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rima

relatório de impacto ambiental


Projeto Bandeirinha - ANM 830.740/2007
e l a b o r a d o p o r :
sumário Apresentação ............................................................ 04

Sobre o Rima............................................................ 05

Caracterização do empreendimento ............................................................ 07

Localização do empreendimento........................................................... 08

Características do empreendimento ............................................................ 10

Planejamento............................................................ 11

Implantação ............................................................ 12

Operação ............................................................ 13

Áreas de influência ............................................................ 15

Diagnóstico ambiental das áreas de influência ........................................................... 18

Meio físico ........................................................... 19

Clima .......................................................... 20

Qualidade do ar .......................................................... 21

Ruídos .......................................................... 23

Pedologia .......................................................... 24

Geomorfologia .......................................................... 25

Geologia .......................................................... 26

Hidrogeologia .......................................................... 27

Espeleologia .......................................................... 28

Recursos Hídricos .......................................................... 29

Qualidade das Águas .......................................................... 30

Estudo de Visadas........................................................... 31

Meio biótico .......................................................... 32

Meio Socioeconômico ......................................................... 41

Avaliação de impactos ......................................................... 48

Principais impactos - ações e programas ambientais .......................................................... 49

Medidas mitigadoras dos impactos ambientais .........................................................51

Cronograma físico ......................................................... 52

Considerações finais ......................................................... 53


04

apresentação

Caro leitor,

Apresentamos a você o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) do processo de licenciamento


ambiental do Projeto Bandeirinha, pertencente à JMN Mineração S/A.

Este documento traz uma síntese das informações contidas no Estudo de Impacto Ambiental
(EIA), relativo às áreas de mineração do projeto. Ele foi elaborado por uma ampla equipe de
especialistas, que realizaram levantamentos e estudos detalhados sobre o empreendimento e
sua inserção no contexto físico, biótico e antrópico da região em que se situa.

Ao apresentar este RIMA, a JMN Mineração disponibiliza para cada um de vocês um relatório
simplificado, de fácil leitura, com o intuito de facilitar a compreensão dos resultados técnicos
mais complexos inseridos no EIA.

Para aqueles que desejem aprofundar os conhecimentos técnicos e científicos referentes ao


projeto Bandeirinha, recomendamos a leitura e/ou a consulta ao EIA.

Esperamos que possa, com o RIMA, adquirir uma visão geral e coesa sobre o empreendimento,
e que o presente relatório lhe permita uma compreensão unificada do empreendimento e das
etapas do licenciamento ambiental, sensibilizando-o a participar do processo.

Boa leitura!
05

SOBRE O RIMA

Empreendimentos de grande porte e/ou de significativo potencial O RIMA é uma versão sucinta e objetiva do EIA e tem
poluidor são incumbidos, pela legislação ambiental federal e como finalidade informar à população, conferindo
estadual, a se submeterem ao licenciamento ambiental quando vão
iniciar, implantar e/ou operar novos empreendimentos.
transparência ao processo de licenciamento e

eia
eia
Entre essas exigências está a elaboração de estudos ambientais para oferecendo a oportunidade de diálogo em torno dos
diagnosticar possíveis impactos ao meio ambiente, principalmente cuidados ambientais que deverão ser adotados para as
nas áreas de influência definidas nos estudos; e para definir medidas fases de licenciamento do empreendimento.

de controle, mitigação e compensação dos danos porventura


causados.
Ambos são documentos direcionados à sustentabilidade,
Um dos estudos mais completos e interdisciplinares é o EIA e seu visando avaliar e precisar a intensidade e dimensão
respectivo RIMA. O EIA demonstra o desempenho do projeto e a
RIMA
do impacto ao meio ambiente. Portanto, a característica
situação ambiental da região onde se localiza o empreendimento, do RIMA é a reflexão das conclusões do estudo contidas
possibilitando a análise dos impactos ambientais provocados. O
estudo recomenda medidas para potencializar os impactos positivos no EIA, devendo ser o mais objetivo e compreensível
e reduzir ou compensar os impactos negativos por meio de planos, possível para toda a população.

programas e projetos que visem à melhoria do meio ambiente.


06

SOBRE O RIMA

O empreendimento a ser licenciado, denominado Projeto


Bandeirinha, encontra-se inserido na poligonal ANM n°
830.740/2007 e seu escopo envolve três atividades
principais:
Lavra a céu aberto de minério de ferro; responsáveis pelo rima
Planta de Beneficiamento a Seco;
Pilha de Rejeito/Estéril de minério de ferro.

O Licenciamento Ambiental foi instituído pela Política


Nacional de Meio Ambiente (PNMA – Lei nº 6938/81). O
objetivo do licenciamento é conciliar o desenvolvimento
econômico com a preservação do meio ambiente.
Grupo JMN Mineração S/A

Prime Projetos e Soluções Ambientais Ltda

Ressalta-se que se buscou a maior precisão possível de CNPJ. 08.579.947.0001-00


CNPJ: 19.400.186/0001-02

todos os dados levantados e, entre eles, elegeu-se um Pça Dr. Augusto Gonçalves, 146
Rua Antônio de Albuquerque, 194/10º andar
elenco de informações que traduz as reais interferências Itaúna/MG - CEP: 35.680-054

Funcionários – Belo Horizonte/MG

do Projeto Bandeirinha na região onde estará localizado.


Cabe ainda salientar que esses trabalhos foram Fone: (37) 3249.9000 Fone: (31) 99261-5937

Responsável: Anderson M. M. Lara


conduzidos por uma equipe interdisciplinar e tiveram
como base os dispositivos da legislação federal, estadual
e municipal em vigor, atendendo o Termo de Referência
para a elaboração de Estudo de Impacto Ambiental.
07

C A R AC T E R I Z AÇ ÃO D O E M P R E E N D I M E N TO

OBJETIVOS E JUSTIFICATIVA

DO PROJETO
A concessão das áreas pela Agência Nacional de
Mineração - ANM está intrinsecamente condicionada à
disponibilidade de dados geológicos que demonstrem
indícios da presença do mineral.

A área do Projeto Bandeirinha encontra-se inserida na


poligonal ANM n° 830.740/2007. As demais estruturas
associadas à operação e ao beneficiamento, para as
quais se verifica certa flexibilidade, foram alocadas de
forma a dar dinamismo à produção, sempre no entorno
imediato da área lavrada, buscando o menor impacto
ambiental. Essas estruturas são a planta de
beneficiamento a seco, pilha de rejeito/estéril de minério
de ferro e estruturas administrativas.

A configuração da implantação do projeto Bandeirinha é


apresentado ao lado. Figura 1 – Ipê amarelo - objetivos e justificativa do projeto
LOCALIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO
08

Figura 3 – Arranjo da rede hidrográfica da Área de Estudo.

A área do Projeto Bandeirinha está localizada no município de


Barão de Cocais, divisa com o município de Caeté, em Minas
Gerais, na porção noroeste do Quadrilátero Ferrífero. A partir de
Belo Horizonte, o empreendimento é acessado pela rodovia
estadual MG 10 e posteriormente pela rodovia federal BR 262/381,
sentido Vitória/Espírito Santo, até a saída para Barão de Cocais.

Passando por estrada municipal não pavimentada, sendo alguns


trechos pertencentes a Estrada Real, encontra-se a área analisada.
A região na qual o projeto está situado encontra-se localizada na
bacia do córrego São Miguel, afluente do rio São João, também
conhecido como rio Barão de Cocais, que por sua vez é afluente
Figura 2 – Localização e acesso à área de estudo do rio Doce.
ALTERNATIVAS LOCACIONAIS
09

A legislação brasileira estabelece que os empreendimentos de uma maneira geral, em especial


aqueles que possuem significativo potencial de impacto ambiental, devem apresentar estudos
de alternativas locacionais de cunho ambiental, justificando o porquê da proposta selecionada.

E como é escolhida a melhor alternativa locacional?


A melhor opção é aquela em que os
A atividade mineradora apresenta arranjos e locações das áreas a serem
alternativas locacionais bastante limitadas lavradas alinham-se com o objetivo de
porque é condicionada à disposição das redução dos possíveis impactos
jazidas, sobretudo em projetos associados negativos provenientes da
a áreas já lavradas. implantação e operação do
empreendimento frente a fauna, flora e
meios físico e socioeconômico.
10

CARACTERÍSTICAS DO EMPREENDIMENTO
boa vista
egas

cocais

A lavra será realizada a céu aberto, com O projeto como um todo tem como objetivo a
operações sequenciadas de perfuração, abertura e aproveitamento econômico de
desmonte e carregamento. O processo será aproximadamente 0.43Mt/mês de ROM
realizado de forma controlada e planejada, provenientes do direito minerário da JMN
sempre buscando garantir o máximo de Mineração (ANM 830.740/2007) durante um barão de
cocais
aproveitamento das reservas minerais e a período estimado, inicialmente, de
proteção do meio ambiente. aproximadamente 20 anos.

A execução do projeto ocorrerá em seguintes fases:


planejamento implantação operação
PLANEJAMENTO
11

Na fase de Planejamento, o estudo de viabilidade do projeto estimou um aporte


de R$ 41,6 milhões com o objetivo de iniciar a produção da unidade da JMN
Mineração na Mina Bandeirinha. A receita bruta anual estimada para o
empreendimento será de R$ 75,6 milhões.

O sequenciamento de lavra levou em consideração as restrições pelos limites


ambientais e legais, assumindo critérios operacionais e geotécnicos.

A representação espacial proposta é apresentada nas figuras a seguir.


Figura 5 –Sequenciamento de lavra – Etapa 2

Figura 4 –Sequenciamento de lavra – Etapa 1 Figura 6 –Sequenciamento de lavra – Etapa 3


Implantação
12

nr 18 equipamentos
18,54 HA

130 colaboradores INTERVENÇÃO*

O canteiro de obras será implantado de acordo com normas do Ministério


do Trabalho (NR 18). Está prevista a utilização de containers ou estruturas
provisórias de madeira. Para destinação dos efluentes sanitários devem ser
instalados banheiros químicos nas frentes de trabalho.

Após todas as aprovações ambientais e legais necessárias,


deverá ser contratada a mão-de-obra temporária, que de Nesta etapa, serão realizadas atividades de limpeza da área, terraplanagem
acordo com cronograma, será alocada por um prazo mínimo e criação de acessos internos. É prevista a intervenção* em 18,54 ha com
de 03 meses. Estima-se que no pico da execução o projeto supressão de cobertura vegetal nativa fora de APP para uso alternativo do
absorva cerca de 130 colaboradores próprios e terceirizados. solo; 1,231ha em intervenção com supressão de vegetação nativa em área
A mobilização de pessoal e equipamento irá gerar um de preservação permanente; 2,078 ha de supressão de sub-bosque nativo
incremento na economia local. fora de APP em áreas com floresta Plantada (Eucaliptal); e corte de 509
árvores isoladas nativas vivas em uma área de 8,279 ha.
13

O P E R AÇÃO Figura 7 – Fluxograma da planta. Fonte: PAE

A seguir, apresentam-se os aspectos ligados à infraestrutura necessária à

operação do empreendimento:

Energia elétrica: será utilizada energia proveniente da CEMIG, cuja

demanda contratada será de 600kW.

Abastecimento de combustível: o combustível será fornecido por

empresa registrada e licenciada, transportado em rodovias por

caminhão tanque até a mina, onde será estocado em um tanque de O método de lavra é a céu aberto, em bancadas descendentes, desenvolvidas

30.000 litros devidamente construído e licenciado. longitudinalmente segundo a horizontal do corpo mineral. O plano de lavra proposto

Abastecimento de água: o processo de beneficiamento será a seco. O para o projeto contemplou vários cenários, considerando os aspectos técnicos e

consumo de água necessário ao empreendimento será fornecido por econômicos. O método contempla escavação mecânica com escavadeira

empresas contratadas na região.


hidráulica de 3.5 m³ (ou retroescavadeira, considerando a posição da caçamba), de

modo a realizar o carregamento de caminhões rodoviários 8x4 traçados.

O regime operacional da mina irá contemplar as operações de lavra com

funcionamento em três turnos. com os seguintes horários: A instalação de beneficiamento da JMN irá produzir minério de ferro granulado,

hematitinha e sínter feed. Após o beneficiamento, os produtos serão estocados nos


Administrativo: segunda-feira a quinta-feira, das 7h às 17h e sexta feira
pátios e embarcados para o consumidor final.

das 7h às 16h, perfazendo 44 horas semanais.

Turno 1: das 23h às 7h20, com uma hora de intervalo para refeição, A planta de beneficiamento da JMN Mineração - Mina Bandeirinha será composta

de segunda à sábado. pelas etapas de britagem e classificação em peneiras vibratórias. Todo o processo

Turno 2: das 7h às 15h20, com uma hora de intervalo para refeição, de classificação será a seco, e o material fino será depositado em pilha de rejeito

de segunda à sábado. para beneficiamento futuro. As cangas, os itabiritos e os itabiritos ricos serão

Turno 3: das 15h às 23h20, com uma hora de intervalo para refeição, processados separadamente na planta, conforme a necessidade da produção.

de segunda à sábado.
14

O P E R AÇÃO

A atividade de desmonte de rocha por detonação, como está prevista,

esporádica, deve ser realizada por empresa especializada ou equipe

própria, com pessoal, equipamentos e materiais adequados e

autorizados para esse fim. Não será realizado armazenamento de

explosivos em paióis dentro da unidade.

Todos os materiais serão transportados por caminhões tipo 8x4

traçados, com capacidade de 48 toneladas.

A pilha de codisposicão de estéril e rejeito será construída de forma

ascendente, em camadas no início do empilhamento e em bancada

quando a pilha superar o desnível topográfico.

ETAPAS DO PAFEM
Pouco antes do término da

produção, o empreendedor
01 02 03
deverá executar o Plano de

Remoção de todas as Fechamento de Mina (PAFEM).


Pós-fechamento: período após
Implantação de medidas que
instalações desnecessárias
a completa implementação das O Fechamento é entendido
garantam a segurança e a

medidas de desativação, no como o momento, após o final


estabilidade da área, incluindo

qual serão executadas ações da produção, que marca o


a recuperação ambiental e

como monitoramento, término ou encerramento das


programas sociais

manutenção e programas
atividades de desativação de

sociais, visando atingir os


uma mina.

A mineração é uma forma temporária de utilização do solo, por isso é necessário objetivos de fechamento

planejar o seu fechamento, para que dê lugar a novas formas de utilização no futuro.
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Áreas de influência

Corresponde às áreas que serão efetivamente ocupadas pelo


empreendimento, incluindo aquelas destinadas à instalação da

ada
infraestrutura necessária à sua implantação e operação. Tratam-se de
áreas que terão sua função alterada, onde serão geradas intervenções
ambientais inerentes ao empreendimento e que irão receber impactos
diretos associados a essas intervenções.

Corresponde à área geográfica na qual poderão incidir

AID
impactos ambientais diretos em decorrência das
atividades de implantação e de operação do
empreendimento exercidas na ADA.

Figura 7 - Áreas de Influência – Projeto Bandeirinha, Barão de Cocais/MG.

Corresponde à área geográfica passível As áreas de influência de um empreendimento podem ser


de receber potenciais impactos descritas como os espaços sujeitos a alterações decorrentes de

aII
indiretos decorrentes dos impactos sua implantação e/ou operação. Essas alterações podem estar
diretos gerados pela implantação e da
operação do empreendimento. associadas a aspectos físicos, bióticos e/ou socioeconômicos.
Para que essas alterações e seus impactos possam ser estudados
adequadamente, os estudos ambientais estabelecem a
delimitação da Área Diretamente Afetada (ADA), da Área de
Influência Direta (AID) e da Área de Influência Indireta (AII).
16

Áreas de influência
Área de Influência Indireta (AII): para os meios
físico e biótico a área do projeto corresponde a
um recorte da bacia do rio Barão de Cocais ou
rio São João, incorporando as bacias do
Córrego São Miguel e Córrego Três Moinhos,
bem como uma porção da mancha urbana de
Barão de Cocais sujeita a impactos indiretos do
empreendimento. A AII proposta possui cerca
de 2609,998 ha. Para o meio socioeconômico, a
AII foi delimitada correspondendo ao limite
territorial do município de Barão de Cocais.

Área Diretamente Afetada (ADA):


a ADA possui uma dimensão total
de aproximadamente 29,09 ha.

Área de Influência Direta (AID): para o


meio físico e biótico, a AID proposta é
formada pelo conjunto de sub-bacias
do Córrego São João e do Córrego Três
Moinhos sujeitas aos impactos diretos
advindos de sua implantação. Possui
cerca de 473,937 ha. Para o meio
socioeconômico, a Área de Influência
Figura 8 - Áreas de Influência – Projeto Bandeirinha, Barão de Cocais/MG. Direta foi delimitada contemplando o
limite territorial do distrito sede de
Barão de Cocais.
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Áreas de influência

Figura 9– Áreas de Influência – Projeto Bandeirinha, Barão de Cocais/MG.

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DIAGNÓSTICO DAS ÁREAS


DE INFLUÊNCIA
Meios que compõem o diagnóstico do projeto
Um dos elementos centrais para os
estudos ambientais são os diagnósticos.
A partir deles, é possível compreender a
situação atual da região onde os projetos Meio

são previstos e fazer a Avaliação de Físico


Impactos Ambientais (AIA), além de
propor medidas mitigadoras e/ou
compensatórias para os impactos
previstos.

Os temas estudados são agrupados em Diagnóstico

três grandes áreas de informações: meio


físico, meio biótico e meio
Ambiental
socioeconômico. Embora as informações Meio
Meio

sejam apresentadas individualmente, os Socioeconômico Biótico


estudos são realizados de forma
integrada e interdisciplinar, para garantir
qualidade e confiabilidade ao trabalho.
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MEIO FÍSICO
Clima

Qualidade do ar
Foto: Agência Brasil | Barão de Cocais

Ruídos

MEIO FÍSICO
Foto: Agência Brasil | Barão de Cocais

Os estudos de meio físico abordam, entre outras, temáticas relacionadas Pedolologia


Foto: Agência Brasil | Barão de Cocais
ao Clima, a Geologia, a Geomorfologia, a Espeleologia, a Pedologia, ao
Uso do Solo e ao Recursos Hídricos. Esses estudos foram realizados a
partir de levantamentos de campo e pesquisas bibliográficas em Geomorfologia
trabalhos técnicos e acadêmicos desenvolvidos na região. Foto: Agência Brasil | Barão de Cocais

Geologia

Hidrogeologia
Foto: Agência Brasil | Barão de Cocais

Espeleologia
Foto: Agência Brasil | Barão de Cocais

Recursos Hídricos
Foto: Agência Brasil | Barão de Cocais

Qualidade das águas


Foto: Agência Brasil | Barão de Cocais

Figura 10 - Temáticas que compõem o diagnóstico de meio físico


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clima

A Área de Estudo do projeto encontra-se totalmente inserida na zona


classificada como Tropical Brasil Central subquente com média de
temperatura entre 15 e 18ºC.

Segundo dados das estações meteorológicas de Belo Horizonte, as


maiores temperaturas na região ocorrem de janeiro a março, sendo
fevereiro o mês mais quente, com média de temperatura mensal de
20,5ºC. O período mais chuvoso concentra-se no verão, com maiores
volumes em dezembro. As menores precipitações ocorrem entre os
meses de maio e agosto.

As temperaturas mais baixas ocorrem entre os meses de maio e


agosto, sendo julho o mês mais frio, quando a temperatura média
mensal é de 18,1ºC. A média anual das temperaturas é de 21,1ºC.
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q u a l i da d e d o a r

A direção dos ventos registrados na região do empreendimento é


predominantemente vinda de nordeste (cerca de 76% das medidas/
tempo). Em relação à ADA não é possível fazer tal correlação, devido
à distância da estação meteorológica de referência.

Mas, partindo do pressuposto que a dinâmica regional siga este


padrão, as áreas de influência não sofreriam com o carreamento de
materiais particulados, pois não estão na rota predominante da
direção dos ventos. A direção dos ventos, na região do
empreendimento, seria um problema se eles viessem de noroeste.

Figura 12 -Representação em 3D da ADA em relação a sede urbana de Barão de Cocais

Além disso, o relevo da área de estudo contribui para esta dinâmica, porque a ADA está
localizada é uma região montanhosa, com alinhamento preferencial leste-oeste. Assim,
essa barreira topográfica ameniza possíveis influências no município de Barão de Cocais,
definido como AII do projeto Bandeirinha.

Figura 11 - Direção dos ventos das médias mensais dos anos de 2019, 2018 e
2017. Fonte: INMET, Estação Meteorológica de Belo Horizonte/MG (83587).
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qualidade do ar

Em relação ao Índice de Qualidade do Ar (IQA), ele foi criado


pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos
(EPA), com base na experiência acumulada de vários anos de
medições e possui o objetivo de simplificar e padronizar a
divulgação dos resultados de monitoramento da qualidade do PONTO 01 - SÍTIO DO SR. JOÃO MOREIRA PONTO 02 - RESIDÊNCIA DA SRA. RUTE
ar ambiente pelos meios de comunicação.
μg/m³
μg/m³
Para a análise da Qualidade do Ar é observada a Resolução 250 240
250 240
CONAMA n° 491/2018 – Padrões Primários, onde estão 200
estabelecidos os valores limites para as Partículas Totais em 200
Suspensão (PTS), sendo que a Máxima Diária estabelecida 150
150
pela resolução é de 240μg/m³.
100 85,25
100 76,98
Nas figuras ao lado estão evidenciados os índices de IQA na 50
65,43
39,86 42,15
área de estudo.
0
50 62,14
Padrão 0
1 2 3 Diário Padrão
1 2 3 Diário

Figura 14 - Gráfico dos valores de PTS para o ponto 01 (barras em Figura 15 - Gráfico de os valores de PTS para o ponto 02 (barras em
azul) dos dias 05, 06 e 07 de julho de 2021, respectivamente. A barra azul) dos dias 05, 06 e 07 de julho de 2021, respectivamente. A barra
em verde representa a referência para o valor de 240μg/m³, limite de em verde representa a referência para o valor de 240μg/m³, limite de
corte diário da Resolução CONAMA 491 de 2018. corte diário da Resolução CONAMA 491 de 2018.

A análise dos gráficos permite avaliar que os valores medidos estão dentro dos padrões
estabelecidos pela Resolução CONAMA n° 491/2018 para os Pontos 01 e 02. Havendo
Figura 13 - Dados de Partículas Totais em Suspensão (PTS) apurados interferência do empreendimento na qualidade do ar, serão adotadas medidas mitigadoras.
em julho de 2021. Fonte: Relatório de medições da SEGMA (2021).

23

Ruídos
Ponto 1

Ponto 2

Figura 16 - Quadro com pontos de medição de ruído

Foram realizadas 02 medições de ruído, em março de 2021. Adotou-


se a avaliação pelo método simplificado, com limites de níveis de
pressão sonora de 40 dB para o período diurno. Essas medições O resultado para o Ponto 01 foi de aproximadamente 32 dB; para o Ponto 02, média de 33 dB.

foram realizadas em áreas onde se encontram habitações passíveis


de receber e perceber os impactos, uma delas na área rural, a As localidades se encontram com os padrões de ruídos abaixo do limite definido pela Norma
sudeste do ponto central da ADA; e outra na área urbana, sendo o Técnica da ABNT NBR 10151:2019, e de acordo com os resultados obtidos durante o período
ponto urbano, a 1.800m da ADA, também a sudeste.
de medição, todos os pontos estão em conformidade com a Lei Estadual 10.100/1990
"Proteção Contra a Poluição Sonora no Estado de Minas Gerais".
Resultados obtidos nos pontos de medição e a posição deles em
relação em relação à ADA.
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Pedologia

Na Área de Estudo do projeto Bandeirinha predominam os solos das classes


Latossolos, Cambissolos e Neossolos, além de afloramentos rochosos. Dentro da
ADA predomina o Latossolo Vermelho, como pode ser visto nas figuras a seguir.
Figura 18 - Corte estrada com exposição Figura 19 - Corte de estrada próxima a porção na
de perfil de solo em área com afloramento AII com exposição de horizonte B de latossolo.

Figura 17 - Mapa de Solos do município de Barão de Cocais e região.

Predominância de solos | Projeto Bandeirinha


Latossolos Cambissolos Neossolos
25

Geomorfologia

Figura 21 - Visão das cristas das serras do Quadrilátero Ferrífero.

A Área de Estudo do projeto e seu entorno estão inseridas no Quadrilátero


Ferrífero. As Serras do Quadrilátero Ferrífero são formadas por relevos
acidentados e com altitude elevadas. Os morros possuem cristas encaixadas e
vertentes ravinadas. Nesta unidade, encontram-se as nascentes do rio
Piracicaba, um dos principais afluentes do rio Doce.

As Serras do Espinhaço Meridional constituem parte de um grande


escarpamento que separa o interior continental da fachada atlântica e configura
o divisor hidrográfico da bacia do Rio São Francisco com as bacias hidrográficas
costeiras.

Os Planaltos da Zona Metalúrgica Mineira são constituídos predominantemente


por formas de dissecação fluvial do tipo colinas, cristas, pontões e vales
Figura 20 - Domínios Geomorfológicos regionais na área de estudo. encaixados. Os vales são encaixados, e as planícies fluviais restritas.
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Geologia

A geologia da região de Barão de Cocais e, consequentemente, da Área


de Estudo, está ligada à evolução do Quadrilátero Ferrífero, em sua
porção NE. Engloba rochas de idades arqueana e proterozóica que
foram tectonizadas por diversos eventos de dobramento, cisalhamento
e falhamento. Ocorrem ainda rochas metabásicas intrusivas e
coberturas cenozóicas.

Geologicamente, esta região abrange terrenos granito-gnáissicos,


caracterizados pelo Complexo Santa Bárbara, rochas ultramáficas
serpentinizadas pertencentes ao Grupo Quebra Osso e pelo Grupo
Nova Lima, sotoposto à sequência anterior. Todas as unidades foram
deformadas e metamorfizadas na fácies xisto-verde. Rochas
proterozóicas são encontradas a oeste e noroeste de Barão de Cocais.

Figura 22 - Mapa geológico da área de pesquisa e entorno.


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Hidrogeologia

Figura 24 - Nascente identificada na ADA.

Figura 23 - Mapa hidrogeológico da ADA

A Área de Estudo está contida na da sub-bacia do Rio Piracicaba, que possui dois
sistemas de aquíferos: aquíferos fissurados e aquíferos granulares (Plano Integrado
de Recursos Hídricos da Bacia do Rio Doce, IGAM, 2010). Os sistemas aquíferos
fissurados são encontrados em 96% da área da Bacia.

De acordo com o mapa hidrogeológico da área de estudo, a ADA e seu entorno estão
inseridas no domínio hidrogeológico dos aquíferos metassedimentos/metavulcânicas
indiferenciados. Esta unidade corresponde aos aquíferos pouco fissurados.

O domínio hidrogeológico do qual a área faz parte corresponde as rochas da


formação Cauê, que engloba essencialmente filitos, xistos e arenitos. Os aquíferos
desse domínio apresentam, em geral, difíceis condições de jazimento e de circulação
das águas subterrâneas. Figura 25 - Pequeno lago construído próximo à nascente.
28

Espeleologia
CAVIDADE ENFOQUE REGIONAL ENFOQUE LOCAL RELEVÂNCIA

JM-07 BAIXA BAIXA BAIXA

JM-10 BAIXA BAIXA BAIXA

JM-11 SIGNIFICATIVA SIGNIFICATIVA MÉDIA

JM-12 SIGNIFICATIVA SIGNIFICATIVA MÉDIA

Quadro 1 - Resultado final da análise de relevância espeleológica das Cavidades.

A etapa referente aos levantamentos de campo para prospecção Figura 26 - Potencial Espeleológico Local.
espeleológica foi realizada em julho de 2021. Os caminhamentos
cobriram as áreas de influência (ADA + AID) totalizando 119,236 ha.

O caminhamento resultou no registro de quatro cavidades naturais


subterrâneas e duas feições pseudocársticas/espeleológicas do tipo
reentrância, e de forma geral contemplou todos os locais passiveis e
com características ambientais favoráveis a existência de cavidades.

Figura 27 - Entrada da cavidade. Figura 28 - Salão principal. Figura 29 - Croqui topográfico de uma das cavidades mapeadas.
29

Recursos Hídricos

A Área de Estudo está inserida nas sub-bacias do córrego Três Moinhos e do córrego
São Miguel, sendo bem drenada. No contexto regional, a região em onde se situa
Barão de Cocais está inserida na bacia do rio Doce e na sub-bacia do rio Piracicaba.

Figura 30 - Mapa Hidrográfico da área de estudo contendo os pontos visitados. Figura 31 - Arranjo da rede hidrográfica na AID.
30

Qualidade das águas

A análise da qualidade das águas na área de influência do empreendimento


foi realizada apenas para avaliar os níveis dos parâmetros medidos na área
de influência do empreendimento. Essa parametrização servirá como suporte
comparativo quando da instalação e operação do empreendimento. Somente
após esse período de desenvolvimento do projeto e com os dados do período
de pré-empreendimento em mãos será possível mensurar o real impacto,
positivo e/ou negativo da atividade minerária do Projeto Bandeirinha no seu
entorno, em relação à influência da qualidade das águas.

Avaliar as condições naturais, no entanto, nas proximidades da ADA do


Projeto Bandeirinha não é possível, uma vez que elas já foram alteradas por
ações antrópicas, ainda que limitada, por abertura de acesso, criação de
bovinos em pequena escala e pela existência de algumas habitações.

Os parâmetros analisados foram os de Oxigênio Dissolvido, pH, Sólidos


Totais, Temperatura, Turbidez, Fosfato Total, Nitrato e DBO.

Figura 32 - Pontos de monitoramento da qualidade das águas.


31

E s t u d o d e V i sa das

O estudo é feito para evidenciar a relação que a Área de


Estudo possui com a área do projeto, com o objetivo de
diagnosticar possíveis impactos na paisagem.

São definidos pontos de referência a partir dos quais se


busca avaliar a melhor visualização da Área de Influência
Direta (ADA). Foram definidos seis pontos de referência
na região do empreendimento.

Em função do relevo movimentado da região, não é


possível visualizar a ADA do projeto da maior parte da
área urbana de Barão de Cocais. Em contrapartida, os
estudos de visada indicam que será possível visualizar a
ADA de pontos específicos da região, sobretudo em
áreas mais elevadas da cidade, tal como o cemitério São
João Batista, pontos da MG-129 e do final da Rua
Oliveira. Nestes casos, a visualização da ADA está
condicionada a não existência de obstáculos físicos.

Figura 33 - Mapa de visada a partir do cemitério São João Batista, Barão de Cocais/MG.
32

M E I O B I ÓT I C O

Ictiofauna

Os trabalhos desenvolvidos nesse estudo flora avifauna


compreenderam etapas de levantamentos de campo
(dados primários) e de pesquisas bibliográficas meio-biótico
(dados secundários) referentes à Flora e à Fauna da
região de inserção do empreendimento. No tema fauna herpetofauna
Fauna, foram estudadas as aves (avifauna), os peixes
(ictiofauna), répteis e anfíbios (herpetofauna) e
mamíferos (mastofauna).
mastofauna

Figura 34 – Temáticas que compõem o diagnóstico de Meio Biótico


33

F LO R A

FLORA
O objetivo deste diagnóstico ambiental é
descrever e caracterizar a cobertura
vegetal da área de influência do
empreendimento.

CARACTERIZAÇÃO LOCAL Figura 35– Temáticas que compõem o diagnóstico de Meio Biótico
As áreas deste projeto, onde ocorrerão as intervenções,
totalizam 29,42 hectares, sendo formadas por vegetação
nativa, caracterizadas por 16,2816 hectares de floresta
estacional semidecidual, cuja classificação do estágio
sucessional se caracteriza como inicial e médio,
conforme Resolução Conama 392.

Também foi classificado um trecho de 2,2674 hectares


de Campo Rupestre Ferruginoso em estágio avançado de
regeneração (Resolução 423/2010) e uma porção de
8,2789 hectares área antropizada/consolidada com
indivíduos isolados, segundo classificação do IBGE. Além
disso, possui um trecho de 2,2640 ha de eucaliptal
(Eucalyptus spp com sub-bosque nativo e um Bambuzal
com área de 0,0765 hectares.

Figura 36– Localização da área de estudos e classificação do uso e ocupação do solo.


34

F LO R A

Dentre as espécies levantadas em campo


foram detectadas a presença das espécies
Garapa (Apuleia leiocarpa), Cedro (Cedrela
fissilis), Jacarandá-da-Bahia (Dalbergia nigra)
na categoria “vulnerável” (VU) e a espécie
Araucaria (Araucaria angustifólia) na categoria
“em perigo” (EN). E em consulta com a Lei
20.308, que retrata das espécies imunes de
corte, foram registradas as espécies, Ipê-
amarelo-do-cerrado (Handroanthus ochraceus)
, Ipê-amarelo (Handroanthus serratifolius) e
Ipê-amarelo (Handroanthus chrysotrichus).

Figura 37– Exemplares de flora presentes na área de estudo.

35

F LO R A

Tabela 1 | Ocupação do Uso do Solo inserida no Projeto Bandeirinha


Uso do Solo Área Área - ha
Afloramento Rochoso
0,2065

Área consolidada com indivíduos isolados


8,2789

É importante destacar a presença de espécies Bambuzal


0,0765

classificadas como “Criticamente em Perigo”,


conforme a Lista Oficial de Espécies da Flora Campo Rupestre Ferruginoso Arbustivo em estágio avançado de regeneração
2,2674

Brasileira Ameaçadas de Extinção da Portaria


MMA nº 148, de 7 de junho de 2022, a saber: Eucaliptal com sub-bosque nativo
2,0005

Aspilia ovatifolia (DC.) Baker e Encholirium Eucaliptal com sub-bosque nativo com afloramento rochoso
0,2635

irwinii L.B.Sm.

Na tabela ao lado estão descritos os Floresta Estacional Semidecidual em estágio inicial de regeneração
3,6390

quantitativos das áreas em hectares das Floresta Estacional Semidecidual em estágio inicial de regeneração pós incêndio
5,5041

feições inseridas na área do projeto.


Floresta Estacional Semidecidual em estágio inicial de regeneração com afloramento
0,2635

Floresta Estacional Semidecidual em estágio médio de regeneração com afloramento


6,1884

Reservatório d’água
0,0447

TOTAL 29,4196
36

FA U N A

Os dados sucintos do diagnóstico de fauna apresentados


neste RIMA devem proporcionar a você, leitor, uma análise
detalhada e atualizada da fauna regional e das espécies
que ocorrem na área de estudo do projeto Bandeirinha,
Barão de Cocais/MG.

CARACTERIZAÇÃO LOCAL
Os estudos de fauna que originam este RIMA foram realizados no
município de Barão de Cocais MG. A localidade foco de coleta de
dados possui como cobertura vegetal original o bioma da Mata
Atlântica.

A região abrange a porção leste do Quadrilátero Ferrífero, ao sul da


Cadeia do Espinhaço, o maior complexo oreográfico do Brasil. Neste
setor da cordilheira são registradas as maiores cotas altitudinais de
toda extensão da cadeia, alcançando marcas que ultrapassam 2.000
metros. O grau de endemismo da Cadeia do Espinhaço é o foco de
programas conservacionistas e importante critério para a seleção de
áreas de conservação. Para o Espinhaço foram estabelecidas
medidas de conservação próprias, com destaque para as Áreas Figura 38– Localização dos pontos amostrais - diagnóstico local dos grupos de fauna.

Insubstituíveis para a Conservação da Cadeia do Espinhaço. Rio Piracicaba | Barão de Cocais MG


37

I C O T I O FA U N A – p e i x e s

O inventário da ictiofauna tem como objetivo conhecer e


avaliar as assembleias de peixes nos cursos d´água
localizados na área de influência da JMN Mineração Ltda
– Projeto Bandeirinha, no município de Barão de Cocais
MG. Isso possibilita a análise dos possíveis impactos
decorrentes da implantação e operação do
empreendimento.
Figura 39- Astyanax sp – lambari Figura 40 - Phalloceros uai - barrigudinho

Foram coletadas amostras nos córregos São Miguel e


Três Moinhos e em outro não identificado. A espécie
mais abundante durante a campanha realizada na área de Não foram capturadas espécies
influência da JMN Mineração, em junho de 2021, foi o ameaçadas e protegidas, espécies
barrigudinho (Phalloceros uai), com 62 %; em seguida, o
lambari (Astyanax sp), com 35 % da amostragem. A
endêmicas, espécies introduzidas
espécie menos abundante foi a traíra (Hoplias e espécies mitigadoras. Houve
malabaricus), com apenas 01 exemplar.
captura de exemplares de
Nas figuras seguintes encontram-se as espécies de interesse econômico, a traíra -
peixes capturadas na campanha de ictiofauna, na área de Hoplias malabaricus
influência da JMN Mineração Ltda. – Projeto Bandeirinha,
em junho de 2021. Figura 41 - Hoplias malabaricus - traíra
38

H e r p e to fa u n a
anfíbios e répteis
A riqueza da herpetofauna na área de influência é
representada por 45 espécies, sendo 41 de anfíbios e
quatro de répteis. São espécies endêmicas da Mata
Atlântica, do Cerrado e da Serra do Espinhaço. A
ocorrência de algumas indicam qualidade ambiental,
como a rãzinha-da-mata e a rãzinha-do-riacho.

A riqueza de anfíbios está dividida em 10


famílias, entre elas sapo-cururu, rãzinha-da-mata,
perereca-de-vidro, rã-das-pedras, pererecas, rã-da-
mata, rã-assobiadora, rã-cachorro, rã-grilo, sapo-
verruga e perereca-verde.

Dez espécies apresentam endemismo, sendo i ura 4 - Indiv duo de sapo-cururu


F g 2 í i ura 4 - Indiv duo de rã-do-costão
F g 3 í i ura 44 - indiv duo de perereca
F g í

sete espécies endêmicas da Mata Atlântica, uma (Rhinella crucifer). (Thoropa miliaris). (Bokermannohyla saxicola).

espécie endêmica do Cerrado e duas espécies


endêmicas da Serra do Espinhaço (FROST et al.,
2021; LEITE et al., 2008). Curiosidade

As espécies mais abundantes encontradas


Para o grupo dos répteis foram registradas apenas
na área de estudo são a pererequinha e o
quatro famílias, com uma espécie cada, entre elas sapo amarelo, com 14 e 13 indivíduos,
o lagarto papa-vento, calango-liso e cágado-da-
serra, este último ameaçado de extinção.
respectivamente.
i ura 45 - Indiv duo de sapo-verruga
F g í

(Leptodactylus labyrinthicus).
39

Av i fa u n a - av e s

Nas duas campanhas de campo foram catalogadas 108


espécies da avifauna, classificadas em 34 famílias e 16
ordens. As famílias que apresentaram maior riqueza de
espécies foram a Tyrannidae (Bem-te-vi, suiriri e afins)
com 20 espécies, seguida da Thraupidae (sanhaços,
saíras e afins) com 15 espécies.

Figura 46 - Beija-flor-cinza Figura 47 - Beija-flor-de-orelha-violeta Figura 48 - Patinho


Dentre os representantes da família Tyrannidae merecem (Aphantochroa cirrochloris). (Colibri serrirostris) ( latyrinchus mystaceus).
P

destaque o guaracava-de-barriga-amarela (Elaenia


flavogaster), o neinei (Megarynchus pitanguá), a maria-
cavaleira (Myiarchus ferox) e o bentevizinho-de-penacho-
vermelho (Myiozetetes similis).

Para a família thraupidae, o trinca-ferro (Saltator similis) e


saíra-douradinha (Tangara cyanoventris).

Nas figuras ao lado estão algumas espécies da avifauna


local.
Figura 49 - Gavião-do-rabo-branco Figura 0 - Gavião-bombachinha-grande
5 Figura 1 - Tucanuçu
5

(Geranoaetus albicaudatus). (Accipiter bicolor). ( amphastos toco).


R
40

M as to fa u n a – m a m í f e r o s

Foram registradas quatro espécies de mamíferos de médio


e grande porte: lobo-guará (Chrysocyon brachyurus),
cachorro-do-mato (Cerdocyon thous), veado-catingueiro
(Mazama gouazoubira), tatu-galinha (Dasypus novemcinctus)

O lobo-guará, maior canídeo da América do Sul, é


classificado como “vulnerável” à extinção, segundo as listas
estadual (COPAM, 2010) e nacional (MMA, 2014) de
espécies ameaçadas.
Figura 52 - Registro da prática de busca Figura 53 - Registro da instalação Figura 5 - Pegada de veado-
4

por vestígios de mamíferos. de foto armadilhas. catingueiro (Mazama gouazoubira).


O cachorro-do-mato é um canídeo de médio porte,
ocorrendo em quase todos os habitats presentes na
América do Sul.

O tatu-galinha é um mamífero relativamente comum, com


ampla distribuição no Brasil, e pode ocupar grande
variedade de habitats.

Nas fotografias a seguir podem ser visualizadas vestígios


dos mamíferos na área de influência do Projeto Bandeirinha.
Figura 55 - Toca de tatu-galinha Figura 56 - Fezes de cachorro-do-mato Figura 5 - Pegada de lobo-guará
7

(Dasypus novemcinctus). (Cerdocyon thous). (Chrysocyon brachyurus).


41

MEIO SOCIOECONÔMICO

Ilustração vetorial pessoas | Freepik


Os estudos do meio socioeconômico compreenderam
várias etapas, dentre elas o levantamento de campo,
pesquisas bibliográficas e entrevistas informais com
moradores da região. Com isso foi possível verificar os
indicadores da Área Diretamente Afetada (ADA), Área de
Influência Direta (AID) e Área de Influência Indireta (AII).

DINÂMICA POPULACIONAL DA AII


A área de estudo do Meio Socioeconômico corresponde
ao município de Barão de Cocais, situado na porção
noroeste do Quadrilátero Ferrífero, na divisa com o
município de Caeté, Minas Gerais.

O município de Barão de Cocais possuía 28.442


habitantes, segundo o último censo de 2010. Mas, pela população em barão de cocais/MG
estimativa da população (IBGE, 2020) o total de
moradores cresceu 0,65%, chegando a 32.866 população urbana 89,7%
habitantes.

população rural 10,3%


A maior parte da população (89,7%) reside no meio
urbano e apenas 10,3% no meio rural. Fonte: ibge 2020
42

MEIO SOCIOECONÔMICO

Maiores densidades populacionais


Vale do rio Barão de Cocais ou São João, junto
à margem esquerda do córrego São Miguel.
A nordeste do município, ao longo da MG-436.
A oeste, na planície aluvial do rio São João.
Ao sul, no povoado rural de Socorro, próximo à
divisa com o município de Santa Bárbara.

Atualidade
Em 2019, os moradores de Socorro foram transferidos para
locais mais seguros devido à elevação de nível de emergência
da Barragem Sul Superior, de propriedade da Vale.

boa vista
egas

cocais

barão de
cocais

socorro

Figura 58 - Densidade demográfica em Barão de Cocais


43

MEIO SOCIOECONÔMICO

Pelos dados apurados no Atlas Brasil (2020), com base nos indicadores do Censo Demográfico do Brasil (IBGE,
2010) há uma tendência de envelhecimento da população em Barão de Cocais. A proporção passou de 5,54%,
em 2000, para 6,40% em 2010, evidenciado pelo estreitamento da base da pirâmide etária do município.

brancos
homens
31,83%
49,47%

80+
70 a 74
50 a 54
40 a 44 negros

30 a 34
mulheres
67,46%
50,53%

20 a 24 Figura 60 - Percentual de Homens e Mulheres e de Brancos e


10 a 14 Negros do município Barão de Cocais MG. Fonte: PNUD, IPEA,
FJP – Atlas Brasil (2020)
0a4
0 Os dados apurados no Atlas Brasil indicam,
1.000 1.000 ainda, que o percentual de homens e mulheres
Mulheres Homens em Barão de Cocais é próximo.

Figura 59 - Pirâmide Etária do município Barão de Cocais. Fonte: PNUD, IPEA, FJP. Atlas Brasil (2020) Mas, a autodeclaração de cor aponta um maior
Elaboração: PNUD, IPea e FIP | Fonte: Censos Demográficos (1991,2000 2010 contingente de negros.
44

MEIO SOCIOECONÔMICO

NÍVEL DE VIDA E DESENVOLVIMENTO HUMANO


Um dos indicadores mais utilizados para análise do nível de vida da população é o
Índice Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M). Esse índice é medido a partir
da confluência de três componentes: renda, longevidade e educação.
Renda
Renda

1.0
0.679 0.730

0.9

0.8
Educação
Longevidade
Educação
Longevidade

0.7
0.647 0.858 0.638 0.838
0.6

IDH-M Barão de Cocais em


0.5

Barão de Cocais apresentou 0.8 0.4

relação ao IDH-M Minas Gerais

0.3

melhoras significativas no 0.2

0.1

0.6
Índice de Desenvolvimento Fonte: Atlas Brasil, 2020.
Humano (IDH-M) desde 1991. 0.4
Exibir IDHM Ideal Exibir IDHM Ideal

Ao longo deste período o IDH Barão de C ocais/M G M inas Gerais

aumentou de 0,613 em 2000 0.2


1991 2000 2010 1991 2000 2010

para 0,722 em 2010. A


evolução foi de 17,78%.
0 Mas, há avanços verificados. Entre os censos de 2000 e 2010, a taxa de atividade
da população de 18 anos ou mais teve aumento de 0,98%. A taxa de desocupação
Confira nas figuras ao lado. teve queda de 7,61%. Isso contribuiu para aumentar o grau de formalização da
1991 2000 2010
população ocupada em 13,27%.

Índice de pobreza 2000 Índice de pobreza 2010

renda per capita barão de cocais


10,08% extremamente pobre 3,66% extremamente pobre
R$343,61 2000 Aumento % 2 ,42% pobres
7 10,31% pobres
6,28%
R$ 46,8
5 5 2010 53,63% vulneráveis pobreza
à 2 ,61% vulneráveis pobreza
7 à

Índice de Gini: 0,48 Índice de Gini: 0,42


45

MEIO SOCIOECONÔMICO

Tabela 2 | Participação dos setores da economia na formação de empregos e

composição de renda no município de Barão de Cocais MG.


Setor Empregos % Renda %
Administração Pública 23,6 32,6
Comércio 22,8 12,7
Indústria de Transformação 17,3 24,6
Atividades Administrativas 8,3 5,9 PRINCIPAIS ATIVIDADES
Alojamento e Alimentação
Transporte e Correio
4,0
3,8
2,1
3,3
ECONÔMICAS
Construção 3,7 3,8
Barão de Cocais possui 483 estabelecimentos
Serviços Especializados 3,5 2,9
empregadores em seu território, responsável
Educação 3,5 3,0
pela geração de 4,32 mil empregos. O salário
Indústrias Extrativas 2,9 3,9
Saúde e serviços sociais 2,5 1,3
médio mensal registrado no período foi 2,4
Outros serviços 1,1 0,7
salários mínimos. (IBGE, 2018). A distribuição
Atividades Financeiras 1,1 2,5
dos empregos em seus diversos setores,
Agropecuária 0,9 0,4 demonstram como as atividades econômicas
Artes, Cultura e Recreação 0,6 0,3 do município estão estruturadas.
Informação e Comunicação 0,1 0,1
Atividades Imobiliárias 0,1 0,0
Fonte (Data Viva, 2017)
46

MEIO SOCIOECONÔMICO

COMPOSIÇÃO DO PRODUTO
INTERNO BRUTO - PIB EDUCAÇÃO

Figura 62 – Expectativa de
anos de estudo no município
Barão de Cocais MG.

Fonte: PNUD, IPEA, FJP –


Atlas Brasil (2020).
Figura 61 – Fluxo escolar no município Barão de Cocais MG.

Fonte: PNUD, IPEA, FJP – Atlas Brasil (2020).


PIB geral: R$ 810.863,18
PIB per capita: R$ 25.089,36 Os gráficos indicam um avanço significativo no fluxo escolar no município.
Houve aumento nos percentuais de crianças e adolescentes escolarizados em
todas as faixas etárias, entre 2000 e 2010. O tempo de estudo se aproxima de 10
A economia da cidade é baseada principalmente dos serviços anos, no município. A taxa de escolarização de 6 a 14 anos está em 98,9%.
da indústria. Os setores de serviços (terciário) e da
administração pública ocupam o segundo e terceiro lugar na
composição do PIB local, respectivamente. (IBGE, 2018).
47

MEIO SOCIOECONÔMICO

Você sabia??
Saneamento é o conjunto de serviços, infraestruturas e instalações operacionais de
abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de resíduos
sólidos, drenagem e manejo de águas pluviais. São serviços essenciais, que contribuem
para a saúde humana e para a preservação do meio ambiente, tornando o saneamento
básico uma dimensão fundamental para o bem-estar social.

Barão de Cocais dispõe de infraestrutura condizente com


Água encanada Esgoto Coleta de lixo municípios considerados como “cidades médias”. A cidade
possui capacidade instalada para o fornecimento de serviços
rotineiros não só indispensáveis, como também aqueles que
denotam grau de especialização e influência regional.

Em Barão de Cocais, as diretrizes as para o saneamento básico e


80,46% 91,71% 100% para a política municipal de saneamento básico estão inseridas
na Lei 1915, de 30 de setembro de 2020, que instituiu o Plano
Municipal de Saneamento Básico (BARÃO DE COCAIS, 2020).
Figura 63 - Cobertura dos serviços de saneamento no município Barão de Cocais. Fonte: Atlas Brasil (2020)
48

AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS

Um empreendimento, ao ser implantado, demanda ações que provocam intervenções


no meio ambiente. E, por consequência, elas introduzem no vos elementos que podem
afetar as dinâmicas físicas, bióticas ou socioeconômicas já existentes.

É isso que chamamos de Impacto Ambiental. Após elaborar o diagnóstico ambiental


das áreas de influência, faz-se a identificação dos impactos ambientais decorrentes
das ações de implantação e operação do empreendimento, como mostra o fluxograma.

Diagnóstico ambiental Meios físico, biótico Os impactos ambientais são definidos


das áreas de influência Fatores ambientais e socioeconômico pela Resolução CONAMA nº 01/86 e,
resumidamente, são alterações nas
propriedades físicas, químicas e
biológicas do meio ambiente
provocadas pela ação humana.

identificação dos impactos ambientais A Avaliação de Impactos Ambientais


(AIA) assegura uma análise
sistemática dos impactos ambientais.
Tem por objetivo garantir que os
responsáveis pela tomada de decisão
projeto etapas implantação
apresentem soluções adequadas à
bandeirinha operação população e ao meio ambiente,
gerando medidas de controle e
proteção, medidas mitigadoras e
compensatórias, conforme o impacto.
49

PRINCIPAIS IMPACTOS – AÇÕES


E PROGRAMAS AMBIENTAIS

A identificação dos impactos constitui-se numa das etapas


mais importantes na elaboração do EIA/RIMA. Por meio dela
faz-se o diagnóstico das interferências que o empreendimento
poderá produzir sobre a sua região em que ele se insere.

Por quê?
Porque é por meio deste estudo que se analisam Mas, se existem Não, porque a identificação e a
os prováveis impactos e as ações ambientais impactos, inclusive
cabíveis em um contexto de minimização,
negativos, eles não avaliação dos impactos ambientais é
mitigação e/ou compensação. Essa correlação vai
permitir a análise final da viabilidade ambiental do inviabilizam o que permitem analisar e referendar a
empreendimento estudado durante as fases de
planejamento, implantação e operação dele,
empreendimento? viabilidade do empreendimento.
levando-se em conta os impactos diagnosticados.
50

PRINCIPAIS IMPACTOS – AÇÕES


E PROGRAMAS AMBIENTAIS
N a tabela a seguir voc pode con erir os impactos e as medidas que devem ser tomadas pelo empreendedor.
ê f

Impacto Fase Por quê? Programas/ações ambientais


Alteração nos níveis de emprego e renda e na arrecadação
Planejamento, Contratação de pessoal e mobilização de equipamentos; Programa de Comunicação Social; Programa de Contratação de
Impacto positivo/Reversível
Implantação e Operação aquecimento da economia nos municípios inseridos na AII; Mão de Obra Local.
Magnitude alta
operação de lavra; beneficiamento e venda de minério.

Alteração nos níveis de emprego e renda e na arrecadação


Fechamento Desmobilização de equipes e de equipamentos.
Programa de Comunicação Social.
Impacto negativo/Reversível

Magnitude alta

Alteração na paisagem
Implantação, Operação Supressão de vegetação e limpeza da área; operação de lavra; Programa de Acompanhamento de Supressão e esgate de Flora; R

Impacto Negativo/Irreversível
e Fechamento disposição em PDE. Programa de ecuperação de reas Degradadas e Alteradas;
R Á

Magnitude baixa
Programa de Fechamento de Mina.

Alteração nas características do solo


Implantação, Operação e Limpeza da área e movimentação de máquinas e equipamentos;
abertura de rente de lavra; disposição de material em PDE.
Programa de Educação Ambiental, Programa de estão de
esíduos S lidos; Programa de ecuperação de reas
G

Impacto Negativo/Irreversível
Fechament f R ó R Á

Magnitude baixa

Degradadas e Alteradas.

Alteração nos níveis de pressão sonora e vibração


Implantação e Limpeza da área e movimentação de máquinas, equipamentos e
pessoas; operação de lavra; disposição de material em PDE.
Programa de Monitoramento de uídos e ibraç es, Programa de
R

Educação Ambiental, Programa de Comunicação Social.


V õ

Impacto Negativo/Reversível
Operação
Magnitude baixa a moderada

Alteração na ualidade do ar

q
Implantação e Preparação do terreno e movimentação de máquinas e Programa de Controle e Monitoramento da ualidade do Ar; Programa de
Q

Impacto Negativo/Reversível
equipamentos; operação de lavra; disposição de material em PDE, Educação Ambiental; Programa de Comunicação Social.
Magnitude morada
Operaçã o

beneficiamento.

omprometimento uali uantitativo dos corpos ídricos


Programa de Monitoramento da ualidade e uantidade das guas; Programa
Implantação e
Q Q Á

Preparação do terreno, abertura de acessos e movimentação de


C q -q h

Impacto Negativo/Reversível
de Educação Ambiental, Programa de estão de esíduos S lidos; Programa
G R ó

Operação
máquinas e equipamentos; operação de lavra; disposição de de Educação Ambiental; Programa de Comunicação Social.
Magnitude alta
Supressão
material emdePDE.
vegetação e limpeza da área.
Programa de esgate de Flora; Programa de Acompanhamento de Supressão e
Perda da biodiversidade de flora e habitat para a fauna

Impacto Negativo/Irreversível

Implantação Supressão de vegetação e limpeza da área. R


R

esgate de Flora, Programa de Educação Ambiental, Programa de


A ugentamento e esgate de Fauna; Programa de Monitoramento de Fauna;
f R

Magnitude alta Programa de Monitoramento da ualidade e uantidade das guas.


Q Q Á

Retomada da diversidade orística e aunística

fl f

Impacto positivo/Irreversível
Fechamento R eaparecimento de espécies da ora impactada;
fl Plano Ambiental de Fechamento de Mina; Programa de ecuperação
de reas Degradadas e Alteradas.
R

Magnitude alta revegetação; reaparecimento de auna.


f
Á

A ugentamento de auna

f f Supressão de vegetação, limpeza da área e movimentação de Programa de Acompanhamento de Supressão e esgate de Flora, R

Impacto Negativo/Irreversível
Implantação
máquinas e equipamentos .
Programa de Educação Ambiental, Programa de A ugentamento e f

Magnitude alta
esgate de Fauna; Programa de Monitoramento de Fauna.

R

Supressão de avidades

C
Implantação
Preparação do terreno para implantação de estruturas. N ão apresentaremos programa para Cavidades
Impacto Negativo/Irreversível

Magnitude moderada

51

M E D I DAS M I T I GA D O R AS D O S I M PAC TO S
A M B I E N TA I S – P R O G R A MAS A MB I E N TA I S
quadro | programas ambientais
Programa de comunicação social

Programa de contratação de mão de obra local

Programa de acompanhamento de supressão e resgate de flora

Programa de acompanhamento da supressão e afugentamento da fauna

Programa de resgate de flora


A partir da identificação dos impactos ambientais Projeto de recuperação de áreas degradadas e alteradas – PRADA
elabora-se uma série de medidas para minimizá-los
e/ou compensá-los. Tais medidas devem contemplar Programa de educação ambiental
os meios físico, biótico e socioeconômico. São os
chamados programas ou planos ambientais. Para Programa de gestão de resíduos sólidos
este projeto são previstos vários programas
ambientais, como pode ser visualizado ao lado. Programa de controle e monitoramento da qualidade do ar

Programa de monitoramento da qualidade e quantidade das águas

Programa de monitoramento de ruídos e vibrações

Programa de monitoramento de fauna

Plano de fechamento de mina – PAFEM

Programa de monitoramento da qualidade e quantidade das águas


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CRONOGRAMA FÍSICO

A partir da identificação dos impactos ambientais elabora-se uma série


de medidas para minimizá-los e/ou compensá-los. Tais medidas devem
contemplar os meios físico, biótico e socioeconômico. São os chamados
programas ou planos ambientais. Para este projeto são previstos vários
programas ambientais, como pode ser visualizado abaixo.

etapas ano 01 ano 02 ano 03 ano 04


Aprovação do Plano de Avaliação Econômica (PAE)

Aprovação da Licença Ambiental

Implantação da Infraestrutura, ITM e Mina

Start up do beneficiamento

Ramp up da produção

Produção Total
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CONSIDERAÇÕES FINAIS

É sabido que a mineração é um dos setores importantes da


economia do país, e é fundamental para a melhoria da qualidade
de vida das gerações atuais e futuras. Porém, é inerente a esta
atividade promover alterações nas áreas de seus
empreendimentos. Mas, isso é feito com responsabilidade
social e respeito aos preceitos do desenvolvimento sustentável.

Para alcançar esta meta, a atividade minerária é submetida pela


legislação brasileira à elaboração de amplos estudos ambientais
para iniciar e operar seus negócios, de forma a reconhecer e
EQUIPE TÉCNICA
manter sob controle os impactos que vier a provocar no Anderson M. Martinez Lara
Biólogo
Coordenação Geral – Resp. Técnico pelo Licenciamento Ambiental

ambiente. Desta forma, a implantação e operação dos Frederico Barros Teixeira


Geógrafo
Coordenação Executiva; Meio Físico e Socioeconômico

empreendimentos procuram estabelecer condições de equilíbrio André Correa Costa


Biólogo
Meio Biótico - Ictiofauna

de suas atividades com os aspectos dos meios físico e biótico e Andressa Cristina Martins
Eng. Florestal
Meio Biótico - Flora

com as populações que vivem no seu entorno.


Bárbara Rodrigues Paes
Geógrafa
Geoprocessamento

Isso é feito com a elaboração de um diagnóstico ambiental Brenner H. Maia Rodrigues


Geógrafo
Meio Físico

aprofundado, inter/multidisciplinar, uma valoração de impactos e Camila Mendes Correia


Bióloga
Meio Biótico - Herpetofauna

adoção de medidas de controle, mitigação e monitoramento Fabio Soares Lima


Bioespeleólogo
Meio Físico e Biótico - Espeleologia

desses impactos negativos, com capacidade de gerar respostas Gabrielle S. Muniz Pacheco
Bióloga
Meio Biótico – Bioespeleologia

adequadas e em respeito à legislação ambiental vigente.


Joaquim Araújo
Biólogo
Meio Biótico - Mastofauna

Marcelo J. Rabelo Oliveira


Biólogo
Meio Biótico – Bioespeleologia

É para proporcionar aos interessados uma visão mais objetiva Thiago Barbosa
Geólogo
Meio Físico

do estudo ambiental elaborado pela JMN Mineração que Wallace Santos Correia Biólogo Meio Biótico - Avifauna
oferecemos a você esta versão resumida do Estudo de Impacto
Ambiental (EIA), a qual denominamos de Relatório de Impacto
Ambiental (RIMA). Desejamos que faça proveito desse relatório
e possa se inteirar das informações ora repassadas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
PRIME PROJETOS E SOLUÇÕES AMBIENTAIS LTDA. EIA - Estudo de Impacto Ambiental.
Conhecer bem é ponto fundamental para contribuir! JMN Mineração S.A. Julho de 2022.

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