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RODOVIA: Municipal
TRECHO: Jenipapo de Minas – Entr° LMG-676
EXTENSÃO: 13,61 km
OUTUBRO / 2008
GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
SECRETARIA DE ESTADO DE TRANSPORTES E OBRAS PÚBLICAS
DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM DO ESTADO DE MINAS GERAIS
RODOVIA: Municipal
TRECHO: Jenipapo de Minas – Entr° LMG-676
EXTENSÃO: 13,61 km
OUTUBRO / 2008
ÍNDICE
1 Apresentação ..................................................................................................................... 1
2 Introdução ......................................................................................................................... 3
4 Objetivos ........................................................................................................................... 4
5 Critérios Metodológicos.................................................................................................... 4
6 Empreendimento ............................................................................................................... 4
13 Meio Socioeconômico....................................................................................................... 25
18.4 Monitoramento.................................................................................................................. 39
21 Bibliografia ....................................................................................................................... 50
22 Anexos .............................................................................................................................. 50
1. APRESENTAÇÃO
3. INFORMAÇÕES GERAIS
3.1. EMPREENDEDOR
4. OBJETIVOS
A apresentação deste Plano de Controle Ambiental tem por finalidade, além de atender a legislação
ambiental, propor medidas que visem a minimização e/ou compensação dos impactos negativos e a
otimização dos positivos, advindos da implantação das obras de Melhoramento e Pavimentação do
trecho Jenipapo de Minas – Entrº. LMG 676.
5. CRITÉRIOS METODOLÓGICOS
O PCA foi elaborado baseando-se em informações obtidas por meio do diagnóstico de impactos
relativos ao empreendimento, apresentadas no Relatório de Controle Ambiental – RCA e também,
levantamentos de campo, considerando-se as recomendações presentes no Termo de Referência
estabelecido pelo DER/MG, além das informações constantes do Projeto de Engenharia Rodoviária
elaborado pela empresa Planex S.A.
6. EMPREENDIMENTO
O trecho Jenipapo de Minas – Entrº LMG 676 está localizado na região do vale Médio do
Jequitinhonha, estado de Minas Gerais, pertencendo à bacia do rio Araçuaí, inserida na bacia do
Jequitinhonha. O trecho em estudo inicia-se no perímetro urbano do município de Jenipapo de
Minas e têm o seu final no entroncamento da rodovia LMG-676. O acesso ao município, a partir de
Belo Horizonte, é feito pelas BR-381/116/367 – LMG-676 passando por 678 km de rodovia
pavimentada e 56 km de rodovia não pavimentada.
• Rodovia LMG-676
• Extensão: 13,61 km
Coordenadas Geográficas
As medidas mitigadoras propostas neste projeto tem como objetivo atenuar e até mesmo evitar,
quando possível, os impactos negativos gerados ao meio ambiente quando da implantação das obras
de melhorias e adequações do trecho em questão.
As medidas de controle ambiental incidirão, basicamente, sobre:
• Controle de erosões;
• Recuperação de áreas degradadas e do passivo ambiental;
• Travessias urbanas;
• Emissão de ruídos;
• Emissões atmosféricas;
• Meio biótico; e,
• Meio antrópico.
As medidas mitigadoras deverão ser implementadas e concluídas até a entrega definitiva da obra,
prevendo-se inclusive as condições de operação da via.
A medida mitigadora mais eficaz para evitar a formação e desenvolvimento de processos de erosão,
tem um caráter essencialmente preventivo, e baseiam-se no entendimento da fenomenologia dos
processos, quais sejam:
• Durante as atividades de terraplenagem, as áreas em operação deverão ser contempladas com
sistemas de drenagem específicos e temporários (terraços, leiras, barreira de contenção de
sólidos, caixas de retenção/infiltração e caixas de contenção de sedimentos), conforme a
necessidade de cada caso, de forma a evitar o carreamento de partículas sólidas para os cursos
d’água;
• Implantação de sistemas de drenagem definitiva como canaletas e valetas na crista e base dos
taludes, escadas hidráulicas, rápidos de descida d’água e dissipadores de energia hídrica, para
atenuar a velocidade das águas nos taludes e nas praças de trabalho;
• O solo orgânico proveniente da limpeza dos terrenos deverá ser estocado em locais adjacentes à
obra para que sejam utilizados na recomposição vegetal de bota-foras, empréstimos, recuperação
das jazidas e do canteiro-de-obras;
• O material lenhoso deverá ter aproveitamento e destinação adequada, seja na própria obra, seja
como fonte de energia;
• A massa verde, juntamente com ao material lenhoso não usado na forma estabelecida acima e
picado em cavacos, será misturado com o solo orgânico e estocado para compor o “mulching”
(camada de solo enriquecida);
• Em hipótese alguma esses materiais serão lançados em rios, baixadas ou reservatórios, sendo
também vedada a eliminação destes materiais pelo fogo;
• As frentes de desmatamento e limpeza de terreno devem ser programadas fora do período de
chuvas e evitar ao máximo a permanência de solo exposto, o qual poderá gerar processos
erosivos superficiais e carreamento de materiais para o sistema de drenagem e cursos d’águas
superficiais, causando assoreamento;
• Proteção vegetal superficial (grama em placa, grama fixada com estolões ou hidrossemeadura) a
ser realizada imediatamente após a execução das obras de terra.
7.1.3. Drenagem
Para evitar que ocorram processos erosivos nas saídas de água de drenagem, serão executados
enrocamentos com pedra de mão, cujo diâmetro máximo será aproximadamente 15 cm, conforme
projeto executivo do DER. Será feita a escavação do terreno na extremidade de jusante do
dispositivo onde o fluxo deverá ter sua energia dissipada. A área escavada será compactada e as
pedras de mão serão arrumadas de forma a minimizar os espaços vazios. Este procedimento pode
ser visto na figura abaixo:
Figura 1: Dissipadores de energia nas saídas dos sistemas de drenagem
O trânsito de equipamentos e veículos de serviço fora das áreas de trabalho deve ser evitado tanto
quanto possível, principalmente onde houver área com relevante interesse paisagístico ou ecológico.
Todo o material excedente ou sobras devem ser removidos das proximidades dos dispositivos e
depositados em bota-fora, em local apropriado.
Bota fora é a denominação dada à destinação do material escavado, principalmente de corte, e não
utilizado nos aterros a serem executados, seja por razões de ordem tecnológicas do material, ou por
razões econômicas.
A utilização de áreas para a disposição de material excedente deve sempre prever uma seleção
privilegiando aquelas que já se encontram degradadas.
A implantação de bota-fora poderá se constituir, inclusive, como parte de uma atividade / plano de
recuperação dessas áreas.
Os materiais excedentes serão representados por solos diversos e material rochoso, provenientes das
escavações obrigatórias, materiais excedentes de corte, de solos moles, de limpeza e/ou resíduos
florestais, e de entulho (remoção de demolições).
Estes materiais excedentes constituem-se basicamente de materiais inertes, sem potencial de
poluição, considerados como classe 3, conforme classificação quanto à periculosidade proposta pela
ABNT na norma NBR – 10.004/04-resíduos sólidos. Os locais selecionados e utilizados para o
bota-fora deverão estar voltados preferencialmente às condições e forma de disposição destes
materiais para se evitar as conseqüências de uma disposição inadequada, que possa contribuir para a
degradação da área, com o comprometimento do seu destino e uso final.
Cuidados devem ser tomados quanto à vigilância destas áreas, para se evitar o lançamento não
autorizado por parte de terceiros de materiais não inertes (por exemplo, resíduos domiciliares), que
podem contribuir para transformar estes locais em “lixões”, comprometendo não apenas a qualidade
dos solos, águas subterrâneas, e águas superficiais, mais o comportamento geotécnico do corpo do
bota fora.
A execução de bota-foras deverá ter uma disposição adequada, bem conformados e compactados,
para evitar erosões e assoreamentos da rede de drenagem, que perde a capacidade de vazão, reduz o
potencial do uso de várzeas assoreadas, mata a vegetação existente, suja os mananciais e, até
impede a sobrevivência de espécies aquáticas, ao mesmo tempo em que podem criar condições de
vetores indesejáveis.
Deverão ser evitadas áreas próximas às nascentes com o objetivo de se minimizar os efeitos de
assoreamento. Esses aterros serão compactados e cobertos com a manta de solo orgânico
armazenada anteriormente. O solo orgânico será escarificado e receberá o revestimento vegetal por
hidrossemeadura.
Os empréstimos são escavações destinadas a prover ou complementar o volume necessário à
construção dos aterros, seja por insuficiência do volume dos cortes, seja por motivo de ordem
tecnológica de seleção de materiais, ou razões de ordem econômica.
Neste item são apresentadas as diretrizes e recomendações de caráter geral, visando orientar o
processo de utilização das áreas de empréstimo selecionadas, de forma a respeitar as condições
ambientais existentes e permitir a sua recuperação e reintegração à paisagem.
A remoção da cobertura vegetal e dos horizontes superficiais de solo, em quaisquer circunstâncias
deve ser realizada obedecendo às restrições legais e adotando sempre práticas conservacionistas e
medidas preventivas e corretivas que impeçam a formação de processos erosivos. Essas medidas
devem prever a implantação de sistemas de drenagem superficial, visando disciplinar o escoamento
das águas superficiais, e a proteção das superfícies expostas dos taludes, através de revegetação,
privilegiando sempre o uso de espécies nativas.
A implantação do sistema de drenagem superficial e dispositivo hidráulicos para escoamento das
águas superficiais deve incluir também a instalação de dissipadores, caixas de amortecimento e
decantação, de forma a evitar o início de processos erosivos. As caixas de decantação junto aos
sistemas de drenagem superficiais das obras têm um caráter preventivo quanto ao assoreamento ao
reter os sólidos transportados e impedir ou reduzir seu aporte nas drenagens naturais.
Através do controle das causas de formação e desenvolvimento dos processos erosivos se eliminam
as principais fontes fornecedoras de sólidos para as drenagens e cursos d’água, reduzindo e
mitigando a ocorrência de assoreamento.
Os empréstimos devem ser tratados de forma a evitar a perda de terreno tanto pela profundidade
atingida, quanto pela declividade alta dos taludes acabados. Áreas de empréstimos próximas a áreas
urbanas costumam transformar-se em depósitos de lixo.
Após a remoção da vegetação arbórea existente nas áreas de empréstimo, a camada superficial do
solo será removida e armazenada para um posterior espalhamento sobre a área degradada. Essa
camada de solo orgânico possui microorganismos, nutrientes e propágulos de sementes que são
muito importantes para a revegetação. A camada a ser removida nas áreas de empréstimo varia
entre 10 a 20 cm de profundidade.
O material retirado será armazenado temporariamente na forma de leiras, com altura máxima de 2,0
m. Essas leiras serão feitas nas proximidades das áreas afetadas, visando facilitar sua recolocação
nas superfícies a serem recuperadas.
O material lenhoso deverá ser removido, estocado, para a sua utilização mais adequada.
As áreas de empréstimos deverão ser reconformadas com abrandamento dos taludes, de modo a
suavizar contornos e reincorporá-las ao relevo natural.
Deverão ser convenientemente drenadas de modo a evitar o acúmulo de águas, bem como, os
efeitos da erosão.
7.1.5. Empréstimos
− Área: 24.000 m²
− Supressão de vegetação: 14.400 m²
− Vegetação: pasto
− Área: 24.000 m²
− Supressão de Vegetação: 14.400 m²
− Vegetação: pasto
• EC-3 - Estaca 635
− Área: 16.800 m²
− Supressão de Vegetação: 16.800 m²
− Vegetação: pasto
7.1.6. Bota-fora
8.1. PROCEDIMENTOS
As áreas alteradas, usualmente após o término da atividade, são constituídas de bordas em barranco,
normalmente abruptos, possuindo em sua superfície interna muitas irregularidades, que durante o
período chuvoso permite a formação de poças d’água e a má distribuição das enxurradas,
ocasionando processos erosivos.
A conformação geométrica da área de uso consistirá na preparação destas bordas e irregularidades,
objetivando sua modelagem para a reutilização posterior.
A recuperação compreende operações mecanizadas de corte ou aterro de até 0,40 m de espessura,
objetivando direcionar adequadamente o escoamento das águas pluviais, regularizarem a superfície
e preparar o terreno para a operação de reposição da camada vegetal.
A necessidade ou não de instalação de dispositivos de drenagem dependerá de cada caso.
9. RECUPERAÇÃO DO PASSIVO AMBIENTAL
A presença de passivos ambientais nas rodovias significa, via de regra, prejuízos diretos ou riscos
ao patrimônio público, podendo afetar a segurança dos usuários e a qualidade de vida das
populações lindeiras e, ainda, prejudicar a sua própria manutenção e funcionamento. Por outro lado,
pode também implicar em riscos de danos aos recursos naturais do entorno da faixa de domínio e ao
patrimônio privado ao longo da rodovia.
Os passivos ambientais quer oriundos da implantação ou conservação da rodovia atual, quer
provocados por terceiros, ao longo do trecho, foram cadastrados e estão abaixo relacionados. As
medidas visando à recuperação dos mesmos estão sendo propostas neste relatório.
Foto 1: Estaca 5.
Revegetar com hidrossemeadura.
QUANTITATIVO
Intervenção Quantidade
Hidrossemeadura 300 m²
Estaca 15 LE – Talude
QUANTITATIVO
Intervenção Quantidade
Hidrossemeadura 220 m²
Retaludamento 145 m³
QUANTITATIVO
Intervenção Quantidade
Hidrossemeadura 300 m²
Retaludamento 120 m³
Estaca 590 LD - Erosão em talude
QUANTITATIVO
HIDROSSEMEADURA
Estaca Quantidade
5 LD 300 m²
70 LE 220 m²
205 LD 300 m²
Total 820 m²
QUANTITATIVO
RETALUDAMENTO
Estaca Quantidade
70 LE 145 m³
205 LD 120 m³
Total 265 m³
10. TRAVESSIAS URBANAS E PROTEÇÃO AMBIENTAL
Após a pavimentação do trecho, as condições de tráfego terão acentuada melhoria, o que implicará
em um aumento da velocidade, o que por sua vez poderá elevar a probabilidade de ocorrências de
acidentes com as populações locais que habitam as margens da rodovia, tornando de essencial
importância a execução de medidas para garantir a segurança destas populações.
Como o traçado interceptará povoado, a sinalização de segurança deverá ser enfatizada, com a
adoção de placas de advertências e implantação de banda rugosa, antes e depois das interceptações.
Nos perímetros urbanos deverão ser implantados os seguintes dispositivos:
• Banda rugosa e/ou pavimento formado por blocos intertravados de concreto;
• Placas contendo “Perímetro Urbano”, dispostas à 1000m, 500m, e no início do perímetro urbano.
Esta última indicando, também, o nome da cidade;
• Placa indicativa da velocidade máxima da via, reduzida para 40 km/h no perímetro urbano. Após
a passagem, a velocidade da via deverá retornar ao normal, também indicada por meio de placas;
• Placas indicando a presença de banda rugosa e a distância para a mesma;
• Construção de calçadas para pedestres;
• A manutenção da sinalização deverá ser realizada periodicamente, sendo que as placas
danificadas ou em estado precário de utilização deverão ser substituídas;
• Sinalização horizontal.
Com o objetivo de proteger a fauna e conscientizar os usuários da rodovia para a importância da
preservação ambiental, serão implantadas placas educativas ao longo da estrada, principalmente
onde ocorra à presença de mata nativa, áreas de preservação ambiental e circulação de animais
silvestres.
As placas terão dizeres educativos alertando aos usuários quanto a possível travessia de animais nas
áreas de reserva e a necessidade de preservar o meio ambiente.
Os principais impactos ambientais relacionados ao meio biótico que poderão ocorrer no ambiente
da obra de recuperação da rodovia são: supressão de vegetação e intervenção em APP, soterramento
de vegetação, interferência em mananciais (captação de água para abastecimento público),
eliminação de ambientes naturais frágeis – várzeas, aumento do efeito de borda em fragmentos
florestais remanescentes, aumento da pressão antrópica nas formações florestais,
apropriação/intervenção em APP, interferências em Unidades de Conservação, afugentamento de
elementos da fauna, aumento no risco de acidentes com fauna, aumento da pressão de caça furtiva,
perda de solo superficial com atividades de terraplenagem, perda de material lenhoso proveniente
de supressão e alteração da qualidade das águas e biota aquática; que serão descritos a seguir e
apresentadas soluções para que sejam evitados.
Os serviços de desmatamentos, destocamentos e outros, realizados nas áreas objeto das obras de
melhorias, poderão interferir em áreas com fragmentos florestais ocorrentes, contíguos a estas ou no
respectivo entorno, por ocasião da movimentação de maquinários para execução dos serviços de
terraplenagem e demais operações decorrentes. Impactos negativos também poderão ocorrer à
população faunística do entorno e aos recursos hídricos existentes nas proximidades, tais como o
aumento da turbidez da água ou alterações na qualidade destas com conseqüentes perturbações da
fauna aquática, decorrentes dos desmatamentos, permitindo os movimentos de terra, construção de
pontes, canalizações, corta-rios, etc.
Também os serviços referentes ao corte de árvores isoladas ensejam cuidados específicos quanto
aos procedimentos, normas e a prevenção a acidentes com usuários e trabalhadores.
Dessa forma, adotando os procedimentos desse sistema de monitoramento, os impactos gerados por
tais operações, inerentes às obras de melhorias, poderão ser consideravelmente minimizados.
Principalmente nos trechos de obras inseridos nas proximidades de linhas de drenagem naturais e
lindeiros a fragmentos florestais significativos, medidas de controle no âmbito legal e ambiental
devem ser praticadas conforme explicitado.
O traçado atual não atinge remanescentes florestais, sendo que os mais significativos serão apenas
afetados nas bordas nas obras de implantação de dispositivos de acesso e retorno.
• Os serviços de remoção de vegetação somente poderão ser iniciados por ocasião da obtenção da
autorização específica e medidas compensatórias emitidas pelos órgãos ambientais (IEF) em
atendimento à legislação específica.
• As cópias das autorizações deverão ser mantidas nas frentes de obras para atender a quaisquer
verificações por parte de autoridades competentes, visto que a ausência destes documentos
durante os serviços poderá acarretar em interrupção das atividades.
• Deverá ser executada a delimitação física das áreas constantes nas autorizações para
desmatamento, evitando assim supressão desnecessária de vegetação e/ou soterramento de outras
áreas e comprometimento de cursos d’água. Esta delimitação poderá ser realizada por meio de
estaqueamento, barreiras plásticas, fitas de sinalização ou similares.
• As atividades de desmatamento e limpeza de terreno deverão se concentrar nos períodos mais
secos. Tal procedimento tem como orientação a proteção de linhas de drenagens naturais e de
áreas suscetíveis a processos erosivos. Nos casos de atividades de supressão nestas áreas deverão
ser implantados dispositivos provisórios de controle de erosão.
• Após o desmatamento, a área deverá ser completamente limpa, com a remoção do material
vegetal gerado (folhas e galhos), visando a prevenir possíveis obstruções dos dispositivos de
drenagem ou possibilidade da ocorrência de fogo. Em hipótese alguma deve-se proceder à
queima do material vegetal gerado, por constituir extremo perigo ao tráfego ou a vegetação
circundante.
• O material lenhoso gerado pelo corte da vegetação deverá ser estocado em pilhas de baixa altura,
em locais que não ofereçam riscos de acidentes aos usuários e trabalhadores. Este material
poderá ser doado as prefeituras da região ou dispostos adequadamente.
• A camada de solo vegetal removida deverá ser estocada em local adequado não sujeito a erosão
para posterior aproveitamento, constituindo um substrato para o desenvolvimento da cobertura
vegetal a ser implantada em outras áreas.
• O corte de grandes árvores, localizadas nas laterais da pista, deve ser planejado de modo a não
causar danos à pista e, muito menos, vitimar os trabalhadores ou os usuários. Muitas vezes a
inclinação natural de um tronco de árvore é que determina a direção da queda. Outras vezes, a
direção pode ser controlada por pessoal habilitado. Dessa forma, devem ser observadas algumas
regras mínimas tais como: somente os trabalhadores, em número estritamente indispensável para
proceder ao corte, deverão permanecer dentro de um raio igual à altura da árvore; não deve haver
duas turmas cortando árvores dentro de uma área, onde árvores cortadas por uma turma possam
constituir risco para o pessoal que trabalha na outra; deve haver sempre um homem a certa
distância observando os cortadores, para que no momento oportuno, avise-os do início da queda
da árvore através de um sinal pré combinado (como por exemplo, um apito estridente); as
árvores devem ser derrubadas utilizando-se de serras ou machados; escadas devem ser usadas na
poda das árvores e cordas devem ser usadas para reter e controlar a queda das mesmas; deve-se
tomar todos os cuidados necessários para não atingir redes elétricas ou telefônicos; o tráfego
deve ser interditado quando a árvore for finalmente derrubada e todos os entulhos devem ser
removidos.
• Devem-se proibir os trabalhadores de qualquer atividade relacionada à coleta de espécies
botânicas nas áreas lindeiras aos locais autorizados de desmatamento, principalmente de epífitas,
xaxins, e outras de interesse.
Grande parte das paisagens ao longo do trecho já sofreu algum tipo de ação antrópica, estando,
portanto, alterada. Assim, a recuperação das áreas degrada e a preservação da paisagem existente,
contribuirá para um melhor aspecto cênico do trecho implantado.
O tratamento paisagístico não é abordado apenas por um enfoque estético. É considerado por
diferentes aspectos, incluindo o funcional e estrutural, e principalmente reconhecido sua
importância para uma melhor integração ambiental e ecológica das rodovias no grande ecossistema
nas quais se inserem.
Dessa forma, este item enfoca prioritariamente a revegetação das faixas de domínio das vias a
serem asfaltadas, por meio da implantação de diferentes estratos arbóreo, arbustivo e herbáceo, com
objetivando o controle de erosões, sinalização viva e a proteção ambiental.
As áreas de acesso lateral são suscetíveis a erosões. Para evitar que isso ocorra, a pavimentação
deverá avançar nestes acessos laterais. Além da proteção, esta pavimentação contribuirá para a
manutenção da limpeza da pista nos períodos chuvosos.
• Segregação na fonte geradora, por tipo de resíduo, para uma possível reutilização ou reciclagem;
• Classificação, conforme norma NBR – 100004/04
− Classe I – perigosos;
− Classe IIA – não perigosos, não inertes; e,
− Classe IIB – não perigosos, inertes.
Perigosos
Lâmpadas fluorescentes, pilhas, baterias.
Cartuchos para impressoras, areia cx SAO, estopas. I
Embalagem de lubrificantes e produtos químicos.
− Amarelo - metais
− Azul - papel/papelão
− Branco - ambulatorial/serviços de saúde
− Cinza - resíduos geral*
− Laranja - perigosos
− Marrom - orgânicos
− Preta - madeira
*Não recicláveis, misturados ou contaminados, não passíveis de separação.
• Armazenamento – deverá ser efetuado em Área de Resíduos Sólidos –ARS-, instalada no interior
do canteiro de obras, devendo possuir baias para o armazenamento do resíduo, separado por tipo.
O ARS deverá ser coberto, impermeabilizado, fechado por fora, com ventilação natural (janelas
com tela tipo mosquiteiro), não podendo ser utilizado para armazenar outro tipo de material, que
não seja resíduo.
• Coleta/transporte/disposição final – a coleta, transporte e destinação do resíduo comum –
domiciliar e escritório – será coletado pelos municípios afetados, quando a área for atendida por
este serviço. Caso contrário, essas operações serão de responsabilidade do empreiteiro.
Lâmpadas fluorescentes, pilhas, baterias, pneus, tonners e cartuchos de impressoras não poderão ser
dispostos em aterro, devendo ter disposição conforme Resolução CONAMA nº.: 275/01.
Os resíduos perigosos – classe I - deverão ser coletados, transportados e tratados por empresa
licenciada. Essas operações deverão ser comprovadas por notas fiscais e ou contratos com as
empresas responsáveis por estas operações.
O resíduo sólido de construção civil deverá, quando possível, ser reaproveitados na própria obra.
A área de lavagem dos veículos, máquinas e equipamentos deverão, também, ser impermeabilizada
e dotada de canaletas, direcionando o efluente para a caixa separadora de água e óleo, cuja areia
depositada, deverá ser periodicamente retirada e acondicionada em tambores, na cor laranja, para a
posterior coleta, tratamento e disposição final.
Água + Óleo B C
Saídas de
Água Limpa
Ø = 4” Ø = 2” Ø = 4”
5 Água Limpa
0,50 m
Óleo 4
Sobrenadante
0,50 m
1
A 2 3 A
1,00 m
Água
Sedimentação Água + Óleo
de Sólidos
B C
1,00 m 1,00 m 1,00 m
Planta
Figura 3
0,10 m
1 0,60 m
2 3
0,30 m
Retirada Manual
Água Limpa
de Óleo
0,10 m
0,10 m
2 5 0,80 m
1,00 m 1,00 m
Corte - BB
0,10 m
Água Limpa
4 0,40 m
3
0,20 m
0,30 m
Para receber o esgoto doméstico, deverá ser instalada fossa séptica, caso não haja rede de esgotos na
área do canteiro de obras.
A distância recomendada entre a fossa e os locais de produção é de 4 metros, para evitar mau cheiro
e canalizações muito longas e com curvas. Deve, também, ficar em nível mais baixo e longe de
poços ou de qualquer outra fonte de captação de água, no mínimo 30 metros.
Figura 5
Figura 6
Após o término das atividades, as áreas utilizadas para a implantação e operação dos canteiros de
obras deverão ser desocupadas e recuperadas. Para isto, faz-se necessário:
• Remoção de quaisquer obstáculos decorrentes das obras e estruturas construídas, tais como,
escritórios, almoxarifados, laboratório, etc.;
• Regularização topográfica do terreno, eliminando pontos onde foram realizados cortes e aterros;
• Recuperação da área, mediante a implantação de vegetação.
A destinação dos resíduos gerados deverá ser a mesma definida para os demais resíduos citados no
presente estudo. O uso futuro do canteiro deverá ser discutido entre a fiscalização do DER/MG com
a prefeitura municipal, objetivando o aproveitamento da mesma em atividades sociais ou como área
de lazer para as comunidades locais.
A supervisão ambiental será exercida por empresa contratada, em caráter auxiliar e serão
desempenhados em nome e por delegação do Departamento de Estradas de Rodagem de Minas
Gerais, através da Diretoria de Engenharia, com a incumbência de fiscalizar diretamente as obras
em seus aspectos ambientais.
f) Elaborar Relatório Final da obra, informando seu histórico e antecedente desde a fase de projeto
e todos os eventos técnicos relevantes ocorridos, assim como, fornecer indicações sobre
alterações ocorridas e seus motivos, serviços necessários não realizados e recomendações para a
operação da via.
O monitoramento poderá ser sintetizado nos quadros abaixo:
Caminhos de Serviços
A recuperação das áreas degradadas envolve operações que vão desde o preparo do solo até a
manutenção das espécies vegetais implantadas.
Cabe ressaltar que as medidas aqui definidas, deverão ser executadas para a recuperação do passivo
ambiental identificado no trecho.
As áreas a serem recuperadas deverão ser cercadas com arame em 4 fios.
Os procedimentos para a recuperação das áreas degradadas são descritos abaixo:
• Regularização topográfica, consistindo em acertos de acabamento na superfície e inclinação dos
taludes, prevenção dos processos erosivos, com a execução de curvas de nível nos locais onde há
previsão de fluxo de água;
• Revegetação.
18.3. PLANTIO
18.4. MONITORAMENTO
A implantação das medidas e programas de controle ambiental ocorrerá antes do início das obras e
será mantida até seu término.
As medidas de reabilitação deverão ser executados de acordo com o cronograma apresentado no
quadro acima, levando em consideração a data de início das obras.
Semeadura manual X X X
Plantio de mudas de
X X X
espécie nativas
Replantio X X
Atividades Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Adubação periódica X X
Coroamento
X X
7 – Cerca
Localização Quantidade
Jazida J-01 645,00
Jazida J-02 775,00
Total Geral 1.420,00
8 - REVEGETAÇÃO
8.1 Bota-fora
Estaca Lado Área (m²) Hidrossemeadura Semeadura Manual
40-55 LD 9.004,16 9.004,16 0,00
165-179 LE 5.714,33 5.714,33 0,00
230-260 LD/LE 22.445,00 22.445,00 0,00
381-389 LD 4.865,33 4.865,33 0,00
480-490 LD 1.560,56 1.560,56 0,00
515-528 LD 1.768,72 1.768,72 0,00
624-632 LE 2.032,67 2.032,67 0,00
Total Geral 47.390,77 47.390,77 0,00
8.5 Jazidas
Estaca Distância Área (m²) Hidrossemeadura Semeadura Manual
0 (J-01) 2,50 10.800,00 10.800,00 0,00
0 (J-02) 3,60 17.100,00 17.100,00 0,00
Subtotal 27.900,00 27.900,00 0,00
Total Geral 27.900,00 27.900,00 0,00
SERVIÇO ÁREA
Hidrossemeadura 148.212,77
Semeadura Manual 74.800,00
• BRANDÃO Mitzi, BRANDÃO Hipérides. A Árvore: Paisagismo e Meio Ambiente. Ed. Vitae
Comunicação Integrada. Belo Horizonte – MG, 1992.
• DER – DEPARTAMENTO DE ESTRADAS E RODAGEM DO ESTADO DE MINAS
GERAIS - Manual de Procedimentos Ambientais em Empreendimentos Rodoviários.
• DNIT – DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES -
2005-. Manual Rodoviário de Conservação, Monitoramento e Controle Ambientais. Rio de
Janeiro – RJ.
• FUNDAÇÃO CENTRO TECNOLÓGICO DE MINAS GERAIS/CETEC – Diagnóstico
Ambiental do Estado de Minas Gerais.
• IBAMA – INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS
NATURAIS RENOVÁVEIS, 1990. XXXVI Congresso Brasileiro de Botânica, anais. Curitiba,
1985. Volume II. Brasília - DF.
22. ANEXOS
GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
SECRETARIA DE ESTADO DE TRANSPORTES E OBRAS PÚBLICAS
DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM DO ESTADO DE MINAS GERAIS
OUTUBRO / 2008
GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
SECRETARIA DE ESTADO DE TRANSPORTES E OBRAS PÚBLICAS
DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM DO ESTADO DE MINAS GERAIS
OUTUBRO / 2008
ÍNDICE
1 Apresentação..................................................................................................................... 1
2 Introdução ......................................................................................................................... 3
3.1 Empreendedor................................................................................................................... 3
4 Objetivos........................................................................................................................... 4
6 Empreendimento ............................................................................................................... 4
8.1 Procedimentos................................................................................................................... 14
18.4 Monitoramento.................................................................................................................. 46
20 ART do Documento.......................................................................................................... 58
21 Bibliografia ....................................................................................................................... 59
22 Anexos .............................................................................................................................. 59
12. APRESENTAÇÃO
• Termo de Referência para Elaboração de Plano de Controle Ambiental – PCA – GER001 (texto
revisado - versão 2 - julho/97). Foram feitas algumas adequações devido às características do
empreendimento a ser licenciado.
14.1. EMPREENDEDOR
• CNPJ: 17.309.790/0001-94
• E-mail: deder@mg.gov.br
• CNPJ: 04.815.674/0001-03
• END: Av. Álvares Cabral, 1315 – Sl. 08 – Lourdes – CEP: 30.170-001 Belo Horizonte – MG
• Tel./fax: (31) 3291-0786
• E-mail: proa@proabh.com.br
• CNPJ: 17.453.978/0001-01
• END: Rua Grão Mogol, 21, Carmo Sion – CEP: 30310-010 - Belo Horizonte – MG.
15. OBJETIVOS
A apresentação deste Plano de Controle Ambiental tem por finalidade, além de atender a legislação
ambiental, propor medidas que visem a minimização e/ou compensação dos impactos negativos e a
otimização dos positivos, advindos da implantação das obras de Melhoramento e Pavimentação da
Rodovia LMG-676 / LMG-678, trecho Francisco Badaró – Araçuaí.
O PCA foi elaborado baseando-se em informações obtidas por meio do diagnóstico de impactos relativos
ao empreendimento, apresentadas no Relatório de Controle Ambiental – RCA e também, levantamentos
de campo, considerando-se as recomendações presentes no Termo de Referência estabelecido pelo
DER/MG, além das informações constantes do Projeto de Engenharia Rodoviária elaborado pela empresa
Planex S.A.
17. EMPREENDIMENTO
O trecho Francisco Badaró-Araçuaí está localizado na região do vale Médio do Jequitinhonha, estado de
Minas Gerais, pertencendo à bacia do rio Araçuaí, inserida na bacia do Jequitinhonha. O trecho inicia-se
no perímetro urbano do município de Francisco Badaró e termina no município de Araçuaí que dista 678
km de Belo horizonte, capital do estado. O acesso a Araçuaí é feito, a partir de Belo Horizonte, pelas
rodovias BR-381-116-367, ambas pavimentadas, e a Francisco Badaró, a partir de Araçuaí, percorre-se
mais 46 km pela LMG-676/LMG-678 em estrada de leito natural.
• Prefixo e localização geográfica do trecho:
As medidas mitigadoras propostas neste projeto tem como objetivo atenuar e até mesmo evitar, quando
possível, os impactos negativos gerados ao meio ambiente quando da implantação das obras de melhorias
e adequações do trecho em questão.
As medidas de controle ambiental incidirão, basicamente, sobre:
• Controle de erosões;
• Travessias urbanas;
• Emissão de ruídos;
• Emissões atmosféricas;
• Meio biótico
• Meio antrópico.
As medidas mitigadoras deverão ser implementadas e concluídas até a entrega definitiva da obra,
prevendo-se inclusive as condições de operação da via.
As operações envolvendo terraplenagem deverão ser precedidas pela limpeza e preparação do terreno,
que consiste na remoção de todo material de origem orgânica presente na área de intervenção.
Os limites para o desmatamento, definidos em projetos, deverão ser respeitados, mesmo em traçado
sinuoso.
O argumento da dificuldade dos operadores de máquinas em acompanhar a linha, às vezes sinuosas, que
delimita os “off sets” de terraplenagem, principalmente em regiões de vegetação densa, pode ser
solucionada com a execução de desmatamento manual (sem destocamento) em uma faixa que acompanhe
as demarcações implantadas, para em seguida executar a desmate mecânico, conforme ilustração abaixo:
Figura 1
Off-set de Terraplenagem (Corte)
A medida mitigadora mais eficaz para evitar a formação e desenvolvimento de processos de erosão, tem
um caráter essencialmente preventivo, e baseiam-se no entendimento da fenomenologia dos processos,
quais sejam:
• Durante as atividades de terraplenagem, as áreas em operação deverão ser contempladas com sistemas
de drenagem específicos e temporários (terraços, leiras, barreira de contenção de sólidos, caixas de
retenção/infiltração e caixas de contenção de sedimentos), conforme a necessidade de cada caso, de
forma a evitar o carreamento de partículas sólidas para os cursos d’água;
• Implantação de sistemas de drenagem definitiva como canaletas e valetas na crista e base dos taludes,
escadas hidráulicas, rápidos de descida d’água e dissipadores de energia hídrica, para atenuar a
velocidade das águas nos taludes e nas praças de trabalho;
• O solo orgânico proveniente da limpeza dos terrenos deverá ser estocado em locais adjacentes à obra
para que sejam utilizados na recomposição vegetal de bota-foras, empréstimos, recuperação das jazidas
e do canteiro-de-obras;
• O material lenhoso deverá ter aproveitamento e destinação adequada, seja na própria obra, seja como
fonte de energia;
• A massa verde, juntamente com ao material lenhoso não usado na forma estabelecida acima e picado
em cavacos, será misturado com o solo orgânico e estocado para compor o “mulching” (camada de
solo enriquecida);
• Em hipótese alguma esses materiais serão lançados em rios, baixadas ou reservatórios, sendo também
vedada a eliminação destes materiais pelo fogo;
• As frentes de desmatamento e limpeza de terreno devem ser programadas fora do período de chuvas e
evitar ao máximo a permanência de solo exposto, o qual poderá gerar processos erosivos superficiais e
carreamento de materiais para o sistema de drenagem e cursos d’águas superficiais, causando
assoreamento;
• Proteção vegetal superficial (grama em placa, grama fixada com estolões ou hidrosemeadura) a ser
realizada imediatamente após a execução das obras de terra.
• Detalhar os estudos de estabilidade dos taludes dos trechos em corte e dos aterros, verificando-se o
grau de segurança que oferecem, revendo, se necessário, a inclinação dos taludes e/ou a utilização de
medidas adicionais de contenção;
• Os taludes de corte e de aterro devem imediatamente, serem revestidos com cobertura vegetal assim
que estes atingirem sua configuração final. No caso de declividades mais acentuadas o tratamento
recomendado é o plantio de gramíneas, em leivas ou hidrosemeadura, seguida por um suporte
arbustivo;
• Monitorar o comportamento das condições de estabilidade dos taludes de corte e dos aterros, por meio
de vistorias sistemáticas e periódicas ao longo da rodovia, para a identificação de feições de
instabilidade e de situações de risco destes taludes, com a presença de trincas no solo, árvores fora do
prumo, desorganização das linhas de drenagem etc.
18.1.3. Drenagem
Para evitar que ocorram processos erosivos nas saídas de água de drenagem, serão executados
enrocamentos com pedra de mão, cujo diâmetro máximo será aproximadamente 15 cm, conforme projeto
executivo do DER. Será feita a escavação do terreno na extremidade de jusante do dispositivo onde o
fluxo deverá ter sua energia dissipada. A área escavada será compactada e as pedras de mão serão
arrumadas de forma a minimizar os espaços vazios. Este procedimento pode ser visto na figura abaixo:
O trânsito de equipamentos e veículos de serviço fora das áreas de trabalho deve ser evitado tanto quanto
possível, principalmente onde houver área com relevante interesse paisagístico ou ecológico.
Todo o material excedente ou sobras devem ser removidos das proximidades dos dispositivos e
depositados em bota-fora, em local apropriado.
Bota fora é a denominação dada à destinação do material escavado, principalmente de corte, e não
utilizado nos aterros a serem executados, seja por razões de ordem tecnológicas do material, ou por razões
econômicas.
A utilização de áreas para a disposição de material excedente deve sempre prever uma seleção
privilegiando aquelas que já se encontram degradadas.
A implantação de bota-fora poderá se constituir, inclusive, como parte de uma atividade / plano de
recuperação dessas áreas.
Os materiais excedentes serão representados por solos diversos e material rochoso, provenientes das
escavações obrigatórias, materiais excedentes de corte, de solos moles, de limpeza e/ou resíduos
florestais, e de entulho (remoção de demolições).
Estes materiais excedentes constituem-se basicamente de materiais inertes, sem potencial de poluição,
considerados como classe 3, conforme classificação quanto à periculosidade proposta pela ABNT na
norma NBR – 10.004/04-resíduos sólidos. Os locais selecionados e utilizados para o bota-fora deverão
estar voltados preferencialmente às condições e forma de disposição destes materiais para se evitar as
conseqüências de uma disposição inadequada, que possa contribuir para a degradação da área, com o
comprometimento do seu destino e uso final.
Cuidados devem ser tomados quanto à vigilância destas áreas, para se evitar o lançamento não autorizado
por parte de terceiros de materiais não inertes (por exemplo, resíduos domiciliares), que podem contribuir
para transformar estes locais em “lixões”, comprometendo não apenas a qualidade dos solos, águas
subterrâneas, e águas superficiais, mais o comportamento geotécnico do corpo do bota fora.
A execução de bota-foras deverá ter uma disposição adequada, boa conformação e compactação, para
evitar erosões e assoreamentos da rede de drenagem, que perde a capacidade de vazão, reduz o potencial
do uso de várzeas assoreadas, mata a vegetação existente, suja os mananciais e, até impede a
sobrevivência de espécies aquáticas, ao mesmo tempo em que podem criar condições de vetores
indesejáveis.
Deverão ser evitadas áreas próximas às nascentes com o objetivo de se minimizar os efeitos de
assoreamento. Esses aterros serão compactados e cobertos com a manta de solo orgânico armazenada
anteriormente. O solo orgânico será escarificado e receberá o revestimento vegetal por hidrossemeadura.
Tabela 4: Bota-foras indicados para o trecho.
• Evitar o aterramento dos talvegues naturais, ou implantar obras de transposição dos mesmos;
• Aproveitar, sempre que possível, os caminhos já existentes, que servem a população local;
• Após a conclusão das obras, os segmentos abandonados deverão ser reincorporados à paisagem local
ou preparados para o uso da população local como acesso às propriedades;
Para a utilização destes materiais, é necessário que os proprietários providenciem a legalização das áreas
junto aos órgãos ambientais e ao DNPM.
As ações a serem desenvolvidas na recuperação das jazidas, algumas são gerais e devem ser seguidas
independentes das características de cada local.
19.1. PROCEDIMENTOS
As áreas alteradas, usualmente após o término da atividade, são constituídas de bordas em barranco,
normalmente abruptos, possuindo em sua superfície interna muitas irregularidades, que durante o período
chuvoso permite a formação de poças d’água e a má distribuição das enxurradas, ocasionando processos
erosivos.
A conformação geométrica da área de uso consistirá na preparação destas bordas e irregularidades,
objetivando sua modelagem para a reutilização posterior.
A recuperação compreende operações mecanizadas de corte ou aterro de até 0,40 m de espessura,
objetivando direcionar adequadamente o escoamento das águas pluviais, regularizarem a superfície e
preparar o terreno para a operação de reposição da camada vegetal.
A necessidade ou não de instalação de dispositivos de drenagem dependerá de cada caso.
A presença de passivos ambientais nas rodovias significa, via de regra, prejuízos diretos ou riscos ao
patrimônio público, podendo afetar a segurança dos usuários e a qualidade de vida das populações
lindeiras e, ainda, prejudicar a sua própria manutenção e funcionamento. Por outro lado, pode também
implicar em riscos de danos aos recursos naturais do entorno da faixa de domínio e ao patrimônio privado
ao longo da rodovia.
Os passivos ambientais que oriundos da implantação ou conservação da rodovia atual, quer provocados
por terceiros, ao longo do trecho, foram cadastrados e estão abaixo relacionados. As medidas visando à
recuperação dos mesmos estão sendo propostas neste Plano de Controle Ambiental – PCA.
• Estaca 0 LD
Foto 1: Estaca 0.
Retaludamento e hidrossemeadura.
QUANTITATIVO
Intervenção Quantidade
Hidrossemeadura 46,00 m²
QUANTITATIVO
Intervenção Quantidade
QUANTITATIVO
Intervenção Quantidade
QUANTITATIVO
Intervenção Quantidade
• Estaca 90 LD/LE
QUANTITATIVO
Intervenção Quantidade
Hidrossemeadura 180,00 m²
Retaludamento de corte 75,00 m³
• Estaca 200 a 210 LE
Intervenção Quantidade
Hidrossemeadura 198,00 m²
• Estaca 460 LD
QUANTITATIVO
Intervenção Quantidade
Hidrossemeadura 23,00 m²
• Estacas 590 LD
• Estacas 700 LD
• Talude sem conformação e sem cobertura vegetal. O talude do lado direito será totalmente recuperado
com a implantação do projeto. O talude do lado esquerdo deverá ser retaludado e revegetado com
hidrosemeadura.
QUANTITATIVO
Intervenção Quantidade
Hidrossemeadura 60,00 m²
• Talude sem conformação e sem cobertura vegetal. O passivo será totalmente recuperado com a
implantação do projeto.
• Estaca 1249 LD
Talude sem cobertura vegetal. Neste ponto o trecho será retificado. Para a recuperação do passivo, o
talude deve receber hidrossemeadura.
QUANTITATIVO
Intervenção Quantidade
Hidrossemeadura 90,00 m²
• Estaca 1850
• Estacas 2075 LD
• Erosão em talude devido à inexistência de drenagem. O passivo será totalmente recuperado com a
implantação do projeto.
QUANTITATIVO
HIDROSSEMEADURA
Estaca Quantidade
0 LD 46 m²
100 LD 180 m²
200-210 LE 198 m²
460 LD 23 m²
1240 LD/LE 60 m²
1249 LD 90 m²
Total 597 m²
QUANTITATIVO
RETALUDAMENTO DE CORTE
Estaca Quantidade
0 LD 13 m³
100 LD 75 m³
200-210 LE 83 m³
1240 LD/LE 17 m³
Total 188 m³
QUANTITATIVO RIP-RAP
VEGETATIVO
Estaca Quantidade
15 LE 82 m³
Total 82 m³
QUANTITATIVO VALETA DE
PROTEÇÃO DE CORTE
Estaca Quantidade
15 LE 50 m
200-210 LE 110 m
Total 160 m
Após a pavimentação do trecho, as condições de tráfego terão acentuada melhoria, o que implicará em um
aumento da velocidade, o que por sua vez poderá elevar a probabilidade de ocorrências de acidentes com
as populações locais que habitam as margens da rodovia, tornando de essencial importância a execução
de medidas para garantir a segurança destas populações.
Como o traçado interceptará povoado, a sinalização de segurança deverá ser enfatizada, com a adoção de
placas de advertências e implantação de banda rugosa, antes e depois das interceptações.
Nos perímetros urbanos deverão ser implantados os seguintes dispositivos:
• Placas contendo “Perímetro Urbano”, dispostas à 1000m, 500m, e no início do perímetro urbano. Esta
última indicando, também, o nome da cidade;
• Placa indicativa da velocidade máxima da via, reduzida para 40 km/h no perímetro urbano. Após a
passagem, a velocidade da via deverá retornar ao normal, também indicada por meio de placas;
• A manutenção da sinalização deverá ser realizada periodicamente, sendo que as placas danificadas ou
em estado precário de utilização deverão ser substituídas;
• Sinalização horizontal.
• Realizar manutenção mensal dos veículos e equipamentos utilizadores de combustíveis fósseis, para a
redução de emissão de gases poluentes, e, se possível, utilizar bio-combustível;
• Proteger com lonas todas as caçambas dos caminhões de transporte de terra e brita, ou qualquer tipo de
material que possa ser disperso, evitando-se a emissão de poeira para a atmosfera;
• Realizar o aspergimento da pista da rodovia e dos trechos urbanos, utilizando-se caminhões pipa. A
freqüência deste procedimento será determinada de acordo com a época do ano, insolação e
intensidade de tráfego local, devendo garantir a redução dos índices de poeiras geradas nas obras para
níveis aceitáveis ambientalmente;
Os principais impactos ambientais relacionados ao meio biótico que poderão ocorrer no ambiente da obra
de recuperação da rodovia são: supressão de vegetação e intervenção em APP, soterramento de
vegetação, interferência em mananciais (captação de água para abastecimento público), eliminação de
ambientes naturais frágeis – várzeas, aumento do efeito de borda em fragmentos florestais remanescentes,
aumento da pressão antrópica nas formações florestais, apropriação/Intervenção em APP, interferências
em Unidades de Conservação, afugentamento de elementos da fauna, aumento no risco de acidentes com
fauna, aumento da pressão de caça furtiva, perda de solo superficial com atividades de terraplenagem,
perda de material lenhoso proveniente de supressão e alteração da qualidade das águas e biota aquática;
que serão descritos a seguir e apresentadas soluções para que sejam evitados.
Os serviços de desmatamentos, destocamentos e outros, realizados nas áreas objeto das obras de
melhorias, poderão interferir em áreas com fragmentos florestais ocorrentes, contíguos a estas ou no
respectivo entorno, por ocasião da movimentação de maquinários para execução dos serviços de
terraplenagem e demais operações decorrentes. Impactos negativos também poderão ocorrer à população
faunística do entorno e aos recursos hídricos existentes nas proximidades, tais como o aumento da
turbidez da água ou alterações na qualidade destas com conseqüentes perturbações da fauna aquática,
decorrentes dos desmatamentos, permitindo os movimentos de terra, construção de pontes, canalizações,
corta-rios, etc.
Também os serviços referentes ao corte de árvores isoladas ensejam cuidados específicos quanto aos
procedimentos, normas e a prevenção a acidentes com usuários e trabalhadores.
Dessa forma, adotando os procedimentos desse sistema de monitoramento, os impactos gerados por tais
operações, inerentes às obras de melhorias, poderão ser consideravelmente minimizados.
Principalmente nos trechos de obras inseridos nas proximidades de linhas de drenagem naturais e
lindeiros a fragmentos florestais significativos, medidas de controle no âmbito legal e ambiental devem
ser praticadas conforme explicitado.
O traçado atual não atinge remanescentes florestais, sendo que os mais significativos serão apenas
afetados nas bordas nas obras de implantação de dispositivos de acesso e retorno.
• Os serviços de remoção de vegetação somente poderão ser iniciados por ocasião da obtenção da
autorização específica e medidas compensatórias emitidas pelos órgãos ambientais (IEF) em
atendimento à legislação específica.
• As cópias das autorizações deverão ser mantidas nas frentes de obras para atender a quaisquer
verificações por parte de autoridades competentes, visto que, a ausência destes documentos durante os
serviços, poderá acarretar em interrupção das atividades.
• Deverá ser executada a delimitação física das áreas constantes nas autorizações para desmatamento,
evitando assim supressão desnecessária de vegetação e/ou soterramento de outras áreas e
comprometimento de cursos d’água. Esta delimitação poderá ser realizada por meio de estaqueamento,
barreiras plásticas, fitas de sinalização ou similares.
• As atividades de desmatamento e limpeza de terreno deverão se concentrar nos períodos mais secos.
Tal procedimento tem como orientação a proteção de linhas de drenagens naturais e de áreas
suscetíveis a processos erosivos. Nos casos de atividades de supressão nestas áreas deverão ser
implantados dispositivos provisórios de controle de erosão.
• Após o desmatamento, a área deverá ser completamente limpa, com a remoção do material vegetal
gerado (folhas e galhos), visando a prevenir possíveis obstruções dos dispositivos de drenagem ou
possibilidade da ocorrência de fogo. Em hipótese alguma se deve proceder à queima do material
vegetal gerado, por constituir extremo perigo ao tráfego ou a vegetação circundante.
• O material lenhoso gerado pelo corte da vegetação deverá ser estocado em pilhas de baixa altura, em
locais que não ofereçam riscos de acidentes aos usuários e trabalhadores. Este material poderá ser
doado as prefeituras da região ou dispostos adequadamente.
• A camada de solo vegetal removida deverá ser estocada em local adequado não sujeito a erosão para
posterior aproveitamento, constituindo um substrato para o desenvolvimento da cobertura vegetal a ser
implantada em outras áreas.
• O corte de grandes árvores, localizadas nas laterais da pista, deve ser planejado de modo a não causar
danos à pista e, muito menos, vitimar os trabalhadores ou os usuários. Muitas vezes a inclinação
natural de um tronco de árvore é que determina a direção da queda. Outras vezes, a direção pode ser
controlada por pessoal habilitado. Dessa forma, devem ser observadas algumas regras mínimas tais
como: somente os trabalhadores, em número estritamente indispensável para proceder ao corte,
deverão permanecer dentro de um raio igual à altura da árvore; não deve haver duas turmas cortando
árvores dentro de uma área, onde árvores cortadas por uma turma possam constituir risco para o
pessoal que trabalha na outra; deve haver sempre um homem a certa distância observando os
cortadores, para que no momento oportuno, avise-os do início da queda da árvore através de um sinal
pré combinado (como por exemplo, um apito estridente); as árvores devem ser derrubadas utilizando-
se de serras ou machados; escadas devem ser usadas na poda das árvores e cordas devem ser usadas
para reter e controlar a queda das mesmas; deve-se tomar todos os cuidados necessários para não
atingir redes elétricas ou telefônicas; o tráfego deve ser interditado quando a árvore for finalmente
derrubada e todos os entulhos devem ser removidos.
• Devem-se proibir os trabalhadores de qualquer atividade relacionada à coleta de espécies botânicas nas
áreas lindeiras aos locais autorizados de desmatamento, principalmente de epífitas, xaxins, e outras de
interesse.
É um impacto de grande percepção pela comunidade afetada, representada principalmente pelos usuários
da rodovia e moradores das regiões lindeiras e adjacentes.
Pode ocorrer ao longo de toda extensão da rodovia sob restauração, com maior destaque para os trechos
junto aos trevos de acesso às sedes municipais e núcleos populacionais, de execução da terceira faixa e
variantes a serem implantadas.
Por se tratar de uma atividade que afeta diretamente o usuário, por meio de paralisação do tráfego ou
diminuição de velocidade, gera um grande impacto durante o período de obra. Esse impacto é tanto maior
quanto mais extenso ou prolongado forem as atividades relacionadas com a recuperação do pavimento.
Atividades pontuais como consolidação de cortes mais complexos, ou recuperação de acostamentos
poderão gerar impactos, porém de menor relevância.
Estes impactos podem ser atenuados tomando as medidas abaixo:
• Executar as obras por etapas nos lugares em que o tráfego não puder ser interrompido;
• Sinalização de advertência nas proximidades e sinalização para veículos e pedestres nas vias com
circulação alterada;
• Garantia, em todos os casos, de acesso a todas as propriedades nas áreas afetadas pelas obras;
Grande parte das paisagens ao longo do trecho já sofreu algum tipo de ação antrópica, estando, portanto,
alterada. Assim, a recuperação das áreas degrada e a preservação da paisagem existente, contribuirá para
um melhor aspecto cênico do trecho implantado.
O tratamento paisagístico não é abordado apenas por um enfoque estético. É considerado por diferentes
aspectos, incluindo o funcional e estrutural, e principalmente reconhecido sua importância para uma
melhor integração ambiental e ecológica das rodovias no grande ecossistema nas quais se inserem.
Dessa forma, este item enfoca prioritariamente a revegetação das faixas de domínio das vias a serem
asfaltadas, por meio da implantação de diferentes estratos arbóreo, arbustivo e herbáceo, com objetivando
o controle de erosões, sinalização viva e a proteção ambiental.
26. PROTEÇÃO DOS ACESSOS LATERAIS
As áreas de acesso lateral são suscetíveis a erosões. Para evitar que isso ocorra, a pavimentação deverá
avançar nestes acessos laterais. Além da proteção, esta pavimentação contribuirá para a manutenção da
limpeza da pista nos períodos chuvosos.
• Caso haja supressão de vegetação, obter a licença – APEF-, emitida pelo IEF, regional de Araçuaí,
evitando uma possível paralisação da obra;
• Priorizar áreas com topografia suave e dotadas de sistema drenagem pluvial, para evitar a formação de
processos erosivos e o conseqüente assoreamento dos recursos hídricos;
• Segregação na fonte geradora, por tipo de resíduo, para uma possível reutilização ou reciclagem;
• Classe I – perigosos;
• Classe IIA – não perigosos, não inertes;
• Classe IIB – não perigosos, inertes.
PERIGOSOS
Lâmpadas fluorescentes, pilhas, baterias.
Cartuchos para impressoras, areia cx SAO, estopas. I
Embalagem de lubrificantes e produtos químicos.
• Amarelo - metais
• Azul - papel/papelão
• Branco - ambulatorial/serviços de saúde
• Cinza - resíduos geral*
• Laranja - perigosos
• Marrom - orgânicos
• Preta - madeira
* Não recicláveis, misturados ou contaminados, não passíveis de separação.
• Armazenamento – deverá ser efetuado em Área de Resíduos Sólidos –ARS-, instalada no interior do
canteiro de obras, devendo possuir baias para o armazenamento do resíduo, separado por tipo.
O ARS deverá ser coberto, impermeabilizado, fechado por fora, com ventilação natural (janelas com
tela tipo mosquiteiro), não podendo ser utilizado para armazenar outro tipo de material, que não seja
resíduo.
Lâmpadas fluorescentes, pilhas, baterias, pneus, tonners e cartuchos de impressoras não poderão ser
dispostos em aterro, devendo ter disposição conforme Resolução CONAMA nº.: 275/01.
Os resíduos perigosos – classe I - deverão ser coletados, transportados e tratados por empresa licenciada.
Essas operações deverão ser comprovadas por notas fiscais e ou contratos com as empresas responsáveis
por estas operações.
O resíduo sólido de construção civil deverá, quando possível, ser reaproveitados na própria obra.
A área de lavagem dos veículos, máquinas e equipamentos deverá, também, ser impermeabilizada e
dotada de canaletas, direcionando o efluente para a caixa separadora de água e óleo, cuja areia depositada,
deverá ser periodicamente retirada e acondicionada em tambores, na cor laranja, para a posterior coleta,
tratamento e disposição final.
Água + Óleo B C
Saídas de
Água Limpa
Ø = 4” Ø = 2” Ø = 4”
5 Água Limpa
0,50 m
Óleo 4
Sobrenadante
0,50 m
1
A 2 3 A
1,00 m
Água
Sedimentação Água + Óleo
de Sólidos
B C
1,00 m 1,00 m 1,00 m
Planta
0,10 m
1 0,60 m
2 3
0,30 m
Retirada Manual
Água Limpa
de Óleo
0,10 m
0,10 m
2 5 0,80 m
1,00 m 1,00 m
Corte - BB
0,10 m
Água Limpa
4 0,40 m
3
0,20 m
0,30 m
Para receber o esgoto doméstico, deverá ser instalada fossa séptica, caso não haja rede de esgotos na área
do canteiro de obras.
A distância recomendada entre a fossa e os locais de produção é de 4 metros, para evitar mau cheiro e
canalizações muito longas e com curvas. Deve, também, ficar em nível mais baixo e longe de poços ou de
qualquer outra fonte de captação de água, no mínimo 30 metros.
Figura 6
Figura 7
Após o término das atividades, as áreas utilizadas para a implantação e operação dos canteiros de obras
deverão ser desocupadas e recuperadas. Para isto, faz-se necessário:
• Remoção de quaisquer obstáculos decorrentes das obras e estruturas construídas, tais como,
escritórios, almoxarifados, laboratório, etc.;
• Regularização topográfica do terreno, eliminando pontos onde foram realizados cortes e aterros;
A destinação dos resíduos gerados deverá ser a mesma definida para os demais resíduos citados no
presente estudo. O uso futuro do canteiro deverá ser discutido entre a fiscalização do DER/MG com a
prefeitura municipal, objetivando o aproveitamento da mesma em atividades sociais ou como área de
lazer para as comunidades locais.
A supervisão ambiental será exercida por empresa contratada, em caráter auxiliar e serão desempenhados
em nome e por delegação do Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais, através da
Diretoria de Engenharia, com a incumbência de fiscalizar diretamente as obras em seus aspectos
ambientais.
• Desempenho e estrutura da Construtora na execução dos serviços afetos ao meio ambiente e legislação
específica;
• Detalhamento do projeto de engenharia ambiental, quando este for omisso quanto a aspectos
construtivos e de especificações;
• Solução de problemas construtivos imprevistos surgidos nos serviços e obras ambientais constantes
nos RCA/PCA.
c) Verificar com especial atenção as medidas adotadas pela Construtora para minimizar as interferências
e assegurar a segurança do fluxo de tráfego, especialmente no que concerne à sinalização, sobretudo a
noturna.
f) Elaborar Relatório Final da obra, informando seu histórico e antecedente desde a fase de projeto e
todos os eventos técnicos relevantes ocorridos, assim como fornecer indicações sobre alterações ocorridas
e seus motivos, serviços necessários não realizados e recomendações para a operação da via.
O monitoramento poderá ser sintetizado nos quadros abaixo:
Instalação e desmobilização do Canteiro
IMPACTO MONITORAMENTO PREIODICIDADE
Geração de doenças Nos sessenta dias
no pessoal; Verificar oscilações no contingente humano iniciais, semanal;
No período restante,
mensal.
Baixa qualidade de Captação/abastecimento de água Durante as obras de
vida; Rede de esgotos instalação, semanal;
Focos de vetores Destino final dos dejetos No período restante,
nocivos mensal
Disposição e manejo do lixo Semanal
IMPACTO MONITORAMENTO PREIODICIDADE
Poluição da água Sistema de filtragem de graxas e óleo nas Quinzenal
superficial e oficinas
subterrânea; Dispositivo para a recepção de esgotos Mensal
sanitários
Área para recepção do lixo Semanal
Condições de segurança dos tanques de Quinzenal
combustíveis, lubrificantes, asfaltos, etc.
Verificar se as superfícies dos caminhos de Diária
serviço sujeitas à poeira estão úmidas.
Manter reguladas as usinas de asfalto e usar
Poluição do ar filtros; verificar ventos predominantes na Diária
dispersão da fumaça (evitar que atinjam áreas
habitadas)
Degradação de áreas Supervisionar a recuperação das áreas
utilizadas com utilizadas para instalação do canteiro Semanal
instalações
provisórias
Desmatamento e Limpeza do Terreno
Caminhos de Serviços
IMPACTO MONITORAMENTO PERIODICIDADE
Erosões da estrada e Verificar o escoamento nas obras de
terrenos visinhos; travessias de cursos d’água e talvegues
A recuperação das áreas degradadas envolve operações que vão desde o preparo do solo até a manutenção
das espécies vegetais implantadas.
Cabe ressaltar que as medidas aqui definidas, deverão ser executadas para a recuperação do passivo
ambiental identificado no trecho.
As áreas a serem recuperadas deverão ser cercadas com arame em 4 fios.
Os procedimentos para a recuperação das áreas degradadas são descritos abaixo:
• Revegetação.
A aplicação do calcário e adubo deverá ser feita em separado, sendo primeiramente espalhado o calcário e
depois o adubo.
A calagem seguida de gradagem deverá ser realizada com pelo menos um mês de anterior à época do
plantio, para que o calcário reaja no solo.
29.3. PLANTIO
• Coroamento das mudas, a fim de evitar seu abafamento ou reduzir a competição por luz, água e
nutrientes;
ATIVIDADES Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Implantação de
dispositivos de
X X X
drenagem nas
jazidas
Recolocação do
X X X
solo de capeamento
Hidrossemeadura X X X
Semeadura manual X X X
Plantio de mudas
X X X
de espécie nativas
Replantio X X
Adubação
X X
periódica
Coroamento X X
7 – Cerca
Localização Quantidade
Jazida J-01 602,00
Jazida J-03 420,00
Jazida J-04 600,00
Jazida J-05 600,00
Jazida J-06 420,00
Jazida J-07 600,00
Jazida J-08 780,00
Jazida J-11 420,00
Total Geral 4.442,00
8 - REVEGETAÇÃO
8.1 Bota-fora
Estaca Lado Área (m²) Hidrossemeadura Semeadura Manual
77-88 LE 3.389,83 3.389,83 0,00
212-219 LD/LE 3.557,17 3.557,17 0,00
281-287 LD 3.049,00 3.049,00 0,00
454-464 LD 2.140,83 2.140,83 0,00
505-520 LE 3.781,67 3.781,67 0,00
600-613 LE 4.031,80 4.031,80 0,00
706-716 LE 3.481,67 3.481,67 0,00
790-810 LE 6.842,22 6.842,22 0,00
875-885 LD 2.540,83 2.540,83 0,00
1015-1030 LD 4.681,67 4.681,67 0,00
1067-1072 LD/LE 3.681,67 3.681,67 0,00
1147-1152 LE 1.180,28 1.180,28 0,00
1185-1191 LD 1.524,50 1.524,50 0,00
1230-1242 LD 4.418,00 4.418,00 0,00
1425-1431 LE 1.536,33 1.536,33 0,00
1590-1602 LD 6.818,00 6.818,00 0,00
1840-1850 LE 1.360,56 1.360,56 0,00
1911-1920 LE 4.411,25 4.411,25 0,00
2046-2065 LD 5.930,11 5.930,11 0,00
2094-2100 LD 1.176,33 1.176,33 0,00
Total Geral 69.533,70 69.533,70 0,00
8.5 Jazidas
Estaca Distância Área (m²) Hidrossemeadura Semeadura Manual
225-550 (J-01) 18,80-17,30 8.100,00 8.100,00 0,00
950 (J-03) 0,1 5.400,00 5.400,00 0,00
1755 (J-04) 5,1 11.700,00 11.700,00 0,00
1695 (J-05) 1,7 5.100,00 5.100,00 0,00
1655 (J-06) 1,3 10.800,00 10.800,00 0,00
2123+3,254 (J-07) 6,8 14.400,00 14.400,00 0,00
2123+3,254 (J-08) 6,5 18.900,00 18.900,00 0,00
2123+3,254 (J-11) 5,3 9.000,00 9.000,00 0,00
Total Geral 83.400,00 83.400,00 0,00
9- Outros Serviços
Serviço Unidade Total
Retaludamento de corte m³ 188,00
Rip-rap vegetativo m³ 82,00
Valeta de proteção de corte m 160,00
SERVIÇO ÁREA
Hidrossemeadura 386.194,70
Semeadura Manual 267.946,75
QUANTITATIVO
31. ART DO DOCUMENTO
32. BIBLIOGRAFIA
• BRANDÃO Mitzi, BRANDÃO Hipérides. A Árvore: Paisagismo e Meio Ambiente. Ed. Vitae
Comunicação Integrada. Belo Horizonte – MG, 1992.
33. ANEXOS
GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
SECRETARIA DE ESTADO DE TRANSPORTES E OBRAS PÚBLICAS
DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM DO ESTADO DE MINAS GERAIS
OUTUBRO / 2008
GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
SECRETARIA DE ESTADO DE TRANSPORTES E OBRAS PÚBLICAS
DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM DO ESTADO DE MINAS GERAIS
OUTUBRO / 2008
ÍNDICE
1 Apresentação ..................................................................................................................... 1
2 Justificativa ....................................................................................................................... 3
3 Objetivo............................................................................................................................. 3
9 Passivo Ambiental............................................................................................................. 77
11 Medidas Mitigadoras......................................................................................................... 97
12 Art do Documento............................................................................................................. 99
3. OBJETIVO
O Relatório de Controle Ambiental – RCA tem como objetivo, além de atender a legislação
ambiental específica, para obtenção Autorização Ambiental de Funcionamento, diagnosticar e
prognosticar os impactos ambientais dos meios físico, biótico e antrópico na área de influência do
empreendimento, permeando as fases de implantação e operação do mesmo, visando a eliminação,
mitigação e/ou compensação dos impactos negativos e otimização dos positivos.
4. LEGISLAÇÃO PERTINENTE
O Relatório de Controle Ambiental foi elaborado de acordo com as Normas Técnicas Brasileiras e
tendo como referência os Dispositivos Legais vigentes, tais como:
• Legislação Ambiental Federal
− DN nº.01/79 do COPAM;
− DN nº.02/79 do COPAM;
− DN nº.03/81 do COPAM;
− Lei nº.7.772 de 08/09/80;
− Decreto nº. 21.228 de 10/02/81
5. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO
Parâmetros do projeto
• Velocidade de Projeto = 60 km/h
• Superelevação = 8,00%
• Faixa de domínio = 30 m
• Valor mínimo de “K” para curvas verticais convexas:
Revestimento
• Tratamento Superficial Duplo – TSD (entre as estacas 25 a 620 + 10,00, 676 a 1408 + 16,70 e
1422 a 2123 + 3,254);
• Blocos Pré-Moldados de Concreto – Tipo Blocket (as estacas 0 a 25, 620 + 10,00 a 676 e
1408+16,70 a 1422)
5.2. LOCALIZAÇÃO/ACESSO
O trecho em estudo inicia-se no perímetro urbano do município de Francisco Badaró e tem o seu
final no entroncamento da BR 367, no município de Araçuaí, contornando o mesmo.
Estes dois municípios que são ligados pela rodovia em questão, estão localizadas na região do vale
Médio do Jequitinhonha, Estado de Minas Gerais, pertencendo à bacia do rio Araçuaí, inserida na
bacia do Jequitinhonha.
O acesso a Francisco e Araçuaí, a partir de Belo Horizonte, é feito pelas BR 381-116-367 - LMG
passando por 678 km de rodovia pavimentada e 45 km de rodovia não pavimentada.
• Coordenadas Geográficas de Francisco Badaró
O Projeto de engenharia em sua versão final intitulado Projeto Executivo, é o resultado de estudos e
projetos dos componentes necessários para alcançar o objetivo proposto, visando à implantação de
melhorias e pavimentação de uma rodovia, ou um trecho da mesma.
A seguir, serão sintetizados os vários elementos que compõem o Projeto de Engenharia.
O objetivo dos estudos de tráfego é obter, através de métodos sistemáticos de coleta, dados relativos
aos cinco elementos fundamentais do tráfego (motorista, pedestre, veículo, via e meio ambiente) e
seu inter-relacionamento, visando obter informações para a determinação da Classe da Rodovia,
recomendações para o Projeto Geométrico, de Interseções, de Pavimentação, de Sinalização e
Segurança do trânsito.
Em resumo, os estudos de tráfego se constituem no instrumento de que se serve a Engenharia de
Tráfego para atender às suas finalidades, definidas como sendo o planejamento de vias e da
circulação do trânsito nas mesmas, com vistas ao seu emprego para transportar pessoas e
mercadorias de forma eficiente, econômica e segura.
O VMDAT deste segmento foi obtido considerando-se os resultados das pesquisas de campo
realizadas em julho de 2007. Foi aplicado um Fator de Impacto de 10%, considerando-se que a
estrada atual, com revestimento primário, sofrerá um aumento de tráfego decorrente da sua
pavimentação.
Cabe destacar que devido à Barragem do Rio Setúbal em construção pela RURALMINAS, para a
operação posterior da COPSA, em Jenipapo, e a construção da Barragem do Calhauzinho, em Baixa
Quente, houve um crescimento muito expressivo do tráfego nesta região próxima a Araçuaí, e, de
maneira particularizada, no trecho em estudo da LMG-676, do Entroncamento com a LMG-678 até
Francisco Badaró, conforme pode ser observado comparando-se os dados obtidos pelo DER/MG
nas “Contagens Volumétricas e Classificatórias” realizadas no ano de 2003, apresentadas abaixo,
juntamente com a pesquisa feita em 2007.
Dados de Tráfego (VMDAT - 2003)
Rodovia: LMG-676 Trecho: Entrº LMG-678 - Francisco Badaró
Moto + Pás. + Útilit. Coletivo Carga
Anos Total
VMDAT (%) VMDAT (%) VMDAT (%)
2003 104 73,24 9 6,34 29 20,42 142
Fonte: Núcleo de Engenharia de Tráfego da Gerência de Segurança Viária da Diretoria de Projetos do DER/MG
M oto
Carga 33,58%
15,69%
Ônibus
5,47%
Desta forma, com relação à Seção Transversal de Pavimento Acabado, a Consultora propõe, para
ambos os segmentos em estudo, as seguintes dimensões para seus elementos componentes:
• Largura de semi-pista de rolamento: 3,30m;
• Largura do acostamento: 0,40m; e,
• Largura do dispositivo de drenagem: 0,60m.
A largura total de pavimento acabado da plataforma será de 8,60m.
O traçado do trecho tem seu início no perímetro urbano do município de Francisco Badaró e
desenvolve-se segundo a direção geral W-E, cortando os interflúvios das drenagens afluentes do
rio Setúbal.
Neste segmento o relevo é ondulado, com cortes baixos, com o traçado acompanhando a topografia,
com o ponto mais notável constituindo-se na travessia do rio São João, drenagem intermitente.
Após o entroncamento para Jenipapo, o traçado toma a direção WSW – ENE, ainda desenvolvendo-
se pelos interflúvios, até se aproximar do vale principal, onde passa a acompanhar o rio Setúbal pela
margem esquerda.
A partir da estaca 1250, o traçado se afasta um pouco da margem do rio Araçuaí, voltando a se
desenvolver sobre os interflúvios das drenagens afluentes tanto do rio Setúbal, como do rio Araçuaí,
uma região elevada, localmente denominada de Chapada dos Melos.
Próximo a Araçuaí, o traçado se inflete para norte, acompanhando o rio Calhauzinho, por sua
margem direita, até chegar a Araçuaí, por volta da elevação 324m.
Estão previstas duas variantes com o intuito de melhorar o traçado e evitar zonas urbanas.
A primeira variante está localizada entre as estacas 1745 a 1970, um trecho bastante sinuoso e que
intercepta o bairro Pedregulho. A segunda variante, a partir da estaca 2156, evitará a zona urbana de
Araçuaí, passando por detrás do aeroporto até a chegada na BR-367.
Apresenta-se a seguir, os locais dos principais pontos de passagem e das possíveis melhoras a serem
executadas:
• Est. 62 a 90 – Local de melhoramento de traçado, com eliminação de 4 (quatro) curvas.
• Est. 100 a 175 – Local de melhoramento de traçado.
• Est. 205 a 245 – Local de melhoramento de traçado, sendo que na Est. 220, temos a Ponte sobre
o Córrego São João em madeira, com 14,00m de comprimento e 3,80m de largura. Local de
nova Obra-de-Arte Especial.
• Est. 280 a 335 – Local de melhoria de traçado e local da interseção de acesso a Jenipapo de
Minas (Est. 318 ) LD.
• Est. 360 a 370 – Melhoria da curva de R= 80,0m para R=125,0m.
• Est. 440 a 470 – Local de melhoria de traçado, retificações de curvas.
• Est. 545 a 620 – Local de melhoria de traçado.
• Est. 625 – Ponte sobre o Ribeirão Setúbal, em madeira com 54,50m de comprimento e 4,50m de
largura, hidraulicamente insuficiente, local de nova Obra-de-Arte Especial.
• Est. 627+10,0 a 692+10,0 – Travessia da Vila Setúbal.
• Est. 695 a 745 – Local de melhoria de traçado.
• Est. 775 LD – Acesso ao Povoado de Machado.
• Est. 810 a 870 – Local de melhoria de traçado.
• Est. 955 a 965 – Local de melhoria de curva.
• Est. 982 a 1000 – Local de melhoria de curva.
• Est. 1020 LE – Acesso à Vila de Nova Senhora da Aparecida do Setúbal
• Est. 1045 a 1115 – Local de melhoria de traçado, e da Ponte sobre o Córrego da Velha
(Est.1076), em madeira, hidraulicamente insuficiente, com 6,40m de comprimento e 3,50m de
largura, local de nova Obra-de-Arte Especial.
• Est. 1165 a 1200 – Local de melhoria de traçado.
• Est. 1206 LD – Acesso a Estação de Tratamento da COPASA.
• Est. 1240 a 1280 – Local de melhoria de traçado.
• Est. 1266 – Ponte sobre o Córrego do Almoço, em concreto com 6,70m de comprimento e 4,20m
de largura. A ponte deverá ser substituída por um BDCC 2,50m x 2,50m.
• Est. 1300 a 1450 – Local de melhoria de traçado.
• Est. 1395 a 1460 – Travessia da Vila Gravatá.
• Est. 1417 – Ponte de concreto sobre o Córrego Gravatá, com 68,00m de comprimento e 4,50m
de largura. Ponte suficiente hidraulicamente, que deverá ser aproveitada e alargada.
• Est. 1600 LD – Acesso a São José do Gravatá.
• Est. 1630 a 1660 – Local de melhoria do traçado.
• Est. 1680 a 1730 – Local de melhoria do traçado.
• Est. 1745 a 1970 – Local da variante 1 (ver desenho TD-26), onde o traçado atual passa pelo
Bairro Pedregulho e encontra-se bastante sinuoso. A variante passa fora do bairro e desenvolve-
se num traçado suave, terminando no Entrº com a LMG-678, local da Interseção para Eng.
Schnoor e Novo Engenho.
• Est. 1990 a 2000 – Local de melhoria de curva.
• Est. 2040 a 2090 – Local de melhoria de curvas. Da est. 2060 a 2076, temos a Vila Pedregulho.
• Est. 2085 – Ponte sobre o Ribeirão Calhauzinho, em concreto com 71,40m de comprimento e
4,20m de largura. Ponte suficiente hidraulicamente, que deverá ser aproveitada e alargada.
• Est. 2156 – A partir desta estaca a consultora sugere a variante 2 onde prevê-se a retirada da
chegada da rodovia no perímetro urbano de Araçuaí, seguindo o novo traçado por trás do
aeroporto até a chegada na BR-367.
O segmento inicial até o km 5,00 possui plataforma com revestimento primário e o restante está em
leito natural. Os trabalhos de conservação da rodovia estão ao encargo da 22ª Coordenadoria
Regional do DER/MG, sediada em Araçuaí.
A geometria estudada e projetada, compreende uma interseção em rótula alongada na estaca 310 da
rodovia, com raio de giro de 14,50m.
A concepção proposta contempla 2 (dois) ramos (A e B), com raio de 100,00m no ramo A, e de
25,00m no ramo B, possibilitando assim boas condições geométricas nesta interferência rodoviária.
• Dimensão da plataforma (Ramos):
− Pista 5,50m
− Faixa de segurança 0,50m
− Acostamento 0,40m
− Dispositivo de Drenagem 0,60m
− Pista 5,50m
− Faixa de segurança 0,50m
− Acostamento 0,40m
− Dispositivo de Drenagem 0,60m
6.4.3. Interseção de Acesso a Baixa Quente / Engenheiro Schnoor / Araçuaí (est 1863+4,631)
− Pista 5,50m
− Faixa de segurança 0,50m
− Acostamento 0,40m
− Dispositivo de Drenagem 0,60m
6.4.4. Interseção de Acesso a Araçuaí (est 2047+0,548)
− Pista 5,50m
− Faixa de segurança 0,50m
− Acostamento 0,40m
− Dispositivo de Drenagem 0,60m
A área dos canteiros das interseções dos canteiros centrais perfaz um total de 14.129,00 m² a serem
revestidos com grama em placas.
A drenagem de uma rodovia pode ser definida como um “conjunto de operações e instalações
destinadas a remover e/ou impedir os excessos das águas provenientes do escoamento superficial e
do escoamento do lençol freático, de forma a proteger o corpo estradal, o meio ambiente e garantir
que a vida útil da rodovia estimada para o projeto, seja atingida”.
Um sistema de drenagem ineficiente, além de causar danos à operacionalidade da rodovia, aumentar
os custos e números de intervenções dos serviços de conservação, causa impactos no meio
ambiente, ao provocar erosões e conseqüente carreamento de partículas sólidas para o leito dos
corpos d’água, ou assoreando várzeas próximas.
Podemos, então, concluir que os custos de conservação de uma rodovia estão diretamente ligados ao
projeto de drenagem e a construção dos dispositivos.
Neste caso específico, a escolha e dimensionamento dos dispositivos de drenagem devem ser
bastante criteriosa, dado à grande suscetibilidade erosiva dos solos da região, como poder-se-á
constatar ao longo deste relatório.
Estes dispositivos se agrupam em:
• Drenagem de talvegue (bueiro de grota);
• Drenagem superficial;
• Drenagem profunda;
• Drenagem de Obra-de-Arte Especial.
O projeto de drenagem de talvegue teve como objetivo a análise dos bueiros existentes quanto a sua
suficiência hidráulica, seu estado de conservação e posicionamento junto à rodovia.
Os bueiros tubulares e celulares foram calculados para atenderem respectivamente à capacidade de
vazão para períodos de recorrência de 15 e 25 anos.
Tabela 1: Obras existentes
OBRA EXISTENTE
LOCALIZAÇÃO OBRA PROJETADA
OBRA OBSERVAÇÕES
(ESTACA DO EIXO)
(TIPO E DIMENSÃO) (TIPO E DIMENSÃO)
18+17,772 BSTC DN-0,40 Bueiro insuficiente a ser substituído.
29+9.041 Int Araçuaí BSCC (1,00x2,00)m
51+8,339 BSTC DN-0,60 BSTC DN-0,60
72+4,524 BSTC DN-0,60 BSTC DN-0,60
88+13,665 BSTC DN-1,00 Bueiro insuficiente a ser substituído.
94+3,416 BSTC DN-0,60 BSTC DN-0,60
95+9,189 BSTC DN-0,60 BSTC DN-0,60
101+16,918 BSTC DN-0,60 Bueiro sem recobrimento a ser removido.
193+5,165 BSTC DN-0,60 BSTC DN-0,60
210+6,194 BSTC DN-0,60 Bueiro fora do traçado a ser abandonado.
214+18,00 a 217+4,00 PONTE SOBRE O CÓRREGO SÃO JOÃO Insuficiente a ser substituída por nova ponte
280+9,86 BSTC DN-0,60 BSTC DN-0,60
287+8,983 BSTC DN-0,60 BSTC DN-0,60 Construir CX-01 (H=2,60m) à montante.
293+16,189 BSTC DN-0,60 BSTC DN-0,60
402+10,342 BSTC DN-0,40 BSTC DN-0,40 Construir CX-01 (H=1,70m) à montante.
453+1,760 BDTC DN-1,00 BDTC DN-1,00
Bueiro insuficiente a ser mantido e prolongado. Construir BSCC
461+0,206 BSTM DN-1,90 BSTM DN-1,90
1,50x1,50 como obra complementar.
549+13,954 BSTC DN-0,40 Bueiro fora do traçado a ser abandonado.
614+2,32 a 616+16,82 PONTE SOBRE O CÓRREGO SETUBAL Ponte a ser mantida e alteada
649+13,201 BSTC DN-0,40 Bueiro insuficiente a ser substituído.
652+9,115 BSTC DN-0,40 BSTC DN-0,40 Construir CX-01 (H=1,20m) à montante.
658+3,717 BSTC DN-0,40 BSTC DN-0,40 Construir CX-01 (H=1,20m) à montante.
661+5,444 BSTC DN-0,40 Bueiro sem recobrimento a ser removido.
672+8,339 BSTC DN-0,40 BSTC DN-0,40
Bueiro a ser mantido, sem necessidade de prolongamento. Construir
678+4,406 BSTM DN-2,00
boca de BSCC 2,00x2,00 à montante e à jusante.
708+1,445 BSTC DN-0,60 BSTC DN-0,60 Construir CX-01 (H=1,60m) á montante.
O projeto de drenagem superficial tem como objetivo o dimensionamento dos dispositivos de coleta
e condução das águas superficiais que incidem na plataforma da estrada, conduzindo-as
convenientemente para fora de seu corpo.
Os dispositivos utilizados no projeto foram:
• Sarjetas;
• Valetas de proteção de corte e aterro;
• Decidas d’água de aterro;
• Decidas d’água de aterro em degraus;
• Saídas d’água em corte e aterro;
• Decidas d’água de corte;
• Meio Fio;
• Caixas coletoras;
• Caixa de passagem.
6.5.2.1. Sarjetas
Constituem dispositivos que captam as águas que precipitam diretamente sobre a plataforma e as
que provêm de bacias geradas pela implantação dos cortes, conduzindo-as até outros elementos de
derivação que vão desaguá-las em terreno natural a jusante da estrada, onde seus efeitos nocivos
não mais se farão sentir.
Neste projeto, estabeleceu-se que as sarjetas a serem implantadas nas bordas da plataforma serão
revestidas de concreto. Assim sendo, o comprimento crítico será atingido, quando estiver para se
dar o transbordamento da sarjeta.
Foram projetadas as seguintes sarjetas conforme as necessidades da pista:
• Cortes - sarjeta Tipo SCC 50/10, SCC 50/15 e SCC 50/20;
• Aterros - sarjeta de aterro SCA 30/10, SCA 30/15 e SCA30/20
• Banquetas – sarjetas Tipo SCC 70/30;
Este dispositivo tem a finalidade principal de interceptar o fluxo superficial difuso ocasionado pelas
precipitações à montante das seções em corte ou aterro e conduzi-las adequadamente.
Foram utilizadas as dos tipos DR.VP-01 (75/50) e VP-03 (75/50) e VP-03 (125/100) para proteção
dos taludes de cortes e DR.VPA para proteção dos taludes de aterros. A VP-03 (125/100) foi
utilizada no fundo dos canais de carga e descarga com a finalidade de proteger o terreno à
montante/jusante dos bueiros de processos erosivos.
São dispositivos destinados a conduzir pelos taludes de aterro a águas precipitadas sobre a
plataforma, coletadas pelas sarjetas de aterro ou meios-fios.
Possuem seção retangular em forma de canal de concreto simples ou armado, com ancoragens
indeterminadas, dispersor e soleira de dispersão.
Segundo padrão DER/MG e conforme orientação da Gerencia de Hidrologia e Drenagem o
comprimento das descidas d’água foram considerados a partir de 2,50m abaixo do bordo da
plataforma no talude de aterro, já que as saídas d’água possuem um comprimento máximo igual a
esse valor. Ainda foram usadas descidas do tipo DR.DSA-01 para alturas menores ou igual a 4,50m
e DR.DSA-01A para alturas maiores que 4,50m.
São dispositivos destinados a conduzir as águas vindas de bueiros que tem seu lançamento na saia
do aterro. Possuem seção retangular, em concreto armado, dispersor e soleira à jusante.
Foi utilizada a do tipo DR.DSA-03A.
São dispositivos que captam as águas que fluem por talvegues interceptados pelos taludes dos corte
conduzindo-as até as caixas coletoras dos bueiros.
Foi utilizada a do tipo DR.DSC-01.
As saídas d’água em corte são dispositivos posicionados nos extremos das sarjetas de corte,
destinadas a dirigir as águas captadas pelas sarjetas para fora do corpo estradal.
Foi utilizada a saída tipo DR.SDC-01.
As saídas d’água de aterro são dispositivos posicionados nos pontos em que são vencidos os
comprimentos críticos das sarjetas e nos pontos baixos dos aterros, com a finalidade de dirigir as
águas captadas pelas sarjetas para as descidas d’água de aterro (DSA-01 e DAS-01A).
Foram projetadas as saídas d’água em aterro DR.SDA-01 e DR.SDA-02.
Caixas coletoras são dispositivos executados com a finalidade de coletar as águas provenientes das
sarjetas e descidas d’água dos cortes, conduzindo-as, através de bueiros de greide, para fora do
corpo estradal. Também foram utilizadas caixas coletoras à montante de bueiros de grota segundo a
necessidade topográfica. Foi projetada caixa do tipo DR.CX-01.
Caixas de passagem são dispositivos executados com a finalidade de permitir a ligação das bocas-
de-lobo à rede tubular, de permitir as mudanças de declividade, direção e diâmetro das redes
tubulares. Foi projetada caixas de passagem do tipo DR.CP-01.
A drenagem profunda é projetada para evitar os problemas acarretados pela incidência das águas
subterrâneas do lençol freático, que afetam a infra e superestrutura da rodovia.
A necessidade de implantação foi definida pela situação local do lençol freático nos cortes, pela
ocorrência de materiais com excesso de umidade, a existência de materiais rochosos, impermeáveis
abaixo do greide projetado. Esses dados foram fornecidos pelos estudos geotécnicos.
Tipos de Dispositivos Projetados:
Serão localizados em toda a largura da plataforma, com espessura de 0,40m, preenchendo os locais
de rebaixos em rocha.
Foram projetados drenos do Tipo DR.DPR, com dimensão 0,40m x 0,40m, com tubo de polietileno
de alta densidade perfurado DN=100mm (DMT da brita = 21,33km, Pedreira 04 localizada a
0,10km da est. 2023), para coletar as águas onde houver cortes em rocha.
Para rebaixar o lençol freático existente, foi projetado o dreno do tipo DR.DP-02(A), onde detectou-
se excesso de umidade.
DR.DP-02(A) - dreno profundo longitudinal de areia sem selo, dimensões 0,40m x 1,50m, com tubo
de PVC perfurado DN 100mm encamisado com manta geotêxtil não tecida.
6.5.3.4. Terminal de Drenos
Os drenos deverão, na transição corte/aterro, defletir-se cerca de 45º, prolongando-se além do bordo
da plataforma, de modo que o deságüe se processe, no mínimo, a um metro do “off-set”. Para
proteção na saída dos drenos, são projetados terminais de saída do tipo:
DR.TDP - para dreno profundo de corte em solo;
DR. TDR – para dreno profundo de corte em rocha.
A fundação das obras-de-arte correntes, foi definida após análise do suporte e consistência do terre-
no em que elas serão construídas. Essa análise foi feita com os resultados das sondagens, por inspe-
ção no local, definição de greide e conseqüentemente a altura dos aterros sobre os bueiros. As son-
dagens foram executadas nas seguintes estacas:
• Est 88+15,00 – BSCC 2,00mx2,50m – Fundação direta com empedramento de 0,60m.
• Est 461+0,206 – BSCC 1,50mx1,50m – Fundação direta com empedramento de 0,60m.
• Est 714+3,807 – BSCC 3,00mx2,00m – Fundação direta com empedramento de 0,60m.
• Est 827+17,00 – BDCC 2,00mx2,00m – Fundação direta com empedramento de 0,60m.
• Est 978+6,00 – BSCC 2,00mx2,50m – Fundação direta com empedramento de 0,60m.
• Est 1234+5,00 – BTCC 3,00mx3,00m – Fundação direta com empedramento de 0,60m.
• Est 1595+3,00 – BDCC 3,00mx3,00m – Fundação direta com empedramento de 0,60m.
• Est 1803 – BSCC 2,00mx2,50m – Fundação direta com empedramento de 0,60m.
• Est 1999+11,838 – BSCC 3,00mx3,00m – Fundação direta com empedramento de 0,60m.
• Est 2045+13,184 – BSCC 2,00mx2,00m – Fundação direta com empedramento de 0,60m.
• Est 2046+0,608 – BSCC 2,00mx2,00m – Fundação direta com empedramento de 0,60m.
• Est 2084 – BSCC 1,50mx1,50m – Fundação direta com empedramento de 0,60m.
• Est 29+9,04 (Interseção de Acesso a Araçuaí) – BSCC 1,00mx2,00m – Fundação direta com
empedramento de 0,60m.
As pontes existentes no trecho são em número de 6 (seis): ponte sobre o Córrego São João, nas
coordenadas N=8119374 e E=786156 (foi substituída por nova ponte), ponte sobre o Ribeirão
Setúbal, nas coordenadas N=8121107 e E=792573 (mantida e alteada), ponte sobre o Córrego da
Velha, nas coordenadas N=8124500 e E=799498 (foi substituída por nova ponte), pontilhão sobre o
Córrego do Almoço, nas coordenadas N=8125115 e E=802760 (será utilizada como caminho de
serviço na época das obras, sendo substituída por um BTCC 3,00m x 2,50m), ponte sobre o Córrego
Gravatá, nas coordenadas N=8126706 e E=805348 (mantida) e ponte sobre o Ribeirão Calhauzinho,
nas coordenadas N=8131987 e E=813925 (mantida).
A geometria dos taludes foi definida pelos estudos geotécnicos, função dos materiais ocorrentes e
da observação dos taludes da pista atual (que não apresentam instabilidades). Foram adotados:
• Taludes de corte em solo:
Alargamento de Corte
Estaca
Lado Área (m²) Volume (m³)
Inicial Final
485 493 LE 3.587,55 2.560,00
6.6.4. Bota-fora
O objetivo principal dos serviços a serem executados é propiciar condições de fluidez do tráfego,
segurança e conforto do usuário, além da durabilidade e segurança da própria rodovia, minimizando
os impactos negativos sobre o meio ambiente.
Pavimento flexível
Os materiais e serviços a serem empregadas na execução dos pavimentos, bem como a localização
das ocorrências de materiais/instalações indicadas estão descritas a seguir.
Revestimento
O revestimento dos segmentos entre as estacas 0 a 25, 620+10,00 a 676 e 1408+16,70 a 1422
deverá ser de blocos sextavados de concreto (Blocos Tipo Blocket), fabricados no canteiro de obras
com espessura de 8,0 cm e resistência a compressão simples (Fck) maior ou igual a 35 MPa. Os
blocos devem atender as normas da ABNT NBR 9780 (Peças de Concreto para Pavimentação –
Determinação da Resistência à Compressão) e NBR 9781 (Peças de Concreto para Pavimentação).
Imprimação
A imprimação deverá empregar como material betuminoso asfalto diluído tipo CM-30, aplicada a
uma taxa de cerca de 1,2 l/m2.
A camada de base deverá ser estabilizada granulometricamente com mistura em pista de 80% de
bica corrida e 20% de solo, empregando solos argilosos provenientes dos empréstimos EC-01,
EC-02, EC-03, EC-04, EC-05, EC-06, EC-07 e EC-08 que estão localizados ao longo do eixo, e de
brita proveniente da Pedreira P-4, localizada a 0,10 km da estaca 2023.
A camada de sub-base do segmento entre as estacas 25 a 620+10,00, 676 a 1408 +16,70 e 1422 a
1580 será de solo tipo estabilizada granulometricamente sem mistura, empregando-se solo
proveniente das seguintes jazidas;
• Jazida J-01: Localizada a 18,80 da estaca 225 e 17,30 km da estaca550;
• Jazida J-03: Localizada a 0,10 km da estaca 950;
• Jazida J-04: Localizada a 5,10 km da estaca 1755;
• Jazida J-05: Localizada a 1,70 km da estaca 1695;
• Jazida J-06: Localizada a 1,30 km da estaca 1655;
• Jazida J-07: Localizada a 6,80 km da estaca 2123+3,254;
• Jazida J-08: Localizada a 6,50 km da estaca 2123+3,254;
• Jazida J-11: Localizada a 5,30 km da estaca 2123+3,254.
A camada de sub-base do segmento entre as estacas 1580 a 2123+3,254 deverá ser estabilizada
granulometricamente com mistura em pista de 70% de bica corrida e 30% de solo, empregando
solos argilosos provenientes dos empréstimos EC-07 e EC-08 que estão localizados ao longo do
eixo, e de brita proveniente da Pedreira P-4 , localizada a 0,10 km da estaca 2023.
Apresentamos a seguir as jazidas e ocorrências estudadas, necessárias para a execução dos serviços:
6.7.3.1. Jazidas (Cascalheiras)
• Jazida J-01: Trata-se de uma ocorrência de cascalho de quartzo rolado argiloso, localizada a
18,80 km da estaca 225 ou 17,30km da est 550, em propriedade da Sra. Felicina Gomes dos
Santos, nas coordenadas 16º 56’ 27”S e 42º 12’ 14”W;
• Jazida J-03: Trata-se de uma ocorrência de cascalho de quartzo rolado argiloso, localizada a
0,10 km da estaca 950, em propriedade do Sr. Antônio Maria dos Santos, nas coordenadas 16º
57’ 13”S e 42º 12’ 27”W;
• Jazida J-04: Trata-se de uma ocorrência de cascalho de quartzo rolado argiloso, localizada a
5,10 km da estaca 1755, em propriedade do Sr. Erudito Colares, nas coordenadas 16º 51’ 53”S e
42º 03’ 48”W;
• Jazida J-05: Trata-se de uma ocorrência de cascalho de seixo rolado argiloso, localizada a
1,70 km da estaca 1695, em propriedade do Sr. Fábio da Cunha Melo, nas coordenadas 16º 52’
56”S e 42º 06’ 43”W;
• Jazida J-06: Trata-se de uma ocorrência de cascalho de quartzo argiloso, localizada a 1,30 km da
estaca 1655, em propriedade do Sr. Reudes Guedes Otoni, nas coordenadas 16º 53’ 52”S e 42º
06’ 24”W;
• Jazida J-07: Trata-se de uma ocorrência de cascalho de quartzo rolado argiloso, localizada a
6,80 km da estaca 2123+3,254, em propriedade do Sr. Amauri Gomes Pereira, nas coordenadas
16º 51’ 12”S e 42º 04’ 58”W;
• Jazida J-08: Trata-se de uma ocorrência de cascalho de quartzo rolado argiloso, localizada a
6,50 km da estaca 2123+3,254 , em propriedade do Sr. Vanderlei Vieira Costa, nas coordenadas
16º 51’ 09”S e 42º 05’ 06”W;
• Jazida J-09: Trata-se de uma ocorrência de cascalho de quartzo micáceo, localizada a 26,05 km
da estaca 2123+3,254 , em propriedade do Sr. Amílcar Melo;
• Jazida J-10: Trata-se de uma ocorrência de material britado (quartzo), localizada a 20,05 km da
estaca 2123+3,254 , em propriedade da Empresa Brasileira de Lítio;
• Jazida J-11: Trata-se de uma ocorrência de cascalho rolado argiloso, localizada a 5,30 km da
estaca 2123+3,254 , em propriedade do Sra. Elizabeth Gomes Miranda, nas coordenadas 16º 52’
34”S e 42º 04’ 29”W.
6.7.3.2. Areais
• Areal A-2 (Areal Sítio Alegre), localizado às margens do Rio Araçuaí, 6,10 km da estaca
2123+3,254. Trata-se de uma lavra de areia lavada média explorada comercialmente, sem
licença ambiental, com produção diária de 100 m³/dia, produz areia fina e está localizada em
Propriedade de Areal Sítio Alegre (Artur Berganholi Filho).
A vegetação é predominantemente de pastagem, restando um solitário ingazeiro.
Esta ocorrência foi colocada em reserva.
• Areal A-3 (Areal Fazenda Barra do Ribeirão), localizado às margens do Rio Araçuaí, distante
25,10 km da estaca 0. Trata-se de uma lavra de areia lavada média, explorada comercialmente,
sem licença ambiental, com produção diária de 80 m³/dia, produz areia fina e está localizada em
Propriedade de Areal Barra do Ribeirão (Raimundo Cardozo Carvalho).
A vegetação local encontra-se bastante alterada, composta por capim e algumas poucas espécies
arbóreas. O volume a ser utilizado não foi indicado. Esta ocorrência foi colocada em reserva.
• Areal A-4 (Areal Alto Bravo), localizado às margens do Rio Suaçui, distante 61,80 km da estaca
2123+3,254. Trata-se de uma ocorrência de areia fina de barranco, não explorado
comercialmente, com um volume de 30.000m³, não possuindo licença ambiental para
exploração.
A vegetação local é predominantemente arbustiva.
Esta ocorrência foi colocada em reserva.
• Areal A-5 (Areal Sítio Paraíso 2), localizado às margens do Rio Araçuaí, distante 6,20 km da
estaca 2123+3,254. Trata-se de uma lavra de areia média e fina, explorada comercialmente, com
licença ambiental, produção diária de 100 m³/dia e está localizada em Propriedade do Areal Sítio
Paraíso 2 (Mário Chaves).
Vegetação arbustiva e área bastante alterada.
O areal indicado para a implantação do Projeto é o areal A-05.
6.7.3.3. Pedreiras
Para fornecimento de agregados graúdos para o revestimento e obras, foram estudadas 5 (cinco)
pedreiras, à saber:
• Pedreira P-1 (Pedreira Araçuaí) - Trata-se de uma lavra de granito/gnaisse, comercial, sem
licença ambiental e produção diária de 100 m³, localizada a 6,20 km da estaca 2123+3,254, em
propriedade da Pedreira Comercial Araçuaí.
A vegetação local é arbórea/arbustiva.
• Pedreira P-2 - (Pedreira Córrego São João) - Trata-se de uma ocorrência, sem licença ambiental
e está localizada a 7,40 km da estaca 350, em propriedade da Pedreira Córrego São João,
descartada por estar localizada ao longo do leito do Córrego São João, inserido na área de
proteção ambiental;
• Pedreira P-3 - (Pedreira Setúbal) - Trata-se de uma ocorrência, sem licença ambiental e está
localizada a 3,50 km da estaca 780, em propriedade do Sr. José Rodrigues de Oliveira.
A vegetação local é predominantemente arbórea/arbustiva.
• Pedreira P-4 - (Pedreira Ribeirão Calhauzinho) - Trata-se de uma ocorrência desativada sem
licença ambiental e está localizada a 0,10 km da estaca 2023, em propriedade do Sr. Mauro
Vieira da Silva.
A vegetação local é arbórea/arbustiva.
• Pedreira P-5 (Pedreira Salinas) - Trata-se de uma lavra comercial, com licença ambiental e
produção diária de 60 m3, localizada a 125,70 km da estaca 2123 + 3,254, em propriedade da
Pedreira Salinas.
A vegetação local é arbórea/arbustiva.
A Pedreira indicada para a implantação do projeto é a pedreira P-05.
− Quadrada
• Placas de Regulamentação
− Octogonal
− Triangular
− Circular
• Placas Informativas
− Retangular
• Placas Educativas
• Placas de Identificação Quilométrica
• Placas de identificação Nominal de Pontes, Perímetro Urbano.
• Placas de Serviços Auxiliares
6.8.4. Tachas
• Tachas Bidirecionais amarelas com elementos refletivos amarelos nas duas faces
(0,10 m x 0,10 m x 0,019 m) foram utilizadas nas Linhas de Eixo, separando trechos com
sentidos opostos.
• Tachas Bidirecionais brancas com elementos refletivos na cor branca, quando direcionado ao
fluxo de veículos e na cor vermelha quando direcionado ao contra-fluxo de veículos. Serão
implantadas nos bordos somente em trechos onde a velocidade for igual ou inferior a 40km/h.
Nestes casos, terão espaçamento de 4,00m em curvas e de 20,00m em tangentes.
• Tachas Monodirecionais brancas com elemento refletivo em uma das faces
(0,10 m x 0,10 m x 0,019m), foram utilizadas nos seguintes locais nas linhas de Bordo da
interseção, uma tacha a cada 20,00 m na tangente e 4,00 m nas curvas;
• Tachões Monodirecionais com elemento refletivo branco em somente uma face
(0,25m x 0,16m x 0,050m). São utilizados nas Linhas de Canalização de áreas de narizes,
separando faixas de mesmo sentido, a cada dois intervalos de pintura.
• Tachões Bidirecionais com elementos refletivos amarelos nas duas faces
(0,25m x 0,16m x 0,050m). São utilizados nas Linhas de Canalização de áreas de narizes,
separando faixas de sentidos opostos, a cada dois intervalos de pintura.
6.8.5. Delineadores
6.8.6. Defensas
São dispositivos cuja finalidade é alertar os motoristas nas aproximações de eventos que possam
comprometer a segurança viária, tais como: perímetro urbano, ponte estreita com passagem para um
só veiculo, travessia de pedestres e escolas, etc.
As cercas deverão ser executadas com 4 fios de arame farpado, suportes de concreto e esticadores
de madeira, conforme indicado no Projeto-Tipo OC.CA-01 do DER-MG. Para o cercamento das
áreas em recuperação, serão utilizados 4.442,00 metros de cerca.
Foram previstas porteiras e mata-burros nas entradas das propriedades lindeiras, segundo o Projeto-
Tipo OC.PT e OC.MB-01, respectivamente.
6.9.3. Passagem Sobre Sarjeta
Foram previstas passagens sobre sarjeta nos locais de acesso à propriedades adjacentes à rodovia,
segundo Projeto-Tipo OC.PS-02 do DER-MG.
7. INFRAESTRUTURA DE APOIO
Resíduos Sólidos
• Resíduos Orgânicos
Os resíduos orgânicos são gerados nas áreas de refeitório e cozinha e são constituídos por cascas e
pedaços de legumes e frutas e sobras de alimentos.
• Resíduos Sólidos Recicláveis
O resíduo sólido reciclável será gerado em praticamente todas as unidades do canteiro de obras.
− 01 Engenheiro Supervisor
− 01 Engenheiro Residente
− 01 Engenheiro de Produção
• Pessoal de Nível Médio
− 01 Encarregado Geral
− 01 Encarregado de Terraplenagem
− 01 Encarregado de Pavimentação
− 01 Encarregado de O.A.E.
− 01 Encarregado de Drenagem e O.A.C.
− 01 Laboratorista Chefe
− 01 Encarregado de Topografia
− 01 Chefe de Seção Técnica
− 01 Chefe Administrativo
− 02 Laboratoristas
− 02 Topógrafos
− 25 Operadores de Máquina
− 30 Motoristas
• Pessoal de Nível Auxiliar
− 60 Operários Diversos
A localização dos depósitos de material asfáltico e usinas de concreto devem ficar a cargo da
construtora, que deverá observar as seguintes orientações ambientais na escolha do local de
instalação:
• Instalar os depósitos em locais afastados de cursos d’água e sem restrições ambientais.
• Impedir a instalação de equipamentos que emitam efluentes atmosféricos a uma distância
inferior a 200 m, medidos a partir do ponto de lançamento, em relação a residências, hospitais,
clínicas, centros de reabilitação, escolas, asilos, orfanatos, creches, clubes esportivos, parques de
diversões e outras construções comunitárias.
• As áreas de implantação dos equipamentos não podem estar sujeitas à instabilidades físicas
passíveis de ocorrência em cotas superiores (a exemplo: escorregamentos, deslizamentos,
depósitos de tálus, etc.);
• As áreas de implantação dos equipamentos não podem ser susceptíveis a cheias e inundações;
• As áreas de implantação dos equipamentos não podem situar-se próximas a nascentes de cursos
d’água e de núcleos urbanos;
• Deve ser evitado que os equipamentos sejam instalados em linha com a direção predominante
dos ventos e nucleamentos urbanos;
• A instalação dos equipamentos obedecerá à legislação de uso e ocupação do solo vigente nos
municípios envolvidos;
• Na instalação dessas unidades, será implementado um sistema de sinalização, envolvendo
advertências, orientações e riscos de acidentes;
• Instalar sistemas de controle de poluição do ar;
• Vedar o descarte do refugo de materiais usados na faixa de domínio e em áreas onde possam
causar prejuízos ambientais.
Os caminhos de serviço são vias implantadas a fim de permitir o tráfego de veículos e equipamentos
durante a fase de obras. Devem ser implantados preferencialmente a jusante da plataforma da
rodovia e dentro dos limites da faixa de domínio.
Após a utilização dos cainhos de serviço, deverá ser efetuada a recomposição total do terreno e da
vegetação a fim de evitar erosões, barramentos ou uso inadequado como vias de penetração.
A construtora deve executar os caminhos de serviço em observância à localização das outras
unidades de apoio e respeitando as orientações de proteção ambiental pertinentes.
8. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL
O Polígono das Secas apresenta um regime pluviométrico marcado por extrema irregularidade de
chuvas, no tempo e no espaço. Nesse cenário, a escassez de água constitui um forte entrave ao
desenvolvimento socioeconômico e, até mesmo, à subsistência da população. A ocorrência
cíclica das secas e seus efeitos catastróficos são por demais conhecidos e remontam aos primórdios
da história do Brasil.
A região em estudo está inserida na bacia do rio Araçuaí, principal afluente do rio Jequitinhonha.
Ele percorre o norte e nordeste de Minas Gerais, cortando o sul da Bahia para desaguar no mar. A
bacia do rio Araçuaí situa-se na região conhecida como Alto e Médio Jequitinhonha, onde
predomina um clima semi-árido, com vegetação de caatinga, cerrado e algumas partes de mata
Atlântica.
O relevo é formado, principalmente, por grandes chapadas planas com grotas profundas, onde
nascem e correm as águas. Enquanto os terrenos das chapadas apresentam pouca fertilidade natural,
as grotas possuem terras férteis quanto mais próximas às águas, formando bosques denominados
‘capões’. Nas cabeceiras do rio Araçuaí e ao sul da bacia encontram-se áreas formadas
originalmente por Mata Atlântica.
A ocupação da região remonta ao período anterior à colonização portuguesa, com populações
indígenas de coletores e caçadores, cujos vestígios ainda são encontrados em algumas regiões,
como pinturas rupestres, e artefatos de pedra e de cerâmica. Existem registros do século XVIII e
início do século XIX dos grupos indígenas Malalí, Makoní, Kaposhó e Panyame (IBGE, 1981) e
Aruanã, que foram escravizados pelos colonizadores.
A região foi povoada pelos colonizadores ainda no século XVII vindos com as frentes de expansão
que tomaram conta de Minas Gerais na busca de pedras preciosas e minérios. O rio Araçuaí possuía
ouro ao longo de toda sua extensão atraindo a migração de aventureiros, muitos dos quais com
escravos.
A essa ocupação seguiu-se uma agricultura de subsistência nos chamados ‘capões de mata’. No
entanto, no início do século XIX já era notável o esgotamento do ouro de superfície e a diminuição
do rendimento das lavouras nos capões, pois o solo não resistia a mais de poucos anos de cultivo.
Começou-se, então, a ocupação das regiões de mata. Essas ofereciam diversas vantagens: terra
nova, farta e fértil, sem dono, produzindo muito mais com um custo mínimo de trabalho,
permanecendo ainda uma constante esperança de encontrar pedras e ouro, além de índios que
podiam ser escravizados para o trabalho na lavoura. Somaram-se a esse processo de ocupação, ex-
escravos fugidos da Bahia ou libertos, que se reuniram em Quilombos ao longo de todo o Vale do
Jequitinhonha.
A agricultura era seguida também de pecuária extensiva que contribuiu, em muito, para o
esgotamento dos solos. A mineração praticamente extinguiu-se na bacia, embora ainda persista de
forma artesanal; entretanto, a extração de areia tem se expandido, causando sérios problemas de
assoreamento dos rios.
No final dos anos 60 e início dos 70 iniciou-se uma grande plantação de eucalipto nas áreas de
chapada, chegando a constituir-se a maior plantação de eucalipto do mundo. Com incentivos fiscais
e a regularização de terras devolutas pela CODEVALE (Companhia de Desenvolvimento do Vale
do Jequitinhonha) beneficiando grandes empresas reflorestadoras, o eucalipto era considerado a
redenção econômica do Vale do Jequitinhonha. Inicialmente empregou-se muita mão-de-obra na
fase de plantio e do corte, trabalho que durou um tempo limitado. Atualmente, máquinas substituem
os homens e são pouquíssimos os empregados nas empresas reflorestadoras da região. Por outro
lado, o impacto ambiental do eucalipto foi extremamente violento. O eucalipto é utilizado
principalmente para fazer carvão que alimenta as indústrias siderúrgicas; essa atividade, no entanto,
têm levado também à produção de carvão com madeira nativa (de melhor qualidade) e o
desmatamento expandiu-se violentamente.
A mineração predatória, a agricultura e a pecuária que esgotaram os solos, e as grandes plantações
de eucalipto em uma área com clima semi-árido, contribuíram para aumentar a escassez de chuvas e
secar a maioria dos rios, levando a uma ausência de alternativas de trabalho que transformaram a
região em um grande bolsão de pobreza.
Fazem parte da bacia do rio Araçuaí 22 municípios. Metade deles possui menos de 10 mil
habitantes, sendo que apenas 4 têm uma população com pouco mais de 30 mil pessoas. A população
total da bacia, segundo o censo de 1996, é de aproximadamente 311 mil habitantes, onde quase 200
mil vivem na zona rural. O IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) dos municípios da bacia em
1991 variaram de 0,384 (Novo Cruzeiro) a 0,548 (Couto de Magalhães de Minas), sendo que a
mediana era 0,436, o que indica que a região tem um alto nível de pobreza. O índice GINI, do
mesmo ano, o que aponta as desigualdades, varia entre 0,41 (Francisco Badaró) e 0,6359 (em
Carbonita), sendo a mediana de 0,4933. Carbonita se destaca por sua alta taxa de desigualdade,
provavelmente, pelo fato de concentrar um grande número de carvoarias cujas condições de
trabalho e de vida são extremamente precárias.
Embora apenas uma cidade-pólo da região do Vale do Jequitinhonha – Araçuaí – encontra-se na
bacia do rio Araçuaí, mais outras duas exercem influência nos municípios da bacia: Diamantina e
Teófilo Otoni. A cidade de Governador Valadares, embora mais distante, também exerce uma
relativa influência na região, por se tratar de um grande centro de comercialização, particularmente
de produtos hortifrutigranjeiros, e pedras preciosas e semipreciosas.
De uma forma geral a infra-estrutura da bacia é muito pobre. A maior parte das estradas não é
pavimentada, não existem aeroportos nem linhas de trem. Existem linhas de ônibus regulares
ligando os diversos municípios da bacia, além de linhas para Belo Horizonte e Diamantina.
A grande maioria dos municípios da bacia não possui sistema de tratamento de esgoto, embora
todas as cidades (ao menos as sedes municipais) tenham água tratada, de responsabilidade da
COPASA (Companhia de Saneamento de Minas Gerais). Em alguns municípios a prefeitura
mantém poços artesianos com distribuição de água para as casas, principalmente em comunidades
rurais. Entretanto, predomina na área rural o uso de poços, cisternas e a coleta de água diretamente
dos rios e córregos (quando não estão secos). Na década de 90 o governo estadual implantou um
programa de construção de pequenas barragens para perenização dos rios e aumento da oferta
hídrica. Entretanto, o programa foi extremamente criticado pelo alto custo e a não conclusão de
muitas das obras, embora essa linha de ação demonstre ser a tendência para solucionar o problema
de oferta hídrica nas áreas rurais.
A energia elétrica está presente nas cidades e também em algumas áreas rurais. A CEMIG
(Companhia Energética de Minas Gerais) criou um programa de energia solar em Araçuaí que
mantém 65 unidades demonstrativas em residências e escolas de comunidades rurais.
8.2.1. Clima
O clima de Araçuaí é do tipo semi-árido, com médias térmicas em torno de 25,80ºC, com chuvas
concentradas de novembro a janeiro e uma longa estação de deficiência hídrica que atinge forte
aridez no período de agosto a novembro.
O índice pluviométrico é baixo, conforme ressaltado por Nimer:
O regime hídrico sazonal é representativo das partes baixas, de todo o médio curso do vale do rio
Jequitinhonha.
A alta taxa de evapotranspiração potencial durante todo o ano e a pouca freqüência de chuvas
durante sete a nove meses fazem com que o médio Jequitinhonha seja uma região com totais anuais
de chuva (831 mm em média), quase sempre inferiores à necessidade ambiental de água (1.264
mm), havendo, portanto, um déficit pluviométrico de 433 mm em média (1989:114).
8.2.2. Geomorfologia
O Trecho entre a cidade de Francisco Badaró e a Cidade de Araçuaí possui extensão de 45,0 km e
se desenvolve dentro da área de abrangência do Planalto e Áreas Dissecadas do Jequitinhonha, e da
Depressão Interplanáltica do Médio Jequitinhonha, unidades geomorfológicas abrangentes no
nordeste do Estado de Minas Gerais.
A primeira unidade se caracteriza por apresentar formas tabulares de relevo, intercaladas com
áreas dissecadas ao longo dos vales, originadas do desmonte parcial de extensa
superfície de aplainamento mais antiga, com depósitos de cobertura inconsolidados, por sobre
rochas pré-cambrianas dobradas, predominantemente biotita-xistos e quartzitos.
Toda a região elevada, incluindo o interflúvio entre os rios Araçuaí e o Rio Setúbal e ainda parte
das vertentes para o rio Araçuaí, fazem parte desta unidade, onde predominam colinas e cristas com
vertentes ravinadas e vales encaixados, formas estas originadas da dissecação fluvial de superfícies
aplainadas terciárias e pré-terciárias.
A segunda unidade corresponde a uma área rebaixada, resultante da ampliação do médio vale do
rio Jequitinhonha, por processos de pediplanação.
Corresponde a toda a parte baixa dos vales dos rios Araçuaí e o seu afluente, o rio Setúbal.
8.2.3. Geologia Regional
O trecho rodoviário em estudo está inserido na região nordeste do Estado de Minas Gerais, na área
de ocorrência das litologias do Grupo Macaúbas.
O Grupo Macaúbas representa uma seqüência sedimentar pré-cambriana depositada em
discordância sobre o Super Grupo Espinhaço e conhecida numa extensão superior a 500 km com
uma orientação aproximada N-S, dentro dos limites do Estado de Minas Gerais.
A seqüência mais completa do Grupo Macaúbas, da base para o topo, corresponde às seguintes
formações:
Com relação aos solos que ocorrem na região, estes são de dois tipos: Podzólico Vermelho Amarelo
(eutrófico) e Latossolo Vermelho Amarelo (eutrófico).
O primeiro tipo (Podzólico Vermelho Amarelo) ocorre na região rebaixada do relevo, na vertente
que drena para o rio Araçuaí. Trata-se de um solo de textura média, argilosa, com horizonte a
moderado, desenvolvidos em relevo ondulado em fase de caatinga hipoxerófila. Este é o tipo de
solo que predomina na maior parte do traçado.
O Latossolo Vermelho Amarelo Eutrófico, tem horizonte A moderado, textura argilosa
desenvolvida em fase de Floresta subcaducifólia, no relevo suavemente ondulado.
Morfologia local
A partir de Francisco Badaró, situada em torno da elevação 400m, o traçado desenvolve-se segundo
a direção geral W-E, cortando os interflúvios das drenagens afluentes do rio Setúbal.
Neste segmento o relevo é ondulado, com cortes baixos, com o traçado acompanhando a topografia,
com o ponto mais notável constituindo-se na travessia do rio São João, drenagem intermitente.
Após o entroncamento para Jenipapo, o traçado toma a direção WSW – ENE, ainda desenvolvendo-
se pelos interflúvios, até se aproximar do vale principal, onde passa a acompanhar o rio Setúbal pela
margem esquerda.
A partir da estaca 1250, o traçado se afasta um pouco da margem do rio Araçuaí, voltando a se
desenvolver sobre os interflúvios das drenagens afluentes tanto do rio Setúbal, como do rio Araçuaí,
uma região elevada, localmente denominada de Chapada dos Melos.
Próximo a Araçuaí, o traçado se inflete para norte, acompanhando o rio Calhauzinho, por sua
margem direita, até chegar a Araçuaí, por volta da elevação 324m.
Foto 01 – trecho de relevo suave ondulado (Estaca 1545).
Os solos ocorrentes no subleito da via são condicionados basicamente por uma característica
litológica, que corresponde à intemperização dos quartzo-micaxistos da Formação Ribeirão da
Folha, cujo produto é um solo residual de constituição silto-argilosa, com foliação evidente,
recoberto por um horizonte coluvio-eluvionar de constituição argilo-siltosa.
A espessura da camada argilosa é variável, sendo normal encontrarem-se horizontes de 1,0 a 2,0m
de espessura. Em alguns casos estas espessuras podem chegar a 4,0m ou mais, em situações onde a
deposição coluvionar é facilitada por processos gravitacionais, como nos depósitos de pé de
encosta.
Por outro lado existem trechos em que o quartzo-mica-xisto ocorre mais resistente e
consequentemente aflora à superfície, praticamente sem cobertura coluvio/eluvionar.
A definição de segmentos homogêneos é de difícil execução, em função da disposição dos
horizontes, com a camada de constituição mais argilosa, que sobrepõe o solo residual siltoso,
estando sujeita a ser retirada nos segmentos de cortes mais profundos.
Entretanto, apresenta-se a seguir uma listagem com os segmentos onde foi possível definir uma
predominância dos materiais residuais (siltes argilosos) no subleito:
• Est 35 a 40 – solo residual/saprolito de xisto em corte mais alto e ainda veio de quartzo rochoso;
• Est 290 a 305 – o silte argiloso ocorre no fundo de cortes maiores;
• Est 450 a 465 – xisto esverdeado (saprolito) que ocorre sob a camada de argila superficial;
• Est 645 a 695 – trecho em meia encosta, com cortes no LD, nos cortes mais altos ocorre o solo
residual sob a camada superficial de colúvio;
• Est 730 a 735 – xisto alterado em corte mais alto (até 5m) no LD;
• Est 1250 a 1260 – corte em caixão em saprolito de xisto;
• Est 1410 a 1430 – cortes altos em saprolito de xisto cinza esverdeado;
• Est 1455 a 1475 – cortes altos em saprolito de xisto;
• Est 1875 a 1955 – passagens esparsas em saprolito de xisto esverdeado;
• Entre estacas 2075 a 2090 – cortes altos no LD em solo residual do xisto;
• Entre estacas 2125 a 2130 – corte em solo residual do xisto;
• Entre estacas 2135 a 2145 – corte pleno em solo residual siltoso.
Predomina nos demais segmentos, a camada superficial argilo-siltosa coluvio-eluvionar de
coloração marrom claro a avermelhada.
Por ser uma região com predomínio de relevo suave ondulado, onde predominam solos de alteração,
conformados por litologias brandas, como os quartzo mica xistos e os metapelitos da Formação
Ribeirão da Folha, são raros ou quase inexistentes os afloramentos rochosos ao longo de grande
parte do traçado, predominando os materiais de 1ª categoria.
Apenas nos segmentos listados abaixo pôde-se observar alguns afloramentos de rocha dura
(quartzo-mica xisto), pouco decomposta a decomposta, em taludes de corte e na plataforma da
estrada existente.
A rocha que aflora é xistosa, de coloração verde acinzentada, com xistosidade bem desenvolvida
segundo a direção N75ºE, mergulhando cerca de 65º a 80º ora para SW, ora para NE.
Como geralmente a plataforma está estrangulada, deverá haver a necessidade de alargamento, o que
poderá gerar cortes em materiais de 2ª ou 3ª categorias nos seguintes trechos:
• Est 40 – corte mais alto com afloramento de veio de quartzo rochoso;
• Est 1260 – ocorre afloramento de xisto duro (2ª categoria) na plataforma;
• Est 1460 - ocorre afloramento de xisto duro (2ª categoria) na plataforma, por cerca de 30m;
• Est 1630 - ocorre afloramento de xisto duro (2ª categoria) na plataforma, por cerca de 10m;
• Est 1875 - ocorre afloramento de xisto duro (2ª ou 3ª categorias) na plataforma, por cerca de
40m;
• Entre estacas 2010 a 2015 – corte em xisto duro, fraturado, no LD, (2ª categoria);
• Entre estacas 2030 a 2035 – corte em xisto duro, dobrado e fraturado, no LE, (2ª categoria)
• Entre as estacas 2035 a 2045 – corte em xisto duro, fraturado, no LE, (2ª categoria)
• Entre estacas 2075 a 2090 – corte em xisto duro, fraturado, no LD, (2ª categoria), por 50m
• Entre estacas 2095 a 2100 – corte alto em xisto duro, na plataforma, (2ª categoria), por cerca
de 15m;
• Entre estacas 2105 a 2115 – corte em xisto duro, fraturado, no LD, (2ª ou 3ª categorias), por
cerca de 15m, no LD;
• Entre estacas 2125 a 2130 – corte em xisto duro, na parte central, (2ª categoria), por cerca
de 30m, no LD.
A característica de clima semi-árido da região faz com que este trecho tenha uma peculiaridade, que
é a ausência de travessias de drenagens e também de zonas de baixadas com umidade elevada e
conseqüente acúmulo de solos compressíveis.
A maior parte das drenagens é intermitente, apenas as maiores, como o ribeirão Setúbal, córrego
Gravatá e o ribeirão Calhauzinho, têm drenagem perene, todas as demais estavam secas quando da
inspeção.
O córrego São João tem ponte de madeira com tabuleiro em mau estado, com fundação em
tubulões, provavelmente em saprolito de xisto.
O ribeirão Setúbal é perene e tem captação de água para abastecimento da Cidade de Francisco
Badaró.
Tem ponte nova, construída há cerca de 60 dias, em estrutura metálica e tabuleiro em madeira.
• Na est 1063+10,00 tem travessia em ponte nova, de madeira, com estrutura em aço, sobre
drenagem seca;
• Na est 1404, ponte sobre o córrego Gravatá, perene, em vale largo, amplo, sem afloramentos
rochosos na fundação que é em solo residual (saprolito);
Travessia do ribeirão Calhauzinho, em antiga ponte ferroviária, com plataforma estreita, com
fundação em tubulões em solo residual, em vale amplo, com vertentes suaves e planície de
inundação.
Ao longo de praticamente todo o traçado são comuns os horizontes de solo argiloso, provenientes
das coberturas coluvionares/eluvionares, constituídas por argila siltosa de cor vermelha a vermelho-
amarelada, típicas da região e com excelentes características para utilização em aterros.
Apenas em alguns poucos trechos, correspondentes aos cortes mais altos, têm-se o afloramento do
silte argiloso, onde o relevo é mais movimentado, e a cobertura argilosa foi suprimida pela erosão,
que expôs o solo residual e por vezes até a rocha decomposta.
Areias e cascalhos naturais
A região é servida por dois grandes rios, a saber, o rio Setúbal e o rio Araçuaí e as ocorrências de
areia natural nos leitos destas drenagens são relativamente comuns, em função das características
geológicas da rocha matriz regional, de constituição quartzítica.
Foram inspecionadas duas ocorrências em exploração, sendo as duas no rio Araçuaí.
A ocorrência indicada está situada na localidade de Gouvêa, um distrito de Leme do Prado, nas
seguintes coordenadas: E = 746.011 e N = 8.105.321.
Ocorrências de cascalho quartzoso médio a grosso, com fragmentos angulosos, ou com rolamento
dos seixos, com ou sem ocorrência de laterita associada, são abundantes ao longo de todo o trecho,
predominantemente nas margens do rio Araçuaí e também do Rio Setúbal. Estão associadas à
formação de terraços antigos do rio Araçuaí, e também do rio Setúbal, e pela geração da condição
de laterização parcial dos horizontes preservados.
As principais jazidas indicadas neste estudo são listadas a seguir:
• Est 818 a cerca de 1,8km à esquerda do trecho, no LE. Trata-se de cascalheira atualmente em
exploração para a reforma da estrada existente, onde o material é um cascalho de seixos rolados,
explorado em alto de encosta, com espessura da ordem de 2,0 metros
• Cascalheiras observadas na região de Araçuaí, provenientes de terraços antigos do rio Araçuaí.
Trata-se de varias ocorrências, quase todas com a mesma característica, de serem seixos rolados,
com 1,0 a 5,0 cm de diâmetro, constituídos de quartzo, contendo fina película de oxidação, e
ainda alguns fragmentos de rocha básica. Pose ocorrer uma camada de argila arenosa vermelha
recobrindo parcialmente a jazida.
• Uma das jazidas vistas não apresenta sinais de rolamento, estando os fragmentos de quartzo
irregulares e facetados,
Material Pétreo
Para fornecimento de agregados graúdos para o revestimento e obras, foi identificada a pedreira de
Araçuaí - Trata-se de uma ocorrência de xisto gnaissificado, explorada comercialmente com licença
ambiental e volume suficiente, localizada no final do trecho, em propriedade da empresa Pedreira
Araçuaí;
A Pedreira Araçuaí, está situada em Araçuaí, com grande potencial de matéria-prima, porém sua
instalação é de porte pequeno para atendimento à obra. A rocha é de cor cinza escuro a preto, muito
resistente e pouco lamelar, e tem sido explorada para atendimento a diversos trechos da região.
8.2.7. Recursos Hídricos
Hidrologia
Os rios que drenam a região pertencem à Bacia do Jequitinhonha. São rios de grande importância,
tanto do ponto de vista econômico quanto social. Merecem destaque os rios Araçuaí, Gravatá,
Setúbal, Piauí e Calhauzinho.
O rio Araçuaí, inteiramente perene, embora na grande maioria de seus afluentes não corra água
durante todo o ano, havendo rios que já secaram completamente como o de Águas Sujas, no
município de Berilo. O rio Araçuaí corre paralelamente ao curso do rio Jequitinhonha, desaguando
neste rio próximo à cidade de Araçuaí. Suas águas geralmente claras contrastam com as águas
barrentas do Jequitinhonha. Dentre os principais formadores do Araçuaí pela margem direita estão
os rios Itacambira, Grande Itanguá, São João, Fanado, Capivari, Gravatá e Setúbal, e os ribeirões
Santo Antônio, São Lourenço e Calhauzinho. Os principais tributários da margem esquerda são os
ribeirões Soledade, do Atlas e dos Afonsos, o córrego Água Limpa e o rio Preto.
A rede de drenagem local apresenta um padrão dendrítico sobre os metamorfitos da Formação
Ribeirão da Folha. Nos granitóides têm-se um padrão pinado nas serras e pontões, e os maciços
circulares mostram um padrão radial centrífugo.
8.2.8. Solos
8.3.1. Flora
O Instituto Estadual de Floresta (IEF), em um mapeamento feito em 1994, para o programa pró-
floresta, constatou que a vegetação secundária ocupa grande parte da região.
A cobertura vegetal original predominante é o cerrado, caracterizado por uma estrutura arbórea de
esgalhamento profuso, folhas grandes, coriáceas e perenes com cascas corticosas.
Em alguns trechos, apresenta-se como uma savana arborizada ou campo cerrado, caracterizado por
estrato gramíneo-lenhoso contínuo, entremeado de árvores gregárias, sujeitas a queimadas
induzidas.
As espécies mais encontradas nessa área são a Eugenia Dysenterica (Cagaiteira), Magonia
pubescens (Tingui), Qualea Parviflora (pau-da-terra- folha-úmida), e Qualea Grandiflora (pau-da-
terra-folha-larga) dentre outras.
Outros tipos de formações vegetais também são encontradas, como as florestas de galeria, que têm
os vales dos principais rios como área de ocorrência. Apresentam-se bastante degradadas em
decorrência do desmatamento, principalmente para a prática da agropecuária. Encontram-se, ainda,
áreas de caatinga, evidenciando a transição da cobertura vegetal que caracteriza esse município.
Relação de Espécies Vegetais de Importância Ecológica.
1
Lista Oficial de Flora Ameaçada de Extinção Através da Portaria Nº 37-N, de 3 de abril de 1.992,
IBAMA - Lista Oficial de Espécies da Flora Brasileira Ameaçada de Extinção e Deliberação
COPAM nº 85, de 21 de outubro de 1997.
8.3.2. Fauna
Mamíferos
Aves
8.4.2. História
Sua origem remonta a 1817, quando foi constituído um núcleo de povoamento por iniciativa de
Luciana Teixeira, na confluência do Ribeirão do Calhau com o Rio Araçuaí, à margem direita de
ambos. Surgia então o arraial denominado "Calhau" que, em 1857, foi transformado em Vila de
Arassuay. A emancipação política do município, já com a denominação Araçuaí, se deu em 1871.
O processo de ocupação ocorreu de forma espontânea, no início induzido pelo papel de entreposto
comercial de canoeiros que navegavam pelo Jequitinhonha e, posteriormente, pelas atividades
ligadas à agropecuária e à mineração. São destacadas como as principais atividades econômicas do
município: o comércio; a agricultura, com destaque para a produção de manga, mamão e cana-de-
açúcar (IBGE, 2000); a mineração; o artesanato, reconhecido em âmbito nacional e, mais
recentemente, o turismo.
Pecuária
Lavoura
BR’s 367, 342 e 116, além do Aeroporto Hider Tanure, com as seguintes características: pista de
asfalto, medindo 1200x30 metros, latitude 16º 51' e longitude 42º 04'.
Destacam-se as Riquezas Minerais, como Estanho, Feldspato, Mico, Neóbio, Tântalo e Quartzo.
História
Finanças
Arrecadação Municipal
2001-2004
(Reais Correntes)
ANOS ICMS OUTROS TOTAL
2001 39.583 100.792 140.375
2002 39.047 111.253 150.300
2003 48.952 145.795 194.747
2004 50.973 161.695 212.668
Fonte: Secretaria de Estado da Fazenda
População
População Residente
2001-2004
1970,1980,1991,2000,2005
ANOS ICMS OUTROS TOTAL
1970 1.498 12.993 14.491
1980 2.121 13.458 15.579
1991 3.102 14.075 17.177
2000 2.463 7.831 10.294
2005(1) 10.357
Fonte: Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
(1) Dados preliminares
Transportes
Rodoviário
Distâncias aproximadas aos principais centros (Km):
Belo Horizonte: 723
Rio de Janeiro: 995
São Paulo: 1.140
Vitória: 860
Principais rodovias que servem de acesso a Belo Horizonte:
BR-381, BR-116, BR-367
Principais rodovias que servem ao município:
MG-114, BR-367
Municípios limítrofes:
Virgem da Lapa
Berilo
Chapada do Norte
Jenipapo de Minas
Aracuaí
Fontes: Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de Minas Gerais
Ferrovia Centro Atlântica - FCA
Estrada de Ferro Vitória Minas
Diretoria de Eletrônica e Proteção ao Vôo / Ministério da Aeronáutica
Atividades Econômicas
Unidade$(mil)
Ano Agropecuário Indústria Serviço Total
1998 2.188 1.115 8.641 11.944
1999 2.779 2.003 9.644 14.426
2000 2.890 2.258 11.315 16.463
2001 2.625 2.194 12.351 17.170
2002 2.463 2.297 13.613 18.373
Fontes: Fundação João Pinheiro (FJP) - Centro de Estatística e Informações (CEI)
Ensino
1º Grau
2º Grau
Ensino Profissionalizante (e/ou Pós-médio): (2002)
Curso 2º grau (sem habilitação).
Fontes: Centro de Produção e Administração de Informações - CPRO/SEE / Instituto Nacional de
Estudos e Pesquisas Educacionais - INEP/MEC
Comunicações
Energia Elétrica
Concessionária: CEMIG
Consumo:1999-2003
CLASSE 1999 2000 2001 2002 2003
Industrial
consumo (KWh) 48895 51093 53782 55593 50546
n° consumidores 13 13 13 13 14
Comercial
consumo (KWh) 203100 230903 250038 288277 285649
n° consumidores 127 144 165 175 172
Residencial
consumo (KWh) 1146087 1263474 1219318 1438757 1591346
n° consumidores 1569 1715 1780 2197 2243
Rural
consumo (KWh) 355967 420270 311737 198090 229817
n° consumidores 205 210 102 111 200
Outros
consumo (KWh) 700662 732557 664523 731386 830343
n° consumidores 70 71 71 79 82
Total
consumo (KWh) 2454711 2698297 2499398 2712103 2987701
nº consumidores 1984 2153 2131 2575 2711
Fonte: Companhia Energética de Minas Gerais - CEMIG
Água e Esgoto
Serviços
Hotéis: 0(2000)
Fonte: Associação Brasileira de Indústria de Hotéis - ABIH
Instituições Financeiras: (2004)
BANCO DO BRASIL S.A.
Fonte: Banco Central do Brasil
Quilombo do Mocó
9. PASSIVO AMBIENTAL
O conceito de Passivo Ambiental pode ser entendido como toda pendência ambiental gerada na
implantação ou operação de um empreendimento, ou seja, qualquer degradação da qualidade
ambiental (débito) não recuperado ou mitigado (pago) fazendo com que, sobre aquela degradação,
continuem incidindo novos impactos indesejáveis com conseqüente acréscimo de custo para a sua
regularização.
Os impactos ambientais cadastrados ao longo do segmento compreenderam o passivo ambiental
instalado a partir da implantação da rodovia e atividades antrópicas danosas ao corpo estradal, à
faixa de domínio e à região lindeira.
Cadastro de Passivos
• Estaca 0 LD
Foto 8: Estaca 0.
Retaludamento e hidrossemeadura.
• Estacas 5 LD, 195 LE, 290 LD, 515 LD, 1000 LD, 1190 LD, 1215 LD.
• Estaca 15 LE
Foto 15: Estaca 15 LE: Erosão em talude, avançando para a borda da plataforma..
Implantação de valeta de crista e rip rap vegetativo
• Estaca 65 LD
• Estaca 90 LD/LE
• Estaca 100 LD
A avaliação dos impactos relaciona todos aqueles que deverão ser mitigados ou compensados no
Plano de Controle Ambiental.
As principais ações modificadoras do meio ambiente a serem avaliadas são:
• Implantação e desmobilização do canteiro de obras;
• Desmatamento, destoca e limpeza do terreno;
• Terraplenagem, empréstimo e bota-fora;
• Drenagem;
• Exploração de jazidas e
• Operação da rodovia.
10.4. DRENAGEM
• Supressão de vegetação;
• Erosões;
• Assoreamentos de cursos d’água;
• Alteração da topografia.
A operação de uma rodovia gera uma série de modificações no meio ambiente original, sendo as
principais:
• Aumento dos níveis de ruídos e vibrações;
• Poluição da água e do ar;
• Problemas de segurança da comunidade;
• Alteração no uso e ocupação do solo.
Os canteiros de obra serão instalados e reconformados após a sua desativação, conforme as medidas
adotadas pelo PCA.
A implantação de duas variantes resultará no abandono dos trechos antigos, os quais deverão se
recuperados.
De acordo com os dados apresentados relativos a volume de empréstimos, bota-foras, áreas a serem
recuperadas, ocupação de áreas lindeiras, pode-se avaliar que os impactos negativos decorrentes da
implantação da camada asfáltica da rodovia são de pequena monta e possíveis de mitigações.
Cuidados especiais devem ser tomados na execução das mudanças de traçado propostas, já que
haverá supressão de vegetação e esta deverá ser restrita ao máximo à área necessária para a sua
implantação.
Matriz de Correlação de Impactos Ambientais