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guia completo de
implementação para
empresas de softwares
Fundado em 2018, o BL Consultoria e Advocacia Di-
gital, regularmente registrado na OAB/SP sob o nº
27.842, tem como objetivo assessorar juridicamente
empresas e startups em busca do desenvolvimento
tecnológico pautado na ética e na conformidade com
as normas vigentes.
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Para auxiliar você e o seu negócio nesse processo, prepa-
ramos esse material exclusivo: um guia de implementa-
ção e adequação à LGPD. Neste e-book, vamos guiá-lo
para tornar mais fácil a elaboração de políticas, produtos,
documentos e contratos em conformidade com as novas
regras!
Boa leitura!
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SUMÁRIO CAPÍTULO 3. PASSO A PASSO PARA UM PROJETO DE
ADEQUAÇÃO À LGPD
CAPÍTULO 1. O QUE É A LGPD (LEI GERAL DE
PROTEÇÃO DE DADOS)? 3.1 Como iniciar o processo de adequação à LGPD?
Implicações Gerais das Leis de Proteção de Dados
3.2 Adequação Documental: O que devo atualizar e/
• Categorias de Dados
ou elaborar?
• Agentes de tratamento Procedimentos para atendimentos às Solicitações
• Sanções administrativas de Direitos do titular
2.2 Direitos dos titulares dos dados 3.3 Checklist de adequação de contratos: como fazer
A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) foi sancio- Vale lembrar também que em alguns casos a LGPD
nada em 2018 visando aumentar o nível de prote- não se aplica, ou seja, não requer a observação de
ção em torno de informações pessoais e também alguns de seus requisitos. Neste sentido, quando a
garantir a autonomia do proprietário dos dados pes- utilização do dado pessoal for destinado para fins
soais quanto à exposição ou não, bem como a sua exclusivamente jornalísticos e acadêmicos ou, ain-
forma de utilização. da, de segurança pública e segurança nacional, a lei
não se aplica (recomendamos a leitura do Art. 3, em
Consequentemente, todo o meio digital sofreu um caso de dúvida).
grande impacto com seu surgimento. Aliás, um dos
primeiros impactos observados, é a necessidade da
elaboração de documentações específicas para
alguns processos executados, principalmente, pelos
setores de TI.
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A LGPD surgiu em um momento de transformação digital,
em que a velocidade, extensão e facilidade para acessar da-
dos tornou-se crescente. Embora não seja somente em situa-
ções online em que os dados de diferentes naturezas, pessoas
e ocasiões possam ficar expostos, isso contribuiu para que se
acirrasse a discussão em torno da importância de assegurar
maior privacidade e cuidado no seu tratamento.
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Isso porque, para além de a LGPD requerer a estrutura-
ção de medidas técnicas e organizacionais para garan-
tir a privacidade e minimização de riscos de incidentes de
segurança, a lei prevê uma série de obrigações junto aos
titulares (proprietários) de dados pessoais, que passam a
ter os seguintes direitos:
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Implicações Gerais das Leis de Na LGPD, não só está prevista a titularidade
dos dados e o direito de saber o que está
Proteção de Dados
sendo feito com eles por parte das pesso-
Inicialmente, em 2018, na Europa, foi publi- as, como também é feita uma classificação
cado o Regulamento Geral sobre a Proteção com base na natureza dessas informações.
de Dados, conhecido como GDPR, versando Ela é esclarecida no Art. 5 da Lei, que traz
a respeito da privacidade de dados pessoais os seguintes conceitos:
e compartilhamento de dados para fora da
União Europeia. » Dados pessoais: toda informação relativa
às pessoas naturais identificadas ou iden-
No Brasil, apesar de o Marco Civil da tificáveis. Neste ponto, cabe explicar que
um conjunto de informações que individu-
Internet, de 2014, já contemplar uma
almente não poderiam levar a identificação
maior proteção de dados apenas em am-
de uma pessoa física mas quando analisa-
biente online, a LGPD surge para abor- das simultaneamente conseguem chegar
dar de forma mais específica o tema, bem na identidade de alguém, esse conjunto de-
como para adequar a legislação nacional verá ser entendido como um dado pessoal.
aos preceitos da GDPR.
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» Dados sensíveis: são informações que podem levar a algum
tipo de discriminação, como dados sobre origem racial ou
étnica, opinião política, convicção religiosa, filiação a sindica-
to, informação sexual, de saúde, dado genético, entre outros
vinculados a pessoas naturais. Vale destacar que toda infor-
mação pessoal onde a sua utilização pode levar a uma discri-
minação, deverá ser considerada um dado sensível.
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Existem ainda disposições específicas para Além disso, todos os produtos desenvol-
o tratamento de dados de crianças e ado- vidos, como os softwares, terão que con-
lescentes, cujo tratamento e o repasse a templar atualizações visando a proteção
terceiros só pode ocorrer com o consenti- à privacidade dos seus usuários. Muito
mento específico de pelo menos um dos além de ter atenção à documentação e às
pais ou responsáveis. cláusulas contratuais, é imprescindível ter
procedimentos, registros e normas opera-
Para as empresas que lidam com tecnolo- cionais ligadas à cultura de privacidade.
gia, a lei apresenta diversas implicações.
Agora, as políticas de segurança da infor- Isso significa imputar no design e na infra-
mação e privacidade terão de ser mais re- estrutura dos projetos (plataformas, sites,
forçadas do que nunca, com base em nor- sistemas, aplicativos, etc.) a metodologia
mas e registros apoiadas por um sólido privacy by design (que leva em conta a pri-
sistema de governança de dados e/ou da vacidade durante todo o processo de elabo-
informação, alinhado às exigências e previ- ração de software) ou by default (em que as
sões da LGPD. configurações mais seguras de privacidade
são aplicadas por padrão, sem a necessi-
dade de entradas manuais para isso, assim
que o produto ou serviço é direcionado ao
público).
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Além do âmbito legal de coleta e tratamento deve-
-se cuidar ainda mais para que não haja ataques,
perda de dados, invasões e vazamento de dados.
Ainda, algo a se ter em vista, é que a LGPD se aplica
a dados coletados e tratados não apenas no meio
digital, como também no offline, ou seja, aplica-se
ao tratamento de dados no meio físico.
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Agente de
Tratamento Quem é? Quais suas responsabilidades?
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Para garantir a devida aplicação de todos os cuidados
mencionados até aqui, em 2019, foi criada a ANPD, Auto-
ridade Nacional de Proteção de Dados, cuja função é edi-
tar, quando necessário, e fiscalizar a aplicação da LGPD,
visando proteger os direitos fundamentais de liberda-
de e privacidade e o livre desenvolvimento de perso-
nalidade da pessoa natural.
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Multas e sanções:
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A aplicação das sanções administrativas acima listadas so-
mente poderão ser realizadas após procedimento adminis-
trativo que possibilite a oportunidade da ampla defesa, de
forma gradativa, isolada ou cumulativa, de acordo com as
peculiaridades do caso concreto e considerados os seguin-
tes parâmetros e critérios:
» a gravidade e a natureza das infrações e dos direitos pessoais afe-
tados;
» a boa-fé do infrator;
» a vantagem auferida ou pretendida pelo infrator;
» a condição econômica do infrator;
» a reincidência;
» o grau do dano;
» a cooperação do infrator.
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CAPÍTULO 2. IMPACTOS NA ROTINA DAS EMPRESAS:
MUDANÇAS, DESAFIOS E ATUALIZAÇÕES
Como se pôde notar, a LGPD impacta fortemente Também vale ressaltar a relevância de buscar por
empresas de todos os setores. Isso porque, direta profissionais de mercado especializados no tema,
ou indiretamente, vai exigir a observância de diver- para que possam realizar a auditoria de todos os
sos procedimentos e como se conduz os processos procedimentos e adequações relativos aos dados,
envolvendo qualquer informação pessoal de titula- elaborar a documentação necessária, adequar seus
res de dados. contratos empresariais ou termos de uso, ou ain-
da, adequar a forma com que seus softwares de-
Com isso, é necessário ter reforço da segurança da senvolvidos captam e utilizam os dados pessoais de
informação e conhecimento sobre os procedimen- seus usuários.
tos exigidos para a devida conformidade com a
lei, bem como, uma busca por atualizações das prá-
ticas no setor, principalmente, de TI — que lida cons-
tantemente com um grande volume de dados.
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Dentre os impactos imediatos estão:
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2.1 Impactos imediatos Se a empresa já tem algum portal ou solu-
ção utilizando dados pessoais, precisará se
A LGPD se aplica aos dados pessoais tra- adequar, rever a sua política de privaci-
tados em todo território brasileiro, e toda dade e informar os titulares, ou seja, seus
empresa precisa imediatamente se ali- usuários a respeito das atualizações.
nhar aos seus parâmetros. Assim, pode-
mos dizer que ela afeta todos os ramos Nesse sentido, os contratos deverão ter
e segmentos de negócios. novas cláusulas para contemplar a au-
tonomia dos titulares, bem como para
De imediato, a lei irá causar mudanças em prever a responsabilidade da empresa
toda atividade comercial, assim como, perante outras organizações ou pesso-
nas relações de trabalho e serviços nos as físicas quanto à segurança das infor-
quais dados pessoais de terceiros este- mações, além de eventuais indenizações
jam envolvidos. por incidentes de dados.
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Mesmo serviços que trabalham apenas Para barrar esse tipo de prática, embora
com a catalogação de dados — chamados a análise de dados continue sendo um re-
de bases públicas —, precisarão, como o curso essencial para muitos negócios que
caso de um site de informações, disponi- naturalmente utilizem-no para atender
bilizar campos para que os usuários se ca- seus clientes, por exemplo, a LGPD torna
dastrem, corrijam ou reclamem os dados. esse processo mais transparente e em
muitos casos, reversível (por meio dos su-
Isso acontece porque esses meios po- pracitados direitos à revogação, oposição
dem, por meio de softwares de inteligên- ou correção por parte do titular.
cia artificial (IA), analisar grandes bancos
de dados, gerar insights de negócio e até, Para as pessoas físicas, ou seja, os pro-
em contextos mais complexos, influen- prietários dos dados, os impactos também
ciar decisões de aspecto social, político são notáveis. Agora, elas possuem maior
ou ideológico. controle e possibilidades de reivindicar a
propriedade de seus dados, desfazendo
a ideia equivocada de que uma vez cole-
tados pelas empresas, não teriam como
interferir no uso, na exposição exagera-
da ou abusiva dessas informações. Saiba
mais no próximo item.
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2.2 Direitos dos titulares dos Os direitos dos titulares de dados englo-
bam também a própria confirmação da
dados
existência de tratamento, a correção, não
apenas quando estiverem incorretos, mas
Pela LGPD, a toda pessoa física, assegura- também quando estiverem desatualiza-
se o direito à titularidade de seus dos, a portabilidade desses dados a ou-
dados. tro fornecedor de serviço, quando houver
troca por parte de livre escolha do indiví-
Mas o que os titulares de dados têm duo — caso de serviços contratados, ser-
direito de solicitar para as empresas? viços de tecnologia, plataformas, prove-
Para começar, o titular tem direito ao dores de serviços —, entre outros.
acesso facilitado sobre informações a
respeito do tratamento que seus dados O bloqueio de dados desnecessários, a
estão recebendo. Seja no momento em eliminação ou revogação do consenti-
que vai ceder os dados ou depois, o mento também estão previstos. Portanto
indivíduo precisa ter livre acesso a esses as empresas também precisam investir
esclarecimentos, de forma adequada e de muito na comunicação com seus clientes
fácil compreensão. e demais públicos sobre os quais tenha
alguma coleta ou armazenamento de in-
formações.
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Inclusive, dentro das organizações, o responsável
por essa comunicação com os titulares é o DPO
(Encarregado de Proteção de Dados Pessoais), e toda
empresa deve nomear um para guiar seus procedi-
mentos na área.
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» Mediante o fornecimento de consentimento
2.3 Deveres das empresas no pelo titular;
tratamento dos dados » Para o cumprimento de obrigação legal ou
regulatória pelo controlador;
Nesse novo cenário de proteção de dados, » Pela administração pública, para o tratamen-
to e uso compartilhado de dados necessários
as empresas precisam entender também
à execução de políticas públicas previstas em
quais são seus deveres diante da nova lei.
leis;
Em primeiro lugar, os dados dos titulares
» Para a realização de estudos por órgão de
só podem ser obtidos e tratados quando
pesquisa, garantida, sempre que possível, a
respaldados por uma hipótese legal de tra- anonimização dos dados pessoais;
tamento de dados (Bases Legais).
» Quando necessário para a execução de
contrato;
A LGPD prevê 10 hipóteses autorizado-
» Para o exercício regular de direitos em pro-
ras de tratamento de dados, ou seja, cesso judicial, administrativo ou arbitral;
poderá a entidade utilizar-se de dados
» Para a proteção da vida ou da incolumidade
pessoais quando: física do titular ou de terceiro;
» Para a tutela da saúde, exclusivamente,
em procedimento realizado por profissio-
nais de saúde, serviços de saúde ou auto-
ridade sanitária;
» Quando necessário para atender aos interes-
ses legítimos do controlador ou de terceiro;
» Ou para a proteção do crédito.
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Como podemos perceber, para a realização do tra-
tamento de dados pessoais, nem sempre o consen-
timento será requisito obrigatório para a coleta e
utilização de dados pessoais. Assim, é indispensável
que a empresa realize o seu mapeamento de pro-
cessos de tratamento de dados pessoais contendo
a indicação específica da base legal que autoriza
o seu tratamento.
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É de fundamental importância para os Sendo assim, para o gerenciamento de
Controladores de Dados Pessoais o es- solicitações e a devida governança de
tabelecimento de um canal de comuni- dados pessoais, é de fundamental impor-
cação direto com o titular de dados. Esse tância para as empresas Controladoras e
canal pode ser um e-mail específico ou Operadoras de Dados a elaboração e ma-
uma página destinada a receber as solici- nutenção do Relatório de Registro de Ope-
tações de direitos dos titulares. rações (ROPA) e definição de Bases Legais
para Tratamento de Dados Pessoais.
Para os Operadores de Dados, é imprescin-
dível o estabelecimento de procedimentos
internos de governança de solicitações de
seus clientes (Controladores) quanto a ma-
nipulação de dados para resguardar seus in-
teresses, evidenciar suas boas práticas e evi-
tar sua responsabilização na eventualidade
de um incidente de dados ou alegação de
descumprimento contratual.
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Eventualmente, o Controlador poderá ser obrigado
a prestar esclarecimentos à Autoridade Nacional de
Proteção de Dados (ANPD). Por exemplo, quando a
base legal para o tratamento é o legítimo interesse, o
documento requerido e analisado pela ANPD poderá
ser a Avaliação de Legítimo Interesse (LIA). Já quan-
do o interesse é avaliar o impacto do tratamento dos
dados em questão, poderá ser solicitado o Relatório
de Impacto à Proteção de Dados Pessoais (RIPDP).
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CAPÍTULO 3. PASSO A PASSO PARA UM PROJETO
DE ADEQUAÇÃO À LGPD
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É sempre bom frisar que a conformidade das empresas
com a legislação brasileira não é um empecilho aos negó-
cios, e sim uma chance de mostrar destaque e confiança
ao seu público-alvo e ao mercado, deixando evidente a
adequação da empresa com as melhores práticas em pri-
vacidade e segurança da informação.
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Após esses primeiros passos, inicia-se a fase O conjunto de informações advindos do ma-
de mapeamento, com o levantamento dos peamento de fluxo de dados, validação dos
fluxos de dados que permeiam as ativida- processos de tratamento de dados pessoais,
des realizadas pela empresa. Este processo contratos e normas internas serão conside-
tem como objetivo responder, basicamen- rados para a elaboração do parecer diag-
te, às seguintes questões: nóstico e elaboração do plano de ação.
a) Quem são os titulares dos dados O parecer diagnóstico e a gap analysis ga-
tratados? rantem uma visão geral, mas detalhada, da
b) Quais são os dados coletados? empresa em relação à proteção de dados
c) Qual a finalidade dessa coleta? pessoais, fazendo um juízo crítico sobre to-
d) Como ocorre o tratamento de dados? das as operações que são realizadas por ela,
e) Onde são armazenados? e e é a partir deles que o plano de ação para
f) Quais sistemas são utilizados? adequação à legislação será elaborado.
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1. Conscientização e Avaliação Preliminar;
1. Técnico (ferramentas),
2. Documental (normas, políticas e contratos),
3. Procedimental (adequar a governança e a gestão dos
3. Relatório de Diagnóstico;
dados pessoais) e
4. Cultural (realizar treinamentos e campanhas de cons-
cientização em privacidade).
6. Governança.
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3.2 Adequação Documental: Procedimentos para atendimentos
O que devo atualizar e/ou às Solicitações de Direitos do
elaborar? titular
Como forma de evidenciar a adoção de Para exercer quaisquer dos seus direi-
medidas organizacionais para cumpri- tos, o titular poderá solicitar diretamen-
mento com os requisitos da LGPD, é ne- te à organização controladora ou perante
cessário o desenvolvimento de alguns do- a ANPD. Portanto, as empresas deverão
cumentos que servirão de diretriz para estar devidamente preparadas para res-
os processos e atividades de tratamento ponder às solicitações dos titulares, sob
de dados pessoais. pena de mancharem sua reputação e en-
sejarem queixas diretas à ANPD, poden-
Vamos falar, a seguir, um pouquinho sobre do, ainda, resultar em multa.
elas e o que são.
É primordial que as empresas tratem as
solicitações dos titulares de dados de ma-
neira célere e transparente. A resposta ao
titular dos dados deve ser encarada como
uma maneira de fidelizar o titular e trazer
a melhor customer experience para ele,
além de uma boa prática para minimiza-
ção de riscos de infração e consequente
penalização.
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Gestão do Consentimento O procedimento de revogação de consen-
timento deve ficar claro ao titular e deve
O consentimento é uma das bases legais ser amplamente divulgado pela empresa
que legitimam o tratamento de dados pes- por meio de avisos de privacidade, solici-
soais e que traz bastante vulnerabilidade tações de consentimento e demais meios
para as empresas controladoras, tendo em disponíveis que possibilitem a informação
vista que o titular poderá revogá-lo a qual- sobre as medidas a serem adotadas pelo
quer momento. Assim, é necessário que as titular.
empresas possuam medidas organizacio-
nais e procedimentos claros para gestão Para facilitar a gestão do consentimento,
desse consentimento. existem muitos softwares e plataformas
que disponibilizam suas ferramentas para
registro, revogação e resposta aos titulares
de dados, o que pode ajudar muito no de-
senho deste procedimento interno.
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RIPDP Quando devo elaborar um RIPDP?
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No DPIA/RIPDP, os riscos são tratados por meio dos
chamados controles, e são criadas matrizes de risco
para análise. Basicamente ele é feito em 7 etapas, sen-
do que as primeiras consistem geralmente em:
4. Avaliação da proporcionalidade;
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Data Mapping
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Estrutura do Data Mapping
» Tipo de dados;
» Volume de dados;
» Etapas do fluxo desses dados;
» Sistemas e tecnologias utilizados nesse fluxo (como apps
e banco de dados);
» Origem (fonte) dos dados;
» Locais de armazenamento;
» Informações sobre como será o tratamento em campa-
nhas de marketing;
» Indicação dos parceiros com que haverá compartilha-
mento dos dados ou empresas coligadas;
» Localidades onde os dados são tratados;
» Plataformas, softwares ou data centers envolvidos na
possível transferência internacional dos dados;
» Bases legais;
» Política de privacidade;
» Identificação de dados de menores ou não;
» Política de descarte de dados;
» Indicação de controles de segurança da informação;
» Condições para efetivo exercício dos direitos dos titulares.
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PRI - Plano de Respostas a A descrição da natureza dos dados
Incidentes pessoais afetados;
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PSI - Política de Segurança da Estrutura da PSI
Informação
» Boas práticas e recomendações de
O PSI é o Plano de Segurança da Informa- cuidados no tratamento dos dados;
ção, ele serve para que a empresa tenha bem » Definição de quem poderá acessar os
descritos e claros todos os procedimentos e dados e autorizações;
previsões que fazem parte do cuidado e ge- » Previsões sobre graus de vulnerabilidade
renciamento de segurança da empresa em das informações;
relação aos dados. » Consequências de falhas;
» Formas ou ferramentas de proteção.
Além de conhecer a forma que sua empresa
estrutura seus procedimentos de seguran-
ça da informação, não se esqueça também
de fazer um mapeamento de riscos e me-
didas de contenção para evitar vazamento
de dados, sendo que além de diminuir as
chances de isso acontecer, ter um estudo
prévio ajudará a tomar atitudes rápidas no
gerenciamento de uma possível crise a esse
respeito.
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3.3 Checklist de adequação de contratos:
como fazer
Agora que você já sabe quais são os principais documen-
tos para adequação à LGPD, confira um checklist sobre o
que precisa adequar em seus contratos para respaldar os
direitos da sua empresa e minimizar os riscos de corres-
ponsabilidade.
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Cada empresa, em decorrência das especi- Esta disposição legal faz com que seja essen-
ficidades de seus modelos de negócio, mer- cial, no momento da criação dos contratos, a
cado em que atuam e relação com clientes, observação de cláusulas contratuais e dis-
parceiros e consumidores, têm diferentes posições delimitando as responsabilidades
implicações no compartilhamento de dados de cada pessoa jurídica contratante relativo
por meio de contratos. Como já é consolida- ao tratamento de dados pessoais presente
da a prática de termos de confidencialidade e no fluxo de informações para execução da-
de sigilo, em especial referente aos segredos quele determinado processo.
industriais, também se tornará consolidada,
com a LGPD, a prática de adendos e cláusulas Todos os contratos devem ser analisados,
contratuais de proteção de dados pessoais. novos ou antigos, e deverão ser atualizados
com algumas cláusulas que os adequem aos
A Lei Geral de Proteção de Dados, em seu princípios e regras da LGPD, que devem dis-
artigo 42, afirma que a responsabilidade por de modo transparente quais são os da-
por qualquer dano ou violação referente ao dos coletados e tratados, qual a finalidade
tratamento de dados pessoais é de respon- do tratamento e como este tratamento está
sabilidade solidária entre o controlador e adequado e limitado à finalidade expressa.
operador de dados pessoais. Ou seja, em
qualquer contrato que haja o compartilha-
mento de dados pessoais, ambas as partes
podem responder solidariamente por qual-
quer violação da LGPD.
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Algumas dessas cláusulas são:
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CONCLUSÃO
Depois de ler este manual de implementação, deu Para quem trabalha com a área de tecnologia, como
para você conhecer um pouco sobre a Lei Geral de intermediários e prestadores de serviços, precisa ade-
Proteção de Dados e suas implicações para as em- quar suas soluções para armazenar e processar os
presas e também pessoas físicas em um novo cená- dados pessoais de seus clientes. Assim, implementar
rio, correto? os conceitos das novas regras é essencial para criar
produtos ou ferramentas que atendam às determi-
A nova legislação apresenta importantes delibera- nações e necessidades de seus clientes.
ções a respeito da privacidade e tratamento das in-
formações e impõe novas formas de conduzir as As negociações de contrato de serviços de clientes
relações tanto nos âmbitos trabalhistas, quanto co- que exijam conformidade com a LGPD, assim como a
merciais e de prestação de serviços. entrega de documentos relacionados a ela, como RIP-
DP e DPIA, são desafios para gestores e diretores. Pen-
sando nisso, o BL Consultoria Digital, especializado em
Direito Digital e Proteção de Dados, provê soluções es-
pecíficas para atender às necessidades de adequação
à LGPD para todos os segmentos de negócio.
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Destaca-se que a correta implementação e adequa-
ção à LGPD ajuda a gerenciar riscos e a vencer essas
dificuldades, garantindo que a empresa esteja sem-
pre competitiva no mercado e atualizada com as no-
vas exigências e práticas necessárias para sua área.
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