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Ritos e Rituais  

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O GRAU 17 DO RITO ESCOCÊS "


ANTIGO E ACEITO – “CAVALEIRO
DO ORIENTE E DO OCIDENTE” NOVOS ARTIGOS
! 24/11/2020

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DICIONÁRIO DE
MAÇONARIA – LETRA F
! 20/09/2022

COMUNICAÇÃO DO GRÃO-
MESTRE DA GLLP /
GLRP – EQUINÓCIO DE
OUTONO – 2022
! 19/09/2022

Avental do Grau 17 do Rito Escocês Antigo e Aceito


A

Índice 
VERDADEIRA RAZÃO PELA
História do Grau 17 QUAL OS CATÓLICOS NÃO
SER MAÇONS
A Mitologia do Grau PODEM
Tema do Grau ! 19/09/2022

Símbolos e Alegorias do Grau


OS

HISTÓRIA DO GRAU 17
Algumas versões mais antigas deste Grau, que aparecem por EMBLEMAS DO SOBERANO
volta de 1760, trazem o nome de “Cavaleiro do Ocidente”, CAPÍTULO DE CAVALEIROS
ROSA-CRUZ DO GOLU…
como por exemplo, o Ritual do Marquês de Gage, datado de
! 18/09/2022
1763. A primeira versão com o título “Cavaleiro do
Oriente e do Ocidente” é de 1762 e se encontra na
A
Biblioteca Nacional da França. Apesar da diferença do título
do Grau, o ritual é essencialmente o mesmo.

O Grau 17 aparece no Manuscrito Francken (uma fonte CHAVE NO RITO DE YORK


primária do Rito de Heredom
Heredom) como um ritual autónomo BRITÂNICO

com um fundo cavalheiresco, retirando algumas passagens do ! 17/09/2022

livro bíblico do Apocalipse.

A influência das Cruzadas devia fazer-se sentir, não só entre


os artífices mas ainda entre os nobres que também
conheceram na Palestina, formas de associações novas e, uma
GRAU 14 – PERFEITO E
vez de volta a Europa constituíram Ordens, semelhantes às do SUBLIME MAÇOM (REAA)
Oriente, nas quais admitiram logo outros iniciados. É assim ! 16/09/2022
que em 1196, se fundou na Escócia a “Ordem dos Cavaleiros
do Oriente“, cujos membros tinham como ornamento uma
cruz entrelaçada por quatro rosas.

Esta Ordem foi trazida da Terra Santa no ano de 1188 da Era


Cristã, da qual o rei Eduardo I da Inglaterra, (1239-1307), veio REVISTA “RETALES DE
MASONERIA” – EDIÇÃO DE
a fazer parte dela. Um século após a fundação da Ordem dos
SETEMBRO DE 2022
Cavaleiros do Oriente, ou seja pelo ano de 1300, em seguida a
! 15/09/2022
última Cruzada em que também tomara parte o rei de uma
Ordem estabelecida no Monte Mória, na Palestina (lugar
escolhido por Salomão para a construção do seu Templo),
fundaram um Capítulo desta mesma Ordem, fixando-lhe a
sede dos Hébridas, e mais tarde em Kilwinning, denominando
ORAÇÃO DE UM MESTRE A
essa Ordem de “Ordem de Heredom” (lembramos que a OUTROS MESTRES
palavra “Heredom” e composta de “hieros”- santo e “domos”- ! 15/09/2022

casa, portanto Casa Santa ou Templo).

Alguns anos mais tarde, no começo do século XIV, o papa


Clemente V e o rei da França
França, Felipe o Belo, iniciaram
a sua nefasta obra de perseguição contra os
ARTIGOS PUBLICADOS –
Templários.
AGOSTO DE 2022
! 14/09/2022
Para se compreender o papel que a Ordem do Templo
desempenhou na Maçonaria Escocesa é necessário resumir a
sua história.

A Ordem do Templo foi fundada após a primeira Cruzada, por


Godofredo de Bouillon, Hugues de Payens e Godofredo de USANDO UM ISCO ERRADO
Saint-Omar, com o fito de proteger os peregrinos que de ! 14/09/2022
Jerusalém se dirigiam ao lago de Tiberíade.

Associados em 1118, a outras sete Cavaleiros, os Templários


RECEBA OS NOVOS
fizeram o seu quartel numa casa vizinha ao terreno do Templo ARTIGOS POR EMAIL
de Jerusalém. Dez anos mais tarde receberam do papa, os
estatutos que os constituíram em Ordem, ao mesmo tempo
Religiosa e Militar. Nome *

Em breve esta Ordem tomou um desenvolvimento


considerável, que no século XII, possuía nove mil residências Localidade
na Europa. No século XIV, contava com mais de vinte mil
membros. Apesar do seu poder e da sua riqueza, o mistério
que os Templários cercavam as reuniões do seu Capítulo e das Email *
suas iniciações , prestava-se às acusações de impiedade e de
crueldade que o vulgo em todos os tempos proferiu contra as
associações secretas. (*) - Obrigatório
Mantemos os seus
Consciente de uma impopularidade crescente o Grão-Mestre dados privados e
não os partilhamos
Jacques de Molay pediu ao papa Clemente V, em 1306, a
com ninguém. Pode
abertura de um inquérito, mas este contentou-se com consultá-los e/ou
convidar Molay a ir a Avignon, em França, onde, por força de apagá-los em
circunstâncias adversas estava, provisoriamente instalado o qualquer momento
papado. que deseje.
:
Por outro lado o rei de França tinha mais do que Subscrever
nunca necessidade de dinheiro, e para resolver esta
dificuldade valia-se dos Templários que lhe
emprestavam elevadas somas. Ora, naquele tempo,
quando alguém se queria desembaraçar de uma dívida, ARTIGOS MAIS LIDOS
(ÚLTIMOS 30 DIAS)
o meio mais simples era desembaraçar-se do credor
credor.
Foi por isso que em Setembro de 1307, todos os oficiais do rei
receberam instruções mais que misteriosas, sendo que a 12 As abreviaturas
maçónicas (os
de Setembro do mesmo ano Molay era preso no Templo, ao famosos três pontos
∴)
mesmo tempo que outros membros da Ordem também o
eram, em todos os pontos da França. No mesmo dia todos
foram levados perante inquisidores, que os acusaram dos
mais abomináveis crimes, e como não podiam confessar um Os Três Pontos da
crime que não cometeram, foram levados a tortura. Disse um Maçonaria

deles aos seus juízes: – Fui de tal modo torturado,


atormentado, exposto a força que as carnes dos meus
calcanhares foram consumidas, que os ossos caíram poucos
Os Benefícios de
dias depois. Ser Maçom

O Rei, Felipe o Belo, apressou-se a se apoderar do tesouro da


Ordem, depositado no Templo de Paris. O concílio que deveria
julgar os Templários reuniu-se em Viena, no Delfinado à 13 de O bode na Maçonaria,
uma brincadeira
Outubro de 1311, onde ninguém foi citado para defender-se. americana

Porém diante da resistência do concílio em julgar tal


iniquidade, o papa, Clemente V, cassou a autoridade da
Ordem do Templo em 12 de Abril de 1312, quando os
concílios de Ravena, Salamanca e Moguncia tinham Sois Maçom?
absolvido os Templários, sendo estes levados à sua
presença.

A supressão da Ordem dos Templários teve o seu Estar entre Colunas


– O que isto
epílogo em 1313. O papa reservara para si o julgamento do significa?
Grão-Mestre e dos dignitários presos à sete anos, nas
masmorras de Felipe o Belo. A 18 de Março de 1313 todos se
retractaram e na noite daquele mesmo dia todos pereceram
nas fogueiras, que com antecedência tinham sido preparadas. A Estrela Flamejante
Prevaleceu a força e o interesse sobre a justiça.
:
É muito provável que os sobreviventes da Ordem dos
Perguntas da Esposa
Templários, anatematizados pela igreja, tenham então / Companheira /
Namorada do
procurado agrupar-se de novo noutras associações, candidato
em especial a Ordem Cavalheiresca de Heredom, ou
ao Grande Capítulo de Kilwinning
Kilwinning. Entretanto desde que
começaram as perseguições na França, vários templários Tubalcaim e o seu
escaparam, fugindo para a Escócia, e alistaram-se sob a significado para a
Maçonaria
bandeira do Rei Roberto I, que criou a 24 de Junho de 1334, a
“Ordem do Cardo”, em favor dos maçons e dos Templários que
tinham contribuído para o sucesso das suas armas em A verdadeira razão
pela qual os
BannockBum, na qual as recepções eram semelhantes às da Católicos não podem
ser Maçons
Ordem do Templo.

Parece pois que, o rei da Inglaterra quis recompensar


os Templários, restabelecendo a sua Ordem, com as ARTIGOS POR
suas formas, mas com outra designação. Há outro facto CATEGORIA
mais importante ainda, um ano depois, Roberto I, fez a fusão
da Ordem do Cardo com a Ordem de Heredom e elevou a Loja Seleccionar categoria
Mãe de Kilwinning a categoria de Loja Real e, estabeleceu
junto a ela o Grande Capítulo da Ordem Real de Heredom de
Kilwinning e dos Cavaleiros Rosa-Cruz. Este nome de TODOS OS ARTIGOS
(CRONOLÓGICO)
Cavaleiro Rosa Cruz aparece aqui pela primeira vez, no século
XVI (antes, portanto, dos “Manifestos Rosacruzes” na Europa)
fazendo, tudo supor, que não é senão outra designação da
Ordem dos Cavaleiros do Oriente, cujo emblema era uma cruz
enlaçada por quatro rosas.

Estes factos históricos são de importância capital para


o Escocismo e pedem mais atenção para o assunto. VISITE-NOS NAS
Verificamos em primeiro lugar, que nos séculos XII e XIII, a
REDES SOCIAIS
Maçonaria Operativa viu abrigarem-se nas suas Lojas, Ordens
de Cavalaria que nenhuma relação tinham com aquela
associação de ofício, e cujas iniciações, praticas, cerimónias e
graus eram diferentes dos seus. Algumas dessas Ordens,
refugiavam-se na nova Ordem estabelecida pelo rei Roberto I,
por si próprias, outras pelo beneplácito dos reis da Inglaterra,
que acumulavam dos mesmos favores, à maçons e cavaleiros,
:
em recompensa aos serviços prestados à coroa, e agrupava-os
numa fraternidade, sobre a qual se podiam apoiar, em caso de
necessidade.

Uma outra constatação importante para o Escocismo, é que


os Templários, desde 1307, penetravam nas Lojas da Escócia,
que estavam sob a égide da Ordem do Cardo, levando não
obstante as cerimónias Templárias e seus graus. Estes graus
junto aos outros da Ordem da Cavalaria eram conferidos pelo
Grande Capítulo Real de Heredom de Kilwinning, e formavam
o sistema escocês, conhecido pelo nome de Rito de Heredom
ou de Perfeição.

Pode-se assim explicar como, após a suspensão da Ordem do


Templo, certas Ordens de Cavalaria, que tinham mantido a
sua influência sobre a maçonaria operativa da Escócia,
acharem o meio de desenvolverem o cerimonial das iniciações
dos pedreiros, num ritual completo e susceptível de incutir
nos seus iniciados mais do que a simples comunicação dos
segredos da arte de construir.

É também por esta época, ou seja mais de


quatrocentos anos antes da constituição da Grande
Loja da Inglaterra, que se viu nascer na Escócia o
nome de Maçom Adoptado, pelo qual entenderam os
membros das Lojas que não pertenciam a profissão de
pedreiros. Insistamos em que esta fusão da Maçonaria
operativa com as Ordens da Cavalaria, se operou
somente na Escócia, mas não na Inglaterra
Inglaterra. Isto explica
portanto, a origem escocesa dos graus, outros, que não eram
conferidos pela corporação dos pedreiros de outros países –
aprendiz, companheiro e mestre.

Enfim, realcemos o papel político das Ordens da Cavalaria e


das Lojas da Escócia, inteiramente devotados ao rei da
Inglaterra, compreenderemos então a fidelidade que a
Maçonaria Escocesa defendia a causa dos destronados.
:
Para terminar esta parte deste trabalho, é interessante notar
quais os graus que a Loja Real de Kilwinning e o seu Grande
Capítulo de Heredom conferiam desde o seu
estabelecimento. A própria Loja trabalhava com os graus da
Maçonaria operativa, ou sejam Aprendiz, Companheiro e
Mestre de ofício, mas convém notar que o Grau de Mestre
não existia naquela época em que os mestres não eram senão
os dirigentes das Oficinas, isto é das construções, cada qual na
sua profissão.

Os demais graus inspirados pelos Rosa-Cruz, foram criados no


começo do século XVIII, quando o Capítulo de Heredom,
conferia aos membros da Ordem dos Cavaleiros do Oriente
ou Ordem dos Cavaleiros Rosa-Cruz, e a Ordem do Cardo, ou
do Templo, todos os graus dessas duas Ordens.

Depois de ter assim, brevemente resumido as tradições da


confraria dos pedreiros e estabelecido, em consequência de
circunstâncias, as Ordens da Cavalaria a elas se ligaram.

Convém deter-nos um instante na Ordem da Rosa-Cruz, que


exerceu uma influência preponderante na transformação da
Maçonaria Operativa na sua forma Simbólica, como a
conhecemos hoje. Poucos historiadores se ocuparam da real
origem da Rosa-Cruz, que entretanto desempenhou papel
considerável nos séculos XVI e XVII. O motivo dessa
abstenção, se explica pela ausência da necessária
documentação história que os Rosa-Cruz não se preocuparam
em guardar, pois viveram espalhados pelo mundo, conhecido
então, reunindo-se uma vez por ano para transmitir, uns aos
outros, os conhecimentos adquiridos, porem estes
conhecimentos sempre foram transmitidos verbalmente.

A Conferência Internacional dos Cavaleiros Rosa-Cruz,


realizada em Bruxelas em 1880, felizmente lançou uma nova
luz sobre a história dessa Ordem.

A princípio a conjuração dos Rosa-Cruz, não foi mais do que


:
uma afirmação da liberdade de pensar. Uma obra de
apaziguamento e de tolerância. O que os Templários tinham
querido fazer no seio da Igreja Romana, os Rosa-Cruz
também tentaram realizar, porém ficando cautelosamente
fora de qualquer afirmação confessional.

Passados quase quinhentos anos, desde que os Templários


remanescentes do massacre ordenado por Clemente V,
estabeleceram-se na Escócia, durante os quais o Escocismo se
consolidou e se espalhou pela Europa, é que vamos encontrar
nos novos registros das mudanças estabelecidas no
Escocismo, tal qual o conhecemos hoje. É conveniente
lembrar, que o poder directivo da Ordem não mais estava na
Escócia nem na França, mas sim na Prússia, onde Frederico II,
seu rei, tinha efectivado profundas modificações no
Escocismo, fazendo vigorar a primeira Constituição,
Regulamentos e Leis normalizando o Escocismo. Uma destas
mudanças foi a de dar ao Escocismo os actuais trinta e três
graus, pois até então somente tinha vinte e cinco.

As grandes Constituições de 1786 não chegaram a realizar


imediatamente o fim a que se tinham proposto, e é fácil
determinar a causa. Três meses depois de serem publicadas
em 17 de Agosto de 1786, Frederico II, seu autor, morreu.
Todos que, com Frederico II, compuseram o primeiro
Conselho da Ordem, reestruturada, foram obrigados a se
dispersar, premidos pelo novo rei Frederico Guilherme II, que
só queria a Ordem Rosa-Cruz e passou a não tolerar outra
forma de Maçonaria.

Deste modo a reforma foi levada para a França, por um dos


colaboradores de Frederico II, o conde D’Esterno, embaixador
da França em Berlim, e um dos signatários das Grandes
Constituições. D’Esterno, tentou introduzir, desde o seu
regresso, o Rito Escocês Antigo e Aceito no seu país,
fundando para isso um Supremo Conselho, em Paris, em cuja
presidência ficou o duque de Orleans e do qual tomaram
:
parte Chaítlon de Joinville, o Conde de Clermont-Tonnerre e
o Marquês de Bercy. Este Supremo Conselho teve vida
efémera, sendo obrigado a desaparecer pelas circunstâncias
revolucionárias que se estabeleceram na Franca.

Há um facto curioso a ser registado. O Escocismo, tinha sido


fundado na Europa, onde adormeceu, e voltou a funcionar
mais tarde, voltando da América de uma forma mais vigorosa
e mais envolvente, pelas seguintes razões.

A 27 de Agosto de 1761, o Conselho dos Imperadores


do Oriente e do Ocidente tinha entregue ao Irmão
Estevão Morin cujos negócios o chamavam à América,
uma Patente de Grão-Mestre Inspector, autorizando-o
a “Trabalhar regularmente pelo próprio proveito e
adiantamento da Arte Real e constituir Irmãos nos
Sublimes Graus de Perfeição”. Morin, saindo de Paris,
chegou a São Domingos onde instalou o seu gabinete,
espécie de Grande Oriente para os Altos Graus no

Novo Mundo
Mundo. Em 1770, fundou o Conselho dos
Príncipes do Real Segredo de Kingston, na Jamaica,
criou muitos Inspectores Gerais, entre eles, Francken,
De Grasse-Tilly, De la Hogue e Hacquest.

Ora, estes Maçons da América, pertenciam ao Rito de


Perfeição, mantinham assíduas relações com o Grande
Consistório de Bordeaux. Mas, como já foi dito este adormece
em 1781. Desde então os novos Corpos de São Domingos e da
Jamaica passam a manter relações com Berlim até a morte de
Frederico II, que era tido como o Grão- Mestre Universal. É
provável entretanto que não podendo mais usarem-se de
Actos Constitucionais emanados de uma autoridade
desaparecida, aqueles maçons se dirigiram a Berlim tendo em
vista agruparem-se sob outro sistema, e ligaram-se em
definitivo ao Rito constituído pelas Grandes Constituições.

A 29 de Novembro de 1785, Salomão Bush, Grão-


:
Mestre de todas as Lojas e Capítulos da América do
Norte, dirige-se a Frederico II na sua qualidade de
chefe supremo da Maçonaria para lhe dar a conhecer a
criação, em presença de uma grande assembleia de
Irmãos, de uma “Sublime Loja” em Philadelphia, que
“se submeteria as Leis e Constituições que a Ordem
deve ao seu Chefe Soberano”, e exprime o desejo de
que a “Grande Luz de Berlim condescenderá em
iluminar a nova Loja“. Não obstante, os maçons da
América trabalham até 1801 com o Rito de Perfeição,
pois até aquela data o mais alto grau conhecido na
América era o de Príncipe do Real Segredo, ou seja o
Grau 25, na escala do Escocismo, antes da reforma
estabelecido por Frederico II, que lhe acrescentou
mais sete graus.

A 31 de Maio do mesmo ano, foi constituída em


Charleston uma nova Potência dirigente que adopta
as Grandes Constituições de 1786 e os trinta e três
Graus nelas estabelecidas. Esta Potência que tomou o
nome de “Supremo Conselho dos Grande Inspectores
Gerais para os Estados Unidos da América“, foi
realmente o primeiro a realizar de modo definitivo o
objectivo das Grandes Constituições de Frederico II,
ou seja, a primeira a praticar o Escocismo como é hoje
conhecido. De Grasse-Tilly, era membro do Supremo
Conselho de Charleston. Em 1802 voltou à Jamaica e fundou
com De La Houge naquela cidade, um Supremo Conselho de
qual foi o Mui Poderoso Soberano Grande Comendador. Em
1803, De Grasse-Tilly regressou à França onde instalou em 22
de Setembro de 1804 um Supremo Conselho em Paris, com
jurisdição internacional.

Assim o Rito Escocês Antigo e Aceito e o Escocismo,


renasciam das suas cinzas no solo francês, de onde não mais
saiu, e achava-se definitivamente constituídos sobre as bases
das Grandes Constituições. Sucessivamente foram fundados
:
outros Supremos Conselhos em muitos países da Europa e na
maior parte dos da América. Estes Supremos Conselhos
formam hoje o Escocismo e o Rito Escocês Antigo e Aceito,
que é o Rito maçónico mais praticado no mundo (@MDD em
1923… hoje pode-se dizer que o rito de Emulação é o mais
praticado no Mundo, mas o REAA ainda é o mais praticado na
América do Sul/Brasil).

O 1° Ritual do Grau 17, propriamente do R.’. E.’. A.’. A.’. (fundado


em 1801 nos E.U.A.), foi aprovado pelo Supremo Conselho da
Jurisdição Sul em 1870 e já comportava algumas
modificações importantes em relação ao seu ascendente do
Rito de Heredom. Nessa versão (1870) o Grau 17 aparece
como um prelúdio para o Grau 18, onde se buscava a palavra
perdida do Mestre.

No ano de 1939 uma alegoria dramática, repleta de pompa e


que necessitava de um largo elenco para sua execução, foi
proposto como substituto para o Ritual do Grau 28 e
aprovado como tentativa do que se tornaria o ritual do Grau
28 de 1940. O autor desse ritual foi o Irmão Harry K. Eversull,
32°, um clérigo e presidente do Colégio Marietta em Ohio. A
configuração da alegoria era o Templo de Jerusalém
construído pelo Rei Herodes, que teria suplantado o segundo
Templo, construído por Zorobabel no primeiro século da Era
Comum.

A ideia foi bem acolhida pelo Soberano Grande Comandante


Melvin Johnson, entre outros, mas acharam que a alegoria
caberia melhor como sendo do Grau 17, pois poderia ser o
“Grau de Transição” entre o Antigo e o Novo Testamento, ou
seja, o prelúdio para o Grau 18, tendo em vista que o Templo
de Herodes foi o que foi visitado por Jesus que o comparou
com seu próprio corpo (Jo. 2,1922), orou nele e, inclusive,
previu sua destruição, assim como de toda Jerusalém (Lc. 19,
44). Essa mudança foi efectuada em 1942, quando o ritual do
Grau 17, utilizado desde 1870, foi substituído por aquele que
:
foi a tentativa do Ritual do Grau 28.

O ritual novo não foi universalmente aceito. Um estudo


realizado em 1954 revelou que muitos Capítulos nem o
tinham adoptado e nem tinham a intenção de fazê-lo, tendo
em vista as dificuldades apresentadas pelo novo ritual, como
cenário ritualístico e o grande número de Irmãos requeridos
para sua execução. Sendo assim, em 1957, o Supremo
Conselho suspendeu a utilização do ritual aprovado em 1942
e restaurou a utilização da versão de 1870.

Nos EUA, outras reformas se fizeram necessárias e outras


modificações foram e voltaram. Os rituais do Grau 17 foram
revistos em 1989, 1994, 2002 e 2007 (até onde se conhece).

A MITOLOGIA DO GRAU
A mitologia do Grau remete-nos ao ano de 1118, quando os
Cruzados do Ocidente teriam se unido aos Maçons do
Oriente sob a condução de Garimont (outra interpretação da
letra G da Estrela Flamejante), Patriarca de Jerusalém. O
objectivo do Grau seria de velar pela segurança dos
peregrinos.

O ano de 1118 não foi escolhido ao acaso. Neste ano foi


fundada a Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do
Templo de Jerusalém por Hugues de Payns, ou seja, a Ordem
dos Templários.

Um dos rituais franceses utilizados actualmente traz o


seguinte texto:

# “Quando os Cavaleiros do Oriente e os


Príncipes de Jerusalém reuniram-se para
conquistar a Terra Santa, levavam uma cruz
para distinguirem-se, como uma marca dos que
iriam combater sob a mesma bandeira. Ao
mesmo tempo, fizeram um juramento de que
:
derramariam até a última gota de sangue para
restabelecer a verdadeira religião.

A paz tendo sido alcançada, eles não puderam


realizar seu desejo (pelo martírio) e retornaram
a seus países. Sendo assim, resolveram unir a
teoria e a prática e, juntando-se à Ordem de
Malta, que naquele momento era
relativamente ligada à Maçonaria, não
admitiam em suas cerimónias senão quem
tivesse dado provas de sua amizade, zelo e
discrição.

Eles adoptaram o nome de Cavaleiros do


Oriente porque o sentimento que os guiava era
tão grandioso, que embelezava àqueles que o
possuíam e juntaram a este o “e do Ocidente”
para fazer conhecer à posteridade as partes do
mundo onde esta Ordem tinha surgido. Eles
não mudaram nada de sua recepção que
permaneceu a mesma que a de hoje.

Foi em 1118 que os onze primeiros Mestres


Maçons fizeram seus votos entre as mãos de
Garinum, Patriarca e Príncipe de Jerusalém,
mas eles contavam mais de cinco séculos desde
a origem de seu estabelecimento no Ocidente.”

TEMA DO GRAU
Este Grau ensina a necessidade de partir em luta
contra os danos causados pela intolerância, os juízos
temerários, o fanatismo, destruidores da humanidade
assim como contra a ignorância que engendra os erros
e o obscurantismo
obscurantismo. Em resumo, fala da luta contra tudo que
é obstáculo para o surgimento de uma consciência clara e
luminosa.
:
SÍMBOLOS E ALEGORIAS DO GRAU
O Peregrino
Peregrino: Vestidos como peregrinos, os Príncipes de
Jerusalém ingressam na Câmara. O peregrino simboliza o
estado do homem sobre a Terra, o qual cumpre seu tempo de
provações rumo a um estado superior. O termo designa
alguém que se sente estrangeiro no meio em que vive. Sendo
o mundo profano cercado pelas trevas da ignorância, da
superstição, do fanatismo, o maçom virtuoso é sempre um
“estrangeiro” em meio à escuridão que o cerca. Os príncipes,
que poderiam estar vestidos com o luxo e a distinção de sua
condição de nobres, são revestidos com as pobres vestes do
peregrino. O término da viagem, um objectivo superior, é sua
recompensa.

Os Essénios e o lago Méris: O Essenismo é transcrito pela


primeira vez por Fílon e Flávio Josefo, onde citavam uma
ordem que havia se afastado do judaísmo tradicional por
motivos desconhecidos, pois seus costumes se diferenciam
em determinados pontos.

Dos hábitos comuns do grupo, pode-se dizer que se


alimentavam basicamente de frutas e legumes (eram
vegetarianos) e que banhavam-se em águas como forma de
ritual para a purificação espiritual. As toalhas submersas em
água do nosso Ritual do Grau 17 são referência a isso.

Durante o domínio da Dinastia Hasmonéa (140 – 37 a.E.C.), os


essénios foram perseguidos. Retiraram-se por isso para áreas
desérticas, vivendo em comunidade e em estrito
cumprimento da Torá de Moisés, bem como do estudo e das
práticas virtuosas descritas nos livros dos Profetas.

Méris é o nome dado pelos antigos escritores gregos a um


grande lago da actual região de El Fayum, no Egipto.
Actualmente, é um lago salgado de tamanho bem reduzido,
chamado de Birket Qarun. O faraó Amenemhat III erigiu perto
:
de Méris um imenso complexo de edifícios e uma grande
Necrópolis.

O lago simboliza o “olho da terra” por onde os habitantes do


mundo subterrâneo podem ver os homens, os animais, as
plantas, etc. Numa analogia, simboliza a revelação de
camadas mais profundas da consciência e o voltar-se
para dentro de si.

O lago de Méris era visto pelos Teólogos do Antigo Egipto


como uma manifestação real e terrestre da Vaca do Céu, um
céu liquido onde o sol se escondera misteriosamente um
afloramento do Oceano Primordial, mãe de todos os deuses,
dando vida aos humanos, a garantia da existência e da
fecundidade.

O Arco-Íris: O arco-íris é símbolo do caminho e


mediação entre a terra e o céu. É a ponte, de que se
servem os deuses e heróis, entre o Outro Mundo e o
nosso. Na Grécia, o arco-íris é Íris, a mensageira rápida dos
deuses. Simboliza também, de modo geral, as relações entre o
céu e a terra, entre os homens e os deuses: é uma linguagem
divina. Na China, a união das cinco cores atribuídas ao arco-
íris é aquela do yin e do yang, o signo da harmonia do universo
e de sua fecundidade.

No contexto do Grau 17, o arco-íris é símbolo da união


de contrários e também a reunião das metades
separadas, a resolução. O arco-íris, ao aparecer por
cima da arca de Noé, reúne as águas inferiores e as
águas superiores, metades do “ovo” do mundo, como
sinal de restauração da ordem cósmica e da gestação
de um ciclo novo. O arco-íris é símbolo anunciador de
felizes acontecimentos ligados à renovação cíclica.

Através de virtudes superiores é possível ligar o homem ao


céu e aos seus Irmãos.
:
A Lua manchada de sangue: A Lua é símbolo de
dependência (do sol, por não ter luz própria) e de
periodicidade e de renovação
renovação. Também é símbolo de
inconstância. Simboliza ainda os ritmos biológicos, o tempo
vivo. É também o primeiro morto. Durante três noites, em
cada mês lunar, ela está como morta, ela desapareceu…
Depois, reaparece e cresce em brilho. Da mesma forma,
considera-se que os mortos adquirem uma nova modalidade
de existência. A Lua é para o homem o símbolo desta
passagem da vida à morte e da morte à vida.

O sangue está relacionado com o simbolismo da vida


vida.
Em diversas escrituras antigas é visto como veículo e princípio
da vida. Simboliza todos os valores solidários com o fogo, o
calor e a vida que tenham relação com o sol. A esses valores
associa-se tudo o que é belo, nobre, generoso, elevado.
Também participa da simbologia geral do vermelho.

No contexto do Grau 17, representa que, enquanto para o


supersticioso a Lua representa anúncios de catástrofes e de
desgraças, para o verdadeiro Iniciado ela é símbolo de
renovação, assim como o sangue derramado pela Verdade não
é motivo de terror, mas sim de nobreza, de beleza, de
generosidade e de elevação.

O heptágono
heptágono: O heptágono está ligado ao simbolismo
do número 7. Sete é a união do ternário e do
quaternário. “ Hepta” quer dizer “sete”, e “ gonia” quer
dizer “ângulo”. O número 7 é símbolo de integridade,
totalidade, de plenitude e perfeição.

A marcha pelo “heptágono” está ligada à abertura dos


sete selos do livro do Apocalipse, que só o Cordeiro
pode abrir (Apocalipse Cap. 5 a 8).

Cada abertura de um dos selos é seguida por um evento ou


uma série de eventos. Apocalipse 6:1:”E, havendo o Cordeiro
aberto um dos selos, olhei, e ouvi um dos quatro animais, que
:
dizia como em voz de trovão: Vem, e vê“. A visão do Livro dos
Sete Selos foi referida por João, em Apocalipse. Quando cada
um dos quatro primeiros selos é aberto, um cavalo e seu
cavaleiro aparecem. Estes são geralmente referidos como
Cavaleiros do Apocalipse.

Na abertura do primeiro selo surge um cavalo branco, que


representa o Anticristo, com sua falsa inocência e paz, que
governa o mundo (Apocalipse 6:2).

Na segunda abertura do livro, surge outro cavalo, desta vez


vermelho, ao qual foi dada a ordem de que tirasse a paz da
terra, e que se matassem uns aos outros (Apocalipse 6:4).

Ao abrir do terceiro selo


selo, João vê um cavalo preto, que
segurando uma balança faz ofertas exorbitantes; o que
significaria a escassez dos produtos e seus preços
exorbitantes. Este cavalo representa a fome, a penúria, as
trocas injustas (Apocalipse 6:4).

Na abertura do quarto selo surge o último dos quatro


cavaleiros, que é a representação da fome, da peste e da
destruição, do qual o que estava assentado sobre ele havia a
palavra Morte, e o Inferno o seguia (Apocalipse 6:7-8).

A abertura do quinto selo é seguida por uma visão


daqueles que foram “mortos por causa da palavra de Deus”
(Apocalipse 6:9).

Quando o sexto selo é aberto


aberto, há um grande terramoto, e
os sinais aparecem no céu. (Apocalipse 6:12,14) Além disso,
144.000 servos de Deus são “selados” nas suas testas, em
Apocalipse 7.

Quando o sétimo e último selo é aberto


aberto, sete anjos com
suas trombetas começam a soar, um por um. Os
acontecimentos do Sétimo Selo são subdivididos pelos
eventos seguintes, ao soar de cada trombeta. Este selo é
aberto em Apocalipse 7, e a sétimo trombeta não soa até
:
Apocalipse 11.

Em resumo:

Primeiro Selo – Conquista mundial, Cavalo branco;


Segundo Selo – Conflito e guerra, Cavalo vermelho;
Terceiro Selo – Fome e escassez, Cavalo preto;
Quarto Selo – Morte, Cavalo Amarelo;
Quinto Selo – Visão do martírio, ou mártires;
Sexto Selo – Perturbações “cósmicas” ou sinais do céu, e a
marcação dos 144 mil;
Sétimo Selo – Soar das sete trombetas dos sete anjos e o
Juízo Final.

Estudiosos bíblicos associam os sete selos com os sete


Espíritos de Deus, e outros termos bíblicos referidos ao
número sete. Os selos podem conter símbolos comumente
interpretados como a morte, a fome, as guerras mundiais, o
martírio, terramotos e o Anticristo. O livro também afirma
que haverá “sete trombetas” anunciando os aspectos do “Fim
dos Tempos”: a humanidade a ser julgada, os mares se
voltando para o sangue, feridas no corpo das pessoas,
epidemias, infertilidade, e a introdução das “sete taças”. Essas
bacias são um terço do mar, a humanidade, a água, a vida
animal, os navios, as culturas, e a terra, todos sendo tragados
por um abismo infinito.

A Balança e as espadas cruzadas: A balança é símbolo do


equilíbrio, da medida, da prudência e da justiça. Associada à
espada, é também a justiça, mas duplicada pela VERDADE. A
espada é, assim como a balança, um símbolo axial e polar, a
arma do centro. As espadas cruzadas são a defesa da justiça e
da verdade, personificadas pelo princípio transcendental
CENTRAL ou AXIAL.

O Arco, as flechas, o crânio, a coroa e o incenso: o Arco,


as flechas, o crânio, a coroa e o incenso fazem parte do
simbolismo do Grau.

Segundo as instruções de um ritual do final do século XIX, eles


:
têm a seguinte significação:

“O arco, as flechas e a coroa significam que a palavra


do Venerável e as decisões da Loja devem ser
executadas com a rapidez do vôo das flechas e com a
submissão que se deve ter diante das testas
coroadas… a caveira simboliza um Irmão exilado de nossas
Lojas…o incenso é aqui figurado para nos lembrar que a
Maçonaria está espalhada por toda a terra e que sua honra é
como o perfume do incenso.”

A flecha identifica-se ao relâmpago. O relâmpago é o


traço de luz que traspassa as trevas da ignorância:
portanto é um símbolo do conhecimento. O arco
significa a tensão de onde brotam nossos desejos. Ou
seja, a vontade que direcciona o conhecimento para
vencer as trevas
trevas.

A coroa, além de símbolo do poder do coroado, é símbolo de


ligação entre o que está em baixo (o coroado) e o que está em
cima (o Princípio Superior, representado pelo Céu).

Dentre diversas possíveis interpretações positivas, a que é


dada no Grau 17 ao crânio é negativa. Simboliza a ausência de
vida espiritual quando o maçom se afasta dos princípios
cultuados nas Lojas.

As cores branca, preta, dourada e vermelha: O branco,


além de figuração de pureza, também representa a entrada no
invisível, na plenitude de novas possibilidades, na transição,
nos aspectos celestiais.

O negro representa a coexistência de contrários que se


fundem, o ponto de partida da Grande Obra, a Nigredo, de
superação dos aspectos sombrios.

O ouro é visto como o metal perfeito, símbolo solar, reflexo da


luz celeste. Figura a nobreza de acção e de pensamento,
conclusão da Grande Obra Alquímica.
:
O vermelho também está ligado com o simbolismo alquímico,
a fase final da Grande Obra, a Rubedo, Obra em Vermelho.
Simboliza a vida, a acção, o sangue derramado em defesa da
Verdade.

M. Chaudiére

FONTES
Estudo e resumo de vários textos

Ritual do 1º Grau do Rito Adonhiramita (1954)


Os Graus Maçónicos no REAA
Os Altos Graus
Os graus na Maçonaria I – Lojas azuis e REAA
Comentários sobre os graus primitivos da maçonaria

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