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ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL – EIA

Interessado:
GI CERÂMICA LTDA ( CERÂMICA PIAUÍ )

CNPJ:
26.058.710/0001-66.

Atividade:
Extração de argila

Local do estudo:
Sitio Bandeira, s/n, Zona Rural, São José do Piauí – Piauí.

Inhuma – PI, dezembro de 2022.

stern.prod.serv@gmail.com
(74) 988331282
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA
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GI CERÂMICA LTDA

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .............................................................................................. 5
1. IDENTIFICAÇÃO GERAL ........................................................................... 7
1.1. Identificação do Empreendedor............................................................ 7
1.2. Identificação do local do estudo ......................................................... 10
1.2.1. Acesso e Localização de local de estudo .................................... 10
1.2.2. 2.2.2. Localização do Município de São José do Piauí – PI ......... 10
1.2.3. Base Cartográfica ........................................................................ 10
1.2.4. Fase da Regularização Ambiental ............................................... 13
1.3. Descrição do Empreendimento .......................................................... 13
1.4. Seleção da Área para Instalação do Empreendimento ....................... 13
1.5. Empresa Consultora Responsável pelo EIA / RIMA ............................. 8
1.6. Equipe Responsável Pela Elaboração ................................................. 8
2. OBJETIVOS E JUSTIFICATIVAS DO EMPREENDIMENTO .................... 14
2.1. Empreendimento ................................................................................ 14
2.2. Extensão da Área do Empreendimento .............................................. 14
2.3. Recurso Mineral ................................................................................. 15
2.4. Método de Extração Mineral .............................................................. 15
2.5. Desenvolvimento................................................................................ 15
2.6. Lavra .................................................................................................. 16
2.6.1. Decapeamento ............................................................................ 16
2.6.2. Limpeza do Terreno..................................................................... 16
2.6.3. Desmonte .................................................................................... 17
2.6.4. Carregamento e Transporte ......................................................... 18
2.7. Equipamentos .................................................................................... 19
2.8. Serviços de Infraestrutura .................................................................. 19
2.9. Mão de Obra ...................................................................................... 20
2.10. Dimensões do Empreendimento ........................................................ 20
2.11. Histórico de Trabalhos Realizados na Área ....................................... 21
3. REGULAMENTAÇÃO APLICÁVEL .......................................................... 22
3.1. Dispositivos Legais ............................................................................ 22
3.2. Programa de Acompanhamento e Monitoramento dos Impactos
Ambientais ................................................................................................... 26
4. CARACTERIZAÇÃO E DIAGNOSTICO AMBIENTAL............................... 27
4.1. Definição das Áreas de Influência do Empreendimento ..................... 27
4.1.1. Área Diretamente Afetada (ADA) ................................................. 28
4.1.2. Área de Influência Direta (AID) .................................................... 28
4.1.3. Área Influência Indireta (AII) ........................................................ 28
4.1.4. Áreas de Influência dos Meios Físicos e Bióticos ........................ 28
4.1.5. Área Influência do Meio Socioeconômico .................................... 28
4.2. Meio Físico......................................................................................... 29
4.2.1. Climatologia ................................................................................. 30

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4.2.2. Geologia ...................................................................................... 38


4.2.3. Geomorfologia ............................................................................. 43
4.2.4. Recursos Hídricos ....................................................................... 47
4.3. Meio Biótico ....................................................................................... 51
4.3.1. Fauna .......................................................................................... 51
4.3.2. Flora ............................................................................................ 53
4.4. Meio Socioeconômico ........................................................................ 58
4.4.1. Área de Influência ........................................................................ 59
4.4.2. Potencial Produtivo e Econômico ................................................ 60
5. ANÁLISE DOS IMPACTOS AMBIENTAIS ................................................ 60
5.1. Metodologia ....................................................................................... 60
5.2. Identificação dos impactos ambientais ............................................... 62
5.3. Identificação dos impactos ................................................................. 64
5.4. Análise e Avaliação dos Impactos ...................................................... 64
5.5. Descrição dos principais impactos ambientais ................................... 68
5.5.1. Registro Mineral, Plano de Aproveitamento Econômico e Estudo
Ambiental e Autorização do Superficiário e da Prefeitura ......................... 68
5.5.2. Estruturas de apoio...................................................................... 69
5.5.3. Limpeza do Terreno..................................................................... 69
5.5.4. Remoção e Estocagem do Solo Orgânico ................................... 70
5.5.5. Definição e Abertura da Frente de Lavra ..................................... 70
5.5.6. Instalação do Bota-Fora .............................................................. 70
5.5.7. Avaliação da Drenagem Local ..................................................... 71
5.5.8. Carregamento e Transporte ......................................................... 71
6. IDENTIFICAÇÃO E ANÁLISE DOS IMPACTOS AMBIENTAIS ................ 72
6.1. Metodologia ....................................................................................... 72
6.2. Conceituação dos Atributos e Definição dos Parâmetros de Avaliação
Utilizados na Caracterização dos Impactos Ambientais. .............................. 72
6.2.1. Impactos Ambientais Relacionados à Implantação
(Decapeamento)..........................................................................................74
6.2.2. Impactos Ambientais Relacionados à Operação (Escavação /
Transporte) ............................................................................................... 81
6.2.3. Impactos Ambientais Relacionados à Desativação ...................... 87
6.3. Quadro de Identificação e Análises dos Impactos Ambientais (Tabela
11)..... .......................................................................................................... 92
6.4. Avaliação do Quadro de Identificação e Análises dos Impactos
Ambientais ................................................................................................... 94
7. MEDIDAS MITIGADORAS E COMPENSATÓRIAS .................................. 95
7.1. Medidas Mitigadoras Relacionadas à Implantação............................. 95
7.1.1. Impactos Ambientais Relacionados ao Meio Físico ..................... 95
7.1.2. 8.1.2. Medidas Mitigadoras Relacionadas ao Meio Biótico .......... 97
7.1.3. Medidas Mitigadoras Relacionadas ao Meio Antrópico ................ 98
7.2. Medidas Mitigadoras Relacionadas à Operação ................................ 99
7.2.1. Impactos Ambientais Relacionados ao Meio Físico ..................... 99

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7.2.2. Impactos Ambientais Relacionados ao Meio Biótico ...................101


7.2.3. Impactos Ambientais Relacionados ao Meio Antrópico...............101
7.3. Medidas Mitigadoras Relacionadas à Desativação ...........................102
7.3.1. Impactos Ambientais Relacionados ao Meio Antrópico...............102
8. PROGRAMAS AMBIENTAIS ...................................................................103
9. COMPENSAÇÃO AMBIENTAL ...............................................................103
9.1. Plantio de Gramíneas .......................................................................104
9.2. Plantio de Espécies Arbustivas e Arbóreas (Nativa) ..........................105
10. CONCLUSÃO ......................................................................................106
11. EQUIPE TÉCNICA ...............................................................................108
BIBLIOGRAFIA ..............................................................................................109
ANEXOS........................................................................................................114

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1. INTRODUÇÃO

A atividade de mineração ou lavra a céu aberto é tida como impactante


ao meio ambiente, haja vista os impactos que gera: mudança na paisagem,
alteração do solo e do relevo; alterações na qualidade das águas; transtornos
gerados às populações que habitam o entorno dos projetos minerários e à saúde
das pessoas diretamente envolvidas no empreendimento.
Mineração é uma atividade indispensável à sobrevivência do homem
moderno, dada a importância assumida pelos bens minerais em praticamente
todas as atividades humanas; das mais básicas como habitação, construção,
saneamento básico, transporte, agricultura, às mais sofisticadas como
tecnologia de ponta nas áreas de comunicação e medicina. Ao mesmo tempo,
apresenta-se como um desafio para o conceito de desenvolvimento sustentável,
uma vez que se retira da natureza recursos naturais exauríveis, ou seja, recursos
que não se renovam.
O objetivo deste trabalho é analisar o processo de mineração e investigar,
especificamente, os tópicos ligados à relação natureza / mineração / legislação,
apoiado na concepção de ambiente com um todo indissociável. E, a partir daí
caracterizar os impactos da extração de argila, tendo como referência a
propriedade e seu entorno.
A proposta de classificar os danos ambientais em níveis de impacto
baseou-se na correlação qualitativa, dos efeitos da mineração sobre o solo, a
morfologia e a vegetação, ou seja, os elementos da paisagem natural atingidos
pela extração.
A metodologia combina revisão bibliográfica, levantamento de dados e
trabalho de campo. Os dados originados pela observação de campo resultaram
numa série de informações peculiares sobre o processo de mineração como:
utilização de métodos, técnicas e equipamentos.
Esse estudo visa, também, atenuar ou compensar os impactos ambientais
negativos gerados ao ambiente no decorrer da mineração, através de
alternativas técnicas e a possibilidade de reutilização da área minerada. Foi
elaborado tomando-se como base as evidências de campo, aliadas ao estudo
de identificação e avaliação dos impactos ambientais. Nesse caso, será dada

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atenção especial aos parâmetros ambientais que serão mais afetados pela
mineração.
De acordo com a Resolução CONAMA nº 10 de 06.12.90, publicada no
D.O.U. de 28.12.90, este relatório representa um instrumento técnico legal e
complementar a documentação necessária para obtenção do Licenciamento
Ambiental de atividades de relacionadas com extração de minerais de classe II
(uso direto na construção civil), bem como acatando as recomendações da
Secretária Estadual do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos – SEMAR, órgão
responsável pela fiscalização de atividades que possam promover ações
potencialmente degradadoras contra o meio ambiente.

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2. IDENTIFICAÇÃO GERAL
2.1. Identificação do Empreendedor

Empreendedor: GI CERÂMICA LTDA.

CNPJ: 26.058.710/0001-66.

Inscrição estadual: 195881010

Endereço do Empreendedor: Fazenda Lagoinha, s/nº, Zona Rural, Inhuma –


Piauí.

Telefone: (87) 3862-2293 / (87) 99641-3777

E-mail: danilo@ceramicamandacaru.com.br

Tipo de Atividade: Extração minerais não metálicos (argila tubatinga)

Local da atividade: Sitio Bandeira, s/n, Zona Rural, São José do Piauí – Piauí.

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2.2. Responsável técnico pelo EIA / RIMA


2.2.1. Empresa Consultora Responsável pelo EIA / RIMA
Nome: STERN SERV

CNPJ: 24.887.237/0001-02

Endereço: Rua João Domingos Silva, n.º 100, Alto da Maravilha, Juazeiro - BA

Telefone: (74) 98833-1282

E-mail: stern.prod.serv@gmail.com

Responsável legal: DIÔGO CARDOSO DA SILVA

CPF Responsável Legal: 050.833.395-44

Endereço: Rua João Domingos Silva, nº 100, Alto da Maravilha, Juazeiro - BA

Contato: (74) 98833-1282

E-mail: dcs.cardoso.silva@gmail.com / dcardosoo@outlook.com

2.2.2. Equipe responsável pela elaboração


2.2.2.1. Coordenador do estudo

DIÔGO CARDOSO DA SILVA

Formação: Engenheiro Civil e Técnico em Meio Ambiente


RNP: CREA-BA nº 052125361-6 / CFT-BR nº 0508333954-4
Registro CTF/AIDA (IBAMA): 7753831
CPF: 050.833.395-44
Endereço: Rua João Domingos Silva, nº 100, Alto da Maravilha, Juazeiro - BA
Contato: (74) 98833-1282
E-mail: dcs.cardoso.silva@gmail.com / dcardosoo@outlook.com

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2.2.2.2. Equipe de apoio

DACKSON CRYSTIAN DA SILVA ARAÚJO

Formação: Engenheiro Ambiental, Engenheiro de Segurança do Trabalho


RNP: CREA-PB nº 052057855-4
Registro CTF/AIDA (IBAMA): 8263029
CPF: 064.857.275-44
Endereço: Rua Imaculada Conceição, 104, BL 13, AP 302, Piranga, Juazeiro –
BA
Contato: (74) 99106-0970
E-mail: dacksoncrystian@gmail.com

OSMAR PORTELA FILHO


Formação: Engenheiro de Minas
RNP: CREA-PB nº 1600376363 / VISTO PI nº 1600376363
Registro CTF/AIDA (IBAMA): 219847
CPF: 272.655.605-15
Contato: (71) 99326-6153
E-mail: osmar.portela@gmail.com

MAURICIO GONÇALVES DAMASCENO


Formação: Técnico em Edificações
RNP: CFT-BR nº 0328110752-4
CPF: 03281107524
Contato: (74) 99947-6834
E-mail: mauriciodamasceno22@gmail.com

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2.3. Identificação do local do estudo


2.3.1. Localização do Município de São José do Piauí – PI

Figura 1: Localização do Município

Fonte: CPRM, 2004

2.3.2. Base Cartográfica


A Base Cartográfica a partir da qual foi estabelecido o Zoneamento
Ambiental e Minerário, foi elaborada a partir das Folhas São José do Piauí SB-
24-Y-A-V e Inhuma SB-24-Y-A-IV do Banco de Dados Geográficos do Exército
Brasileiro, escala 1:100.000, Mapa de Geodiversidade do Piauí do Serviço
Geológico do Brasil, escala 1:100.000.000, imagens do Google Earth e
informações coletadas no campo.

2.3.3. Acesso e Localização do local de estudo


Área está localizada está na Mesorregião do Sudeste Piauiense,
Microrregião de Picos. O acesso a partir de Teresina é realizado pela BR-316
por 228,7 km, sentido a município de Inhuma, vire à esquerda na PI-227 e siga
por 28 km até o empreendimento Cerâmica Piauí situado na Fazenda Lagoinha
Zona Rural de Inhuma, siga sentido a São José do Piauí por 1,25 km até o Sítio
Bandeira, e vire à direita e siga por cerca de 700 m. A área delimitada em laranja
corresponde a pretendida para as extrações de argila tubatinga.

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Figura 2: Localização em relação ao estado

Fonte: Adaptado de IBGE, 2020 e Google Earth Pro

Figura 3: Acessos ao Empreendimento

Fonte: Google Earth Pro

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Figura 4: Área do Terreno + área requirida + área de extração

35 ha

4,80 ha 18 ha

Fonte: Google Earth Pro ; Adaptado de ANM, 2022.

Figura 5: Área do Terreno + área requirida + área de extração + APP e Reserva Legal (CAR)

35 ha

7,27 ha

2,15 ha
4,80 ha
18 ha

Fonte: Google Earth Pro; Adaptado de ANM, 2022; Adaptado de SICAR, 2022.

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2.3.4. Fase da Regularização Ambiental


Regularização junto a SEMAR e ANM.

2.4. Descrição do empreendimento

O presente estudo permite a avaliação do impacto ambiental causado


pela extração de argila (tubatinga) pela Gi Cerâmica LTDA destinado a produção
de cerâmica vermelha, sendo o local de extração localizado no município de São
José do Piauí, em um terreno de 35,50 há, com área requerida de 18 há e área
lavrável de 4,8 há, conforme mostrado na Figuras 04 e Figura 05.
Com base nas normas ABNT gerais de resíduos sólidos, foram
elaborados os estudos e projetos para se determinar uma melhor alternativa de
extração, disposição e impacto ao meio ambiente. O projeto deve ser constituído
de detalhes que envolvem medidas minuciosas em sua concepção e alguns
cuidados no memorial de cálculo e descritivo.
Antes de se projetar a extração, foram feitos estudos geológico e
topográfico para selecionar a área a ser destinada a extração, no entanto até a
finalização deste documento o mesmo não disponibilizado.

2.5. Seleção da área para instalação do empreendimento

Os Estudos para a viabilização compreendem uma sequência de


atividades para identificação e analise da aptidão das áreas para instalação do
empreendimento.
Os trabalhos de viabilização exigem, assim, a compatibilização de vários
fatores buscando o equilíbrio entre os aspectos sociais, as alterações no meio
ambiente e os custos inerentes ao empreendimento,
Nessa fase, um conjunto de dados do meio físico, biótico e
socioeconômico deve ser analisado para que seja selecionada uma área
potencialmente aproveitada para a instalação de empreendimento, uma área
adequada, significa menores riscos ao meio ambiente, mas fundamentalmente,
significa menores riscos e gastos.
As técnicas de investigação utilizadas são aquelas corretamente
empregadas pela geologia e levantamentos como seguir:

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− Dados geológicos/geotécnicos;
− Dados pedológicos;
− Dados hidrológicos;
− Dados climatológicos;
− Dados socioeconômicos

3. OBJETIVOS E JUSTIFICATIVAS DO EMPREENDIMENTO


3.1. Empreendimento

Este empreendimento mineral objeto do presente estudo, diz respeito


aos trabalhos de extração de argila numa propriedade de área total de 35,50
hectares, situada no Sítio Bandeira, Zona Rural de São José do Piauí no limiar
da dívida do município de Inhuma e a qual tem uma área requirida junto a ANM
de 18 hectares, em fase de regularização junto ao DNPM sob processo nº
803.185/2017. Após desconto de uma área de reserva legal de 7,27 hectares e
uma área de preservação permanente (APP) de 2,15 hectares, a área lavrável
disponível é de 4,80 hectares O mineral/argila será utilizado como matéria-prima
para na fabricação tijolos cerâmicos.
A lavra será executada a céu aberta, mecanizada, com a utilização de
escavadeira hidráulica, caminhões basculantes e a mão-de-obra da própria
empresa ou de contratada, que são residentes nos municípios de São José do
Piauí e de Inhuma e que trabalham na Cerâmica Piauí (Gi Cerâmica LTDA).
Quanto ao transporte do material extraído até o pátio de estoque na Cerâmica
Piauí isso será realizado por empresa(s) contratada(s) por período necessário
até alcançado o estoque suficiente para um ano de operação.

3.2. Extensão da área do empreendimento

A área da extração compreende uma superfície relativamente plana de


4,80 hectares (polígono laranja), conforme mostrada na Figura 05, na qual
encontra-se em fase de regularização.
A área do referido processo está delimitada por um polígono laranja,
inserido no interior de polígono branco que corresponde a área requerida junto

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a ANM e que possui uma área de 18 hectares. As coordenadas geográficas são


as seguintes: -6.745218 Latitude Sul e -41.511289 Longitude Oeste – datum
SIRGAS 2000.

3.3. Recurso mineral

Os trabalhos de extração da argila serão realizados a céu aberto,


mediante a abertura de acesso e limpeza do terreno, com a autorização da
SEMAR, seguido de um processo de decapeamento do estéril. A extração da
argila será realizada de forma mecanizada com uma escavadeira hidráulica, fará
a extração e prontamente transportada para estocagem do mineral na Cerâmica
Piauí que será utilizado na fabricação de cerâmicas vermelhas.

3.4. Método de extração mineral

Dessa forma, o método de lavra a ser utilizado será o mecanizado com a


utilização de escavadeira hidráulica, utilizado de mão-de-obra da especializada
da própria Gi Cerâmica LTDA na utilização desses equipamentos, assim como
a contratação de empresa para a realização dos transportes por caminhões
basculantes.
O minério a ser extraído, faz parte do depósito aluvionar da planície fluvial
da área, cujos sedimentos terciários e quaternários compõem espessuras
médias de 5,00 a 6,00 metros de profundidade.
A lavra será efetuada de acordo com o planejamento racional, de forma
que a área pós-minerada tenha condições ambientais e geotécnicas mínimas de
estabelecer um novo equilíbrio dinâmico, desenvolvendo uma nova paisagem.

3.5. Desenvolvimento

Os trabalhos inerentes ao empreendimento mineral ocorrerão em três


fases distintas denominadas de Estudos e Projetos, Implantação e Operação.
A Fase de Estudos e Projetos diz respeito ao detalhamento da área, no
que se refere aos aspectos da jazida mineral, método de lavra e o estudo
ambiental, procurando-se nesta fase dar pleno atendimento às exigências legais

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estabelecidas pelos órgãos licenciadores no âmbito da mineração, o SEMAR,


ANM juntamente com a Prefeitura Municipal de São José do Piauí.
Fase de Implantação consiste na fase preparatória da lavra, envolvendo
atividades como acordo com o proprietário do solo, mobilização de
equipamentos, abertura e melhoria das vias de acesso, limpeza do terreno,
disposição e manuseio do estéril e do solo orgânico.
Quanto a de operação refere-se à extração minerais não metálicos (argila)
com as ações das escavações, carregamento, transporte e finalmente
terraplanagem para conformação topográfica do terreno.

3.6. Lavra

As atividades de lavra são compreendidas pelas seguintes operações


unitárias: decapeamento, limpeza do terreno, retirada do capeamento,
desmonte, carregamento e transporte, conforme abaixo:

3.6.1. Decapeamento
Para a remoção do capeamento, ou seja, o material considerado fora das
especificações das normas ABNT NBR 6502/95, 7218/84 e NBR 7219/87
quando submetida a ensaios. O decapeamento será em sua maioria efetuada
pela própria escavadeira hidráulica utilizado na própria extração.
O estéril gerado anualmente será em torno de 3.800 m³, sendo assim esta
operação inconsistente, realizando apenas quando do avanço da frente de lavra,
o solo com matéria orgânica será armazenado separado para quando da
reabilitação da área degradada ser reposto na nova superfície.

3.6.2. Limpeza do Terreno


A partir da autorização da SEMAR a área será limpa de forma modulada,
ou seja, por quadrantes. Ocorrerá onde a vegetação é predominantemente
herbácea, arbustiva baixa e de vegetação considerada aberta.
Mesmo considerando-se que logo após a lavra serão iniciados os
trabalhos de recuperação nos setores minerados, a recuperação da cobertura
vegetal se dará em médio prazo. Assim, a limpeza resultará em algumas
adversidades, como perda do potencial florístico, que é importante como agente

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de estabilização e contenção das encostas; perda de abrigo e alimento para a


fauna, principalmente réptil, aves, pequenos mamíferos e algumas espécies de
animais invertebrados; e alteração das condições atmosféricas como umidade e
evapotranspiração. O equipamento empregado para a limpeza do terreno
formará particulados que ao se dispersarem no ar, originarão poeiras fugitivas e
ainda gases e ruídos.
Com a limpeza do terreno a fauna tende a migrar para áreas contíguas a
procura de abrigo e alimento, indo competir nos ambientes de entorno, o que
pode gerará desequilíbrio temporário.
A realização desta ação ocorrerá um pequeno aumento na demanda por
serviços, gerando ocupação/renda temporária. Portanto o impacto sobre o meio
ambiente que engloba a jazida de argila deverá ser minimizado, mediante
processo de revegetação, devendo-se priorizar o plantio no cinturão verde, para
formação de uma cortina de contato de proteção para atenuar os impactos
visuais, decorrentes da inversão morfológica a que será submetido o relevo local.

3.6.3. Desmonte
Essa operação de escavação/desmonte é aquela que melhor caracteriza
esta atividade minerária, consistindo essencialmente na retirada da argila, com
utilização de uma escavadeira hidráulica, resultando no rebaixamento do nível
do terreno.
O método de lavra a ser adotado será a céu aberto, em superfície plana
e com ligeiro declive, com extração em faixas.
Processo que resultará em alteração morfológica e geotécnica do terreno
em exploração uma vez que com a transferência de material, haverá um
rebaixamento topográfico, o substrato aflorante apresentará características
geotécnicas diferentes devido à variação faciológica da unidade geológica que
compõe a área.
Escavação resultará em formação de taludes, os quais devido à baixa
consistência permanecerão instáveis sujeitos a deslizamentos durante a ação
exploratória, que poderá causar acidentes com pessoas ou animais. Esta ação
será evitada com a colocação de cercas ao redor da cava, principalmente
estando essa paralisada por quaisquer motivos. Esta escavação poderá interferir
na morfologia da drenagem existente, gerando uma degradação no ambiente.

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Na área de lavra ficará exposta à ação dos processos erosivos, sendo


possível à instalação de focos erosivos e assoreamento das partes
topograficamente mais baixas, pelo aporte de componentes particulados finos.
A retirada das camadas será acompanhada da emissão de ruídos pelo
equipamento usado, causando assim a afugentação da fauna, provocando
também o aparecimento de poeiras fugitivas, devido à presença em suspensão
de fração particulada. A interferir na recarga dos recursos hídricos subterrâneos,
ocasionado pelo processo extrativo terá efeito insignificante.
Com o rebaixamento topográfico resultante da lavra, o lençol freático
poderá ser alcançado favorecendo a acumulação de água superficial, o que
futuramente refletirá em benefícios para a população do município de São José
do Piauí, evitando ônus futuros com benfeitorias para captação de água.
Acidentes de trabalho poderão ocorrer caso não sejam atendidas as
normas de segurança adotadas na mineração a céu aberto ou caso os
trabalhadores não usarem corretamente seus equipamentos de proteção
individual (EPIs).
Com a modificação do relevo e da morfologia da área da mineração, os
valores paisagísticos serão muito afetados em sua forma original, perdurando
estas adversidades por algum tempo.

3.6.4. Carregamento e Transporte


Após o desmonte, o carregamento será feito com escavadeira hidráulica
nos caminhões basculantes com capacidade nominal de 12 m³ e efetiva de 10
m³, considerando-se um fator de enchimento de 85%.
O tempo de ciclo total do caminhão engloba os tempos gastos no trajeto
lavra-estoque (ida e volta), no carregamento, na descarga no depósito de
estoque e em manobra e espera. Na jazida a distância entre a frente de lavra e
a área de estocagem é de 2 quilômetros aproximadamente. Este trajeto é
percorrido em aproximadamente de 5 minutos de ida e volta com o veículo se
deslocando em média a 13,89 m/s ou 50 km/h. O tempo de carregamento foi
calculado em 15 minutos e o tempo de descarrego no pátio de estoque é de 5
minutos.
Perfazendo no caso um total de 25 a 30 minutos para cada ciclo, a
necessidade de extração estará estritamente ligada a demanda de produção de

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tijolos da Cerâmica Piauí. Levando em consideração a necessidade anual de


19.200 m³/ano ou 34.560 ton/ano* de argila. Serão necessários em média de
1.920 carregamentos (10 dias de extração para atender demanda média anual),
o que pode ser perfeitamente atendido por 4 caminhões trucados de 12 m³ e/ou
18 ton.
* Foi levando em consideração um peso especifico para a argila de aproximadamente 1,8 t/m³.

3.7. Equipamentos

As máquinas e equipamentos são representados por caminhões,


escavadeira hidráulica, e equipamentos de proteção individual - EPIs.
A pá-carregadeira é de propriedade da Gi Cerâmica LTDA, os demais
equipamentos a serem utilizadas na operação extração e transporte serão
locados ou contratado empresa para a realização dos serviços. Os
equipamentos serão mantidos e operados em conformidade com as normas
técnicas vigentes nas instruções dos fabricantes ou nas melhorias e operadas
por profissionais habilitados.
Para o desenvolvimento dos trabalhos de lavra, visando obter as
produções anuais necessárias para viabilizar economicamente o
empreendimento, será utilizado da própria Cerâmica Piauí, 01 (uma)
Escavadeira Hidráulica sobre esteiras, Marca Case, modelo CX220P, motor
diesel de injeção direta, de 170 HP, com sistema de travamento e segurança,
capacidade coroada de 1,37 m³, peso operacional 22,17 t, cabine com para-brisa
dianteiro, retrovisores externos e internos, luzes de sinalização e ano de
fabricação 2011.

3.8. Serviços de Infraestrutura

Como servidões dentro do perímetro da área onde ocorrerá o jazimento


mineral de argila, as estradas de acesso possuirão uma estrutura regular.
A Infraestrutura existente na área e no seu entorno são energia elétrica e
acesso à área por estrada de terra.

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3.9. Mão de Obra

A jazida de argila localizada no município de São José do Piauí - PI,


realizará a lavra, utilizando a mão-de-obra local e pertente a Gi Cerâmica LTDA,
e que são moradores de comunidades situadas nas proximidades. Desta forma,
será evitada a questão do deslocamento dos trabalhadores, de suas moradias
até a frente de lavra.
O pessoal necessário para o funcionamento da unidade mineira será
inicialmente de somente 01 (um) funcionário, sendo 01 operador de escavadeira
hidráulica. O salário será o mesmo praticado na Gi Cerâmica LTDA, uma vez
que, não impactará nas atividades da unidade fabril da cerâmica.

OBS.: De acordo com orientação do Ministério do Trabalho, como não há


convenção trabalhista em São José do Piauí para mineração e, portanto, será
utilizado como referência o salário mínimo. As categorias remanescentes, os
salários estão dentro da convenção trabalhista.

3.10. Dimensões do Empreendimento

Considerando que a Gi Cerâmica LTDA está requerendo 18 hectares,


com área lavrável de 4,80 hectares o mesmo pretende atuar em uma faixa de
área até uma profundidade média de 6,00 metros para a argila, tendo assim uma
reserva total explorável de 288.000,00 m³.
Para as áreas de ocorrência da substância mineral argila, apresentam
uma área total aproximada de 181.000,00 m², e um pacote com espessura média
de 6,00 metros de profundidade correspondendo a totalidade da área
pesquisada.
Nesses parâmetros básicos, a cubagem de reserva mineral de argilito,
classificada como indicada será igual a (Área x Profundidade média) = 48.000,00
m² x 6,00 m = 288.000,00 m³.
No entanto, se for considerado as limitações da área, no que diz respeito
às partes mais baixas, com maior teor de argila, pode-se adotar, com base no
Código de Mineração, um percentual de 20% de material terrestre que não
atende as especificações do argilito (288.000,00 m³ - 20% = 230.400,00 m³). Daí

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estima-se uma reserva de extração seja Volume Explorável Total (VT) = VM +


fator de Empolamento (E), ou seja: 230.400,00 + 40% = 322.560,00 m³.
Portanto, para uma extração de argilito será de 322.560,00 m³ e terá de
retirar um volume de 57.600,00 m³ de capeamento, ficando a relação
estéril/minério em torno de 0,20.
Admitindo uma taxa de extração/produção anual de 19.200 m³ (34.560 t)
ou 480 carradas e cada veículo possui capacidade nominal de 12 m³ ou 18 t, e
considerando o enchimento das caçambas ao nível de ≅ 85% do seu volume (10
m³), temos: 10 m³ x 1,8 t/m³ (peso específico da argila) = 18 t. De acordo os
valores apresentados, é possível estimar a vida útil da jazida em
aproximadamente 15 anos.

3.11. Histórico de trabalhos a serem realizados na área

A área nunca foi explorada pelo antigo proprietário e nem pelo atual
proprietário. Devido às boas reservas de Argila na propriedade e ao aumento da
demanda no mercado regional, daí a preocupação do empreendedor Gi
Cerâmica LTDA, em oficializar junto a Prefeitura de São José do Piauí, ANM e
SEMAR, dentro de um projeto corretamente sustentável para a exploração da
área.
O regime exploratório será mediante ao Registro de Licenciamento
solicitado à Agência Nacional de Mineração – ANM através do Pedido de
Licenciamento sob processo nº 803.185/2017.
Quanto ao processo de regularização ambiental do empreendimento já se
encontra em fase de solicitações de Licença Previa e Instalação junto a SEMAR.
Não há qualquer certidão de conformidade ou qualquer tipo de
autorização solicitado junto a Prefeitura Municipal de São José do Piauí uma vez
que está não possui competência e corpo técnico para regularização ambiental
da natureza deste de atividade.

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4. REGULAMENTAÇÃO APLICÁVEL
4.1. Dispositivos Legais

Lei 6.938, de 31/08/1981


Estabelece a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de
formulação e aplicação, constitui o Sistema Nacional do Meio Ambiente
(SISNAMA) e institui o Cadastro de Defesa Ambiental.

Lei 7.802, de 11/07/1989


Dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem e
rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercialização, a propaganda
comercial, a utilização, a importação, a exportação, o destino final dos resíduos
e embalagens, o registro, a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização
de agrotóxicos, seus componentes e afins, e dá outras providências.

Lei 8.666, de 21/06/1993


Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui normas para
licitações e contratos da Administração Pública e dá outras providências.

Lei 8.987, de 13/02/1995


Dispõe sobre o regime de concessão e permissão da prestação de serviços
públicos previsto no art. 175 da Constituição Federal, e dá outras providências.

Lei 9.055, de 01/06/1995


Disciplina extração, industrialização, utilização, comercialização e transporte do
asbesto/amianto e dos produtos que o contenham, bem como das fibras naturais
e artificiais, de qualquer origem, utilizadas para o mesmo fim e dá outras
providências.

Lei 9.074, de 07/07/1995


Estabelece normas para outorga e prorrogações das concessões e permissões
de serviços públicos e dá outras providências.

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Lei 9.605, de 12/02/1998


Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e
atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências.

Lei 9.966, de 28/04/2000


Dispõe sobre a prevenção, o controle e a fiscalização da poluição causada por
lançamento de óleo e outras substâncias nocivas ou perigosas em águas sob
jurisdição nacional e dá outras providências.

Lei 10.650, de 16/04/2003


Dispõe sobre o acesso público aos dados e informações existentes nos órgãos
e entidades integrantes do SISNAMA.

Lei 11.079, de 30/12/2004


Institui normas gerais para licitação e contratação de parceria público-privada no
âmbito da administração pública.

Lei 11.107, de 06/04/2005


Dispõe sobre normas gerais para a União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios contratarem consórcios públicos para a realização de objetivos de
interesse comum e dá outras providências.

Lei 12.187, de 29/12/2009


Esta Lei institui a Política Nacional sobre Mudança do Clima – PNMC e
estabelece seus princípios, objetivos, diretrizes e instrumentos.

Lei 12.375, de 31/12/2010


Altera a Lei nº 10.683, de 28 de maio de 2003; transforma Funções
Comissionadas Técnicas em cargos em comissão, criadas pela Medida
Provisória nº 2.229-43, de 6 de setembro de 2001; altera a Medida Provisória nº
2.228-2, de 6 de setembro de 2001, e as Leis nº 8.460, de 17 de setembro de
1992, 12.024, de 27 de agosto de 2009, 10.833, de 29 de dezembro de 2003,
11.371, de 28 de novembro de 2006, 12.249, de 11 de junho de 2010, 11.941,
de 27 de maio de 2009, 8.685, de 20 de julho de 1993, 10.406, de 10 de janeiro

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de 2002, 3.890-A, de 25 de abril de 1961, 10.848, de 15 de março de 2004,


12.111, de 9 de dezembro de 2009, e 11.526, de 4 de outubro de 2007; revoga
dispositivo da Lei nº 8.162, de 8 de janeiro de 1991; e dá outras providências. O
artigo 5º define que os estabelecimentos industriais farão jus, até 31 de
dezembro de 2014, a crédito presumido do IPI na aquisição de resíduos sólidos
(adquiridos diretamente de cooperativa de catadores de materiais recicláveis)
como matérias-primas.

Lei 12.725, de 16/10/2012


Dispõe sobre o controle da fauna nas imediações de aeródromos.

Lei 12.977, de 20/05/2014


Regula e disciplina a atividade de desmontagem de veículos automotores
terrestres; altera o art. 126 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997 – Código
de Trânsito Brasileiro; e dá outras providências. (Regulamentada pela resolução
CONTRAN 530 de 14/5/2015).

Decreto 875, de 19/07/1993


Promulga o texto da convenção (de Basiléia) sobre o controle de movimentos
transfronteiriços de resíduos perigosos e seu depósito.

Decreto 4.136, de 20/02/2002


Dispõe sobre a especificação das sanções aplicáveis às infrações às regras de
prevenção, controle e fiscalização da poluição causada por lançamento de óleo
e outras substâncias nocivas ou perigosas em águas sob jurisdição nacional.

Decreto 4.581, de 27/01/2003


Promulga a emenda ao anexo I e adoção dos anexos VIII e IX à Convenção de
Basiléia sobre o controle do movimento transfronteiriço de resíduos perigosos e
seu depósito.

Decreto 5.940, de 25/10/2006


Institui a separação dos resíduos recicláveis descartados pelos órgãos e
entidades da administração pública federal direta e indireta, na fonte geradora,

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e a sua destinação às associações e cooperativas dos catadores de materiais


recicláveis, e dá outras providências.

Decreto 6.017, de 17/01/2007


Regulamenta a Lei nº 11.107, de 6 de abril de 2005, que dispõe sobre normas
gerais de contratação de consórcios públicos.

Decreto 6.514, de 22/07/2008


Dispõe sobre as infrações e sanções administrativas ao meio ambiente,
estabelece o processo administrativo federal para apuração destas infrações, e
dá outras providências. (Regulamenta a Lei 9605/1998). (Alterado pelo Decreto
7.640/2011).

Decreto 6.686, de 10/12/2008


Altera e acresce dispositivos ao Decreto no 6.514, de 22 de julho de 2008, que
dispõe sobre as infrações e sanções administrativas ao meio ambiente e
estabelece o processo administrativo federal para apuração destas infrações.

Decreto 6.792, de 10/03/2009


Altera e acresce dispositivos ao Decreto no 99.274, de 6 de junho de 1990, para
dispor sobre a composição e funcionamento do Conselho Nacional do Meio
Ambiente – CONAMA.

Decreto 7.640, de 09/12/2011


Altera o art. 152 do Decreto nº 6.514, de 22 de julho de 2008, que dispõe sobre
as infrações e sanções administrativas ao ambiente e estabelece o processo
administrativo federal para apuração destas infrações.

ESTADUAL – LEIS
Lei nº 4.060 de 09 de dezembro de 1986
Cria a Curadoria do Meio Ambiente, no âmbito da Procuradoria Geral da Justiça,
e dá outras providências.

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Lei nº 4.797 de 24 de outubro de 1995


Cria a Secretaria do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos.

Lei nº 4.854 de 10 de julho de 1996


Dispõe sobre a política Ambiental do Estado.

Lei nº 5.165 de 17 de agosto de 2000


Dispõe sobre a Política de Recursos Hídricos do Estado.

4.2. Programa de Acompanhamento e Monitoramento dos Impactos


Ambientais

Esta seção tem como objetivo apresentar algumas propostas de


programas de monitoramento que possibilitem avaliar tecnicamente os
procedimentos adotados, visando o acompanhamento da evolução do projeto e
dos impactos ambientais positivos e negativos em suas etapas de implantação
e operação, juntamente com as eficácias das medidas mitigadoras propostas,
abrangendo a indicação e justificativas dos parâmetros selecionados. Este
monitoramento de atividades das etapas em questão do empreendimento tem
como finalidade minimizar os possíveis riscos dos impactos ambientais. Nesse
contexto recomenda-se apresentar o Programa Básico Ambiental – PBA para
extração de argila pela empresa Gi Cerâmica LTDA onde deverá estar contidas
as recomendações sobre a localização, implantação e operação das instalações
de apoio às obras, abertura e operação de caminhos de serviço, áreas de bota-
fora, cuidados ambientais para execução de cada uma das atividades (proteção
à flora e fauna, dispositivos provisórios e definitivos de proteção de cursos d’água
e controle de processo erosivos, medidas de controle de emissões atmosféricas
e de ruídos, umectação de trechos próximos a aglomerados urbanos e
residenciais) cuidados no manuseio de materiais potencialmente poluidores do
meio ambiente.
Os Programas Ambientais são os seguintes:
− Programa de Gestão Ambiental do Empreendimento;
− Plano Ambiental de Construção;
− Programa de Acompanhamento, Monitoramento e Resgate da Fauna;

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− Programa de Gerenciamento de Riscos na fase de implantação e


operação;
− Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos – PGRS na fase de
operação;
− Programa de Educação Ambiental e Comunicação Social;
− Programa de Segurança do Trabalhador;
− Programa de Monitoramento dos Processos Erosivos;
− Programa de Recuperação de Área Degradada;
− Programa de Encerramento das Atividades;
− Programa de Compensação Ambiental.

Cada programa apresentado possui a seguinte estrutura: justificativa,


objetivos e metas, ações, indicadores ambientais, metodologia, formas de
treinamento e acompanhamento, formas de registro, formas de monitoramento
e controle, cronograma, recursos necessários e responsáveis pelo programa.

5. CARACTERIZAÇÃO E DIAGNOSTICO AMBIENTAL


5.1. Definição das Áreas de Influência do Empreendimento

As áreas de influência correspondem aos locais onde podem ser


percebidos os efeitos do empreendimento sobre o meio ambiente e a sociedade,
tanto na fase de implantação quanto de operação.
As áreas de influência foram definidas considerando o recorte geopolítico
do estado. Para as definições de área de influência direta foi estabelecido um
raio de 2 km de onde será implantada a extração da argila.
A delimitação destas áreas possibilita uma avaliação dos impactos
ambientais e a proposição das medidas e programas para minimizar e
compensar os impactos.
Os limites das áreas de influência variam de acordo com os elementos
dos meios físico, biótico e social conforme cada critério.

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5.1.1. Área Diretamente Afetada (ADA)


Contempla os ambientes naturais e sociais efetivamente alterados pela
implantação do projeto. Corresponde à área a ser ocupada pela Gi Cerâmica
LTDA e a área diretamente afetada pela instalação de estruturas durante sua
fase de projeto e o sistema de extração.

5.1.2. Área de Influência Direta (AID)


Consiste na área onde ocorrerão os maiores efeitos da atividade da
extração, tanto relativas ao meio ambiente quanto às comunidades e economia
local. Trata-se do espaço territorial ampliado da ADA.

5.1.3. Área Influência Indireta (AII)


É definida como aquela onde poderá ocorrer algum impacto da instalação
e operação do empreendimento, de forma indireta e menos intensa na
mineração. As áreas de influência da atividade de extração a ser realizado pela
Gi Cerâmica LTDA ocorrerão nos municípios de São José do Piauí e Inhuma,
onde está sendo definida análise detalhada do meio ambiente, incluindo solos,
recursos hídricos, fauna, vegetação, comunidades, economia e outros aspectos
sociais. A definição destas áreas foi realizada em conjunto com os especialistas
de cada área temática e discutida com a equipe multidisciplinar do EIA/RIMA de
forma a embasar tecnicamente cada área de influência.

5.1.4. Áreas de Influência dos Meios Físicos e Bióticos


Para a definição das áreas de influência do meio físico foram
considerados os diagnósticos de clima, geologia, geomorfologia, solos,
hidrogeologia e recursos hídricos. Já o meio biótico compreendeu os estudos de
vegetação e grupos de fauna.

5.1.5. Área Influência do Meio Socioeconômico


Foram definidas considerando os aspectos sociais, econômicos,
históricos e culturais:

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• Área Diretamente Afetada (ADA)


Para o meio socioeconômico, a ADA abrange a via de acesso privativa,
área prevista para exploração (4,80 ha), e de disposição de aterro, acesso,
movimentação/circulação (2,59 ha), o que compreende um total de 7,39 hectares
de área.
• Área de Influência Direta (AID)
Para a definição da AID do meio socioeconômico, foram consideradas as
atividades relacionadas ao empreendimento que poderiam influir diretamente no
cotidiano da população circunvizinha, bem como nas relações econômicas,
evidentes nos municípios de São José do Piauí e Inhuma. Foi definido como AID,
um raio de 5 km do centro geométrico da área requerida para a implantação da
extração da argila.
• Área de Influência Indireta (AII)
Para essa área foi considerada os municípios de Parnaíba e São José do
Piauí, uma vez que o empreendimento se localiza no limiar entre os dois
municípios.

5.2. Meio Físico


Figura 06: Meio físico

Fonte: Google Earth Pro e adaptado de IBGE, 2022.

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5.2.1. Climatologia
As condições climáticas dos municípios de São José do Piauí e de Inhuma
(com altitudes das sedes de 295 m e 387 m acima do nível do mar
respectivamente), apresentam temperaturas mínima de 21 ºC e máximas de 37
ºC, com clima semiúmido e quente. Ocasionalmente, chuvas intensas, com
máximas em 24 horas. A precipitação pluviométrica média anual é definida no
Regime Equatorial Continental, com isoietas anuais entre 800 a 1.400 mm e
trimestres janeiro-fevereiro-março e dezembro-janeiro-fevereiro como os mais
chuvosos. Os meses de janeiro, fevereiro e março constituem o trimestre mais
úmido. Estas informações foram obtidas a partir do Perfil dos Municípios (IBGE
– CEPRO, 1998) e Levantamento Exploratório - Reconhecimento de solos do
Estado do Piauí (1986).

5.2.1.1. Dados Meteorológicos


Para a análise dos parâmetros climáticos e ambientais dentro dos locais
de trabalho, foram utilizados os parâmetros mensais obtidos na estação
agrometeorologia convencional do INMET (TRMM.7324, -6.75 Latitude Sul, -
41.50 Longitude Oeste), município de São José do Piauí – PI. Esta estação se
situa a cerca de um quilômetro do local do estudo e produz dados de temperatura
e precipitação pluviométrica. Os dados obtidos são de janeiro de 2014 a janeiro
2022.
Segundo Andrade Júnior et al. (2004), o Estado do Piauí se situa dentro
de uma zona de transição climática, entre os domínios Pré-Amazônico Úmido e
o Nordeste Semiárido (região Meio Norte). O clima de São José do Piauí, de
acordo com a classificação climática de Koppen é Aw, com estação seca bem
definida (julho a dezembro). Na última década, a região apresentou médias
anuais de precipitação 800 a 1400 mm, concentrada no período de novembro a
junho (estação chuvosa) e temperatura média do ar 30ºC (AGRITEMPO, 2022).
A região denominada de Zona de Convergência Intertropical (ZCIT)
compreende uma área de baixa pressão onde ocorre a interação entre a
confluência dos ventos alísios e as áreas de máxima temperatura da superfície
do mar (TSM) que influencia as precipitações locais (NOBRE et. al. 2000).
A ZCIT possui um deslocamento regular norte-sul ao longo do ano
(marcha anual), partindo do hemisfério Norte (8°N) e alcança a sua posição mais

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ao Sul (1° N) aproximadamente no mês de abril. Conforme Dominguez (1999),


de outubro a janeiro, o anticiclone atlântico se torna enfraquecido e se desloca
para o centro do oceano. Assim, no final desse período, a ZCIT já atinge boa
parte do continente sul-americano, afetando o litoral do Piauí e locais próximos.
De janeiro a abril, a ZCIT já recobre todo o litoral do nordeste, no entanto,
retrai-se na porção continental central. É ainda nesse período atinge sua posição
máxima, ocasionando as máximas pluviais. A partir de maio, começa a regressar
ao Hemisfério Norte, e as precipitações diminuem, marcando o início do período
de estiagem. Ainda no Hemisfério Norte, permite que os ventos continuem com
a mesma direção, de Leste (E) para Oeste (W).
Em outubro, a ZCIT chega à sua posição máxima nesse hemisfério e
então inicia, novamente, sua marcha em direção ao Hemisfério Sul.
Consequentemente, nesse período, a área sofre influência dos ventos de E-SE.
Desse modo, a partir da disposição geográfica (junto à linha do Equador) e das
influências da variação do posicionamento da ZCIT, a área de estudo apresenta
duas estações climáticas distintas, chuvosa e seca. Diante disso, não apresenta
as quatro estações climáticas bem definidas como ocorre em parte do território
brasileiro.
A estação chuvosa apresenta uma pluviometria concentrada, entretanto,
irregular no tempo e no espaço, mas que concentra as chuvas nos primeiros
meses do primeiro semestre e nos últimos meses do segundo do ano.
A dinâmica da circulação atmosférica faz com que a pluviometria seja
marcada pela irregularidade. Ao considerar a pluviometria da área, os menores
valores em torno dos meses de setembro e outubro e as maiores precipitações
foram registradas entre março e abril e podem atingir valores superiores a 200
mm de média mensal.
Os valores médios de precipitação anual são proporcionais aos esperados
para zonas de transição entre o clima seco, ao leste (semiárido), e úmido, ao
oeste (região amazônica), com precipitação anual oscilando em torno dos 1.000
mm. A porção sudeste do estado do Piauí tem media a alta altimetria sendo
bastante influenciada pelos processos geológicos de formação de chapadas.
Essa topografia, contribui para a manutenção da umidade e precipitação em toda
a região, além de favorece a entrada e atuação de sistemas meteorológicos.

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Figura 7: Gráfico precipitação para estação em São José do Piauí-PI, médias dos meses
janeiro de 2014 a janeiro de 2022.

Precipitação (mm)

Fonte: Estação da Embrapa Meio Norte/INMET, São José do Piauí/PI.

Figura 8: Gráfico precipitação e temperatura média para estação em São José do Piauí-PI,
médias dos meses janeiro de 2014 a janeiro de 2022.

Precipitação (mm) Temperatura Média (ºC)

Fonte: Estação da Embrapa Meio Norte/INMET, São José do Piauí/PI.

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Segundo Reboita et al. (2010), o excesso de precipitação no primeiro


semestre se deve ao deslocamento da ZCIT para o hemisfério sul sobre o
Atlântico, consequência das alterações térmicas nas superfícies dos mares
(ATSMs), que deslocam as células convectivas de Hadley e Walker na
atmosfera.
O período de estiagem abrange o segundo semestre do ano, a
precipitação atinge valores quase nulos de agosto a novembro. Os principais
mecanismos inibidores da chuva operantes no litoral nordestino são o fenômeno
de El Niño, que atua em nível global da célula de Walker, aliado à configuração
topográfica à sudeste, que se destaca pela Depressão Nordestina e o Planalto
da Borborema. Essa configuração modela o clima em escala regional e impede
que ventos úmidos do Atlântico Sul atinjam plenamente o Nordeste (REBOITA
et al., 2010).
As temperaturas médias mensais variam entre 25°C e 32°C, sendo que
as temperaturas mínimas e máximas, em São José do Piauí, chegam a 20ºC e
35ºC (Figuras 7 e 8). As variações relacionadas à amplitude térmica são mais
diárias do que sazonais, devido a insolação elevada, o que faz com que haja
significativo gradiente de pressão dos ventos locais da tarde.
Os ventos atuantes na área são representados pelos ventos alísios, que
são diretamente controlados pela ZCIT. Os ventos alísios de sudeste são mais
intensos quando ZCIT está mais ao norte (entre agosto e outubro). De forma
consequente, quando a ZCIT se encontra mais ao sul (em relação a linha do
Equador), os ventos de sudeste se apresentam mais fracos (entre maio e abril).
A análise do comportamento do vento de superfície revela que o
deslocamento das massas de ar apresenta direção predominante de NE com
velocidade média de 3,1 m/s. No período chuvoso, os ventos de direção NE
diminuem na sua frequência e ocorre o aumento das calmarias, bem como a
ação dos ventos de SE e E na região. No período seco, aumenta a ação dos
ventos de NE atingindo em novembro o predomínio desta direção.

5.2.1.2. Qualidade do Ar
A qualidade do ar, segundo o Ministério do Meio Ambiente, é produto da
interação de um complexo conjunto de fatores, dentre os quais, destacam-se a

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magnitude das emissões, a topografia e as condições meteorológicas da região,


favoráveis ou não à dispersão dos poluentes.
Quando gerada pela combustão incompleta, a incineração produz gases
prejudiciais para a atmosfera como o dióxido de carbono, dióxido de enxofre,
dióxido de nitrogênio e diocinas (SCHALCH et al., 2002). Portanto, é
imprescindível a presença de incineradores modernos acompanhados da
câmara de combustão e de filtros destinados ao tratamento de gases e
agregados leves resultantes da queima dos resíduos.
Segundo o artigo 37 da legislação da CONAMA 316/2002, o
monitoramento e controle dos efluentes gasosos devem incluir equipamentos de
redução da emissão de poluentes, ponto de descarga de gases, sistema de
monitoramento contínuo para o oxigênio (O2) e monóxido de carbono (CO) e a
análise bianual das emissões dos poluentes orgânicos persistentes e de
funcionamento dos sistemas de Inter travamento.
O gerenciamento adequado na produção dos gases evita danos ao meio
ambiente, como as chuvas ácidas (com taxas elevadas de dióxidos de enxofre e
nitrogênio) e o efeito estufa (com o dióxido de carbono).
O estado do Piauí não possui nenhum órgão ambiental responsável pelo
monitoramento da qualidade do ar. A plataforma digital do Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais (INPE) introduz dados diários e restritos ao mês sobre
alguns gases como monóxido de carbono, óxido de nitrogênio e compostos
orgânicos voláteis no Nordeste brasileiro. Os mapas abaixo, representando o
período de 21 a 23 de novembro de 2022, com dados representativos para locais
próximos aos munícipios de São José do Piauí e Inhuma (Figuras 9,10 e 11).

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Figura 9: Taxa de monóxido de carbono (CO), de São José do Piauí, apresentou o máximo
de 150 ppb

Fonte: INPE, 2022.

Figura 10: A taxa de Óxido de nitrogênio, para São José do Piauí, com máxima de < 2 ppb.

Fonte: INPE, 2022.

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Figura 11: Taxa de material particulado, para São José do Piauí, apresentou o máximo de <
6,5 ug/m³

Fonte: INPE, 2022.

5.2.1.3. Climatologia de São José do Piauí


O município de São José do Piauí é localizado na zona denominada Meio
Norte, que é a faixa de transição entre a Amazônia e o sertão nordestino,
chovendo aproximadamente 1.500 mm anuais (DA SILVA et al., 2011). Possui
um clima semiárido e tropical com temperatura média na casa dos 27 °C, com
mínimas no inverno que podem chegar aos 16 °C e na primavera com máxima
que chegam aos 41 °C, ocorrendo um período sem chuvas de 4 a 7 meses por
ano, podendo ter intervalos maiores de seca.

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Figura 12: Clima do Nordeste Brasileiro

Fonte: BERNARDES, 1952.

Figura 13: Clima do Brasil, São José do Piauí é caracterizado como semiárido.

Fonte: BERNARDES, 1952.

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5.2.2. Geologia
5.2.2.1. Geologia Regional
Segundo Pfaltzgraff,et al (2010), o estado do Piauí encontra-se sobre três
províncias geológicas: Borborema, Costeira e Parnaíba. A província do
Borborema está situada ao sudeste do estado e é composta por uma série de
formações comumente chamadas de escudo cristalino, enquanto que, a
província Costeira está situada ao norte, formada por terrenos cenozoicos.
Correspondem basicamente a sedimentos inconsolidados e não-
metamorfizados de idades terciária e quaternária - depósitos de origens
fluvioaluvionar, fluviomarinha, marinha e eólica, constituindo as feições
geológico-geomorfológicas que compõem o Delta do Parnaíba (PFALTZGRAFF
et al, 2010).
A província do Parnaíba ocupa cerca de 75% do Piauí, estendendo-se
para os estados do Maranhão, Pará e Tocantins (SEMAR, 2010). Sua área
estimada é de 600.000 km² e pode ser dividida em quatro supersequências:
Bacia Sedimentar do Parnaíba, Bacia do Alpargatas, Bacia do Grajaú e Espigão
Mestre (PFALTZGRAFF et al, 2010).
A província do Parnaíba começa a partir do período Siluriano, com a
formação Serra Grande, indo até o Cretáceo, com as formações Codó e Grajaú.
A tabela 1 apresenta a litoestratigrafia da província do Parnaíba do período mais
recente para o mais antigo.
Tabela 1: Lito estratigrafia da Província do Parnaíba
Período Grupo Formação Litologia

Quaternário Ql Aluviões Areais, siltes e argilas

Terciário Barreiras ENb Arenitos friáveis e níveis de argilas

Cretácio K1 Sardinha Derrames de basáltico e diabásios

J2c Corda Arenitos homogêneos, friáveis, e siltitos


Jurássico
J2pb Pastos Bons Arenitos argilosos finos a médio
Triássico Mearim
T12s Sambaíba Arenitos homogêneos e friáveis
Balsas
Permiano Ppf Pedra de Fogo Arenitos, siltitos, folhelhos e calcários
C2pi Piauí Arenitos finos a grossos com níveis de siltitos
Arenitos finos a clásticos com intercalação de siltitos
Carbonífero Canindé C1po Poti
na parte superior
Devoniano
Folhelhos cinza escuro, com níveis de arenitos e
Canindé D3cll Longá
siltitos

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Arenitos médios a grossos de cores claras com


D2c Cabeças subordinadas intercalações de folhelhos e siltitos
cinza vermelhos
Folhelhos e siltitos (cor vermelha), com finos níveis de
D2p Pimenteiras
arenito
Serra
Siluriano Ssgj Jaicós Arenitos muito grossos e conglomerados
Grande

Ssgt Tianguá Folhelhos, siltitos e arenitos finos

Ssgi Ipú Arenitos grossos

Pré-cambriano Granitos, gnaisses e micaxistos


Fonte: CPRM, 2012.

O município de São José do Piauí, onde está localizado o local do estudo,


está inserido 100% em terrenos sedimentares, compostos pela Bacia
Sedimentar do Parnaíba, estando presente a formação do Grupo Cabeças.
Ainda assim e possível notar porções de outras formações geológicas em
São José do Piauí como: Depósitos Colúvio-Eluviais (contendo areia, argila,
cascalho e argila/laterita), Grupo Barreiras, Formação Sardinha, Formação
Cabeças, Formação Pimenteiras e Grupo Serra Grande.
O Grupo Barreiras, que ocorre em grande parte do município, é
constituído por calcários argilosos, creme a cinza, associados a folhelhos e
margas. O ambiente deposicional é marinho e litorâneo, sendo os arenitos siltitos
argilosos, avermelhados, mal selecionados.
A Formação Sardinha, litologicamente, é composta por basaltos pretos de
coloração preta e textura amigdaloide, predominantemente alterado para
material argiloso vermelho escuro e arroxeado. Contudo, ressalta que a
formação é bastante restrita.
A Formação Cabeças, que aflora em faixas que se estendem de nordeste
para sudeste e inclinam para o sul do estado, encontra-se representada por
arenitos esbranquiçados, arroxeados, finos e grosseiros, com níveis de siltitos e
folhelhos cinzas, lentes ocasionais para conglomerados com seixos e blocos do
embasamento com estratificação cruzada. Foram depositados em ambiente
litorâneo com contribuição deltaica nos níveis argilosos subordinados, sendo seu
contato com a Formação Pimenteira gradacional.
A Formação Pimenteira, que ocorre em estreita faixa contínua ao longo
das porções norte e nordeste, sudeste e sul do estado do Piauí, encontra-se

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representada por uma alternância de arenitos cremes e esverdeados, finos, bem


selecionados, siltito e folhelho cinzas e arroxeados, com marcas de ondas,
estrutura flaser, marca de vermes e eólicas ferruginosas. É originária de
sedimentos marinhos e deltaicos, sendo inferior à Formação Serra Grande.
O Grupo Serra Grande aflora por todo flanco nordeste, sudeste e sul do
estado, representando os sedimentos basais da Bacia do Parnaíba. Lito
logicamente, está caracterizado por conglomerados e arenitos conglomeráticos,
imaturos, de granulação média a grosseira, coloração creme a esbranquiçada,
com níveis de siltitos e folhelhos cinzas a róseos, mostrando emente a base de
cimento siltoso ou caulino e presença de estratificação cruzada e torrencial,
conforme Figura 14.

Figura 14: Esboço das formações geológicas aflorantes nos municípios de São José do Piauí
e Inhuma

INHUMA

Local do estudo

SÃO JOSÉ DO PIAUÍ

Fonte: Adaptado de CPRM/SGB, 2004.

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5.2.2.2. Geologia Local


A área do empreendimento e de entorno está inserida em terrenos
essencialmente sedimentares e alguns afloramentos de rocha cristalina
constituídos de Gnaisse. Os sedimentos estão representados através do
Formação Cabeça que litologicamente indicam boas condições de
permeabilidade e porosidade, o que favorece o processo de recarga por
infiltração direta das águas de chuvas, porém sua importância decresce em
função da sua restrita área de ocorrência e os com coloração creme a
esverdeados intercalados com siltitos e folhelho originário de sedimentos
marinhos e deltaicos pertencem às Formações Pimenteiras, com baixa
permeabilidade.
O Grupo Serra Grande, através dos arenitos e os siltitos laminados, assim
como as coberturas Colúvio-Eluviais através de areias, argilas, cascalho e argila
(laterita) de granulação média a grosseira, apresentam médio potencial de água
subterrânea tanto qualitativo como quantitativamente.
A Figura 15 apresenta as camadas estratigráficas próximas da área do
local ao pretende se explorar. Enquanto que a Figura 16 e 17 mostra o aspecto
do material a ser explorado.

Figura 15: Perfil mostrando camadas estratigráficas próxima a área do estudo.

Fonte: Acervo Pessoal, 2022.

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Figura 16: Aspecto do material a ser explorado (Argila Tubatinga)

Fonte: Acervo Pessoal, 2022.

Figura 17: Aspecto do material a ser explorado (Argila Tubatinga)

Fonte: Acervo Pessoal, 2022.

Em São José do Piauí, são conhecidos os jazimentos das fazendas


Tabocas, com 1.477.434 t, e Vermelha, com 556.867 t. Que apresentam as
argilas das formações Longá e Pedra do Fogo, de uso na fabricação de tijolos e
telhas comuns.

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5.2.3. Geomorfologia
O estado do Piauí apresenta uma variedade considerável de formas de
relevo, estando essas formas esculpidas predominantemente em terrenos da
Bacia Sedimentar do Parnaíba, que recobre cerca de 90% da área do território
estadual, sendo os 10% restantes terrenos do embasamento cristalino.
A evolução do relevo do território piauiense foi condicionada
principalmente à influência da tectônica, sem detrimento das influências
litológicas. Ela se estende desde o final do Cretáceo, durante a Reativação
Wealdeniana da Plataforma Brasileira, estendendo-se pelo Cenozoico,
caracterizada por tectonismo atenuado, concomitantemente ao soerguimento
epirogenético, onde houve basculamento de extensa área pré-cretácica, seguida
de desnudação e formação de grandes áreas pediplanadas, com planaltos
residuais e depressões periféricas e interplanálticas no Pliopleistoceno
(ALMEIDA, 1967).
Tomando como base a classificação dos domínios morfoclimáticos do
Brasil (AB’SABER, 1969), o relevo do estado do Piauí está inserido em dois
domínios e uma faixa de transição:
- Domínio das Depressões Intermontanas e Interplanálticas das Caatingas:
Constituído, no território estadual, por três padrões morfológicos principais:
superfícies de aplainamento da Depressão Sertaneja, chapadas sustentadas por
rochas sedimentares e serras isoladas;
- Domínio dos Chapadões Semiúmidos Tropicais do Cerrado: Representado por
topos dos chapadões sustentados por couraças ferruginosas; planaltos
dissecados; depressões interplanálticas;
- Faixa de transição morfoclimática (intercalando os dois domínios citados):
predominam superfícies aplainadas (localmente denominadas “campos”)
recobertas por matas de cocais (Figura 18).

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Figura 18: Domínios morfoclimáticos do Brasil.

Fonte: AB’SABER, 1969

Com base na análise dos produtos de sensoriamento remoto disponíveis,


perfis de campo e estudos geomorfológicos regionais anteriores (IBGE, 1995;
ROSS, 1985, 1997), o estado do Piauí foi compartimentado em nove domínios
geomorfológicos (Figura 18).
Neste capítulo, são apresentados os diversos padrões de relevo do
estado do Piauí, em um total de 17, que estão inseridos nos diversos domínios
morfoclimáticos retromencionados, representados no Mapa de Padrões de
Relevo do Estado do Piauí, que serviu de base para o Mapa Geodiversidade do
Estado do Piauí (Figura 19). A individualização dos diversos compartimentos de
relevo foi obtida com base em análise de imagens SRTM (Shuttle Radar
Topography Mission), com resolução de 90 m, e imagens GeoCover, onde foram
agrupadas as unidades de relevo de acordo com a análise da textura e
rugosidade das imagens.

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Figura 19: Domínios geomorfológicos do Estado do Piauí

Fonte: FEREIRA e DANTAS, 2010

Figura 20: Mapa de Padrões de Relevo do Estado do Piauí

Local do estudo

Fonte: CPRM/SGM, 2009


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Na região do sudeste piauiense, as características geomorfológicas mais


tipicamente são chapadas e platôs se esboçam nas áreas de sedimentos
inconsolidados da Formação Cabeças e dos Depósitos Quaternários,
identificando-se as seguintes unidades e feições geomorfológicas:
− Platôs
− Planaltos mais rebaixados;
− Relevo acidentado, típico de uma escarpa erosiva Chapada da Ibiapaba
que se distinguem em duas unidades planálticas individualizadas
principais: Planalto da Ibiapaba propriamente dito e; Planalto de Inhumas
(local do estudo).
O Planalto da Ibiapaba representa uma superfície cimeira, em escala
regional. Situa-se na divisa leste do estado do Piauí com o estado do Ceará,
representando o rebordo oriental da Bacia Sedimentar do Parnaíba. Caracteriza-
se por uma extensa superfície plana e elevada, levemente adernada para oeste,
sendo que os topos mais elevados superam os 800 m de altitude. Em
consequência, toda a rede de canais que drena esse planalto segue para oeste,
alimentando a rede de tributários do rio Parnaíba (em especial, a sub-bacia do
rio Poti).
O perfil geológico-geomorfológico esquemático 1, abrangendo um
extenso perfil topográfico entre as cidades de Recife e Teresina, com direção
aproximada E-W, exprime os terrenos planos e elevados com caimento para
oeste dessa unidade geomorfológica, situada na divisa entre os estados do Piauí
e Ceará.
Esse planalto está recoberto por vegetação nativa, mas com um crescente
avanço da fronteira agrícola. Nessa unidade afloram os arenitos e
conglomerados da Formação Serra Grande, de idade siluriana, que corresponde
à base da Bacia Sedimentar do Parnaíba. Predominam solos espessos e
bem drenados: Latossolos Vermelho-Amarelos distróficos e Neossolos
Quartzarênicos e, subordinadamente, Neossolos Litólicos.
O Planalto de Inhumas, por sua vez, representa um fragmento destacado
do Planalto da Ibiapaba, localizado mais para oeste, em meio à Superfície
Aplainada da Bacia Sedimentar do Parnaíba. Apresenta um formato oval e está
isolado do Planalto da Ibiapaba por um vão de direção norte-sul, onde estão
assentadas as cidades de Pimenteiras, São José do Piauí e Picos. Caracteriza-

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se por uma superfície elevada de relevo ondulado e, assim como o planalto


principal, está levemente adernada para oeste, sendo que os topos mais
elevados superam os 550 m de altitude. Nessa unidade, afloram os arenitos da
Formação Cabeças, de idade devoniana, em parte recobertos por coberturas
elúvio-coluviais mais recentes. Predominam solos espessos e bem drenados:
Latossolos Vermelho-Amarelos distróficos e Neossolos Quartzarênicos e,
subordinadamente, Plintossolos Pétricos. Destacam-se, nessa unidade, as
cidades de Inhumas, São José do Piauí e Ipiranga do Piauí.

5.2.4. Recursos Hídricos


O empreendimento se insere entre as Bacias do Parnaíba. A rede hídrica
destes riachos é efêmera se formam somente por ocasião das chuvas ou logo
após sua ocorrência.
Segundo CPRM (2007), os recursos hídricos superficiais gerados no
estado do Piauí estão representados pela bacia hidrográfica do rio Parnaíba, a
mais extensa dentre as 25 bacias da Vertente Nordeste, ocupando uma área de
330.285 km², o equivalente a 3,9% do território nacional, e abrange o estado do
Piauí e parte do Maranhão e do Ceará.
O Rio Parnaíba possui 1.400 quilômetros de extensão e a maioria dos
afluentes localizados a jusante de Teresina são perenes e supridos por águas
pluviais e subterrâneas. Depois do rio São Francisco, é o mais importante rio do
Nordeste.
Dentre as sub-bacias, destacam-se aquelas constituídas pelos rios:
Balsas, situado no Maranhão; Potí e Portinho, cujas nascentes localizam-se no
Ceará; e Canindé, Piauí, Uruçuí-Preto, Gurguéia e Longá, todos no Piauí. Cabe
destacar que a sub-bacia do rio Canindé, apesar de ter 26,2% da área total da
bacia do Parnaíba, drena uma grande região semiárida.
O principal curso d’água que drenam o município é o rio São Vicente e
outros riachos que não foram obtidas as nomenclaturas.

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Figura 21: Corpos Hídricos Superficiais no local de estudo

Local do estudo
Fonte: Adaptado SNIRH, 2022

Em relação aos recursos hídricos subterrâneos, distinguem-se seis


domínios hidrogeológicos: rochas cristalinas, rochas sedimentares da Formação
Cabeças, coberturas colúvio-eluviais, as aluviões e os depósitos de pântanos.
Geologia da área em estudo, existem três domínios principais de águas
subterrâneas: rochas ígneas e metamórficas, que armazenam água através da
porosidade secundária resultante de fraturas, caracterizando, segundo Costa
(2000), aquífero fissural e rochas sedimentares que armazenam água com o
desenvolvimento da porosidade secundária que são os arenitos, e
inconsolidados que caracterizam os aquíferos porosos.
Os poços apresentam uma capacidade especificas as vazões
predominantes são entorno de 4,0m³/h, porém em algumas áreas podem
apresentar valores bem superiores (máximas de 14,0 m³/h), quando os poços
tubulares captam água dos estratos inferiores, mais arenosos. Localmente, pode
ser definida como um aquífero do tipo livre, com características regionais de
semiconfinamento, em função da presença de níveis siltico-argilosos.

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Figura 22: Mapa de Aquíferos

Fonte: IBGE, 2018.

5.2.5.1. Águas Superficiais


O Estado do Piauí possui 98% do seu território inserido na bacia
hidrográfica do Parnaíba, os outros 2% pertencem à bacia do Atlântico Nordeste
Oriental. O Parnaíba é o principal rio do estado com vazões que podem variar
de 194,05 m³/s (SEMAR, 2010).
Segundo o Plano Estadual de Recursos Hídricos, o estado foi dividido em
12 sub-bacias hidrográficas (SEMAR, 2010). Construída a partir dos dados
disponibilizados no Sistema Nacional de Informações sobre Recursos Hídricos
(SNIRH), apresenta essa divisão. O município de São José do Piauí está inserido
na sub-bacia do rio São Vicente, conforme a Figura 22.
Os depósitos aluvionares são representados por sedimentos
arenoargilosos recentes que ocorrem margeando as calhas dos principais rios e
riachos que drenam a região e, em geral, apresenta uma boa alternativa como
manancial, tendo uma importância relativa alta do ponto de vista hidrogeológico.
Normalmente, a alta permeabilidade dos termos arenosos compensa as

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pequenas espessuras, o que produz vazões significativas. Porém, têm pouca


expressão como manancial para abastecimento.
Quanto à qualidade, nenhum dos rios da bacia do Parnaíba foram ainda
classificados, desse modo, sendo enquadrados na Classe 2, como diz a
resolução CONAMA nº 357, de 17 de março de 2005 (CONAMA, 2005).
Quanto à identificação de corpos hídricos, identificado uma pequena
lagoa dentro da propriedade, especificamente em área de preservação
permanente (APP) conforme consta em Cadastro Ambiental Rural (CAR) da
propriedade e também constatada a sua localização pela Figura 25. Não foram
identificados córregos, riachos ou rios dentro do limite da área de extração, ADA
ou da propriedade. No entanto, foi identificado o Rio São Vicente a uma distância
de aproximadamente 205 metros dos limites da propriedade.

Figura 23: Lagoa artificial localizado no interior da propriedade.

Fonte: Acervo Pessoal, 2022.

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Figura 24: Lagoa artificial localizado no interior da propriedade.

Fonte: Acervo Pessoal, 2022.

5.2.5.2. Águas Subterrâneas


No município de São José do Piauí, distingue-se apenas um domínio
hidrogeológico, caracterizado pela Formação Cabeças, pertencente à Bacia do
Parnaíba.
As características litológicas da Formação Cabeças indicam boas
condições de permeabilidade e porosidade, favorecendo assim o processo de
recarga por infiltração direta das águas de chuvas. Tal aquífero se constitui no
mais importante elemento de armazenamento de água subterrânea do
município, levando em consideração que esta Formação ocorre em toda a área
do município.

5.3. Meio Biótico


5.3.1. Fauna
Os estudos quanto a composição faunística da região foi realizada através
de observações de campo, informações com moradores e pesquisa bibliográfica.
O padrão faunístico atualmente observado na área do empreendimento
resulta basicamente das ações antrópicas pretéritas na vegetação original,
particularmente quanto à fragmentação dos diversos habitats, com vistas a

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atividades agrícolas, criação de caprino e ovinos. Não foi observada uma


frequência maior de espécies animais residentes (não migratórias), generalistas,
quanto às preferências ambientais, e de pequeno e médio porte, caracterizando
uma adaptação a ambientes modificados.
Quanto à fauna predominante na região: observa-se as seguintes
espécies:
a) Répteis:
• Calango (Tropidurus torquatus)
• Calango-verde (Ameiva ameiva)
• Camaleão (Iguana iguana);
• Cobra cipó (Chinonius sp);
• Cobra de veado (Epicartes cenchria);
• Cobra verde (Leimadophis sp);
• Jaracuçu (Bothrops newiedii);
• Jiboia (Boa constrictor);
• Teiú (Tupinambis teguixim).
b) Aves:
• Alma de Gato (Crofofagidae);
• Anum preto (Crotophaga ani);
• Beija-flor-tesoura (Trochilidae);
• Bem-te-vi (Pitangus sulhuratus);
• Caburé (Glaucidium brasilianum)
• Caburé-do-campo/Coruja-buraqueira (Athene cunicularia)
• Cancão (Daptrius americanos);
• Carcará (Caracara plancus)
• Casaca (Furnaruis figulus);
• Corrupião (Icterus jamacaii);
• Galinha d’água (Gallinula chloropus)
• Gavião cabloco (Geranospiza caerulescens);
• Juriti (Columbiformes);
• Nambu (Cripturelus sp);
• Pardal (Passer domesticus);
• Pássaro Preto (Lccteridae);
• Rolinha (Columbinas quammata);

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• Sabiá (Turdus rufiventris);


• Urubu (Coragyps atratus);

c) Mamíferos:
• Cutia (Dasyprocta Aguti);
• Gambá/Mucura/Sarrué (Didelphidae albiventris);
• Gato do Mato (Leopardus tigrinus);
• Peba (Dasyproctidae novemcinctus).
• Preá (Cavia aperea);
• Raposa (Dusicyon thous);
• Tatu (Euphractus sexcintus);

d) Peixes:
• Piau (Leporinus obtusidens);
• Tilápia (Tilapia rendalli);
• Traíra (Hoplias malabaricus).

Na área não há indícios de perigo ou iminência de extinção de espécies,


tanto da fauna como da flora componente, visto que informações locais traduzem
relatos das espécies supracitadas desde os primórdios da ocupação da região.
Porém, com o início das instalações e das ações antrópicas do empreendimento
ocasionará na migração desta composição faunística, tendo em vista isso, vale
ressaltar que o empreendimento contará com uma área de reserva legal
determinada, na qual, essa região absorverá e poderá manter essa migração. A
área de reserva legal será uma área localizada no interior de uma propriedade,
com a função de assegurar o uso econômico de modo sustentável dos recursos
naturais do imóvel rural, auxiliar a conservação e a reabilitação dos processos
ecológicos e promover a conservação da biodiversidade, bem como o abrigo e
a proteção de fauna silvestre e da flora nativa.

5.3.2. Flora
A área de abrangência do empreendimento corresponde ao complexo
vegetacional de chapadas. Insere-se na formação vegetal do cerrado e a

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caatinga composta de espécies arbóreas ou arbustivas com misturas e


transições vegetais, floresta sub-caducifólia/caatinga
No levantamento florístico foram observadas espécies distribuídas em
toda a área em estudo, das quais destacamos:
• Bambu (Bambusa vulgaris);
• Bugreiro/Aroeira-brava (Lithraea molleoides);
• Cajueiro (Anacardium occidentale);
• Caneleiro (Cenostignia garnerianum);
• Cansanção-de-leite (Jatropha urens);
• Carnaubeira (Copernicia prunifera);
• Cascusdo (Handroanthus chrysotrischus);
• Catanduva/Angico-de-bezerro (Piptadenia moniliformis Benth);
• Catingueira (Caesalpinia bracteosa);
• Craibeira (Tabebuia aurea);
• Crauá (Neoglaziovia variegata);
• Eucalipto branco (Eucalyptus globulus Labill);
• Faveleira/Favela (Cnidoscolus quercifolius);
• Faveira/Fava-de-boi (Parkia platycephala);
• Gravatá (Aechmea blanchetiana);
• Imburana / Umburana (Commiphora leptophloeos)
• Imburana-de-cheiro/Cumaru (Amburana cearenses)
• Jaqueira (Artocarpus heterophyllus);
• Juazeiro (Zizyphus joazeiro Mart);
• Jurema branca (Pithecellobium diversifolium Benth)
• Jurema preta (Mimosa hostilis Benth);
• Jurubeba (Solanum paniculatum);
• Macambira (Bromelia laciniosa);
• Mandacaru (Cereus jamacaru);
• Maniçoba (Manihot caerulescens);
• Mangueira (Mangifera indica);
• Marmeleiro-branco (Croton blanchetianus);
• Marmeleiro-roxo (Croton sonderianus);
• Mororó/Pata-de-vaca (Bauhinia forficata);
• Mufumbo (Combretum leprosum);

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• Mulungu (Erythrina velutina Willd.)


• Pau de Sangue (Pterocarpus violaceus);
• Quebra-facão (Croton conduplicatus);
• Quina-quina (Coutarea hexandra Schum);
• Sabiá/Sabiazeiro (Mimosa caesalpinieafolia Benth);
• Taboa (Thypha domingensis);
• Tamarindo (Tamarindus indica);
• Velande (Croton heliotropiifolius);
• Xique-xique (Pilosocereus gounellei).

Figura 25: Vegetação do local do estudo.

Fonte: Acervo Pessoal, 2022.

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Figura 26: Vegetação do local do estudo.

Fonte: Acervo Pessoal, 2022.

Figura 27: Vegetação do local do estudo.

Fonte: Acervo Pessoal, 2022.

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Figura 28: Vegetação do local do estudo.

Fonte: Acervo Pessoal, 2022.

Figura 29: Vegetação do local do estudo.

Fonte: Acervo Pessoal, 2022.

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5.4. Meio Socioeconômico

O meio socioeconômico diz respeito aos feitos advindos diretamente da


produção humana, assim como a interação da sociedade para com os meios
bióticos e abióticos, provocando suas modificações através dos usos diretos e
indiretos. O meio socioeconômico engloba as produções culturais, demografia
populacional, educação, saúde, transporte, formas de governabilidade,
produção industrial, atividades agropecuárias, entre outros.
A variabilidade de efeitos nocivos ou benéficos sobre os meios variam em
acordo com a tipologia do empreendimento, magnitude do uso dos recursos
naturais, formas de gestão das ações de intervenção, espaço destinado a
receber a atividade, entre outros. Contudo, o meio antrópico ou socioeconômico,
em muitos casos, é onde ocorre a maior concentração de impactos, sejam eles
originados nas fases de planejamento, implantação, operação e, por vezes, na
desativação de algumas atividades específicas.
Não muito diferente dos meios físico e biótico, o socioeconômico também
possui áreas de influência. Áreas essas que dizem respeito às regiões que irão
estar sob a influência do empreendimento, podendo esta ser direta, indireta ou
diretamente afetada. Nesta ocasião, a ADA será a área de extração da Gi
Cerâmica LTDA, e a AID refere-se a um raio de 5 km partindo do centro da área.
Por fim, a AII é a região que o empreendimento irá influenciar por conta
da sua localização ou das alternativas que este oferece ao mercado, logo,
encara-se como AII os municípios São José do Piauí, Inhuma e São João da
Canabrava.
Demonstrar os efeitos sociais e econômicos advindos das fases de
planejamento, implantação e implantação e operação e suas interrelações com
os fatores ambientais, possíveis de alterações relevantes pelos efeitos diretos e
indiretos do empreendimento.
A área é abrangida por algumas comunidades rurais no entorno do
empreendimento, dentre essas quase em sua totalidade pertencente à uma
mesma família. No que diz, respeito aos aspectos da população sobre o
empreendimento, é de fundamental importância, tendo em vista, o viés
econômico, geração de renda para a comunidade, pois é favorável de
contratação de pessoas da comunidade para trabalhar. Além disso, a instalação

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do empreendimento poderá elevar os índices sociais, pois naquela região terá


mais visibilidade, fluxo maior de veículos, infraestrutura instalada na região para
atender as demandas. Todos esses aspectos convergem para favorável a
instalação do empreendimento, sendo que este se localiza em uma zona rural
no entreposto de 02 (dois) municípios São José do Piauí e Inhuma.

5.4.1. Área de Influência


Assim como mencionado anteriormente, a AII corresponde aos municípios
de São José do Piauí, Inhuma e São João da Canabrava, os quais estão
localizados na microrregião sudeste do Estado do Piauí.

Figura 30: Área de Influência

Fonte: Adaptado de IBGE e Google Earth, 2022

Os 03 (três) municípios mais afetados com a instalação do


empreendimento são: São José do Piauí, Inhuma e São João da Canabrava.
Abaixo serão apresentados, aspectos históricos dos municípios, infraestrutura
da região, potencial produtivo e econômico.

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5.4.2. Potencial Produtivo e Econômico

A agricultura é uma das práticas econômicas mais importantes para o


desenvolvimento de uma determinada região. Sendo assim, a produção agrícola
dos municípios de Inhuma, São José do Piauí e São João da Canabrava, estão
relacionadas principalmente ao cultivo de cerais, leguminosas, oleaginosas e os
campos de lavoura permanente. A pecuária junto à prática da agricultura são
atividades indispensáveis ao desenvolvimento econômico de uma localidade.
Muitas regiões são dependentes dos insumos financeiros promovidos por tais
atividades e acabam realizando muitos investimentos técnicos e financeiros no
setor, a fim de promover o crescimento produtivo e de arrecadação. Ao se
deparar com o efetivo do rebanho produzido nos municípios aqui estudados, o
número de cabeças de gado, caprinos e ovinos são as principais criações nos
municípios.
A região de inserção do empreendimento está localizada numa área de
relevante interesse e fluxo turístico no estado do Piauí, principalmente, em
decorrência das características ambientais e o turismo arqueoecológico no
complexo da Serra da Capivara e das Capadócia Nordestina.
A atividade turística da região ainda pode ser considerada embrionária,
principalmente por apresentar um significativo potencial para sua ampliação,
pois está associada ao segmento de turismo arqueoecológico, característica
principal do fluxo atual e, portanto, com maior visibilidade.

6. ANÁLISE DOS IMPACTOS AMBIENTAIS


6.1. Metodologia
Através do método check list serão identificados os impactos ambientais
gerados por cada componente da atividade mineraria. Esse método apresenta
um paralelo entre os componentes da atividade mineraria e os impactos
decorrentes da ação de cada um desses componentes, ficando explicita a
relação x efeito da atividade mineraria sobre o meio ambiente.

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Tabela 2: Valoração dos Atributos.

ATRIBUTO PARÂMETRO DE AVALIAÇÃO SÍMBOLO


Benéfico Verde
Caráter
Adverso Vermelho
Pequena P
Magnitude Média M
Grande G
Não Significativa 1
Importância Moderada 2
Significativa 3

As fases que compõem o empreendimento são necessárias para a


identificação dos aspectos de organização da atividade, quais ações ocorrem e
que tipos de efeito essas ações podem provocar no meio. Logo, entende-se que:
Planejamento: esta fase é antecedente às fases de execução e operação da
atividade fim, e engloba, principalmente, a organização dos estudos técnicos
estruturais, de tráfego, hidrológico, coleta de informações de campo, dentre
outros, para compor o arcabouço de informações sobre a interação do local e a
atividade empreendida;
Implantação: corresponde à fase em que as ações de execução do
empreendimento são realizadas, tais como, escavações, operação de
maquinários, desvio de tráfego, supressão de vegetação, exploração de jazida,
entre outros. Nesta fase, os impactos começam a ser efetivos no meio;
Operação: corresponde ao fim da fase implantação do empreendimento e o
início efetivo da atividade. É quando os impactos ambientais são sentidos, já que
a duração e temporalidade são diferentes entre si. Portanto, os programas e o
monitoramento ambiental são empregados em sua grande maioria neste
momento, a fim de garantir a mitigação, a redução ou a potencialização dos
efeitos dos impactos sobre o meio ambiente;
Desativação: diz respeito ao momento no qual determinado empreendimento
atinge o tempo limite de funcionamento, tempo este que pode ser estabelecido
de acordo com a capacidade de suporte da área, dos recursos presentes na
região, entre outros. A desativação deve compreender uma gama de técnica e
tecnologias capazes de rearranjar o espaço ora utilizado pela atividade, a fim de
garantir com que não haja nenhum dano futuro.

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A avaliação dos impactos ambientais compreenderá, para cada meio,


biótico, abiótico e antrópico as seguintes etapas:
a) Identificação dos impactos e efeitos sobre o meio ambiente.
b) Interpretação e avaliação dos impactos identificados anteriormente em
acordo com a fase e ações realizadas.
c) Quantificação e qualificação dos impactos ambientais.
d) Valoração da sua magnitude, reversibilidade, probabilidade, duração,
entre outros critérios.
e) Averiguação da capacidade de versatilidade do impacto através da
adoção de medidas de prevenção, mitigação, e ou potencialização dos
impactos.
f) Desenvolvimento de programas que visem o sucesso de ordenamento
do impacto ambiental no espaço/tempo das áreas influenciadas direta
ou indiretamente.

6.2. Identificação dos impactos ambientais

A identificação e a avaliação dos impactos ambientais gerados ou


previsíveis pelo Projeto de Extração de argila, na localidade da Fazenda
Lagoinha, no Município de São José do Piauí, na sua área de influência
funcional, serão apresentadas conforme a metodologia calcada no procedimento
do check list.
Para ordenamento desse método serão listadas todas as ações da
mineração, de acordo com as fases previstas na exploração mineral, onde para
cada ação foram identificados individualmente os impactos ambientais gerados
ou previsíveis.
A avaliação dos impactos ambientais será baseada na mensuração dos
valores atribuídos aos impactos ambientais, utilizando-se para este caso os
atributos caráter, magnitude e duração.
Para este estudo é definido como impacto ambiental qualquer alteração
das características do sistema ambiental existente nos dias atuais, sejam estas
de natureza física, química, biológica, social ou econômica causada pelas ações
do empreendimento, que possam afetar direta ou indiretamente o sistema
ambiental da área de influência funcional.

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O conceito dos atributos utilizados na caracterização dos impactos


ambientais, assim como à definição dos parâmetros usados para valoração
destes atributos é apresentado na Tabela 4.
Para propiciar uma visualização mais adequada da dominância do caráter
dos impactos serão utilizadas as cores verde e vermelha, para os impactos
identificados, respectivamente, como de caráter benéfico e de caráter adverso.

Tabela 3: Conceituação dos Atributos Utilizados no check list e Definição dos Parâmetros de
Valoração dos Atributos.

ATRIBUTOS PARÂMETROS DE AVALIAÇÃO SÍMBOLO


CARÁTER BENÉFICO
Expressa a alteração ou Quando o efeito gerado for positivo para o fator +
modificação gerada por ambiental considerado.
uma ação do ADVERSO
empreendimento sobre Quando o efeito gerado for negativo para o fator
um dado componente ou ambiental considerado. -
fator ambiental por ela
afetado.
MAGNITUDE PEQUENA
Expressa a extensão do Quando a variação no valor dos indicadores for P
impacto, na medida em inexpressiva, inalterado o fator ambiental
que se atribui uma considerado.
valoração gradual às MÉDIA
variações que as ações Quando a variação no valor dos indicadores for M
poderão produzir num expressiva, porém sem alcance para
dado componente ou descaracterizar o fator ambiental considerado.
fator ambiental por ela GRANDE
afetado. Quando às variações no valor dos indicadores
for de tal ordem que possa levar à G
descaracterização do fator ambiental
considerado.
DURAÇÃO CURTA
É o registro de tempo de Existe as possibilidades da reversão das
permanência do impacto condições ambientais anteriores à ação, num
depois de concluída a breve período de tempo, ou seja, que
ação que o gerou. imediatamente após a conclusão da ação, haja 1
a neutralização do impacto por ela gerado.
MÉDIA
É necessário decorrer um certo período de
tempo para que o impacto gerado pela ação 2
seja neutralizado.
LONGA
Registra-se um longo período de tempo para a
permanência do impacto, após a conclusão da 3
ação que o gerou. Neste grau serão também
incluídos aqueles impactos cujo tempo de

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permanência, após a conclusão da ação


geradora, assume um caráter definitivo.

Dessa forma, um impacto de caráter adverso, de pequena magnitude, e


de média duração será representado pela configuração: “ - P2 ’’.
Para possibilitar a avaliação dos impactos ambientais gerados e/ou
previsíveis pelo empreendimento serão utilizados os valores atribuídos a cada
impacto identificado no check list.
Em complemento à identificação e avaliação, será feita uma descrição dos
impactos ambientais gerados e/ou previsíveis pelas ações da mineração em sua
área de influência funcional, direta ou indireta.

6.3. Identificação dos impactos


A Tabela 4 apresenta o check list dos impactos ambientais identificados
e/ou possíveis, e respectivas valorações, na área de influência funcional da
mineração.

6.4. Análise e Avaliação dos Impactos


Com a adoção da metodologia mencionada anteriormente, constatou-se
que os impactos ambientais que afetam mais adversamente a área de influência
funcional do empreendimento estão relacionados à emissão de poeiras fugitivas,
gases e ruídos, e a alteração do ecossistema natural, sendo que os impactos
positivos trazem benefícios à população local pela oferta de empregos e
oportunidade de ganhos constantes, pelo recebimento de salários mais
condignos, por períodos de tempo mais duradouros.
Como no check list foram usados três atributos com suas respectivas
valorações, e sendo o atributo caráter o marco inicial da avaliação dos impactos,
completa esta análise uma tabela de avaliação dos impactos ambientais
identificados, que é mostrado na tabela 4

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Tabela 4: Check list dos Impactos ambientais Resultantes das Ações da Mineração.

AÇÕES DE MINERAÇÃO IMPACTOS AMBIENTAIS VALORAÇÃO

– Recurso Mineral +P1


LEVANTAMENTO DE DADOS – Geração de empregos/serviços +P1
– Setor Público +P1
– Recurso mineral +M3
REGISTRO MINERAL – Geração de empregos/serviços +P1
– Setor Público +P1
– Recurso mineral +M3
PLANO DE
– Uso e ocupação do solo +P2
APROVEITAMENTO
– Levantamento das potencialidades ambientais +P1
ECONÔMICO E ESTUDO
– Geração de empregos e serviços +P1
AMBIENTAL
– Setor Público +P1
LICENCIAMENTO MINERAL E – Recurso mineral +P3
AMBIENTAL – Uso e ocupação do solo +P2
AUTORIZAÇÃO DO – Uso e ocupação do solo +P1
SUPERFICIÁRIO E DA – Geração de renda +P1
PREFEITURA – Incremento do comércio +P1
– Geração de empregos/serviços +P1
ESTRUTURAS DE APOIO
– Economia mineral +G3
EXISTENTES
– Setor Público +P1
– Recuso mineral +P2
– Intemperismo/erosão -P2
– Qualidade do solo -M2
LIMPEZA DO TERRENO
– Uso e ocupação +M2
– Qualidade da água -M1
– Recarga dos aquíferos -M1
– Poeiras fugitivas -P1
– Flora e fauna -M2
– Geração de empregos/serviços +P1
– Incremento do comércio +P1
REMOÇÃO E ESTOCAGEM – Setor Público +P1
DO SOLO ORGÂNICO – Valores paisagísticos -P1
– Morfologia/relevo -P1
– Assoreamento -P2
– Intemperismo/erosão -P2
– Recuperação das condições ambientais +M3
– Morfologia/relevo -P1
DEFINIÇÃO E ABERTURA – Intemperismo/erosão -P1
DAS FRENTES – Rede de drenagem -P1
DE EXTRAÇÃO – Poeiras fugitivas -P1
– Gases e ruídos/odores -P1

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– Fauna -P1
– Geração de empregos/serviços +P1
– Incremento do comércio +P1
– Setor público +P1
– Riscos de acidentes -P1
– Morfologia/relevo -P1
– Intemperismo/erosão -P1
– Sedimentação/assoreamento -P1
– Rede de drenagem -P1
INSTALAÇÃO DO BOTA-FORA – Poeiras fugitivas -P1
– Geração de empregos/serviços +P1
– Incremento do comércio +P1
– Valores paisagísticos -P1
– Setor Público +P1
– Estabilidade dos taludes +P2
– Intemperismo/erosão +P1
AVALIAÇÃO DA DRENAGEM
– Sedimentação/assoreamento +P1
LOCAL
– Alagamento +M2
– Rede de drenagem +P2
– Morfologia/relevo -P1
– Intemperismo/erosão -P1
– Assoreamento -P1
– Disponibilidade de águas superficiais -G2
– Recarga de aquíferos -G2
DESMONTE DA ARGILA – Poeiras fugitivas -P2
– Gases e ruídos/odores -P2
– Perturbação à fauna -P1
– Economia mineral +M2
– Geração de empregos/serviços +P2
– Crescimento do comércio +P2
– Setor público +P1
– Riscos de acidentes -P1
– Valores paisagísticos -P3
CARREGAMENTO – Vibrações -P1
– Poeiras fugitivas -P2
– Ruídos e gases/odores -P1
– Geração de empregos/serviços +P3
– Poeiras fugitivas -P1
– Geração de empregos/serviços +P1
DISPOSIÇÃO DA ARGILA – Riscos de acidentes -P1
– Ruídos e gases/odores -P1
– Economia mineral +P2
TRANSPORTE – Vias de acesso -P1

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– Poeiras fugitivas -P1


– Ruídos e gases/odores -P1
– Geração de empregos/serviços +P3
– Setor público +P3
– Vibrações -M2
– Poeiras fugitivas -P2
CONSTRUÇÃO DE – Ruídos e gases/odores -P1
RESERVATÓRIO – Geração de empregos/serviços +P2
– Incremento do comércio +P2
– Recuperação das condições ambientais +M2
– Poeiras fugitivas -P1

CONFORMAÇÃO – Ruídos e gases/odores -P1


TOPOGRÁFICA E – Recuperação das condições ambientais +G3
RECUPERAÇÃO DA ÁREA – Geração de empregos/serviços +P1
DEGRADADA – Crescimento do comércio +P1
– Setor público +P1

Tabela 5: Avaliação dos Impactos Ambientais.

CARÁTER MAGNITUDE DURAÇÃO

BENÉFICO ADVERSO GRANDE 2,02% (2) LONGA

2,02% (2) MÉDIA


2,02% (2) 2,02% (2)
CURTA

52,53% 47,47% MÉDIA 3,03% (3) LONGA

(52) (47) 4,04% (4) 3,03% (3) MÉDIA


7,07% (7) 5,05% (5)
2,02% (2) CURTA

PEQUENA 4,04% (4) 1,01% (1) LONGA

43,43% 40,40% 10,10% (10) 7,07% (7) MÉDIA

(43) (40) 29,29% (29) 32,32% (32) CURTA

Dos 99 impactos ambientais identificados e/ou possíveis, 52,53% são


positivos enquanto que 47,47% são negativos.
Quanto ao atributo magnitude verificou-se que 83,83% são de pequena
magnitude, 12,12% são de média magnitude e 4,04%, é de grande magnitude.
Já relativamente ao atributo duração observou-se que, 63,64% são de
curta duração, 26,26% são de duração média e 10,10% são de longa duração.

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Dos 47,47% de impactos negativos, 40,40% são de pequena magnitude


e dos quais, 32,32% são de curta duração, 7,07% são de duração média e 1,01%
são de longa duração; 5,05% são de magnitude média, sendo 2,02% de curta
duração, 3,03% de duração média; 2,02% são de grande impacto e duração
média.
Dos 52,53% de impactos positivos, 43,43% são de pequena magnitude e
dos quais 29,29% são de curta duração, 10,10% de duração média e 4,04% de
longa duração; 7,07% são de média magnitude e dos quais 4,04% são de média
duração e 3,03% de longa duração; 2,02% são é de grande magnitude com longa
duração.
Nos resultados previstos nesta avaliação de impactos, não estão incluídas
as medidas mitigadoras para os mesmos e, quando de suas implantações, com
a realização do controle ambiental, assim como do monitoramento daquelas
medidas, haverá uma significativa diminuição dos efeitos negativos e uma
sensível melhoria dos benefícios.

6.5. Descrição dos principais impactos ambientais

Para cada componente da mineração, foi feito um comentário quanto à


sua ação, seguido da descrição do efeito negativo, correspondendo ao impacto
de caráter adverso identificado e/ou previsível, durante o desenrolar dessa ação
sobre o meio ambiente presente na área de influência funcional da atividade
minerária.

6.5.1. Registro Mineral, Plano de Aproveitamento Econômico e Estudo


Ambiental e Autorização do Superficiário e da Prefeitura
Estas ações correspondem às atividades prévias, do estudo minero-
econômicas-ambiental do empreendimento e pelo qual o corpo mineral
suficientemente bem conhecido em seus diversos parâmetros como: geologia
bem como do estudo da sua exequibilidade econômica, permitem que se faça a
extração da argila, em consonância com a proteção ao meio ambiente que o
envolve e assim, seja o homem o grande beneficiado pela mineração.
A exploração da argila propiciará ao habitante local auferir vantagens
pecuniárias, melhorar sua qualidade de vida, ao mesmo tempo em que a

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economia mineral é alavancada, induzindo indiretamente ao incremento na


arrecadação dos tributos públicos, que por sua vez terá retorno na forma de
investimentos governamentais nas áreas da saúde, educação, transporte,
comunicação, dentre outros.

6.5.2. Estruturas de apoio


As instalações que visam proporcionar apoio à lavra, dizem respeito a
uma pequena estrutura abrigando somente instalações sanitárias.
As demais instalações de apoio a lavra serão mantidas na própria
instalação da Gi Cerâmica Ltda (Cerâmica Piauí) observando às normas
técnicas específicas, destinando-se a fornecer todo o apoio logístico necessário
ao desenvolvimento produtivo da extração mineral, com relativo conforto e
segurança ao pessoal envolvido, com a necessária preocupação com o meio
ambiente.

6.5.3. Limpeza do Terreno


A limpeza do terreno corresponde à remoção da cobertura vegetal, nos
setores previamente selecionados, resultando em emissão de poeiras, ruídos e
gases decorrentes do funcionamento dos motores. Essa operação será feita de
forma gradual e planejada, em função do avanço da lavra, permitindo que os
efeitos negativos gerados nesta etapa sejam minimizados no que se refere à
valoração dos atributos.
Em geral, durante a execução dessa etapa ocorrerão algumas mudanças
no ecossistema, devido à eliminação de vegetação presente nos domínios da
área lavrável, resultando em prejuízo para a flora, havendo a fuga da fauna, seja
pela perda de abrigo e alimento, ou pelos ruídos provenientes dos equipamentos
de exploração. Nessa etapa também ocorrerá à produção de entulhos gerando
impacto negativo. Quando da retirada da cobertura vegetal nos locais dos
acessos e da extração mineral, o terreno ficará sujeito a processos erosivos.
Os impactos positivos gerados durante a limpeza do terreno são a
geração de empregos/serviços e crescimento do comércio local.

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6.5.4. Remoção e Estocagem do Solo Orgânico


A estocagem do solo e dos restolhos vegetais será feita em pequenas
partes da área, em local onde não ocorra alagamento.
Já o solo fértil será de grande importância, para os processos posteriores
de recuperação das áreas ou setores degradados pela mineração.
As pilhas contendo solo e restolhos vegetais provocarão alterações
morfológicas de pequenos impactos e durações, média e curta serão usadas na
recuperação dos setores minerados.
Mesmo com adoção de medidas preventivas de proteção, durante as
chuvas, as águas pluviais poderão instalar processos erosivos, transportando
material fino em suspensão, para as partes topograficamente mais baixas.

6.5.5. Definição e Abertura da Frente de Lavra


Na fase de instalação da frente de lavra será preparado o local para início
das atividades. Inicialmente, será demarcada no terreno a frente de lavra, com
os primeiros trabalhos de limpeza do terreno e a remoção parcial do estéril,
envolvendo a camada de solo fértil.
Com a limpeza do terreno o sistema de proteção ambiental torna-se
deficiente, instalando-se processos erosivos que carreiam partículas finas em
suspensão. Este carregamento de sedimentos durante a estação chuvosa
compromete a qualidade das águas superficiais, tornando-as mais turvas.
Os equipamentos utilizados na instalação da frente de extração provocam
poluição do ar pela presença dos particulados e dos gases emitidos, e ainda
poluição sonora (ruídos), por curtos períodos de tempo.
Sons decorrentes do uso destes equipamentos provocam o afastamento
da fauna para novos locais, em busca de habitats semelhantes àqueles dos
quais dispunha anteriormente.
Pequenos acidentes de trabalho deverão ser evitados. A paisagem
original da região por longo período de tempo afetará sua beleza cênica devido
aos efeitos provocados pela mineração.

6.5.6. Instalação do Bota-fora


A área de bota-fora estará locada nas proximidades da frente de lavra,
portanto dentro da área licenciada à atividade minerária.

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Devido à sobrecarga de material imposta ao terreno, pode ocorrer


desestabilização geotécnica do terreno bem como instabilidade dos próprios
taludes da pilha de bota-fora.
A fração fina desse material tende a ser carregada pelas águas de chuva,
conduzindo a processos de assoreamento.
O basculamento do material e a compactação da superfície de bota-fora
feita com o próprio equipamento de transporte, provocando a formação de
poeiras fugitivas.
A formação de elevações que se destacam no relevo local afetará de
maneira negativa e por longo tempo a beleza da paisagem existente na área da
mineração.

6.5.7. Avaliação da Drenagem Local


A execução de obras de drenagem tem como objetivo otimizar o
desempenho da lavra. Trata-se da abertura de canaletas ou valetas, durante a
estação chuvosa, em todo o entorno da frente de lavra.
Esses elementos visam o escoamento das águas pluviais que são
direcionadas no sentido da drenagem natural, evitando alagamentos.
Essa operação quando conduzida em observação a critérios técnicos não
produz efeitos adversos.

6.5.8. Carregamento e Transporte


O carregamento refere-se à transferência do bem mineral para os
caminhões basculantes, estes efetuarão o transporte da argila até o seu destino
final, que é o pátio de estocagem da Gi Cerâmica localizado a 2 km da lavra, já
no município de Inhuma, onde será utilizado para fabricação de tijolos cerâmicos.
Os caminhões após o carregamento terão suas cargas cobertas com lona,
para evitar perdas ocasionados pelo arrasto do vento e poluição durante o trajeto
até a cerâmica.
O funcionamento da escavadeira hidráulica e o manuseio do minério
resultam em alteração da qualidade do ar pela emissão de poeiras, ruídos e
gases/odores. Devido à circulação de veículos pesados na área a fauna também
será afetada.

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As estradas para deslocamento dos veículos pesados estão sujeitas a


estragos pela intensidade de uso, principalmente as estradas carroçáveis que
são dotadas de revestimento primário solto.
Em função dessa etapa, ocorrerão efeitos benéficos, como:
melhoramento de estradas, uma vez serão realizados reparos nas mesmas para
possibilita trafegabilidade aos locais da lavra, geração de empregos indiretos,
crescimento da construção civil na região, economia mineral, incremento do
comércio e arrecadação do comércio.

7. IDENTIFICAÇÃO E ANÁLISE DOS IMPACTOS AMBIENTAIS


7.1. Metodologia

O método utilizado para a conceituação dos atributos e definição dos


parâmetros de avaliação utilizados na caracterização de impactos ambientais foi
o proposto por Dote Sá (1995) de modo a caracterização dos impactos na
avaliação de obras de médio e grande porte.

7.2. Conceituação dos Atributos e Definição dos Parâmetros de


Avaliação Utilizados na Caracterização dos Impactos Ambientais.

Tabela 7: Caracterização dos Impactos Ambientais.

ATRIBUTO PARÂMETROS DE AVALIAÇÃO


NATUREZA BENÉFICO
Expressa alteração ou Quando o efeito gerado for positivo para o fator ambiental
modificação gerada por uma considerado.
ação do empreendimento sobre ADVERSO
um dado componente ou fator Quando o efeito gerado for negativo para o fator ambiental
ambiental por ela afetada. considerado.
INCIDÊNCIA DIRETA
Estabelece o grau de relação Resulta de uma simples relação de causa e efeito,
entre a ação impactante e o também denominado impacto primário ou de primeira ordem.
impacto gerado ao meio INDIRETA
ambiente. Quando gera uma reação secundária em relação à ação ou,
quando é parte de uma cadeia de reações também
denominada de impacto secundário ou de enésima ordem,
de acordo com a situação da cadeia de reações.

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MAGNITUDE PEQUENA
Expressa a extensão do Quando a variação do valor dos indicadores for inexpressiva,
impacto, na medida em que se inalterando o fator ambiental considerado.
atribuiu uma valorização gradual MÉDIA
às variações que as ações Quando a variação do valor dos indicadores for expressiva,
poderão produzir num dado porém sem alcance para descaracterizar o fator ambiental
componente ou fator ambiental considerado.
por ela afetada.
GRANDE
Quando a variação do valor dos indicadores for de tal ordem
que possa levar à descaracterização do fator ambiental
considerado.
DURAÇÃO TEMPORÁRIA
Expressa o tempo de Quando o efeito permanece por tempo indeterminado depois
permanência do impacto de executada a ação que o gerou.
gerado por determinada ação.
PERMANENTE
Quando uma vez executada a ação, os efeitos gerados não
deixam de manifestar-se, ou seja, assumem caráter
definitivo.
CÍCLICA
Quando o efeito permanece por períodos sazonais depois
que executada a ação que o gerou.
TEMPORALIDADE IMEDIATO
É o registro de tempo de Existe a possibilidade da reversão das condições ambientais
permanência do impacto depois anteriores à ação, num prévio período de tempo, ou seja, que
de concluída a ação que o gerou. imediatamente após a conclusão da ação, haja a
neutralização do impacto por ela gerado.
MÉDIO PRAZO
É necessário decorrer um certo período de tempo para que o
impacto gerado pela ação seja neutralizado.
LONGO PRAZO
Registra-se um longo período de tempo para a permanência
do impacto, após a conclusão da ação que o gerou. Neste
grau serão também incluídos aqueles impactos cujo tempo
de permanência, após a conclusão da ação geradora,
assume um caráter definitivo.
INTENSIDADE FRACA
Estabelece a significância ou o A intensidade da interferência do impacto sobre o meio
Quanto cada impacto é ambiente e em relação aos demais impactos, não implica na
importante na sua relação de alteração da qualidade de vida.
interferência com o meio MÉDIA
ambiente e quando comparado a A intensidade do impacto sobre o meio ambiente e em
outros impactos. relação aos outros impactos, assume dimensões
recuperáveis, quando adverso, para a queda de Qualidade
de vida, ou assume melhoria da qualidade de vida, quando
benéfico.

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FORTE
A intensidade da interferência do impacto sobre o meio
ambiente e juntos aos demais impactos, acarreta como
resposta social, perda quando adverso, ou ganho quando
benéfico, da qualidade de vida.
ABRANGÊNCIA LOCAL
Estabelece a referência espacial Quando o efeito gerado fica restrito à área de interferência da
entre a ação geradora do ação e ao seu entorno mais próximo.
impacto e área afetada, ou seja, REGIONAL
estabelece a extensão da Quando o efeito gerado pela a ação se propaga para além da
interferência considerando-se a área de influência direta ou em torno mais próximo da ação
relação causa e efeito. impactante.
REVERSIBILIDADE REVERSÍVEL
Expressa a capacidade do fator Quando o fator ambiental impactado por uma ação retorna a
ambiental afetado por uma dada sua condição ambiental existente antes da execução da
ação de retornar as condições ação, podendo a reversão ocorrer naturalmente ou por
ambientais anteriores. interferência antrópica.

IRREVERSÍVEL
Quando o fator ambiental impactado por uma ação torna-se
impossibilitado de retornar as condições ambientais
existentes antes da execução da ação, mesmo que sejam
feitas intervenções neste sentido.

7.2.1. Impactos Ambientais Relacionados à Implantação


(Decapeamento)
7.2.1.1. Impactos Ambientais Relacionados ao Meio Físico
7.2.1.1.1. Alteração na Qualidade do Ar
• Análise do Impacto Ambiental
- Natureza = Adversa
- Incidência = Direta
- Magnitude = Pequena
- Duração = Temporária
- Temporalidade = Imediato
- Intensidade = Fraca
- Abrangência = Local
- Reversibilidade = Reversível
• Origem do Impacto:
- Emissão de gases e poeira proveniente de atividades de veículos,
máquinas e equipamentos.
• Atividades Impactantes:

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- Desmatamento e decapeamento.
• Danos resultantes:
- Danos à saúde dos operários e da população vizinha ao empreendimento.

7.2.1.1.2. Produção de Ruídos e Vibrações


• Análise do Impacto Ambiental
- Natureza = Adversa
- Incidência = Direta
- Magnitude = Pequena
- Duração = Temporária
- Temporalidade = Imediato
- Intensidade = Fraca
- Abrangência = Local
- Reversibilidade = Reversível
• Origem do Impacto:
- Movimentação de veículos e máquinas; e pelo funcionamento dos
equipamentos.
• Atividades Impactantes:
- Desmatamento e decapeamento.
• Danos resultantes:
- Atinge os operários e a população vizinha ao empreendimento;
afugentação da fauna.

7.2.1.1.3. Geração de Resíduos Sólidos


• Análise do Impacto Ambiental
- Natureza = Adversa
- Incidência = Direta
- Magnitude = Média
- Duração = Temporária
- Temporalidade = Médio Prazo
- Intensidade = Média
- Abrangência = Local
- Reversibilidade = Reversível
• Origem do Impacto:

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- Entulhos oriundos do desmatamento e decapeamento (expurgo de


material arenoso + cobertura vegetal).
• Atividades Impactantes:
- Desmatamento e decapeamento.
• Danos resultantes:
- Poluição visual; poluição do solo; risco de acidentes com os operários.

7.2.1.1.4. Uso e Ocupação do Solo


• Análise do Impacto Ambiental
- Natureza = Adversa
- Incidência = Direta
- Magnitude = Pequena
- Duração = Temporária
- Temporalidade = Imediato
- Intensidade = Fraca
- Abrangência = Local
- Reversibilidade = Reversível
• Origem do Impacto:
- Utilização da área para mineração impossibilitando seu uso para outras
atividades.
• Atividades Impactantes:
- Mineração (extração de areia, cascalho e argila).
• Danos resultantes:
- Obstrução da passagem de pessoas e animais silvestres na área do
empreendimento.

7.2.1.1.5. Degradação do Solo


• Análise do Impacto Ambiental
- Natureza = Adversa
- Incidência = Direta
- Magnitude = Média
- Duração = Temporária
- Temporalidade = Médio Prazo
- Intensidade = Média

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- Abrangência = Local
- Reversibilidade = Reversível
• Origem do Impacto:
- Desmatamento e decapeamento (expurgo de material arenoso +
cobertura vegetal).
• Atividades Impactantes:
- Desmatamento e decapeamento.
• Danos resultantes:
- Descaracterização do solo original da jazida.

7.2.1.1.6. Alteração do Fluxo D’água


• Análise do Impacto Ambiental
- Natureza = Adversa
- Incidência = Direta
- Magnitude = Pequena
- Duração = Temporária
- Temporalidade = Médio Prazo
- Intensidade = Fraca
- Abrangência = Local
- Reversibilidade = Reversível
• Origem do Impacto:
- Alteração na camada superficial do solo alterando a drenagem natural da
bacia hidráulica.
• Atividades Impactantes:
- Desmatamento e decapeamento.
• Danos resultantes:
- Represamento da água das chuvas; desvio das águas de rolamento.

7.2.1.1.7. Mudança de Paisagem


• Análise do Impacto Ambiental
- Natureza = Adversa
- Incidência = Direta
- Magnitude = Média
- Duração = Temporária

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- Temporalidade = Médio Prazo


- Intensidade = Fraca
- Abrangência = Local
- Reversibilidade = Reversível
• Origem do Impacto:
- Desmatamento e decapeamento.
• Atividades Impactantes:
- Desmatamento e decapeamento.
• Danos resultantes:
- Alteração da paisagem pela implantação do empreendimento.

7.2.1.2. Impactos Ambientais Relacionados ao Meio Biótico


7.2.1.2.1. Afugentação da Fauna
• Análise do Impacto Ambiental
- Natureza = Adversa
- Incidência = Direta
- Magnitude = Média
- Duração = Temporária
- Temporalidade = Imediato
- Intensidade = Fraca
- Abrangência = Local
- Reversibilidade = Reversível
• Origem do Impacto:
- Produção de ruídos e vibrações; supressão da vegetação; presença
humana (operários).
• Atividades Impactantes:
- Desmatamento e decapeamento.
• Danos resultantes:
- Migração dos animais para outros locais próximo ao empreendimento.

7.2.1.2.2. Supressão da Vegetação


• Análise do Impacto Ambiental
- Natureza = Adversa
- Incidência = Direta

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- Magnitude = Média
- Duração = Temporária
- Temporalidade = Imediato
- Intensidade = Fraca
- Abrangência = Local
- Reversibilidade = Reversível
• Origem do Impacto:
- Desmatamento e decapeamento.
• Atividades Impactantes:
- Expurgo de material arenoso + cobertura vegetal.
• Danos resultantes:
- Desmatamento da mata nativa; destruição do habitat natural de animais
silvestres.

7.2.1.3. Impactos Ambientais Relacionados ao Meio Antrópico


7.2.1.3.1. Risco de Acidentes com Operários
• Análise do Impacto Ambiental
- Natureza = Adversa
- Incidência = Direta
- Magnitude = Pequena
- Duração = Temporária
- Temporalidade = Imediato
- Intensidade = Fraca
- Abrangência = Local
- Reversibilidade = Reversível
• Origem do Impacto:
- Desmatamento e decapeamento.
Atividades Impactantes:
- Expurgo de material arenoso + cobertura vegetal.
• Danos resultantes:
- Risco de acidentes com operários durante a implantação do
empreendimento.

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7.2.1.3.2. Geração de Empregos


• Análise do Impacto Ambiental - Natureza = Benéfica
- Incidência = Direta - Indireta
- Magnitude = Pequena
- Duração = Temporária
- Temporalidade = Imediato
- Intensidade = Fraca
- Abrangência = Local
- Reversibilidade = Reversível
• Origem do Impacto:
- Contratação de mão-de-obra.
• Atividades Impactantes:
- Expurgo de material arenoso + cobertura vegetal.
• Benefícios resultantes:
- Oportunidade de empregos, mesmo que temporários.

7.2.1.3.3. Incremento da Renda Local


• Análise do Impacto Ambiental
- Natureza = Benéfica
- Incidência = Indireta
- Magnitude = Pequena
- Duração = Temporária
- Temporalidade = Imediato
- Intensidade = Fraca
- Abrangência = Local
- Reversibilidade = Reversível
• Origem do Impacto:
- Remuneração dos funcionários do empreendimento; aquisição de bens
de consumo no comércio local.
• Atividades Impactantes:
- Expurgo de material arenoso + cobertura vegetal.
• Benefícios resultantes:
- Aumento de empregos/renda, mesmo que temporários.

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7.2.1.3.4. Aumento da Arrecadação e Tributos


• Análise do Impacto Ambiental
- Natureza = Benéfica
- Incidência = Indireta
- Magnitude = Pequena
- Duração = Temporária
- Temporalidade = Imediato
- Intensidade = Fraca
- Abrangência = Local
- Reversibilidade = Reversível
• Origem do Impacto:
- Pagamento de taxas para regularização e implantação do
empreendimento; contratação de mão-de-obra; compra de insumos.
• Atividades Impactantes:
- Expurgo de material arenoso + cobertura vegetal.
• Benefícios resultantes:
- Maior arrecadação e tributos.

7.2.2. Impactos Ambientais Relacionados à Operação


(Escavação/Transporte)
7.2.2.1. Impactos Ambientais Relacionados ao Meio Físico
7.2.2.1.1. Alteração na Qualidade do Ar
• Análise do Impacto Ambiental
- Natureza = Adversa
- Incidência = Direta
- Magnitude = Média
- Duração = Temporária
- Temporalidade = Imediato
- Intensidade = Fraca
- Abrangência = Local
- Reversibilidade = Reversível
• Origem do Impacto:
- Emissão de gases e poeira proveniente de atividades de veículos,
máquinas e equipamentos.

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• Atividades Impactantes:
- Desmatamento e decapeamento.
• Danos resultantes:
- Danos à saúde dos operários e da população vizinha ao empreendimento.

7.2.2.1.2. Produção de Ruídos e Vibrações


• Análise do Impacto Ambiental
- Natureza = Adversa
- Incidência = Direta
- Magnitude = Média
- Duração = Temporária
- Temporalidade = Imediato
- Intensidade = Fraca
- Abrangência = Local
- Reversibilidade = Reversível
• Origem do Impacto:
- Movimentação de veículos e máquinas; e pelo funcionamento dos
equipamentos.
• Atividades Impactantes:
- Desmatamento e decapeamento.
• Danos resultantes:
- Atinge os operários e a população vizinha ao empreendimento;
afugentação da fauna.

7.2.2.1.3. Uso e Ocupação do Solo


• Análise do Impacto Ambiental
- Natureza = Adversa
- Incidência = Direta
- Magnitude = Pequena
- Duração = Temporária
- Temporalidade = Imediato
- Intensidade = Fraca
- Abrangência = Local
- Reversibilidade = Reversível

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GI CERÂMICA LTDA

• Origem do Impacto:
- Utilização da área para mineração impossibilitando seu uso para outras
atividades.
• Atividades Impactantes:
- Mineração (extração de Argila).
• Danos resultantes:
- Obstrução da passagem de pessoas e animais silvestres na área do
empreendimento.

7.2.2.1.4. Degradação do Solo


• Análise do Impacto Ambiental
- Natureza = Adversa - Incidência = Direta
- Magnitude = Grande
- Duração = Permanente
- Temporalidade = Longo Prazo
- Intensidade = Forte
- Abrangência = Local
- Reversibilidade = Irreversível
• Origem do Impacto:
- Desmatamento e decapeamento (expurgo de material arenoso +
cobertura vegetal).
• Atividades Impactantes:
- Desmatamento e decapeamento.
• Danos resultantes:
- Descaracterização do solo original da jazida.

7.2.2.1.5. Alteração do Fluxo D’água


• Análise do Impacto Ambiental
- Natureza = Adversa
- Incidência = Direta
- Magnitude = Média
- Duração = Cíclica
- Temporalidade = Médio Prazo
- Intensidade = Fraca

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GI CERÂMICA LTDA

- Abrangência = Local
- Reversibilidade = Reversível
• Origem do Impacto:
- Alteração na camada superficial do solo alterando a drenagem natural da
bacia hidráulica.
• Atividades Impactantes:
- Desmatamento e decapeamento.
• Danos resultantes:
- Represamento da água das chuvas; desvio das águas de rolamento.

7.2.2.1.6. Mudança de Paisagem


• Análise do Impacto Ambiental
- Natureza = Adversa
- Incidência = Direta
- Magnitude = Média
- Duração = Permanente
- Temporalidade = Longo Prazo
- Intensidade = Média
- Abrangência = Local
- Reversibilidade = Irreversível
• Origem do Impacto:
- Desmatamento e decapeamento.
• Atividades Impactantes:
- Desmatamento e decapeamento.
• Danos resultantes:
- Alteração da paisagem pela implantação do empreendimento.

7.2.2.2. Impactos Ambientais Relacionados ao Meio Biótico


7.2.2.2.1. Afugentação da Fauna
• Análise do Impacto Ambiental
- Natureza = Adversa
- Incidência = Direta
- Magnitude = Média
- Duração = Temporária

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GI CERÂMICA LTDA

- Temporalidade = Médio Prazo


- Intensidade = Fraca
- Abrangência = Local
- Reversibilidade = Reversível
• Origem do Impacto:
- Produção de ruídos e vibrações; supressão da vegetação; presença
humana (operários).
• Atividades Impactantes:
- Desmatamento e decapeamento.
• Danos resultantes:
- Migração dos animais para outros locais próximo ao empreendimento.

7.2.2.3. Impactos Ambientais Relacionados ao Meio Antrópico


7.2.2.3.1. Risco de Acidentes com Operários
• Análise do Impacto Ambiental
- Natureza = Adversa
- Incidência = Direta
- Magnitude = Pequena
- Duração = Temporária
- Temporalidade = Imediato
- Intensidade = Fraca
- Abrangência = Local
- Reversibilidade = Reversível
• Origem do Impacto:
- Desmatamento e decapeamento.
Atividades Impactantes:
- Expurgo de material arenoso + cobertura vegetal.
• Danos resultantes:
- Risco de acidentes com operários durante a implantação do
empreendimento.

7.2.2.3.2. Geração de Empregos


• Análise do Impacto Ambiental
- Natureza = Benéfica

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- Incidência = Direta - Indireta


- Magnitude = Pequena
- Duração = Temporária
- Temporalidade = Imediato
- Intensidade = Fraca
- Abrangência = Local
- Reversibilidade = Reversível
• Origem do Impacto:
- Contratação de mão-de-obra.
• Atividades Impactantes:
- Expurgo de material arenoso + cobertura vegetal.
• Benefícios resultantes:
- Oportunidade de empregos, mesmo que temporários.

7.2.2.3.3. Incremento da Renda Local


• Análise do Impacto Ambiental
- Natureza = Benéfica
- Incidência = Indireta
- Magnitude = Pequena
- Duração = Temporária
- Temporalidade = Imediato
- Intensidade = Fraca
- Abrangência = Local
- Reversibilidade = Reversível
• Origem do Impacto:
- Remuneração dos funcionários do empreendimento; aquisição de bens
de consumo no comércio local.
• Atividades Impactantes:
- Expurgo de material arenoso + cobertura vegetal.
• Benefícios resultantes:
- Aumento de empregos/renda, mesmo que temporários.

7.2.2.3.4. Aumento da Arrecadação e Tributos


• Análise do Impacto Ambiental

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GI CERÂMICA LTDA

- Natureza = Benéfica
- Incidência = Indireta
- Magnitude = Pequena
- Duração = Temporária
- Temporalidade = Imediato
- Intensidade = Fraca
- Abrangência = Local
- Reversibilidade = Reversível
• Origem do Impacto:
- Pagamento de taxas para regularização e implantação do
empreendimento; contratação de mão-de-obra; compra de insumos.
• Atividades Impactantes:
- Expurgo de material arenoso + cobertura vegetal.
• Benefícios resultantes:
- Maior arrecadação e tributos.

7.2.3. Impactos Ambientais Relacionados à Desativação


7.2.3.1. Impactos Ambientais Relacionados ao Meio Físico
7.2.3.1.1. Uso e Ocupação do Solo
• Análise do Impacto Ambiental
- Natureza = Adversa
- Incidência = Direta
- Magnitude = Pequena
- Duração = Temporária
- Temporalidade = Médio Prazo
- Intensidade = Fraca
- Abrangência = Local
- Reversibilidade = Reversível
• Origem do Impacto:
- Utilização da área para mineração impossibilitando seu uso para outras
atividades.
• Atividades Impactantes:
- Mineração (extração de argila).
• Danos resultantes:

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- Obstrução da passagem de pessoas e animais silvestres na área do


empreendimento.

7.2.3.1.2. Degradação do Solo


• Análise do Impacto Ambiental
- Natureza = Adversa
- Incidência = Direta
- Magnitude = Média
- Duração = Permanente
- Temporalidade = Longo Prazo
- Intensidade = Média
- Abrangência = Local
- Reversibilidade = Irreversível
• Origem do Impacto:
- Desmatamento e decapeamento (expurgo de material arenoso +
cobertura vegetal).
• Atividades Impactantes:
- Desmatamento e decapeamento.
• Danos resultantes:
- Descaracterização do solo original da jazida.

7.2.3.1.3. Alteração do Fluxo D’água


• Análise do Impacto Ambiental
- Natureza = Adversa
- Incidência = Direta
- Magnitude = Média
- Duração = Cíclica
- Temporalidade = Médio Prazo
- Intensidade = Fraca
- Abrangência = Local
- Reversibilidade = Reversível
• Origem do Impacto:
- Alteração na camada superficial do solo alterando a drenagem natural da
bacia hidráulica.

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• Atividades Impactantes:
- Desmatamento e decapeamento.
• Danos resultantes:
- Represamento da água das chuvas; desvio das águas de rolamento.

7.2.3.1.4. Mudança de Paisagem


• Análise do Impacto Ambiental
- Natureza = Adversa
- Incidência = Direta
- Magnitude = Média
- Duração = Permanente
- Temporalidade = Longo Prazo
- Intensidade = Fraca
- Abrangência = Local
- Reversibilidade = Irreversível
• Origem do Impacto:
- Desmatamento e decapeamento.
• Atividades Impactantes:
- Desmatamento e decapeamento.
• Danos resultantes:
- Alteração da paisagem pela implantação do empreendimento.

7.2.3.2. Impactos Ambientais Relacionados ao Meio Antrópico


7.2.3.2.1. Redução de Empregos
• Análise do Impacto Ambiental
- Natureza = Adversa
- Incidência = Direta
- Magnitude = Pequena
- Duração = Temporária
- Temporalidade = Imediato
- Intensidade = Fraca
- Abrangência = Local
- Reversibilidade = Reversível
• Origem do Impacto:

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ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA
90
GI CERÂMICA LTDA

- Demissão de mão-de-obra diretamente envolvidas nos trabalhos de lavra.


• Atividades Impactantes:
- Paralisação das atividades geradoras de empregos diretos.
• Malefícios resultantes:
- Redução de vagas de empregos, mesmo que temporários.

7.2.3.2.2. Diminuição da Renda Local


• Análise do Impacto Ambiental
- Natureza = Adversa
- Incidência = Indireta
- Magnitude = Pequena
- Duração = Temporária
- Temporalidade = Imediato
- Intensidade = Fraca
- Abrangência = Local
- Reversibilidade = Reversível
• Origem do Impacto:
- Despensa da mão-de-obra envolvida na mineração.
• Atividades Impactantes:
- Redução de emprego e renda.
• Malefícios resultantes:
- Diminuição do dinheiro advindo dos empregos gerados pela mineração.

7.2.3.2.3. Diminuição da Arrecadação e Tributos


• Análise do Impacto Ambiental
- Natureza = Adversa
- Incidência = Indireta
- Magnitude = Pequena
- Duração = Temporária
- Temporalidade = Imediato
- Intensidade = Fraca
- Abrangência = Local
- Reversibilidade = Reversível
• Origem do Impacto:

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GI CERÂMICA LTDA

- Despensa da mão-de-obra envolvida na mineração.


• Atividades Impactantes:
- Redução de emprego e renda.
• Malefícios resultantes:
- Diminuição do dinheiro advindo dos empregos gerados pela mineração.

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7.3. Quadro de Identificação e Análises dos Impactos Ambientais


Tabela 7: Identificação e Análises dos Impactos Ambientais

Natureza Incidencia Magnitude Duração Temporalidade Intensidade Abrangencia Reversibilidade

Longo prazo
Medio prazo
Permanente

Inreversivel
Temporario

Estrategica

Reversivel
Fases do Imapcatos

Regional
Benefica

Pequena

Imediato
Adversa

Indireta

Grande

Ciclica
Meio

Direta

Media

Media

Fraca

Local
Forte
empreendimento ambientais

Alteração da
qualidade do ar
X X X X X X X X
Produção de
ruidos e vibrações
X X X X X X X X
Geração de
resíduos solidos
X X X X X X X
Uso e ocupação do
Fisico
solo
X X X X X X X X
Degradação do
solo
X X X X X X X X X
Mudanção de
paisagem
X X X X X X X X
Alteração de fluxo
Implantação d’água
X X X X X X X X

Supreção vegetal X X X X X X X X X
Biotico
Afugentação X X X X X X X X X
Geração de
empregos
X X X X X X X X X
Risco de acidente
com operários
X X X X X X X X X
Antropico Incremento de
renda local
X X X X X X X X X X
Aumento de
arrecadação de X X X X X X X X X X
impostos
Alteração da
Operação Fisico
qualidade do ar
X X X X X X X X

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Produção de
ruidos e vibrações
X X X X X X X X
Geração de
resíduos solidos
X X X X X X X
Uso e ocupação do
solo
X X X X X X X X
Degradação do
solo
X X X X X X X X X
Mudanção de
paisagem
X X X X X X X X
Alteração de fluxo
d’água
X X X X X X X X

Supreção vegetal X X X X X X X X X
Biotico
Afugentação X X X X X X X X X
Geração de
empregos
X X X X X X X X X
Risco de acidente
com operários
X X X X X X X X X
Antropico Incremento de
renda local
X X X X X X X X X X
Aumento de
arrecadação de X X X X X X X X X X
impostos
Uso e ocupação do
solo
X X X X X X X X
Degradação do
solo
X X X X X X X X
Fisico
Mudanção de
paisagem
X X X X X X X X
Alteração de fluxo
Desativação d’água
X X X X X X X X
Redução de
empregos
X X X X X X X X
Redução de renda
Antropico local
X X X X X X X X X X
Redução de
arrecadação de X X X X X X X X X X
impostos

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7.4. Avaliação do Quadro de Identificação e Análises dos Impactos


Ambientais
Na avaliação do quadro de identificação e análises dos impactos
ambientais estão as relações que ocorrem entre os diferentes componentes
ambientais e intervenções previstas pelo empreendimento nas fases de
implantação, operação e desativação do projeto de mineração.
Dentre os impactos ambientais negativos destaca-se os de grande
magnitude e forte intensidade:
• Operação:
- Degradação do Solo.
Os impactos ambientais negativos considerados permanentes e irreversíveis
são:
• Operação:
- Degradação do Solo e Mudança de Paisagem.
• Desativação:
- Degradação do Solo e Mudança de Paisagem.

Tabela 8: Distribuição dos Impactos por Meio

NATUREZA MEIO
DOS IMPACTOS FÍSICO BIÓTICO ANTRÓPICO
Positivos 0 0 9
Negativos 15 5 3
Total 15 5 12

Tabela 9: Distribuição dos Impactos Por Fase do Empreendimento

NATUREZA DOS FASES DO EMPREENDIMENTO


IMPACTOS Implantação Operação Desativação
Positivos 0 0 9
Negativos 15 5 3
Total 15 5 12

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8. MEDIDAS MITIGADORAS E COMPENSATÓRIAS


As medidas devem ser aplicadas nas fases de implantação e operação
do empreendimento e têm objetivo de prevenção, correção e manejo dos
impactos.

8.1. Medidas Mitigadoras Relacionadas à Implantação


8.1.1. Impactos Ambientais Relacionados ao Meio Físico
8.1.1.1. Alteração na Qualidade do Ar
• Medidas Mitigadoras e Compensatórias:
- Manutenção periódica nos veículos, máquinas e equipamentos;
- Uso de lona de proteção para cobertura da carga;
- Uso de equipamento de proteção individual.
• Tipo:
- Preventiva.
• Responsável:
- Proprietário do empreendimento – Contratado (serviços terceirizados).

8.1.1.2. Produção de Ruídos e Vibrações


• Medidas Mitigadoras e Compensatórias:
- Manutenção periódica nos veículos, máquinas e equipamentos;
- Uso de equipamento de proteção individual.
• Tipo:
- Preventiva.
• Responsável:
- Proprietário do empreendimento – Contratado (serviços terceirizados).

8.1.1.3. Geração de Resíduos Sólidos


• Medidas Mitigadoras e Compensatórias:
• Tipo:
- Preventiva;
- Corretiva.
• Responsável:
- Proprietário do empreendimento – Contratado (serviços terceirizados).

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8.1.1.4. Uso e Ocupação do Solo


• Medidas Mitigadoras e Compensatórias:
- Planejamento quanto ao uso e ocupação do solo, atentando para
urbanização do entorno da área do empreendimento, não utilizando espaços
inadequados do ponto de vista ambiental.
• Tipo:
- Preventiva.
• Responsável:
- Proprietário do empreendimento.

8.1.1.5. Degradação do Solo


• Medidas Mitigadoras e Compensatórias:
- Uso de técnicas e equipamentos apropriados para o desmatamento;
- Acondicionamento adequado de descartes sólidos e substâncias
poluentes (gasolina, óleo diesel, óleo lubrificante, graxa, etc.);
- Manutenção periódica nos veículos, máquinas e equipamentos, de forma
a evitar vazamentos.
• Tipo:
- Preventiva.
• Responsável:
- Proprietário do empreendimento – Contratado (serviços terceirizados).

8.1.1.6. Alteração do Fluxo D’água


• Medidas Mitigadoras e Compensatórias:
- Planejamento e controle do desmatamento e a construção de um sistema
de drenagem adequado e eficiente, destinado a captar, encaminhar e dispor
de maneira segura o escoamento das águas pluviais e evitar erosões,
alagamentos e movimentos de terra.
• Tipo:
- Preventiva.
• Responsável:
- Proprietário do empreendimento.

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8.1.1.7. Mudança de Paisagem


• Medidas Mitigadoras e Compensatórias:
- Preservação e conservação das áreas naturais no entorno da área de
extração.
• Tipo:
- Preventiva.
• Responsável:
- Proprietário do empreendimento.

8.1.2. Medidas Mitigadoras Relacionadas ao Meio Biótico


8.1.2.1. Afugentação da Fauna
• Medidas Mitigadoras e Compensatórias:
- Regulagem periódica de veículos, máquinas e equipamentos;
- Orientar os trabalhadores para não afugentar os animais silvestres;
- Não interferir na fuga dos animais e nem coletar os filhotes e ovos dos
ninhos.
• Tipo:
- Preventiva.
• Responsável:
- Proprietário do empreendimento – Contratado (serviços terceirizados).

8.1.2.2. Supressão da Vegetação


• Medidas Mitigadoras e Compensatórias:
- Manter na propriedade espécies da mata nativa no entorno da área de
extração, formando um “CINTURÃO VERDE”;
- Preservar e conservar vegetação da área de reserva legal para que venha
a servir “futuramente” como um grande viveiro de mudas de plantas nativas.
• Tipo:
- Preventiva.
• Responsável:
- Proprietário do empreendimento.

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8.1.3. Medidas Mitigadoras Relacionadas ao Meio Antrópico


8.1.3.1. Risco de Acidentes com Operários
• Medidas Mitigadoras e Compensatórias:
- Utilizar mão de obra específica (qualificada) para cada atividade;
- Manutenção periódica nos veículos, máquinas e equipamentos;
- Uso de equipamento de proteção individual.
• Tipo:
- Preventiva.
• Responsável:
- Proprietário do empreendimento – Contratado (serviços terceirizados).

8.1.3.2. Geração de Empregos


• Medidas Mitigadoras e Compensatórias:
- Contratação de mão-de-obra local (pelo menos a mão-de-obra
semiespecializada).
• Tipo:
- Preventiva.
• Responsável:
- Proprietário do empreendimento – Contratado (serviços terceirizados).

8.1.3.3. Incremento da Renda Local


• Medidas Mitigadoras e Compensatórias:
- Aquisição de bens e serviços na região de inserção do empreendimento;
- Remunerar de forma justa os trabalhadores.
• Tipo:
- Preventiva.
• Responsável:
- Proprietário do empreendimento – Contratado (serviços terceirizados).

8.1.3.4. Aumento da Arrecadação e Tributos


• Medidas Mitigadoras e Compensatórias:
- Efetuar o pagamento de todos os tributos federais, estaduais e municipais.
• Tipo:

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- Preventiva.
• Responsável:
- Proprietário do empreendimento – Contratado (serviços terceirizados).

8.2. Medidas Mitigadoras Relacionadas à Operação


8.2.1. Impactos Ambientais Relacionados ao Meio Físico
8.2.1.1. Alteração na Qualidade do Ar
• Medidas Mitigadoras e Compensatórias:
- Manutenção periódica nos veículos, máquinas e equipamentos;
- Uso de lona de proteção para cobertura da carga;
- Uso de equipamento de proteção individual.
• Tipo:
- Preventiva.
• Responsável:
- Proprietário do empreendimento – Contratado (serviços terceirizados).

8.2.1.2. Produção de Ruídos e Vibrações


• Medidas Mitigadoras e Compensatórias:
- Manutenção periódica nos veículos, máquinas e equipamentos;
- Uso de equipamento de proteção individual.
• Tipo:
- Preventiva.
• Responsável:
- Proprietário do empreendimento – Contratado (serviços terceirizados).

8.2.1.3. Uso e Ocupação do Solo


• Medidas Mitigadoras e Compensatórias:
- Planejamento quanto ao uso e ocupação do solo, atentando para
urbanização do entorno da área do empreendimento, não utilizando espaços
inadequados do ponto de vista ambiental.
• Tipo:
- Preventiva.
• Responsável:

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- Proprietário do empreendimento.

8.2.1.4. Degradação do Solo


• Medidas Mitigadoras e Compensatórias:
- Uso de técnicas e equipamentos apropriados para o desmatamento;
- Acondicionamento adequado de descartes sólidos e substâncias
poluentes (gasolina, óleo diesel, óleo lubrificante, graxa, etc.);
- Manutenção periódica nos veículos, máquinas e equipamentos, de forma
a evitar vazamentos.
• Tipo:
- Preventiva.
• Responsável:
- Proprietário do empreendimento – Contratado (serviços terceirizados).

8.2.1.5. Alteração do Fluxo D’água


• Medidas Mitigadoras e Compensatórias:
- Planejamento e controle do desmatamento e a construção de um sistema
de drenagem adequado e eficiente, destinado a captar, encaminhar e dispor
de maneira segura o escoamento das águas pluviais e evitar erosões,
alagamentos e movimentos de terra.
• Tipo:
- Preventiva.
• Responsável:
- Proprietário do empreendimento.

8.2.1.6. Mudança de Paisagem


• Medidas Mitigadoras e Compensatórias:
- Preservação e conservação das áreas naturais no entorno da área do
aterro industrial.
• Tipo:
- Preventiva.
• Responsável:
- Proprietário do empreendimento

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101 ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA
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8.2.2. Impactos Ambientais Relacionados ao Meio Biótico


8.2.2.1. Afugentarão da Fauna
• Medidas Mitigadoras e Compensatórias:
- Regulagem periódica de veículos, máquinas e equipamentos;
- Orientar os trabalhadores para não afugentar os animais silvestres;
- Não interferir na fuga dos animais e nem coletar os filhotes e ovos dos
ninhos.
• Tipo:
- Preventiva.
• Responsável:
- Proprietário do empreendimento – Contratado (serviços terceirizados).

8.2.3. Impactos Ambientais Relacionados ao Meio Antrópico


8.2.3.1. Risco de Acidentes com Operários
• Medidas Mitigadoras e Compensatórias:
- Utilizar mão de obra específica (qualificada) para cada atividade;
- Manutenção periódica nos veículos, máquinas e equipamentos; - Uso de
equipamento de proteção individual.
• Tipo:
- Preventiva.
• Responsável:
- Proprietário do empreendimento – Contratado (serviços terceirizados).

8.2.3.2. Geração de Empregos


• Medidas Mitigadoras e Compensatórias:
- Contratação de mão-de-obra local (pelo menos a mão-de-obra
semiespecializada).
• Tipo:
- Preventiva.
• Responsável:
- Proprietário do empreendimento – Contratado (serviços terceirizados).

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102 ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA
CERÂMICA PIAUÍ

8.2.3.3. Incremento da Renda Local


• Medidas Mitigadoras e Compensatórias:
- Aquisição de bens e serviços na região de inserção do empreendimento;
- Remunerar de forma justa os trabalhadores.
• Tipo:
- Preventiva.
• Responsável:
- Proprietário do empreendimento – Contratado (serviços terceirizados).

8.2.3.4. Aumento da Arrecadação e Tributos


• Medidas Mitigadoras e Compensatórias:
- Efetuar o pagamento de todos os tributos federais, estaduais e municipais.
• Tipo:
- Preventiva.
• Responsável:
- Proprietário do empreendimento – Contratados (serviços terceirizados).

8.3. Medidas Mitigadoras Relacionadas à Desativação


8.3.1. Impactos Ambientais Relacionados ao Meio Antrópico
8.3.1.1. Redução de Empregos
• Medidas Mitigadoras e Compensatórias:
- Contratação da mão-de-obra local para os trabalhos de recuperação da
área atingida pelo empreendimento.
• Tipo:
- Preventiva.
• Responsável:
- Proprietário do imóvel.

8.3.1.2. Diminuição da Renda Local


• Medidas Mitigadoras e Compensatórias:
- Remunerar de forma justa os trabalhadores que trabalharão na
recuperação da área atingida pelo empreendimento.
• Tipo:

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103 ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA
CERÂMICA PIAUÍ

- Preventiva.
• Responsável:
- Proprietário do imóvel.

8.3.1.3. Diminuição da Arrecadação e Tributos


• Medidas Mitigadoras e Compensatórias:
- Efetuar o pagamento de todos os tributos federais, estaduais e municipais,
que incidam sobre o imóvel.
• Tipo:
- Preventiva.
• Responsável:
- Proprietário do imóvel.

9. PROGRAMAS AMBIENTAIS

Os respectivos estudos foram citados no item 3.2 desse trabalho.

10. COMPENSAÇÃO AMBIENTAL

Deverá ser feito uma reposição florestal é um método usual para


reabilitação de áreas, melhorando a qualidade paisagística e ambiental. Para
esse aproveitamento, diversos aspectos devem ser considerados, destacando-
se entre eles: as características topográficas da área, características físico-
químicas do solo, escolha de espécies florestais e de técnicas adequadas de
plantio e trato cultural.
A declividade do terreno, a drenagem natural de águas pluviais e a
susceptibilidade do solo à erosão subsidiam a definição quanto a necessidade e
ao tipo de prática que se deve adotar para a conservação do solo (implantação
de redes de drenagem artificial, terraceamentos, taludamentos, faixas de
contenção, etc.) e da vegetação (densidade de plantio, espaçamento e escolha
de espécies adequadas).

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104 ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA
CERÂMICA PIAUÍ

Devem ser realizadas análises químicas dos solos das áreas a serem
reflorestadas, para conhecer as necessidades de correção de acidez e dos
índices de fertilidade, e também de adoção de práticas de adensamentos ou
encharcamentos do solo (subsolagem, drenagem artificial etc.) ampliando as
condições de um bom desenvolvimento da atividade florestal.
Espécies corretamente selecionadas contribuem sobremaneira para o
sucesso da exploração florestal. Para fins paisagísticos e de preservação
ambiental, geralmente se reintroduzirem espécies nativas da região, ou ainda
consorciadas com espécies exóticas desde que não invasora e inibidora de
desenvolvimento de espécies nativas e tragam riscos a fauna.
O plantio de mudas, principalmente de espécies nativas, bem como do
trato cultural que garanta a sua consolidação, devem ser previstos e
desenvolvidos durante todo o período de operação do empreendimento.

10.1. Plantio de Gramíneas

10.1.1. Métodos de Plantio


As gramíneas podem ser plantadas em sulcos, covas ou a lanço. Muitas
vezes, porém, não de consegue estabelecer uma pastagem na primeira
tentativa, devido ao desconhecimento do método de plantio mais adequado para
as condições locais. Para minimizar esse problema, o preparo do solo e o plantio
deverão ser realizados, se possível, alguns dias após as primeiras chuvas. Outra
sugestão para essas áreas antes cultivadas é fazer o plantio em covas ou em
sulcos, permitindo, assim, um desenvolvimento satisfatório das plantas.

10.1.2. Semeadura
A semeadura das gramíneas deve ser feita manualmente. No semeio a
lanço podem ser utilizados entre 5 e 10 kg/ha de sementes; no plantio em covas
são necessários de 3 a 7 kg/ha, de acordo com a qualidade das sementes.
Cobertura das sementes não é obrigatória, porém, tem sido observado
que, nos solos leves, uma cobertura com 1,5 a 3,0 cm de terra tem favorecido o
estabelecimento das gramíneas.

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105 ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA
CERÂMICA PIAUÍ

10.1.3. Manejo e Tratos Culturais


O manejo adequado de uma pastagem de gramíneas pode reduzir a
necessidade de tratos culturais.
Combate às plantas invasoras deve ser realizado, preferencialmente,
alguns dias após as primeiras chuvas quando grande parte das sementes já
tenha germinado, o que facilita a localização dos pontos de maior infestação da
pastagem. Este trabalho deverá terminar antes que ocorra a semeadura natural
das plantas, a fim de diminuir a reinfestação posteriormente. Além disso, esse
controle após as primeiras chuvas permite que o rápido desenvolvimento das
gramíneas, nesse período, possa abafar grande parte do rebrotes invasores.

10.1.4. Adubação
Estudos têm revelado um efeito marcante do fósforo no crescimento
radicular de plantas novas acelerando seu crescimento. É recomendado aplicar
125 kg/ha/ano.

10.2. Plantio de Espécies Arbustivas e Arbóreas (Nativa)

10.2.1. Plantio
Um mês antes do plantio é necessário fazer a preparação das covas de
0,80 x 0,80 x 0,80 m. Como matéria orgânica, pode-se optar pelo uso de 3 kg de
esterco de gado. Como fonte de fósforo usar de preferência o superfosfato
simples na base de 800 g por cova.
As plantas devem ser colocadas no centro da cova, sendo então
recobertas por uma camada de terra suficiente para cobrir a semente ou muda.
Após um mês do plantio efetuar a 1ª adubação de cobertura com ureia. Próximo
ao fim da estação chuvosa efetua-se a segunda adubação de cobertura.

10.2.2. Manejo e Tratos Culturais


O sistema de manejo em que se mantém o solo descoberto durante o
período seco, tem sido recomendado, sobretudo, para regiões com chuvas raras
e mal distribuídas durante o ano. Este sistema de manejo (solo nu), proporciona

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106 ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA
CERÂMICA PIAUÍ

uma redução significativa das perdas de água e nutrientes do solo, em função


da eliminação das plantas daninhas, favorecendo assim as novas plantas.

10.2.3. Adubação
A adubação deve ser realizada de acordo com a análise química do solo.
As doses de nitrogênio e potássio deverão ser fracionadas em duas aplicações,
o que proporciona melhor aproveitamento desses adubos pela planta. A primeira
aplicação dera feita no início da estação chuvosa. Próximo ao fim da estação
chuvosa deverá ser efetuado a segunda aplicação. Os fertilizantes serão
espalhados em torno da planta e incorporados ao solo em círculo.

11. CONCLUSÃO

Essa atividade de extração de é por natureza, modificadora do ambiente.


Ou seja, acarreta impactos adversos sobre o meio ambiente ao qual está
inserido. Entretanto, esses impactos poderão ser atenuados com medidas
mitigadoras recomendadas.
O grau gerador dos impactos ambientais gerados depende do
conhecimento das operações da mineração, portanto, o monitoramento
constante de empreendimento apresentará resultados satisfatórios.
A lavra será totalmente a céu aberto. No período da estiagem os trabalhos
de lavra serão intensificados, uma vez que na estação chuvosa, os trabalhos
reduzirão significativamente, a dificuldade de secagem dos tijolos antes do
cozimento e devido à queda do consumo do material de construção no período
das chuvas.
A área de extração analisada é relativamente mediana e de profundidade
média e de grande longevidade. A comercialização dos produtos fabricados a
partido material a ser extraído é sempre certa por tratar-se de material de
primeira necessidade na construção civil.
Como resultado das observações de campo na área em estudo
apresentamos as seguintes considerações objetivando atender a Secretária de
Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado do Piauí – SEMAR:

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107 ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA
CERÂMICA PIAUÍ

• As características da área são compostas principalmente por Rochas


Sedimentares (Areníticas e Argilíticas) recobrindo as rochas pré-cambrianas
do embasamento cristalino constituindo-se de gnaisses / Transamazônico as
quais compõem aquíferos fissural;
• Não foram identificados nível do lençol freático no local, porém, de acordo
com levantamento de poços perfurados próximo a propriedade, o lençol
freático foi alcançado à profundidade de 40,00 metros na maior parte dos
casos, o que abre a possibilita de alcança-lo próximo a esta profundidade;
• É abastecido pela Bacia do Parnaíba;
• Apresenta uma baixa a média porosidade e médio potencial hidrológico;
• Os solos apresentam areno-quartzoso com seixos de argila com
plasticidade média são do topo Podzólicos Distróficos Vermelho-Amarelado;
• Beneficiados os comerciantes locais pelo aumento de suas vendas aos
trabalhadores da mineração e o setor público pelo crescimento na
arrecadação de impostos;
• Ficou constatado que dentre os impactos ambientais que afetarão mais
adversamente a área de influência funcional do empreendimento estão
relacionados, a emissão de poeiras fugitivas, gases e ruídos e a alteração do
ecossistema;
• Os serviços porventura necessários e que não contem dos presentes,
deverão ser executados de acordo com a orientação da fiscalização e
responsável técnico da obra, que á fará sempre por escrito;
Após todas as considerações contidas nesses relatórios e de acordo com
o planejamento proposto para a extração, em estreita relação com medidas
mitigadoras e de controle do meio ambiente, a exploração desse bem mineral na
área ora a ser licenciada, demonstra grande viabilidade, tanto tecnicamente
como economicamente e mais ainda sob a ótica da preservação ambiental,
principalmente tendo-se em vista a boa vontade demonstrada pelo
empreendedor no sentido de preservar o meio ambiente assim como a sua
propriedade.

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108 ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA
CERÂMICA PIAUÍ

12. EQUIPE TÉCNICA

______________________________________
DIÔGO CARDOSO DA SILVA
Engenheiro Civil e Técnico em Meio Ambiente
RNP: CREA nº 052125361-6 / CFT-BR nº 0508333954-4
CTF/AIDA (IBAMA): 7753831
Cadastro SEMAR: RT-547-5579/2022

______________________________________
DACKSON CRYSTIAN DA SILVA ARAÚJO
Engenheiro Ambiental e Engenheiro de Segurança do Trabalho
RNP: CREA nº 052057855-4
CTF/AIDA (IBAMA): 8263029

______________________________________
OSMAR PORTELA FILHO
Engenheiro de Minas
RNP: CREA nº 1600376363
CTF/AIDA (IBAMA): 219847

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MAURICIO GONÇALVES DAMASCENO
Técnico em Edificações
RNP: CFT-BR nº 0328110752-4

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