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DELMIRO GOUVEIA
2021
ALTAIR ALVES GOMES
BÁRBARA MAGALHÃES SIMIONATTO
DOUGLAS DE OLIVEIRA TENÓRIO LIMA
SANDERSON CARLOS DOS SANTOS MENDES
DELMIRO GOUVEIA
2021
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO........................................................................................................6
2. DEFINIÇÕES IMPORTANTES...............................................................................6
1.1. Aspecto Ambiental / Ação Geradora...............................................................6
1.2. Impacto ambiental............................................................................................7
3. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO....................................................7
4. METODOLOGIA PARA IDENTIFICÃO E AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS
AMBIENTAIS.................................................................................................................9
1.3. Impacto cumulativo........................................................................................14
1.4. Impacto sinérgico...........................................................................................15
5. APRESENTAÇÃO DA IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS
AMBIENTAIS...............................................................................................................16
5.1. Impactos no meio físico.................................................................................16
5.2. Impactos no meio biótico...............................................................................28
5.3. Impactos no meio antrópico...........................................................................37
6. PLANOS DE CONTROLE E MONITORAMENTO AMBIENTAL (PCA)..............45
5.4. Considerações gerais....................................................................................45
5.5. Plano de Gestão Ambiental...........................................................................46
5.6. Plano Ambiental para Construção da Obra (PAC)........................................46
5.7. Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS)........................47
5.8. Programa de Recuperação das Áreas Degradadas......................................47
5.9. Programa de Controle de Desmatamento.....................................................48
5.10. Programa de Monitoramento do Nível de Ruídos......................................48
5.11. Programa de Comunicação Social.............................................................48
5.12. Programa de Desativação do Empreendimento........................................49
7. REFERÊNCIAS....................................................................................................50
8. APÊNDICE...........................................................................................................51
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
2. DEFINIÇÕES IMPORTANTES
6
biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia
resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam: a saúde, a
segurança e o bem-estar da população; as atividades sociais e econômicas; a biota;
as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; a qualidade dos recursos
ambientais”.
Da mesma forma, a Norma ISO NBR-14.001:2004, no item 3.7, define
impacto ambiental como qualquer modificação do meio ambiente, adversa ou
benéfica, que resulte, no todo ou em parte, dos aspectos ambientais da organização,
neste caso do empreendimento; e, para Sánchez (2008) impacto ambiental é
qualquer alteração positiva ou negativa sobre o meio ambiente, provocada por ações
humanas num determinado local, que resulte na modificação de processos naturais
ou sociais.
3. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO
7
Figura 1 - Planta baixa de situação do terreno do empreendimento
Fonte: Autores
(2021)
8
Figura 2 - Listagem das atividades sujeitas ao licenciamento ambiental e respectivos estudos
9
apontamento das medidas e programas ambientais pertinentes e o quadro síntese
do impacto com a avaliação de atributos.
Figura 3: Fluxograma dos procedimentos de Avaliação de Impactos Ambientais
10
No entanto, com a finalidade da complementação da avaliação, buscou-se
outra ferramenta afim de complementar os resultados, com um método de avaliação
de caráter quantitativo. Foi eleito o método de Matriz de Interação.
O método complementar proposto (Matriz) permite associar as ações ou até
mesmo os impactos de um empreendimento às características ambientais de sua
área de influência, através de uma listagem bidimensional, de forma clara, simples e
direta.
De forma resumida, o primeiro método permitiu a análise dos aspectos
ambientais e a identificação dos respectivos impactos ambientais. A partir disto, o
segundo método permitiu uma análise quantitativa, identificando os principais
impactos negativos, por exemplo.
Uma vez identificados os impactos ambientais, o passo metodológico
subsequente foi a determinação dos atributos a serem considerados para avaliação
conforme apresentado na Quadro 1, e as suas respectivas definições, baseadas em
(SÁNCHEZ, 2008), apresentadas no Quadro 2.
Graus de
Identificação Atributos/critérios Classificação
classificação
Magnitude Importância do impacto
Duração Temporário, permanente
Impactos
Grau Baixo =
Natureza Positivo, negativo
1, Médio = 2,
Temporalidade Curto, médio e longo prazo Alto = 3.
Reversibilidade Reversível, irreversível
Forma Direta, indireta
Fonte: Os autores (2021)
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Quadro 2 - Atributos de classificação dos impactos utilizados neste estudo
12
A identificação dos atributos de um impacto, em geral, busca prever e valorar
os efeitos que uma determinada ação do empreendimento causará ao ambiente
analisado. Para este estudo, utilizou-se de parâmetros qualitativos e quantitativos
para orientar essa previsão, as conclusões se deram a partir do somatório dos graus
atribuídos para cada critério e a observação da sua qualificação. A magnitude diz
respeito à estimativa, qualitativa ou quantitativa, de sua intensidade. A Tabela 1
apresenta a conceituação da magnitude dos impactos que será seguida quando da
caracterização. O enquadramento de um impacto em magnitude pequena (grau 1),
média (grau 2) ou grande (grau 3) deverá ser sempre justificado, indicando-se o
elemento de referência para esse grau de enquadramento.
Tabela 1 - Conceituação da magnitude dos impactos em relação aos meios físico, biótico e antrópico
13
Fonte: Adaptado de Biodinâmica (2006).
14
1.4. Impacto sinérgico
15
5. APRESENTAÇÃO DA IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS
AMBIENTAIS
FASE DE PLANEJAMENTO
Não estão previstos impactos sobre o meio físico para esta fase do
empreendimento. Na fase de planejamento e paralelo ao processo de licenciamento
ambiental, ocorrem as atividades de desenvolvimento do projeto junto à equipe de
engenharia. Todo o escopo ora apresentado está em comum acordo com os
procedimentos estabelecidos pelo empreendedor, considerando-se os cuidados com
o meio ambiente junto às diretrizes e programas ambientais que seguem neste
estudo.
FASE DE IMPLANTAÇÃO
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Fator Ambiental
População da ADA e AID.
Fundamentação técnica
A sensação de som é produzida quando variações de pressão em certa faixa
característica alcança o ouvido humano e, dada a grande gama de frequências e
variações dos níveis de pressão, os aparelhos de medição de ruídos usam uma
escala denominada dB(A), que utiliza curvas de ponderação para tentar avaliar
corretamente a suscetibilidade do ouvido humano. Poluição sonora é a poluição
resultante da propagação de energia sonora (ruído), que produz efeitos nocivos à
saúde de indivíduos e da população. Os níveis de poluição sonora estão
relacionados às atividades antrópicas, como indústrias; comércio; eventos (shows,
festas, cerimônias, etc.); veículos e maquinários automotores, e, também, agentes
naturais, por exemplo, ventos; vulcões; descargas atmosféricas; cursos de água em
queda; marés; animais; entre outros. O nível de ruído tem profunda relação com o
tipo e intensidade de utilização do solo.
Avaliação do impacto
O impacto de emissão de ruído será de probabilidade alta, negativo, de
abrangências direta e indireta, curto prazo e temporário, enquanto vigorar as
atividades de implantação do empreendimento. Ele é reversível, sendo interrompido
quando do término das atividades de instalação do projeto. Embora esteja em zona
predominantemente rural, o ruído terá alta importância e magnitude principalmente
se considerado o tráfego de veículos e equipamentos nas vilas de acesso à área,
tanto no trecho da estrada de Ilha Grande (AII) como no trecho de acesso à Testa
Branca. Será cumulativo e sinérgico devido às outras atividades que já ocorrem na
área, com a operação dos demais parques eólicos.
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Tabela 3:Classificação do Impacto “Alteração da qualidade ambiental devido à
geração de ruído”
Fonte:
Medidas Mitigadoras
Como medidas mitigadoras propõem-se:
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Para o Programa de Monitoramento dos Níveis de Ruído proposto para este
estudo, serão usados os mesmos pontos para que seja feito o monitoramento dos
níveis de ruído da implantação e operação do empreendimento. Destaca-se que o
monitoramento dos níveis de ruído deve estar associado e voltado ao incômodo da
população, devendo ser desenvolvido com maior frequência caso haja reclamação
de incômodo ao sossego, por parte da comunidade do entorno do empreendimento,
quando de sua implantação.
Fator Ambiental
Solos, dunas, corpos d´água, dinâmica hídrica
Fundamentação técnica
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Este impacto está relacionado, sobretudo, à fase de implantação, aliado às
atividades geradoras de movimentação e exposição temporária de solo, como:
limpeza do terreno, obras de terraplenagem para instalação das estruturas do
projeto, acessos, áreas de empréstimo e do canteiro de obras. As ações de
movimentação e exposição do solo, assim como a criação de aterros, alteram a
superfície do terreno devido a remoção da camada superficial e seguinte
compactação, implicando alterações físicas e a depender físico-químicas em sua
estrutura, deixando-o desprotegido ao impacto direto das chuvas, da erosão,
assoreamento, e no caso específico desta área, possível interceptação do fluxo
hídrico, alteração da dinâmica local, fator este preponderante para o estudo. A
avaliação realizada para as áreas de influência direta e diretamente afetadas
definidas para o presente estudo, no contexto físico, demonstrou sua alta
vulnerabilidade a processos de dinâmica superficial como um todo.
Avaliação do impacto
Devido à sensibilidade da área a movimentação de terra, o impacto de
alteração da dinâmica superficial é de probabilidade alta, negativo, de abrangência
direta e indireta, longo prazo e permanente. Ele é irreversível. Devido a existência de
outros projetos já em operação, pode-se considerar um impacto de média
importância e magnitude principalmente se considerada a consolidação dos
impactos no sistema como um todo. Vale destacar que os parques já instalados já
desconfiguraram parte do sistema, sendo a inclusão do atual projeto amenizada em
decorrência disso.
Fonte:
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Medidas Mitigadoras
Este impacto relacionado a problemas de caráter geotécnico, pode ser
controlado e mitigado pelo planejamento e manutenção das condições dos solos e
materiais inconsolidados existentes nas áreas, sendo importante considerar no
planejamento das atividades:
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Desmatamento das áreas diretamente afetadas.
Movimentação de veículos e equipamentos.
Manutenção de veículos e equipamentos.
Geração de resíduos sólidos e efluentes.
Movimentação de terra para aterro dos acessos e das praças dos aerogeradores.
Construção das fundações / edificações.
Montagem dos aerogeradores, SE e LT.
Desmobilização e Limpeza Geral da Obra.
Fator Ambiental
Águas das lagoas, água subterrânea, solo e dinâmica sedimentar
Fundamentação técnica
Neste impacto pode-se dar foco em três partes:
Avaliação do impacto
Devido à sensibilidade da área à alteração da dinâmica hídrica, o impacto é
de probabilidade alta, negativo, de abrangência direta e indireta, longo prazo e
permanente. Ele é irreversível. Devido a existência de outros projetos já em
operação, pode-se considerar um impacto de média importância e magnitude
principalmente se considerada a consolidação dos impactos no sistema como um
todo. Vale destacar que os parques já instalados desconfiguraram parte do sistema,
sendo a inclusão do atual projeto amenizada em decorrência disso.
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Tabela 5:Classificação do Impacto “Alteração da qualidade das águas superficiais,
subterrâneas e do solo.”
Fonte:
Medidas Mitigadoras
Para a fase de implantação, as medidas a serem adotadas pelo
empreendedor, com o intuito de evitar o carreamento de sedimentos para as lagoas,
evitar a contaminação da água e dos solos, e a consequente interferência na
qualidade das águas e dos solos, são:
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Destinar adequadamente os resíduos sólidos gerados, conforme ações descritas
no PAC, priorizando a reciclagem e o reuso dos materiais, e a segregação conforme
Norma ABNT 10.004/04 e Resolução CONAMA nº 307/02. Os resíduos sólidos
gerados na fase de obras civis serão coletados de forma seletiva, sendo que os
funcionários deverão ser devidamente treinados quanto ao manuseio e
armazenamento adequados.
FASE DE OPERAÇÃO
Fator Ambiental
População da AID e ADA.
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Fundamentação técnica
Conforme apresentado na ficha de avaliação de impactos para a fase de
implantação, a sensação de som é produzida quando variações de pressão em certa
faixa característica alcança o ouvido humano e, dada a grande gama de frequências
e variações dos níveis de pressão, os aparelhos de medição de ruídos usam uma
escala denominada dB(A), que utiliza curvas de ponderação para tentar avaliar
corretamente a suscetibilidade do ouvido humano. Poluição sonora é a poluição
resultante da propagação de energia sonora (ruído), que produz efeitos nocivos à
saúde de indivíduos e da população. Os níveis de poluição sonora estão
relacionados às atividades antrópicas, como indústrias; comércio; eventos (shows,
festas, cerimônias, etc.); veículos e maquinários automotores, e, também, agentes
naturais, por exemplo, ventos; vulcões; descargas atmosféricas; cursos de água em
queda; marés; animais; entre outros. Neste caso em específico as fontes estarão
associadas às atividades de operação do empreendimento, considerando a
movimentação de veículos e equipamentos, manutenção e operação dos
aerogeradores e acessos.
Avaliação do impacto
O impacto de emissão de ruído será de probabilidade alta, negativo, de
abrangências direta longo prazo e permanente, enquanto vigorar as atividades de
operação do empreendimento. Ele é reversível, sendo interrompido quando do
término das atividades de operação do projeto. Embora esteja em zona
predominantemente rural, o ruído terá baixa importância e magnitude se
considerado o tráfego de veículos e equipamentos reduzido nas vias de acesso à
área.
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Fonte:
Medidas e Programas Ambientais
São propostas as seguintes medidas mitigadoras:
Fator Ambiental
Águas das lagoas, águas subterrâneas, solo e dinâmica sedimentar.
Fundamentação técnica
As alterações na qualidade das águas são suscetíveis de advir principalmente
devido à contribuição de sólidos (cargas dispersas), como também de efluentes e de
resíduos sólidos (cargas pontuais). Os impactos desta fase (operação) estão
relacionados especialmente às atividades de manutenção dos aerogeradores,
veículos e equipamentos e dos acessos.
A manutenção de veículos e equipamentos pode vir a acarretar no
derramamento de substâncias como óleos e graxas na superfície, as quais poderão
atingir o solo e a água. As atividades de manutenção dos acessos deverão
centralizar a atenção nos processos erosivos, ou seja, cuidar para que não sejam
ocasionados processos erosivos lineares, e se ocorrerem, devem ser adotadas, com
rapidez, medidas de reconformação e contenção, justamente pela fragilidade da
área em relação a esses processos.
Avaliação do impacto
Devido à sensibilidade da área à alteração da dinâmica hídrica, o impacto é
de probabilidade alta, negativo, de abrangência direta e indireta, longo prazo e
permanente. Ele é irreversível. Pode-se considerar um impacto de média
importância e magnitude principalmente se considerada a consolidação dos
impactos no sistema como um todo.
Tabela 7: Classificação do impacto “Alteração da Qualidade das Águas Superficiais,
Subterrâneas e do Solo.”
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Fonte:
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Medidas Mitigadoras
As medidas a serem adotadas pelo empreendedor, visando evitar o
carreamento de sedimentos para as lagoas, evitar a contaminação da água e dos
solos, e a decorrente alteração na qualidade destes compartimentos, são:
FASE DE PLANEJAMENTO
Não estão previstos impactos sobre o meio biótico para esta fase do
empreendimento. Nesta fase, e paralelo ao processo de licenciamento ambiental,
ocorrem as atividades de desenvolvimento do projeto junto à equipe de engenharia.
Toda a proposta apresentada nesta ocasião está acordada com os procedimentos
estabelecidos pelo empreendedor, levando em consideração os cuidados com o
meio ambiente junto às diretrizes e programas ambientais que seguem neste estudo.
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FASE DE IMPLANTAÇÃO
Fator Ambiental
Flora terrestre.
Fundamentação técnica
Mesmo considerando que existe já um processo de uso dos ecossistemas
dos entornos das regiões do empreendimento em questão, estes ainda têm papel
fundamental na conexão entre as populações das espécies da flora e fauna que se
distribuem ao longo de toda a região. Os agrupamentos de remanescentes naturais
dentro das matrizes de áreas alteradas, ao longo das diferentes regiões e
fitofisionomias, ainda permitem a dinâmica de dispersão e fluxo gênico entre as
várias comunidades de fauna e flora. Assim, apesar do baixo grau de alteração
registrado para a área de influência do empreendimento, todos os tipos de
vegetação e ambientes naturais remanescentes possuem um papel importante na
manutenção da biodiversidade local. A fragmentação e perda de habitats que
certamente acompanharão a instalação do empreendimento de forma permanente
caracterizam-se como impactos negativos sobre a flora e fauna, de alta significância,
com repercussão ao nível de toda área de influência direta. Portanto, uma das
atividades da fase de implantação do Parque Eólico será a remoção de vegetação
herbácea-arbustiva contínua e árvores isoladas existentes na área onde serão
construídos os acessos, subestação de energia, linha de transmissão e
aerogeradores.
De modo geral, no que se refere aos impactos à vegetação, a implantação do
empreendimento causará efeitos no tamanho, na conectividade e no estado de
conservação das formações vegetais nativas remanescentes, contudo, ao suprimir
os exemplares arbóreos isolados para a implantação do Parque haverá efeitos
negativos como diminuição de sítios de refúgio e alimentação.
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Avaliação do impacto
Fonte:
Medidas Mitigadoras
O impacto de perda da cobertura vegetal nativa não é mitigável, uma vez que
para a implantação do empreendimento será necessário o corte da vegetação. Para
estas atividades está previsto o Programa de Supressão da Vegetação. Desta
forma, as ações devem ser voltadas a garantir que as intervenções na cobertura
vegetal não excedam ao estritamente necessário para a implantação do
empreendimento e que seja dado o melhor destino para a biomassa retirada, de
modo a otimizar o seu aproveitamento. Por outro lado, são propostas medidas
destinadas à compensação deste impacto, reunidas no Programa de Reposição
Florestal.
Para a compensação ambiental pela supressão de vegetação a compensação
será definida pelo órgão ambiental conforme Lei Nº 5854 de 14/10/1996 que Dispõe
sobre o consumo de matéria-prima florestal e as modalidades de cumprimento da
reposição florestal obrigatória no Estado de Alagoas, previstos no art. 33, § 1º, da
Lei Federal nº 12.651, de 25 de maio de 2012.
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Atividades associadas com a movimentação de terra, instalação do canteiro
de obras e vias de acesso na fase de implantação do empreendimento.
Fator Ambiental
Biota aquática (fitoplâncton, zooplâncton, invertebrados bentônicos e
macrófitas)
Fundamentação técnica
Os sedimentos gerados pelas obras civis poderão ser carreados por
escoamento superficial aos corpos d’água receptores, podendo ocasionar o aumento
nos níveis de sólidos, de cor e de turbidez das águas, com redução na zona
eufótica, interferindo diretamente na produtividade primária do fitoplâncton, com
reflexos à comunidade zooplanctônica e bentônica. Com o aumento do arraste de
sólidos nos cursos d’águas é esperado que o zooplâncton seja predominantemente
constituído por rotíferos, microrganismos que possuem hábito filtrador e
normalmente indicadores de ambientes onde há fluxo de sólidos e detritos, pois
apresentam habilidade em selecionar nutrientes entre as partículas orgânicas e
inorgânicas disponíveis no ambiente.
Avaliação do impacto
Devido à sensibilidade da área à alteração da dinâmica hídrica e
principalmente à implantação de vias de acesso, soterramento e seccionamento das
lagoas existentes, o impacto é de probabilidade alta, negativo, de abrangência direta
e indireta, longo prazo e permanente. Ele é irreversível. É um impacto de alta
magnitude e importância.
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Tabela 9: Classificação do impacto “Alteração na Biota Aquática.”
Fonte:
Medidas e Mitigadoras
As ações que visam minimizar o impacto na biota aquática em função da
instalação do empreendimento envolvem as medidas de controle apresentadas no
Programa de Monitoramento da Qualidade das Águas Superficiais e da Biota
Aquática, que permitirá acompanhar alterações na qualidade das águas superficiais
e interferências nas comunidades aquáticas e, caso necessário, propor medidas
mitigadoras.
FASE DE OPERAÇÃO
Fator Ambiental
Fauna Alada
Fundamentação técnica
Vários estudos, realizados na América do Norte e Europa, tem definido o
impacto dos aerogeradores em aves e morcegos (redução e exclusão de habitat
disponível, barreira intransponível, colisão com os aerogeradores, eletrocussão no
choque com as linhas de transmissão associadas, redução no crescimento e no
sucesso reprodutivo) e suas causas: condições meteorológicas adversas, altas
34
densidades, atividade/comportamento e morfofisiologia da espécie, corredores
migratórios, aerogeradores antigos. Já no Brasil, o conhecimento relativo a esses
impactos, ainda que inicial, está restrito aos relatórios de licenciamento ambiental,
praticamente inacessíveis a grande parte da população e pesquisadores. Os
aerogeradores do arquipélago de Fernando de Noronha apesar de serem poucos,
apresentam um impacto significativo sobre as aves marinhas presentes, em razão
da importância da área para a avifauna. Já as primeiras usinas eólicas de
Pernambuco, Minas Gerais, Ceará, Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Norte,
por serem de porte não tão elevado, em pequeno número e em regiões onde não há
altas concentrações de aves e morcegos, além de corredores migratórios,
aparentemente não causam impacto negativo nesses.
Avaliação do impacto
Fonte:
Medidas e Mitigadoras
Recomenda-se a execução de um programa de monitoramento dos eventos
de colisão da fauna alada durante a fase de operação e uma análise quantitativa dos
óbitos que ocorrerão por este motivo. Além disso, sugere-se a coleta de dados sobre
a vulnerabilidade de cada espécie, a altura de voo, presença de movimentos,
existência de agrupamentos intra ou interespecíficos, frequência com que as
espécies transitam nas proximidades dos aerogeradores e o comportamento de
cada espécie em virtude de condições climáticas adversas.
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IMPACTO 2: Alteração na Biota Aquática
Fator Ambiental
Biota aquática (fitoplâncton, zooplâncton, invertebrados bentônicos e
macrófitas).
Fundamentação técnica
Os impactos esperados para a fase de operação do empreendimento estão
relacionados ao aporte de sólidos devido à processos erosivos e o possível
derramamento de substâncias como óleos e graxas na superfície dos corpos d’água,
interferindo diretamente na biota aquática. Os aspectos de interferência nas
comunidades foram descritos para a fase de implantação.
Avaliação do impacto
Devido à vulnerabilidade da área à alteração da dinâmica hídrica, o impacto é
de probabilidade alta, negativo, de abrangência direta e indireta, curto prazo e
temporário. Ele é reversível, e considerado não cumulativo. É um impacto de baixa
magnitude e importância.
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Tabela 11: Classificação do impacto “Alteração na Biota Aquática.”
Fonte:
Medidas e Mitigadoras
As ações que visam minimizar o impacto na biota aquática em função da
operação do empreendimento envolvem as medidas de controle apresentadas no
Programa de Monitoramento da Qualidade das Águas Superficiais e da Biota
Aquática, que permitirá acompanhar alterações na qualidade das águas superficiais
e interferências nas comunidades aquáticas e, caso necessário, propor medidas
mitigadoras.
Fator Ambiental
Fauna Alada.
Fundamentação técnica
Quanto aos impactos ambientais considerados relevantes à fauna alada
durante a operação, a movimentação de grandes grupos de aves aquáticas e
limícolas podem ser influenciados negativamente pela presença de um complexo
eólico com um grande conjunto de unidades geradoras. Além disso, muitas aves
migratórias ou espécies que realizam deslocamentos sazonais de menor amplitude e
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utilizam a área como local de invernada ou reprodução, também poderão ser
afetadas. As turbinas eólicas atuais são mais altas, com torres que ultrapassam os
100m de altura, suas pás são mais longas e as velocidades das pontas das lâminas
mais lentas. Essa configuração tem causado maior mortalidade de aves em relação
às turbinas eólicas mais antigas e mais curtas (Barclay et al. 2007, Kuvlesky et al.
2007).
Avaliação do impacto
Fonte:
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o empreendedor deve atentar para as ações previstas nos Planos de Ação
Nacional para a Conservação de Espécies Ameaçadas e Migratórias (PAN) nas
áreas de ocorrência de espécies que são objeto dos mesmos.
5.3. Impactos no meio antrópico
FASE DE PLANEJAMENTO
Fator Ambiental
Pode-se dizer que este impacto tem como fator ambiental a população local e
regional, o que corresponde às áreas de influência indireta e direta do
empreendimento (AII e AID).
Fundamentação técnica
Todo e qualquer empreendimento gera expectativas na população quanto às
reais interferências em suas terras e no cotidiano local. As expectativas da
população residente no conjunto da AII e AID, sobretudo na área de implementação
do empreendimento, são geradas por diferentes fatores ou aspectos relacionados às
expectativas vividas ou mesmo relatadas por moradores. Fazendo-se as avaliações
através de entrevistas junto aos atores locais, percebe-se que os habitantes da AII
atribuem expectativas positivas quanto a instalação deste empreendimento, visto a
dinamização econômica regional com a contratação de mão-de-obra e arrecadação
39
de impostos, e até mesmo pelo notório destaque como um importante local de
geração de energia renovável.
Avaliação do impacto
Este impacto tem probabilidade alta de ocorrer entre a população da região,
possui natureza positiva e negativa se considerar as diferentes opiniões que
envolvem a instalação do empreendimento na AII e na AID, abrangência direta, de
prazo imediato ainda na fase de planejamento. A duração é temporária, reversível e
considerado de magnitude baixa. Desta forma o impacto é avaliado como de
importância baixa.
Fonte:
40
FASE DE IMPLANTAÇÃO
Fator Ambiental
Este impacto tem como fator ambiental a população regional e local, no que
se refere AII e AID do empreendimento.
Fundamentação técnica
Durante a fase de implantação, o Complexo Eólico Curva dos Ventos
provocará o aumento da demanda por bens e serviços, contribuindo para o aumento
do capital circulante na economia local. A dinamização econômica local deve
contribuir para aumento dos impostos, taxas e contribuições, possibilitando a
geração e manutenção de postos de trabalho diretos e indiretos. A previsão do
empreendimento é que boa parte dos trabalhadores sejam contratados das
localidades do entorno ou da área de influência indireta, sendo um aspecto positivo
visto a baixa ocupação de empregos formais na região, contribuindo para a
possibilidade de redução das taxas de desemprego e aumento de renda da
população.
Avaliação do impacto
O impacto é de alta probabilidade, positivo, com abrangência direta e indireta
e temporalidade de médio prazo que passarão a ser percebidos conforme forem
feitas as contratações de mão-de-obra ao longo da implantação do empreendimento.
41
A duração pode ser considerada permanente, uma vez que os efeitos da
dinamização econômica, mesmo depois das obras, serão superiores ao T0. Desta
forma, ele é irreversível, com magnitude alta e avaliado como de alta importância.
Fonte:
Fator Ambiental
O fator ambiental afetado refere-se diretamente à população localizada no
entorno do empreendimento, nas áreas de influência direta e indireta.
Fundamentação técnica
42
A implantação do empreendimento provocará aumento do fluxo de veículos
nas vias de acesso às obras aumentando situações de riscos de acidentes e
alteração do fluxo em importantes vias de acesso, dificuldade de acesso aos bairros
localizados na AID e demais perturbações relacionadas ao fluxo de veículos, como a
geração de ruído e material particulado. O mesmo aspecto ambiental provoca o
aumento significativo dos níveis de poluentes e material particulado, seja por meio
de depósito nas vias sem pavimentação ou ainda pelo acúmulo de poeira no ar,
impactando diretamente a população local e apresentando riscos à saúde.
Avaliação do impacto
O impacto tem probabilidade alta de ocorrer, natureza negativa, abrangência
direta, pelos efeitos de movimentação de veículos na estrada e temporalidade de
curto prazo na fase de implantação. O impacto é considerado reversível e com
duração temporária. A interferência no cotidiano da população local é considerada
de magnitude baixa e, portanto, de baixa importância.
Fonte:
43
FASE DE OPERAÇÃO
Fator Ambiental
O fator ambiental afetado é a paisagem natural regional.
Fundamentação técnica
A paisagem natural é elemento fundamental à constituição de pertencimento
à região por parte da população local e, portanto, revela-se como fator ambiental
significativo, podendo afetar diretamente a dinâmica social local. As alterações na
paisagem natural, provocadas pela construção, instalação ou interferência de
construções, equipamentos ou estruturas físicas necessárias a empreendimentos
dessa magnitude, apresentam-se como interferências negativas à região. A
presença dos aerogeradores pode ser percebida de maneira regional, dada sua
magnitude. A estrutura pode chegar a 120 metros de altura, e se apresenta como
uma novidade à região. Além de apresentar-se dessa maneira, o efeito da
passagem de luz entre as pás também pode provocar incômodos (efeito
estroboscópio). No entanto, como percebido durante o trabalho de campo, parte da
população local acredita que tais estruturas modernas podem impulsionar o turismo
regional e rapidamente se integrarem à localidade.
Avaliação do impacto
A probabilidade deste impacto ocorrer é média, haja visto seu caráter
subjetivo, e de natureza negativa. A abrangência é direta e a temporalidade de longo
prazo, uma vez que a presença dos aerogeradores ocorrerá durante toda a
operação do empreendimento. Dessa forma o impacto é considerado irreversível,
porém de magnitude e importância médias.
44
Tabela 16: Classificação do impacto “Interferência na paisagem natural.”
Fonte:
Fator Ambiental
O fator ambiental sobre o qual recai o impacto é na disponibilidade de energia
no SIN.
Fundamentação técnica
De acordo com a Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), em
2020, o Brasil atingiu a marca de 18 GW de capacidade de geração de energia
eólica, o que corresponde a 10,3% da capacidade da matriz elétrica nacional,
representando a segunda maior fonte de geração, perdendo apenas para as
45
hidrelétricas que possuem 58,7% da capacidade total. Entretanto, mesmo sendo
fonte de energia renovável, os impactos socioambientais atrelados a implantação e
operação deste tipo de empreendimento pode afetar imensas áreas com impactos
irreversíveis.
A região em questão não dispõe de recurso hídrico na forma requerida para
fonte hidrelétrica. Deste modo, considerando as características da região de
implantação do empreendimento, para a geração de energia as alternativas de UHE,
CGH, PCH não são viáveis.
Avaliação do impacto
Trata-se de um impacto positivo, direto, permanente e de curto prazo, pois
passa a favorecer o sistema no momento da geração de energia. Além disso, é
considerado irreversível devido à contínua operação do empreendimento ao longo
do tempo. A magnitude é alta tendo em vista a capacidade instalada do parque
eólico e, portanto, o impacto é classificado como de alta importância.
Fonte:
46
6. PLANOS DE CONTROLE E MONITORAMENTO AMBIENTAL (PCA)
49
5.9. Programa de Controle de Desmatamento
50
Desta forma, a interação entre as partes envolvidas é foco de um Programa de
Comunicação Social concebido com vistas à criação de canais de diálogo entre o
empreendedor e os diferentes atores sociais e institucionais representativos da área
de influência do projeto. A efetiva participação da população, sempre que possível,
deve ser estimulada, estabelecendo-se um fluxo contínuo de informações que
permita esclarecer a realidade dos impactos, suas mitigações e consequências, de
forma a não causar descontinuidade às ações do empreendedor. Isto conduzirá ao
estabelecimento de um processo de negociação franco e transparente, sendo,
plenamente justificável a implementação de um Programa de Comunicação Social
que, com base na informação através do diálogo com as comunidades que possam
ser afetadas pelo deslocamento natural dos ventos, principal agente de transporte
de poluentes atmosféricos, tal interação resultará em forte componente para o
sucesso da mitigação dos impactos ambientais identificados.
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7. REFERÊNCIAS
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8. APÊNDICE
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