A liberdade possui uma estreita ligação com o domínio privado, pois, após o limite
até onde a esfera do social conseguiu invadir, o ser é livre para decidir quem terá acesso às
informações de sua privacidade, sua vida privada ou sua intimidade. [...]
Logo, a intimidade se torna vulnerável a partir do momento em que o indivíduo confia
em um dispositivo que, no seu entendimento, teria o condão de garantir a segurança de suas
informações íntimas “ (MARTINELLI, 2015, p. 46)
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Outrossim, Leite (2016) ao tratar privacidade cita John Locke buscando definir a
privacidade afirmando que o indivíduo somente adquire a liberdade, a partir da autonomia de
sua vida particular aos seus atos etcs.
Dessa forma, no próximo tópico do presente trabalho será analisado o conflito entre o
direito fundamental à privacidade, isto é, à liberdade de expressão, informação e
comunicação, e o direito à segurança pública, em contrapartida, ao ambiente da rede de
internet.
Vários foram os benefícios para a humanidade com este acesso amplo permitido pela
internet, por exemplo, no fato de possibilitar a troca de informações para diferentes regiões
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Diante de tais fatos, alguns autores, dentre eles Antônio Carlos Wolkmer (2013) e
Martinelli (2015), incluem os direitos relativos à internet, digital ou cibernética como Direitos
fundamentais de quinta geração.
Oliveira com mais detalhes se preocupa em incluir no rol dos direitos de quinta
geração “desenvolvimento de softwares, a biociências, sucessão dos filhos havidos por
inseminação artificial, clonagem [...] alguns desses direitos possuem guarida no panorama
legislativo, com o advento da lei de Biossegurança” (2015, p. 299).
Além do exposto, a revolução causada pela internet até pela acepção da palavra, isto é,
junção das palavras inglesas inter (tradução direta, internacional) + net (tradução direta, rede)
proporcionou ao ser humano novas formas de se conectar (BATISTA e EUFRÁSIO, 2016).
Nestas novas formas de conexão estão as mídias sociais, como explica Soily Braga
(2016, p. 90):
As redes sociais têm uso massivo no mundo e isso traz consequências na habilidade
das pessoas, no jeito que a informação circula na pós-modernidade, nas construções de valores
e dentre outros. Dentro do Facebook, nos encontramos muito mais próximos das pessoas que
em outro espaço. Há uma representação do indivíduo ou de uma instituição através do autor.
Quanto a isto, a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, de 1789, em seu artigo 4º,
foi enfática ao conceituar liberdade de expressão, se não vejamos:
A liberdade consiste em poder fazer tudo àquilo que não prejudique outrem: assim, o
exercício dos direitos naturais de cada homem não tem por limites senão os que asseguram
aos outros membros da sociedade o gozo dos mesmos direitos. Estes limites apenas podem ser
determinados pela Lei (FRANÇA apud FILHO, 1978, p. 201).
Neste diapasão, podemos observar que existe uma garantia fundamental que protege o
indivíduo, ainda que no ambiente virtual. Entretanto, é notório que o uso da rede internet vem
sendo no sentido da não observância legal (MARTINELLI, 2015).
Assim, percebe-se que a legislação até então vigente se mostrava insuficiente para a
proteção da intimidade, vida privada, honra e imagem das pessoas, face aos novos problemas
que vêm surgindo na atualidade. A título exemplificativo, o modelo de consentimento para a
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Para tanto, foi criado a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), Lei n.º 13.709/2018
com o objetivo de proteger os direitos fundamentais de liberdade e privacidade tanto das
pessoas físicas como jurídicas, conforme nos aduz o artigo 1º da referida lei:
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre o tratamento de dados pessoais, inclusive nos meios
digitais, por pessoa natural ou por pessoa jurídica de direito público ou privado, com o
objetivo de proteger os direitos fundamentais de liberdade e de privacidade e o livre
desenvolvimento da personalidade da pessoa natural.
A Lei nº 13.709/2018 é um novo marco legal brasileiro de grande impacto, tanto para
as instituições privadas como para as públicas, por tratar da proteção dos dados pessoais dos
indivíduos em qualquer relação que envolva o tratamento de informações classificadas como
dados pessoais, por qualquer meio, seja por pessoa natural, seja por pessoa jurídica. É uma
regulamentação que traz princípios, direitos e obrigações relacionadas ao uso de um dos
ativos mais valiosos da sociedade digital, que são as bases de dados relacionadas às pessoas
(PINHEIRO, 2018, p. 15).
Desta forma, são várias informações pessoais armazenadas na rede, seja no âmbito
governamental ou no privado, por isso a razão da elevada preocupação levantada com relação
aos dados pessoais.
6 METODOLOGIA
O presente trabalho foi realizado através de uma pesquisa bibliográfica, que consiste na
análise da literatura relacionada a “Lei geral de proteção de dados”, LGPD. Para tanto, foram
utilizados livros, artigos, sites da Internet entre outras fontes.
O trabalho se faz pertinente no cenário atual, pois no mundo digital a coleta e o
compartilhamento de dados tornaram-se uma parte integral de nossas vidas. A lei LGPD
surgiu para regulamentar o tratamento de dados pessoais por parte de organizações públicas e
privadas. Promulgada em agosto de 2018, essa legislação foi fortemente influenciada pelo
Regulamento Geral de Proteção de Dados (RGPD) da União Europeia e entrou em vigor em
setembro de 2020, gerando impactos significativos no cenário jurídico e tecnológico
brasileiro. Sendo assim vale a pena analisar a LGPD, que estabelece diretrizes claras para a
coleta de consentimento dos titulares dos dados, os direitos que os indivíduos passaram a ter
em relação aos seus dados pessoais e as obrigações impostas às organizações que lidam com
dados. Sua influência se estende a definição desde novos padrões éticos para o tratamento de
dados até os desafios operacionais enfrentados pelas empresas que se adequarem ás suas
disposições. Compreendeu-se que lei é regida por princípios que podem instigar a iniciativa
pública e privada a transformar a internet em uma esfera mais democrática. Percebe-se que
imprecisões, erros ou intrusões podem ocorrer, porém, ainda assim haverá mais proteção
jurídica. Assim, no caminho da previsibilidade, a segurança jurídica vem para preservar os
direitos. É evidente o desafio contínuo em relação aos obstáculos que as companhias acabam
encontrando para obter coerência com a LGPD, desenvolver e renovar suas políticas de
proteção e tratamento, para entrar em consonância com o amparo legal estabelecido, além de
sempre atualizar os termos legais que propõem para com as informações de seus clientes-
usuários, como parâmetros no que se refere ao uso e ao período de obtenção de dados
pessoais, sendo assim, as empresas precisam adequar-se, pois estão lidando com direitos
fundamentais. Precisa-se compreender que a lei, trouxe mudanças significativas nas relações
entre a empresa e o usuário/consumidor dos serviços e dos produtos. Diante das alterações, os
usuários precisam também ter mais conhecimento, daí a importância de haver um maior
entendimento do mundo digital, para que todos possam de fato verificar a proteção e a
segurança de seus dados pessoais. Isso significa dizer que, ao utilizar a rede e outras
tecnologias, os cidadãos precisam ter consciência acerca do consentimento que fornecem,
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bem como da provável coleta e armazenamento de seus dados. A lei é a consolidação do uso
íntegro, protetivo e legal acerca dos dados pessoais, respeitando os princípios instruídos, para
garantir, acima de tudo, ao tratar da proteção de dados pessoais, o respeito ao direito
fundamental à privacidade. Ora, o uso das informações pessoais, excepcionalmente dos dados
pessoais, são valiosos para seu titular, desta forma, tendo este, o direito de restringir que estes
dados sejam usados de maneira indevida, à proporção que este lhe traga violações, com base
no princípio da dignidade humana, é viável confirmar que o manuseio destes dados por
pessoas jurídicas de direito púbico e de direito privado fará jus à padronização característica
que envolva e determine a participação de controladores e operadores.
Com a LGPD, as empresas precisam adaptar-se aos novos padrões de transparência e
responsabilidade no tratamento de dados, implementando medidas de segurança que garantam
a integridade e a confiabilidade das informações pessoais. O desafio é como as empresas
estão se ajustando a essas exigências e como a aplicação da lei está sendo supervisionada
pelas autoridades competentes.
Para o cidadão comum, a LGPD concede um maior controle sobre as informações
pessoais, permitindo-lhes acessar, corrigir ou excluir seus dados quando necessário.
Por fim, a Lei Geral de Proteção de Dados no Brasil, com seus mecanismos, sejam eles
materiais, processuais ou administrativos, tem a possibilidade, em diversas situações, de
serem úteis como incentivo à perpetuação das ordens judiciais de exclusão de conteúdos da
internet. Espera-se que aqueles que operam os dados pessoais estejam adequados à legislação,
para que seja evitada qualquer violação às informações dos titulares de dados, e para os
usuários/consumidores possam estar cientes de todos os direitos que decorrem do direito
maior à privacidade.
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7 CRONOGRAMA
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agosto/2023
maio/2024
junho/2024
janeiro/2024
setembro/2023
fevereiro/2024
março/2024
abril/2024
outubro/2023
dezembro/2023
novembro/2023
Escolha do tema.
Produção e
dissertação do
tema-problema.
Construção do
referencialteórico.
Elaboração dos
objetivos e
hipóteses.
Preparo da
justificativa,
cronograma e
referências.
Revisão geral e
redação
definitiva do
projeto.
Produção do
resumo,
sumário e
introdução da
monografia.
Elaboração do
desenvolvimento
da monografia.
Escrita da
conclusão da
monografia.
Revisão geral e
redação
definitiva da
monografia.
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8 REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei nº 12.965, de 23 de abril de 2014. Marco Civil da Internet. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l12965.htm
MOREIRA, Natanael de Jesus. Lei geral de proteção de dados pessoais: a adaptação das
empresas prestadoras de serviços contábeis da região sul catarinense. 2021.
https://www.jusbrasil.com.br/artigos/impactos-da-nova-lei-geral-de-protecao-de-dados-para-
os-negocios-e-as-pessoas-naturais-sob-a-perspectiva-dos-direitos-fundamentais-a-
privacidade/1156866404