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Tradução Luiz Carlos de Mello Membro da A.R.L.S. Libertador Gal.

San Martin Nº 3296

HERBERT F. INMAN

TRABALHO DE EMULAÇÃO
EXPLICADO
10ª Edição – 1953

Tradução de
LUIZ CARLOS DE MELLO

São Paulo - Junho, 2005

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Tradução Luiz Carlos de Mello Membro da A.R.L.S. Libertador Gal. San Martin Nº 3296

DEDICADO

Aos meus falecidos pais Fernando Valença de Mello e Sandina Volpe de Mello.

Aos meus filhos Juliana, Luis Felipe e Marcela, por suportarem pacientemente, minhas longas
ausências do convívio familiar.

Ao amigo de todas as horas o V.Ir. José Alvarez Coso.

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AGRADECIMENTOS

É absolutamente imprescindível que eu faça alguns agradecimentos pois, sem a


colaboração e o estimulante concurso destas pessoas este singelo trabalho não poderia ter se
realizado.

Ao caro V.Ir. José Alvarez Coso, um amigo constante e desinteressadamente presente em


minha vida, tanto Maçônica quanto pessoal, especialmente nos momentos mais difíceis. E
especialmente também, por me ter cedido seus originais em língua inglesa, já que os meus se
perderam.

Ao falecido Em.Ir. Rubens Barbosa de Mattos Grão Mestre do G.O.S.P. pela confiança
depositada em meu potencial enquanto pesquisador e ritualista.

Ao caro amigo, V.Ir. Roger Cahen por ter possibilitado o primeiro contato com o texto
original impresso, por volta de 1990, e que agora resulta neste trabalho.

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PREFÁCIO DO TRADUTOR

Antes de qualquer coisa, se faz necessário salientar que este trabalho é, apenas e tão
somente, uma tradução do famoso livro Emulation Working Explained de Herbert F. Inman.
Obra esta que teve sua primeira publicação em 1929 vindo rapidamente a se tornar no mais
importante e confiável material de consulta, tanto para os mais exímios conhecedores do
Ritual de Emulação quanto para os iniciantes.

Este trabalho teve inicialmente o intuito por parte do autor — e segue tendo agora — de
oferecer a todos aqueles que almejam obter conhecimento sobre o Ritual de Emulação e que
obviamente dele necessitam, uma fonte de informação respeitável, segura e digna de
confiança. Uma fonte sobre a qual se possa respaldar o conhecimento, além daquele que se
pode obter pelo estudo do Ritual impresso, ou ainda uma base sólida, àqueles que pretendam
ampliar aquilo que já conhecem a respeito do Ritual de Emulação. Enfim, fornecer
conhecimento, nas palavras do próprio autor: “para aqueles que buscam por instrução”.

Ao considerar que infelizmente o autor não se encontra mais entre nós e sua obra deixou de
ser impressa por volta de meados dos anos de 1960 e, tendo em mente também que muitos
dos Irmãos que buscam praticar o Ritual de Emulação no Brasil, não possuem intimidade com
o idioma inglês, achei por bem traduzir a 10ª Edição — publicada em 1953 — desta
extraordinária obra e disponibiliza-la aos Irmãos.

Todavia, este material — por ora — deve permanecer com seu uso restrito, sendo
permitido apenas e tão somente o uso interno, ficando assim, “absolutamente proibida” sua
comercialização ou difusão por todos e quaisquer meios, tanto impressos, magnéticos,
eletrônicos ou outra mídia que porventura possa vir a surgir.

O leitor irá encontrar durante o texto diversas notas explicativas de rodapé que são parte
integrante do texto original, contudo aquelas que são da lavra deste tradutor estarão
precedidas pela notação “N.T.: — ” facilitando deste modo, a distinção entre o que é nota
explicativa do autor e o que é nota explicativa do tradutor. Cabe observar também, que todas
as notas de rodapé estão com suas referências formatadas na cor vermelha apenas para
facilitar a visualização das mesmas.

L.C.M.

São Paulo - Junho, 2005

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EMULAÇÃO — TRABALHO
EXPLICADO
Um Manual Prático para Guia dos Oficiais, do
Mestre ao Guarda Externo, nas Lojas do Craft sob a
Jurisdição da Grande Loja Unida Da Inglaterra
POR
HERBERT F. INMAN, L.R., P.P.G.Sc.N., KENT
PM Gibon Lodge, 49; P.M. & D.C. Horus Lodge, 3155
P.M. Lodge of the Men of Kent and Kentish
Men, 4273; and-Kent 3173;
Hon Member Ad Astra Lodge, 3808;
P.Z. & Scribe E- Crays Valley
Chapter, 2147; P.Z. Horus
Chapter, 3155
——
Membro do Committee of the Emulation Lodge of
Improvement, Janeiro 1926-Março 1929
——
Preceptor Horus Lodge of Instruction
——
Preceptor Ad Astra L.I. 1920-1924
Deputy Preceptor Peter Gilkes L.I 1920-1924
Deputy Preceptor St. Bride L.I. 1915-1920

Décima Edição
A. LEWIS (MASONIC PUBLISHERS) LTD.
30-32 Fleet Street London E.C. 4
1953
Todos direitos reservados

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TRABALHO DE EMULAÇÃO
EXPLICADO

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“Então Eu compreendi pela primeira vez que a


palavra – e – gestual – perfeitos do ritual
podiam transmitir significado”

RUDYARD KIPLING,
No Interesse dos Irmãos

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Primeira edição em Novembro de 1929


Segunda Edição Revisada Setembro 1932
Terceira Edição Revisada Agosto 1935
Quarta Edição Revisada Outubro 1937
Quinta Edição Revisada Dezembro 1939
Sexta Edição Revisada Julho 1942
Sétima Edição Revisada Dezembro 1944
Oitava Edição Revisada Março 1946
Nona Edição Revisada Agosto 1948
Décima Edição Revisada Dezembro 1953

Impresso na Grã Bretanha

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DEDICADO SOB BENÉVOLA PERMISSÃO

AO

Eminente Honorável
LORD CORNWALLIS, C. B. E.,

DELEGADO DO GRÃO MESTRE


DA GRANDE LOJA UNIDA DA INGLATERRA

GRÃO MESTRE PROVINCIAL


DE KENT

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PREFÁCIO
W. BRO. THE REV. JOSEPH JOHNSON
P.A.G. CHAPLAIN.

É com grande e verdadeiro prazer que escrevo o prefácio deste livro. O autor, V.Ir.
Herbert F. Inman, L.R., é conhecido por mim há vários anos nos círculos Maçônicos, e Ir.
mais sério e capaz eu não encontrei. Desde o início de sua carreira Maçônica tem sido ávido
em adquirir conhecimento sobre Franco-Maçonaria e estudado seriamente os diferentes
Rituais, como resultado, ele é um partidário convicto de Emulação e é conhecido como seu
maior e mais habilitado expoente.
Este livro é um Manual de Instrução e Guia para Maçons, e é escrito por um trabalhador
para trabalhadores em estrita concordância com o reconhecido sistema da Emulation Lodge
of Improvement. O supremo motivo do Ir. Inman ao escrever este livro foi estimular Irmãos
a tornarem-se proficientes no trabalho das diferentes Cerimônias da Arte. Assim como todos
aqueles que abraçam a Maçonaria seriamente, ele possui um grande aborrecimento com a
ineficiência e negligência nos trabalhos do ritual da Arte. Advoga que nos trabalhos de uma
Loja de Cerimônias deve haver completa maestria do Ritual, com precisão em cada detalhe
dos procedimentos.
O autor durante sua longa experiência tem sabido da deplorável ignorância sobre o correto
procedimento que é freqüentemente manifestado, e como muitos Irmãos sofrem com a
carência de uma competente instrução. O resultado é que os Candidatos não se
impressionam com a Loja de Cerimônias como deveriam, e como seriam se as Cerimônias
fossem feitas com tranqüilidade e dignidade.
Este livro provê uma ampla explanação e um guia confiável a todos Irmãos que desejam
um equipamento adequado para seus deveres, qualquer que seja sua natureza ou grau. O
autor possui uma longa experiência como Preceptor de diversas Lojas de Instrução, e é
reconhecido como um Instrutor experiente nos trabalhos de Emulação.
Eu li as provas deste livro com imenso prazer e sem hesitação recomendo-o aos meus
Irmãos que, neste e noutros paises, estão desejosos por um verdadeiro guia em seus esforços
em adquirir eficiência no trabalho de Lojas da Arte.

J.J.

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TRABALHO DE EMULAÇÃO
EXPLICADO

PREFÁCIO DO AUTOR PARA A


PRIMEIRA EDIÇÃO

“O Mestre-Eleito me ofereceu um colar; eu devo começar a observar o trabalho”.

Quantas vezes ouvimos similares observações de um jovem Maçom que está para colocar
seu pé no mais baixo degrau da escada do progresso Maçônico! Ele está próximo de ser
confiado com uma posição de grande importância e responsabilidade — todos os Cargos
Maçônicos podem ser assim descritos — e ele então decide que é tarde para iniciar a busca
daquele conhecimento que deveria desde há muito ter adquirido.
Não é difícil imaginar as desastrosas conseqüências que certamente surgiriam no mundo
externo, dos negócios da vida, para um homem que houvesse adiado o seu preparo para as
responsabilidades de um alto posto, na esfera de sua particular e rotineira distração até a sua
promoção. Todavia, em Maçonaria, procrastinação e indiferença estão também inteiramente
e freqüentemente em evidência.
Na Quarta das Antigas Obrigações nos é dito: “Toda promoção entre Maçons está fundada
apenas no real valor e mérito pessoal… Portanto, nenhum Mestre ou Vigilante é escolhido
por antiguidade, mas por seu mérito”.
Um admirável conselho de perfeição, e que é para ser respeitado, entretanto, tem por
muitos anos sido mais honrado por sua violação do que por sua observância. Inteiramente
comum também é a prática de promover Irmãos de acordo com sua posição na lista de
Membros da Loja, com pouca ou nenhuma meditação com respeito às suas qualificações, ou
pela maneira com a qual eles provavelmente se desincumbem dos deveres pertinentes ao seu
Cargo.
Neste sentido, os Past Masters veteranos não se podem acreditar inteiramente livres de
censura, já que devem existir muitos que lêem estas palavras, que conheceram um jovem e
zeloso Mestre Eleito que, desejoso de nomear como seus Oficiais os mais capazes de seus
Irmãos, se permitiu ser influenciado pelo solene aviso de seus veteranos “causando uma
divisão na Loja”, “perturbando a harmonia,” e assim por diante ad infinitum.
Harmonia e Fraternidade, é óbvio, não devem ser sequer levemente perturbadas, mas a
impressiva dignidade e solene beleza de nossas Cerimônias e Ritos são de igual importância, e
estes desejáveis efeitos serão obtidos apenas quando o Mestre e seus Oficiais são eficientes
em cada detalhe de suas diversas responsabilidades.
Uma Loja de Francos Maçons é “uma assembléia de Irmãos reunida para discorrer
detalhadamente sobre os mistérios da Arte”, tal como nos é lembrado na Secção de abertura
da Primeira Preleção.1 Permita que a estrutura de uma Loja fique insegura em qualquer de

1
N.T.: — Muita vez no Brasil, optou-se traduzir o vocábulo “Lecture” por “Leitura” o que é em verdade uma
incorreção, pois o termo possui o significado equivalente a Sermão, Discurso, Palestra, Instrução, Preleção ou
Alocução e, não meramente o ato de ler algo. As Lectures eram feitas quase decoradas pelos participantes da
instrução, daí termos nos utilizado do étimo Preleção.

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suas partes, e a estrutura toda deverá sofrer, com conseqüente confusão e indigno desatino
durante aqueles sérios procedimentos que devem sempre ser caracterizados por enobrecida
dignidade, solenemente imponente, e prefeita suavidade na execução.
“Toda promoção entre Maçons é fundada apenas no real valor e mérito pessoal”.
Há muito a ser feito antes que este conselho de perfeição torne-se uma regra universal.
Porém, muito já foi feito, e há boas indicações hoje de que Mestres Eleitos e Comitês de Loja
estão conferindo uma consideração mais cautelosa às qualificações dos possíveis futuros
Oficiais. Além disso, com a contínua e rápida expansão no número de Lojas de Instrução
confiáveis, encontramos entre os jovens membros da Fraternidade um saudável espírito
investigativo e um desejo por conhecimento, combinado com uma crescente e salutar
determinação de virem a ser proficientes em seus vários deveres.
Dificilmente também, será possível prestar um alto tributo ao valioso trabalho feito em
nossas Lojas de Instrução; já que, geralmente os Preceptores são homens ocupados, e o tempo
de que dispõem para as reuniões semanais é usualmente limitado à uma hora e meia. Então é
bem possível que mesmo aquele jovem Maçom, que freqüenta sua Loja de Instrução com a
devida regularidade possa ainda estar em dúvida sobre muitos pontos em relação aos seus
deveres, completamente aparte das palavras e frases que ele procura memorizar no seu local
de tranqüilo isolamento.
É para estes nossos jovens Irmãos que este pequeno Manual foi compilado, na sincera
esperança de que eles possam encontrar alguma assistência prática. Não foi escrito com
espírito ditatorial, mas com um desejo apenas, de auxiliar o Oficial recém investido na sua
busca por aquele conhecimento com o qual deverá estar equipado se ele for refletir a honra na
escolha do Venerável Irmão que lhe conferiu sua nomeação. Espero que as sugestões e as
recomendações de orientação aqui contidas sejam aceitas com o mesmo espírito fraternal com
o qual são espontaneamente oferecidas. O autor certamente não possui o desejo de assumir
arrogantemente que, por acreditar que um certo método é desejável, então todos os outros
devem necessariamente estar errados.
Salvo nas Cerimônias essenciais da Arte, há consideráveis modificações em todos os
diferentes sistemas de Ritual, vistos por mim até agora em minhas viagens Maçônicas, e
espero que se compreenda que, no escopo deste pequeno trabalho, encontrei mais prudente
limitar as instruções especificas para uma forma de trabalho popular e bem conhecida. O
autor, durante um longo período de aprendizagem no qual serviu como Preceptor em varias
Lojas de Instrução que trabalham sob a oficial égide da Emulation Lodge of Improvement,
antes de sua eleição para o corpo de governo daquela famosa Escola de Ritual Maçônico,
pode talvez humildemente falar com alguma autoridade com relação a isso.
Deve-se compreender, portanto, que em todos os casos onde são dadas instruções definidas
com respeito aos deveres de qualquer Oficial, o foram de acordo com o sistema da Emulation
Lodge. Tais instruções podem ser consideradas como sendo acuradas em cada detalhe,
embora, deva ser notado, que são dadas apenas pela autoridade pessoal do autor, e não devem
em nenhum sentido serem aceitas como pronunciamentos oficiais do Committee of Emulation
Lodge of Improvement. A Emulation Lodge of Improvement é governada hoje, como tem
sido sempre governada durante mais de uma centena de anos de sua existência, por um
Comitê de experientes Past Masters; qualquer decisão autorizada daquele Comitê deve ser
obtida apenas através de seu Secretário, no exercício de seu ofício como tal.
A quantidade de trabalho envolvida na preparação deste Guia foi maior do que se possa
evidenciar por uma rápida passada d’olhos. Limitações de espaço exigiram drásticas
restrições, e a parte não menos difícil da tarefa foi mais a de julgar o que deveria ser omitido

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do que aquilo que deveria ser escrito. Este Manual, é evidente, não pretende em nenhum
sentido ocupar o lugar do Ritual impresso; deverá ser lido em conjunto com o Ritual.2
Na esperança de que todos os seus esforços não tenham sido todos mal sucedidos, o autor
agora os oferece com seus fraternos cumprimentos aos seus Irmãos na Antiga e Honrada
Instituição que se apóia claramente nos fundamentos da prática de todas as Virtudes Morais e
Sociais.

H. F. I.

Novembro, 1929.

2
Nenhuma versão impressa das Cerimônias ou Preleções recebeu em nenhum momento a sanção oficial ou a
aprovação do Committee of the Emulation Lodge of Improvement. No entanto permanece o fato indiscutível,
de que os trabalhadores de Emulação e das reconhecidas Lojas de Instrução devem sua proficiência mui
largamente ao uso do ritual impresso. Aprender as Cerimônias meramente ouvindo-as obviamente demandará
muitos anos, e poucos Irmãos conseguem conquistar alguma aproximação deste padrão de acurada expressão que
distingue o trabalho da maioria dos trabalhadores mais entusiastas de Emulação.
Sem por um momento sequer, questionar a inteligência da atitude adotada pelo Emulation Committee com
relação aos volumes de ritual impresso, mesmo assim a existência e a utilidade de tais rituais não pode ser
ignorada. Qualquer afirmação de que as Cerimônias de Emulação são aprendidas independentemente da
assistência do ritual impresso não se sustentará diante de um teste de exame. Um ritual em particular foi usado
no passado, e é usado hoje, por praticamente todos os Preceptores de reconhecidas Lojas de Instrução, e estes
doutos Irmãos sabiamente o tem recomendado aos seus pupilos. Este mesmo ritual, que foi a primeira
publicação há mais de setenta anos atrás, tem sido de incalculável beneficio para muitos milhares de
trabalhadores de Emulação por todas as partes do mundo.
O referido ritual é The Perfect Ceremonies of Craft Masonry (publicado por Messrs A. Lewis, 30-32 Fleet Street,
London. E.C.4), recentemente revisado sob a supervisão pessoal do Preceptor de uma das principais dentre as
reconhecidas Lojas de Instrução. O presente escritor sem hesitação recomenda este ritual a todos os estudantes
desejosos de obter perfeição nas Cerimônias de Emulação. — H.F.I.

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CONTEÚDO
CAPÍTULO PÁG.
DEDICATÓRIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 09
PREFÁCIO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
PREFÁCIO DO AUTOR PARA A PRIMEIRA EDIÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
PREFÁCIO DO AUTOR PARA A SEGUNDA EDIÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . 15

PARTE I
(Alguns Fatos sobre Emulação)
I. O QUE É EMULAÇÃO? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
II. EMULAÇÃO E OS GRANDES STEWARDS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
III. AS PRELEÇÕES DE EMULAÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
IV. A CAIXA DE FÓSFOROS DE EMULAÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
V. COMITÊ DE EMULAÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
VI. ENQUADRAR A LOJA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
VII. ALGUMAS DIFERENÇAS DE TRABALHO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37

PARTE II
(Os Oficiais da Loja e seus Deveres)
OS OFICIAIS DA LOJA E SEUS DEVERES. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
VIII. COBRIDOR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
IX. STEWARD . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
X. GUARDA INTERNO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
XI. ASSISTENTE DE SECRETÁRIO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
XII. ORGANISTA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
XIII. ESMOLER . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56
XIV. ASSISTENTE DE DIRETOR DE CERIMÔNIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57
XV. DIÁCONOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58
XVI. SEGUNDO DIÁCONO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61
XVII. PRIMEIRO DIÁCONO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66
XVIII. DIRETOR DE CERIMÔNIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71
XIX. SECRETÁRIO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80
XX. TESOUREIRO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83
XXI. CAPELÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84
XXII. VIGILANTES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 86
XXIII. SEGUNDO VIGILANTE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89
XXIV. PRIMEIRO VIGILANTE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92
XXV. PAST MASTER IMEDIATO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 95
XXVI. VENERÁVEL MESTRE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 98
XXVII. VENERÁVEL MESTRE (Cont.) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 105

PARTE III
(Miscelânea)
XXVIII. A LOJA DE INSTRUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 115
XXIX. FUMAR NO REFRESHMENT . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 120
XXX. OS MAÇÔNICOS “NÃO” . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 123
APÊNDICE (Carta do V.W. Bro. Sir Edward Letchworth, G.S.) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 126

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PREFÁCIO DO AUTOR PARA A


SEGUNDA EDIÇÃO

A introdução da Segunda Edição deste Manual tem por primeiro e agradável dever —
expressar sinceros agradecimentos aos seus Irmãos, não apenas aos de Londres e Províncias,
mas também aos inúmeros Irmãos dos distantes Distritos de além mar, pelas muitas fraternais
e encorajadoras congratulações recebidas em comunicações expressando apreço pela Primeira
Edição.
Muitos correspondentes foram bons ao oferecer sugestões para temas adicionais a serem
incorporados em futuras edições. Limitações de espaço apenas impedem a adoção de mais
do que um pequeno número destas bem vindas sugestões.
Tem sido comum o desejo de informações mais detalhadas relacionadas a assuntos ligados
com a Emulation Lodge of Improvement (além do atual Ritual e Cerimonial) e talvez os
capítulos adicionais agora inclusos na Parte I da Segunda Edição resolvam adequadamente
esta questão.
Na Parte II as detalhadas instruções oferecidas como guia aos Oficiais de Loja foram
ampliadas em muitas direções, e o autor oferece esta Segunda Edição do Manual aos seus
Irmãos na esperança de que possa contar com uma recepção no mínimo tão gratificante
quanto aquela recebida pela Primeira Edição.

H. F. I.

Setembro 1932.

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PARTE I
ALGUNS FATOS SOBRE
EMULAÇÃO

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PARTE I
ALGUNS FATOS SOBRE EMULAÇÃO

CAPÍTULO I

O QUE É EMULAÇÃO?
Ao experiente entusiasta de Emulação que despende, talvez, duas ou três noites por semana
em uma reconhecida Loja de Instrução, e que raramente falta a uma reunião da Emulation
Lodge of Improvement no Freemasons’ Hall, a questão título deste capítulo, sem dúvida,
parecerá supérflua. Aqueles zelosos e industriosos ritualistas, no entanto, devem lembrar que
há muitíssimos Irmãos que jamais entraram na famosa Lodge of Improvement, Irmãos estes
que, mesmo apesar de poderem se declarar como trabalhadores em Emulação, possuem um
tão profundo conhecimento de Emulação quanto o derivado do estudo do ritual impresso sob
a supervisão de um Preceptor que, em muitos casos, pode estar tão desinformado sobre o
assunto quanto os seus pupilos que nele procuram por instrução.
Para informação daqueles Irmãos uma tentativa será feita para responder a questão que é o
título deste capítulo. A resposta deve necessariamente ser breve, o objeto primário deste
Manual segue sendo o de prover recomendações práticas para aqueles Irmãos que buscam
aperfeiçoar a si mesmos nas Cerimônias de Emulação, mais do que o de oferecer algo de
natureza importante na análise da história da Emulation Lodge of Improvement.
Não se pode objetar que o jovem Maçom estudante, ávido por conhecimento, fica
freqüentemente desnorteado com a multiplicidade de rituais Maçônicos que chegam ao seu
conhecimento. Ele ouve sobre ‘Logic’, ‘West End’, ‘Oxford’, ‘Bristol’, ‘Universal’, ‘North
London’, e muitos outros assim chamados ‘trabalhos’ Maçônicos. Sem dúvida ele se
surpreende, e pergunta a si mesmo o que significam todos eles — por que há tantos — de
onde eles vieram. Possivelmente, também, sendo desconhecedor da história do ritual
Maçônico, ele mentalmente agrupe Emulação com o resto, considerando-o como não mais
que um nome imaginário criado por algum imaginativo Irmão na busca de uma inovação.
Muito brevemente, pode ser explicado que ‘Emulação’ — a palavra revela por si — é uma
forma abreviada de descrever a Emulation Lodge of Improvement for Master Masons, que se
reúne no Freemasons’ Hall, Great Queen Street, London, W.C.2, nas noites de Sexta-feira às
seis horas, e que é também a palavra usada para descrever o sistema peculiar de ritual ali
ensinado.
A Lodge of Improvement foi fundada em 1823, tendo por objeto ensinar a forma precisa
do ritual estabelecido pela Lodge of Reconciliation, como aprovado, sancionado, e
confirmado pela Grande Loja Unida da Inglaterra em 5 de Junho de 1816, cuja sanção foi
devidamente registrada nas Atas da Grande Loja daquela data. O princípio básico da
Emulation Lodge é que ninguém tem o direito de alterar aquele ritual em palavra ou ação até
o momento — se alguma vez o for — em que a Grande Loja possa oficialmente sancionar tal
alteração. A declaração feita repetidamente por muitos eminentes patrocinadores da famosa
Lodge of Improvement é que, a Emulation ensina hoje — e sempre tem ensinado — aquele
particular, ritual autorizado sem variação.
Como pode um tal pleito tão distante ser substanciado hoje? Qualquer resposta a esta
questão exige alguma referência à condição sobre o tema existente na Arte da Maçonaria
Inglesa durante a parte inicial do século dezenove, porém tal referência deve necessariamente

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ser breve quando o assunto tem que ser exposto fora do escopo de um único capítulo. É
suficiente dizer que antes de 1813 existiram duas Grandes Lojas, — uma estabelecida em
1717, posteriormente conhecida como a dos Modernos; e outra fundada em 1751, geralmente
referida como a dos Antigos. Por mais de sessenta anos houve uma amarga rivalidade entre
os dois corpos, mas em 1813 uma União foi felizmente consumada. Daí o presente título de
Grande Loja Unida da Inglaterra. Estes fatos, é óbvio, são familiares a todos os estudantes
experientes, mas nós os colocamos aqui para os noviços.
É fácil de se compreender que uma tão longa rivalidade não terminou sem consideráveis
dificuldades; novas regras foram essenciais para o governo da Arte, e o estabelecimento da
forma de ritual a ser usado sob a recém formada Grande Loja foi, muito naturalmente, uma
das questões controversas que foram erguidas em muitas discussões e diferenças de opinião.
As Cláusulas da União, ratificadas, confirmadas, e seladas em 1º de Dezembro de 1813,
estipularam que haveria daí em diante uma perfeita unidade de trabalho. Com o propósito de
estabelecer tal unidade de trabalho as Cláusulas avançaram com a provisão da constituição de
uma Loja nomeada de Lodge of Reconciliation, tal Loja foi composta por um igual número de
Maçons exímios de cada uma das antigas Constituições. Na Cláusula V nós verificamos que
os Irmãos que compuseram a Lodge of Reconciliation foram autorizados a estabelecer a
forma do ritual a ser observado para sempre.
Aqueles Irmãos da Lodge of Reconciliation não pouparam esforços para chegarem a
conclusões unânimes e satisfatórias, o que é provado pelo fato de que não foi até 20 de Maio
de 1816 que as Cerimônias decididas por eles foram ensinadas, antes de uma reunião especial
da Grande Loja, a qual o M.W. Grand Master, H.R.H. o Duque de Sussex,1 presidiu. Na
reunião seguinte da Grande Loja, organizada em 5 de Junho de 1816, as Cerimônias
recomendadas foram aprovadas e confirmadas.
Vemos, então, que em 1816 um método particular de abertura e encerramento da Loja nos
Três Graus, e de Fazer, Passar e Elevar Maçons foi aprovado e aceito pela Grande Loja Unida
para benefício da Fraternidade Inglesa como um todo. A Cerimônia de Instalação ficou para
uma data posterior quando, em 1827, o Grão Mestre, por meio de uma Junta de Mestres
Instalados, organizou quatro reuniões e decidiu a única forma de Cerimônia de Instalação que
sempre recebeu o selo de autoridade.
A Lodge of Reconciliation tendo completado o propósito específico para o qual foi criada,
cessou sua existência em 1816, e a propagação do recém arranjado Ritual de Reconciliação
foi transmitido às Lojas de Instrução que vieram a surgir naquele período. Daquelas Lojas
uma das mais proeminentes foi a United Lodge of Perseverance, fundada em 26 de Janeiro de
1818, um pouco mais de um ano após a dissolução da Lodge of Reconciliation. Esta Loja
possuía entre seus membros vários dos Maçons mais cultos de então, dos quais nove foram os
Fundadores da Emulation Lodge of Improvement em 1823. Outros subseqüentemente
juntaram-se a Lodge of Improvement. Em uma de suas reuniões os Irmãos da United Lodge
of Perseverance tomaram a seguinte resolução: —
“Que as Antigas Preleções e Cerimônias de Iniciar, Passar e Elevar, como confirmadas
pela Grande Loja da Inglaterra, são aderidas por esta Loja estritamente”.
A Lodge of Reconciliation, como já foi dito, dissolveu-se em 1816, e a Emulation Lodge
of Improvement não foi fundada até 1823. Entretanto este intervalo de sete anos é reduzido
muito consideravelmente quando é encontrada confiável evidência que a Emulation Lodge of
Improvement obviamente emanou da antiga United Lodge of Perseverance. A maioria dos
Irmãos da antiga Loja tornaram-se patrocinadores entusiastas de Emulação, e é razoável se
presumir que aqueles antigos Maçons resolutos, veteranos que passaram a resolução acima

1
N.T.: — M.W. Grand Master, H.R.H. the Duke of Sussex - Mui Venerável Grão Mestre, Sua Alteza Real o
Duque de Sussex.

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destacada, não permitiriam a mais leve inovação nos trabalhos das Cerimônias de
Reconciliação durante suas vidas.
Nenhuma revisão da história de Emulação, ainda que breve, seria completa sem uma
referência ao célebre Peter Willian Gilkes, um famoso instrutor Maçônico cujo nome está
inseparavelmente atado com as atividades iniciais de Emulação. Escrevendo sobre Peter
Gilkes, o falecido Ir. Henry Sadler, Grande Bibliotecário, um notável historiador e autor
Maçônico, disse:
“De fato nós perguntamos se qualquer indivíduo sozinho, antes de seu tempo, desde então
ou ambos, conquistou tal distinção como um instrutor Maçônico”.
Em 6 de Agosto de 1818, V.W. Ir. Edwards Harper, Grande Secretário, escreveu ao V.M.
da Loja 498, Shrewsbury:
“Referindo-me sobre vós ao Peter Gilkes mencionei que ele o instruiria no método correto
adotado desde a União”.
Em 6 de Setembro de 1843, V.W. Ir. W.H. White, Grande Secretário, escreveu ao V.M. da
Loja 523:
“Ir. Gilkes foi um mestre completo em todas as Cerimônias, e acredito-o como o mais fiel
observador delas”.
Ir. Peter Gilkes nasceu em 1765 e faleceu em 1833. Foi iniciado em 1786 na British
Lodge, agora Nº 8, a Loja que concedeu sua sanção a United Lodge of Perseverance, de cuja
Loja Gilkes foi um membro proeminente. Peter Gilkes esteve presente na primeira reunião
da Emulation Lodge of Improvement; ele tornou-se um membro imediatamente após e foi
Líder do Comitê em 1825.
É digno de nota, mencionar que Gilkes foi um organizador das reuniões da Lodge of
Promulgation, uma Loja constituída em 1809 pela Grande Loja dos Modernos, cujo objetivo
era “a Averiguação e Promulgação dos Antigos Landmarks da Arte”. Colocar um plano de
palavras, isto simplesmente significa que os membros da Lodge of Promulgation
encontravam-se para decidir sobre quais, de seus próprios costumes e práticas deveriam
insistir quando a esperada União viesse, e em que grau estariam preparados para dar passagem
aos Antigos.
Um cuidadoso estudo dos antigos Registros e Atas nos levam à conclusão de que a maioria
das alterações ultimamente feitas foram decididas pela Lodge of Promulgation entre 1809 e
1811, uns poucos anos antes da Lodge of Reconciliation ser constituída. Aquele eminente e
respeitável historiador Maçônico, o falecido Ir. W.B. Hextall, escreveu:
“A Lodge of Reconciliation adotou mais, as decisões para as quais a Lodge of
Promulgation muito tempo antes não houvera podido chegar”.
É evidente, então, que Peter Gilkes ficou na posição de Saber antecipadamente as decisões
prováveis de chegarem até a Lodge of Reconciliation, e que ele organizou aquela Loja (como
ele disse em dezenas de ocasiões) não como um pupilo, mas mais particularmente pela
capacidade de um crítico exímio, alguém que já havia memorizado de “A” a “Z” o recém
arranjado alfabeto, o qual os demais estavam então se empenhando em aprender. Peter
Gilkes, como foi afirmado, tornou-se Líder de Emulação em 1825, posição que manteve até
sua morte em 1833, quando foi sucedido por um de seus pupilos, o Ir. Stephen Barton Wilson.
As linhas seguintes foram extraídas do relatório do Festival de Emulação realizado em
1835:
“A reunião foi em particular marcada pela presença das três principais Preleções em
Maçonaria, as quais como é consenso geral, abandonaram o manto de Peter Gilkes por assim
dizer. Sentimo-nos verdadeiramente orgulhosos de nossa associação com os IIr. Dowley,
Cooper, e S.B. Wilson, e por termos uma elevada opinião de seu valor para a Sociedade,
obtivemos a liberdade de tornar tão público quanto podemos seu bem merecido caráter de
inteligência, fundado sobre uma cuidadosa adesão aos Landmarks da Ordem, pela estrita

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observância de nossas leis e regulamentos, e ainda mais pela modéstia com a qual receberam
a homenagem prazerosamente oferecida a seus méritos pessoais”.
A partir do fato de que os nomes dos IIr. Wilson, Dowley e Cooper são mencionados
conjuntamente no relatório como os sucessores de Peter Gilkes no governo da Emulation
Lodge of Improvement, parece uma dedução óbvia que a Loja era controlada então, como é
hoje, por um Comitê de experientes Preceptores, selecionados pelos membros dentre os mais
exímios de seu quadro.
É esta organização de controle através de um Comitê de exímios que é a maior força do
sistema de Emulação; estas provas convincentes nos permitem segura e precisamente através
dos métodos de Emulação, transmitir o Ritual de Reconciliação autorizado, desde os
primórdios do período pós União até o presente. Em uma Loja de Instrução comum, à
medida que Preceptor sucede Preceptor há, é claro, uma possibilidade — poder-se-ia pensar
com certeza — de inovações indesejáveis se infiltrarem no trabalho. Muitas das marcantes
diferenças no trabalho ora vistas chegaram com os anos recentes, tanto pela negligência, ou
como resultado da influência pessoal da força de vontade e imaginação de alguns membros de
Lojas.
Na Emulation Lodge of Improvement pode-se afirmar corretamente que qualquer coisa
deste tipo é uma impossibilidade, pela simples razão de que é sempre — e sempre foi — um
Comitê envoltório, todos com um pensamento, todos muito solenemente comprometidos em
observar e insistir sobre a maior precisão da ata, e para prevenir o mais leve desvio ou
inovação. Sentados à esquerda de Peter Gilkes em seus dias estavam os IIr. Barton Wilson e
Dowley. Quando Wilson sucedeu Gilkes ele teve consigo os IIr. Richards e Pike, e, o
falecido, Thomas Fenn. Foi Fenn quem se tornou líder após a morte de Wilson em 1866, e
foi apoiado pelos IIr. Richards e Murton, e subseqüentemente, pelo Ir. Robert Clay Sudlow.
Sudlow sucedeu Fenn em 1883, e teve ao seu lado por algum tempo os IIr. Spaull e Dawson.
Então na sucessão vieram os IIr. Rushton, Kentish, Lander, e, em 1904, o presente Líder do
Comitê, o Ir. G.J.V. Rankin, que sucedeu Sudlow como Líder em 1914. Na ascensão do Ir.
Rankin à Liderança um quarto membro foi adicionado ao Comitê; tendo o apoio dos IIr. J.H.
Jenks, J.J. Black, e A. Scott. O Ir. Jenks retirou-se em 1916 e foi sucedido pelo Ir. S.
Chalkley, enquanto o Ir. S.A. Knaggs assumiu o lugar do Ir. Scott em 1920. os regentes de
Emulação sempre estão vigilantes para salvaguardar a transmissão do ritual. Nos últimos
anos, o trabalho aumentou enormemente, um grande esforço tem sido feito pelos membros do
Comitê; então, a partir do início de 1926, decidiu-se ampliar o corpo de governo. Os dois
Irmãos eleitos foram os IIr. A.B. Wilson e Herbert F. Inman. O Ir. Chalkley abdicou em fins
de 1928 e foi sucedido pelo Ir. A.J. Peyton. O Ir. Inman abdicou em Março de 1929, e foi
sucedido pelo Ir. H.C. Tasker, que foi eleito em Janeiro de 1930.
Deste modo vimos que o Emulation Committee tem sempre sido uma força, uma corrente
inquebrantável desde o tempo de Peter Gilkes, e inovações, então, tem sido tão impossíveis
quanto o poder da natureza humana em cria-las. Deve ser lembrado, também, que cada
membro sucessor do Emulation Committee tem sido pessoalmente instruído e treinado por
seu antecessor, cada um tem que servir um longo período de aprendizado, geralmente como
Preceptor de uma das reconhecidas Lojas de Instrução.
Embora o termo “Emulation Committee” seja geralmente aceito para se referir àqueles
eminentes instrutores que ocupam Assento no Comitê para tomar o atual controle do trabalho
cerimonial nas reuniões semanais, não se pode perder de vista os inestimáveis serviços
prestados para a Lodge of Improvement pelos muitos e ilustres Irmãos que ocuparam as
posições de Tesoureiro e Secretário.
O Ir. John Hervey, Grande Secretário, foi um membro ativo da Emulation por quase
quarenta anos, e presidiu a Tesouraria por muitos anos antes de sua morte em 1880. Foi
sucedido pelo Ir. Thomas Fenn, P.G.D., mantendo-se no cargo até 1894. O Ir. Sir Edward

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Letchworth, Grande Secretário, que se juntou a Emulation em 1875, sucedendo ao Ir. Fenn, e
encarregando-se como Tesoureiro até 1917, quando foi seguido pelo presente Grande
Secretário, o Ir. Sir Colville Smith. Esta longa e fechada associação entre a Lodge of
Improvement e Secretários da Grande Loja Unida é em si mesma um convincente garantia de
confiança de Emulation como reconhecido padrão do Ritual da Arte Inglesa.
Os Secretários de Emulation têm sido numerados dentre os muitos zelosos e proeminentes
Franco-Maçons. Comparações são geralmente ditas para serem “odiosas”, no entanto deve
ser registrado que nenhum Irmão pode ter prestado maior serviço à Emulation em seu
responsável cargo que o Ir. J. Ernest Frank, P.A.G.S.Wks., que se retirou em Janeiro de 1931,
após permanecer em sua posição por dez anos. Ele foi sucedido pelo Ir. S.P. Larkworthy,
L.R., que foi infelizmente compelido por razoes privadas a abandonar o cargo apenas após um
ano de serviço. O Ir. Larkworthy foi seguido pelo Ir. Lieut.-Col. G.P. Orde.
Apenas aqueles que possuem uma íntima associação com o trabalho da Emulation Lodge
of Improvement podem formar uma justa concepção da vasta quantidade de árduo trabalho
deixado para o Secretário e o Assistente de Secretário. E no último mencionado cargo o Ir.
Frank W. Simmonds, P.A.G.Reg., tem atuado desde 1925, e é um dos mais populares oficiais
na sede.
Somente em 23 de Fevereiro de 1894, o falecido Ir. R. Clay Sudlow, então Líder de
Emulação, fez o relato:
“Vemos a confiança em nós depositada como realmente muito importante — muito
sagrada — e falando por mim, e, estou seguro, falando em nome de meus colegas, posso dizer
que a confiança será mais verdadeiramente, mais honradamente, e mais religiosamente
preservada”.
Ali está preservado, sem dúvida alguma um espírito similar, que hoje revitaliza os
membros do Comitê da Emulation Lodge of Improvement.
Durante um discurso dado em 1894 pelo V.W. Ir. Sir Edward Letchworth, então Grande
Secretário, proclamou que os registros da Grande Loja provaram conclusivamente que a
Emulation Lodge of Improvement era vista como o padrão Maçônico de perfeição.
Oito anos mais tarde o mesmo eminente Irmão escreveu:
“O presente trabalho da Emulation Lodge of Improvement é geralmente aceito como a
exemplificação do Ritual autorizado”.
Em 2 de Março de 1923, o M.W. Pro Grão Mestre, o Rt. Hon. Lord Ampthill, disse no
curso de sua fala:
“A Emulation Lodge of Improvement tem por uma centena de anos mantido uma
uniformidade padrão de ritual o qual tem permanecido inalterado”.
Em 24 de Fevereiro de 1928, o Grande Secretário, V.W. Ir. Sir Colville Smith, declarou:
“Devemos agradecer a Emulation Lodge of Improvement pela manutenção do padrão de
ritual por mais de um século”.
A breve análise acima, da história e objetivos da Emulation Lodge of improvement pode
ser suficiente para habilitar o Maçom novato a responder a questão, título deste capítulo.
Emulação, ele verá, é algo mais que um mero nome dado a um peculiar modo de trabalho; é o
nome de uma famosa instituição Maçônica, influência que tem se espalhado por toda a
extensão do mundo Maçônico de língua inglesa, — uma instituição que tem, por mais de um
século, um único objetivo a cumprir, o de preservar e transmitir aquele sistema de ritual que
recebeu, há cento e sessenta anos atrás, o selo de aprovação da Grande Loja Unida da
Inglaterra.

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CAPÍTULO II

EMULAÇÃO E OS GRANDES STEWARDS1


Por muitos anos tem sido um procedimento costumeiro dos Grand Stewards ou Past Grand
Stewards tomarem parte ativa nos trabalhos do Emulation Festivals. O programa para estas
demonstrações anuais usualmente consiste de trabalho de Preleção; a última ocasião quando
uma Cerimônia fez parte da programação foi em 1919, todos os cargos desde o Mestre ao
Guarda Interno foram ocupados por eminentes trabalhadores das Red Apron Lodges2.
Esta íntima e valiosa associação das Red Apron Lodges com o trabalho de Emulação traz
de volta à mente um interessante paralelo entre a Emulation Lodge of Improvement e a Grand
Stewards’ Lodge. Pela grande quantidade de divisões da Arte, não apenas em Londres e
Províncias, mas também em Distritos de Além Mar, Emulação, como já foi demonstrado
acima, é o padrão seguro, confiável e autorizado, do Ritual e Cerimonial da Arte Inglesa; e em
conseqüência, os membros do corpo de governo da Emulation Lodge of Improvement são
respeitados como os herdeiros e fiéis depositários do Reconciliation Ritual, tal como foi
estabelecido e oficialmente autorizado pela Grande Loja em 1816. Igualmente, registros
históricos indicam que por alguns anos, antes e após a União, a Grand Stewards’ Lodge era
geralmente vista como a reconhecida e exemplar guardiã, do ritual aceito. Justamente assim,
nos dias atuais, o Emulation Festival é considerado como sendo a demonstração anual do
ritual, tal como, durante as décadas imediatamente seguintes à União, foram consideradas as
demonstrações públicas — ou Noites Públicas, como foram conhecidas — da Grand
Stewards’ Lodge, foram as outrora famosas exibições dos trabalhos de Reconciliação. A
proposta daquelas Noites Públicas durante a primeira parte do século dezenove era
precisamente similar àquelas do Emulation Festivals no século vinte — disseminar para
instrução e aperfeiçoamento da Arte em geral, o antigo e autorizado ritual.
Como é bem conhecido por todos os estudantes da história de nossa Arte Ritual, por uns
vinte anos após a fusão das Grandes Lojas rivais, a maior parte da instrução nas recém
arranjadas Cerimônias de Reconciliação foi transmitida por meio das Preleções Maçônicas; e
comparativamente raros foram os ensaios das Cerimônias. Deste modo, nas apresentações
anuais das demonstrações em forma de Preleção, a Emulation Lodge of Improvement não está
apenas seguindo a prática geralmente — ainda que não invariavelmente — adotada pela
Grand Stewards’ Lodge no passado, está também perpetuando a prática comum de todas as
antigas Lojas de Instrução que surgiram durante o período imediato à pós União, do qual a
Emulation Lodge of Improvement e a Stability Lodge of Instruction são hoje as únicas
sobreviventes.
Está registrado que, em 1830, Peter Gilkes (então Líder do Emulation Committee), quando
enviando uma petição ao Grão Mestre, enfatizou que as Preleções da Emulation Lodge of
Improvement foram executadas “de acordo com o costume da Grand Stewards’ Lodge”. A
petição continua: —
“Nós estamos ansiosos para promover e difundir os genuínos princípios da Arte, de
maneira regular e constitucional, e desejando despertar o interesse por emulação entre os

1
A maior parte do material contido neste capítulo foi retirada de um artigo do autor, intitulado “An Interesting
Parallel,” publicado no Masonic Record (Set.-Out. 1928) e reproduzido aqui por cortesia do Editor daquele
jornal.
2
N.T.: — Lojas de Avental Vermelho.

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jovens Irmãos, e dar tal instrução, para que quando eles possam ter a honra de serem
nomeados para qualquer cargo, ou eleitos para a cadeira em uma Loja Regular, possam estar
totalmente competentes para desempenharem os importantes deveres dos mesmos com aquela
correção e regularidade que é tão essencial à boa direção e governo de uma Loja”.
Do acima extraído é óbvio (a menos que aceitemos a inacreditável teoria de que Gilkes
incorporou deliberadamente mentiras em sua petição) que a Emulation Lodge of Improvement
esteve, no período sob discussão, conferindo instrução Maçônica no que era então geralmente
aceito por todos os fiéis Maçons como a maneira regular e constitucional — i.e. de acordo
com o sistema da Lodge of Reconciliation — preparando deste modo seus pupilos para o
correto desempenho de seus importantes deveres para os cargos de uma Loja Regular.
Alguns detalhes interessantes concernentes às Noites Públicas organizadas pela Grand
Stewards’ Lodge são encontrados na história daquela Loja no período que vai de 1735 a 1920,
pela pena daquele bem conhecido e confiável historiador Maçônico, o Ir. Albert F. Calvert,
P.G. Stwd. Provas convincentes que a Grand Stewards’ Lodge — mesmo antes de se chegar
ao Ritual estabelecido — aderiu fielmente às decisões da Lodge of Reconciliation é fornecido
pelo seguinte extrato das Minutas3 de 21 de Dezembro de 1814:
“O V.M., Vigilantes e Diáconos favoreceram a Loja com o modo de iniciar, passar, e
elevar Maçons de acordo com o plano projetado pela Lodge of Reconciliation”.
Nenhuma versão impressa ou escrita das Cerimônias ou Preleções alguma vez foi
sancionada ou aprovada pelo Emulation Committee, e um incidente referido pelo Ir. Calvert
sugere que uma política semelhante existiu mais de um século antes na Grand Stewards’
Lodge, e que um método estritamente oral de ensino foi adotado. A primeira ocasião na qual
uma Preleção foi trabalhada em Secções em uma Noite Pública (Dezembro de 1820) foi
relatada por um visitante que era Venerável Mestre:
“... publicamente comparando o mesmo com um livro escrito. Em seguida o Mestre
imediatamente chamou o Irmão diante dele e, após exigir o Manuscrito, reprimiu o Irmão por
seu comportamento impróprio, e declarou sua intenção de comunicar as circunstâncias ao
Board of General Purposes4”.
Várias indicações convincentes são providas pelo Ir. Calvert de que os procedimentos da
Grand Stewards’ Lodge eram fiéis ao plano estabelecido pela Lodge of Reconciliation. Nas
Minutas de 18 de Janeiro de 1815 vê-se que o Ir. Rev. Samuel Hemming (que foi Mestre da
Reconciliação) aceitou a Capelania da Grand Stewards’ Lodge. Até esta data os membros da
Lodge of Reconciliation ainda estavam ocupados em suas deliberações relativas ao
estabelecimento final do ritual de acordo com as Cláusulas da União, e é uma suposição
razoável que Hemming não teria se identificado tão proeminentemente com a Grand
Stewards’ Lodge, pois não estava ainda convicto de que o trabalho estava estritamente de
acordo com o sistema peculiar, que então, ele estava auxiliando a formular.
No Festival do Centenário da Grand Stewards’ Lodge, organizado no Freemasons’ Tavern
na quarta-feira, 9 de Dezembro de 1835, dentre os Irmãos visitantes, estavam inclusos o Ir.
W.H. White e o Ir. Edwards Harper, ambos na época Grandes Secretários da União. Foi o Ir.
Edwards Harper quem, em 1818, escreveu ao Mestre da Loja 498:
“Ao referi-lo ao Ir. Gilkes mencionei que ele o instruiria no método correto adotado desde
a União”.
Vinte e cinco anos mais tarde (em 1843) o Ir. W.H. White, Grande Secretário, ele mesmo
um Past Grand Steward, escreveu ao Mestre da Loja 523:
“O Ir. Gilkes foi um Mestre perfeito em todas as Cerimônias”.

3
N.T.: — Minutes é um termo que pode ser traduzido por Minutas ou Atas.
4
N.T.: — Board of General Purposes, no Brasil costuma-se traduzir por Comissão de Assuntos Gerais, porém na
Inglaterra é um dos altos corpos da Grande Loja Unida da Inglaterra, sendo a palavra Board de uso “restrito” da
potência inglesa para designar determinados corpos, daí a tradução algumas vezes inadequada.

23
Tradução Luiz Carlos de Mello Membro da A.R.L.S. Libertador Gal. San Martin Nº 3296

Semelhante lógica presume que aqueles dois Grandes Secretários, que atestaram a
extraordinária habilidade de Peter Gilkes’ como um expoente do Ritual de Reconciliação, não
teriam associado a si mesmos com a Grand Stewards’ Lodge, a menos que estivessem muito
satisfeitos de que estes procedimentos estivessem de acordo com o sistema oficialmente
autorizado.
Retornando ao livro do falecido Ir. Henry Sadler, History of the Lodge of Emulation, Nº
21, encontramos nas Minutas, datas de 19 de Junho de 1821, a seguinte e importante entrada:
“O Ir. J. Deans, Jr,. V.M.; o Ir. J. Robinson, J.W.; e o Ir. W.H. White, P.M., anunciaram à
Loja a intenção de formar uma Loja de Instrução organizada na George and Vulture Tavern,
Loja de Instrução na qual o modo de trabalho está em conformidade com aquele da Grand
Stewards’ Lodge, e expressando seu desejo de patrocinar suas reuniões sob a sanção desta
Loja, foi unanimemente resolvido que a permissão será dada para a supracitada Loja de
Instrução para reuniões sob a sanção prazerosa desta Loja”.
É digno de nota que o Ir. White aqui mencionado era o Grande Secretário, e que o trabalho
de Reconciliação não é referido. Em seu lugar, as palavras usadas são, “o modo de trabalho
está em conformidade com aquele da Grand Stewards’ Lodge”. Aqui está a convincente
evidência de que o trabalho da famosa e representativa Loja era respeitado pelo próprio
Grande Secretário, e que tal trabalho estava em estrita obediência com as decisões da Lodge
of Reconciliation. Notar-se-á que a entrada acima é datada de dois anos antes da fundação da
Emulation Lodge of Improvement. Assim, o trabalho de Emulação não pode ser proclamado
como o padrão a ser aderido por, mas sim como temos: “ao modo ... da Grand Stewards’
Lodge”.
Se, além disso, são necessárias provas, como a aprovação dos procedimentos para a Grand
Stewards’ Lodge pelas autoridades da Grande Loja, elas estão supridas sob as datas de 1837 e
1849. Para a Noite Pública do ano anterior o Ir. Edwards Harper, Grande Secretário,
expressou para interesse dos visitantes sua satisfação pelos procedimentos, e associou a si
mesmo com a seguinte moção:
“Que cordiais agradecimentos são devidos ao V.M., Oficiais, e outros Membros da Grand
Stewards’ Lodge pela mui hábil, luminosa e perspicaz maneira com a qual as Preleções do 2º
e 3º Graus foram agora trabalhadas; através dos quais se dá aos Irmãos instrução e
aperfeiçoamento, que quando continuado e seguido não pode falhar em servir ao trabalho da
Arte digno de profunda admiração e deleite”.
Para a Noite Pública doze anos mais tarde (Dezembro de 1849) o Ir. W.H. White, Grande
Secretário, propôs um voto de agradecimento:
“... pelo admirável estilo com o qual as Preleções foram trabalhadas”.
Provas adicionais de que o trabalho da Grand Stewards’ Lodge nas primeiras décadas do
século dezenove aderindo atentamente ao plano estabelecido pela Lodge of Reconciliation tal
como são os trabalhos da Emulation Lodge of Improvement hoje, é fornecido pelo registro da
aprovação do Ir. Stephen Barton Wilson e do Ir. Dr. Robert T. Crucefix. O Ir. Crucefix, se
filiou a Emulation Lodge of Improvement em 1831, e foi um de seus calorosos sustentáculos
até sua morte em 1850, tomou um cerrado interesse pelo trabalho da Grand Stewards’ Lodge.
Na Noite Pública de Março de 1847 ele propôs um voto de agradecimento pela gratificação
experimentada pelos visitantes ao ouvirem o trabalho de Preleção no Primeiro Grau.
As Atas da Noite Pública de Março de 1861 registram que um voto de agradecimento foi
passado para o Board of General Purposes:
“... pela sua liberalidade em permitir o uso do Templo e Órgão sem o usual pagamento”.
Um paralelo com este voto é encontrado nos registros da Emulation Lodge of
Improvement. Para a reunião da Emulation em 22 de Novembro de 1861:
“Uma carta foi lida pelo Grande Secretário informando a Loja que o Board of General
Purposes tinha então concedido o uso gratuito do Hall e Templo para o seu 29º Festival

24
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Anual. Um voto de agradecimento ao Board of General Purposes foi determinado que fosse
registrado nas Minutas”.
Nestas duas entradas nós temos evidências materiais que neste período as autoridades da
Grande Loja consideraram a Grand Stewards’ Lodge e a Emulation Lodge of Improvement
dignas de consideração especial em relação às demonstrações públicas que ambas estavam
conferindo para a educação da Arte como um todo.
Para a Noite Pública da Grand Stewards’ Lodge organizada em Março de 1861, acima
referida, o Ir. Stephen Barton Wilson secundou o voto de agradecimento aos Oficiais da Loja:
“... pela mui excelente e gratificante maneira pela qual as Preleções foram executadas”.
Deverá ser notado, que neste período, o Ir. Stephen Barton Wilson havia sido o Líder do
Emulation Committee por aproximadamente trinta anos, e sua extrema generosidade de
aprovação deve ser seguramente aceita como um testemunho de peso na confiabilidade dos
trabalhos da Grand Stewards’ Lodge.
Em Janeiro de 1872 os Irmãos da Grand Stewards’ Lodge doaram cinco Guinéus para o
fundo de auxílio das três filhas do falecido Ir. Stephen Barton Wilson:
“... em testemunho da apreciação pela Loja dos grandes serviços prestados para a Arte pelo
nosso falecido Ir, como Preceptor por muitos anos da Emulation Lodge e outras Lojas de
Instrução”.
Indicações de tais objetivos da Grand Stewards’ Lodge, e da aprovação do Grão Mestre
daqueles objetivos, é fornecida pelo Ir. Calvert nos seguintes extratos de uma missiva da Loja
à H.R.H.5 o Duque de Sussex em Abril de 1836:
“É absolutamente desnecessário de nossa parte, preocupar Sua Alteza com qualquer
observação sobre os procedimentos que particularmente caracterizam a Grand Stewards’
Lodge, e sobre a forma pela qual aqueles procedimentos tem sido conduzidos. A importância
da Grand Stewards’ Lodge está em manter vivo e em pleno vigor e pureza as várias formas e
Landmarks estabelecidos na Arte, e que são periodicamente exibidos e comunicados aos
Membros da Ordem em geral nas Noites Públicas da Loja, estamos bem seguros de que o é
devidamente percebido por Sua Alteza Real como o Condutor do Craft... Havendo então
passado um Centenário de sua existência com vantagem para o Craft e crédito para seus
Membros, Mestre, Vigilantes, e Irmãos da Grand Stewards’ Lodge estamos ansiosos por
receber a expressão de aprovação de Sua Alteza pelos procedimentos, e como um
Testemunho de que Sua Alteza Real é de opinião de que a Loja tem laborado desde sua
instituição, e não sem sucesso, para manter a dignidade e pureza da Franco-Maçonaria, e
disseminado informação entre o Craft em geral”.
A resposta ao memorial estava contida em uma carta para o Mestre do Grande Secretário,
na qual estavam as ordens do R.W. Deputy Grand Master, Lord St John Spencer Churchill,
que havia colocado o documento antes que o M.W. Grão Mestre o fizesse. O Ir. W.H. White
escreveu:
“Sua Senhoria dirigiu-se a mim para lhe dizer que Sua Alteza Real teve o prazer de
expressar ele próprio a grande satisfação pelo zelo com o qual os Membros da Grand
Stewards’ Lodge tem por todo tempo exercido eles mesmos o promover o interesse geral da
Arte, e pela maneira pela qual seu labor tem sido conduzido para preservar na devida pureza
as várias formas, cerimônias e Landmarks da Ordem”.
Em Fevereiro de 1838 os Irmãos da Grand Stewards’ Lodge decidiram solicitar à
Comissão de Assuntos Gerais eximirem-se do débito de 3£ para o uso do New Temple pela
Loja em suas Noites Públicas:

5
N.T.: — H.R.H. (High Royal Highness), ou Sua Alteza Real.

25
Tradução Luiz Carlos de Mello Membro da A.R.L.S. Libertador Gal. San Martin Nº 3296

“... fundamentados que tais reuniões são organizadas com o propósito de disseminar pela
Arte em geral o legitimo trabalho das Preleções, e não para um propósito particular da
própria Loja”.
Em Abril de 1839 uma circular assinada pelo Mestre e o Secretário da Grand Stewards’
Lodge foi encaminhada a dezoito Lojas com as quais tinham o privilégio de se corresponder,
e para outras, e da qual o trecho seguinte é um extrato notável:
“Nas Noites Públicas em Março e Dezembro as Preleções manejadas tal como o eram
pelos Maçons imemoriais são dadas no Templo, e são assistidas em todas as ocasiões por uma
grande assembléia da Fraternidade — uma assembléia que cresce a cada reunião — e os
Membros estão desejosos de imprimir nas mentes dos Irmãos a quem eles agora se dirigem,
que considerem a si mesmos como Public Stewards para a observância dos Landmarks da
Ordem, preparando tal dever como leais representantes do passado, e sempre na esperança de
justificar a confiança neles depositada por todos os herdeiros dos Stewards”.
O parágrafo precedente provê um impressionante paralelo com um trecho do discurso do
falecido Ir. Clay Sudlow no Emulation Festival de Fevereiro de 1894. Naquela ocasião o Ir.
Sudlow disse:
“Olhamos a confiança que nos foi depositada como verdadeiramente muito importante —
uma mui sagrada confiança — e, falando em meu nome, e, estou certo, falando em nome de
todos meus colegas, posso dizer que aquela confiança será muito fielmente, muito
honradamente, e muito religiosamente preservada”.
Que os Irmãos da Grand Stewards Lodge não pouparam esforços em aperfeiçoar seu
trabalho para as demonstrações nas Noites Públicas, é demonstrado pelo fato de que em
Fevereiro de 1840 o costume foi introduzido, após a nomeação dos Irmãos para as Preleções
para a próxima Noite Pública, fixando em duas noites anteriores à Noite Pública os ensaios
dos trabalhos. Aqui encontramos um outro paralelo com o costume agora em voga em
Emulation, salvo que para a Lodge of Improvement as datas de ensaio para o trabalho do
Festival não são marcadas na abertura da Loja, e que seu número é bem maior do que dois.
Nove anos depois, em uma reunião especial da Grand Stewards Lodge, organizada em
Março de 1849, os Irmãos expressaram a opinião:
“Que aquele expediente, com um intuito de aperfeiçoar o trabalho das Preleções nas Noites
Públicas, que a cada uma das outras reuniões uma porção, não menor do que três Secções
serão trabalhadas”.
Em meados do século dezenove, os assuntos financeiros da Grand Stewards Lodge
causaram um crescimento sério nas preocupações, e as Minutas da reunião de Novembro de
1850 registram que:
“O Secretário explicou... que teve uma conversa com M.W. Grand Master para esclarece-
lo da situação da Loja com respeito ao número de seus Membros, etc., quando sua Senhoria
ficou satisfeito em expressar seu desejo de ver a Loja renovada”.
O Ir. Calvert relata que no intuito de estimular o interesse da Fraternidade no trabalho das
cerimônias ficou decidido em Fevereiro de 1850 enviar às Lojas uma carta impressa,
informando os membros que a Grand Stewards’ Lodge organizaria suas Noites Públicas duas
vezes ao ano:
“... com o propósito de conceder uma oportunidade para a Arte em geral, e mais
particularmente aos jovens membros, de ouvirem as Preleções feitas de acordo com a antiga
forma”.
A primeira e única referência a Grand Stewards’ Lodge of Instruction está contida em uma
entrada nas Atas da Loja, datada de 19 de Março de 1890, quando se recebeu uma petição do
Ir. Gordon Smith, P.G.Stwd., e outros, solicitando à Loja sancionar a concessão para uma
Loja de Instrução:

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Tradução Luiz Carlos de Mello Membro da A.R.L.S. Libertador Gal. San Martin Nº 3296

“Habilitados membros de dezoito Lojas tem o privilégio de nomear a Grand Stewards para
trabalhar as Cerimônias da Arte de acordo com o Emulation Working para mútua instrução e
aperfeiçoamento”.
O Secretário relatou que escreveu ao Ir. Gordon Smith para entrar em particularidades e
detalhes, mas não recebeu resposta. O V.M. e os Irmãos então consideraram que a matéria
seria deixada em suspenso.
Pelo acima se pode ver que a Grand Stewards’ Lodge, que trabalhou as Preleções
Maçônicas tão pouco durante a segunda parte do século dezoito, continuou aquela prática
para instrução e aperfeiçoamento da Arte em geral até após a metade do século dezenove, e
em adição para demonstrar as cerimônias como deixadas pela Lodge of Reconciliation; além
disto, tais demonstrações foram aprovadas por Hemming, Crucefix, Harper, White e outros —
que assim possuíam em primeira mão o conhecimento das formas precisas e a linguagem
agregada pela Lodge of Reconciliation.
A íntima e valiosa associação da Grand Stewards com o trabalho da Emulation Lodge of
Improvement, referido desde o início deste capítulo, foi mantida por décadas. Dentre os
ilustres Grand Stewards que tem sido proeminentes membros do Emulation Committee estão
os IIr. Thomas Fenn, P.G.W., e por dez anos Presidente da Comissão de Assuntos Gerais; J.
Udall, P.G.D.; F. Hockley: A. A. Richards, D.G.D.C.; J. A. Rucker, P.G.D.; Robert Grey,
P.G.W.; F. T. Rushton; Sir Edward Letechworth, Grande Secretário; J. Russell, P.G.St.B.; J.
H. Jenks, P.G.D.; Angus N. Scott, P.A.G.D.C.; e Samuel Chalkley, P.A.D.G.D.C.
O falecido Ir. J.S. Granville Grenfell, por quatorze anos Grande Diretor de Cerimônias,
Mestre da Grand Stewards’ Lodge em 1920, foi um patrocinador declarado de Emulação.
Outro proeminente Past Master da Grand Stewards’ Lodge que tem prestado valioso
suporte para Emulação é o atual Presidente da Comissão de Assuntos Gerais, o Ir. J. Russell
McLaren, que em 20 de Março de 1931 concedeu uma demonstração da Cerimônia de
Instalação para a Lodge of Improvement que foi descrita por um crítico especialista na
Imprensa Maçônica como uma das mais eruditas e impressionantes cerimônias ouvidas em
uma década na sede da Emulation.
Os nomes de outros Grand Stewards que tem dado suporte e encorajamento ativos para a
Emulation Lodge of Improvement criariam uma enorme lista.
As Noites Públicas da Grand Stewards’ Lodge foram descontinuadas (e nunca retomadas)
em 1868. Naquele período a Emulation Lodge of Improvement foi por uns diferentes
quarenta anos, conduzida em trabalho semelhante, de linhas paralelas, e seus líderes imbuídos
da mesma lealdade para com as decisões da Grande Loja, e a mesma determinação em
transmitir o antigo e autorizado ritual inalterado de geração a geração, tal como foi
caracterizado pelos regentes do antigo corpo.
Há talvez uma pequena dúvida de que se hoje em dia nas Festival Meetings of the
Emulation Lodge of Improvement é encontrado um interessante eco das antigas Noites
Públicas da Grand Stewards’ Lodge.

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Tradução Luiz Carlos de Mello Membro da A.R.L.S. Libertador Gal. San Martin Nº 3296

CAPÍTULO III

AS PRELEÇÕES DE EMULAÇÃO
As Preleções Maçônicas foram referidas nalgumas partes do capítulo anterior, mas o tema
é de tamanha importância que merece maior atenção. Um exame das Minutas da Lodge of
Promulgation revelam a seguinte entrada datada de 13 de Dezembro de 1809:
“... Decide que os Diáconos (ficando provado por dois exames não serem apenas antigos,
mas Oficiais necessários) são recomendados”.
Antes deste tempo os Diáconos não eram considerados Oficiais necessários nas Lojas sob a
Regular Grand Lodge1, um fato que fornece uma presumida forte evidência de que as
Cerimônias até aquele período continham muito pouco da natureza cerimonial do trabalho
atual.
A maior parte do trabalho era indubitavelmente feita através de catecismo, ou, como é
compreendido hoje, por meio de Preleções. As Cerimônias atuais foram reduzidas. A
Cerimônia de Iniciação — então geralmente conhecida como a cerimônia de Fazer um
Maçom — era freqüentemente executada em uma sala separada, conhecida como Sala de
Fazer, após o que, preparados os Irmãos devidamente para a Loja iam ao trabalho de
Preleções.
Para o trabalho de Preleções no século dezoito os Irmãos usualmente se acomodavam
entorno de mesas, distraindo-se com tabaco e alguma bebida2. Geralmente as perguntas dos
Mestres eram endereçadas ao Primeiro Vigilante. Algumas eram ocasionalmente dirigidas ao
Segundo Vigilante, mas estas são usualmente relatadas quando cobrindo a Loja e no exame e
admissão de visitantes. O Cargo de Guarda Interno era então desconhecido, os deveres
recaiam sobre o Segundo Vigilante. Algumas vezes um método circular de trabalho das
Preleções era adotado e as perguntas circulavam pelas mesas, cada Irmão respondendo em
seguida. Após as diferentes Secções os Copos eram bebidos, geralmente de ponche, e
“volleys”3 eram ditos com a descarga dos copos. Estes registros dos antigos e interessantes
costumes mostram que o trabalho de Preleção é de grande antiguidade.
Tal como são conhecidas hoje as Preleções são em número de três, e são divididas
internamente em quinze Secções, sete na Preleção do Primeiro Grau, cinco no Segundo Grau,
e três no Terceiro Grau. As Secções são todas catequéticas na forma e contém explanações
detalhadas das várias Cerimônias, belamente combinadas com muitas referências simbólicas
expressadas pelas maiores épocas da Maçonaria e idéias Maçônicas.
As primitivas Preleções foram aparentemente organizadas por volta da segunda década do
século dezoito pelo Ir. Dr. James Anderson e pelo Ir. Dr. John Desaguliers, porém pouco
tempo depois o Ir. Martin Clare (mais tarde Deputy Grand Master) foi autorizado pela Grande

1
N.T.: — Regular Grand Lodge (Grande Loja Regular) a potência dos Modernos.
2
N.T.: — O texto original é “... gathered around trestle-tables, enjoying tobacco and liquid refreshment.” Que
significa que nossos antigos Irmãos se reuniam em torno de mesas feitas de tábuas apoiadas sobre cavaletes onde
se distraiam com tabaco e líquido. O termo refreshment é usado para designar uma pequena quantidade de
comida e bebida como é encontrado no Cambridge Dictionary: small amounts of food and drink: for example -
He stopped at a bar for a little refreshment.
3
N.T.: — Preferi manter o vocábulo em inglês, pois a tradução de “volley” não se resume a um único vocábulo e
poderia produzir erros de interpretação. O termo segundo o Cambridge Dictionary: "a lot of similar things that
are said or produced, or that happen, quickly one after the other", ou seja, "um punhado de idéias semelhantes
que são ditas ou produzidas, ou que se sucedem, rapidamente uma após a outra"

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Tradução Luiz Carlos de Mello Membro da A.R.L.S. Libertador Gal. San Martin Nº 3296

Loja para preparar um sistema de Preleções “sem infringir os Antigos Landmarks”. Uns
trinta anos mais tarde, por volta de 1766, aquele grande e distinguido Maçom, Ir. Thomas
Dunckerley foi comissionado para preparar um novo conjunto de Preleções.
Um outro eminente Maçom que preparou Preleções Maçônicas foi o Ir. William
Hutchinson, algumas vezes chamado de “o pai do simbolismo Maçônico”. Hutchinson
residia em Barnard Castle, Durham, e, enquanto trabalhou no Norte, o Ir. Willian Preston
estava igualmente ocupado no Sul em um sistema de Preleções Maçônicas, que rapidamente
substituiu todos os outros.
Ao tempo da União em 1813 foi decidido revisar as Preleções de Preston, e o dever foi
confiado ao Ir. Rev. Dr Samuel Hemming, que fez diversas alterações.
No capítulo anterior ficou demonstrado que durante as primeiras décadas do século
dezenove a Grand Stewards’ Lodge era a única autoridade admitida na execução de um
reconhecido sistema de Preleções; e ampla evidência foi provida naquele capítulo para
demonstrar o íntimo elo existente entre a Grand Stewards’ Lodge e a Emulation Lodge of
Improvement. Conforme confiáveis historiadores Maçônicos as Preleções realizadas pela
Grand Stewards’ Lodge eram as Preleções de Preston (com poucas, se é que houve alguma,
inovações de Hemming) tal como executadas pela Lodge of Antiquity, Nº 2, a Loja favorita
de William Preston. A partir do forte laço de associação entre a Grand Stewards’ Lodge e a
Emulation Lodge of Improvement é um razoável parecer supor que estas são as Preleções
ouvidas na Emulation Lodge hoje.
Outras fortes evidências que sustentam esta tese podem ser encontradas na análise das
atividades da United Lodge of Perseverance, fundada em 1818 com o expresso propósito de
ensinar as Cerimônias e Preleções de acordo com o plano deixado pela Lodge of
Reconciliation. Tal como demonstramos no Capítulo I, não pode haver dúvida cabível de
que a Emulation Lodge of Improvement emanou da United Lodge of Perseverance; e é digno
de ênfase que aqueles Irmãos da United Lodge of Perseverance solenemente se
comprometeram eles próprios em aderir estritamente às Cerimônias “como confirmadas pela
Grande Loja da Inglaterra”, e às Preleções as quais eles descreveram como “Antigas” no ano
de 1821. Pode ser mencionado de passagem que estas Preleções vieram à luz fortemente
semelhante àquelas Preleções conhecidas por terem sido largamente usadas no século dezoito.
O sistema de ensinar os princípios da Maçonaria por meio de Preleção ou catecismo não
foi abandonado até a época da União, e um exame das Minutas da Lodge of Reconciliation
revela que parte do trabalho naquela Loja se realizou por meio de Preleções. Um estudo das
Minutas das primeiras Lojas de Instrução formadas durante o período imediato pós União
mostra que seus trabalhos eram quase inteiramente confinados às Preleções por alguns anos.
As Minutas da Stability Lodge of Instruction (fundada em 1817) mencionam que nenhum
outro Trabalho a não ser as Preleções durante os primeiros dezoito anos de existência da Loja.
Nas Minutas da United Lodge of Perseverance é encontrado que em cento e quinze ocasiões
de cento e trinta nada além do trabalho de Preleção foi feito. Na maioria das primeiras Lojas
o trabalho foi confinado a Primeira Preleção, o que pode ser explicado pelo fato de naqueles
dias um grande número de Maçons nunca progrediram além do Grau de Aprendiz.
A adesão ao trabalho de Preleção naqueles primeiros dias é facilmente entendida quando é
lembrado que, salvo por um pequeno número de eminentes Maçons de elevada habilidade e
poderosa memória — homens tal como Peter Gilkes (Líder da Emulation Lodge of
Improvement) e Philip Broadfoot (Líder da Stability Lodge of Instruction) — havia
provavelmente poucos Irmãos naquele tempo que estavam habilitados, rápida e
completamente, como mestres do recém arranjado Reconciliation Ritual. Indubitavelmente
estes eminentes instrutores julgaram que o óbvio e mais conveniente método de imprimir seus
ensinos nas mentes de seus pupilos era por meio de perguntas e respostas.
É uma possibilidade muito difícil, dizer hoje com qualquer grau de certeza quando os

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Tradução Luiz Carlos de Mello Membro da A.R.L.S. Libertador Gal. San Martin Nº 3296

ensaios das Cerimônias, tal como agora praticados, suplantaram a antiga forma de instrução
por Preleção e quando os antigos Preletores — ou Mestres-Leitores como eram mais
geralmente conhecidos — cederam lugar aos mais modernos Preceptores; mas, assim como
ensinar por Preleção tornou-se raro, também surgiram poucos dos antigos exímios Mestres-
Leitores, e as Preleções se perderam em muitas direções.
Em praticamente todos os sistemas de trabalho as Perguntas de Teste feitas a um Candidato
a Passagem ou Elevação são meramente extratos tomados das Preleções de Emulação.
Quando o Mestre se oferece para fazer outras perguntas se algum outro Irmão o desejar, ele
está presumindo que o Candidato conhece o conteúdo completo da Preleção. É interessante
notar, também, que na maioria dos outros trabalhos as explanações da Tábua de Delinear são
meramente extratos das Preleções de Emulação passadas em conjunto.
Foi mencionado que em muitas das antigas Lojas de Instrução o ensino por Preleção foi
mantido confinado à Primeira Preleção por muitos anos. Isto não foi assim na Emulation
Lodge of Improvement porque por ser uma Loja de Mestres Maçons, adotou o sistema da
outra única Loja de Mestres Maçons — a Grand Stewards’ Lodge — e devotou igual ou
maior tempo para as Preleções no Segundo e Terceiro Graus. Peter Gilkes peticionou à
Grande Loja para autorizar e governar as Preleções tal como havia sido feito com as atuais
Cerimônias, porém seu esforço foi, desafortunadamente, um fracasso. Desafortunadamente,
porque ali há a possibilidade de uma pequena dúvida de que, muitas das mudanças e
elaborações que se infiltraram nas Cerimônias Maçônicas vieram através de importações
gotejadas há muito, por Preleções ilegítimas.
Por este motivo o Comitê de Emulação compreende, o perigo de tal contaminação das
Cerimônias que eles dão a mesma escrupulosa atenção ao ensino das Preleções hoje tal como
o fizeram seus predecessores no passado, e insistem que qualquer Irmão eleito para o Comitê
deve ser um exímio Mestre Leitor. A infiltração do trabalho de Preleção para dentro das
Cerimônias tem sempre sido um perigo para a pureza do antigo ritual; somente por uma
constante comparação e estudo das duas, Preleções e Cerimônias juntas, o perigo pode ser
evitado. Em nenhuma outra Escola de Instrução Maçônica, a segurança é tão rigidamente
mantida como na Emulation Lodge of Improvement.

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Tradução Luiz Carlos de Mello Membro da A.R.L.S. Libertador Gal. San Martin Nº 3296

CAPÍTULO IV

A CAIXA DE FÓSFOROS DE EMULAÇÃO


PROVAVELMENTE nenhuma característica relativa a Emulation Lodge of Improvement
tem sido objeto de críticas mais disparatadas que a famosa caixa de fósforos de prata, um
prêmio concedido pelo Comitê a um Irmão que obtém sucesso no trabalho de qualquer uma
das Cerimônias da Lodge of Improvement sem erros, quer em palavras ou ações. Tanto
verbalmente como por escrito, críticas nada construtivas têm sido abundantemente dirigidas
com o intuito de introduzir um ‘espírito de escavar excrescências’ no estudo do Ritual
Maçônico.
Tal crítica pode emanar apenas daqueles que são lamentavelmente ignorantes de seu
objetivo e totalmente estranhos ao verdadeiro espírito que influencia a grande maioria dos
trabalhadores regulares da Sede da Emulation Lodge. O fato significante de que Irmãos que
tem obtido a invejável recompensa pela perfeita execução de todas as Cerimônias, continuar a
figurar dentre os mais leais e regulares estímulos em Emulação deveria permitir provar a
todos, salvo aos mais preconceituosos críticos, de que o entusiasmo dos adeptos de Emulação
se baseia em fundamento bem mais seguro e permanente, do que a mera idéia de uma
segurança na gratificação tangível do seu labor.
Há uns poucos talvez, que são movidos pelo desejo de possuir um símbolo material de sua
proficiência ritualística; o que é, quiçá, inevitável. Mas uma íntima associação com
Emulação que se estende por muitíssimos anos convenceu o presente escritor que a repentina
retirada da famosa caixa de fósforos diminuiria insignificantemente a popularidade de
Emulação, e que a vasta maioria dos trabalhadores da Lodge of Improvement são inspirados
por genuíno interesse e amor pelo Ritual Maçônico, combinado com um louvável desejo em
auxiliar, individualmente e coletivamente, na preservação e propagação do que
conscienciosamente acreditam ser a antiga e autorizada forma de trabalho tal como
estabelecida pela Lodge of Reconciliation. Qualquer espírito de rivalidade que possa ser
engendrado em Emulação pela caixa de fósforos de prata é um espírito de rivalidade em seu
senso saudável. A caixa, quando ganha, não é vista como um troféu, porém mais
especialmente como um emblema visível de dedicação, luta, e perseverança — uma
lembrança visível da crença de um Irmão de que a Cerimônia Maçônica é um Rito Solene de
tão vital importância quanto de ser merecedor de performance com acurada dignidade e
daquela perfeição que o ser humano espera alcançar.
Por setenta e quatro anos a caixa de fósforos foi desconhecida na Emulation Lodge of
Improvement. Sua criação veio a surgir por mero acaso. Foi no outono de 1897 que um
bem conhecido membro de Emulação, o Ir. R.L. Badham, executou a Segunda Cerimônia sem
correção, um esforço que foi posteriormente objeto de comentário pelo falecido Ir. R. Clay
Sudlow, Líder de Emulação por trinta anos. Um comentário casual do Ir. Sudlow sobre
alguém, porém o acontecimento foi tão evidentemente e suficientemente incomum que deixou
uma impressão em sua mente. Pouco tempo depois ele perguntou ao Ir. Badham se aceitaria
uma pequena lembrança de sua performance na forma de uma caixa de fósforos de prata.
Aquele foi o nascimento do que desde então veio a ser um mundialmente famoso emblema
Maçônico.
Por alguns anos o Ir. Sudlow foi o doador pessoal da caixa de fósforos de Emulação. No
Festival organizado sob a Presidência do R.W. Ir. Sir Augustus Webster, Prov. G.M., Hants e
Ilha de Wight, em 7 de Março de 1902, o Ir. Sudlow declarou durante seu discurso:

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Tradução Luiz Carlos de Mello Membro da A.R.L.S. Libertador Gal. San Martin Nº 3296

“Eu posso dizer que a apoteose de um trabalho absolutamente correto de uma Cerimônia
na Emulation Lodge of Improvement é a caixa de fósforos de prata, na qual é gravado o
sucesso obtido; e assim freqüentemente nos dias de hoje é aquela distinção ganha que o
filantropo ainda pode viver para encontrar por si mesmo na Falida Corte”.
Na apresentação da Caixa de fósforos de Emulação vêem-se uma inscrição com o nome do
Irmão que a recebe, a Cerimônia que executou, e a data. Um sucesso subseqüente obtém
uma nova inscrição, conhecida coloquialmente entre trabalhadores de Emulação como um
‘scratch’1. Após o trabalho perfeito de todas as Cerimônias as palavras ‘Gravação Completa’
são adicionadas.
Por uns oito anos após seu início a caixa podia ser ganha pelo trabalho acurado da Primeira
Cerimônia sem a Preleção, ou a Segunda Cerimônia sem a T.D. A Gravação Completa, de
qualquer modo, não podia ser obtida até que estas Cerimônias houvessem sido acuradamente
demonstradas em sua totalidade. Era então possível para o possuidor de uma caixa com
Gravação Completa ter seis ‘scratches’. Somente duas sempre foram completadas, pelo Ir.
J.F. Roberts, P.A.G.D.C., cuja caixa de fósforos pode ser vista no Grand Lodge Museum.
Aquela caixa de fósforos de Emulação não é um prêmio fácil, o que pode ser visto pelo
número delas que foi ganho durante os cinqüenta e quatro anos desde que foi instituída.
Exatamente 237 Irmãos tiveram sucesso em passar no teste; dos quais 77 Irmãos tem a
distinção de serem detentores da Gravação Completa.

1
N.T.: — O termo scratch significa arranhar; raspar; conseguir com muita dificuldade, ou seja, obtém-se uma
nova inscrição na Caixa de fósforos de prata apenas com muita dificuldade.

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Tradução Luiz Carlos de Mello Membro da A.R.L.S. Libertador Gal. San Martin Nº 3296

CAPÍTULO V

COMITÊ DE EMULAÇÃO
EM um capítulo anterior foi demonstrado que desde a sua fundação em 1823 a Emulation
Lodge of Improvement nunca ficou sob o controle de um Preceptor individual, mas sempre
foi dirigida por um Comitê de experientes instrutores selecionados por um corpo geral de
membros dentre os mais exímios de seus membros. Por aproximadamente noventa anos o
Comitê diretor se consistiu de três Mestres Passados, exceto o Tesoureiro e Secretário. Em
1914 um quarto membro foi acrescentado, o Comitê assim permaneceu durante doze anos.
Em 1926 foi aumentado para seis.
Durante cento e quatorze anos transcorridos desde a fundação da Lodge of Improvement
nomeações para o Comitê tem sido de suficiente raridade para despertar um crescente
interesse pela Arte por toda parte. Isto se torna visível pela primeira vez a partir do estudo do
Livro das Atas da Emulation datadas de antes de 1859. Os registros anteriores àquela data
foram desafortunadamente destruídos, no entanto aqueles disponíveis revelam a interessante
informação de que a maioria dos Irmãos eleita para o Comitê durante os últimos setenta anos
nele serviu por períodos de dez a vinte anos. Conseqüentemente, porém poucos Irmãos,
ainda que sejam competentes instrutores, podem ter a esperança de receber a distinção da
eleição para o Comitê da Emulation Lodge of Improvement.
O fato de que a longa lista de Lojas de Instrução afiliadas a Lodge of Improvement inclui
Lojas trabalhando na Nova Zelândia, América do Sul, Índia, África do Sul, China, Estreito da
Malásia, Índias Ocidentais, Gibraltar, Egito, Leste e Oeste da África, e no Continente
Europeu, permitem uma ampla evidência de que o pessoal do Emulation Committee deve
necessariamente ser um tema de considerável importância entre Franco-maçons, não apenas
em Londres e nas Províncias, mas também para Irmãos nos longínquos Distritos em todas as
partes do mundo.
Em resposta às muitas sugestões recebidas desde a publicação da primeira edição deste
Manual os seguintes detalhes estão anexos relacionando os membros passados e presentes do
Emulation Comitê: —

G.J.V. RANKIN, P.G.D.


O Ir. George John Valler Rankin nasceu em Outubro de 1856, e foi iniciado com trinta e
cinco anos na Crichton Lodge, 1641, em 1891. Um Fundador e primeiro Vigilante Sênior da
Kirby Lodge, 2818, em 1900. Ele foi instalado como Mestre em 1901. No ano seguinte foi
nomeado Secretário, ficando a frente do cargo por dez anos. Foi então eleito Tesoureiro,
permanecendo naquele cargo até 1924, quando serviu um segundo período como Mestre. Ao
deixar a cadeira ele foi novamente eleito para a Tesouraria, incumbindo-se daquele cargo até
1935. Membro afiliado da Columbia Lodge, 2397, ele serviu como Mestre em 1902 e 1918,
e foi Secretário por muitos anos. Na Thomas Ralling Lodge, 2508, dirigiu-a como Mestre
em 1904. Ele foi um Fundador e primeiro Mestre da Joseph Lancaster Lodge, 3439, em
1910. Em 1914 foi nomeado A.G.D.C.1, sendo promovido ao posto de P.G.D. dez anos após.
Ele tem sido um membro da Comissão de Assuntos Gerais desde 1911.
Contrariamente à crença geral, o Ir. Rankin não era, no início de sua carreira Maçônica, um

1
N.T.: — As siglas A.G.D.C. e P.G.D. significam respectivamente Assistente do Grande Diretor de Cerimônias
e Past Grande Diretor.

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Tradução Luiz Carlos de Mello Membro da A.R.L.S. Libertador Gal. San Martin Nº 3296

partidário do sistema de trabalho de Emulação; seus primeiros conhecimentos Maçônicos


foram derivados de uma Lodge of Instruction do Sudeste de Londres. No Emulation
Festivals em 1900, 1901, 1902, e 1903 ele ocupou a cadeira de Vigilante. Ele obteve a
Emulation Match-box pela execução precisa da Primeira Cerimônia (sem a Preleção) em
1899, e foi igualmente bem sucedido na mesma Cerimônia completa em 1901. Em 1902 fez
uma precisa execução da Segunda Cerimônia, exclusive a T.D.
O Ir. Rankin uniu-se a Lodge of Improvement em 1895, e foi nomeado para o Comitê em
1904, havendo previamente atuado por seis anos como Preceptor da Kirby L.I. Em 1914 ele
sucedeu ao falecido Ir. Clay Sudlow como Líder do Comitê. Ele tem desde então presidido a
Liderança por dezenove anos, e pode corretamente ser dito que seu período de direção foi
marcado como a época de maior sucesso na história da Emulação.

J. J. BLACK, P.G.D.
O Ir. John Joseph Black pode corretamente ser descrito como um veterano da Emulation a
quem “a idade não pode debilitar nem o hábito envelhecer”. Nasceu em 6 de Fevereiro de
1851, foi iniciado na St. John’s Lodge, 1564, em seu trigésimo primeiro aniversário em 6 de
Fevereiro de 1882. No mesmo ano uniu-se a Emulation Lodge of Improvement, e ele pôde
então proclamar um enorme conhecimento pessoal de Emulação e no ritual e procedimentos
mais que qualquer um de seus colegas.
Foi instalado Mestre na St John’s Lodge em Novembro de 1886, menos de cinco anos após
sua Iniciação, e foi reeleito por um segundo período no cargo até Janeiro de 1888, o mês de
Instalação foi alterado naquele período. De Janeiro de 1888 até Dezembro de 1918 serviu
como Secretário. Em Janeiro de 1906 ele uniu-se a Wey Side Lodge, 1395, atuando como
Mestre em 1909; ele tem sido Secretário daquela Loja desde 1910.
Em 1916 foi nomeado Past Grande Assistente de Diretor de Cerimônias, sendo promovido
a Past Grande Diácono em 1936. Um proeminente trabalhador na Província de Surrey, ele
foi nomeado Grande Diácono Provincial em 1898, e promovido a Grande Vigilante Provincial
em 1910. Em 1887 ele foi principalmente responsável pela formação do Working Emulation
Lodge of Improvement.
Freqüentemente referido pelos aficionados como o ‘Pai’ da Emulação, o Ir. Black proveu a
si mesmo como um ritualista de habilidade inigualável pouco tempo após a formação da
Lodge of Improvement, onde ele organizou os Registros Completos para o trabalho perfeito
de todas as Cerimônias. Como um trabalhador das Preleções nos anos ‘oitenta e noventa’ seu
registro foi inigualável; foi selecionado para trabalhar no nono Emulation Festivals em 1883 e
em 1894. Foi eleito um membro do Comitê Central em 1913.

S. A. KNAGGS, P.A.G.D.C.
O Ir. Sydney Angelo Knaggs foi iniciado na Chère Reine Lodge, 2853, Loja da qual é um
Past Master. Também é Past Master da St. Mary’s Lodge, 63. Por muitos anos foi um
Preceptor da St Luke’s Medical Lodge of Instruction e um membro do Comitê da Kirby
Lodge of Instruction. Um ritualista de habilidade incomum, ele tornou-se proeminente como
um trabalhador da Lodge of Improvement pouco depois de filiar-se em 1910. Obteve a caixa
de fósforos pela perfeita execução da Segunda Cerimônia e T.D. em 1914, repetindo seu
sucesso no ano seguinte com a Primeira e Terceira Cerimônias. Em 1917 conseguiu a
Gravação Completa com uma demonstração sem defeitos da Cerimônia de Instalação. Foi
nomeado G.St.B. em 1923, e promovido a P.A.G.D.C. em 1929.
O Ir. Knaggs foi nomeado para o Emulation Committee em 1920 e é, quiçá, seu
representante mais popular dentro do nível e nos arquivos de membros. Tão rigidamente
acurado em temas do ritual quanto qualquer de seus colegas, ele combina com sua
inflexibilidade de ensino um bondoso espírito de compreensão e uma fraterna tolerância para

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Tradução Luiz Carlos de Mello Membro da A.R.L.S. Libertador Gal. San Martin Nº 3296

com as falhas dos Irmãos menos exímios. Se, no curso ordinário dos eventos, ele suceder a
Liderança em Emulation como pode ser presumido que será, é uma óbvia profecia de que ele
se encarregará dos deveres daquele responsável cargo com habilidade, dignidade, e aquela
completa ausência de arrogância que marca o verdadeiro Líder.

A. B. WILSON, P.A.G.Reg.
O Ir. Arthur Bernard Wilson foi iniciado na Burlington Lodge, 96, em 13 de Novembro de
1906 e instalado como Mestre em 4 de Março de 1913. É um membro filiado e Past Master
da St Mary’s Lodge, 63. Ele recebeu o posto de P.A.G.D.C. em 1924, sendo promovido a
P.A.G.Reg. em 1933. Filiou-se a Emulation Lodge of Improvement em 1907, vindo a tornar-
se um proeminente trabalhador dois anos mais tarde. Em 1915 ele conseguiu a caixa de
fósforos de prata, dando demonstrações perfeitas das Cerimônias de Elevação e Instalação
durante aquele ano. No ano seguinte obteve a Gravação Completa com acuradas exposições
das Cerimônias de Iniciação e Passagem.
Em 1912 o Ir. Wilson foi nomeado (em cooperação com o Ir. Knaggs) para a Preceptoria
da St Luke’s Medical Lodge of Instruction. Em 1920 tornou-se Preceptor da Navy Lodge of
Instruction, presidindo aquele cargo até sua nomeação para o Comitê Central em 1926. Ele é
um orador fluente com um controle adequado e metáforas pitorescas e uma capacidade de
dizer ‘a idéia certa’ todas às vezes.

A. J. PEYTON, P.M. 2128


O Ir. Archibald John Peyton tem a distinção de ter sido o único membro do Comitê de
Emulação que traja um avental azul claro. Ele foi iniciado na United Northern Counties
Lodge, 2128, em 1º de Fevereiro de 1910, mas não chegou à cadeira de Mestre até Dezembro
de 1919, seu avanço Maçônico foi interrompido pelo serviço militar. Uniu-se a Langton
Lodge of Instruction em 1912, foi nomeado para o Comitê em 1914 servindo desde então até
1920. De Janeiro de 1922 até Abril de 1924 oficiou como Preceptor da Wolsey Lodge of
Instruction. Tornou-se Preceptor da Ad Astra Lodge of Instruction em 1924, havendo
anteriormente servido como Deputy Preceptor por três anos.
O Ir. Peyton filiou-se a Emulation Lodge of Improvement em 1920, e logo noticiado como
um trabalhador de conspícua habilidade. Desde sua tentativa inicial ele obteve a caixa de
fósforos de prata pela execução prefeita da Primeira Cerimônia em 1920, repetindo seu
sucesso com as Cerimônias de Passagem, Elevação, e Instalação em 1921. Foi eleito para o
Comitê da Emulation em 1929.

H. C. TASKER, P.A.G.D.C.
O Ir. Harold Charles Tasker nasceu em 1º de Agosto de 1875, e foi iniciado na Campbell
Lodge, 1415, em 1912. Serviu como Mestre em 1917. Em 1924 foi nomeado Provincial
Grand Registrar, Middlesex’s. Dez anos após recebeu a nomeação para Past Assistant Grand
Director of Ceremonies. Ele foi Preceptor da Campbell Lodge of Instruction de 1913 até
1929, e da City Liveries Lodge of Instruction de 1923 até 1929.
O Ir. Tasker filiou-se a Emulation Lodge of Improvement em 1921, e obteve a caixa de
fósforos de prata pela acurada demonstração da Segunda e Terceira Cerimônias em 1922.
Em 1923 ele fez uma execução perfeita da Primeira Cerimônia, e conseguiu sucesso
igualmente na Cerimônia de Instalação em 1924. Ele desde então compartilha com todos os
seus colegas (exceto o Ir. Rankin) a distinção de possuir a Gravação Completa pela
demonstração de todas as Cerimônias de Emulação. Foi eleito para o Comitê Central em
Janeiro de 1930.

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Tradução Luiz Carlos de Mello Membro da A.R.L.S. Libertador Gal. San Martin Nº 3296

CAPÍTULO VI

ENQUADRAR A LOJA
A crítica contrária mais freqüentemente ouvida com relação ao trabalho de Emulação é
com respeito à ausência de ‘enquadrar’ a Loja a cada vez que um Oficial ou Membro tem que
se mover de uma parte a outra da Loja. Um dos relatos mais freqüentemente ouvidos é: “Eu
não gosto de Emulação, é desmazelado porque eles nunca enquadram a Loja”.
Uma tal crítica pode apenas ser dita como tendo sido nascida da mais absoluta ignorância,
mas é sabido que muitas das mais severas críticas ao sistema de Emulação surgem de Irmãos
que jamais estiveram dentro da Emulation Lodge of Improvement em suas vidas e que estão,
então, dificilmente preparados para assumirem-se a cargo das críticas. Uma cuidadosa e
compenetrada leitura dos Capítulos XVI e XVII, onde são relacionados os deveres do
Segundo e Primeiro Diáconos demonstrará que escrupulosa atenção é dada ao ‘enquadrar’ a
Loja nas Cerimônias de Emulação — naquelas ocasiões quando ‘enquadrar’ é necessário.
Franco-maçonaria, nos é ensinado, é um ‘sistema peculiar de moralidade velado em
alegorias e ilustrado por símbolos’. O ‘enquadrar’ a Loja tem seu simbolismo durante o real
progresso de uma Cerimônia. No estágio inicial da Cerimônia de Iniciação o Mestre
proclama aos Irmãos do N, L, S, e O. que prestarão atenção ao Candidato que está para passar
diante deles para mostrar que ele é um Candidato devidamente preparado, e uma pessoa
merecedora e apta para ser feita Maçom. O Candidato tem, então, que ser conduzido pelo
Segundo Diácono pelo N. para o L., e daí pelo S. para o O. Aqui há ambas, uma simbólica e
uma lógica razão para ‘enquadrar’ a Loja, e é então ‘enquadrada’. Similarmente em um
estágio posterior da Cerimônia e em certos estágios nas subseqüentes Cerimônias.
Naquele ponto em cada Cerimônia onde o Candidato é instruído pelo Mestre para se retirar
com o propósito de restaurar seu conforto pessoal não há a menor necessidade de ‘enquadrar’.
Aquela porção particular da Cerimônia está então completada, o Candidato tem que
meramente se retirar da Loja e não há razão outra, simbólica ou lógica, por que motivo seria
concedido ‘enquadrar’ de modo cerimonial. Nem há qualquer razão semelhante quando o
Irmão Secretário ou o Irmão Diretor de Cerimônias pode ter ocasião de mover-se de uma
parte da Loja a outra, na execução de seus deveres completamente aparte das atuais
Cerimônias.
Ordinariamente falando, pode ser posto que nas Cerimônias de Emulação a Loja é sempre
‘enquadrada’ quando o Candidato a cargo do Diácono está naquele momento tomando parte
em uma cerimonial ou simbólica porção do trabalho. De outras vezes a Loja não é assim
‘enquadrada’ e aqueles que tão rapidamente se opõem para criticar o trabalho de Emulação
naquela consideração podem bem pausar para refletir que, aos olhos dos outros, seu particular
e perpétuo ‘enquadrar’ a Loja, pode possivelmente parecer ser supérfluo, e talvez um pouco
ridículo.
O autor tem que confessar que ainda não foi hábil para encontrar um Irmão que tenha
podido oferecer-lhe uma razão lógica e convincente para ‘enquadrar’ a Loja todas as vezes
que alguém se move. O costume parece estar baseado em nenhuma outra grande autoridade
ou razão, do que aquele que governa o hábito de se passar uma garrafa de porto numa
particular direção ao jantar.

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Tradução Luiz Carlos de Mello Membro da A.R.L.S. Libertador Gal. San Martin Nº 3296

CAPÍTULO VII

ALGUMAS DIFERENÇAS DE TRABALHO


DEPOIS da irritante questão relativa ao ‘enquadrar’ a Loja, a crítica mais freqüentemente
promovida contra o trabalho de Emulação é a de que ele é ‘breve’ e ‘descortês’, porque a um
Oficial não é ensinado fazer o Sn em cada ocasião na qual um Oficial sênior a ele se dirige
durante uma Cerimônia. Em quase todos os outros modos de trabalho tal prática é aceita.
Não é o propósito deste capítulo argüir a questão, mas preferencialmente oferecer
recomendações para guia de Irmãos que, embora desejosos de aderir ao procedimento de
Emulação, raramente ou nunca estão presentes em uma reconhecida Loja de Instrução de
trabalhos de Emulação, e estão conseqüentemente em dúvida de quando o Sn deverá ser
usado. Desafortunadamente seu número é de uma legião, e para tais Irmãos deve ser
encontrada se possível uma norma indicando a ‘regra do cargo’.
Possivelmente, o indiscutível guia com relação ao uso do Sn no trabalho de Emulação é
lembrar que um junior não mostra o Sn quando a ele se dirige um sênior, nem tão pouco
quando meramente respondendo a uma pergunta, mas que ele sempre saúda quando ele
próprio é o motivo desse endereçamento de um Oficial sênior.
Uma simples ilustração pode ser encontrada na Cerimônia de Encerramento da Loja. O
V.M. se dirigi ao 2ºVig: ‘Ir. 2ºVig, q.o.c.c.d.t.M.?’ O 2ºVig está sendo endereçado e não
mostra o Sn quando responde: ‘v.s.L.e.p.c.’ Ele é instruído para ordenar que se cumpra
aquele dever e se dirige ao G.I.: ‘Ir. G.I., v.s.L.e.c.’. O G.I., enquanto ouve, não saúda. O
G.I., havendo se desincumbido de seu dever à porta da Loja, retorna à posição, e ele agora
deve endereçar-se a um Oficial sênior. Ele dará o P. e mostrará o Sn. O 2ºVig por seu lado
deve agora fazer um relatório ao V.M., ele tem que se reportar a ele, não meramente
responder a uma pergunta. Então após o uso apropriado de seu ele dá o P. e de pé e à O.
antes de falar. Assim a regra é: Quando falando para ou quando meramente respondendo a
uma pergunta, nenhum Sn é feito pelo Oficial junior: quando deliberadamente endereçando-
se a um sênior, então o Sn é usado.
A direção acima se aplica, é claro, apenas durante a Cerimônia em curso; Emulação não
invoca, razões históricas ou quaisquer outras, como origem de suas decisões para a conduta
dos Irmãos afora das Cerimônias em curso. Em todas as outras ocasiões, quando endereçado
pelo Mestre, um Irmão mostrará cortesia para com a cadeira se levantando e permanecendo à
O.
Um ponto muito similar de diferença entre o trabalho de Emulação e outros sistemas é
encontrado no trabalho do 1ºVig. Na maioria dos sistemas o 1ºVig. salta sobre seus pés e
mostra o Sn quando o V.M. se dirige a ele durante a Cerimônia. Em Emulação o 1ºVig não
incorrerá em erro se ele se lembrar de permanecer sentado quando endereçado, mas
permanecer à O. quando se dirigir ao Mestre. Por exemplo, após o V.M. haver ‘dirigido
umas poucas perguntas ao Can’ durante o estágio inicial da Cerimônia de Iniciação, ele se
dirige ao 1ºVig: ‘Ir. 1ºVig, ordene ao 2ºD que instrua o Can...’. O 1ºVig, tendo sido
endereçado, permanece sentado. Noutro ponto inicial, quando o 1ºVig deve apresentar: ‘O
Sr. A.B., um Can devidamente preparado...’ ele levanta-se à O. com P. e Sn.
Um terceiro ponto onde Emulação difere da maioria dos outros trabalhos, e onde os Irmãos
que não são freqüentes em comparecer a suas Lojas de Instrução constantemente falham, é
com relação ao trabalho dos Diáconos. Em muitos sistemas o Diácono mostra o Sn a todo o
momento confundindo o Can. No trabalho de Emulação isto nunca é feito. Pode haver uma

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Tradução Luiz Carlos de Mello Membro da A.R.L.S. Libertador Gal. San Martin Nº 3296

visão mais indigna do que ver um Diácono agitar sua vara ao de redor enquanto empenha-se
em saudar o V.M. ‘ao passar’? Toda saudação Maçônica será dada com polidez, precisão
militar, e nunca com qualquer implemento à mão.
Diáconos podem ficar incertos neste ponto de como deverão parar um Can antes de
orienta-lo a saudar o V.M. ou nos pedestais dos Vigs. Deverão lembrar que no trabalho de
Emulação uma saudação nunca é dada ao passar.
Em muitos modos de trabalho é costumeiro ao V.M. dar e todos os Irmãos se
levantarem nas palavras ‘Em D.’ durante a Preleção após a Iniciação, um procedimento que
provavelmente resulta na distração da atenção do Can em meio a uma solene preleção na qual
ele deverá estar aplicando sua mente inteiramente. Esta interrupção da Preleção nunca
deverá ocorrer em uma Cerimônia de Emulação.
Dois pontos no Terceiro Grau algumas vezes permitem o surgimento de incertezas nas
mentes de supostos trabalhadores de Emulação que não freqüentam suas Lojas de Instrução.
O primeiro é como será que a Sep…a deverá estar, exposta ou recoberta durante uma certa
parte da Cerimônia. A Sep…a nunca deverá ser recoberta. A segunda dúvida que
freqüentemente surge é com relação ao correto ponto de restauração das L...s. Isto não
deverá ser feito até após o Can ter se retirado para restaurar o seu conforto pessoal.
Em alguns modos de trabalho o V.M. retorna uma saudação quando saudado por um
Oficial ou Can, permanecendo sentado enquanto ele o faz. No trabalho de Emulação o V.M.
não errará se ele lembrar que um Sn nunca é retornado. Em qualquer caso nenhum Sn
Maçônico pode corretamente ser dado enquanto sentado. Em cada Grau um Can é
cuidadosamente instruído com relação à posição na qual ‘os Sns do Grau são com...s ’. Um
Sn é um Símbolo Maçônico.
Na maioria dos sistemas o Sn mostrado pelos Irmãos durante um Jur em qualquer Grau é o
Sn de Fid. Em Emulação (e em Stability) os Irmãos mostram o Sn P do Grau em particular,
no qual a Loja está trabalhando. Certamente parece incongruente que o Sn de Fid,
pertencente ao Segundo Grau, deva ser empregado durante o Primeiro e Terceiro Graus.
Emulation e Stability, sendo os únicos dois sistemas de trabalho que podem propagar absoluta
e razoavelmente a reivindicação de descenderem diretamente do trabalho autorizado da Lodge
of Reconciliation, tal como sancionado pela Grande Loja Unida em 1816, mostram ser uma
razoável presunção, de que eles são adeptos aos antigos e regulares costumes em empregar o
Sn P do Grau durante um Jur.
Durante a Explanação da Segunda T.D. referências são feitas à ‘câmara do meio do
Templo’. Trabalhadores de Emulação que almejam pela perfeição da palavra muitas vezes
deixam de lembrar as duas ocasiões quando a palavra ‘do Templo’ deve ser omitida. Uma
infalível ‘regra de sinalização’ é lembrar que elas são omitidas quando a palavra ‘chegavam’ é
empregada. ‘Depois que nossos antigos Irmãos entravam no pórtico eles chegavam … que
conduzia à câmara do meio’. ‘Depois que nossos antigos Irmãos alcançavam o cimo da
escada em caracol eles chegavam à porta da câmara do meio’. Apenas nestas duas
instâncias, se omitem as palavras ‘do Templo’.
Muitos outros casos de diferença de trabalho dão surgimento a confusão entre
trabalhadores inexperientes e podem ser citados, mas as anteriores estão entre as mais
freqüentes. As direções dadas estão, é evidente, em estrita conformidade com o
procedimento de Emulação, porém os Irmãos serão inteligentes ao lembrar que em
Maçonaria, como em outras esferas da vida, há muita sabedoria no antigo ditado: “Quando
em Roma, faça como os Romanos”.
De qualquer maneira para um jovem Irmão que pode ser um fiel apaixonado pela prática
de Emulação, será pouco recomendado se empenhar em impor tal prática sobre sua Loja,
quando ela é obviamente indesejável pela maioria dos Irmãos. Se o seu entusiasmo é tal que
não possa induzir a si mesmo em permanecer como discordante do desejado sistema da

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Tradução Luiz Carlos de Mello Membro da A.R.L.S. Libertador Gal. San Martin Nº 3296

maioria de seus Irmãos, então o único caminho adequado é demitir-se e buscar ser membro
em uma companhia mais afim noutra Loja de Emulação.
Se já é ‘pouco inteligente’ para um entusiasta de Emulação empenhar-se em forçar seu
sistema favorito desnecessariamente sobre sua Loja, será muito pior ainda adotar uma tal
atitude quando é um convidado em outra Loja. Desafortunadamente algumas vezes ocorre,
todavia tais sobre zelosos entusiastas farão bem em lembrar que tal conduta é um dês serviço
para Emulação, e que a harmonia Maçônica e tolerância fraternal são de maior valor e de mais
vital importância do que a conspícua e por vezes especial grosseira insistência sobre alguém
de sua crença particular.

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PARTE II
OS OFICIAIS DA LOJA
E SEUS DEVERES

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Tradução Luiz Carlos de Mello Membro da A.R.L.S. Libertador Gal. San Martin Nº 3296

PARTE II

OS OFICIAIS DA LOJA
E SEUS DEVERES
O REGULAMENTO 129, do Livro das Constituições, estabelece que os Oficiais regulares de
uma Loja consistem do Mestre seus dois Vigilantes, um Tesoureiro, um Secretário, dois
Diáconos, um Guarda Interno, e um Cobridor. O Mestre também pode nomear um Capelão,
um Diretor de Cerimônias, um Esmoler, um Organista, um Assistente de Secretário e
Stewards.

A tabela de precedência é a seguinte: —


l. — Venerável Mestre *.
2. — Vigilante Sênior *
3. — Vigilante Junior *
4. — Capelão
5. — Tesoureiro *
6. — Secretário *
7. — Diretor de Cerimônias
8. — Diácono Sênior *
9. — Diácono Junior *
l0. — Assistente de Diretor de Cerimônias
11. — Esmoler
12. — Organista
13. — Assistente de Secretário
14. — Guarda Interno *
15. — Stewards
16. — Cobridor *

* Aqueles marcados com um asterisco são os ‘Regulares’ ou Oficiais da Loja necessários,


enquanto os demais são os Oficiais ‘Permitidos’ que o Mestre pode nomear se assim o
desejar.

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Tradução Luiz Carlos de Mello Membro da A.R.L.S. Libertador Gal. San Martin Nº 3296

CAPÍTULO VIII

COBRIDOR
“A todos os pobres e aflitos Maçons de qualquer lugar, dispersos sobre a face da terra e
da água”.
Assim é executado o familiar “Tyler’s Toast”1, e deve ser lembrado que o Irmão Cobridor
ele próprio é freqüentemente, de alguma maneira, por extensão um pobre e aflito Irmão, quiçá
um digno Past Master idoso que, havendo caído em um difícil momento, está feliz por reter
uma ativa associação com a Arte, e ao mesmo tempo receber emolumentos por seu Cargo.
“Ele que está colocado no mais baixo degrau da Roda da Fortuna é igualmente merecedor
de nosso respeito”. Do mesmo modo devemos lembrar que encontramos na Quinta Secção
da Primeira Preleção; enquanto que na Secção final da Terceira Preleção, é impresso em
nossas mentes que, “Irmão entre Maçons é algo mais do que um nome”.
Não nos esqueçamos então de que, ainda que o Irmão Cobridor seja um Irmão serviçal, nós
o encontramos no Esquadro e dele nos separamos no Nível. Uma palavra fraternal de
cumprimento, acompanhada por um aperto de mãos, será possivelmente de maior valor do
que uma peça de prata no ‘prato’, e, se o Irmão Cobridor foi sabiamente escolhido para seu
Cargo, não devemos abusar dele destratando-o em nossos contatos com ele.
O Irmão Cobridor pode realmente invocar antiguidade para seu Cargo. Ele foi
mencionado pela primeira vez nas Minutas datadas de 8 de Junho de 1732, e referências ao
seu Cargo são encontradas nas Constituições de 1738. Ele não pode ser ‘nomeado’ pelo
Venerável Mestre, partilha com o Irmão Tesoureiro a distinção de ser um Oficial da Loja
‘eleito’. Uma vez eleito ele pode, se é confiável e diligente, confiantemente esperar por sua
reeleição ano após ano, há uma possibilidade muito pequena de que qualquer Loja possa
dispensar os serviços de um bom Cobridor.
O Irmão Cobridor deverá ser um homem de impecável caráter, tato, e maneiras corteses
são essenciais, não apenas para estabelecer contato com Irmãos ilustres que estão em visita à
Loja, mas, por ser próprio da natureza de seus deveres, ele é o primeiro Oficial da Loja a ter
qualquer relacionamento cerimonial com um Candidato que está buscando admissão em nossa
Ordem. A cerimônia de ingresso em uma Loja é de uma solenidade e beleza únicas, e não se
deve imaginar que o Irmão Cobridor se permitirá qualquer coisa de natureza jocosa com o
Candidato na sala de preparação.
Nalgumas Lojas é costumeiro que o Venerável Mestre delegue ao Diretor de Cerimônias,
ou a algum outro Irmão com habilidade, auxiliar na preparação do Candidato; porém dentro
dos objetivos deste Manual partimos do pré suposto de que o Cobridor é perfeitamente
competente para superintender tais detalhes, como, sem dúvida, ele usualmente o é.
Igualmente, se presume que desde há muito ele adquiriu perfeição na fraseologia dos
discursos nos vários Graus.
É inteiramente provável que nosso Irmão Cobridor seja bem versado nos mistérios da Arte
antes mesmo que nossa atenção tenha sido pela primeira vez dirigida às Três Grandes Luzes.
Presumimos, portanto, que não estamos aqui escrevendo um guia para um jovem Irmão, e não

1
N.T.: — “Tyler’s Toast” ou o “Brinde ao Cobridor”. Trata-se de um dos vários brindes que devem ser feitos
durante uma Refeição Ritualística e preferimos aqui manter o termo no seu original. O “Tyler’s Toast” é o
momento no qual os Irmãos brindam (lembram-se) daqueles Irmãos ‘que por inevitáveis circunstâncias
calamidade ou infortúnio estão reduzidos ao mais extremo grau de miséria ou desgraça’.

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Tradução Luiz Carlos de Mello Membro da A.R.L.S. Libertador Gal. San Martin Nº 3296

é o propósito discutir os deveres do Cargo de Cobridor em detalhes. Basta dizer que aqueles
deveres podem realmente ser descritos de diversos modos; o Cobridor que se desincumbe
deles de modo perfeitamente consciencioso e de maneira eficiente merecerá eterna gratidão e
boa vontade do Irmão Secretário e do Irmão Diretor de Cerimônias, que certamente encontrar-
se-ão aliviados de muitas ansiedades relacionadas aos detalhes menores.
Se há uma instrução na qual a confusão está apta a erguer-se em relação aos deveres do
Cobridor é com respeito à série de comunicados dados à porta da Loja. Se tais confusões
surgem permitam-nos não sermos por demais rápidos em condenar o Irmão que guarda a
entrada externa, tem que ser lembrado que ele serve a muitas Lojas e que os costumes
Maçônicos variam neste sentido como noutros. Nós que cremos em um sistema particular
estaríamos sendo igualmente rápidos em condenar todos os demais como errados.
Em muitas Lojas, mais particularmente nas Províncias, se faz diferenciação entre um
‘Comunicado’ e um ‘Alarme’, o primeiro (consistindo das Batidas do Grau no qual a Loja
está trabalhando) sendo usado para um Membro da Loja ou para um Visitante bem conhecido,
enquanto que o último (consistindo de uma batida simples) é usado para o caso de um
estranho buscar admissão. Há talvez muito a ser dito sobre ambos, por e contra a prática,
entretanto permanece o fato de que, uma única batida não possui significado Maçônico. No
sistema de trabalho de Emulação, com o qual nós estamos aqui mais particularmente
concentrados, de forma alguma tal comunicado é permitido.
Quando batidas únicas ou ‘Alarmes’ é uma prática, este método de comunicação é
geralmente usado para anunciar a presença de um Candidato à Iniciação, porém aqui pareceria
que há uma razoável objeção a ser discutida. O Ritual pode não estar atado, mas permanece
indiscutível o fato de que, na segunda Secção da Primeira das Antigas Preleções, onde se
encontra a instrução de que o Candidato obtém admissão em Loja por três batidas distintas,
batidas estas que aludem à antiga e venerável exortação: “Buscai e o encontrareis, perguntai e
ser-vos-á respondido, batei e abrir-se-vos-á”.
Quando o Candidato a Passagem aguarda admissão, as batidas do Primeiro Grau são dadas
indicando aos Irmãos em Loja que um Irmão abaixo do Grau de Companheiro está do lado de
fora. De modo semelhante quando um Candidato a Elevação está buscando admissão as
batidas de Companheiro são dadas para indicar que um Irmão abaixo do Grau de M.M. está
do lado de fora. Como já foi estabelecido, a batida única não possui significado Maçônico;
então, quando o Candidato é alguém para uma Iniciação, as batidas do Primeiro Grau devem
ser dadas. Na Emulation Lodge of Improvement, uma leve diferença é feita (possivelmente
para a informação do G.I. e do 2º Vig), as batidas para um Candidato sendo dadas pelo
Cobridor preferencial e deliberadamente mais forte do que no caso de uma comunicação
ordinária.
Talvez a melhor recomendação que pode ser oferecida ao Irmão Cobridor é de que ele
deverá familiarizar-se com o costume de cada Loja em particular, se prevenindo deste modo
contra a confusão e possível irritação.
Um serviço útil pode ser prestado pelo Irmão Cobridor quando um Can é liberado pela
Loja para restaurar o seu c.p. em qualquer Grau. É verificar que o Can sabe como dar o P e
fazer o Sn corretamente quando readmitido. No Terceiro Grau pode ser feito como garantia
já que o Can obviamente não saberá o que é esperado dele. Se o Irmão Cobridor aproveitar
esta excelente oportunidade de transmitir uma pequena fraternal instrução, ambos, Cand e 1º
D prevenir-se-ão de muita confusão, e a reentrada do Can será um acontecimento suave e
mais digno do que regra geral o é.
Por uma hora ou mais antes do momento da abertura da Loja o Cobridor deverá
provavelmente estar ocupado. Utensílios e paramentos devem ser corretamente dispostos, a
ante-sala preparada, e vários detalhes atendidos para que assim tudo possa estar disponível
para o Secretário em sua chegada. Um pouco depois é o Irmão Cobridor quem é geralmente

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responsável por verificar quais assinaturas estão apostas no Livro de Presenças por Membros
e Visitantes. Muitas outras exigências são feitas a ele. A Loja sendo fechada, utensílios e
paramentos devem ser sempre recolhidos e guardados em local seguro, após o que os serviços
do Cobridor são provavelmente requeridos na sala de refeições. O primeiro a chegar, ele é o
ultimo a partir. Em geral se pode corretamente dizer que ele é um dos mais penosos Cargos
da Loja.
Tendo em mente as palavras de nosso Irmão Primeiro Vigilante durante o encerramento da
Loja, permitir àqueles de nós que estão mais afortunadamente instalados para ver o
encerramento de cada feliz noite do que o Irmão Cobridor que ‘tem tido sua obrigação’.

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CAPÍTULO IX

STEWARD
O jovem Maçom que é nomeado como Steward está conquistando seu primeiro passo ativo
na longa jornada que o conduzirá, o que é esperado, à exaltada posição ocupada pelo Mestre
no Leste. Se houver, porém apenas um Steward nomeado em sua Loja sua jornada não será
tão longa, depois de tudo, o recém nomeado Steward pode razoavelmente esperar que sua boa
fortuna o levará a alcançar a promoção para o Cargo de Guarda Interno em futuro próximo.
O Regulamento 129, Livro das Constituições, de qualquer modo, não estabelece um limite
sobre o número de Stewards que o Mestre pode nomear. Não é incomum em Lojas grandes
ao Mestre nomear quatro ou seis Stewards, embora, note-se, nenhuma designação como
Sênior ou Junior para Stewards é permitida, muito menos ainda aquela de Steward do Vinho.1
Nas Lojas onde diversos Stewards são nomeados o Irmão que recebe seu primeiro Colar de
Cargo deve forçosamente olhar adiante como um longo período de aprendizado; será bem
cauteloso usar este intervalo para adaptar a si mesmo para os mais importantes deveres que
podem possivelmente mais degradar sua parte do que prevenir.
Em teoria os deveres do Irmão Steward, como algumas vezes explicado a ele pelo
Venerável Mestre, incluem ‘introduzir visitantes e verificar que estejam devidamente
acomodados’, ‘assistir na coleta das obrigações e assinaturas’, e ‘geralmente auxiliar os
Diáconos e outros Oficiais na execução de seus respectivos deveres’. Na prática o Irmão
Steward provavelmente descobrirá que a ‘introdução de visitantes’ é um dever atendido pelo
Irmão Diretor de Cerimônias e seu Assistente, que a ‘coleta de emolumentos e assinaturas’ é
somente um assunto para o Irmão Tesoureiro e o Irmão Secretário, e que os Diáconos e outros
Oficiais requerem pouca ou nenhuma assistência no ‘desempenho de seus respectivos
deveres’.
Ainda assim o Irmão Steward não deve perder de vista o fato de que é um Oficial da Loja e
que pode tornar-se muito útil. Freqüentemente ocorre que um Oficial esteja ausente, nestes
casos é o Steward que deverá estar qualificado para preencher a lacuna, uma qualificação que
ele pode obter somente por uma diligente presença em uma Loja de instrução.
Então pode muito bem ocorrer que o recém nomeado Steward pode igualmente encontrar-
se na maravilhosa posição de ocupar uma cadeira de Vigilante se estiver familiarizado com o
trabalho. Neste sentido tem sido escrito em alguns lugares que nenhum Irmão é merecedor
de ocupar uma cadeira de Vigilante em uma Loja regular a menos que tenha sido
regularmente nomeado para aquele alto Cargo. Não há nenhuma evidência passível de
autoridade para um tal pronunciamento. O presente escritor bem se lembra de uma ocasião
em sua juventude Maçônica quando atuou em tal posição muito tempo antes de ter sido
igualmente nomeado como o mais novo Steward.
Desde o início deve ser visto que o Irmão Steward não deve pensar que seus deveres estão
inteiramente limitados a cuidar dos desejos de seus Irmãos durante o período do Descanso,
embora seja um deles, ele deve estar preparado para responsabilizar-se alegremente e se
desincumbir eficientemente. A proporção de responsabilidade que recairá sobre ele neste
sentido depende grandemente do costume da Loja. Em muitas Lojas é o Tesoureiro ou o
Secretário que controla tais assuntos como o consumo de vinho e o valor gasto com relação ao

1
O termo Steward do Vinho nunca deverá ser aplicado. O autor tem em mente um incidente em uma Reunião
de Consagração quando o recém instalado Mestre foi admoestado pelo Grande Secretário por aplicar o termo.

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Tradução Luiz Carlos de Mello Membro da A.R.L.S. Libertador Gal. San Martin Nº 3296

Descanso. É possível, também, que o Diretor de Cerimônias prefira atender à acomodação e


lugar à mesa dos convidados.
A melhor recomendação que pode ser oferecida ao Irmão Steward é que ele deverá mostrar
a si mesmo estar a todo o momento preparado e desejoso de prestar toda assistência possível
aos seus Oficiais Sênior, em ambas as situações para o Labor e Descanso. Ele deverá
lembrar, também, que a Jóia do Cargo é a Cornucópia, o emblema de abundância, envolvido
pelo Compasso aberto, o símbolo da moderação.

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Tradução Luiz Carlos de Mello Membro da A.R.L.S. Libertador Gal. San Martin Nº 3296

CAPÍTULO X

GUARDA INTERNO
Nas Lojas sob a Constituição Inglesa o Cargo de Guarda Interno era certamente
desconhecido até o início do século dezenove. A primeira menção deste Oficial nas
Constituições surge em 1815, e a mais antiga referência conhecida de sua nomeação é
encontrada nas Minutas da Burlington Lodge, agora Nº 96 datada de 14 de Dezembro de
1814.
Nas primeiras vezes o Guarda Interno era freqüentemente distinguido pela Trolha como
emblema de seu Cargo; assim foi até 1819 quando as Espadas Cruzadas foram designadas a
ele nas Constituições. Nenhuma alteração desde então foi feita, e hoje o Irmão Guarda
Interno é informado, quando está sendo investido com seu Colar do Cargo pelo Venerável
Mestre, que sua Jóia são ‘duas espadas como uma Cruz de Santo André’1. Seu lugar é ‘junto
à entrada da Loja’ e seus deveres são tão importantes como aqueles de qualquer outro Oficial;
nem mais nem menos.
É para ser lamentado que alguns jovens Maçons exibam uma tendência a tratar sua
nomeação para o Cargo de Guarda Interno de modo negligente, mesmo apesar dos deveres
pertinentes ao mesmo serem de uma natureza tão simples, porém requerem um mínimo de
preparação e um pouco de consideração séria. Razoável segurança quanto à responsabilidade
pela obrigação de qualquer Cargo é recomendada; excessiva confiança, por outro lado,
freqüentemente conduz ao estrago, confusão, e conseqüente desastre.
Uma ilustração do grau de perfeição com a qual é possível conduzir além dos
aparentemente simples deveres de Guarda Interno foi indelevelmente impressa na mente do
presente escritor no Festival Meeting of Emulation Lodge of Improvement, organizado no
Grand Temple at Freemasons’ Hall em Fevereiro de 1919, em cuja ocasião a posição junto à
entrada da Loja foi ocupada por um experiente Past Master, um membro da Grand Stewards’
Lodge2 que se desincumbiu dos deveres de seu Cargo com um grau de impressionante
dignidade e soberbo controle que, com toda probabilidade, tem raramente sido igualado e
nunca excedido em qualquer outra demonstração similar ou noutro lugar.
O Irmão Guarda Interno é o elo de comunicação entre a Loja propriamente dita e o mundo
exterior, e sob nenhuma circunstância deverá deixar ele seu posto junto à entrada da Loja.
Ele está a cargo da porta da Loja e ninguém deve induzi-lo a perder o controle da porta
enquanto é aberta; a nenhum Irmão qualquer que seja o seu nível, deverá ser permitido passar
entre o Guarda Interno e a porta. Se o Guarda Interno se habituar a manter presa a porta
cada vez que a abre, então ninguém poderá passar entre ele e seu cargo.
Em um bem disposto Templo ou Salão de Loja a porta deve estar no Oeste ou quase. Há
muitos Salões de Loja onde esta disposição conveniente não é possível, mas, qualquer que
seja a localização da porta, a posição correta da cadeira do Guarda Interno é logo à esquerda
do pedestal do 1º Vigilante. Todos os comunicados devem ser dados daquela posição, e não
de outra.
1
N.T.: — O texto em inglês é ‘two swords in saltire’ e a palavra saltire significa Cruz de Santo André. Se
fossem apenas ‘duas espadas cruzadas’ a frase em inglês é diferente e foi usada pelo autor no parágrafo anterior
quando escreveu: ‘... until 1819 that the Crossed Swords were assigned to him’. Isto evidentemente demonstra
a intenção de deixar claro que são mais do que espadas cruzadas, mas cruzadas no formato da Cruz de Santo
André.
2
W. Bro. G. K. B. Neal, P.G.Srwd.

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Tradução Luiz Carlos de Mello Membro da A.R.L.S. Libertador Gal. San Martin Nº 3296

Um comunicado à porta pelo Cobridor é um sinal (se nenhum assunto estiver em curso)
para o Guarda Interno levantar, dar o P., fazer o Sn do Grau, e informar ao 2º Vigilante que
‘há um comunicado’3. Ao receber a resposta do 2ºVig da maneira usual, o Irmão Guarda
Interno descarrega o Sn e vai à porta. Tendo recebido o anúncio do Cobridor ele fecha a
porta, não esquecendo de tranca-la, retorna à posição em frente de sua cadeira, e repete o
comunicado do Cobridor para o Mestre. Em cada caso o Guarda Interno deve lembrar de não
descarregar o Sn até que tenha sido respondido pelo Mestre ou 2º Vigilante.
Quando o Cobridor dá um comunicado à porta da Loja o Guarda Interno deve lembrar que
ele nunca os reporta diretamente ao Mestre, mas sempre para o 2º Vigilante. O 2ºVig
responderá com ou, no caso de um Candidato aguardando admissão, ele primeiro relatará
ao V.M., e dará então ao G.I. as instruções verbais. Após abrir a porta e receber o
comunicado do Cobridor, o G.I. então se reporta diretamente ao V.M. em todos os casos.
Quando admitindo quer um Membro quer um Visitante o G.I. deverá informa-lo em que
Grau a Loja está trabalhando, instruindo-o sobre qual é a saudação correta a ser dada.
Nenhum Irmão, por mais elevado que seja seu nível, deverá ser admitido em Loja enquanto o
Mestre não for comunicado sobre ele. O Guarda Interno que nunca foi chamado a exercer
sua autoridade em relação a isto pode considerar-se como um afortunado; pois temos sabido
de Irmãos Secretários (que deveriam conhecer melhor!) que freqüentemente se mostram
considerando a si mesmos investidos com o direito de evitarem este dever, em e fora da Loja,
de um modo informal. O Guarda Interno que resolutamente declina de permitir tal
irregularidade pode possivelmente obter o desprazer momentâneo de ter um Irmão Secretário
impaciente diante de si, mas ele não deverá permitir que tal idéia o detenha na devida
execução das responsabilidades de seus deveres.
O Irmão Guarda Interno deve lembrar que os Irmãos não ‘exigem’ admissão; eles
‘buscam’ ou ‘solicitam’4. De acordo com o sistema de Emulação nenhuma palavra é usada; a
fórmula é: ‘V.M. é o Ir. A.B.’, quando então o V.M. responde: ‘Admita-o’.
Em um único instante o Guarda Interno sempre se dirige ao 2ºVig pelo nome, i.e. quando a
Loja está sendo aberta no Primeiro Grau. O 2ºVig ordenará ao G.I. pelo nome para ver
q.a.L.e.d.c.5 Tendo o G.I. assim feito o relato ao 2ºVig pelo nome que a.L.e.d.c. No instante
referido não se dá P ou se faz Sn. Em todos os outros casos o G.I. dá o P., faz o Sn, e se
dirige ao seu Oficial Sênior ao Sul como ‘Irmão 2º Vigilante’. O Mestre nunca é endereçado
pelo nome.
O Irmão Guarda Interno deve ter o cuidado de lembrar que no Primeiro Grau apenas o
Candidato é descrito como ‘Sr.’ Quando é anunciado. No Segundo e Terceiro Graus ele é
‘Irmão’. O Guarda Interno nunca deverá abrir a porta para admitir um Candidato para
qualquer Grau enquanto o Diácono responsável pelo dever de colocar o B.Aj não o tenha
feito, nem enquanto ambos os Diáconos não houverem chegado à porta para receber o
Candidato.
3
Em todos os casos, quando comunicar ao 2ºVig., o G.I. deve lembrar de não voltar seu corpo para o S. O G.I.
deverá erguer-se voltado para o L., voltando apenas sua cabeça na direção do 2ºVig. ao se dirigir a ele.
4
Os únicos Irmãos na Maçonaria Metropolitana com poder para exigir admissão em Loja são o Grão Mestre, o
Grão Mestre Adjunto, e o Delegado do Grão Mestre. Nas Províncias e Distritos, o Grão Mestre Provincial ou
Distrital, e seu Delegado ou o Adjunto do Grão Mestre Provincial ou Distrital. Nenhum outro Irmão qualquer
possui tal direito, a menos que esteja atuando como o representante do Grão Mestre. Há a impressão comum em
muitos sentidos que um Grande Oficial tem poderes de ‘exigir’ admissão, porém isto é errôneo. Nenhum
Grande Oficial, por mais alto que seja seu nível (salvo os acima mencionados), possui qualquer invocação mais
notável para entrar em uma Loja do que um jovem Mestre Maçom; o Mestre tem o direito de recusar admissão
(ver Capítulo XXVI). Tão pouco, deve ser notado, um Grande Oficial ao visitar uma Loja está investido com a
mais leve autoridade, em virtude de seu nível, para interferir por qualquer meio nos procedimentos ou questionar
como o Mestre controla seus assuntos. Se seu conselho é pedido, indubitavelmente ele será dado
prazerosamente; se não, então a única coisa que o distingui de outros Irmãos visitantes é a cor de seu paramento.
5
N.T.: — Em inglês é ‘to see t.t.L.i.p.t’ ou seja, ‘that the Lodge is properly tiled’.

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Tradução Luiz Carlos de Mello Membro da A.R.L.S. Libertador Gal. San Martin Nº 3296

Quando ordenado pelo V.M. para admitir um Candidato o G.I. deve sempre lembrar de
aplicar-lhe à porta o P...l s.s.p.e.n., E., ou C. de acordo com o Grau. No Primeiro Grau, após
usar o P...l o G.I. deverá ergue-lo ao alto para declarar ao V.M. que foi usado, e então
recoloca-lo sobre o ped do 1ºVig., onde o 1ºD poderá encontra-lo no momento devido6.
O G.I. fica muitas vezes incerto em relação ao método correto de aplicar o P...l, E., ou C.
No Primeiro Grau a p...ta do P...l deve ser aplicada no p.e.n. do Can. No Segundo Grau os
braços do E. deverão ser aplicados. No Terceiro Grau as p...tas abertas do C.
simultaneamente sobre ambos os p...tos do Can.
Quando recebendo um Candidato o G.I. nunca sairá da Loja; sua posição é junto à entrada
da Loja, e o Cobridor conduzirá o Candidato a uma posição tal que o P...l, E., ou C. possa ser
corretamente aplicado enquanto o G.I. está de pé realmente junto à entrada da Loja.
Quiçá é esperado particularmente muito do Irmão Guarda Interno, que freqüentemente é
um jovem e inexperiente Maçom para contar consigo mesmo para verificar que os Irmãos
Visitantes estejam corretamente trajados e sem portar jóias indevidas; mas ele deverá ter sido
anteriormente alertado para tais detalhes. De modo semelhante ele deverá estar alerta para
verificar que o Irmão Cobridor não tenha cometido nenhum erro grave em certas partes
importantes de seus deveres, i.e. que o Candidato está de...te pr...do.
Nenhum trabalho importante do cerimonial deverá a qualquer tempo ser interrompido com
o intuito de se fazer um comunicado; comunicados dados pelo Cobridor em períodos
inconvenientes deverão ser ignorados. Se estiver em dúvida de se deve dar atenção a um
comunicado, o Guarda Interno pode tentar atrair a atenção do 2ºVig; se nenhum sinal puder
vir daquele lado, ele pode talvez ser hábil em conseguir o olhar do V.M. ou do P.M.I.,
recebendo daquela direção uma indicação silenciosa de quando será feito o anúncio do
comunicado ou aguardar um momento mais conveniente.
O Irmão Guarda Interno deverá estudar as notas seguintes que deverão auxilia-lo no
desempenho de seus deveres.

ABERTURA DA LOJA
1. — O G.I. não fará nenhum Sn ao receber a ordem do 2º Vig para verificar q.a.L.e.d.c.
O G.I. dirigi-se a porta e dá as do Primeiro Grau. Ele não abrirá a porta.7 O Cobridor
responderá com similares. O G.I. então retorna a sua posição em frente de sua cadeira e
relata ao 2º Vig pelo nome: ‘Ir. ..., a.L.e.d.c.’ Até este ponto não se dá o P. ou Sn.
2. — Quando o V.M. declarou que a Loja ‘devidamente aberta’ e os Vigilantes deram o
G.I. novamente vai até a porta e dá as do Primeiro Grau, que serão devidamente
respondidas pelo Cobridor.

6
É dever do 1ºD., e não do G.I., levar o Pn para o V.M. O último costume, é uma prática vulgar e algumas
vezes é sustentada pela opinião de que o Pn é a Ferramenta de Trabalho ou Emblema peculiar do G.I., uma linha
de raciocínio ou conclusão difícil de seguir quando é lembrado que o uso do Pn no Primeiro Grau é duplicado
exatamente pelo uso do E. ou C. no Segundo e Terceiro Graus. O Emblema ou Jóia do Cargo do G.I., como a
ele é informado pelo V.M. durante a investidura, são 'duas espadas na forma de Cruz de Santo André'. Há,
porém um Oficial da Loja armado, o Cobridor que guarda a entrada com uma es...da d...a. O Pn. não é uma
arma quer de ataque ou de defesa, não é mais do que um implemento usado com um certo propósito no Primeiro
Grau, como são o E. e C. no Segundo e Terceiro Graus, e em nenhum sentido a insígnia, emblema, ou
ferramenta peculiar do G.I. O G.I. deverá deixar seu posto junto à entrada da Loja; mas sim o 1ºD., como
mensageiro particular do V.M., está correto em conduzir o Pn. consigo para o L., e coloca-lo sobre o ped. do
V.M. pronto para ser usado em um estágio posterior da Cerimônia.
7
Esta instrução é aplicada na Abertura de todos Graus. O comando do 2º Vig para o G.I. ‘verificar’ que
a.L.e.d.c. não objetiva significar que o G.I. deva neste momento abrir a porta. A palavra ‘verificar’ tem por
objetivo algo diferente de perceber com os olhos. As B...s do lado de fora são as indicações suficientes de que o
Cobridor está em seu posto e de que a Loja está d.c.

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Tradução Luiz Carlos de Mello Membro da A.R.L.S. Libertador Gal. San Martin Nº 3296

ABERTURA DA LOJA NO
SEGUNDO GRAU
3. — O G.I. não faz Sn ao receber o comando do 2º Vig para verificar que a.L.e.d.c. Ele
se dirige a porta e dá as do Primeiro Grau, que serão respondidas pelo Cobridor. O G.I.
então retorna a sua posição, dá o P., faz o Sn de Ap, e relata: ‘Ir. 2º Vig, a L.e.d.c.’.
Descarrega o Sn após o comunicado, mantendo a mão aberta.
4. — Quando o V.M. declarou a Loja ‘devidamente aberta no E.’ e os Vigilantes já deram
as o G.I. novamente vai a porta e dá as do Segundo Grau, que serão respondidas pelo
Cobridor.

ABERTURA DA LOJA NO
TERCEIRO GRAU
5. — O G.I. não faz Sn ao receber a ordem do 2º Vig para verificar s.a.L.e.d.c. Ele vai a
porta e dá as do Segundo Grau, que serão respondidas pelo Cobridor. O G.I. então
retorna a sua posição, dá o P., faz o Sn de Comp, e informa: ‘Ir. 2º Vig, a.L.e.d.c.’.
Descarrega o Sn após o comunicado, mantendo ambas as mãos abertas.
6. — Quando o V.M. declarou a Loja ‘devidamente aberta no C.’ e os Vigilantes já deram
as o G.I. novamente vai a porta e dá as do Terceiro Grau, que serão respondidas pelo
Cobridor.

ENCERRAMENTO DA LOJA NO
TERCEIRO GRAU
7. — O G.I. não faz Sn ao receber a ordem do 2º Vig para ‘provar q.a.L.e.c.c.’8 Ele vai a
porta e dá as do Terceiro Grau, que serão respondidas pelo Cobridor. O G.I. então
retorna a sua posição, dá o P., faz o Sn de M.M., e informa: ‘Ir. 2º Vig., a.L.e.c.c.’.
Descarrega o Sn após o comunicado, mantendo a mão aberta, e não esquecendo de recuperar.
8. — Quando o 2º. Vig. declarou que a Loja está ‘regularmente encerrada’ e dá o G.I.
novamente vai a porta e dá as do Terceiro Grau, que serão respondidas pelo Cobridor.

ENCERRAMENTO DA LOJA NO
SEGUNDO GRAU
9. — O G.I. não faz Sn ao receber a ordem do 2º Vig para ‘provar q.a.L.e.c.c.’ Ele vai a
porta e dá as do Segundo Grau, que serão respondidas pelo Cobridor. O G.I. então
retorna a sua posição, dá o P., faz o Sn de Comp., e informa: ‘Ir. 2º Vig., a.L.e.c.c.’.
Descarrega o Sn após o comunicado, mantendo ambas as mãos abertas.
10. — Quando o 2º Vig deu após ‘E Felizes nos Reuniremos Novamente’, o G.I.
novamente vai a porta e dá as do Segundo Grau, que serão respondidas pelo Cobridor.

ENCERRAMENTO DA LOJA
11. — O G.I. não faz Sn ao receber a ordem do 2º Vig para ‘provar q.a.L.e.c.c.’ Ele vai a
porta e dá as do Primeiro Grau, que serão respondidas pelo Cobridor. O G.I. então
retorna a sua posição, dá o P., faz o Sn de Ap., e informa: ‘Ir. 2º Vig., a.L.e.c.c.’. Descarrega
o Sn após o comunicado, mantendo a mão aberta.
12. — Quando o 2º. Vig. declarou que a Loja está ‘regularmente encerrada’ e dá o G.I.

8
N.T.: — Em inglês a expressão é ‘prove t.L.c.t.’ ou ‘prove that Lodge is completely tiled’, i.é, provar que a
Loja está completamente coberta. Daí termos adotado ‘provar q.a.L.e.c.c.’ como tradução.

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Tradução Luiz Carlos de Mello Membro da A.R.L.S. Libertador Gal. San Martin Nº 3296

novamente vai a porta e dá as do Terceiro Grau, que serão respondidas pelo Cobridor.

CERIMÔNIA DE INICIAÇÃO
1. — Quando o Cobridor dá o comunicado pelo Can. o G.I. deverá levantar, dar o P., fazer
o Sn de Ap., e anunciar ao 2º Vig: ‘Ir. 2º Vig, h.u.c.’9 O G.I. deve permanecer de pé e à O.
enquanto o 2º Vig comunica ao V.M. Ao receber do 2º Vig as instruções o G.I. descarrega o
Sn, mantendo a mão aberta. Ele então vai a porta, abre-a e exige do Cobridor: Quem está aí
convosco?
2. — Após ordenar ao Cobridor ‘Aguardai, enquanto comunico...’, o G.I. fechará a porta,
não esquecendo de tranca-la, retorna a posição em frente de sua cadeira, dá o P, faz o Sn de
Ap., e repete ao V.M. o comunicado do Cobridor.
3. — Quando perguntado pelo V.M. se ele pode assegurar que o Can está dev. prep. O G.I.
responde: ‘Posso, V.M.’. O G.I. não deverá saudar o V.M. quando der sua resposta.
4. — O momento correto para o G.I. descarregar o Sn é quando o V.M. diz: ‘... na devida
forma’.
5. — O G.I. pega o P...l e vai à porta. Ele não deve abri-la até que ambos os Diáconos
tenham chegado para receber o Candidato. O G.I. aplica o P...l e pergunta ao Can.: ‘Sentis
algo?’ Então ele ergue o P...l para que o V.M. possa vê-lo. O G.I. deverá colocar o P...l
sobre o ped. do 1º Vig após usa-lo.
6. — Quando o Cobridor dá o próximo comunicado pelo Can que está aguardando para ser
readmitido para as Preleções o G.I. se levanta, dá o P., faz o Sn de Ap., e anuncia ao 2º Vig:
‘Ir 2º Vig., h.u.c.’. O G.I. não descarregará o Sn até que o 2º Vig tenha dado a resposta com
uma . O G.I. então vai a porta para receber o anúncio do Cobridor, após o que ele fecha a
porta, não esquecendo de tranca-la, retorna para a sua posição em frente de sua cadeira, dá o
P., faz o Sn de Ap., e informa: ‘V.M. é o Can em seu retorno’. O G.I. após a resposta do
V.M. descarrega o Sn e então vai novamente a porta, mas ele não a abre até que o 2º D chegue
para receber o Can.

CERIMÔNIA DE PASSAGEM
1. — Quando o Cobridor faz o comunicado pelo Can o G.I. irá levantar, dar o P., fazer o
Sn de Comp., e anunciar ao 2º Vig: ‘Ir. 2º Vig h.u.c.’ O G.I. deve permanecer de pé e à O.
enquanto o 2º Vig comunica ao V.M. Ao receber as instruções do 2º Vig irá descarregar o
Sn, mantendo ambas as mãos abertas. Ele então vai à porta, abre-a, e exige do Cobridor:
‘Quem está aí convosco?10
2. — Após ordenar ao Cobridor ‘Esperai’, o G.I. procede como no Primeiro Grau, retorna a
posição, dá o P., faz o Sn de Comp., e repete o comunicado ao V.M.
3. — Novamente o G.I. deve lembrar de não saudar o V.M. quando estiver respondendo:
‘Posso, V.M.’11.
4. — O momento correto para o G.I. descarregar o Sn é quando o V.M. diz as palavras: ‘...
na devida forma’.
5. — Agora o G.I. toma do E., e vai à porta, aguarda até que ambos os Diáconos cheguem
antes de abri-la. Ele aplica o E. e ergue ao alto para que o V.M. possa vê-lo.

9
N.T.: — Em inglês a expressão é ‘Bro. J.W., t.i.a.r.’, i.é, ‘Ir. 2º Vig there is a report’, que usualmente se traduz
em português para ‘Ir 2º Vig batem a porta do Templo’, mas a tradução mais fiel deve ser: ‘Ir 2º Vig há um
comunicado’, daí termos usado ‘Ir. 2º Vig h.u.c.’
10
Em cada Grau o G.I. deve lembrar que ele não deverá deixar a Loja para fazer o exame do Can. Ele deve
estar em pé junto à entrada da Loja.
11
A saudação Cerimonial completa ao V.M. de qualquer Oficial é absolutamente supérflua e fora de lugar. O
devido respeito à Cadeira é demonstrado pela saudação. Nada, além disso, é necessário.

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Tradução Luiz Carlos de Mello Membro da A.R.L.S. Libertador Gal. San Martin Nº 3296

6. — Quando o Cobridor faz o comunicado pelo Can que está aguardando para ser
readmitido para a Explicação da T.D. o G.I. levanta, dá o P., faz o Sn de Comp., e anuncia ao
2º Vig: ‘Ir. 2º Vig, h.u.c.’ O G.I. não descarregará o Sn até que o 2º Vig tenha respondido
com . O G.I. então vai à porta para receber do Cobridor o anúncio, após o que fecha a
porta, não esquecendo de tranca-la, retorna a posição em frente de sua cadeira, dá o P., faz o
Sn de Comp., e comunica: ‘V.M., é o Can em seu retorno’. Descarrega o Sn quando o V.M.
houver respondido. O G.I. então novamente vai à porta, mas não a abre até que o 1º D tenha
chegado para receber o Can.

CERIMÔNIA DE ELEVAÇÃO
1. — Quando o Cobridor faz o comunicado pelo Can o G.I. irá levantar, dar o P., fazer o
Sn de M.M., e anunciar ao 2º Vig: ‘Ir. 2º Vig h.u.c.’ O G.I. deve permanecer de pé e à O.
enquanto o 2º Vig comunica ao V.M. Ao receber as instruções do 2º Vig irá descarregar o
Sn, mantendo a mão aberta, e na esquecendo de recuperar. Ele então vai à porta, abre-a, e
exige do Cobridor: ‘Quem está aí convosco?
2. — Após ordenar ao Cobridor ‘Esperai’, o G.I. procede como no Primeiro e Segundo
Graus, retorna a posição, dá o P., faz o Sn de um M.M., e repete o comunicado ao V.M.
3. — O momento correto para o G.I. descarregar o Sn é quando o V.M. diz as palavras: ‘...
na devida forma’.
4. — Agora o G.I. toma o C., e vai à porta, aguarda até que ambos os Diáconos cheguem
antes de abri-la. Ele aplica o C. e ergue ao alto para que o V.M. possa vê-lo.
5. — Quando o Cobridor faz o comunicado pelo Can que está aguardando para ser
readmitido para completar a Cerimônia o G.I. irá levantar, dar o P., fazer o Sn de um M.M., e
anunciar ao 2º Vig: ‘Ir. 2º Vig h.u.c.’ O G.I. não descarregará o Sn até que o 2º Vig tenha
respondido com . O G.I. então vai à porta para receber do Cobridor o anúncio, após o que
fecha a porta, não esquecendo de tranca-la, retorna a posição em frente de sua cadeira, dá o
P., faz o Sn de M.M., e comunica: ‘V.M., é o Can em seu retorno’. Descarrega o Sn quando
o V.M. houver respondido. O G.I. então novamente vai à porta, mas não a abre até que o 1º
D tenha chegado para receber o Can.
Finalmente, o Irmão Guarda Interno, deve prestar atenção ao Cobridor quando ele lhe
anuncia um Irmão Visitante que procura por admissão. Espantosos e divertidos desatinos são
freqüentemente ouvidos de Guardas Internos nervosos ao anunciar o nível de um visitante.
Em todos os casos de dúvida não se deve ter receio de perguntar ao Irmão Cobridor para
repetir seu anúncio. Nunca se apresse em executar seus deveres; lembre-se que o seu
trabalho é de igual importância tal como o de seus Oficiais superiores. Dê seus comunicados
lenta e distintamente, mantendo uma atitude ereta e confiante, e estará fazendo sua parte na
direção da preservação daquela dignidade e decoro que devem caracterizar todos os nossos
procedimentos.

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Tradução Luiz Carlos de Mello Membro da A.R.L.S. Libertador Gal. San Martin Nº 3296

CAPÍTULO XI

ASSISTENTE DE SECRETÁRIO
O IRMÃO ASSISTENTE DE SECRETÁRIO é o sexto na lista dos Oficiais permitidos,
i.e. aqueles Oficiais que, de acordo com o Regulamento 129 nas Constituições, pode ser
nomeado se o Venerável Mestre assim o desejar. Nas Lojas onde tal nomeação é feita o nível
do Assistente de Secretário é imediatamente acima do Guarda Interno. A Jóia de seu Cargo é
‘duas penas formando uma cruz de Santo André com uma barra sobre ela com a palavra
Assistente’.
Como é denotado pelo nome de seu Cargo, o dever do Irmão Assistente de Secretário é
atuar como auxiliar do se seu Oficial Sênior no Norte. Este auxílio pode ser prestado de
diversas maneiras, porém é muito dependente da personalidade do Irmão Secretário, tanto
quanto dos costumes da Loja, de nenhuma utilidade seria o empenho de se colocar aqui em
detalhes os deveres de um Assistente de Secretário.
Em algumas Lojas o Cargo torna-se progressivo,1 sendo visto como o próximo passo na
promoção após o Cargo de Guarda Interno. Onde um tal costume é exercido o jovem Maçom
investido com o Colar de Assistente de Secretário poderá, com toda probabilidade, acreditar a
natureza de seu Cargo é a da sinecura. A carência de conhecimento e experiência tornam
impossível para ele prestar assistência útil em quaisquer assuntos de importância, e poucos
Secretários de Loja tão pouco possuem tempo ou inclinação para ensinarem um novo
Assistente a cada ano.
Em outras Lojas é adotada a prática de nomear o mesmo Assistente de Secretário ano após
ano. Nestes casos o Irmão selecionado para a sucessão é um confiável Past Master, e aqui
uma valiosa assistência poderá ser prestada se o Irmão Secretário aceita-la. A dúvida
implicada pelo uso de itálicos não é imaginária porque, muito estranhamente, há alguns
Secretários de Loja que parecem se ressentir quando é nomeado um Assistente de Secretário,
aparentemente vêem uma tal nomeação como uma censura a suas próprias habilidades.
Onde um tal estado romanceado existe o Venerável Irmão Assistente de Secretário muito
provavelmente demitir-se-á, pois espera vestir o Colar do Cargo numa impingida indolência;
mas, onde se obtém felizes condições, ele pode vir a ser um grande e real auxiliar para o seu
Oficial Sênior e um bem para sua Loja.
Com o enorme e continuado crescimento no tamanho de algumas Lojas o trabalho na mesa
do Secretário tem sido proporcionalmente incrementado. A responsabilidade única pelo
desenvolvimento daquele trabalho deve, é evidente, recair sobre o próprio Irmão Secretário;
porém onde ele aceita a desejável ajuda de um eficiente Assistente, ele encontrará seu
trabalho consideravelmente suavizado e haverá pouca possibilidade de que os trabalhos da
secretaria da Loja falhem na retaguarda.

1
Estritamente falando, nenhum Cargo pode ser encarado como ‘progressivo’ no sentido de que o Oficial possui
qualquer direito de pleitear progresso do atual para um Cargo mais alto no ano seguinte. O Regulamento 129,
do Livro das Constituições, enfatiza que nenhum Irmão possui ‘o direito de pleitear avanço por rotação’. A
nomeação de todos Oficiais, exceto o Tesoureiro e o Cobridor, é unicamente de ponderação e poder do Mestre.

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Tradução Luiz Carlos de Mello Membro da A.R.L.S. Libertador Gal. San Martin Nº 3296

CAPÍTULO XII

ORGANISTA
O Cargo do Irmão Organista é um daqueles, como estabelecido no Regulamento 129 das
Constituições, que ‘pode’ ser preenchido se o Venerável Mestre assim o desejar.
Deverá ser preenchido dependendo do talento disponível. Certamente um Mestre será
mais sábio em deixar o Cargo vago do que nomear um Irmão desprovido de habilidade
musical. Desafortunadamente tais nomeações são feitas, porém o Irmão que aceita a Lira
como o Emblema de seu Cargo sem possuir as qualificações essenciais que o habilitem a se
desincumbir dos deveres daquele Cargo de um modo eficiente é de certo modo mais que a
origem de embaraço para sua Loja; ele é um aborrecimento.
Nos casos onde nenhum Irmão dotado de habilidade na divina arte da Música possa ser
encontrado entre os membros da Loja, e onde considerações financeiras ou outras proíbem o
compromisso de um músico pago, o Mestre será mais bem aconselhado em lembrar que a
música não é parte essencial da Maçonaria e de que nossas cerimônias não podem perder nada
de sua solene beleza muito embora a música esteja inteiramente ausente dos procedimentos.
Presumindo que um Irmão músico experiente esteja disponível, seus deveres são tais que
não podem ser descritos em detalhes no espaço de uns poucos parágrafos. O
acompanhamento das Odes de Abertura e Encerramento, e o de salmodiar respostas às Preces,
são deveres óbvios. Por outro lado tudo deve ser dependente em grande extensão dos
costumes existentes em qualquer Loja em particular.
De qualquer modo oxalá que o Organista seja um músico completo, pois ele deve estudar
em isolamento o Ritual das várias Cerimônias se seus esforços forem para ser efetivos. O
recém nomeado Organista que é jovem na Arte fará bem em limitar suas atividades aos pontos
mencionados, e não inserir acidentalmente música durante as Cerimônias. Posteriormente,
ganhando ele experiência e confiança, estará habilitado a fazer interpolações musicais com
vantagem.
Não significará nenhum desrespeito ao Irmão Organista se ele lembrar que será melhor ser
raramente ouvido do que freqüentemente; ao órgão nunca deve ser permitido obstruir
indevidamente a Cerimônia. Um enorme cuidado é necessário na interpolação de frases
musicais; elas devem ser cuidadosamente marcadas, e terminarem precisamente no momento
certo.
A seleção de combinações musicais para incidentais frases durante as Cerimônias podem
satisfatoriamente ser deixadas aos cuidados de um músico experiente e que também possua
um refinado senso de oportunidade Maçônica. Há, de qualquer modo, dois importantes
pontos para os quais a atenção do Irmão Organista deve ser dirigida.
O primeiro é durante a Cerimônia de Iniciação quando, após o Jur, o Candidato está prestes
a ter restaurada a L...z. Neste solene momento quando os Irmãos, por um sinal do V.M.,
fazem um certo movimento, uma ruidosa corda do órgão é freqüentemente ouvida. Um tal
procedimento pode unicamente ser denominado de indigno e totalmente fora de propósito.
Até mais indesejável é a interposição de suave música secular seguindo a investidura dos
diferentes Oficiais na Reunião de Instalação. Durante estes procedimentos o presente escritor
tem ouvido o ar de ‘For He’s a Jolly Good Fellow’ vindo do órgão na investidura do

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Tradução Luiz Carlos de Mello Membro da A.R.L.S. Libertador Gal. San Martin Nº 3296

Secretário, e as máculas de ‘Poor Old Joe’1 como cumprimento pela re-nomeação do


Cobridor.
Deve ser admitido que até mesmo Organistas, de considerável experiência algumas vezes
erram neste sentido. O Venerável Mestre estará agindo sabiamente se gentilmente, porém
firmemente determinar que tais interpolações musicais são indesejáveis e totalmente fora de
lugar.

1
N.T.: — ‘For He’s a Jolly Good Fellow’ pode ser traduzido por ‘Ele é um Alegre Bom Companheiro’ e ‘Poor
Old Joe’ pode ser traduzido por ‘Pobre Velho Zé’. Está claro que tais músicas são completamente indignas em
qualquer uma de nossas Cerimônias, no entanto, o autor está exemplificando até que ponto pode chegar o mau
gosto de um Organista insensato.

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Tradução Luiz Carlos de Mello Membro da A.R.L.S. Libertador Gal. San Martin Nº 3296

CAPÍTULO XIII

ESMOLER
O Cargo do Irmão Esmoler é um daqueles de origem moderna; nenhuma menção sobre ele
é encontrada nas Constituições até o ano de 1910. Sua jóia é ‘uma bolsa sobre a qual está um
coração’. Na tabela de precedência o nível do Esmoler está entre o Assistente de Diretor de
Cerimônias e o Organista.
Durante o transcurso da cerimônia de Iniciação somos lembrados de que há dentre nossos
Irmãos aqueles que estão reduzidos ao mais extremo grau de miséria e aflição. Levar auxílio
a estes Irmãos aflitos é o dever do Irmão Esmoler, e para suplementar fundos a esta causa
digna há o costume na maioria das Lojas de o Esmoler circular a Caixa de Caridade entre os
Irmãos. Se isto deverá ser feito em Loja Aberta ou postergado até o período de Descanso é
uma questão sobre a qual há divergência de opiniões. A questão é uma daquelas que devem
ser deixadas para o Mestre da Loja, que indubitavelmente será guiado pela prática existente
em sua respectiva Loja.
A questão sobre se os Irmãos visitantes deverão ser convidados ou permitidos a contribuir
com a Caixa de Caridade é outra sobre a qual há diversas opiniões. Dificilmente se espera
que em qualquer Loja a Caixa de Caridade seja desnecessariamente imposta a um convidado,
porém não pode haver nenhum dano em se permitir a um Irmão Visitante que dê sua pequena
contribuição a uma tão excelente causa se ele assim o desejar. Quando o presente escritor é
perguntado por um Irmão que está fazendo correr a Caixa de Caridade se é para passa-la aos
Visitantes ele invariavelmente responde: “Passe-a lentamente”.
Em muitas Lojas existe o costume de fazer do Esmoler um Cargo progressivo1, para o
Irmão que preencheu o Cargo de Guarda Interno (ou talvez Assistente de Secretário) durante
um ano atuar como Esmoler no próximo. Há muito a ser dito novamente sobre tal prática; é
altamente improvável que o jovem Maçom, que ainda tem uns cinco ou seis anos de espera
antes de conquistar o nível de um Mestre Instalado, possa possuir a necessária experiência
para qualifica-lo a se desincumbir dos deveres do Cargo de Esmoler de um modo eficiente.
Freqüentemente, quando é feito um pedido de auxílio, considerável experiência é essencial
para habilitar o Irmão Esmoler a decidir se é um caso digno de ser abraçado, pois infelizmente
é verdade que temos em nosso meio Maçônico vadios que buscam fazer comércio de sua
ligação com a Ordem impressionando os instintos caritativos dos Irmãos.
O Esmoler que é re-nomeado ano após ano, e que então vem a ser um Oficial permanente
da Loja tal como, o Tesoureiro e o Secretário,2 acumula uma quantidade de experiência que
não pode falhar em auxilia-lo na execução de seus deveres. De todos os pontos de vista o
Irmão Esmoler deveria ser um Oficial permanente da Loja e um Past Master experiente.

1
Ver nota 1 CAPÍTULO XI sobre o Regulamento 129 do Livro das Constituições.
2
No sentido literal, é óbvio, não há nenhum Oficial de Loja ‘permanente’, Cada Oficial é nomeado (ou eleito) a
cada ano. Todavia é o costume de muitas Lojas que tais Oficiais como o Tesoureiro, Secretário, D.C.,
Organista, etc., permaneçam em seus Cargos por longos períodos, deste modo eles se tornam na prática, se não
em teoria, Oficiais um tanto quanto ‘permanentes’.

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CAPÍTULO XIV

ASSISTENTE DE DIRETOR DE CERIMÔNIAS


O REGULAMENTO 18, do Livro das Constituições, que o Grão Mestre deve nomear dois
Deputy Grandes Diretores de Cerimônias e doze Assistant Grandes Diretores de Cerimônias.
Deve ser notado que há uma enorme diferença entre os dois Cargos. O ‘Deputy’, como sua
designação denota, é um Oficial nomeado para atuar no lugar de seu Oficial Sênior quando a
ocasião exige, enquanto ‘Assistant’ é um Oficial auxiliar cujo dever é prestar tanta assistência
quanto pode ser-lhe requerida.
Evidencia-se, então, que em uma Loja Privada nosso Irmão Assistente de Diretor de
Cerimônias seria mais corretamente designado como ‘Deputy’, já que como uma regra geral,
se espera que ele assuma na ausência do Diretor de Cerimônias.
Assim como no caso do Esmoler e do Assistente de Secretário, o Cargo de Assistente de
Diretor de Cerimônias em muitas Lojas se torna um Cargo progressivo, o Irmão atuando
naquela posição por um ano, progride para o Cargo de 2º Diácono no ano seguinte, sempre
sob a condição de que o Mestre está satisfeito em promove-lo.
Há muito para ser dito sobre tal prática e pouco em seu favor. O jovem Irmão que está
trabalhando seu caminho de ascensão passando por vários Cargos não pode supor que possua
a grande experiência que é essencial para o eficiente desempenho dos muitos deveres de um
Diretor de Cerimônias, e ele está conseqüentemente incapacitado para atuar naquela posição
na ausência de seu Oficial Sênior. Na noite de Instalação, por exemplo, ele será compelido a
estar ausente da Loja durante a parte mais importante dos procedimentos.
Indubitavelmente o Assistente de Diretor de Cerimônias deveria ser um Past Master e,
onde o Irmão certo tem sido encontrado para o Cargo, o recém instalado Mestre será prudente
ao confirmar a escolha de seu predecessor pela re-nomeação do detentor anterior do Cargo.
Para colocar em detalhes os deveres do Assistente de Diretor de Cerimônias seria
necessária a recapitulação dos pontos que estão distribuídos no Capítulo XVIII, pois um
Assistente eficiente precisaria ser exímio em todas as passagens dos mistérios da Arte tal
como seu Oficial Sênior. Como já mencionado, é seu dever assumir na ausência do Diretor
de Cerimônias, e ele pode apenas desempenhar um dever de tal responsabilidade de modo
apropriado se ele for completamente versado na etiqueta Maçônica e na condução de nossos
procedimentos cerimoniais. O Irmão Assistente de Diretor de Cerimônias deverá ler o
Capítulo XVIII cuidadosamente, e o Mestre as recomendações nele contidas.
Quando o Oficial Junior está atuando em seu posto de Assistente é essencial que ele deva
obter um perfeito entendimento com seu Irmão sênior e que saiba exatamente o que é
esperado dele. De qualquer forma tomara que ele possa ser um distinto Past Master, o
Assistente de Diretor de Cerimônias deveria sempre estar atento para não permitir que
qualquer excesso de zelo o influencie a ‘entrar na moda’ e tomar para si qualquer dever
exatamente pertencente ao Diretor de Cerimônias. Qualquer que seja a ação, mesmo que
bem intencionada, será de melhor tom domina-la do que obter um lamentável atrito.
Por outro lado, quando uma perfeita compreensão e uma fraternal boa vontade existe entre
o Diretor de Cerimônias e seu Assistente a porção cerimonial de nossos solenes
procedimentos será certamente conduzida com majestosa dignidade e decoro, e Proveito e
Prazer será o feliz resultado.

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CAPÍTULO XV

DIÁCONOS
SERIA difícil nestes dias mesmo para o mais imaginativo Irmão conceber um quadro
mental das Cerimônias de nossa Arte sendo executadas integralmente sem a assistência
daqueles nossos Irmãos que são distinguidos pelo emblema familiar de um Pombo carregando
um Ramo de Oliva, o símbolo da Paz e do Conhecimento.
Entretanto a adoção geral do Cargo de Diácono, como conhecemos hoje, é certamente de
origem moderna nas Lojas privadas que trabalham sob a jurisdição da Grande Loja Unida da
Inglaterra. Nas primitivas Lojas Escocesas e Irlandesas os Diáconos eram oficiais
importantes, e nos antigos registros de umas poucas Lojas Inglesas referências aos Diáconos
são encontradas remotamente nos inícios do século dezoito; todavia estes úteis Oficiais não
eram freqüentemente conhecidos nas Lojas Inglesas trabalhando sob a Grande Loja Regular
até oitenta anos mais tarde.
Foi em 13 de Dezembro de 1809 que os Irmãos da Loja de Promulgação resolveram que:
“Sob a devida investigação se demonstrou que a existência dos Diáconos não é apenas
antiga, mas que são Oficiais úteis e necessários, são, portanto recomendados”.
O fato de que, anteriormente àquele tempo, o Irmão Diácono não havia sido considerado
um Oficial necessário na maioria das Lojas Inglesas sugere que as respectivas Cerimônias de
Fazer, Passar, e Elevar um Maçom devem ter sido de uma ordem extremamente simples, com
muito pouco trabalho de natureza cerimonial.
Nestes tempos modernos, como é bem conhecido, os deveres dos Diáconos são de máxima
importância. Realmente, se qualquer Cargo em Loja pode ser dito como sendo de maior
importância que outro, é seguramente aquele do Diácono. Muitas vezes se tem dito que são
os Diáconos que fazem ou arruínam o sucesso de qualquer uma de nossas Cerimônias. Há
muito de verdade neste enunciado. Mesmo quando apesar do trabalho do Mestre estar
imperfeito, hesitante, e desmazelado, um brilhante e correto trabalho dos Diáconos fará muito
na direção á remoção de uma desfavorável impressão sobre os procedimentos como um todo.
Ao contrário, é igualmente verdade que, por mais impressivo e excelente que possa ser o
trabalho do Mestre, o efeito total da Cerimônia será inevitavelmente arruinado, quando os
Diáconos desempenham seus respectivos deveres de uma maneira indolente, hesitante.
Deve ser lembrado que o Irmão Diácono está sob o foco das atenções praticamente do
início ao fim. Ele é o centro do interesse de todos os olhos, pela simples razão de que ele está
continuamente a cargo do Candidato; e o Candidato é o centro do interesse e atração. Sem
eficiência da parte dos Diáconos nenhum exagero há em dizer que nossas solenes e belas
Cerimônias não possam possivelmente produzir aquele desejável efeito que elas devem
sempre produzir no coração e mente de um Candidato em qualquer Grau.
Todo Diácono, Sênior ou Junior, deverá possuir um completo conhecimento do Ritual;
para ser eficiente e confiável no desempenho de seus importantes deveres ele deverá estar tão
familiarizado com o Ritual dos Três Graus quanto o próprio Mestre. O Diácono que tem a
sorte de ser conhecedor do Ritual saberá exatamente o que fazer, como fazer, e quando fazer.
Como resultado, qualquer hiato estranho aos procedimentos deverá deste modo ser evitado.
Em muitos sistemas de trabalho os Diáconos recebem freqüentes incitações aos seus
movimentos pelo Mestre, uma forma de procedimento que dificilmente pode adicionar
dignidade a qualquer solene cerimônia. No trabalho de Emulação, o sistema no qual estamos

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Tradução Luiz Carlos de Mello Membro da A.R.L.S. Libertador Gal. San Martin Nº 3296

aqui concentrados, não possui tais interrupções que arruínam o suave progresso da Cerimônia.
É esperado que o Irmão Diácono conheça seu trabalho.
Presumindo que o recém investido Diácono, a quem estas palavras são escritas, adquiriu
alguma familiaridade com o palavreado das Cerimônias, ele desejará provavelmente
prosseguir para fazer a descoberta de que as responsabilidades dos deveres de seu Cargo são
tais que exigem um compreensivo conhecimento dos muitos detalhes que não são aprendidos
em um Ritual impresso. Apesar do Ritual impresso poder estar exato na atual fraseologia das
Cerimônias, limitações de espaço impedem a inclusão nele daqueles direcionamentos
essenciais sem os quais o jovem Maçom, recentemente investido ou a ser investido com um
Colar de Diácono, é deixado em um estado confuso de incerteza.
A seguir recomendações gerais e instruções são oferecidas como guia aos recém nomeados
Diáconos, mas aqui encorajamos nossos jovens Irmãos que há um lugar e apenas um único
lugar onde eles podem adquirir o conhecimento requisitado para adequá-los ao devido
desempenho das obrigações de seus Cargos. Este lugar, desnecessário dizer, é uma Loja de
Instrução regularmente constituída, presidida por um competente e confiável Preceptor.

RECOMENDAÇÕES GERAIS AOS DIÁCONOS

1. — Quando dando Instruções


A instrução ao Can para ini... com o p. esq. deverá ser sussurrada ou falada em voz baixa.
Similarmente as instruções de como ele deverá colocar seus pés para dar os três P. irregulares
ao avançar para o ped do V.M. no Primeiro Grau. Muitas outras instruções deverão ser
faladas deste modo absolutamente distinto.
2. — Quando incitando
Sem murmurar ou resmungar. Falar audível e claramente para que as indicações possam
ser ouvidas por todos os Irmãos e muito já estará feito para manter a atenção da assembléia
concentrada na Cerimônia.
3. — A Vara do Diácono
O Diácono deve lembrar que sua vara é a ‘Insígnia do Cargo’. Ele não deve usa-la como
um cajado quando perambulando a Loja, nem tão pouco como uma muleta quando estiver
parado. Dificilmente pode existir uma visão mais indigna em Loja do que a de um Diácono
agarrado a sua vara com ambas as mãos e dependurado sobre ela. Desafortunadamente um
tal espetáculo também é muito comum. A vara deve ser segura levemente e naturalmente
centralizada, a parte inferior deve guardar uma polegada ou mais do piso quando
perambulando a Loja, e pousar suavemente sobre o piso ao parar. O Diácono deve manter
sua vara na perpendicular. Acima de tudo, deverá ser mantida na mão direita e o Diácono
então não poderá errar. As únicas ocasiões quando um Diácono necessita transferir sua vara
para a mão esquerda é durante os Jurs e Prs quando a m.d. pode estar ocupada de outro modo.
Com uma pequena prática todos os Sns podem ser dados sem que a vara seja transferida para
a m.e. Não é necessário para o 1ºD. tomar sua vara quando levar o Livro de Atas do
Secretário para o ped do V.M. para assinatura; nem para o 2ºD. tomar sua vara quando estiver
alterando a T.D.; para quaisquer dos Diáconos quando estiverem atendendo aos deveres
relacionados com um escrutínio. Em todos os outros momentos os Diáconos devem portar
suas varas.
4. — Comportamento em Geral
Manter uma atitude polida, diligente durante toda a cerimônia. Os Diáconos podem
controlar a atenção dos Irmãos através de suas maneiras. Permanecer alerta. Não permitir
que seus pensamentos se desviem ou que sua vontade perca seus alvos. Seguir o trabalho do
V.M. e Vigs atentamente.

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5. — Movimentos de Girar com o Candidato


Muita indecisão é mostrada por Diáconos ao girar para fora do ped do V.M., e novamente
no canto N.O. da Loja. Os Diáconos devem lembrar sempre de girar de tal modo que
interponham a si mesmos entre o Can e o ped do V.M. A única exceção a esta regra é
imediatamente após ter sido confiado ao Can o T. de P. e a P. de P. que conduz a um Grau
maior.
6. — Sns do Candidato
Nunca permitir a um Can fazer um Sn até que ele tenha dado primeiro o P. Sempre
instruir o Can em sussurro a dar o P. e se necessário deter um Sn prematuro com sua m.e.
7. — Escrutínios
Quando há um escrutínio a ser feito o 2ºD. vai adiante com as bolas1 de votação, o 1ºD.
seguindo logo atrás com a caixa. O 2ºD dará o primeiro voto ao P.M.I., e então prosseguirá
descendo pelo S., cruzando o O., subindo pelo N., e assim retornando ao L., dando o último
voto para o V.M.2 O 1ºD deverá primeiro submeter a caixa de escrutínio ao V.M. ou ao
P.M.I. para exame antes de proceder à coleta dos votos. Deve estar absolutamente certo de
que a caixa de escrutínio está vazia antes de coletar os votos.
8. — Abertura e Encerrando a Loja
É dever do Segundo Diácono cuidar das mudanças das T.D.3.
9. — Minutas
Quando o V.M. declara as Minutas confirmadas é o dever do 1ºD levar o Livro de Minutas
da mesa do Secretário, apresenta-las para assinatura, e retorna-las ao Secretario.4 O 1ºD
deverá se prevenir de pousar o Livro de Minutas sobre o L.S.E.
Mais adiante instruções mais detalhadas com relação ao trabalho dos Diáconos são
passadas nos dois capítulos subseqüentes.

1
O costume do Ritual de Emulação é o de usar para os escrutínios bolas brancas e cubos pretos e uma caixa de
madeira com uma tampa articulada ao meio, de modo que uma das articulações da tampa dê acesso a um
pequeno orifício por onde é depositado o voto e, o votante não possa saber se foram depositados, bolas brancas
ou cubos pretos. Já a outra metade da tampa articulada ao ser aberta permite fazer a conferencia dos votos.
2
Este é o método seguido pela Emulation Lodge of Improvement. Em muitas Lojas regulares a prática é o 2ºD
dar o primeiro voto ao V.M.
3
Durante a Abertura e Encerramento da Loja em qualquer Grau o 2ºD não deve deixar o seu lugar antes que o
2ºVig tenha dado as . É para ser lamentado que em muitas das reconhecidas Lojas de Instrução o 2ºD é
ensinado a cuidar deste dever imediatamente após o V.M. ter dado as as Aberturas, ou o 1ºVig ter-lo feito
durante os Encerramentos, como resultado, durante os Encerramentos, o 2ºD é causa de confusão ao se mover
pela Loja enquanto o 2ºVig está falando. Um cerimonial digno e ordeiro seguramente exige que ao 2ºVig seja
permitido completar a porção da Cerimônia sem tal interrupção. A afirmação de que o referido costume
‘economiza tempo’ beira ao ridículo. O tempo ‘economizado’ não pode ser mais do que dois ou três segundos
— uma pobre escusa para o sacrifício do decoro.
4
Na Emulation Lodge of Improvement isto não é feito, assim, portanto as Minutas não são assinadas.

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Tradução Luiz Carlos de Mello Membro da A.R.L.S. Libertador Gal. San Martin Nº 3296

CAPÍTULO XVI

SEGUNDO DIÁCONO
O Lugar do Segundo Diácono é à direita do Primeiro Vigilante, e seus deveres, como lhe
são explicados na investidura, incluem o atendimento aos Candidatos durante a Cerimônia de
Iniciação. Uma pequena reflexão pode mostrar que estas poucas palavras em itálico remetem
ao que talvez possa ser descrito como o mais importante dever em todo conjunto do
Cerimonial Maçônico, com a única exceção dos deveres do Venerável Mestre.
As primeiras impressões em Maçonaria, como em outras esferas da vida, são
freqüentemente indeléveis. É o Segundo Diácono quem recebe pelas mãos do Guarda
Interno, o cego desamparado a procura da luz Maçônica. Qualquer sugestão de mau trabalho,
de indevido nervosismo, ou, o que seria muito pior ainda, de leviandade, exibida pelo
Segundo Diácono neste solene ponto de junção pode muito bem destruir para sempre, as
favoráveis impressões do Candidato sobre a beneficente Fraternidade na qual ele está
procurando admissão. Firmeza gentil, combinada com um completo autocontrole e
conhecimento apropriado, de parte do Segundo Diácono, pode fazer muito para produzir na
mente do Candidato um amor pela Arte que jamais poderá esmaecer com o passar dos anos.
O Irmão Segundo Diácono bem pode prestar atenção àquelas impressionantes palavras
contidas na Segunda Secção da Primeira Preleção na qual se conta como o Candidato estando
‘nem despido nem vestido, nem descalço nem calçado, mas em uma comovente postura de
miséria e hesitação’ foi ‘amigavelmente tomado pela mão direita’.
Amigavelmente tomado pela mão direita. O Segundo Diácono deverá se lembrar que as
palavras sobre as quais são colocados ênfase e respeito, não são uma parte sem importância de
seu dever, são para constituir a si mesmo como um guia amigo para o noviço a seu cargo.
Pode-se estar muito amplamente tranqüilo em relação ao Segundo Diácono se permanecer na
mente do Candidato uma bela e durável impressão da solene cerimônia de sua entrada em
nossa Ordem.
Muito pode ser feito através do tato do Segundo Diácono para auxiliar um Candidato
mesmo antes da Cerimônia de sua Iniciação. No curso de uma breve e amigável conversa na
ante-sala o gelo pode ser quebrado, e umas poucas recomendações fraternais conduzidas, é
claro, sem revelar nada do que deva permanecer oculto. Um Candidato muito nervoso tende
a arruinar uma Cerimônia; alguns Candidatos antecipam tolices, fazem gracejos — mesmo
perigosos. O Irmão Segundo Diácono pode com muito tato explicar que a Cerimônia na qual
tomará parte é de uma natureza séria e solene e que não há motivo para medo.
O guia anexo de recomendações relacionadas com a Iniciação e subseqüentes Cerimônias
deve ser cuidadosamente estudado pelo Segundo Diácono.

CERIMÔNIA DE INICIAÇÃO
1. — Neste Grau, durante a Cerimônia real, a senioridade dos Diáconos pode-se dizer que
é invertida; é o Segundo Diácono quem está no controle do Candidato, o Primeiro Diácono
atua na posição de assistente quando necessário.
2. — Havendo o V.M. dado a determinação para a admissão do Cand, o 2ºD toma sua vara
em sua m.d. e dirigi-se a porta. Ele deverá receber o Cand gentilmente, mas sua segurança
deve ser firme; nada está mais apropriado para aumentar a confusão e o nervosismo do Can
do que estar sendo controlado de uma maneira débil e hesitante. O melhor método de

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Tradução Luiz Carlos de Mello Membro da A.R.L.S. Libertador Gal. San Martin Nº 3296

controlar um Cand, particularmente nos primeiros estágios da Cerimônia de Iniciação, é o


Diácono se certificar de que seu b.e. esteja na frente do b.d. do Cand. O 2ºD conduz o Cand
suavemente ao B.Aj.
3. — O Segundo Diácono deverá prontamente responder a primeira pergunta do V.M. em
voz baixa e clara. Se o Cand demonstrar hesitação após a primeira determinação do V.M. o
2ºD avisará que o B.Aj. está diante dele. O 2ºD transfere a vara para a m.e., eleva-a e coloca
a m.d. na atitude correta para a Pr. O Candidato não usa a m.d. neste Grau. Enquanto o
Cand estiver ve...do o 2ºD nunca deverá soltar sua mão exceto durante o Jur e a Pr.
4. — Após a Pr e subseqüente pergunta o 2ºD auxilia o Cand a se levantar e aguarda a
proclamação do V.M. antes de iniciar a perambulação. Enquadra cada canto da Loja
cuidadosamente, sussurrando ao Cand no início de cada movimento para c.c.o.p.e. Nas
paradas junto aos Vigilantes as batidas dadas em seus om...os devem ser dadas firmemente,
porém não pesadamente.
5. — Depois da perambulação o 2ºD coloca a m.d. do Cand na m.e. do 1ºVig. verifica que
o Cand esteja voltado para o L. e toma lugar em linha a sua esquerda. O Diácono nunca deve
ficar oculto atrás do Cand. O 2ºD deve estar alerta para se encarregar do Cand outra vez no
momento apropriado, e de pé voltado para o L. enquanto recebe as instruções do 1ºVig.
Nenhum Sn é feito quando endereçado pelo 1ºVig.
6. — O 2ºD conduz o Cand diagonalmente (sem enquadrar) até a posição correta para os
três Ps irregulares. Aproximadamente a uma jarda do ped do V.M. é o suficiente. Dá as
instruções claramente, mantendo-o firmemente seguro, de tal modo que praticamente o
compele a obedecer. O 2ºD não deve usar sua vara aqui para tocar os p...s do Cand.
7. — Antes de principiar o Jur o 2ºD transfere a vara para sua m.e., eleva-a, dá o P e faz o
Sn de Ap. O momento correto para des...r o Sn é imediatamente após o Cand haver repetido
as palavras finais do Jur. O 2ºD deve lembrar que quando o Cand é perguntado pelo V.M. se
ele está desejoso de prestar o S...e Jur sua resposta deverá ser voluntária; ele não deverá
prontamente dizer “Eu estou”1.
8. — A restauração da L...z é de extrema importância. O 2ºD freqüentemente tarda ou se
antecipa ao desempenhar um certo dever; o devido entendimento entre o V.M. e o 2ºD é
essencial, se é para ser obtida uma efetiva impressão. O 2ºD deve capturar o olhar do V.M.
para indicar que ele está pronto, removendo a ve...da no exato momento do movimento final
do V.M. com o . Se o Cand permanecer com os olhos dirigidos para o L.S.E. não há
necessidade de o 2ºD tocar sua cab...a.
9. — Após o V.M. haver completado certos deveres, o 2ºD deverá colocar o Can do lado N
do ped. Também não deve tardar nem tão pouco se antecipar em remover a cor...a. O
momento correto para remove-la é após o V.M. ter dito, ‘... cumprindo assim o seu dever’.
Durante a transmissão o 2ºD deverá estar pronto para auxiliar se necessário, mas ele não
deverá interferir indevidamente.2 O 2ºD não deve dar o Sn quando o V.M. o fizer. O 2ºD
deve ser rápido em responder a terceira pergunta do V.M. ou o Can poderá responder
voluntariamente e incorretamente. Quando o V.M. der a Pal. o 2ºD repete-a ao Can, que
deverá repeti-la em seguida. Similar repetição pelo 2ºD e Can é feita quando o V.M. soletra
a Pal.
10. — Após a transmissão a Loja deve ser cuidadosamente enquadrada quando o 2ºD
conduzir o Can às paradas nos Vigilantes. O 2ºD deve lembrar de dar o P e fazer o Sn antes
de falar ao 2ºVig nesta parada. Similarmente na parada junto ao 1ºVig. não deverá transferir

1
Se o Cand hesitar o Diácono deverá insta-lo a responder, porém o Diácono não deverá dizer audível e
imediatamente “Respondei”. A palavra não é parte do Ritual e de qualquer forma tal prática é contrária ao
trabalho correto de Emulação.
2
Neste ponto e no ponto similar no Segundo Grau o Can deverá estar unicamente sob a direção do V.M. O
Diácono não deverá interferir a menos que seja absolutamente necessário.

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a vara para sua m.e. ao dar o Sn. Se a base da vara estiver levemente inclinada a diante e se
permitir descansar a extremidade superior contra o ombro direito, os Sns de todos os graus
poderão ser dados sem transferir a vara para a m.e. descarregando o Sn antes que o 2ºVig
responda. Igualmente ao parar junto ao 1ºVig.3 Durante o exame pelo 1ºVig o 2ºD deve
lembrar que o Can não deve dar o Sn quando orientado a aproximar-se. Deverá orienta-lo
sussurrando e prevenindo-se de que ele faça qualquer Sn prematuro, e se necessário
colocando sua m.e. sobre o ombro e. do Can.
11. — É dever do 1ºVig investir o Can com a insígnia distintiva de um Maçom, porém o
2ºD deverá estar atento para auxilia-lo se necessário. Ao concluir a alocução do 1ºVig o 2ºD
deverá voltar o Can de frente para o L e ficar de pé alinhado à sua direita. Após as
observações do V.M. sobre o avental o 2ºD aguardará instruções para prosseguir. O 2D deve
ter o cuidado de não esquecer de dar as instruções necessárias ao Can no canto N.E. A
posição correta no canto N.E. é estar alinhado com a frente do ped do V.M.
12. — No canto N.E. o 2ºD não deve deixar o Can sozinho enquanto procura pela sacola
de beneficência; se ela não estiver próxima é suficiente para o 2ºD estender sua m.e. quando
fizer a primeira pergunta ao Can. O 2ºD deve baixar a sacola de beneficência (ou sua mão)
após o Can haver comunicado que nada tem a dar. O 2ºD deve lembrar que o Can está
freqüentemente confuso quando perguntado se ele tem ‘alguma coisa a dar...’. Se o Can não
responder o 2ºD deve prosseguir com a segunda pergunta. O 2ºD deve ficar diretamente de
frente para o ped do V.M., dar o P e fazer o Sn antes de comunicar que ‘Nosso novo Irmão
afirma...’
13. — O 2ºD deve estar alerta para levar o Can de frente ao ped do V.M. no momento
correto para a explicação dos Inst...s de Trab, etc.
14. — Quando o Can é liberado pelo V.M. o 2ºD o conduz diretamente para a e. do 1ºVig
sem enquadrar. O 2ºD instrui o na a saudar o V.M. como um M. Então o Can se retira com
o 2ºD acompanhando-o até a porta.
15. — No retorno do Can para a Preleção o 2ºD recebe-o à porta e o conduz à e. do 1ºVig,
e ordena para saudar o V.M. como M. O Can não deve ser colocado no centro da Loja a
menos que seja expressamente ordenado pelo V.M. A Posição correta do Can para a
Preleção é no O à e. do 1ºVig. Na conclusão da Preleção o 2ºD conduz o Can a um assento e
retorna ao seu lugar à d. do 1ºVig. O Can não deve ser orientado a saudar após a Preleção.
Nota: Exceto durante uns poucos momentos quando está em frente do Can para certas
perguntas no canto N.E. da Loja o 2ºD nunca deve sob nenhuma circunstância deixar o Can
sozinho durante a Cerimônia.

CERIMÔNIA DE PASSAGEM
1. — O 2ºD deve lembrar que ele está novamente a cargo do Candidato até que a Loja seja
aberta no Segundo Grau, i.e. durante seu exame pelo V.M. e até que seja transmitido o T de
Pas e a P de Pas pelo V.M. Após o V.M. haver anunciado que ‘O Ir. A.B. é esta noite um
Candidato...’ o 2ºD conduz o Can para o O. à e. do 1ºVig, e permanece de pé com ele ambos
voltados para o L.4 O 2ºD deve estar pronto para o exame se for necessário.
2. — Concluído o Exame o 2ºD conduz o Can para o lado N do ped do V.M. sem
enquadrar. O 2ºD repete a P de Pas após o V.M., e o Can repete-a após o 2ºD.
3. — Depois de confiados o T de Pas e a P de Pas o 2ºD conduz o Can diretamente ao O à
e. do 1ºVig sem enquadrar. O Can é instruído para saudar o V.M. como M. Então ele se

3
Quando o Can comunica o T ou S aos Vigilantes neste e nos Graus subseqüentes o Diácono deverá ajustar-lo
com sua m.e. sobre a m.d. do Can, com o Diácono retendo sua vara na m.d.
4
Na Emulation Lodge of Improvement o 2ºD coloca o Can em posição antes do anúncio do V.M., mas o método
indicado acima é a prática seguida pela maioria das Lojas regulares de Emulação.

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Tradução Luiz Carlos de Mello Membro da A.R.L.S. Libertador Gal. San Martin Nº 3296

retira com o 2ºD acompanhando-o até a porta.


(A Loja agora é Aberta ou Revertida ao Segundo Grau.)
Estando a Loja aberta no Segundo Grau o Segundo Diácono imediatamente volta a auxiliar
seu Irmão Primeiro Diácono. Há pouco para o Segundo Diácono fazer durante a Cerimônia
de Passagem, mas os seus deveres devem ser executados com o mesmo escrupuloso cuidado
do que aqueles pertencentes ao Grau anterior. O Irmão Segundo Diácono deve satisfazer
com cuidadosa atenção as próximas recomendações:
4. — Antes da admissão do Can o 2ºD deve colocar o B.Aj. na posição correta e dirigir-se
para a porta com o 1ºD. Após o 1ºD haver instruído o Can sobre o método de se avançar o
2ºD deve ter o cuidado de observar se o B.Aj. está na posição correta para o Can fazer uso
dele sem ter de avançar. Se não estiver o 2ºD deverá ajusta-lo. O 2ºD toma sua posição à e.
do Can.
5. — Durante a Pr o 2ºD transfere a vara para a m.e., eleva-a, e faz o Sn de R. Após a Pr o
2ºD deve retirar o B.Aj. para permitir ao 1ºD iniciar a perambulação com o Can. Então ele
coloca o B.Aj. em posição antes do ped do 1ºVig e volta ao seu lugar.
6. — Para o Jur o 2ºD deverá chegar ao ped do V.M. simultaneamente com o 1ºD e o Can.
Ele deve verificar se o b...o e. do Can está corretamente colocado no â....o do E., e que o
an..br..o do Can esteja for...o um E, apontando para o alto e acima de seu o.e. O 2ºD deve
segurar o E. com sua m.d., transferindo sua vara para a m.e. É impossível aqui para o 2ºD
fazer o Sn de F, mas ele deve lembrar de estar à Ordem dando o Passo. Depois do Jur o 2ºD
remove o E e baixa o b.e. do Can. O 2ºD retorna ao seu lugar sem enquadrar.
7. — No retorno do Can à Loja para a Explanação da T.D. o 2ºD não acompanha o 1ºD à
porta. O 2ºD deve aguardar até que o 1ºD conduza o Can ao pé da T.D., e passa sua vara ao
V.M. para usar ao apontar para os emblemas.

CERIMÔNIA DE ELEVAÇÃO
1. — Durante esta Cerimônia o 2ºD está novamente na posição de auxiliar de seu colega
sênior. Imediatamente após a Abertura ou Reversão da Loja para o Terceiro Grau o 2ºD
auxilia o 1ºD a estender a Sep...a5 e apagar a L...z.6 Quando o V.M. determinar que o Can
seja admitido o 2ºD deverá cuidar do B.Aj. tal como no Segundo Grau.
2. — Durante a Pr o 2ºD transfere sua vara para sua m.e., eleva-a, e faz o Sn de Rev.
Após a Pr o 2ºD remove o B.Aj. Quando o 1ºD já iniciou a perambulação com o Can o 2ºD
recoloca o B.Aj. em posição antes do ped do 1ºVig e segue o 1ºD e o Can. Durante as
perambulações neste Grau o 2ºD deve permanecer imediatamente atrás do Can, enquadrando
cuidadosamente a Loja em cada canto.
3. — Depois da segunda perambulação o 2ºD deverá alinhar-se à esquerda do Can no O.
Após a proclamação do V.M. o 2ºD novamente retoma sua posição atrás do Can para a
terceira perambulação.
4. — Depois da terceira perambulação, durante a apresentação do Can pelo 1ºVig, o 2ºD
toma lugar em linha com o Can e o 1ºD, ficando à esquerda de seu Oficial sênior.
5. — O 2ºD novamente segue atrás do Can quando o 1ºD o conduz a posição onde é
demonstrado o método de se avançar para o L. O 2ºD toma lugar à esquerda do Can
enquanto o 1ºD demonstra o método. O 2ºD deverá chegar ao ped do V.M. simultaneamente

5
Os Diáconos devem lembrar que a Sep...a deve estar aberta. A Sep...a nunca deverá ser coberta durante
qualquer parte da Cerimônia.
6
Por ser a Emulation Lodge of Improvement de fato uma Loja de Instrução a L..z, nunca é apagada. Então isto
indica que o Emulation Committee pode baixar a regra exata de em que ponto isto deva ser feito. As opiniões
variam, mas o método indicado acima é a prática seguida pela maioria das Lojas regulares em Emulação.

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com o Can e o 1ºD.


6. — Durante o Jur o 2ºD transfere a vara para a m.e., eleva-a, e faz o Sn P de um M.M.
O momento correto de descarregar o Sn é quando o Can repete as palavras finais do Jur.
Lembrar de recuperar.
7. — Quando o Can já foi auxiliado pelo V.M. o 2ºD deverá recuar com o Can e o 1ºD até
o pé da Sep....a
8. — Após a exortação, quando o V.M. convocar os Vigilantes para auxilia-lo, o 2ºD
deverá aguardar até que o 1ºVig chegue imediatamente atrás dele. Ele então se afasta para o
lado e retorna ao seu lugar à direita do ped do 1ºVig sem enquadrar.

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CAPÍTULO XVII

PRIMEIRO DIÁCONO
O LUGAR DO PRIMEIRO DIÁCONO é à direita ou próximo à direita do Venerável
Mestre. A menos que expressamente ordenado pelo Mestre de outro modo, ele deve ter o
cuidado de não se interpor entre a Cadeira e quaisquer Oficiais da Grande Loja que possam
estar presentes, aqueles distintos Irmãos possuem um prescritivo direito para ocupar os
assentos imediatamente à direita do Mestre.
O Jóia do Cargo do Primeiro Diácono é exatamente similar àquela de seu colega junior, um
Pombo carregando uma Ramo de Oliveira, embora possa aqui ser mencionado que o emblema
de ambos era originariamente o deus Grego Hermes, arauto e mensageiro dos deuses,
representado com asas no chapéu e tornozelos, portando um Caduceu adornado com asas para
simbolizar Rapidez, e entrelaçado com um par de serpentes representando Inteligência e
Saúde.
Uma antiga Loja da qual o autor é um Past Master ainda retém o mensageiro alado como a
Jóia do Primeiro Diácono. Muitas Lojas antigas possuem jóias similares, mas tais figuras, se
perdidas ou destruídas, não devem ser substituídas por uma réplica. Nestes casos as
autoridades estipulam que a nova jóia deve ser o agora familiar Pombo com um Ramo de
Oliveira.
Presumindo que o recém investido Primeiro Diácono tenha passado pelos cargos iniciais de
Guarda Interno e Segundo Diácono, obtendo uma bem merecida promoção por sua diligência
em se desincumbir das obrigações pertencentes àquelas importantes posições, é de se supor
que agora ele conquistou alguma confiança em sua própria habilidade e conhecimento, e que
ele está justificado em olhar adiante para próxima promoção a qual buscará ter o orgulho de
ocupar a cadeira de Vigilante no Sul. Porém o ano que deve transcorrer é de considerável
responsabilidade e trabalho para ele se sua Loja é uma daquelas onde as Cerimônias de
Passagem e Elevação são conduzidas durante o reinado do Mestre atual.
É verdade que ao Primeiro Diácono não é confiado o cuidado imediato do Candidato
durante a solene e imponente Cerimônia de Iniciação, mas as duas subseqüentes Cerimônias
não são de menor importância. O segundo estágio, curto quando comparado com os outros, é
de um grande interesse; apesar de raramente se poder dizer de que haja qualquer Cerimônia
Maçônica de beleza e inspiração mais sublimes do que aquela da Elevação.
Durante cada uma destas Cerimônias é o Irmão Primeiro Diácono que é pessoalmente
responsável pela condução do Candidato, e muito irá depender da maneira pela qual ele
preenche sua importante função.
O estágio final irá primeiro ser dividido, e com detalhadas instruções devidamente
tabuladas para guia do recém investido Primeiro Diácono.

CERIMÔNIA DE ELEVAÇÃO
1. — O 1ºD há de lembrar que ele está a cargo do Candidato, desde o início, i.e. antes de a
Loja estar aberta no Terceiro Grau. Após o anúncio pelo V.M. de que ‘O Ir. A.B. é esta noite

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um Candidato a ser...’, o 1ºD conduz o Can ao O, à e. do 1ºVig, e permanece de pé com ele


ambos voltados para o L.1 O 1ºD deverá estar pronto para auxiliar o Can se necessário.
2. — Ao concluir-se o Exame o 1ºD conduz o Can ao lado N do ped do V.M. sem
enquadrar. O 1ºD repete a P de Pas depois do V.M., e o Can repete-a após o 1ºD.
3. — Após a Transmissão o 1ºD conduz o Can diretamente ao O à esquerda do 1ºVig sem
enquadrar. O Can é instruído a saudar o V.M. como um Comp, primeiro como um Ap.
Então ele se retira e o 1ºD o acompanha até a porta.
(A Loja é Aberta ou Revertida ao Terceiro Grau.)
Auxiliado por seu colega junior o 1ºD agora atende a certos assuntos da preparação; ele
deve estender a Sep...a2 e verificar que as L...s estejam apagadas.
4. — Tendo o V.M. dado instruções para a admissão do Can, o 1ºD toma sua vara em sua
m.d. e prossegue sem enquadrar até a porta, onde ele irá se unir ao 2ºD depois que este último
Oficial tenha se ocupado do B.Aj. O 1ºD deverá se precaver em verificar que este dever não
seja esquecido. O 1ºD conduz o Can a uma distância conveniente do B.Aj., e ordena que
avance como um Comp, primeiro como um Ap.3 O 1ºD deve verificar que o Can dê o P
antes de fazer o Sn em cada caso.
5. — Antes da Pr o 1ºD deve se certificar que a m.d. do Can esteja na atitude correta do Sn
de Rev. O 1ºD então transfere a vara para sua m.e., eleva-a, e coloca a m.d. na atitude
correta.
6. — Após a Pr o 1ºD auxilia o Can a se levantar e inicia a primeira perambulação,
enquadrando a Loja cuidadosamente em cada canto. Presumindo que o B.Aj. seja pequeno
o suficiente para ser manipulado convenientemente por um Oficial, deverá ser removido para
uma posição antes do ped do 1ºVig pelo 2ºD depois do 1ºD haver iniciado a perambulação
com o Can, mas o 1ºD deverá lembrar de iniciar a perambulação muito lentamente, dando
assim tempo ao 2ºD para recolocar o B.Aj. e entender-se com ele sem que haja pressa.
Freqüentemente vemos o 2ºD fazendo algo como que da natureza de uma corrida para
alcançar seu Oficial sênior e o Can. Esta visão é indigna e absolutamente desnecessária. Ao
fazer as três perambulações com o Can o 1ºD deve em todos os momentos se lembrar que o
2ºD deve estar seguindo imediatamente atrás do Can. O 1ºD deve ser particularmente
cuidadoso quando fazendo os movimentos de contornar os cantos da Loja; os movimentos
devem ser feitos lentamente, permitindo assim ao 2ºD ficar na posição correta sem
dificuldade. O 1ºD deve ser cuidadoso ao induzir o Can a uma parada diante do ped do V.M.
antes de instrui-lo a saudar o V.M. como um M.4 O Can não deve voltar sua cabeça ou corpo
na direção do V.M. quando dando a saudação. Instruções similares se aplicam quando o Can
saúda o V.M. ou os Vigilantes em um estágio posterior. O 1ºD deve novamente induzir o
Can a uma parada junto ao 2ºVig antes de instrui-lo como deve avançar. O 1ºD não deve dar
os Sns com o Can nas paradas junto aos Vigilantes. Após o exame pelo 2ºVig o 1ºD deve
novamente ser cuidadoso em induzir o Can a uma parada junto ao ped do 1ºVig antes de
instrui-lo para saudar.

1
Na Emulation Lodge of Improvement o 1ºD. coloca o Can. em posição no O antes do anúncio do V.M., porém
o método indicado acima é a prática seguida pela grande maioria das Lojas regulares que trabalham em
Emulação.
2
A Sep...a não deve ser coberta.
3
O Primeiro Diácono deve notar que há apenas duas ocasiões quando o Can ao entrar na Loja é instruído para
avançar em vez de saudar i.e. quando o Can entra na Loja para fazer o avanço do 1º para o 2º Grau, ou de e para
o 3º Grau.
4
É essencial parar e dar o P antes de fazer qualquer Sn Maçônico. O Sn é um dos Ss do Grau. Durante a
comunicação dos Ss em cada Grau é enfatizado ao Can pelo V.M. que ‘é nesta posição que os Ss do Grau são
comunicados’. A aludida posição pode ser conseguida apenas dando o P. Qualquer instrução para saudar ‘de
passagem’ é portanto diretamente oposta ao Ritual.

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7. — A segunda perambulação segue-se imediatamente após a primeira, o Can novamente


sendo induzido a uma parada junto ao V.M. e 2ºVig para saúda-los como Comp. Ele é então
orientado em como avançar para o 1ºVig para exame. Depois deste exame o Can é colocado
no O à e. do 1ºVig, de frente para o L, para aguardar a proclamação do V.M. Então se segue
a terceira e última perambulação.
8. — Durante a terceira perambulação o Can outra vez saúda o V.M. e o 2ºVig como
Comp, mais adiante avançando para o 1ºVig para comunicar o T. de P. e a P. de P. Em
seguida a este exame o 1ºD novamente coloca o Can no O à e. do 1ºVig, e coloca a m.d. do
Can na m.e. do 1ºVig. O 1ºD deverá verificar que o Can esteja voltado para o L e ficará em
pé alinhado à sua esquerda. O 1ºD deve estar alerta para ficar a cargo do Can outra vez no
momento apropriado e estar voltado para o L enquanto estiver recebendo as instruções do
1ºVig. Nenhum Sn deverá ser dado para o 1ºVig quando estiver recebendo as instruções.
9. — Após as instruções terem sido dadas pelo 1Vig o 1ºD conduz o Can para a posição
apropriada no N para demonstrar o método de se avançar para o L O 1ºD deverá ficar em
frente ao Can para dirigir-se a ele.5 O método então é demonstrado. A posição inicial do
1ºD é com o p.e. apontando para o L e p.d. para o S. Inicia com o p.e. e conclui com quatro
Ps distintos.
10. — O 1ºD deve lembrar que quando o V.M. pergunta ao Can antes do Jur se ele está
‘preparado para enfrenta-los...’ ele deverá responder voluntariamente. Antes do início do Jur
o 1ºD transfere a vara para sua m.e., eleva-a, dá o P, e faz o Sn P de um M.M. O momento
correto de descarregar o Sn é imediatamente após o Can repetir as palavras finais. Sem
esquecer de recuperar.
11. — Quando o Can já houver sido auxiliado pelo V.M. o 1ºD recuará com o Can e o 2ºD
até o pé da C...a.
12. — Quando o V.M. convocar os Vigilantes para auxilia-lo após a Exortação o 1ºD
aguardará até que o 2ºVig chegue imediatamente atrás dele, então dará um passo para o lado e
retornará ao seu lugar sem enquadrar.
13. — Após a Preleção o 1ºD não deve deixar seu lugar para ir tomar posição junto ao Can
durante a explicação dos primeiros três Sns. O 1ºD deve permanecer sentado até que o V.M.
informe ao Can que ‘estais agora em liberdade para vos retirar...’ O 1ºD então conduz o Can
diretamente e sem enquadrar à esquerda do 1ºVig e o instrui como saudar o V.M. nos três
Graus. O 1ºD deve se lembrar que neste ponto o Can faz apenas o Sn P do Terceiro Grau. O
Can então se retira com o 1ºD que o acompanha até a porta.6 Certos assuntos da preparação
agora são executados pelo 1ºD e seu colega, e a L...z é restaurada.7
14. — Quando o Can é readmitido o 1ºD encontra-o à porta e o conduz à esquerda do
1ºVig, instruindo-o a saudar o V.M. nos três Graus. Sns completos neste momento, o 1ºD
agora coloca a m.d. do Can na m.e. do 1ºVig para a apresentação ao V.M. Certifica-se de
que o Can está voltado para o L, e alinha-se com ele a sua esquerda. É dever do 1ºVig

5
De acordo com a prática em Emulação a posição correta para o 1ºD quando estiver se dirigindo ao Can neste
ponto é no lado S da Sep. Há, no entanto, algumas Salas de Loja tão grandes que esta prática pareceria
deselegante. Aqui, como noutros casos, os Diáconos serão prudentes em usar de bom senso e se adaptarem às
condições existentes.
6
Deve-se sempre permitir ao Can deixar a Loja neste estágio para restaurar seu c. p. O costume negligente de
completar a cerimônia sem permitir ao Can que se retire (sob o pretexto de ‘poupar tempo’) é oposto a todos os
que são fieis a obediência e dignidade cerimonial.
7
O momento coreto para restaurar a L…z é após o Can ter deixado a Loja para restaurar seu c.p. Certas
palavras faladas pelo V.M. durante a Preleção concernente ‘aquela brilhante Estrela da Manhã’ não possuem
nenhuma relação que seja com a L...z A indesejável prática de manipular a chave elétrica neste ponto é
obviamente uma inovação moderna, visto que nunca tal método poderia ter sido seguido nos dias anteriores à
introdução da luz elétrica.

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Tradução Luiz Carlos de Mello Membro da A.R.L.S. Libertador Gal. San Martin Nº 3296

investir o Can com o símbolo distintivo de um M.M., mas o 1ºD deve estar atento para
auxilia-lo se necessário.
15. — Após a investidura e subseqüente alocução o 1ºD leva o Can diagonalmente (sem
enquadrar) para uma posição entre doze e dezoito polegadas do ped do V.M. Durante a
His...a Tr...al o Can não deve ser movido para trás e para frente como orientado em alguns
rituais impressos. Tal prática é contrária ao ensino de Emulação.
16. — O 1ºD deve lembrar que o Can não deverá dar o Passo quando o V.M. anuncia que
‘um dos Irmãos, olhando em torno, observou...’ O 1ºD deverá sussurrar ao Can para copiar o
Mestre quando os Sns de H. e S. são feitos. Um pouco depois, quando o V.M. se levanta
para demonstrar os cinco Sns, o 1ºD instruirá o Can a dar o P. O Can copia o V.M. em cada
Sn, porém não repete as palavras usadas pelo V.M. quando faz os Sns de Jú...o e Al...a e
Af...o e An...a.
17. — Após a explicação das Ferramentas de Trabalho o 1ºD conduzirá o Can diretamente ao
seu lugar em Loja e retornará ao seu próprio lugar. O Can não deverá ser conduzido para o O
a fim de saudar o V.M. ao término da Cerimônia.

CERIMÔNIA DE PASSAGEM
1. — Durante o Exame e a Transmissão, antes da Cerimônia de Passagem, é o 2ºD quem
está a cargo do Can. O 1ºD não possui este dever até que a Loja esteja aberta no Segundo
Grau e o V.M. ordene a admissão do Can. O 1ºD então toma sua vara em sua m.d. e sem
enquadrar se dirige à porta, no que será acompanhado pelo 2ºD depois que este último Oficial
houver colocado o B.Aj. O 1ºD deve ter a precaução de verificar que este dever não foi
esquecido. O 1ºD conduz o Can a uma distância conveniente do B.Aj. e o instrui a avançar
como um M. O 1ºD deve se certificar de que o Can dê o P antes de fazer o Sn.
2. — Antes da Pr o 1ºD verificará que a m.d. do Can está na atitude correta do Sn de Rev.
O 1ºD transfere sua vara para a m.e., eleva-a, e coloca a m.d. na atitude correta.
3. — Após a Pr o 1ºD auxilia o Can a se levantar e inicia a primeira perambulação,
enquadrando cada canto da Loja. Ele induzirá o Can a uma parada no ped do V.M. antes de
instrui-lo a saudar o V.M. como M. O Can deverá novamente ser induzido a uma parada no
ped do 2ºVig antes de instrui-lo a avançar. O 1ºD não faz os Sns com o Can junto aos
lugares dos Vigilantes.
4. — Após a primeira perambulação o 1ºD colocará o Can no O à e. do 1ºVig e aguardará a
proclamação do V.M.
5. — Na segunda perambulação o Can é parado nos peds do V.M. e do 2ºVig para saúda-
los como um M., posteriormente avançando para o 1ºVig para comunicar a P de P e o T de P.
6. — Após este exame o 1ºD conduz o Can à e. do 1ºVig e coloca a m.d. do Can na m.e. do
1ºVig. Deverá verificar que o Can esteja voltado para o L e alinhar-se com ele à sua
esquerda. Deve estar alerta para tomar o Can a seu cargo novamente no momento apropriado
e ficar voltado para o L enquanto recebe as instruções do 1ºVig. Nenhum Sn é dado ao
receber as instruções do 1ºVig.
7. — Após receber as instruções do 1ºVig o 1ºD conduz o Can à posição apropriada no N
para demonstrar o método de avançar para o L. O 1ºD ficará em frente ao Can para se dirigir
a ele. O método é então demonstrado. A posição inicial do 1ºD é com o p.d. apontando para
o O e o p.e. apontando para o S. Começa com o p.e.
8. — Antes do início do Jur o 1ºD transfere a vara para a m.e., eleva-a, dá o P., e faz o Sn
de Comp. O momento correto de descarregar o Sn é quando o Can completa o Jur. O Can
deve responder voluntariamente quando perguntado pelo V.M. ‘quereis presta-lo...’
9. — Após o V.M. ter auxiliado o Can a se levantar o 1ºD colocará o Can à direita do ped
do V.M. Durante a Transmissão o 1ºD deve estar atento para auxiliar se necessário, mas não
deve interferir indevidamente. O 1ºD não dá os Sns como demonstrados pelo V.M. O 1ºD

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deverá ser rápido em responder prontamente à terceira questão do V.M., ou o Can poderá
responder voluntariamente e incorretamente. Quando o V.M. der a P o 1ºD repete-a para o
Can, que deve repeti-la após ele. Similar repetição ocorre quando o V.M. soletra a P.
10. — Após a Transmissão o 1ºD conduz o Can junto ao 2ºVig pra exame, sendo
cuidadoso em enquadrar a Loja. O 1ºD deve dar o P e fazer o Sn antes de se dirigir ao 2ºVig
descarregando o Sn antes que o 2ºVig responda.
11. — O 1ºD conduz o Can até o 1ºVig para um exame mais longo. Neste ponto o 1ºD
deve lembrar que o Can não dê os Sns de Comp quando instruído a avançar. Após este
exame o 1ºD conduz o Can à e. do 1ºVig e coloca a m.d. do Can na m.e. do 1ºVig para a
apresentação. O 1ºD ficará alinhado à esquerda do Can.
12. — É dever do 1ºVig investir o Can com a insígnia distintiva de um C.F.M., porém o
1ºD estará atento para auxilia-lo se necessário. Quando o 1ºVig concluir suas observações o
1ºD fará o Can ficar voltado de frente para o L, ficando alinhado à sua direita. Após a
alocução do V.M. sobre a insígnia o 1ºD aguarda as instruções para conduzir o Can ao canto
S.E. da Loja. Ele deve ter o cuidado de lembrar as instruções para o Can neste ponto. A
Loja deve ser enquadrada quando o Can for conduzido ao canto S.E. A posição correta no
canto S.E. é exatamente alinhado com o ped do V.M.
13. — O 1ºD estará alerta para conduzir o Can para a posição apropriada junto ao ped do
V.M. no momento correto para a explanação das Ferramentas de Trabalho.
14. — Quando o Can é liberado pelo V.M. o 1ºD o conduzirá, sem enquadrar, para o O, à
e. do 1ºVig, e o instruirá como saudar como um Comp, primeiro como um Ap. o Can então
se retira, o 1ºD acompanhando-o até a porta.
15. — No retorno do Can o 1ºD encontra-o na porta e o conduz à e. do 1ºVig, instruindo-o
a saudar como Comp, primeiro como Ap. O 1ºD agora conduz o Can ao pé da T.D., que
estará no piso no centro da Loja. Após a Palestra sobre a T.D. o 1ºD conduz o Can para um
assento e retorna ao seu assento. O Can não irá para o O para saudar após a Explanação da
T.D.

CERIMÔNIA DE INICIAÇÃO
1. — O 1ºD está agora na posição de assistente de seu Irmão junior o 2ºD. Antes da
admissão do Can o 1ºD verificará que o B.Aj. esteja na posição. O 1ºD não enquadra a Loja
ao deixar seu posto à direita do V.M. para cuidar do B.Aj. Havendo cuidado de seu dever ele
se junta ao 2ºD à porta para receber o Can.
2. — Durante a Pr o 1ºD irá transferir sua vara para a m.e., eleva-la, e fazer o Sn de Rev.
Imediatamente após o 2ºD ter auxiliado o Can a se levantar o 1ºD removerá o B.Aj. para o
lado e permanecerá alinhado com o 2ºD e o Can durante a proclamação do V.M. O B.Aj.
será recolocado em seu lugar atrás do ped do 1ºVig tão logo o 2ºD tenha iniciado a
perambular a Loja com o Can. O 1ºD deve então pegar o pu...al do ped do 1ºVig (onde o G.I.
deve tê-lo colocado), prosseguir para o L, colocar o pu...al no ped do V.M., e retornar ao seu
assento. É dever do 1ºD e não do G.I. levar o pu...al ao V.M.
3. — Quando o 2ºD conduz o Can ao L pelos três passos irregulares o 1ºD lá chegará
simultaneamente.
4. — Antes do Jur o 1ºD auxiliará o Can erguendo sua m.e. quando o V.M. fizer a
referência ao C...o Similarmente ele baixará a m.e. do Can quando o C...o houver sido
removido no término do Jur. Durante o Jur o 1ºD irá transferir a vara para sua m.e., eleva-la,
dar o P, e fazer o Sn P de um Ap. O momento correto de descarregar o Sn é quando o Can
completa o Jur. Após o V.M. ter auxiliado o Can o 1ºD retorna ao seu assento.

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Tradução Luiz Carlos de Mello Membro da A.R.L.S. Libertador Gal. San Martin Nº 3296

CAPÍTULO XVIII

DIRETOR DE CERIMÔNIAS
Tal como no caso do Capelão, Esmoler, e certos outros Oficiais da Loja, assim é com o
Irmão Diretor de Cerimônias; ele não é, de acordo com as Constituições, um Oficial regular,
mas um dos Oficiais permitidos que pode ser nomeado conforme o desejo do Venerável
Mestre.
Presumindo-se que na grande maioria das Lojas tal nomeação é sempre feita quando um
competente Irmão está disponível, pronto e desejando responsabilizar-se pelos importantes
deveres pertinentes ao Cargo; neste sentido pode realmente ser dito que um Diretor de
Cerimônias perfeitamente eficiente é uma vantagem e uma benção para o Mestre, e sem
dúvida alguma para a Loja como um todo.
Há uns poucos (afortunadamente apenas muito poucos) Irmãos que parecem sempre
prontos a menosprezar o Diretor de Cerimônias, Irmãos que estão habituados a adotar
preferivelmente uma soberba atitude de superioridade crítica em relação aos Diretores de
Cerimônias. Possivelmente, a razão para esta peculiar atitude se apóia no fato de que na
Emulation Lodge of Improvement não há um Diretor de Cerimônias. A razão para a ausência
de um D.C. na Emulation Lodge of Improvement é simples de se compreender. A Emulation
declara trabalhar as Cerimônias exatamente como foram estabelecidas pela Lodge of
Reconciliation em 1816 e não tem permitido alterações ou inovações durante o passar dos
anos; e em 1816 não havia um Oficial tal como um Diretor de Cerimônias em uma Loja
privada.
O primeiro Grande Diretor de Cerimônias foi o Ir. Sir George Naylor (Garter-King-at-
Arms), que foi nomeado em 1814, imediatamente após a União, e presidiu o Cargo até 1831.
Em 1832 foi sucedido pelo Ir. Sir William Woods, (Garter-King-at-Arms), que oficiou até
1840. De 1841 até 1859 o Cargo foi presidido pelo Ir. Richard Jennings, que foi seguido de
1860 a 1904 pelo Ir Sir Albert Woods, G.C.V.O., K.C.B., K.C.M.G. (Garter-King-at-Arms).
O Ir. Frank Richardson assumiu em 1904 e oficiou até 1912. Naquele ano ele foi sucedido
pelo Ir. J. S. Granville Grenfell, que presidiu o Cargo até 1926. O Ir. Grenfell foi sucedido
pelo atual detentor do Cargo o Ir Tenente Coronel E. R. I. Nicholl.
Anteriormente a 1915 o Grande Diretor de Cerimônias tinha seu posto abaixo do
Assistente do Grande Superintendente dos Trabalhos, e nas Lojas privadas a posição do D.C.
na tabela de precedência era imediatamente após o Segundo Diácono. Na Comunicação
Trimestral da Grande Loja preparada em 3 de Março de 1915 uma mensagem enviada pelo
M.V. Grão Mestre, onde ele declarou que tinha a satisfação de recomendar que o detentor do
Cargo de Grande Diretor de Cerimônias deveria ter posto e precedência imediatamente após
os Past Presidentes do Board of Benevolence, e lhe seria designado o prefixo de ‘Very
Worshipful’. Na seguinte Comunicação Trimestral da Grande Loja, preparada para 2 de
Junho de 1915, o Ir Sri Alfred Robbins, Presidente do Board of General Purposes, mobilizou
a decisão necessária para requisitar as emendas ao Book of Constitutions, emendas estas que
fazem a provisão do Diretor de Cerimônias em uma Loja privada com o posto imediatamente
após o Secretário.
Nas Lojas privadas, como foi afirmado, não havia nenhum Oficial tal como um D.C. em
1816, e o Cargo não foi introduzido até alguns anos depois. Deste modo, o Cargo é
inexistente na Emulation Lodge of Improvement, e durante a Cerimônia de Instalação os
deveres usualmente deixados a cargo do D.C. são desincumbidos pelo Mestre Instalador. Na

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Tradução Luiz Carlos de Mello Membro da A.R.L.S. Libertador Gal. San Martin Nº 3296

Lodge of Improvement, é claro, a Cerimônia de Instalação é sempre conduzida por um exímio


Past Master, alguém que é um profundo conhecedor da prática de Emulação e que sabe
exatamente o que fazer; conseqüentemente a Cerimônia transcorre suavemente e sem
percalços.
Se as mesmas condições prevalecerão em uma Loja privada que adote uma prática similar
é uma questão que abre uma dúvida considerável. Em umas poucas Lojas regulares que
insistem em prosseguir escravizadas ao exato método da Emulation Lodge of Improvement, e
trabalham a Cerimônia de Instalação sem um D.C., o presente escritor tem por mais de uma
vez testemunhado uma indigna confusão e incerteza, que indubitavelmente teriam sido
prevenidas pela presença de um competente Diretor de Cerimônias.
Assim como todos os demais Oficiais da Loja, o Diretor de Cerimônias atua sob a
autoridade direta do Mestre; entretanto a grande natureza de seu Cargo exige que a ele seja
permitido em larga extensão estabelecer seus próprios métodos de procedimento ao se
desincumbir de suas muitas responsabilidades. O D.C. pode ser considerado como o
ajudante do Mestre e, como tal, ele está necessariamente investido com considerável
autoridade; porém ele deverá ter em mente que todo Cargo em Loja é uma nomeação anual, e
que, com exceção do Tesoureiro e do Cobridor, o Mestre é livre para nomear qualquer um que
deseje. De qualquer modo, é para se presumir, que um eficiente Diretor de Cerimônias será
re-nomeado ano após ano, e que ele irá gradualmente se tornando o que pode ser considerado
um dos oficiais permanentes. Realmente afortunada é a Loja que, em seu Diretor de
Cerimônias, encontrou o ‘homem certo para o lugar certo’.
As qualificações desejáveis para o Diretor de Cerimônias são muitas e variadas. É
essencial que o Irmão Diretor de Cerimônias seja exímio no Ritual de todas as Cerimônias;
ele deve ser um mestre em assuntos tais como Etiqueta Maçônica e Jurisprudência; deverá ser
grande conhecedor do conteúdo do Livro das Constituições. É convenientemente prudente,
também, que ele possua presença de comando, combinada com gentileza, cortesia em modos,
porque ele, mais do que qualquer outro Oficial da Loja, pode precisar exercer a ‘mão firme’
oculta sob a suavidade das luvas de veludo.
Sem dúvida um eficiente Diretor de Cerimônias deve ser um Past Master, pois seus
serviços (e possivelmente suas indicações) serão necessários durante as porções esotéricas da
Cerimônia de Instalação. Deve ser lembrado, também, que surgirão ocasiões quando este
importante Oficial deva falar com voz de autoridade; aquela autoridade que necessariamente
será reduzida se ele não for um Past Master no Craft.
O acima exposto é, no entanto apenas uma parte das qualificações requeridas em um
eficiente Diretor de Cerimônias; o Irmão que as possuir indubitavelmente ganhará respeito e
consideração, e conseqüentemente a pronta obediência, de seus jovens Irmãos.
Deve-se ter em mente que ninguém pode deitar regras severas e permanentes em relação ao
Diretor de Cerimônias e seus métodos de se desincumbir dos deveres de seu Cargo; deve ser
muito dependente dos costumes da Loja; e muito, como já foi sugerido, deve ser deixado ao
seu cuidado individual. Aquele que é favorecido como Diretor de Cerimônias pode ser visto
com desdém por outros; porém ninguém terá o direito de condenar os métodos do outro como
sendo errados.
O recém nomeado Diretor de Cerimônias pode apenas aspirar conquistar certo grau de
confiança em sua eficiência por seus Irmãos mais antigos na escola da experiência prática,
mas esperamos que ele encontre auxílio a partir das seguintes orientações gerais que são
oferecidas por este guia.

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Tradução Luiz Carlos de Mello Membro da A.R.L.S. Libertador Gal. San Martin Nº 3296

ORIENTAÇÕES GERAIS PARA O

DIRETOR DE CERIMÔNIAS

1. — Antes de a Loja ser Aberta.


O D.C. tomará como princípio chegar cedo a todas as Reuniões da Loja; ao menos um
quarto de hora antes do horário estabelecido na Convocação. Por mais exímio que o
Cobridor possa ser, ele pode cometer algum erro na disposição da Loja. O D.C. deverá
verificar por si mesmo de que tudo esteja em ordem. Se houver uma Cerimônia a ser
trabalhada o D.C. verificará que o C ou o E já estejam no pedestal do V.M. Ele deverá
verificar que os implementos do G.I. estejam em seus lugares; que as colunas estejam
corretamente alocadas, etc., etc.
Na ante-sala o Ir Cobridor provavelmente verificará se os Irmãos assinaram o Livro de
Presenças, mas o D.C. deverá dar uma vista d’olhos nisto.
O D.C. deverá averiguar se todos os Oficiais estão presentes. Se houverem ausências ele
provavelmente será hábil em sugerir ao Mestre, substitutos eficientes.
Pontualmente, se o Mestre e seus Oficiais estiverem prontos, o D.C. deverá providenciar
para que os Irmãos que não ocupam Cargo entrem na Loja.
2. — Trajes Maçônicos, Paramentos, Jóias, etc.
É dever do D.C. verificar que todos os Irmãos estejam devidamente trajados. Luvas
brancas sempre serão usadas com fraque, e o avental usado sob a casaca. Com smoking ou
terno o avental é usado sobre o paletó. Luvas brancas devem ser usadas em todas as
ocasiões, porém algumas Lojas não insistem em usa-las sempre. Em Lojas do Craft nenhuma
jóia é permitida salvo aquelas pertinentes ao Craft ou à Maçonaria do Arco Real.
3. — Procissões de entrada na Loja *
O procedimento usual para a procissão nas Lojas de Londres é o seguinte: —
D.C.
2ºD. 1ºD.
2ºVig. 1ºVig.
V.M.
Past Grandes Stewards
Grandes Oficiais
(Juniores Liderando)
A.D.C.
Se outros Irmãos tomarem parte na procissão deve ser lembrado que nas Lojas de Londres
um Irmão Oficial de Londres é superior a um Oficial Provincial ou Distrital. Nas Províncias
e Distritos a posição é revertida.
* Procissões longas são formadas algumas vezes, mais particularmente em Lojas Provinciais. Não é
incomum em uma Loja Provincial que todos os Irmãos tomem parte na procissão de entrada. Nestes casos a
seguinte ordem é freqüentemente adotada: Membros da Loja sem Cargo (Juniores Primeiro), seguidos por:
Irmãos Visitantes (Juniores Primeiro)
Cobridor. G.I.
Steward Steward
2ºD. 1ºD.
A.D.C. D.C.
Asst. Sec. Esmoler
Secretário Tesoureiro
Capelão P.M.I.
2ºVig. 1ºVig.
V.M.
Grandes Oficiais (Juniores Liderando)

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Tais procissões, entretanto, são raramente vistas na área Metropolitana. Embora poucas regras fixas possam
estar estabelecidas, sendo muito dependentes da Loja ou de costumes locais, mesmo assim pode seguramente ser
dito que em todas as procissões de entrada a regra será juniores primeiro, com certas exceções onde um Irmão
em virtude de seu Cargo em particular toma uma determinada posição na procissão.
O D.C. lidera a procissão e na entrada da Loja dá o comando: ‘De pé, Irmãos, para receber
o Venerável Mestre e seus Vigilantes’.1
Marchando lentamente até a parte NE. As fileiras se abrem e os Diáconos elevam suas
varas para formar um arco sob o qual o V.M. passa e é conduzido pela mão ao seu assento
pelo D.C. As fileiras se fecham e prosseguem, os Grandes Oficiais deixam a procissão para
tomarem seus assentos. Os Diáconos novamente elevam as varas junto ao pedestal do 2ºVig,
e ele passa por elas e é conduzido pela mão ao seu assento pelo D.C. Igualmente junto ao
pedestal do 1ºVig. Neste ponto o 2ºD deixa a procissão para tomar seu lugar à direita do
1ºVig. O D.C. prossegue pelo N com o 1ºD, o A.D.C. seguindo atrás. Se o Tesoureiro,
Secretário, etc., tomam parte na procissão é costumeiro para eles deixarem-na para tomarem
seus respectivos lugares assim que a procissão se mover após o Mestre ter sido conduzido ao
seu assento pelo D.C. O D.C. e o A.D.C. são os últimos a tomarem seus lugares.2
Há alguns Diretores de Cerimônias experientes, mais particularmente nas Províncias, que
discordam da recomendação dada aqui de que na entrada processional o V.M. e seus
Vigilantes devem vir à frente dos Grandes Oficiais, argumentando que, como a regra para as
procissões de entrada é juniores primeiro, então o V.M., sendo o sênior de todos os outros
Irmãos em sua própria Loja, deve estar atrás dos Grandes Oficiais. Há razão no argumento,
e teoricamente talvez esteja correto; todavia a teoria pode algumas vezes ser subordinada com
vantagem à conveniência e circunstâncias.
Em uma Loja privada há obvias objeções para que Grandes Oficiais tenham precedência
sobre o V.M. No evento de uma enorme procissão assim organizada, o V.M., é claro, passa
através da avenida formada pelos Grandes Oficiais, e, quando ele toma seu lugar, os Grandes
Oficiais no final da procissão entram e se dirigem às suas posições à direita da cadeira do
Mestre. Os Vigilantes são assim deixados abandonados nalgum lugar no Oeste, quiçá por um
apreciável período de tempo, e o D.C. deve tentar levar um ou ambos ou chamá-los adiante.
Apesar do presente escritor em nenhum momento presumir sugerir que aqueles que
diferem de sua opinião estão errados, ainda assim, a partir de uma clara longa e variada
experiência, acredita que o procedimento que ele advoga previne confusões, e resulta em uma
entrada suave e mais digna do que a prática contrária.
4. — Acomodação dos Oficiais da Grande Loja
Os Grandes Oficiais serão acomodados à direita do Mestre em sua ordem de senioridade.
O D.C. memorizará a tabela de precedência como definida no Livro das Constituições. Ele
também deverá ser hábil em contar as Insígnias dos Grandes Oficiais em uma passada
d’olhos.
Um Grande Oficial atual possui precedência sobre um Past Grande Oficial de mesmo
nível; porém nenhum Grande Oficial atual possui precedência sobre um Past Grande Oficial
de nível maior.

1
Em nenhuma procissão será permitido a qualquer Irmão estar entre o Mestre e seus Vigilantes.
2
Nenhuma posição em particular na Loja é alocada para o D.C. ou o A.D.C. nas Constituições, assim não pode
ser argüido que qualquer costume particular é tão pouco certo ou errado. Por causa da conveniência parece-nos
que o Oficial sênior, de qualquer nível, deverá estar sentado nalgum lugar nas vizinhanças do Mestre. É
igualmente conveniente que o D.C. e o A.D.C. devam ocupar lugares adjacentes, de modo que o D.C. possa dar
ao seu Assistente instruções durante a noite.

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Tradução Luiz Carlos de Mello Membro da A.R.L.S. Libertador Gal. San Martin Nº 3296

5. — Acomodação em Geral
Os lugares à L. da mesa do Secretário e do ped do 2ºVig algumas vezes são ocupados por
M.Ms. Isto não será permitido se estiverem presentes Irmãos de nível maior ou cuja chegada
é esperada para mais tarde.
6. —Entrada de Oficiais da Grande Loja após a abertura da Loja
O D.C. receberá o ilustre visitante à porta, dando a ordem, ‘À Ordem, Irmãos,’ e então os
Irmãos se levantam em seus lugares.3 O D.C. conduz o Grande Oficial para um assento à
direita do V.M. e então dá a ordem, ‘Sentem-se, Irmãos.’ Muito embora em sua própria Loja
o Mestre seja supremo, é um ato de cortesia para ele se levantar e oferecer sua mão para
cumprimentar o ilustre visitante.
7. — Recepção de outros Visitantes após a Abertura da Loja
O D.C. ou A.D.C. verificará que os Irmãos visitantes estejam confortavelmente
acomodados de acordo com o seu nível. Um Irmão com nível de Londres ou Provincial ou
Distrital não deverá ter que buscar em volta por um lugar e talvez ficar espremido noutro
lugar na linha de trás.
8. — Chegadas com Atraso em geral
Quando a Loja estiver ficando lotada o D.C. deverá estar alerta para notar onde há lugares
vagos. É embaraçoso para um Irmão visitante ao chegar atrasado — e possivelmente durante
uma Cerimônia importante — não conseguir encontrar um assento. Qualquer que seja o
nível Maçônico do visitante o D.C. estará alerta para auxilia-lo a encontrar um lugar.
9. — Visitantes de Constituições Estrangeiras
Sempre há a possibilidade de chegar um Irmão como um visitante de uma Loja sob a
jurisdição de uma Grande Loja estrangeira, e podem surgir dúvidas tais como se ele pode ser
admitido. Um imenso cuidado é essencial! Nenhum Irmão pode ser admitido a menos que
seja um membro de uma Loja que trabalha sob uma Grande Loja reconhecida pela Grande
Loja Unida da Inglaterra.
10. — Saudações aos Grandes Oficiais
Tais saudações são mais bem dadas no maior Grau no qual a Loja estiver aberta. Se no
Terceiro Grau, então o G. ou R. Sn. É um erro comum saudar com o G. ou R. Sn. no
Primeiro ou Segundo Grau. Isto é absolutamente errado.
As saudações corretas aos Grandes Oficiais em Loja são as seguintes:
M.W.G.M. or M.W.ProG.M………………………………………………………….. 11
R.W.D.G.M…………………………………………………………………………… 9
R.W. Irmãos. …………………………………………………………………………. 7
V.W. Irmãos. ………………………………………………………………..……….. 5
Outros Grandes Oficiais. …………………………………………………………….. 3
4
Grandes Oficiais Provinciais:
R.W.Prov.G.M. ………………………………………………………………..…….. 7
W. Dep. Prov. G.M. (em sua própria província) …………………………………….. 5
W. Asst. Prov. G.M. (em sua própria província) ……………………………………. 5
Outros Grandes Oficiais Provinciais (em sua própria província) …………………… 3
Nenhum Irmão que estiver atuando temporariamente em um Cargo maior do que aquele
que ocupa receberá uma outra saudação que aquela para a qual está pessoalmente nomeado.

3
Em muitas Lojas prevalece o costume de os Diáconos se organizarem próximo à porta na chegada de um
visitante ilustre. Eles então acompanham o Irmão visitante ao L., o 2ºD à direita e seu colega à esquerda. Um
tal costume é raro, de qualquer modo, nas Lojas Metropolitanas.
4
A tabela de saudações aos Grandes Oficiais Provinciais também se aplica aos Grandes Oficiais Distritais.

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Tradução Luiz Carlos de Mello Membro da A.R.L.S. Libertador Gal. San Martin Nº 3296

Tendo verificado os desejos do V.M., e decidido sobre o momento conveniente para as


saudações, o D.C. dá a ordem: ‘À ordem, Irmãos’, ou ‘De pé, Irmãos’, e quando os Irmãos se
levantarem o D.C. prossegue: ‘Por ordem do V.M. eu vos convido a saudar os Grandes
Oficiais da Grande Loja por X vezes, guiando-vos por mim! À ordem, Irmãos!’ Então a
saudação é dada. Após a saudação o D.C. diz: ‘Sentem-se, Irmãos.’ O Grande Oficial
sênior então agradece o cumprimento. (NOTA — Isto, é claro, se presumindo que todos os
Grandes Oficiais presentes estão abaixo do nível de Grande Inspetor.)
11. — Endereçamento Cerimonial
Os Grãos Mestres atuais e passados e os Pro Grãos Mestres atuais e passados recebem o
tratamento de ‘Muitíssimo Venerável’ (M.V.). Os Delegados dos Grãos Mestres atuais e
passados, os Grãos Mestres Provinciais e Distritais, e os Grandes Vigilantes da Grande Loja
atuais e passados recebem o tratamento de ‘Eminente Venerável’ (R.V.).5
Os Grandes Capelães atuais e passados, Grandes Tesoureiros atuais e passados, os Grandes
Registradores atuais e passados, os Delegados dos Grandes Registradores atuais e passados,
Presidentes do Colegiado de Assuntos Gerais atuais e passados, Grandes Secretários atuais e
passados, Presidentes da Curadoria de Benevolência atuais e passados, Grandes Diretores de
Cerimônias atuais e passados, e os Grandes Inspetores atuais e passados recebem o tratamento
de ‘Mui Venerável’ (M.V.). O tratamento de ‘Venerável’ (V.) é usado para os demais Grandes
Oficiais, atuais e passados, e para os Mestres de Loja atuais e passados. Todos os outros
Irmãos são designados como ‘Irmão’ apenas.
12. — Aplauso Maçônico
A única forma de aplauso Maçônico permitido é uma única batida com a palma da mão
sobre o avental, no entanto mesmo este é melhor que seja omitido a menos que o costume da
Loja e o desejo do V.M. determinem o contrário. Em qualquer caso deverá apenas ser dado
sob o comando do D.C., que erguerá sua mão e deixará que seja vista por todos, assim as
batidas poderão ser simultâneas.
13. — Saudações e Cumprimentos
Na Emulation Lodge of Improvement as saudações (ou cumprimentos) dados durante a
Cerimônia de Instalação ou aos Grandes Oficiais são dadas muito audivelmente. A teoria
avançada é de que há uma diferença entre ‘saudações’ e ‘cumprimentos’ — que todas as
saudações devem ser silenciosas, enquanto todos os cumprimentos devem ser audíveis e
fortes. Talvez haja muito de teoria, porém permanece o fato de que saudações audíveis e
ruidosas são friamente recebidas pelos Oficiais da Grande Loja, como pode ser visto em
qualquer Reunião de Consagração. Diretores de Cerimônias precisam usar de sua própria
discriminação para averiguar se eles aceitam a teoria avançada do Committee of Emulation
Lodge of Improvement ou se eles preferem se submeter ao exemplo do Grande Diretor de
Cerimônias e seus Delegados.6

5
N.T.: — Com respeito ao tratamento a ser dado aos Irmãos, devemos observar que nos casos fora da Inglaterra,
as potências Maçônicas locais devem possuir uma nomenclatura própria. Nestes casos este tradutor aconselha
que se utilize a nomenclatura estabelecida pela jurisdição local, já que tal terminologia em especial, não guarda
relação direta com o Ritual de Emulação mas com a Jurisdição à qual a Loja está subordinada. O mesmo se
aplica a precedência dentro da hierarquia.
6
Desde a publicação da primeira edição deste Manual a instrução que tem amplamente sido circulada é de que o
falecido Mui Venerável Ir. J. S. Granville Grenfell (G.D.C. por quatorze anos) não foi favorável ao método
silencioso de dar as saudações. O autor tem, por conseguinte, tido algum problema para colocar a matéria para
além de todas as disputas, e tem estado em comunicação, não apenas com o atual Grande Diretor de Cerimônias,
mas também com Irmãos que oficiaram por um longo tempo como Delegados do Grande Diretor de Cerimônias
durante o período do Ir. Grenfell. Dos anteriores D.G.D.’s. de C.’s, apenas um (um Irmão que oficiou dezesseis
anos atrás e que é um ex-Preceptor de uma reconhecida Emulation L.I.) declara que ele prefere a saudação
audível, e deve ser notado que mesmo este Irmão não sugere que ele tenha sido sempre instruído a seguir tal
método pelo G.D.C. Outros Irmãos envolvidos, incluindo o atual G.D.C., são unânimes em sua opinião de que
o falecido Ir. Grenfell favoreceu a saudação silenciosa e instruiu seus Delegados a faze-lo da mesma maneira.

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14. — Ao Abrir a Loja no Segundo ou Terceiro Grau


Eventualmente o V.M. pode omitir a solicitação de retirada do Ap. ou do Comp. O D.C.
deverá estar alerta em verificar que isto sempre seja feito.
15. — Presteza em Loja
Toda presteza em Loja deve ser evitada salvo se for essencial; no entanto podem surgir
ocasiões nas quais o V.M. e o P.M.I. estejam perdidos. É o D.C. quem estará habilitado a
suprir a necessária sugestão silenciosa e sem obstruir o trabalho, tanto quanto possível.
16. — A Vara do D.C.
O D.C. não se movimentará em Loja sem sua vara. Muitos dos exímios D.C. estão
habilitados a dar todos os Sns e saudações sem se desfazer de suas varas, porém em certos
casos o D.C. sente que deve colocar sua vara de lado temporariamente quando as saudações
são dadas, então deverá ser colocada em sua base de apoio. Entregar a vara a cargo de outro,
mesmo que por uns poucos minutos, é uma visão, para dizer o mínimo dela, amadora e
indigna.
17. — Provando Visitantes desconhecidos
No evento de um visitante desconhecido solicitar admissão provavelmente ficará a cargo
do D.C. ‘prova-lo’. Ele deverá sempre estar preparado para se desincumbir deste dever de
modo completo. Pode também nunca estar completo.
18. — A Cerimônia de Instalação
O D.C. deverá conduzir os P.Ms que irão ocupar os postos de 1ºVig, 2ºVig, e G.I. Após a
abertura da Loja no Segundo Grau o D.C. apresenta o Mestre-Eleito. Lembre-se de que NÃO
é Venerável Mestre-Eleito.7
É um bom plano para o D.C. se entender com o Cobridor para que quando os M.Ms forem
readmitidos em Loja os Irmãos Visitantes sejam solicitados a entrarem primeiro, e os
Membros aguardem por uns poucos momentos. Havendo os Visitantes entrado em Loja e
tomado seus lugares,8 os Membros podem então entrar e serem organizados no Norte pelo
D.C. ou A.D.C. para a perambulação sem problemas ou confusão.
O D.C. deverá lembrar de cuidar da mudança da T.D. quando não houver um 2ºD
disponível para faze-lo.
Quando os M.Ms são ordenados a se retirarem o D.C. deverá verificar que todos os
Oficiais que estão deixando a Loja deixem seus colares em seus assentos.9
De acordo com o sistema da Emulation Lodge os Irmãos não saúdam quando lhes
ordenado que se retirem da Loja. Uma razão para a ausência da saudação que o autor tem
ouvido de um dos decanos da Emulation e um dos mais experientes Preceptores é que, o V.M.
solicita diretamente aos Irmãos que se retirem, assim o dever do G.I. é abrir a porta. Então,
estando a porta aberta, a Loja não está devidamente coberta, e nenhum Sn Maçônico deverá
ser mostrado. Um raciocínio absolutamente sólido.

7
Não havendo nenhum D.C. na Emulation Lodge of Improvement, este dever é desincumbido pelo P.M.I.
8
Na Emulation Lodge of Improvement não há a saudação pelos Irmãos ao regressarem a Loja neste ponto,
todavia deve ser lembrado que a Emulation é de fato, uma Loja de Instrução, e que por isso há uma pequena
diferença, se qualquer um, dentre os Membros for Visitante; na Emulation Lodge, os Visitantes o fazem, tal
como uma prova, ao tomarem parte na perambulação. Embora, por razões de conveniência, na Emulation
Lodge se permita a alguns Irmãos que se sentem no retorno à Loja, se presume que todos façam a volta da Loja
para saudar o V.M. Então, os Irmãos não saúdam no retorno. Em uma Loja Regular não prevalecem as
mesmas condições; o costume ditado na maioria das Lojas é de que os Irmãos Visitantes se dirijam aos seus
lugares e estão isentos de tomar parte na perambulação, e surge a questão: Eles devem saudar? O autor se
aventura em responder a questão sem hesitação com uma afirmativa, muito embora ele de modo algum questione
a propriedade do procedimento na Emulation Lodge. As condições na Lodge of Improvement e em uma Loja
regular são, tal como foi expresso, totalmente diferentes.
9
O V.M. não possui poderes para declarar ‘Todos os Cargos estão Vagos’.

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Durante os Encerramentos no Terceiro e Segundo Graus o D.C. lançará um olhar sobre os


emblemas que estão sobre o L.S.E. É inteiramente possível que o recém investido P.M.I.
possa se esquecer de cuidar deles.
Onde há um A.D.C. competente que é um P.M. é algumas vezes costume para ele
encabeçar a coluna para cada perambulação quando os M.Ms, Comps, e Aps fazem a volta da
Loja para saudar o V.M. Quando este costume é adotado é o D.C. quem deve dar os
cumprimentos no canto S.E. da Loja. Os Irmãos não deverão ser instruídos a saudar o V.M.
‘de passagem.’
No trabalho de Emulação não há nenhum enquadramento da Loja quando o D.C. conduz os
recém investidos Oficiais aos seus lugares.10 Em muitos outros sistemas a Loja é
enquadrada.
O D.C. não deverá se omitir em conduzir o Cobridor para e do ped. do V.M. com a mesma
cortesia estendida aos outros Oficiais da Loja.11
19. — Procissão de saída da Loja
Na maioria das Lojas de Londres é costumeiro na procissão de saída o V.M. preceder seus
Vigilantes. A ordem para uma pequena procissão é a seguinte: —
A.D.C.
2ºD. 1ºD.
V.M.
2ºVig. 1ºVig.
Grandes Oficiais
(Seniores Primeiro)
Past Grandes Stewards
Grandes Oficiais de Londres
Grandes Oficiais Prov. ou Dist.12
P.Ms.
D.C.

Muitas Lojas Provinciais preferem longas procissões. Uma regra segura a ser seguida
para as procissões de saída é Seniores Primeiro.13
Também imediatamente antes da procissão deixar a Loja, ou na ante-sala (de acordo com o
costume), é usual ao D.C. anunciar as ordens do V.M. assim como se os Irmãos ainda estão
com Colares, etc.14
20. — No Refreshment
O D.C. deverá estar chegar cedo à sala de jantar e lançar uma vista d’olhos nos arranjos
para verificar que todos os Irmãos estejam confortavelmente acomodados e sentados de
acordo com seu nível. Tanto no Refreshment, como no Labor, deve ser observada a etiqueta
Maçônica. Oficiais da Grande Loja e outros ilustres convidados deverão (a menos que

10
Após acompanhar os recém investidos Vigilantes e I.G. aos seus respectivos lugares o D.C. deve lembrar de
conduzir os P.Ms que estiveram atuando como Oficiais temporários a se sentarem de acordo com o seu nível.
11
Isto não é feito pelo M.I. na Emulation Lodge of Improvement, o que parece ser uma desafortunada omissão
de atenção fraternal para com um Oficial que não é menos digno de cortesia por estar feliz em ser um Irmão
Servidor.
12
Nas Províncias ou Distritos Provinciais ou Distritos os Grandes Oficiais locais tomam precedência sobre os
Oficiais do nível de Londres.
13
O D.C. forma a procissão a partir do seu final, sendo seu dever verificar que todos os outros tomem suas
posições corretas.
14
Ainda que o banquete seja feito noutro local que não aquele no qual a Loja se reúne o Traje Maçônico* é
mantido e não pode deixar de ser usado a menos que por dispensa.
* N.T.: — Nesta nota, o autor se refere ao fato de que os Irmãos durante o Banquete devem aguardar a
autorização do V.M. para tirarem o paletó do terno, que hoje é usado em lugar do Fraque ou do Smoking.

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Tradução Luiz Carlos de Mello Membro da A.R.L.S. Libertador Gal. San Martin Nº 3296

arranjos amigáveis sejam feitos em contrário) estar sentados estritamente de acordo com sua
senioridade. Considerações similares também devem ser observadas quando forem
chamados a responder aos brindes.
Carência de espaço impede que a lista precedente seja estendida, e este capítulo deve ser
encerrado com uma observação final ao Irmão Diretor de Cerimônias de que seu Cargo é
essencialmente de comando. Ele deve lembrar de combinar firmeza e dignidade com tato e
gentileza. Todos os comandos devem ser dados distintamente, porém sem gritos indevidos;
ser escandaloso também é se arriscar a ser visto como arrogante.
Uma tranqüila dignidade na execução de seus deveres torna o Diretor de Cerimônias
merecedor de respeito e obediência. Ele deverá sempre ter o cuidado de lembrar que o
Venerável Mestre reina supremo; nunca deverá existir o menor indício de que o Diretor de
Cerimônias está tentando governar a Loja.
Todo homem faz bem em manter sempre diante de si um alto ideal, e o recém investido
Diretor de Cerimônias não pode fazer mais do que zelar pelas Comunicações Trimestrais da
Grande Loja, nelas estudar os métodos do Grande Diretor de Cerimônias, V.W. Ir. C. R. I.
Nicholl. O presente escritor foi muito afortunado em receber diversas sugestões inestimáveis
do falecido V.W. Ir. J. S. Granville Grenfell, que manteve o Cargo de Grande Diretor de
Cerimônias de 1912 até 1926, um honrado Irmão que combinava um comportamento cortês
com firmeza gentil, e foi alguém que certamente elevou a responsabilidade de seu Cargo ao
mais alto nível possível da digna eficiência. É desnecessário dizer, que seu ilustre sucessor
dignamente mantém aquele padrão. Diretores de Cerimônias não podem fazer mais do que
aspirar obter uma pequena parcela de seu conhecimento e habilidade.

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Tradução Luiz Carlos de Mello Membro da A.R.L.S. Libertador Gal. San Martin Nº 3296

CAPÍTULO XIX

SECRETÁRIO
É difícil avaliar a importância ligada ao Cargo do Irmão Secretário, cujo Lugar é no Norte,
e cuja Jóia são ‘duas penas em cruz de Santo André.’ A alocução cerimonial dirigida a ele
pelo Mestre em sua investidura contém escassas duas dúzias de palavras. Em algumas Lojas
é levemente prolongado, com o Irmão Secretário sendo lembrado que seu Cargo é ‘de
considerável importância.’ O Emulation Ritual, de qualquer modo, omite esta lembrança,
possivelmente baseado na premissa de que o Irmão que tem de carregar tantas
responsabilidades é completamente consciente da importância vinculada a isto.
Apenas uma vez ao ano o Secretário é chamado em virtude de seu Cargo a tomar parte nos
procedimentos cerimoniais da Loja — na Reunião de Instalação quando ele chama a atenção
do Mestre-Eleito para as Antigas Obrigações e Regulamentos. Todavia a Secretaria é, sem
dúvida, o mais severo trabalho de todos os Oficiais.
Se há jovens Irmãos inclinados por vezes a falar especialmente de modo impensado sobre
o ‘mandão’ do Irmão Secretário a Loja lhes concederá uma pausa para uma reflexão
silenciosa. Deixa-los ponderar sobre a suavidade e a rapidez com a qual as reuniões da Loja
se processam; a certeza e prontidão com cujo auxílio e conselho surge instantaneamente
quando o Mestre se encontra em qualquer dúvida ou dificuldade; a regularidade com a qual
todos os membros recebem as Convocações da Loja e outras comunicações; os arranjos feitos
para seu conforto durante o Refreshment; o feliz sucesso do Ladies’ Festival ou do anual
Summer Outing. Deixa-los ponderar sobre estes e muitos outros assuntos e questionar a si
mesmos a quem devem ser agradecer.
Que o Secretário deve ser um Past Master experiente é desnecessário dizer; ele deverá, no
curso de seus deveres, se dividir entre muitos assuntos que requerem conhecimentos que um
jovem e inexperiente Irmão não pode esperar possuir.
Em uma Loja que é afortunada o bastante para ter em seu Escriba um popular e experiente
Past Master que tem os interesses da Loja no coração, os Irmãos provavelmente não terão o
desejo de ver qualquer mudança feita no ocupante do Cargo. Portanto o Irmão Secretário é,
muito freqüentemente, re-nomeado ano após ano, e geralmente considerado como um ‘oficial
permanente’ da Loja. Este fato, no entanto, não lhe dá o direito à re-nomeação.
Teoricamente, sob qualquer avaliação, ele permanece no Cargo por apenas um ano; ele está,
assim como todos os Oficiais, subordinado ao Mestre que o nomeará; e o próximo Mestre está
em perfeita liberdade para dispensa-lo sem fornecer razões para o fato. Uma tal
contingência, no entanto, não é razoável se o Secretário for o homem certo no lugar certo, na
medida em que, felizmente, ele freqüentemente assim o é.
Obviamente um dos mais importantes deveres do Irmão Secretário é gravar no Livro de
Minutas os procedimentos nas Reuniões da Loja do mesmo modo como devem ser escritos.
Unicamente a experiência pode ensina-lo qual o melhor modo de narrar aqueles
procedimentos de uma maneira que combine uma desejável brevidade com uma satisfatória
plenitude de registro.
Uma infração das Constituições da qual os Secretários são algumas vezes responsáveis,
mesmo nestes dias esclarecidos, é a omissão no Livro de Minutas dos nomes de todos os
Irmãos presentes. Freqüentemente se ouve o Irmão Secretário ler os nomes do Mestre,
Oficiais, e Visitantes, e acrescenta: “… e os Irmãos cujos nomes estão devidamente gravados
no Livro de Presenças.” Uma tal prática é uma violação direta das Constituições. Sob a

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Tradução Luiz Carlos de Mello Membro da A.R.L.S. Libertador Gal. San Martin Nº 3296

permissão do Mestre uma longa lista de nomes pode ser ‘dada como lida’, mas o
Regulamento 172, do Livro das Constituições, estabelece claramente que o Secretário deve
fazer Constar nas Atas: “Os nomes de todos os membros presentes em cada reunião da Loja,
juntamente com aqueles de todos os Irmãos visitantes, suas Lojas e posto Maçônico.”
Em cada Reunião Regular de uma Loja as Atas da última Reunião Regular, juntamente
com aquelas de qualquer Reunião de Emergência imprevisível, devem ser lidas pelo
Secretário e, se devidamente confirmada, assinada pelo Mestre. As Atas não podem ser
confirmadas em uma Reunião de Emergência; uma tal reunião é chamada por uma distinta,
finalidade emergente, que deve ser claramente declarada na Convocação, e nenhum outro
assunto pode ser tratado nela. (Veja Regulamentos 166 e 172, Livro das Constituições)
A questão da confirmação (ou não confirmação) das Atas é uma daquelas que, em várias
ocasiões e em vários lugares, tem feito surgir muita discussão e argumentos. Atualmente, a
única questão sobre este assunto é em relação à precisão dos registros. Se as Minutas
contém um registro preciso dos procedimentos elas devem ser confirmadas, embora, note-se,
que a confirmação das Minutas não legalizam ipso facto todos os procedimentos nelas
referidos. A aceitação das Atas, então, significa meramente que o Irmão Secretário registrou
precisamente os acontecimentos da reunião à qual elas se referem.
Há alguns assuntos, é claro, que, pela importância de sua natureza, ou talvez em obediência
ao Regimento Interno da Loja, requeiram confirmação em uma reunião subseqüente. Tais
assuntos devem se tornar objeto de uma moção em separado, na Agenda. Se, durante o
intervalo entre uma reunião e outra, os Irmãos mudam suas opiniões, seu procedimento é
votar contra a moção para confirmar a resolução prévia. Por outro lado, qualquer assunto que
está terminado, e não requer um voto de confirmação, não pode ser vetado, pela mera não
confirmação das Atas. Neste caso qualquer alteração deve ser efetivada através de uma nova
moção, que deve ser comunicada, para rescindir a resolução prévia.
Há um exemplo nos registros da Grande Loja mantendo uma regra de um Grão Mestre
Distrital, na qual uma proposta para a não confirmação das Minutas não pode ser feita
meramente com o propósito de permitir aos Irmãos revisarem suas opiniões. Tal como foi
estabelecido, a única questão neste caso é a precisão do registro pelo Secretário.
Além de ler as Minutas de reuniões anteriores, e anotar todos os fatos importantes da
presente reunião, os deveres do Secretário em Loja incluirão a leitura das comunicações da
Grande Loja e outras mais, e talvez relatar à Loja sobre os vários assuntos que podem ter sido
confiados ao seu experiente cuidado na reunião anterior.
A maior parte dos deveres do Secretário, no entanto, é desincumbida fora da Loja e
necessita o sacrifício de muito de seu tempo de lazer pessoal. A seguir há um típico trecho
de Regimento Interno de Loja relatando os deveres do Secretário: —
“O Secretário deverá, sob a direção do Mestre, dar a cada Membro da Loja ao menos a
cada sete dias informações sobre todas as Reuniões Regulares, e, em caso de emergência, do
mesmo modo tal como é requerido pelo Livro das Constituições, e deverá inserir nestas
informações a natureza de todos os negócios a serem realizados”.
“Ele deverá estar presente a todas as Reuniões da Loja, e deverá manter Minutas de todos
os procedimentos e negócios de modo que estejam devidamente escritos, tais Minutas deverão
ser lidas na próxima Reunião Regular, quando os Irmãos deverão ou confirma-las ou corrigi-
las”.
“Ele deverá arquivar uma cópia de todas as Convocações citando as Reuniões;
providenciar todos os Retornos à Grande Loja; informar a cada membro a soma de todas as
subscrições e taxas devidas; coletar todas as taxas e subscrições e repassa-las ao Tesoureiro;
enviar uma cópia da Planilha do Balanço anualmente a cada Membro Subscrito, junto com
uma lista dos Membros e seus endereços, datas de Iniciação ou Filiação; e manter um
inventário dos bens da Loja”.

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Esta citação é suficiente para dar alguma indicação de como são muitas e variadas as
responsabilidades desenvolvidas pelo nosso Irmão Secretário. A lista pode ser
consideravelmente extensa, mas esta já é suficiente para demonstrar que o Cargo do Escriba
não é sinecura.
Em vista das muitas solicitações feitas a ele, e a quantidade de tempo que deve gastar com
seus deveres fora da Loja, muitas Lojas incluem em seus Regimentos Internos que o Irmão
Secretário fique isento do pagamento da subscrição anual. Tal isenção é sancionada no Livro
das Constituições, porém o Regulamento 235 deixa claro que nestes casos os Secretários
“serão considerados em todos os sentidos como membros subscritos regulares de suas Lojas,
sendo seus serviços equivalentes à subscrição, desde que suas obrigações para com a Grande
Loja tenham sido pagas”. Com relação a isto se pode notar que tal exceção não pode ser
garantida a qualquer dos outros Oficiais. Tão pouco pode o Irmão Secretário ser designado
como ‘Secretário Honorário’; o termo ‘Secretário’ é o único reconhecido pelas Constituições.
Um importante ponto que o Secretário fará bem em lembrar é que, sob a legislação anexa
às Obrigações dos Empregadores, uma Loja está obrigada no caso de acidente ou ferimento
do Cobridor enquanto ocupado ou se deslocando de e para a Loja. Isto foi definitivamente
estabelecido, e o Secretário é negligente com os interesses da Loja se descuidar de verificar
que uns poucos shillings são gastos anualmente com uma política preventiva de seguro.
Proteção contra incêndio e roubo é usualmente inclusa nos Regimentos Internos.
Para ter sucesso o que Irmão Secretário necessita fazer é manter durante a execução de
seus deveres uma considerável quantia de tato, paciência, perseverança, e uma aguçada
compreensão da natureza humana. Pode ser irritante — sem dúvida o é — para um
experiente Secretário ter de suportar o que pode ser considerado como uma desnecessária
‘interferência’ de um jovem e inexperiente Mestre. Ainda assim, ele tem de ser lembrado de
que o Mestre é o Mestre e, como tal, sua palavra é lei. O tato pode superar muitas
dificuldades. Por mais experiente que ele possa ser, o Secretário deve evitar qualquer
empenho que possa vir a sugerir que ele governa o Mestre e a Loja. É seu dever consultar o
Mestre sobre todos os assuntos; certamente nenhuma Convocação da Loja deverá ser enviada
até que um esboço tenha sido submetido ao Mestre para aprovação. É através do devido
reconhecimento da autoridade do Mestre que as dificuldades são evitadas e a harmonia
mantida.
Nós vimos nalgum lugar as seguintes linhas a respeito do Irmão Secretário: —
“Se ele escreve uma carta, ela é muito longa; se ele envia um cartão postal, ele é muito
curto; se ele comparece a um Comitê, ele está atrapalhando; se ele está fora, ele está fugindo;
se a freqüência em Loja é pequena, ele deve ter agredido os membros; se ele faz fazer assim,
ele é um aborrecimento; se ele pressiona um membro para que cumpra com seus deveres, ele
o está insultando; se ele não o faz, ele é preguiçoso; se um evento é um grande sucesso,
louvado seja o Comitê; se falhar, o Secretário é o responsável; se ele pergunta por sugestões,
ele é um incompetente; se não o fizer, ele é teimoso”.
Há uma parcela de verdade nisto, entretanto, na maioria dos casos, o Irmão Secretário se
conduz bem como dito até aqui, alegremente contribuindo para o conforto de seus Irmãos e
fazendo de si mesmo uma torre de força para o Venerável Mestre.
Informamos de que não há recomendações que possam ser oferecidas como um guia para
auxiliar o Irmão Secretário no desempenho de seus deveres; muito provavelmente ele os
conhece bem melhor do que nós.

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Tradução Luiz Carlos de Mello Membro da A.R.L.S. Libertador Gal. San Martin Nº 3296

CAPÍTULO XX

TESOUREIRO
O IRMÃO TESOUREIRO partilha com seu Irmão o Cobridor a distinção de ser um Oficial
Eleito da Loja. Os Cargos de nenhum destes Irmãos dependem do favor do Mestre; além
disso, eles são eleitos através dos votos de seus Irmãos em uma Loja Aberta e reunida. Na
tabela de precedência, o Tesoureiro tem sua posição imediatamente após o Capelão e antes do
Secretário. A Jóia de seu Cargo é a Chave, emblemática em seu sentido material de guardião
do cofre da Loja.
O Tesoureiro não toma parte nos procedimentos cerimoniais, pouco há que necessite ser
dito sobre seu Cargo neste Manual. Não se diga que o Cargo é de menor importância. O
ocupante do Cargo é geralmente um Past Master nele fixo há muitos anos, e o mero fato de
que ele é eleito, e não nomeado pelo Mestre, é evidência suficiente de que ele obteve a
confiança e o respeito de seus Irmãos. A Eleição para este Cargo é, com muita justiça,
considerada como muito honrosa.
Possivelmente o conselho mais útil que possa ser oferecido ao Irmão Tesoureiro é que ele
deve em todas as ocasiões adotar uma moderada e fraternal atitude nos seus relacionamentos
com aquele Irmão com o qual ele irá manter o contato mais íntimo. Nos referimos, é claro,
ao Irmão Secretário. É uma desafortunada verdade que estes dois oficiais de importância
vital nem sempre trabalham em completa harmonia. Os deveres de cada um devem ser
claramente definidos no Regimento Interno, e nele não deve existir nenhum ponto que
permita qualquer possibilidade de atrito entre eles. Na maioria dos casos é o Secretário que é
responsável pela coleta de todo dinheiro devido à Loja, o qual soma e subseqüentemente
repassa ao seu colega.
No caso dos pagamentos variam os costumes que prevalecem. Em alguns casos cheques
são assinados apenas pelo Tesoureiro; em outros o Secretário também assina. A política de
duas assinaturas parece ser uma prática prudente. Qualquer que seja o possível costume, o
Tesoureiro nunca deverá adotar uma atitude de ‘superioridade’ nos seus relacionamentos com
seu coadjutor.
Sem de modo algum menosprezar o Cargo do Irmão Tesoureiro, ele sempre pode ser
lembrado de que suas responsabilidades e preocupações são, na maioria dos casos,
pequeníssimas e insignificantes quando comparadas com aquelas do Irmão Secretário. Cada
um destes responsáveis Oficiais é, muito provavelmente, um sênior Past Master com longa
experiência. Como tal eles devem desde há muito terem tido o prazer de apreciar o
significado do primeiro dos Três Grandes Princípios sobre o qual nossa Ordem está fundada.
Os Irmãos Tesoureiro e Secretário devem, no interesse da Loja, cultivar e manter em todas as
ocasiões a mais amigável e fraterna relação.

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Tradução Luiz Carlos de Mello Membro da A.R.L.S. Libertador Gal. San Martin Nº 3296

CAPÍTULO XXI

CAPELÃO
O REGULAMENTO 18, do Livro das Constituições, estabelece que o Grão Mestre pode
nomear certos Oficiais, e a lista dada inclui ‘Dois Grandes Capelães’. O Regulamento 87
estabelece que um Grão Mestre Provincial ou Distrital ‘possui poderes’ para nomear certos
Grandes Oficiais Provinciais ou Distritais, e novamente a lista inclui ‘Dois Capelães’. O
Regulamento 129 estabelece que o Mestre de uma Loja privada ‘pode’ nomear um Capelão.
Portanto verificamos que nosso Reverendo Irmão Capelão não é um Oficial regular. Seu
Cargo é um dos sete Cargos permitidos que podem ser preenchidos por um Mestre em uma
Loja privada. Quando preenchido a posição do Capelão na tabela de precedência é com
justiça uma alta posição, vem imediatamente após o Segundo Vigilante e antes do Tesoureiro.
A descrição da Jóia do Cargo de Capelão, como determinado nas Constituições, é ‘um
livro com um triângulo envolto em glória’1. Esta Jóia se destina a enfatizar a importância do
Cargo, o referido ‘livro’ é o L.S.E.,2 a primeira das Três Grandes Luzes Maçônicas, um
Landmark da Ordem sem o qual nenhuma Loja pode ser aberta.
É desnecessário dizer, que o Cargo no qual estamos envolvidos no momento será mais bem
ocupado por um Sacerdote de uma Religião. A questão de que se é prudente, na ausência de
Reverendo Irmão, nomear um leigo para o Cargo, é uma daquelas que tem provocado muita
discussão. Muitos mantêm a opinião de que, em geral, será melhor não seguir tal curso;
porém a questão é uma daquelas que deve ser deixada ao critério individual do Mestre.
É consenso comum que o lugar de nosso Irmão Capelão em Loja é próximo ao Mestre,
geralmente um assento à esquerda do Past Master Imediato. Em muitas Lojas a mesma
posição é observada à mesa do jantar como um direito do Capelão, embora, se nosso
Reverendo Irmão não for um Past Master, ele queira, quiçá, agir sabiamente não interpondo a
si mesmo em uma posição anterior àqueles Irmãos que são seus seniores no Craft.
Os deveres do Capelão em Loja são óbvios — oferecer Preces ao G.A.D.U., — e estes
deveres não necessitam ser dilatados em sua extensão. É suficiente dizer que deve haver um
perfeito entendimento entre o Venerável Mestre e o Capelão, e que nosso Reverendo Irmão
precisa ser alguém que conhece muito bem seu papel, possuindo suficiente conhecimento do
Ritual para habilita-lo saber sem auxílio o preciso momento no qual sua voz deverá ser
ouvida. Nada é mais detratante à dignidade e aos impressivos procedimentos do que aquelas
desafortunadas pausas que ocorrem quando um inexperiente Capelão ‘erra sua deixa’3,
tropeçando e gaguejando, perdendo a percepção das solenes palavras que já deveriam estar
disponíveis para sua língua.
Além dos louvores ao G.A.D.U. há certas porções das Cerimônias que podem com
vantagem ser confiadas ao Capelão se ele possuir o conhecimento Maçônico requisitado. A
Alocução ao Candidato após a Iniciação é uma destas instâncias. Presumindo que o Irmão

1
N.T.: — Glória é um termo comum em algumas religiões e usado para fazer referência àquele halo de
resplendor ou fulgor luminoso que circunda as cabeças ou corpos sagrados, e que não deve ser confundido com a
auréola que é um anel luminoso sobre as cabeças de figuras sagradas.
2
Optamos por L.S.E., isto é, Livro das Sagradas Escrituras pois em inglês a abreviatura é V.S.L., ou seja,
Volume da Lei Sagrada.
3
N.T.: — “deixa” é uma expressão típica no teatro quando um ator termina sua fala e suas últimas palavras são o
ponto no qual o outro ator deve começar a sua fala. Assim “errar a deixa” significa que o outro ator esqueceu
ou errou por desatenção o ponto em que deveria iniciar sua fala ou ação.

84
Tradução Luiz Carlos de Mello Membro da A.R.L.S. Libertador Gal. San Martin Nº 3296

Capelão seja um Sacerdote Religioso, ele é em virtude de seu treinamento um acadêmico, e, é


de se esperar, um perfeito orador. A Alocução ao Aprendiz pode ser confiada a tal Irmão
com a certeza de que Proveito e Prazer sejam o resultado, a ambos o recém iniciado Irmão e a
todos os outros presentes.
Fora da Loja o Capelão que tem os interesses do Craft no coração sem dúvida alguma
encontrará muitas direções para suas energias Maçônicas. O dever de visitar Irmãos que se
ausentam por doença é um daqueles que ele pode muito bem tomar para si.
Nas melhores administrações de Lojas pequenas diferenças de opinião por vezes
desafortunadamente ocorrem dentre os Irmãos; e, se são deixadas sem verificação, elas
poderão assumir dimensões tais que provavelmente possam causar algo da natureza de uma
‘divisão’ em Loja. O Irmão Capelão é, por natureza um homem pacífico, podendo fazer
muito para curar tais diferenças através de um pouco de afabilidade, palavras delicadas. Tal
mediação, vinda de um Mestre Religioso, será freqüentemente aceita onde pode
possivelmente haver ressentimento em relação a outros.
Se um Capelão for possuidor de extensa experiência Maçônica, aliada ao seu largo
conhecimento da natureza humana, poderá ser sem dúvida alguma uma valiosa aquisição para
qualquer Loja. O Mestre cuja lista de Oficiais inclua um tal Irmão deve ser congratulado por
sua boa fortuna.

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Tradução Luiz Carlos de Mello Membro da A.R.L.S. Libertador Gal. San Martin Nº 3296

CAPÍTULO XXII

VIGILANTES
IGUALMENTE difícil também é não colocar grande ênfase sobre o fato de que qualquer
Loja bem conduzida e de sucesso deve obrigatoriamente ter em seus Vigilantes dois Irmãos
que não são meramente experientes nos mistérios do Craft, porém Irmãos que, por sua
conduta pessoal, são excelentes de todas as formas para serem are considerados como
exemplos para seus jovens Irmãos.
Há muito a ser aprendido do simbolismo das Jóias usadas por estes dois altos Oficiais de
Loja. A Jóia distintiva de nosso Irmão Primeiro Vigilante é o Nível, um emblema de
imparcial e eqüitativa conduta que deve caracterizar todos os seus relacionamentos com seus
Irmãos. Seu Irmão junior é conhecido pela familiar Régua de Prumo, o símbolo de
integridade e retidão. Feliz a Loja cujos Vigilantes se empenham por viver sob os
ensinamentos morais de suas respectivas insígnias; e feliz o Mestre que possui o suporte de
tais tenentes no Oeste e no Sul.
Os Vigilantes ocupam posições de responsabilidade igualmente próxima daquela do
próprio Mestre, e, enquanto é uma asserção freqüentemente repetida de que o poder do Mestre
é supremo, ainda assim há muita evidência encontrada como suporte da igualdade no familiar
enunciado de que, a Loja é governada pelo Mestre e seus Vigilantes. É certo que o trabalho
de qualquer Loja ficaria paralisado sem a eficiente cooperação dos Vigilantes.
Durante a Cerimônia de Instalação, se for corretamente executada, o D.C. pergunta:
“V.M., a quem nomeai vosso Primeiro Vigilante?” No caso do Primeiro Diácono a pergunta
é: “V.M. a quem nomeai Primeiro Diácono?” A palavra “vosso” é omitida. Ao Vigilante
durante a investidura o Mestre diz: ‘Ir. A.B., Eu vos nomeio meu Primeiro Vigilante.’ Ao
Diácono ele diz: ‘Eu vos nomeio Primeiro Diácono da Loja.’ A diferença é digna de nota.
O Regulamento 129, do Livro das Constituições, estabelece que: “Os Oficiais regulares de
uma Loja consistem do Mestre e seus dois Vigilantes, um Tesoureiro, um Secretário…” O
caso possessivo é enfatizado para indicar a estreita ligação pessoal existente entre o Mestre e
Vigilantes. Pode claramente ser presumido, numa maior extensão, que o controle da Loja
está investido no Mestre e seus Vigilantes. O Irmão Dr A. G. Mackey, cuja prolífica pena
produziu escritos Maçônicos quase rivalizando em número com aqueles do famoso Ir. Dr
Oliver, incluído em sua lista adicional dos Antigos Landmarks da Ordem — ‘O Governo de
uma Loja pelo Mestre e seus Vigilantes.’ Então, estes três altos Oficiais deverão sempre se
apresentar como uma frente unida; em uma Loja bem organizada nunca deve existir a menor
suspeita de falta de unanimidade entre o Mestre e Vigilantes.
Nenhum Irmão pode pleitear qualquer progresso de um Cargo a outro, mas pode ser
claramente assumido que quando o Mestre nomeia seu Primeiro Vigilante ele está designando
seu sucessor. Por esta razão, mesmo que para nenhum outro, o maior cuidado é essencial em
perceber quão importante é o Cargo. No caso da seleção do Segundo Vigilante a
responsabilidade é quase tão grande quanto, por isso tem que ser lembrado que a nomeação
carrega consigo a necessária qualificação para o futuro ocupante da Cadeira do R. S.
Embora nenhum pleito de progressão seja reconhecido, não pode ser contestado que cada
Irmão possui o direito de aspirar ocupar a exaltada posição no Leste. O Vigilante, seja Sênior
ou Junior, está muito próximo da realização de sua ambição, e é sua obrigação para com a
Loja e para com o Craft, o dever de ser consciencioso no desincumbir-se de seus importantes
deveres.

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Tradução Luiz Carlos de Mello Membro da A.R.L.S. Libertador Gal. San Martin Nº 3296

Os Vigilantes possuem muitos deveres além da mera repetição de suas um tanto quanto
limitadas porções de Ritual; que pode, quiçá, ser considerado como o menor grau de suas
responsabilidades. É dever do Vigilante conhecer uma boa parcela dos assuntos contidos no
Livro das Constituições. Mesmo que seja uma inconveniência pessoal, ele deverá gerar
oportunidades de se ocupar com as Comunicações Trimestrais da Grande Loja porque é de
seu dever, como um potencial dirigente no Craft, saber o que ali acontece. Também deverá
estar familiarizado com as imbricações da Jurisprudência Maçônica. Os Vigilantes devem
cultivar tato e dignidade. Eles devem lembrar, também, que não é uma pequena parte de seus
deveres obter certo grau de competência como oradores.
Este último é de tão grande importância que pode até parecer ser sarcasmo. Tem que ser
lembrado que o Vigilante será em breve provavelmente o Mestre, e que muito da dignidade
dos procedimentos da Loja são mui dependentes do poder de oratória do Mestre. Até mesmo
o mais nervoso e hesitante dos oradores pode fazer um marcante aprimoramento se assim o
desejar, mas mantiver a preocupação — quando ele as conhece está apto a ser convidado para
se dirigir aos seus Irmãos — de gastar um pequeno tempo antecipando em pensamento sobre
o que vai dizer e como vai dizer. Para o Irmão que foi prudente o bastante para preparar suas
anotações lá nos primórdios de seus dias Maçônicos pode vir o tempo quando, ver-se-á sendo
convidado para um discurso de improviso, terá então motivos para se surpreender com seu
próprio sucesso, muito embora ele possa então não estar consciente de que deve aquele
sucesso inteiramente à preocupação e ao cuidado que teve no passado.
As responsabilidades dos Vigilantes não terminam com o encerramento da Loja; no
Refreshment,1 como no Labor, eles são os principais Oficiais do Mestre, e como tais, eles
deverão se associar para preservar a dignidade e a harmonia dos procedimentos. É uma
desafortunada verdade que tem de ser encarada que os procedimentos no quadro social não
são sempre caracterizados pelo devido decoro. Em muitas Lojas o costume de ‘demandar e
reptar’ é freqüentemente conduzido ao excesso. Irmãos estão em seus pés a cada poucos
minutos aos gritos, cruzando a sala, e uma atmosfera de indigna baderna prevalece. O
Mestre, é claro, é o responsável principal pela manutenção da ordem, mas os Vigilantes por
presidirem o Oeste e o Sul podem fazer muito para assisti-lo neste sentido. Nenhum
Vigilante desejaria assumir a posição de um ‘estraga prazeres’, no entanto é seu dever
verificar para que não ocorra qualquer coisa cuja natureza seja de indevida hilaridade ou de
comportamento ruidoso.
No Refreshment, como no Labor, os Vigilantes devem estar atentos para responder
às do Mestre. E aqui o Irmão Vigilante pode ser lembrado de que não há necessidade
alguma, nem em Loja e tão pouco no banquete, de exercer força excessiva no uso do .
Tal força é freqüentemente exacerbada, mais particularmente à mesa do jantar; a paz é
perturbada por uma série de retumbantes explosões, com uma enormidade de copos retinindo
e muitas vezes resultando no derramamento de vinho. Do mesmo modo malhar pesadamente
é absolutamente desnecessário e é apenas um desagradável teste para os nervos.
A questão sobre, se os Vigilantes devem sempre estar em pé quando o Mestre levanta para
propor um brinde é uma daquelas sobre as quais há divergências de opinião. É costume
amplamente seguido o Mestre fazer a pergunta preliminar: ‘Irmãos Primeiro e Segundo
Vigilantes, informem como se encontram os copos sob vossas colunas?’ Ao receber a
afirmação: ‘Todos carregados no Oeste (ou Sul), Venerável Mestre,’ ele dá a ordem: ‘Por
favor verifique a carga,’ ou ‘Principais Oficiais de pé.’ Assim os Vigilantes estão auxiliando
o Mestre e, de fato, o brinde é feito pelos três Principais Oficiais da Loja.
Freqüentemente, no entanto, o Mestre omite a pergunta ou o referido comando, e neste
caso algumas vezes vemos os Vigilantes levantarem-se voluntariamente, enquanto noutros

1
O período de Refreshment nunca deve ser referido como o ‘Quarto Grau.’

87
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casos eles permanecem sentados. No último caso freqüentemente vemos o Irmão Diretor de
Cerimônias ou algum outro Irmão excitadamente sinalizando aos Vigilantes para que se
levantem. Na opinião do presente escritor isto é absolutamente incorreto. Se o próprio
Mestre não chama seus Principais Oficiais para se levantarem nenhum outro Irmão tem o
direito em assim agindo de usurpar os poderes do Mestre. Parece-nos igualmente
indesejável que os Vigilantes se levantem voluntariamente; isto pode ser apenas considerado
como uma insinuação de que o Mestre é negligente e omitiu uma parte de seu dever. O
caminho mais aconselhável é de que os Vigilantes previamente cheguem a um claro
entendimento com o Mestre.
Em muitas Lojas grandes um Irmão tem de aguardar vários anos antes de alcançar a
cobiçada dignidade da cadeira de um Vigilante, e é esperado que tais Irmãos tenham
conseguido obter muita experiência na ciência da Franco-Maçonaria antes de suas nomeações.
Nestes dias de expansão Maçônica, no entanto, há novas Lojas surgindo praticamente a cada
semana e comparativamente jovens Maçons se encontram a si mesmos elevados aos
responsáveis Postos no Oeste e no Sul. Para o benefício destes nossos jovens Irmãos
oferecemos algumas recomendações como guia nos capítulos seguintes.

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CAPÍTULO XXIII

SEGUNDO VIGILANTE
REPRESENTATIVO de Hiram Abiff, O Irmão Segundo Vigilante é o terceiro Oficial da
Loja, ocupando uma posição raramente menos responsável do que aquela de seu colega
sênior. Seu lugar é no Sul. Sua Jóia distintiva, a Régua de Prumo, é o emblema de Retidão
e integridade. Sua coluna, que é da Ordem Coríntia, é o símbolo da Beleza; e deve ser
deixada na horizontal enquanto a Loja está em Labor, e sempre erguida quando a Loja é
Chamada para o Descanso ou Fechada.
O Irmão Segundo Vigilante deve lembrar que nenhuma reunião de Loja pode ser alterada.
Sob a Constituição Inglesa nenhuma Loja — nem mesmo a própria Grande Loja — possui o
poder de alterar uma reunião. Os dias das Reuniões Regulares de todas as Lojas Privadas
devem ser fixados e aprovados por autoridades da Grande Loja, sendo essencial a
confirmação daquela autoridade antes que qualquer mudança possa ser feita. Os Mestres de
Lojas Privadas podem chamar Lojas de Emergência, mas em cada reunião, seja Regular ou de
Emergência, a Loja deve ser Aberta e Fechada. Estando a Loja fechada, a reunião não pode
ser alterada. É, então, absolutamente incorreto o Segundo Vigilante declarar que a reunião
está alterada.
Todos os comunicados são primeiramente anunciados pelo Guarda Interno ao Segundo
Vigilante, estando este último Oficial nominalmente responsável pela admissão de todos
Irmãos, sejam eles Membros ou Visitantes. Quiçá raramente ocorra numa Loja de Londres
que o Segundo Vigilante seja chamado a deixar sua cadeira e seguir para a ante-sala com o
propósito de ‘examinar’ um Irmão Visitante; no entanto ele está obrigado a qualquer tempo a
ser conduzido para responsabilizar-se daquele dever. Todo Segundo Vigilante deve saber
como ‘examinar’ um estranho.
Presume-se que mesmo o comparativamente1 jovem Maçom que fez suficiente progresso
para habilita-lo a alcançar a digna e importante posição de Segundo Vigilante tenha adquirido
o necessário conhecimento para torna-lo completamente familiarizado com os deveres
daquele Cargo para muito mais além do que a mera Abertura e Encerramento da Loja nos
Três Graus. Aqueles deveres, no entanto, não se relacionam com este Manual, ainda assim
foram anexadas recomendações para guiar o Irmão Segundo Vigilante durante as Cerimônias
de Iniciação, Passagem, e Elevação.

CERIMÔNIA DE INICIAÇÃO
1. — Ao receber a informação do G.I. de que h.u.c., o 2ºV deverá dar três
lentas permanecendo sentado. Então ele se levanta, dá o P, faz o Sn. de Ap., e comunica
2
ao V.M. Ao receber a instrução do V.M. o 2ºV., descarregará o Sn com precisão, mantendo
a mão aberta, sentará, e dará as instruções necessárias ao G.I.

1
N.T.: — O termo ‘comparativamente’ aqui é utilizado pelo autor (V.Ir. I HERBERT F. INMAN) para se referir
à quantidade de tempo de um Maçom na Ordem, ou seja, não se refere à sua idade biológica.
2
Em todos os casos, quando estiver se dirigindo ao V.M. o 2ºV deve lembrar de não virar seu corpo na direção
do L. O 2ºV deverá ficar em esquadro com o N, virando apenas sua cabeça na direção do V.M. quando se
dirigir a ele.

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2. — Quando o Can é conduzido ao 2ºV pelo 2ºD o 2ºV deverá permanecer sentado até
que o 2ºD tenha respondido: ‘Com o auxílio de Deus e gozar de boa reputação’ O 2ºV então
se levanta, toma a m.d. do Can, e diz, ‘Entrai, livre e de boa reputação’, e senta.
3. — No ponto onde a L…z é restaurada ao Can os Vigilantes não devem usar o .
Sua ação aqui é a mesma daquela dos demais Irmãos.
4. — Posteriormente quando o Can é novamente conduzido ao 2ºV, após ter recebido do
V.M. os Ss do Grau, o 2ºV deverá permanecer sentado até que o Can tenha respondido que
tem algo a comunicar. O 2ºV então se levanta, dá o P, e prossegue com o exame. O 2ºV
não deverá dar o T ou Sen antes que o Can o tenha feito. Ao concluir o exame o 2ºV diz,
‘Passai…’ e senta.

CERIMÔNIA DE PASSAGEM
1. — Ao receber a informação do G.I. de que h.u.c., o 2ºV levanta (sem ), dá o P, faz o
Sn de Comp, e comunica ao V.M. Ao receber a resposta o 2ºV descarregará o Sn com
precisão, mantendo ambas as mãos abertas, sentar-se-á, e dará as instruções necessárias ao
G.I.
2. — Durante o primeiro exame do Can o 2ºV deve permanecer sentado até a resposta
‘Tenho’. Então ele se levanta, dá o P, e recebe o T ou Sen de um Ap Franco-Maçom. O 2ºV
não dá o T ou Sen antes de o ter recebido do Can. Ao concluir o exame o 2ºV diz, ‘Passai...’
e senta.
3. — No próximo exame, quando o Can é conduzido ao 2ºV após ter recebido do V.M. os
Ss do Grau, o 2ºV permanece sentado enquanto instrui o Can a avançar em sua direção como
um Comp, levantando ao receber a resposta ‘Tenho’. O 2ºV dá o P e prossegue com o
exame. O 2ºV não dá o T ou Sen antes de o ter recebido do Can. Ao concluir o exame o
2ºV diz, ‘Passai...’ e senta.
4. — Ao se concluir a Explanação da T.D., quando o V.M. alude a certos símbolos o
P.M.I. dá uma , que deve ser simultaneamente acompanhada pela resposta do 1ºV e 2ºV
em uníssono.3

CERIMÔNIA DE ELEVAÇÃO
1. — Ao receber a informação do G.I. de que h.u.c., o 2ºV levanta (sem ), dá o P, faz o
Sn, e comunica ao V.M. Ao receber a instrução do V.M. o 2ºV deve descarregar o Sn com
precisão, mantendo a mão aberta e não esquecendo de recuperar. Então ele senta e dá as
instruções necessárias ao G.I.
2. — Durante seu exame do Can o 2ºV deve permanecer sentado até a resposta ‘Tenho’.
Então levanta dá o P, e recebe o T ou Sen de um Ap Franco-Maçom. O 2ºV não deve dar o T
ou Sen até de o ter recebido do Can. Ao concluir o exame o 2ºV diz, ‘Passai...’ e senta.
3. — Quando os Vigilantes são convocados para auxiliar o V.M. o 2ºV deixa seu ped pelo
lado da mão esquerda e prossegue até a correta posição à direita do Can, não esquecendo de
levar a Régua de Prumo consigo. O 2ºV deve instruir o Can sussurrando a cruzar seus pés.
Segure o Can firmemente e no momento apropriado toque sua têmpora direita levemente com
a Régua de Prumo.

3
Todos os Irmãos devem estar de pé durante a Explanação da T.D., os Oficiais em seus lugares corretos e os
demais Irmãos reunidos em torno da T.D. Nas palavras ‘denotando D. o G.G.D.U.’ (não antes) todos os
Irmãos fazem o Sn de Rev.

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4. — Tenha muito cuidado em suportar o Can após as palavras do V.M. ‘mas com tal força
que o fez cambalear...’. São conhecidos acidentes como tendo ocorrido neste estágio. Após
este dever o 2ºV se retira para a posição atrás do Can.
5. — Quando chamado pelo V.M. para tentar erguer o rep. de nosso M com o T de Ap o
2ºV avançará uns poucos passos e dará um passo cruzando o Can na altura de seus jo...s com
o p.d. Ergue a m.d. do Can e dá o T de Ap. Então recoloca a m.d. do Can gentilmente do
seu lado4 e retorna à sua posição ao lado do Can. O 2ºV não deve andar para trás. O 2ºV
dá o P, faz o Sn P e faz seu comunicado ao V.M. Então descarrega o Sn corretamente, não se
esquecendo de recuperar.
6. — Auxilia o V.M. quando chamado para um certo dever, e retorna ao seu assento
quando instruído a assim faze-lo pelo V.M., não antes.

CALLING OFF E ON
Todo 2º Vigilante deve ter um perfeito conhecimento sobre o procedimento de Chamar os
Irmãos do Labor para o Refreshment e vice versa. (NOTA. — Para detalhes desta porção do
Cerimonial veja o Capítulo XXVII)

4
Os Vigilantes devem notar que as mãos do Can devem estar postas ao lado de seu corpo e não noutras posições
como algumas vezes é visto.

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CAPÍTULO XXIV

PRIMEIRO VIGILANTE
O IRMÃO PRIMEIRO VIGILANTE no Oeste é representativo de Hiram, Rei de Tiro, e
sua coluna, que é da Ordem Dórica, característica de Força. Enquanto a Loja está aberta esta
coluna deve estar na vertical; quando a Loja é Fechada, ou chamada do Labor para o
Refreshment, ficará na horizontal.
O Primeiro Vigilante é o seguinte em nível e poder depois do próprio Venerável Mestre, e
na ausência do Mestre ele pode ser requerido a aceitar a responsabilidade pelos
procedimentos, se bem que nenhum Vigilante, em não sendo um Mestre Instalado, possa
realmente ocupar a Cadeira do R.S. No evento de morte ou incapacidade do Mestre, o Livro
das Constituições (Regulamento 141) estabelece que é o Primeiro Vigilante quem ‘atuará
como Mestre’ convocando a Loja; ele será responsável, juntamente com o Secretário, pela
emissão das Convocações da Loja. As Constituições são quase silenciosas em como são
desenvolvidos os poderes possuídos por este Oficial em tal emergência. Parecem existir
pequenas dúvidas, no entanto, que na eventualidade de morte ou incapacidade do Mestre deva
ser o Primeiro Vigilante, enquanto Segundo Oficial da Loja, quem governará a Loja em todos
os sentidos, com a única exceção de que (a menos que já seja um M.I.) ele não possa ocupar a
Cadeira de Mestre. Nas referidas circunstâncias seria seu direito e seu dever presidir a
qualquer Comitê de Loja. Diversas opiniões são sustentadas sobre esta questão. O Primeiro
Vigilante, de qualquer modo, é o Segundo em nível e autoridade após o Mestre. Na ausência
do Mestre parece uma óbvia inferência de que sua autoridade deva recair sobre seu ‘segundo
em comando’.
Deste modo vimos que força de caráter e a habilidade em reger firmemente são
qualificações desejáveis para o Irmão Primeiro Vigilante possuir; apesar disso ele será sábio
em ter em mente que, em todos os seus relacionamentos com os Irmãos, força e firmeza
acrescentam dignidade adicional e conquistam aumento de respeito quando combinados com
gentileza e cortesia.
Talvez a mais estimulante lembrança que o Primeiro Vigilante possa receber da
importância de seu Cargo, é a recordação de que a ele é confiado o solene dever de investir
recém feito Maçom com o emblema distintivo da Ordem, o Emblema da Inocência e Laço de
Amizade.
Pode-se aqui notar para falar de plano que, o avental branco unicamente como emblema de
um Aprendiz é uma incorreção; ele é o emblema de todo Maçom, seja ele um Aprendiz ou um
ilustre Oficial da Grande Loja. Não importa a decoração que possa ter sido acrescentada ao
avental, debaixo de toda ela está o plano que o fundamenta, enquanto pele de ovelha, o
Símbolo da Inocência.
Assim como no caso de nosso Irmão Segundo Vigilante, nós podemos presumir que o
Irmão Primeiro Vigilante já esteja familiarizado com seus deveres além daqueles aplicáveis
na Abertura e Encerramento da Loja nos diferentes Graus. Nós então nos contentamos em
anexar como guia recomendações relativas às três Cerimônias.

CERIMÔNIA DE INICIAÇÃO
1. — Durante seu primeiro exame do Can o 1ºV deve permanecer sentado até que o 2ºD
tenha respondido ‘Com a ajuda de Deus por ser livre e gozar de boa reputação’. O 1ºV então

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levanta, toma a m.d. do Can, e diz ‘Entrai livre e de boa reputação’. O 1ºV deverá
permanecer em pé enquanto o 2ºD coloca o Can na posição apropriada. O 1ºV toma a m.d.
do Can com a sua m.e., dá o P, faz o Sn P de Ap, e apresenta o Can ao V.M.1 O 1ºV deve
preocupar-se em memorizar o nome completo do Can, e não ter necessidade de consultar uma
cópia da Convocação. São estes aparentemente insignificantes pontos que fazem a diferença
entre o trabalho brilhante e o negligente.
2. — Ao receber a resposta do V.M. o 1ºV descarregará com precisão o Sn, mantendo a
mão aberta, recoloca o Can a cargo do 2ºD, e senta.
3. — O 1ºV permanece sentado ao receber o próximo comando do V.M. para ordenar ao
2ºD determinadas instruções.
4. — No ponto em que é restaurada a L…z ao Can os Vigilantes não devem usar o .
Sua ação é similar à dos demais Irmãos.
5. — Durante o exame do Can após ele ter recebido em confiança os Ss do Grau pelo V.M.
o 1ºV permanece sentado até que o Can tenha respondido que tem algo a comunicar. O 1ºV
deverá então se levantar, dar o P, e prosseguir com o exame. O 1ºV não deve dar o T ou Sen
até que o tenha recebido do Can. O 1ºV S.W. permanece de pé, e faz o Sn de Ap ao
apresentar o Can ao V.M. para ‘receber alguma…’2 Descarrega o Sn com precisão após
receber a resposta do V.M., mantendo a mão aberta.
6. — A Investidura do Can com a Insígnia. A importância deste dever já foi aludida. O
1ºV não deve iniciar sua fala até que a insígnia esteja em posição. Então ele deverá segurar
o canto inferior direito da insígnia com sua m.e. durante seu discurso. É desnecessário dizer,
que o 1ºV deve ter decorado a fala e as palavras devem ser ditas com solene impressividade.
Nas palavras, ‘…nunca desonrar esta Insígnia…’ o 1ºV bate na insígnia com sua m.d.3 O
1ºV recoloca o Can a cargo do 2ºD e senta. O 1ºV nunca deixará seu ped para investir o Can
em qualquer Grau.

CERIMÔNIA DE PASSAGEM
1. — Durante seu primeiro exame do Can o 1ºV deve permanecer sentado até a resposta
‘Tenho’. Então ele se levanta, dá o P, e recebe o T de P e a P de P. O 1ºV não deve dar o T
de P até que o tenha recebido do Can. Após o exame o 1ºV permanece de pé enquanto o 1ºD
coloca o Can na posição apropriada. O 1ºV então toma a m.d. do Can com a sua m.e., faz o
Sn de F, e apresenta o Can ao V.M.
2. — Ao receber a resposta do V.M. o 1ºV descarregará o Sn com precisão, mantendo a
mão aberta, recoloca o Can a cargo do 1ºD, senta, e dá ao 1ºD as instruções necessárias.
3. — No próximo exame do Can, após ele ter recebido em confiança os Ss do Grau pelo
V.M., o 1ºV permanecerá sentado enquanto estiver instruindo o Can a avançar em sua direção
como Comp primeiro como Ap, levantando-se quando o Can responder que tem algo a
comunicar. O 1ºV então dá o P, e recebe o T ou sen de um Comp F.M. O 1ºV não deve dar
o T ou Sen até que o tenha recebido do Can; ao completar o exame o 1ºV diz ‘Passai…’ e
permanece de pé enquanto o 1D coloca o Can na posição apropriada. O 1ºV então toma a
m.d. do Can com a sua m.e., faz o Sn de F, e apresenta o Can ao V.M. para receber alguma,
etc. Descarregará o Sn com precisão mantendo a mão aberta quando receber a resposta do

1
O 1ºV deve lembrar que até este Estágio da Cerimônia no Primeiro Grau o Can é ‘Sr’, não ‘Irmão’ como nos
Graus subseqüentes. (Ver Capítulo X, “Guarda Interno”)
2
Em todos os casos ao apresentar um Can ao V.M. o 1ºV deve ser cuidadoso evitando segurar a m.d. do Can
muito alto. O 1ºV é freqüentemente visto segurando a m.d. muito acima de seus ombros, uma exagerada atitude
cujo aspecto é vergonhosamente deselegante.
3
Aqui os Irmãos não devem bater palmas neste estágio; cada Irmão baterá em sua Insígnia.

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V.M. O Can é agora investido com a Insígnia de um Comp. O 1ºV não deve deixar o seu
ped para se desincumbir deste dever. O 1ºV recoloca o Can a cargo do 1ºD e senta.
4. — Na conclusão da T.D., quando o V.M. alude a certo símbolo, o P.M.I. dá uma , que
deverá ser seguida em uníssono pelo 1ºV e pelo 2ºV.

CERIMÔNIA DE ELEVAÇÃO
1. — Durante seu primeiro exame do Can o 1ºV deve permanecer sentado até receber a
resposta ‘Tenho’. Então se levanta, dá o P, e recebe o T ou Sen de Comp. O 1ºV não deve
dar o T ou Sen até que o tenha recebido do Can. O 1ºV então diz: ‘Passai…’ e senta.
2. — Durante o exame seguinte o 1ºV novamente permanece sentado até que o Can
responda ‘Tenho’. O 1ºV então se levanta, dá o , e recebe o T de P e a P de P. O 1ºV não
deve dar o T de P até que o tenha recebido do Can. Ao concluir o exame o 1ºV diz,
‘Passai…’ e permanece de pé enquanto o 1ºD coloca o Can na posição apropriada. O 1ºV
então toma a m.d. do Can com a sua m.e. e apresenta-o ao V.M., fazendo o Sn P de um M.M.
3. — Ao receber a resposta do V.M. o 1ºV deve descarregar o Sn com precisão, mantendo
a mão aberta e não se esquecendo de recuperar. O 1ºV recoloca o Can a cargo do 1ºD e
senta-se. Então ele dá as instruções necessárias aos Diáconos.
4. — Quando os Vigilantes são convocados para auxiliarem o V.M. o 1ºV deixa seu ped
pelo lado da mão esquerda e prossegue até a posição correta à esquerda do Can, não
esquecendo de levar o Nível consigo. Segura o Can firmemente e no momento apropriado
toca sua têmpora esquerda levemente com o N.
5. — O 1ºV deve ter muito cuidado para suportar o Can devidamente quando o V.M. disser
‘mas com tal força que o fez cambalear...’ São conhecidos acidentes que ocorreram neste
estágio. Após este dever o 1ºV se retira para a posição atrás do Can.
6. — Quando chamado pelo V.M. para ‘tentar com o de Comp’, o 1ºV avançará uns
poucos passos e dará um passo cruzando o Can na altura de seus jo...s com seu p.e. Ergue a
m.d. do Can e dá o T de Comp. Então recoloca a m.d. do Can gentilmente do seu lado e
retorna à sua posição ao lado do Can. O 1ºV não deve andar para trás. O 1ºV dá o P e faz o
Sn P ao se dirigir ao V.M.; após sua fala descarrega o Sn com precisão, não esquecendo de
recuperar.
7. — Auxilia o V.M. quando chamado para um certo dever, e retorna ao seu assento
quando instruído a assim faze-lo pelo V.M., não antes.
8. — No retorno do Can à Loja, após ele ter dado as saudações corretas, o 1ºV se levanta e
toma a m.d. do Can com a sua m.e. Então dá o P, faz o Sn P, e apresenta o Can ao V.M. para
receber alguma, etc.
9. — O 1ºV descarregará o Sn com precisão após receber a resposta do V.M., mantendo a
mão aberta, e não esquecendo de recuperar. Agora o 1ºV investe o Can com a Insígnia de
um M.M., tendo o cuidado de verificar que a insígnia de Comp seja removida primeiro.
Então o Can é colocado a cargo do 1ºD, e o 1ºV senta-se.

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CAPÍTULO XXV

PAST MASTER IMEDIATO


ESTRITAMENTE falando, este breve capítulo não deveria ser encontrado em nenhum
lugar em um Manual devotado aos Oficiais de Loja e seus deveres, pela simples razão de que
o Past Master Imediato NÃO é um Oficial da Loja. Argumentos em contrário têm sido
promovidos e vociferados há muito tempo, contudo os criadores de tais argumentos ainda
necessitam suscitar um único fato convincente que embase suas teorias.
Dizer que o Irmão Past Master Imediato usa um ‘Colar de Cargo’ é absolutamente
incorreto. Ele usa um Colar de Past Master no qual estão fixos exatamente alguns emblemas
tais como aqueles usados por todo Past Master no Craft, especificamente, a 47ª proposição
do Primeiro Livro de Euclides suspenso pelo Esquadro. O Past Master Imediato é de fato o
Past Master Junior da Loja; nem mais nem menos. Os Oficiais de uma Loja Privada estão
claramente definidos no Regulamento 129, do Livro das Constituições.
Apesar disso o Past Master Imediato tem, em virtude do fato de ser o Past Master Junior da
Loja, um determinado lugar fixo em Loja por um ano. Seu lugar é imediatamente à esquerda
do Mestre e o Regulamento 141, do Livro das Constituições, estipula que na ausência do
Mestre é o Irmão Past Master Imediato quem tem de primeiro ser invocado para ocupar a
Cadeira. O Livro das Constituições mais adiante estipula (Regulamento 227) que se o Mestre
de uma Loja estiver impedido de comparecer às reuniões da Provedoria de Benevolência ‘o
Past Master Imediato pode suprir seu lugar’
É evidente, portanto, que sob certas circunstâncias o Past Master Imediato é geralmente
considerado como representante do Mestre nas citadas ausências. Este fato, no entanto, não
deve leva-lo à errônea impressão de que ele é todo poderoso. Exemplos são conhecidos
quando, pela desafortunada morte do Mestre, o Irmão Past Master Imediato é levado à errônea
impressão de que ele tornou-se ipso jure o regente da Loja, e conseqüente atrito tem se
seguido. Qualquer tolice deste porte da parte do Past Master Imediato pode unicamente ter
nascido por culpa da ignorância do Livro das Constituições, pois uma cópia do mesmo foi
sem dúvida apresentada a ele em sua Iniciação e novamente em sua Instalação. Uma
consulta ao Regulamento 141, do Livro das Constituições, tornará o assunto aclarado a ele.
O Past Master Imediato mantém a errada impressão de que, quando o Mestre não conduz,
ele mesmo uma Cerimônia, é o P.M.I. quem primeiro tem o direito de atuar como seu
representante. Ele não possui direito a tal reivindicação. O Regulamento 141, do Livro das
Constituições, como mencionado acima, torna claro que é o Irmão Past Master Imediato quem
primeiro tem de reclamar ocupar a Cadeira na ausência do Mestre. Quando o Mestre está
presente ele sozinho tem o poder de decidir qual Past Master tomará seu lugar se ele
temporariamente vagar sua Cadeira. Igualmente, é para o Mestre dizer quem fará a Preleção
pós Iniciação, ou fazer a Explanação da T.D. após a Passagem, isto se ele mesmo não fizer
estas porções do Ritual.
Como já foi afirmado, o lugar do Past Master Imediato é imediatamente à esquerda do
Mestre, tendo ele aceito o dever de prestar todo auxílio necessário no governo da Loja
podendo de tempos em tempos ser requisitado para executar partes do Ritual. Obviamente o
Past Master Imediato deve ser um ritualista competente; caso contrário possivelmente ele não

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poderá prestar o auxílio devido para seu chefe como um diplomático ‘prompt’1 quando a
ocasião o exigir.
Por mais exímio que ele possa ser, permita-me o Irmão Past Master Imediato lembrar que
ele deve ser ‘visto e não ouvido’. Certamente não é parte de seu dever mostrar sua habilidade
ao custo de revelar as imperfeições do Mestre. Nada é mais desconcertante para o Mestre e
irritante para os Irmãos do que o Past Master Imediato estar constantemente ‘alvejando-o’
com correções totalmente desnecessárias. Em uma Loja regular importância alguma há se o
Mestre substituir uma palavra do Ritual por outra diferente, ou transpuser uma sentença,
contanto que o espírito do Ritual esteja sendo transmitido ao Candidato.
Desafortunadamente muitos Past Master Imediatos parecem inábeis em concretizar esta
verdade, e, muito estranhamente, os piores ofensores são freqüentemente Preceptores
experientes. Deve ser lembrado de que há uma enorme diferença entre as funções de um
Preceptor em sua Loja de Instrução e aquelas de um Past Master Imediato em uma Loja
regular.
Durante o Labor os deveres do Irmão Past Master Imediato incluem a abertura do L.S.E.
quando a Loja é aberta no Primeiro Grau, e a colocação correta do E. e do C naquele como
nos Graus subseqüentes. Ele deverá ser cuidadoso em verificar que o L.S.E. esteja
corretamente colocado de modo que o Mestre possa lê-lo; alem disso de que as pontas do C.
estejam voltadas para o Mestre.
No encerramento da Loja ao Past Master Imediato é confiado com uma breve porção do
Ritual, onde ele lembra aos que Irmãos que ‘nada mais havendo a tratar mas, de acordo com o
antigo costume, guardemos nossos Ss em um repositório seguro (não ‘e sagrado’) unindo
neste ato F.F.F.’. O Past Master Imediato não deve adicionar a excrescência ‘E possa Deus
preservar o Craft’. Isto não é parte do Ritual e é absolutamente redundante; o Mestre ou o
Capelão já ofereceu uma Prece pia para que o G.A.D.U. ‘preserve a Ordem’.
Estando encerrada a Loja, um erro freqüentemente cometido pelo Past Master Imediato é
se precipitar tomando como seu lugar na procissão de saída, o estar imediatamente atrás do
Mestre. Isto é absolutamente incorreto. Isto tem a aparência de uma descortesia, conquanto
provavelmente tal manifestação se deva unicamente à carência de conhecimento. O Past
Master Imediato não sendo um Oficial da Loja, não tem tal lugar prescrito na procissão.
Oficiais da Grande Loja devem se seguir aos Vigilantes na devida ordem, seguidos pelos
Grandes Stewards, Irmãos da Classificação de Londres e da Grande Loja Provincial e
Distrital. Então virão os Past Masters, dentre os quais o Past Master Imediato está
numerado.
No Refreshment o Irmão Past Master Imediato novamente ocupa o assento à esquerda do
Mestre. Na maioria das Lojas, dita o costume, que o Mestre ‘toma vinho’ com diversos
Irmãos e grupos de Irmãos durante o progresso do banquete. É o Past Master Imediato
(como uma regra geral) quem se levanta para nomear os Irmãos a quem o Mestre pode desejar
honrar. É muito provável que o Mestre deixe a seleção largamente ao Irmão à sua esquerda,
e o Past Master Imediato será bem prudente discriminando este exercício por uma estrita
limitação do número de vezes para o Mestre ‘tomar vinho’. O costume de anunciar que o
Venerável Mestre ‘tomará vinho com os Irmãos à sua direita’ e subseqüentemente ‘com os
Irmãos à sua esquerda’ é deplorável, resultando geralmente isto em uma indigna baderna. Os
procedimentos à refeição seguem os de uma reunião de Loja devendo ser caracterizados com
a mesma dignidade e decoro que, é esperado, marcou os procedimentos durante o período de

1
N.T.: — Mantivemos aqui o termo ‘prompt’ que neste caso ele não deve ser entendido como prontidão ou
alerta, mas sim como o equivalente ao ‘ponto’ na linguagem teatral ou ainda o moderno ponto eletrônico usado
nas programações de TV. No Ritual de Emulação as falas devem ser decoradas, porém para garantir que
possam ser efetuadas sem leitura há sempre um ‘ponto’ — que usualmente é feito pelo D.C. e que no caso do
V.M. é feito pelo P.M.I.

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Tradução Luiz Carlos de Mello Membro da A.R.L.S. Libertador Gal. San Martin Nº 3296

Labor. O Irmão Past Master Imediato pode fazer muito no sentido de preservar dignidade e
decoro.

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Tradução Luiz Carlos de Mello Membro da A.R.L.S. Libertador Gal. San Martin Nº 3296

CAPÍTULO XXVI

VENERÁVEL MESTRE
O Franco-Maçom que recebeu de seus Irmãos a maior honra que eles possuem em seu
poder para conferir, que é a eleição para a Cadeira do R.S., se acha colocado no Leste, — o
antigo assento of Sabedoria e Sensatez. É esperado, portanto, que tenha acumulado
conhecimento e bom senso durante sua passagem pelos demais Cargos; que seja bem versado
na Nobre Ciência; e que esteja habilitado e desejoso de assumir a direção dos trabalhos e o
governo da Loja.
Mesmo assim, quiçá, o recém instalado Mestre provavelmente acredite que ainda tem
muito a aprender. Tentar no entanto, no escopo de um único capítulo, prove-lo com todo
conhecimento necessário, seria tentar o impossível; nada mais pode ser feito do que uma mui
breve análise de seus direitos e responsabilidades, e enfatizar umas poucas e importantes
regras como guia.

1. — Juramento do Mestre
Todo Mestre-Eleito, antes de ser colocado na Cadeira, deve prestar um Jur,
comprometendo-se solenemente preservar os Landmarks da Ordem, observar os antigos usos
e costumes, e estritamente faze-los cumprir em sua Loja.
2. — Duração do Cargo
Nenhum Irmão pode continuar como Mestre por mais do que dois anos consecutivos, salvo
por dispensa; porém ele pode ser novamente eleito após ter ficado um ano fora do Cargo.
Este regulamento não se aplica ao Príncipe de Sangue Real, mas será aplicado ao seu
Delegado se o mesmo for nomeado.
3. — Duplo Mestrado
Um Irmão não pode dirigir como Mestre mais do que uma Loja por mandato, exceto por
dispensa.
4. — Eleição e Instalação
O Regulamento 130, do Livro das Constituições, que se refere à Eleição do Mestre,
estabelece: “Na próxima Reunião Regular o primeiro assunto a ser tratado após a abertura da
Loja será a leitura das Atas da reunião precedente, e se elas forem confirmadas senão
completamente, mas no mínimo, como um relato da eleição do Mestre, ele será considerado
eleito, e será devidamente instalado na Cadeira de acordo com os antigos usos.”
O expresso neste regulamento não é tão explícito quanto pode ser; atualmente, é a eleição
em si mesma que deve ser confirmada. A inclusão deste ponto nas Constituições implica, ser
esta uma questão vitalmente importante, a Grande Loja pressupõe que os Irmãos tiveram
tempo para reflexão. Na ausência de qualquer moção em contrário, a confirmação das Atas
significa a confirmação da eleição, mas as Minutas, como tais, são apenas confirmadas ou não
confirmadas enquanto indicação de precisão do registro. (Ver Capítulo XIX)
Estritamente falando, então, se as Minutas são um acurado registro dos procedimentos na
Reunião de Eleição elas serão confirmadas, e uma moção para a não confirmação da eleição
‘virá fora’ das Minutas. Uma tal moção pode perfeitamente ser colocada adequadamente
adiante sob o fundamento de que a eleição não foi conduzida de uma maneira constitucional,
ou ainda de que houve uma mudança de vontade dentre os Irmãos. Mesmo assim nenhuma
destas razões implica que o Secretário tenha sido impreciso no registro dos acontecimentos da
reunião anterior.

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5. — O Direito de o Mestre Governar sua Loja


Sem dúvida todo Mestre tem o direito de governar sua Loja, e, em assim fazendo, exercer
seu próprio julgamento desprezando qualquer pressão que possa advir sobre ele. O Mestre
prudente prestará de boa vontade ouvidos aos conselhos do Irmão Secretário e dos Past
Masters, e deste modo encontrará como tornar confortável seu caminho. Mesmo assim
poderá vir um tempo quando, em alguns casos de dificuldades, ele se ache conscientemente
inábil para se submeter às opiniões de seus seniores no Craft. Em uma tal infeliz
eventualidade não será meramente seu direito mas seu dever contar com seu próprio
julgamento para guia-lo, e exercer sua autoridade sem temor. Ele pode encontrar consolo no
pensamento de que ninguém possui o direito de discutir aquela autoridade.
6. — O Mestre preside a todas Reuniões
Naturalmente o Mestre possui o direito de presidir a todas reuniões da Loja durante seu
ano no Cargo, um direito semelhante existe no caso de quaisquer reuniões de um Comitê que
se relacione com a Loja. Nenhum Past Master ou corpo de Past Masters pode reunir-se tanto
quanto qualquer Comitê sem a autorização do Mestre, e se uma reunião qualquer for mantida
deste modo ela será irregular e seus procedimentos não terão validade legal.
7. — O Direito de o Mestre Decidir o Trabalho
É desafortunadamente um fato que muitos Secretários de Loja tomam para si mesmos,
poderes com os quais eles nunca foram investidos. Isto ocorre particularmente com respeito
às Convocações da Loja. Unicamente o Mestre possui o direito de decidir sobre qual
trabalho estará nas Convocações, e quanto de tempo da Loja será apropriado usar.
8. — O Mestre é o Regente Supremo
Em todas as Reuniões de Loja o Mestre é o regente supremo e não pode ser questionado.
No caso de qualquer ilegalidade os Irmãos possuem como remédio, subseqüentemente a
possibilidade de apelar para uma autoridade maior.
9. — O Mestre tem o Voto de Minerva
No caso de um empate em uma votação (com certas exceções) o Mestre tem o direito de
um voto extra ou voto de Minerva. No Regulamento 182, do Livro das Constituições, está
definitivamente estabelecido que quando a votação está empatada sobre qualquer questão que
demande uma maioria o Mestre dará um segundo ou voto de Minerva. O Mestre está, é
claro, livre para usar o voto de Minerva como ele bem entender; não há nenhuma lei escrita
para controla-lo. Ao mesmo tempo há uma forte lei não escrita. O Mestre deve lembrar que
a intenção proposta pelo voto de Minerva não é a de habilita-lo a forçar suas convicções
individuais sobre seus Irmãos, mas na verdade auxiliar a Loja no caso de um possível
impasse. Geralmente falando, ele deverá estar preparado para preservar o status quo ante, e
podem surgir casos onde o dever do Mestre seja votar novamente contra suas convicções
pessoais.
Supondo, por exemplo, que há uma moção ante a Loja para mudar o Regimento Interno, e
que o Mestre pessoalmente prefere a mudança. A matéria é seguramente de vital importância
para todos os Irmãos, e deve demandar uma clara maioria. A votação estando empatada, o
Mestre estará incorrendo em grave responsabilidade se usar seus poderes para forçar uma tal
mudança por inclinações pessoais. Será mais sábio para ele usar o voto de Minerva contra
suas inclinações pessoais, preservando deste modo o status quo ante até que a matéria possa
ser futuramente considerada ante uma reapresentação frente à Loja.
10. — Recusar a Admissão de Visitantes
No Regulamento 151, do Livro das Constituições, o Mestre de toda Loja Privada tem o
direito de recusar admissão a um Irmão Visitante, embora, deva ser notado, que as
Constituições adicionam um pré-requisito: “Cuja presença ele possui razão para crer que
perturbará a harmonia da Loja, ou a qualquer visitante de conhecido mau caráter.”

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Tradução Luiz Carlos de Mello Membro da A.R.L.S. Libertador Gal. San Martin Nº 3296

11. — Exclusão Temporária de Membros


Unicamente a ignorância das Constituições pode promover a errada impressão sustentada
em muitas administrações de que o Mestre possui o poder para intimar um Irmão a se demitir
da Loja. Ele não possui tal poder.
O Regulamento 209, do Livro das Constituições, estabelece que se qualquer Irmão vier a
se comportar em Loja de uma tal maneira que perturbe a harmonia da Loja, ele será
formalmente admoestado pelo Mestre; e, se ele persistir em sua conduta irregular, ele será
punido com censura, multa, ou a exclusão do restante da reunião. Porém deve ser notado que
o Mestre sozinho não tem o direito ou o poder de pronunciar sentença sobre o ofensor. O
regulamento acrescenta: “… de acordo com a opinião da maioria dos membros presentes”
É óbvio, portanto, que em uma tal infeliz eventualidade uma moção de exclusão do Irmão
ofensor precisa ser devidamente feita e secundada, e apoiada pela maioria dos membros
presentes. As palavras em itálico são de vital importância. Presumindo que vinte e quatro
Irmãos estão presentes, e que há doze votos para a moção de exclusão, quarto votos contra, e
oito abstenções, a moção estará perdida. Uma maioria dos Irmãos presentes (não meramente
daqueles votantes) demandaria no mínimo treze votos para a moção. É digno de nota,
também, que no caso de empate na votação doze a favor e doze contra, o Mestre não tem,
como noutros casos, o poder do voto de Minerva, o regulamento definitivamente estabelece
que a decisão depende de uma maioria de membros presentes.
12. — Exclusão Permanente de Membros
Uma Loja possui permanentemente o poder de excluir um Irmão para o que ela supõe
existir ‘causa suficiente.’ Em tal caso deve ser dado ao Irmão cuja exclusão está sob
consideração, não menos do que sete dias antes da reunião, uma notificação por escrito, junto
com particularidades da queixa contra ele, estabelecendo hora e local indicado para sua
consideração, quando ele poderá comparecer e ser ouvido. (Regulamento 210, do Livro das
Constituições.)
No caso de uma resolução para uma exclusão permanente as Constituições estipulam que
tal poder pode apenas ser exercido por uma maioria de não menos do que dois terços dos
membros presentes. Novamente os votos de abstenção serão contabilizados contra a moção.
Presumindo-se uma presença de quarenta e cinco membros, com vinte e nove votos para
exclusão, treze contra, e treze abstenções, a moção estará perdida. Uma maioria de dois
terços exigirão não menos do que trinta votos para a exclusão.
13. — Exclusão e Expulsão
Deve ser notado que há uma enorme diferença entre exclusão e expulsão. Um Irmão
excluído permanentemente de uma Loja Privada não está impedido de procurar admissão em
uma outra Loja. Expulsão, por outro lado, significará uma perda total do status e privilégios
Maçônicos. Apenas a Grande Loja possui poderes para expulsar um Irmão do Craft.
14. — O Direito do Mestre de Indicar Oficiais
Uma prerrogativa do Mestre que corre risco de ser usurpada em algumas administrações é
o seu indubitável direito de indicar seus próprios Oficiais, com exceção do Tesoureiro e do
Cobridor. O poder do Mestre neste sentido está claramente definido nas Constituições, e
ninguém possui sequer a menor autoridade em discuti-lo. O Mestre pode, se ele assim
desejar, consultar o Comitê da Loja, mas nenhum Comitê possui qualquer direito de
reivindicar para si a decisão das indicações dos Cargos. O presente escritor sabe de uma
pouco proeminente Loja que trabalha em Emulação na qual a prerrogativa do Mestre neste
sentido é invariavelmente usurpada. Uma tal prática pode apenas ser considerada sempre
como um imprudente e perigoso precedente.
15. — O Mestre não possui poderes para destituir um Oficial
O Mestre não possui qualquer poder para destituir qualquer Oficial uma vez que tenha sido
devidamente indicado e investido. Estabelece o Regulamento 140, do Livro das

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Tradução Luiz Carlos de Mello Membro da A.R.L.S. Libertador Gal. San Martin Nº 3296

Constituições, que estando o Mestre insatisfeito com a conduta de qualquer Oficial ele deve
colocar a causa de sua queixa diante da Loja em uma Reunião Regular, devendo não menos
do que sete dias antes da Reunião enviar uma notificação ao Irmão do qual se queixa. O
Oficial em questão pode ser destituído apenas se a queixa for avaliada como muito bem
fundamentada por uma maioria de Irmãos presentes. É, portanto, absolutamente obvio que,
durante a Cerimônia de Instalação, o Mestre não possui poderes para sumariamente destituir
os Oficiais da Loja com uma instrução genérica na qual ele declara “todos os Cargos vagos”.
16. — O Mestre deve Instalar seu Sucessor
Não é apenas direito mas sim o dever de um Mestre, conduzir a Instalação de seu sucessor.
Dentre a maioria dos Maçons de Londres uma tal lembrança pode parecer supérflua.
Todavia, mesmo nestes tempos esclarecidos, há Lojas, mais particularmente nas distantes
Províncias, nas quais Past Masters seniores conduzem esta importante cerimônia entra ano sai
ano. O autor sabe de uma determinada Loja na qual um veterano de barbas brancas
habitualmente proclama com muito prazer que ele já instalou algo próximo a duas dezenas de
Mestres. Este mesmo Irmão consideraria como uma afronta pessoal se lhe fosse sugerido
permanecer de lado para permitir que o Mestre que está saindo conduzisse a Cerimônia.
Uma tal prática é incorreta e é inimiga dos interesses do Craft. Estando determinado que o
Mestre que está saindo é suficientemente um mestre em seu trabalho (tal como deverá ser)
não pode deixar de ser fortemente enfatizado também que é seu direito e seu dever para
consumar seu período no Cargo, Instalar seu sucessor na Cadeira do R.S. Ninguém possui o
menor vestígio de direito de tentar desprovê-lo desta prerrogativa.
17. — O Direito do Mestre de Conduzir todas Cerimônias
O Mestre possui o direito de conduzir toda Cerimônia que surgir na Agenda durante seu
ano no Cargo, porém quando a lista de trabalho cerimonial é muito longa é desaconselhável
que ele insista em seu direito se ele está na posição, em sendo hábil, de chamar Past Masters
experientes para auxilia-lo. Há muitas Lojas, que se reúnem quatro ou cinco vezes ao ano,
nas quais as Cerimônias dos Três Graus estão Agendadas para cada reunião. Se o Mestre
insistir em realizar todas estas doze ou quinze Cerimônias, ele próprio experimentará do
perfume da arrogância e do egoísmo. Além do mais, conquanto possa o Mestre ser um
competente ritualista, ou possa considerar a si mesmo como sendo, tal insistência sobre seus
direitos indubitavelmente infligirá aborrecimentos sobre seus Irmãos.
Quando o Mestre houver passado ele próprio a Cadeira estará em posição de apreciar a
fraternal consideração do Mestre que compartilha suas responsabilidades com os Past Masters
e deste modo lhes concederá um mais ativo interesse nos procedimentos. O autor
vividamente recorda uma ocasião quando um bem conhecido trabalhador de Emulação,
durante seu ano de mestrado, trabalhou todos os Três Graus e a Cerimônia de Instalação em
uma única reunião. Não há nada de sábio em uma tal exibição; isto meramente aborrece os
ouvintes e agrega a impressão de que o ocupante da Cadeira está sendo ‘exibicionista’.
18. — O Mestre não Entrega seu Colar
Uma norma recente das autoridades estipulou que quando o Mestre temporariamente deixa
vaga sua cadeira em favor de um Past Master ele não deve entregar seu colar, mas que este
representante durante este tempo deverá estar devidamente trajado de acordo com sua própria
posição.
Tão multifacetadas e complexas são as prerrogativas do supremo regente da Loja que a
lista pode ser estendida ad libitum; a carência de espaço, no entanto, proíbe maiores
desdobramentos. O Irmão investigador, recentemente instalado ou a ser instalado, fará bem
em despender uma ou duas silenciosas horas com o Livro das Constituições, um volume,
algumas preocupações, também são freqüentemente despertadas, descuidos aparte, e todas
também raramente estudadas.

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Tradução Luiz Carlos de Mello Membro da A.R.L.S. Libertador Gal. San Martin Nº 3296

Tentar dividir adequadamente as responsabilidades do Mestre da Loja com rapidez em


nossa disposição é outra tarefa perdida. Entretanto é possível nos referirmo-nos a uns poucos
pontos sobre os quais o Mestre recém instalado pode estar com alguma dúvida.
19. — A Responsabilidade do Mestre de Custodiar a Carta Constitutiva
Nenhuma Loja, exceto enquanto agindo sob dispensa quer nos Domínios quer no exterior,
pode se reunir sem uma Carta Constitutiva do Grão Mestre. Este regulamento, no entanto,
não se aplica a Lodge of Antiquity, Nº 2, nem a Royal Somerset House and Inverness Lodge,
Nº 4, cuja existência vem desde as Constituições de Tempos Imemoriais.
Se a Carta Constitutiva for perdida ou indevidamente retida por aqueles legalmente
nomeados por manter ou usa-la, ou retida por uma competente autoridade Maçônica, uma
Loja tem de suspender suas reuniões até que uma nova Carta ou Confirmação de Carta tenha
sido dada e garantida pelo Grão Mestre, ou até que a Carta retida seja recuperada.
A Principal dentre as responsabilidades do Mestre é a custodia da Carta Constitutiva da
Loja. A todo Mestre este documento vitalmente importante é confiado na noite de sua
Instalação; e um de seus últimos deveres é transferir-lo ao seu sucessor. Em algumas Lojas a
Carta Constitutiva é emoldurada e atrapalha a passagem dentro da Sala da Loja; noutras é
dependurada com uma variada parafernália no armário da Loja. Destas práticas é, talvez,
preferível a última, mas ambas estão erradas. O Mestre durante seu ano no Cargo é o
guardião legal da Carta e, como tal, ele deverá fazer a si mesmo responsável pela manutenção
de sua proteção.
20. — A Responsabilidade do Mestre de Observar as Leis
No Regulamento 153, do Livro das Constituições, está disposto que o Mestre é o
responsável pela devida observância das leis pela Loja sobre a qual preside. Obviamente,
então, o Mestre deve ser completamente versado nas Constituições e no Regimento Interno de
sua própria Loja.
21. — Os Candidatos devem receber o Regimento Interno
Uma responsabilidade do Mestre, algumas vezes negligenciada, é a de verificar que cada
Iniciado e Membro Filiado foram supridos com uma cópia impressa do Regimento Interno da
Loja. Esta apresentação do Regimento Interno para cada Irmão que se torna um membro da
Loja não é meramente um costume, é um regulamento definido pela Grande Loja. (Ver
Regulamento 163, do Livro das Constituições.)
22. — A Responsabilidade do Mestre pelos Escrutínios
O Mestre está, é claro, responsável por verificar que cada escrutínio seja conduzido de um
modo constitucional. Exceto em certos casos de emergência, como estabelecido no
Regulamento 185, do Livro das Constituições, nenhuma pessoa pode ser feita Maçom a
menos que tenha sido proposta e secundada em Loja aberta numa Reunião Regular, e
escrutinada “em uma próxima Reunião Regular”. Se um Candidato não se apresentar para a
Iniciação até um ano após sua eleição, a eleição estará perdida. Uma eleição para um
Candidato para Iniciação ou Filiação deve ser por escrutínio, e nenhum Candidato pode ser
eleito se, no escrutínio, surgirem contra ele três votos negativos. O Regimento Interno de
uma Loja, contudo, pode decretar que um ou dois votos negativos excluirão um Candidato.
Um escrutínio coletivo é perfeitamente regular, desde que, se houver um voto negativo,
cada Candidato seja escrutinado individualmente. Escrutínios de Candidatos para Iniciação e
Filiação devem ser tomados separadamente, pois os motivos que regem a votação em cada
caso são absolutamente distintos. Ao anunciar o resultado de um escrutínio será muito bom
para o Mestre evitar a palavra ‘unanimemente’ e ao invés utilizar ‘devidamente’. Se o
Regimento Interno da Loja determina que dois votos negativos excluem um Candidato, e um
apenas for registrado, o Candidato estará ‘devidamente eleito’. Portanto, se o Mestre anuncia
que declara o Candidato ‘devidamente eleito’ sua instrução é absolutamente acurada e de
acordo com o Regimento Interno.

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Tradução Luiz Carlos de Mello Membro da A.R.L.S. Libertador Gal. San Martin Nº 3296

23. — Membro Honorário


Um escrutínio é necessário para a eleição de um Membro Honorário, veja o recente
Regulamento 167. No Livro das Constituições, o Regulamento 152 lembra-nos que a um
Irmão que deixou de ser um Membro inscrito em uma Loja regular não será permitido visitar
qualquer Loja mais do que uma vez, todavia ‘este regulamento não se aplicará às visitas de um
Irmão a qualquer Loja na qual tenha sido eleito como um Membro Honorário’.
A eleição de Membro Honorário não confere a um Irmão qualquer status ou privilégio fora
da Loja na qual ele assim foi eleito. Ele não pode como um Membro Honorário, ocupar
qualquer Cargo na Loja, nem tomar parte em qualquer votação; nem tão pouco deve estar
incluso no rol dos Recompensados enviados para a Grande Loja.
Se um Membro Honorário possui qualquer direito de participar do refreshment isto deve, é
claro, ser um assunto para a decisão da Loja. Conquanto assine o Livro de Presenças como
um membro; ele é virtualmente um convidado, e, como tal, é de se presumir que a Loja o irá
prazerosamente entreter nos eventos sociais.
24. — Formulários de Propostas
Por muitos anos tem sido necessário para todos os Candidatos a Iniciação e Filiação
preencher um Formulário de Proposta, que também deve possuir as assinaturas do Proponente
e do Secundante, e ser endossado pelo Mestre após a admissão do Candidato. Este
Formulário, devidamente completado, há de ser manipulado pelo Secretário, antes que a
proposição seja feita em Loja aberta, e há de ser lido imediatamente antes que seja feito o
escrutínio.
25. — Intervalos entre Graus
O Regulamento 195, do Livro das Constituições, indica que um intervalo de quatro
semanas completas deve transcorrer entre a concessão dos Graus (com certas exceções para
Lojas de além mar). Sem dúvida ao Irmão Secretário pode ser confiada a verificação de que
não se haja cometido nenhum erro em relação a esta lei, contudo neste, como em todos os
outros assuntos, a responsabilidade é do Mestre.
26. — Quorum em Loja
O Mestre deve em todas as ocasiões lembrar que cinco membros precisam sempre estar
presentes para formar um quorum antes que a Loja possa conduzir qualquer negócio
Maçônico.
Dentre outras responsabilidades vinculadas ao ocupante da Cadeira do R.S. pode ser
mencionada a instrução dos Oficiais subordinados; uma convicção assim como uma completa
adequação de prospectivos Candidatos; uma absoluta pontualidade na abertura de todas as
Reuniões da Loja; uma presença regular nas Comunicações Trimestrais da Grande Loja; uma
estrita observância dos Landmarks da Ordem em todas as reuniões da Loja; um total
conhecimento do Ritual em todas suas ramificações.
Com justiça poderá o recém instalado Mestre que lê estas palavras abrir seus olhos e
perguntar: Eu posso realmente me responsabilizar por todos estes assuntos? Ele é
responsável por eles e por muitos outros mais que aqui não podem ser enunciados.
A menos que ele esteja muito desafortunadamente situado, o Mestre terá o benefício do
conselho de um experiente Secretário e o suporte e cooperação dos Past Masters sempre
dispostos a auxilia-lo assim como na manutenção de seu poder. Mas a ninguém ele pode
realmente delegar suas responsabilidades. Como regente da Loja o Mestre é largamente
responsável por seu continuado progresso e bem estar. Para citar a impressiva alocução que
lhe é feita em sua Instalação — a Honra, a Reputação, e a Utilidade da Loja dependerão
materialmente da habilidade e assiduidade com a qual administrardes seus interesses,
enquanto que a felicidade de seus membros será geralmente promovida na proporção do zelo
e habilidade com o qual promulgardes os genuínos princípios da Instituição.

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Tradução Luiz Carlos de Mello Membro da A.R.L.S. Libertador Gal. San Martin Nº 3296

Algumas recomendações detalhadas para guiar o recém instalado Mestre estão colocadas
no capítulo seguinte. Em conclusão, permita-me novamente instar a todos os presentes e
futuros Mestres de se familiarizarem com o Livro das Constituições. Permitam-me lembra-
los, também que, para que obtenham sucesso em suas regências terão de primeiro aprender a
servir lealmente.

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Tradução Luiz Carlos de Mello Membro da A.R.L.S. Libertador Gal. San Martin Nº 3296

CAPÍTULO XXVII

VENERÁVEL MESTRE (contin.)


ABERTURA DA LOJA

1. — É raramente necessário enfatizar que o V.M. deva chegar cedo para todas as reuniões;
pontualidade no V.M. é algo mais do que uma desejável virtude, é um dever sagrado. Há
talvez muitos pontos sobre os quais o Secretário ou algum outro Oficial possa desejar
consultar o V.M. antes da Loja ser aberta, e um amplo tempo há de ser permitido.
Possivelmente algum dos Oficiais pode estar ausente, e o V.M. provavelmente manterá uma
reunião com o D.C. sobre a quem apropriadamente delegar os Postos. Tudo isto toma tempo.
O Mestre que é sempre pontual e que faz o ponto de abertura da Loja no exato momento
estabelecido na Convocação descobrirá que seu exemplo contagia.
2. — Se uma Ode de Abertura é cantada deve ser cantada antes da Loja estar aberta.
3. — Imediatamente se seguindo à Ode o V.M. dá para chamar os Irmãos à ordem e
prossegue: ‘Irmãos, auxiliai-me a abrir a Loja.’ O V.M. deve lembrar que ao propor as duas
primeiras perguntas aos Vigilantes de se dirigir a eles pelo nome. É desnecessário dizer, que
quando o V.M. chama os Irmãos à ordem ‘no Primeiro Grau’ ele próprio deve ser um exemplo
de elegância neste sentido. Todos os Sns do V.M. devem ser dados com precisão militar e
elegantemente.
4. — Na Emulation Lodge of Improvement a pergunta sobre o lugar do Mestre é sempre
dirigida ao 1ºVig. Na maioria das Lojas regulares que trabalham em Emulação é dirigida ao
P.M.I.
5. — Um perfeito entendimento é essencial entre o V.M. e o Capelão, se existir um
Capelão dentre os Oficiais. Em muitas Lojas o V.M. diz, ‘A Loja estando devidamente
constituída…,' e o Capelão então adiciona: ‘Antes que o V.M. declare-a aberta permita-nos
invocar…’ Isto se assemelha a um desajeitado e desnecessário procedimento, dividir deste
modo uma sentença entre dois discursadores. Um método melhor é o Capelão dizer: ‘A Loja
estando devidamente constituída, antes de o V.M. declara-la aberta…’1 Onde não há um
Capelão (como na Emulation Lodge of Improvement), o V.M., é claro, executa esta porção do
Ritual.
6. — Nas palavras: ‘Eu declaro a Loja devidamente aberta,’ o V.M. e todos os Irmãos
devem descarregar o Sn elegantemente, mantendo a mão aberta.2 O V.M. então dá as
apropriadas. Ele não deve se sentar até que o Cobridor tenha respondido as ba…s do G.I..3
O P.M.I. fará a abertura do L.S.E. colocando também o E. e o C. O V.M., contudo, deve se
assegurar de que o L.S.E está corretamente colocado de modo que ele possa lê-lo.4 O E e o
C devem estar de tal modo posicionados que as pontas do último estejam voltadas para o V.M.

1
Uma prática similar é aconselhável quando da Abertura da Loja no Segundo Grau, e ao Encerrar, no Segundo e
Primeiro Graus.
2
Igualmente no Segundo e Terceiro Graus. A mão deve ser mantida aberta ao descarregar todos os Sns
Maçônicos.
3
Igualmente tais instruções se aplicam na abertura e encerramento da Loja em todos os Graus.
4
Não é necessário que o L.S.E. esteja aberto em qualquer capítulo em particular. A Primeira Grande Luz na
Maçonaria é o volume todo. Ele deve estar aberto enquanto a Loja estiver em Labor, porém não há nenhuma
autoridade para se insistir em abri-lo em qualquer capítulo ou página.

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Tradução Luiz Carlos de Mello Membro da A.R.L.S. Libertador Gal. San Martin Nº 3296

ABERTURA DA LOJA NO
SEGUNDO GRAU
7. — Relembrando suas responsabilidades o V.M. há de ser cuidadoso em verificar que
qualquer Ap se retire antes da Loja estar aberta no Segundo Grau. No entanto mesmo que ele
tenha razões para acreditar que não haja nenhum presente, é uma sábia precaução usar a frase
familiar: ‘Se houver qualquer Ap presente eu tenho agora que convida-lo a se retirar da Loja.’
O V.M. nunca pode errar ao assim proceder, assim como uma Loja não pode ser aberta
diretamente no Segundo ou Terceiro Grau.
8. — Ao descarregar o Sn o V.M. deve baixar a m.e. nas palavras ‘devidamente aberta’, e
deslizar a m.d. elegantemente através do pe...o nas palavras ‘no E.’.
9. — A Loja estando aberta no Segundo Grau o P.M.I. se ocupará do E. e do C. Não
importa qual p…ta do C. fique exposta.

ABERTURA DA LOJA NO
TERCEIRO GRAU
10. — O V.M. deve solicitar a todos os Comp que se retirem antes de prosseguir.
11. — Ao descarregar o Sn nas palavras ‘devidamente aberta no Ce…o’, o V.M. deve
lembrar de que não há de recuperar neste ponto. Esta é a única ocasião quando não há que
recuperar ao descarregar o Sn P do Terceiro Grau.

ENCERRAMENTO DA LOJA NO
TERCEIRO GRAU
12. — Provavelmente não há nenhuma parte do cerimonial Maçônico mais freqüentemente
arruinada por inabilidade e inexperiência do que a comunicação dos Ss Subs de um M.M.
entre os Vigilantes e entre o V.M. e o 1ºVig. Os procedimentos não podem ser descritos aqui
em detalhes; a prática em uma L.I.5 é o único caminho para se obter perfeição. Pode ser
mencionado, no entanto, de que há freqüentemente uma desnecessária demora após a
comunicação dos Ss Subs pelo 1ºVig ao V.M. Cada qual aguardando que o outro se mova.
É o V.M., como Oficial sênior, quem deve primeiro sair para retornar ao seu assento.6
13. — Quando o Grande ou R Sn é dado nas palavras ‘Toda G ao Altíssimo’ a m.d. deve
ser retornada imediatamente para a posição do Sn P, e não primeiro baixada para o lado.
14. — Após dar seu comando ao Irmão 1ºVig para encerrar a Loja o V.M. deve dar as
com sua mão esquerda, mantendo o Sn P com sua m.d. As corretas neste estágio são
aquelas do Terceiro Grau.

ENCERRAMENTO DA LOJA NO
SEGUNDO GRAU
15. — Após haver dado seu comando ao 1ºVig para encerrar a Loja o V.M. deve dar
as com sua mão esquerda, e imediatamente elevando-la novamente para retornar ao Sn de
Sa...o ou P...a As corretas neste estágio são aquelas do Segundo Grau.

5
N.T.: — L.I. significa Lodge of Instruction ou Loja de Instrução. Adiante o leitor encontrará um Capítulo
destinado pelo autor especialmente a este tema.
6
O primeiro estágio na comunicação dos Ss Subs de um M.M. é o T.P. e a P.P. que conduzem do Segundo ao
Terceiro Grau. Os Sns. seguintes de H. e S. e o Sn P. Finalmente as Pal…..s de um M.M. são dadas após os
Cinco Po...s de Com...o. Os Sns. dos Graus Ap e de Comp não devem ser dados.

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Tradução Luiz Carlos de Mello Membro da A.R.L.S. Libertador Gal. San Martin Nº 3296

ENCERRAMENTO GERAL DA LOJA


16. — Após haver dado seu comando ao 1ºVig para encerrar a Loja o V.M. deve dar
as com sua mão esquerda, mantendo o Sn P com sua m.d. As corretas neste estágio
são aquelas do Primeiro Grau.
17. — Se uma Ode de Encerramento é cantada, ela deve ser cantada após a Loja estar
Fechada.

OS LEVANTAMENTOS
Em todas as Reuniões Regulares, antes do Encerramento da Loja, ‘levantamentos’ pela
primeira, segunda e terceira vez, são feitos para ‘perguntar se algum Irmão tem algo a propor
para o bem da Franco-Maçonaria em geral ou para esta Loja ABC em particular’. Isto não é
feito em uma Reunião de Emergência, porque uma tal reunião é chamada com um propósito
de emergência específico, que precisa ser enunciado na Convocação, e nenhum outro negócio
pode ser realizado.
O método correto de procedimento do Mestre para os ‘levantamentos’ é dar uma que é
respondida pelos Vigilantes. Ele então se levanta pela primeira vez para ‘perguntar se algum
Irmão tem algo a propor …’
É impossível baixar rígidas e rápidas normas em relação a quais assuntos em particular
devam ser tratados em cada ‘levantamento’; isto é muito dependente dos costumes locais ou
da Loja, e ninguém possui qualquer direito de dogmatizar sobre o tema.
Genericamente falando, no entanto, é uma regra segura reservar o ‘primeiro levantamento’
para assuntos relacionados com a Grande Loja.7 Se não houver nenhum assunto da Grande
Loja a ser tratado é um costume comum para o Irmão Secretário se levantar com P e Sn e
anunciar: ‘Nada da Grande Loja, V.M.’.
O V.M. então da uma e se levanta para repetir sua questão pela segunda vez.
Novamente os costumes locais e da Loja devem ditar o procedimento. Em muitas Lojas
Provinciais é costume reservar este levantamento para assuntos relacionados com a Grande
Loja Provincial, sendo todos os demais assuntos tratados no ‘terceiro levantamento’. Se não
houver nenhum assunto da Grande Loja a ser tratado é um costume comum para o Irmão
Secretário se levantar com P e Sn e anunciar: ‘Nada da Grande Loja Provincial, V.M.’.
Estando os assuntos do ‘segundo levantamento’ devidamente dispostos, o Mestre
novamente dá uma e se levanta para colocar sua indagação pela terceira vez, quando
qualquer outro tema pode ser trazido diante da Loja.
Na Emulation Lodge of Improvement o P.M.I. sempre se levanta em seu lugar no ‘terceiro
levantamento’, ficando à Ordem com P e Sn, e diz: ‘Sinceras Congratulações, V.M.’8 Isto
também é feito em reconhecidas Lojas de Instrução, e em muitas Lojas regulares que seguem
o sistema de Emulação.
Nas Lojas Provinciais é um costume comum no ‘terceiro levantamento’ os Irmãos
Visitantes se levantarem e tornarem a oferecer ‘Sinceras Congratulações’ de suas respectivas

7
Algumas vezes acontece neste ‘levantamento’ que o Irmão Secretário tenha que ler um comunicado do Grão
Mestre. Se assim é, o Irmão D.C. chamará os Irmãos à Ordem. Os Irmãos sempre deverão estar de pé para
receber uma mensagem do Grão Mestre.
8
N.T.: — Neste levantamento há o costume de se felicitar; ou dar parabéns ao V.M. pela sessão e a frase original
é ‘Hearty Good Wishes, W.M.’. Há um costume semelhante, muito comum entre Maçons no Brasil, de Irmãos
visitantes felicitarem o V.M. pela sessão usando da expressão: ‘V.M. quero Felicita-lo pela Brilhante Sessão
desta noite’. Esta expressão típica no Brasil, é similar — e de valor bem próximo — à expressão inglesa usada
desde antes do início do Século XX. De qualquer maneira, o autor reprova tal atitude, recomendando-a apenas
quando se tratar de um costume local ou quando o Ir Visitante for o V.M. atual de alguma Loja.

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Tradução Luiz Carlos de Mello Membro da A.R.L.S. Libertador Gal. San Martin Nº 3296

Lojas. Tem sido amplamente estabelecido que tal procedimento é irregular, e um alto oficial
vinculado à Grande Loja, um falecido Grande Registrador, manifestou sua opinião de que
nenhum Irmão tem o direito de transmitir ‘Sinceras Congratulações’ de uma Loja a menos
que seja o Mestre desta Loja em particular, ou tenha sido autorizado pelo Mestre de sua Loja
para assim fazer. Como um assunto de fato, a Grande Loja não tem emitido nenhuma norma
sobre este ponto. A opinião cotada acima deve ser vista apenas como uma opinião, contudo
os Irmãos farão bem em se guiarem pelo costume local.

CALLING OFF E ON
Para a Cerimônia de Chamar os Irmãos do Trabalho para o Descanso9 (ou Calling Off,
como geralmente é conhecida) o V.M. deve dar uma que é respondida pelos Vigilantes.
O V.M. então diz: ‘Principais Oficiais de pé,’ quando ele e seus Vigilantes se levantam,
enquanto os demais Irmãos permanecem sentados. O V.M. então pergunta: ‘Ir. 2ºVig., que
horas são?’ para o que o 2ºVig responde: ‘É tarde V.M.’ O V.M. pergunta: ‘Vosso dever?’
para o que o 2ºVig responde: ‘Chamar os Irmãos do Trabalho para o Descanso.’ O V.M.
diz: ‘Agradecerei que o faça.’ O 2ºVig então anuncia: ‘Irmãos, o V.M. ordena que pareis o
Trabalho e sigam para o Descanso; conservai-vos porém à distância de poderdes retornar no
devido tempo, para que proveito e prazer possam ser o resultado’
O 2ºVig dá uma que é respondida primeiro pelo 1ºVig e então pelo V.M. O P.M.I.
deve fechar o L.S.E. sem mover o E e o C. O 2ºVig levanta sua coluna e o 1ºVig baixa sua
coluna. Em muitas Lojas é costumeiro que o 2ºD virar a T.D. neste ponto, porém não há um
precedente para tal procedimento de acordo com o estrito trabalho de Emulação, posto que a
T.D. só é modificada nas aberturas e encerramentos nos diferentes graus na Emulation Lodge
of Improvement.
Estando os Irmãos reunidos em Loja para Chamar do Descanso para o Trabalho (ou
Calling On), o V.M. dá uma que é respondida pelos Vigilantes. O V.M. diz: ‘Principais
Oficiais de pé’, quando ele e seus Vigilantes se levantam, permanecendo os demais Irmãos
sentados. O V.M. pergunta: ‘Ir. 2ºVig, que horas são?’ para o que o 2ºVig responde: ‘É mais
que tempo V.M.’. O V.M. pergunta: ‘Vosso dever?’ e o 2ºVig responde: ‘Chamar os Irmãos
do Descanso para o Trabalho’. O V.M. diz: ‘Agradecerei que o faça’. O 2ºVig então
anuncia: ‘Irmãos o V.M. ordena que pareis o Descanso e retorneis ao Trabalho, para dar
prosseguimento ao expediente de assuntos Maçônicos’.
O 2ºVig dá uma e baixa sua coluna. O 1ºVig então dá uma e ergue sua coluna. O
V.M. então dá uma . O P.M.I. abre o L.S.E. Se a T.D. foi anteriormente virada, o 2ºD
cuida dela.

REVERSÃO DA LOJA
O correto procedimento para Reverter a Loja é o seguinte: O V.M. dá apenas uma que
é respondida pelos Vigilantes. O V.M. então anuncia: ‘Irmãos, em virtude dos poderes de
que estou investido, eu reverto a Loja para o … Grau’. Ele então dá do Grau para o qual
a Loja está revertida. Os Vigilantes dão similares . O G.I. se dirige para a porta e dá

9
N.T.: — Traduzimos o termo Refreshment para Descanso por ser o termo usualmente escolhido em português,
entretanto, como já foi observado acima em nota anterior, o termo refreshment é usado para designar uma
pequena quantidade de comida e bebida como é encontrado no Cambridge Dictionary: small amounts of food
and drink: for example - He stopped at a bar for a little refreshment. Portanto, este período é antes de tudo uma
pausa, tal como aquelas existentes entre os atos de uma peça de teatro, um “Intervalo” entre momentos distintos.
Em assim sendo, nenhum trabalho que tenha interesse para a Loja deve ser desenvolvido neste “Intervalo” ou
“Descanso”.

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Tradução Luiz Carlos de Mello Membro da A.R.L.S. Libertador Gal. San Martin Nº 3296

Ba…s similares, para as quais o Cobridor responde. O P.M.I. ajusta o E e o C e o 2ºD cuida
da T.D.

AS CERIMÔNIAS
Tabular detalhes para guiar o Mestre em todas as Cerimônias requereria muito mais espaço
do que o escritor tem a sua disposição. A perfeição apenas pode vir de um cuidadoso estudo
do Ritual combinado com uma diligente prática em uma confiável Loja de Instrução. As
poucas recomendações abaixo indicadas, no entanto, poderão prestar algum auxílio.

CERIMÔNIA DE INICIAÇÃO
1. — Antes do Jur o V.M. deve ter um muito cuidado ao ajustar uma das p…tas do C no
p.e.n. do Candidato.
2. — O Sn correto durante o Jur é o Sn P…al de cada Grau.
3. — Ao fazer um certo movimento durante o Jur nas palavras ‘por e sobre’ o V.M. deve
usar sua m.e. mantendo o Sn P…al com sua m.d.10
4. — O ponto correto no qual o Sn é descarregado é imediatamente após o Can haver
repetido as palavras finais do Jur. O V.M. deve lembrar de remover o C neste ponto.
5. — Restauração da L…z. A importância desta porção da Cerimônia já foi longamente
enfatizada no Capítulo XVI. Perfeito entendimento entre o V.M. e o 2ºD é essencial. O
V.M. deve manter seu ma…te erguido de modo que todos possam vê-lo. Os três distintos e
deliberados movimentos serão feitos, i.é. cruzar para a esquerda, cruzar para a direita, e então
baixar, com o 2ºD removendo a ve…a assim que o V.M. descer seu no movimento final.
6. — Ao se levantar para comunicar os Ss do Grau para o Can o V.M. deve lembrar de dar
o P. Ao comunicar o T ou S ao Can neste ponto é o V.M. e não o 2ºD quem ajusta o po…ar
do Can.
7. — Explanação das Ferramentas de Trabalho. A menos que o V.M. seja um exímio
ritualista fará melhor em não manipular as Ferramentas de Trabalho. O mero fato de faze-lo
é muitas vezes o suficiente para causar um lapso de memória. O V.M. não fica de pé para
explanar os Instrumentos de Trabalho.
8. — A Preleção após a Iniciação. Se a Preleção for feita pelo V.M. ele não ficará de pé
para cumprir este dever.

CERIMÔNIA DE PASSAGEM
1. — O Sn correto durante o Jur neste Grau é o Sn de Fi…e. O V.M. deve usar sua m.e.
nas palavras ‘por e sobre’, mantendo o Sn Fi…e com sua m.d. O Sn deve ser descarregado
quando o Can repetir as palavras finais do Jur.
2. — O V.M. deve lembrar de dar o P ao se levantar para comunicar os Ss do Grau ao Can.
3. — O V.M. não ficará de pé para a explanação das Ferramentas de Trabalho. (Ver item 7
acima.)
4. — Explanação da T.D. Quando o Can retornar para a Loja o V.M. deve aguardar até
que ele tenha sido saudado e o 2ºD tenha colocado o Can na posição correta ao pé da T.D. O
V.M. então deixa seu pedestal pelo lado da mão esquerda e se dirige para a cabeceira da T.D.
onde o 2ºD lhe passará sua vara para apontar os emblemas externos.

10
Estas instruções se aplicam a todos os Graus.

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CERIMÔNIA DE ELEVAÇÃO
1. — O Sn correto durante o Jur é o Sn P…al do Grau. O V.M. deve usar sua m.e. nas
palavras ‘por e sobre’, mantendo o Sn P…al com sua m.d. O momento correto para
descarregar o Sn é quando o Can repete as palavras finais do Jur. Não esquecendo de
recuperar.
2. — Nas palavras ‘Levantai recém Jur…o M.M.’, o V.M. deve usar apenas a mão direita.
3. — Nas palavras, ‘quando o vilão que estava armado com um pesado Maço, deu-lhe uma
violenta pancada na testa que o prostrou sem vida a seus pés,’ o V.M. deve fazer um
movimento com o Ma…te. Ele não deve deixar seu assento para tocar a Fronte do Can com
o Ma…te.
4. — O V.M. deve lembrar que o Can deve ser er…do nos Cinco P.D.F. Prática é
essencial antes que isto possa ser feito corretamente.
5. — Seguindo-se à conclusão das palavras da Preleção — ‘paz e salvação aos fiéis e
obedientes da raça humana’ — o V.M. toma ambas as mãos do Can com as suas e giram
lentamente para a direita até que cada um ocupe o lugar em que o outro estava, o V.M.
voltado para o S e o Can voltado para o N. Mesmo dentre experientes Preceptores há
freqüentemente uma dúvida sobre qual a direção correta deste movimento. Nenhum erro
pode ser feito se o V.M. lembrar que o movimento deve ser feito no sentido anti-horário.
6. — Durante a História Tradicional o V.M. não deve dar o P ao se levantar nas palavras
‘um dos Irmãos olhando em torno, observou…’
7. — Depois, quando o V.M. se levanta para demonstrar os cinco Sns, então ele deve dar o
P.

CERIMÔNIA DE INSTALAÇÃO
1. — Ao significar seu assentimento com o Sn de F para as Antigas Obrigações e
Regulamentos lidas pelo Secretário, o M.E. deve lembrar que o Sn é baixado, e não
descarregado.
2. — Ao ser instruído para avançar ao ped para prestar o Solene Jur de M.E., o M.E. não
deve avançar até que o M.I. tenha completado sua sentença.
3. — O Sn correto durante o Jur é o Sn de Fi…e. O Sn deve ser descarregado quando o
M.E. repetir as palavras finais do Jur.
4. — O V.M. não deve ‘declarar todos os Cargos vagos’ em qualquer período durante esta
Cerimônia. Uma pesquisa ao Regulamento 140, do Livro das Constituições, demonstrará o
único método pelo qual um Mestre possui poderes para destituir um Oficial. Sob as
Constituições nenhum Mestre de Loja possui poderes para destituir simultaneamente todos os
oficiais por uma mera declaração de que todos os Cargos estão vagos.
5. — A Instalação do Venerável. Por razões óbvias instruções detalhadas não podem aqui
ser colocadas com respeito a esta importante porção da Cerimônia. O M.I., entretanto, deve
lembrar que lá nenhum movimento é feito para ilustrar as palavras quando ele se referir à
pen…de no final do Jur. A palavra correta aqui é ‘pendurada,’ não ‘arremessada’11 como é
freqüentemente ouvido. O sentido da sentença é que a m. deve ser pendurada sobre seu
om…o es…o — i.e. suspensa por uma presilha para que todos possam vê-la como uma marca
visível de degradação.

11
N.T.: — Neste trecho as palavras em inglês ‘slung e flung’ permitem alguma confusão por possuírem
sonoridade próxima e daí o autor se dedicar a esta observação que em português é desnecessária.

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6. — Quando os Irmãos são readmitidos e lhes é determinado que façam a volta da Loja e
saúdem o V.M., eles devem ser instruídos a não faze-lo ‘de passagem’.
7. — As Ferramentas de Trabalho de cada Grau deve ser explanada in extenso pelo M.I.
Se, no entanto, as Ferramentas de Trabalho de qualquer Grau já foi explanada durante o curso
da reunião12 é suficiente para o M.I. dizer: “Seus usos e significados já foram explanados
nesta noite, e eu não tomarei o vosso tempo com uma repetição.”
8. — A Loja deve ser completamente Fechada em todos os Graus.
9. — A Preleção ao Mestre recém instalado durante a conclusão da Cerimônia deve ser
feita no O à esquerda do 1ºVig. As Preleções aos Vigilantes e Irmãos devem ambas ser feitas
no L, à esquerda do V.M. Nenhum V.M. nem tão pouco os Vigilantes devem estar de pé
quando das Preleções.

RECOMENDAÇÕES GERAIS (DURANTE O LABOR)


1. — O primeiro dever do V.M. é verificar que a Carta Patente esteja em evidência.13
2. — Na eventualidade de uma visita do Grão Mestre, do Pro Grão Mestre, ou do Delegado
do Grão Mestre (ou, em uma Loja Provincial ou Distrital, a visita do Grão Mestre Provincial
ou Distrital ou seu Delegado), o V.M. de uma Loja Privada deve oferecer seu malhete ao
ilustre visitante, porém a nenhum outro Grande Oficial por mais elevada que seja seu posto.
3. — Uma cópia do Livro das Constituições e do Regulamento Interno da Loja sempre
devem ser ofertadas a cada Iniciado.14
4. — Se houverem Atas de mais de uma Reunião para serem lidas elas devem ser postas
em aprovação separadamente. O Mestre não deve declarar que as Minutas foram
transmitidas. Uma resolução é ‘transmitida’, mas Atas são confirmadas.
5. — Se qualquer um dos procedimentos em uma Reunião de Loja necessitar da obtenção
de uma Dispensa, tal Dispensa precisa ser lida em Loja Aberta antes do assunto em particular
sobre o qual ela trata. No caso de uma Loja atualmente se reunir por Dispensa é costume ler-
se a Dispensa imediatamente após a abertura da Loja. Isto não é correto ler a Dispensa antes
da Loja estar totalmente aberta. A reunião é legalizada não pela leitura da Dispensa mas pelo
fato de que ela foi obtida.
6. — O V.M. pode convocar uma Loja de Emergência a qualquer tempo, para o que
nenhuma Dispensa se faz necessária. Nenhum outro negócio salvo aquele enunciado na
Convocação pode ser tratado em uma Reunião de Emergência.15 As Atas não são lidas e o
V.M. não se levanta para inquirir ‘se algum Irmão tem algo a propor…’
7. — Um escrutínio coletivo para mais do que um Candidato à Iniciação é permitido;
igualmente para Candidatos à Filiação. Porém escrutínios para Candidatos à Iniciação e
Filiação devem ser feitos separadamente. O V.M. deve ser cuidadoso e verificar ele próprio
que o compartimento de votação está vazio antes que a caixa de escrutínio circule.
8. — No caso do surgimento de qualquer situação inadequada o V.M. tem o poder de
suspender os procedimentos com o simples expediente o de Chamar a Loja do Trabalho para
o Descanso. Situações difíceis algumas vezes já foram superadas pela adoção deste método.
Todo Mestre e 2ºVig devem estar familiarizados com a Cerimônia de Calling Off and Calling
On.

12
Isto será possível se nos lembrarmos de que pode ter havido uma cerimônia de Passagem ou Elevação anterior
à de Instalação na mesma noite.
13
Ver Capítulo XXVI.
14
Ver Capítulo XXVI.
15
Ver Capítulo XIX, sobre ‘O Secretário,’ e sobre ‘Os Levantamentos’.

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9. — Nenhuma nomeação é permitida para os Cargos de Mestre e Tesoureiro. Estes


oficiais precisam se eleitos por votação livre. O Cobridor pode ser eleito apenas pelo sinal
de costume.

RECOMENDAÇÕES GERAIS (DURANTE O REFRESHMENT)


10. — O V.M. deve lembrar que pontualidade em finalizar os procedimentos da noite é
quase tão importante quanto inicia-los. É um sábio procedimento fazer uma tabela de horário
— e segui-la! O costume dita que determinados brindes devem ser honrados, entretanto nós
podemos muito bem distribui-los. Um longo programa musical é geralmente irritante. É
melhor cortar o programa musical do que os posteriores discursadores serem compelidos a se
dirigirem a assentos vazios.
11. — Fumar não pode ser permitido senão após o brinde ao ‘Rei’ e ao ‘M.W. Grão
Mestre’.16 Esta condição, no entanto, não se aplica ao cigarro servido com sorvete. Se um
sorvete é servido o V.M. não deverá fazer os brindes até este ponto. Um tal costume é uma
inovação moderna tão inconsistente quanto desautorizada. Se durante o banquete o cigarro
for permitido o V.M. deve se certificar de que não seja aceso antes que o sorvete esteja
servido, nem tão pouco que seja continuado após se terminar o sorvete.
12. — Se o costume da Loja determina que o V.M. deve ‘erguer um brinde’ a vários
Irmãos durante o banquete, ele deverá sempre estar de pé para faze-lo. De ordinário a
cortesia o exige, estando o V.M. na condição de anfitrião à mesa do jantar. A polidez
também dita que o Irmão, ou Irmãos, aos quais o Mestre está ‘erguendo o brinde’ deve ficar
de pé. A prática muito moderna, de quando o Mestre está ‘erguendo um brinde’ a ‘Todos
Irmãos’, o condutor do brinde anunciar: ‘Os Irmãos permaneçam sentados’, é lamentável. A
mais simples cortesia exige que os Irmãos devam se levantar como reconhecimento ao
cumprimento hospitaleiro do Mestre.
13. — Não é costumeiro para os Grandes Oficiais se levantarem quando o Mestre ‘ergue
um brinde’ aos ‘Visitantes’. Possivelmente a explicação é que estes eminentes Irmãos, já
tendo sido cumprimentados pelo Mestre, não devem ser ‘incomodados’ uma Segunda vez;
porém é absolutamente incorreto argüir que o Grande Oficial não é um visitante. Algumas
vezes ouvimos de Irmãos ingênuos a tentativa de explicar que, enquanto ‘ordinariamente’
Irmãos são ‘visitantes’, Grandes Oficiais são ‘convidados’ — uma distinção que não faz
nenhuma diferença. A verdade, é claro, é que um Grande Oficial visitante à mesa do jantar
está exatamente na mesma posição que qualquer outro Irmão visitante; ele é um convidado
sendo entretido pela Loja. Salvo que seu rank ordena que ele tenha um assento
particularmente especificado para ele, e que receba certas honras formais, enquanto convidado
seus privilégios são os mesmos que os dos jovens Aprendizes visitantes, nem mais nem
menos.
14. — O costume de ‘brindar’ ou de ‘reptar’ entre Irmãos durante o jantar é
freqüentemente levado ao excesso, tendo como resultado a prevalência de uma indigna
atmosfera de descompostura. É dever do V.M. exercer sua autoridade para garantir que não
existam condutas inadequadas. A estrita etiqueta determina que nenhum Irmão deve
‘desafiar’ a um outro de rank superior. Conseqüentemente o V.M. nunca pode ser ‘reptado’.
O Board of General Purposes tem chamado a atenção para o deplorável hábito de
constantemente ‘desafiar’ o Iniciado. O V.M. não o deve permitir a ninguém qualquer que
seja sua classe. O V.M. será sábio se não permitir que se anuncie que ele deseja que os
Irmãos visitantes ‘se sintam em casa’ e se juntem ao ‘desafio’. Muito provavelmente já
haverá barulho suficiente se a deplorável prática ficar limitada aos membros da Loja.

16
N.T.: — Em se tratando de países não Monarquistas os brindes são devidos ao Presidente da Nação e ao Grão
Mestre Geral da Ordem.

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15. — O V.M. não deve permitir ao Irmão Organista introduzir um artista pago no salão
para cantar o Hino Nacional. O Hino Nacional é um hino, e, como tal, deve ser cantado pelos
Irmãos como um todo.
16. — Todo V.M. deve aplicar um grande zelo na supervisão do programa musical.
Nenhum item de uma questionável ou sugestiva natureza deve poder ser permitido na
atmosfera Maçônica. Nem, é claro, deve a qualquer Irmão ser permitido narrar uma estória
de tal natureza. Desafortunadamente tal fenômeno algumas vezes ocorre, e o Mestre que
imediatamente exerce sua autoridade certamente obterá o respeito e apoio dos Irmãos.
17. — Tópicos que possibilitem o surgimento de disputas ou vexatórios devem ser evitados
nas conversações após refeição. Um espírito de harmonia e fraternidade deve prevalecer
durante todo o período de Refreshment; nunca deve ser permitido que ele assuma a natureza
de um debate.

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PARTE III

MISCELÂNEA

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PARTE III

MISCELÂNEA

CAPÍTULO XXVIII

A LOJA DE INSTRUÇÃO
Os Regulamentos 158 a 161, do Livro das Constituições, estabelecem o procedimento sob
o qual uma Loja de Instrução pode ser organizada, mas o guia ali contido é necessariamente
muito breve. O Regulamento 158 estipula que nenhuma Loja de Instrução deve ser
organizada a não ser sob a sanção de uma Loja regular, ou por uma licença e autorização
especial do Grão Mestre. Além disso, a Loja que concede sua sanção, e os Irmãos para os
quais a licença é fornecida, responderão pelos procedimentos, e igualmente se
responsabilizarão pela obtenção de uma sanção da Grande Loja para o modo de trabalho
adotado. O Regulamento 159 lembra-nos que as notificações de horário e lugar de reunião
devem ser submetidos à Grande Secretaria (ou, nas Províncias e Distritos, para a Grande
Secretaria Provincial ou Distrital), e no Regulamento 160 está determinado que as Lojas de
Instrução devem manter gravados nas atas os nomes de todos os Irmãos presentes e dos
Irmãos indicados a exercer cargo. No Regulamento 161 é feita uma referência ao fato de que
uma Loja regular poderá desejar remover a sanção desta Loja de Instrução. Não há muito
material útil aqui para uso dos Irmãos que procuram um guia de como formar e controlar uma
Loja de Instrução.
Obviamente a primeira preocupação de um grupo de Irmãos desejosos de formar uma Loja
de Instrução é, de acordo com o Regulamento 158, do Livro das Constituições, garantir a si
próprios que podem obter a sanção de uma Loja Regular. Nenhuma real permissão é
necessária, as Constituições são obedecidas através do registro no Livro das Atas onde foi
sancionada a permissão da Loja. É usual para tal permissão uma comunicação por carta do
Secretário da Loja regular ao Secretário da Loja de Instrução proposta, e tal carta (ou uma
cópia desta) pode ser emoldurada, pendurada ou de qualquer outro modo preservada para ser
usada como ‘Breve Constitutivo’ da Loja de Instrução.
Mesmo antes de este importante assunto estar organizado os possíveis Fundadores da
sugerida Loja de Instrução deverão, sem sombra de dúvida, ter dado cuidadosa consideração
para outras questões de igual importância. Parece raramente necessário enfatizar que então
deve haver absoluta unanimidade quanto ao modo particular de trabalho a ser empregado; e, a
decisão surgir ou, ser rigidamente aderida por todos. Nada pode ser mais danoso para a
harmonia e sucesso da condução de uma Loja de Instrução do que diferentes Irmãos se
esforçarem por introduzir diversos sistemas de trabalho. Qualquer porção de tal prática, se
permitida, resultará inevitavelmente no caos, e ‘proveito e prazer’ certamente se distinguirão
por sua ausência.
A seleção de um competente Preceptor é obviamente um assunto de suprema importância.
Havendo elegido seu Preceptor, os Irmãos devem dar-lhe sua confiança e em todas as
ocasiões aceitar seu julgamento sem questionamentos ou ressentimentos; seu maior privilégio
significa que a partir dele eles tomam seus princípios. Tal como na Loja Regular o Mestre é
a autoridade preeminente, assim é na Loja de Instrução a palavra do Preceptor, ela deve ser
suprema sobre todos os assuntos. Se os Irmãos encontrarem sua regulamentação inaceitável,
então o único caminho adequado é eleger outro Preceptor, ou buscar instrução noutro lugar.

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Tradução Luiz Carlos de Mello Membro da A.R.L.S. Libertador Gal. San Martin Nº 3296

As qualificações que contribuem para fazer o sucesso de um Preceptor são muitas e


variadas. Não é desnecessário dizer que ele deve ser um mestre do ritual em todos detalhes,
contudo muito mais é requerido dele do que um compreensivo conhecimento das diferentes
Cerimônias e Preleções. O Preceptor para obter e manter a confiança de seus pupilos precisa
possuir um talento natural para liderança; precisa em todos os momentos ser hábil em
comandar, todavia o comandar deve ser combinado com uma conduta tranqüila e cortês, uma
conduta amigável que eliminará o ‘tormento’ das muitas correções que ele será chamado a
fazer.
O Irmão Preceptor, se conquistar a confiança de seus pupilos, indubitavelmente será
consultado sobre diversos pontos além dos trabalhos das Cerimônias; será visto como uma
‘autoridade’ confiável. Ele deve, conseqüentemente, estar completamente familiarizado com
a etiqueta, a jurisprudência e a história Maçônicas. Acima de tudo, ele precisa possuir a
habilidade muito rara de transmitir seu conhecimento aos outros. Ao fazer-se uma
comparação entre o Mestre de uma Loja e o Preceptor de uma Loja de Instrução; e podemos
acrescentar que os poderes e responsabilidades do Preceptor são sempre maiores do que
aquelas do Mestre.
O Oficial seguinte em importância após o Preceptor em uma Loja de Instrução é o
Secretário. Ainda que ele não precise necessariamente possuir a maestria no ritual como seu
colega, ele deve, se deseja se desincumbir eficientemente de seus deveres, ser um past master
noutras direções. Ele precisa ser um exímio organizador, cortês e paciente em seus
relacionamentos com Irmãos algumas vezes irritantes, e, além de tudo isso, ser um incansável
e determinado trabalhador. As reuniões são realizadas a intervalos freqüentes, geralmente
semanalmente, os deveres do secretário em relação a uma Loja de Instrução estão muito
distantes daqueles de uma Loja Regular. Para sorte e sucesso de uma Loja de Instrução o
Preceptor e o Secretário devem em todos os momentos trabalhar em completa harmonia,
porém o Irmão Secretário deve lembrar que o Preceptor é o Preceptor, e como tal, a
autoridade suprema.
O Preceptor e o Secretário são auxiliados por um Comitê, e é prudente limitar o número de
membros eleitos para o Comitê; um grande Comitê é desnecessário e pode muito bem se
tornar mais um obstáculo do que uma ajuda. Em renomadas Lojas de Instrução que
trabalham em Emulação a eleição para o Comitê pressupõe que o Irmão eleito é
suficientemente exímio no ritual para poder ser um auxiliar útil ao Preceptor, e atuar como
seu delegado em sua ausência se for solicitado a faze-lo.
Por mais exímio que um Preceptor possa ser, instruir é sempre mais do que uma simples
tarefa. O Preceptor, é óbvio, estará acompanhando cuidadosamente o trabalho do Mestre,
mas ele precisa estar igualmente atento aos demais Oficiais; sua atenção há de estar aqui, ali,
e em todo lugar. Com tudo isto ele é, além de tudo, apenas humano, e seu cérebro é um
cérebro humano e não uma máquina infalível; um ocasional momento de incerteza é
inevitável, e, quando aquele momento surge, é o membro do Comitê sentado imediatamente à
esquerda do Preceptor quem deve estar apto e capaz de prestar a necessária assistência
prontamente e sem obstruí-lo. Uma harmoniosa cooperação deve caracterizar os esforços do
Comitê em qualquer Loja de Instrução bem conduzida, e em nenhum outro lugar esta eficiente
cooperação é mais fortemente evidente do que na Emulation Lodge of Improvement e nas
renomadas Lojas de Instrução de Emulação.
Uma Loja de Instrução que almeja por uma carreira longa e de sucesso todos os
procedimentos devem ser conduzidos com tanta regularidade e formalidade quanto em uma
Loja Regular. Como já foi mencionado, as Constituições estipulam que o Secretário precisa
manter adequadamente as Minutas dos procedimentos, e além disso as Constituições
determinam que tais Minutas deverão ser apresentadas se requisitadas pelo Grão Mestre ou
seus delegados, ou pela Loja que concede sua sanção.

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Tradução Luiz Carlos de Mello Membro da A.R.L.S. Libertador Gal. San Martin Nº 3296

O Regulamento 160, do Livro das Constituições, não apenas determina que uma Loja de
Instrução deva manter Atas acuradas, ele acrescenta que as Minutas hão de registrar os nomes
de todos os Irmãos indicados a ocuparem Cargos. A eleição do Mestre e a indicação de
Oficiais para uma reunião subseqüente são assuntos que devem sempre ser conduzidos com a
devida formalidade.
Em Lojas de Instrução reconhecidas a eleição do Mestre sempre é feita no Segundo
Levantamento. O procedimento é tal como segue: O V.M. levanta pela Segunda vez para
‘perguntar se algum Irmão tem algo a propor…’ neste momento o Preceptor (ou qualquer
delegado dele que pode estar atuando como P.M.I.) levanta com P e Sn e diz: ‘V.M., eu tenho
o prazer de propor (ou ‘eu tomo a liberdade de propor’) que o Ir 1ºVig ocupe (ou ‘assuma’) a
cadeira em nossa próxima reunião’. Um outro Membro do Comitê se levanta com P e Sn e
diz: ‘V.M., eu tenho o prazer de secundar (ou ‘eu tomo a liberdade de secundar’) a proposta’.
O V.M. (sem ) diz: ‘Irmãos, ouvi a proposta. Todos aqueles que são a favor se
manifestem da maneira usualmente observada entre Maçons’. (Os Irmãos se manifestam.)
‘Os que são contrários?’1 O V.M. então anuncia: ‘Ir 1ºVig (o 1ºVig se levanta formalmente
com P e Sn),2 fostes unanimemente eleito para ocupar esta cadeira no dia…, noite da próxima
reunião. Deveis indicar vossos Oficiais e especificar o trabalho’. O 1ºVig responde: ‘V.M.
e Irmãos, agradeço-vos’. Ele então descarrega o Sn, senta-se e indica seus Oficiais, ou diz:
‘Os Oficiais seguirão por rotação, e o trabalho será a Cerimônia de … e …’ Os Oficiais são
sempre indicados pela Emulation Lodge of Improvement. O procedimento neste caso é para
o 1ºVig dizer: ‘Ir. 2ºVig (O 2ºVig se levanta com P e Sn), ocupareis esta cadeira no dia…,
noite da próxima reunião?’ O 2ºVig responde: ‘Com prazer, Ir Mestre Eleito’, então
descarrega o Sn e senta-se. O 1ºVig diz: ‘Ir 1ºD (O 1ºD se levanta com P e Sn), ocupareis a
cadeira do 2ºVig?’ O 1ºD responde como acima, descarrega o Sn, e senta-se. O 1ºVig
prossegue: ‘Ir 2ºD (O 2ºD se levanta com P e Sn), atuareis como 1ºD?’ Procedimento
semelhante é feito com os demais Oficiais.
O procedimento para anunciar a Cerimônia a ser ensaiada é tal como segue: O V.M. (sem
) anuncia: ‘Irmãos, a Cerimônia a ser ensaiada esta noite é a de … e o Ir. A.B. atuará
como Candidato’ (ou ‘Eu agradecerei se algum Irmão se ofereça como Candidato’). Os
Irmãos que se levantarem para se oferecerem não devem fazer o Sn. Se a Cerimônia
especificada é a de Iniciação, o Irmão selecionado como Candidato se dirige à esquerda do
1ºVig, saúda o V.M., e se retira para ser devidamente preparado. Se a Cerimônia a ser
ensaiada for a de Passagem ou a de Elevação, o Candidato selecionado permanece de pé em
seu lugar, e o 2ºD ou o 1ºD (conforme a Cerimônia) deve leva-lo e conduzi-lo à esquerda do
1ºVig. Não há saudação neste caso antes do Mestre prosseguir: ‘Irmãos, o Ir A.B. é nesta
noite um Candidato a ser …’
Em uma Loja de Instrução o Primeiro Levantamento deve ser para propor novos Membros,
o Segundo Levantamento para a eleição do Mestre para a reunião de ensaio, e o Terceiro
Levantamento para outros assuntos. É claro, se houver qualquer comunicado da Grande Loja
a ser lido, isto será feito no Primeiro Levantamento tal como em uma Loja regular.
A ‘atmosfera’ dentro de uma Loja de Instrução se aproxima daquela de uma Loja Regular,
devendo haver uma apurada atenção dos Irmãos e um brilhante trabalho. A questão do
equipamento é, conseqüentemente, algo de considerável importância; o mobiliário, as
ferramentas de trabalho e outros indicativos devem ser tão completos quanto possível. Isto

1
É absolutamente supérfluo para o Mestre dizer: ‘Irmãos, foi proposto pelo Ir. A. e secundado pelo Ir. B., que o
Ir 1ºVig seja eleito,’ etc., etc. Os Irmãos ouviram a proposta; não há necessidade de repeti-la.
2
Há aqui uma aparente exceção à regra dada no Capítulo VII, onde é estabelecido que de acordo com a prática
de Emulação um junior não permanece à Ordem quando um Oficial sênior se dirige a ele. Porém deve-se ter em
mente que a regra lá dada se refere à prática de Emulação apenas durante as Cerimônias.

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necessariamente envolve uma significante quantidade inicial de despesas e possivelmente


algum sacrifício da parte dos Fundadores, porém os resultados positivos bem valem o custo.
Todos os Oficiais de uma Loja de Instrução devem vestir o traje Maçônico, aventais e colares
devem ser providos com fundos para tal propósito. Outros Irmãos podem logicamente ser
escusados de vestirem trajes Maçônicos.
A questão de um local de reunião adequado para uma Loja de Instrução é de alguma
dificuldade, e a dificuldade torna-se mais pronunciada a cada ano com a continuada expansão
do Craft. Em relação a isto os Irmãos nas Províncias estão, na maioria dos casos, mais
afortunadamente localizados do que aqueles da área Metropolitana. Muitas Lojas de
Instrução Provinciais são capazes de se reunir em seus Templos Maçônicos locais,
freqüentemente no mesmo Templo no qual funcionam suas Lojas Regulares.
Em Londres muitas Lojas de Instrução podem encontrar acomodação apenas em locais
licenciados, sendo o uso da sala contratado com o administrador por uma soma nominal, o
qual espera (quiçá não inapropriadamente) atrair negócios. Onde tais condições são
encontradas, o Comitê de uma Loja de Instrução fará bem em atuar ele próprio rigidamente
contra a prática de se permitir que o refreshment seja consumido no Templo da Loja enquanto
a Loja estiver aberta.
A controversa questão sobre se deve ser permitido fumar durante o trabalho em uma Loja
de Instrução é uma daquelas que tem levantado ilimitadas discussões, e não se pretende aqui
argüir os prós e contras. Em reconhecidas Lojas de Instrução que trabalham em Emulação o
fumar está estritamente banido; antes que o reconhecimento oficial pelo Emulation
Committee possa ser obtido, uma Loja de Instrução precisa incorporar em seu Regimento
Interno uma cláusula na qual ambos, fumar e refreshment no Templo da Loja, são proibidos
enquanto a Loja estiver aberta. Na maioria das Lojas de Instrução o fumar é permitido; em
algumas, desafortunadamente, o refreshment também. O presente escritor tem sido Preceptor
em Lojas nas quais o fumar é permitido, bem como naquelas onde é tabu, e deve confessar
que não observou que o prazer do tabaco tenha afetado de qualquer modo a dedicação ao
trabalho. Porém onde cachimbos e cigarro são permitidos, o Preceptor será judicioso em
determinar que os Oficiais que tomam parte na Cerimônia devam se abster de fumar.
Uma importante questão que freqüentemente surge em Lojas de Instrução é a de se um
Irmão que não seja membro cotizante de uma Loja Regular é elegível como membro dela. O
Board of General Purposes regulamentou que as Lojas de Instrução são controladas em
relação a este tema pelo Regulamento 152, do Livro das Constituições. Este regulamento
estipula que a um Irmão não cotizante não será permitido visitar qualquer Loja mais do que
uma vez a menos que ele novamente volte a ser um membro cotizante de alguma Loja, mas
que a regra não se aplica às visitas de um Irmão a qualquer Loja na qual ele foi eleito como
Membro Honorário. É óbvio, portanto, que um Irmão não cotizante não é elegível como um
membro, porém a Loja de Instrução pode superar a dificuldade, se os Irmãos assim o
desejarem, pela eleição do Irmão não cotizante como seu Membro Honorário.
Uma Loja de Instrução deve sempre ter seu Regimento Interno arquivado tão
cuidadosamente quanto o de uma Loja Regular, e, se considerações financeiras o permitirem,
o Regimento Interno deve ser impresso e distribuído entre os membros. A questão financeira
é freqüentemente uma dificuldade em uma Loja de Instrução, todavia se exercido com
cuidado deve ser possível finalizar reuniões com uma Taxa de Filiação de, 2s. ou 2s. 6d.3 (não
uma soma extravagante!), uma Taxa de Visitante de 6d., e uma Taxa de Comparecimento

3
N.T.: — Estes números se referem a valores sugeridos pelo autor, mas numa época em que a moeda inglesa não
era centesimal. Nesta ocasião, que perdurou até o último quarto de século do século XX, a moeda inglesa era a
Libra (como ainda é) e esta era dividida em 6 shillings e cada shilling era dividido em 12 pences, e a combinação
de Libras, shillings e pences resultava em valores quase incompreensíveis aos não britânicos, salvo aqueles cuja
profissão estava vinculada ao câmbio.

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Tradução Luiz Carlos de Mello Membro da A.R.L.S. Libertador Gal. San Martin Nº 3296

seminal de 6d. Muitas Lojas de Instrução possuem uma Subscrição Anual em lugar de uma
Taxa de Comparecimento seminal, entretanto, onde se insiste sobre isto, os membros
freqüentemente sofrem. Um plano inteligente e tornar a Subscrição Anual opcional, e
permitir àqueles que preferirem pagar uma Taxa de Comparecimento semanal como
alternativa.
As Lojas de Instrução devem se reunir tão freqüentemente quanto possível se os membros
pretendem manter a união e entusiasmo. Falando de modo geral, as Lojas de Instrução mais
populares e de maior sucesso são aquelas que se reúnem semanalmente.
Todas afamadas Lojas de Instrução distribuem uma cópia impressa do programa de estudos
para as sessões, com a qual um Irmão pode verificar numa vista d’olhos a Cerimônia a ser
devidamente ensaiada numa determinada data. Em muitas outras Lojas de Instrução não há
um programa definido, e o Irmão eleito para ocupar a cadeira na reunião subseqüente possui
liberdade para estabelecer a Cerimônia que ele irá ensaiar. A prática da Emulation Lodge de
estabelecer um programa é extremamente recomendável. É mais eficiente, e, as Cerimônias
sendo feitas em rotação, um Irmão que se oferece como Candidato para qualquer Cerimônia
em particular sabe que se ele progredir até a cadeira de Mestre seis semanas mais tarde irá
ensaiar a mesma Cerimônia.
Em quase todas as reconhecidas Lojas de Instrução Secções das Preleções encontram um
lugar constante no programa de estudos. As Preleções Maçônicas são todas muito raramente
ouvidas; elas são um meio valioso para imprimir o ritual dos vários Graus nas mentes dos
Irmãos, e fornecem valiosíssimas instruções e explicações que não são obtidas nas Cerimônias
tangíveis. O Preceptor que hesita em introduzir as Preleções em seu currículo na crença de
que terá dificuldades de conduzir os Irmãos em aprende-las não deve ser muito facilmente
desencorajado. Um excelente plano é devotar uma noite ocasional para o trabalho de uma
Preleção, e convidar um time de exímios Preletores para conduzir as várias Secções. O
interesse dos Irmãos pode ser estimulado por uma tal demonstração, e o Irmão Preceptor pode
ser prazerosamente surpreendido ao encontrar em futuro próximo muitos de seus pupilos
entusiasmados em fazer a sua estréia como Preletores.
Além das Cerimônias e Preleções há muitos outros métodos com os quais um Preceptor
pode estimular o interesse de seus pupilos.4 Uma Loja de Instrução, como seu nome
implica, deve ser uma Loja onde os Irmãos podem esperar e receber instrução afora da do
Ritual tangível. Sucintas orientações do Preceptor, ou de algum outro competente Past
Master, sobre assuntos diversos de interesse Maçônico em geral são sempre bem vindas. É
também uma excelente prática para o Preceptor encorajar os Irmãos a fazerem perguntas em
todas as reuniões, um plano que indubitavelmente resultará em discussões muito interessantes
e instrutivas. O Irmão Preceptor, por mais exímio que possa ser, não pode esperar saber
tudo; sem dúvida algumas vezes ele poderá encontrar uma questão que o ‘derrubará’, porém,
se o seu coração estiver em seu trabalho, ele pode sempre ‘encontrar a resposta’ e relata-la
noutra reunião futura.
Uma palavra final de recomendação ao Irmão Preceptor é de que ele deve tornar seu ensino
tão individual quanto possível. O Preceptor que se esforça em ter um interesse pessoal pelos
esforços de seus pupilos obterá não apenas sua confiança e respeito, mas sua amizade e
afeição. É por tais métodos que o Preceptor torna sua Loja de Instrução no que cada Loja
deve ser, uma assembléia seminal de um grupo feliz de Irmãos, todos imbuídos do único
desejo de preparar a si mesmos para desempenharem seus deveres em suas respectivas Lojas
com aquela dignidade, decoro, e precisão que deve ser a marca distintiva de todo Cerimonial
Maçônico.

4
O autor organizou muito destas demonstrações de Preleção e tem posteriormente teve o prazer de constatar que
elas possuem um efeito benéfico. Ele terá prazer em qualquer tempo de organizar tal demonstração em uma
Loja de Instrução se comunicado pelo editor deste Manual.

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CAPÍTULO XXIX

FUMAR NO REFRESHMENT 1
Em qual ponto exato durante o período de pós-refeição se pode conceder permissão aos
Irmãos para fumar, em conformidade com as geralmente aceitas regras Maçônicas de etiqueta
e cortesia? É uma segura predição que na maioria dos casos tal permissão é ansiosamente
aguardada por uma larga percentagem de Irmãos ávidos pelo conforto e deleite do aroma do
tabaco que William Lilye, na lendária centésima décima quinta gramática, qualificou como
‘nossa sagrada erva nicotínica’.
O exato momento no qual a permissão pode ser dada aos Irmãos para ‘acende-lo’ não
entrou na escala de controvérsias até anos recentes. Já que agora surgiu como tema
controverso então pode haver alguma dúvida; as mais variadas opiniões foram desenvolvidas,
cada qual clamando-se como sendo confiável, e acrimoniosas disputas têm se erguido dentre
diversos campeões da etiqueta cerimonial achando-se eles mesmos em contradição. Há
alguns que declaram que o fumar é permitido tão logo o brinde ao ‘Grão Mestre’ tenha sido
honrado; outros que deve ser postergado até que o brinde aos ‘Oficiais da Grande Loja’ tenha
sido feito; outros ainda declaram resolutamente que os adeptos de Minha Senhora Nicotina
devem manter seus desejos sob controle até que o último brinde mencionado tenha sido
respondido. Uns poucos mais perfeccionistas ainda vão mais além e negam a ávida
permissão aguardada até que o brinde ao ‘Grão Mestre Provincial’ tenha sido feito. Este
extremo, no entanto, aplica-se apenas no caso de umas poucas Províncias e dificilmente
poderiam vir a fazer parte no escopo de um capítulo dedicado a generalidades.
Se os Irmãos em disputa baseiam suas respectivas opiniões na observância da correta
‘etiqueta’, torna-se interessante o exame da palavra em si mesma. A palavra deriva do
Francês, e no antigo Francês estiquette ou estiquete designa uma ‘nota’ ou ‘licença.’ Ao
consultar um confiável pequeno volume, do dicionarista de Cheshire, cujo dicionário Francês-
Inglês, publicado na Segunda década do século dezessete, que é um trabalho de valiosa
importância histórica, achamos explicada a palavra em Francês como um ‘aquartelar’2 para
benefício ou vantagem daqueles que os recebiam; uma forma de apresentação. Também,
como uma notificação fixada na entrada de um tribunal. O desenvolvimento do significado
em Francês de uma ‘nota’ para ‘regras cerimoniais’ não é difícil de acompanhar. Para nosso
propósito a definição geralmente aceita da palavra em seu sentido amplo pode ser dada como
significando ‘a observância das condutas sociais corretas requeridas por uma boa educação’.
Obviamente ‘boa educação’ e a ‘observância social’ podem ser presumidas para obter
lealdade ao Trono e impõe e traz consigo respeito ao monarca regente. Por conseguinte uma
assembléia de cavalheiros faz sua refeição solenemente — quer sejam membros de nossa
Fraternidade quer não — deixando de fumar até após o brinde à ‘Rainha’, em qualquer
ocasião se for tradição honrar o brinde de lealdade. Lealdade e adequada submissão ao
Trono tem ditado o costume. Será supérfluo enfatizar que os membros do Craft não estão
prestando nenhum tributo a um seguimento social em primeiro lugar quando o tema é a
1
Muito do material deste capítulo foi incluído em um artigo do autor intitulado ‘Irmãos, Podeis Fumar’,
publicado no The Freemason em 3 de Novembro de 1928, e agora reproduzido aqui por cortesia do editor
daquele jornal.
2
N.T.: — O ‘billet’ é mais do que o mero aquartelar homens, é definido como sendo ‘um alojamento para
soldados em casas particulares’, isto é, trata-se de um alojamento civil para militares o que trazia algumas
vantagens para os proprietários destes lugares.

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lealdade ao Soberano. Neste ponto, então, temos o irrefutável, fato básico, sobre o qual todos
os Irmãos estarão de acordo, que charutos e cigarros devem permanecer apagados até que o
brinde de lealdade seja executado.
Como a Rainha é a suprema regente de todos aqueles que estão obrigados por lealdade à
bandeira da Britânia, seus Domínios e Dependências, assim também o M.W. Grão Mestre é o
supremo regente de todos os Irmãos pertencentes às Lojas sob a Constituição Inglesa. Aqui
novamente temos um guia inquestionável; lealdade e respeitosa submissão ao Grão Mestre
indicam que, entre Franco-Maçons, fumar é tabu até que o segundo brinde da lista tenha sido
feito com as tradicionais honras.
Nos anos recentes a questão tem sido complicada pela recente afirmação de que o cigarro
muitas vezes servido com um sorvete está ‘fora de questão’ a menos que o brinde a ‘Rainha’
tenha sido honrado antes. Donde surge esta de certo modo dogmática interferência sobre um
costume longinquamente estabelecido? Que vestígios de autoridade possuem estes amadores
campeões da etiqueta para seu dogmatismo? Por muitos anos o cigarro servido com o
sorvete tem sido um costume aceito, e até os últimos três ou quatro anos nenhuma citação foi
ouvida de que o inócuo costume tenha ultrajado a decência ou a lealdade.
Há uma pequena dúvida a respeito da opinião que é consenso geral, se ela teria como
conseqüência que o fumar é permitido imediatamente após o brinde ao Grão Mestre ter sido
honrado. Como já foi mencionado, há uns poucos escrupulosos teimosos em algumas
Províncias que pressionam a lealdade e a paciência dos Irmãos negando a permissão até
depois do brinde ao ‘Grão Mestre Provincial’, contudo tais extremos são feitos por poucos e
longínquos Irmãos. Uma Província está livre para estabelecer seus próprios costumes, por
mais arbitrários que eles possam parecer à primeira vista. Podemos apenas nos simpatizar
com os Irmãos que são compelidos a se submeterem a tão caprichosos ditames.
As excentricidades dos criadores de inovações são notoriamente contagiosas. Permita aos
auto-intitulados patronos clamarem por qualquer reforma artificial vociferando o suficiente, e
alguns estarão inclinados em aceita-las na avaliação deles próprios. Por conseguinte tem
brotado de muitas direções o incongruente costume fazer o brinde de lealdade no meio do
banquete. Em todas as esferas da vida por vezes nos surpreendemos ao constatar o quanto
muitas pessoas se acham prontas a seguir cegamente líderes dos autoconstituídos pioneiros da
assim chamada reforma. É ainda mais surpreendente encontra-las no ‘Anuário’ Maçônico de
uma das mais influentes Províncias onde se estabelece:
“Se, em meio ao jantar, os Irmãos desejarem fumar com o sorvete, o Mestre deve fazer o
brinde à Rainha para permitir-lhes que fumem.”
Para todos, exceto para os puristas escravizados, o cigarro em meio à refeição é um
acompanhamento aceito com o sorvete, algo que pode ser apreciado com aquele delicado
sabor, que não deve ser aceso antes do sorvete estar servido, nem mantido aceso após ter sido
terminado. Não é visto nem pretende ser como um fumar per se; daí esta transitória intrusão
não ser geralmente vista como o infringir de uma norma estabelecida, a saber, uma assembléia
de cavalheiros, jantando cerimoniosamente, evitando fumar até que o brinde de lealdade tenha
sido honrado.
A incongruência da direção destacada acima de um ‘Anuário’ Provincial é perceptível
numa vista d’olhos. A proposta do brinde de lealdade pelo Mestre em meio ao jantar
determina uma permissão tácita aos Irmãos para que possam fumar livremente e sem
restrições, independentemente do sorvete ou qualquer outro acompanhamento, um absoluto
descuido com a restrição universalmente aceita de que o fumar não pode ser tolerado em
qualquer reunião Maçônica até após o brinde ao ‘M.W. Grão Mestre’. Se for uma
contravenção dos cânones da etiqueta tolerar umas poucas baforadas com o sorvete antes do
brinde de lealdade, é igualmente uma violação dos mesmos cânones faze-lo antes do brinde ao
Grão Mestre. Por mais arbitrária que uma determinação possa ser, pode-se aceita-la de bom

121
Tradução Luiz Carlos de Mello Membro da A.R.L.S. Libertador Gal. San Martin Nº 3296

grado se possuir o mérito da consistência; não há consistência alguma no exemplo destacado


acima.
As lamentáveis conseqüências deste recém surgido costume de fazer o brinde de lealdade
em meio ao jantar podem ser vistas em várias direções. Irmãos cujos apetites já estão
satisfeitos continuam fumando durante o restante do banquete, e sua flagrante desobediência a
todas as normas de cortesia aceita freqüentemente passam irrestritamente por aqueles mesmos
‘guardiões da etiqueta’ que erguem suas mãos com escrupuloso horror ante a visão de uma
espiral de fumaça de tabaco durante o consumo do sorvete a menos que o brinde de lealdade
tenha sido feito antes.
O maior corpo do Craft é reconhecidamente leal aos desejos expressos por estas normas.
Incerteza e confusão seriam banidas com uma orientação direta vinda num dos conhecidos
comunicados trimestrais do qual todas autoridades Maçônicas emanam. Na ausência de
qualquer orientação, o senso comum e a cortesia ordinária determinam que o brinde à
‘Rainha’ está inteiramente fora de lugar até que a Prece tenha sido oferecida.

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CAPÍTULO XXX

OS MAÇÔNICOS “NÃO” 1
NÃO use seu Colar e Jóia de Mestre, se for o Mestre de sua Loja, quando estiver em visita a
uma outra Loja. Uma tal prática é contrária às Constituições.
NÃO seja displicente com seus Sns. Lembre-se que todos os Es, Ns, e Ps, são Sns próprios e
verdadeiros para por meio deles se reconhecer um Maçom. Lembre-se, também, que
todos os Sns Maçônicos devem ser dados silenciosamente .
NÃO faça qualquer ‘menção’ de um movimento preliminar ao fazer o Sn P de um Aprendiz.
A m.d. deve ser levada diretamente à posição com o p.e.n.f.d.u.E.d.l.e.d.p.
NÃO esqueça a diferença entre o Sn de R e o Sn de F. No último o p. está estendido
formando um E e o Sn é desenhado. No anterior o p. não está estendido formando
um E. e o Sn é baixado.
NÃO esqueça de que ao descarregar o Sn P de qualquer Grau a mão deve ser mantida aberta.
NÃO esqueça de ‘recuperar’ o Sn P do Terceiro Grau. Há apenas uma exceção para esta
regra.
NÃO esqueça de dar o P antes de qualquer Sn, com a única exceção do Sn de R. Em
realidade este não é um Sn Maçônico. Será possivelmente mais acuradamente
descrito como a atitude de R.
NÃO proponha um Candidato para Iniciação a menos que esteja absolutamente certo de que
ele é o homem certo, não apenas para a Franco-Maçonaria, mas também para membro
de sua Loja em particular. Será prudente adotar como norma rígida nunca propor um
Candidato a menos que ele seja um amigo íntimo cujo caráter lhe seja muito bem
conhecido.
NÃO se deve permitir, quando se é Mestre, qualquer recesso noutra sala durante a Cerimônia
de Instalação com o propósito de permitir aos membros da Junta de M.Is. tomarem
parte do refreshment. Recentemente em Março de 1926 a prática foi definitivamente
condenada pelo Board of General Purposes como irregular e uma contravenção das
tarefas passadas para a Casa da Secretaria em 1902 pelo Grande Registrador que, as
autoridades Maçônicas condenam a prática de consumir qualquer líquido intoxicante
em Loja, ou em locais diretamente associados com a Loja, com relação à Cerimônia
de Instalação. É lamentável que algumas Lojas bem conduzidas continuem
flagrantemente a violar esta norma.
NÃO permita que o Comitê de sua Loja seja nomeado como ‘Board de Propostas Gerais’ se
tiver alguma influência para evita-lo. O Livro das Constituições limita o uso do título
de ‘Board’ a certos corpos ali especificados. ‘Comitê Permanente’ ou ‘Comitê da
Loja’ são as descrições que devem ser usadas por estes corpos em Lojas Privadas.
NÃO emoldure o Certificado da Grande Loja e exiba-o publicamente no seu ambiente

1
N.T.: — Algumas das regras de etiqueta deste capítulo, talvez não sejam aplicáveis fora dos Domínios da
Grande Loja Unida da Inglaterra, já que algumas delas são dependentes das Constituições. Neste sentido,
convém que se verifique antes da sua aplicabilidade em relação à Constituição da Potência Maçônica local.

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profissional, nem em seu escritório pessoal. Uma tal prática pode apenas ser
interpretada como uma tentativa de vincular a Franco-Maçonaria a vantagens
comerciais, e isto é enfaticamente deplorado pelas autoridades Maçônicas.
NÃO converse com o companheiro ao seu lado durante o progresso de uma Cerimônia em
Loja. O menor murmúrio por vezes produz muito mais descontrole do que o
murmurador imagina. Lembre-se de que o Mestre está concentrado em sua tarefa, e
pode estar nervoso; a menor interrupção pode arremessa-lo fora de seu caminho.
NÃO, em tempo algum zombe, ou mesmo sorria, se houver uma falha engraçada no trabalho
durante uma Cerimônia. Temos ouvido e visto por vezes alguns acontecimentos
engraçados, porém qualquer sugestão de riso pode destruir totalmente aquelas solenes
impressões que devem ser criadas na mente do Candidato.
NÃO se espreguice e esparrame em seu assento em Loja mesmo se acontecer de se sentir
cansado e, quiçá, um tanto entediado. Talvez já tenha ouvido tudo uma centena de
vezes, mas para o Candidato é a primeira vez; seu interesse será indubitavelmente
estimulado se os Irmãos estiverem interessados.
NÃO tenha também muita urgência em se filiar a outras Lojas, ou entrar nos Graus
‘Paralelos’. Pare para considerar o aspecto financeiro. Lembre que a despesa
Maçônica deve sempre ser ‘sem prejuízo próprio’, etc.
NÃO hesite em entrar para a Ordem do Sagrado Arco Real. Este não é um Grau ‘Paralelo’,
ele é parte da ‘pura Maçonaria Antiga’. (Ver Regulamento 1, Livro das
Constituições)
NÃO fale dos Oficiais do London Rank como ‘London Rankers’. Isto é descortês e ofensivo.
NÃO, compareça a uma Reunião de Instalação sem estar Trajando seus Paramentos, se for um
Oficial Graduado de Londres ou Provincial ou Distrital.
NÃO torne o trabalho do Tesoureiro ou do Secretário ainda mais pesado não respondendo
prontamente às suas comunicações.
NÃO esqueça que o Cobridor é um ‘Irmão’. Um aperto de mão e palavras simpáticas ao
cumprimenta-lo podem significar muito para ele.
NÃO se imagine inferior em sua organização Maçônica em relação àqueles que ocupam uma
posição social mais alta que a sua.
NÃO se porte de modo distante em sua organização Maçônica com aqueles cuja posição
social é menor do que sua. Nos encontramos no esquadro, e nos separamos no nível.
NÃO use enfeites Maçônicos em seu relógio de bolso, ou como uma outra forma qualquer de
adorno. Isto simplesmente ‘não se faz’.
NÃO seja indulgente com o comportamento ruidoso no banquete. Não se costuma gritar de
um lado a outro numa sala em um jantar privado. Então, por que faze-lo em um jantar
Maçônico?
NÃO converse ou movimente-se pela sala de jantar enquanto um artista estiver se
apresentando. O entretenimento musical pode por vezes não ser de boa qualidade, e
muitos de nós poderíamos desejar que fosse dispensado; mas, quando um tal
entretenimento é provido, a cortesia comum exige que aos artistas deva ser concedidos
silêncio e absoluta atenção de sua audiência.
NÃO se dirija ao Mestre como ‘Venerável Sir’ quer no Labor quer no Refreshment; ele deve
sempre ser ‘Venerável Mestre’. E NUNCA, jamais seja irresponsável se dirigindo ao

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Mestre como ‘V.M.’. Abreviações tais como ‘V.M.’, ‘1ºVig’, etc., são permitidas nos
impressos, porém a nenhum Oficial se deve dirigir oralmente por um título abreviado.
NUNCA faça (ou encoraje) anedotas questionáveis na atmosfera Maçônica. (Em 12 de
Junho de 1933, o M.W. Grão Mestre, em resposta a uma sugestão que lhe foi enviada
pelo M.W. Pro G.M., concedeu autorização para que os ternos claros fossem usados
em lugar do Traje Noturno nas assembléias Maçônicas, ficando o tema a critério dos
Grãos Mestres Provinciais e Distritais e Mestres de Lojas. Um terno preto, portanto,
não é mais obrigatório).
NÃO esqueça que ‘Traje Diurno’ significa Traje Diurno, não um Traje de Passeio claro.
Mesmo os Irmãos que mais conhecem algumas vezes erram com relação a isto.
NÃO se torne um Maçom ‘de garfo e faca’; será muito melhor sair da Ordem.
NÃO critique o Preceptor de sua Loja de Instrução mesmo podendo considera-lo muito
autocrático, ou talvez incompetente. Lembre-se de que ele está fazendo o seu melhor
e que está dando seu tempo atender e auxiliar seus Irmãos.
Se for um exímio ritualista, NÃO seja excessivamente rápido em condenar o Irmão que não o
seja. Lembre de que nem todos nós podemos ser ‘estrelas’.
NÃO condene qualquer prática como errada porque ela ocorre de modo diverso do costume
de sua própria Loja, ou porque difere daquilo que foi aprendido em sua Loja de
Instrução. Lembre-se de que o seu costume pode ser o errado.
NÃO imagine que a perfeição de palavras do Ritual é o Alfa e o Omega em Franco-
Maçonaria. É importante, mas há outros temas muito mais importantes.
NÃO pense que fez algo extraordinariamente brilhante se conseguiu ganhar a caixa de
fósforos de prata na Emulation Lodge of Improvement. Isto simplesmente significa
que tens boa memória — e que tens tido alguma sorte.
NÃO esqueça o primeiro dos Três Grandes Princípios sobre os quais nossa Ordem está
fundada. Mantenha aquele Princípio sempre em mente e ‘Proveito e Prazer’ será o
resultado.

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Tradução Luiz Carlos de Mello Membro da A.R.L.S. Libertador Gal. San Martin Nº 3296

APÊNDICE
CARTA do V.W. Bro. Sir EDWARD
LETCHWORTH, GRANDE SECRETÁRIO 1892 A 1917.

UNITED GRAND LODGE OF ENGLAND,


FREEMASONS’ HALL,
GREAT QUEEN STREET, LONDON, W.C.,
Novembro 22, 1912.

CARO SIR E IRMÃO, —


Recebi sua carta datada de 20 deste mês, e estou satisfeito em descobrir que uma
correta execução do Ritual é assunto de atenção dos membros de vossa Loja.
Enquanto é verdade que nenhum edito tenha nalgum momento sido emitido pela
Grande Loja tanto quanto qualquer forma particular de trabalho sido aceita, nem tão pouco é
considerado compulsório que as Lojas devam se conformar ao que é determinado pelo sistema
de ritual de “Emulação”, por outro lado é um fato histórico que a Grande Loja em 1816
definitivamente adotou e deu sua aprovação ao sistema de trabalho a ela submetido pela
Lodge of Reconciliation, e também é um fato que este é o sistema no qual a Emulation Lodge
of Improvement foi fundada em 1823 para ensinar, e que é ensinado por aquela Loja até hoje.
O falecido Ir. Thomas Fenn, que foi considerado o maior e mais hábil expoente do
Ritual Maçônico de seus dias, sempre sustentou a opinião de que o trabalho de “Emulação”
foi autorizado, e aquela opinião é sustentada pelo Ir. Sudlow, seu sucessor no ensino daquele
sistema. Certamente nenhum outro sistema de ritual recebeu em qualquer tempo a aprovação
oficial da Grande Loja.

Fraternalmente.
E. LETCHWORTH, G.S.

W. Bro. W. P. CAMPBELL-EVERDEN, L.R.,


Lodge No.19, London.

FIM

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