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PAE – PLANO

DE AÇÃO DE
EMERGÊNCIA

Pavimentadora
Santo Expedito Ltda.

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Sumário
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 4
2. OBJETIVO ................................................................................................................................... 4
3. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO............................................................................... 5
4. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL E IDENTIFICAÇÃO DO RESPONSÁVEIS .................................... 6
5. ATRIBUIÇÕES E RESPONSABILIDADES ....................................................................................... 7
5.1. Coordenação Geral............................................................................................................. 7
5.2. Assessoria de Imprensa ...................................................................................................... 8
5.3. Assessoria Jurídica .............................................................................................................. 8
5.4. Equipe de Meio Ambiente.................................................................................................. 8
5.5. Equipe de Combate ............................................................................................................ 9
5.6. Equipe de Engenharia e Operação ................................................................................... 11
6. ATENDIMENTO EMERGENCIAL................................................................................................ 11
6.1. Procedimentos Preventivos/Corretivos ........................................................................... 12
6.1.1. Procedimentos Derramamento/Vazamento............................................................. 12
6.1.2. Procedimentos Disposição de Brita e Percolação ..................................................... 13
6.1.3. Procedimentos Inalação e Contato ........................................................................... 15
7. ACIONAMENTO DO PLANO ..................................................................................................... 16
7.1. Fluxo de Acionamento ..................................................................................................... 16
7.2. Fluxograma de Comunicação ........................................................................................... 18
7.2.1. Detecção e Comunicação da Emergência ................................................................. 18
7.2.2. Mobilização de Recursos ........................................................................................... 18
8. PROCEDIMENTOS DE RESPOSTA ............................................................................................. 18
8.1. Procedimentos Básicos de Respostas .............................................................................. 18
8.2. Procedimentos Específicos ............................................................................................... 20
8.2.1. Danos Pessoais .......................................................................................................... 20
8.2.2. Vazamento de Produtos Perigosos sobre Cursos de Água e em Áreas Urbanas ...... 21
8.3. Procedimento para Interdição de Vias Públicas............................................................... 22
8.3.1. Interdição de Vias Públicas........................................................................................ 22
8.3.2. Responsabilidades ..................................................................................................... 23
8.4. Procedimentos para Retorno às Atividades ..................................................................... 23
9. INVESTIGAÇÃO E REGISTRO DE ACIDENTES ............................................................................ 24
9.1. Avaliação do Atendimento a Emergência ........................................................................ 24
10. RECURSOS MATERIAIS DE RESPOSTA .................................................................................... 25

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10.1. Danos Pessoais ............................................................................................................... 25
10.2. Vazamento de Produtos Perigosos sobre Cursos de Água e em Águas Urbanas .......... 25
11. LISTA DE ACIONAMENTO ...................................................................................................... 26
12. AÇÕES PÓS-EMERGENCIAIS .................................................................................................. 27
13. PROGRAMAS DE TREINAMENTO E DE EXERCÍCIOS SIMULADOS .......................................... 28
13.1. Treinamentos Teóricos ................................................................................................... 28
13.2. Programa de Treinamento das Brigadas de Emergência ............................................... 28
13.2. Simulados ....................................................................................................................... 29
13.2.1. Planejamento .............................................................................................................. 29
13.2.2. Realização.................................................................................................................... 30
13.2.3. Avaliação ..................................................................................................................... 30
13.3. Cronograma de Exercícios Simulados ............................................................................ 30

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1. INTRODUÇÃO
Durante os processos de regeneração e distribuição de diversos óleos,
são conduzidas múltiplas etapas, cada uma sujeita a diferentes fatores que
podem resultar em acidentes. Por exemplo, os agentes químicos presentes
nesses processos podem representar riscos significativos para a saúde humana
e o meio ambiente.

O aumento na incidência de acidentes envolvendo produtos químicos


perigosos, juntamente com os impactos negativos no meio ambiente, tem
despertado a atenção de órgãos ambientais e indústrias. Isso tem levado à
necessidade de planejamento e investimento em práticas preventivas e
corretivas. O objetivo é minimizar e prevenir os riscos associados a essas
atividades.

Para abordar essas preocupações, a implementação de ações como o


Programa de Gerenciamento de Risco (PGR) e os Planos de Ação de
Emergência (PAE) - que complementam o PGR - torna-se essencial. Essas
medidas visam reduzir os impactos sobre a população e o meio ambiente,
dimensionando adequadamente os tipos de acidentes, os recursos necessários
e as ações apropriadas. Ao fornece diretrizes, dados e informações, cria-se um
ambiente propício para a adoção rápida e eficaz de procedimentos lógicos,
técnicos e administrativos em situações de emergência.

O PAE especifica claramente as atribuições e responsabilidades dos


envolvidos, fornecendo recursos humanos e materiais necessários para lidar
com possíveis acidentes em cada etapa dos processos. Além disso, estabelece
responsabilidades para garantir a execução de ações rápidas e seguras.

O principal objetivo do PAE é orientar, disciplinar e determinar os


procedimentos a serem seguidos pelos funcionários e colaboradores em
situações de emergência durante a fabricação e regeneração de óleos. Para
alcançar esse objetivo, foram estabelecidos pressupostos, como a definição de
atribuições e responsabilidades, a preservação do patrimônio da empresa, a
continuidade operacional, a integridade física das pessoas e o estabelecimento
de diretrizes básicas para a atuação em situações emergenciais. Além disso, o
plano prevê a disponibilização de recursos para o controle efetivo das
emergências.

Portanto, o presente Plano de Ação de Emergência (PAE) apresenta


procedimentos a serem adotados em situações emergenciais com potencial para
causar problemas locais e externos durante a fabricação e regeneração de óleos.

2. OBJETIVO
O principal objetivo do Plano de Ação de Emergência é orientar, disciplinar
e determinar os procedimentos a serem adotados durante as situações de
emergência, a fim de proporcionar as condições necessárias para o pronto

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atendimento aos acidentes envolvendo produtos perigosos, por meio do
desencadeamento de ações rápidas e seguras.

Para que este objetivo possa ser alcançado, foram realizadas as


seguintes atividades:

- Identificação dos perigos que possam resultar em acidentes (hipóteses


acidentais);

- Definição das atribuições e responsabilidades;

- Estruturação de programa de treinamento dos integrantes da estrutura


de resposta;

- Previsão de atividades para minimização das consequências e impactos


associados;

- Estabelecimento das diretrizes básicas necessárias para atuações


emergenciais; e

- Relação dos recursos que devem ser disponibilizados para o controle


das emergências.

3. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO
A empresa Pavimentadora Santo Expedito Ltda., registrada sob o CNPJ
nº 04.859.473/0001-08 e com Inscrição Estadual nº 456130970110, é uma
entidade de natureza familiar que deu início às suas operações no ano de 2001.
Localizada no polo industrial de Mogi Mirim, na região metropolitana de
Campinas, a empresa ocupa uma área de instalação de 13.294,00 m², com uma
área construída de 1.569,14 m². Sua atividade principal concentra-se na
produção de misturas betuminosas à base de asfalto e betumes. A
Pavimentadora presta serviços para obras de diversos portes nos setores
público e privado, abrangendo tanto projetos de pequena, média como de grande
escala.

Segue abaixo informações detalhadas sobre a empresa:

- Razão Social: Pavimentadora Santo Expedito Ltda.

- CNPJ: 04.859.473/0001-08

- Endereço: Avenida Rainha, nº 434, Distrito Industrial I José Marangoni,


Mogi Mirim-SP

- CEP: 13.803-350

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Figura 1: Localização do Empreendimento

4. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL E IDENTIFICAÇÃO


DO RESPONSÁVEIS
A estrutura organizacional do Plano de Ação de Emergência (PAE) inclui
as seguintes entidades: Coordenação Geral, Assessoria de Imprensa,
Assessoria Jurídica, Equipe de Meio Ambiente, Equipe de Combate e Equipe de
Engenharia, conforme ilustrado na figura abaixo. A seguir, estão delineadas as
atribuições e responsabilidades das coordenações e grupos que integram a
estrutura do plano.

Figura 2: Organograma do PAE

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5. ATRIBUIÇÕES E RESPONSABILIDADES
As atribuições e responsabilidades são estabelecidas considerando o
perfil da empresa, assim como para os três níveis de emergência descritos a
seguir:

Nível Emergencial 1: Situações de emergência que podem ser


controladas com recursos disponíveis localmente;

Nível Emergencial 2: Situações de emergência que ultrapassam a


capacidade de resposta da equipe local e exigem a ativação da brigada ou
instalações, mas que ainda podem ser controladas com recursos dos
responsáveis pela execução das obras;

Nível Emergencial 3: Situações de emergência que ultrapassam a


capacidade de resposta da equipe da empresa e requerem assistência de órgãos
externos.

5.1. Coordenação Geral

A Coordenação Geral, exercida pelo Técnico em Segurança do Trabalho


da empresa, terá as seguintes atribuições:

- Gerenciar todas as operações emergenciais com base nas informações


fornecidas por suas assessorias e pelas coordenações técnicas dos grupos que
compõem a estrutura organizacional do Plano de Ação de Emergência (PAE);

- Comunicar/acionar a CETESB sempre que ocorrer um acidente


envolvendo produtos perigosos;

- Atender às autoridades públicas;

- Providenciar os recursos financeiros, humanos e materiais, internos e


externos, de forma oportuna para o adequado andamento dos trabalhos;

- Estabelecer o nível da emergência em conjunto com as áreas de Meio


Ambiente, Segurança e Operações;

- Autorizar a paralisação de atividades;

- Autorizar a evacuação das instalações e solicitar apoio aos demais


órgãos competentes para o abandono de áreas externas às instalações, quando
necessário;

- Manter contato permanente com as demais instituições envolvidas nas


operações de controle de emergência;

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- Autorizar a continuidade das operações nas áreas não afetadas, desde
que mantidas as condições de segurança e em conformidade com as
orientações das autoridades públicas;

- Providenciar alternativas para a continuidade das atividades nas áreas


não afetadas, desde que mantidas as condições de segurança.

5.2. Assessoria de Imprensa

A assessoria de Imprensa será desempenhada pela empresa responsável


pelo Setor de Comunicação, ou na sua ausência, por pessoa designada pelo
Coordenador Geral do PAE, a quem cabe:

- Recepcionar os representantes dos órgãos de imprensa;

- Fornecer as informações pertinentes sobre o acidente e as ações em


curso;

- Elaborar comunicados para divulgação à mídia;

- Monitorar as notícias veiculadas pela mídia;

- Prestar esclarecimentos às lideranças da comunidade; e

- Preservar a imagem da empresa diante da opinião pública.

5.3. Assessoria Jurídica

A Assistência Jurídica será acionada em emergências de nível 3 ou


mediante solicitação do Coordenador Geral, incumbindo-se das atividades de
apoio aos desdobramentos de ordem jurídica resultantes dos cenários
emergenciais previstos. Portanto, suas responsabilidades incluem:

- Manter um banco de dados com o cadastro dos juízes e promotores


atuando na região, juntamente com os meios de comunicação dos gabinetes de
cada autoridade; e

- Estabelecer procedimentos formais para lidar com as piores


consequências de cada cenário emergencial previsto no Plano, definindo
atitudes, posturas e condutas a serem adotadas.

5.4. Equipe de Meio Ambiente

A equipe de Meio Ambiente é composta pela Engenheira de Minas, que


assume as seguintes responsabilidades:

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- Coordenar todos os grupos de intervenção;

- Substituir o Coordenador Geral do PAE na sua ausência;

- Definir os procedimentos de resposta de acordo com o cenário acidental


para emergências de Nível 2 ou implementar as ações definidas pelo
Coordenador Geral nas emergências de Nível 3;

- Comunicar as autoridades públicas sobre o acidente quando solicitado


pelo Coordenador Geral;

- Manter o Coordenador Geral informado sobre o progresso das ações de


resposta;

- Manter contato contínuo com o Líder da Equipe de Combate;

- Coordenar a reunião de avaliação do acidente e a elaboração de


relatórios;

- Avaliar os impactos ambientais;

- Gerenciar os resíduos gerados durante o procedimento de emergência;

- Atender os órgãos públicos de Meio Ambiente;

- Identificar os produtos envolvidos nas emergências, fornecendo todos


os subsídios técnicos à Equipe de Combate;

- Coordenar as ações de combate a derrames de óleo ou outras


substâncias;

- Monitorar a qualidade das águas utilizadas no combate a eventuais


incêndios, orientando as ações necessárias para sua contenção, remoção e/ou
neutralização;

5.5. Equipe de Combate

A equipe de combate é constituída pelos membros da Brigada de


Emergência, que têm as seguintes responsabilidades:

- Operacionalizar o isolamento da área em risco, permitindo o acesso


apenas às pessoas envolvidas no combate às emergências;

- Disponibilizar Equipamentos de Proteção Individual (EPI) adequados


para lidar com a emergência;

- Operacionalizar a interdição de vias, quando necessário;

- Auxiliar nas ações de evacuação das instalações, se necessário;

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- Cooperar com as entidades de segurança pública e defesa civil na
evacuação de áreas próximas ao local do acidente, quando necessário;

- Acionar órgãos externos, após autorização da Coordenação Geral ou da


Gerência de Meio Ambiente;

- Facilitar o acesso dos órgãos públicos à área afetada; e

- Prestar atendimento aos feridos e, se necessário, providenciar a


remoção para assistência médica externa.

Esta equipe é coordenada diretamente pelo Líder da Brigada, e a Área de


Segurança do Trabalho, que, ao chegar ao local da emergência, deve:

- Inspecionar a área afetada para verificar a ocorrência do acidente, a


possibilidade de afetar áreas ambientalmente sensíveis (rios, lagos, solo) e a
possibilidade de afetar áreas habitadas (residências), equipamentos
comunitários e infraestrutura urbana (bocas de lobo de coleta de águas pluviais,
ruas, praças, etc.);

- Avaliar a necessidade de acionamento das equipes de Meio Ambiente,


Engenharia e Operações;

- Avaliar a necessidade de acionar entidades externas para auxiliar no


atendimento à emergência (ex: Corpo de Bombeiros, Empresas de Emergência
Ambiental, CETESB, Polícia Militar, Defesa Civil, Prefeitura Municipal, etc.);

- Comunicar ao Coordenador Geral do PAE o relatório dessas avaliações;

- Conhecer completamente as características e o funcionamento dos


recursos disponíveis para sua Brigada de Emergência;

- Inspecionar regularmente, conforme um cronograma pré-estabelecido,


os recursos a serem utilizados em emergências (materiais de absorção,
materiais de isolamento, extintores, lista telefônica dos recursos internos e
externos, extintores de incêndio, equipamentos para primeiros socorros, etc.);

- Assumir o comando em emergências de Nível 1, dando às brigadas as


providências a serem executadas e ajudando na tomada de decisões;

- Adotar medidas para garantir a segurança das pessoas próximas em


caso de incêndio e/ou explosões;

- Manter contato contínuo com seus superiores para propor medidas que
melhorem as condições preventivas e de resposta a emergências.

- Adotar as medidas pós-emergenciais cabíveis para a disposição e/ou


tratamento de resíduos, de acordo com procedimentos pré-estabelecidos e
acordados com o órgão ambiental competente;

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- Operacionalizar eventuais operações de transferência de produtos, caso
necessário, sob supervisão de técnicos da área envolvida; e

- Desencadear as ações de combate à emergência para controlar a


situação, operacionalizando, entre outras, as seguintes atividades: controle de
vazamentos, contenção, remoção ou neutralização de produtos, limpeza de
ambientes contaminados e controle, recolhimento e destinação final adequada
dos resíduos ou produtos.

5.6. Equipe de Engenharia e Operação

O Gerente de Planejamento e Controle assume a responsabilidade por


esta coordenação e tem como atribuições:

- Paralisar as operações no local do acidente;

- Avaliar os danos estruturais ocorridos durante o acidente;

- Providenciar obras emergenciais para garantir a segurança das


instalações; e

- Providenciar outros recursos necessários para o controle da emergência.

6. ATENDIMENTO EMERGENCIAL
Para determinar as ações a serem tomadas durante o Atendimento
Emergencial, é essencial considerar as Hipóteses Acidentais levantadas, tanto
para a elaboração dos procedimentos de atendimento às situações de
emergência quanto para o dimensionamento dos recursos humanos e materiais
necessários para as ações de resposta.

As Hipóteses Acidentais contempladas no Plano de Ação de Emergência


(PAE) abrangem as diversas situações emergenciais que podem ocorrer durante
a realização das atividades nas frentes de Serviço da Pavimentadora Santo
Expedito.

A tabela a seguir apresenta as Hipóteses Acidentais identificadas na


Análise Preliminar de Perigo (APP), com potencial para causar danos ao
patrimônio, às pessoas e ao meio ambiente.

Figura 3: Hipóteses Acidentais

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6.1. Procedimentos Preventivos/Corretivos

A seguir, são enumerados alguns procedimentos preventivos/corretivos


genéricos apropriados para cada uma das hipóteses acidentais consideradas
anteriormente, com base nas causas identificadas para cada uma delas.

6.1.1. Procedimentos Derramamento/Vazamento

Figura 4: Hipótese Acidental Derramamento/Vazamento

- Profissionais envolvidos em operações com produtos perigosos, como


manuseio e transporte, devem receber cursos regularmente para
capacitação/reciclagem de conhecimentos relacionados às suas funções.

- Todos os profissionais diretamente envolvidos nas atividades


relacionadas ao uso e transporte de produtos perigosos devem ter acesso à
documentação que descreva os procedimentos adequados para cada situação
envolvendo esses produtos. Para reforçar esta medida, listas de verificação para
cada procedimento devem ser criadas, devidamente preenchidas e assinadas
pelos responsáveis pela atividade, com fiscalização adequada pelos superiores
para garantir o cumprimento correto de todos os procedimentos necessários.

- Procedimentos especiais devem ser adotados para máquinas e


equipamentos que ficarão desativados por períodos prolongados, visando
prevenir vazamentos. Isso inclui a sangria dos produtos contaminantes sempre
que possível e inspeções regulares para verificar a integridade dos
equipamentos. Ao reativar tais equipamentos, consulte os manuais técnicos ou
a assistência técnica responsável para seguir procedimentos específicos.

- Equipamentos móveis (máquinas e caminhões) com


defeitos/vazamentos devem ser retirados do local de trabalho e encaminhados
para reparos nas oficinas mecânicas.

- Oficinas ou áreas de manutenção devem ser cobertas e ter sistemas de


canaletas para coletar vazamentos, conectadas a caixas separadoras de óleo
sujeitas a manutenção regular.

- Todas as frentes de obras devem ter um kit de resposta para


derramamentos/vazamentos contendo ferramentas e materiais necessários para
contenção.

- Não é permitido armazenar combustíveis ou óleos lubrificantes nas


frentes de obras. Esses depósitos devem estar nas oficinas ou módulos de apoio.

- Prefira abastecer os equipamentos com caminhões-tanque sempre que


possível.

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- Se não for possível remover um equipamento defeituoso do local de
trabalho, pode-se permitir reparos no local, desde que seja notificada a
supervisão ambiental para avaliar as condições de trabalho e sejam
providenciados dispositivos de retenção de vazamentos.

- Descargas de graxa ou resíduos de combustíveis são proibidas em


plantas industriais, alojamentos, canteiros de obras ou locais de trabalho. A
limpeza ou manutenção deve ser feita em oficinas de manutenção ou áreas
designadas.

- Equipamentos fixos que utilizem combustíveis devem ter dispositivos de


contenção de vazamentos adequados.

- Inspeções periódicas e manutenções devem ser realizadas por


profissionais capacitados nas instalações de armazenamento de combustíveis e
produtos perigosos para verificar danos que possam comprometer o
armazenamento adequado.

- Produtos químicos perigosos ao meio ambiente devem ser armazenados


em áreas com medidas de contenção de vazamentos.

- A brigada de emergência deve ser prontamente notificada em caso de


vazamentos para conter danos ambientais, incluindo a contenção do vazamento
e a neutralização/absorção do produto contaminante.

- Em caso de solo contaminado, as providências incluem a eliminação da


fonte de contaminação, a raspagem do solo contaminado e o recolhimento do
material para destino adequado, com documentação apropriada.

- Todos os absorventes e solo contaminado devem ser armazenados


temporariamente em tambores apropriados nas baias de resíduos contaminados
nos canteiros de obras até a destinação final.

6.1.2. Procedimentos Disposição de Brita e Percolação

Figura 5: Hipótese Acidental Disposição de Brita e Percolação

- Todas as atividades relacionadas ao serviço de terraplanagem devem


ser comunicadas à equipe responsável pela gestão ambiental do
empreendimento. Isso permite a avaliação do local e dos possíveis impactos
para a implementação dos dispositivos de controle ambiental adequados,
visando evitar e/ou mitigar os impactos previstos.

- A proteção superficial das saias de aterro e taludes de corte deve ser


aplicada preferencialmente imediatamente após a conclusão de cada berma. A

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escolha entre grama em placas ou hidrossemeadura deve ser feita caso a caso,
optando pela alternativa mais adequada em cada situação.

- O projeto de instalação das estruturas de armazenamento de produtos


perigosos e combustíveis deve considerar, entre outras premissas, a circulação
de veículos no local. Assim, deve-se destinar espaço adequado para a circulação
desses veículos, garantindo a segurança das operações e prevenindo acidentes.

- Dispositivos de sinalização e segurança apropriados devem ser


utilizados para evitar choques de veículos contra as estruturas de
armazenamento de combustíveis e produtos perigosos.

- Equipamentos móveis (máquinas e caminhões) com defeito ou


vazamento devem ser removidos da frente de obra e encaminhados para as
oficinas mecânicas.

- Se houver solo contaminado, medidas como eliminação da fonte de


contaminação, raspagem do solo contaminado e recolhimento do material para
destino adequado devem ser adotadas, com apresentação da documentação de
destinação final pertinente.

- Não é permitido armazenar combustíveis ou óleos lubrificantes na frente


de obra. Esses depósitos devem estar localizados nas oficinas ou módulos de
apoio.

- É preferível que o abastecimento dos equipamentos seja feito por


caminhão comboio.

- Se não for possível remover um equipamento defeituoso da frente de


obra, pode-se admitir o conserto no local, desde que a supervisão ambiental seja
notificada e dispositivos de retenção de vazamentos provisórios sejam
providenciados para evitar a contaminação do solo.

- A descarga de graxas ou resíduos de combustíveis é proibida em plantas


industriais, alojamentos, canteiros de obras e locais de trabalho. Todas as
atividades de limpeza ou manutenção devem ser realizadas em áreas
designadas, com uso de bandejas de contenção para evitar derramamentos.

- Equipamentos fixos que utilizem combustível devem ter dispositivos de


contenção de vazamentos com capacidade superior ao volume máximo possível
de um eventual vazamento.

- Produtos químicos perigosos ao meio ambiente devem ser armazenados


em áreas designadas.

- Nas frentes de obra, apenas uma quantidade razoável de produtos deve


permanecer para uso imediato, armazenada em local protegido, e, se
necessário, diques devem ser providenciados para proteção contra vazamentos.

- Em caso de vazamentos, a brigada de emergência deve ser


imediatamente comunicada para conter danos ambientais, incluindo a contenção

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do vazamento, isolamento do local contaminado e neutralização/absorção do
produto contaminante com dispositivos adequados.

6.1.3. Procedimentos Inalação e Contato

Figura 6: Hipótese Acidental Inalação e Contato

O treinamento dos funcionários em questões ambientais e de segurança


no trabalho é uma atividade contínua nas frentes de obras, visando garantir a
qualidade da saúde e segurança dos trabalhadores no ambiente de trabalho.
Para isso, são necessárias algumas ações:

- Fiscalizar o uso adequado dos Equipamentos de Proteção Individual


(EPIs) pelos funcionários, levando em consideração as atividades
desempenhadas por cada um deles.

- Manter o controle de estoque e o fluxo de EPIs no almoxarifado para


evitar a falta desses equipamentos.

- Verificar regularmente a condição física dos EPIs em uso pelos


funcionários, assim como a condição dos EPIs em estoque, especialmente
quanto às condições de armazenamento e prazos de validade, evitando o uso
de equipamentos inadequados.

- Realizar Treinamentos Diários (TDs) e cursos periódicos para capacitar


e reciclar os conhecimentos dos funcionários, principalmente nas atividades com
maior exposição a riscos.

- Durante os trabalhos de pavimentação, somente permitir a aplicação de


primer, selantes ou qualquer emulsão líquida em períodos de clima instável com
risco de chuva se as contratantes mantiverem dispositivos preventivos para
contenção de possíveis carreamentos desses materiais. Isso inclui o uso de
mantas absorventes ou a implantação de pequenos diques para evitar que
atinjam cursos d’água próximos.

- Comunicar todas as ações relacionadas aos serviços de pavimentação


à equipe responsável pela gestão ambiental do empreendimento, para que
possam avaliar o local e os possíveis impactos, implantando os dispositivos de
controle ambiental adequados para evitar ou mitigar os impactos previstos.

- Em caso de vazamentos, comunicar imediatamente a brigada de


emergência para que possam agir na contenção dos danos ggggg ambientais,
isolamento do local contaminado e neutralização/absorção do produto
contaminante com os dispositivos adequados.

- A fiscalização do uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs)


adequados pelos funcionários das obras deve ser uma atividade constante,
levando em consideração as atividades desempenhadas por cada funcionário.

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- Deve-se realizar o controle de estoque e o fluxo de EPIs no almoxarifado
para evitar a falta desses equipamentos.

- É necessário verificar a condição física dos EPIs em uso pelos


funcionários e em estoque, com atenção especial para as condições de
armazenamento e prazos de validade, evitando o uso de EPIs inadequados.

- Promover Treinamentos Diários (TDs) e cursos com periodicidade


adequada para capacitar e reciclar os conhecimentos dos funcionários,
principalmente para atividades com maior exposição a riscos.

- Durante os trabalhos de pavimentação, só será permitida a aplicação de


primer, selantes ou qualquer emulsão líquida em períodos de clima instável com
risco de chuva se as contratantes mantiverem dispositivos preventivos para
contenção de possíveis carreamentos desses materiais, como mantas
absorventes ou recursos para implantação de pequenos diques a montante de
"bocas de lobo", galerias, escadas hidráulicas, etc., para evitar a contaminação
de cursos d'água próximos.

- Todas as ações relacionadas aos serviços de pavimentação devem ser


comunicadas à equipe responsável pela gestão ambiental do empreendimento,
para avaliação do local e dos possíveis impactos, visando implantar os
dispositivos de controle ambiental adequados e evitar/mitigar os impactos
previstos.

- Em caso de vazamentos, a brigada de emergência deve ser prontamente


comunicada para conter os danos ambientais, principalmente na contenção do
vazamento, no isolamento do local contaminado e, em seguida, na
neutralização/absorção do produto contaminante com os dispositivos
adequados.

7. ACIONAMENTO DO PLANO
7.1. Fluxo de Acionamento

Em caso de detecção de anormalidades, qualquer funcionário deve


comunicar imediatamente o brigadista local para que este realize uma avaliação
preliminar e adote as ações de combate em pequenos eventos emergenciais.
Para emergências de maior porte, o brigadista deve acionar o Líder Local da
Brigada de Emergência, que avaliará o cenário, adotará as medidas necessárias
e comunicará o Coordenador Geral do PAE. Se uma ocorrência não puder ser
contida com recursos locais, o Coordenador Geral tomará as medidas
subsequentes conforme o fluxograma de comunicação estabelecido.

Quando a Brigada de Emergência é acionada, é crucial que disponha de


informações detalhadas para uma resposta eficaz, o que permite o
deslocamento dos recursos necessários ou a ativação de recursos adicionais.
Ao chegar ao local, os brigadistas confirmam as informações recebidas,

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identificam a situação emergencial e caracterizam o local, tomando as primeiras
medidas necessárias com base nessas informações.

Abaixo é apresentado o fluxo de comunicação a ser seguido em caso de


emergência.

Figura 7: Fluxograma de Comunicação

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7.2. Fluxograma de Comunicação
7.2.1. Detecção e Comunicação da Emergência

A detecção da emergência ocorre por meio de observação visual no local.


Após a detecção, as comunicações de emergência são realizadas utilizando
rádios e telefones (fixos e celulares) para notificar os demais integrantes do PAE.
Sempre que o Nível de Emergência for classificado como tipo 3, é
responsabilidade do Coordenador Geral do PAE manter os Gerentes das
Coordenações informados sobre o desenvolvimento da emergência.

7.2.2. Mobilização de Recursos

Após a avaliação da emergência pelo Líder da Brigada de


Emergência, serão mobilizados os recursos locais para mitigar a situação
emergencial. Se a situação não estiver sob controle, podem ser solicitados
recursos adicionais. O Coordenador Geral, após sua avaliação, pode, de
acordo com a magnitude e características da emergência, solicitar outros
recursos necessários para controlar a situação emergencial.

8. PROCEDIMENTOS DE RESPOSTA
Os procedimentos de combate às emergências foram estabelecidos com
base nas hipóteses acidentais definidas no Plano de Gerenciamento de Riscos
(PGR), assim como nos efeitos das hipóteses acidentais identificadas na Análise
Preliminar de Perigos (APP).

O Líder Local da Brigada de Emergência é encarregado de determinar o


nível da emergência, considerando a gravidade do acidente, seus potenciais
impactos, as características do local afetado com possíveis danos a terceiros e
a possível repercussão na mídia.

É importante ressaltar que cabe ao Coordenador Geral do PAE e/ou ao


Coordenador da área de Meio Ambiente avaliar as condições de segurança do
local para centralizar as operações, decidindo onde instalar o Posto de Comando
de emergência e estabelecendo a delimitação final das zonas quente, morna e
fria, em coordenação com os órgãos públicos presentes.

Todos os funcionários envolvidos na execução das ações descritas nos


procedimentos devem portar e utilizar os Equipamentos de Proteção Individual
básicos e outros necessários.

8.1. Procedimentos Básicos de Respostas

Em todas as situações de emergência, é crucial considerar diversos


aspectos relacionados ao atendimento emergencial. Portanto, os primeiros
membros da Brigada de Emergência ou outros integrantes da estrutura do Plano

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de Atendimento a Emergências (PAE) que respondem à ocorrência devem
seguir os procedimentos abaixo:

- Identificar a anormalidade;

- Aproximar-se com cautela, utilizando equipamentos de proteção


individual;

- Identificar o material envolvido e o tipo de perigo;

- Isolar o local e desobstruir passagens para facilitar o acesso das equipes


de atendimento;

- Estabelecer a delimitação preliminar das zonas quente, morna e fria,


quando a ocorrência envolver produtos perigosos;

- Informar o Líder da Brigada de Emergência, ou na ausência deste, o


Coordenador de Meio Ambiente e/ou o Coordenador Geral do PAE;

- Resgatar vítimas;

- Prestar primeiros socorros;

- Iniciar o combate com os recursos disponíveis no local;

- Evitar qualquer contato com o produto (tocar, pisar ou inalar) no caso de


vazamentos;

- Impedir a entrada de veículos, exceto os envolvidos na emergência, que


devem ser orientados a estacionar em posição de fuga no local apropriado;

- Interromper, quando solicitado pelos Coordenadores, todos os serviços


de operação, manutenção e inspeção que estiverem sendo realizados na área
sinistrada, seguindo os procedimentos de segurança adequados;

- Evacuar a área sinistrada quando determinado pelo Líder ou


Coordenador;

- Iniciar os procedimentos de acionamento, mobilização e combate


conforme estabelecido no PAE, visando controlar a situação.

Caso haja presença de visitantes, estes devem ser encaminhados por um


funcionário responsável para um local seguro. É importante notar que o primeiro
combate deve ser iniciado pelos brigadistas da área afetada, conforme os
procedimentos descritos no plano.

No entanto, se a situação sair do controle da área local (Emergência de


Nível 1), os recursos humanos e materiais adicionais estabelecidos no PAE
devem ser acionados para fornecer suporte na resposta à emergência.

Quando for determinado que se trata de uma Emergência de Nível 2, as


ações apropriadas descritas no PAE devem ser desencadeadas. Nessa

19
situação, os membros adicionais da Brigada de Emergência de outras áreas,
assim como os Grupos de Intervenção, devem se dirigir ao ponto de encontro
designado na área para receber orientações da Coordenação do PAE.

Durante a interrupção de atividades em áreas de risco, os funcionários


envolvidos nessas atividades também devem fornecer apoio ao atendimento, se
necessário, conforme avaliação da Coordenação do PAE.

Após a avaliação da Coordenação Geral, outros grupos do PAE são


mobilizados para auxiliar na operação de combate. Se não for possível controlar
a emergência com os recursos disponíveis da empresa (Emergência de Nível 3),
a Coordenação Geral do PAE deve notificar outras entidades externas, como
Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, CETESB, e estabelecer o Comando Geral da
Emergência.

É importante ressaltar que as Emergências de Nível 3 devem sempre ser


comunicadas aos órgãos públicos pertinentes. Para as Emergências de Níveis 2
e 1, a decisão de divulgação externa é tomada pelos Coordenadores, conforme
as peculiaridades de cada situação.

8.2. Procedimentos Específicos

Com o propósito de padronizar e agilizar a execução de ações rápidas,


eficazes e adequadas ao tamanho das ocorrências, foram estabelecidos
procedimentos de resposta a emergências, os quais serão detalhados a seguir

É importante destacar que a responsabilidade de avaliar as condições de


segurança do local, a fim de centralizar as operações, cabe ao Coordenador
Geral do Plano de Atendimento a Emergências (PAE) e/ou ao Coordenador de
Meio Ambiente. Isso inclui a determinação do local para instalação do Posto de
Comando de emergência e a definição das zonas quente, morna ou fria, em
coordenação com os órgãos públicos presentes.

Todos os funcionários envolvidos na execução das ações descritas nos


procedimentos devem estar de posse e utilizar os Equipamentos de Proteção
Individual básicos e outros necessários.

8.2.1. Danos Pessoais

No caso de ocorrência de acidentes com danos pessoais e patrimoniais,


o Plano de Atendimento a Emergências (PAE) deve contemplar as seguintes
ações:

1. Após a identificação da vítima, proceder ao acionamento do Brigadista


e/ou da Coordenação Geral para o acionamento do PAE.

2. O serviço médico e/ou os Brigadistas devem realizar os primeiros


socorros após a localização da vítima.

20
3. Após a realização dos primeiros socorros, o serviço médico e/ou os
Brigadistas devem resgatar a vítima e, se necessário, encaminhá-la para
atendimento hospitalar.

8.2.2. Vazamento de Produtos Perigosos sobre Cursos de Água e em Áreas


Urbanas

Os procedimentos a serem adotados foram definidos conforme os


cenários previstos e estão detalhados a seguir:

1. Paralisação imediata das atividades que originaram o vazamento,


conforme aplicável (como bombeamento, descarga, entre outras);

2. Eliminação de todas as fontes de ignição próximas (desligamento de


veículos e equipamentos);

3. Identificação do ponto de vazamento e tentativa de estancamento,


quando possível;

4. Após as ações iniciais acima, o responsável pela frente de obra isolará


a área e proibirá acessos;

5. Identificação do produto vazado;

6. Comunicação ao Coordenador de Emergências com descrição do porte


e gravidade da situação;

7. Acionamento da Cetesb e do Corpo de Bombeiros, se necessário;

8. Comunicação à Área de Gestão Ambiental da Santo Expedito, à


Supervisão Ambiental e à gerência da empresa;

9. Acionamento da equipe treinada para atendimento e da brigada de


incêndio;

10. Identificação dos pontos atingidos pelo vazamento, incluindo as áreas


terrestres e corpos d’água (reservatórios e afluentes);

11. Após avaliação da situação, a equipe treinada, munida dos


Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) necessários, procederá à execução
das medidas pertinentes;

12. Em terra, execução de medidas de contenção, seguidas da absorção


ou outra forma de remoção dos produtos vazados e colocação dos mesmos em
tambores ou outros dispositivos;

13. Em corpos d'água lóticos, aplicação de medidas de contenção com


barreiras flutuantes, seguidas de procedimentos de absorção (ou sucção por
bombeamento);
21
14. Quando o vazamento atingir as margens de corpos d’água,
identificação do índice de sensibilidade, o tipo de margem afetada e as possíveis
consequências da contaminação;

15. Execução dos procedimentos de remediação, incluindo a raspagem e


estocagem de solos contaminados e a limpeza de margens atingidas, mediante
aplicação de absorventes industriais e outras medidas indicadas pelo fabricante
do produto vazado;

16. No caso de o vazamento atingir o solo, aplicação de absorventes


industriais na área afetada;

17. Todos os absorventes e o solo contaminados deverão ser


acondicionados em tonéis apropriados e posteriormente enviados para
empresas de tratamento, reciclagem ou disposição.

8.3. Procedimento para Interdição de Vias Públicas

Alguns dos procedimentos mencionados anteriormente abordam cenários


acidentais específicos que podem ocorrer em vias públicas. Diante disso, foi
desenvolvido um procedimento específico para a interdição de vias, com o
objetivo de prevenir possíveis danos à população próxima às frentes de obra.

8.3.1. Interdição de Vias Públicas

Para proceder com a interdição das vias públicas, devem ser seguidos os
seguintes passos:

1. Acionar imediatamente o Coordenador Geral do PAE para que ele inicie


as ações de emergência conforme previsto no PAE.

2. Estabelecer uma distância segura para isolar a área.

3. Implementar o isolamento da estrada, permitindo o acesso apenas às


pessoas envolvidas no combate às emergências, restringindo a circulação de
veículos até a chegada do órgão responsável pelo controle do trânsito.

4. Entrar em contato com o órgão responsável pelo controle do trânsito e


solicitar sua intervenção para o controle do tráfego, oferecendo apoio a essa
operação.

5. Manter a vigilância e/ou continuar a interdição até a chegada do órgão


responsável pelo controle do trânsito.

6. Informar os transeuntes e os condutores de veículos sobre a situação,


orientando-os a manter a calma e a ordem no local.

22
7. Acionar os demais órgãos necessários para o atendimento à
emergência (Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Cetesb, etc.).

8. Facilitar o acesso das equipes de emergência ao local do acidente.

9. Solicitar o acionamento de socorro médico, caso haja vítimas.

8.3.2. Responsabilidades

O Coordenador Geral do Plano assume a responsabilidade pela


coordenação de todas as atividades estabelecidas no Procedimento de
Interdição de Via Pública, e suas principais atribuições são detalhadas a seguir:

- Coordenar a articulação com os Órgãos Públicos, quando necessário,


para o planejamento e execução das ações integradas com a empresa;

- Gerenciar os recursos indispensáveis para o processo de interdição da


via;

- Supervisionar as atividades conduzidas pelas equipes de atendimento a


emergências;

- Coordenar a divulgação do Procedimento de Interdição de Via Pública


para as partes interessadas.

É importante ressaltar que a autoridade legal para interditar vias públicas,


realizar sinalização, orientar o trânsito e estabelecer rotas alternativas cabe ao
órgão municipal ou estadual responsável pela via. No entanto, os responsáveis
pelas obras devem oferecer todo o suporte necessário para facilitar essas ações.

8.4. Procedimentos para Retorno às Atividades

Após a estabilização da situação emergencial, a Coordenação Geral do


Plano de Ação de Emergência (PAE) e do Meio Ambiente, juntamente com a
brigada de emergência e os funcionários designados, devem realizar uma
avaliação conjunta da situação real e das condições das instalações e áreas
afetadas. Essa avaliação visa decidir sobre a necessidade de ações
emergenciais adicionais ou a retomada das atividades nas áreas afetadas pelas
obras.

No caso de equipamentos danificados, o retorno às operações só será


autorizado após a realização dos reparos necessários pela equipe de
operação/engenharia. Esses reparos devem ser submetidos a um rigoroso
controle de inspeções e testes antes da retomada das atividades.

O Setor de Meio Ambiente e Segurança deve avaliar os impactos


ambientais decorrentes das ocorrências ou das medidas de combate adotadas.

23
Isso é fundamental para o encaminhamento de ações pós-emergenciais,
visando controlar ou mitigar esses impactos. Tais ações devem abordar
aspectos relacionados aos resíduos sólidos, efluentes líquidos e quaisquer
passivos ambientais gerados durante o evento.

9. INVESTIGAÇÃO E REGISTRO DE ACIDENTES


Para cada acionamento, é necessário preencher o Formulário para
Registro de Ocorrência, conforme ilustrado na figura abaixo. Este formulário tem
como objetivo identificar as causas dos acidentes ou incidentes, permitindo a
implementação de ações corretivas para evitar recorrências. Além disso, serve
para identificar oportunidades de melhoria a serem incorporadas ao Plano de
Ação de Emergência (PAE).

Figura 8: Formulário para Registro de Ocorrências

9.1. Avaliação do Atendimento a Emergência

Deve ser constituído um comitê de emergência responsável pela


avaliação do atendimento às emergências, visando aprimorar as ações descritas
no Plano de Ação de Emergência (PAE). Este comitê será formado pelos
seguintes profissionais:

- Técnico em Segurança do Trabalho;

- Profissional de Meio Ambiente;

- Responsável pelas Operações; e

- Líder da Brigada.

24
10. RECURSOS MATERIAIS DE RESPOSTA
Para os propósitos deste plano, os seguintes equipamentos de
telecomunicações estarão disponíveis para uso do Coordenador de Emergência
da empresa:

- 2 linhas telefônicas designadas;

- 1 notebook com acesso à internet;

- 1 impressora.

A seguir, serão apresentados os recursos materiais mínimos, pelos quais


a empresa será responsável por providenciar, para atendimento às emergências
referentes às hipóteses acidentais consideradas.

10.1. Danos Pessoais

Equipamentos de socorro de vítimas (kit primeiro socorros);

10.2. Vazamento de Produtos Perigosos sobre Cursos de Água e em


Águas Urbanas

Deverão ser mantidos em estoque os seguintes itens e suas respectivas


quantidades mínimas:

- 10 metros de mantas de contenção;

- 10 quilogramas de absorventes industriais;

- 50 quilogramas de estopa para recolhimento de óleo combustível.

Tais equipamentos devem ser armazenados no canteiro central de obras


ou, alternativamente, nas frentes de obra mais suscetíveis a esse tipo de risco.
A compra, o estoque e a reposição desses materiais são de responsabilidade da
empresa.

Em caso de emergências de níveis 2 ou 3, o empreendedor deverá


estabelecer previamente canais de comunicação com empresas especializadas
no atendimento a emergências ambientais, a fim de agilizar o atendimento em
caso de ocorrências.

25
11. LISTA DE ACIONAMENTO
A seguir serão apresentadas a lista de acionamentos dos órgãos
intervenientes da empresa.

Figura 9: Lista de Acionamentos

Figura 10: Lista de Hospitais

26
12. AÇÕES PÓS-EMERGENCIAIS
Uma vez controlada a situação emergencial, diversas ações devem ser
realizadas, levando em consideração a complexidade e o impacto resultante da
ocorrência. Isso inclui o atendimento às pessoas evacuadas, a restauração das
áreas afetadas, a continuidade das operações de limpeza, monitoramento
ambiental e disposição de resíduos.

Todas essas ações pós-emergenciais devem ser monitoradas e


previamente aprovadas pelos Órgãos Públicos pertinentes, como a Defesa Civil
e a Cetesb, entre outros.

Especificamente, a disposição temporária de resíduos químicos gerados


durante uma ocorrência deve contar com soluções temporárias adequadas,
mesmo durante o desenvolvimento das ações emergenciais. Além disso, as
operações de disposição e/ou tratamento final dos resíduos devem ser
obrigatoriamente aprovadas pela Agência Ambiental.

Os seguintes procedimentos pós-emergenciais devem ser adotados:

- Reposição de todos os materiais utilizados durante a emergência;

- Aquisição emergencial para reposição do estoque mínimo;

- Gerenciamento adequado da disposição e destino final dos resíduos


gerados durante a emergência;

- Realização de recomposição paisagística, quando necessário;

- Provisão de recursos para investigação de possíveis contaminações do


solo e águas subterrâneas decorrentes do vazamento de produtos perigosos,
bem como a remediação dessas áreas quando necessário, em conformidade
com as exigências do órgão ambiental;

- Prestação de assistência social à comunidade afetada pela emergência;

- Realização de reparos e manutenção adequada de equipamentos e


instalações afetadas;

- Promoção do retorno seguro e ordenado dos funcionários ao trabalho;

- Viabilização da retomada das atividades interrompidas pela emergência;

- Agendamento de reunião com todos os envolvidos para discutir pontos


positivos e negativos do atendimento emergencial, com o objetivo de avaliar a
eficácia do PAE e propor melhorias;

- Contabilização dos custos diretos das ações emergenciais e prejuízos


econômicos decorrentes do acidente.

27
13. PROGRAMAS DE TREINAMENTO E DE EXERCÍCIOS
SIMULADOS
Um dos elementos essenciais para o contínuo aprimoramento deste Plano
está relacionado à realização de treinamentos teóricos e práticos abordando
diversos temas técnicos ligados às operações de emergência, visando
responder aos cenários acidentais passíveis de ocorrer tanto na empresa quanto
nas frentes de obra.

13.1. Treinamentos Teóricos

Periodicamente, devem ser conduzidos treinamentos teóricos deste


plano, com o propósito de capacitar e atualizar os líderes e coordenadores para
lidarem com situações de emergência em todas as atividades conduzidas pela
empresa.

Esses treinamentos devem ser avaliados e registrados devidamente, para


servirem como base na revisão e aprimoramento contínuo do Plano.

Para garantir a eficácia da implementação do PAE, os membros que


compõem a estrutura organizacional responsável pela resposta a emergências
recebem um treinamento inicial.

Anualmente, será realizada uma reciclagem para os líderes e


coordenadores, com o objetivo de aprimorar os procedimentos e o tempo de
resposta no atendimento às emergências.

13.2. Programa de Treinamento das Brigadas de Emergência

A empresa, em adição à estrutura organizacional de resposta, deve


instituir uma Brigada de Emergência composta por funcionários treinados. O
treinamento inicial dos integrantes da brigada é conduzido pelo Setor de
Segurança do Trabalho e abrange tanto aspectos teóricos quanto práticos. Além

28
disso, está previsto um programa anual de reciclagem para garantir a constante
atualização dos membros da brigada, conforme detalhado a seguir.

Figura 11: Programa de Treinamento e Programa Anual de Reciclagem da Brigada de Emergência

13.2. Simulados

Com o objetivo de capacitar e manter atualizados os funcionários para


situações de emergência, serão conduzidos treinamentos práticos por meio de
exercícios simulados envolvendo todas as áreas que possam estar envolvidas
no combate a tais situações. Os exercícios simulados, especialmente os práticos
de campo, são os mais abrangentes, pois visam testar a eficácia do Plano de
Ação Emergencial (PAE) como um todo, avaliando todas as funções previstas
em sua estrutura organizacional, a integração entre equipes e instituições, além
dos procedimentos técnicos associados.

Esses exercícios práticos simulados devem ser conduzidos de forma a


proporcionar as condições necessárias para testar toda a estrutura de
coordenação do plano, bem como os procedimentos e a infraestrutura de
resposta às emergências. O Coordenador do Plano é encarregado de realizar os
exercícios simulados, envolvendo três etapas distintas: planejamento, realização
e avaliação.

13.2.1. Planejamento

Para planejar os exercícios simulados, o Coordenador do Plano convoca


uma reunião com as equipes envolvidas para discutir a execução dos
procedimentos a serem testados. Durante essa reunião, são considerados os
cenários acidentais e os impactos ambientais associados ao exercício. Nessa
fase, são definidos os locais de atuação, os cenários acidentais, o nível de
emergência e as ações a serem tomadas durante e após o exercício. É
recomendado que os cenários acidentais sejam alternados em cada exercício,
sempre que possível. O planejamento detalhado é então divulgado a todos os
participantes.

29
13.2.2. Realização

A execução do exercício deve seguir o planejamento estabelecido,


garantindo que todos os resíduos gerados durante esta fase sejam recolhidos e
destinados de forma adequada.

13.2.3. Avaliação

Após a realização dos simulados, é conduzida uma reunião de análise


crítica entre os participantes, com o propósito de avaliar os pontos positivos e
identificar oportunidades de melhoria tanto no Plano de Ação Emergencial (PAE)
quanto nas atividades relacionadas ao planejamento e execução do exercício
em si. Os principais itens analisados nesta reunião incluem o cenário proposto,
o planejamento envolvendo recursos materiais e humanos, os registros do
simulado, o suporte logístico, além da execução, que engloba a avaliação do
tempo de resposta, dos procedimentos e táticas adotadas, a eficácia e eficiência
das ações, o funcionamento do fluxograma de comunicação, entre outros
aspectos relevantes. Todos os resultados e propostas de correção derivadas
dessa análise crítica são documentados e utilizados para revisão e
aprimoramento contínuo do PAE.

13.3. Cronograma de Exercícios Simulados

Ao planejar o cronograma de exercícios simulados, é importante levar em


conta o nível de complexidade da emergência que será simulada.

Figura 12: Periodicidade dos Simulados

É importante salientar que os níveis de simulado estão vinculados aos


níveis de emergência previamente descritos, conforme segue:

- Simulado de Nível 1: aborda cenários de emergência de Nível 1 que


podem ser controlados com os recursos disponíveis localmente;

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- Simulado de Nível 2: envolve cenários de emergência de Nível 2 que
excedem a capacidade de resposta da área e exigem a ativação do Plano de
Ação Emergencial (PAE);

- Simulado de Nível 3: contempla cenários de emergência de Nível 3 que


ultrapassam a capacidade de resposta das obras de duplicação da Rodovia SP
088 e requerem assistência de órgãos externos.

Mogi Mirim, 10 de abril de 2024

________________________________________________

Camila Maria Zago Massari

Técnica em Segurança do Trabalho

CPF: 456.072.428-89

MTB/SP 009.7271

_________________________________________________

Claudio Allan Carmona

Representante Legal

CPF: 274.583.798-20

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